Mapa dos principais minerais da Bahia
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Mapa dos principais minerais da Bahia
M C ADE R NO E S PE C IAL na o Bahia SALVADOR | TERÇA-FEIRA | 31/05/2011 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING Este caderno é parte integrante do Jornal A TARDE. Não pode ser vendido separadamente. “Um dos estados mais estudados geologicamente” Confira a entrevista exclusiva com James Silva Santos Correia, secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia. pág. 02 Mapa dos principais minerais da Bahia pág. 6 e 7 Patrocínio: CBPM e a riqueza do subsolo baiano A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral estuda os minérios encontrados no Estado, considerado o quinto maior produtor mineral do Brasil. pág. 10 2 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 [email protected] ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO, JAMES SILVA SANTOS CORREIA “A Bahia é um dos estados mais estudados geologicamente falando do Brasil” Erik Salles/ Ag. A TARDE JAMES SILVA SANTOS CORREIA, 52 ANOS, ASSUMIU O CARGO EM AGOSTO DE 2009 E LEVOU PARA A SECRETARIA DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO UMA VASTA EXPERIÊNCIA E UM CURRÍCULO DE PESO. FOI GERENTE DE OPERAÇÕES DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR DA COELBA, POR 10 ANOS. CRIOU O PLANO DE RACIONAMENTO ALTERNATIVO À CRISE ENERGÉTICA DE 2001. ALÉM DISSO, FOI CONSULTOR NA ÁREA DE GÁS E PETRÓLEO PARA DIVERSAS EMPRESAS DO SETOR. ENGENHEIRO ELETRICISTA, FORMADO PELA ESCOLA POLITÉCNICA DA UFBA, ESPECIALISTA EM PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA (UFMG), PÓS-GRADUADO EM ESTUDOS AVANÇADOS SOBRE SISTEMAS DE POTÊNCIA, MESTRE E DOUTOR NA MESMA ÁREA, PELA ESCOLA POLITÉCNICA DA USP, SENDO CONDECORADO COM A MEDALHA COMEMORATIVA DOS 110 ANOS DESTA ESCOLA, NA MODALIDADE EMPREENDEDORISMO. FOI COORDENADOR DO MESTRADO EM ENERGIA DA UNIFACS. CONFIRA A ENTREVISTA CONCEDIDA AO REPÓRTER CARLOS VIANNA JÚNIOR. O senhor responde pela carteira de Indústria, Comércio e Mineração. Como é gerir uma secretaria com três âmbitos de fronteiras tão definidos? Todos eles, de uma forma ou de outra, se inter-relacionam. Não há indústria sem comércio nem comércio sem indústria. A mineração, que é uma atividade industrial, também tem o seu componente comercial. Embora tenham pautas e reivindicações distintas, todos eles integram a cadeia produtiva da economia baiana. Salvador nasceu como um dos principais entrepostos comerciais do mundo. Nossa indústria é pioneira, com a cana-de-açúcar, assim como também é a nossa mineração, com o garimpo extrativista na Chapada Diamantina. Estão na formação histórica da economia baianaessastrês vertentes. Qual é o papel da mineração na economia baiana hoje? A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) apresentou um desempenho recorde de R$ 1,7 bilhão em 2010, evoluindo constantemente desde 2007, quando cravou R$ 850 milhões. A produção mineral de bens em bruto, sem beneficiamento, representou 1,2% do PIB baianoem 2010. Quais os destaques da Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC)? Levando-se em conta as substâncias minerais produzidas, as cincoprincipaiscommoditiesextraídas na Bahia – cobre, ouro, níquel, cromo e magnesita são responsáveispormaisde75%da PMBC. Em 2010, os principais destaques na PMBC foram a produção de níquel, brita e a retomada na produção de rochas ornamentais. O níquel teve sua exploração iniciada em janeiro e já “ A produção mineral de bens em bruto, sem beneficiamento, representou 1,2% do PIB baiano em 2010 se posiciona como o terceiro bem mineral em comercialização no ranking de produção baiano.A comercialização de pedra britada aparece, demonstrandoobommomentodaconstruçãocivilpeloqualpassaoPaís e em especial o Estado da Bahia. As rochas ornamentais, que retomaram produção não só para atender ao mercado externo que começa reagir à crise internacional, bem como ao mercado nacional que, em 2010, mostrou-se muito receptivo. Qual é a descoberta mais auspiciosa feita durante sua gestão até o presente momento? O nosso maior trunfo foi a entrada em produção da mina de níquel de Itagibá (Mirabela), considerada a maior descoberta de níquel a céu aberto do mundo, nos últimos 10 anos. Desde 2007, a Bahia lidera as solicitações para pesquisas em mineração, segundo o site da CBPM. O que significa isso? De 2007 a 2009, a Bahia liderou os requerimentos de pesquisa no País, atrás de Minas, que reassumiu a primeira posição em 2010. A Bahia, por ser um dos estados mais bem conhecidos em termos de geologia e por possuir ambientes favoráveis à existência de minerais, principalmente metálicos, passou a ser alvo de empresas mineradoras e de especuladores, quando houve este aumento na procura por minerais em todo o mundo Quem faz estas solicitações? Qualquer brasileiro ou empresa com capital nacional pode requerer áreas no País para pesquisaelavraindependentemente da autorização prévia do proprietário da terra. Apenas no caso do Regime de Registro de Licença há a necessidade da autorização do dono do solo e da prefeitura municipal. Já se sabe que o Estado possui formações geológicas favoráveis a depósitos e jazidas de commodities minerais muito valorizadas internacionalmente, o que pode transformar a Bahia em um grande polo siderúrgico. O que falta para isso acontecer? Os governos estadual e federal estão trabalhando para dotar o Estado de infraestrutura. São investimentos em rodovias, energia limpa, obras do PAC como a Ferrovia Oeste-Leste, o Complexo Porto Sul, as obras de ampliação e requalificação do porto de Aratu, além de incentivos fiscais concedidos pelo governo às empresas que pretendem se instalar no Estado. Esses projetos estruturantes que estão em andamento irão resolver questões como a logística de entrada de matérias-primaseoescoamentoda produção.Essesfatoresequacionados às questões voltadas ao meio ambiente tornam a Bahia um ambiente propício à atração de novas siderúrgicas. Quanto por cento do minério extraído tem sua transformação feita no próprio Estado? Esse número ainda não foi apurado. Porém, pode-se afirmar que a Bahia é um produtor de minerais em bruto e semimanufaturados. Para mudar, o “ De 2007 a 2009, a Bahia liderou os requerimentos de pesquisa no País, atrás de Minas, que reassumiu a primeira posição em 2010 éhojeumdosestadosmaisestudados geologicamente falando do Brasil. A CBPM, por ser uma empresa de desenvolvimento mineral, pesquisa todo o território baiano e quando viabiliza uma área promissora abre licitação pública, visando atrair empresas privadas para serem parceiras na avaliação e exploração, se for o caso, dos depósitos descobertos. Para tanto, apresenta como atrativo o seu imenso acervo de dados e os trabalhos iniciais de pesquisa, bem como os levantamentos geológicos e aerogeofísicos, que são os trabalhos de maior risco numapesquisamineral. Quantasoportunidadesforamnegociadasem 2010?E para 2011? Em 2010, foram licitadas seis oportunidades minerais. Como nesse início de ano já abrimos três licitações e como o mercado está bastante promissor, acredito que teremos um número bem perto de 2008, quando foram licitadas cerca de 15 oportunidadesminerais. Estado tem feito investimentos eminfraestrutura,emlogísticae vem atraindo empresas que industrializam e beneficiam aqui as matérias-primas. Não queremos ser somente um Estado que exporta commodities. Acrisefinanceiramundialafetoua produção baianademinerais? Muito pouco. O efeito da crise se deu principalmente nas exportações,especialmentederochas ornamentais. Embora a pauta de exportações baianas seja diversificada,porseuvalor,oouro, com 65%, e outros metais preciosos, com 24%, acabam por ser responsáveis pela maior parte do valor exportado. De que forma a CBPM faz o trabalho de atração da iniciativa privada? A CBPM é uma descentralizada, uma empresa pública ligada diretamente à SICM e tem grande importância, pois é o braço executivo da política mineral do Estado e através dela é que a Bahia Queoutrasmudançasnomercado mundial nos últimos anos repercutiram na produção baiana de minerais? A despeito da crise econômica mundial, a forte demanda global por bens minerais impulsionou ações empreendedoras objetivando descobertas de novas EXPEDIENTE: MINERAÇÃO EDIÇÃO: YaraVasku([email protected]) PROJETOGRÁFICO,CAPA,DIAGRAMAÇÃOe INFOGRAFIA:Helder V.Florentino REVISÃO:Ivete Zinn jazidas,observando-seumsignificativo aumento no fluxo de investimentos mundiais destinadosàexploraçãomineralnoBrasil. É importante registrar que nesse novo ciclo de demandas pelos metais destaca-se a performance do Brasil no comércio exterior de minério de ferro, cujas exportações totalizaram US$ 28 bilhões, em 2010. A China ocupou o primeiro lugar na lista de compradores dessa commodity (48%), sendo seguida pelo Japão (12%), Alemanha (7%) e Coreia do Sul (4%). Houve uma recuperação gradativa na demanda das principais commoditiesminerais,cujospreçosforam amplamente influenciados pela relação entre euro e dólar e especialmente pela confiança dos investidores. Salientando que a confiança dos investidores, que é um forte indicador da recuperação das commodities no mercado, foipositivaem2010, registrando um aumento significativo nos investimentos em expansões e em novos projetos de mineração. Em consonância com esse cenário internacional e tendências apresentadas pelo setor mineral nacional, o Estado da Bahia apresentou em 2010 um bom resultado na sua produção mineral que foi de R$ 1,7 bilhão (excluindo petróleo e gás), a exemplo do início da exploração de níquel e bentonita, além da retomada da extração e exportação de rochas ornamentais.Para os próximos três anos há uma grande expectativa de aumento na PMBC em consequência da ampliação da extração de ouro e início da exploração de jazidas de ferro, vanádio, gipsita e outros minerais. Essa expectativa respalda-se na existência de oito projetos de mineração em estágio de implantação e que totalizam investimentosdaordemdeR$ 11,6bilhões. e-mail [email protected] [email protected] SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING 3 4 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 [email protected] A EMPRESA COMEÇOU A SER IMPLANTADA NA CIDADE DE ITAGIBÁ, NO SUL DA BAHIA, EM 2009, INICIANDO AS ATIVIDADES NA MINA SANTA RITA Mirabela investe no níquel e ajuda no desenvolvimento social local Fotos: Divulgação A mina tem como meta produzir, este ano, 126 mil toneladas de concentrado de níquel, segundo Cláudio Lyra, diretor da Mirabela ALINE BARNABÉ Todas as pessoas carregam moedas na carteira ou na bolsa. Esse é o produto que contém níquel mais conhecido pela população. Só que esse minério é destinado também para a produção de baterias de celular, relógios, materiais cirúrgicos e até panelas, utilizadas no cozimento dos alimentos, levam uma quantidade de níquel. Aqui na Bahia, esse minério foi descoberto pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que desenvolveu um programa de pesquisa culminando na descoberta de um depósito de níquel. A Mirabela, empresa australiana, chegou em 2003 para realizar estudos complementares e arren- dou a área para a CBPM. Após o período de sondagem, verificação da área, da quantidade de níquel na região e o trabalho de avaliação ambiental, a Mirabela começou a implantação da empresa na cidade de Itagibá, no sul da Bahia, em 2009, iniciando as atividades na Mina Santa Rita. A mina tem como meta produzir, este ano, 126 mil toneladas de concentrado de níquel e, segundo Cláudio Lyra, diretor da Mirabela, “já estão sendo pesquisadas outras localidades, no sentido de se conhecer novos potenciais e se viabilizar novos projetos”. Atualmente, do que é produzido na Bahia, 50% fica no Brasil e 50% é exportado. Ainda segundo Lyra, a mina de Santa Rita é a segunda maior do mundo. “A primeira é a Voisey’s Bay descoberta no Canadá em 1993 pela Inco – Vale. Com a produção que será atingida este ano, a Mirabela será a segunda maior mina de níquel sulfetado a céu aberto do mundo” Com a chegada da empresa na cidade, a economia local foi aquecida. A extração do níquel gerou empregos diretos e indiretos. “Atualmente temos em nosso quadro, 58% de funcionários da região - mesmo enfrentando algumas dificuldades de mão de obra especializada”, explica Lyra. Os tributos pagos (Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) são repassados para o município (65%), para o Estado (23%) e para a União (12%). Somente em 2010 foram pagos mais de R$ 6 * Atualmente, do que é produzido na Bahia, 50% fica no Brasil e 50% é exportado milhões em tributos. Além disso, a empresa colaborou para a chegada de outros investimentos na cidade, contribui para a exportação do Brasil e investe na área ambiental e social junto às comunidades da região. Impactos Com tanto desenvolvimento e investimento na produção de níquel, o meio ambiente não poderia ser esquecido. A Mirabela conta hoje com 23 projetos ligados à área socioambiental. “O objetivo é mitigar os impactos ambientais, além de contribuir para a preservação ambiental das áreas onde atua”, lembra o diretor Cláudio Lyra. Os projetos em execução são, dentre outros: Programa de Mo- nitoramento da Fauna; Identificação de Material Botânico; Programa de Monitoramento dos Fragmentos de Mata Atlântica; Programa de Monitoramento do Ruído Ambiental e Ocupacional; Programa de Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos; Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva; Programa de Revegetação; Programa de Educação Ambiental e o Programa de Ações Sustentáveis. Em 2010, a empresa investiu R$ 4,5 milhões na área de monitoramento e proteção do meio ambiente. Além disso, também investiu R$ 340 mil em atividades sociais e de sustentabilidade integrando mais de 10 mil pessoas aos projetos desenvolvidos na empresa. Produção de argila com foco na responsabilidade ambiental Muitos não sabem, mas a bentonita, um tipo de argila, está presente em nossa vida, muitas vezes de maneira que não imaginamos. Os produtos que utilizam algum processo envolvido com a argila são o sabão em pó, que usamos para lavar roupa, o sabonete e até mesmo o óleo vegetal, tão utilizado no preparo de alimentos, por exemplo. A empresa que trabalha com esse tipo de minério é a Companhia Brasileira de Bentonita (CBB). A companhia realiza suas atividades no município de Vitória da Conquista, no sul do Estado, e funciona como um parque industrial de bentonita sódica. A Companhia Brasileira de Bentonita entrou em atividade em outubro de 2003, mas a operação industrial só começou quatro anos depois. As bentonitas possuem, como características industriais principais, alto poder de absorção de água, aglomeração, inchamento e formação de gel. Estas características conferem às bentonitas propriedades bas- tante especiais, que possibilitam uma vasta gama de aplicações nos mais diversos segmentos industriais. De acordo com Roberto Lazzari, diretor da Companhia Brasileira de Bentonita, com essas propriedades, a bentonita pode ser utilizada como fluido para perfuração na indústria petrolífera, na perfuração de poços artesianos (poços tubulares profundos); como aglomerante na pelotização (processo de compressão ou moldagem) de minério de ferro; nos processos de moldagens de peças na indústria de fundição e como espessante na indústria de tintas. O minério também pode ser utilizado como elemento filtrante nas indústrias de óleo vegetal e em vinícolas; como impermeabilizante na indústria de construção civil e para adsorção de aflatoxinas na indústria de ração animal, ou seja, livra os animais dos efeitos tóxicos. A capacidade da produção da argila é de 100 mil toneladas por ano e essa quantidade é voltada para três segmentos principais. Ar- gilas para fluido de perfuração, pelotização de minério de ferro e fundição. “A extração do minério é feita a céu aberto e a 500 metros das instalações industriais, o que facilita as operações minerais”, explica Roberto Lazzari. A atual capacidade de minério da CBB é suficiente para mais 40 anos de operação. Meio Ambiente CBB considera o meio ambiente um componente fundamental para a qualidade dos produtos. Na empresa são adotadas medidas de conservação, proteção, recuperação e educação ambiental que asseguram a manutenção e o resgate do ecossistema onde a CBB atua. Em 2007, a empresa implantou o Plano de Gestão de Resíduos. A meta do plano é reduzir a geração de resíduos e minimizar os custos associados à gestão deles para diminuir os riscos de degradação ambiental. Os resíduos recicláveis são destinados à Cooperativa Recicla Conquista, * Em 2007, a empresa implantou o Plano de Gestão de Resíduos. A meta do plano é reduzir a geração de resíduos e minimizar os custos associados à gestão deles para diminuir os riscos de degradação ambiental Companhia Brasileira de Bentonita (CBB) cooperativa que comercializa os resíduos com empresas de reprocessamento. A empresa também conta com um viveiro de mudas, onde preserva as espécies vegetais ameaçadas. A capacidade é de 50 mil mudas por ano. Além disso, a CBB realiza e patrocina palestras e eventos sobre meio ambiente. Por conta dessa atividade, a empresa foi premiada em outubro de 2008, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória da Conquista, e recebeu o prêmio Parceiro do Meio Ambiente, na categoria Responsabilidade Ambiental. (A.B.) Mineração Bahia C ADE R NO E S PE C IAL na SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 [email protected] PROJETO ESPECIAL DE MARKETING 5 APESAR DE TANTA EXPERIÊNCIA, A YAMANA É UMA EMPRESA JOVEM, COM APENAS OITO ANOS DE FUNDAÇÃO Investimento de tecnologia na extração e produção de ouro aqui Fotos: Divulgação e está situada em Santaluz, na região nordeste do Estado. Ela foi planejada para ser a céu aberto com uma produção anual estimada em 100 mil onças. “A decisão de iniciar a construção foi tomada em meados de 2009 e a previsão é de que a produção comece no fim de 2012”, afirma. A produção somada de C1 Santaluz e Fazenda Brasileiro, que constituem o Distrito de Mineração Brasileiro, deverá ultrapassar 200 mil onças. Aplicação O minério produzido aqui no Brasil e em outros países que a Yamana tem mina é utilizado na fabricação de joias e em outras áreas ALINE BARNABÉ O ouro representa riqueza, poder, sofisticação e a Bahia possui boas reservas desse minério com alto valor no mercado. Pensando nisso, a Yamana, uma empresa Canadense, resolveu investir sua tecnologia na extração e produção de ouro aqui no Brasil, e também em países como Chile, Argentina, México e Colômbia. O objetivo é continuar a crescer, expandir a produção das minas que estão em funcionamento e investir no desenvolvimento de no- vas minas. Apesar de tanta experiência, a Yamana é uma empresa jovem, com apenas oito anos de fundação. A idade não quer dizer nada neste ramo, pois multiplicou as chances de emprego, começando suas atividades com 12 funcionários e hoje conta com nove mil. Com relação às minas, começou com uma e hoje trabalha na operação de seis na América. Aqui na Bahia, a Yamana atua na cidade de Jacobina, Barrocas e se prepara para atuar, também, em Santaluz. A mina de Jacobina fica situada em uma zona rural, na Fazenda Itapicurú, distante 15 km do centro da cidade. A mina, que tem uma área de 5.998 hectares, entrou em atividade em novembro de 1982 e era explorada pela empresa Jacobina Mineração e Comércio Ltda. (JMC), adquirida pela Yamana em 2006. A mina de Jacobina, região norte, é de ouro subterrâneo e complexo de beneficiamento. “Os esforços aplicados no seu desenvolvimento em 2008 resultaram em um melhor rendimento em 2009, com um aumento de 51% na produção”, explica a empresa. Na cidade de Barrocas é possível encontrar outra mina, que começou a ser utilizada em 1984, a céu aberto, pela empresa Mineração Fazenda Brasileiro S.A. (MFB), pertencente à Yamana desde agosto de 2003. Em 1988, o ouro encontrado na Fazenda Brasileiro começou a ser extraído do subsolo em uma área de 1.110 hectares. Novas descobertas, CLX2 e Lagoa do Gato, ampliaram a confiança da Yamana em que a Fazenda Brasileiro continue a ter um potencial significativo. A mais recente mina planejada pela Yamana chama-se Projeto C1 O minério produzido aqui no Brasil e em outros países que a Yamana tem mina é utilizado na fabricação de joias, e também em áreas que não percebemos, mas o ouro está presente. Como exemplo, na odontologia. O ouro é utilizado nas restaurações, nas coroas, nas pontes e nos aparelhos ortodônticos. Dentre seus benefícios está o fato de ser quimicamente inerte, não produz alergia e é de fácil manuseio. Em computadores, esse minério é utilizado na placa-mãe, na memória e vem ganhando fama rápida na indústria de TI como um condutor de informações digitais eficiente e confiável. Nos eletrônicos, o ouro é utilizado em fios, juntas soldadas, telefones, celulares, calculadoras, sistemas GPS e outros eletrônicos pequenos e na maioria dos grandes aparelhos eletrônicos, como TVs. O minério também é utilizado na área de saúde no tratamento de algumas doenças, incluindo artrite reumatoide, oftalmológicas e alguns tipos de câncer. A mineração é realizada em cinco passos, começando com a pesquisa em áreas de prospecção e terminando com o descomissionamento ao final da vida útil da mina. O primeiro passo é a pesquisa, dura até três anos, e nesse período é feito um mapeamento geológico, com a avaliação de dados e realização de sondagens. Depois tem a viabilidade e o desenvolvimento, que dura até dois anos e são feitos estudos de via- * Na Bahia, a Yamana atua em Jacobina, Barrocas e se prepara para atuar, também, em Santaluz bilidade econômica com realização de projetos para a mina. O terceiro passo é a construção e comissionamento. Essa atividade dura dois anos e tem como objetivo desenvolver a mina e a infraestrutura necessária para dar início às operações. O passo seguinte é a produção, que pode durar até 10 anos. Nessa fase a mina passa por processos de extração de minério e rochas, trituração, fresagem, separação do ouro e subprodutos de outros minerais, fundição de lingotes de ouro, filtragem do concentrado de cobre e vendas. O último passo é o descomissionamento, que dura 10 anos e se dá com a recuperação ambiental do local. A mina de Jacobina inaugurou seu Complexo Ambiental em 2009. O centro é composto por um depósito temporário de resíduos sólidosindustriais e não industriais, um viveiro de plantas, uma estação de tratamento de esgoto e uma estação de compostagem de resíduos orgânicos para geração de fertilizantes. O Complexo Ambiental reduz o consumo de água através da coleta de água de chuva. A água coletada é armazenada em reservatórios e utilizada para aguar as mudas produzidas no viveiro de plantas. Mineração Caraíba se destaca pelo cobre ANA FERNANDA SOUZA Com mais de 40 anos de experiência, a Mineração Caraíba S/A é produtora de concentrado de cobre e catodo de cobre. A principal unidade industrial, com aproximadamente dois mil funcionários, fica localizada no município de Jaguarari, semiárido baiano. Suas unidades de beneficiamento de minério sulfetado e oxidado, juntas, produzem aproximadamente 30 mil toneladas de cobre contido por ano. O controle acionário é composto por três grupos de acionistas: Aurizônia Empreendimentos Ltda; Anaconda Group LLC; Zínia Participações S/A. No ano passado, a usina de beneficiamento processou dois milhões de toneladas de minério sulfetado de cobre e produziu mais de 23 mil toneladas de cobre contido. O ano de 2010 também foi marcado pelo início de operação da mina de Cobre Surubim, localizada no município de Curaçá, também no norte baiano. “Trata-se de uma mina a céu aberto localizada 40 quilômetros ao norte da mina atual. O Projeto Surubim é responsável atualmente por uma produção de 1,3 milhões de toneladas de minério com 0,8% de cobre por ano, ou aproximadamente 10 mil toneladas de cobre contido nos concentrados que são vendidos no mercado nacional”, explica Sérgio Roberto Fráguas, presidente da empresa. O total de cobre vendido em 2010 foi 29.371 toneladas o que gerou um faturamento bruto de R$ 441 milhões. Outro marco importante foi o início das atividades de infraestrutura no Projeto Nova Xavantina e a abertura de aproximadamente 600 metros de galerias na Mina Subterrânea do Araés. “Esse projeto faz parte de um programa de diversificação de atividades da Mineração Caraíba S/A, iniciado no ano de 2002, objetivando buscar novas oportunidades no setor mineral, em outros estados do Brasil. É localizada no município de Nova Xavantina, no Mato Grosso”, declara o presidente. * A empresa investe em novos projetos na Bahia, Pará e Mato Grosso A principal unidade industrial fica localizada no município de Jaguarari, semiárido baiano Portfólio Com objetivo de diversificar o portfólio de produtos e tornar-se uma empresa polimetálica, passou a investir na implantação de novos projetos na Bahia e nos estados do Pará e Mato Grosso, que deverão entrar em operação entre os anos de 2011 a 2014. Devem ser mantidos os investimento nos projetos das regiões de Vale do Curaçá (Bahia), Nova Xavantina (Mato Grosso) e Tucumã (Pará). A novidade tecnológica fica por conta do projeto biolixiviação, “uma tecnologia de extração de cobre, com aspecto inovador e pio- O total de cobre vendido em 2010 foi 29.371 toneladas, com um faturamento bruto de R$ 441 milhões neiro no Brasil”. A empresa desenvolve o projeto com mais duas parcerias: a Geobiotics e o Centro de Tecnologia Mineral do Rio de Janeiro. “A qualidade total é para a Mineração Caraíba um valor cultural”, sintetiza o presidente da empresa, que desenvolve um sistema de gestão integrado na busca das certificações ISO 14.001 e OHSAS 18.001. Só ano passado, acumulou o Prêmio Fórum de Líderes, foi a 12ª colocada no ranking das Maiores Empresas do Setor Mineral (Revista Minérios & Minerales), foi a Empresa do Ano do Setor Mineral de Médio Porte (Brasil Mineral) e faturou o Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira (Revista Minérios & Minerales). Mineração Bahia Mineração Bahia C ADE R NO E S PE C IAL C ADE R NO E S PE C IAL na 6 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 Principais produtos minerais da Bahia CARLOS VIANNA JUNIOR Os principais produtos da indústria extrativa mineral baiana são cobre, magnesita, ouro, cromita, talco, urânio, salgema, rochas ornamentais, barita, níquel, bentonita, ferro, grafita, argila, fósforo, gipsita, pedras preciosas, rochas calcárias, diatomita e vanádio. A Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), através da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), tem praticado uma intensa política de identificação de oportunidades minerais. Veja os principais minérios explorados em áreas arrendadas pela CBPM. Novos minérios que vão entrar na lista nos próximos anos. Fonte CBPM na [email protected] e-mail [email protected] e-mail [email protected] [email protected] SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING 7 Mineração Bahia C ADE R NO E S PE C IAL na 8 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 [email protected] ATUALMENTE, O ESTADO É O QUINTO PRODUTOR DO MINÉRIO, SEGUNDO O INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO (IBRAM) Bahia Mineração transforma paisagem do interior da Bahia com Pedra de Ferro Fotos: Divulgação Com o Senai, a Bamin lançou o programa de cidadania e qualificação profissional Mina de Talentos, que capacitará mais de seis mil pessoas para trabalhar na construção e operação do Pedra de Ferro ANA FERNANDA Transformar o Estado da Bahia no terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil – essa é a visão com que trabalha o projeto Pedra de Ferro, da Bahia Mineração (Bamin), que atua para instalar uma mina e uma usina de beneficiamento no município de Caetité, a 757 km de Salvador, para produzir 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Atualmente, o Estado é o quinto produtor do minério, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O minério de ferro extraído será transportado pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) – obra do governo federal – até o terminal portuário de uso privativo que a Bamin pretende implantar no norte de Ilhéus, de onde a produção será exportada. Serão oito mil empregos diretos, gerados na etapa de construção, e mais de 1,8 mil quando a operação for iniciada. A Bamin vai investir, a médio prazo, aproximadamente US$ 2 bilhões no projeto. Com previsão de início das atividades em 2014, a empresa já conta com a Licença de Implantação (LI) emitida pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) para a construção da mina em Caetité, sudoeste do Estado e aguarda, atualmente, a emissão da Licença Prévia (LP) do Ibama para construir o terminal portuário de embarque privativo no norte de Ilhéus, de onde será exportado o minério de ferro. Com essa licença a Bamin dará início à construção de todo o Pedra de Ferro. * Entre jovens e adultos, o projeto Transformar visa o empreendedorismo e a qualificação profissional cinco maiores do País”, revela Clóvis Torres, vice-presidente executivo da Bamin. Ele destaca que as primeiras 742 pessoas já estão em sala de aula. Além disso, está em curso, desde 2010, o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), voltado para pequenas e médias empresas fornecedoras de produtos e serviços nas regiões onde o projeto está inserido. Crianças e adolescentes também participam das ações do projeto. Para os pequenos, existe o Pedrinha de Ferro, desenvolvido desde 2009 em parceria com a Fundação Anísio Teixeira em escolas de Caetité e Pindaí, e dos distritos de Guirapá, Brejinho das Ametistas e Santa Luzia. O objetivo é que as crianças sejam capazes de atuar como agentes de transformação em suas famílias, na escola e na comunidade. Entre jovens e adultos, o projeto Transformar, iniciativa desenvolvida em parceria com o Instituto Aliança, visa o empreendedorismo e a qualificação profissional. “Em 2009, em Ilhéus e região, o projeto qualificou mais de 150 pessoas, entre elas 84 jovens”, revela Clóvis Torres. “Em 2010, mais de 220 pessoas participaram do projeto, inclusive jovens que se capacitaram em cursos técnicos e adultos que integram grupos produtivos locais”, comemora o vice-presidente executivo da Bamin. No mesmo ano, na região de Caetité, foram mais de 300 adultos em grupos produtivos de artesanato, costura, produção de alho e mel, e 52 jovens capacitados. Outras ações de sustentabilidade relacionadas ao Pedra de Ferro são o projeto Circuito do Lixo, que apoia uma cooperativa de catadores de material reciclável, além do monitoramento do ar, o plantio de mudas e a pesca sustentável. Responsabilidade social Ainda na fase de licenciamento, o projeto Pedra de Ferro já realiza um grande investimento em capacitação de mão de obra local. Em fevereiro de 2011, em parceria com o Senai, a Bamin lançou o programa de cidadania e qualificação profissional Mina de Talentos, que capacitará mais de seis mil pessoas para trabalhar na construção e operação do Pedra de Ferro. Mais de 10 mil se inscreveram no processo seletivo. “Segundo o Senai, o Mina de Talentos já pode ser considerado o maior programa de qualificação profissional realizado na Bahia, neste início de década, e um dos Empresa também investe em sustentabilidade SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 e-mail [email protected] [email protected] PROJETO ESPECIAL DE MARKETING 9 A EMPRESA É A ÚNICA DAS AMÉRICAS QUE INTEGRA AS ATIVIDADES COM O REFLORESTAMENTO, O QUE TORNA SUSTENTÁVEL O SEU CICLO DE PRODUÇÃO Ferbasa é destaque no trabalho com minerais, metais e ecologia CARLOS VIANNA JÚNIOR A maior fabricante de ligas de ferro cromo do Brasil é uma das 20 maiores empresas baianas. Em seus cinquenta anos de história, vem construindo um patrimônio que, além de colaborar com o crescimento da mineração no Estado, apresenta um modelo de gestão que serve de exemplo para empresas de qualquer outro ramo de atividade. Fundada em 1961, pelo engenheiro José Corgosinho de Carvalho Filho, a empresa atua no ramo de mineração e metalurgia, sendo a única das Américas que integra essas duas atividades com o reflorestamento, o que torna sustentável o seu ciclo de produção. No ramo de mineração a Ferbasa explora, atualmente, a cromita. Este óxido duplo de ferro e cromo é extraído em dois grupamentos mineiros na região centro-norte do Estado. Um deles, o Complexo Vale de Jacurici, conta com 15 minas espalhadas por uma extensão de 120 km de terra que passa pelos municípios de Queimadas, Cansanção, Andorinha, Monte Santo e Uauá. Entre suas minas se destaca a Ipueira. Com produção iniciada em 1973, a mina Ipueira produz 880.000t/ano de minério bruto, através de lavra subterrânea. De suas cavernas saem 276.000t/ano de hard lump, 24.000t/ano de areia de cromita e 48.000t/ano de concentrado de cromita. Minas O outro complexo está localizado na região de Campo Formoso, onde as atividades da empresa foram iniciadas há 50 anos. São nove minas localizadas ao longo da borda norte da Serra da Jacobina. O método de lavra é a céu aberto, com desmonte mecânico e com explosivos. Uma de suas principais minas, a Pedrinhas, em atividade desde 1961, produz cerca de * Fotos: Divulgação Fundada em 1961, pelo engenheiro José Corgosinho de Carvalho Filho, a empresa atua no ramo de mineração e metalurgia, sendo a única das Américas que integra essas duas atividades com o reflorestamento, o que torna sustentável o seu ciclo de produção Atualmente, 50% do volume mensal de carvão vêm das florestas próprias da Ferbasa, e a outra metade é fornecida por terceiros 120.000t/ano, entre hard lump e concentrado de cromita. Justamente para transformar a matéria-prima saída da mina Pedrinhas entrou em operação, em julho de 1963, o parque industrial metalúrgico da Ferbasa, na cidade de Pojuca. Da capacidade instalada de cerca de 7,5 MVA nos primeiros anos, a fábrica chegou nos dias de hoje à capacidade de 264 MVA, contando com 2.800 funcionários. São 13 fornos usados para a produção de Ferro Cromo Alto Carbono, Ferro Cromo Baixo Carbono, Ferro Silício Cromo, Ferro Silício 75, Areia de Cromita, Minério de Cromo – tipo lump, Cal virgem e Microsílica. Para manter seus fornos em pleno vapor a Ferbasa consome 45.000 m³/mês de carvão vege- tal, com perspectiva de aumento para 50.000m³/mês em curto espaço de tempo. Mas nem por isso a empresa pode ser considerada uma ameaça ao meio ambiente. Atualmente, 50% do volume mensal de carvão vêm das florestas próprias da Ferbasa, e a outra metade, também derivada de eucalipto, é fornecida por terceiros. Além disso, a empresa vem in- vestindo em novos fornos mecanizados. As atividades florestais da Ferbasa não têm o objetivo único do autossuprimento de carvão vegetal. Elas fazem parte de uma visão ampla de gestão sustentável. Dos 54.000 ha de terra que possui ao largo de cinco municípios da região Litoral Norte da Bahia, a empresa utiliza menos de 50% para o cultivo de eucalipto. Toda área a restante corresponde a um remanescente da Mata Atlântica que está sendo conservada. Estas e outras atitudes de respeito ao meio ambiente trazem retornos institucionais importantes. Só para citar um exemplo, sua fábrica de Ferro Silício foi reconhecida como a única fábrica verdenomundo, comsaldo zero no balanço de carbono. Importância do minério exige um trabalho de excelência ALINE BARNABÉ Caetité, município baiano da região oeste, é conhecido por abrigar em suas terras uma grande jazida de urânio, matéria-prima para geração de energia elétrica de reatores nucleares. Esse minério é trabalhado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), com sede em Brasília, mas que está onde existe o minério. Aqui na Bahia, a INB atua desde 1999, em área onde existe uma reserva de 100 mil toneladas do minério. A Unidade de Concentrado de Caetité produz anualmente cerca de 400 toneladas de concentrado de urânio, o suficiente para abastecer as usinas Angra 1 e Angra 2, por exemplo. Toda a área da unidade da INB em Caetité tem 1.700 hectares, sendo que a área da mina é de 13 hectares. Em Caetité, a INB possui atualmente 167 funcionários concursados, 320 terceirizados, 50 contratados e cinco estagiários, num total de 542. Além disso, gera emprego indireto para aqueles que prestam serviços para a empresa, ou que conseguem montar um negócio pelo aumento de investimentos na cidade. Daí a importância de uma empresa de grande porte na movimentação da economia para o Estado. O minério passa por alguns processos antes de ser utilizado como fonte de energia, como explica a assessoria de imprensa da empresa. Primeiro, o urânio é extraído da * Aqui na Bahia, a INB atua desde 1999, em área onde existe uma reserva de 100 mil toneladas do minério. A Unidade de Concentrado de Caetité produz anualmente cerca de 400 toneladas de concentrado de urânio, o suficiente para abastecer as usinas Angra 1 e Angra 2 rocha e transportado para uma área de britagem, onde é quebrado até formar pequenas pedrinhas. Em seguida elas são agrupadas, formando uma grande pi- O Brasil tem a sétima maior reserva de urânio do planeta INB criou o projeto ambiental Bosque da Amizade lha, onde recebem uma solução de ácido sulfúrico que separa o urânio da rocha. Esse processo é conhecido como lixiviação e o resultado dele é um líquido conhecido como licor de urânio. O beneficiamento é o processo que vai transformar o licor de urânio num concentrado, que tem a forma de uma pasta amarela também conhecida como yellowcake. Esse minério é de extrema importância, pois fará parte do nosso cotidiano por muito tempo, já que todas as pessoas necessitam da energia elétrica para realizar diversas tarefas simples do dia a dia. Atualmente o consumo de energia é de 100 mil megawatts para 190 milhões de pessoas, mas a previsão é que em 2030 esse número aumente para 225 milhões e, com isso, o consumo de energia também aumentará para 200 mil megawatts. “Ou seja, em 20 anos teremos que dobrar a quantidade de energia produzida”, afirma a INB. A utilização da energia nuclear, por ser considerada uma fonte limpa, é importante neste processo, porque é capaz de atender esse consumo crescente sem aumentar a quantidade de gás carbônico lançado no meio ambiente. Mas não é só na Bahia que é possível encontrar esse material. O urânio foi encontrado em Minas Gerais, na cidade de Caldas, em 1982. Essa atividade na região mineira durou 13 anos e era direcionada para abastecer a usina de Angra 1. Como no Brasil há o objetivo de construir mais usinas, já existem estudos sobre a reserva de Santa Quitéria, no Ceará, onde o urânio encontra-se associado ao fosfato. Potencial O Brasil tem a sétima maior reserva de urânio do planeta, sendo que apenas um terço do seu território foi pesquisado e é um dos poucos países do mundo a dominar todas as etapas de fabricação do elemento combustível. Todo esse potencial não pode ser desperdiçado. A quantidade existente é suficiente para atender as necessidades do País por longo prazo e exportar. Com toda essa reserva guardada em terras brasileiras, como saber se uma rocha tem ou não o urânio? O minério não possui uma cor fixa que o caracterize. Ele está presente em toda a crosta terrestre como constituinte da maioria das rochas e pode ser encontrado nas cores amarela, marrom, branca e cinza. Por ser parte de rochas, o que o diferencia de outros minerais é sua propriedade de emitir partículas radioativas, excelentes para gerar calor e energia. O trabalho com um minério com esta importância exige um trabalho de excelência. A INB pensando nisso preparou um projeto ambiental chamado Bosque da Amizade. Esse projeto foi criado há oito anos e desenvolvido na unidade da empresa em Caetité. O objetivo é registrar as visitas com o cultivo de plantas típicas da região. O visitante recebe uma muda e a outra é plantada no Horto Florestal. Atualmente, o projeto tem 219 árvores plantadas de 28 espécies diferentes. Por conta desse projeto com o olhar na preservação do meio ambiente, a INB vai receber um prêmio oferecido pela revista Minérios & Minerales. Mineração Bahia C ADE R NO E S PE C IAL na 10 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 [email protected] AS RIQUEZAS QUE BROTAM DO SUBSOLO FAZEM DO ESTADO O QUINTO MAIOR PRODUTOR MINERAL DO BRASIL CBPM apresenta o “mapa da mina” do subsolo baiano Fotos: Divulgação ANA FERNANDA Urânio, cobre, magnesita, ouro, cromo, talco, salgema, barita, bentonita e níquel são as substâncias em que a Bahia se coloca como um dos principais produtores brasileiros, além de rochas (britadas), cascalho, areia, água mineral, rochas ornamentais (granitos, mármores e outras), calcário (rocha) –riquezas que brotam do subsolo baiano e fazem do Estado o quinto maior produtor mineral do Brasil. Em destaque estão os municípios de Caetité, Santa Luz, Campo Formoso, Andorinha, Brumado e outros. “A fertilidade do semiárido baiano está em seu subsolo”, atesta Alexandre Brust, diretor-presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) – empresa de pesquisa e desenvolvimento mineral vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia. Riqueza essa profundamente estudada pela CBPM, que há 38 anos vem obtendo um acervo de dados einformações geológicas da mais alta qualidade, contribuindo para tornar a Bahia um dos estados brasileiros mais bem estudados e conhecidos geologicamente. Sua atuação é centrada na ampliação e aprimoramento do conhecimento geológico do território baiano, na identificação e pesquisa de seus recursos minerais e no fomento ao seu aproveitamento, atraindo, para este fim, a iniciativa privada. Atualmente, os minerais explorados na Bahia representam 2,7% do PIB estadual, o que equivale a R$ 2,46 bilhões. A extração de petróleo e gás natural responde por 55% do valor, e o restante é gerado por uma pauta de 34 bens minerais. Mas o percentual tende a aumentar. “A Bahia é atualmente o estado brasileiro com maior potencial em termos de novas minas do Brasil”, explica o diretor-técnico da CBPM, Rafael Avena Neto. Além da mina de níquel da Mirabela, inaugurada em 2009, que deve tornar-se a segunda maior mina de níquel a céu aberto do mundo, a CBPM está ampliando as reservas da mina de urânio em Caetité, única produtora desse produto energético do Brasil. “Para a região de Caetité, está prevista para 2012 a entrada em operação da maior mina de ferro do Estado, a ser explorada pela Bamin, enquanto que em Santa Luz teremos a mina de ouro da Yamana e em Maracás a entrada em produção da mina de vanádio, ambas em áreas arrendadas pela CBPM. Na Bahia, calcula-se que existam mais de 350 empresas atuando no setor mineral, cada uma com investimentos superando a casa dos R$ 10 bilhões. “Novo mapa da mina” A atual gestão do governo do Estado na área mineral levou a mudanças no foco da CBPM e na condução dos contratos com as em- O diretor-técnico da CBPM, Rafael Avena Neto * A Bahia um dos estados mais bem estudados geologicamente presas exploradoras dos minérios. “O governo orientou e a empresa seguiu uma política mineral de forte desenvolvimento para o setor mineral, dando ênfase aos minerais metálicos, principalmente para metais base, ouro, ferro, níquel e zinco”, explica Avena. Outra mudança diz respeito à quantidade de áreas em que a Companhia quer passar a se concentrar. “A partir de 2011, nossa prioridade é consolidar a CBPM como empresa de mineração, porém sem perder seu viés de desenvolvimento mineral. Em lugar de pesquisar superficialmente mais mil e tantas áreas, vamos trabalhar de forma detalhada em um número menor de áreas, dando ênfase à qualidade, ao mesmo tempo em que continuaremos a incentivar as licitações de áreas promissoras, por meio de parcerias com a iniciativa privada”, revela o diretor- técnico. A companhia pas- Rafael Avena Neto e o diretor-presidente da CBPM, Alexandre Brust sa a ser mais exigente com as parcerias que estabelece. “A partir de janeiro, os vencedores das licitações têm que passar a beneficiar o minério aqui na Bahia”, explica o diretor-presidente da CBPM, Alexandre Brust. Com isso, garante-se geração de emprego mais qualificada para o Estado, que fica também com o valor agregado da extração. Orientado por este novo paradigma de gestão, a CBPM está fazendo uma nova campanha de comunicação - “O novo mapa da mina” – com o objetivo de atrair companhias nacionais e internacionais interessadas na exploração do subsolo baiano. “Em 2012, a CBPM completa 40 anos, e a nossa meta é torná-la autossuficiente até lá”, planeja Brust, referindo-se a atual política de aumentar a receita e reduzir as despesas. Há espaço, ainda, para ações de responsabilidade social. Trata-se do Projeto Prisma, que promove, facilita e patrocina o aproveitamento econômico de pequenos depósitos minerais e rejeitos de mineração existentes na região semiárida da Bahia, através da implantação de núcleos de produção e apoio à área de artesanato mineral e produção de paralelepípedos para calçamentos. A CBPM fornece suporte técnico, materiais, equipamentos e treinamento da mão de obra. O resultado é que o artesanato feito com pedras e a produção de paralelepípedos e meio-fios tornou-se fonte de ocupação, renda e melhoria das condições socioeconômicas em inúmeros municípios baianos. SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 e-mail [email protected] [email protected] PROJETO ESPECIAL DE MARKETING 11 O FERRO-VANÁDIO É UMA LIGA DISPUTADA, DADA A SUA VERSATILIDADE, POIS O VANÁDIO É UM MINERAL USADO EM AÇOS Maracás abriga mina com maior teor de vanádio do mundo Fotos: Divulgação ANA FERNANDA Um vírgula quarenta e quatro porcento (1,44%) - é esse o teor de vanádio presente nos depósitos minerais de ferro-vanádio do município de Maracás, situado no centro-oeste da Bahia, com 32 mil habitantes e distante 376 km de Salvador. Parece pouco, mas é o suficiente para fazer desta, a mina com o maior teor do minério no mundo. Até então, o maior teor já descoberto era de 0,44%, em minas da África do Sul. O ferro-vanádio é uma liga disputada, dada a sua versatilidade, pois o vanádio é um mineral usado em aços, com o objetivo de aumentar a resistência, reduzindo o peso, podendo ser utilizado tanto na aviação quanto em tubulações de gás e óleo e em ferrovias. A riqueza do subsolo, ainda inexplorada, chamou a atenção do grupo canadense Largo Resources. Através da empresa Vanádio Maracás, o grupo vai investir entre US$ 120 e US$ 130 milhões no projeto para a exploração do depósito, que será a única mina de ferro-vanádio do País, com estimados 17,3 milhões de toneladas de minério. A mina conta ainda com a presença de platina e paládio em seus depósitos, que devem incrementar os lucros da empresa. Em 2007, a cotação do quilo de vanádio no mercado internacional era de US$ 36. * Através da empresa Vanádio Maracás, o grupo vai investir entre US$ 120 e US$ 130 milhões no projeto para a exploração do depósito O ferro-vanádio é uma liga disputada, dada a sua versatilidade, pois é usado em aços, com o objetivo de aumentar a resistência, podendo ser utilizado na aviação, em tubulações e em ferrovias Embora os depósitos tenham sido descobertos na década de 80, problemas políticos e de mercado atrasaram a implantação do empreendimento. A expectativa, segundo Rafael Avena Neto, diretor-técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), é que as explorações tenham início até o final de 2012. “O Projeto Maracás extraído. Outra benfeitoria para a cidade será o asfaltamento de uma estrada local, por onde será escoado o minério extraído. O governo do Estado da Bahia, por meio da CBPM, ficará com R$ 29,7 milhões em royalties anuais, além de deter cotas de participação na Vanádio Maracás. teve início em 1986. Foi suspenso por uma ação popular, que o inviabilizou durante vinte anos, quando o mundo mais precisava de vanádio. Quando finalmente a ação foi ganha, a empresa da época era a Odebrecht, que não se interessou mais pelo projeto, porque o preço do vanádio caiu e veio a crise mundial. O empreendimen- Ineditismo na descoberta em território baiano to só foi retomado quando veio uma nova empresa, a Largo Resources, que resolveu tocar o negócio”, explica o diretor-técnico da CBPM. Benfeitoria A expectativa da empresa é que sejam gerados 450 empregos diretos e produzidas, anualmente, cinco mil toneladas da liga – destas, 1,2 mil ficam no Brasil. O resto segue para exportação para China, Estados Unidos e países da Europa, via porto de Salvador, com previsão de receita bruta de R$ 324 milhões à empresa. O maior investimento será em uma usina de beneficiamento, por onde passará todo o minério A Galvani trabalha com os produtos da mineração, fertilizantes e químicos ALINE BARNABÉ O tálio é encontrado em Barreiras A cidade de Barreiras, no interior da Bahia, é a única no Brasil a ter um metal raro e de alto valor econômico, o tálio. Esse metal foi encontrado pela empresa Itaoeste, que tem como sócio majoritário o empresário Olacyr de Moraes, com sede em São Paulo. Além da sua raridade, aqui na Bahia, o minério também foi encontrado associado ao manganês e ao cobalto “pelo menos em ambiente geológico continental, o que dá mais ineditismo à descoberta no território baiano”, disse a assessoria de imprensa da Itaoeste. Contrastes Para quem nunca ouviu falar no tálio, ele é utilizado em soluções de alta tecnologia, principalmente nas áreas de saúde e energia. O metal é aplicado em contrastes de exames cardiológicos por imagem e como condutor na transmissão de energia elétrica. O tálio tem capacidade de transformar calor desperdiçado em eletricidade aproveitável. Os materiais termoelétricos têm esta característica, “o que Utilização em soluções de alta tecnologia * Na Bahia, o tálio é o carro-chefe, mas a Itaoeste também trabalha em outros estados com o manganês, quartzo, calcário, bauxita, caulim, feldspato, etc abre perspectivas novas. Além disso, tornam possíveis novos aparelhos, como geladeiras sem partes móveis”, informou a assessoria da empresa. Além de mineração, a Itaoeste, criada em 2002, tem empreendimentos nas áreas de agroindústria e prestação de serviços na área comercial e atua em setores como construção de ferrovias, usinas de açúcar e álcool, bancos, mercado financeiro e geração de energia, dentre outros. Na Bahia, o tálio é o carro-chefe, mas a Itaoeste também trabalha em outros estados com o manganês, quartzo, calcário, bauxita, caulim, feldspato, atapulgita e argila, dentre outros. Com isso, a empresa Itaoeste trabalha com diversas aplicações como, por exemplo: argila (fabricação de cerâmicas, peças sanitárias, isoladores elétricos); atapulgita (fabricação de cosméticos, espessantes para tintas); bauxita (abrasivos, químico metalúrgico); calcário (produção de cimento e cal, produção de giz, indústria de produção de papel); caulim (indústria de cerâmica, borrachas); feldspato (fabricação de vidros, isoladores elétricos); manganês (fabricação de aço, ligas metálicas) e quartzo/quartzito (moldes para fundição, fibras óticas, vidros e esmaltes). (A.B.) A Galvani é uma empresa genuinamente brasileira, que nasceu na década de 30, no interior de São Paulo. Ao longo dos anos, os irmãos Galvani mudaram de ramo. Saíram da produção de bebidas e, a partir de 1983, a empresa começou, em Paulínia (SP), a implantação de um dos maiores complexos de fertilizantes do País, com a fabricação de ácido sulfúrico, superfosfatos, granulação, mistura e ensaque de fertilizantes. Na Bahia, a empresa chegou em 1992, no município de Luís Eduardo Magalhães, com a implantação de uma fábrica de fertilizantes líquidos. Na sequência, instalaram a primeira fábrica de superfosfato da Bahia, uma planta de granulação e a segunda unidade de sulfúrico do Estado, sendo, até hoje, a única indústria de fertilizantes da região. Em Irecê, por conta da escassez de água da região que o município está, a empresa desenvolveu e patenteou um processo de concentração a seco de fosfato, que dispensa o uso de água. Segundo a assessoria de imprensa da Galvani, dessa forma, a exploração da mina pôde ser viabilizada em 1998. Unidade A empresa atua no ramo da mineração, da indústria, do comércio e de serviços. Na Bahia, além do Complexo Industrial na cidade de Luis Eduardo Magalhães e da mina em Irecê, a Galvani tem mais uma unidade de mineração. A mina fica no distrito de Angico dos Dias, pertencente ao município de Campo Alegre de Lourdes. Pelo Brasil, a empresa se estabeleceu em Minas Gerais, Mato Grosso, Sergipe, Ceará e São Paulo. Na mineração é produzido o Concentrado Fosfático Para ajudar a ampliar a empresa, o grupo conta com mais de mil funcionários próprios e 850 terceirizados. As unidades da Galvani trabalham com os produtos da mineração, fertilizantes e químicos. Na mineração é produzido o Concentrado Fosfático. Na área de fertilizantes estão disponíveis Superfosfato Simples (utilizado em solos do Cerrado), Phosmix (atende a qualquer composição do solo), Phosgrão (bom manuseio das culturas), NPK Granulado (melhora a distribuição dos nutrientes no solo) e os Farelados (utilizado em solos com bom teor de fósforo). Os produtos químicos produzidos são Enxofre (utilizado na produção de inseticidas, tintas e plásticos), Ácido Sulfúrico (utilizado nas indústrias de papel, celulose, siderúrgica e alimentícia), Oleum (óleos lubrificantes, explosivos e corantes) e Ácido Fluossilícico (utilizado no tratamento de água potável). Pensando na qualidade de vida das pessoas que vivem no entorno dos complexos industriais e das minas, a empresa fundou o Instituto Lina Galvani. Na Bahia, o Instituto tem como principal projeto o Parque Fioravante Galvani, localizado no município de Luís Eduardo Magalhães. Inaugurado em 2006, o Parque abriga reprodução em cativeiro de espécies animais e vegetais do cerrado, principalmente as ameaçadas de extinção. “Dessa forma, o projeto contribui para a preservação da fauna e da flora local”, disse a assessoria de imprensa. 12 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING SALVADOR, BAHIA TERÇA-FEIRA 31/5/2011 [email protected]