Política 001

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Política 001
de
- Código
POLíTICA
Pu lido Valente,
PO/001.00/07
Educação do Doente e da Família
Data: --/--/-Pago 1/6
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Conselho de
Código
POLíTICA
Pulido Valente,
POIO01.00/07
Data:
Educação do Doente e da Família
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OBJECTIVOS
Objectivo Geral
•
Integrar de forma efectiva
cuidados de saúde.
a componente
da educação
do doente e família 1 em todo o processo de
Objectivos Específicos
•
Definir os princípios e a metodologia subjacentes ao processo de educação do doente e família;
•
Garantir uma avaliação sistemática das necessidades educacionais;
•
Implementar procedimentos
•
Assegurar a continuidade do plano educacional do doente e família ao longo do seu processo de cuidados
em todos os contextos (internamento, ambulatório e comunidade);
•
Monitorizar o processo de educação do doente e família.
relacionados com a execução do plano educacional;
ÂMBITO
o processo de educação do doente e família engloba os doentes com processo clínico no Hospital Pulido
Valente, (HPV), a família ou qualquer outro elemento prestador de cuidados e aplica-se desde o início do seu
percurso hospitalar, quer seja em regime de ambulatório ou em internamento.
Este processo visa a aquisição e o desenvolvimento
de competências do doente no sentido da sua
participação activa e envolve toda a equipa de saúde participante na prestação de cuidados de acordo com a
área de intervenção de cada profissional.
Deverão ser identificados os grupos de doentes que, pela sua relevância clínica necessitem de programas
específicos de educação bem como aqueles que requeiram ajuda para o consentimento informado, devido a
dificuldades de aprendizagem ou outras limitações cognitivas.
DESCRiÇÃO DO PROCESSO
1.1. - PRINCíPIOS
é uma
componente fundamental da prática de cuidados de saúde;
•
A educação do doente e família
•
Todos os doentes/família,
processo educativo;
•
Este processo garante a aquisição e o desenvolvimento
participação activa nos cuidados;
independentemente
da idade, sexo, raça, religião, têm direito a beneficiar de um
de competências
(1) Familiar de referência, pessoa significativa ou cuidador informal
do doente no sentido da sua
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Valente,
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Educação do Doente e da Família
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•
O processo educativo do doente e família garante a informação adequada que permita uma tomada de
decisão consciente, nomeadamente em relação ao consentimento informado e às implicações financeiras
dos cuidados;
•
A educação do doente e família ocorre durante a interacção do doente com o médico, enfermeiro e outros
profissionais de saúde;
•
A educação do doente e família é um processo contínuo, desenvolvido de forma sequencial e estruturada
ao longo de todo o processo de cuidados (internamento, ambulatório e comunidade);
•
A avaliação das necessidades educacionais inicia-se durante a admissão do doente e é complementada
longo do processo de cuidados por toda a equipa multidisciplinar;
•
As necessidades educacionais do doente e família são avaliadas
primeiro contacta com o doente no âmbito da prestação de cuidados;
•
Os profissionais de saúde envolvidos no processo de cuidados ao doente são responsáveis pela avaliação
das necessidades educacionais, planeamento, execução e monitorização do ensino;
•
Os profissionais envolvidos no processo de educação têm que adequar
(conhecimentos, capacidades e atitudes) à especificidade da situação do doente;
•
Toda a informação relativa ao processo educativo do doente e família é registada em impresso próprio
pelos profissionais de saúde envolvidos nesse processo.
e registadas
pelo profissional
as suas
ao
que
competências
3.2 - Etapas do processo de educação do doente e família
•
Avaliação das necessidades
educacionais
•
Planeamento das acções educativas
•
Execução do plano
•
Avaliação da aprendizagem
•
Reformulação do plano
•
Acompanhamento
da educação
3.2.1. - Avaliação das necessidades
educacionais
A avaliação das necessidades educacionais permitirá identificar as áreas deficitárias do conhecimento
doente e família e as competências a adquirir para uma melhor gestão do seu processo de saúde/doença.
Esta avaliação contempla uma entrevista dirigida à identificação das necessidades educacionais
impresso de registo, ambos suportados pelas capacidades de observação, comunicação e análise.
do
e um
Durante a entrevista deverão ser identificadas:
a)
As variáveis do doente
nomeadamente:
e família
que
• limitações físicas, sensoriais e cognitivas
• crenças e valores
• idioma
• nível educacional
• estado emocional
determinam
as suas
capacidades
de aprendizagem,
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• motivação
b)
As áreas deficitárias do conhecimento,
nomeadamente:
• processo de saúde/doença
• identificação e controle de sintomas
• avaliação e controlo da dor
• condições e opções terapêuticas
• medicação: administração,
efeitos e interacções
• dieta e nutrição
• interacções entre medicamentos
e alimentação
• utilização segura e eficaz de equipamento médico
• actividades de vida diária e técnicas de reabilitação
• hábitos de vida saudáveis
• recursos da comunidade/continuidade
de cuidados após a alta
3.2.2. - Planeamento das acções educativas
Com base na avaliação das necessidades
educacionais,
das capacidades
de aprendizagem
e das
preferências, crenças e valores do doente e família, os diferentes profissionais planeiam os conteúdos a
abordar, as técnicas a ensinar, os métodos mais adequados ao ensino e as formas de avaliação da
aprendizagem, que devem ficar registados no impresso próprio.
O plano de ensino deve ser devidamente negociado com o doente e família, de forma a responder
efectivamente às necessidades identificadas e a garantir uma participação e envolvimento nas actividades
planeadas, estabelecendo-se uma verdadeira parceria de cuidados.
Para os doentes identificados como pertencentes
programas específicos de educação.
3.2.3.Execução
a grupos de relevância
clínica, deverão ser concebidos
do plano
Os profissionais da equipa multidisciplinar implementam as acções educativas planeadas, atendendo à
avaliação efectuada, aos diferentes contextos (internamento e ambulatório), à natureza do ensino a efectuar e
aos factores ambientais mais favoráveis à aprendizagem.
As actividades relacionadas com o ensino poderão ocorrer no contexto de prestação de cuidados, numa
interacção individualizada em local e horário próprios, ou em sessões formais de grupo, utilizando linguagem
adequada à compreensão do doente, podendo os profissionais optar pelos seguintes métodos e materiais:
•
Instruções verbais,
brochuras, etc)
que podem ser complementadas
•
Instruções escritas personalizadas
•
Exposição oral complementada
com materiais
impressos
por meios audiovisuais (vídeos, computadores,
(folhetos
informativos,
cartazes), se necessário
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Ensino prático de auto-administração
de medicação, de utilização de equipamentos, de treino de
actividades de vida diária e de execução de técnicas de manutenção e/ou recuperação da funcionalidade.
Sempre que os doentes apresentem limitações físicas, sensoriais,
barreiras à aprendizagem, será necessário adequar os materiais
intérpretes.
cognitivas ou de idioma que constituam
impressos ou audiovisuais e recorrer a
3.2.4 - Avaliação da aprendizagem
Os profissionais de saúde envolvidos na prestação directa de cuidados ao doente/família devem avaliar a
aprendizagem,
quer pela verbalização
das informações
transmitidas,
quer pela demonstração
de
comportamentos.
O registo da avaliação efectuada contempla as variáveis do doente, a metodologia utilizada e, sempre que
possível, os factores circunstanciais
que influenciaram
positiva ou negativamente
o processo de
ensino/aprendizagem.
3.2.5 - Reformulação
do plano
O plano de ensino deverá ser reformulado com base nas situações identificadas
processo de aprendizagem.
A necessidade
conformidade.
de reformulação
3.2.6 - Acompanhamento
do plano obriga
à reavaliação das necessidades e a um planeamento em
da educação
Sempre que se justifique, o doente deve ser acompanhado periodicamente
reavaliação do ensino efectuado e das dificuldades persistentes.
Este acompanhamento
sua agudização.
como obstáculos durante o
é especialmente
para que se proceda a uma
importante em doentes com problemas crónicos ou na prevenção da
Em todas as situações os registos devem ser efectuados no impresso próprio.
Sempre que o doente seja referenciado para o centro de saúde ou outra instituição deve ser acompanhado por
uma cópia da nota de alta onde conste o registo educacional efectuado, de modo a favorecer a continuidade
dos cuidados.
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RESPONSABILIDADES
4.1 Níveis de responsabilidades
cuidados
aonos
doente
envolvidos
DoentelFamília
edede
das eP PEducação
R Director
R
regulaçãodo
necessidades
Doente
e Família
Gabinete
Serviço, Enfl
Profissionais do
cionais
do doente eChefe,
família
cação do
Avaliação
R - Responsável
4.2 - Implementação
R
R
R
R
P
P - Participante
da Política
A implementação da política de educação ao doente e família pressupõe a criação de uma estrutura de suporte
ao desenvolvimento do processo educacional de uma forma consistente e formalizada, que se designa por
Gabinete de Educação do Doente e Família, com as seguintes responsabilidades:
a) Identificar os recursos e programas de ensino existentes na organização;
b) Identificar áreas prioritárias de intervenção educacional;
c) Identificar os profissionais de referência nas diferentes áreas;
d) Identificar os profissionais com necessidade de desenvolvimento
de competências na área da
educação em articulação com os responsáveis dos serviços;
e) Propor orientações para a elaboração de programas de ensino;
f) Centralizar e disponibilizar recursos educativos e meios auxiliares de ensino (folhetos, brochuras,
guias, filmes, ... );
g) Promover a articulação entre os serviços e o Centro de Formação do HPV, propondo formação em
áreas temáticas identificadas como prioritárias;
h) Monitorizar periodicamente o processo de educação do doente e família em estreita articulação com o
Gabinete da Qualidade.

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