Mapa dos principais minerais da Bahia

Transcrição

Mapa dos principais minerais da Bahia
M
C ADE R NO E S PE C IAL
na
o
Bahia
SALVADOR | TERÇA-FEIRA | 31/05/2011
PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
Este caderno é parte integrante do Jornal A TARDE.
Não pode ser vendido separadamente.
“Um dos estados
mais estudados
geologicamente”
Confira a entrevista exclusiva com James Silva Santos Correia,
secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia.
pág. 02
Mapa dos principais
minerais da Bahia
pág. 6 e 7
Patrocínio:
CBPM e a
riqueza do subsolo
baiano
A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral estuda os minérios
encontrados no Estado, considerado o quinto maior produtor
mineral do Brasil.
pág. 10
2
PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011
[email protected]
ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO, JAMES SILVA SANTOS CORREIA
“A Bahia é um dos estados mais estudados
geologicamente falando do Brasil”
Erik Salles/ Ag. A TARDE
JAMES SILVA SANTOS CORREIA, 52 ANOS, ASSUMIU O
CARGO EM AGOSTO DE 2009 E LEVOU PARA A
SECRETARIA DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO
UMA VASTA EXPERIÊNCIA E UM CURRÍCULO DE PESO. FOI
GERENTE DE OPERAÇÕES DA REGIÃO METROPOLITANA DE
SALVADOR DA COELBA, POR 10 ANOS. CRIOU O PLANO DE
RACIONAMENTO ALTERNATIVO À CRISE ENERGÉTICA DE
2001. ALÉM DISSO, FOI CONSULTOR NA ÁREA DE GÁS E
PETRÓLEO PARA DIVERSAS EMPRESAS DO
SETOR. ENGENHEIRO ELETRICISTA, FORMADO PELA
ESCOLA POLITÉCNICA DA UFBA, ESPECIALISTA EM
PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA (UFMG),
PÓS-GRADUADO EM ESTUDOS AVANÇADOS SOBRE
SISTEMAS DE POTÊNCIA, MESTRE E DOUTOR NA MESMA
ÁREA, PELA ESCOLA POLITÉCNICA DA USP, SENDO
CONDECORADO COM A MEDALHA COMEMORATIVA DOS
110 ANOS DESTA ESCOLA, NA MODALIDADE
EMPREENDEDORISMO. FOI COORDENADOR DO
MESTRADO EM ENERGIA DA UNIFACS. CONFIRA A
ENTREVISTA CONCEDIDA AO REPÓRTER CARLOS VIANNA
JÚNIOR.
O senhor responde pela carteira
de Indústria, Comércio e Mineração. Como é gerir uma secretaria
com três âmbitos de fronteiras tão
definidos?
Todos eles, de uma forma ou de
outra, se inter-relacionam. Não
há indústria sem comércio nem
comércio sem indústria. A mineração, que é uma atividade industrial, também tem o seu
componente comercial. Embora
tenham pautas e reivindicações
distintas, todos eles integram a
cadeia produtiva da economia
baiana. Salvador nasceu como
um dos principais entrepostos
comerciais do mundo. Nossa indústria é pioneira, com a cana-de-açúcar, assim como também é a nossa mineração, com o
garimpo extrativista na Chapada Diamantina. Estão na formação histórica da economia baianaessastrês vertentes.
Qual é o papel da mineração na
economia baiana hoje?
A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) apresentou um desempenho recorde
de R$ 1,7 bilhão em 2010, evoluindo constantemente desde
2007, quando cravou R$ 850 milhões. A produção mineral de
bens em bruto, sem beneficiamento, representou 1,2% do PIB
baianoem 2010.
Quais os destaques da Produção
Mineral Baiana Comercializada
(PMBC)?
Levando-se em conta as substâncias minerais produzidas, as
cincoprincipaiscommoditiesextraídas na Bahia – cobre, ouro,
níquel, cromo e magnesita são
responsáveispormaisde75%da
PMBC. Em 2010, os principais
destaques na PMBC foram a produção de níquel, brita e a retomada na produção de rochas ornamentais. O níquel teve sua exploração iniciada em janeiro e já
“
A produção mineral
de bens em bruto,
sem
beneficiamento,
representou 1,2%
do PIB baiano em
2010
se posiciona como o terceiro
bem mineral em comercialização no ranking de produção
baiano.A comercialização de pedra britada aparece, demonstrandoobommomentodaconstruçãocivilpeloqualpassaoPaís
e em especial o Estado da Bahia.
As rochas ornamentais, que retomaram produção não só para
atender ao mercado externo
que começa reagir à crise internacional, bem como ao mercado nacional que, em 2010, mostrou-se muito receptivo.
Qual é a descoberta mais auspiciosa feita durante sua gestão até
o presente momento?
O nosso maior trunfo foi a entrada em produção da mina de níquel de Itagibá (Mirabela), considerada a maior descoberta de
níquel a céu aberto do mundo,
nos últimos 10 anos.
Desde 2007, a Bahia lidera as solicitações para pesquisas em mineração, segundo o site da CBPM. O
que significa isso?
De 2007 a 2009, a Bahia liderou
os requerimentos de pesquisa no
País, atrás de Minas, que reassumiu a primeira posição em
2010. A Bahia, por ser um dos
estados mais bem conhecidos em
termos de geologia e por possuir
ambientes favoráveis à existência
de minerais, principalmente metálicos, passou a ser alvo de empresas mineradoras e de especuladores, quando houve este aumento na procura por minerais
em todo o mundo
Quem faz estas solicitações?
Qualquer brasileiro ou empresa
com capital nacional pode requerer áreas no País para pesquisaelavraindependentemente da autorização prévia do proprietário da terra. Apenas no caso do Regime de Registro de Licença há a necessidade da autorização do dono do solo e da prefeitura municipal.
Já se sabe que o Estado possui formações geológicas favoráveis a
depósitos e jazidas de commodities minerais muito valorizadas
internacionalmente, o que pode
transformar a Bahia em um grande polo siderúrgico. O que falta
para isso acontecer?
Os governos estadual e federal
estão trabalhando para dotar o
Estado de infraestrutura. São investimentos em rodovias, energia limpa, obras do PAC como a
Ferrovia Oeste-Leste, o Complexo Porto Sul, as obras de ampliação e requalificação do porto de
Aratu, além de incentivos fiscais
concedidos pelo governo às empresas que pretendem se instalar no Estado. Esses projetos estruturantes que estão em andamento irão resolver questões como a logística de entrada de matérias-primaseoescoamentoda
produção.Essesfatoresequacionados às questões voltadas ao
meio ambiente tornam a Bahia
um ambiente propício à atração
de novas siderúrgicas.
Quanto por cento do minério extraído tem sua transformação feita no próprio Estado?
Esse número ainda não foi apurado. Porém, pode-se afirmar
que a Bahia é um produtor
de minerais em bruto e semimanufaturados. Para mudar, o
“
De 2007 a 2009, a
Bahia liderou os
requerimentos de
pesquisa no País,
atrás de Minas, que
reassumiu a
primeira posição
em 2010
éhojeumdosestadosmaisestudados geologicamente falando
do Brasil. A CBPM, por ser uma
empresa de desenvolvimento
mineral, pesquisa todo o território baiano e quando viabiliza
uma área promissora abre licitação pública, visando atrair empresas privadas para serem parceiras na avaliação e exploração, se for o caso, dos depósitos
descobertos. Para tanto, apresenta como atrativo o seu imenso acervo de dados e os trabalhos iniciais de pesquisa, bem
como os levantamentos geológicos e aerogeofísicos, que são
os trabalhos de maior risco numapesquisamineral.
Quantasoportunidadesforamnegociadasem 2010?E para 2011?
Em 2010, foram licitadas seis
oportunidades minerais. Como
nesse início de ano já abrimos
três licitações e como o mercado
está bastante promissor, acredito que teremos um número bem
perto de 2008, quando foram licitadas cerca de 15 oportunidadesminerais.
Estado tem feito investimentos
eminfraestrutura,emlogísticae
vem atraindo empresas que industrializam e beneficiam aqui
as matérias-primas. Não queremos ser somente um Estado que
exporta commodities.
Acrisefinanceiramundialafetoua
produção baianademinerais?
Muito pouco. O efeito da crise se
deu principalmente nas exportações,especialmentederochas
ornamentais. Embora a pauta
de exportações baianas seja diversificada,porseuvalor,oouro,
com 65%, e outros metais preciosos, com 24%, acabam por
ser responsáveis pela maior parte do valor exportado.
De que forma a CBPM faz o trabalho de atração da iniciativa privada?
A CBPM é uma descentralizada,
uma empresa pública ligada diretamente à SICM e tem grande
importância, pois é o braço executivo da política mineral do Estado e através dela é que a Bahia
Queoutrasmudançasnomercado
mundial nos últimos anos repercutiram na produção baiana de
minerais?
A despeito da crise econômica
mundial, a forte demanda global por bens minerais impulsionou ações empreendedoras objetivando descobertas de novas
EXPEDIENTE: MINERAÇÃO
EDIÇÃO: YaraVasku([email protected]) PROJETOGRÁFICO,CAPA,DIAGRAMAÇÃOe INFOGRAFIA:Helder V.Florentino REVISÃO:Ivete Zinn
jazidas,observando-seumsignificativo aumento no fluxo de investimentos mundiais destinadosàexploraçãomineralnoBrasil. É importante registrar que
nesse novo ciclo de demandas
pelos metais destaca-se a performance do Brasil no comércio
exterior de minério de ferro, cujas exportações totalizaram US$
28 bilhões, em 2010. A China
ocupou o primeiro lugar na lista
de compradores dessa commodity (48%), sendo seguida pelo
Japão (12%), Alemanha (7%) e
Coreia do Sul (4%). Houve uma
recuperação gradativa na demanda das principais commoditiesminerais,cujospreçosforam
amplamente influenciados pela
relação entre euro e dólar e especialmente pela confiança dos
investidores. Salientando que a
confiança dos investidores, que
é um forte indicador da recuperação das commodities no mercado, foipositivaem2010, registrando um aumento significativo nos investimentos em expansões e em novos projetos de mineração. Em consonância com
esse cenário internacional e tendências apresentadas pelo setor
mineral nacional, o Estado da
Bahia apresentou em 2010 um
bom resultado na sua produção
mineral que foi de R$ 1,7 bilhão
(excluindo petróleo e gás), a
exemplo do início da exploração
de níquel e bentonita, além da
retomada da extração e exportação de rochas ornamentais.Para os próximos três anos
há uma grande expectativa de
aumento na PMBC em consequência da ampliação da extração de ouro e início da exploração de jazidas de ferro, vanádio,
gipsita e outros minerais. Essa
expectativa respalda-se na existência de oito projetos de mineração em estágio de implantação e que totalizam investimentosdaordemdeR$ 11,6bilhões.
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A EMPRESA COMEÇOU A SER IMPLANTADA NA CIDADE DE ITAGIBÁ, NO SUL DA BAHIA, EM 2009, INICIANDO AS ATIVIDADES NA MINA SANTA RITA
Mirabela investe no níquel e ajuda no
desenvolvimento social local
Fotos: Divulgação
A mina tem como meta produzir, este ano, 126 mil toneladas de concentrado de níquel, segundo Cláudio Lyra, diretor da Mirabela
ALINE BARNABÉ
Todas as pessoas carregam moedas na carteira ou na bolsa. Esse é
o produto que contém níquel mais
conhecido pela população. Só que
esse minério é destinado também
para a produção de baterias de
celular, relógios, materiais cirúrgicos e até panelas, utilizadas no
cozimento dos alimentos, levam
uma quantidade de níquel.
Aqui na Bahia, esse minério foi
descoberto pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM),
que desenvolveu um programa de
pesquisa culminando na descoberta de um depósito de níquel.
A Mirabela, empresa australiana, chegou em 2003 para realizar
estudos complementares e arren-
dou a área para a CBPM. Após o
período de sondagem, verificação
da área, da quantidade de níquel
na região e o trabalho de avaliação
ambiental, a Mirabela começou a
implantação da empresa na cidade de Itagibá, no sul da Bahia, em
2009, iniciando as atividades na
Mina Santa Rita.
A mina tem como meta produzir,
este ano, 126 mil toneladas de
concentrado de níquel e, segundo
Cláudio Lyra, diretor da Mirabela,
“já estão sendo pesquisadas outras localidades, no sentido de se
conhecer novos potenciais e se viabilizar novos projetos”. Atualmente, do que é produzido na Bahia,
50% fica no Brasil e 50% é exportado.
Ainda segundo Lyra, a mina de
Santa Rita é a segunda maior do
mundo. “A primeira é a Voisey’s
Bay descoberta no Canadá em
1993 pela Inco – Vale. Com a produção que será atingida este ano,
a Mirabela será a segunda maior
mina de níquel sulfetado a céu
aberto do mundo”
Com a chegada da empresa na
cidade, a economia local foi aquecida. A extração do níquel gerou
empregos diretos e indiretos.
“Atualmente temos em nosso quadro, 58% de funcionários da região
- mesmo enfrentando algumas dificuldades de mão de obra especializada”, explica Lyra. Os tributos
pagos (Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) são repassados para o município (65%), para o Estado (23%)
e para a União (12%). Somente em
2010 foram pagos mais de R$ 6
*
Atualmente, do que
é produzido na
Bahia, 50% fica no
Brasil e 50% é
exportado
milhões em tributos.
Além disso, a empresa colaborou para a chegada de outros investimentos na cidade, contribui
para a exportação do Brasil e investe na área ambiental e social
junto às comunidades da região.
Impactos
Com tanto desenvolvimento e investimento na produção de níquel,
o meio ambiente não poderia ser
esquecido. A Mirabela conta hoje
com 23 projetos ligados à área
socioambiental. “O objetivo é
mitigar os impactos ambientais,
além de contribuir para a preservação ambiental das áreas
onde atua”, lembra o diretor Cláudio Lyra.
Os projetos em execução são,
dentre outros: Programa de Mo-
nitoramento da Fauna; Identificação de Material Botânico; Programa de Monitoramento dos Fragmentos de Mata Atlântica; Programa de Monitoramento do Ruído Ambiental e Ocupacional; Programa de Monitoramento dos
Ecossistemas Aquáticos; Programa de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos e Coleta Seletiva; Programa de Revegetação; Programa de
Educação Ambiental e o Programa
de Ações Sustentáveis.
Em 2010, a empresa investiu
R$ 4,5 milhões na área de
monitoramento e proteção do
meio ambiente. Além disso, também investiu R$ 340 mil em atividades sociais e de sustentabilidade integrando mais de 10 mil
pessoas aos projetos desenvolvidos na empresa.
Produção de argila com foco na responsabilidade ambiental
Muitos não sabem, mas a bentonita, um tipo de argila, está presente em nossa vida, muitas vezes
de maneira que não imaginamos.
Os produtos que utilizam algum
processo envolvido com a argila
são o sabão em pó, que usamos
para lavar roupa, o sabonete e até
mesmo o óleo vegetal, tão utilizado no preparo de alimentos,
por exemplo.
A empresa que trabalha com
esse tipo de minério é a Companhia Brasileira de Bentonita
(CBB). A companhia realiza suas
atividades no município de Vitória
da Conquista, no sul do Estado, e
funciona como um parque industrial de bentonita sódica.
A Companhia Brasileira de Bentonita entrou em atividade em outubro de 2003, mas a operação
industrial só começou quatro anos
depois.
As bentonitas possuem, como
características industriais principais, alto poder de absorção de
água, aglomeração, inchamento e
formação de gel.
Estas características conferem
às bentonitas propriedades bas-
tante especiais, que possibilitam
uma vasta gama de aplicações
nos mais diversos segmentos industriais.
De acordo com Roberto Lazzari,
diretor da Companhia Brasileira de
Bentonita, com essas propriedades, a bentonita pode ser utilizada
como fluido para perfuração na
indústria petrolífera, na perfuração de poços artesianos (poços
tubulares profundos); como aglomerante na pelotização (processo
de compressão ou moldagem) de
minério de ferro; nos processos de
moldagens de peças na indústria
de fundição e como espessante na
indústria de tintas.
O minério também pode ser utilizado como elemento filtrante nas
indústrias de óleo vegetal e em
vinícolas; como impermeabilizante na indústria de construção
civil e para adsorção de aflatoxinas
na indústria de ração animal, ou
seja, livra os animais dos efeitos
tóxicos.
A capacidade da produção da
argila é de 100 mil toneladas por
ano e essa quantidade é voltada
para três segmentos principais. Ar-
gilas para fluido de perfuração,
pelotização de minério de ferro e
fundição.
“A extração do minério é feita a
céu aberto e a 500 metros das
instalações industriais, o que facilita as operações minerais”,
explica Roberto Lazzari. A atual
capacidade de minério da CBB é
suficiente para mais 40 anos de
operação.
Meio Ambiente
CBB considera o meio ambiente
um componente fundamental para a qualidade dos produtos. Na
empresa são adotadas medidas de
conservação, proteção, recuperação e educação ambiental que asseguram a manutenção e o resgate
do ecossistema onde a CBB
atua.
Em 2007, a empresa implantou
o Plano de Gestão de Resíduos.
A meta do plano é reduzir a
geração de resíduos e minimizar
os custos associados à gestão deles
para diminuir os riscos de degradação ambiental. Os resíduos
recicláveis são destinados à Cooperativa Recicla Conquista,
*
Em 2007, a
empresa implantou
o Plano de Gestão
de Resíduos. A
meta do plano é
reduzir a geração
de resíduos e
minimizar os custos
associados à gestão
deles para diminuir
os riscos de
degradação
ambiental
Companhia Brasileira de Bentonita (CBB)
cooperativa que comercializa
os resíduos com empresas de
reprocessamento.
A empresa também conta com
um viveiro de mudas, onde preserva as espécies vegetais ameaçadas. A capacidade é de 50 mil
mudas por ano. Além disso, a CBB
realiza e patrocina palestras e
eventos sobre meio ambiente.
Por conta dessa atividade, a empresa foi premiada em outubro de
2008, pela Secretaria Municipal
de Meio Ambiente de Vitória da
Conquista, e recebeu o prêmio Parceiro do Meio Ambiente, na categoria Responsabilidade Ambiental. (A.B.)
Mineração Bahia
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APESAR DE TANTA EXPERIÊNCIA, A YAMANA É UMA EMPRESA JOVEM, COM APENAS OITO ANOS DE FUNDAÇÃO
Investimento de tecnologia na extração e
produção de ouro aqui
Fotos: Divulgação
e está situada em Santaluz, na
região nordeste do Estado. Ela foi
planejada para ser a céu aberto
com uma produção anual estimada em 100 mil onças. “A decisão de
iniciar a construção foi tomada em
meados de 2009 e a previsão é de
que a produção comece no fim de
2012”, afirma. A produção somada
de C1 Santaluz e Fazenda Brasileiro,
que constituem o Distrito de Mineração Brasileiro, deverá ultrapassar 200 mil onças.
Aplicação
O minério produzido aqui no Brasil e em outros países que a Yamana tem mina é utilizado na fabricação de joias e em outras áreas
ALINE BARNABÉ
O ouro representa riqueza, poder,
sofisticação e a Bahia possui boas
reservas desse minério com alto
valor no mercado. Pensando nisso,
a Yamana, uma empresa Canadense, resolveu investir sua tecnologia na extração e produção de
ouro aqui no Brasil, e também em
países como Chile, Argentina, México e Colômbia.
O objetivo é continuar a crescer,
expandir a produção das minas
que estão em funcionamento e
investir no desenvolvimento de no-
vas minas. Apesar de tanta experiência, a Yamana é uma empresa jovem, com apenas oito anos
de fundação.
A idade não quer dizer nada
neste ramo, pois multiplicou as
chances de emprego, começando
suas atividades com 12 funcionários e hoje conta com nove mil.
Com relação às minas, começou
com uma e hoje trabalha na operação de seis na América.
Aqui na Bahia, a Yamana atua
na cidade de Jacobina, Barrocas e
se prepara para atuar, também,
em Santaluz. A mina de Jacobina
fica situada em uma zona rural, na
Fazenda Itapicurú, distante 15 km
do centro da cidade. A mina, que
tem uma área de 5.998 hectares,
entrou em atividade em novembro
de 1982 e era explorada pela empresa Jacobina Mineração e Comércio Ltda. (JMC), adquirida pela
Yamana em 2006.
A mina de Jacobina, região norte, é de ouro subterrâneo e complexo de beneficiamento. “Os esforços aplicados no seu desenvolvimento em 2008 resultaram em
um melhor rendimento em 2009,
com um aumento de 51% na produção”, explica a empresa.
Na cidade de Barrocas é possível
encontrar outra mina, que começou a ser utilizada em 1984, a céu
aberto, pela empresa Mineração
Fazenda Brasileiro S.A. (MFB), pertencente à Yamana desde agosto
de 2003.
Em 1988, o ouro encontrado na
Fazenda Brasileiro começou a
ser extraído do subsolo em uma
área de 1.110 hectares. Novas
descobertas, CLX2 e Lagoa do
Gato, ampliaram a confiança da
Yamana em que a Fazenda Brasileiro continue a ter um potencial
significativo.
A mais recente mina planejada
pela Yamana chama-se Projeto C1
O minério produzido aqui no Brasil
e em outros países que a Yamana
tem mina é utilizado na fabricação
de joias, e também em áreas que
não percebemos, mas o ouro
está presente. Como exemplo, na
odontologia. O ouro é utilizado
nas restaurações, nas coroas, nas
pontes e nos aparelhos ortodônticos. Dentre seus benefícios está o
fato de ser quimicamente inerte,
não produz alergia e é de fácil
manuseio.
Em computadores, esse minério
é utilizado na placa-mãe, na memória e vem ganhando fama rápida na indústria de TI como um
condutor de informações digitais
eficiente e confiável. Nos eletrônicos, o ouro é utilizado em fios,
juntas soldadas, telefones, celulares, calculadoras, sistemas GPS e
outros eletrônicos pequenos e na
maioria dos grandes aparelhos
eletrônicos, como TVs.
O minério também é utilizado
na área de saúde no tratamento de
algumas doenças, incluindo artrite
reumatoide, oftalmológicas e alguns tipos de câncer.
A mineração é realizada em cinco passos, começando com a pesquisa em áreas de prospecção e
terminando com o descomissionamento ao final da vida útil da
mina. O primeiro passo é a pesquisa, dura até três anos, e nesse
período é feito um mapeamento
geológico, com a avaliação de dados e realização de sondagens.
Depois tem a viabilidade e o desenvolvimento, que dura até dois
anos e são feitos estudos de via-
*
Na Bahia, a
Yamana atua em
Jacobina, Barrocas
e se prepara para
atuar, também, em
Santaluz
bilidade econômica com realização de projetos para a mina.
O terceiro passo é a construção
e comissionamento.
Essa atividade dura dois anos e
tem como objetivo desenvolver a
mina e a infraestrutura necessária
para dar início às operações. O
passo seguinte é a produção, que
pode durar até 10 anos.
Nessa fase a mina passa por
processos de extração de minério
e rochas, trituração, fresagem, separação do ouro e subprodutos
de outros minerais, fundição de
lingotes de ouro, filtragem do
concentrado de cobre e vendas.
O último passo é o descomissionamento, que dura 10 anos e se dá
com a recuperação ambiental do
local.
A mina de Jacobina inaugurou
seu Complexo Ambiental em
2009. O centro é composto por um
depósito temporário de resíduos
sólidosindustriais e não industriais, um viveiro de plantas, uma
estação de tratamento de esgoto
e uma estação de compostagem
de resíduos orgânicos para geração de fertilizantes.
O Complexo Ambiental reduz o
consumo de água através da coleta
de água de chuva. A água coletada
é armazenada em reservatórios e
utilizada para aguar as mudas produzidas no viveiro de plantas.
Mineração Caraíba se destaca pelo cobre
ANA FERNANDA SOUZA
Com mais de 40 anos de experiência, a Mineração Caraíba S/A é
produtora de concentrado de cobre e catodo de cobre. A principal
unidade industrial, com aproximadamente dois mil funcionários, fica
localizada no município de Jaguarari, semiárido baiano.
Suas unidades de beneficiamento de minério sulfetado e oxidado, juntas, produzem aproximadamente 30 mil toneladas de
cobre contido por ano. O controle
acionário é composto por três
grupos de acionistas: Aurizônia
Empreendimentos Ltda; Anaconda
Group LLC; Zínia Participações
S/A.
No ano passado, a usina de beneficiamento processou dois milhões de toneladas de minério sulfetado de cobre e produziu mais de
23 mil toneladas de cobre contido.
O ano de 2010 também foi marcado pelo início de operação da
mina de Cobre Surubim, localizada
no município de Curaçá, também
no norte baiano.
“Trata-se de uma mina a céu
aberto localizada 40 quilômetros
ao norte da mina atual. O Projeto
Surubim é responsável atualmente por uma produção de 1,3 milhões de toneladas de minério com
0,8% de cobre por ano, ou aproximadamente 10 mil toneladas de
cobre contido nos concentrados
que são vendidos no mercado nacional”, explica Sérgio Roberto Fráguas, presidente da empresa.
O total de cobre vendido em
2010 foi 29.371 toneladas o que
gerou um faturamento bruto de R$
441 milhões.
Outro marco importante foi o
início das atividades de infraestrutura no Projeto Nova Xavantina
e a abertura de aproximadamente
600 metros de galerias na Mina
Subterrânea do Araés. “Esse projeto faz parte de um programa de
diversificação de atividades da Mineração Caraíba S/A, iniciado no
ano de 2002, objetivando buscar
novas oportunidades no setor mineral, em outros estados do Brasil.
É localizada no município de Nova
Xavantina, no Mato Grosso”, declara o presidente.
*
A empresa investe
em novos projetos
na Bahia, Pará e
Mato Grosso
A principal unidade industrial fica localizada no município de Jaguarari, semiárido baiano
Portfólio
Com objetivo de diversificar o portfólio de produtos e tornar-se uma
empresa polimetálica, passou a investir na implantação de novos
projetos na Bahia e nos estados do
Pará e Mato Grosso, que deverão
entrar em operação entre os anos
de 2011 a 2014. Devem ser mantidos os investimento nos projetos
das regiões de Vale do Curaçá (Bahia), Nova Xavantina (Mato Grosso) e Tucumã (Pará).
A novidade tecnológica fica por
conta do projeto biolixiviação,
“uma tecnologia de extração de
cobre, com aspecto inovador e pio-
O total de cobre vendido em 2010 foi 29.371 toneladas, com um faturamento bruto de R$ 441 milhões
neiro no Brasil”. A empresa desenvolve o projeto com mais duas
parcerias: a Geobiotics e o Centro
de Tecnologia Mineral do Rio de
Janeiro.
“A qualidade total é para a Mineração Caraíba um valor cultural”, sintetiza o presidente da empresa, que desenvolve um sistema
de gestão integrado na busca das
certificações ISO 14.001 e OHSAS
18.001. Só ano passado, acumulou
o Prêmio Fórum de Líderes, foi a
12ª colocada no ranking das Maiores Empresas do Setor Mineral
(Revista Minérios & Minerales),
foi a Empresa do Ano do Setor
Mineral de Médio Porte (Brasil Mineral) e faturou o Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira (Revista Minérios & Minerales).
Mineração Bahia
Mineração Bahia
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Principais produtos
minerais da Bahia
CARLOS VIANNA JUNIOR
Os principais produtos da indústria extrativa mineral baiana são cobre,
magnesita, ouro, cromita, talco, urânio, salgema, rochas ornamentais,
barita, níquel, bentonita, ferro, grafita, argila, fósforo, gipsita, pedras
preciosas, rochas calcárias, diatomita e vanádio.
A Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), através da
Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), tem praticado uma
intensa política de identificação de oportunidades minerais. Veja os
principais minérios explorados em áreas arrendadas pela CBPM.
Novos minérios que vão entrar na lista nos próximos anos.
Fonte
CBPM
na
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e-mail [email protected]
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ATUALMENTE, O ESTADO É O QUINTO PRODUTOR DO MINÉRIO, SEGUNDO O INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO (IBRAM)
Bahia Mineração transforma paisagem do
interior da Bahia com Pedra de Ferro
Fotos: Divulgação
Com o Senai, a Bamin lançou o programa de cidadania e qualificação profissional Mina de Talentos, que capacitará mais de seis mil pessoas para trabalhar na construção e operação do Pedra de Ferro
ANA FERNANDA
Transformar o Estado da Bahia no
terceiro maior produtor de minério
de ferro do Brasil – essa é a visão
com que trabalha o projeto Pedra
de Ferro, da Bahia Mineração (Bamin), que atua para instalar uma
mina e uma usina de beneficiamento no município de Caetité, a
757 km de Salvador, para produzir
19,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Atualmente, o Estado é o quinto produtor do
minério, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
O minério de ferro extraído será
transportado pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) – obra
do governo federal – até o terminal
portuário de uso privativo que a
Bamin pretende implantar no norte de Ilhéus, de onde a produção
será exportada. Serão oito mil empregos diretos, gerados na etapa
de construção, e mais de 1,8 mil
quando a operação for iniciada. A
Bamin vai investir, a médio prazo,
aproximadamente US$ 2 bilhões
no projeto.
Com previsão de início das atividades em 2014, a empresa já
conta com a Licença de Implantação (LI) emitida pelo Instituto de
Meio Ambiente (IMA) para a construção da mina em Caetité, sudoeste do Estado e aguarda, atualmente, a emissão da Licença Prévia
(LP) do Ibama para construir o
terminal portuário de embarque
privativo no norte de Ilhéus, de
onde será exportado o minério de
ferro. Com essa licença a Bamin
dará início à construção de todo o
Pedra de Ferro.
*
Entre jovens e
adultos, o projeto
Transformar visa o
empreendedorismo
e a qualificação
profissional
cinco maiores do País”, revela Clóvis Torres, vice-presidente executivo da Bamin. Ele destaca que as
primeiras 742 pessoas já estão em
sala de aula. Além disso, está em
curso, desde 2010, o Programa de
Qualificação de Fornecedores
(PQF), voltado para pequenas e
médias empresas fornecedoras de
produtos e serviços nas regiões
onde o projeto está inserido.
Crianças e adolescentes também participam das ações do projeto. Para os pequenos, existe o
Pedrinha de Ferro, desenvolvido
desde 2009 em parceria com a
Fundação Anísio Teixeira em escolas de Caetité e Pindaí, e dos
distritos de Guirapá, Brejinho das
Ametistas e Santa Luzia. O objetivo
é que as crianças sejam capazes de
atuar como agentes de transformação em suas famílias, na escola
e na comunidade.
Entre jovens e adultos, o projeto
Transformar, iniciativa desenvolvida em parceria com o Instituto
Aliança, visa o empreendedorismo
e a qualificação profissional. “Em
2009, em Ilhéus e região, o projeto
qualificou mais de 150 pessoas,
entre elas 84 jovens”, revela Clóvis
Torres.
“Em 2010, mais de 220 pessoas
participaram do projeto, inclusive
jovens que se capacitaram em cursos técnicos e adultos que integram grupos produtivos locais”,
comemora o vice-presidente executivo da Bamin. No mesmo ano,
na região de Caetité, foram mais
de 300 adultos em grupos produtivos de artesanato, costura,
produção de alho e mel, e 52 jovens capacitados. Outras ações de
sustentabilidade relacionadas ao
Pedra de Ferro são o projeto Circuito do Lixo, que apoia uma cooperativa de catadores de material
reciclável, além do monitoramento do ar, o plantio de mudas e a
pesca sustentável.
Responsabilidade social
Ainda na fase de licenciamento, o
projeto Pedra de Ferro já realiza um
grande investimento em capacitação de mão de obra local. Em
fevereiro de 2011, em parceria com
o Senai, a Bamin lançou o programa de cidadania e qualificação
profissional Mina de Talentos, que
capacitará mais de seis mil pessoas
para trabalhar na construção e
operação do Pedra de Ferro. Mais
de 10 mil se inscreveram no processo seletivo.
“Segundo o Senai, o Mina de
Talentos já pode ser considerado o
maior programa de qualificação
profissional realizado na Bahia,
neste início de década, e um dos
Empresa também investe em sustentabilidade
SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011
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PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
9
A EMPRESA É A ÚNICA DAS AMÉRICAS QUE INTEGRA AS ATIVIDADES COM O REFLORESTAMENTO, O QUE TORNA SUSTENTÁVEL O SEU CICLO DE PRODUÇÃO
Ferbasa é destaque no trabalho com
minerais, metais e ecologia
CARLOS VIANNA JÚNIOR
A maior fabricante de ligas de ferro
cromo do Brasil é uma das 20
maiores empresas baianas. Em
seus cinquenta anos de história,
vem construindo um patrimônio
que, além de colaborar com o crescimento da mineração no Estado,
apresenta um modelo de gestão
que serve de exemplo para empresas de qualquer outro ramo de
atividade.
Fundada em 1961, pelo engenheiro José Corgosinho de Carvalho Filho, a empresa atua no ramo
de mineração e metalurgia, sendo
a única das Américas que integra
essas duas atividades com o reflorestamento, o que torna sustentável o seu ciclo de produção.
No ramo de mineração a Ferbasa explora, atualmente, a cromita. Este óxido duplo de ferro e
cromo é extraído em dois grupamentos mineiros na região centro-norte do Estado. Um deles, o
Complexo Vale de Jacurici, conta
com 15 minas espalhadas por uma
extensão de 120 km de terra que
passa pelos municípios de Queimadas, Cansanção, Andorinha,
Monte Santo e Uauá. Entre suas
minas se destaca a Ipueira.
Com produção iniciada em 1973,
a
mina
Ipueira
produz
880.000t/ano de minério bruto,
através de lavra subterrânea. De
suas cavernas saem 276.000t/ano
de hard lump, 24.000t/ano de
areia de cromita e 48.000t/ano de
concentrado de cromita.
Minas
O outro complexo está localizado
na região de Campo Formoso, onde as atividades da empresa foram
iniciadas há 50 anos. São nove
minas localizadas ao longo da borda norte da Serra da Jacobina. O
método de lavra é a céu aberto,
com desmonte mecânico e com
explosivos. Uma de suas principais
minas, a Pedrinhas, em atividade
desde 1961, produz cerca de
*
Fotos: Divulgação
Fundada em 1961,
pelo engenheiro
José Corgosinho de
Carvalho Filho, a
empresa atua no
ramo de mineração
e metalurgia,
sendo a única das
Américas que
integra essas duas
atividades com o
reflorestamento, o
que torna
sustentável o seu
ciclo de produção
Atualmente, 50% do volume mensal de carvão vêm das florestas próprias da Ferbasa, e a outra metade é fornecida por terceiros
120.000t/ano, entre hard lump e
concentrado de cromita.
Justamente para transformar a
matéria-prima saída da mina Pedrinhas entrou em operação, em
julho de 1963, o parque industrial
metalúrgico da Ferbasa, na cidade
de Pojuca. Da capacidade instalada de cerca de 7,5 MVA nos primeiros anos, a fábrica chegou nos
dias de hoje à capacidade de 264
MVA, contando com 2.800 funcionários. São 13 fornos usados
para a produção de Ferro Cromo
Alto Carbono, Ferro Cromo Baixo
Carbono, Ferro Silício Cromo, Ferro
Silício 75, Areia de Cromita, Minério de Cromo – tipo lump, Cal
virgem e Microsílica.
Para manter seus fornos em pleno vapor a Ferbasa consome
45.000 m³/mês de carvão vege-
tal, com perspectiva de aumento
para 50.000m³/mês em curto espaço de tempo. Mas nem por isso
a empresa pode ser considerada
uma ameaça ao meio ambiente.
Atualmente, 50% do volume mensal de carvão vêm das florestas
próprias da Ferbasa, e a outra metade, também derivada de eucalipto, é fornecida por terceiros.
Além disso, a empresa vem in-
vestindo em novos fornos mecanizados.
As atividades florestais da Ferbasa não têm o objetivo único do
autossuprimento de carvão vegetal. Elas fazem parte de uma visão
ampla de gestão sustentável. Dos
54.000 ha de terra que possui ao
largo de cinco municípios da região
Litoral Norte da Bahia, a empresa
utiliza menos de 50% para o cultivo
de eucalipto. Toda área a restante
corresponde a um remanescente
da Mata Atlântica que está sendo
conservada. Estas e outras atitudes
de respeito ao meio ambiente trazem retornos institucionais importantes. Só para citar um exemplo,
sua fábrica de Ferro Silício foi reconhecida como a única fábrica
verdenomundo, comsaldo zero no
balanço de carbono.
Importância do minério exige um trabalho de excelência
ALINE BARNABÉ
Caetité, município baiano da região oeste, é conhecido por abrigar
em suas terras uma grande jazida
de urânio, matéria-prima para geração de energia elétrica de reatores nucleares. Esse minério é trabalhado pelas Indústrias Nucleares
do Brasil (INB), com sede em Brasília, mas que está onde existe o
minério.
Aqui na Bahia, a INB atua desde
1999, em área onde existe uma
reserva de 100 mil toneladas do
minério. A Unidade de Concentrado de Caetité produz anualmente
cerca de 400 toneladas de concentrado de urânio, o suficiente
para abastecer as usinas Angra 1 e
Angra 2, por exemplo. Toda a área
da unidade da INB em Caetité tem
1.700 hectares, sendo que a área
da mina é de 13 hectares.
Em Caetité, a INB possui atualmente 167 funcionários concursados, 320 terceirizados, 50 contratados e cinco estagiários, num total de 542. Além disso, gera emprego indireto para aqueles que
prestam serviços para a empresa,
ou que conseguem montar um negócio pelo aumento de investimentos na cidade. Daí a importância de uma empresa de grande
porte na movimentação da economia para o Estado.
O minério passa por alguns processos antes de ser utilizado como
fonte de energia, como explica a
assessoria de imprensa da empresa. Primeiro, o urânio é extraído da
*
Aqui na Bahia, a
INB atua desde
1999, em área
onde existe uma
reserva de 100 mil
toneladas do
minério. A Unidade
de Concentrado de
Caetité produz
anualmente cerca
de 400 toneladas
de concentrado de
urânio, o suficiente
para abastecer as
usinas Angra 1 e
Angra 2
rocha e transportado para uma
área de britagem, onde é quebrado até formar pequenas pedrinhas. Em seguida elas são agrupadas, formando uma grande pi-
O Brasil tem a sétima maior reserva de urânio do planeta
INB criou o projeto ambiental Bosque da Amizade
lha, onde recebem uma solução de
ácido sulfúrico que separa o urânio
da rocha.
Esse processo é conhecido como
lixiviação e o resultado dele é um
líquido conhecido como licor de
urânio. O beneficiamento é o processo que vai transformar o licor de
urânio num concentrado, que tem
a forma de uma pasta amarela
também conhecida como yellowcake.
Esse minério é de extrema importância, pois fará parte do nosso
cotidiano por muito tempo, já que
todas as pessoas necessitam da
energia elétrica para realizar diversas tarefas simples do dia a dia.
Atualmente o consumo de energia
é de 100 mil megawatts para 190
milhões de pessoas, mas a previsão é que em 2030 esse número
aumente para 225 milhões e, com
isso, o consumo de energia também aumentará para 200 mil megawatts. “Ou seja, em 20 anos
teremos que dobrar a quantidade
de energia produzida”, afirma a
INB.
A utilização da energia nuclear,
por ser considerada uma fonte limpa, é importante neste processo,
porque é capaz de atender esse
consumo crescente sem aumentar
a quantidade de gás carbônico lançado no meio ambiente.
Mas não é só na Bahia que é
possível encontrar esse material. O
urânio foi encontrado em Minas
Gerais, na cidade de Caldas, em
1982. Essa atividade na região mineira durou 13 anos e era direcionada para abastecer a usina de
Angra 1. Como no Brasil há o objetivo de construir mais usinas, já
existem estudos sobre a reserva de
Santa Quitéria, no Ceará, onde o
urânio encontra-se associado ao
fosfato.
Potencial
O Brasil tem a sétima maior reserva
de urânio do planeta, sendo que
apenas um terço do seu território
foi pesquisado e é um dos poucos
países do mundo a dominar todas
as etapas de fabricação do elemento combustível. Todo esse potencial não pode ser desperdiçado.
A quantidade existente é suficiente
para atender as necessidades do
País por longo prazo e exportar.
Com toda essa reserva guardada em terras brasileiras, como saber se uma rocha tem ou não o
urânio? O minério não possui uma
cor fixa que o caracterize.
Ele está presente em toda a crosta terrestre como constituinte da
maioria das rochas e pode ser encontrado nas cores amarela, marrom, branca e cinza. Por ser parte
de rochas, o que o diferencia
de outros minerais é sua propriedade de emitir partículas radioativas, excelentes para gerar calor e
energia.
O trabalho com um minério com
esta importância exige um trabalho de excelência. A INB pensando
nisso preparou um projeto ambiental chamado Bosque da Amizade. Esse projeto foi criado há oito
anos e desenvolvido na unidade da
empresa em Caetité. O objetivo é
registrar as visitas com o cultivo de
plantas típicas da região. O visitante recebe uma muda e a outra
é plantada no Horto Florestal.
Atualmente, o projeto tem 219
árvores plantadas de 28 espécies
diferentes. Por conta desse projeto
com o olhar na preservação do
meio ambiente, a INB vai receber
um prêmio oferecido pela revista
Minérios & Minerales.
Mineração Bahia
C ADE R NO E S PE C IAL
na
10
PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011
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AS RIQUEZAS QUE BROTAM DO SUBSOLO FAZEM DO ESTADO O QUINTO MAIOR PRODUTOR MINERAL DO BRASIL
CBPM apresenta o “mapa da mina”
do subsolo baiano
Fotos: Divulgação
ANA FERNANDA
Urânio, cobre, magnesita, ouro,
cromo, talco, salgema, barita, bentonita e níquel são as substâncias
em que a Bahia se coloca como um
dos principais produtores brasileiros, além de rochas (britadas), cascalho, areia, água mineral, rochas
ornamentais (granitos, mármores
e outras), calcário (rocha) –riquezas que brotam do subsolo baiano
e fazem do Estado o quinto maior
produtor mineral do Brasil.
Em destaque estão os municípios de Caetité, Santa Luz, Campo
Formoso, Andorinha, Brumado e
outros. “A fertilidade do semiárido
baiano está em seu subsolo”, atesta Alexandre Brust, diretor-presidente da Companhia Baiana de
Pesquisa Mineral (CBPM) – empresa de pesquisa e desenvolvimento mineral vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia.
Riqueza essa profundamente
estudada pela CBPM, que há 38
anos vem obtendo um acervo de
dados einformações geológicas da
mais alta qualidade, contribuindo
para tornar a Bahia um dos estados
brasileiros mais bem estudados e
conhecidos geologicamente. Sua
atuação é centrada na ampliação
e aprimoramento do conhecimento geológico do território baiano,
na identificação e pesquisa de seus
recursos minerais e no fomento ao
seu aproveitamento, atraindo, para este fim, a iniciativa privada.
Atualmente, os minerais explorados na Bahia representam 2,7%
do PIB estadual, o que equivale a
R$ 2,46 bilhões. A extração de
petróleo e gás natural responde
por 55% do valor, e o restante é
gerado por uma pauta de 34 bens
minerais. Mas o percentual tende
a aumentar. “A Bahia é atualmente
o estado brasileiro com maior potencial em termos de novas minas
do Brasil”, explica o diretor-técnico
da CBPM, Rafael Avena Neto. Além
da mina de níquel da Mirabela,
inaugurada em 2009, que deve
tornar-se a segunda maior mina de
níquel a céu aberto do mundo, a
CBPM está ampliando as reservas
da mina de urânio em Caetité,
única produtora desse produto
energético do Brasil.
“Para a região de Caetité, está
prevista para 2012 a entrada em
operação da maior mina de ferro
do Estado, a ser explorada pela
Bamin, enquanto que em Santa
Luz teremos a mina de ouro da
Yamana e em Maracás a entrada
em produção da mina de vanádio,
ambas em áreas arrendadas pela
CBPM. Na Bahia, calcula-se que
existam mais de 350 empresas
atuando no setor mineral, cada
uma com investimentos superando a casa dos R$ 10 bilhões.
“Novo mapa da mina”
A atual gestão do governo do Estado na área mineral levou a mudanças no foco da CBPM e na condução dos contratos com as em-
O diretor-técnico da CBPM, Rafael Avena Neto
*
A Bahia um dos
estados mais bem
estudados
geologicamente
presas exploradoras dos minérios.
“O governo orientou e a empresa
seguiu uma política mineral de
forte desenvolvimento para o setor
mineral, dando ênfase aos minerais metálicos, principalmente para metais base, ouro, ferro, níquel
e zinco”, explica Avena.
Outra mudança diz respeito à
quantidade de áreas em que a
Companhia quer passar a se concentrar. “A partir de 2011, nossa
prioridade é consolidar a CBPM
como empresa de mineração, porém sem perder seu viés de desenvolvimento mineral. Em lugar
de pesquisar superficialmente
mais mil e tantas áreas, vamos
trabalhar de forma detalhada em
um número menor de áreas, dando ênfase à qualidade, ao mesmo
tempo em que continuaremos a
incentivar as licitações de áreas
promissoras, por meio de parcerias
com a iniciativa privada”, revela o
diretor- técnico. A companhia pas-
Rafael Avena Neto e o diretor-presidente da CBPM, Alexandre Brust
sa a ser mais exigente com as
parcerias que estabelece. “A partir
de janeiro, os vencedores das licitações têm que passar a beneficiar o minério aqui na Bahia”,
explica o diretor-presidente da
CBPM, Alexandre Brust. Com isso,
garante-se geração de emprego
mais qualificada para o Estado,
que fica também com o valor agregado da extração.
Orientado por este novo paradigma de gestão, a CBPM está
fazendo uma nova campanha de
comunicação - “O novo mapa da
mina” – com o objetivo de atrair
companhias nacionais e internacionais interessadas na exploração
do subsolo baiano. “Em 2012, a
CBPM completa 40 anos, e a nossa
meta é torná-la autossuficiente até
lá”, planeja Brust, referindo-se a
atual política de aumentar a receita e reduzir as despesas.
Há espaço, ainda, para ações de
responsabilidade social. Trata-se
do Projeto Prisma, que promove,
facilita e patrocina o aproveitamento econômico de pequenos
depósitos minerais e rejeitos de
mineração existentes na região semiárida da Bahia, através da implantação de núcleos de produção
e apoio à área de artesanato mineral e produção de paralelepípedos para calçamentos. A CBPM
fornece suporte técnico, materiais,
equipamentos e treinamento da
mão de obra. O resultado é que o
artesanato feito com pedras e a
produção de paralelepípedos e
meio-fios tornou-se fonte de ocupação, renda e melhoria das condições socioeconômicas em inúmeros municípios baianos.
SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011
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PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
11
O FERRO-VANÁDIO É UMA LIGA DISPUTADA, DADA A SUA VERSATILIDADE, POIS O VANÁDIO É UM MINERAL USADO EM AÇOS
Maracás abriga mina com maior teor de
vanádio do mundo
Fotos: Divulgação
ANA FERNANDA
Um vírgula quarenta e quatro porcento (1,44%) - é esse o teor de
vanádio presente nos depósitos
minerais de ferro-vanádio do município de Maracás, situado no centro-oeste da Bahia, com 32 mil
habitantes e distante 376 km de
Salvador.
Parece pouco, mas é o suficiente
para fazer desta, a mina com o
maior teor do minério no mundo.
Até então, o maior teor já descoberto era de 0,44%, em minas
da África do Sul.
O ferro-vanádio é uma liga disputada, dada a sua versatilidade,
pois o vanádio é um mineral usado
em aços, com o objetivo de aumentar a resistência, reduzindo o
peso, podendo ser utilizado tanto
na aviação quanto em tubulações
de gás e óleo e em ferrovias.
A riqueza do subsolo, ainda
inexplorada, chamou a atenção do
grupo canadense Largo Resources.
Através da empresa Vanádio Maracás, o grupo vai investir entre
US$ 120 e US$ 130 milhões no
projeto para a exploração do depósito, que será a única mina de
ferro-vanádio do País, com estimados 17,3 milhões de toneladas
de minério.
A mina conta ainda com a presença de platina e paládio em
seus depósitos, que devem incrementar os lucros da empresa. Em
2007, a cotação do quilo de vanádio no mercado internacional
era de US$ 36.
*
Através da empresa Vanádio Maracás, o grupo vai investir entre US$ 120 e US$ 130 milhões no projeto para a exploração do depósito
O ferro-vanádio é
uma liga disputada, dada a sua
versatilidade, pois
é usado em aços,
com o objetivo de
aumentar a
resistência,
podendo ser
utilizado na
aviação, em
tubulações e em
ferrovias
Embora os depósitos tenham
sido descobertos na década de 80,
problemas políticos e de mercado
atrasaram a implantação do empreendimento. A expectativa, segundo Rafael Avena Neto, diretor-técnico da Companhia Baiana
de Pesquisa Mineral (CBPM), é que
as explorações tenham início até o
final de 2012. “O Projeto Maracás
extraído.
Outra benfeitoria para a cidade
será o asfaltamento de uma estrada local, por onde será escoado
o minério extraído. O governo do
Estado da Bahia, por meio da
CBPM, ficará com R$ 29,7 milhões
em royalties anuais, além de deter
cotas de participação na Vanádio
Maracás.
teve início em 1986. Foi suspenso
por uma ação popular, que o inviabilizou durante vinte anos,
quando o mundo mais precisava
de vanádio. Quando finalmente a
ação foi ganha, a empresa da época era a Odebrecht, que não se
interessou mais pelo projeto, porque o preço do vanádio caiu e veio
a crise mundial. O empreendimen-
Ineditismo na descoberta em
território baiano
to só foi retomado quando veio
uma nova empresa, a Largo Resources, que resolveu tocar o negócio”, explica o diretor-técnico da
CBPM.
Benfeitoria
A expectativa da empresa é que
sejam gerados 450 empregos
diretos e produzidas, anualmente,
cinco mil toneladas da liga –
destas, 1,2 mil ficam no Brasil.
O resto segue para exportação
para China, Estados Unidos e
países da Europa, via porto de
Salvador, com previsão de receita
bruta de R$ 324 milhões à empresa. O maior investimento será
em uma usina de beneficiamento,
por onde passará todo o minério
A Galvani trabalha com os produtos da
mineração, fertilizantes e químicos
ALINE BARNABÉ
O tálio é encontrado em Barreiras
A cidade de Barreiras, no interior
da Bahia, é a única no Brasil a ter
um metal raro e de alto valor
econômico, o tálio. Esse metal foi
encontrado pela empresa
Itaoeste, que tem como sócio
majoritário o empresário Olacyr
de Moraes, com sede em São
Paulo.
Além da sua raridade, aqui na
Bahia, o minério também foi encontrado associado ao manganês e ao cobalto “pelo menos em
ambiente geológico continental,
o que dá mais ineditismo à descoberta no território baiano”,
disse a assessoria de imprensa
da Itaoeste.
Contrastes
Para quem nunca ouviu falar
no tálio, ele é utilizado em soluções de alta tecnologia, principalmente nas áreas de saúde e
energia.
O metal é aplicado em contrastes de exames cardiológicos
por imagem e como condutor na
transmissão de energia elétrica.
O tálio tem capacidade de transformar calor desperdiçado em
eletricidade aproveitável.
Os materiais termoelétricos
têm esta característica, “o que
Utilização em soluções de alta tecnologia
*
Na Bahia, o tálio é
o carro-chefe, mas
a Itaoeste também
trabalha em outros
estados com o
manganês,
quartzo, calcário,
bauxita, caulim,
feldspato, etc
abre perspectivas novas. Além
disso, tornam possíveis novos
aparelhos, como geladeiras sem
partes móveis”, informou a assessoria da empresa.
Além de mineração, a Itaoeste, criada em 2002, tem empreendimentos nas áreas de
agroindústria e prestação de serviços na área comercial e atua
em setores como construção de
ferrovias, usinas de açúcar e álcool, bancos, mercado financeiro e geração de energia, dentre
outros.
Na Bahia, o tálio é o carro-chefe, mas a Itaoeste também
trabalha em outros estados
com o manganês, quartzo,
calcário, bauxita, caulim, feldspato, atapulgita e argila, dentre
outros.
Com isso, a empresa Itaoeste
trabalha com diversas aplicações
como, por exemplo: argila
(fabricação de cerâmicas, peças sanitárias, isoladores elétricos); atapulgita (fabricação
de cosméticos, espessantes para
tintas); bauxita (abrasivos,
químico metalúrgico); calcário
(produção de cimento e cal,
produção de giz, indústria de
produção de papel); caulim
(indústria de cerâmica, borrachas); feldspato (fabricação
de vidros, isoladores elétricos);
manganês (fabricação de
aço, ligas metálicas) e quartzo/quartzito (moldes para fundição, fibras óticas, vidros e esmaltes). (A.B.)
A Galvani é uma empresa genuinamente brasileira, que nasceu na
década de 30, no interior de São
Paulo. Ao longo dos anos, os irmãos Galvani mudaram de ramo.
Saíram da produção de bebidas e,
a partir de 1983, a empresa começou, em Paulínia (SP), a implantação de um dos maiores complexos de fertilizantes do País, com
a fabricação de ácido sulfúrico, superfosfatos, granulação, mistura e
ensaque de fertilizantes.
Na Bahia, a empresa chegou
em 1992, no município de Luís
Eduardo Magalhães, com a implantação de uma fábrica de fertilizantes líquidos.
Na sequência, instalaram a primeira fábrica de superfosfato
da Bahia, uma planta de granulação e a segunda unidade de sulfúrico do Estado, sendo, até hoje,
a única indústria de fertilizantes da
região.
Em Irecê, por conta da escassez
de água da região que o município
está, a empresa desenvolveu e patenteou um processo de concentração a seco de fosfato, que dispensa o uso de água. Segundo a
assessoria de imprensa da Galvani,
dessa forma, a exploração da mina
pôde ser viabilizada em 1998.
Unidade
A empresa atua no ramo da mineração, da indústria, do comércio
e de serviços. Na Bahia, além do
Complexo Industrial na cidade de
Luis Eduardo Magalhães e da mina
em Irecê, a Galvani tem mais uma
unidade de mineração.
A mina fica no distrito de Angico
dos Dias, pertencente ao município de Campo Alegre de Lourdes.
Pelo Brasil, a empresa se estabeleceu em Minas Gerais, Mato
Grosso, Sergipe, Ceará e São Paulo.
Na mineração é produzido o Concentrado Fosfático
Para ajudar a ampliar a empresa,
o grupo conta com mais de mil
funcionários próprios e 850 terceirizados.
As unidades da Galvani trabalham com os produtos da mineração, fertilizantes e químicos. Na
mineração é produzido o Concentrado Fosfático.
Na área de fertilizantes estão
disponíveis Superfosfato Simples
(utilizado em solos do Cerrado),
Phosmix (atende a qualquer composição do solo), Phosgrão (bom
manuseio das culturas), NPK Granulado (melhora a distribuição dos
nutrientes no solo) e os Farelados
(utilizado em solos com bom teor
de fósforo).
Os produtos químicos produzidos são Enxofre (utilizado na produção de inseticidas, tintas e plásticos), Ácido Sulfúrico (utilizado
nas indústrias de papel, celulose,
siderúrgica e alimentícia), Oleum
(óleos lubrificantes, explosivos e
corantes) e Ácido Fluossilícico
(utilizado no tratamento de água
potável).
Pensando na qualidade de vida
das pessoas que vivem no entorno
dos complexos industriais e das
minas, a empresa fundou o Instituto Lina Galvani. Na Bahia, o
Instituto tem como principal projeto o Parque Fioravante Galvani,
localizado no município de Luís
Eduardo Magalhães.
Inaugurado em 2006, o Parque
abriga reprodução em cativeiro de
espécies animais e vegetais do cerrado, principalmente as ameaçadas de extinção. “Dessa forma, o
projeto contribui para a preservação da fauna e da flora local”,
disse a assessoria de imprensa.
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