Revista Canavieiros

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Revista Canavieiros
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Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
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Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Editorial
C
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“Caminhos da Cana”:
segunda fase concluída
om metas arrojadas de ampliar conhecimento e debater problemas do setor sucroenergético,
a segunda fase do projeto “Caminhos da Cana” foi concluída. A iniciativa tem como objetivo
transmitir à sociedade, os benefícios da produção e do uso do etanol como energia limpa, renovável e sustentável de origem agrícola. Além disso, através de um estudo realizado pela Markestrat,
que mapeou e quantificou o setor na safra 2013/2014, foram revelados números impressionantes do
segmento, como o PIB estimado em US$ 107,72 bi, a geração de 613 mil empregos diretos e a arrecadação de US$ 8,52 bi em impostos agregados. Esse é o assunto da Reportagem de Capa desta última
edição da Canavieiros em 2015.
A jornalista, especializada em economia, Salette Lemos, e o diretor técnico da UNICA (União da Indústria da Cana-de-açúcar) Antonio de Pádua Rodrigues, são os entrevistados deste mês. Salette falou
sobre a situação política e econômica do Brasil e Pádua fez uma análise da safra canavieira.
As notícias do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred mostram os principais acontecimentos
realizados pelas cooperativas e associação. Dentre eles, o IV Encontro de Gerentes que contou com a
participação de mais de 200 formadores de opinião. O evento apresentou as palestras da jornalista Salette Lemos e do professor Marins. Confira!
O professor Marcos Fava Neves, que assina a Coluna Caipirinha, traz os números da safra e o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, abordou o “Acordo de Paris e os reflexos para o setor sucroenergético”, em Assuntos Legais.
Pontos de Vista, Informações Setoriais, Artigos Técnicos e a participação de líderes do setor em diversos eventos também são apresentados na edição de dezembro.
Aproveitando a última edição da nossa Revista Canavieiros, desejamos a todos os nossos leitores boas
festas e um excelente ano novo. Que a esperança de dias melhores se renove em nossos corações! Boa leitura!
Boa leitura!
Conselho Editorial
RC
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
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Impressão: São Francisco Gráfica e Editora
Revisão: Lueli Vedovato
Tiragem DESTA EDIçÃO:
22.000 exemplares
ISSN: 1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
As matérias assinadas e informes publicitários
são de responsabilidade de seus autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada,
desde que citada a fonte.
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Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Foto: Rafael Mermejo
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Ano IX - Edição 114 - Dezembro de 2015 - Circulação: Mensal
Índice:
Capa - 28
Semeando externalidades
“Caminhos da Cana” desbrava cidades canavieiras, disseminando informações sobre o setor sucroenergético com a intenção de inspirar a
valorização do combustível renovável
e da cogeração de energia
08 - Entrevista
Antônio de Pádua Rodrigues
diretor técnico da UNICA
14 - Notícias Copercana
- Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred realiza o IV Encontro de Gerentes
16 - Notícias Canaoeste
- Canaoeste e Copercana realizam treinamentos em parceria com o Centro de Cana
do IAC
- Canaoeste participa do evento de encerramento da safra 2015/16 da Guarani – Grupo Tereos
22 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal
E mais:
Entrevista:
Salette Lemos
.....................página 05
Pontos de Vista:
Martinho Seiiti Ono
.....................página 10
Coluna Caipirinha
.....................página 12
Assuntos Legais
.....................página 20
Destaque:
Clima de otimismo marca cerimônia
do Prêmio VisãoAgro 2015
.....................página 30
Setor sucroenergético vive um bom
momento
.....................página 34
Cerimônia de posse reúne a nova diretoria – Triênio 2016/18 do CEISE Br
.....................página 36
GIFC encerra o ano com balanço
positivo
.....................página 38
46 - Artigo Técnico
Alunos do projeto Jovem Agricultor
do Futuro recebem certificado em
Sertãozinho-SP
.....................página 42
- Avaliação biométrica de vinte e quatro cultivares de cana-de-açúcar (saccharum
spp) no município de Igarapava/SP
Informações Setoriais
.....................página 44
Artigo Técnico II:
Custo Padrão - fundamentos de
eficiência e eficácia
.....................página 50
Classificados
.....................página 52
Cultura
....................página 58
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
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Entrevista I
“Um caos. Não existe nada que traduza melhor a
situação política e econômica do país hoje”
Salette Lemos
Destaque no ranking dos
telejornalistas brasileiros, Salette
Lemos faz do jornalismo uma
ferramenta de reflexão social e
de cidadania. Analista econômica
nas principais redes de televisão
do país e repórter especial da
imprensa escrita, a jornalista
especializada em economia
pela Fundação Getúlio Vargas
é hoje uma das mais eminentes
propagadoras de conhecimento
econômico. Salette esteve em
Sertãozinho-SP, onde participou
como palestrante no IV Encontro de Gerentes organizado pelo
Sistema Copercana, Canaoeste
e Sicoob Cocred em novembro e
na oportunidade concedeu entrevista à Revista Canavieiros.
Acompanhe.
Fernanda Clariano
Revista Canavieiros: Em um setor
dominado por homens como a economia,
como foi para você entrar neste universo?
Salette: Foi muito curioso porque
eu era jovenzinha, e não se viam mulheres na redação do jornal O Estado
de S.Paulo. Eu trabalhava na editoria de
esportes e quando chegava o caderno de
economia, eu não entendia uma palavra
do que eles tinham escrito e eu andava
atrás do editor chefe de economia e dizia: “o que é que você quis dizer com
isso aqui?”, e ele explicava. Logo eu fui
transferida do esporte para a economia
e fiquei completamente apaixonada pela
economia e por finanças. Hoje sou documentarista e cubro o Brasil e a América
Latina para a BBC de Londres, faço documentários e vou me virando.
Revista Canavieiros: Como você
avalia atualmente a mídia de economia?
Tem algum jornalista que se destaca?
Salette: Um lixo. Aqueles que estão aí estão comprometidos. Eu, Luis
Nassif, Mirian Leitão, Celso Ming,
começamos com o jornalismo econômico de prestação de serviços para que
houvesse mais cidadania e mobilização
das pessoas em torno das questões econômicas, mas falávamos o economês
e ninguém entendia o noticiário econômico. A Miriam Leitão hoje é uma
pessoa de valor, uma colega de valor.
É uma pessoa que ainda mantém certa
independência editorial.
Revista Canavieiros: Antigamente
ouvíamos dizer que o Brasil era o país
do futuro. Ainda se pode afirmar isso?
Salette: Interessante porque eu fui
criada ouvindo isso e hoje eu percebo que o futuro passou como se fosse
um trem e nós perdemos. É claro que
volta, nós vamos ter novas oportunidades, mas nada que se traduz em curto
prazo. O desajuste e a dificuldade de
superação hoje são muito grandes, não
em função exatamente do tamanho do
desequilíbrio das contas públicas que é
básico, como no seu orçamento, no seu
casamento. Você tem que manter seu
orçamento sobre controle, na hora que
a coisa desagrega você perde o controle
das contas e perde a família.
Revista Canavieiros: Como você
vê a situação política e econômica do
país hoje?
Salette: Um caos. Não existe nada
que traduza melhor do que um caos. É
o caos da falta de controle, é o caos do
descaramento, é o caos do desajuste na
questão das contas públicas, é o caos na
apatia que não reage a esse estado de
coisa. É um caos em paralisia, é uma
perda total de controle, de planejamento, de perspectiva, de expectativa. Um
momento muito delicado.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
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Revista Canavieiros: A crise que o
Brasil enfrenta hoje é um desdobramento da crise financeira mundial iniciada em 2008?
Salette: Não é um desdobramento,
nós vivemos a mesma crise. As pessoas costumam me indagar sobre o
que aconteceu. Na época me paravam
nos supermercados e todo mundo
queria saber, mas como? É a quebra
de uma economia, com a economia
americana, quem ficou com esse dinheiro? Na verdade, o que quebrou
os Estados Unidos não foi o fator financeiro, foi a saturação de um modelo, isso que é muito interessante.
Na verdade, a partir daquela crise,
o cidadão americano se reportaria
em relação à aquisição de bens de
consumo de uma outra forma. E nós
estamos nos debatendo nessa busca
de um novo modelo de desenvolvimento até hoje. De alguma forma,
nós não vivemos os desdobramentos
da crise de 2008, nós vivemos a crise
de 2008, que tem como característica
básica a busca de um novo modelo de
desenvolvimento econômico.
Revista Canavieiros: Você concorda que estamos vivendo um momento
especial na economia?
Salette: Um momento único. Eu estou há 35 anos no jornalismo, eu nunca vi uma crise deste tamanho e dessas
proporções no que diz respeito à ética,
moralidade, dignidade, incompetência,
eu nunca vi nada parecido.
Revista Canavieiros: Há possibilidade de se fazer uma reforma fiscal
diante do atual cenário em que se encontra o país?
Salette: Nenhuma possibilidade,
chance zero. Não é só reforma fiscal, eu
atribuo a reforma política como hoje,
mais importante inclusive do que a reforma fiscal. Sem a reforma política nós
não vamos ter reforma nenhuma e sem
reforma constitucional o Brasil não vai
sair do buraco.
Revista Canavieiros: Governo Dilma, você pode falar algo?
Salette: Sim, eu posso. Exatamente
por isso que eu não estou mais trabalhando na mídia brasileira, eu sofri mui-
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ta perseguição do partido do governo.
Todos os telejornais são financiados
pelo Correio, Petrobras e Banco do
Brasil e qualquer emissora que eu entre, perdem o patrocínio. É muito difícil, eu sofri essa perseguição política. A
pergunta é sobre o governo Dilma, mas
esse governo não existe. Não começou
ainda e não vai começar certamente
porque ela não tem base de sustentação
e o primeiro mandato foi uma catástrofe, que chegou no limite e paralisou.
Desarranjou tudo que nós havíamos
levado anos, desde o Plano de Estabilização que trouxe o Real, lá em 2004,
ficamos anos e anos nos ajustando e de
repente foi tudo para os ares e nós nos
paralisamos aí. Estamos todos perplexos diante de um incêndio e que não
existe nenhuma mobilização no sentido
de se apagar esse incêndio. RC
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Entrevista II
“Não haverá riscos de faltar etanol”
Antônio de Pádua Rodrigues
A afirmação acima é do diretor técnico da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Antônio de
Pádua Rodrigues, em entrevista concedida durante o 14º Seminário de Produtividade e Redução de Custos
da Agroindústria Canavieira, realizado pelo grupo IDEA, em Ribeirão Preto. Na oportunidade, Pádua fez
uma análise sobre a atual conjuntura sucroenergética.
“Não há risco de
faltar etanol. O setor
tem um compromisso
com o abastecimento
e o etanol anidro já
está todo contratado
pelas distribuidoras”
Fernanda Clariano
Revista Canavieiros: As chuvas
ocorridas na segunda quinzena de novembro devem prejudicar a moagem
de cana-de-açúcar no Centro-Sul?
Pádua: Sim, sem dúvida alguma,
porque foi uma quinzena muito chuvosa. O ano de 2015 talvez teve o maior
índice de chuva na região canavieira
dos últimos 20 anos. A própria moagem
de cana em novembro, apesar do grande número de empresas em processamento, não vai ter um número expres-
sivo. Provavelmente vai ficar na faixa
de 50% do potencial mensal. Isso fez
muitas empresas que tinham uma previsão de encerrar a safra em dezembro,
postergarem a data de encerramento.
Revista Canavieiros: Até o dia 16
de novembro, apenas 26 unidades produtoras haviam encerrado a moagem,
contra 78 unidades até a mesma data
de 2014. O que explica?
Pádua: Primeiro o grande desen-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
volvimento na lavoura. Não havia
expectativa de uma oferta de cana tão
grande, foi um ano que ajudou demais
a questão do desenvolvimento da planta que cresceu, aumentou a produtividade e foram perdidos muitos dias de
processamento e de moagem. Além
disso, como nem todas as empresas
acreditavam nessa oferta de cana, muitos iniciaram a safra mais tarde. Então,
foi um ano muito bom para o desenvolvimento da soqueira.
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Revista Canavieiros: Como está
a produção de açúcar em relação a
de etanol?
Pádua: Sem dúvida alguma foi uma
safra bem alcooleira, onde aproximadamente 41% da cana foi para fabricação
de açúcar e 59% para o etanol.
Revista Canavieiros: Há riscos de
faltar etanol?
Pádua: Não há risco de faltar etanol, o setor tem um compromisso com
o abastecimento. O etanol anidro já
está todo contratado pelas distribuidoras. O que de fato aconteceu é que
durante o período de abril até setembro-outubro, houve uma grande venda de etanol hidratado devido à alta
competitividade do mercado de etanol
frente ao preço da gasolina. Já há uma
correção nesse mercado e no momento existe uma queda de consumo de
combustível no país. Essa queda de
demanda, com ainda muita cana a ser
processada e o início da safra mais
cedo em 2016/17, vai fazer com que
nós tenhamos uma passagem de safra
até certo ponto menos traumática e
com maior tranquilidade.
“A nossa expectativa é
que a safra feche com
1,85 bilhão de litros de
exportação”
Revista Canavieiros: As exportações de etanol devem atingir a projeção da UNICA?
Pádua:O preço baixo no Brasil e
desvalorização do real abriram uma
janela de exportação para o mercado
americano e para a China. Atualmente,
a nossa expectativa é de que feche com
1,85 bilhão de litros de exportação durante a safra 2015/16.
Revista Canavieiros: Como anda
a atual conjuntura sucroenergética?
Pádua: Nós estamos vivendo o
início de um novo ciclo, de um novo
cenário, muitas coisas aconteceram
desde novembro de 2014, tem uma
mudança na precificação e nos tributos da gasolina. Houve mudança na
política do ICMS de vários Estados.
Há novamente um equilíbrio no mercado internacional de açúcar até com
a possibilidade de déficit de açúcar,
isso vai fazer com que os preços subam, um câmbio valorizado, o que
traz uma perspectiva para os próximos ciclos de cana-de-açúcar. Evidentemente que é hora de fazer uma
gestão, de investir na produção, na
produtividade, é hora de investir na
redução de custos. Agora é hora de
acertar a casa.
Revista Canavieiros: Qual é a projeção de safra para 2016/17 no Centro-Sul?
Pádua: A safra de cana de 2016/17
será igual a de 2015, fechando entre
630/640 milhões de toneladas. RC
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Ponto de Vista
Participação do Hidratado no Ciclo Otto cresceu
Martinho Seiiti Ono
D
epois de 6 anos com o preço da
gasolina congelado e, nesse ínterim, com redução da CIDE a
zero para segurar a inflação, o Governo
levou a Petrobras a uma situação caótica e o setor sucroenergético ao maior
nível de endividamento, com dezenas
de pedidos de recuperação judicial,
além de várias unidades que encerraram
suas atividades.
Com a volta da CIDE, aumento da
mistura de anidro na gasolina e incentivo tributário ao etanol em alguns
Estados brasileiros, em 2015 o etanol
hidratado voltou a ganhar expressiva
participação no Ciclo Otto.
O cenário parecia perfeito para a recuperação de vendas de etanol com boa
margem de remuneração ao produtor.
Mas o que de fato aconteceu?
Mesmo com a debilitada situação
econômica do país, com reflexo direto
ao setor automotivo, o biocombustível ganhou expressiva participação na
matriz energética do Ciclo Otto. No
Estado de São Paulo, tradicionalmente o maior consumidor do combustível renovável, a participação do etanol hidratado em gasolina equivalente
saltou de 30% no início da safra passada para 43,7% em outubro último.
Esta mesma tendência de recuperação
se estendeu praticamente em todos os
Estados. Somando hidratado e anidro,
a participação de ambos no Brasil,
pela mesma relação de tempo, saltou de 41% para 51%. Porém, o preço recebido pelos produtores durante
quase toda a safra foi decepcionante
(o produto chegou a ser vendido com
paridade de 61% no Estado de SP),
não aproveitando todo o potencial de
elevação que o aumento da gasolina e
os demais incentivos ofereceram.
Pelos nossos cálculos, vendemos
etanol R$ 150/m³ abaixo do preço ideal
SP
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Martinho Seiiti Ono
para mantermos uma paridade de 68%
em relação à gasolina. Com vendas de
1.600mil m³/mês de hidratado e 800
mil m³/mês de anidro (que tem seu preço indexado ao hidratado), podemos
concluir que as usinas do Centro-Sul
deixaram de receber R$ 360 milhões de
receita por mês, ou aproximadamente
R$ 2 bilhões em 6 meses.
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Para comprovar a não necessidade
de baixar tanto o preço do hidratado,
em outubro comercializamos hidratado em SP com 68,3% de paridade
e tivemos o recorde de vendas, com
preço médio líquido de R$ 1.528,80/
m³, altamente remunerador.
O que esperar do futuro?
Com a recuperação do preço do
açúcar no mercado internacional e
com o real desvalorizado, as perspectivas de remuneração do açúcar e
do etanol para 2016 deverão ser melhores que as últimas safras.
A crítica situação da Petrobras e
a necessidade de arrecadação do Governo abrem a possibilidade de novo
aumento de gasolina, dando ao preço
do etanol espaço para novos ganhos.
Pelo lado da produção de cana de
açúcar na safra 16/17, não é esperada
significativa alteração no volume total em relação à safra 15/16. Devido
à recuperação do preço internacional,
a produção de açúcar deve aumentar
e a do etanol se manter estável.
É importante destacar que o etanol
hidratado, cuja demanda é variável,
permite à indústria sucroenergética
ter flexibilidade no uso da matéria-prima, definindo então o tamanho
da produção de açúcar. Assim, considerando as condições de estoques
mundiais da commodity e o peso que
o Brasil exerce sobre o mercado, essa
elasticidade na oferta pode alterar os
preços internacionais.
Para assegurar o retorno dos investimentos em novos projetos de
“greenfields”, temos que continuar
negociando com o Governo a definição de política pública para os
biocombustíveis, garantindo participação efetiva na matriz energética
do Ciclo Otto, assim como na remuneração de energia elétrica oriunda
do bagaço da cana, sempre enaltecendo e valorizando os benefícios
ambientais, sociais, trabalhistas e
econômicos. Apenas no curto prazo,
vislumbramos sobrevida no sofrido
segmento sucroenergético.
Martinho Seiiti Ono é presidente
da SCA Trading S/A.RC
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Coluna Caipirinha
Caipirinha
Terminamos 2015... um ano complicado
O que acontece com nosso agro?
O crescimento da economia mundial em 2015 deve ficar em 3%, menor
que os 3,4% observados em 2014.
Diversos bancos e consultorias
estão revendo para baixo o desempenho
da economia brasileira em 2015 e 2016.
Algumas esperam tombo acima de 3,3%
neste ano e quase 3% em 2016. Um cenário complicado de redução de 6,5% na
economia brasileira em dois anos.
A taxa de juros deve se manter
em mais de 14% ao ano, agravando a
situação das empresas endividadas.
Na soja, o USDA (Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos) estima a produção americana em 108 m.t,
a brasileira em 100 m.t. e a Argentina
em 57 m.t. Para o Brasil, a CONAB
(Companhia Nacional de Abastecimento) estima 102 m.t. plantados em 33
milhões de hectares (produtividade de
3,08t/ha). Cerca de 40% da produção já
está vendida. Projeções indicam o mesmo preço em 2016.
No milho, o USDA estima produção americana em 347 m.t (4% menor),
a brasileira em 81,5 m.t. e a Argentina
em 25,6 m.t. Para o Brasil a CONAB estima 82 m.t., sendo 27,3 m.t. da primeira
safra e 54 m.t. da segunda safra. O Brasil
deve exportar mais de 28 m.t. Espera-se
um preço relativamente maior.
O que acontece com nossa cana?
Finalizado novembro, a moagem
chegou a 563 m.t., sendo 1,64% maior
que na safra 2014/15. O mix da quinzena chegou a incríveis 67% para etanol.
O mix da safra toda está em 58,7% para
etanol. O ATR caiu muito no mês, o
que puxou a média do ano para 132,66,
mais de 3% menor que 2014.
O valor do ATR pelo Consecana
em outubro já capta os novos preços e
vai a R$ 0,5467 puxando a média da safra para 0,5026. Espera-se que a safra
feche a R$ 0,5256.
Agroconsult fez projeções finais
para esta safra (2015/16) e para a próxima (16/17) estimando que o resultado operacional das usinas será positivo
em aproximadamente R$ 20 bilhões em
cada uma das safras, o que permitirá a
redução do endividamento (estimado
em R$ 85 bilhões), em aproximadamente 10% ao ano. Em grandes números, estima-se o faturamento da casa de
R$ 80 a 85 bilhões e uma despesa operacional ao redor de R$ 60 a 65 bilhões.
Fruto da mudança de cenário
para o setor, as ações das empresas listadas em bolsa tiveram seus papéis valorizando em mais de 20%. Espera-se
que seus resultados no último trimestre
de 2015 sejam muito bons.
Grupo Tereos inicia processo
para comprar ações no mercado a um
valor bastante atrativo aos minoritários.
Mais um caso do endividamento
comendo o resultado operacional. No segundo trimestre da safra, a USJ apresentou resultado positivo de quase R$ 155
milhões. Quando se coloca o financeiro,
houve prejuízo de quase R$ 70 milhões.
O que acontece com nosso açúcar?
A produção acumulada de açúcar
na safra está em 29,4 m.t., 6,42% abaixo de 2014/15.
Em novembro exportamos 2,35
m.t. de açúcar, 15,8% a mais que em
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Marcos Fava Neves*
mesmo período de 2014. Quando se
considera o ano todo, a queda foi de
3,2%, com 21,1 m.t.
Segundo a Archer, cerca de
55% do açúcar a ser exportado (13
m.t.) está fixado a um preço médio
de R$ 1172/t (13,57 cents/libra peso)
com picos de R$ 1300/t.
A Índia segue atrapalhando o
mercado mundial, com subsídio aos produtores para tentarem colocar 4 m.t. no
mercado mundial. A boa notícia é que a
produção deve cair 4,6%, descendo de
28,1 m.t. em 2014/15 para 26,8 m.t.
A Rússia, que já foi um dos grandes compradores do mercado mundial,
está muito perto da autossuficiência,
com a produção de açúcar de beterraba.
A União Europeia estima em 18
m.t. a produção após a mudança do regime de cotas de 2017. Isto representa
um aumento de 15% da produção atual.
Resta saber se com os atuais preços e os
custos de produção na Europa, se isto se
mantém por muito tempo.
Estima-se ligeira queda na produção chinesa e as importações de açúcar
no ciclo 2015/16 podem chegar a 6 m.t.
A Indonésia deve importar em
2016 algo próximo a 3,25 m.t., contra
3,1 m.t. em 2015. Este crescimento é
puxado pelo aumento do consumo de
alimentos e bebidas.
Morgan Stanley projeta déficit de
3,7 m.t. no ciclo 2015/16.
Já existem estimativas de que o
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consumo na safra 2015/16 será de 175
m.t., e a produção chegaria a 170 m.t,
derrubando em quase 5 m.t. os estoques.
O que acontece com nosso etanol?
O consumo acumulado de combustíveis no Brasil até o final de outubro
estava 1% maior que o mesmo período de
2014. Nestes últimos meses, a queda tem
sido entre 2 a 3%, mesmo assim o Sindicom aposta que cresça 1% em 2015.
A produção de etanol acumulada
na safra está em 25,78 bilhões de litros.
A venda pelas usinas em novembro
atingiu 2,517 b.l., sendo 1,570 b.l. de
hidratado (300 milhões acima da safra
anterior) e 946 m.l. de anidro. Estima-se o consumo de hidratado em 1,43 b.l.
ainda um número elevado para enfrentar a entressafra.
Mesmo com a questão cambial,
em novembro foram exportados 270
m.l. No acumulado até novembro, exportamos 1,57 b.l., 25% a mais que o
mesmo período do ano passado.
Hoje temos 60% da frota de veículos leves no Brasil com motores flex.
Devemos chegar a 80% em 2018.
Dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram crescimento de consumo de etanol no Brasil em quase 43%
até o final de outubro.
O Governo anunciou na COP21
em Paris a meta de produção de 50 bilhões de litros de etanol em 2030, contra 28 bilhões de litros hoje. Com isto a
participação do etanol na matriz energética seria de 16%. Para atingir este
resultado, segundo a UNICA (União da
Indústria da Cana-de-Açúcar) precisa-
remos de mais 75 novas usinas, e um
investimento de US$ 40 bilhões.
A subida recente de preços pode
fazer com que a média desta safra chegue perto de R$ 1,40/l. Melhor que em
2014/15, mas ainda um valor insuficiente
para os grupos que tiveram produtividade
mais baixa e elevado endividamento.
A EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) divulgou as metas de
uso de combustíveis renováveis para
2016. Este aumentou para 68,54 bilhões
de litros, 10,10% do total de combustíveis consumidos. O etanol de milho
passa para 54,88 b.l. Já o etanol de cana
enquadra-se na categoria de outros, que
tem meta de uso de 5,6 b.l. Ou seja, se
tiver produto e preço, temos mercado
aberto ao etanol de cana nos EUA.
Documento enviado à Convenção
das Nações Unidas para o clima pelo Governo Chinês impressiona pelos números
prometidos em redução de emissões. Há
um compromisso também de iniciar em
2017 o mercado de créditos de carbono.
Uma visão de longo prazo do
Petróleo (baseado em texto de Martin
Wolf, do Financial Times):
- Os preços caíram mais de 50% entre julho de 2014 e o final de 2015.
- A ideia de que o petróleo é um
recurso esgotável pode estar sendo
questionada. Basta dizer que o mundo
consumiu nos últimos 35 anos 1 trilhão
de barris e viu as reservas mundiais aumentarem em 1 trilhão de barris.
- Estima-se que em 2035 a China importará 75% do seu consumo, e a Índia
90%, sendo os grandes importadores
mundiais. Serão responsáveis por 60%
do aumento da demanda até 2035.
- A Agência Internacional de Energia
prevê preços entre US$ 50 a US$ 80 o
barril em 2020. Acredita que a super-oferta que vivemos agora passará. No
caso do cenário de 50, considera-se que
os EUA continuarão produzindo à partir do xisto e a OPEP (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) não
reduzirá a oferta.
- Passa a crescer a visão que o mundo
tem mais petróleo que conseguirá queimar, se quiser fazer frente ao problema
ambiental, e limitar a dois graus no máximo o acréscimo de temperatura global.
- O petróleo de xisto é lucrativo na
faixa de US$ 50 a US$ 60. Os EUA partiram de uma produção de quase zero em
2010 para 4,5 milhões de barris por dia
em 2015. Expandiu quase que o dobro
do crescimento da demanda mundial.
- Como conclusão, se de um lado o
petróleo mais barato afeta o etanol, o
problema ambiental mundial se agravou e coloca o petróleo sob pressão,
beneficiando os renováveis. Mas para
isto, precisa de política pública, pois
se depender da economia, o negócio é
queimar petróleo.
Quem é o homenageado do mês?
Todo mês homenageamos um
lutador da causa da cana, da causa do
agro. Nesta edição, minha homenagem
vai ao Luciano Rodrigues, da UNICA.
Jovem dedicado ao setor e responsável
por muita informação inspiradora.
Haja Limão: o limão do mês vai
para a volta da inflação, com grande força. Que pena, uma das nossas conquistas
foi para o lixo com este Governo medíocre. Parabéns aos responsáveis!
Marcos Fava Neves é Professor Titular
da FEA/USP, Campus de Ribeirão Preto.
Em 2013 foi Professor Visitante Internacional da Purdue University (EUA) e desde
2006 é Professor Visitante Internacional da
Universidade de Buenos Aires.RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
14
Notícias Copercana
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob
Cocred realiza o IV Encontro de Gerentes
O evento reuniu cerca de 200 profissionais da matriz e das filiais do Sistema em Sertãozinho-SP
Fernanda Clariano
P
or mais um ano, o Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob
Cocred, mobilizou gerentes da
matriz e filiais para um exercício de
reflexão e conhecimento sobre o que
está acontecendo no país e no mundo
em termos de economia e também para
proporcionar um momento de descontração fora do ambiente de trabalho. O
IV Encontro de Gerentes foi realizado
no dia 25 de novembro, no auditório da
Canaoeste em Sertãozinho-SP e reuniu
cerca de 200 profissionais.
Este ano quem abrilhantou o evento,
que teve como tema “Para o negócio se
manter vivo é preciso se reciclar”, foram
a jornalista Salette Lemos e o antropólogo
e professor, Luiz Almeida Marins Filho.
Salette faz do jornalismo uma ferramenta de reflexão social e de cidadania
e é hoje uma das mais eminentes propagadoras de conhecimento econômico. No encontro, a jornalista discorreu
sobre “Política Econômica Brasileira”,
onde convidou os participantes a refletir
sobre o que está acontecendo na economia brasileira, por que está acontecendo e a conjuntura econômica. “Este é
um momento especial na economia e
nós temos por hábito a reclamação, o
desencanto, mas precisamos “sair da
casinha” e enxergar o mundo lá fora.
É preciso que todos nós tenhamos esse
momento de reflexão”, disse a jornalista que ainda, ao falar de crise, citou
Albert Einstein. “Quem supera a crise,
supera a si mesmo. Não existe falta de
solução, existe falta de vontade”.
Já “Os desafios da motivação pela
razão e não pela emoção num mercado
extremamente competitivo” foi o as-
Salette Lemos
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Luiz Almeida Marins Filho
sunto discutido pelo professor Marins,
que é consultor de empresas no Brasil e
exterior, empresário de sucesso no ramo
do agronegócio, educação e marketing.
Tem 29 livros e mais de 400 vídeos e
DVDs publicados e um dos mais requisitados palestrantes do país. Por meio
de uma apresentação descontraída, Marins fez uma reflexão desde os primórdios até hoje e foi enfático ao dizer que
apesar de tantas transformações, o ser
humano ainda não consegue lidar com
as mudanças. “Nunca o ser humano
atravessou um período em que tivesse
tanta mudança ao mesmo tempo e é por
isso que a gente procura tanto a zona
de conforto. Não queremos mudança e
esse e um enorme desafio”, destacou.
PARCERIA
Grande parceira da Copercana nos
mais diversos eventos, a Bayer, empresa global com suas principais atividades
concentradas nas áreas de saúde, agricultura e materiais de alta tecnologia e
que oferece uma excelente gama de produtos, incluindo sementes de alto valor,
soluções para a proteção de cultivos
baseadas em modos de ação químicos e
biológicos, bem como extensivos serviços de apoio para o desenvolvimento de
15
Giovanni Rossanez (Copercana), Fábio Prata
(Bayer) e Frederico Dalmaso (Copercana)
uma agricultura moderna e sustentável
se fez presente no IV Encontro de Gerentes, representada pelo diretor comercial cana da Bayer, Fábio Prata.
“A Copercana é um parceiro de muitos anos e é importante para apoiarmos
esse IV Encontro de Gerentes. A Bayer
está focada em levar soluções para o cooperado que é o cliente, que é o usuário
do produto e é quem produz e faz acontecer”, disse Prata que também ressaltou
o propósito da Bayer para o setor canavieiro. “Nós acreditamos que conseguimos ajudar o setor a mudar, a aumentar
a tecnologia e a produzir mais. O nosso
propósito é de ajudar o setor a mudar a
história da cana”, garantiu o diretor comercial cana da Bayer.
DIRETORIA
“É um papel relevante das nossas
entidades, a Copercana, a Canaoeste, a
Pedro Esrael Bighetti, Antonio Eduardo Tonielo, Manoel Sérgio Sicchieri,
Salette Lemos e Márcio Meloni
Sicoob Cocred, proporcionar aos nossos gerentes a oportunidade de ter um
conhecimento diferente do dia a dia,
ouvir de uma especialista da área de
economia o seu parecer sobre a situação atual do país e também descontrair
um pouco com uma palestra na área
motivacional. É importante estarmos
sempre caminhando, melhorando a nossa atitude, melhorando o nosso desempenho porque isso é bom não só para a
empresa, como é bom para nossa vida
também. O que é dito aqui na área de
economia ajuda a economia do lar, na
área de motivação, ajuda também no
relacionamento familiar. Para nós que
estamos à frente das empresas hoje é de
grande valia, pois nos sentimos felizes
e satisfeitos pela oportunidade que a
gente tem de proporcionar esse encontro”, disse o presidente da Canaoeste e
diretor da Copercana, Manoel Carlos de
Azevedo Ortolan.
“Recebemos nesse IV encontro dois
palestrantes excelentes. A Salette, que
falou de economia de uma forma prática, e o professor Marins, um homem de
extrema inteligência que realiza pesquisa para a FAO e para várias multinacionais para abordar a área motivacional.
É importante passarmos algumas horas
de descontração e aprender alguma coisa. A cada encontro promovido, procuramos trazer algo que transmita aos
nossos gestores um pouco de motivação para que ele possa abraçar cada vez
mais a empresa com vontade, com carinho e satisfação. Isso é muito importante hoje para qualquer empresa”, avaliou
o presidente da Copercana e da Sicoob
Cocred, Antonio Eduardo Tonielo.
“É sempre muito bom poder reunir
os gerentes e proporcionar horas de
conhecimento e descontração fora do
ambiente de trabalho. Tenho certeza
que cada um pôde sair daqui com um
conteúdo a mais e para nós da diretoria
é muito gratificante”, disse o diretor da
Copercana, Pedro Esrael Bighetti.
“Eventos como esse são sempre bons,
pois as palestras agregam conhecimento,
ajuda a sair da zona de conforto e faz com
que o pessoal tenha uma visão melhor da
situação atual. Eu acredito que esse encontro é um degrau de crescimento para
todos nós”, afirmou o diretor administrativo da Siccob Cocred, Márcio Meloni.
Márcio Meloni, Pedro Esrael Bighetti, Paulo Canesin, Giovanni Rossanez, Manoel Sérgio
Sicchieri, Salette Lemos, Fábio Prata, Antonio Eduardo Tonielo e Manoel Ortolan
Na próxima edição da Revista Canavieira você acompanha entrevista com
o antropólogo e professor, Luiz Almeida
Marins Filho. Não perca! RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
16
Notícias Canaoeste
Canaoeste e Copercana realizam treinamentos
em parceria com o Centro de Cana do IAC
Da redação
P
ara garantir rentabilidade ao Setor Sucroenergético é fundamental obter elevada produtividade
da cana-de-açúcar e, a cada dia, torna-se
maior o desafio de produzir mais com
custos otimizados de produção. Dessa
forma, o manejo varietal e de pragas
são determinantes para incrementos de
produtividade agrícola na cultura da
cana-de-açúcar e, consequentemente,
aumento dos lucros.
Realizar o plantio do canavial com
materiais modernos, mais produtivos
e adaptados às diferentes situações de
cultivo, contribuem significativamente
para o sucesso do produtor.
Com relação às pragas, na Literatura, encontramos citações de até 40% de
perdas de produtividade agrícola decorrentes do ataque. Sendo assim, o monitoramento e controle, quando necessários, é essencial também para obtenção
de resultados favoráveis.
Com o objetivo de reciclar e atualizar
os conhecimentos desses dois assuntos,
a Canaoeste e a Copercana, em parceria
com o Centro de Cana do IAC, realizaram
treinamentos técnicos para as suas equipes de agrônomos nos dias 01/12/2015 e
10/12/2015, em Sertãozinho.
As palestras foram ministradas pelo
dr. Marcos Landell (Manejo Varietal) e
pela Dra. Leila Dinardo Miranda (Manejo de Pragas). Os palestrantes, são
especialistas e possuem experiência
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
nos assuntos abordados. Através das
apresentações ficou claro a importância
de se realizar o manejo adequado de variedades e também das pragas: cigarrinhas, nematoides e Sphenophorus. RC
17
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
18
Notícias Canaoeste
Canaoeste participa do evento de encerramento
da safra 2015/16 da Guarani – Grupo Tereos
Com sete unidades industriais no interior de São Paulo, a Guarani encerra a safra 2015/16 em
meados de dezembro com previsão de moer 19,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar
Fernanda Clariano
P
ara oficializar o final da safra
2015/2016 e anunciar os resultados de moagem e de produção, a
Guarani, pertencente ao Grupo Tereos,
por meio do diretor da Divisão Brasil,
Jacyr Costa Filho, e do diretor presidente, Pierre Santoul, reuniu no dia 11
de dezembro, representantes da empresa, produtores, fornecedores e convidados, no espaço Berrantão, no Parque do
Peão em Barretos-SP.
Participou do evento o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB); o deputado federal Arlindo Chinaglia Júnior
(PT), o secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, Antônio
Duarte Nogueira Júnior (PSDB); o presidente da OCESP, Edvaldo Del Grande; o diretor da UNICA, Eduardo Leão
de Souza; o diretor da Petrobras Biocombustível, Ricardo Dias; a presidente da IBISA, Monika Bergamaschi; o
padre administrador da Cura Diocesana
de Barretos, José Roberto Alves Santana e representantes do poder público e
da sociedade de Barretos e da região.
A reunião de encerramento de safra
contou com a palestra do engenheiro agrônomo, doutor em Economia
Aplicada pela ESALQ/USP e também
membro do Conselho Superior do
Agronegócio da Fiesp (Federação das
O gestor da Canaoeste Almir Torcato com os
agrônomos da associação
Jacyr Costa Filho,
diretor da Divisão Brasil
Pierre Santoul,
diretor presidente
Indústrias do Estado de São Paulo),
Alexandre Mendonça de Barros, que
abordou a Conjuntura Agropecuária.
Já o diretor agrícola da Guarani, Jaime
Stupiello, fez uma apresentação sobre o
encerramento da safra.
2015/16, queda de 5,8 por cento ante a
meta inicial e recuo de 14,5 por cento
ante 2014/15.
Na ocasião, a companhia anunciou
que deverá encerrar a safra 2015/2016 em
meados de dezembro e que a previsão é
moer 19,7 milhões de toneladas de cana.
Apesar das condições climáticas
desfavoráveis vividas em 2015 e da atual conjuntura econômica, a Guarani encerra o ciclo com um bom desempenho.
A produção de açúcar em 2015/16 deverá ficar em 1,4 milhão de toneladas,
queda de 12,5% ante a previsão inicial
para a temporada, e recuo de 6,7% ante
2014/15. Já a produção de etanol deverá ficar em 650 milhões de litros em
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Com um discurso otimista, o diretor
da Divisão Brasil, Jacyr Costa Filho,
destacou os fatores que contribuíram
para que a companhia tivesse um bom
desempenho. “Estamos encerrando a safra 2015/16 e devemos iniciar a próxima
um pouco mais cedo. Uma safra positiva, principalmente pela retomada da demanda de etanol que ocorreu e que foi
um fator muito importante. Em função
da alta da gasolina, a demanda de etanol está 40% superior à do ano passado,
afirmou o diretor que ainda chamou a
atenção para o mercado de açúcar. “O
mercado de açúcar apresenta nessa safra
o primeiro déficit após cinco anos consecutivos de excedentes de produção.
Isso impulsionou as cotações do produ-
19
to, alinhado ao enfraquecimento do real,
que acarretou com a alta de preço 30%
em comparação do mesmo período do
ano passado. A perspectiva de mercado é muito positiva, já que o consumo
mundial de açúcar cresce entre 2,5 a 3,5
milhões de toneladas por ano e a produção está estagnada aqui no Brasil”, disse
o diretor que ainda destacou que apesar
das dificuldades, o cenário do setor é
de recuperação e terminou seu discurso
afirmando que a cana-de-açúcar continua sendo a melhor opção agrícola para
a região em virtude de sua vocação natural e da proximidade dos mercados mais
relevantes, São Paulo e Minas Gerais.
O senador Aloysio Nunes articulou
sobre a importância da usina Guarani no
cenário sucroenergético. “A Guarani é
um grande grupo, um excelente parceiro
para os fornecedores de cana, pois pratica uma relação de transparência com
seus fornecedores. Encerrar um ano de
trabalho difícil como este com resultados positivos é motivo de comemoração.
No Estado de São Paulo, o setor sucroenergético tem 14 mil fornecedores, e
apesar de todas as dificuldades que vem
enfrentando por políticas erradas do Governo, falta de crédito, com valorização
trabalhista ultrapassada, dificuldades
que advém de uma concorrência internacional desleal de alguns países que
praticam muita proteção, sobretudo com
o açúcar, este é um setor que demonstra
enorme vitalidade porque além da geração de emprego, do fomento à pesquisa,
é um setor que produz um combustível
limpo, renovável, que é o grande ativo
do nosso país”, afirmou o senador.
Representando o governador Geraldo
Alckmin, o secretário Duarte Nogueira
lembrou que mesmo em tempo de crise o setor sucroenergético encontrou
oportunidade, estratégias e conseguiu
atravessar o ano com uma perspectiva
melhor. “A nossa confiança no setor
sucroenergético é muito grande. Podem
ter certeza que estamos procurando fazer
a nossa parte, reduzir custo, melhorar a
eficiência, diminuir a burocracia e facilitar o ambiente empreendedor. Tanto eu
quanto o governador do Estado sabemos
dos desafios que o setor enfrenta e dos
esforços que foram feitos este ano para
ganhar eficiência, sem deixar a “peteca
cair”, disse o secretário.
POLÍTICA EM PAUTA
Na oportunidade, a Revista Canavieiros e a imprensa da região
de Barretos aproveitaram para
conversar sobre a atual conjuntura política com o senador Aloysio
Nunes Ferreira Filho (PSDB),
candidato a vice-presidente na
chapa encabeçada por Aécio Neves (PSDB-MG), e com o deputado federal Arlindo Chinaglia
Júnior (PT), ex-presidente da
Câmara dos Deputados, derrotado pelo
atual presidente, deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ).
Aloysio Nunes falou sobre as divergências do presidente da Câmara Eduardo Cunha com a presidente Dilma
Rousseff e disse ser a favor do impeachment da presidente.
“Eu acho que a crise política está realmente trazendo uma enorme depressão
porque as cenas que se vê, por exemplo,
na televisão, de briga, pancadaria no
Conselho de Ética entre dois deputados é uma coisa constrangedora, é uma
vergonha, um jogo sujo. Agora dizem
que alguns deputados do PR estão sendo transferidos para o PMDB para dar
maioria pró Dilma na comissão do impeachment. Enfim, uma degradação muito
grande das funções políticas. Eu acho
que tanto Dilma quanto Eduardo Cunha
têm que ir embora. Eduardo Cunha caçado, o seu mandato, e impeachment
para a Dilma, para abrir o caminho para
que o Brasil, no ponto de vista político,
possa respirar, possa recompor as forças
em torno do vice-presidente se ele vir
assumir e pelo menos dar uma arrumada na casa. O Brasil hoje passa por uma
crise, como há muito e muito tempo não
se verificou, de desemprego, de inflação,
de desarranjo das contas públicas, e uma
degradação das instituições políticas. Eu
penso que tanto o impeachment da presidente Dilma quanto a cassação do Eduardo Cunha vão limpar o terreno para
que a gente possa respirar um pouco”,
disse o senador Aloysio Nunes.
Ao ser questionado se o PSDB estaria pronto para governar junto com o
PMDB com Michel Temer, caso ele assuma a presidência, o senador afirmou
que vai depender muito do que Temer
vir a propor. “Nós estamos prontos para
discutir com ele, aliás, nós não teríamos
nos negado a dialogar com a própria
presidente Dilma, que dirá com o Michel Temer, mas vai depender muito do
que ele vai propor e da forma que vai
compor esse Governo. Estamos prontos
para discutir com ele”, afirmou.
O petista Arlindo Chinaglia também
avaliou o atual cenário político e, ao
falar sobre os escândalos, o deputado
federal ressaltou que não há nenhum
Governo onde tenha havido mais investigação do que no Governo da Dilma e
discordou que o impeachment seja um
processo político, pois segundo ele, não
caracteriza crime de responsabilidade.
Sobre a atuação de Eduardo Cunha,
Chinaglia afirmou que o presidente da
Câmara está interferindo nas investigações usando o cargo em que ocupa. “Em
minha opinião, o Eduardo Cunha está
usando o cargo de presidente para se beneficiar. É só ver as manobras no Conselho de Ética que se dá de forma infindável. Não consegue sequer ler o parecer, de
última hora substitui o relator para atrasar
o processo. Ele deveria permitir que o
Conselho de Ética funcionasse, mas dita
regras que atendem a ele, tentando se
esconder da opinião pública, inclusive
pautando o impeachment”, analisou Chinaglia, que ainda disse ser radicalmente
favorável que haja investigações e punições. “Eu acho que não pode ficar pedra
sobre pedra. Se tem gente envolvida em
mais um evento de corrupção que pague
pelo que fez”, disse. RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
20
Assuntos Legais
Acordo de Paris e os reflexos para o Setor
Sucroenergético
O
Acordo de Paris é um documento resultante da 21ª da
Conferência das Partes da
Convenção das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (COP 21), assinado por 195 países (entre eles o Brasil) em 12 de dezembro de 2015, sendo,
portanto, vinculante para os subscritores e propõe, sucintamente, a criação de
um fundo de ao menos de US$ 100 bilhões por ano para limitar o aumento da
temperatura global a 1,5°C em relação
aos níveis pré-industriais.
Trata-se do primeiro marco jurídico
na luta dos países contra o aquecimento global causado pelo modelo atual de
industrialização mundial. Por este acordo, as nações terão que organizar estratégias para limitar o aumento médio
da Terra a 1,5°C até o ano de 2100 de
nossa era Cristã.
Pelo seu texto, os países terão que
construir um modelo de neutralidade
de emissões de gases efeito estufa, ou
seja, captar da atmosfera todos os gases
que forem emitidos pelo seu sistema
produtivo, através de florestas ou com
outros diversos mecanismos de captura
de carbono.
É aí que o setor sucroenergético nacional ganha novo “status”, pois produz
energia renovável apta para auxiliar a
diminuição de emissão de gases efeito
estufa, seja através da produção de etanol, em substituição aos combustíveis
fósseis, seja na cogeração de energia
elétrica através do bagaço da cana, seja
através da enorme captação de carbono da atmosfera através do processo de
crescimento da cana-de-açúcar, a principal matéria-prima do setor.
O Brasil, por exemplo, apresentou a
sua intenção de que pretende atingir a
participação de 18% de biocombustíveis na matriz energética até 2030. Segundo Elizabeth Farina, presidente da
UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), que participou de um debate no dia 07 de dezembro, na sobredita Conferência Climática das Nações
Unidas, “isto demandaria um consumo
anual de 50 bilhões de litros de etanol
para fins carburantes” (Fonte: UNICA,
8/12/2015).
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
A executiva acrescentou também que
“A produção de cana-de-açúcar no Brasil
é uma das atividades mais sustentáveis
do agronegócio mundial, e o etanol produzido é capaz de reduzir as emissões
em até 90%, se comparado à gasolina.
Se a meta proposta de 50 bilhões de litros anuais for atingida, até 2030 teremos
reduzido as emissões em 1,15 bilhão de
toneladas de CO2. Apenas para colocar
este número em perspectiva, isto representaria duas vezes o total de emissões
de gases de efeito estufa emitido por um
país do porte da China”.
Portanto, veja que o setor sucroenergético ganha relevância enorme
para contribuir com a diminuição dos
gases “efeito estufa”, seja através da
maior produção de etanol, combustível
renovável e menos poluente em relação aos combustíveis fósseis (diesel e
gasolina), seja através da captura de
gases “efeito estufa” que sua área agrícola representa no decorrer da produção da cana-de-açúcar.
O mundo já deu mostras do caminho
que irá trilhar para amenizar o aquecimento global, bastando ao Governo
brasileiro apenas sinalizar os rumos que
irá tomar com relação ao setor sucroenergético, para que este volte a figurar
como importante ator não apenas na seara econômica, mas agora, mais do que
antes, na ambiental. RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
21
Conheça a Biosev
O Relatório de Sustentabilidade 2014/2015 da Biosev apresenta informações
sobre o desempenho econômico, social e ambiental da companhia, com foco em
11 temas considerados prioritários para a sustentabilidade do negócio.
Na safra 2014/2015, a Biosev realizou consulta às suas partes interessadas,
resultando na priorização dos temas de maior impacto dentro e fora da organização.
Confira quais são os temas e respectivos destaques do período. Para saber mais,
acesse www.biosev.com
Implementação de melhorias
no reaproveitamento de água
condensada do processo,
otimização de caldeiras,
adequações nas moendas,
instalação de torres de
resfriamento e lavagem
industrial com água de reúso
Engajamento
de fornecedores sobre
o novo Código Florestal
e Cadastro Ambiental
Rural (CAR)
Moagem de
28,3 milhões
Resiliência a
variações climáticas
Gestão dos
recursos hídricos
Fluxo de Caixa
Livre (FCL)
Aumento de
3,1%
no ATR* cana (128,7 kg/t)
*ATR: Açúcar Total Recuperável
Crescimento de
16,7%
na receita de energia
representaram 87% do total,
atingindo 0,24 tCO2e por tonelada
de cana produzida, em comparação
a 0,23 tCO2 e na safra anterior
Gestão de riscos
socioambientais da
cadeia de fornecedores
Investimento de
R$ 13,7 milhões
em saúde e segurança
Capacitação,
saúde e segurança
dos trabalhadores
Receita Líquida
R$16 milhões
com distribuição geográfica que permite
mitigar os riscos relacionados ao clima
Emissões de
fontes renováveis
Gestão de
emissões
de toneladas na safra
R$ 4,5 BILHÕES
Organização estratégica
em polos agroindustriais
Desempenho
econômico
Qualidade e
responsabilidade
sobre os produtos
Compromissos
setoriais
e certificações
Certificação NBR ISO
22000:2006
para a Unidade Estivas
0800 940 9199
www.biosev.com
linkedin.com/company/biosev
Impactos
socioambientais do
transporte e logística
Retração de
Queda de
na Taxa de
Frequência
de Acidentes
de Trabalho
na Taxa de
Gravidade
de Acidentes
de Trablaho
3,6%
16,0%
Início do Diagnóstico Social
Participativo, que será
condensado em um mapa de
impactos sociais, ambientais e
econômicos das operações
Investimento de
R$ 448,5 mil
em ações nas comunidades
Impactos socioeconômicos:
desenvolvimento local e
relacionamento com as
partes interessadas
Investimento de
GOVERNANÇA E GESTÃO
DE RISCOS SOCIOAMBIENTAIS
permeia todo o negócio e é o fio
condutor de cada aspecto e das
atividades da companhia
R$ 9,9 milhões
em gestão e preservação ambiental
Ingresso da International Finance
Corporation (IFC), do Banco Mundial,
como acionista da Biosev
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
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Notícias Sicoob Cocred
Balancete Mensal - (prazos segregados)
Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do
Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados)
- Outubro/2015 - “valores em milhares de reais”
Sertãozinho/SP, 31 de outubro de 2015.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
23
WALDORF A S T O R IA H O T E L ,
NOVA IO R Q UE , E UA
M AIS D E 400
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N A ÚLTIM A
E D IÇÃO
www.i soda t a g r o c o n f e r e n c e s. c o m
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FENASUCRO 2016
4 e 5 d e j ul ho de 2016
O U T U B R O DE 2 016
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j u lh o d e 2 01 6
2 3 de a g o st o de 2 0 1 6
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PARCEIRO DE MÍDIA:
Revista Canavieiros
- Dezembro
de 2015
www.isodatagroconferences.com | [email protected]
| +55
(11) 4133.3944
24
Semeando
externalidades
“Caminhos da Cana” desbrava cidades canavieiras, disseminando
informações sobre o setor sucroenergético com a intenção de inspirar a
valorização do combustível renovável e da cogeração de energia
Andréia Vital
A
mpliar o conhecimento da cadeia sucroenergética, debater
seus principais problemas, levantar o pensamento de lideranças e expor tendências para o setor sucroenergético são lemas do projeto “Caminhos
da Cana”, uma iniciativa que tem como
objetivo transmitir a opinião pública,
os benefícios da produção e do uso de
etanol como energia limpa, renovável e
sustentável de origem agrícola.
Ortolan frisou ainda que, pelo mesmo motivo, era importante a reformulação da Canaoeste. “Novas estratégicas
são essenciais para garantir o futuro da
associação, fato que impulsionou a realização do trabalho para a Canaoeste”,
afirmou, dizendo que o momento é o
ideal para executar novas estratégias, já
que 2015 é um ano significativo para a
Canaoeste, que completou 70 anos no
dia 22 de julho.
A primeira fase do projeto, executada em 2014, percorreu cerca de 10 mil
quilômetros com a realização de eventos em 25 cidades do interior de São
Paulo, como também, ultrapassou fronteiras, com a participação em congressos e seminários em outros Estados. A
necessidade de modernizar a Orplana
foi ponto de partida para o início desta
ação, esclarece o presidente da organização, Manoel Ortolan, que também é
presidente da Canaoeste. “Era essencial,
para o fortalecimento da Orplana, traçar
um plano estratégico para os próximos
anos, pois as coisas mudaram muito, o
país está mudando e o setor canavieiro
também, pois passa por um processo de
concentração atualmente, por isso a necessidade da modernização”, explicou.
Ao apresentar o resultado da primeira etapa, no final de 2014, que culminou com um plano estratégico com 19
projetos de melhoria para a Orplana, o
professor titular da FEA/USP, Marcos
Fava Neves, comandante da expedição
Caminhos da Cana e criador do Markestrat (Centro de Pesquisas e Projetos
em Marketing e Estratégia da USP),
que organizou as iniciativas do projeto,
explicou que o estudo apontou que a associação tem condições de exercer um
papel muito mais preponderante do que
exercia, podendo absorver muitas das
ações que são feitas por associações integrantes de maneira isolada, compartilhar essas informações, práticas de gestão, de certificação e de relacionamento
com usinas. “Dentro de casa tem um
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Manoel Ortolan,
presidente da Canaoeste e Orplana
conhecimento muito grande, que melhor compartilhado vai levar a um desempenho muito superior. É esse o nosso
objetivo aqui, porque nós ouvimos todas
elas e temos esse inventário de boas práticas que precisam ser compartilhadas”,
disse o professor, na ocasião.
Segundo Fava Neves, as expectativas e metas continuaram arrojadas na
segunda fase. “Diferentemente do mote
de 2014, a campanha deste ano teve
como temática turbinar o etanol, inspirado por um carro turbo, movido a etanol, que usamos durante a campanha. É
25
Reunião em Ituverava
Professor titular da FEA/USP,
Marcos Fava Neves, comandante
da expedição Caminhos da Cana e
criador do Markestrat
o caminho para o setor sair mais rapidamente da crise, através da valorização
e do consumo do hidratado e do anidro
como puxadores”, explicou, afirmando que “é uma excelente oportunidade
para rever amigos, discutir tendências e
formular ações privadas e públicas para
a competitividade da agroindústria canavieira”, disse o professor, ressaltando
que o apoio das multinacionais foi essencial para a concretização do “Caminhos da Cana”.
O projeto tem como metodologia a
realização de reuniões com líderes regionais e representantes dos diversos elos da
cadeia para um profundo debate sobre as
questões e necessidades do setor sucroenergético. Essas reuniões são realizadas
na parte da manhã. Já na parte da tarde,
é feito a coleta de informações junto aos
associados e ministrada a palestra de
Fava Neves, contando com a presença
de produtores e lideranças. Durante este
momento, são debatidos a atual situação
do agronegócio brasileiro e os desafios
do setor de cana-de-açúcar, como também, estudo feito pela Markestrat, que
mapeou e quantificou o setor sucroenergético na safra 2013/14 e revelou números impressionantes do segmento, tais
como o PIB Setorial estimado em US$
107,72 bi, a geração de 613 mil empregos diretos e a arrecadação de US$ 8,52
bi em impostos agregados.
O livro Caminhos da Cana, de autoria do próprio palestrante, foi distribuído gratuitamente, durante os encontros,
quando é feita também a aplicação de
uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo, apoiada pela FAPESP, com os produtores de cana de
açúcar para identificação de demandas
e encontrar um arcabouço teórico para
melhoria do setor.
Durante sua apresentação, Fava Neves explica que num primeiro momento,
a iniciativa tinha como objetivo fortalecer as associações setoriais, possibilitando que fossem mais competitivas.
“Agora temos que dar um passo além,
e a equipe está pensando em um plano
estratégico para o setor de cana, expectativa de crescimento, consumo, qualquer
dimensão que precisa ter para ajudar o
Brasil a sair do buraco”, afirma.
da fase do projeto esteve em seis estados Alagoas, Goiás, Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo,
rodando 10.931 km, sendo 5.649 km
com o carro do Caminhos da Cana, e
gastos 570 litros de etanol. A temporada
atingiu cerca de duas mil pessoas e 800
produtores foram ouvidos.
Para o presidente do Sindicato de
Ituverava-SP, Gustavo Ribeiro Rocha
Chavaglia, a iniciativa contribui para o
crescimento do segmento canavieiro. “O
projeto fortalece, norteia e esclarece muita coisa para o produtor, possibilitando
assim que ele se atualize e troque experiências sobre sua atividade”, disse ele, que
foi o primeiro anfitrião dos participantes
do Caminhos da Cana neste ano.
De acordo com o pesquisador, é necessário buscar alternativas para que a
produtividade da cana alcance os três
dígitos, porque os custos de produção
explodiram e os índices agrícolas só
caem, se considerados os últimos 10
anos. “Tem um conjunto grande de iniciativas que precisam ser feitas”, alega
o professor, pontuando que o lado do
Governo se resume à agenda tradicional, de valorização do combustível renovável em detrimento do fóssil, ter um
tratamento tributário mais privilegiado
e valorizar a cogeração de energia. “A
situação em que o Brasil se encontra ficou tão ruim agora que é praticamente
inevitável que o Governo não olhe para
o setor de cana”, diz ele.
Opinião compartilhada com a gestora
técnica operacional da Canaoeste, Alessandra Durgian. “O Caminhos da Cana é
uma grande oportunidade para o produtor
ter conhecimento das necessidades, dos
desafios da real situação do setor sucroenergético. São apresentados, pelo prof.
dr. Marcos Fava Neves, de forma clara
e objetiva, os números que quantificam
o setor e também discutidos assuntos
importantes para os produtores e associações sempre com o foco em aumento
da competitividade”, afirma Alessandra,
que acompanhou as reuniões nas cidades
de abrangência da associação, entre elas,
Sertãozinho-SP, sede da entidade.O evento em Sertãozinho fez parte das comemorações dos 70 anos da Canaoeste.
Sobre a segunda fase do projeto, o
professor ressalta que foi muito produtivo. “Em 6 meses foram alcançados
quase 11 mil quilômetros em 24 cidades
de todo o Brasil. A aposta para alavancar o setor sucroenergético é o etanol.
Por isso, nós o turbinamos com a união
de forças entre associações, produtores
e empresas. Tudo isso para que juntos
pudéssemos alcançar os objetivos traçados”, explicou ele. No total, a segun-
A iniciativa também foi aprovada
pelos produtores, como o engenheiro
agrônomo José Renato Parro, agrônomo e produtor de cana em Severínia, no
oeste paulista. “A divulgação de novas
ideias e aproximação da associação junto aos seus associados é muito importante para o setor, principalmente em
momentos difíceis como tem vivido o
segmento”, afirmou o produtor que participou de uma das reuniões, neste ano.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
26
Reportagem de Capa
Resgate da Confiança
Para Fava Neves a confiança é a primeira coisa que deve ser resgatada no
Brasil, pois ela está muito baixa. “O Governo Federal errou na conjuntura, fez a
distribuição de renda, mas não fez nada
no sentido de gerar renda, inclusive atrapalhou a capacidade dos senhores de gerar renda”, afirma durante suaspalestras.
Segundo o pesquisador, a sociedade brasileira passou por um processo
de “vagabundização”. “Não é qualquer
país do mundo que tem um terço das
pessoas em idade de trabalho (cerca de
61 milhões de pessoas não trabalham),
que não procuram emprego e não estudam como no Brasil. Como nós vamos
fazer para ser competitivo. Vamos ter
que carregar esta carga de um terço que
não trabalha?”, questionou ele.
"O Brasil enfrenta diversos problemas e as causas desses desajustes são estruturais e conjunturais. Adotou-se uma
política equivocada, com pedaladas para
escamotear os números, o crédito foi
subsidiado via BNDES e agora enfrentamos ainda um aumento do desemprego
com consequentemente redução do consumo futuro", ressaltou Fava Neves.
“A gente está atravessando uma fase
econômica e social muito difícil no
Brasil e a saída, como foi dito hoje aqui,
é a união do produtor rural, em torno
das suas associações, das suas cooperativas, dos seus sindicatos, enfim, a organização do produtor rural é fundamental para que a gente consiga atravessar
essa fase dura que infelizmente o Brasil
está atravessando, sobretudo no setor
da cana-de-açúcar”, afirmou Ciro Pena
Junior, presidente do Sindicato Rural de
Barretos após participar do encontro realizado em Bebedouro-SP.
Ciro Pena Junior, presidente do Sindicato
Rural de Barretos
Reunião em Uberaba
Segundo ele, na região de Barretos a
situação não é diferente do resto da região
canavieira. Custos altos e baixa remuneração para o produtor rural, concentração
das usinas cada vez maiores, tudo isso vai
contra a pluralidade no setor rural, que é
uma questão que nós defendemos muito”, disse ele, contando que na sua região
existem em torno de 500 fornecedores de
cana-de-açúcar e duas usinas em atuação:
Grupo Tereos, com a Usina São José,
instalada em Colina, e a Biosev, que está
instalada na Fazenda Continental, no município de Colômbia.
“Não diferente do Brasil, o que segura
a economia nacional e também a nossa
economia regional é o agronegócio, só
que nós temos que fazer uma mea-culpa,
pois o produtor rural se comunica muito
mal com a sociedade e ele não faz valer
os seus pontos de vista. A sociedade vive
e sobrevive, se mantém é pelo agronegócio, pela produção de alimentos, pela
produção de energia e pela produção de
fibras, pela produção de matérias-primas
que abastecem toda a indústria, só que o
produtor rural tem que aprimorar nesta
arte da comunicação, isso eu acho fundamental”, afirmou.
Anfitrião do encontro realizado em
Bebedouro-SP, José Osvaldo Junqueira
Franco, presidente do Sindicato Rural
de Bebedouro, destacou a relevância da
iniciativa. “Eu acho que o projeto é muito bom, precisamos incentivar a partici-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
José Osvaldo Junqueira Franco, presidente
do Sindicato Rural de Bebedouro
pação dos produtores nas associações,
nos sindicatos, nas cooperativas porque
nós precisamos nos unir para conseguir
melhorar, principalmente a geração de
renda do setor e esse projeto visa exatamente isso, dar, principalmente, para
os pequenos produtores, condições de
sobreviver na atividade”, afirmou.
De acordo com Franco, Bebedouro
tem 1250 propriedades e o sindicato tem
750 associados, sendo que sete usinas estão instaladas na região. Conhecida pela
produção da laranja, hoje, Bebedouro tem
40 mil hectares de cana e 9 mil hectares
de laranja, ao contrário do que existia há
15 anos. “Praticamente a totalidade da
área do município hoje é ocupada por
cana-de-açúcar. Infelizmente não temos
nenhuma usina aqui na cidade, mas somos bem atendidos pelas usinas de Pitangueiras, Colinas, Sertãozinho, Paraíso e
Catanduva”, alegou o presidente.
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Canavieiros
- Dezembro de 2015
28
Multinacionais investem no projeto
Nas duas etapas, o projeto contou
com o apoio das multinacionais Bayer
e Case IH. “O setor se fortalece com a
união de várias entidades, associações
e produtores em prol da indústria canavieira, que troca informação e tecnologia durante a realização do projeto.
Como a Bayer trabalha para a melhoria
do setor, temos a certeza que com essa
união resultados melhores aparecerão”, afirmou Plaucius de Figueiredo
Seixas, gerente de Clientes cana-de-açúcar da Bayer.
Para Fábio Balaban, especialista de
marketing para colhedoras de cana da
Case IH, o “Caminhos da Cana” é um
projeto relevante porque percorre as
principais cidades produtoras de cana-de-açúcar. “Com isso, podemos ter
Plaucius de Figueiredo Seixas, gerente de
Clientes cana-de-açúcar da Bayer
Fábio Balaban, especialista de marketing
para colhedoras de cana da Case IH
todo o envolvimento da nossa rede de
concessionária e estar cada vez mais
próximo dos produtores de cana, desde
o pequeno ao grande produtor, podendo
entender melhor as suas necessidades e
contribuir com produtos que garantam
performance e tecnologia reduzindo os
custos de produção e maximizando a lucratividade dos agricultores”, diz.
O projeto contou ainda com o apoio
da FEARP/USP, Fundace, Fapesp, Orplana, Canaoeste e apoio institucional
da UNICA e CEISE Br.
Disseminando experiência
O sucesso do projeto “Caminhos da
Cana” virou case e passou a ser apresentado em outros eventos, como o
Congresso Nacional da Bioenergia, organizado recentemente pela UDOP e
STAB, em Araçatuba-SP. Na ocasião, o
presidente da Canaoeste e da Orplana,
Manoel Ortolan, que foi o moderador
do painel "Caminhos da Cana: soluções
e perspectivas de resgate para o etanol",
ressaltou a importância da reestruturação
que vem sendo feita na Orplana, resultado do projeto realizado pela Markestrat,
em busca de sua modernização.
As ações feitas durante a realização
do "Caminhos da Cana" foram apresentadas pelo gestor executivo da Orplana,
Celso Albano de Carvalho, durante o
evento. Segundo Albano, a campanha
foi ponto de partida para a modernização da Orplana, com a implantação de
19 ações, sendo que três delas já estão
sendo colocadas em prática: a reestruturação da governança; mudança da
sede da Orplana de Piracicaba-SP para
Ribeirão Preto-SP e a gestão de relacionamento com associações membros.
"A comunicação está sendo um catalizador de divulgação do Caminhos da
Cana", afirmou. Albano pontuou ainda
as percepções dos encontros realizados
pelo projeto, entre eles, a necessidade
de formação de lideranças; relacionamento distante entre produtos e usinas;
alienação, entre outras.
Um dos elementos apontados por ele
e que vem sendo trabalhado pela Orplana se refere à denominação do produtor.
“O trabalho é no sentido de tentar mudar
um pouco a denominação de fornecedor
de cana para produtor integrado de cana,
pois esta transformação vem acontecendo, a gente percebe produtores se verticalizando, buscando se profissionalizar.
Tem que começar a entregar a cana na
esteira, isto é uma demanda latente que
as usinas estão exigindo ou procurando
transformar essa atividade”, explicou,
ressaltando que neste contexto, a associação quer ser o facilitador do desenvolvimento técnico e estratégico da
cadeia sucroenergética, desenvolvendo
um ambiente externo favorável, ou seja,
permitindo que o produtor possa um relacionamento mais racional e de equilíbrio e contribuir para a manutenção da
competitividade.
“A visão da Orplana baseado neste projeto oriundo do “Caminhos da
Cana” foi ser reconhecida como principal porta voz do produtor de cana entre
suas associações membros convergindo
para a necessidade advinda de todos
seus associados”, explicou ele, completando “A missão é garantir um futuro
seguro, rentável para os produtores de
cana buscando excelência na produção
através de relacionamento entre as organizações, desenvolvendo e capacitando
as pessoas buscando excelência técnica,
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Celso Albano de Carvalho,
gestor executivo da Orplana
um relacionamento político entre o público mais equilibrado”, afirmou.
De acordo com o gestor executivo,
após a inauguração da nova sede da
Orplana, localizada no prédio Iguatemi
Empresarial, em Ribeirão Preto- SP, realizada no dia 11 de dezembro, e que fazia
parte das 19 ações apontadas pelo trabalho feito pela Markestrat, a meta agora é
levar a mensagem sobre os trabalhos já
realizados ao maior número possível de
pessoas, estreitar o relacionamento com
as empresas e associações filiadas como
também fechar novas parcerias.
A preparação de uma programação
para 2016 também faz parte dos planos.
“Seguiremos nossa jornada levando
a mensagem de otimismo e trabalho”,
conclui o comandante da expedição,
Marcos Fava Neves, confirmando a terceira fase do Caminhos da Cana. RC
29
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Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
30
Destaque I
Clima de otimismo marca cerimônia do
Prêmio VisãoAgro 2015
Destaques na safra 2014/15 do setor sucroenergético foram laureados em evento
realizado em Ribeirão Preto-SP
Andréia Vital
P
ersonalidades do agronegócio, usinas, entidades e empresas fornecedoras do segmento sucroenergético
foram homenageados durante a 13ª edição do Prêmio VisãoAgro, evento realizado no dia 8 de dezembro, em Ribeirão
Preto-SP. A premiação revelou executivos
que se destacaram no setor sucroenergético nas categorias: Os homens de Visão;
Personalidades em Destaque e Gestores
de Usinas. Também foram homenageadas
usinas e empresas que fornecem equipamentos e serviços para esse mercado nas
áreas industrial, agrícola e administrativa,
totalizando 80 executivos laureados.
O evento realizado pela AR Empreendimentos e revista Visão da Agroindústria, desde 2003, reuniu na edição
atual mais de 280 pessoas, responsáveis
pelo crescimento e desenvolvimento do
agronegócio nacional.
Ao dar as boas-vindas aos participantes da 13ª edição do Prêmio VisãoAgro,
Alex Ramos, diretor das empresas organizadoras, afirmou que a perspectiva
para o segmento mudou para melhor em
comparação ao ano passado. Para ele,
a recuperação começa a partir de 2016
com números melhores na produção e
preços mais justos para os produtores.
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, recebeu o Prêmio VisãoAgro 2015, na
categoria Homens de Visão, e pela ORPLANA, na categoria Associação representativa
“Acredito que esse final de ano será
diferente de 2014, pois hoje é possível
ter perspectivas de que em 2016 poderemos recuperar um pouco do que
perdemos, para avançarmos em 2017.
As pessoas tiraram seu foco da política e batalharam para o setor crescer.
E esse é o grande objetivo do Prêmio
VisãoAgro, de homenagear as pessoas
que fazem a diferença e que mudam a
história. Em momentos difíceis como
esse, é preciso destacar os homens de
grandes ideias”, disse.
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, recebeu o Prêmio
VisãoAgro 2015, na categoria Homens
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
de Visão, e pela ORPLANA, na categoria Associação representativa dos
plantadores de cana, nesta edição do
prêmio. Para ele, receber a homenagem é um reconhecimento do trabalho
executado e um estímulo para seguir
em frente continuando a servir o setor
como fez nos últimos 45 anos. “Principalmente neste que é um ano importante para a Canaoeste, que completou
70 anos, e para a ORPLANA, que
passa por uma reestruturação para enfrentar esta nova fase que vive o setor
sucroenergético”, disse ele.
Plínio Nastari, presidente da DATAGRO Consultoria, também foi um
31
Plínio Nastari, presidente da DATAGRO Consultoria, foi um dos
laureados na categoria Homens de Visão.
A Copercana foi homenageada como destaque, na categoria cooperativa
do ano, o prêmio foi recebido por Francisco César Urenha
dos laureados na categoria Homens
de Visão. Ao atender jornalistas, o
executivo destacou a relevância da
premiação que distingue empresas e
personalidades importantes do setor.
“Eu me sinto honrado de estar fazendo parte deste grupo, principalmente
neste momento em que o setor está
comemorando 40 anos de diversificação na direção do etanol, como
também, pelo momento de reconhecimento e revalorização do produto
pelo consumidor”, afirmou.
canavieiro. “É um período interessante
também para o país, quando as esperanças ressurgem. Eu acho que o setor
vai superar a crise e o país vai superar
também este momento de transição
para que investimentos sejam retomados e empregos sejam gerados”, disse.
Porém, Nastari ponderou que ainda há
pontos de atenção para a próxima safra
devido aos custos elevados e as chuvas
que reduzem o aproveitamento de tempo na usina, mas acredita que o setor
continuará inovando.
O consultor ressaltou ainda que novos ventos sopram a favor do segmento
“O setor ainda terá muito trabalho
para os próximos 50 a 100 anos. Estão
surgindo inovações importantes, como
novas variedades mais produtivas e o
setor continuará inovando na forma de
produzir, nos seus tratos culturais e no
controle industrial. No momento as empresas precisam direcionar o seu foco
para o controle de custos”, lembra.
A Copercana foi homenageada como
destaque, na categoria Cooperativa do
ano, sendo que o prêmio foi recebido
por Francisco César Urenha, diretor da
entidade. Já o de Cooperativa de Crédito foi entregue para Márcio Meloni,
diretor administrativo e financeiro da
Sicoob Cocred.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
32
Bruno Campos, gerente de manutenção industrial da BP recebeu
o prêmio das mãos de Márcio Meloni
Márcio Meloni, Rita Meloni, Maria José Sangale Urenha e
Francisco César Urenha
Reed Exhibitions Alcântara Machado, representada por
Paulo Montabone recebeu o prêmio na categoria Feiras e Eventos
CEISE Br foi laureado como destaque na categoria Entidades e Associações,
o diretor financeiro da entidade, Aparecido Luiz, recebeu a homenagem
Os jovens talentos também foram homenageados nessa edição, como Bruno
Campos, gerente de manutenção industrial
da BP, Unidade Itumbiara, que recebeu
pela primeira vez o prêmio. “Essa é uma
oportunidade de estarmos juntos com pessoas em destaque no setor. Momento de
troca de informações e me sinto surpreso
e honrado por ter sido lembrado em meio a
tantos nomes no setor”, afirmou.
Algumas empresas mantêm a excelência e garantem a homenagem
ano após ano, como no caso da Reed
Exhibitions Alcântara Machado, que
recebeu pela quinta vez consecutiva o
Prêmio VisãoAgro na categoria Feiras
e Eventos. Para o executivo da multinacional, o diretor da Fenasucro e Agrocana, Paulo Montabone o prêmio é muito
importante. “É com imenso prazer que
recebemos o troféu VisãoAgro. Agradecemos muito este reconhecimento,
principalmente, neste momento, no
qual o marco zero está sendo firmado e
a retomada do setor sucroenergético já
começa a vislumbrar novos horizontes
para o nosso setor”, disse. Montabone
afirmou ainda que em 2016 a Fenasucro, principal feira do setor sucroenergético, “vai entrar na avenida com a
corda toda e nós vamos ter 400 expositores fazendo a maior feira do mundo
de açúcar, etanol e energia”.
O CEISE Br foi laureado como destaque na categoria Entidades e Associações. O diretor financeiro da entidade,
Aparecido Luiz, recebeu a homenagem
representando o presidente Antonio
Eduardo Tonielo Filho. “É mais
uma amostra de que a entidade
cresceu, se fortaleceu e se tornou referência no país quando
falamos em indústria sucroenergética. E esse reconhecimento se deve à confiança dos
associados que, mesmo enfrenSônia Leda de Almeida Canesin,
Paulo César Canesin e Manoel
Carlos de Azevedo Ortolan
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
tando um período difícil, continuam
apostando no setor e apoiando as iniciativas da instituição em busca da competitividade das indústrias metalmecânica, bioenergia e automação”, agradece,
afirmando que a homenagem fecha com
chave de ouro sua gestão frente à presidência do CEISE Br desde de janeiro
de 2013.
Opinião compartilhada com Paulo Gallo, presidente recém-eleito do
CEISE Br, para o triênio de 2016 a
2018. “O CEISE Br foi premiado pelo
trabalho que fez. A diretoria soube
posicionar a entidade a nível nacional
e conseguiu quase tudo que pleiteou,
como o retorno da CIDE, melhor preço para o etanol, ter assento na Câmara Setorial Sucroenergética, novos
financiamentos para a questão de geração de energia devem sair logo, enfim, eu acho que a entidade entendeu
a demanda dos associados e trabalhou
neste sentido e agora está colhendo o
fruto disso”, afirmou, concluindo que
o prêmio VisãoAgro é uma excelente
iniciativa, visto que o setor atravessa
um período complicado e a homenagem é um incentivo para continuar
trabalhando em prol do segmento. RC
33
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
34
Destaque II
Setor sucroenergético vive um bom momento
Recuperação mundial, com preços melhores para o açúcar e etanol e demanda crescente por alimentos
e energia, confirmam as boas perspectivas, diz o consultor Júlio Maria Borges
Andréia Vital
A
188ª reunião do GERHAI (Grupo de Estudos em Recursos
Humanos na Agroindústria),
realizada no dia 27 de novembro, em
Sertãozinho-SP, apontou um novo horizonte para a agroindústria canavieira, que enfrenta uma crise nos últimos
anos. Ao explanar no painel “Perspectivas do setor sucroenergético para a
safra 2016/2017”, Júlio Maria Borges,
diretor da Job Consultoria, afirmou que
“É um bom momento para o setor sucroenergético, com boas perspectivas”.
O consultor fez um balanço do que
vem ocorrendo nos últimos anos com
preços que despencaram a partir de
2011 e que, na atual conjuntura, vêm
tendo uma evolução positiva no mercado interno e externo, tanto no açúcar
como no etanol e cogeração. Borges
apresentou dados relevantes quanto à
comercialização do açúcar demerara
que, de agosto a novembro, teve alta
de preço em 50%. De acordo com ele,
há previsão de um deficit global de 5
milhões a 10 milhões de toneladas de
açúcar até o encerramento da safra
2015/16, o que sinaliza a continuidade
de aumento dos preços da commodity
no próximo período.
mento; a demanda crescente de alimentos e energia; o suporte para o preço de
commoditys; e a responsabilidade com
o meio ambiente.
Apesar da previsão de um cenário
muito positivo e boas perspectivas para
o setor nas safras futuras, Borges lembrou a necessidade de gestão eficaz,
tanto na parte produtiva como financeira, administrativa e comercial, para que
as empresas possam aproveitar a oportunidade prevista.
O diretor de Novos Negócios, Produtos e Serviços da RPA Consultoria,
Marco Viana, também palestrou neste painel.
“Diante da crise, o setor está criando
condições de recuperar as perdas das
últimas três safras”, avaliou o especialista ao analisar o ambiente externo, a
nível mundial, a retomada do cresci-
Já os desafios da comunicação em
tempos de crise foram assuntos debatidos pela consultora em comunicação
empresarial, Renata Di Nizo durante o
evento. Segundo a especialista, com-
Júlio Maria Borges, diretor
da Job Consultoria
Marco Viana, RPA Consultoria
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
partilhamento e diálogo são essenciais
para uma boa comunicação. “Saber ouvir as pessoas é inteligência aplicada na
solução de problemas”, afirmou ela, ao
contar que os conceitos foram identificados através de pesquisas realizadas
em algumas empresas, nas quais os colaboradores relataram as dificuldades
da comunicação interna e mostraram
que grosseria, omissão e falta de feedback são compreendidos como falta de
respeito pelos trabalhadores.
A última reunião de 2015 do
GERHAI contou também com a participação do gerente executivo no Instituto
Oswaldo Ribeiro de Mendonça, Rafael
Albuquerque Braghiroli, e do diretor da
LS Nogueira Consultoria, Danilo Terra, que apresentaram as possibilidades
das leis de incentivos fiscais em prol de
projetos sociais, tais como a Escola de
Ciclismo “Pedalando para o Futuro” e o
Hospital de Câncer de Barretos.
Renata Di Nizo, consultora em
comunicação empresarial
35
Rafael Albuquerque Braghiroli do
Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça
Danilo Terra da
LS Nogueira Consultoria
Presidente Luiz Haroldo Dóro da
Usina São José da Estiva
Eleição
EleiçãO
Durante o evento foram realizadas também as eleições da diretoria
executiva, conselho deliberativo e
conselho fiscal do GERHAI para o
ano de 2016. A nova diretoria, eleita
por aclamação e unanimidade, ficou
assim constituída: Presidente: Luiz
Haroldo Dóro (Usina São José da
Estiva); vice-presidente: Sebastião
Macedo (gerente executivo do CEISE
Br); diretor executivo: José Darciso
Rui (fundador e consultor do grupo)
e diretor de Relações Institucionais:
Mauro Garcia (Usina Ibéria).
Luiz Dóro, presidente reeleito, fez um
breve balanço de sua gestão, comentando
algumas ações do GERHAI como a realização do XIV Seminário, e parcerias com
o CEISE Br, UNICA e Copercana/Canaoeste, agradecendo por fim, a colaboração
de todos em sua gestão. Sebastião Macedo, vice-presidente eleito, elogiou a gestão
do GERHAI e comprometeu-se em apoiar
o grupo em suas ações agradecendo sua indicação e eleição na gestão 2016.
José Darciso Rui, fundador do grupo
O fundador do grupo, José Darciso
Rui, lembrou que em 2016 o GERHAI
completa 30 anos, sendo este fato moti-
vo de comemoração para todos os associados e seus parceiros, pois é o Grupo
de Estudo com maior representatividade
na cadeia produtiva sucroenergética. RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
36
Destaque III
Cerimônia de posse reúne a nova diretoria –
Triênio 2016/18 do CEISE Br
Fernanda Clariano
O
CEISE Br (Centro Nacional das
Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis) realizou na noite de 19 de novembro, no Cred
Clube em Sertãozinho-SP, a cerimônia
de posse da diretoria – Triênio 2016/18,
que reuniu empresários associados da
entidade, parceiros ligados ao setor,
além de autoridades locais e regionais.
A assembleia geral para a eleição da
diretoria executiva, conselho fiscal e suplentes do CEISE Br teve aprovação por
aclamação, uma vez que houve inscrição
de chapa única. A chapa eleita, “Sempre
em Frente”, será presidida, a partir de 1º
de janeiro de 2016, pelo empresário Paulo Roberto Gallo, que atua como diretor
técnico da entidade na atual gestão.
Em discurso, o atual presidente do
CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo
Filho, que no triênio 2016/18 continua
como Conselheiro, ressaltou a importância e as conquistas da entidade. “Em
seus 35 anos de existência, o CEISE,
cresceu muito e hoje é uma entidade
com reconhecimento nacional. Esse reconhecimento deve ser atribuído ao trabalho de todas as diretorias, desde sua
fundação, até as atuais. Conquistamos
cadeira permanente na Câmara Setorial
do Açúcar e do Álcool, do Ministério de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Somos a única entidade representante
da indústria de base e serviços do setor
sucroenergético a integrar a Câmara,
entre as 30 que a compõe”, afirmou.
Antonio Eduardo Tonielo Filho,
atual presidente do CEISE Br
Ao falar sobre o novo presidente
eleito para a diretoria, Tonielo Filho
ressaltou a importância de Paulo Gallo
para a entidade. “Estamos empossando a nova diretoria e tenho certeza que
o Paulo Gallo fará um ótimo mandato
e irá contribuir para o fortalecimento
da entidade representando muito bem
a nossa indústria. O Gallo é uma pessoa influente, competente e dinâmica
e a tendência é que ele continue aumentando esse poder, essa força. Pois
quanto mais conhecido, mais força
você tem para cobrar e reivindicar o
governo”, destacou.
Com a presença dos convidados,
Paulo Gallo, que já havia presidido a
entidade entre 1998/99, fez o seu primeiro discurso, onde afirmou que a
missão da entidade é promover o setor
e ele irá trabalhar incessantemente com
o apoio dos diretores que estarão ao seu
lado nesses três anos de mandato. “Espero que possamos trabalhar para que
essa entidade seja de fato essa coalizão
nacional que nós queremos e tanto pre-
Paulo Gallo presidente empossado do
CEISE Br para o triênio 2016/18
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
cisamos. Sinto-me orgulhoso em ver
como o CEISE vem se transformando.
Reassumo a presidência após 18 anos
seguindo um ciclo, onde um presidente
passa o bastão para o outro. Não temos
quebra de raciocínio, cada um que passou por aqui construiu isso e espero que
tenhamos capacidade para levar esse
bastão para a nova geração”, disse.
Também participaram da cerimônia
o vice-presidente do CIESP (Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo), José
Eduardo Mendes Camargo, e o secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni. Ambos
desejaram sucesso ao futuro presidente
e enfatizaram que acreditam no empreendedorismo e na criatividade como fomentos para a retomada do setor.
“Sabemos das dificuldades que os
empresários têm para enfrentar o dia a
dia e a enorme luta para tentar pagar a
CPMF (Contribuição Provisória sobre
Movimentações Financeiras) e outros
tantos absurdos. Essa luta é incessante
José Eduardo Mendes Camargo,
vice-presidente do CIESP
37
Carlos Roberto Liboni, secretário de
Indústria e Comércio de Sertãozinho
e convoco a todos que fiquem firme. A
nossa união sem dúvida é muito importante”, ressaltou o vice-presidente do
CIESP, José Eduardo Mendes Camargo.
“A despeito de todas as dificuldades,
nós precisamos continuar. A indústria
de Sertãozinho, a infraestrutura industrial que temos é invejável e indiscutivelmente o CEISE Br é uma das
maiores instituições representativas da
indústria no Brasil. Tivemos uma gestão profícua na mão do Tonielo Filho,
que muito fez e muito conquistou e não
tenho dúvida que a continuidade deste
trabalho vai se dar nas mãos do Paulo
Gallo. O poder público de Sertãozinho
está inteiramente irmanado e gostaríamos de ser uma ferramenta e auxiliar
dentro desse processo de representatividade para que o nosso município,
especialmente a nossa indústria, possa
realmente retomar sua grandeza e, para
isso, não precisamos de muito, só precisamos de oportunidade e certamente
ela virá”, disse secretário da Indústria e
Comércio, Abastecimento, Agricultura
e Relações do Trabalho, Carlos Roberto
Liboni, que representou o prefeito de
Sertãozinho-SP, José Alberto Gimenez.
HOMENAGENS
Dois ex-presidentes do CEISE Br
foram homenageados durante a cerimônia. Os empresários Vagner Stefanoni
(Planusi) e João Luiz Sverzut (Caldema) receberam das mãos do atual e do
futuro presidente da entidade, Antonio
Eduardo Tonielo Filho, e Paulo Gallo,
o título de Presidente Emérito. E, na
oportunidade, o vereador Nilton Teixeira, representando a Câmara Municipal
de Sertãozinho, entregou uma moção a
diretoria empossada.
Os empresários Vagner Stefanoni (Planusi) e João Luiz Sverzut (Caldema) receberam
das mãos do atual e do futuro presidente da entidade, Antonio Eduardo Tonielo Filho, e
Paulo Gallo, o título de Presidente Emérito
A diretoria
do Sistema
Copercana,
Canaoeste e
Sicoob Cocred
esteve presente
na cerimônia
Confira a nova diretoria:
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Paulo Roberto Gallo / Servseth Automação Industrial LTDA.
1º Vice-Presidente: Rafael Azevedo Gomides / RG Sertal Indústria e Comércio
2º Vice-Presidente: Márcio Fernando Meloni / Sicoob Cocred
1º Diretor Secretário: Luiz Carlos Jorge / Equilíbrio Balanceamentos Industriais
2º Diretor Secretário: André Valochi / Vemag Equipamentos Industriais LTDA.
1º Diretor Financeiro: Aparecido Luiz / Sudeste Peças LTDA.
2º Diretor Financeiro: Osvaldo Ilceu Gomes / Sergomel Mecânica Industrial LTDA.
CONSELHO DIRETOR
Conselheiro Diretor: Antonio Eduardo Tonielo Filho / Irmãos Toniello
Conselheiro Diretor: Devanir Bortolot / Bortolot Sistemas Elétricos LTDA.
Conselheiro Diretor: Luis Fernando Saran / Engevap Engenharia e Equipamentos LTDA.
Conselheiro Diretor: Sérgio Alexandre B. Muraro / Seg Sistemas de Controles LTDA.
CONSELHO FISCAL
Conselheiro Efetivo: Frederico Biagi Becker / Zanini Indústria e Montagens LTDA.
Conselheiro Efetivo: Milton Da Silva Pereira Jr. / Ferrusi Fundição Industrial LTDA.
Conselheiro Efetivo: Marcos Antonio Mingossi / Uti Recuperação Implementos
Agrícolas LTDA.
Conselheiro Suplente: Silvio Silas Geraldini / Turbimaq Turbinas e Máquinas LTDA.
Conselheiro Suplente: Celso Luis Deliberto / Engclarian Ind. e Com. de Clarificantes LTDA.
Conselheiro Suplente: José Rubens Lopes / TTE Aços Especiais e Emp. Imobiliários LTDA.
Na próxima edição, a Revista Canavieiros trará uma entrevista com o novo
presidente do CEISE Br - Paulo Gallo. Não perca! RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
38
Destaque IV
GIFC encerra o ano com balanço positivo
Parcerias com universidades, implantação de curso voltado à gestão de irrigação no SENAI,
mais associados e nova sede marcam o ano de 2015 para o grupo
Andréia Vital
A
última reunião do ano do GIFC
(Grupo de Irrigação e Fertirrigação da Cana-de-Açúcar) irá
debater a questão de adutoras e apresentar balanço de 2015, entre outras
atividades, e será realizada na segunda
quinzena de dezembro. Este, que será
o 24º Encontro desde que o grupo foi
criado em 2012, também servirá para a
inauguração oficial de sua nova sede,
localizada no Supera – Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto,
complexo que abriga cerca de 50 empresas da área de inovação.
“Queremos começar uma nova fase
para o GIFC agora sediado no Supera
Parque e irradiar o conhecimento gerado ali e desenvolvido junto a universidades regionais com as quais temos
parcerias como a ESALQ-USP, em Piracicaba-SP, a Universidade Federal de
Goiânia-GO, a UFSCAR-Araraquara,
a UNESP Jaboticabal-SP e a UNESP
Dracena-SP. Estas universidades serão
polos de desenvolvimento e abrangerão
as usinas que estão à sua volta, levando assim informações sobre os trabalhos do Grupo para os fornecedores
de cana”, explicou Marco Viana, superintendente do GIFC, ao afirmar ainda
a relevância do projeto para análise e
comparação de custos de irrigação para
cana que vem sendo desenvolvido em
parceria com o PECEGE (Programa de
Educação Continuada em Economia e
Gestão de Empresas da ESALQ/USP).
O profissional ressaltou ainda a importância do tema discutido no último
encontro do ano. “Nós estamos montando uma comissão para tentar resolver os problemas que as adutoras já
instaladas têm apresentado e estes assuntos relacionados à rede de vinhaça
serão debatidos na ocasião”, afirmou.
O 24º Encontro terá a coordenação de
Diego Ramos (Usina Santa Vitoria), de
Lucas Viana (BP/ Itumbiara) e de Regivaldo Freitas Cavalcante (Unidade Rio
Claro/Odebrecht Agroindustrial) e dará
continuidade ao trabalho já iniciado em
evento ocorrido em Itumbiara (GO), no
mês de setembro, direcionado à “Montagem e Monitoramento de Adutoras”.
A programação do evento ainda inclui a divulgação das realizações do
Grupo em 2015, uma discussão das
perspectivas para 2016 para o segmento de irrigação da cana, a indicação das
chapas e eleição da nova diretoria do
GIFC, além da apresentação do Supera
Parque, a nova sede da entidade.
Novidades para 2016
Viana, que também é diretor de Novos Negócios, Produtos e Serviços da
RPA Consultoria, foi um dos palestrantes da 188ª reunião do GERHAI (Grupo
de Estudos em Recursos Humanos na
Agroindústria) (ver matéria página 34)
onde falou sobre os planos do grupo para
2016. “Vamos aprimorar nossos projetos para o crescimento vsustentável da
irrigação da cana com o incentivo e a
proximidade de empresas e negócios
que têm em seu DNA a tecnologia e a
inovação”, disse, reforçando que ape-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Marco Viana, superintendente do GIFC
sar da crise e da escassez de recursos,
o balanço de 2015 é positivo com resultados de ensaios expressivos (que serão apresentados na última reunião do
GIFC), mais associados e novas parcerias. “Conseguimos formatar o primeiro
curso de gestores de irrigação junto ao
SENAI, que será implantado a partir do
ano que vem”, contou ele, explicando
que o mesmo terá carga horária de 402
horas e inicialmente será ministrado no
SENAI de Ribeirão Preto-SP, podendo
irradiar para outras unidades.
Na ocasião, Viana também explanou
sobre as perspectivas do setor sucroenergético para a safra 2016/2017 e disse que
devido às chuvas, dificilmente o Centro-Sul conseguirá ultrapassar a moagem
de 590 milhões de cana até o dia 20 de
dezembro, quando deverá estar encerrando a safra, portanto, sobrará entre 35
e 40 milhões de toneladas de cana bisada, o que representa praticamente toda a
moagem da Austrália e pouco mais de
6% da cana moída pelo Centro-Sul.
“A safra do ano que vem no Centro-Sul deverá apresentar pelo menos 615
milhões de toneladas, cerca de 4% acima
do montante que esta safra fechará. Porém, vale dizer que a cana processada em
março 2016 será contabilizada no ano-safra 2015/2016 nas usinas que seguem
ano-safra e não ano-fiscal”, explicou.
Ainda falando sobre o futuro, o consultor prevê que mais usinas pedirão
39
recuperação judicial nos próximos meses, mesmo com a melhora dos preços
de açúcar e etanol. No caso do combustível, novos aumentos deverão ocorrer
em janeiro e fevereiro, sendo que o
valor do etanol somente deverá voltar
a cair nas bombas a partir de abril 2016.
O consultor mostrou também alguns drivers que explicam o Brasil na
liderança da produção de açúcar: economia de escala; safras longas; 65% da
cana é controlada pelas usinas; diversificação comercial; alta produtividade
da cana; setor canavieiro totalmente
privado; grade indústria brasileira de
variedades de cana; forte indústria
brasileira de bens de capital; e presença local de fabricantes de máquinas e
equipamentos agrícolas.
“A prática da irrigação é um trato cultural que pode garantir, justamente com todo manejo agrícola e
agronômico adequado para essa situação de cultivo, safras rentáveis,
sem grandes flutuações de moagem
e produção e mesmo em situação de
eventuais novas crises de preços, garantir a sobrevivência de fornecedores e usinas”, elucidou.
IRRIGACANA 2015 debateu a gestão da irrigação
Soluções para o manejo sustentável da água nos canaviais e novas tecnologias para
irrigação foram discutidas e apresentadas durante o evento
Com informações da Assessoria de Imprensa
O II Seminário Brasileiro de Irrigação de Cana-de-Açúcar com Água,
promovido pelo GIFC, reuniu mais de
300 profissionais de usinas, centros de
pesquisa, universidades, empresas de
equipamentos e tecnologia e poder público, nos dias 28 e 29 de outubro, em
Ribeirão Preto-SP.
Inovação, viabilidade financeira e
tecnológica de projetos de manejo de
água, sustentabilidade e crise hídrica
foram discutidas em 16 palestras com o
intuito de mostrar que a gestão eficiente
da água e dos insumos pode potencializar a produtividade da cana irrigada.
“Já sabemos que a irrigação aumenta a produtividade da cana. Temos que
discutir a gestão de projetos de manejo,
integrar a cadeia e aprender com a experiência de setores como o cafeicultor
e também com países como os EUA”,
explicou Marco Viana, superintendente
do GIFC ao dar as boas-vindas aos participantes. Segundo ele, é importante a
integração de diferentes agentes do setor sucroenergético no debate nacional
da irrigação, e também da aproximação
com outros segmentos e a necessidade
de se aprender com experiências também de fora do país.
O diretor presidente do Grupo Jalles Machado, Otávio Lage, abriu os
debates, reforçando que é em períodos
de crise que o setor canavieiro deve se
renovar e quebrar paradigmas. “Nestes
momentos, a gente dorme mais tarde e
acorda mais cedo. E isso é bom, faz a
gente vencer desafios, como foi o caso
do Grupo Jalles Machado, que hoje
planta cana no cerrado com alta produtividade. Soubemos a hora de mudar
estrategicamente nossos investimentos
para a irrigação”, elucidou.
Importância dos projetos de irrigação e novas tecnologias
Palestrantes de centros de pesquisa
e universidades referências no país,
além de representantes de usinas que
apresentaram cases de sucesso em
irrigação, destacaram a importância dos projetos de irrigação no primeiro dia do evento. Rubens Duarte
Coelho, da ESALQ/USP, explanou
sobre a importância de começar da
maneira certa um projeto de irrigação
de cana e de como é fundamental a
coleta de dados e métodos adequados
para calcular corretamente a demanda de água. Mário Cicareli Pinheiro,
da UFMG e diretor da Potamos Engenharia e Hidrologia, mostrou como
a reservação de água pode ser uma
solução viável e ambientalmente cor-
reta para garantir o seu fornecimento
para irrigação.
Já Ademário Araújo, gerente de Agricultura Sênior do Grupo Terracal Alimentos e Bioenergia, destacou a nutrição como fator de sucesso na irrigação
e mostrou a experiência de canaviais
irrigados que produzem mais de 200 toneladas por hectare. E Hélio do Prado,
do Programa Cana do IAC, ressaltou a
necessidade de conhecer muito bem os
diferentes ambientes de produção para
a implantação dos projetos de irrigação.
A inovação também esteve em pauta no primeiro dia do seminário. Glauber José de Castro Gava, pesquisador
da Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios – (APTA Jaú), falou sobre “Irrigação de precisão – a adubação
parcelada em taxa variável da cana-de-açúcar” e apresentou tecnologias de
monitoramento aéreo com drones para
controle de manejo de fertirrigação.
Patrick Francino Campos, gestor Cor-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
40
Destaque IV
porativo de Irrigação do Grupo Jalles
Machado e presidente do GIFC, apresentou as experiências bem-sucedidas
de uso de Sistemas Centrais de Controle de Irrigação (SCCI) nas usinas do
grupo. Campos destacou como a gestão
e o monitoramento de todos os processos de irrigação trazem melhorias para
a geração de informações, operação e
redução de riscos. “Tudo isso contribui
para a diminuição do custo do hectare
irrigado”, afirmou.
O dia ainda contou com a visão
de dois pesquisadores de centros de
pesquisa de renome. Regina Célia de
Matos Pires, diretora do Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica do IAC, fez palestra com o tema “Como obter a melhor
relação água x produtividade de cana-de-açúcar”. Já Vinicius Bof Buffon,
pesquisador da Embrapa Cerrados para
Desenvolvimento de Produção Irrigada
de Cana no Cerrado, ressaltou a necessidade de quebrar paradigmas em irrigação de cana. O pesquisador concluiu
o ciclo de palestras do dia com uma
mensagem. “Temos que inovar e pensar
diferente. A irrigação é a tecnologia que
tem o maior potencial de, no curto prazo, mudar o patamar de produtividade
da cana”, enfatizou Buffon.
Aprendendo com a crise hídrica
A experiência norte-americana com
irrigação marcou o segundo dia de palestras do IRRIGACANA 2015. O assessor do Departamento de Recursos
Hídricos do Estado da Califórnia (EUA)
e presidente da Consultoria Hydrofocus, Steven John Deverel, alertou sobre
a importância de programar projetos de
irrigação de forma adequada. “Possuímos mais de 100 anos de experiências
com projetos de irrigação para a agricultura nos EUA. Aprendemos a mediar
os conflitos e hoje podemos falar para o
Brasil, que busca discutir a ampliação
de sua área irrigada, que deve proceder
com mais cautela. O país pode olhar
para os EUA, aprender com os erros
e fazer de forma mais adequada”, afirmou Deverel.
Na sequência do dia, Devanir Garcia
dos Santos, gerente de Uso Sustentável
Haroldo José T. da Silva, João Rosa, Marco Viana e representante do Pecege
de Água e Solo do Programa Produtor
de Água da ANA, apresentou uma ótima oportunidade de aprendizado para
o segmento sucroenergético. Destacou
que o setor deve participar de forma
mais ativa dos comitês governamentais
que discutem a gestão hídrica do país
e mostrar que pode se enquadrar nos
programas que incentivam o produtor
agrícola a gerir os recursos hídricos de
forma sustentável para o desenvolvimento econômico.
Acesso à irrigação
A viabilidade econômica dos projetos de irrigação também foi debatida na
ocasião. Um bom exemplo foi a experiência do Plano Diretor de Irrigação dos
Canaviais do Grupo Clealco, trabalho
que vem sendo realizado em parceria
com o GIFC. Marco Antonio de Melo
Bortoletto, supervisor de Geoprocessamento do Grupo Clealco, e Leonardo
Mina Viana, supervisor de Pesquisa &
Desenvolvimento do GIFC, falaram da
primeira fase do projeto de estudos de
viabilidade da empresa e destacaram a
metodologia utilizada para calcular o
custo da tonelada de cana irrigada.
Os palestrantes ressaltaram que cada
novo projeto de irrigação deve contar
com um plano diretor e estudar de forma minuciosa a realidade da usina e da
região aonde será implantado. “Só com
essas informações é possível decidir
pelo investimento”, afirmaram. O seminário ainda contou com a apresentação
do pesquisador espanhol Manuel More-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
no Ruiz Poveda, da CENBIO (Centro
Nacional de Referência em Biomassa),
que pesquisa a análise econômica e ambiental comparativa do uso da vinhaça
nas usinas.
Cenário otimista
Na conclusão do IRRIGACANA,
foram promovidos debates reunindo
os palestrantes e convidados para falar
sobre os mitos e verdades da irrigação
da cana-de-açúcar. Entre os temas, esteve em destaque a viabilidade de investimentos em irrigação. Otávio Lage,
diretor presidente do Grupo Jalles Machado, foi direto ao ponto. “Investimos
em irrigação porque no final do processo a conta fecha, dá resultado para
nossa empresa”, afirmou. Mediador
dos debates, Ricardo Pinto, diretor da
RPA Consultoria, destacou o cenário de
preços que voltou a remunerar o setor
e questionou se as empresas passarão a
investir mais em irrigação. Já Viana ressaltou que o segmento não pode perder
esse ciclo virtuoso.
Para o diretor de operações da Terracal Alimentos e Bioenergia, João Batista Saccomano, o futuro da irrigação de
cana é otimista. “Acredito que o setor
vai caminhar para o investimento no
plantio de cana irrigada”, concluiu. Vinícius Maia Costa, gerente de Negócios
da Lindsay América do Sul, também
acredita no crescimento da irrigação no
setor de cana e ressaltou que é preciso as
entidades representativas do segmento
atuarem cada vez mais em parceria. RC
41
39 participantes,
quatro ganhadores e
um grande vencedor:
o setor sucroenergético.
Categoria:
Ambiente Restritivo
Categoria:
Ambiente Favorável
Falta foto
1o colocado
Ronie Nardin
2o colocado
Bruno Vendrasco Tacin
1o colocado
Marcio de Carvalho Marçal
“Desafios servem
de combustível para
a UMOE conseguir
melhores resultados. O
1º Desafio Canamáxima
nos ensinou a jamais
subestimar nossa
capacidade de produzir
bons resultados com o
uso de boas tecnologias,
mesmo em condições
restritivas à produção.”
Atingiu 40 ton/ha a mais
que a média do estado,
concorrendo com a
variedade Power CTC15 de
3º corte em ambiente E.
“A participação da
Raízen foi muito positiva,
pois conquistamos um
ótimo desempenho de
produção na maioria das
áreas inscritas. A ação
nos desafia a buscar
melhores resultados nas
grandes lavouras da
empresa. O investimento
em boas práticas e o uso
da tecnologia adequada
gera cada vez mais
produtividade.”
Delta - Volta Grande
A primeira edição do Desafio Canamáxima,
promovido pelo CTC em parceria com a BASF,
mobilizou dezenas de usinas. O momento mais
aguardado, a revelação dos ganhadores, foi
divulgado no evento “14° Produtividade e Redução
de Custos”. Parabéns aos ganhadores e a todos
os participantes! Pelos resultados colhidos, o setor
sucroenergético é o grande vencedor.
Raízen - Unidade Jataí
Araporã Bioenergia
“Ficamos muito
contentes com o
prêmio! Para nós,
isso é reflexo de uma
prática positiva que já
aplicamos em todas
as nossas áreas
comerciais, sempre
nos preocupando
em conhecer e testar
novas tecnologias.”
Realização:
UMOE
2o colocado
Pedro Henrique Camilo de Castro
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
42
Destaque V
Alunos do projeto Jovem Agricultor do Futuro
recebem certificado em Sertãozinho-SP
Cerca de 60 alunos de seis escolas sertanezinas concluíram o curso
Fernanda Clariano
A
FAESP/SENAR e o Sindicato
Rural Patronal, em parceria
com a Destilaria Santa Inês e a
prefeitura de Sertãozinho-SP, reuniram
no dia 07 de dezembro, no auditório da
Canaoeste, cerca de 60 alunos da IV
Turma do Projeto Jovem Agricultor do
Futuro e seus familiares, para a solenidade de entrega simbólica dos certificados de conclusão de curso.
O projeto visa inserir os jovens
no mercado de trabalho, oferecendo competências como: trabalho em
equipe, ética, cidadania, atendimento
ao cliente - voltado para a área agrícola, a sustentabilidade e a agricultura
familiar, atendendo jovens da comunidade sertanezina no período contrário ao escolar.
Além do paraninfo da turma, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e deputado
federal licenciado (PPS-SP), Arnaldo
Jardim, estiveram presentes o presidente do Sindicato Rural Patronal de
Sertãozinho e da Copercana e Sicoob
Cocred, Antonio Eduardo Tonielo; o
diretor da Copercana, Pedro Esrael
Bighetti; a diretora administrativa da
Destilaria Santa Inês, Claudia Tonielo;
o prefeito de Sertãozinho, José Alberto
Gimenez; o assessor das diretorias do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, Manoel Sérgio Sicchieri;
os vereadores Nilton Teixeira (PPS);
João Sanches (PPS) e Paulo Kroll
(PSB); o diretor da Escola Ambiental,
José Osvaldo Capelotto; o secretário
executivo do Sindicato Rural Patronal de Sertãozinho, Milton Meloni,
o engenheiro agrônomo do Sindicato
Rural e Patronal de Sertãozinho, Juliano Bernardi e também os instrutores
do projeto Márcio Sanches e Wander
Cleiton Roque.
“Este projeto começou com poucos jovens e está crescendo e nós
precisamos apoiá-los e investir na
educação, no aprendizado e formar
esses cidadãos para o futuro. O setor agrícola que é quem carrega esse
país e precisamos de sucessores”,
disse Antonio Tonielo.
Antonio Eduardo Tonielo
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Arnaldo Jardim
Na ocasião, o vereador João Sanches
que representou a Câmara Municipal de
Sertãozinho, anunciou que para o ano
que, vem os alunos que forem fazer o
curso, terão ajuda de custo financeiro.
E aproveitou também para reivindicar junto ao secretário da Agricultura,
Arnaldo Jardim - uma pareceria com a
Fazenda Experimental. O vereador solicitou que fosse cedido um pequeno espaço para que o projeto Jovem Agricultor do Futuro, seja realizado na fazenda
devido às estruturas do local.
“Esse projeto com certeza será marcado para o resto da vida desses jovens.
A estrutura que temos hoje está boa,
mas pode ficar ótima se conseguirmos
essa parceria”, afirmou o vereador.
Padrinho da IV Turma do projeto,
Arnaldo Jardim falou sobre a importância da formação dos jovens na agricultura. “Eu tenho a certeza que esses
jovens saem deste curso melhores do
que entraram. Melhores preparados,
melhores informados e isso faz a grande diferença na produtividade da nossa
agricultura. A agricultura hoje está melhor por ter jovens que se interessam
e que se preparam para poder ocupar
funções crescentes”, avaliou o secretá-
43
João Sanches
José Alberto Gimenez
Pedro Esrael Bighetti
tunidade e um caminho e esse projeto
é muito interessante e tem nos apresentado bons resultados”, disse Gimenez.
guimos alcançar o crescimento pessoal e profissional dos jovens de nossa
comunidade e com certeza pretendemos continuar com essa parceria de
sucesso junto com a FAESP/SENAR,
o Sindicato Rural e Patronal de Sertãozinho e a prefeitura municipal”.
rio que ainda foi enfático ao confirmar
a parceria proposta pelo vereador João
Sanches. “A reivindicação do João Sanches é muito oportuna. Temos um órgão
da secretaria que é a Fazenda Experimental do nosso Instituto de Zootecnia
e essa possibilidade de termos uma parceria que integre a prefeitura, sindicato, algo que seja mais útil à sociedade
é muito importante e nós vamos tocar
isso adiante. Vamos fazer a parceria
sim, iremos ceder um espaço onde os
alunos terão mais uma opção de aprendizagem além da Escola Ambiental,
que é algo muito importante. Nessa fazenda vamos ter um projeto pioneiro de
lavoura/pecuária, que é uma nova vertente importante de trabalho da agricultura. A fazenda vai ser um polo de referência e dará mais fundamento a essa
parceria” garantiu o secretário.
O prefeito de Sertãozinho destacou
que o poder público tem a preocupação
de formar cidadãos e por isso faz questão em apoiar o projeto Jovem Agricultor do Futuro. “Este é um programa
muito importante porque mescla tudo, o
profissional, a cidadania, o lazer, a parte
cultural e é isso que o jovem precisa.
Temos a obrigação de dar a eles a opor-
Cláudia Tonielo
De acordo com a Claudia Tonielo,
os jovens que receberam o certificado
são pessoas de sorte porque o projeto
é audacioso, reconhecido pelo MEC.
“É uma alegria imensurável poder
ver mais uma turma se formando. Eu
acho esse projeto maravilhoso, me
deixa feliz porque vejo esses jovens
crescendo e é uma oportunidade que
eles vão poder levar para vida toda.
Além disso, o projeto é reconhecido
pelo MEC e vai estar no currículo
deles”, ressaltou a diretora executiva
da Destilaria Santa Inês, que ainda
confirmou a parceria no projeto para
o próximo ano. “É através da união
dos parceiros, interesse dos alunos e
dedicação dos instrutores, que conse-
“A juventude é o celeiro do nosso
país. Precisamos além de formar esses
jovens, dar condições para que tenham
um acompanhamento, uma direção. O
projeto Jovem Agricultor do Futuro
está de parabéns pela forma em que
conduz esses jovens e espero que através das parcerias e das conquistas as
quais estamos presenciando aqui, que
possa crescer ainda mais oferecendo
mais oportunidades. Me coloco à disposição para contribuir com esse projeto”, afirmou o diretor da Copercana,
Pedro Esrael Bighetti. RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
44
Informações Setoriais
Chuvas de outubro & previsões climáticas
- dezembro 2015 a fevereiro de 2016
Quadro 1:- Chuvas anotadas durante o mês de novembro de 2015.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Consultor
A média das chuvas de novembro de 2015
(238mm) foi 32% superior à média histórica
(181mm) e também a da média do mês de novembro de 2014 (184mm). Merece destacar que
os volumes de chuvas deste mês de novembro
ficaram em torno da média acima, com exceção em Morro Agudo-365mm (Biosev MB) e na
C.E.Moreno-309mm.
O
s mapas A1 e A2, a seguir,
ilustram os diferenciais de
chuvas em novembro de 2014
e 2015 no Estado de São Paulo. Em
2014 (mapa A1) as chuvas (250mm a
50mm) foram em gradientes decrescentes do Norte e Oeste para a região
Centro-Sul do Estado. Enquanto que,
em novembro de 2015 (mapa A2), foram registrados entre 200 a 300mm
em quase toda área sucroenergética do
Estado, com exceção da região de entorno de Barretos-Bebedouro-Olímpia,
onde foram anotados os menores volumes de chuvas (150mm).
vas dos Escritórios Regionais e, neste mês, foram condensados em Morro
Agudo e Pitangueiras. Estes dados são
disponibilizados diariamente pelo site
Canaoeste e, as suas médias mensais e
as normais climáticas, são também aqui
apresentadas no Quadro 2.
OBS:- Normais climáticas (ou médias históricas) correspondem as dos
locais enumerados de 1 a 10 e mais a do
Centro de Cana IAC - Ribeirão Preto.
Os artigos mensais de Informações
Setoriais (Climáticas) contam com o
trabalho diário das anotações de chu-
Os dados do quadro 2 mostram, no
destaque do canto inferior direito, as
expressivas diferenças observadas entre
os totais dos meses de janeiro a novembro de 2015, 2014 e 2013. Observa-se
que o acumulado das médias mensais
Mapa A1 - novembro 2014
Mapa A2 - novembro 2015
das chuvas em 2015 está 240mm menor
que a de 2013 (devendo-se às menores
chuvas de janeiro), e uma vez e meia
maior que a de 2014. As normais climáticas (1.288mm, em 2013; 1.197mm,
em 2014 e 1.185mm em 2015) se mostram diferentes face as ponderações das
médias históricas (normais climáticas)
destes três anos.
Nos mapas B1 e B2 são apresentados
os comparativos de distribuição das chuvas entre os meses de novembro destes
dois anos. Em 2014 (mapa B1), pode-se
notar as menores e desfavoráveis distribuições de chuvas nas faixas Centro-Sul
de São Paulo e do Mato Grosso do Sul;
e, praticamente, toda área sucroenergética do Paraná. Já em novembro de 2015,
as chuvas ficaram acima das médias históricas em quase toda área canavieira da
Região Centro-Sul.
Para planejamentos próximo-futuros, a Canaoeste resume o prognóstico
de consenso entre o Instituto Nacional
de Meteorologia e o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais para os meses
de dezembro, janeiro e fevereiro de
2016, como descrito a seguir e ilustrado
no mapa 4, abaixo:
• Nestes meses, as temperaturas tendem a ser próximas a acima das respec-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
45
Quadro 2:- Somas das chuvas mensais de janeiro a novembro de 2013, 2014 e 2015 anotadas
pelos Escritórios Regionais bem como as respectivas médias mensais e normais climáticas.
OBS:- Normais climáticas (ou médias históricas) correspondem as dos locais enumerados
de 1 a 10 e a do Centro de Cana IAC - Ribeirão Preto.
Mapa B1 - novembro 2014
tivas normais climáticas para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
Já na Região Sul, poderão prevalecer as
normais climáticas locais;
• Pelo consenso climático INMET-INPE, as chuvas poderão ocorrer com
iguais probabilidades para as três categorias (acima, próxima e abaixo das
normais climáticas) em todas as áreas
assinaladas em cinza; enquanto que
poderá prevalecer previsões de chuvas
Mapa B2 - novembro 2015
acima das respectivas normais climáticas na área verde do mapa.
Mapa 4:- Elaboração Canaoeste do Prognóstico de
Consenso entre INMET-INPE para dezembro 2015
a fevereiro de 2016
que de dezembro 2015 a fevereiro de
2016, as chuvas serão mais frequentes e de maiores volumes nos 9 primeiros e últimos dias destes meses.
Entre estes períodos iniciais e finais
destes meses, as chuvas tenderão a
serem mais esparsas e de menores
volumes. Quanto ao El Niño, nota-se tendência da redução gradativa
de seus efeitos ao longo do primeiro
semestre de 2016.
A Canaoeste recomenda especial
atenção aos produtores de cana que,
pelas atuais previsões climáticas (maior
umidade do solo e do ar), as incidências de cigarrinha das raízes poderão
ser mais frequentes. Se deixarem remanescentes de cana para a próxima
safra, o monitoramento e controle desta
exigirão muita atenção. Caso contrário,
podem correr riscos de grandes perdas
em qualidade e produtividade para a
próxima colheita.
• Tendo-se como referência o Centro
de Cana-IAC, as médias históricas das
chuvas em Ribeirão Preto e municípios
vizinhos são de 270mm em dezembro e
janeiro; em fevereiro, é de 215mm.
Estes prognósticos serão revisados
nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes
serão noticiados em:
www.canaoeste.com.br e
www.revistacanavieros.com.br.
A Somar Meteorologia, com base
em seus modelos climáticos prevê
para a Região Centro-Sul do Brasil,
Persistindo dúvidas, consultem os
técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
46
Artigo Técnico
Avaliação biométrica de vinte e quatro
cultivares de cana-de-açúcar (saccharum spp)
no município de Igarapava/SP
Alessandra Durigan – Gestora Canaoeste
André Bosch Volpe – Agrônomo Canaoeste Bebedouro
Daniela Aragão Santa Rosa – Agrônoma Canaoeste Pontal
João Francisco Maciel – Agrônomo Canaoeste Ituverava
1
INTRODUÇÃO
O manejo varietal em cana-de-açúcar é uma estratégia que
procura explorar os ganhos gerados da
interação genótipo versus ambiente, ou
seja, tem como objetivo alocar diferentes cultivares comerciais no ambiente
que proporcione a melhor expressão
produtiva dessa no contexto considerado (Landell et.al, 2005). Realizar um
adequado manejo varietal, com materiais modernos, mais produtivos e adaptados as mais adversas situações de cultivo contribuem significativamente para
o crescimento do setor.
Segundo Landelle Silva (2004), a
formação da produtividade de cana-de-açúcar, expressa em tonelada de cana
por hectare (TCH), está em função dos
atributos biométricos altura de colmos,
número de perfilhos e diâmetro de colmos, os quais são determinantes para a
expressão do potencial agrícola.
Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento agroindustrial de vinte
e quatro cultivares no município de
Igarapava-SP.
2. MATERIAL E MÉTODOS
A área experimental está localizada na Fazenda da Mata (latitude 20°02’18”S e longitude
47°44’19”WG), no município de Igarapava, no Estado de São Paulo. O
solo é latossolo vermelho de textura
argilosa.
A instalação, a condução e a colheita do campo experimental foram realizadas pela Canaoeste (Associação dos
Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) em parceria com o
Alessandra Durigan
André Bosch Volpe
produtor João Manoel R. Soares, sendo que o plantio do experimento foi realizado no dia 13/03/2014 e a colheita
do primeiro corte no dia 17/06/2015.
Todas as cultivares utilizadas para a
implantação desse experimento foram
obtidas de um viveiro de introdução
de mudas instalado na mesma Fazenda, no ano de 2013, com mudas procedentes de um viveiro de mudas, em
Frutal-MG, também conduzido pela
Canaoeste.
Por ocasião do plantio, a adubação
foi realizada com a fórmula 05-25-25,
500 kg/ha, seguindo os critérios de
expectativa de produtividade agrícola
e análise de solo, de acordo com Boletim 100 – IAC (2001). No sulco foi
aplicado o inseticida Regent WG (fipronil), recomendado para o controle
de cupins e Sphenophorus, na dose de
0,25 kg/ha e tecnológica.
As cultivares foram submetidas a
análises tecnológicas, através de amostras de cana retiradas nos blocos no momento da colheita, para a obtenção dos
valores do Brix, pol, pureza, fibra, AR
(açucares redutores), ATR (açúcar total
recuperável), segundo a metodologia
proposta pelo Consecana-SP (2006).
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Daniela Aragão
João Francisco Maciel
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (Teste F) e,
nos casos da ocorrência de significância estatística, procedeu-se às comparações de médias pelo teste de Tukey
ao nível de 5% de probabilidade.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 (ao lado): Valores médios
da produtividade agrícola expressa em
tonelada de cana por hectare (TCH),
açúcar total recuperável (ATR) e tonelada de açúcar por hectare (TAH) para
as cultivares em estudos, além de dados estatísticos. Teste de Tukey a 5%.
Analisando a Tabela 1, as cultivares que obtiveram maiores valores de
TCH foram a RB855453 (168,75 ton/
ha, a IAC91-1099 (163,67 ton/ha) e a
CTC 21 (162,61 ton/ha), apresentando diferença estatística em relação
às demais cultivares. A cultivar que
apresentou maior ATR foi a CTC 9
(153,08 kg/ton), apresentando diferença estatística em relação as demais
cultivares, porém, as cultivares CTC
21, CTC 20, SP91-1049, RB965902
e SP80-3280 também se destacaram.
Teores baixos de ATR foram observados nas cultivares: RB965917, SP813250, RB935744, IACSP96-3060 e
CTC 15. Quanto ao parâmetro TAH,
47
Tabela 1
Tabela 2
Nível de significância: **: 1%; *: 5%. GL: graus de liberdade;
DMS: diferença mínima significativa; CV: coeficiente de variação
Nível de significância: **: 1%; *: 5%. GL: graus de liberdade;
DMS: diferença mínima significativa; CV: coeficiente de variação.
tonelada de açúcar por hectare, apresentaram os maiores valores a CTC 21
(23,61 ton/ha), seguida da RB855453
(23,59), diferindo estatisticamente
das demais cultivares. Para esse parâmetro destacam-se também as variedades: IAC91-1099, SP91-1049,
RB85-7515 e CTC 17.
Rezende Sobrinho (2000) afirma que
o aumento da produtividade, no setor
sucroalcooleiro, é conseguido com a
introdução de novas variedades de cana-de-açúcar e com manejo correto da
cultura, buscando a época de colheita
em que a produtividade agroindustrial
se encontra maximizada.
Observando a Tabela 2, as cultivares que apresentaram maior Brix foram
a CTC9 e CTC 21, não havendo diferença estatística entre si. Quando analisados a pureza e o pol cana, a CTC
9 apresentou o maior valor, mostrando diferença estatística em relação às
demais cultivares. A CTC 21 e CTC 9
são cultivares que se caracterizam por
ter uma curva de maturação precoce e,
portanto, são indicadas para colheita
no início de safra. A cultivar CTC 15
apresentou maior fibra e maior AR,
com diferença significativa em relação
às demais cultivares.
Segundo Brieger (1968), para uma
maturidade e maturação adequada, a
cana-de-açúcar deve apresentar os seguintes valores mínimos: Brix % caldo
= 18%; pol (sacarose) % caldo = 15,3 a
14,4; pol (sacarose)%cana = 13 a 16%;
pureza aparente = 85 a 80%. Portanto, a
maioria das cultivares analisadas apresentou valores de maturação adequados
para colheita. Resultados críticos foram
observados na cultivar CTC 15.
De acordo com Cesar et al., (1987)
vários fatores interferem na produção
e maturação da cultura da cana-de-açúcar, sendo os principais a interação edafoclimática, o manejo da cultura e a cultivar escolhida. Considerando
o manejo, as cultivares que apresentam
melhores resultados tecnológicos no
início da safra quando comparada com
outras, são consideradas precoces.
4. CONCLUSÃO
A máxima produtividade em cana-de-açúcar é dependente, entre outros
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
48
fatores, de um adequado manejo das
variedades (cultivares), as quais devem
atender a exigências tanto no campo
como na indústria para otimizar lucros.
Nesse experimento, as cultivares
que apresentaram maiores produtividades de cana, toneladas por hectare, foram: RB855453, IAC91-1099 e a CTC
21. Em relação à avaliação da qualidade da matéria-prima, destacaram-se
as cultivares: CTC 9, CTC 21, CTC
20, SP91-1049, RB965902 e SP803280. Teores baixos de ATR (kg/ton)
foram apresentados pelas cultivares:
RB965917, SP81-3250, RB935744,
IACSP96-3060 e CTC 15.
Quando sintetizamos os parâmetros
TCH e ATR, os melhores resultados obtidos de tonelada de açúcar por hectare
(TAH), foram observados nas cultivares
CTC 21 e RB855453. Destacaram-se
também as variedades: IAC91-1099,
SP91-1049, RB85-7515 e CTC 17.
Artigo Técnico
Vale ressaltar que os resultados
apresentados se referem apenas ao ciclo de cana planta, sendo necessários
maiores estudos para os próximos anos
agrícolas.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRIEGER, F.O.; Início da safra.
Como determinar a maturação. Boletim Informativo Copereste, Ribeirão
Preto, v4, n1, 1968.
CESAR,
M.A.A.;
DELGADO,
A.A.; CAMARGO, A.P. de; BISSOLI,
B.M.A.; SILVA, F.C. da. Capacidade
de fosfatos naturais e artificiais em
elevar o teor de fósforo no caldo de
cana-de-açúcar (cana-planta), visando ao processo industrial. STAB: Açúcar, Álcool e Subprodutos, v.6, p.3238, 1987.
CONSECANA -SP - Conselho dos
Produtores de cana-de-açúcar, açúcar
e álcool do Estado de São Paulo.Manual de Instruções. Piracicaba: Con-
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
secana. pp.112. 2006.
LANDELL, M.G.A; PINTO, L.R.;
CRESTE, S.; XAVIER, M.A.; ANJOS,
I.A.; VASCONCELOS, A.M.C.; BIDÓIA, M.A.P.; SILVA, D.N.; SILVA,
M.A. Seleção de novas variedade de
cana-de-açúcar e seu manejo de produção. Encarte de informações Agronômicas, 110. 2005.
LANDELL, M.G.A.; SILVA, M.A. As
estratégias de seleção da cana em desenvolvimento no Brasil. Visão Agrícola, Piracicaba, n. 1, p.18-23, 2004.
MARTINS, A. L. M.; LANDELL, M.
G. A. Conceitos e critérios para avaliação experimental em cana-de-açúcar utilizados no programa Cana IAC.
Pindorama: Instituto Agronômico, p.
2-14. 1995.
REZENDE SOBRINHO, E.A. Comportamento de variedades de cana-de-açúcar em Latossolo Roxo, na região
de Ribeirão Preto-SP, 85p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. 2000. RC
49
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
50
Artigo Técnico II
Custo Padrão - fundamentos de
eficiência e eficácia¹
Carlos Araujo,
CFO MacKensie Agribusiness - Adviser TOTVS AGRO
A
metodologia de custo padrão é a
técnica adequada para determinar o custo do produto porque
considera uso adequado dos fatores de
produção (máquinas e equipamentos,
insumos, mão de obra, tecnologia e
capital), determinado através de uma
abordagem técnica específica (especialistas), além de identificar as causas das
variações entre o custo orçado e realizado, completando como uma técnica
de identificar as causas das variações e
análise de performance. Adicionando a
vantagem do custo padrão é o modelo
ideal para o Planejamento Operacional
e Financeiro da empresa.
racterísticas morfológicas, químicas
e texturais, em diferentes unidades de
mapeamento (tipos de solos). A carta de solos tem diferentes finalidades
dentro da cultura da cana-de-açúcar,
sendo as principais: manejo de variedades, conservação de solos, preparo
de solos e cultivo, adubação, época de
plantio e de colheita e sistematização
de talhões”1. Integrando o ambiente de
produção com os fatores de produção
tais como o uso compatível de máquinas e equipamentos, e quantidade e
qualidade de insumos agrícolas determinando assim o custo ideal em condições normais de operação”.
Como adotar o custo padrão
Metodologia adotada tem por premissa identificar o ambiente de produção dos talhões – entende-se por
ambiente de produção -“O Centro de
Tecnologia Canavieira (CTC), desde
o início da década de 80, vem trabalhando no mapeamento dos solos cultivados com cana-de-açúcar, possuindo uma metodologia de Levantamento
de Solos específica para a cultura
da cana. Nesse sistema, os solos são
classificados de acordo com suas ca-
Se adicionar os custos, independente do ambiente de produção, o tomador
de decisão está sendo conduzido ao
erro e não determinando o custo efetivo do talhão. Estão somando laranja
com banana.
Como avaliar a performance: no
exemplo abaixo, foi definido no orçamento, a compra de um insumo ao preço de R$ 9,75/t e na compra houve uma
queda de preço para R$ 9,50/t; por outro lado foi definido a aplicação destes
Zoneamento da Área Agrícola
Carlos Araujo, CFO MacKensie
Agribusiness - Adviser TOTVS AGRO
insumos em uma quantidade de 85 toneladas e foram utilizadas 90 toneladas.
O comprador da usina cumpriu o
orçamento e de outra forma a área
agrícola aplicou mais insumos que o
necessário. Em tempos de margens
operacionais negativas na produção
de cana de açúcar, a gestão de custos
deve focar nos micros detalhes, porque
são nestes pontos que as usinas e produtores estão perdendo dinheiro. Hoje,
com o aumento da gasolina e variação
cambial, os prejuízos foram minimizados. O setor somente será estável se
houver um planejamento operacional e
financeiro eficiente, uma gestão de custo direcionada a redução dos custos e
aumento da produtividade agrícola.
Ambiente de Produção
Fonte: MacKensie Agribusiness
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
Fonte: MacKensie Agribusiness
51
Análise das Variaçoes
Com esta avaliação, o tomador de
decisão pode analisar a performance da
equipe e corrigir os rumos.
Uma outra possibilidade de interpretação desta metodologia – custo padrão
por talhão nos leva a análise marginal,
ou seja: Receita do Talhão – Custo Variável = Margem de Contribuição Bruta.
Em um estudo realizado pela MacKensie Agribusiness e TOTVS AGRO
(,) com uma amostra de 202 talhões, a
conclusão foi de que 66% dos talhões à
margem de contribuição foi negativa e 44
% margem de contribuição positiva. Analisando os resultados, nossa conclusão foi
que o elevado número na margem de contribuição negativa ocorreu devido:
1. Idade do Canavial;
2. Falta de tratamento de cana planta
e soca;
3. Talhão acima do raio médio;
4. Variedades inadequadas ao ambiente de produção;
5. Uso ineficaz de máquinas e equipamento agrícolas.
Conclusão:
Nos últimos trinta e cinco anos, tenho constatado que as usinas de açúcar
e etanol não se integram no processo
produtivo: a partir do preparo de solo
até a venda do produto no mercado futuro, variáveis como taxa de câmbio,
impostos e taxas de juros no mercado
internacional e interno impactam diretamente no custo de produção de cana-de-açúcar.
É essencial a integração da cadeia
produtiva para ocorrer ganhos de escala
e produtividade.
Precisamos olhar fora da caixa (em
1523, quando a coroa portuguesa financiou
o primeiro engenho de açúcar em
Pernambuco e fizemos nossa primeira
exportação de açúcar)o setor ficou na
dependência do Governo.
Apesar do governo ter liberado o
preço do açúcar, etanol e cana-de-açúcar em 1998, o setor ainda depende do
Governo em função da administração
de preços dos derivados de petróleo e
energia. Para o produtor de cana e usinas não há outra solução senão buscar
um aumento de produtividade e redução de custos (mas precisa saber exatamente qual seu custo de produção de
cana-de-açúcar, etanol e açúcar). Sem
um sistema de informação aderente
emetodologia correta de custos, não estaremos realizando a gestão de custos.
É necessário conhecer os custos antecipadamente e preços de venda. Caso
contrário a empresa estará caminhando
para a quebra econômica. Isto é a economia de mercado.
Com uma visão avançada de redução
de custos, proponho um outsourcing no
planejamento agrícola e financeiro e
gestão do custo de produção. Nas usinas encontramos excelentes profissionais nestas áreas, porém eles estão envolvidos na geração dos números para
apresentar relatórios para o tomador de
decisão, diretoria e acionistas, além de
executarem as tarefas operacionais de
uma safra que é um verdadeiro campo
de guerra. Empresas de primeira linha
já adotaram esta estratégia como a GM,
focando no desenvolvimento e produtividade de seus produtos.
1Carta de Solos e Ambiente de
Produção – CTC – Revista Coplacana
Margem de Contribuição
Fonte: MacKensie Agribusiness
RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
52
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urbana, com nascente, rio, energia elétrica, rede de esgoto e asfalto.
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3583- 4173 e (19) 9 9767-3990.
VENDEM-SE
- Micro-ônibus sem uso, Marco
Polo Volare V8 ON, capacidade para
transporte de 27 passageiros, mais um
auxiliar e um motorista, totalizando
29 lugares, ar-condicionado e direção
hidráulica; 011.108km seminovo, prata, 2012. Equipamentos de segurança completos, conforme determina o
CONTRAN para veículos de passageiros. Bancos e assoalho totalmente estofados, preço de ocasião;
- Distribuidora Antoniosi, GS 1102, 2014;
- Carroceria de ferro de 8 metros
para planta de cana;
- Carroceria de ferro de 8 metros
para plantio e transporte de cana inteira,
marca Galego, 2008;
- Bomba alta pressão 3”, saída de 2,
adaptada com carrinho e motor acoplado, valor R$ 2.000,00;
- Carreta de 2 rodas R$ 1.500,00;
- 2 Rolos compactadores para adaptar
em escalificador (sem uso) R$ 1.000,00;
- 1 Conjunto para transporte de cana
picada, sendo 1 carroceria e 2 julietas;
- Propriedade agrícola com 51 al-
queires paulista, com 48 alqueires
plantados em cana-de-açúcar, sendo a
maioria de segundo corte, totalmente plaina, na melhor região de Frutal,
próximo a 2.000 metros do bim do
Cutrale e 11 km de asfalto e 2 km de
terra até a cidade de Frutal-MG, com
as devidas benfeitorias e distância de
29 km da Usina Coruripe e 17 km até
a Usina Frutal;
- Propriedade agrícola de 58 alqueires paulistas, com 47 alqueires
plantados em cana-de-açúcar, sendo a
maioria de segundo e terceiro corte,
a 2 km do asfalto, ótima localização
e excelentes benfeitorias na região de
Frutal-MG, com distância de 25 km
da Usina Coruripe e 40 km da Usina Cerradão. Em ambas propriedades
são aceitas permutas com áreas maiores ou menores.
Tratar com Marcus ou Nelson pelos
telefones (17) 3281-5120, (17) 9 81581010 ou (17) 9 8158-0999.
VENDE-SE
Amarok prata, cabine simples - 4x2 Ano 2012 - 70.000 km, único dono. R$
58.000,00.
Tratar com Alexandre Moré pelo telefone (18) 9.9716-4562
VENDEM-SE
- Carregadeira CMP 1.200 Master;
cçdc;
- BM 85 4X4, 2007, R$ 57.000,00.
Tratar com Cláudio pelo telefone
(16) 9 9109-8693.
- F4000 1989, cinza, carroceria madeira;
- Trator MF 50x1973, MB 1313,
carroceria truck, 1979, vermelho, motor zerado;
- Saveiro 1991, álcool, prata, motor
com 1000 km;
- Gol 2000, álcool, prata.
Tratar com: Diogo (19) 9 92136928, Daniel (19) 9 9208-3676 e Pedro
(19) 9 9280-9392.
VENDEM-SE
- Caminhão VW 26310, ano 2004 canavieiro 6x4, cana picada;
- Carreta de dois eixos, cana picada
– Rondon.
Tratar com João pelos telefones:
(17) 3281-1359 ou (17) 9 9732-3118.
VENDEM-SE
- 02 bombas Jacto Condor, 2003, de
600 litros, R$ 7.000,00 cada bomba.
Tratar com Wilson pelo telefone (17)
9 9739-2000 – Viradouro-SP.
VENDE-SE
Área de mata fechada para reserva
ambiental de 90 hectares, Guatapará/
Pradópolis -SP, R$ 27.000,00 o hectare.
Tratar pelo telefone: (16) 9 9992-1910.
VENDE-SE
Gleba de terras sem benfeitorias
(30 alqueires), boas águas, arrendamento de cana com Usina ABENGOA (Pirassununga). Localizada no
município de Tambaú-SP (Fazenda
família Sobreira).
Tratar com proprietário, em Ribeirão
Preto, pelos telefones: (16) 3630-2281
ou (16) 3635-5440.
VENDEM-SE
- Caminhonete F 250 XLT, 2007, cor
preta, ar-condicionado, bancos de couro, Airbag;
- Caminhonete D20 Custom de
Luxe, 1995, cor verde;
- Caminhonete D20 Custom S, 1992,
cabine dupla, cor vinho;
- Caminhão Mercedes Benz 1418,
1990, caçamba basculante.
Tratar com João Pedro pelo telefone
(14) 9 9758-1249 - Tupã-SP.
VENDEM-SE
- Transformador trifásico de 15
KWA, preço R$ 2.400,00;
- Transformador trifásico de 30
KWA, preço R$ 2.600,00.
Tratar com Chico Rodrigues pelos
telefones: (16) 9 9247-9056 ou (16)
3947-3725 ou (16) 3947-4414.
VENDEM-SE
- S10 tornado, 2009, prata, cabine
dupla, diesel 4x4;
- D20, 1992, vinho, turbo de fábrica;
- D20, 1987, branca e bege, motor
com 1000 km;
- Montana Sport, 2012, prata;
- F250 XLT, 2003, preta;
- Uno 2012, Vivance, preto;
VENDEM-SE
- Motor de 75CV com bomba KSB
100/6 revisada e sem uso;
- Chave de partida ''a óleo";
- Transformador de 75 KVA;
- Postes duplos T de cimento;
- Chaves de alta, para raios, cabo e etc.
Tratar com Francisco pelo telefone
(17) 9 8145-5664.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
54
VENDEM-SE
- Sítio de 9 alqueires, sem mato ou
brejo (100% aproveitável) em OlímpiaSP, a 5 km Usina Cruz Alta, 10 minutos
dos Thermas dos Laranjais, 25 minutos
de Rio Preto, 35 minutos de Barretos,
plaino, na rodovia, sem benfeitorias,
mas com energia na propriedade;
- Sítio Arlindo - município de Olímpia, área de12 alqueires, casa de sede,
área de churrasco (100 m²), casa de
funcionário reformada, pomar e árvores ao redor da sede, 4 alqueires de
mata nativa de médio/grande porte,
terras de "bacuri" (indicador de terras
muito férteis). Rede elétrica nova, divisa com fazenda Baculerê, distância
de 25 Km de Olímpia.
Tratar com David pelo telefone: (17)
9 8115-6239.
VENDEM-SE
LIQUIDAÇÃO GIROLANDO E
GIR PO
- 4 touros GIR PO, 1 com 18 meses e
3 com 26 meses;
- 11 novilhas girolando, grande sangue 3/4 e 5/8, todas de inseminação.
Seis já estão prenhas;
Obs.: Sítio localizado na cidade de
Santo Antônio da Alegria - SP, há 15
anos trabalhando com inseminação.
Tratar com José Gonçalo pelo telefone e/ou e-mail (16) 9 9996-7262 – [email protected].
VENDE-SE
Destilaria completa com capacidade
para 150.000 litros de etanol hidratado
por dia. Composta por preparo de cana
com picador, nivelador, desfibrador,
turbina e esteira de 48”; 4 ternos de
moenda 20 x 36 com turbina e 2 planetários TGM; caldeira; destilaria; trocadores de calor; tratamento de caldo e
Gerador 2000 KVA, enfim, Destilaria
completa a ser realocada. Na última
safra obteve uma moagem de aproximadamente 350.000 toneladas. Preço a
combinar. Localizada no município de
Tambaú-SP.
Tratar com Edson pelos telefones e/
ou e-mail (19) 9 9381-3391 / 9 93813513 / 9 9219-4414, e-mail: edson@
camilloferrari.com.br.
VENDEM-SE
- Mudas de seringueira, Clone
RRIM 600 com alta produção de látex. Viveiro credenciado no RENASEM Nº SP 14225/2013, localizado
na Rodovia Vicinal Carlos Deliberto,
a 2 Km da rotatória que leva à Usina
Moema, município de Orindiúva-SP.
Preço: R$ 4,50/muda;
- Fazenda com 48 alqueirões no município de Carneirinho-MG, localizada
próxima da rodovia asfaltada. Ótimo
aproveitamento para plantio de cana,
seringueira e/ou pastagens. Preço: R$
60.000,00/alqueirão;
- Imóvel sobradado em Ribeirão Preto - SP, localizado na Av. Plínio de Castro Prado, com salão e WC privativos,
sacada, 03 dormitórios, sendo 1 suíte,
armários embutidos, banheiro social,
sala, sala de jantar, jardim de inverno,
cozinha com armários, área de serviço,
quarto com estante em alvenaria, WC,
despensa, varanda coberta, ótima área
externa. Excelente ponto comercial.
Área construída: 270 m².
Tratar com Marina e Ailton pelos
telefones: (17) 9 9656-3637 e (16)
99134-8033 - Marina (17) 9 9656-2210
e (16) 9 9117-2210 – Ailton.
VENDE-SE
Ordenhadeira mecânica completa
com 4 unidades, Usinox.
Obs: também funciona quando ligada no trator.
Tratar com José Augusto pelo telefone (16) 9 9996-2647.
VENDE-SE OU ALUGA-SE
Salão medindo 11,00 metros de
frente por 42,00 metros de fundo, 462
metros, possui cobertura metálica com
368,10 metros, localizado à Rua Carlos
Gomes, 1872, Centro, Sertãozinho-SP.
Preço a combinar.
Tratar com César pelo telefone (16)
9 9197-7086.
VENDEM-SE
- Fazenda de 124 alqueires em Patrocínio Paulista, na beira do asfalto, sem
benfeitoria, terra vermelha, 2 matrículas, 54 e 70 alqueires;
- Sítio de 12 alqueires em Cássias
dos Coqueiros, casa simples, curral, estrutura completa para pecuária. (Aceita
imóvel na negociação);
- Fazenda de 4.085 hectares em Tocantins, está aberta 90%, 100% plana,
excelente logística, na beira do asfalto,
faz divisa com o rio Dueré, boa para
gado, plantio de feijão, arroz, melancia
e outras culturas, documentação Ok.
Tratar com Miguel pelo telefone (16)
9 9312-1441.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
VENDEM-SE
- Fazenda em Rancharia -SP, com
400 alqueires, em cana própria, às margens da rodovia, 40 Km da Usina;
- Sítio de 2,7 alqueires, em Cajuru-SP, R$ 220.000,00;
- Apartamento em lançamento, próximo à USP, com parcelas a partir de
R$ 505,00;
- Casa no condomínio Ipê Amarelo,
em Ribeirão Preto, nova, maravilhosa;
- Apartamento Jardim Botânico, 3
suítes, com armários, imóvel novo, próximo ao Parque Carlos Raya;
- Sala comercial em Ribeirão Preto,
próximo ao Ribeirão Shopping;
- Terreno no condomínio Olhos
D'Água em Ribeirão Preto, prolongamento da Avenida Prof. João Fiusa;
- Casa no Condomínio Quinta do
Golfe, em Ribeirão Preto, armários e
toda estrutura de lazer no condomínio.
WWW.SORDIEMPREENDIMENTOS.COM.BR.
Tratar com Paulo pelos telefones
(16) 3911-9970 ou (16) 9 9290-0243.
VENDEM-SE
-Trator 292 MF, traçado, 2007;
-Caminhão Mercedes 1113 truck,
todo revisado, 73, vermelho.
Tratar com Saulo Gomes pelo telefone (17) 9 9117-0767.
VENDEM-SE
- Duas casas, no mesmo terreno, com
três cômodos cada, localizada à Rua Pedro Biagi, 789, em Sertãozinho-SP. Valor: R$ 220.000,00;
- estabelecimento comercial, montado com base para Academia, em um
terreno de 200m², contendo uma casa
de laje com dois quartos, sala, cozinha,
copa e banheiro e, ainda, uma sala comercial para escritório. O estabelecimento fica localizado à Rua. Ângelo
Pignata, 23, em Sertãozinho-SP. Valor:
R$ 220.000,00;
- casa de aproximadamente 500m²,
com seis cômodos e dois salões comerciais com banheiro, separados da casa,
localizada à Rua. Augusto Zanini, 1056,
Sertãozinho-SP. Preço a combinar.
Tratar com João Sacai Sato pelo telefone (16) 3610-1634.
VENDEM-SE
- Colheitadeira Case A7700, ano
2009, 7700, esteira, motor Cummins
M11, Autotrac, máquina utilizada na
última safra. Valor: R$ 128.000,00;
55
Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
56
- Colheitadeira Case A8800, ano
2011, esteira, máquina na colheita de
cana funcionando 100%, rolos preenchidos. Valor: R$ 270.000,00;
- Colheitadeira Case A7700, ano
2007, série 770678, motor Scania novo,
máquina revisada e trabalhando. Valor:
R$ 118.000,00;
- Colheitadeira Case 8800, ano 2010,
motor refeito em julho de 2014, máquina revisada e pronta para trabalhar. Valor: R$ 250.000,00;
- Transbordo de 10 toneladas, 2006 e
2007, R$ 20.000,00;
-Transbordo de 8,5 toneladas, ano
2002, R$ 15.000,00.
Tratar com Marcelo pelos telefones
(16) 9 8104-8104 ou 9 9239-2664.
VENDEM-SE
- VW 17190 / 13 comboio;
- VW 31320 / 12 chassi;
- VW 31320 / 11 pipa bombeiro;
- VW 31320 / 10 pipa bombeiro;
- VW 26260/09 betoneira;
- VW 15180 / 09 comboio de lubrificação e abastecimento;
- VW 17180 / 08 munck 15 toneladas;
- VW 15180 / 07 pipa bombeiro;
- VW 12140 / 96 oficina móvel;
- MB 2318 / 94 pipa bombeiro;
- MB 2318 / 94 basculante;
- MB 2831 / 12 basculante;
- MB 1725 / 06 comboio;
- MB 2220 / 90 pipa bombeiro;
- MB 2013 / 81 munck 6 toneladas;
- MB 1513 / 75 toco chassi;
- MB 1725 / 06 guindaste oficina;
- MB 1113 / 69 toco chassi;
- F.Cargo 1719 / 13 toco chassi;
- F.Cargo 2628 / 07 basculante;
- F.Cargo 2626 / 05 pipa bombeiro;
- F12000 / 95 pipa bombeiro;
- F14000 / 90 pipa bombeiro;
- Prancha Facchini 2008 3 eixos;
- Carreta Tanque Fibra 16.000 litros;
- Tanque fibra 36.000 litros;
- Tanque fibra 16.000 litros;
- Tanque 14.000 litros pipa bombeiro;
- Comboio Gascom 2.000 litros;
- Comboio Gascom 4.000 litros;
- Basculante 14m³;
- Basculante 5m³;
- Munck Hincol H 43000;
- Munck Masal MS 12000;
- Munck Hincol H 4000;
- Munck 640-18;
- Baú 7.80;
- Carroceria de madeira, 8.20
metros;
- Carroceria de ferro, 4.30 metros;
- Borracharia móvel.
Tratar com Alexandre pelos telefones: (16) 3945-1250 / 9 9766-9243
Oi / 9 9240-2323 Claro, whatsApp /
78133866 id 96- 81149 Nextel.
10.000 litros cada;
- Destilaria de bandeja/calota A e B
de 600 mm de diâmetro com trocador
de calor;
- Dois tonéis de madeira amendoim
com capacidade de 50.000 litros cada;
Valor Total R$ 600.000,00. Estudo
troca por imóvel.
Localização: Laranjal Paulista.
Tratar com Adriano pelos contatos:
[email protected] ou (15) 9 97059901. Veja vídeo em: www.youtube.
com/watch?v=_mzWp3PCavA.
VENDEM-SE
- Eliminador de Soqueira DMB, ano
2012;
- Grade Niveladora 20x20;
- Enlerador de Palha de cana-de-açúcar;
- Arado reversível, 4 disco, Santa
Izabel, PSH 430, ano 2004;
- Pulverizador Jacto, PJ 500;
- Pulverizador Jacto Condor, 600 litros, com mexedor;
- Cobridor de cana;
- Carreta Basculante com desarme
manual;
- Subsolador de 5 astes, com controle pneus, 1000x20;
- Sulcador com marcador de pistão
DMB;
- Grade Niveladora 40x20, mancal
de atrito;
- Caminhão Chevrolet D-60, Ano
1974, motor Perkins;
- Arado 3 bacias;
- Tratores a(à) Venda.
Tratar com Waldemar pelos telefones: (16) 3042-2008/ 9 9326-0920.
COMPRA-SE
Tronco para curral (Brete) usado,
marca Beckhauser, em bom estado de
conservação.
Tratar com dr. Henrique pelo telefone (16) 9 9615-4015 ou e-mail [email protected].
VENDEM-SE ou ARRENDAM-SE
- Destilaria de cachaça e álcool,
completa, (10.000 litros de cachaça por
dia);
- Esteira de cana inteira, picador
com 22 facas, esteira de cana picada,
dois ternos 15x20, esteira de bagaço.
Peneira Johnson, cush-cush. Caldeira
de 113 m²;
- Máquina a vapor de 220 HP (toca
os ternos e o picador);
*Seis dornas de fermentação de
PROCURAM-SE
Glebas de Cerrado em pé, no Estado de São Paulo, para reposição
Ambiental. Não pode ser mata. Área
total da procura: Cinco mil hectares,
podendo ser composta por várias áreas menores. Documentação Atualíssima, com: CCIR/CAR/Certificação
de (Georreferenciamento) Georreferenciamento/mapa do perímetro
da área em KMZ e Autocad/Bioma:/
vegetação.
Valor por hectare, condição de pagamento e opção de venda.
Tratar com Ricardo Pereira pelo e-mail e telefone – ricardo@fabricacivil.
com.br – (16) 9 8121-1298.
ALUGA-SE
Estrutura de confinamento com capacidade para 650 cabeças com: 1 vagão forrageiro + 1 carreta 4 rodas + 1
carreta 2 rodas, 1 ensiladeira JF90, 1
trator 292 + 1 trator Ford 5610, 1 misturador de ração, 3 silos trincheiras de
porte médio, sendo uma grande possibilidade de área para produção de silagem
com irrigação ao redor de 30 ha, Jaboticabal–SP, a 2 km da cidade.
Tratar com Luiz Hamilton Montans
pelo telefone (16) 9 8125-0184.
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exclusiva de cada anunciante. Cabe ao consumidor assegurar-se de que o negócio é idôneo antes de realizar qualquer transação.
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tratando-se de serviço exclusivamente de disponibilização de mídia para divulgação. A transação é feita diretamente entre as
partes interessadas.
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Revista Canavieiros - Dezembro de 2015
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Biblioteca “General Álvaro
Tavares Carmo”
Sustentabilidade, responsabilidade
social e meio ambiente
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
“Em geral as pessoas que se perdem em pensamentos é porque não
conhecem muito bem esse território”. - Confúcio
Renata Sborgia
1) O show foi adiado após “música” perder o horário do voo para a capital de SP.
Espero que A MÚSICA tenha conseguido um outro horário de voo!
REGRA FÁCIL: o feminino de MÚSICO é MÚSICA.
Isso quer dizer que MÚSICO não é substantivo comum de dois gêneros. Para
referir-se a uma mulher que toca instrumentos, compõe ou/e canta, deve-se usar
MÚSICA. Para referir-se a um homem que toca instrumentos, compõe ou/e canta,
deve-se usar MÚSICO.
Ex.: A música lançou de forma independente seu novo trabalho. (Refere-se a
uma mulher)
OBS.: Já a expressão MUSICISTA é, sim, um substantivo comum de dois gêneros. Pode ser empregado para referir-se tanto a um homem quanto a uma mulher.
EX.: O musicista está internado, mas passa bem.
A musicista vai apresentar neste fim de semana.
OBS.: MÚSICA é um substantivo biforme que para formar-se, troca-se a terminação O por A.
Música = de canção | Música = de artista são homônimos
“Em Sustentabilidade, responsabilidade
social e meio ambiente, o leitor encontrará
uma abordagem simples, clara e essencial
sobre os diversos temas referentes às mudanças climáticas que vivenciamos. Além de
proporcionar uma reflexão sobre o assunto,
esta obra também propõe soluções objetivas
que estimulam atitudes e práticas capazes de
beneficiar o coletivo e que podem ser concretizadas a partir do empenho de cada cidadão”.
Referência:
PEREIRA, Adriana Camargo. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio
ambiente / Adriana Camargo Pereira, Gibson Zucca da Silva, Maria Elisa Ehrhardt
Carbonari. – São Paulo: Saraiva, 2011.
Os interessados em conhecer as sugestões
de leitura da Revista Canavieiros podem
procurar a Biblioteca da Canaoeste.
[email protected]
www.facebook.com/BibliotecaCanaoeste
Fone: (16) 3524-2453
Rua Frederico Ozanan, nº842
Sertãozinho-SP
2) Ele escreveu no e-mail “BOM-DIA” com entusiasmo!
E precisava de entusiasmo para estudar o português correto!
O correto é: bom dia (sem hífen)
Regra fácil: Bom dia
(sem hífen): usamos como saudação, não importando a circunstância (carta,
bilhete, e-mail, comentário, etc.)
Ex.: Bom dia, querido amigo!
Bom-dia (com hífen): é substantivo masculino e vem sempre acompanhado de
um determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo).
Ex.: Deu-me um BOM-DIA sem graça. (um artigo indefinido. Função que
BOM-DIA exerce: substantivo)
Ex.: Já estava cansada daqueles bons-dias com segundas intenções. (daqueles
pronome)
OBS. IMPORTANTE: não mudou a regra com o advento do Novo Acordo
Ortográfico (VOLP-5 edição)
3) Ele disse um “obrigada” encantador para Maria.
Seria encantador se a expressão estivesse usada de forma correta!
O correto é: obrigado
Regra fácil: Obrigado é um adjetivo e deve concordar com o elemento ao qual se
refere em gênero e número, sendo masculino ou feminino, singular ou plural. Veja:
O homem, ao agradecer, deve usar obrigado.
A mulher, ao agradecer, deve usar obrigada.
O homem, em nome de outras pessoas, incluindo ou não a si mesmo, deve
agradecer dizendo obrigados.
A mulher, em nome de outras pessoas ou de outros homens, incluindo ou não a
si mesmo, deve agradecer dizendo obrigados.
A mulher, em nome de outras mulheres, incluindo ou não a si mesmo, deve
agradecer dizendo obrigadas.
Resumo: Homem = obrigado ou obrigados
Mulher = obrigada ou obrigadas
Mulher (incluindo outros homens) = obrigados
Coluna mensal
* Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
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