Cherly Dayane Ribeiro Dias e Jéssica Nathalia Silva Severino

Transcrição

Cherly Dayane Ribeiro Dias e Jéssica Nathalia Silva Severino
Aa aj
Pró-Reitoria de Graduação
Enfermagem
Trabalho de Conclusão de Curso
LOGÍSTICA, CONSERVAÇÃO E FATORES RELACIONADOS
ÀS PERDAS DE IMUNOBIOLÓGICOS
Autoras: Cherly Dayane e Jéssica Nathalia
Orientador: Prof. MSc. Maurício de Oliveira Chaves
CHERLY DAYANE
JÉSSICA NATHALIA
Brasília - DF
2011
1
CHERLY DAYANE
JÉSSICA NATHALIA
LOGÍSTICA, CONSERVAÇÃO E FATORES RELACIONADOS ÀS PERDAS DE
IMUNOBIOLÓGICO
Monografia apresentada ao curso de graduação
em enfermagem da Universidade Católica de
Brasília, com requisito parcial para obtenção
do titulo de bacharel em enfermagem.
Orientador: Maurício de Oliveira Chaves Mestre em Gerontologia
Brasília – DF
2011
2
Monografia de autoria de Cherly Dayane e Jéssica Nathalia, intitulada “LOGÍSTICA,
CONSERVAÇÃO
E
FATORES
RELACIONADOS
ÀS
PERDAS
DE
IMUNOBIOLÓGICOS”, ” apresentada como requisito parcial para obtenção do título de
Enfermeiro, da Universidade Católica de Brasília, defendido e aprovado, em 18 de Novembro
de 2011, pela banca examinadora constituída por:
_________________________________________________
Profº. MSc. Maurício de Oliveira Chaves
Orientador
__________________________________________________
Profº. Fernanda Monteira de Sousa Castro
Examinador
___________________________________________________
Profº. Marise Faleiro de Melo
Examinador
Brasília
2011
3
Dedico este trabalho aos meus pais que
sempre me proporcionaram condições para
continuar no curso mesmo após momentos de
fraquezas e a concluir com êxito, ao meu
irmão pelo reconhecimento e ajuda para
chegar até aqui, ajuda esta que foi realizada
com apoio e confiança em mim para que eu
obtivesse total força para concluir o curso e
sempre buscar novos conhecimentos para tal
realização, por fim á todos os meus amigos
que estiveram ao meu lado me dando forças e
sempre torcendo pela minha vitória que hoje
se completa com a conclusão da minha
graduação.
Cherly Dayane
Dedico essa pesquisa a minha mãe Adecy
Francisca Silva, que mesmo não presente sei
que ficaria muito orgulhosa com a conclusão
de mais uma etapa na minha vida. Ela que
sempre esteve ao meu lado em todos os
momentos, me transmitindo fé, me dando
força, orientação, amor, paciência e coragem
para enfrentar o que a vida por a frente. Se tive
uma motivação para estudar e enfrentar os
obstáculos que apareceram foi por ela.” Amar
e ser amado é um desejo de todos. E também
um direito que a sociedade deveria proteger e
estimular.” (Knobel, 1992).
Jéssica Nathália
4
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força, coragem, sabedoria, paciência
para concluir mais essa etapa em minha vida, mesmo após dificuldades - falecimento da
minha mãe-, entre outras ao qual foram superadas com ajuda de Deus. E a todos que me
ajudaram a concluir este trabalho como citado anteriormente, em especial o meu orientador
Maurício pelo auxílio e orientações prestadas e ao meu namorado Fernandes pelo
companheirismo e compreensão.
Cherly Dayane
Agradeço a Deus por ter me dado força e me ajudado a superar todas as dificuldades
enfrentadas durante esses anos de curso, agradeço as pessoas boas que passaram na minha
vida e os bons ensinamentos que elas me trouxeram. Agradeço a minha família em especial
agradeço a minha irmã Symone que mesmo distante sempre esteve perto, me ajudando em
orações e palavras de acalanto e a minha mãe Adecy, que me deu apoio na escolha do curso e
me ajudou a iniciar a vida de universitária. Ao meu namorado Edy, pelo apoio e por toda
caminhada vivida até hoje, por aturar os meus dias de prova e de produção do TCC, sempre
com muito amor. A todos os meus colegas de sala, que alegraram as minhas tardes, tornando
o passar dos anos algo mais suave. Agradeço a professora Fernanda que me recebeu na
Universidade Católica e sempre me ajudou nos meus momentos de dúvida e questionamentos
durante a minha jornada universitária. A minha companheira de pesquisa Cherly, que uniu
esforços para que esse trabalho fosse concluído e sempre esteve presente na minha jornada
acadêmica. Ao professor orientador, Maurício pela paciência de ensinar e disposição para nos
ajudar a construir essa pesquisa.
Jéssica Nathália
5
RESUMO
DIAS, C.D.R; SEVERINO, J.N.S. Logística, conservação e fatores relacionados as perdas
de imunobiológicos. 52 f. Monografia (Graduação em Enfermagem) – Universidade Católica
de Brasília. Brasília, 2011.
A Rede de Frio é um setor que armazena, conserva, distribui e transporta imunobiológicos,
desde a saída do laboratório até o momento em que é administrado em postos de saúde. O
objetivo desta pesquisa é identificar os principais fatores causais das perdas dos
imunobiológicos, como é realizado o transporte, armazenamento e controle térmico desde o
nível nacional até o nível local de consumo da rede pública de saúde do Distrito Federal.
Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativo de caráter descritivo. Os questionários foram
aplicados na central de rede de frio e na vigilância epidemiológica de Ceilândia e do Gama e
em dois centros de saúde de cada regional citada anteriormente. Foram entrevistados um
enfermeiro chefe da rede de frio do Distrito Federal; um de cada vigilância epidemiológica
(VE) das 2 regionais e um servidor de cada
sala de vacinação dos centros de saúde
pesquisados. O presente estudo revela que o maior motivo das perdas de imunobiológicos é
por frascos multidoses, que são abertos e não utilizados e tem o prazo de validade expirado.
Portanto são doses perdidas, pois sua capacidade imunizante após o prazo de validade não é
garantido.
Palavras-chave: Imunobiológico. Rede de Frio. Logística.
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ABSTRACT
The Cold Chain is a sector which stores, keeps, transports and distributes immunobiological
from the output of the laboratory to the time it is administered in clinics. The objective of this
research is to identify the main causal factors of immunobiological losses, as is done to
transport, storage and thermal control from the national to the local consumption of public
health in the Federal District. It is a qualitative-quantitative research of a descriptive nature.
The questionnaires were administered at the central cold chain and surveillance and the range
of Ceilândia and two health centers in each region mentioned above. We interviewed the head
nurse a cold chain of the Federal District, one of every epidemiological surveillance (ES) of
two regional and one server room each vaccination of health facilities surveyed. The present
study reveals that the biggest reason is the loss of biological products for multi-dose vials,
which are open and unused and has Expired. Therefore doses are missed because their
immunizing
capacity
after
the
expiration
Keywords: Immunobiological. Cold Chain. Logistics.vc
date
is
not
guaranteed.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 09
1.1 Justificativa.................................................................................................................... 12
1.2 Questão Norteadora....................................................................................................... 13
1.3 Hipótese......................................................................................................................... 14
1.4 Objetivo Geral................................................................................................................ 15
1.5 Objetivos Específicos........................................................................................................ 15
2 METODOLOGIA......................................................................................................... 16
2.1 Tipo de Estudo............................................................................................................... 16
2.2 Local de pesquisa........................................................................................................... 17
2.3 Amostra.......................................................................................................................... 17
2.4 Critérios de Inclusão....................................................................................................... 18
2.5 Critérios de Exclusão...................................................................................................... 18
2.6 Instrumentos e coletas de dados...................................................................................... 18
2.7 Análise de dados............................................................................................................. 19
2.8 Aspectos éticos................................................................................................................19
3 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................... 20
3.1 Programa Nacional de Imunização.................................................................................... 20
3.2 Rede de Frio..................................................................................................................... 23
3.3 História das vacinas......................................................................................................... 23
3.4 Vacinas............................................................................................................................. 24
3.5 Armazenamento de imunobiológico.................................................................................. 28
3.5.1 Câmaras específicas para conservação........................................................................... 29
3.5.2 Geladeiras domésticas..................................................................................................... 29
8
3.5.3 Termômetros digitais de temperatura máxima e mínima................................................ 31
3.5.4 Caixas térmicas............................................................................................................... 32
3.5.5 Situações de emergência................................................................................................. 33
3.5.6 Alterações de temperatura............................................................................................... 33
3.5.7 Conservação de imunobiológicos................................................................................... 34
3.6 Transporte entre as diversas instâncias.............................................................................. 34
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS......................................................................... 36
4.1 Dados coletados com as chefias da Vigilância Epidemiológica (VE)............................... 36
4.2 Dados coletados com a chefia da Central de Frios............................................................ 38
4.3 Dados coletados com os funcionários das salas de vacinas............................................... 40
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 45
APÊNDICE A...................................................................................................................... 49
APÊNDICE B...................................................................................................................... 50
APÊNDICE C...................................................................................................................... 51
ANEXO A...................................................................................................................... 52
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1 INTRODUÇÃO
A imunização tem papel primordial na infância, principalmente no primeiro ano de
vida. Ela atua na prevenção de várias doenças e com isso diminui a taxa de mortalidade
infantil de forma considerável (SANTOS, et al., 2006).
As vacinas contêm diferentes componentes que as tornam mais ou menos seguras para
uso na população, devem ser administradas na época certa para população alvo correta, isto é,
em idade apropriada para proteger contra a doença (JULIANO et al., 2008a; LUZ; SOUZA;
CICONELLI, 2007).
Para que a imunização seja efetiva e eficaz o Ministério da saúde criou o calendário de
vacinação, onde a vacinação torna- se uma ação rotineira e é realizada na atenção básica.
Cada vacina é aplicada de acordo com a faixa etária de cada pessoa, e com isso é possível
erradicar e controlar várias doenças. (SILVEIRA, et al., 2007; GUIMARÃES; ALVES;
TAVARES, 2009).
O Programa Nacional de Imunização (PNI) tem como objetivo vacinar 100% das
crianças de zero a seis anos isso ocorre por meio dos serviços de saúde da atenção básica e
das campanhas de vacinação, gerando assim o controle de doenças imunopreviníveis e
erradicação de outras. (JULIANO et al., 2008b Esse programa atua há mais de trinta anos no
Brasil, e objetiva vacinar as crianças de zero a seis anos de idade.(MORAES; RIBEIRO et al.,
2008b).
Algumas vacinas podem gerar efeitos adversos, efeitos esses que são compensados
pelos benefícios que a vacinação produz. Outros efeitos, porém pode ser atribuído a vacina de
forma equivocada. (ARAÚJO; CARVALHO; VIEIRA, 2007 b)
Após um efeito adverso é necessário que seja feito uma investigação para que se tenha
certeza de que aquele efeito é realmente da vacina, pois é objetivo que os efeitos adversos
aconteçam cada vez menos, a vigilância epidemiológica é quem realiza esse controle.
(BRASIL, 2007 a)
10
A conservação de vacinas de forma correta é um procedimento necessário e prioritário
para que o resultado esperado, ou seja, a imunização aconteça da forma correta. É sabido que
muitas Unidades Básicas de Saúde não realizam essa conservação de forma adequada.
Visando a diminuição e até a erradicação de muitas doenças, a vacinação veio acrescentar o
aumento da expectativa de vida e a melhoria da qualidade da mesma (MIRANDA, et al,.
1995).
O Programa Nacional de Imunização preconiza que a conservação das vacinas seja na
temperatura entre 2º C e 8ºC, para que a integridade dos imunobiológicos seja garantida, já
que eles são produtos termolábeis e necessitam dessa refrigeração. Para que a temperatura
Ideal seja mantida existe uma rede de frios com um protocolo a ser seguido (MIRANDA, et
al,. 1995).
A manutenção da integridade da Rede de Frio (RF) – processo de armazenamento,
conservação, distribuição, transporte e manuseio dos imunobiológicos utilizados nos
Programas de Imunizações, com o objetivo final de assegurar que todos os produtos
administrados mantenham suas características imunogênicas, exigem compromisso e
responsabilidade das equipes dos serviços de imunizações e do Ministério da Saúde.
As falhas no cumprimento das recomendações para a conservação de vacinas na
instância local têm sido mais freqüentes do que realmente se acredita, não só em países em
desenvolvimento, mas também nos desenvolvidos. Alguns estudos, que pesquisaram
conhecimentos e práticas adotadas em sala de vacinação, podem ilustrar este problema,
evidenciando desconhecimento dos profissionais sobre intervalos de temperatura adequados
para a conservação, inexistência de termômetros ou monitoramento diário de temperaturas,
detecção de exposição freqüente dos produtos a extremos de temperatura (<0ºC e >10ºC)
durante o transporte e o armazenamento, organização inadequada dos refrigeradores e não
exclusividade dos mesmos para estocar vacinas. Estudos anteriores realizados no Brasil
descrevem falhas no cumprimento das recomendações para a conservação, necessidade de
supervisão permanente e adequação dos recursos humanos e equipamentos15- 18. Também há
relatos de avaliações de amostras de vacinas coletadas nas unidades de saúde com
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comprometimento na potência (CARRASCO, et AL., 1983; MENDES, et al., 1985;
OLIVEIRA, et AL., 1991).
O Programa Nacional de Imunizações brasileiro – PNI (criado em 1973) é responsável
pela normatização dos procedimentos a serem adotados na Rede de Frio, consonantes com
orientações das Organizações Pan-Americana e Mundial de Saúde. Manuais técnicos
publicados e inúmeros treinamentos de recursos humanos orientam as atividades para o
gerenciamento de estoque, distribuição, manuseio de imunobiológicos e manutenção de
equipamentos e outros materiais. (BRASIL, 2001; BRASIL, 1988).
O transporte da instância nacional para a estadual é realizado por via terrestre, em
veículo refrigerado do Central Nacional de Distribuição de Imunobiológicos; e o aéreo é
realizado por empresas transportadoras especializadas. Da instância estadual para a regional/
municipal é usado o transporte por via terrestre, em veículos próprios do serviço público ou
particulares. Agora da instância nacional para a estadual, o transporte de vacinas é realizado
em caixas térmicas de isopor, levando em conta a temperatura de conservação e o tempo
previsto para o deslocamento. Nas caixas térmicas utilizadas para o transporte de
imunobiológicos conservados a -20Cº é empregado gelo seco, em quantidade compatível com
o tempo de viagem e o volume a ser transportado; enquanto que nas caixas térmicas que
transportam imunobiológicos entre +2 e +8Cº é empregado gelo reciclável (ROCHA et al.,
2001).
Despacho rodoviário – o veículo refrigerado pode ser utilizado no transporte de todos
os tipos de imunobiológicos (bacterianos e virais), no entanto em função da diferença de
temperatura para conservação destes, o transporte terá de ser feito de forma específica,
conforme seja o tipo do imunobiológico. Para isto é necessário regular o termostato do
equipamento do veículo, o transporte de vacinas é acompanhado da Nota de Fornecimento de
Material, onde constam os dados referentes à carga (Ibid.). No transporte de vacinas em
percursos mais longos, recomenda-se levar caixas térmicas somente com gelo (seco ou
reciclável), para durante o percurso efetuar a troca se necessário. (OHATA; MAENZA, 2010)
12
1.1 JUSTIFICATIVA
Esse tema foi escolhido em função da magnitude da problemática, envolvendo as
perdas de imunobiológicos.
Os imunobiológicos possuem normas e protocolos específicos de preparo,
administração, transporte, conservação e controle térmico que devem ser seguidos para que
não ocorram perdas desnecessárias.
É importante pesquisar esse tema para descobrir as principais causas de perdas bem
como as condições para minimizá-las. Portanto esse trabalho trará benefícios para a
população, servidores e para o estado.
13
1.2 QUESTÃO NORTEADORA
Como deve ser feito a conservação dos imunobiológicos, durante o transporte e
manuseio nas salas de vacinas?
14
1.3 HIPÓTESE
As perdas da maioria dos imunobiológicos estão relacionadas principalmente a nível
local (postos de vacinação).
15
1.4 OBJETIVOS GERAIS
Identificar os principais fatores causais das perdas dos imunobiológicos, como é
realizado o transporte, armazenamento e controle térmico desde o centro produtor até o nível
local de consumo da rede pública de saúde do Distrito Federal.
1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar como é realizado o transporte e armazenamento dos imunobiológicos;
Analisar como é realizado o controle térmico dos imunobiológicos;
Identificar os principais fatores causais das perdas dos imunobiológicos em dois
centros de saúde de duas regionais do Distrito Federal.
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2 METODOLOGIA
Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas aplicadas para um determinado fim,
portanto, é o caminho percorrido para atingir os objetivos de uma investigação. Necessitando
assim de uma seqüência adequada dos métodos, das técnicas e dos instrumentos operativos
que devem ser utilizados para responder as indagações da investigação, bem como à
criatividade do pesquisador, que se refere à sua marca pessoal e específica na forma de
articular teorias, métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer outro tipo
específico de resposta às indagações científicas (MINAYO, 2008).
2.1 TIPO DE ESTUDO
Esse estudo trata-se de uma pesquisa qualiquantitativo de caráter descritivo.
A pesquisa quantitativa permite a mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes
em um universo, por meio de uma amostra que o represente estatisticamente. De acordo com
Denzin, Lincoln (2006), Neves (1996), Hayati, Karami e Slee (2006), suas características
principais são:
- obedece a um plano pré-estabelecido, com o intuito de enumerar ou medir eventos;
- utiliza a teoria para desenvolver as hipóteses e as variáveis da pesquisa;
- examina as relações entre as variáveis por métodos experimentais ou semiexperimentais, controlados com rigor;
- emprega, geralmente, para a análise dos dados, instrumental estatístico;
- confirma as hipóteses da pesquisa ou descobertas por dedução, ou seja, realiza
predições específicas de princípios, observações ou experiências;
- utilizam dados que representam uma população específica (amostra), a partir da qual
os resultados são generalizados;
- usa como instrumento para coleta de dados, questionários estruturados, elaborados
com questões fechadas, testes e checklists, aplicados a partir de entrevistas individuais,
apoiadas por um questionário convencional (impresso) ou eletrônico.
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Por outro lado, a pesquisa quantitativa busca apurar opiniões explícitas e conscientes
dos entrevistados uma vez que utiliza instrumentos estruturados. Seu objetivo é mensurar e
permitir o teste de hipóteses já que os resultados são tangíveis e possuem menor possibilidade
de erro. Em muitos casos criam-se índices que podem ser comparados ao longo do tempo,
permitindo assim, a construção de um histórico da informação ou da situação foco do estudo.
O uso do método supracitado é adequado quando o pesquisador tem a sua disposição razoável
quantidade de amostras numéricas, das quais, o pesquisador poderá se valer para descobrir um
padrão. (MAZZOTTI, 2001).
O estudo descritivo visa observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou
fenômenos sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com
que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. A
pesquisa utilizará os métodos descritivos, qualitativo, exploratório e quantitativo, uma vez
que, a quantidade e a qualidade dos dados à disposição proporcionam que todos esses
métodos sejam satisfatoriamente utilizados culminando assim em um resultado mais amplo e
abrangente. Não perdendo, contudo sua profundidade. (POLIT; HUNGLER, 1995).
2.2 LOCAL DE PESQUISA
A pesquisa será realizada na Central de frio do Distrito Federal e na vigilância
epidemiológica, da Regional do Gama, Ceilândia; e na sala de vacinação de dois Centros de
Saúde de cada regional em estudo, sendo eles: Centro de Saúde nº 03 e 05 do Gama e Centro
de Saúde nº 06 e 09 da Ceilândia.
2.3 AMOSTRA
A amostra será composta por 1 enfermeiro chefe da rede de frio do Distrito Federal;
1 enfermeiro chefe de cada vigilância epidemiológica (VE) das 2 regionais, 1 servidor de cada
sala de vacinação dos centros de saúde pesquisados. A pesquisa será desenvolvida após
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito
Federal nos meses de outubro à dezembro de 2011.
18
2.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Os critérios para inclusão na pesquisa serão: Ser gestor da rede de frio do Distrito
Federal (DF); Ser gestor da vigilância epidemiológica (VE) da Regional do Gama e da de
Ceilândia; Ser servidor da sala de vacina dos Centros de Saúde nº03 e 05 do Gama e dos
Centros de Saúde nº 06 e 09 da Ceilândia; Aceitar participar e assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
2.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Os critérios de exclusão da pesquisa são: Não ser gestor da rede de frio do DF ou da
vigilância epidemiológica de uma das 2 regionais pesquisadas; Não servidor da sala de vacina
de um dos 2 Centros de Saúde de cada regional; Não aceitar participar e assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
2.6 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS
O instrumento que será utilizado nessa pesquisa será um questionário, com perguntas
abertas, com duração de aproximadamente de 20 minutos, com as chefias das VE
(APÊNDICE A); um questionário para entrevistar a chefe da central de frio do DF
(APÊNDICE B) e outro para os funcionários das salas de vacinas pesquisadas (APÊNDICE
C).
Os dados serão coletados através de entrevista semi-estruturada. Serão entrevistados:
O gestor da rede de frio, os gestores das vigilâncias epidemiológicas das regionais do Gama e
de Ceilândia pesquisadas, os servidores das salas de vacinas dos dois centros de saúde nº03 e
05 do Gama e 06 e 09 Ceilândia e pesquisados de cada regional.
Inicialmente serão apresentados para cada entrevistado os objetivos da pesquisa e o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O servidor concordando em participar
19
da pesquisa deverá assinar o TCLE e logo em seguida participará da entrevista, respondendo a
questões referentes ao tema (Anexo).
2.7 ANÁLISE DE DADOS
Os dados coletados através das entrevistas serão copilados no programa Microsoft
Word 2007. As respostas das questões abertas serão analisadas através da análise de conteúdo.
A análise de conteúdo visa obter indicadores quantitativos ou qualitativos que se
diferenciam no que se refere à freqüência com que certas características de conteúdo surgem,
e à presença ou ausência de determinada característica de conteúdo ou conjunto de
características. Esse método infere conhecimentos relativos às condições de produção das
mensagens, e caracteriza-se pela utilização exaustiva e intensa da descrição analítica do
conteúdo das mensagens e conseqüente interpretação (BARDIN, 1977).
O material gerado pela pesquisa (entrevistas, relatórios, etc.) ficarão em poder do
pesquisador pelo período de 5 anos após finalização da pesquisa.
2.8 ASPECTOS ÉTICOS
Essa pesquisa segue todas as recomendações da Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde, que trata de pesquisas envolvendo seres humanos.
Todos os participantes do presente estudo serão orientados previamente a expressarem
sua aprovação por meio de um termo de consentimento livre e esclarecido devidamente
assinado, tomando conhecimento do estudo e aceitando participar do mesmo. A coleta será
iniciada após aprovação do Comitê de ética da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da
Saúde (FEPECS), de Brasília.
20
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO
A imunização é uma das medidas mais importantes na prevenção de
doenças, por diminuir a mortalidade por doenças previníveis. Muitas doenças que
acometia o país nas três ultimam décadas foram eliminadas ou estão controladas.
(OLIVEIRA; TAKAHASHI, 2000).
O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi criado em 1973, através de
determinação do Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar ações que se
desenvolviam sem muita efetividade ate o presente momento. O PNI constitui uma
das principais intervenções governamentais na contribuição para o controle,
eliminação ou erradicação de doenças imunopreviníveis. Também é de competência
do PNI informar as condutas adequadas à conservação, manipulação, transporte e
aplicação dos imunobiológicos. (BRASIL, 2001; ALMEIDA, 2000).
Os imunobiológicos são produtos sensíveis que necessitam de um cuidado
especial em sua armazenagem, a fim de manter sua eficácia. A qualidade de uma
vacina pode ser comprometida por outros fatores como umidade, cepa vacinal e a
luz. Esses fatores são muito relevantes para a qualidade dos imunobiológicos, tanto
é que sempre foi norma técnica do PNI. Com isso foi criado um manual especifico,
Manual da Rede de Frio, para tratar de tal assunto. (BRASIL, 2001).
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a preservação da qualidade dos
imunobiológicos e de atividade exclusiva da equipe de enfermagem. Não só no
Brasil como em outros países, como na Espanha, esta pratica é de responsabilidade
da enfermagem. Uma pesquisa realizada nos Centros de Atenção Primaria na
cidade de Madrid, mostra que 97,7% dos profissionais responsáveis pela Rede de
Frio são a equipe de enfermagem. (ORTEGA, 2002).
21
A conservação de imunobiológicos em nível local apresenta falha
significativa que pode prejudicar a qualidade da imunização. Esse tipo de problema
acontece em países desenvolvidos e em desenvolvimento. (ARANDA; MORAES,
2006).
Oliveira et al. (2009), em pesquisa realizada com 70 profissionais de
enfermagem do município mineiro da Macrorregional Oeste, afirmou que foi
constatado algumas deficiências na manutenção da Rede de Frio nas UBS, que
podem interferir na eficácia da Imunização no município. Em sua pesquisa
verificou que alguns profissionais atuantes nas salas de vacinas, ainda que minoria,
não sabiam a que temperatura de conservação as vacinas na rede local devem
permanecer; e que 40% dos profissionais pesquisados desconhecem as normas de
limpeza e degelo do refrigerador. Conforme normas do PNI, o degelo e a limpeza
interna da geladeira tipo doméstica devem ser realizados a cada 15 dias ou quando a
camada de gelo atingir 0,5 cm. (BRASIL, 2001).
Algumas vacinas podem congelar sem alteração do seu poder imunogênico
como a Triviral Febre Amarela e Sabin. Entretanto, algumas delas como a tríplice
bacteriana (DPT), BCG, hepatite b, influenza, dupla adulto (dt), tetravalente, uma
vez congeladas, podem perder potência comprometendo a sua proteção
imunogênica. (NELSON, 2004). Os profissionais que trabalham diariamente com
vacinas devem conhecer as possibilidades de inativação das mesmas. Alguns
autores afirmam que o baixo índice de conhecimento sobre as vacinas que podem
ser congeladas não coloca em risco a efetividade do programa, pois nas UBS não
utilizam freezers e não se armazenam vacinas no congelador. (ARANDA;
MORAES, 2006). Por outro lado, desconhecer quais imunobiológicos pode ser
congelado expõe a unidade de saúde ao risco de perda desnecessária de vacinas que
não sofrem inativação caso, eventualmente, venham a ser congeladas nas UBS.
A temperatura do refrigerador da sala de vacinas deve ser verificada
constantemente por meio da leitura do termômetro de máxima e mínima. Ao
22
observar um aumento de temperatura sem motivos conhecidos, deve-se suspeitar do
imunobiológico que está sob refrigeração. Neste caso, a norma técnica sugere as
seguintes providências: suspender de imediato o uso do produto mantendo-o sob
refrigeração adequada, comunicar ao responsável técnico do Nível Central de
Saúde, registrar e notificar as observações no mapa de controle diário da
temperatura e ao serviço de vigilância em saúde. (BRASIL, 2001).
As vacinas já diluídas representam perigo quanto ao crescimento de
microorganismos. Por isso é importante o conhecimento do tempo de validade das
vacinas após serem diluídas. A grande maioria das vacinas após serem abertas deve
ser usada conforme indicação de tempo, para garantia da qualidade da mesma,
como por exemplo, a BCG tem duração de seis horas após a diluição.
Para
assegurar
que
todos
os
imunobiológicos
mantenham
suas
características imunogênicas desde o laboratório produtor até a administração da
vacina à comunidade é importante realizar a manutenção da rede de frio
adequadamente, evitando interferência na efetividade do Programa Nacional de
Imunização. (OLIVEIRA et al., 2009).
A equipe de enfermagem é a responsável pela imunização na rede
municipal, neste sentido, o estudo realizado por Oliveira et al. (2009), evidenciou a
necessidade de mais pesquisas sobre a prática da enfermagem na conservação dos
imunobiológicos; maior investimento na formação acadêmica dos profissionais de
enfermagem; e principalmente é necessário que haja aperfeiçoamento/educação
constante dos profissionais, uma vez que as normas de vacinação estão em
constantes mudanças, e a introdução de imunobiológicos no calendário vacinal é
freqüente, possibilitando assim, assegurar a qualidade das vacinas disponibilizadas
à população.
23
3.2 REDE DE FRIO
A Rede de Frio ou Cadeia de Frio consiste no processo de armazenamento,
conservação, manipulação, distribuição e transporte de imunobiológicos, desde a concepção
do mesmo no laboratório produtor, até o momento em que a vacina é administrada, garantindo
as características de imunidade preconizadas para cada imunobiológico. (BRASIL, 2001)
As Centrais da Rede de Frio recebem, armazenam e distribuem os imunobiológicos.
São concebidas dentro de padrões técnicos e monitoradas por sensores que informam
sistematicamente todos os dados gerenciais de temperatura, carga elétrica consumida pelos
equipamentos, segurança predial e necessidade de manutenção preventiva e corretiva.
3.3 HISTÓRIA DAS VACINAS
A imunização em nível mundial começa coma vacina antivariólica, que foi descoberta
por Edward Jenner (em1790-1792) na Inglaterra, expandida depois por todo o continente
europeu. (ROCHA, CMV 2001)
A Revolta da Vacina surgiu no ano de 1904 após ter sido declarada a obrigatoriedade
da vacinação pelo Conselho de Saúde, essa revolta foi uma demonstração das dificuldades de
se ter um entendimento sobre os fundamentos racionais da vacinação e do interrelacionamento do social e do cientifico. (MOULIN, 2003a).
Desde a origem da vacina, muitas polêmicas têm juntado pessoas que defendem entre
a maioria dos médicos, cientistas e gestores que atuam na área da saúde coletiva, mas existe
também uma grande quantidade de adversários que acusam que ela prejuízo do que beneficio.
(PONTE, 2003a).
Com o passar do tempo foi sendo comprovada a eficácia da vacina, através da
eliminação da varíola no mundo e a poliomielite no Brasil. (ROCHA, CMV 2001). No Brasil
existem muitos acontecimentos positivos de vacinação que eliminaram a febre amarela urbana
em 1942 e a varíola em 1943. (BRASIL, 2005).
24
3.4 VACINAS
VACINA BCG: Na vacina Bacilo Calmette Guérin (BCG) cada 1ml contem 0,1mg de
Bacilo Calmette Guérin; Glutamato de Sódio 0,52mg e solução fisiológica a 0,9%(q.s.p)
0,1ml.
A vacina e administrada por via intradérmica. Essa camada da pele tem uma absorção
lenta, o local que deve ser aplicado e na inserção inferior do músculo deltóide do braço
direito. O volume Maximo para aplicação por essa via é de 0,5 ml, mas o volume a ser
administrado é 0,1 ml. (FUJIMORI; OHARA, 2009a).
A temperatura adequada para seu armazenamento é entre +2 e +8ºC, não podendo,
portanto ser congelada.
VACINA CONTRA HEPATITE B: Cada 1 ml da vacina contem Proteína de
superfície do Vírus da Hepatite B Recombinante Purificada 25,00 ‘ug’; Hidróxido de
Alumínio até 1,25mg; Timerosal até 20mg e Solução fisiológica tamponada pH 7,0. Sua
administração é feita por via intramuscular, de 0-19 anos de idade o volume a ser
administrado é de 0,5 ml na idade de 20-40 anos de idade é de 1,0 ml. Essa vacina deve ser
conservada entre +2 e +8ºC e não pode ser congelada.
VACINA TETRAVALENTE: A vacina Tetravalente (DTP + Hib) e composta em
cada 0,5 ml. Hib: no mínimo 10‘ug’ de polissacarídeo capsular purificado (PRRP) de
Hemophilus influenzae tipo b conjugada com aproximadamente 30 ‘ug’ de toxóide tetânico;
DTP: toxóide diftérico, toxóide tetânico, e vacina pertussis.
Esta vacina deve ser
administrada por via intramuscular profunda de preferência no músculo vasto lateral da coxa
em crianças menores de 2 anos de idade. O esquema é feito em três doses sendo 2, 4 e 6
meses da vacina combinada mais o reforço aos 15 meses com a vacina DPT( JESUS;
BASTOS; CARVALHO, 2004).
Sua armazenagem deve ser Entre +2 e +8ºC e não pode ser congelar. Laboratório
Bio- Manguinhos.
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VACINA CONTRA POLIOMIELITE ORAL: Em cada 0,1 ml da vacina contém:
Polivírus atenuados tipo I – 1.000.000 CCID50; Polivírus atenuados tipo II- 100.000 CCID50;
Polivírus atenuados tipo III- 600.000 CCID50. Excipientes: cloreto de magnésio,
estreptomicina, eritromicina, polissorbato 80, L- Arginina, vermelho de fenol e água
purificada. Laboratório Bio- Manguinhos
A vacina é administrada por via oral sendo duas gotas correspondentes a uma dose, o
esquema vacinal é de 2, 4 e 6 meses. (BRASIL, 2007c). Seu armazenamento deve ser sob
temperatura de -20ºC. Após o degelo deve ser armazenada sob refrigeração à temperatura de
2ºC a 8ºC. Laboratório Bio- Manguinhos.
VACINA CONTRA ROTAVÍRUS HUMANO: A vacina é composta por vírus vivo
atenuado. Em cada 1,5 ml contém: cepa de RIX4414, excipientes: sacarose, adipato dissódico,
meio Eagle modificado Dulbecco.
A via de administração é oral. O esquema vacinal constitui da seguinte maneira: a
primeira dose deve ser feita entre 6 e 14 semanas e a segunda entre 14 e 24 semanas de vida,
com intervalo mínimo de quatro semanas. Quando feita no período certo, a vacina é bem
eficaz e não apresenta efeitos colaterais importantes (BARCELLOS, 2008a).
Deve ser
armazenada entre +2 e +8ºC e não pode congelar. Laboratório Gsk GlaxoSmithKline.
VACINA PNEUMOCÓCICA 10 – VALENTE: A Vacina Pneumocócica 10-valente
em cada dose de 0,5ml contém: Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 1 e proteína D
de Haemophilus influenzae (porção média PD/PS: 1,6) 1mcg PS1 = 1,6mcg PD; Conjugado
de Streptococcus pneumoniae tipo 4 e proteína D de Haemophilus influenzae (porção média
PD/PS: 1,7) 3mcg PS4 = 5,1 mcg PD; Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 5 e
proteína D de Haemophilus influenzae (porção média PD/PS: 1,0) 1 mcg PS5 = 1 mcg PD;
Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 6B e proteína D de Haemophilus influenzae
(porção média PD/PS: 0,8) 1mcg PS6B= 0,8 mcg PD; Conjugado de Streptococcus
pneumoniae tipo 7F e proteína D de Haemophilus influenzae (porção média PD/PS: 1,1)
1mcg PS7F = 1,1 mcg PD; Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 9V e proteína D de
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Haemophilus influenzae (porção média PD/PS: 1,4) 1 mcg PS9V = 1,4 mcg PD; Conjugado
de Streptococcus pneumoniae tipo 14 e proteína D de Haemophilus influenzae (porção média
PD/PS: 1,4) 1mcg PS14 = 1,4 mcg PD; Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 18C e
toxóide tetânico (proporção média TT/PS: 2,6) 3mcg PS18C = 8mcg TT; Conjugado de
Streptococcus pneumoniae tipo 19F e toxóide diftérico (proporção média TD/PS:1,6) 3mcg
PS19F = 5mcg TD; Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 23F e proteína D de
Haemophilus influenzae (proporção média
TD/DS: 0,6) 1mcg PS23F = 0,6mcg PD
excipientes q.s.p 0,5ml. Excipientes: cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água destilada. A
Administração é feita por via intramuscular 0,5ml. Esta vacina deve ser mantida entre +2 e
+8 e não pode ser congelar. Laboratório Gsk GlaxoSmithKline. (BRASIL, 2007c).
VACINA MENINGOCOCICA DO GRUPO C CONJUGADA – CRM 197: Cada
0,5ml da vacina Meningocócica do grupo C conjugada contém: Oligossacarídeo
meningocócico C 10’u’g; Conjugado com proteína de CRM197 de Corynebacterium
diphteriae 12,5 a 25,0 ‘u’mg; hidróxido de alumínio 0,3 a 0,4mg AL13+. Excipientes:
manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado,
cloreto de sódio e água para injeção. Sua forma de administração é por via Intramuscular
profunda, sendo 0,5 ml. Deve ser mantida entre +2 e +8ºC e não congelar. Laboratório
Blausiegel. (BRASIL, 2007c).
VACINA TRÍPLICE VIRAL – SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA: A Vacina
é feita com vírus vivo atenuado, contendo em cada dose de 0,5ml: no mínimo 1.000 CCID50
do vírus de rubéola, cepa Wistar RA 27/3, no mínimo 1.000 CCID50 do vírus de sarampo,
cepa Schwarz; no mínimo 5.000CCID50 do vírus de caxumba, cepa RIT 4385 – derivada da
cepa Jeryl Lynn. Excipientes: albumina, lactose, sorbitol, manitol, sulfato de neomicina e
aminoácidos. A vacina deve ser feita pela via subcutânea em dose única, a partir dos 12
meses de idade (FUNASA, 2001e). Deve ser armazenada entre +2 e +8ºC. Laboratório BioManguinhos.
VACINA CONTRA FEBRE AMARELA: A vacina contra febra amarela é
constituída por vírus vivo atenuado, sua composição é de no mínimo de 1.000 LD50 do vírus
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vivo atenuado da febre amarela da cepa 17 DD ou o equivalente em PFU (unidade formadora
da placa). A via de administração é subcutânea sendo 0,5 ml. Armazenagem deve ser entre
+2 e +8 ou em congelador a – 20ºC. Laboratório Bio- Manguinhos (BRASIL, 2007c).
VACINA TRÍPLICE BACTERIANA (DTP): Em cada 0,5 ml da vacina da Tríplice
Bacteriana (DTP) contém: antígeno diftérico suficiente para a ondução de 2 UI de antitoxina
em cobaia; antígeno tetânico suficiente para a indução de 2 UI de antitoxina em cobaia;
antígeno pertussis (coqueluche) equivalente a 4 UI; hidróxido de alumínio até 1,25mg (em
AL); timerosal até 0,20mg e solução fisiológica tamponada pH 6,4 q.s.p 0,50 ml. A
administração é feita por via intramuscular profunda, uma dose de 0,5 ml. Não pode ser
congelada e deve ser mantida em temperatura de +2ºC e +8ºC, não congelar. Laboratório
Instituto Butantan. (BRASIL, 2007c).
VACINA DUPLA ADULTA (dT): É uma vacina composta por: antígeno diftérico
suficiente para a ondução de 0,5 UI de antitoxina em cobaia; antígeno tetânico suficiente para
a indução de 2 UI de antitoxina em cobaia; antígeno pertussis (coqueluche) equivalente a 4
UI; hidróxido de alumínio até 1,25mg (em AL); timerosal até 0,20mg e solução fisiológica
tamponada pH 6,4 q.s.p 0,50 ml. A via de administração é intramuscular profunda, sendo um
volume de 0,5 ml. Deve ser mantida em +2ºC e+ 8ºC e não pode ser congelada. Laboratório
Instituto Butantan. (BRASIL, 2007c).
VACINA PNEUMOCÓCICA 23 POLIVALENTE: Cada dose de 0,5 ml da vacina
Pneumocócica 23 polivalente contém, ingrediente ativos: polissacarídeos capsulares altamente
purificados de Streptococcus pneumoniae, sendo 25 mcg de cada um dos seguintes sorotipos
1, 2, 3, 4, 6B, 7F, 8, 9N, 9V,10A,11A,12F, 18C ,19A,19F,20, 22F, 33F. Ingrediente inativos:
solução salina isotônica 0,25% de fenol como conservante. (BRASIL, 2007c).
A vacina Pneumocócica 23 polivalente deve ser administrada por via subcutânea uma
dose de 0,5 ml. A conservação tem que ser em armazenada+2ºC e +8ºC e não pode ser
congelada. Laboratório Merk Sharp & Dohme.
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VACINA INFLUENZA: Cada 0,5ml contém: cepas de Myxovírus influenzae,
propagados em ovos embrionários de galinha, equivalente a: A/Brisbane/59/ 2007 (H1N1) 15
mcg de hemaglutinina; B/Florida/4/2006*** 15 mcg de hemaglutinina; timerosal
(conservante) 2 mcg e solução tampão q.s.p. O esquema vacinal é feito em 2 doses de 0,25
ml com 6 a 35; 3 a 8 anos de idade 2 doses de 0,5ml; adultos e crianças a partir de 9 anos de
idade 1 dose de 0,5ml. Via intramuscular ou subcutânea. A armazenagem e feita entre +2 e +8
e não deve ser congelada. Laboratório Instituto Butantan. (BRASIL, 2007c).
3.5 ARMAZENAMENTO DE IMUNOBIOLÓGICO
A temperatura utilizada para o armazenamento dos imunobiológicos varia de acordo
com a composição de cada vacina, a maioria delas é armazenada entre 2°C e 8°C. Para que
seja garantida a eficácia de cada imunobiológico é indispensável que os equipamentos
utilizados (geladeira, freezer, termômetro) estejam em boa condição de uso e com a
manutenção em dia, garantindo assim que não ocorra variação de temperatura de forma
inadequada e que algumas vacinas não sofram congelamento. (COVISA, 2010).
A instância regional onde a vacina está armazenada irá determinar o tipo de aparelho
a ser utilizado e a temperatura em que o imunobiológico será mantido. Na instância Estadual
eles são armazenados nos freezers, já na instância Regional são colocados em geladeiras e
freezers e na instância local são armazenados em geladeiras e nas caixas térmicas. (COVISA,
2010).
No nível local as vacinas são armazenadas com temperatura entre 2°C e 8°C, essa
temperatura deve ser mantida nas caixas térmicas e no refrigerador para todos os
imunobiológicos. Esses equipamentos devem cumprir normas para que seja garantido o
controle da temperatura, necessitando também cumprir condições adequadas para realizar o
armazenamento durante todo o ano, capacidade de suportar todo o estoque de vacina a nível
local, esse estoque deve ter uma quantidade suficiente para atender a população local por um
mês. (COVISA, 2010).
29
3.5.1 CÂMARAS ESPECÍFICAS PARA CONSEVAÇÃO
É um equipamento utilizado para armazenamento de imunobiológicos, que possui
alarme que avisa em caso de falta de energia, alteração na temperatura. Possui um termômetro
de máxima e mínima e um funcionamento padrão que é exigido pelo Programa Nacional de
Imunização.
Eles funcionam principalmente com temperaturas baixas entre -20ºC e 2ºC e são
utilizados especialmente para a conservação de vacinas, soros e imunoglobulinas. (ROCHA,
et al., 2001.)
É necessário utilizar a câmara específica para conservação de vacina em local
climatizado, fazendo uso de tomada exclusiva e uso exclusivo para armazenar
imunobiológicos. Os servidores da sala de vacina devem realizar o controle da temperatura,
anotando as temperaturas verificadas no início, no meio e no final da jornada de trabalho,
juntamente com a temperatura ambiente. (COVISA, 2010; ROCHA, et al., 2001.)
A forma que os imunobiológicos são colocados dentro da câmara também influencia
na garantia de sua conservação, elas devem ser coladas permitindo a circulação de ar e longe
das paredes. As bobinas de gelo que acompanham o equipamento devem ser mantidas e
retiradas apenas no momento de limpeza. O equipamento deve ser higienizado e neste
momento os imunobiológicos são transferidos para outro local que garanta o controle da
temperatura. (COVISA, 2010).
3.5.2 GELADEIRAS DOMÉSTICAS
O tipo de geladeira utilizado nos níveis locais para a conservação de imunobiológicos
é preconizado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), são utilizadas geladeiras com
capacidade para 280 litros. (ESCOBAR EMA, 2002)
Não é recomendado o uso de geladeira duplex, pois com duas câmaras é mais difícil
manter a temperatura entre 2ºC e 8ºC. (FUNASA, 2001)
30
Para que possa ser obtido um bom desempenho da geladeira doméstica na conservação
de vacinas é necessário um maior controle da temperatura externa, ou seja, um ambiente
climatizado, pois a temperatura da geladeira doméstica pode variar drasticamente de acordo
com a variação da temperatura externa. Ela não é fabricada para esse fim, por isso não
apresenta uma boa distribuição térmica em todo o interior o termostato não reage ao ar geral
interno e sim a temperatura do evaporador. Por isso alguns cuidados extras são necessários no
uso da geladeira doméstica, os suportes na porta da geladeira devem ser retirados e a tampa da
caixa de verdura também deve ser retirada, porém a caixa de verdura deve ser mantida, pois
auxilia na diminuição da perda de ar frio ao abrir a porta da geladeira. Na primeira prateleira
deve ser colocado as vacinas que podem sofrer congelamento ( pólio, tríplice viral, dupla
viral, febre amarela, varicela), na segunda prateleira as vacinas que não podem ser congeladas
(rotavírus, tetra, DTP, dupla adulto, hepatite B, influenza, pneumo 23 e outras), já na terceira
prateleira devem ser colocados os diluentes, soros e imunoglobulinas. (COVISA)
No inicio da jornada de trabalho as vacinas que serão utilizadas durante o dia devem
ser colocadas em uma caixa térmica de uso diário que possua gelo e termômetro. No
congelador da geladeira doméstica devem ser colocadas bobinas de gelos para que a
temperatura interna do refrigerador se mantenha por mais tempo, com o espaço de 1 cm entre
elas para que o ar frio possa circular. Na gaveta de legumes deve ser colocadas garrafas com
água para que tenha uma melhor estabilidade da temperatura. (COVISA, 2010).
As garrafas contendo água devem conter também corante para que a água não seja
bebida, deve- se utilizar corante da cor azul (azul de metileno, anil, violeta, genciana).
(FUNASA- agosto/2001 – pág.73)
Deve ser realizado limpeza da geladeira doméstica a cada 15 dias ou quando a camada
de gelo atingir 0,5 cm, após a limpeza é necessário esperar a temperatura interna estabilizar
novamente para que os imunobiológicos sejam armazenados.(COVISA, 2010). Durante a
limpeza é importante lembrar que não é recomendado mexer no termostato e nem jogar água
no refrigerador durante a limpeza. (FUNASA, -agosto2001- pág.74). A limpeza deve ser
realizada com pano limpo, água e sabão neutro, os profissionais que lidam com a sala de
vacina possuem uma grande responsabilidade, pois serão eles que irão garantir uma boa
qualidade daqueles imunobiológicos.
31
É importante ressaltar que os imunobiológicos não devem ser guardados dentro do
refrigerador em caixas térmicas, pois elas impedem a condução do frio. (FUNASA-2001)
A falta de um dos equipamentos citados (geladeira doméstica, Câmara fria, caixas
térmicas) pode trazer grandes prejuízos para a qualidade dos imunobiológicos que ali estão
sendo conservados, os aparelhos deve ser utilizado somente para armazenar os
imunobiológicos, uso exclusivo. E eles devem ser colocados da forma que já foi citada,
separados por lotes e datas de validade 3. (COVISA, 2010).
3.5.3 TERMÔMETROS DIGITAIS DE TEMPERATURA MÁXIMA E MÍNIMA
Existem vários tipos de termômetros máximos e mínimos analógica, digitais de
máxima e mínima com cabo extensor, termômetro analógico de cabo extensor, termômetro a
laser e termômetro linear. 10. (COVISA, 2010).
Ele fornece três tipos de temperatura a máxima atingida, a mínima atingida e a
verificada no momento. É de extrema importância o uso do termômetro de máxima e mínima
para a conservação de vacina, pois é ele quem garante que a temperatura está dentro dos
níveis adequados, ele possui uma leitura fácil e uma grande precisão na informação prestada,
um cabo extensor flexível o que possibilita que seja realizado a leitura da temperatura sem
que seja necessário abrir a geladeira. Ele deve ser colocado em todos os equipamentos em que
as vacinas são armazenadas. A pilha do termômetro deve ser trocada a cada seis meses. O
termômetro deve ser fixado com fita adesiva na parede externa do refrigerador, o cabo
extensor deve ficar dentro da geladeira na segunda prateleira dentro de uma das caixas de
vacina. Quando realizar a verificação da temperatura ela deve ser anotada na ficha de controle
de temperatura que deve ser fixada na lateral do equipamento, juntamente com a data e a hora.
(COVISA, 2010).
O termômetro linear deve ser utilizado nas caixas térmicas e não no refrigerador pois
ele mostra apenas a temperatura do momento. A leitura dele é feita lendo a coluna de
mercúrio.
32
Termômetro de cabo extensor também é utilizado nas caixas térmicas, quando o
refrigerador estiver sendo limpo e para o dia de trabalho na sala de vacina, durante os
transportes dos imunobiológicos. Ele é um termômetro linear que se liga a um fio metálico,
onde o visor do termômetro fica do lado de fora da caixa e o sensor do lado de dentro, junto
com as vacinas. (FUNASA- 2001)
A leitura dos termômetros importante para que seja assegurada a qualidade dos
imunobiológicos que ali estão e o bom funcionamento do termômetro também tem que ser
garantido, realizando manutenção sempre que necessário e por precaução. ( RIBEIRO et al .,
2010)
3.5.4 CAIXAS TÉRMICAS
Elas são compostas por material térmico poliuretano ou poliestireno expandido, para
que ocorra um melhor isolamento da temperatura e menos perda de temperatura.
As caixas térmicas são utilizadas em várias situações, e necessitam de uma atenção
especial no momento de seu preparo, para que a temperatura seja mantida de acordo com a
recomendação de 2ºC e 8ºC é necessário fazer a ambientação do gelo reutilizável e ele deve
ser colocado com a superfície seca dentro da caixa térmica e de forma proporcional com a
quantidade de imunobiológicos que serão colocados dentro da caixa, antes de colocar os
imunobiológicos na caixa a temperatura deve ser estabilizada. (COVISA)
A caixa é recomendada para a realização de transporte de imunobiológicos,
acondicionamento de vacinas em várias situações como: campanhas, atividade extra muro,
falta de energia, entre outros. As vacinas não devem entrar em contato com as bobinas de gelo
reutilizável e a caixa deve ser fechada e lacrada, sem esquecer-se de utilizar o termômetro de
máxima e mínima que deve ser colocado no meio das vacinas. (COVISA)
Após a utilização da caixa térmica ela deve ser lavada, enxuta e guardada em local
seco e protegido da luz solar direta. É preciso lembrar que a troca das bobinas de gelo deve
ser feita sempre que necessário. (FUNASA-agosto/2001- pag.75)
33
3.5.5 SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
A falta de energia é uma situação de emergência, que pode gerar perda de todos os
imunobiológicos que estavam no setor onde ocorreu o corte de energia elétrica, quando isso
acontecer à enfermeira deve ser comunicada do ocorrido para que as necessidades cabíveis
sejam realizadas.(COVISA)
Deve ser colocado juntamente do disjuntor que é responsável pela força de energia
elétrica da sala de vacina um aviso dizendo “Antes de desligar esta chave consultar o
responsável pelo serviço de saúde”. (FUNASA-2001)
A porta deve continuar fechada até que a energia volte, a temperatura deve ser
monitorada pelo termômetro digital, se a temperatura atingir os níveis de máxima os
imunobiológicos devem ser transferidos para um serviço mais próximo, se houver ocorrido
apenas um defeito os imunobiológicos devem ser transferidos para outro equipamento.
(COVISA)
É importante manter contato com a responsável pelo fornecimento de energia elétrica
daquela região, para que se tenha conhecimento das possíveis quedas de energia e o tempo de
duração das mesmas. (FUNASA-2001)
3.5.6 ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA
Nos casos em que os imunobiológicos ultrapassarem a temperatura limite 2ºC e 8ºC, a
qualidade deles será julgada, será suspenso à utilização dos imunobiológicos em questão até
que a enfermeira seja comunicada, os frascos abertos serão desprezados, a variação de
temperatura deve ser anotada e notificada, juntamente com os imunobiológicos presentes o
número de lote, quantidade, data de validade, quantidade de dose por frasco, laboratório
produtor e o local onde estavam estocados, motivo da alteração de temperatura. (COVISA,
2010).
Eles serão encaminhados para um reteste, para que se tenha conhecimento da sua
capacidade imunizante. (FUNASA-2001)
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Os frascos que estavam na geladeira no momento da oscilação de temperatura e ainda
podem ser utilizados devem ser marcados com um x e ter a utilização priorizada. (COVISA,
2010).
Os imunobiológicos que devem ou não ser descartados, depende de uma decisão que
deve ser tomada por várias pessoas, nunca isoladamente. (FUNASA-2001)
O nível local é a ultima instância a receber os imunobiológicos e é responsável a
repassar para a população por isso é necessário que seja feito um controle e que haja um
acompanhamento rigoroso dos imunobiológicos que ali se encontram obedecendo todas as
normas técnicas. (COVISA, 2010).
3.5.7 CONSERVAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS
Os imunobiológicos precisão se bem armazenados, pois são muito sensíveis a luz e o
calor, porque em sua formula contém antígenos e adjuvantes. As vacinas que contém em sua
composição adjuvante não podem ser congeladas, portanto são conservadas entre +2 e +8.
(FUNASA, agosto 2001).
3.6 TRANSPORTE ENTRE AS DIVERSAS INSTÂNCIAS
O transporte de imunobiológicos necessita de cuidados especiais para não alterar sua
qualidade. O transporte da esfera nacional para a estadual pode ser realizado via terrestre ou
aérea, o tempo do transporte é monitorado e a temperatura durante o transporte também, são
utilizados companhias transportadoras. Os imunobiológicos são colocados em caixas térmicas
com temperatura de -20ºC com gelo seco, para o transporte daqueles que são conservados
entre +2ºC e +8ºC é utilizado gelo reciclável (ROCHA et al., 2001).
Quando é feito por via aérea as caixas são numeradas e enviadas para cada destino
juntamente com documentos que garantem o fornecimento e o controle do recebimento dos
imunobiológicos. As vacinas virais que devem ser congeladas são mantidas na temperatura de
-55ºC durante o transporte aéreo. (BRASIL, 2001).
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Já durante o transporte da esfera estadual para a regional e municipal é feito por via
terrestre com controle da temperatura dos imunobiológicos e da mesma forma ocorre com o
transporte fluvial. Quando a esfera estadual recebe os imunobiológicos ela deverá verificar a
temperatura dos mesmos e se a quantidade corresponde a especificada no controle de
recebimento. Do nível estadual para o local a temperatura deverá ser verificada durante 30
minutos e a carga deverá ser acompanhado pela nota de fornecimento, formulário de
Detalhamento da Carga e formulário Comprovante de Recebimento de Imunobiológicos.
(BRASIL, 2001)
O acondicionamento das caixas nos veículos onde será realizado o transporte deve ser
feito de forma cuidadosa evitando o contato com a luz solar direta e longe do motor do
veículo. (BRASIL, 2001)
O controle da temperatura deve ser realizado três vezes ao dia no início de cada turno
e ao final do expediente, o termômetro mais recomendado é o termômetro analógico de
máxima e mínima pois, ele fornece as variações de temperatura que ocorreram. Mas também
pode- se utilizar os termômetros digitais de cabo extensor, analógico de cabo extensor ou
termômetro linear. (BRASIL, 2001)
Foi criado um Sistema de Estoque e Distribuição de Imunobiológicos (EDI), que faz o
controle da quantidade de imunobiológicos utilizados e descartados, da temperatura, da
distribuição e todas as movimentações relacionadas a imunobiológicos. (BRASIL, 2011).
36
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Essa pesquisa foi realizada na Central de frio do Distrito Federal e na vigilância
epidemiológica, da Regional do Gama, Ceilândia; e na sala de vacinação de dois centros de
saúde de cada regional em estudo, sendo eles: centro de saúde nº 03 e 05 do Gama e centro de
saúde nº 06 e 09 da Ceilândia. Foram entrevistados um enfermeiro chefe da rede de frio do
Distrito Federal, um enfermeiro de cada vigilância epidemiológica (VE) das 2 regionais e um
servidor de cada sala de vacinação dos centros de saúde pesquisados.
4.1
DADOS
COLETADOS
COM
AS
CHEFIAS
DA
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA (VE)
A pesquisa realizada com as chefias da VE das duas regionais (regional A e regional
B) buscou respostas referentes às perdas, logística, distribuição e temperatura de conservação
dos imunobiológicos.
Quando questionados sobre quantas doses de vacinas foram usadas no mês de
setembro e quantas foram perdidas, foi relado que, na regional A, foram enviadas 306 doses e
perdidas 39 doses, ou seja, foram utilizadas 267 doses. Já a regional B não tinha esses dados,
foi explicado que não existe um sistema eficiente que forneça esses dados e com isso dificulta
o controle de quantas doses são perdidas e a determinação de suas causas.
Quanto às doses perdidas, as principais causas dessas perdas citadas pelas
entrevistadas são: abertura de frasco multidoses e perda da validade após abertura, perda por
validade vencida. Para evitar essas perdas, foi sugerida pela regional B a divulgação que
aquela vacina está disponível para aproveitar o frasco que já está aberto. Na outra VE, da
regional A, foi respondido que as perdas já eram previstas e esperadas, portanto não deu
nenhuma sugestão para reduzir esse tipo de perda.
Os imunobiológicos são produtos sensíveis que necessitam de um cuidado especial em
sua armazenagem, a fim de manter sua eficácia. Outros fatores também podem levar a perda
37
dos imunobiológicos ou até mesmo alterar a sua qualidade comprometendo assim sua
funcionalidade, são eles: fatores como umidade, cepa vacinal e a luz. Esses fatores são muito
relevantes para a qualidade dos imunobiológicos, tanto é que sempre foi norma técnica do
PNI e consta no Manual de Rede de Frio (BRASIL, 2001).
A respeito da logística de distribuição de imunobiológicos na regional, a entrevistada da
regional A disse que os pedidos são feitos quinzenalmente da regional para a central de rede
de frio que mantém um estoque mensal e a cada seis meses é feito um balanço dos
imunobiológicos utilizados para que esse estoque mensal seja mantido e da regional para o
centro de saúde a cada quinze dias. Já de acordo com a profissional da regional B a VE
distribui semanalmente a partir do pedido, eventualmente ocorre entrega fora do prazo.
De acordo com a COVISA (2010) o estoque de imunobiológicos conservados a nível
local deve ser suficiente para atender a população por um mês, mas para que isso aconteça é
necessário que o nível local tenha equipamentos suficientes para que esses imunobiológicos
sejam mantidos de forma adequada e na temperatura entre +2°C e +8ºC, essa temperatura
deve ser mantida no refrigerador e nas caixas térmicas. Portanto é justificável ocorrer a
renovação de estoque fora desse prazo, pois, depende da demanda de clientes e da
disponibilização de equipamentos para conservação.
Ao se perguntar sobre as recomendações de registros das temperaturas, as
participantes da pesquisa das duas VEs disseram que seguem o recomendado pelo Manual de
Rede de Frio, anotam em formulário próprio duas vezes ao dia, sendo uma no início da
jornada de trabalho e outra no final.
Esses dados vão de encontro com os preconizados pelo Manual de Rede de Frio
(2001), que afirma que é necessário que se faça a verificação da temperatura a nível local duas
vezes ao dia, no início e no final da jornada de trabalho. Cabe ressaltar que os
imunobiológicos devem ser mantidos entre +2ºC e +8°C, e que sejam utilizados equipamentos
em bom estado de conservação, pois, é importante a garantia da estabilidade da temperatura
para que os mesmos não sofram congelamento e garantam a sua capacidade imunizante.
38
4.2 DADOS COLETADOS COM A CHEFIA DA CENTRAL DE FRIOS
A garantia das características de imunidade de cada imunobiológico é realizada pela
Rede de Frio que é responsável pela manutenção dos limites de temperatura ideal desde sua
concepção no laboratório produtor até a administração dos imunobiológicos, consiste na
conservação, distribuição, transporte e armazenamento dos imunobiológicos. (BRASIL,
2001).
Em entrevista realizada com a chefe da Central de Frio do Distrito Federal, quando
questionada sobre como funciona a logística pertinente aos imunobiológicos desde a saída do
Ministério da Saúde até as unidades básicas de saúde, foi detalhado que os imunobiológicos
são solicitados mensalmente ao Ministério da Saúde por meio de um sistema eletrônico on
line (Sistema de Informação de Insumos Estratégicos-SIES) de acordo com uma programação
anual de doses a serem administradas a população. Este pedido é avaliado pelo Ministério da
Saúde que envia os imunobiológicos em isopor lacrados com gelox em transporte aéreo. Ao
receber as caixas de isopor todas são abertas e registradas as temperaturas no momento.
Confere-se o quantitativo solicitado e o que está sendo recebido, e então os imunobiológicos
são armazenados na câmera fria. As coordenadoras regionais ao fazerem o pedido de vacinas
no sistema SIES, a equipe da Rede de Frio separa a vacina em caixas térmicas com
termômetro e envia para as regionais. Existe uma escala de distribuição semanal.
As
coordenações regionais armazenam as vacinais e distribuem para as salas de vacinação
mantendo todas as exigências para manutenção adequada de temperatura.
O transporte do nível estadual para o regional e para o nível municipal é realizado por
via terrestre, a temperatura é controlada assim como no transporte fluvial. Ao receber os
imunobiológicos deve- se verificar a temperatura e a quantidade recebida, se ela corresponde
ao número especificado no controle, confirmando assim a importância dos procedimentos
relatados anteriormente pela entrevistada. (BRASIL, 2001).
Do nível nacional para o estadual o transporte pode ser realizado por via aérea ou
terrestre, a temperatura e o tempo de transporte são monitorados. Para que o transporte seja
realizado os imunobiológicos são colocados em caixas térmicas com a temperatura -20°C e é
39
utilizado gelo seco, já para transportar os imunobiológicos que não são congelados é utilizado
gelo reciclável e a temperatura é mantida entre +2°C e +8°C. Durante o transporte aéreo as
vacinas virais são mantidas na temperatura de -55ºC. (ROCHA et al.,2001; BRASIL, 2001).
Quanto à etapa de distribuição em que ocorre perda dos imunobiológicos foi
respondido que pode ocorrer e ocorrem em todas as etapas do processo de armazenamento,
distribuição e uso. As causas dessas perdas podem ser por falta de energia, quebra, falha no
equipamento de refrigeração, validade vencida, etc.
Para que essas perdas sejam minimizadas a entrevistada sugere capacitações
freqüentes, sensibilização dos técnicos das salas de vacina e existência de manutenção
preventiva e corretiva dos refrigeradores. Na prática para evitar essas perdas o setor tem
investido em capacitações, processos de manutenção junto a Secretaria do Estado de Saúde do
Distrito Federal (SES-DF) e compra de equipamentos novos, inclusive de câmaras frias
especificas para acondicionamento de vacinas.
A profissional pesquisada explicou que de acordo com o protocolo, os frascos com
restos/vencidos de imunobiológicos devem ser descartados em recipientes apropriados para
resíduos de serviços de saúde. Os frascos de vacina inutilizados nas unidades de saúde devem
ser acondicionados em sacos plásticos, identificados e transportados com cuidado para evitar
quebras. Atualmente existe na SES-DF uma empresa terceirizada que recolhe o material para
incineração em bombonas tampadas e identificadas como lixo hospitalar, específicas para este
fim. Onde não há coleta de lixo hospitalar, é necessária a inutilização de vacinas por meio de
autoclavação durante 15 minutos a temperatura de +121°C a +127°C.
Ao pedir especificações sobre a normatização de localização dos termômetros e de
seus sensores, nas geladeiras, freezers e nas caixas térmicas. De acordo com a profissional
entrevistada na Central de Rede de Frio existem câmaras frias com termômetro digital externo
com sistema de alarme. O registro de temperatura é feita duas vezes ao dia em mapa de
temperatura. Aos finais de semana é verificada pelos vigilantes que são treinados para este
fim. Nas caixas térmicas para transporte de vacinas o termômetro é externo com cabo
extensor com bulbo no centro da caixa. Ao sair da Central de Rede de Frio e ao chegar na
regional a temperatura é conferida.
40
É importante que a leitura dos termômetros seja realizada de forma segura para
assegurar a qualidade dos imunobiológicos, o bom funcionamento do termômetro tem que ser
garantido e para isso é necessário realizar manutenção preventiva e corretiva. (RIBEIRO, et
al,2008).
4.3 DADOS COLETADOS COM OS FUNCIONÁRIOS DAS SALAS DE VACINAS
Foram coletados dados nas salas de vacinas de 4 centros de saúde, sendo 2 de cada
regional pesquisada. São eles: os Centros de Saúde 03 e 05 da regional de saúde do Gama e
06 e 09 de Ceilândia.
Ao serem questionados como é feita e com que freqüência ocorre à reposição dos
imunobiológicos, em dois dos centros de saúde pesquisados o pedido é feito quinzenalmente
ou quando falta alguma vacina através da solicitação em duas vias, já nos outros dois o pedido
é feito uma vez por semana ou conforme a necessidade.
Quanto os procedimentos seqüenciados ao receberem até o acondicionamento dos
imunobiológicos, em três centros de saúde foi relatado que ocorre o recebimento, e é realizada
a anotação no livro de lote e quantidade de vacinas e o acondicionamento na geladeira.
Somente em um centro de saúde ocorre à verificação de temperatura na caixa de transporte,
confere a data de validade e quantidade recebida para após realizar o acondicionamento dos
imunobiológicos.
Segundo os entrevistados as principais causas de perdas de imunobiológicos desde o
recebimento até a utilização dos mesmos em ordem decrescente são: Abertura de frascos e
não utilização de todo o imunobiológico, validade do lote e falta de energia.
De acordo com BRASIL (2001), as vacinas já diluídas representam perigo quanto ao
crescimento de microorganismos. Por isso é importante o conhecimento do tempo de validade
41
das vacinas após serem diluídas. A grande maioria das vacinas após serem abertas deve ser
usada conforme indicação de tempo, para garantia da qualidade da mesma.
O fator queda de energia citado pelos entrevistados é considerados pela COVISA
(2010) e a FUNASA (2001) como uma situação de emergência e decisiva que pode gerar
perda de todos os imunobiológicos que estavam no local onde ocorreu a falta de energia
elétrica, quando isso acontecer o enfermeiro responsável pelo setor deve ser comunicado
imediatamente para que tome as providencias cabíveis para minimização deste problema. A
porta deve continuar fechada até que a energia volte, a temperatura deve ser monitorada pelo
termômetro digital, se a temperatura atingir os níveis de máxima os imunobiológicos devem
ser transferidos para um serviço mais próximo, se houver ocorrido apenas um defeito os
imunobiológicos devem ser transferidos para outro equipamento.
Segundo Arante e Moraes (2006) a conservação de imunobiológicos em nível local
apresenta falha significativa que pode prejudicar a qualidade da imunização. Esse tipo de
problema acontece em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Os entrevistados deram algumas sugestões para minimização dessas perdas. Segundo
eles as vacinas deveriam vir com dose única em todos os frascos, deveria ser instalados
Nobreak de longa duração e utilizar sempre os lotes com datas mais próximas ao vencimento.
Ao serem questionados sobre a periodicidade de verificação da temperatura e de
anotações das mesmas, em três postos a verificação é feita duas vezes ao dia, sendo manhã e
tarde ou quando é necessária (ocorrendo mudança no clima), a anotação é feita em formulário
próprio, respeitando o que é instruído pelo Manual de Rede de Frio. Em apenas um centro de
saúde a verificação de temperatura é feita quatro vezes ao dia, no início e no final da jornada
de trabalho, e antes e após o almoço.
Cabe ressaltar que a instância regional onde a vacina está armazenada irá determinar o
tipo de aparelho a ser utilizado e a temperatura em que o imunobiológico será mantido. Na
instância Estadual eles são armazenados nos freezers, já na instância Regional são colocados
em geladeiras e freezers e na instância local são armazenados em geladeiras e nas caixas
42
térmicas. Para o transporte de imunobiológicos em situações como: campanhas, atividades
extra-muro, falta de energia, entre outros. Recomenda- se caixa térmica para o
armazenamento de vacinas, elas não devem entrar em contato com as bobinas de gelo, o
termômetro de máxima e mínima deve ser utilizado e colocado no meio das vacinas, a caixa
deve ser fechada e lacrada. (COVISA, 2010).
43
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os imunobiológicos são produtos sensíveis que necessitam de cuidados especiais em
sua conservação, manipulação e transporte a fim de manter sua eficácia, para tanto, tais
procedimentos devem seguir à risca as especificações das normas técnicas do fabricante, do
Ministério da Saúde e da rede de frio da SES-DF.
Os imunobiológicos são solicitados mensalmente ao Ministério da Saúde por meio de
um sistema eletrônico (SIES) de acordo com uma programação anual de doses a serem
administradas à população. O pedido é avaliado pelo Ministério da Saúde que envia os
imunobiológicos em isopor lacrados com gelox em transporte aéreo. Ao receber as caixas de
isopor todas são abertas e são registradas as temperaturas no momento. Confere-se o
quantitativo solicitado e o que está sendo recebido, e então os imunobiológicos são
armazenados na câmara fria, esse procedimento deve ser realizado em todos os níveis. Após
solicitações das vacinas pelas regionais, a equipe da Rede de Frio separa as vacinas em caixas
térmicas com termômetro e envia ao solicitante. Existe uma escala de distribuição semanal.
As coordenações regionais armazenam as vacinais e distribuem para as salas de vacinação
mantendo todas as exigências para a manutenção adequada de temperatura.
A instância regional onde a vacina está armazenada irá determinar o tipo de aparelho a
ser utilizado e a temperatura em que o imunobiológico será mantido. Na instância Estadual
eles são armazenados nos freezers, já na instância Regional são colocados em geladeiras e
freezers e na instância local são armazenados em geladeiras e nas caixas térmicas. Para o
transporte de imunobiológicos em situações como: campanhas, atividades extra- muro, falta
de energia, entre outros recomenda-se caixa térmica.
A respeito da logística de distribuição de imunobiológicos, os pedidos são feitos
quinzenalmente da regional para a central de rede de frio e a regional faz sua distribuição
quinzenalmente, semanalmente ou de acordo com a necessidade para a rede local. O registro
de temperatura é feita no mínimo duas vezes ao dia a nível Central, regional e local, sempre
no início e no final da jornada de trabalho. A temperatura sempre é verificada ao sair do local
44
de estocagem e ao chegar no local destinado. Todas as instancias seguem as recomendações
preconizadas pelo Manual de Rede de Frio para controle e monitorização da temperatura
ideal.
O transporte do nível nacional para o estadual pode ser realizado por via aérea ou
terrestre, do nível estadual para o regional e para o nível municipal é realizado por via
terrestre. Durante o deslocamento a temperatura e o tempo de transporte são monitorados.
Para que o transporte seja realizado os imunobiológicos são colocados em caixas térmicas
com a temperatura -20°C e é utilizado gelo seco, já para transportar os imunobiológicos que
não são congelados é utilizado gelo reciclável e a temperatura é mantida entre +2°C e +8°C.
As perdas dos imunobiológicos podem ocorrer em todas as etapas do processo de
armazenamento, distribuição e uso. As causas dessas perdas podem ser por falta de energia,
quebra, falha no equipamento de refrigeração, validade vencida, etc., sendo que a principal
causa citada é por abertura de frasco multidoses e perda da validade após abertura.
Para que essas perdas sejam minimizadas foi sugerido divulgação das vacinas,
produção de frascos unidoses, instalação de Nobreak, capacitações freqüentes e manutenção
preventiva e corretiva dos refrigeradores.
Conclui-se que as perdas estão dentro do esperado, e que o principal motivo de perda
relatado, ocorre a nível local em decorrência da abertura de frascos multidoses e vencimento
dos mesmos antes da utilização de todo o seu conteúdo.
Esse trabalho encontrou dificuldade na pesquisa bibliográfica, pois, a literatura dispõe
de pouca produção científica na área de logística e perdas de imunobiológicos, existindo
principalmente manuais do Ministério da Saúde e da Secretaria do Estado de Saúde contendo
normas e protocolos a serem seguidos
45
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49
APÊNDICE A
Questionário de entrevista das gestoras das VE das regionais do Gama e Ceilândia
Regional: ___________________________
1 – No último mês, quantas doses de vacinas foram usadas e quantas foram perdidas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2 – Dentre as doses perdidas, cite em ordem decrescente quais foram as principais causas
dessas perdas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3 – Para cada causa de perda de vacina, dê sua sugestão para a redução.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4 – Como é feito a logística de distribuição de imunobiológicos na regional?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5 – Quais são as recomendações de registros das temperaturas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
50
APÊNDICE B
Questionário de entrevista da gestora da rede de frio do DF
Regional: ___________________________
1 – Detalhe a logística pertinente aos imunobiológicos desde a saída do Ministério da Saúde
até as unidades básicas de saúde.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2 – Em qual das etapas ocorre perda dos imunobiológicos? Especifique as causas.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3 – Na sua opinião, como essas perdas poderiam ser minimizadas? E na prática, o que tem
sido feito para que ocorra essa diminuição de
perdas?_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4 – Explique detalhadamente, de acordo com o protocolo, em quais condições os
imunobiológicos devem ser desprezados?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5 – Especifique a normatização de localização dos termômetros e de seus sensores, nas
geladeiras, freezers e nas caixas térmicas. Como deve ser feito o registro das temperaturas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
51
APÊNDICE C
Questionário de entrevista dos servidores das salas de vacinas dos Centros de Saúde 03 e
05 do Gama e 06 e 09 de Ceilândia
Regional: ___________________________
Unidade de saúde: ___________________________
1 – Como é feita e com que freqüência ocorre a reposição dos imunobiológicos?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2 – Seqüencie o procedimento desde o recebimento até o acondicionamento dos
imunobiológicos?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3 – Liste em ordem decrescente as principais causas de perdas de imunobiológicos desde o
recebimento até a utilização dos mesmos.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4 – Dê sugestões para minimização dessas perdas.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5– Qual a periodicidade de verificação da temperatura e de anotações das mesmas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
52
ANEXO A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
O (a) senhor (a) está sendo convidado (a) a participar da pesquisa “Logística, conservação e
fatores relacionados às perdas de imunobiológicos”, que tem como objetivo geral identificar
os principais fatores causais das perdas dos imunobiológicos, como é realizado o transporte,
armazenamento e controle térmico desde o centro produtor até o nível local de consumo da
rede pública de saúde do Distrito Federal.
O (a) senhor (a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa
e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através
da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a).
A sua participação será através de uma entrevista que você deverá responder no setor de
vigilância epidemiológica na data combinada com um tempo estimado de 20 minutos. São
garantidos os seguintes direitos:
Não há qualquer obrigatoriedade em sua participação; o (a) senhor (a) poderá solicitar
informações sobre a pesquisa a qualquer tempo para os responsáveis: Maurício de Oliveira
Chaves, pelo telefone (61)34040687; Jéssica Nathália Silva Severino (61)84006184; Cherly
Dayane Ribeiro Dias (61) 85394341; CEP/SES/DF, pelo telefone (61)33254955.
Sua identidade será mantida em sigilo; o(a) senhor(a) tem direito em não responder qualquer
questão que julgue prejudicial a sua integridade física, moral e social;
Desistir, a qualquer tempo, de participar da pesquisa sem risco de ser penalizado sob qualquer
forma; a segurança de que não terá nenhum tipo de despesa material ou financeira decorrente
dessa pesquisa;
A participação nessa pesquisa não terá riscos ou prejuízos de qualquer natureza; a sua
participação é voluntária e sem interesse financeiro. O (a) senhor (a) não terá direito a
nenhuma remuneração.
Este termo foi elaborado em 02 (duas) vias, sendo uma do pesquisador e outra do sujeito da
pesquisa.
O resultado da pesquisa será divulgado através de relatório com finalidade acadêmica e em
órgãos de divulgação científica em que o mesmo seja aceito. As entrevistas e os dados
coletados ficarão sob responsabilidade do pesquisador e armazenados por um período de dois
anos.
Assinatura do participante:__________________________________
Assinatura do pesquisador:__________________________________
Brasília, ___de______________de 2011.

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