ceará cidadania - Governo do Estado do Ceará
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ceará cidadania - Governo do Estado do Ceará
CEARÁ CIDADANIA Crescimento com Inclusão Social SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO Plano de Governo 2003/2006 CEARÁ CIDADANIA: Crescimento com Inclusão Social Plano de Governo 2003-2006 Administração Lúcio Alcântara 3 GOVERNADOR Lúcio Gonçalo de Alcântara VICE GOVERNADOR Francisco de Queiroz Maia Júnior Chefe do Gabinete do Governador Afonso Celso Machado Neto Secretário do Governo Luiz Alberto Vidal Pontes Procurador Geral do Estado Wagner Barreira Filho Chefe da Casa Militar Cel. QOPM Zenóbio Mendonça Guedes Alcoforado Secretária Extraordinária da Inclusão e Mobilização Social Maria Celeste Magalhães Cordeiro Secretário da Ação Social Raimundo Gomes de Matos Secretário da Administração Carlos Mauro Benevides Filho Secretário da Agricultura e Pecuária Carlos Matos Lima Secretário da Ciência e Tecnologia Hélio Guedes de Campos Barros Secretária da Controladoria Mônica Clark Nunes Cavalcante Secretária da Cultura Cláudia Sousa Leitão Secretário do Desenvolvimento Econômico Francisco Régis Cavalcante Dias Secretário do Desenvolvimento Local e Regional Alex Araújo Secretária da Educação Básica Sofia Lerche Vieira Secretário do Esporte e Juventude André Peixoto Figueiredo Lima Secretário da Fazenda José Maria Martins Mendes Secretário da Infra-Estrutura Luiz Eduardo Barbosa de Moraes Secretário da Justiça e Cidadania José Evânio Guedes Secretário da Ouvidoria-Geral e do Meio Ambiente José Vasques Landim Secretário do Planejamento e Coordenação Francisco de Queiroz Maia Júnior Secretário dos Recursos Hídricos Edinardo Ximenes Rodrigues Secretário da Saúde Jurandi Frutuoso Silva Secretário da Segurança Pública e Defesa Social Francisco Wilson Vieira do Nascimento Secretário do Trabalho e Empreendedorismo Roberto Eduardo Matoso Secretário do Turismo Allan Pires de Aguiar Defensora Pública Geral do Estado Maria Amália Passos Garcia 4 Governo do Ceará Secretaria do Planejamento e Coordenação CEARÁ CIDADANIA: Crescimento com Inclusão Social Plano de Governo 2003-2006 Administração Lúcio Alcântara Agosto 2003 5 SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO (SEPLAN) SECRETÁRIO SECRETÁRIO-ADJUNTO SECRETÁRIA-EXECUTIVA COORDENADOR DE PLANEJAMENTO COORDENADOR DE ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE GOVERNO COORDENADOR DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO COORDENADOR DE COOPERAÇÃO TÉCNICO-FINANCEIRA COORDENADORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA COORDENADOR DA ASSESSORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ 6 Francisco de Queiroz Maia Júnior Antonio Sérgio Montenegro Cavalcante Soraia Thomaz Dias Victor Francisco José Mendes Gifoni Paulo Henrique Parente Neiva Santos Carlos Eduardo Pires Sobreira José Rafael Neto Fátima Lúcia Martins Dantas Antônio João Alves Fernandes Távora Marcos Costa Holanda EQUIPE DE ELABORAÇÃO (SEPLAN) COORDENAÇÃO GERAL Francisco José Mendes Gifoni ELABORAÇÃO TÉCNICA Adelita Neto Carleial Fernandes Alda Maria Araújo de Oliveira Ana Lúcia Ribeiro Lima Annuzia Maria Pontes Moreira Gósson Antenor Barbosa Filho Dominique Cunha Marques Gomes Lana Mary Pontes Souza Lena Maria Alexandre Brasil Maria Amélia da Costa Maria Eloísa Bezerra da Rocha Maria Zefisa Nogueira Soares Menezes Sérgio Vicente de Matos Brito Wilmar Bezerra dos Santos Yoshio Namekata COLABORAÇÃO TÉCNICA João Adjemir Mesquita Paiva COLABORAÇÃO ESPECIAL Alex Araújo Alfredo Lopes Neto Antonio Lisboa Teles da Rosa Fátima Coelho Benevides Falcão Jair do Amaral Filho José Rafael Neto José Sales Costa Filho Marcos Costa Holanda EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Antonio Gleidstone Alencar de Meneses Cléa Mesquita Lopes Dulcineide Bessa Fernando Antonio de Lima Teles Paulo Tadeu Morais da Conceição Roque 7 Sumário APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 15 1. Identidade do Plano ............................................................................................................ 19 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 21 VISÃO DE FUTURO ........................................................................................................... 21 FUNDAMENTOS ................................................................................................................ 23 Participação..................................................................................................................... 23 Cooperação e Parceria .................................................................................................... 23 Transparência.................................................................................................................. 24 Racionalidade.................................................................................................................. 24 Integração com Descentralização .................................................................................... 24 Eqüidade e Inclusão Social .............................................................................................. 25 Sustentabilidade ............................................................................................................... 25 CEARENSIDADE............................................................................................................... 26 FINANCIAMENTO DO PLANO .......................................................................................... 26 2. O Ceará Hoje...................................................................................................................... 31 A POPULAÇÃO CEARENSE ............................................................................................. 33 QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO .......................................................................... 35 Educação......................................................................................................................... 36 Saúde............................................................................................................................... 38 Trabalho e Renda............................................................................................................ 39 EVOLUÇÃO DO PERFIL ECONÔMICO ............................................................................ 43 COMÉRCIO NACIONAL E INTERNACIONAL ................................................................... 46 3. Cenários Macroeconômicos ............................................................................................... 49 ECONOMIA CEARENSE ................................................................................................... 51 ECONOMIA BRASILEIRA .................................................................................................. 54 ECONOMIA MUNDIAL ....................................................................................................... 55 4. Eixos de Articulação ........................................................................................................... 57 EIXO 1 - CEARÁ EMPREENDEDOR ................................................................................ 59 Objetivo Estratégico 1 - Estimular a Indústria Exportadora ............................................. 60 Objetivo Estratégico 2 - O Ceará como Destino Preferencial do Turismo ....................... 65 Objetivo Estratégico 3 - Promover o Desenvolvimento do Meio Rural ............................ 70 Objetivo Estratégico 4 - Incentivar a Indústria e o Comércio de Produtos de Consumo Popular. ............................................................... 77 Objetivo Estratégico 5 - Estimular a Capacidade de Inovação das Empresas ................83 Objetivo Estratégico 6 - Fortalecer a Infra-estrutura ........................................................ 86 Objetivo Estratégico 7 - Apoiar o Desenvolvimento da Atividade Mineira em Bases Competitivas ........................................................... 97 9 EIXO 2 - CEARÁ VIDA MELHOR ..........................................................................100 Objetivo Estratégico 1 - Elevar a Qualidade da Educação e o Perfil Educacional da População. .............................................................102 Objetivo Estratégico 2 - Prestar Assistência Integral, Contínua e Personalizada, Centrada na Vigilância à Saúde. ..................................106 Objetivo Estratégico 3 - Promover a Capacitação e a Qualificação Profissional da População. .............................................................109 Objetivo Estratégico 4 - Assegurar Direitos de Proteção ao Cidadão.................112 Objetivo Estratégico 5 - Assegurar Direitos de Defesa e Acesso à Justiça ..........116 Objetivo Estratégico 6 - Melhoria da Segurança Pública ...................................117 Objetivo Estratégico 7 - Melhoria do Sistema Penitenciário ..............................119 Objetivo Estratégico 8 - Promoção de Ações Educativas de Prevenção à Violência e de Combate à Impunidade.......................................120 Objetivo Estratégico 9 - Identificar, Preservar, Renovar e Fomentar a Cultura, na Perspectiva da Inclusão Social e da Cidadania Cultural 123 Objetivo Estratégico 10 - Promover e Incentivar o Lazer e o Desporto com Prioridade para a Juventude........................................125 Objetivo Estratégico 11 - Ampliar e Melhorar a Oferta da Infra-Estrutura Social. 128 Objetivo Estratégico 12 - Promover o Tratamento Adequado dos Resíduos Sólidos 131 Objetivo Estratégico 13 - Proteger o Meio Ambiente..........................................132 Objetivo Estratégico 14 - Aumentar a Oferta de Unidades Habitacionais............135 EIXO 3 - CEARÁ INTEGRAÇÃO ............................................................................138 Objetivo Estratégico 1 - Promover a Desconcentração Espacial do Desenvolvimento ...139 Objetivo Estratégico 2 - Promover o Potencial Endógeno para a Autonomia Local ..145 Objetivo Estratégico 3 - Promover a Gestão Integrada e Compartilhada do Território ..149 EIXO 4 - CEARÁ - ESTADO A SERVIÇO DO CIDADÃO .......................................156 Objetivo Estratégico 1 - Reestruturação e Modernização Institucional ..............157 Objetivo Estratégico 2 - Definição de Acompanhamento e Avaliação de Metas e Indicadores de Inclusão Social ..................................160 Objetivo Estratégico 3 - Efetivar a Gestão Compartilhada, a Participação e o Controle Social......................................................161 Objetivo Estratégico 4 - Efetivar a Descentralização e a Integração Regional ....163 Objetivo Estratégico 5 - Mediação Política e Institucional .................................164 Objetivo Estratégico 6 - Aperfeiçoar as Ações de Planejamento .......................165 Objetivo Estratégico 7 - Aperfeiçoar as Ações de Finanças ...............................166 Objetivo Estratégico 8 - Aperfeiçoar as Ações de Controle ...............................167 Objetivo Estratégico 9 - Promover a Valorização dos Servidores Públicos ..........168 10 Palavra do Governador Ao povo cearense, tenho a honra de apresentar o Plano de Governo 2003-2006: Ceará Cidadania: Crescimento com Inclusão Social. Este é um Plano que procura refletir as expectativas e propostas que vêm sendo levantadas desde quando teve início a campanha eleitoral. Ao longo daquela campanha, constituímos o Movimento Ceará Cidadania, oportunidade em que conseguimos agregar cerca de 900 voluntários em todo o Estado, que discutiram os problemas estaduais e apresentaram inúmeras soluções para os grandes desafios enfrentados pelo Ceará. Essa soma de contribuições representou o Ceará cada vez Melhor, que foi o slogan de nossa campanha eleitoral. Passadas as eleições, a equipe de transição foi aprofundando a discussão sobre essas proposições, que ganharam os contornos atuais pelo trabalho da nova equipe de Governo. O resultado é o Ceará Possível, expresso neste Plano, que pretende ser um vetor de mudanças sociais e de melhoria das condições de vida de toda a população do Estado. O Ceará Cidadania, que é o título deste Plano, tem um significado especial, pois implica abrir perspectivas ainda mais promissoras para um Ceará que foi conduzido, pela liderança dos que recentemente nos antecederam, à condição de Estado brasileiro que muito avançou nos últimos dez anos na conquista de melhores condições de vida para o seu povo. Não obstante, esse avanço apenas serve de incentivo para que se continue cada vez mais perseguindo metas sociais desejáveis, já que o Estado ainda tem muito a conquistar. O Ceará Cidadania conduz ao estabelecimento de mecanismos de mediação entre o Governo e a sociedade, para que os mais diversos setores da sociedade civil organizada possam participar do monitoramento e da reflexão sobre este Plano, cujo desdobramento deverá ter como referência as Metas de Inclusão Social do Estado, que serão estabelecidas como um fim a ser alcançado na minha gestão. 11 Este Plano também traduz a consciência do Governador de que é sua tarefa desenvolver uma gestão pública capaz de apresentar um conjunto o mais amplo possível de ações que venham ao encontro das expectativas da população. Assim, além da ênfase no Crescimento com Inclusão Social, projetos de grande impacto, tais como o apoio à luta da sociedade cearense pela refinaria e siderúrgica, entre outros projetos, são indispensáveis para um maior crescimento sustentável do Ceará, em torno dos quais devemos procurar promover a união dos cearenses, colocando o interesse público acima das diferenças partidárias. Estou perfeitamente ciente dos desafios que aguardam este Governo e que estão expressos no diagnóstico deste Plano, pois o Ceará tem cerca de 90% do seu território no semiárido, que é densamente povoado e com elevada taxa de natalidade para os dias atuais. Nossa sociedade é pobre e desigual, salientando-se que os 10% mais ricos possuem 52% da renda total e os 50% mais pobres apenas 12,5%. A ocupação demográfica e econômica do território é extremamente desbalanceada. A Região Metropolitana de Fortaleza RMF, que ocupa 3,46% do espaço estadual, abriga, em 2003, em torno de 42% da população cearense, e concentra cerca de 62% do PIB e 90% da arrecadação de tributos. Esse quadro é ainda mais grave dentro da própria RMF, onde o Município de Fortaleza, ocupando apenas 6,30% do espaço da RMF, abriga, atualmente, cerca de 71% de sua população, concentra cerca de 62% de seu PIB e 86% da sua arrecadação de tributos, absorvendo aproximadamente 85% de seus empregos. Essa macrocefalia concorre diretamente para que, até 2005, Fortaleza, presumidamente, seja a quarta cidade do país, em população, e encerra o paradoxo de ser, ao mesmo tempo, a segunda capital do país em densidade demográfica (só perdendo para Salvador), e a décima Região Metropolitana do país, pelo mesmo critério acima. O Plano centrará o seu foco, com criatividade e pragmatismo, na expansão das oportunidades de emprego e numa melhor qualidade de vida nas cidades e no meio rural, fortalecendo as vocações tradicionais de cada região e descobrindo novas oportunidades de uma interseção solidária entre as potencialidades inter-regionais. 12 A execução do Plano é um compromisso do Governo e de todos os seus integrantes. Dessa forma, suas ações serão devidamente acompanhadas e os resultados avaliados conforme a ótica dos benefícios à população. A construção de um consenso, já alcançado, para maiores mudanças, garante condições objetivas para que o Governo avance no seu papel maior de articulador, criando a sinergia necessária entre os atores relevantes do Estado, com vista à concretização de um projeto de desenvolvimento que já passa a ser de toda a sociedade. Lúcio Alcântara Governador do Estado do Ceará 13 APRESENTAÇÃO O presente Plano de Governo consolida os compromissos de campanha, as propostas e discussões realizadas durante o Movimento Ceará Cidadania, a contribuição dos diversos setores governamentais, concretizando uma alta representatividade de idéias, e o firme compromisso social dos participantes. O objetivo síntese do Plano: "Ceará Cidadania: Crescimento com Inclusão Social" expressa as expectativas em torno de transformações em todos os níveis, contemplando a dinamização dos diversos setores da economia, promovendo também a inclusão social como efetivação da justiça social para todos os cearenses. A proposta do atual Plano também contempla o compromisso de inauguração de um novo ciclo de desenvolvimento pautado na participação social e interação com a sociedade por meio da valorização e incentivo aos espaços de diálogos como premissas para a consolidação do Ceará cada vez Melhor. O Estado ainda precisa contornar grandes desafios. O maior deles, certamente, é atuar para corrigir as desigualdades sociais e prover as necessidades fundamentais dos grupos mais atingidos pelas desvantagens econômico-sociais. A partir desse contexto, o presente documento fundamenta-se numa ação integrada que parte da percepção da situação socioeconômica atual e das transformações recentes por que passa o Estado. O Plano, em sua estrutura, no tópico inicial, Identidade do Plano, apresenta a visão de futuro do Estado que se pretende e os principais fundamentos que norteiam este documento. O tópico seguinte, Ceará Hoje, encerra a evolução dos perfis econômico e social do Estado do Ceará. Já o tópico três, Cenários Macroeconômicos, focaliza as possibilidades de evolução futura da economia cearense. O quarto e último tópico detalha os quatro Eixos de Articulação do Plano, os quais estão apresentados da seguinte forma: 15 I. EIXO 1 - CEARÁ EMPREENDEDOR - consiste em ampliar as oportunidades de emprego e renda com o foco na competitividade e no território, envolvendo um amplo escopo de ações que induzirá o crescimento econômico por meio do fortalecimento das micro e pequenas empresas, atração de investimentos, implementação de uma política integrada de turismo, desenvolvimento de uma política agrícola focada no agronegócio, na irrigação e na agricultura familiar, e promoção da competitividade do comércio cearense. II. EIXO 2 - CEARÁ VIDA MELHOR - possui todo um escopo de propostas para o avanço na melhoria da qualidade de vida da população, buscando a elevação do padrão dos serviços sociais básicos, como educação, saúde, qualificação profissional, assistência social, segurança, justiça, cultura, esportes e lazer, saneamento básico, habitação, proteção e preservação do meio ambiente. III. EIXO 3 - CEARÁ INTEGRAÇÃO - o foco é na promoção do desenvolvimento local e regional, representando uma alternativa para dinamizar a economia do Estado. Com isso, desconcentra o processo de urbanização, minimiza as disparidades entre as áreas metropolitana e não-metropolitana, e privilegia a criação de oportunidades de trabalho e renda de forma mais equilibrada. IV. EIXO 4 - CEARÁ - ESTADO A SERVIÇO DO CIDADÃO - traduz-se no reconhecimento de uma nova institucionalidade, na medida em que continuará buscando formas de melhor se adequar para a prestação de serviços ao cidadão. Cada eixo de articulação compõe-se de: i. Objetivos Estratégicos - representam orientações para a intervenção governamental, em nível macro, visando a exeqüibilidade da execução das propostas para o quadriênio 2003-2006; ii. Objetivos-meios - são instrumentos para a concretização dos objetivos estratégicos; 16 iii. Linhas de Ação - constituem vertentes eleitas como prioritárias para a consecução dos objetivos-meio. Justificam-se como necessidade do foco e seletividade que garantam o alcance dos resultados; iv. Programas e Projetos - são instrumentos de ação e de organização do Governo, na medida em que concretizam os compromissos assumidos com a sociedade por meio de ações decididamente voltadas para resultados. Da execução das ações de programas e projetos resulta a produção de bens e serviços. v. Programas e Projetos Estruturantes - são programas e projetos prioritários, capazes de induzir novos investimentos produtivos e reduzir desigualdades regionais e sociais. Importa ressaltar que o planejamento governamental será resultado de um processo de negociação permanente entre o Estado e as diversas instituições da sociedade, agregando sugestões, iniciativas e práticas na formulação e na execução de programas e projetos de desenvolvimento para o nosso Estado. As metas do Plano, principalmente as que promovem a inclusão social, serão acompanhadas e seus resultados avaliados, dentre outros instrumentos, por meio de um Sistema Integrado de Controle Social sobre as políticas públicas, com vistas a redirecionar as ações, programas e projetos governamentais. Ao conceito de desenvolvimento procurou-se assegurar, com prioridade, a redução das desigualdades sociais e promoção da inclusão social. Para tanto, busca-se consolidar as parcerias com o setor privado e com as diferentes organizações da sociedade civil ao encontro do equilíbrio entre crescimento econômico e eqüidade social, num esforço conjunto para concretização do sonho de se construir um Ceará Cidadania. 17 1 Identidade do Plano 1. Identidade do Plano OBJETIVO GERAL Reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover a inclusão social é objetivo maior do Governo do Estado - Gestão 2003/2006. Para isso, será efetivada a busca pelo equilíbrio entre crescimento econômico e eqüidade social. O alcance desse objetivo dar-se-á pela busca de uma nova racionalidade que privilegie não apenas a dimensão quantitativa, mas qualitativa do desenvolvimento do Estado do Ceará. Serão empreendidos esforços não apenas do Governo, mas também da sociedade, para mobilização, integração e prioridade de algumas ações estratégicas capazes de desencadear grandes mudanças para a população do Estado. VISÃO DE FUTURO O Governo do Ceará, nas quatro últimas gestões, cumpriu etapas importantes em sua trajetória desenvolvimentista. As ações transformadoras tiveram como ponto marcante a realização de um programa de ajuste fiscal. Isso permitiu a geração de poupança pública e a afirmação da credibilidade interna e externa, possibilitando a construção de uma base física estratégica, visando remover entraves ao desenvolvimento econômico estadual. A partir dessa experiência, a proposta foi a de promover o desenvolvimento sustentável no Ceará, reconhecendo a população como partícipe e como beneficiária desse processo. Com isso, o Governo empreendeu avanços na formação do seu capital humano, alcançando mudanças significativas nos indicadores de educação, saúde e ampliando as condições para o ingresso e permanência da população economicamente ativa no mercado de trabalho. 21 O objetivo-síntese de avançar no crescimento econômico com desenvolvimento social, preconizado no último Plano de Governo (1999-2002), foi decisivo para os resultados mais recentes do Índice de Desenvolvimento Humano IDH, calculado pelo PNUD e IPEA. O Ceará, dentre os estados brasileiros, foi o que mais conquistou posições nesse indicador entre os anos de 1991 e 2000, passando da 23ª para a 19ª posição no ranking nacional. Embora sejam significativos os avanços sociais alcançados, um grande desafio se impõe à atual gestão: a redução da pobreza e da desigualdade, implicando no rompimento de um ciclo vicioso caracterizado por uma estrutura desigual de educação, de trabalho, de poder, de cultura e de vulnerabilidade que afeta a população do Estado. Ao mesmo tempo, é necessário superar desafios externos, como o de honrar compromissos com a estabilidade macroeconômica do País e inserir-se num contexto de reestruturação produtiva mundial, sem deixar de definir alternativas, simultaneamente e de forma prioritária, para os segmentos excluídos do mercado e dos novos padrões de vida alcançados com o avanço tecnológico. O Movimento Ceará Cidadania, constituído de voluntários oriundos da sociedade civil e com participação na campanha eleitoral, representou o espaço inicial de diálogo e de interlocução com a sociedade, a partir do qual e com a contribuição dos grupos de trabalho da transição de Governo, construiu-se a Visão de Futuro do presente Plano. Essa visão tenta retratar o Ceará que os cearenses querem, que pode ser traduzida na redução dos níveis de pobreza e desigualdades sociais e territoriais, por meio da maior inclusão social; da modernização da sua economia; da geração de emprego e renda num nível suficiente para atender às necessidades da população; da ampliação da participação do Estado no cenário nacional e da sua inserção num mundo que passa por profundas transformações. Em síntese, o Plano está orientado para a seguinte visão de futuro: O Ceará é um Estado moderno que está consolidando seu desenvolvimento de forma sustentável, com distribuição de renda, inclusão e justiça social. 22 Finalmente, observa-se que os desafios são muitos e a tarefa é árdua. Porém, sabe-se que se tais propósitos não forem plenamente alcançados, pelo menos ter-se-á dado uma boa contribuição na abertura de novos caminhos e na criação de outros mecanismos na promoção de uma vida melhor da população. FUNDAMENTOS O Plano de Governo tem como eixo central a combinação de políticas indutoras do desenvolvimento econômico e estratégias de redução da pobreza e da desigualdade. Para isso, adota fundamentos que se impõem na orientação de seus objetivos, estratégias e metas. A mobilização da sociedade no Movimento Ceará Cidadania e o trabalho do Grupo de Transição Governamental permitiram captar e sistematizar os Fundamentos que nutrirão a construção de um futuro desejado para o Estado. Esses Fundamentos estão listados a seguir. Participação O sistema político, sozinho, não assegura o atendimento da maioria das demandas por políticas públicas priorizadas por segmentos da sociedade. A participação cidadã, no planejamento da ação governamental e na avaliação e controle social, deve se constituir em instrumento auxiliar do modelo de gestão do Governo. Cooperação e Parceria A cooperação e a parceria são os meios básicos para promover a coesão econômica e social. Apoiada na confiança, articula atores sociais e instituições para o alcance de interesses comuns. A cooperação e a parceria com o setor privado constituem a base da ação do Governo do Estado para o trabalho interinstitucional, de integração regional e de indução do desenvolvimento interno. 23 Transparência Um governo transparente requer mobilização e sensibilização social, mecanismos eficientes de participação e compromisso público. Para atingir este fundamento, deve-se ampliar o processo de informação aos atores sociais na formulação e implementação das políticas públicas e no controle social das ações governamentais. Esse processo de interação e de criação de novos espaços públicos estimula o aperfeiçoamento dos programas e sua melhor focalização e eficácia. Racionalidade A conjuntura econômica e política atual impõe limites ao uso dos recursos públicos. Consciente da exigüidade desses recursos e da necessidade de realinhamento dos gastos, o Governo atuará de modo incisivo para evitar o desperdício na máquina estatal, utilizando-se da criatividade e parcerias para o cumprimento dos programas e projetos estabelecidos neste Plano. Integração com Descentralização Este fundamento pressupõe uma ação coordenada do Governo em níveis estratégico, gerencial e operacional, superando a perspectiva setorial e criando uma sinergia entre entes públicos e programas. Possibilita ao Governo trabalhar grandes eixos de articulação, que se caracterizam como temas transversais, e desenvolver esforços para alcançar metas sociais. Desenvolver uma gestão descentralizada significa aproximar as decisões e as ações governamentais dos fatos geradores. O processo de descentralização implica rever estruturas organizacionais, direcionar as políticas para as necessidades e expectativas do cidadão e garantir maior resolutividade aos serviços públicos. A descentralização dar-se zem dois níveis: no nível interno de Governo, com a desconcentração das responsabilidades e ações; e no nível intergovernamental, com a municipalização e fortalecimento das instâncias locais, num primeiro estágio e, na consolidação do esforço de regionalização, num segundo estágio. 24 Tudo isso contempla a construção ou fortalecimento de uma consciência coletiva sobre as questões de interesse local e regional, objetivando firmar a identidade das regiões. A integração envolve as dimensões ambientais, econômicas, sociais, políticas e de infraestrutura. O ordenamento e gestão do território permitirão a redução das desigualdades regionais, sobretudo entre Fortaleza e a RMF e entre esta e o interior estadual, e ainda a consolidação de rede de cidades estratégicas indutoras de mudanças tanto na espacialização das atividades econômicas como na estrutura da oferta de serviços. Eqüidade e Inclusão Social O fundamento da eqüidade é o conjunto de princípios imutáveis de justiça que induzem a um critério de moderação e de igualdade. Orienta as políticas e ações de governo na busca do equilíbrio, tanto do ponto de vista da distribuição dos resultados econômicos e da formação do capital humano, como do ponto de vista espacial. Coerente com esse fundamento, o Governo assegura o atendimento com qualidade das suas políticas e direciona estratégias inclusiva e redistributiva para os segmentos sociais diferenciados. A Inclusão Social baseia-se numa estratégia de adoção de mecanismos de inserção da sociedade apoiados na educação. O conhecimento é fundamental para a elevação da auto-estima, para a afirmação da cidadania e para a redução dos níveis de exclusão social, e ainda para o crescimento mais eqüitativo da ocupação e da renda. Isso requer um modelo de trabalho em conjunto, apoiado em dois movimentos: a pactuação de metas sociais entre Governo e sociedade, representada por suas organizações, e a definição de indicadores consistentes e acessíveis para acompanhamento e avaliação pública dessas metas. Sustentabilidade O fundamento da sustentabilidade busca a obtenção de resultados permanentes no processo de desenvolvimento, preservando a capacidade produtiva dos recursos naturais, não permitindo que a sua utilização exceda a capacidade de renovação. Sob o ponto de vista econômico, assegura crescimento com ganhos de competitividade e distribuição de renda. A sustentabilidade social pressupõe garantir às pessoas a condição 25 de cidadania, e, na dimensão política, associa-se à participação da sociedade, ao controle social e ao fortalecimento dos mecanismos de descentralização da ação pública. CEARENSIDADE Todos os fundamentos expostos acima perderiam qualquer sentido se fossem desvinculados da noção de que o Estado do Ceará tem uma formação histórica que molda sua identidade e condiciona seu papel no contexto do conjunto de Unidades Federativas do País. Todos os fundamentos que dão sustentação às políticas, aos programas e às ações propostas neste documento, só serão verdadeiramente enraizados na sociedade cearense se forem combinados com o fortalecimento da identidade cearense em meio às tendências homogeneizadoras da globalização, sem pretensão de isolamento, mas com a consciência do direito à expressão e à valorização de uma cultura própria. Dessa forma, serão preservados os traços culturais do Estado, mas sem perder de vista que ele faz parte de um todo (Nordeste, Brasil e o mundo), recebendo influências externas, mas buscando, por essas influências, renovar-se, modernizar-se e absorver o que vier para melhorar as condições de vida para o seu povo. Todavia, com a preservação dos valores que fundamentam e dão identidade ao Ceará e aos cearenses. O sentimento de pertencer à comunidade cearense deverá ser incentivado pela valorização do potencial natural das praias, serra e sertão, da criatividade dos seus artistas, da riqueza do seu artesanato, da atratividade de sua culinária, da hospitalidade do seu povo e dos traços culturais que marcam a formação histórica e social do Estado. FINANCIAMENTO DO PLANO Em consonância com a trajetória com vistas à manutenção do equilíbrio fiscal estadual, a política de financiamento para viabilizar as ações do Plano de Governo (2003-2006) obedecerá às seguintes premissas básicas: 26 os recursos próprios do tesouro estadual, necessários ao cumprimento da programação contida neste Plano de Governo, serão complementados por meio de recursos de convênios em vigência com entidades de desenvolvimento nacionais e internacionais e novos contratos a serem formalizados; mediante operações de crédito; via recursos oriundos de receitas próprias da administração indireta e de outras fontes; a arrecadação dos impostos estaduais seguirá uma tendência de crescimento, influenciando no aumento da receita estadual, em razão do aperfeiçoamento e modernização do processo de arrecadação, da preservação dos princípios de probidade administrativa e transparência governamentais, e do estímulo à atividade produtiva; maior efetividade dos gastos públicos, mencionando-se, a propósito, que a Secretaria de Controladoria foi criada com essa finalidade. Além disso, serão fortalecidas parcerias com o segundo setor (organizações empresariais) e terceiro setor (organizações sem fins lucrativos) para implementação dos programas e projetos para o atual quadriênio. Caberá à Secretaria de Inclusão e Mobilização Social fazer a articulação com as diversas entidades e integrá-las com as demais secretarias setoriais. Outra alternativa concorrente para otimização do financiamento das ações governamentais será a reprogramação orçamentária, que consiste na desativação, reordenação e reintegração de programas e projetos, redirecionando os recursos correspondentes, em conformidade com os eixos e objetivos do Plano de Governo. Como outro instrumento de natureza institucional, caberá ao Plano Plurianual de Investimentos (2004-2007) definir a orientação das ações de Governo para estruturação dos gastos públicos ao longo do quadriênio. Isso induzirá uma maior otimização dos recursos fiscais anuais, ganhando-se em eficiência em relação às despesas de custeio e investimento. 27 Mais um aspecto será levado em consideração, quando da celebração de novos contratos com entidades nacionais e internacionais, com vistas à captação de recursos. É a prioridade para investimentos nos setores que contribuem mais diretamente para a redução da pobreza e para a inclusão social da população carente, podendo-se citar: o fortalecimento da agricultura familiar; a promoção de micro e pequenos empreendimentos não-agrícolas; a capacitação profissional para o atendimento das demandas do mercado; a elevação da oferta e melhoria da infra-estrutura hospitalar; a implementação de políticas voltadas para a assistência social e a melhoria da infra-estrutura urbana. 28 DIVISÃO POLÍTICA DO CEARÁ 2002 JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ BARROQUINHA O CRUZ CAMOCIM ITAREMA CHAVAL BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE O MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO VIÇOSA DO CEARÁ COREAÚ ALCÂNTARAS MIRAÍMA SOBRAL UMIRIM IBIAPINA PARAMOTI N T IC O AQUIRAZ HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA HORIZONTE CASCAVEL PALMÁCIA VARJOTA IPÚ Â PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO RERIUTABA CROATÁ L ITAITINGA PACATUBA PACUJÁ GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA GRAÇA CARNAUBAL T PENTECOSTE GROAÍRAS CARIRÉ SÃO BENEDITO A FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA MARACANAÚ MUCAMBO O SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU ITAPAJÉ UBAJARA N PARACURU URUBURETAMA FORQUILHA A TURURU MERUOCA FRECHEIRINHA TIANGUÁ E PARAIPABA ITAPIPOCA MASSAPÊ C CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ LIMOEIRO DO NORTE TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU PARAÍBA AURORA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA MILAGRES BARBALHA ABAIARA MAURITI BREJO SANTO JARDIM PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 29 2 O Ceará Hoje 2. O Ceará Hoje A POPULAÇÃO CEARENSE A população do Ceará, em 2000, segundo o Censo do IBGE, totalizou 7.430 mil habitantes, representando cerca de 15,56% da população nordestina e 4,37% da brasileira. No período 1991 a 2000, a população cearense cresceu a uma taxa média anual de 1,75%. Esse crescimento foi maior do que o da taxa brasileira (1,64%aa) e da nordestina (1,31%aa). Percebe-se que no período 1991 a 2000, o processo brasileiro de urbanização, configurado pelo volume da população urbana em relação à população total, vem se acentuando. O Brasil atingiu, em 2000, 81,29% de sua população vivendo no meio urbano. No Nordeste, a população rural decresceu de 39,35% para 16,27%, devido ao êxodo para as cidades. Em 1991, 65,37% da população cearense era urbana, passando para 71,53%, em 2000. A população urbana da região metropolitana de Fortaleza acompanhou a tendência nacional, pois passou de 36,24%, em 1991, para 39,44%, em 2000. O Brasil também registrava, em 2000, 40,06% de população urbana em áreas metropolitanas, contra 29,11% em 1991. No Nordeste, as populações metropolitanas seguem a mesma trajetória, embora evoluam mais lentamente, passando de 18,07%, em 1991, para 26,07%, em 2000. A expectativa de vida para os cearenses é de 66,4 anos. É uma posição favorável em termos de Nordeste, pois a média da região é menor, 65,8 anos, mas está aquém do padrão brasileiro, que é de 68,6 anos. Quanto ao gênero, pode-se dizer que os homens estão expostos a maiores riscos de vida do que as mulheres, e os dados indicam que a mulher cearense viveu 6,6 anos a mais do que o homem, em 2000. 33 O aumento da esperança de vida ao nascer do cearense decorre da melhoria dos serviços de saúde em geral, partindo dos programas de saúde infantil e continuando com os cuidados de saúde de adultos e de idosos. O gráfico 1 e o quadro 1 resumem os principais indicadores demográficos do Ceará no período recente. GRÁFICO 1 População por sexo, segundo os grupos de idade - Ceará - 2000 70emais 60-64 50-54 40-44 30-34 20-24 10-14 0-4 -500.000 -400.000 -300.000 -200.000 -100.000 HOMENS 0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 MULHERES Fonte:IBGE/Censo,2000 QUADRO 1 Componentes da população - Ceará, Nordeste e Brasil - 1991-2000 INDICADORES População residente total 1991 2000 Taxa de crescimento da população total 1980-91 1991-2000 População urbana 1991 2000 População rural 1991 2000 PercentualdapopulaçãoresidindonasÁreasmetropolitanas 1991 2000 Grau de urbanização 1991 2000 Esperança de vida ao nascer 1991 2000 Taxa Líquida de Migração (%a.a.) 1986-91 1991-96 BRASIL 146.825.475 169.799.170 1,93 1,64 NORDESTE 42.497.540 47.741.711 1,83 1,31 CEARÁ 6.366.647 7.430.661 1,70 1,75 110.990.990 137.953.959 25.776.279 32.975.425 4.162.007 5.315.318 35.834.485 31.845.211 16.721.261 14.766.286 2.204.640 2.115.343 29,11 40,06 18,07 26,07 36,24 40,17 75,59 81,24 60,65 69,07 65,37 71,53 66,0 68,6 62,7 65,8 63,4 66,4 ... ... -1,40 -0,38 -0,39 -0,23 Fonte:IBGE/Censo2000 34 QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO Um dos indicadores de qualidade de vida da população mais utilizados atualmente é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Quanto mais próximo de 1 (um), melhor o IDH. Ele expressa sinteticamente as condições de vida da população, por meio de três indicadores básicos: a) a renda, medida pelo PIB per capita; b) o grau de conhecimento, expresso pela combinação da taxa de alfabetização de adultos e a matrícula nos três níveis de ensino; e c) a longevidade, medida pela esperança de vida ao nascer, indicativo do usufruto dos benefícios do saber e dos recursos materiais, por anos de vida. TA B E L A 1 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - Brasil - Ceará - 1980-2000 ESTADOS/PAÍS Ceará Brasil 1980 1991 1996 2000 0,477 0,734 0,537 0,787 0,590 0,830 0,699 0,764 Fonte: PNUD, IPEA, FJPe IBGE Entre os estados da federação brasileira, o Ceará foi o que obteve o maior ganho no Índice de Desenvolvimento Humano, passando do 23º para o 19º lugar. Com um índice de 0,699, o Estado demonstra os avanços conseguidos na saúde e educação, com reflexos positivos na qualidade de vida da população. (Gráfico 2). GRÁFICO 2 1991 1996 CEARÁ 0,764 0,699 0,830 0,590 0,537 0,900 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 - 0,787 Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Brasil Ceará - 1991-2000 2000 BRASIL Fonte:PNUD 35 A melhoria dos indicadores socioeconômicos do Estado sugere que os serviços ofertados nas áreas de saúde e educação, além do emprego e renda, tiveram êxito na promoção de ganhos na qualidade de vida da população. Educação A melhoria significativa observada nos indicadores de desempenho (taxa de aprovação, taxa de abandono e taxa de repetência) do ensino Fundamental e Médio, no período de 1998 a 2001, ainda não é considerada suficiente para reverter o baixo nível de instrução da população do Estado, permanecendo os índices aquém dos registrados nos principais estados da federação. A pirâmide educacional do Ceará reflete o esforço desenvolvido pelo Estado, no direcionamento de sua política educacional com vistas à redução do analfabetismo, criando condições para que a população aumente o tempo de permanência na escola, conforme pode ser constatado no gráfico 3. GRÁFICO 3 Pirâmide educacional para pessoas de 10 anos e mais de idade Ceará - 1998-2001 3,41 12 anos ou mais 12,04 9 a 11 anos 25,56 35,99 31,46 25,76 Sem instrução e menos de 1 ano % 40 14,51 22,45 5 a 8 anos 1 a 4 anos 4,41 30 20 22,29 10 1998 0 10 20 30 40 2001 Fonte: PNAD/IBGE O segmento que inclui as pessoas sem instrução e com menos de um ano de estudo, caiu de 25,76% para 22,29%, no período de 1998/2001, tendo o de 12 anos e mais, por sua vez, aumentado de 3,41%, em 1998, para 4,41%, em 2001. No nível escolar de 1 a 4 anos de estudo, correspondente às séries 36 iniciais do primeiro grau, a taxa passou de 35,99%, em 1998, para 31,46%, em 2001. A universalização da educação de primeiro grau e a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis são considerados fatores imprescindíveis para o desenvolvimento estadual. A cobertura escolar para o ensino fundamental, em 2001, foi de 95,80%, superior à média regional, que foi de 95,20%, no mesmo período. Com relação ao analfabetismo dos adultos, observou-se tendência também de queda, passando de 29,6%, em 1998, para 24,8%, em 2001. Apesar dessa tendência positiva, esse fenômeno ainda é um grande desafio para o Estado, principalmente no meio rural, onde, apesar da redução do analfabetismo, o índice ainda é bastante elevado, com reflexos negativos nos programas de modernização da agricultura. A taxa de analfabetismo de crianças e jovens na faixa de 7 a 14 anos, entre 1998 e 2001, caiu de 29,3% para 17,8%, respectivamente, no Ceará. (Gráfico 4) GRÁFICO 4 Taxa de analfabetismo, segundo a faixa etária de 7 a 14 anos Ceará, Nordeste e Brasil - 1998-2001 35,0 30,0 25,0 29,3 27,3 20,0 15,0 10,0 5,0 - 24,7 23,1 17,8 13,1 1998 11,3 1999 CEARÁ 19,5 NORDESTE 10,0 2001 BRASIL Fonte: PNAD/IBGE Quando se relaciona o nível de escolaridade com o nível de renda da população, observa-se que aqueles que adquiriram um maior nível de estudos são aqueles que auferem um maior nível de renda, significando que o nível de renda tem uma relação direta com o nível de escolaridade. O inverso ocorre com os níveis de escolaridades mais baixos. Confirmando essa afirmativa, dados da PNAD/IBGE de 2001 indicam que a parcela da população ocupada 37 que percebe até meio salário mínimo e entre meio e um salário mínimo está situada nas faixas dos sem instrução e de 1 a 3 anos de estudos (considerado analfabetismo funcional). Por outro lado, o segmento da população que se encontra na faixa acima de 20 salários mínimos de rendimento tem um percentual com nível de escolaridade maior (15 anos de estudos). (Gráfico 5) GRÁFICO 5 População de 10 anos de idade, ocupada no período de referência, segundo rendimento e escolaridade - Ceará - 2001 Acima de 20 SMs Entre 10 e 20 SMs Entre 5 e 10 SMs Entre 3 e 5 SMs Entre 2 e 3 SMs Entre 1 e 2 SMs Entre 1/2 e 1 SM Até 1/2 Salário Mínimo 0% 10% 20% Sem Instrução 30% 1a3 40% 4a7 50% 60% 8 a 10 70% 11 a 14 80% 90% 100% 15 anos ou + Fonte: PNAD/IBGE Saúde O setor da saúde no Ceará está estruturado sobre as diretrizes organizacionais do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase na regionalização, em que as ações e serviços estão organizados em micro e macrorregiões, envolvendo as atenções primária, secundária e terciária. As políticas públicas com as ações básicas de saúde, como a imunização, o aleitamento materno, o controle das doenças diarréicas e das infecções respiratórias agudas têm alcançado avanços significativos na redução da mortalidade infantil e no controle das doenças imunopreveníveis. O domínio sobre essas doenças contribuiu para erradicar a poliomielite e reduzir drasticamente a difteria, bem como a coqueluche, o tétano e o sarampo. Foi fundamental para isso a utilização do Programa Saúde da Família, que contou, em 2000, com 915 equipes de profissionais de saúde, cobrindo 180 municípios. No campo da prevenção, os serviços públicos básicos (abastecimento dágua, coleta de lixo e iluminação elétrica) ofertados pela Região Metropolitana de 38 Fortaleza no período 1998/2001 apresentaram crescimentos relevantes, merecendo maior destaque a energia elétrica, com uma taxa de cobertura de 98,55% sobre os domicílios. O abastecimento dágua passou a abranger 83,07% dos domicílios. A coleta de lixo, por sua vez, atingiu uma taxa de cobertura de 91,06%. (Tabela 2). TA B E L A 2 Distribuição dos domicílios particulares permanentes, segundo algumas características - (RMF) - 1998/2001 CARACTERÍSTICAS DO DOMICÍLIO DISTRIBUIÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES 1998 TOTAL % 1999 TOTAL % 2001 TOTAL % Total 652.806 - 676.396 - 771.637 - Com abastecimento de água adequado 526.058 80,58 566.549 83,76 640.994 83,07 Com coleta de lixo adequado 592.114 90,7 618.326 91,41 702.641 91,06 Com iluminação elétrica 640.423 98,1 668.859 98,89 760.483 98,55 Fonte: IBGE/PNAD Trabalho e Renda A População em Idade Ativa-PIA (acima de 10 anos) no Ceará passou de 5.243.327 pessoas, em 1997, para 5.934.807, em 2001, com predominância do gênero feminino e concentração no meio urbano. A População Economicamente Ativa-PEA (acima de 10 anos, ocupado ou desempregado procurando emprego), ao contrário, mostra nesses anos uma maior participação masculina. A taxa de atividade demonstra que o homem tem tido maiores oportunidades no mercado de trabalho do que a mulher. Em 1997, a PEA masculina estava 74,60% ativa, enquanto que a feminina apenas 48,86%. No ano 2001, esta taxa decresceu para os homens, mas manteve as mulheres em torno do mesmo percentual de 1997. Quanto à taxa de ocupação, houve uma redução no número de homens, passando de 70,61%, em 1997, para 68,17%, em 2001. Essa taxa para as mulheres, nos dois anos considerados, praticamente não se alterou, ficando em torno de 45%, configurando-se, relativamente, uma maior participação feminina nesse período. 39 TA B E L A 3 Indicadores do mercado de trabalho - Ceará - 1997/2001 INDICADORES Condição da ocupação PIA Total 1997 Homens Mulheres 2001 NORDESTE Total Homens Mulheres 5.243.327 2.486.049 2.757.278 5.934.807 2.812.397 3.122.410 Urbana Rural 3.565.230 1.678.097 1.627.289 858.760 1.937.941 819.337 4.472.577 1.462.230 2.082.990 729.407 2.389.587 732.823 PEA Urbana Rural 3.201.735 2.028.575 1.173.160 1.854.571 1.145.931 708.640 1.347.164 882.644 464.520 3.579.523 2.593.638 985.885 2.044.261 1.456.341 587.920 1.535.262 1.137.297 397.965 PNEA (*) Urbana 2.037.605 1.533.174 629.849 479.729 1.407.756 1.053.445 2.355.284 1.878.939 768.136 626.649 1.587.148 1.252.290 Rural PO (**) 504.431 3.005.209 150.120 1.755.344 354.311 1.249.865 476.345 3.325.994 141.487 1.917.346 334.858 1.408.648 Urbana 1.846.984 1.050.059 796.925 2.352.362 1.335.733 1.016.629 1.158.225 705.285 452.940 973.632 581.613 392.019 196.526 181.591 14.935 99.227 95.872 3.355 97.299 85.719 11.580 253.529 241.276 12.253 126.915 120.608 6.307 126.614 120.668 5.946 60,31 56,04 7,08 92,92 72,69 68,17 6,21 93,79 49,17 45,11 8,25 91,75 Rural Pessoas desocupadas Urbana Rural Taxas (%) Taxa de atividade Taxa de ocupação Taxa de desocupação Ocupados / PEA 61,06 57,31 6,14 93,86 74,60 70,61 5,35 94,65 48,86 45,33 7,22 92,78 Fonte: IBGE/PNAD - 1997-2001; (1) Exclusive os sem declaração. (*) Pessoas não economicamente ativas, na semana de referência, as pessoas que não foram classificadas como ocupadas. (**) Pessoas classificadas como ocupadas na semana de referência, que tinham trabalho durante todo ou parte desse período. inclui-se ainda, como ocupadas, as pessoas que não exerceram o trabalho remunerado que tinham na semana de referência por motivo de férias, licença, greves etc. De acordo com a Tabela 4, no período 1997-2001, os indicadores de rendimentos para o Ceará apresentaram características curiosas, constatando-se o crescimento do número de pessoas em todas as classes de rendimento até dois salários mínimos ao mesmo tempo em que, para todas as classes acima desse limite, o número de pessoas caía. Tanto o número de homens como o de mulheres diminuíram nas faixas de renda acima de dois salários mínimos. 40 TA B E L A 4 Indicadores de rendimento - Ceará - 1997/2001 INDICADORES Total 1997 Homens Mulheres Total 2001 Homens Mulheres Classes de rendimento Total 3.005.209 1.755.344 1.249.865 3.325.994 1.917.346 1.408.648 Até 1/2 salário Mais de 1/2 a 1 salário 503.745 248.377 255.368 699.566 346.143 353.423 650.885 387.109 263.776 802.834 482.186 320.648 Mais de 1 a 2 salários Mais de 2 a 3 salários Mais de 3 a 5 salários 525.441 358.870 166.571 649.925 434.180 215.745 232.290 168.011 64.279 197.457 138.616 58.841 199.884 139.807 60.077 152.018 107.071 44.947 Mais de 5 a 10 salários Mais de 10 a 20 salários Mais de 20 salários 120.526 84.928 35.598 97.777 64.644 33.133 55.596 36.443 19.153 50.357 36.880 13.477 27.046 21.302 5.744 19.785 15.290 4.495 Sem rendimento Sem declaração 677.244 301.222 376.022 621.993 264.059 357.934 9.275 3.277 34.282 INDICADORES 12.552 Total 1997 (%) Homens Mulheres 28.277 6.005 Total 2001 (%) Homens Mulheres Classes de rendimento 100,00 58,41 41,59 100,00 57,65 42,35 Até 1/2 salário Mais de 1/2 a 1 salário 16,76 8,26 8,50 21,03 10,41 10,63 21,66 12,88 8,78 24,14 14,50 9,64 Mais de 1 Mais de 2 Mais de 3 17,48 11,94 5,54 19,54 13,05 6,49 7,73 5,59 2,14 5,94 4,17 1,77 6,65 4,65 2,00 4,57 3,22 1,35 4,01 2,83 1,18 2,94 1,94 1,00 1,85 1,21 0,64 1,51 1,11 0,41 0,90 0,71 0,19 0,59 0,46 0,14 22,54 10,02 12,51 18,70 7,94 10,76 0,42 0,31 0,11 1,03 0,85 0,18 Total a 2 salários a 3 salários a 5 salários Mais de 5 a 10 salários Mais de 10 a 20 salários Mais de 20 salários Sem rendimento Sem declaração Fonte: IBGE/PNAD - 1997-2001; (1) Exclusive os sem declaração. Com relação à posição na ocupação no trabalho principal, observou-se que, de 1997 para 2001, houve um discreto aumento dos empregadores homens (Tabela 5), e uma redução no número de mulheres. O emprego doméstico cresceu para as mulheres, e continua sendo predominantemente um espaço de trabalho feminino. A ocupação por conta própria tem sido uma alternativa para o sexo masculino. O setor agrícola reduziu sua posição de absorvedor de mão-de-obra para o setor de serviços no período de 1997 a 2001, tornando-se esse o ramo de atividade mais expressivo em termos de pessoas ocupadas. A indústria ampliou significativamente o número de trabalhadores entre 1997- 2001, de 15,24% para 18,34%. (Tabela 5). 41 TA B E L A 5 Indicadores de ocupação e atividade - Ceará - 1997/2001 INDICADORES 1997 Total Homens 2001 Mulheres Total Homens Mulheres 1.249.865 Posição na ocupação no trabalho principal (1) 3.325.497 1.916.849 1.408.648 745.591 405.595 1.420.878 931.831 489.047 21.140 179.265 244.504 23.557 220.947 884.321 609.552 274.769 962.797 629.570 333.227 93.718 74.408 19.310 102.032 83.220 18.812 396.225 257.850 138.375 362.767 190.772 171.995 279.354 46.803 232.551 232.519 57.899 174.620 Total Agrícola 3.005.209 1.755.344 1.249.865 3.325.994 1.917.346 1.408.648 1.106.812 771.866 334.946 1.005.034 701.290 303.744 Indústria 457.978 334.030 123.948 610.036 407.591 202.445 Comércio Serviços 432.067 260.557 171.510 486.405 286.739 199.666 973.743 365.251 608.492 1.187.522 493.388 694.134 34.609 23.640 10.969 36.997 28.338 8.659 Total 3.005.209 Empregados 1.151.186 Trabalhadores domésticos 200.405 Conta própria Empregadores Não remunerados Trabalho para uso e consumo próprio 1.755.344 Ramos de atividade Outros INDICADORES 1997 (%) Total Homens 2001 (%) Mulheres Total Homens Mulheres Posição na ocupação no trabalho principal (1) 100,00 58,41 41,59 100,00 57,64 42,36 38,31 24,81 13,50 42,73 28,02 14,71 6,67 0,70 5,97 7,35 0,71 6,64 Conta própria 29,43 20,28 9,14 28,95 18,93 10,02 Empregadores 3,12 2,48 0,64 3,07 2,50 0,57 13,18 8,58 4,60 10,91 5,74 5,17 9,30 1,56 7,74 6,99 1,74 5,25 Total Empregados Trabalhadores domésticos Não remunerados Trabalho para uso e consumo próprio Ramos de atividade 100,00 58,41 41,59 100,00 57,65 42,35 Agrícola 36,83 25,68 11,15 30,22 21,09 9,13 Indústria 15,24 11,12 4,12 18,34 12,25 6,09 Comércio Serviços 14,38 8,67 5,71 14,62 8,62 6,00 32,40 12,15 20,25 35,70 14,83 20,87 1,15 0,79 0,36 1,11 0,85 0,26 Total Outros Fonte: IBGE/PNAD - 1997-2001; (1) Exclusive os sem declaração. 42 EVOLUÇÃO DO PERFIL ECONÔMICO O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador importante para se mensurar e compreender o crescimento econômico de um país ou região, pois sintetiza a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um território, geralmente num período de um ano. Inicialmente, seria oportuna uma comparação do PIB do Ceará com os PIBs do Brasil e do Nordeste. Essa comparação pode ser feita a partir do desdobramento do período 1985-2002, em dois subperíodos, 1985-2000 e 2001-2002, tendo em vista que as informações mais completas, disponíveis para as três instâncias (Ceará, Nordeste e Brasil), referem-se ao período 1985-2000. No período seguinte, 2001-2002, as informações encontram-se em versão preliminar e destacam apenas o Ceará e o Brasil. Ao longo da série 1985-2000, o PIB do Ceará vem crescendo acima da média nacional e regional. Nesse período, a economia cearense acumulou uma taxa positiva de 68,42%, o Nordeste, 46,61%, e o Brasil, 46,52%. Quanto ao crescimento médio anual, o Ceará alcançou a marca de 3,54%, o Brasil, 2,58%, e o Nordeste, 2,58% também (Gráfico 6 e Tabela 6) Em 2000, o PIB estadual a preço de mercado, ou seja, computados os impostos e os subsídios, cresceu 4,10%, significando um montante de R$ 20,8 bilhões, que resultou num produto per capita de R$ 2.794, ou 43,16% do PIB per capita do Brasil. 43 GRÁFICO 6 Índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) Ceará, Nordeste e Brasil - 1985-2000 200 150 100 50 0 1 9 8 51 9 8 61 9 8 71 9 8 81 9 8 91 9 9 01 9 9 11 9 9 21 9 9 31 9 9 41 9 9 51 9 9 61 9 9 71 9 9 81 9 9 92 0 0 0 CEARÁ NORDESTE BRASIL Fonte: IPECE TA B E L A 6 Índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) Ceará, Nordeste e Brasil - 1985-2000 ANO Ceará 1985 Nordeste Brasil CE/NE CE/BR 100,00 100,00 100,00 12,21 1,72 105,86 107,99 106,42 12,35 1,74 1987 109,66 108,92 110,89 12,18 1,60 1988 1989 119,25 118,95 112,32 113,65 111,63 114,47 12,58 12,52 1,61 1,54 120,71 113,79 111,01 12,59 1,62 130,60 115,94 111,70 13,69 1,83 133,25 134,21 115,95 118,57 111,43 117,57 14,19 14,22 1,83 1,82 1994 142,61 124,56 123,67 14,65 1,89 1995 1996 144,78 150,47 127,16 130,48 127,36 131,51 15,13 15,25 1,93 2,03 155,91 136,75 136,53 15,44 2,02 1986 1990 1991 1992 1993 1997 1998 159,24 137,55 138,13 15,79 2,06 1999 161,93 140,64 140,60 15,28 2,00 2000 168,42 146,61 146,52 14,43 1,89 3,54 2,58 2,58 - Taxa média de crescimento (%) Fonte: IPECE No tocante à evolução da taxa de formação bruta de capital físico do Ceará, expressão da relação investimento total/PIB, esta registrou, no período 1985-2000, uma variação acumulada de 127,99%, o que significou um crescimento médio anual de 5,65%. As estimativas revelam, ainda, um avanço dos investimentos privados em relação ao público, conforme pode ser visto no Gráfico 7. O resultado 4 4 reflete, ainda, a mudança das fontes de financiamento e do paradigma de crescimento econômico, baseado anteriormente numa forte intervenção do Governo, o qual, progressivamente, teve seu papel reduzido em anos recentes. GRÁFICO 7 Participação (%) dos investimentos público e privado no PIB Ceará - 1985-2000 14,67% 15 7,61% 10,14% 9,35% 10 5 0 1985 2000 Privado Público Fonte: IPECE Vale salientar que a economia do Ceará, no período 1985-2000, foi basicamente sustentada pela indústria e pelos serviços, que cresceram, em média, respectivamente, 4,94% e 3,12% ao ano, em detrimento do desempenho da agropecuária, que registrou uma taxa negativa de 0,91%. Com relação à indústria, destacaram-se a de transformação e da construção civil, que respondiam, em 2000, por 17,3% e 16,67% do PIB Estadual. A indústria de transformação acumulou, no período 1985-2000, uma expansão de 82,62%, correspondendo a uma taxa média de 2,43% ao ano. Esse desempenho deveu-se, em grande medida, à expansão do parque industrial cearense, resultante dos esforços do Governo estadual na atração de novos investimentos. Por sua vez, a construção civil registrou um crescimento acumulado de 238% (1985-2000), com uma taxa média de 8,46% ao ano. Apesar desse desempenho, o segmento vem, desde 1994, mostrando sinais de desaquecimento. Esse comportamento deve-se, em parte, à desaceleração da construção de grandes obras públicas, associada à elevação das taxas de juros, à redução da renda média dos assalariados e à menor disponibilidade de recursos para financiar a aquisição de imóveis pela população. Os serviços acumularam uma taxa de 58,52% no período de 1985 a 2000, gerando um a m éd ia anual de 3 ,12%. O s e g me n t o a mp lio u s u a p a rt ic ip a ç ã o no 45 PIB Estadual, de 50,67%, em 1985, para 55,86%, em 2000. Os serviços tiveram seu desempenho influenciado pelo dinamismo do comércio, comunicação, turismo, transportes e atividades imobiliárias e aluguéis. Quanto à agropecuária, que detém cerca de 30% da PEA (População Economicamente Ativa) ocupada, sua participação no PIB estadual caiu de 15,32%, em 1985, para 6,08%, em 2000. No entanto, nos últimos anos, esse quadro vem sendo amenizado pela maturação dos investimentos em infra-estrutura de ofertas hídricas, com a incorporação de novas tecnologias em cultivos tradicionais, e com a ampliação da agricultura irrigada de elevado valor agregado. A economia do Ceará, em 2001, não conseguiu repetir o desempenho que vinha apresentando em anos recentes e sofreu uma redução na taxa de variação do PIB de 1,36%. Esse resultado, ainda preliminar, reflete os declínios verificados na agropecuária (-16,87%) e na indústria (-6,93%). A queda dos indicadores econômicos, em 2001, só não foi mais acentuada graças ao desempenho do setor serviços, que cresceu 2,13%. Embora os resultados de 2002 sejam preliminares, até setembro, a economia cearense voltou a crescer e registrou uma taxa positiva de 2,11% em relação a 2001, com destaque para a agricultura que registrou um aumento de 25,69%, e para os serviços, com uma taxa positiva de 1,79%. COMÉRCIO NACIONAL E INTERNACIONAL O Ceará tem sua economia mais voltada para o mercado interno nacional, o que representa cerca de 89%, enquanto os 11% restantes correspondem ao comércio externo. Essas características do Estado refletem a forma como o Governo Federal tem conduzido sua política econômica, que, na prática, incentivou o desenvolvimento das regiões Sul e Sudeste, e especializou as regiões mais fragilizadas como fornecedoras internas de insumos para garantir a industrialização naquelas regiões. A inserção do Ceará no comércio internacional, no início dos anos noventa, provocou um aumento significativo no grau de abertura comercial (exportações líquidas/PIB), passando de 8,57%, em 1985, para 14,42%, em 2002. 4 6 Tal evolução é resultado de uma ativa política de atração de investimentos, que acelerou a industrialização e diversificou a pauta de exportação. As exportações cearenses para o resto do mundo cresceram 132,64%, no período 1990-2002, alcançando um total de US$ 543,90 milhões no último ano da série. Em conseqüência desses resultados, o Ceará passou a ocupar a terceira colocação entre os estados nordestinos exportadores e a décima quarta posição entre os 27 estados brasileiros. Vale ressaltar que a composição das exportações cearenses está passando por um processo de redefinição, salientando-se a redução do peso de produtos primários ou básicos no valor total exportado, e uma ampliação da participação de produtos industrializados (semi-manufaturados e manufaturados) ou seja, aqueles com maior valor agregado. Nesse contexto, a partir de 2001, as exportações de calçados superaram às de amêndoa de castanha de caju, que há mais de dez anos lideravam a pauta das exportações estaduais, passando o Ceará a constituir-se no terceiro pólo calçadista do País e no primeiro da região Nordeste. No que se refere aos mercados de destino, um caso emblemático é a crise argentina que mostra os riscos de se apoiar em poucos mercados. O quadro do comércio exterior atual revela que ainda existe uma significativa dependência do Ceará em relação ao mercado norte-americano, pois os Estados Unidos, em anos consecutivos, absorve cerca de 47% do total das exportações cearenses. As importações cearenses, em 2002, por seu turno, alcançaram um valor de US$ 631,20 milhões ou 1,24% a mais que 2001. O inusitado de 2002 diz respeito às importações de geradores de energia elétrica, devido à crise energética do país, chegando a superar o valor das importações de petróleo e seus derivados, cujo volume importado caiu 36,10%. Esses eventos foram responsáveis por um déficit na balança comercial de US$ 87,30 milhões, porém menor que a registrada em 2001, de US$ 96,44 milhões. 47 3 Cenários Macroeconômicos 3. Cenários Macroeconômicos ECONOMIA CEARENSE O exercício da construção de cenários futuros para a economia sempre considera uma análise do desempenho recente da atividade econômica, com previsões de eventos vindouros que possam afetar o referido desempenho. Na projeção da evolução do PIB cearense para o período 2003-2006, considerou-se a taxa média de crescimento consolidada no período 1985 a 2000, ajustada pelo desvio padrão da amostra. As projeções consideram a tendência e os ciclos econômicos observados pela economia cearense nos últimos 15 anos. A simulação envolveu a evolução de todos os setores da economia, de forma agregada. Na definição dos cenários otimista e pessimista da evolução do PIB do Ceará para o período de 2003-2006, foi adotado o critério do meio desvio padrão como indicador de variações futuras para mais e para menos da evolução tendencial. Implícita nessa metodologia está a hipótese de que a economia terá um comportamento menos volátil nos próximos anos como resultado de uma maior estabilidade do cenário macroeconômico nacional e internacional. Considerando as evoluções atuais dos cenários econômicos locais, nacionais e internacionais, a expectativa é que a economia cearense manterá um crescimento próximo a 3,57% para o período 2003 e 2004. A partir de 2005, projeta-se uma melhora do ambiente econômico local e externo que possibilitará a evolução do PIB estadual dentro da hipótese de cenário otimista. Do lado local, projeta-se um maior impacto dos investimentos em infra-estrutura realizados recentemente pelo Governo do Estado, uma economia interna fortalecida pela maior transferência de recursos federais para a população mais pobre, um maior dinamismo do setor exportador e um aumento da capacidade de investimento do Tesouro estadual. Além disso deve-se considerar a possibilidade de implantação de projetos importantes como a siderúrgica e a refinaria. 51 Do lado externo, projeta-se uma acentuada melhoria da economia nacional dentro de um cenário de estabilidade macroeconômica que possibilitará a prática de juros menores e maior crescimento doméstico, bem como uma gradual recuperação da economia internacional, puxada pela recuperação das economias americana e européia. No cenário otimista, a economia cearense deverá crescer 4,91% nos anos 2005 e 2006. Se concretizada a implantação de investimentos do porte da refinaria e siderúrgica no Ceará, é possível um crescimento até mesmo superior. Desagregando a análise, no cenário tendencial, a agropecuária apresentou uma taxa histórica negativa de -3,18% ao ano, no período de 1985 a 2002. No cenário otimista, destaca-se a estratégia governamental de aumentar a oferta dágua e de proteção da base produtiva de bovinos, ovinos, caprinos, algodão, caju, qualificação da agricultura irrigada, e a intensificação do apoio à agricultura familiar, como elementos de importância do setor. A indústria de transformação cearense passou por um período conturbado de taxas negativas de crescimento em 2001 e até março de 2002, como resultado do racionamento de energia elétrica no país, e da crise econômica internacional. Há tendência de recuperação para os próximos anos, tendo em vista a reorientação da política de atração de investimentos, a instalação de termelétricas, a boa performance do setor exportador e a possibilidade da vinda da refinaria e da siderúrgica. A construção civil continuará mantendo importante peso no valor agregado industrial, pelo forte vínculo intersetorial refletido na cadeia produtiva. Os serviços industriais de utilidade pública deverão continuar em sua trajetória de aumento de participação no PIB do Estado. No setor de serviços, destacam-se a participação do comércio (3,59%aa), comunicação (7,75%aa) e alojamento e alimentação (5,75%aa), que deverão alcançar taxas superiores às registradas historicamente, em função principalmente da política de atração zde investimentos para o setor. 52 TABELA 1 Cenários de crescimento para o PIB - Ceará(*) - 2002 - 2006 (R$ milhões) CENÁRIO PESSIMISTA ANOS CENÁRIO TENDENCIAL CENÁRIO OTIMISTA Valor Taxa Anual Cresc. (%) Valor Taxa Anual Cresc. (%) Taxa Anual Cresc. (%) 2002 (**) 19.105 1,91 19.105 1,91 19.105 1,91 2003 19.531 2,23 19.787 3,57 20.042 4,91 2004 19.967 2,23 20.493 3,57 21.026 4,91 2005 20.412 2,23 21.224 3,57 22.057 4,91 2006 20.867 2,23 21.981 3,57 23.139 4,91 Valor Fonte: IPECE (*)Valores constantes a preços de 2000 (**) Valores preliminares observados em 2002 e sujeitos a retificação TABELA 2 Cenário projetado de crescimento para o PIB - Ceará(*) - 2002 - 2006 (R$ milhões) ANOS Valor Taxa Anual Cresc. (%) 2002 (**) 19.105 1,91 2003 19.787 3,57 2004 20.493 3,57 2005 21.499 4,91 2006 22.555 4,91 Fonte: IPECE (*)Valores constantes a preços de 2000 (**) Valores preliminares observados em 2002 e sujeitos a retificação O cenário tendencial aponta para um crescimento anual de 1,80% na evolução do PIB per capita do Ceará, devido ao crescimento anual da população de 1,75%, enquanto o cenário otimista indica um incremento anual de 3,11%. TABELA 3 PIB per capita, cenários macroeconômicos - Ceará - 2002-2006 ANOS PIB Per Capita (R$ 1,00) (*) Pessimista Tendencial 1996 Otimista 2002(**) 2.503 2.503 2.503 2003 2.515 2.548 2.581 2004 2.527 2.594 2.661 2005 2.539 2.640 2.744 2006 2.552 2.688 2.830 Fonte: IPECE (*) A preços constantes de 2000. (**) Valores preliminares observados em 2002 e sujeitos a retificação 53 ECONOMIA BRASILEIRA A economia brasileira apresentou, mais uma vez, um fraco desempenho em 2002, com base em estimativas parciais até setembro, cuja taxa acumulada foi praticamente igual à expansão demográfica, 0,94% (de janeiro a setembro/2002), mantendo a renda per capita praticamente sem alterações. O desempenho foi conseqüência do agravamento da conjuntura internacional e das dificuldades enfrentadas internamente. Os principais fatos que marcaram a economia nacional, em 2002, foram os riscos de contágio da crise argentina, redução dos fluxos financeiros internacionais, incertezas quanto aos resultados das eleições presidenciais, deterioração das expectativas internas, elevação da taxa de câmbio, crescimento da inflação e aumento da taxa básica de juro. Pelo lado externo, o agravamento da conjuntura internacional provocou a queda nos fluxos financeiros de financiamento para economias emergentes, com expansão da aversão ao risco e da elevada volatilidade na cotação dos ativos financeiros, afetando negativamente países como o Brasil. As perspectivas para a economia em 2002 e 2003, segundo a carta de intenções do Governo brasileiro para o FMI, prevêem um crescimento real do PIB de 1,5% e de 2,5%, respectivamente. Existe previsão, também, de uma queda do déficit em conta corrente como porcentagem do PIB de 2%, em 2002/2003, se comparado ao resultado de 4,5% verificado em 2001. Em função do ajuste verificado nas contas externas, o cenário macroeconômico para o Brasil fortaleceu-se. A rápida recuperação das exportações foi um dos fatores decisivos para essa melhora, o que reflete não apenas o impacto da depreciação do real, mas também o crescimento da produtividade e a abertura de novos mercados. Em 2002, o superávit da balança comercial alcançou US$ 13,13 bilhões, constituindo-se no maior desde 1994. Vale ressaltar a queda de 15,03% ocorridos nas importações em 2002. 54 ECONOMIA MUNDIAL A economia mundial, em 2002, registrou um crescimento de 2,8%, se comparado ao ano anterior. Os países emergentes mostraram recuperação sobre o ano de 2001, mas nenhum conseguiu repetir o desempenho alcançado em 2000. Destacamse com maiores taxas de crescimento a China (7,50%), Coréia do Sul (6,30%) e a Índia (5,00%). Saliente-se que a China constitui-se no país que mais tem crescido nos últimos anos, acumulando um crescimento de 33,42%, com uma média de 7,47% ao ano. O crescimento econômico chinês tem sido influenciado pelo alto fluxo de investimento estrangeiro direto e pela expansão da demanda interna e externa, sobretudo de produtos elétricos e eletrônicos, além dos investimentos em obras públicas. TABELA 4 Economia dos países asiáticos emergentes DISCRIMINAÇÃO TAXA DE CRESCIMENTO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) (%) Países Asiáticos Emergentes 2000 7,0 2001 5,0 2002 5,9 China Coréia do Sul Hong Kong Índia Cingapura Taiwan 8,0 9,3 10,4 5,4 10,3 5,9 7,3 3,0 0,2 4,1 -2,0 -1,9 7,5 6,3 1,5 5,0 3,6 3,3 Fonte: FMI O desempenho negativo da economia da América Latina (-0,6%) deveu-se, em parte, à continuada crise da Argentina (-16,00%) que se arrasta desde 2000, e aos resultados negativos do Paraguai (-3,0%), Venezuela (-6,2%) e Uruguai (-11,1%). O México e o Brasil, países de maior importância econômica relativa na região, mostraram crescimentos modestos de, respectivamente, 1,5% e 0,94%. Vale salientar que, de um modo geral, o fraco desempenho da maioria dos países integrantes do grupo latino-americano é reflexo da desaceleração da economia mundial, que acarretou, de certa forma, a redução de fluxos de capitais e menor volume transacionado de produtos e serviços. O Brasil, afetado pela crise argentina, um dos seus maiores parceiros, passou também a sofrer crescente pressão, à medida que incertezas associadas à futura política 55 econômica do novo governo eram agravadas pelo aumento generalizado de aversão ao risco. Devido a esse panorama de incertezas, o Uruguai, o Paraguai e o Brasil concluirão novos acordos com o FMI. TABELA 5 Crescimento da economia dos países da América Latina - 2000-2002 Discriminação América Latina Argentina Brasil Chile Colômbia México Peru Uruguai Venezuela Taxa de Crescimento Produto Interno Bruto 1996 2000 2001 4,0 0,6 -0,8 -4,4 4,4 1,5 4,4 2,8 2,7 1,4 6,6 -0,3 3,1 0,2 -1,4 -3,1 3,2 2,8 (PIB) (%) 2002 -0,6 -16,0 0,9 2,2 1,2 1,5 3,5 -11,1 -6,2 Fonte: FMI Para os países desenvolvidos da economia mundial, o crescimento foi de 1,40%, sugerindo uma recuperação se comparado ao resultado obtido em 2001, de 0,60%. As maiores taxas de expansão foram observadas para o Canadá (3,40%), Estados Unidos (2,20%), Reino Unido (1,70%) e França (1,20%). A Alemanha e Itália apresentam tendência de queda desde 2001. (Tabela 6) Os Estados Unidos, maior economia do mundo, passam por momentos delicados, apesar de registrar, em 2002, uma recuperação de sua economia com um PIB positivo de 2,20%. TABELA 6 Crescimento da economia dos países avançados - 2000 - 2002 DISCRIMINAÇÃO Países Avançados Alemanha Canadá Estados Unidos França Itália Japão Reino Unido 56 TAXA DE CRESCIMENTO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) (%) 2000 2001 2002 3,4 0,6 1,4 2,9 0,6 0,5 4,5 1,5 3,4 3,8 0,3 2,2 4,2 1,8 1,2 2,9 1,8 0,7 2,4 -0,3 -0,5 3,1 1,9 1,7 Fonte: FMI 4 Eixos de Articulação 4. Eixos de Articulação EIXO 1 - CEARÁ EMPREENDEDOR O foco na competitividade exige o engajamento do Governo e dos agentes produtivos dos diferentes setores da economia para criar e tornar consistente, no Estado do Ceará, um ambiente propício à inovação. Esse ambiente deverá consolidar a base de geração de conhecimento, a capacidade de ensino e pesquisa, os recursos humanos preparados, a tecnologia industrial básica, a política de qualidade, as cadeias produtivas, o apoio a patentes e à boa gestão, que serão associados a uma política de desenvolvimento que contemple o empreendedorismo, a inclusão social, uma legislação tributária facilitadora, uma política de incentivos e uma boa oferta de instrumentos de planejamento e informação. Tudo isso é complementado pelo estabelecimento de um processo permanente de busca de maior e melhor atendimento ao mercado local e externo, resultando no crescimento das vendas dos produtos cearenses no Estado, no País e no resto do mundo. Sem perder de vista que os benefícios de tal processo devem ser compartilhados com toda a sociedade. A consecução desse eixo está condicionada a uma ação integrada para atrair novas unidades produtivas e modernizar as existentes, principalmente nos setores considerados estratégicos para uma ação desenvolvimentista. Tal ação deverá ter como principal orientação a melhoria na qualidade do capital humano estadual, além da ampliação do capital físico e social, da infra-estrutura e do sistema estadual de pesquisa e desenvolvimento. Este é um caminho para elevar o volume da produção, melhorar a produtividade, dinamizar a comercialização e a qualidade dos produtos cearenses, ampliar o potencial para exportar e gerar mais emprego e renda. As Linhas de Ação para alcançar o objetivo aqui proposto serão ordenadas tendo em vista: - fortalecimento dos atuais setores industriais exitosos e apoio àqueles que se mostrem com potencialidades para conquistar e manter-se no mercado externo; 59 - organização e adensamento das cadeias e dos arranjos produtivos locais, tornando-os competitivos e sustentáveis; - estimulo à constituição de associações, cooperativas, consórcios e grupos produtivos; - oferecimento de qualificação profissional de modo a atender as exigências do mercado de trabalho; - apoio às atividades econômicas associadas às vocações identificadas no Estado; - criação de ambiente favorável ao empreendedorismo e ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas; - fortalecimento do sistema de pesquisa e desenvolvimento a fim de torná-lo mais integrado e complementar às atividades produtivas. As políticas, programas e ações delineadas neste eixo visam inserir a economia cearense num ambiente mais moderno e condizente com as grandes transformações que se encontram em curso. Ademais, sua implementação está permeada por uma concepção sistêmica, em que o social, o territorial e o institucional são partes integrantes. Objetivos Estratégicos, Objetivos-meios, Linhas de Ação, Programas/Projetos e Programas Estruturantes Objetivo Estratégico 1- Estimular a Indústria Exportadora. O primeiro objetivo estratégico será estimular a indústria exportadora, reorientando a política de atração da média e grande empresa voltada para a exportação, com prioridade para unidades industriais que possam complementar os elos das cadeias produtivas existentes, incentivando-as a se localizarem, preferencialmente, no interior do Estado. Os produtos que o Estado exporta representam aqueles setores que superaram algumas das dificuldades encontradas para ocupar o mercado externo. Ademais, as exportações constituem um dos componentes de demanda agregada com expressivo efeito multiplicador sobre a renda. 6 0 Dada a sua importância como fator gerador de renda e emprego, as vendas externas vêm se constituindo em elemento essencial como valiosa estratégia para o desenvolvimento do Estado do Ceará. Com a política de atração de investimentos industriais, o Ceará assume, cada vez mais, o perfil de Estado industrializado, destacando-se, entre os principais pólos industriais, como o segundo pólo têxtil e o terceiro pólo calçadista do país e o primeiro centro de produção metal-mecânico do Norte e Nordeste. Com efeito, as atividades exportadoras, entre 1999 e 2001, quando foram implantadas 111 empresas, propiciaram a criação de milhares de novas ocupações produtivas, além dos benefícios diretos e indiretos gerados para atividades comerciais, de serviços e para o ramo da ciência e da tecnologia. Sob o ponto de vista regional, os resultados e os impactos positivos alcançados em algumas cidades-pólo do interior do Estado, em função da implantação de médias e grandes empresas, respaldam a tomada de decisão da nova administração de Governo em continuar apoiando e promovendo as atividades industriais ligadas às exportações. O primeiro objetivo-meio é elevar a competitividade industrial Um dos pilares para promover a redução de custos de produtos é o investimento em tecnologia de ponta para as indústrias exportadoras, a fim de aumentar a sua competitividade no mercado internacional. Visando o alcance deste objetivo, o Governo procurará tornar efetivas as seguintes Linhas de Ação: - melhoria da produtividade e da qualidade das unidades de produção; - revitalização das cadeias produtivas sustentáveis; - apoio a iniciativas para aumentar o valor agregado dos principais produtos industriais, visando a elevação continuada das taxas de crescimento e diversificação de produtos na pauta das exportações cearenses; 61 - criação de um sistema de informações que permita aos empresários dos setores, com potencialidades de exportações, ampliarem seus conhecimentos sobre o mercado internacional dos produtos cearenses; - identificação de outros mercados e oportunidades para novos produtos de exportação cearenses; - divulgação de produtos cearenses no País e no exterior; - identificação de setores emergentes na economia cearense, com grandes perspectivas de se tornarem competitivos e com potencialidades para exportações; - estímulo à utilização de insumos modernos, viabilizando uma ampla rede de informações sobre matérias-primas, materiais e insumos, destacando suas características, vantagens e alternativas de uso, principais fornecedores; - estímulo à realização de investimentos na modernização de equipamentos, uma vez que eles são a principal fonte de absorção de novas tecnologias e modernização do parque industrial cearense. Em consonância com essas premissas, continuar-se-á estimulando os seguintes segmentos: têxtil e de confecções; de couros e calçados; de alimentos; de móveis; de metal-mecânica e o de agronegócio, este último baseado no fortalecimento dos Agropolos, adiante caracterizados. Tal estratégia será adotada em função da potencialidade na geração de emprego e renda desses segmentos industriais em regiões específicas do Estado. O Projeto Agropolos caracteriza-se por reunir grupos de municípios de seis regiões geográficas definidas (Ibiapaba, Baixo Acaraú, Metropolitano, Baixo Jaguaribe, Centro-Sul e Cariri), que contam com adequada disponibilidade de água. Foi uma grande e inovadora estratégia do Governo anterior para o desenvolvimento da agricultura irrigada. Nos Agropolos a tendência é que predominem projetos de responsabilidade de empresas ou grupos econômicos, integrados em processos colaborativos parcerias e/ou alianças estratégicas voltados para a inserção competitiva nos mercados do País e do exterior e apoiados em processos tecnológicos e gerenciais avançados, com o objetivo de produzir com qualidade, produtividade e a custos compatíveis com os da concorrência. 62 AGROPÓLOS Unidades de Desenvolvimento Econômico Regional JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA CHAVAL O BELA CRUZ GRANJA O MARCO MARTINÓPOLE CE MORRINHOS URUÓCA AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO COREAÚ ALCÂNTARAS MIRAÍMA SOBRAL UMIRIM IBIAPINA PARAMOTI IC O AQUIRAZ HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA HORIZONTE CASCAVEL PALMÁCIA VARJOTA IPÚ T PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO RERIUTABA CROATÁ N ITAITINGA PACATUBA PACUJÁ GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA GRAÇA CARNAUBAL Â PENTECOSTE GROAÍRAS CARIRÉ SÃO BENEDITO L FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA MARACANAÚ MUCAMBO T SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU ITAPAJÉ UBAJARA A PARACURU URUBURETAMA FORQUILHA O TURURU MERUOCA FRECHEIRINHA TIANGUÁ N PARAIPABA ITAPIPOCA MASSAPÊ VIÇOSA DO CEARÁ A TRAIRI SENADOR SÁ CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS LIMOEIRO DO NORTE MORADA NOVA QUIXERAMOBIM TABULEIRO DO NORTE SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES PARAÍBA BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU AURORA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA IBIAPABA MILAGRES BARBALHA ABAIARA BREJO SANTO JARDIM AGROPÓLOS PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE BAIXO ACARAÚ MAURITI SERTÃO CENTRAL BAIXO JAGUARIBE CENTRO SUL CARIRI 63 O segundo objetivo-meio será promover a desconcentração industrial Este objetivo tem como foco a formação e consolidação de pólos industriais em cidades-centro (secundárias e regionais), localizadas nas macrorregiões do Estado, estimulando a exploração de oportunidades e vocações locais com possibilidades de inserção no processo de industrialização. As Linhas de Ação para atender a este objetivo serão: - continuidade do processo de consolidação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém-CIPP, incluindo-se esforços políticos e de promoção da atração de investimentos como a refinaria; a siderúrgica; o parque de produção de energia eólica; plantas de regaseificação; implantação das empresas de base tecnológica e reorientação e implementação do Programa de Atração de Indústrias de Médio e Grande Porte; - investimento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na conclusão de parte da infra-estrutura necessária à sua viabilização incluindo: obras do porto e retroporto; acessos, instalações e equipamentos dos meios de transportes pelos diversos modais necessários; rede de energia elétrica via Linha de Transmissão Presidente Dutra/Fortaleza; instalação do gasoduto Guamaré-Fortaleza-Pecém; rede de abastecimento dágua e esgotamento sanitário; - diversificação da matriz energética, com ênfase na energia eólica, e implantação do entreposto internacional de cargas que faz parte da plataforma logística do aeroporto internacional de Fortaleza, criando-se maior competitividade dos produtos da terra nos mercados internacionais; - ampliação e melhoria da infra-estrutura, associada aos pólos industriais, e promoção da interface destes com outros setores, com vistas a torná-los atrativos e competitivos; - estímulo à formação de Associações e Consórcios Empresariais e Municipais, que se tornarão parceiros ativos no processo de interiorização, com vistas a tornar o interior mais atrativo para a realização de novos investimentos; - implementação de mecanismos institucionais visando: o estímulo e a promoção da cooperação intersetorial e de formação de redes industriais; a articulação com os municípios para a interiorização da indústria; a implementação de assistência 64 técnica industrial e capacitação nas principais regiões do Estado e o estabelecimento de parcerias para o fortalecimento e a diversificação da atual estrutura produtiva industrial. Essas Linhas de Ação serão implementadas pelos seguintes programas: Programa de Atração da Indústria de Médio e Grande Porte - visa atrair novos empreendimentos industriais de médio e grande porte, mediante a oferta de infra-estrutura industrial, da divulgação de oportunidades de investimentos e de uma política de incentivos fiscais adequadas. O programa terá uma reorientação para que as empresas incentivadas assumam um compromisso social com os municípios visando contribuir para a melhoria das condições de vida, principalmente de suas comunidades mais carentes. Assim, as diretrizes básicas para a concessão dos benefícios do Fundo de Desenvolvimento Industrial-FDI às empresas atraídas levará em conta: o custo-efetividade na decisão sobre a concessão; o aumento da eficiência do sistema industrial via complementação dos elos faltantes da cadeia produtiva e garantia de manutenção do processo de descentralização das atividades industriais no Estado. Programa Complexo Industrial e Portuário do Pecém-CIPP - objetiva a efetivação de empreendimentos de grandes impactos para o desenvolvimento econômico do Estado do Ceará, com ações voltadas para a implantação de usina siderúrgica, refinaria, usinas termelétricas, entre outros investimentos. Objetivo Estratégico 2 - O Ceará como destino preferencial do turismo. Este objetivo estratégico será implementado por intermédio de uma Política Estratégica de Turismo, tendo como orientação o aumento da competitividade do setor, a partir do fortalecimento da imagem do Estado na consolidação e requalificação de destinos, na diversificação de produtos, na promoção, na ampliação da infra-estrutura básica e de apoio de turismo, inclusive com a viabilização de um Centro Multifuncional de Feiras e Eventos, e na captação de investimentos turísticos privados nacionais e estrangeiros. 6 5 O Estado reúne condições para tornar-se um importante destino do turismo brasileiro, em função da infra-estrutura já disponível, da diversidade dos recursos naturais, da peculiaridade cultural, da comprovada hospitalidade do seu povo, da capacitação dos agentes do turismo e da forte presença do setor privado. Nesse contexto, é necessário dar sustentabilidade econômica, financeira, social e ambiental à oferta turística atual e futura do Estado, incluindo toda a cadeia produtiva do turismo. Essa cadeia compreende hotéis, pousadas, bares e restaurantes, empresas e espaços de eventos, casas de espetáculos, agências de receptivo e emissivo, transportadores aéreo, rodoviário e marítimo, locadoras de veículos, artesanato, comércio em geral, dentre outros. O desenvolvimento do turismo no Ceará exige posicionar o Estado como um dos grandes destinos turísticos da Nação, para o que se faz necessário investir na sua competitividade frente a outros destinos concorrentes. Isso pressupõe o fortalecimento da organização institucional do setor em ação conjunta com a iniciativa privada, e com a comunidade receptora para obter o patamar adequado do fluxo turístico, otimizando o uso e a ocupação da rede hoteleira, da infra-estrutura e dos equipamentos turísticos instalados, a exemplo do Aeroporto, do Centro de Convenções, do Centro Cultural Dragão do Mar, do Centro de Artesanato e do Centro de Turismo estaduais. O primeiro objetivo-meio será o desenvolvimento sustentável do turismo Este objetivo se concretizará por meio da ampliação e qualificação dos destinos turísticos do Estado dentro dos princípios da competitividade territorial, econômica, social e ambiental, considerando a diversidade dos atrativos turísticos do litoral, das serras e do sertão. Para que seja atingido é necessário ordenar o território, desenvolver as infra-estruturas de suporte, os serviços públicos e a acessibilidade, diversificar produtos, capacitar a mão-de-obra e realizar os estudos e pesquisas. 66 As Linhas de Ação para atender a este objetivo são: - consolidação e requalificação de destinos e produtos turísticos que estão ofertados atualmente no mercado; - planejamento e criação de destinos e produtos turísticos agregando valor às potencialidades existentes, expandindo a oferta; - desenvolvimento do produto Sol/Praia como o negócio principal do turismo do Estado, requalificando áreas e procedendo ao planejamento do litoral para atender a diversidade do fluxo turístico; - diversificação do produto turístico cearense, com a consolidação do processo de interiorização do setor; - promoção da articulação dos diferentes setores do Governo, para atuação conjunta no ordenamento e institucionalização de espaços prioritários no desenvolvimento de áreas-pólos, a fim de maximizar a exploração das potencialidades e oportunidades para o turismo no Estado; - desenvolvimento de ações para interiorização do turismo, estimulando a maior organização interna dos municípios, promovendo a maior interação entre eles e contribuindo para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável do Estado; - dinamização da cadeia produtiva do turismo, integrando-a à formação de clusters turísticos; - intensificação da atração e captação de investimentos privados no Ceará; - desenvolvimento de política de educação e capacitação turística por meio do planejamento e articulação com todas as entidades de formação e treinamento para o setor; - promoção da capacitação empresarial por meio de cursos, encontros e disseminação de idéias sobre estratégia empresarial, gestão etc, tendo em vista disseminar a cultura empresarial do turismo, principalmente para os pequenos e microempresários integrantes da cadeia produtiva do turismo; 67 - dimensionamento da participação das pequenas e microempresas, e das atividades informais no turismo, evidenciando as principais demandas de capacitação da mão-de-obra e buscando apoio junto aos canais de financiamento; O segundo objetivo-meio é inserir o Estado do Ceará em diferentes mercados Tem como finalidade consolidar o Estado como destino turístico nacional e internacional, tendo em vista imprimir e divulgar a marca do Ceará no circuito turístico, aumentar a geração de fluxo permanente e diversificado, fazer crescer o tempo de permanência do turista e o número de destinos visitados no Estado, contribuindo para a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida da população. Para que isso seja possível, é necessário desenvolver a política de marketing, de captação e apoio a eventos e de fomento e consolidação de destinos e produtos turísticos, desenvolvendo as seguintes Linhas de Ação: - promoção de ações para consolidar os mercados conquistados, priorizando o mercado nacional em regiões que apresentem melhor potencial emissivo; - incremento das ações de promoção nos mercados promissores internacionais, especificamente os que já dispõem de vôos charters e linhas regulares; - continuidade do processo de implantação do Centro Multifuncional de Feiras e Eventos, articulado com o setor privado, que permitirá a captação sistemática e permanente de eventos no Estado; - ampliação e divulgação dos conhecimentos do mercado turístico cearense, considerando a origem de seus turistas e os principais emissores atuais e potenciais do setor para o Ceará; - identificação de novas oportunidades e modalidades de turismo para o Estado, criando novos fatores de atratividade localizadas nas diversas unidades geoambientais (praias, serras e sertão); - divulgação dos atrativos e oferta de serviços turísticos cearenses nos mercados nacionais e internacionais; - implantação do Sistema Estadual de Informação e desenvolvimento do Programa de Estudos e Pesquisas sobre o turismo; 68 - melhoria do sistema de acessibilidade interna aéreo, rodoviário e marítimo e do serviço de atendimento nas rodovias. - estímulo à parceria entre empresas, inclusive franquias, tendo em vista melhorar a qualidade, o uso de marcas já consagradas no setor; - estímulo à modernização do parque hoteleiro, à formação profissional, e à diversificação dos pacotes turísticos com o incremento das atividades culturais, religiosas e desportivas. O conjunto das ações de caráter estruturante (saneamento, rodovias, equipamentos, recuperação do patrimônio cultural, meio ambiente desenvolvimento institucional) será desenvolvido pelo Programa de Ação para o Desenvolvimento do TurismoPRODETUR II, financiado com recursos do BID e contrapartida estadual. Outros programas deverão ser implementados: Programa de Desenvolvimento de Destinos e Produtos Turísticos - inclui ações e projetos de infra-estrutura e ordenamento turísticos nas Macrorregiões Turísticas, o Ecoturismo, os Caminhos de Sol e Praia, o Turismo Cultural (arte, tradição e memória), o Turismo Religioso (Caminhos da Fé), o Turismo Esportivo e o Fortaleza Turística, contemplando os projetos Fortaleza Capital das Compras, Fortaleza Atlântica e Esta Praia Tem Futuro; Programa de Educação e Capacitação para o Turismo - engloba ações voltadas para o aperfeiçoamento dos serviços dos gestores do turismo, aprimoramento dos serviços de atendimento do turismo de natureza, aventura, rural e cultural. Programa de Informações para o Turismo - abrange ações e projetos voltados para a implantação de núcleos de informações turísticas no interior, elaboração de pesquisas de: demanda e oferta turística; preços e emprego; serviços de alimentação e de infraestrutura; elaboração de calendário anual de eventos; criação do Portal Ceará.com nova dimensão de marketing; informações sobre produtos, destinos, eventos; 69 guias de praia, de compra e de roteiros temáticos de artesanato; estudos sobre impactos socioeconômicos do turismo e de ações do PRODETUR II; Programa de Marketing Turístico - objetiva promover o Estado do Ceará nos mercados nacional e internacional com vistas a aumentar o fluxo turístico em todos os meses do ano. Incluirá projetos de: promoção e comunicação do produto Ceará; de apoio à comercialização do produto turístico; de indução do acesso aéreo e marítimo do turista; de captação de eventos e negócios; de difusão da informação do produto turístico; de ação promocional para interiorização do turismo; Programa de Fomento e Promoção do Turismo - atuará na atração de investimentos que consolidem, nos níveis nacional e internacional, o Estado do Ceará como um destino turístico por excelência. Estará incluído neste Programa o Centro Multifuncional de Feiras e Eventos; Programa Gestão em Parceria - atuará desenvolvendo ações e projetos voltados para a criação de distritos turísticos, apoiando os programas do Governo Federal: o Programa Nacional de Municipalização do Turismo-PNMT, o Projeto Clubes de Melhor Idade (induzir e acessar a população acima de 50 anos ao turismo e ao lazer), o Projeto Embarque Nessa (conscientização e iniciação escolar para o turismo) e o Melhoria de Qualidade do Produto Turístico. Objetivo Estratégico 3 - Promover o Desenvolvimento do Meio Rural. Este objetivo estratégico propiciará o aumento da renda, produtividade e competitividade no meio rural, integrando o fortalecimento das atividades tradicionais com a introdução de novas atividades dinâmicas e a consolidação dos agropolos, como unidades territoriais de planejamento e intervenção governamental. O setor rural cearense apresenta uma grande diversidade de vocações em suas várias localidades. O fortalecimento do setor requer que tais vocações sejam devidamente identificadas mediante um zoneamento agroecológico, em função das condições de solo, clima, vegetação, e disponibilidade de recursos hídricos. 70 A partir daí, pode-se, com maior eficácia, promover a articulação e integração das iniciativas das diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado, para potencializar o desenvolvimento nas regiões mais propícias e reduzir a vulnerabilidade do semi-árido. Nessa vertente, é de grande relevância o aprimoramento e a ampliação da prestação de assistência técnica e da extensão rural. É uma forma de capacitar o cearense a melhor aproveitar as potencialidades existentes e conviver com as adversidades climáticas. Também, deve-se considerar que a promoção da organização dos produtores rurais e da sociedade local dará maior efetividade e eficiência às ações do Governo. A construção de parcerias em prol do desenvolvimento rural, contempladas em planos municipais e aprovadas pelos conselhos locais e por outros agentes públicos e da sociedade civil, representa a contrapartida dos parceiros às iniciativas do Estado. O primeiro objetivo-meio será fortalecer o agronegócio da agricultura irrigada Com relação à agricultura irrigada, a produção oriunda da iniciativa privada da Região do Baixo Jaguaribe, dos Projetos Baixo Acaraú e Jaguaribe/ Apodi, da Serra da Ibiapaba e da Região do Maciço de Baturité, implementada com o apoio do Projeto Agropolos, possibilitou um expressivo aumento do valor das exportações de frutas, flores e hortaliças, passando de US$ 800 mil em 1998, para cerca de US$ 17,0 milhões em 2002. A decisão de promover o desenvolvimento do agronegócio com base na agricultura irrigada fundamenta-se na característica multifacetada dessa atividade com os setores e áreas como: a indústria de insumos agrícolas; a agroindústria; a indústria de máquinas e equipamentos agrícolas; a geração e manutenção da rede de infra-estrutura básica (porto, aeroporto, terminais, estradas, estações, ferrovia e energia elétrica); a educação; a ciência e tecnologia; a logística dos transportes e das comunicações (uso do computador, da Internet, do Sistema de Posicionamento Global-GPS, dos satélites); os serviços; a comercialização e a exportação. 71 Para que essas iniciativas se concretizem, são necessárias as seguintes Linhas de Ação: - garantia da gestão eficaz da água nos projetos de irrigação; - eliminação dos gargalos tecnológicos e comerciais; - promoção da pequena agricultura irrigada implementada sob a ótica da valorização do associativismo, com vistas a facilitar a articulação e a integração dos agentes produtivos; - inserção nos mercados consumidores, em larga escala, dos produtos oriundos da agricultura irrigada; - dotação, à agricultura, da infra-estrutura e logística necessárias à competitividade das cadeias produtivas; - reestruturação dos pequenos projetos públicos de irrigação; - implantação dos condomínios privados em várias regiões do Estado, em novas bases técnico-operacionais; - implementação do programa de organização e capacitação de produtores; - aproveitamento das águas subterrâneas dos aluviões do Estado para o abastecimento humano e animal e para o desenvolvimento da pequena agricultura irrigada; - incentivo e apoio à pequena agricultura irrigada nas unidades produtivas familiares; - promoção do desenvolvimento da agroindústria; - criação dos meios e instrumentos para implementar ações de controle rigoroso da defesa fitossanitária das lavouras e produtos, visando assegurar as condições de sustentabilidade dos projetos de irrigação e de todos os elementos que integram e se correlacionam a essa atividade. Entre os principais programas, destacam-se: Programa de Implantação do Castanhão II pretende implementar ações para o aproveitamento do potencial hídrico e de solos do Castanhão e de seu entorno, mediante o assentamento de famílias, mobilização e sensibilização de agricultores candidatos a irrigante, implantação de projetos de irrigação, fomento ao associativismo, prestação de assistência técnica e gerencial e capacitação de técnicos, produtores e trabalhadores rurais. 7 2 Consolidação dos Agropolos - desenvolverá ações voltadas para a concentração e a articulação, em áreas delimitadas geograficamente, para o fomento de atividades agropecuárias viáveis e de outras de caráter não-rurais, bem como de investimentos em infra-estrutura básica, social e econômica, de modo a contribuir para o desenvolvimento local. Desenvolvimento do Agronegócio da Agricultura Irrigada dará apoio à redução dos obstáculos tecnológicos, de mercado e de assistência creditícia, e ao acesso à infra-estrutura básica e logística adequada, à associação e aos arranjos produtivos entre produtores rurais e a integração com o segmento agroindustrial. Desenvolvimento da Agroindústria - apoiará a expansão, modernização e desconcentração regional, com prioridade para os agropolos e pólos agroindustriais, para melhoria do rendimento industrial e para a qualidade dos produtos, com garantia de oferta estável de matérias-primas. O segundo objetivo-meio será promover o aumento da competitividade das cadeias produtivas da agricultura de sequeiro Para o alcance deste objetivo-meio será necessário que se priorize o fortalecimento de algumas culturas de sequeiro e a consolidação da produção de grãos, dentre outros investimentos. Para que essas iniciativas se concretizem, algumas Linhas de Ação são necessárias: - implementação de política que contemple a aplicação de recursos governamentais das esferas federal, estadual e municipal, em parceria com a iniciativa privada e com as entidades e associações de produtores, priorizando o fortalecimento de culturas tradicionais de maior valor econômico e alcance social; 73 - consolidação da produção de grãos, fios e oleaginosas, num patamar capaz de suprir uma parcela da demanda interna do parque têxtil, do agronegócio ligado à avicultura e à suinocultura e atender as unidades de produção ligadas ao segmento do beneficiamento d e castanha de caju; - regionalização da produção, obedecendo a um zoneamento econômico-ecológico; - promoção da inovação tecnológica no sistema de produção e gestão; - implementação de uma política de adequação da infra-estrutura fundiária à viabilidade e c o n ô m i c a dos produtos agropecuários; - profissionalização dos agentes da cadeia produtiva e melhoria da qualidade dos produtos para níveis competitivos de mercado; - promoção da organização da pequena produção, em escala comercial, elevando seu poder de negociação no mercado. Essas Linhas de Ação estão condicionadas aos seguintes programas: Capacitação dos Atores da Cadeia Produtiva desenvolverá ações de qualificação de recursos humanos, no que diz respeito ao sistema de produção, organização da produção, comercialização, mercado, gerenciamento das atividades econômicas estratégicas dinâmicas, com prioridades para os elos mais carentes do agronegócio. Desenvolvimento do Agronegócio da Agricultura de Sequeiro - apoiará a expansão, modernização, organização e melhoria da produtividade da produção agrícola de sequeiro, em culturas viáveis e de potencial de expansão, bem como a promoção de sua adequação às características de solo, água e clima das diversas regiões do Ceará. O terceiro objetivo-meio será incentivar a pecuária A política voltada à expansão e ao fortalecimento da pecuária terá como foco propiciar a interface desse subsetor com as diversas cadeias agroindustriais e aos arranjos produtivos existentes no Ceará. Aqui se incluem aquelas com maiores perspectivas de inserção nos mercados regional, nacional e de 74 exportação que são as ligadas ao segmento alimentício; de couros e peles; de embutidos; de conservados e salgados. Para que se alcance este objetivo-meio algumas Linhas de Ação são necessárias: - promoção do fortalecimento e do adensamento das cadeias produtivas tradicionais competitivas; - desenvolvimento de novas cadeias produtivas da pecuária, de elevado valor agregado e de sua inserção competitiva nos mercados; - organização da pequena produção em escala comercial, elevando o seu poder de barganha, com reflexos no aumento da rentabilidade e da sustentabilidade das atividades agropecuárias desenvolvidas no semi-árido; - desenvolvimento da pecuária de pequeno porte; - melhoramento da qualidade genética e da elevação do padrão sanitário dos rebanhos; - melhoria do nível de profissionalização dos agentes envolvidos em toda cadeia produtiva, na promoção da auto-sustentação da oferta de alimentos para os rebanhos e na elevação da qualidade dos produtos agropecuários em níveis competitivos de mercado. Dentro da linha de continuidade da política agrícola até então adotada no Plano Consolidando o Novo Ceará-1999-2002, ainda que focada em novos objetivos, pretendese apoiar e redimensionar os seguintes programas: Formação de Parcerias para o Desenvolvimento da Agropecuária - visa desenvolver uma estratégia de articulação para formação de parcerias com a sociedade, para desenvolver ações com vistas ao desenvolvimento rural, em particular nos campos da educação, estudos e pesquisas e assistência creditícia. Visa também a formação de parceria com outros níveis de Governo, em especial com os municípios cearenses, para o compartilhamento do planejamento e da implementação de programas em prol do desenvolvimento da agropecuária estadual. 75 Promoção Comercial dos Produtos da Agropecuária Cearense - estimulará o desenvolvimento de ações promocionais para inserção dos produtos da agropecuária cearense em mercados nacionais e internacionais, e dará suporte à comercialização da safra agrícola, dos produtos originários da pecuária e da agroindústria, bem como apoiará a realização de feiras e exposições agropecuárias. Promoção de Investimentos na Agropecuária Cearense - promoverá iniciativas com vistas à atração, isoladamente ou reunidos em consórcio, de investidores e empreendedores para o setor agropecuário cearense, visando a modernização do setor e a geração de emprego e renda. Garantia do Controle da Sanidade Animal e Vegetal - adotará medidas preventivas e de combate e erradicação de pragas e doenças vegetais e animais de importância econômica (defesa animal e vegetal e inspeção animal). Desenvolvimento do Agronegócio da Pecuária - desenvolverá ações de expansão e estabilidade da oferta de produtos e de melhoria da produtividade, compreendendo, dentre outras, o melhoramento genético, a sanidade animal, a oferta de alimentação animal produzida localmente e a organização da produção. O quarto objetivo-meio será implementar uma política de desenvolvimento das atividades ligadas à pesca e aqüicultura A política de desenvolvimento das atividades ligadas à pesca e à aqüicultura, incluindo a carcinicultura e a piscicultura, terão como objetivos aumentar a produção e produtividade das pescas marítima e continental e modernizar a pesca artesanal. Para isso se fazem necessárias algumas Linhas de Ação: - profissionalização dos agentes envolvidos nos arranjos e cadeias produtivas da pesca e na organização dos pequenos pescadores, para inseri-los na economia de mercado; - utilização de mecanismos institucionais e financeiros, em parceria com a iniciativa privada, para modernizar a frota e os equipamentos pesqueiros dos 76 pequenos, médios e grandes capturadores, e para apoiar a implantação de fazendas de criação de peixes e crustáceos em águas marítimas e continentais; - estímulo a estudos e pesquisas para o melhor conhecimento da população de espécies aquáticas, com vistas a dimensionar e monitorar o status do equilíbrio biológico das principais espécimes comerciais. Para o alcance deste objetivo-meio, será apoiado e redimensionado o seguinte Programa: Desenvolvimento do Agronegócio da Pesca e da Aqüicultura - apoiará iniciativas de expansão, modernização e melhoria da produtividade dessas atividades, com sustentabilidade econômica e ambiental, integrando com outros participantes da cadeia produtiva e de comercialização. Objetivo Estratégico 4 - Incentivar a Indústria e o Comércio de Produtos de Consumo Popular. Este objetivo é parte integrante de um plano para a competitividade do setor, combinado com a política integrada de promoção do Ceará, visando identificar e apontar medidas para remover as principais dificuldades no que se refere à atração de investimentos e de turistas, e ao aumento do fluxo com o comércio externo. A promoção de pequenos negócios voltados para a produção de consumo popular vem se expandindo, em boa medida, como uma política adequada para oferecer oportunidade de ganhos à crescente força de mão-de-obra não inserida no mercado formal de trabalho no Estado do Ceará. As linhas estratégicas de ação com vistas à criação de empregos e novas ocupações produtivas obedecerão aos pressupostos básicos da otimização de esforços e recursos financeiros governamentais, da atuação de uma rede estadual de educação profissional, e do estímulo ao empreendedorismo e apoio aos arranjos produtivos locais. Ainda no que se refere ao empreendedorismo, saliente-se que um dos aspectos mais relevantes da cultura neste novo século é a constatação de que as sociedades da informação, que privilegiam a indústria do lazer, do entretenimento e do mercado de bens simbólicos, movimentam uma economia cada vez mais 77 significativa, criando empregos e redistribuindo renda. Não há como negar a existência de uma economia da cultura, constituída de amplas cadeias produtivas cujos elos merecem ser identificados e estimulados. Considera-se que o empreendedorismo cultural representa uma das importantes alternativas para o Estado, permitindo a reconfiguração do perfil do trabalhador cearense, o qual poderá desenvolver novos negócios e profissões adaptadas aos novos tempos. Buscar-se-á aumentar a efetividade dos Programas de Capacitação por intermédio de uma melhor integração entre a demanda de mão-de-obra qualificada e a oferta de treinamento e integração entre as diversas instituições que atuam na área de capacitação ( CVTs, CENTECs, IDT e Sistema S). Paralelamente, serão implementados programas, em parceria com as prefeituras e a iniciativa privada, para oferecer estágios práticos remunerados a estudantes de 2º Grau, universitários e recém-formados, estágios no setor público, por intermédio de bolsas, e criação de um serviço civil voluntário para prestação de serviço em comunidades carentes. O primeiro objetivo-meio será modernizar as micro, pequenas e médias agroindústrias Este objetivo-meio pretende adequar esse tipo de empresa às exigências do mercado consumidor, e ampliar o fortalecimento da agroindústria familiar, inserindo-a competitivamente no mercado. A programação prioritária dessa política de apoio às PME da agroindústria estará direcionada para o desenvolvimento tecnológico de novos produtos e processos agroindustriais, na elevação do nível de profissionalização dos agentes produtivos, no incentivo ao financiamento, na identificação e promoção de oportunidades agroindustriais sustentáveis e na implementação de um projeto com característica promocional para realçar a qualidade do produto produzido no Estado do Ceará, com a certificação e valorização da identidade e marca, vinculando-se ao conceito símbolo da cearensidade. O apoio à instalação de agroindústrias estará orientado como ação de regionalização, priorizando-se as áreas dos Agropolos, que tenham maiores possibilidades de produzir 78 o ano inteiro, em função da produção irrigada e da idéia de formação de novos arranjos de cadeias produtivas no meio rural. As Linhas de Ação para o alcance desse objetivo são: - apoio à instalação de parques tecnológicos e de incubadoras e estimulo à capacitação da mão-de-obra tanto gerencial quanto operacional; - criação de mecanismos com vistas à captação de recursos financeiros nacionais e internacionais, principalmente para a micro e a pequena empresa. O segundo objetivo-meio será promover o estímulo ao desenvolvimento local O estímulo de que trata este objetivo-meio será dado às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) nos setores e municípios onde essas atividades sejam mais viáveis. Para que este objetivo seja alcançado, algumas Linhas de Ação são necessárias: - estímulo a investimentos em novos equipamentos e utilização de insumos mais modernos, considerando que uma das características das MPME é a defasagem tecnológica e a falta de informações sobre novos materiais, matéria-prima, componentes e acessórios; - instalação de um birô informativo sobre cada setor com potencialidades competitivas, identificando e caracterizando as localidades com maiores potencialidades; - agregação dos micro, pequeno e médio empresários em associações ou consórcios de empresas, a fim de que a relação com os fornecedores seja menos assimétrica, principalmente no que diz respeito à matéria-prima, e o conjunto de unidades produtivas tenha melhores condições de acesso ao mercado nacional e internacional. 79 O terceiro objetivo-meio será promover a capacitação empresarial e tecnológica nas micro e pequenas empresas A insuficiente formação de uma cultura empresarial também é uma das características da deficiência das micro e pequenas empresas. A formação de uma cultura empresarial não se dá ao acaso, nem de uma hora para outra. É um processo que leva tempo, mas que pode ser agilizado por um trabalho das instituições que têm como propósito capacitar empresários. A consolidação de tal cultura reflete-se no modo de como as empresas estabelecem suas estratégias de gestão, sua visão empresarial, identificação de oportunidades, além de outras. Para que este objetivo seja alcançado, algumas Linhas de Ação são necessárias: - promoção da capacitação empresarial mediante cursos, encontros e disseminação de idéias sobre estratégia empresarial, gestão etc; - envolvimento maior de órgãos tais como o SENAI, SEBRAE, Sindicatos, Associações, ONGs, Universidades, no processo de capacitação de mão-de-obra, em geral, e empresarial, em particular, para as Micro e Pequenas Empresas (MIPE); - capacitação do microempresário em centros de treinamento nos moldes de um sistema empresa-escola, utilizando-se as dependências da própria empresa para ministrar os cursos; - integração dos mecanismos de capacitação profissional que utilizam recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) via Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ), tendo em vista ampliar o processo de capacitação de mão-de-obra e empresarial em setores e localidades com potencialidades de dinamização das MIPEs existentes e implantação de novas MIPEs; - capacitação para o desenvolvimento de novos produtos; - estimulo à formação cultural propícia e de hábitos de trabalho em parceria, confiança, interesses comuns, envolvendo lideranças e instituições representativas dos empresários, sindicatos, associações, federações de indústrias, e outros para divulgarem, discutirem e debaterem sobre formas alternativas de relações entre empresas, exemplos bem-sucedidos, formação de parceria; 80 - criação de centrais de compras, que darão maior poder de barganha com os fornecedores; - incentivo à participação em feiras e exposições de produtos, máquinas e insumos realizadas no Brasil e no exterior. A execução da política de fortalecimento à micro e à pequena empresa será desenvolvida por meio de programas de abrangência setorial e multissetorial, tais como: Programa Ceará Empreendedor - objetiva apoiar a criação de um ambiente favorável às microempresas e empresas de pequeno porte, atuando de forma descentralizada e em parceria com a sociedade civil organizada e a iniciativa privada, aprimorando os mecanismos de mercado. Espera-se alcançar, como principais resultados do programa: a expansão de empregos/ocupações e renda para a população do Estado; a disseminação da cultura solidária; a promoção de maior competitividade das microempresas e empresas de pequeno porte; e a contribuição para a redução da desigualdade e pobreza. Para dar suporte às ações do Programa, foram concebidos os seguintes subprogramas: Simplificação da Legislação Tributária; Financiamento; Capacitação e Consultoria Técnica; Incubação de micro e pequenos negócios; Apoio à Comercialização; Apoio ao Cooperativismo e Associativismo. Organização dos Arranjos Produtivos Locais tratará de agrupamento de ações de desenvolvimento do capital social, capital organizacional e capital produtivo, para inseri-las competitivamente nos mercados internos e externos, em articulação com todos os participantes dos arranjos produtivos locais e das instituições que fazem parte do seu ambiente. Tratará também do desenvolvimento de ações para a formação de redes de micro e pequenas empresas e outras formas de organização de produção, cooperação e comercialização de produtos e serviços. Programa de Minidistritos Industriais contribuirá ainda mais com a colaboração das prefeituras, do SEBRAE e de outras instituições públicas e privadas, para a interiorização industrial de pequenos negócios, visando 81 o atendimento das demandas locais e regionais, para a geração de emprego e renda nos municípios; Programa de Intermediação de Mão-de-Obra - tem por objetivo diminuir as taxas de desemprego mediante a colocação de trabalhadores no mercado de trabalho (formal e informal). Como parte integrante do Sistema Público de Emprego, o processo de intermediação para o mercado formal abrange as ações de captação de vagas, análise do perfil da oferta e demanda de mão-de-obra, colocação no mercado de trabalho e encaminhamento para capacitação e/ou requalificação profissional. Quanto ao mercado informal, a principal ação de intermediação será via ampliação e fortalecimento do Centro do Trabalhador Autônomo voltado para prestação de serviços junto a residências e empresas. Nesse sentido, serão implantadas Unidades de Atendimento em outros bairros de Fortaleza, e em municípios do interior; Programa Portas Abertas - visa contribuir para a geração de emprego e renda de jovens de 16 a 24 anos por meio dos Projetos Primeiro Emprego, Primeiro Estágio e Primeiro Negócio, e reinserção de trabalhadores com idade acima de 40 anos via ações de educação profissional; de intermediação de mão-de-obra; de requalificação; de realização de microcrédito; de assistência técnica, com vistas a sustentabilidade dos empreendimentos implantados. Programa de Inclusão de Segmentos Especiais - objetiva inserir no mercado de trabalho e no empreendedorismo portadores de necessidades especiais, índios e negros, em particular as mulheres. Nesse sentido, merece destaque o Projeto Multiespecial , visando estruturar a Rede Multifuncional de Educação e Qualificação Profissional para Pessoas Portadoras de Deficiência, contemplando ações de capacitação, microcrédito, intermediação de mão-de-obra, desportos, cultura e lazer; Programa Artesanato e Produção Familiar - objetiva promover o desenvolvimento do artesanato cearense e a produção familiar, visando geração de renda e melhoria da qualidade de vida dos produtores. Com o 82 intuito de fortalecer as diversas cadeias produtivas artesanais, promover a imagem dos produtos e dos produtores do artesanato cearense e divulgar cultura do Estado, surgiu o Projeto Sexta do Empreendedor com a realização, semanalmente, de exposições e feiras artesanais ; Programa de Promoção à Exportação - visa promover ações de comercialização de produtos de microempresas e empresas de pequeno porte, de cooperativas, grupos de produção de artesanato, valorizando também a economia solidária, em nível nacional e internacional. Vinculadas a este Programa estão as seguintes ações: promover e apoiar feiras e eventos de negócios, desenvolver sistema de certificação para produção e comercialização e promover os produtos do artesanato doCeará, inclusive via exportação. Objetivo Estratégico 5 - Estimular a Capacidade de Inovação das Empresas. A capacidade inovadora e a competitividade se complementam. Sabe-se que a competitividade é determinada por fatores dos mais variados, mas uma ênfase especial é dada à questão da tecnologia como fator de introdução de novos produtos, utilização de novos processos, identificação de formas diferenciadas de comercialização e relacionamento com o mercado e estabelecimento de estratégias empresariais. É a capacitação tecnológica que permite a modernização das unidades produtivas e o seu potencial de ocupar mais espaço no mercado, elevando as vendas locais, as exportações, a geração de emprego e renda e o fortalecimento econômico da empresa, do setor ou de uma região ao longo do tempo. O primeiro objetivo-meio será consolidar o sistema estadual de ciência e tecnologia Será interligado em rede, fortalecendo as instituições de pesquisa e ensino superior, tecnológico e profissional, e expandindo a rede de incubadoras, de Parques Tecnológicos e de minidistritos que abriguem empresas industriais, do agronegócio e de serviços. Ciência e tecnologia são um meio para fortalecer o poder competitivo dos diversos setores da economia cearense. As ações voltadas para estimular a 83 capacidade de inovação das empresas deverão orientar-se, principalmente, para fortificar a relação do setor industrial com o sistema estadual de fomento à pesquisa; mobilizar a comunidade tecnológica, no intuito de implementar projeto industrial com interesse na área da inovação tecnológica. Nessa área, serão desenvolvidas Linhas de Ação para: - promoção do avanço em pesquisas relativas a setores em que o Estado tem vantagens competitivas; - estímulo a uma maior interação entre pesquisa e setores produtivos, tendo em vista agilizar a introdução de novos produtos, processos ou tecnologias adequadas ao uso de insumos locais; - promoção da importação de tecnologias e novos bens de capital; - divulgação das alternativas tecnológicas existentes e estímulo à absorção de novas tecnologias; - promoção de maior intercâmbio entre centros de pesquisa (do Estado com outros estados), universidades e instituições representativas dos setores considerados estratégicos; - promoção de fóruns e debates sobre ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, relativos aos setores com maior potencialidade para o Estado, inclusive no que se refere às questões econômicas e sociais; - criação de um sistema de informações sobre produtos, tecnologias, projetos e programas de apoio tecnológico à pequena, média e microempresa; - criação de um núcleo especializado que favoreça o desenvolvimento das patentes no Estado ; - fortalecimento e reorientação das instituições tecnológicas para que atuem nas áreas ligadas à Tecnologia Industrial Básica (TIB); - desenvolvimento de incubadoras, parques tecnológicos e minidistritos industriais em Fortaleza, na Região Metropolitana e nos principais pólos de desenvolvimento do interior do Estado; - aproximação da universidade, com seu potencial científico e tecnológico, à célula de Governo; 84 - apoio à pesquisas demandadas pela indústria cearense; - apoio à melhoria da gestão empreendedora e estratégica; - criação e fortalecimento de cursos de mestrado e de doutorado nas áreas demandadas pelo ambiente da inovação; - proposição de uma lei de inovação que favoreça o empreendedorismo no Estado; - consolidação do monitoramento do meio ambiente para orientar o investimento produtivo; - manutenção e aprimoramento dos instrumentos da política industrial, explicitando os benefícios que incentivam a Empresa Cearense de Base Tecnológica (ECBT). A programação prioritária será desenvolvida via Programa de Consolidação de Pólos de Educação Superior e Tecnológica no Estado, que cuidará da integração de todas as ações, tanto do ponto de vista da execução quanto de natureza institucional/legal, objetivando maior eficácia e obtenção de resultados com elevada efetividade. O segundo objetivo-meio será expandir o programa estadual de inovação tecnológica (INOVATEC) Contemplará a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a difusão de tecnologia, o conhecimento e o talento humano. Com esse fim, promover-se-á a expansão e consolidação do INOVATEC, bem como será incentivada a intensificação de suas inter-relações com o setor produtivo local, via pesquisa e desenvolvimento, difusão de tecnologia e conhecimento e formação do talento humano. As Linhas de Ação a serem elencadas são: - promoção da integração entre o INOVATEC e o sistema produtivo em seu entorno, direcionando projetos de pesquisa e extensão, consultoria com foco nas necessidades dos usuários e outros serviços de sua competência às empresas localizadas em suas regiões de atuação; 85 - ajuste dos programas de treinamento do INOVATEC às necessidades e demandas específica locais e regionais; - apoio à implantação de incubadoras de micro e pequenas empresas de base tecnológica e não tecnológica nas instituições componentes do INOVATEC e nas Organizações não Governamentais (ONGs); - promoção, em parceria com FIEC/IEL, FAEC, FECOMERCIO e o Sistema S (SEBRAE, SESC/SENAI, SENAR, SENAT e SESI), de programas de integração universidade-empresa, visando intensificar e aperfeiçoar as inter-relações entre as universidades públicas e privadas do Estado e o setor produtivo; - apoio à formação de parques tecnológicos no Estado. Objetivo Estratégico 6 - Fortalecer a Infra-estrutura. Com este objetivo será fortalecida a infra-estrutura estratégica por meio da implementação de um Plano Estratégico de Logística de Transporte, englobando os diversos modais existentes (rodoviário, ferroviário e aeroviário), de uma maior interação regional e nacional em relação à utilização de rodovias federais, da diversificação das fontes energéticas do Estado, da complementação da infra-estrutura hídrica e do avanço nas áreas da habitação e de políticas urbanas. O crescimento da economia e o desenvolvimento do Estado do Ceará estão ainda fortemente condicionados ao fortalecimento da sua infra-estrutura estratégica, mesmo levando em consideração os importantes avanços obtidos na última década, como a conclusão do Aeroporto Internacional de Fortaleza, a construção do Açude Castanhão e a implantação do Porto do Pecém, entre outros. O primeiro objetivo-meio será complementar, expandir a infra-estrutura hídrica e promover a integração das bacias hidrográficas Muito se avançou, nesses últimos anos, na infra-estrutura hídrica do Estado. Contudo, algumas Linhas de Ação se fazem necessárias para que se avance mais ainda: - conclusão do Açude Castanhão e de outros açudes estratégicos; 86 - continuidade do Eixo de Integração Hídrica com a RMF; - racionalização do uso das águas subterrâneas; - efetivação do modelo de gestão dos recursos hídricos, de modo a garantir a oferta permanente da água; - mapeamento do potencial hídrico do subsolo do Estado. A implementação dessas atividades terá continuidade por meio dos programas que se encontram em andamento, tais como: Programa de Gerenciamento e Integração dos Recursos Hídricos PROGERIRH objetiva elevar a capacidade de acumulação hídrica e o rendimento de todo o sistema de açudagem, proporcionando maior movimentação de vazões, com a conseqüente melhora da repartição espacial dos recursos hídricos do Estado. Programa de Desenvolvimento Urbano e Gestão de Recursos Hídricos-PROURB Hídrico objetiva o aumento e a regularização da oferta de água para os centros urbanos mediante a construção e a recuperação de açudes, construção de adutoras e implantação de um sistema de gestão dos recusos hídricos. Programa de Desenvolvimento Sustentável de Recursos Hídricos para o Semi -árido Brasileiro-PROÁGUA desenvolve ações voltadas para a construção de açudes, utilizando recursos financeiros do Governo Federal (OGU e Banco Mundial) e do Tesouro Estadual. Programa de Apoio ao Saneamento Integrado do Sertão-PROASIS objetiva viabilizar o abastecimento de água em sedes distritais e em pequenas comunidades mediante a construção de barragens de pequeno e médio portes. O Governo continuará incentivando, dentre outras medidas, a criação e instalação dos Comitês de Bacias e colegiados com representação municipal, todos voltados para o controle do uso da água das bacias em todos os seus níveis. 87 O segundo objetivo-meio será promover a preservação de áreas e de obras/serviços destinadas à fixação do homem no campo Objetivando o alcance deste objetivo-meio, será intensificado o esforço de preservação de áreas para a fixação do homem no seu município de origem. Com relação à exploração de águas subterrâneas, a política será voltada para a ampliação da oferta de água em comunidades rurais pela implantação e operação sustentada de pequenos sistemas de abastecimento de água. A concepção do desenvolvimento do setor agrícola obedecerá ao pressuposto da verticalização em que as ações se conectarão transversalmente entre os subsetores da lavoura, da pecuária e da indústria. A proposta para a construção do novo rural cearense avançará nas Linhas de Ação: - de acesso à terra; - de combate à pobreza e à miséria; - de fortalecimento da agricultura familiar; - de educação; - de capacitação profissional e assistência técnica; - de desenvolvimento dos agronegócios e de difusão e implementação de atividades não -agrícolas no meio rural. O alcance desses objetivos dar-se-á com o desenvolvimento dos seguintes programas: Programa de Desenvolvimento Hidroambiental (PRODHAM) visa permitir a realização de obras/serviços voltados para a preservação de áreas degradadas e para o oferecimento de meios visando a fixação do homem no campo; Articulação Intergovernamental para a Convivência com o Semi-Árido - objetiva promover a articulação de unidades do Governo, com vistas a compatibilizar funções e programas de melhoria da convivência do homem do campo com o Semi-Árido, bem como para a implantação da infra- 88 estrutura básica, social e econômica e o desenvolvimento de atividades geradoras de emprego e renda. Prestação de Assistência Técnica e Gerencial ao Produtor promoverá ações de orientação técnica nos campos da produção, da organização da produção, da difusão de tecnologia e de processos produtivos, da comercialização e mercado, da adequação das práticas à preservação do meio ambiente e ao zoneamento edafo-climático. Promoção da Organização do Produtor Rural - apoiará a associação e a formação de arranjos entre produtores e empresas, particularmente quando contribuir para o fortalecimento do pequeno produtor e da agropecuária e agroindústria familiar. Ação Fundiária - realizará iniciativas voltadas para a reorganização, regularização e redistribuição fundiárias, bem como para a formação e implantação de projetos de assentamento e de reassentamento rurais, viabilizando o suprimento da infra-estrutura básica, social e econômica necessárias à viabilidade e ao desenvolvimento sustentável das atividades favorecidas. Promoção da Agricultura Familiar - desenvolverá ações integradas voltadas ao fomento e à diversificação da produção familiar, contemplando a assistência técnica e creditícia (custeio, investimento e fundiário), o seguro da safra, a organização do produtor e da produção, e a inserção dos produtos agropecuários no mercado. Promoção da Agricultura Orgânica promoverá ações de incentivo à implementação de sistemas de produção agropecuária sem utilização de produtos químicos, e com preservação dos recursos naturais, centradas na produção familiar integrada a uma organização de produtores da agricultura orgânica. Caminhos de Israel desenvolverá ações em áreas detentoras de recursos hídricos (quantidade e qualidade) e solos, além da complementação d e i n f r a - e s t r u t u r a e c o n ô m i c a e c a p a c i t a ç ã o p a r a fomentar a agricultura irrigada sustentável, 89 de preferência familiar, apoiando-se na formação de grupos de pequenos e médios produtores, imprescindível à formação de escala. A estratégia de combate à pobreza rural compreenderá também a integração de programas e projetos das várias Secretarias, orientados para o fortalecimento do capital humano, capital social e o capital físico. O terceiro objetivo-meio será a implementação do plano estratégico de logística de transporte Por este objetivo será ampliada a cobertura da malha de transporte interna do Estado, compreendendo a melhoria/implantação dos diversos modais existentes (rodoviário, ferroviário e aeroviário) e das ligações entre os pólos de desenvolvimento. Essa iniciativa contribuirá para viabilizar a política de reordenamento do espaço estadual pela estratégia de regionalização e descentralização. Dessa forma, objetivando gerar economias de aglomeração nos pólos de desenvolvimento, serão priorizadas as seguintes Linhas de Ação: - continuação do Projeto Metrofor (linhas Sul e Oeste): os estudos de integração dos sistemas de transporte público de passageiro da RMF e a operação diesel na RMF; - conclusão das obras de duplicação da BR-116 e ligação da CE-040 ao Rio Cocó, e, início da duplicação do 4º Anel Rodoviário (Anel interno da RMF) e do trecho da BR-222 a CE-422, que dá acesso ao Porto de Pecém. Pretende-se, ainda, elaborar o projeto do 5º Anel Rodoviário (Anel externo da RMF) e concluir a negociação da estadualização das rodovias federais com vistas à sua recuperação, conservação e manutenção; - conservação e manutenção de rodovias estaduais, início do Programa de Rodovias de Integração Municipal; e fortalecimento do Programa de Construção, Melhoramento e Restauração de Rodovias Vicinais; 90 - conclusão das obras da Fase 1 do Porto do Pecém; estadualização do Porto do Mucuripe; legalização dos terrenos de marinha do Terminal Portuário do Pecém junto à Secretaria de Patrimônio da União-SPU, e elaboração do Plano Diretor do Terminal Intermodal de Cargas do Porto do Pecém ; - ampliação da capacidade de recepção de aeronaves de grande porte em Fortaleza, com a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Pinto Martins. Em nível regional, serão recuperados e ampliados os aeroportos das cidades de Juazeiro do Norte e Aracati, como também construídos os aeroportos da Serra da Ibiapaba, Tauá, Sobral, e mais um para atender a região de abrangência dos municípios de Boa Viagem e Canindé, situado na divisa entre eles. A execução da política de transporte será implementada por meio de ações dos programas: Programa Trem Metropolitano de Fortaleza (Projeto Metrofor) - objetiva ofertar transporte de qualidade, capaz de solucionar com mais eficiência os problemas e demandas de transporte de massa de Fortaleza. Programa Rodoviário de Integração Social do Estado do Ceará Ceará II - visa adequar, ampliar e reconstruir a malha viária cearense, para permitir maior integração entre as regiões do Estado, o escoamento de produtos e de matéria-prima estaduais para os diversos fins, bem como a inter-relação com os estados vizinhos. Programa de Reestruturação da Rede Aeroportuária - objetiva construir, modernizar e restaurar aeroportos com o fim de atender aos pólos de desenvolvimento regionais e de base turística. Programa de Edificações, Transporte e Rodovias - tem como principal finalidade construir edificações públicas, estradas e conservar as rodovias estaduais. 91 METROFOR OCE AN O O ATL ÂN TIC O PORTO DO MUCURIPE ESTAÇÃO FERROVIÁRIA JOÃO FELIPE IGREJA DA SÉ COLÉGIO MILITAR LAGOINHA Av. Br. STUDART Av. Des. MOREIRA SÃ O BENEDITO TIROL FRANCISCO SÁ ÁLVARO WEYNE FLORESTA PADRE ANDRADE ANTÔNIO BEZERRA CAUCAIA BENFICA PAPICU PADRE CÍCERO PARQUE SOLEDADE SÃ O MIGUEL PARANGABUÇU PARQUE MIGUEL NOVA METRÓPOLE COUTO FERNANDES CONJ. CEARÁ MONTESE ARATURI JUREMA PARANGABA VILA PERY MANOEL SÁTIRO MONDUBIM CONJ. ESPERANÇA ARACAPÉ PÁTIO EXTERNO DE CARGAS ALTO ALEGRE PAJUÇARA NOVO MARACANAÚ MARANGUAPE MARACANAÚ JEREISSATI LINHAS ESTAÇÕES Cargas Existentes Superfície (1ª estação) Cargas a Implantar (1º estágio) Superfície (1ª estação) Sul (1º estágio) Oeste (1º estágio) Leste (1º estágio) Maranguape (2º estágio) 92 Superfície (1ª estação) Superfície (2ª estação) Superfície (3ª estação) MUCURIPE O quarto objetivo-meio será o fortalecimento do setor energético e a universalização do atendimento dos serviços de telefonia Como estratégia para o desenvolvimento auto-sustentável do Estado do Ceará no setor energético e para a universalização do atendimento dos serviços de telefonia, algumas Linhas de Ação são necessárias: - busca da auto-suficiência na geração de energia elétrica; - diversificação da matriz energética, incluindo-se a termoeletricidade e a geração eólica; - universalização do atendimento com energia elétrica na área rural e garantia do ritmo de expansão do suporte de infra-estrutura de transmissão e distribuição no Estado e suas interligações com os centros geradores hidrelétricos, eólicos e outros subsistemas das regiões Norte e Sudeste do País; - criação do mercado de gás natural e desenvolvimento de ações voltadas à conservação de energia e de combate ao desperdício de energia elétrica; - atendimento com serviços de telefonia a comunidades com população inferior a 300 habitantes. As atividades prioritárias serão implementadas por ações diversas, consubstanciadas nos programas: Universalização do Serviço de Energia Elétrica do Estado do Ceará - promoverá a universalização do serviço de energia elétrica nas áreas rurais e urbanas, em todo o Estado do Ceará, elevando a taxa atual de atendimento de 80% para 100%. Essa meta será alcançada no período de 2003 a 2006, em função de entendimentos nesse sentido entre a COELCE e a ANEEL. Investimentos Especiais - atenderá as demandas de abastecimento de energia elétrica solicitadas pelas Secretarias setoriais. Pelo contrato de concessão da COELCE, essas obras serão custeadas com recursos que correspondem a 1,5% do seu faturamento líquido anual, até 2006, e 1,0% , até o final do período de concessão. 93 Eletrificação Rural com Energia Solar - disponibilizará sistemas de energia solar para comunidades distantes da rede elétrica convencional, na zona rural, atendendo essas comunidades com sistemas de bombeamento de água e energia para escolas. Energia Eólica - Parque Eólico de Paracuru/Camocim serão construídos e operacionalizados dois parques eólicos nos municípios de Paracuru e Camocim, com capacidade de geração de 30MW cada, por meio de financiamento do banco japonês JBIC.. Este projeto, que tem a COELCE como executora, visa ampliar a capacidade de geração elétrica do Estado e estimular o desenvolvimento da energia eólica no Ceará. Mercado de Gás Natural - assegurará o fornecimento de gás natural aos grandes projetos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém - CIPP. Ampliará e interiorizará a rede de abastecimento existente, visando promover o desenvolvimento do mercado de gás natural para os segmentos veicular, residencial e industrial. Suprimento de Energia aos Projetos Âncora do Complexo Industrial e Portuário do Pecém CIPP - atenderá, com energia elétrica, aos projetos estruturantes do Complexo Industrial e Portuário do Pecém CIPP (Usina Siderúrgica do Ceará-USC, Refinaria do Ceará, Pólos Petroquímico e Metal-Mecânico e Parque Industrial). Planta de Regaseificação da Gás Natural Liquefeito GNL - disponibilizará a infra-estrutura necessária à implantação de um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito GNL, visando assegurar o atendimento ao crescimento da demanda prevista para o mercado de GNL no Estado do Ceará. Conservação de Energia e Combate ao Desperdício de Energia Elétrica no Estado do Ceará - sistematizará o monitoramento do consumo de energia elétrica, o controle dos gastos e a promoção do uso eficiente da energia elétrica nos prédios públicos estaduais. Programa Alô Ceará atenderá com serviços de telefonia a comunidades com população inferior a 300 habitantes. 94 AÇUDES E TRANSPOSIÇÃO DE BACIAS HIDRÁULICAS BARROQUINHA JIJOCA DE JERICOACOARA CAMOCIM CHAVAL ACARAÚ CRUZ BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE TURURU URUBURETAMA SOBRAL ITAPAJÉ UMIRIM IRAUÇUBA FORQUILHA UBAJARA MUCAMBO GROAÍRAS IBIAPINA CARIRÉ PACUJÁ SÃO BENEDITO GRAÇA CARNAUBAL RERIUTABA VARJOTA GUARACIABA DO NORTE PIRES FERREIRA SANTA QUITÉRIA IPÚ CROATÁ HIDROLÂNDIA O PARAIPABA PARACURU ITAPIPOCA MIRAÍMA COREAÚ MERUOCA ALCÂNTARAS FRECHEIRINHA AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MASSAPÊ N TRAIRI SENADOR SÁ MORAÚJO TIANGUÁ OC EA MORRINHOS URUÓCA VIÇOSA DO CEARÁ O ITAREMA SÃO LUÍS DO CURU MARACANAÚ PACATUBA GUAIÚBA PARAMOTI ITATIRA TAMBORIL IPAPORANGA CHORÓ MADALENA IBARETAMA QUIXADÁ BOA VIAGEM CRATEÚS SÃO JOÃO DO JAGUARIBE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA JAGUARETAMA MILHÃ PIAUÍ TAUÁ POTIRETAMA JAGUARIBE PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ TABULEIRO DO NORTE ALTO SANTO NOVA JAGUARIBARA SOLONÓPOLE PIQUET DEP. IRAPUAN CARNEIRO PINHEIRO QUITERIANÓPOLIS ICAPUÍ QUIXERÉ LIMOEIRO DO NORTE MORADA NOVA QUIXERAMOBIM MOMBAÇA ITAIÇABA RUSSAS IBICUITINGA SENADOR POMPEU O JAGUARUANA BANABUIÚ NOVO ORIENTE IC ARACATI PALHANO MONSENHOR TABOSA T FORTIM NOVA RUSSAS ARARENDÁ N AQUIRAZ ITAITINGA PINDORETAMA ITAPIÚNA CATUNDA PORANGA Â EUSÉBIO MARANGUAPE HORIZONTE PALMÁCIA CASCAVEL ACARAPE PACAJUS PACOTI BEBERIBE CARIDADE REDENÇÃO BARREIRA GUARAMIRANGA BATURITÉ CHOROZINHO MULUNGU CANINDÉ ARACOIABA ARATUBA CAPISTRANO OCARA IPUEIRAS L FORTALEZA CAUCAIA APUIARÉS GENERAL SAMPAIO T SÃO GONÇALO DO AMARANTE PENTECOSTE TEJUÇUOCA A IRACEMA RIO GRANDE DO NORTE ERERÊ ORÓS IGUATU ICÓ AIUABA JUCÁS SABOEIRO ANTONINA DO NORTE UMARI BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA POTENGI NOVA OLINDA SALITRE ARARIPE CEDRO TARRAFAS ASSARÉ CAMPOS SALES CARIÚS SANTANA DO CARIRI CRATO VÁRZEA ALEGRE GRANJEIRO CARIRIAÇU JUAZEIRO DO NORTE BARBALHA JARDIM LAVRAS DA MANGABEIRA PROURB-HÍDRICO Açude construído BARRO MILAGRES ABAIARA MAURITI BREJO SANTO PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO IPAUMIRIM AURORA MISSÃO VELHA PENAFORTE PARAÍBA PROÁGUA Açude em estudo/licitação PROGERIRH Açude em construção Açude a iniciar PROASIS Açude construído Açude a iniciar Açude em construção Eixo de integração de bacias em construção Eixo de integração de bacias a iniciar 95 EIXO DE INTEGRAÇÃO CASTANHÃO - RMF Lagoa dos Talos Lagamar Gerenaú Açude Sítios Novos Porto do Pecém Barra do Cauípe Praia do Cumbuco Lagoa do Praia da Tabuba Lagamar Icaraí Iparana Barra do Ceará Porto do Mucuripe Açude Anil FORTALEZA Açude Cauhipe Aç. Pereira de Miranda Trecho 4.3 Duplicação do túnel e canal Riachão-Gavião Prainha Açude Gavião Trecho 5 Aç. Gavião ao Pecém Ponta do Iguape 7+800 Açude Riachão Trecho 4.2 0+000 0+800 0+000 Ampliação do canal Pacoti-Riachão 13 5+ 00 0 Açude Pacoti Trecho 4.1 Açude Pacajus a Açude Pacoti 0 00 0+ 13 125+000 Açude Pacajus Açude Ererê 115+000 112+252=66+388 110+000 105+000 Açude Aracoiaba 100+000 (em construção) 95+000 90+000 85+000 Trecho 3 Serra do Félix ao Aç. Pacajus 80+000 75+000 Aç. Antônio da Silva ou Medeiros 70+000 65+000 60+000 55+000 50+000 45+864=0+000 45+000 40+000 Aç. Pompeu Sobrinho 35+000 Trecho 2 Aç. Curral Velho à Serra do Fé lix Açude Cedro BACIA DO JAGUARIBE 30+000 25+000 20+000 15+000 10+000 5+000 0+000 Açude Pedras Brancas Trecho 1 Aç. Castanhã o ao Aç. Curral Velho 52+300 Aç. 50+000 Curral Velho 45+000 40+000 35+000 30+000 25+000 Açude Banabuiú 20+000 15+000 10+000 5+000 0+000 Aç. Curral Velho Captação no Açude Castanhão Açude Castanhão (em construção) 96 1:750.000 Objetivo Estratégico 7 - Apoiar o Desenvolvimento da Atividade Mineira em Bases Competitivas. Considerando que o Estado do Ceará possui significativo potencial de recursos minerais, propõe-se instituir uma política com vistas a estimular o aproveitamento sustentável desses recursos, buscando dar ao setor privado novas oportunidades de investimentos e de ocupação em atividades não-agrícola às populações interioranas, contribuindo para melhorar as condições de convivência no semi-árido e fortalecer a economia regional cearense. O objetivo-meio será consolidar e ampliar o mercado nacional e internacional consumidor da produção mineral do Estado do Ceará Será estimulada a formação de pólos especializados de produção mineral, de acordo com a vocação mineralógica das regiões, tornando sustentável essa atividade. Para o alcance deste objetivo, propõe-se que os Programas tenham como referência as seguintes Linhas de Ação: - atualização do conhecimento das ambiências geológicas do Estado, com a elaboração de um mapa geológico, em escala compatível com o estágio atual do conhecimento desse segmento; - realização de um cadastro de todas as ocorrências minerais do Estado, condensando os resultados dos estudos e pesquisas já realizadas; - desenvolvimento de um programa de pesquisa mineral, de modo a ampliar a oferta de depósitos minerais no Estado; - estimulo à criação de um programa de elaboração de atlas municipais, para dotar os municípios do conhecimento de suas potencialidades e assim fazer surgirem elementos que permitam planejar o desenvolvimento local; - apoio ao fortalecimento das instituições de pesquisa, públicas e privadas, que atuam no Estado; - fomento ao surgimento de empreendimentos formais e informais, para o aproveitamento de depósitos minerais como os de argila, areias, calcários, 97 rochas ornamentais e britáveis, lajes, gesso, rutilo, pegmatitos, fosfato, platina, cobre, água, entre outros; - articulação com as prefeituras municipais, instituições financeiras e de desenvolvimento regional sobre a utilização de instrumentos de crédito como o Fundo de Aval, linhas de c r é d i t o específicas e programas especiais de fomento ao setor; - fomento à implantação de unidades industriais de beneficiamento de lajes de calcário, quartzitos e arenitos etc., bem como elaboração, execução e avaliação, no momento adequado, de um plano de apoio aos produtores de lajes, contemplando questões como infra-estrutura de acesso, água e energia elétrica, para que possa haver modernização de lavra e beneficiamento; - elaboração de perfis econômicos de aproveitamento de pequenos jazimentos incluindo o processo de beneficiamento; - articulação com as prefeituras municipais sobre o uso de pavimentação de vias urbanas e vicinais, com paralelepípedo, para geração de emprego e renda não-agrícola nos municípios; - indução à reativação, por associações de trabalhadores rurais, das unidades produtoras de cal atualmente paralisadas; - capacitação gerencial e operacional das populações de comunidades rurais e urbanas do interior, para o aproveitamento racional de recursos minerais; - implantação de um programa de capacitação envolvendo todos os níveis hierárquicos das empresas que atuam na cadeia produtiva dos bens minerais; - articulação de parcerias com instituições públicas e privadas, buscando melhor aproveitamento dos recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis; - busca de soluções de problemas específicos da indústria de mineração, como a comercialização ilegal e indiscriminada dos fósseis, junto ao Congresso Nacional, Ministério das Minas e Energia (Departamento Nacional da Produção Mineral), Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e instituições afins. 98 As ações preconizadas com vistas ao fortalecimento das atividades mineradoras serão implementadas pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Mineral, que visa apoiar a pequena e média unidade de produção, com o intuito da integração com as demais cadeias produtivas da economia, estimulando a geração de emprego não-agrícola no meio rural e periferias urbanas municipais. No Eixo Estratégico Ceará Empreendedor estão contidos os seguintes Programas Estruturantes: Ceará Empreendedor; Organização dos Arranjos Produtivos Locais; Programa de Promoção à Exportação; Programa de Atração da Indústria de Médio e Grande Porte; Implantação da Refinaria e Siderúrgica; Complexo Industrial e Portuário do Pecém CIPP; Universalização do Serviço de Energia Elétrica do Estado; Consolidação de Pólos de Educação Superior e Tecnológica no Estado; Programa de Fomento e Promoção do Turismo; Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo-PRODETUR II; Articulação Intergovernamental para a Convivência com o Semi-Árido; Programa de Implantação do Castanhão II; Programa Consolidação dos Agropolos; Promoção da Agricultura Familiar; Programa Rodoviário de Integração Social do Estado do Ceará Ceará II; Programa Trem Metropolitano de Fortaleza (Projeto Metrofor); Programa de Reestruturação da Rede Aeroportuária; Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Mineral; Programa de Gerenciamento e Integração dos Recursos Hídricos PROGERIRH; Eixo de Integração Castanhão/RMF/Pecém; Programa de Desenvolvimento Hidroambiental (PRODHAM); 99 EIXO 2 - CEARÁ VIDA MELHOR A melhoria das condições de vida da população requer uma ação integrada envolvendo os diversos setores do Governo estadual no fornecimento de serviços públicos de qualidade, principalmente para as camadas sociais mais vulneráveis e sem o acesso adequado à saúde, educação, segurança, emprego, renda e todas as demais condições de uma qualidade de vida desejável. A partir daí, este Eixo terá uma importante atenção no atual Governo, considerando que é uma diretriz que deverá complementar os demais Eixos para melhor atender a população em serviços públicos. Assim, seu foco principal será promover a melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços públicos em relação ao povo cearense, tendo como resultado o desenvolvimento do ser humano. As Linhas de Ação para o quadriênio 2003-2006 serão direcionados para: - organização da prestação de ações e serviços de promoção de saúde, preventivos, curativos e de reabilitação por meio de um sistema integrado voltado para a redução dos indicadores de morbi-mortalidade, respaldado nos princípios de eqüidade e universalidade; - reconhecimento da importância da educação para o pleno desenvolvimento das aptidões e capacidades do ser humano. Sua importância na nova sociedade ensejará ao Estado investir no ensino com qualidade, na perspectiva de educação permanente e aprendizado contínuo, garantindo-se o domínio das habilidades de leitura, interpretação e escrita; - tratamento da assistência social como uma política integrante do tripé da seguridade social. Significa prover mínimos sociais a um público-alvo marcado por máxima vulnerabilidade. O Estado conduzirá a Assistência Social como política de proteção social, composta por um conjunto de direitos de civilização, estabelecida para a preservação, segurança e dignidade do cidadão; - enfrentamento da violência que requer medidas transdisciplinares e intersetoriais e não somente de segurança pública, mas de educação, geração de renda, lazer saudável, especialmente para os jovens. 100 Requer, sobretudo, uma ativa participação e mobilização da sociedade para a criação de uma cultura de participação cidadã pela compreensão contextualizada de direitos e deveres; - fortalecimento do sentimento de cearensidade, em sintonia com a proposta governamental de gerar novas formas de convivência cultural. Será efetivada uma política pública que tenha na cultura um fator de desenvolvimento humano, social e econômico, por permitir o desenvolvimento do ser humano, gerar negócios e promover a inclusão social; - valorização da prática de esportes e lazer como importantes instrumentos de socialização. A competitividade com a ética, o prazer e a distração podem contribuir para o desenvolvimento da auto-estima das pessoas e educá-las para o convívio harmônico. Nesse contexto, serão priorizadas ações que privilegiem o enfoque na juventude; - promoção do desenvolvimento ambientalmente sustentável por meio de ações articuladas, com a finalidade de conservar e recuperar os recursos naturais, proteger o meio ambiente e combater a poluição urbana e rural. A preocupação com a qualidade do meio ambiente fará parte do processo de decisão em todos os setores de atividades. Nesse sentido, será buscada e regulada a sustentabilidade das atividades econômicas de modo a não comprometer a base de recursos naturais do Estado do Ceará; - provimento de recursos e divulgação de técnicas para o abastecimento de água e para a deposição de esgoto e de resíduos sólidos, adequadamente, também nas zonas rurais. Sabe-se que saneamento e saúde cruzam campos comuns. Desse modo, investimentos em saneamento significam expressivos recursos economizados em saúde, trazendo impactos positivos também sobre a economia. Esses focos de políticas visam garantir o acesso a serviços públicos, com vistas à promoção do desenvolvimento social. As políticas serão concebidas e implementadas de forma planejada, integrada, descentralizada e participativa nas três esferas governamentais, iniciativa privada, entidades representativas da comunidade e organizações nãogovernamentais, buscando sempre a ação em parceria e a promoção da auto-gestão municipal. 101 Objetivos Estratégicos, Objetivos-meios, Linhas de Ação, Programas/Projetos e Programas Estruturantes. Objetivo Estratégico 1 - Elevar a Qualidade da Educação e o Perfil Educacional da População. O objetivo-meio será elaborar e implementar o Plano Estadual de Educação As opções para elevar a qualidade do ensino e o perfil educacional da população profissional requerem do Governo a implementação de um Plano Estadual de Educação, com o propósito de articular e desenvolver o ensino, em seus diversos níveis, bem como integrar as ações do Poder Público que conduzam às seguintes Linhas de Ação: - ação compartilhada do poder público com a sociedade civil nas políticas de educação o desenvolvimento das parcerias entre o poder público e a sociedade civil demanda procedimentos voltados para o fortalecimento de políticas de melhoria da qualidade do ensino e da gestão da escola pública cearense. Detém, como pressuposto básico, o desenvolvimento da rede pública de ensino, com eqüidade ao acesso, permanência na escola e sucesso na aprendizagem; - desenvolvimento profissional permanente e valorização do educador a melhoria da qualidade do ensino na rede pública tem uma estreita relação com a política de valorização do educador. São necessários investimentos para a formação inicial e continuada dos educadores, propiciando-lhes melhores condições de trabalho e reconhecimento profissional; - gestão educacional democrática e participação com controle social - os compromissos com a qualidade da gestão escolar na rede pública de ensino objetivam uma condução transparente da política educacional, tendo em vista as dimensões pedagógica, financeira e administrativa. O fortalecimento dos organismos colegiados contribuirá para a melhoria do sistema de educação, consolidando a autonomia escolar e a sustentabilidade da gestão democrática e participativa na escola pública; 102 - educação de qualidade e inclusão social a construção da escola pública de qualidade assume dimensão político-institucional e compromissos com o direito de aprender, respeito aos ritmos e diferenças do processo de ensino e aprendizagem. A inclusão daqueles cujo acesso à escola tem sido negado é, por sua vez, instrumento fundamental de cidadania e de redução das desigualdades econômicas, sociais e culturais da população. O desenvolvimento dessas linhas de ação irá fortalecer o planejamento, integrar as políticas estaduais e municipais de educação, e expandir e melhorar a qualidade dos serviços educacionais. Para a operacionalização dessas linhas de ação, serão desenvolvidos os programas listados a seguir, dentre outros: Universalização Progressiva do Ensino Médio nas Localidades Rurais e Urbanas - objetiva assegurar o acesso para todos aqueles que concluírem o Ensino Fundamental por meio da universalização progressiva desse nível de ensino nas localidades rurais e urbanas. O ensino médio é o maior dos desafios porque demanda, simultaneamente, a expansão acelerada da oferta e a busca de qualidade. Apoio ao Desenvolvimento da Educação Infantil e Implementação das Políticas de Inclusão para Jovens e Adultos, Portadores de Necessidades Especiais e Comunidades Indígenas - dar-se-á mediante a cooperação técnica, pedagógica e financeira entre União, Estado e Municípios, na elaboração e implementação das políticas públicas visando o efetivo atendimento educacional; Redução do Analfabetismo de Jovens e Adultos buscará reduzir, via projeto Alfabetização é Cidadania, o analfabetismo entre jovens e adultos de 15 anos e mais, nas zonas rurais e urbanas. A integração ao Programa Nacional Brasil Alfabetizado e a instituição de uma rede de educação de jovens e adultos no Estado do Ceará colocam-se como ações prioritárias; Ampliação Progressiva da Jornada Escolar serão envidados esforços para ampliar progressivamente a jornada escolar visando a melhoria de qualidade da educação. 103 Nesse processo, serão consideradas as possibilidades de espaço físico na escola e na comunidade, e a implementação de um sistema de cooperação financeira, administrativa e pedagógica entre Estado e municípios; Regulamentação e Efetivação do Regime de Colaboração Estado/Municípios dar-se-á mediante a construção de mecanismos que garantam ações compartilhadas entre o Estado e os municípios, contemplando os aspectos legais, sociais e operacionais para a melhoria da educação pública; Garantia da Qualidade da Escola com Foco na Aprendizagem do Aluno serão investidos esforços para assegurar a permanência do aluno na escola, otimizando o tempo, integrando ações de natureza pedagógica e de gestão, acompanhando, com mecanismos de avaliação, os indicadores de desempenho dos alunos; Garantia do Domínio das Habilidades de Leitura, Interpretação e Escrita intensificará a prática da leitura e escrita, considerando que os baixos indicadores de desempenho escolar constituem um desafio nacional e local; Aprimoramento do Processo de Formação e Valorização dos Servidores da Educação constituir-se-á de uma rede de formação inicial e continuada para os profissionais da educação como mecanismo imprescindível para a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem; Modernização do Processo de Gestão e Controle Social do Sistema de Ensino dar-se-á mediante o aperfeiçoamento de modernização dos sistemas de ensino e da gestão democrática, com o fortalecimento e a implementação de mecanismos de interlocução, participação e mobilização das diversas representações de controle social, visando a qualidade do ensino e a eficácia das políticas públicas educacionais; Aperfeiçoamento do Processo de Avaliação Institucional e de Resultados Educacionais dar-se-á por meio da implementação de cultura de avaliação institucional como ferramenta de monitoramento da gestão escolar e educacional, possibilitando a socialização de indicadores com a obtenção de resultados que permitam a integração das três esferas que constituem o sistema educacional. 104 LICEUS E ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA CHAVAL O BELA CRUZ GRANJA O MARCO MARTINÓPOLE CE MORRINHOS URUÓCA AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO COREAÚ ALCÂNTARAS MIRAÍMA SOBRAL UMIRIM IBIAPINA PARAMOTI IC O AQUIRAZ HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA HORIZONTE CASCAVEL PALMÁCIA VARJOTA IPÚ T PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO RERIUTABA CROATÁ N ITAITINGA PACATUBA PACUJÁ GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA GRAÇA CARNAUBAL Â PENTECOSTE GROAÍRAS CARIRÉ SÃO BENEDITO L FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA MARACANAÚ MUCAMBO T SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU ITAPAJÉ UBAJARA A PARACURU URUBURETAMA FORQUILHA O TURURU MERUOCA FRECHEIRINHA TIANGUÁ N PARAIPABA ITAPIPOCA MASSAPÊ VIÇOSA DO CEARÁ A TRAIRI SENADOR SÁ CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS LIMOEIRO DO NORTE MORADA NOVA QUIXERAMOBIM TABULEIRO DO NORTE SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO PARAÍBA UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU LICEUS AURORA Construídos até 2001 POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA Em construção MILAGRES BARBALHA ABAIARA BREJO SANTO JARDIM Construídos 2002 PORTEIRAS MAURITI ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO Construídas em convênio Em construção JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 105 Objetivo Estratégico 2 - Prestar Assistência Integral, Contínua e Personalizada, Centrada na Vigilância à Saúde. O objetivo-meio será expandir os serviços de saúde e a capacidade de atendimento com qualidade O modelo assistencial de saúde do Estado, regionalizado e hierarquizado, está estruturado em três Macrorregiões e vinte uma Microrregiões de Saúde, constituído com a participação dos municípios e homologação do Conselho Estadual de Saúde. Esse modelo implanta uma nova prática de atenção à saúde voltada para indivíduos, núcleos familiares e comunidades, modelo esse que, independentemente de idade, sexo ou patologia, propõe prestar assistência integral, contínua e personalizada, e não mais centrada na doença, mas na vigilância à saúde. Será articulado um conjunto de ações integradas para se avançar na luta contra as doenças relacionadas ao atraso, como as infecciosas, parasitárias e desnutricionais, comuns às condições de pobreza, vida rural e favelamento, bem assim contra o processo de acumulação epidemiológica, verificado pelo predomínio das doenças cardiovasculares, violências, intoxicações, cânceres e transtornos mentais. Para o alcance do objetivo estratégico, são propostas as seguintes Linhas de Ação: - expansão da capacidade de atendimento; - investimento em qualificação profissional e apoio aos Conselhos de Saúde; - atendimento em unidades especializadas, com prioridade para os grupos de risco: crianças, gestantes, idosos e dependentes químicos; - gestão integrada e participativa em saúde. Essas linhas de ação agrupam e integram os principais programas a seguir: Programa de Vigilância à Saúde - tem por objetivo identificar, controlar, eliminar e erradicar os fatores de riscos à saúde individual e coletiva, bem como realizar análises em saúde, dando suporte à definição de políticas públicas, desenvolvendo os Projetos Especiais: Alimentação, Saúde e Vida Saudável e Controle do Dengue, dentre outros. 106 Programa Saúde da Família - objetiva a promoção, prevenção e tratamento da saúde a grupos familiares, num espaço geográfico delimitado, de modo a garantir a identificação de fatores de riscos à saúde individual e coletiva. Programa Saúde Bucal propõe o fortalecimento das ações primárias, mediante a expansão do número de dentistas na Equipe de Saúde da Família, e das ações especializadas, pela expansão de Centros Especializados de Odontologia (CEO) nas microrregiões de saúde e de serviços de emergência em saúde bucal, em locais estratégicos dos municípios, objetivando a melhoria organizacional e qualitativa dos serviços odontológicos prestados à população; Programas de Assistência Farmacêutica, da Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública e da Rede de Hemocentros - fortalecerão o apoio diagnóstico e terapêutico aos usuários do SUS; Programa Saúde Mais Perto de Você (Reestruturação dos Sistemas Micro e Macrorregionais) - será fortalecido com a reestruturação de Unidades Básicas, Secundárias e Terciárias de Saúde, tendo como estratégia principal a expansão da melhoria da capacidade de atendimento da rede especializada, centrada nos princípios organizativos de economia de escala e negociação; Prevenção e Controle de Acidentes, Violências, Demais Agravos e Atendimento às Vítimas de Acidentes de Trânsito - serão efetivadas com a implementação do Sistema Estadual de Urgência e Emergência, utilizando a infra-estrutura dos Hospitais -Pólo microrregionais, definidos no Plano Diretor de Regionalização (PDR). 107 MORTALIDADE INFANTIL 2002 JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA O CHAVAL BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE O MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO VIÇOSA DO CEARÁ COREAÚ ALCÂNTARAS MIRAÍMA UMIRIM MUCAMBO PARAMOTI O L Â A N T T L Â IC N T O AQUIRAZ HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS O HORIZONTE ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA IC CASCAVEL PALMÁCIA VARJOTA IPÚ N T PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO RERIUTABA CROATÁ A A ITAITINGA PACATUBA GRAÇA GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA PACUJÁ CARNAUBAL E FORTALEZA PENTECOSTE GROAÍRAS CARIRÉ SÃO BENEDITO O FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA MARACANAÚ IBIAPINA C SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU ITAPAJÉ UBAJARA N PARACURU URUBURETAMA SOBRAL FORQUILHA O A TURURU MERUOCA FRECHEIRINHA TIANGUÁ E PARAIPABA ITAPIPOCA MASSAPÊ C OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ LIMOEIRO DO NORTE TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU AURORA POTENGI Mortalidade infantil NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA 0 - 12.27 ABAIARA BREJO SANTO JARDIM por 1000 nascidos vivos MILAGRES BARBALHA PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 108 PARAÍBA BAIXIO MAURITI 12.27 - 22.39 22.39 - 30.87 30.87 - 43.12 43.12 - 89.43 ICAPUÍ Objetivo Estratégico 3 - Promover a Capacitação e a Qualificação Profissional da População. O objetivo-meio será implementar o Plano de Educação Profissional do Ceará A proposta do atual plano de governo é promover uma ampla integração das políticas de capacitação e formação profissional com outras políticas, especialmente as de educação, geração de emprego e renda, desenvolvimento local e regional, e ciência e tecnologia. O Plano de Educação Profissional do Ceará deverá orientar a proposta de educação profissional com o objetivo de preparar a população para o mercado de trabalho, atentando para a dinâmica da transformação dos ambientes laborais e garantindo a integração entre a demanda de mãode-obra qualificada e a oferta de treinamento. A educação profissional, com foco no desenvolvimento integrado, terá como Linhas de Ação: - fortalecimento da integração de suas diversas instituições no Estado, consolidando o Fórum de Educação Profissional do Ceará; - adequação da formação de mão-de-obra às demandas e vocações locais e regionais; - criação de novas oportunidades de capacitação (servidores públicos e comunidade) pela educação a distância (sistema de videoconferência). O Governo do Estadual pretende incentivar o setor privado a abrir vagas para estágios e desenvolver programas de treinamento, bem como ampliar o programa de estágios do setor público. A propósito da informatização nas escolas, promover-se-á a capacitação dos estudantes por intermédio do Programa Ceará Digital, que reunirá a infra-estrutura das infovias do desenvolvimento, adiante caracterizadas, com programas de capacitação em uso da informática e com projetos de 109 democratização do acesso à Internet, a exemplo dos Programas Internet nas Escolas e as Ilhas Digitais, em uma estratégia integrada de inclusão digital. Infovias do Desenvolvimento - projeto que visa estruturar os meios físicos, tecnológicos e de pessoal para a implementação do ensino a distância, com ênfase a cursos para os setores produtivos e de serviços. Na realidade, infovias são estradas eletrônicas que possibilitam o tráfego de informações em alta velocidade de transmissão, como texto, imagem e som. A proposta do Ensino Médio enseja o desafio de se pensar também numa expansão maciça, programada e paulatina, de vagas na Universidade, já a partir de 2003. A demanda por vagas no Ensino Superior enfrenta um forte gargalo, vez que o fluxo anual de concludentes do 2º Grau é de pelo menos quatro vezes maior que o número de vagas ofertadas pelas universidades e faculdades do Estado. As propostas do novo Governo para minimizar os efeitos desse problema são: aumentar o número de vagas nas universidades públicas estaduais, incentivar a expansão dos centros de ensino privado e ampliar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes por meio dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e Centros de Ensino Tecnológico (CENTECs). Para operacionalização dessas linhas de ação, serão desenvolvidos os programas listados a seguir, dentre outros: Programa de Educação Profissional - está direcionado para a qualificação de pessoas de modo a atender a demanda do mercado, priorizando a formação de empreendedores, profissionais autônomos, jovens e trabalhadores excluídos do mercado e portadores de deficiências. Este programa objetiva elevar o nível de competitividade do trabalhador, fortalecendo o encaminhamento em atividades produtivas e geradoras de renda, bem como promover a integração com outros programas e projetos de geração de trabalho e renda. Programa Serviço Civil Voluntário - permitirá a complementação da formação acadêmica de estudantes universitários com estágio prático para prestação de serviços 110 ENSINO TECNOLÓGICO JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA O CHAVAL BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE MORRINHOS URUÓCA AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO COREAÚ ALCÂNTARAS MIRAÍMA SOBRAL UMIRIM IBIAPINA PARAMOTI Â N T IC O AQUIRAZ SANTA QUITÉRIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA HIDROLÂNDIA ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA HORIZONTE CASCAVEL PALMÁCIA VARJOTA IPÚ L PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO RERIUTABA CROATÁ T ITAITINGA PACATUBA PACUJÁ GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA GRAÇA CARNAUBAL A PENTECOSTE GROAÍRAS CARIRÉ SÃO BENEDITO O FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA MARACANAÚ MUCAMBO N SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU ITAPAJÉ UBAJARA A PARACURU URUBURETAMA FORQUILHA E TURURU MERUOCA FRECHEIRINHA TIANGUÁ C PARAIPABA ITAPIPOCA MASSAPÊ VIÇOSA DO CEARÁ O TRAIRI SENADOR SÁ CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS LIMOEIRO DO NORTE MORADA NOVA QUIXERAMOBIM TABULEIRO DO NORTE SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU PARAÍBA AURORA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA MILAGRES BARBALHA ABAIARA BREJO SANTO JARDIM PORTEIRAS JATI MAURITI Sede Instituto CENTEC e CVT Labomar CENTECs Centro Vocacional Tecnológico - CVT PERNAMBUCO PENAFORTE 111 em comunidades carentes, em retribuição ao ensino gratuito na Universidade Pública Estadual. Programa de Consolidação de Pólos de Educação Superior e Tecnológica no Estado - possibilitará ao Governo integrar as diversas instituições que atuam com capacitação e aumentar a rede de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e de Centros de Ensino Tecnológico (CENTECs) para garantir a Educação Profissional (EP) em todo o Estado. Além disso, será ativado o Conselho Estadual de Ensino Superior, integrando as ações e instituições públicas de ensino com os diferentes níveis de Governo e setor privado. Programa Preparação para o Trabalho - compreende um amplo esforço de capacitação profissional, com adaptações nos currículos do Ensino Médio e introdução do ensino contextualizado. Objetivo Estratégico 4 - Assegurar Direitos de Proteção ao Cidadão. O objetivo-meio será tratar a assistência social como política pública O objetivo da assistência social é permitir que tenham acesso a bens, serviços e riquezas societárias os grupos vulnerabilizados pela condição de pobreza, de risco social, dentre eles crianças e adolescentes, pessoas portadoras de deficiências ou de necessidades especiais, famílias em extrema pobreza, idosos, desempregados, e outros. O Governo ordenará o seguinte conjunto de Linhas de Ação: - articulação da Assistência Social com as demais políticas sociais e econômicas; - redesenho da Assistência Social como política pública; - ampliação do acesso a direitos sociais com atenção para crianças de 0 a 6 anos, crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, pessoas portadoras de deficiência, pessoas idosas e grupos vulneráveis. 112 Na área da Assistência Social, o Estado priorizará o seguinte conjunto de programas: Segurança Alimentar - objetiva a execução de projetos, como o Restaurante Popular, visando tornar acessível à população vulnerabilizada uma alimentação saudável e segura. O Projeto Banco de Alimentos e a Multissopa constituem outras estratégias a serem implantadas, como reforço e ampliação da rede de distribuição de alimentos, de forma desburocratizada e de menor custo. Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente - são marcos lógicos deste Programa a Constituição Federal, de 1988, e o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, Lei Federal nº 8.069/90 e seus desdobramentos, que detalham e dão garantia de direitos à crianças e adolescentes, compreendidos na faixa etária de 0 a 17 anos, especialmente aqueles alvos de maus-tratos, exploração de toda ordem, gravidez na adolescência, violência, trabalho penoso, insalubre e degradante, dentre outros. Assistência e Proteção Integral a Adolescentes em Conflito com a Lei - tem como público específico adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos de idade, em conflito com a lei, tendo como principal objetivo desenvolver um atendimento de qualidade, em consonância com os preceitos contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, em ambiente acolhedor, includente, e que favoreça experiências exitosas de ensino e aprendizagem, englobando as múltiplas dimensões humanas. Apoio ao Poder Público Municipal e à Sociedade Civil Organizada - tem seus fundamentos na Norma Operacional Básica da Lei Orgânica da Assistência Social, que introduz a necessidade de que o Poder Público Municipal e a Sociedade Civil Organizada assumam a gestão das políticas públicas. Ao Governo do Estado cabe a responsabilidade de assessorá-los e apoiá-los na formulação, execução, monitoramento e controle da Política de Assistência Social nos municípios. 113 Programa de Apoio às Reformas Sociais para o Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes (PROARES) - desenvolve ações que privilegia o fortalecimento e a intersetorialidade das políticas públicas, a participação comunitária, a descentralização governamental e a potencialização do uso dos recursos públicos, na perspectiva de melhorar as condições de vida de crianças, adolescentes e suas famílias, em situação de risco pessoal e social. Assistência a Grupos Vulneráveis - propõe garantir a proteção social a pessoas ou grupos que não apresentam condições de gerirem com autonomia sua própria vida, ou seu sustento, a exemplo dos mendigos, migrantes, população de rua, idosos sem referência familiar, portadores de deficiência, famílias residentes em áreas de risco, dentre outros. Abrange um conjunto de ações como a prestação de serviços diversos, a concessão de benefícios e de sua integração a outros programas e projetos de natureza econômica, jurídica, psicossocial e educativa, visando a superação da situação apresentada e sua reintegração familiar e social. Defesa Civil Permanente - o enfrentamento de situações emergenciais e que possam colocar em risco a população cearense secas, enchentes, abalos sísmicos, situações de calamidade pública constitui uma ação permanente deste Programa. Suas atividades voltam-se para a execução de serviços de caráter educativo, preventivo, assistencial, recuperativo e especialmente emergencial, envolvendo órgãos institucionais, representantes municipais e a sociedade civil. 114 DESCENTRALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA CHAVAL O BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ MORAÚJO COREAÚ ALCÂNTARAS PARAIPABA MIRAÍMA MERUOCA ITAPAJÉ FRECHEIRINHA UMIRIM GROAÍRAS CARIRÉ TEJUÇUOCA PARAMOTI RERIUTABA PALMÁCIA VARJOTA Â N T IC O AQUIRAZ HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS CASCAVEL BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA IPÚ L HORIZONTE ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA CROATÁ T PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO GUARACIABA DO NORTE A ITAITINGA PACATUBA GRAÇA CARNAUBAL EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS PACUJÁ SÃO BENEDITO O PENTECOSTE MARACANAÚ MUCAMBO IBIAPINA N FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA FORQUILHA A SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU URUBURETAMA UBAJARA E TURURU SOBRAL TIANGUÁ C PARACURU ITAPIPOCA MASSAPÊ VIÇOSA DO CEARÁ O AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ LIMOEIRO DO NORTE TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU AURORA PARAÍBA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA MILAGRES BARBALHA ABAIARA MAURITI BREJO SANTO JARDIM PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 115 Objetivo Estratégico 5 - Assegurar Direitos de Defesa e Acesso à Justiça. O objetivo-meio será implementar a rede estadual de acesso à justiça e cidadania A violência é fenômeno multifacetado com diferentes causas geradoras. É conseqüência também de um conjunto dinâmico de fatores decorrentes do quadro de carência social com indicadores inadequados nas áreas de acesso efetivo a serviços públicos essenciais, tais como saúde, educação, saneamento básico, prevenção ao uso indevido de drogas, trabalho e renda, habitação, lazer, participação política e justiça, esta como garantidora do exercício ativo da cidadania. O Governo do Estado orientar-se-á pelas seguintes Linhas de Ação: - celeridade no atendimento do processamento administrativo e judicial; - prestação de assistência jurídica e judiciária às camadas mais pobres da população. O grande desafio governamental é agir mais preventivamente, utilizando-se de ações sociais de combate à violência. Com a implementação da Rede Estadual de Acesso à Justiça e Cidadania, o Estado objetiva estruturar canais de acesso do cidadão aos âmbitos administrativo e judicial para processamento de suas necessidades, de modo mais célere e de forma a evitar duplicidade na execução de rotinas e serviços. A política pública de assistência jurídica, como concretização do preceito constitucional de acesso à Justiça, será assegurada às camadas pobres da população por meio da Defensoria Pública, que é o órgão encarregado de propor, gerir e executar essa política, articulada com as outras ações governamentais, em especial com as relacionadas à cidadania, segurança e justiça. O fortalecimento desse importante órgão dar-se-á pelo aumento no número de defensores para atender a demanda social e pela disponibilização de recursos materiais e humanos. 116 A ampliação do acesso a direitos sociais voltadas às camadas mais pobres da população será assegurada pela efetivação dos seguintes programas: Programa de Assistência Jurídica Gratuita - dará continuidade à ampliação do atendimento jurídico itinerante (atendimento móvel) a pessoas carentes, assegurando os direitos individuais e coletivos da sociedade. Programa de Atendimento Especializado ao Idoso e à Criança - objetiva a criação de núcleos especializados de atendimento de idosos e crianças em situação de vulnerabilidade, facilitando o acesso desse público-alvo à justiça. Programa Defensor Público/Instrumento de Cidadania - visa educar e conscientizar a população acerca dos direitos e garantias fundamentais. Objetivo Estratégico 6 - Melhoria da Segurança Pública. O objetivo-meio será ampliar a infra-estrutura e equipamentos de Segurança Pública Os compromissos da atual gestão governamental nesta área serão concretizados pela implementação de linhas de ação que visem a ampliação e a melhoria da infra-estrutura da Segurança Pública, conforme está preconizado no Plano Estadual de Segurança Pública. Por esse Plano, será desencadeado um conjunto articulado de ações preventivas e defensivas contra a violência, tendo como cliente estratégico a população. São algumas medidas desse Plano: o Projeto Escola Segura; o fortalecimento da prevenção do uso de drogas e doenças sexualmente transmissíveis; a redução do número de chamadas não atendidas pelo CIOPS; adoção de mecanismo que capte e avalie a expectativa e retorno do público externo com relação às atividades de segurança pública e defesa social; a prestação de contas à comunidade das ações administrativas de impacto; a redução do tempo de resposta no atendimento emergencial prestado à população; a melhoria da logística e do perfil de atendimento nas recepções das delegacias; a adoção do uso de senha eletrônica no atendimento das delegacias de grande porte e nos institutos de polícia técnica; 117 a atuação em parceria com a comunidade na identificação de suas demandas de segurança pública; a promoção de operações integradas de saturação intensiva em áreas com índice de criminalidade elevada, proporcionando maior segurança à população; a promoção do ingresso continuado de novos policiais; a implementação do grupo de operações especiais na polícia civil; o reequipamento e modernização da polícia científica; o fortalecimento do projeto Campus Virtual de Segurança Pública, em parceria com a Universidade Estadual; a criação da Escola Superior de Segurança e Proteção Social; a interiorização da polícia científica; a criação de ouvidorias de polícia autônomas e independentes; a criação do Conselho Consultivo de Segurança Pública; a modernização e expansão das telecomunicações e da rede Intranet no interior do Estado, no tocante à Segurança Pública. As Linhas de Ação previstas para o setor são: - garantia de maior mobilidade do sistema de segurança preventiva e defensiva com uso de tecnologia; - continuidade da reestruturação do aparato institucional da Segurança Pública; - aumento do efetivo funcional das Polícias e Bombeiros, de forma programada considerando o adensamento populacional; - ampliação do atendimento da Polícia Judiciária (delegacias 24 horas); - interiorização da Polícia Civil com a criação de novas delegacias municipais e de delegacias especializadas da mulher; - fortalecimento da interação com a comunidade; - fortalecimento dos mecanismos de apuração e punição dos profissionais de Segurança Pública envolvidos em ilicitudes; - aperfeiçoamento do comportamento do corpo policial em relação ao trato com a população; - prevenção e combate a incêndio e salvamentos; - socorro de urgência; - interiorização do Corpo de Bombeiros; 118 - intensificação do processo de capacitação técnico-profissional do pessoal da Segurança Pública. O Estado investirá na criação de políticas destinadas a jovens e adolescentes, para prevenção da violência, e incentivará os municípios a criarem suas guardas municipais. Objetivo Estratégico 7 - Melhoria do Sistema Penitenciário. O objetivo-meio será ampliar a rede penitenciária estadual, recuperar e modernizar as unidades prisionais existentes e assegurar assistência integral aos presos e egressos Visando implementar ações para a melhoria do sistema penitenciário, o Estado deverá contar com diversos programas visando a qualificação de presos, a reforma carcerária, a atualização administrativa e a qualificação de servidores da área da Justiça. Para o alcance deste objetivo, são necessárias as seguintes Linhas de Ação: - construção, reforma, ampliação e reequipamento de instalações prisionais; - aperfeiçoamento dos serviços penitenciários, mediante a celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos com entidades públicas ou privadas; - formação, aperfeiçoamento e especialização de servidores dos estabelecimentos penitenciários; - formação educacional, cultural e profissionalizante do preso e egresso, com vistas à sua reinserção social. O Estado priorizará a construção de Penitenciárias Industriais Regionais, localizandoas em regiões estratégicas; de Centros de Detenção Provisória CDP para abrigar a população das cadeias públicas; de Centro de Progressão Penitenciária e de Centros de Ressocialização CR, para os presos em regime aberto e semi-aberto; de Centro de Atendimento à Saúde do Preso e de Núcleos de Atenção ao Egresso. 119 O Governo concretizará essas ações mediante a implementação dos seguintes Programas: Programa de Modernização da Gestão da SEJUS (PROMOGES) buscará a permanente atualização administrativa, financeira, bem como a gestão do planejamento e dos recursos humanos da SEJUS; Programa de Capacitação dos Servidores da SEJUS (PROCAPS) promoverá a constante qualificação dos servidores de todos os cargos e níveis da SEJUS; Programa de Infra-Estrutura Física, Tecnológica e de Materiais do Sistema Penitenciário (INFRAPEN) e Programa de Gestão do Sistema Penitenciário (PROGESPEN) responderão, em conjunto, pela modernização e reforma da infra -estrutura carcerária e pela gestão da rede penitenciária estadual; Programa de Promoção do Empreendedorismo e da Socialização do Preso e Egresso (PROATIVOS) cuidará da qualificação de presos e egressos do sistema penitenciário para o mercado de trabalho. Objetivo Estratégico 8 - Promoção de Ações Educativas de Prevenção à Violência e de Combate à Impunidade. O objetivo-meio será fortalecer o papel das Casas de Mediação e dos Conselhos de Prevenção à Violência Na área da Justiça, entendida como a defesa dos direitos inalienáveis da pessoa humana, a participação estatal dar-se-á pela promoção de ações educativas de prevenção à violência e de combate à impunidade. Para a consecução deste objetivo, são essenciais as seguintes Linhas de Ação: - preventivas e/ou defensivas de direitos, com enfoque no exercício da cidadania; - de fortalecimento da participação dos Conselhos na prevenção à violência; 120 - de proteção às vítimas e testemunhas ameaçadas. Sob a ótica da educação para a cidadania, será enfatizado o papel dos Conselhos e destacadas as suas contribuições na prevenção à violência, notadamente na esfera municipal. Alguns programas são essenciais: Programa de Educação para a Cidadania pretende garantir, por meio de mecanismos educacionais, a atuação ampliada e municipalizada dos Conselhos (Estadual Antidrogas, Cearense dos Direitos da Mulher, Estadual de Defesa da Pessoa Humana, Estadual de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência e Conselhos Comunitários Penitenciários), item de fundamental importância para o alcance dos resultados de uma educação cidadã; Programa de Proteção às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (PROVITA-CE) tem por finalidade tornar-se mais um instrumento na luta contra a impunidade, por meio da proteção concedida às vítimas e testemunhas sob ameaças físicas ou psicológicas, de forma a que possam contribuir com a justiça na produção de provas nos processos criminais; Projeto Casas de Mediação propõe dar maior agilidade na resolução de conflitos transigíveis e, pelo cumprimento do papel de educador social, amplia a visão de mundo das partes litigantes e previne o aumento da violência e criminalidade nas comunidades. 121 DEFENSORIA PÚBLICA - JUSTIÇA GRATUITA JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA O ITAREMA CHAVAL BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE O MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO MASSAPÊ VIÇOSA DO CEARÁ COREAÚ ALCÂNTARAS PARAIPABA MIRAÍMA TURURU MERUOCA SOBRAL ITAPAJÉ UBAJARA UMIRIM PENTECOSTE MARACANAÚ MUCAMBO IBIAPINA GROAÍRAS CARIRÉ TEJUÇUOCA PARAMOTI RERIUTABA PALMÁCIA VARJOTA IPÚ HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS CASCAVEL BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA HORIZONTE ACARAPE PACOTI CARIDADE PIRES FERREIRA CROATÁ PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO GUARACIABA DO NORTE AQUIRAZ ITAITINGA PACATUBA GRAÇA CARNAUBAL EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS PACUJÁ SÃO BENEDITO O FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA FORQUILHA SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU URUBURETAMA FRECHEIRINHA TIANGUÁ PARACURU ITAPIPOCA C E A O N C O E A N AT O L A ÂN T L T Â IC N T O IC CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ LIMOEIRO DO NORTE TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU AURORA PARAÍBA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA MILAGRES BARBALHA ABAIARA BREJO SANTO JARDIM PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 122 MAURITI Comarcas com Defensor Público Objetivo Estratégico 9 - Identificar, Preservar, Renovar e Fomentar a Cultura, na Perspectiva da Inclusão Social e da Cidadania Cultural. O objetivo-meio será valorizar a cultura municipal e regional, garantindo o acesso das diversas comunidades aos bens e serviços culturais, fomentando a preservação da memória, assim como a inovação e a experimentação cultural O Governo do Estado adotou como linhas estratégicas para o atual quadriênio (2003-2006) a afirmação da cultura como matéria transversal a todos os eixos do Governo, sendo compreendida como estratégia para a inclusão social, o desenvolvimento local e regional, a promoção da auto-estima do cidadão, do empreendedorismo e das diversas identidades do povo cearense. Desse modo, ficam assim definidas as seguintes Linhas de Ação : - afirmação da cultura como fator de inclusão social e de desenvolvimento local e regional, promovendo a inclusão cultural e a auto-estima do cearense; - estimulo à transversalidade da cultura nas ações das secretarias de Estado e municípios, identificando, fomentando e integrando as vocações culturais regionais; - promoção do empreendedorismo cultural e da economia da cultura; - implantação da gestão estratégica e compartilhada, aberta a novas parcerias e focada na qualidade de produtos e serviços culturais. A implementação dessas linhas fundamenta-se em ações de municipalização e regionalização da cultura; de garantia de acesso a bens e serviços culturais; de promoção da cearensidade: de memória, preservação e inovação cultural. O conceito de cidadania cultural é, nesse sentido, fundamental para um governo voltado para a cidadania e para a inclusão social. As ações culturais criam alternativas diante do esgarçamento do tecido social das cidades, revelado ora pela violência urbana, ora pelo vandalismo, pelo tráfico de drogas, enfim, pela proliferação de populações excluídas. 123 Grande parte dessas mazelas pode ser neutralizada quando se compreende a transversalidade da cultura, que permite propor estratégias na área da segurança pública, da saúde, da educação, da ação social, da juventude, do desenvolvimento econômico, do turismo, dentre outras. A visão do Governo de que o reforço às identidades locais é fundamental à sua auto-estima é simbolizada pela expressão cearensidade, a qual deverá ser trabalhada desde a escola até os diversos produtos cearenses para exportação. Por outro lado, a cultura poderá facilitar as ações públicas na regionalização do desenvolvimento, isto é, a cultura poderá rever a tradicional relação centro x periferia dos aglomerados urbanos, revelando vocações regionais e ajudando a reduzir a macrocefalia da capital em relação às diversas regiões do Estado. A consecução desses objetivos propostos será obtida por meio dos seguintes programas: Programa de Geração, Preservação e Difusão do Conhecimento na Área Cultural - favorece o conhecimento do universo cultural via pesquisas, levantamentos e configuração de perfis culturais, possibilitando a preservação desse conhecimento pela criação e ampliação de acervos e promovendo a sua difusão mediante linhas editoriais, feiras e outros eventos. Programa Memória da Cultura visa conhecer, reconhecer, preservar, promover e requalificar nosso patrimônio cultural material e imaterial, o qual, por seu valor histórico, estético e antropológico, seja referência para a nossa identidade cultural. Programa Desenvolvimento Cultural - dinamiza as expressões artísticas e culturais pelo apoio à sua criação, produção e difusão, capacitando pessoas para as cadeias produtivas das artes e da cultura, qualificando os equipamentos culturais existentes, implantando novos equipamentos e desenvolvendo mecanismos de fomento às diversas áreas de expressão da cultura: audiovisual, artes-visuais, dança, teatro, literatura, música, gastronomia,design, cultura popular/artesanato. 124 Programa Valorização da Cultura Regional - desenvolve, de forma compartilhada, ações nas regiões do Estado, visando identificar, conhecer e valorizar a diversidade e as potencialidades regionais, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico dessas regiões, sempre na perspectiva de desenvolvimento da cidadania cultural e da inclusão social. Programa de Telecomunicações e Desenvolvimento Audiovisual visa desenvolver o audiovisual cearense mediante a capacitação de pessoal na cadeia produtiva desta área, o apoio à produção e difusão dos produtos audiovisuais e a implementação de sistemas digitais de realização e transmissão televisiva com cobertura em todo o Estado do Ceará. Objetivo Estratégico 10 - Promover e Incentivar o Lazer e o Desporto com Prioridade para a Juventude. O objetivo-meio será implementar políticas públicas para a juventude Existe um consenso social quanto à importância que deve ser atribuída aos jovens e ao desenvolvimento de seu papel na sociedade. Esta será, sem dúvida, uma das prioridades de governo. As vulnerabilidades quanto à população jovem acentuam-se nas poucas oportunidades ofertadas, o que ocasiona, dentre outras situações, altas taxas de desemprego, inacessibilidade à formação escolar e profissional, além de serem os jovens as principais vítimas da violência urbana, das drogas, da gravidez precoce, da prostituição e de situações de risco. Esse processo demanda uma estratégia de educação permanente e continuada que não deve limitar-se apenas à escola, mas estender-se também ao trabalho e a outras instâncias da vida social. Decorre daí a necessidade de novas articulações entre a escola e os processos formativos, de um lado, e vida profissional e social, de outro. 125 O Governo do Estado, preocupado com a ausência de uma política pública estadual de esportes e lazer, notadamente para o jovem, sem desconsiderar os esforços empreendidos nessa área pelos diversos setores governamentais e sociedade civil, decidiu pela criação de uma Secretaria de Estado que contemple essas modalidades de atendimento voltadas para os jovens, especialmente os que vivem em estado de risco, como forma de proteção contra a marginalidade, estímulo à cidadania e esperança no futuro. A Secretaria Estadual de Esportes e Juventude terá um papel muito importante e agregador dos valores da juventude, na medida em que acionará mecanismos que aproximem e interliguem modalidades extensivas, flexíveis e continuadas de educação, especialmente as atividades de esportes e lazer, destacando-se as seguintes Linhas de Ação, dentre outras: - criação de instâncias de interlocução com a sociedade: fóruns de esporte; reestruturação do Conselho Estadual de Desporto; incentivo à criação de Conselhos Municipais que compreende uma estratégia de organização e dinamização da Política Estadual do Esporte, sua interiorização e articulação com diversos segmentos da sociedade - Governo, Federação e outros; Núcleo de Formação/Capacitação; - criação e definição de uma infra-estrutura esportiva: implantação de Centros de Referência Desportiva; Casa do Esporte; e novo modelo administrativo do Castelão; - interiorização das ações do esporte: criação de Pólos Esportivos Regionais mediante a construção de equipamentos de referência; - criação do Fundo de Apoio ao Esporte Amador: serão viabilizados esforços na criação desse fundo a fim de realizar investimentos nos equipamentos desportivos e na melhoria de ambientes comunitários adequados à prática do esporte; - criação e revitalização de espaços de lazer: criação de áreas verdes com espaços de lazer, esportes, eventos e convivências; e recuperação e manutenção de praças e equipamentos diversos de lazer dentre outros; 126 - incentivo e valorização da cultura e de valores simbólicos para a juventude: trata-se de lazer como a música, as artes e esportes, numa conformação integrada com outras Secretarias para o desenvolvimento e exploração do lazer responsável. Para atendimento a essas linhas de ação, são necessários alguns programas: Programa Desenvolvimento do Esporte Escolar e Rendimento - objetiva assegurar o acesso à prática esportiva na escola, na perspectiva de revelar novos talentos e possibilitar a participação de atletas de alto nível em competições nacionais e internacionais; Programa Esportes, Aventura, Natureza e Motor - visa o incentivo para a prática desses esportes, de modo a explorar o potencial turístico do Ceará; Programa Esportes de Participação e Lazer - tem por objetivo fomentar a prática de atividades esportivas e de lazer como meio de inclusão social, atendendo a todas as faixas etárias da população; Programa Desenvolvimento e Gestão de Políticas da Juventude - visa o desenvolvimento e gestão de políticas voltadas para a juventude como forma de potencializar o papel do jovem na sociedade, percebendo-o como agente de transformação. O Programa possibilitará a criação de canais de diálogos entre o Governo e os jovens em geral mediante a realização de encontros sistemáticos, fóruns locais e regionais, Congresso Estadual da Juventude, e a constituição do Conselho Estadual de Juventude. Programa Implantação e Gestão de Equipamentos Esportivos - objetiva a implantação, manutenção, conservação e gerenciamento moderno dos equipamentos esportivos de responsabilidade do Governo do Estado para o pleno atendimento de práticas esportivas e de lazer. 127 Objetivo Estratégico 11 - Ampliar e Melhorar a Oferta da Infra-estrutura Social. O objetivo-meio será priorizar investimentos em projetos de saneamento O Governo continuará priorizando investimentos em projetos de infra-estrutura urbana, especialmente nas áreas de saneamento. Uma das grandes metas estaduais será a busca da promoção da universalização dos serviços de abastecimento de água e a elevação do índice de atendimento com esgotamento sanitário, com prioridade para os municípios mais carentes e para os de interesse turístico. Os índices de cobertura dos serviços de água e esgoto no Estado até o ano de 2002, registraram os seguintes dados: município de Fortaleza água (94,4%); esgoto (63,0%); população urbana das demais sedes municipais da RMF - água (82,9%); esgoto (23,5%); população urbana das sedes municipais com interesse turístico no interior - água (70,3%); esgoto (14,1%); população urbana das demais sedes municipais no interior - água (53,0%); esgoto (3,7%); população dos distritos e localidades no interior - água (13,7%); esgoto (1,9%); população urbana do Estado - água (72,3%); esgoto (30,9%); população total do Estado - água (51,7%); esgoto (22,1%). As Linhas de Ação que orientarão a política para o setor são: - promoção da universalização do atendimento dos serviços de água e elevação do índice de atendimento com esgoto; - expansão e melhoria dos serviços de água e esgotamento sanitário; 128 - planejamento, gestão e integração com as demais ações de desenvolvimento urbano. Serão executados projetos necessários à execução desses sistemas por meio de vários programas, como por exemplo: Programa ALVORADA II em 2003, deverá atuar em 15 municípios, beneficiando um universo de cerca de 100 mil habitantes em saneamento no interior do Estado; Programa PROSANEAMENTO II - atuará em 7 municípios, beneficiando cerca de 8 mil habitantes com serviços de abastecimento d'água e 192 mil com serviços públicos de esgotamento sanitário. Programa SANEAR II - tem como meta ampliar o sistema de esgotamento sanitário de Fortaleza e melhorar/ampliar/implantar sistemas de água e esgoto em mais de 25 sedes municipais do Estado, beneficiando uma população de cerca de 950 mil habitantes; Programa de Ação Social em Saneamento (PASS) - objetiva a implantação de projetos de saneamento básico e abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e destinação final de efluentes nos municípios que apresentam elevados indicadores de pobreza no Estado, com a finalidade de melhorar as condições ambientais e de saúde da população. Programa de Modernização do Setor Saneamento (PMSS) - objetiva a promoção do reordenamento institucional do Setor Saneamento por meio da indução do aumento da eficiência e da capacidade de investimentos, do apoio ao estabelecimento de novos modelos para a prestação dos serviços, ampliando a participação do setor privado e da proposição de instrumentos de regulação e controle. Programa de Saneamento Rural KFW II tem como meta executar obras para implantação de sistemas de água e esgoto em 22 localidades situadas na Região do Médio e Baixo Jaguaribe. 129 SANEAMENTO BÁSICO JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM ITAREMA BARROQUINHA O BELA CRUZ GRANJA CHAVAL MARCO MARTINÓPOLE MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO VIÇOSA DO CEARÁ COREAÚ ALCÂNTARAS PARAIPABA MIRAÍMA MERUOCA ITAPAJÉ UMIRIM IBIAPINA GROAÍRAS CARIRÉ APUIARÉS TEJUÇUOCA PACATUBA GRAÇA CARNAUBAL PARAMOTI RERIUTABA T L Â N T IC O SANTA QUITÉRIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA HIDROLÂNDIA PINDORETAMA HORIZONTE ACARAPE PACOTI CARIDADE IPÚ A CASCAVEL PALMÁCIA VARJOTA PIRES FERREIRA CROATÁ O AQUIRAZ ITAITINGA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE PACUJÁ SÃO BENEDITO N PENTECOSTE MARACANAÚ MUCAMBO A FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA FORQUILHA UBAJARA E SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU URUBURETAMA FRECHEIRINHA C TURURU SOBRAL TIANGUÁ O PARACURU ITAPIPOCA MASSAPÊ CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ LIMOEIRO DO NORTE TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU PARAÍBA AURORA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MUNICÍPIOS BENEFICIADOS MISSÃO VELHA MILAGRES BARBALHA ABAIARA Programa Alvorada MAURITI Prosaneamento BREJO SANTO JARDIM PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 130 58 municípios ICAPUÍ Programa PRODETUR II - aportará recursos para obras de saneamento básico, e para conservação ambiental e tratamento de resíduos sólidos, em áreas turísticas; Objetivo Estratégico 12 - Promover o Tratamento Adequado dos Resíduos Sólidos. O objetivo-meio será realizar a gestão integrada dos resíduos sólidos São claras as implicações da gestão inadequada dos resíduos sólidos no meio ambiente, refletidas na degradação do solo, no comprometimento dos mananciais, na poluição do ar e na saúde pública. O Governo adotará as seguintes Linhas de Ação para o devido tratamento dos resíduos sólidos: - planejamento integrado de intervenções quanto aos resíduos sólidos; - incentivo às boas práticas de gestão, com ênfase na conscientização do consumidor; - seleção de áreas de disposição de resíduos; - execução de programa de educação ambiental e mobilização social contínuo; - estímulo à formação de parcerias entre municípios para o tratamento dos resíduos sólidos. O Estado adotará medidas que visem a eliminação dos lixões, tais como consórcios entre prefeituras, promovendo o tratamento adequado em aterros sanitários e evitando a contaminação das águas pluviais e subterrâneas; incentivando hábitos de redução do lixo; implantando a coleta seletiva voltada para reciclagem e o aproveitamento industrial; dando continuidade a alguns programas e implementando outros de geração de renda para a população mais pobre, por meio da coleta e reciclagem do lixo. Espera-se, também, que as ações de assistência técnica e apoio financeiro do Estado aos municípios na área de resíduos sólidos possibilitem a melhoria da coleta e a correta destinação final desses resíduos em grande parte das nossas cidades. 131 Entre os programas, o de maior importância será: O Programa de Construção de Aterros Sanitários Regionais realizará a gestão de resíduos sólidos de forma integrada com municípios de uma mesma microrregião. Objetivo Estratégico 13 - Proteger o Meio Ambiente. O objetivo-meio será implementar ações preventivas e indutoras de preservação ambiental As ações de preservação ambiental são instrumentos de proteção à saúde, direito de todos e dever do Estado e da sociedade. Parte dos danos causados ao meio ambiente é oriunda do desconhecimento ou da negligência dos atores sociais quanto à capacidade de suporte dos ecossistemas. Portanto, é vital implementar meios de gestão e educação ambiental que assegurem a disseminação e a absorção do conhecimento e garantam a sustentabilidade. Isso exige planejamento do uso e da gestão compartilhada dos recursos naturais, por um lado, e, por outro, vinculação do desenvolvimento econômico e social à proteção do meio ambiente. A política ambiental do Estado tem como desafio as seguintes Linhas de Ação: - conciliação das questões econômicas, sociais e ambientais para o desenvolvimento sustentável do Estado; - implementação de sistemas integrados de manejo dos recursos naturais, respeitandose a diversidade dos ecossistemas e das microrregiões do Estado; - implantação de mecanismos de inclusão das administrações municipais e comunidades locais na promoção e defesa do meio ambiente por uma rede de educação e informações ambientais; - promoção de eventos educativos e formação de agentes multiplicadores em educação ambiental. 132 As áreas de florestas funcionam como barreiras naturais à desertificação, à erosão intensiva, à perda de recursos biológicos, à fragmentação de ecossistemas e às catástrofes naturais. Serão empreendidas ações que visem ao combate do descontrole e uso irracional dos recursos florestais disponíveis, por meio de uma política efetiva de manejo da mata nativa, do reflorestamento das áreas críticas, da conservação dos ecossistemas mais frágeis, da diversificação do uso dos produtos florestais com fins energéticos, alimentares, farmacológicos, e industriais, dentre outros. Para efetivação da política ambiental do Estado, serão adotadas ainda medidas que visem a implantação de unidades de conservação em quantidade e extensão adequadas à preservação da biodiversidade, nos mais diferentes ecossistemas (litoral, serra, sertão). A proteção do litoral cearense, serras e sertão dar-se-á por medidas que primem pela conservação, recuperação e monitoramento de áreas degradadas, resultantes do mau uso por atividades antrópicas, tais como: agrícolas, industriais, de mineração, de extração de areia, de obras de infra-estrutura e de assentamentos urbanos e rurais. Serão implementadas ainda medidas e ações que levem ao aperfeiçoamento do manejo sustentável dos recursos desses ecossistemas, promovendo e fortalecendo programas de monitoramento e fiscalização para acompanhamento dos processos dinâmicos, bem como avaliação dos impactos inerentes às atividades de risco. O Governo efetivará a política ambiental do Estado, dando continuidade aos Programas e Projetos a seguir, sem prejuízo de outros: Programa de Gerenciamento Costeiro (GERCO) - realiza a atualização do diagnóstico para um zoneamento, um plano de gestão e lei estadual de proteção da zona costeira. Projeto Selo Município Verde - atua pela certificação dos municípios cearenses que possuem efetivas ações de proteção ao meio ambiente. Incentiva também as municipalidades a implementarem políticas ambientais necessárias. 133 Projeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos - desenvolve a Política Estadual de Resíduos Sólidos, visando a mudança de hábito e atitudes da população em relação ao meio ambiente, com destaque para o campo da limpeza urbana, incentivando o reaproveitamento, a reutilização e a reciclagem dos resíduos gerados, de forma a aumentar a vida útil dos aterros sanitários. O projeto promove ainda capacitação, educação ambiental a distribuição de equipamentos para reciclagem. Programa de Controle e Proteção Ambiental objetiva a proteção e a conservação dos recursos ambientais do Estado, visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos moradores residentes nas áreas litorâneas e interioranas, bem como implantar e manter espaços legalmente protegidos com a finalidade de preservar patrimônio histórico, étnico e cultural; Programa de Educação Ambiental objetiva promover a integração entre os diversos segmentos sociais, estimulando a adoção de práticas ambientais, com a realização de cursos de capacitação, campanhas educativas e projetos sociais sustentáveis; Desenvolvimento da Silvicultura apoiará as ações de reflorestamento no semiárido cearense, que apresenta elevado grau de desertificação e de assoreamento dos rios e riachos. Essas ações deverão resultar em benefícios socioeconômicos e ambientais para a população em geral, mediante a adoção de um manejo harmonioso entre a cobertura vegetal da caatinga e as atividades econômicas desenvolvidas pelo homem. 134 Objetivo Estratégico 14 - Aumentar a Oferta de Unidades Habitacionais. O objetivo-meio será implementar o Plano Diretor de Habitação As ações no setor habitacional serão desenvolvidas de forma planejada, integrada, descentralizada e participativa nas três esferas governamentais, iniciativa privada, entidades representativas da comunidade e organizações não-governamentais, buscando sempre a ação em parceria e a promoção da autogestão municipal. O conceito de habitação extrapola a simples semântica de abrigo. Incorpora, em seu sentido pleno, outros conceitos ligados a diversos serviços básicos públicos. O local de moradia deve reunir condições de segurança, salubridade, ser adequado à faixa etária e às condições ambientais e culturais locais. O Governo ampliará a política habitacional contemplando maior oferta de unidades habitacionais, priorizando a ocupação de vazios urbanos dotados de infra-estrutura e próximos às centralidades urbanas. O equacionamento definitivo do problema habitacional dar-se-á em longo prazo e à luz do Plano Diretor de Habitação - PDH, o qual dimensionará os déficits habitacionais quantitativos e qualitativos do Estado, tendo como base o ano de 2000. Em face da complexidade do problema, o Governo envidará esforços para priorizar recursos para habitação nas três esferas governamentais, integrando-se com outros setores governamentais e não governamentais para a consecução dos objetivos de redução do déficit habitacional. A programação habitacional que vem sendo desenvolvida por meio dos programas já existentes, nas linhas de atendimento de mutirões habitacionais (HABITAR BRASIL, MUTIRÃO HABITACIONAL e PRÓ-MORADIA), e de urbanização de favelas (HABITAR BRASIL, HABITAR BID, PRÓ-MORADIA e PASS) será consolidada e consubstanciada no Programa Casa Melhor, que pretende atenuar, a médio prazo, o problema da habitação para famílias de baixa renda. 135 HABITAÇÃO JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA CHAVAL O BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE O MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO VIÇOSA DO CEARÁ COREAÚ ALCÂNTARAS MIRAÍMA ITAPAJÉ UBAJARA UMIRIM IBIAPINA GROAÍRAS CARIRÉ PARAMOTI RERIUTABA N T HIDROLÂNDIA ARATUBA CASCAVEL BEBERIBE CHOROZINHO FORTIM OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA O ARACOIABA CAPISTRANO IPUEIRAS PACAJUS BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ C BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA I PINDORETAMA ACARAPE PACOTI CARIDADE IPÚ Â HORIZONTE PALMÁCIA VARJOTA PIRES FERREIRA CROATÁ L ITAITINGA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO GUARACIABA DO NORTE T AQUIRAZ PACATUBA GRAÇA CARNAUBAL EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA PACUJÁ SÃO BENEDITO A PENTECOSTE MARACANAÚ MUCAMBO O FORTALEZA CAUCAIA IRAUÇUBA FORQUILHA N SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU URUBURETAMA FRECHEIRINHA A TURURU MERUOCA SOBRAL TIANGUÁ E PARACURU ITAPIPOCA MASSAPÊ C PARAIPABA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ LIMOEIRO DO NORTE TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE POTIRETAMA MOMBAÇA DO NORTE SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM GRANJEIRO CARIRIAÇU AURORA PARAÍBA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MUNICÍPIOS BENEFICIADOS MISSÃO VELHA EM 2002 ABAIARA BREJO SANTO JARDIM PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 136 Casas populares MILAGRES BARBALHA MAURITI ICAPUÍ São estruturantes para o Eixo Ceará Vida Melhor os seguintes Programas: Plano Estadual de Segurança Pública; Programa Redução do Analfabetismo de Jovens e Adultos (Alfabetização é Cidadania); Universalização Progressiva do Ensino Médio nas Localidades Rurais e Urbanas; Programa Desenvolvimento Cultural; Programa Valorização da Cultura Regional; Programa Desenvolvimento e Gestão de Políticas da Juventude; Programa Saúde Mais Perto de Você (Reestruturação de Unidades Micro e Macrorregionais de Saúde); Programa Saúde da Família; Programa Saúde Bucal; Programa de Apoio às Reformas Sociais para o Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes (PROARES); Programa de Assistência Jurídica Gratuita; Programa de Promoção do Empreendedorismo e da Socialização do Preso e Egresso (PROATIVOS); Plano de Educação Profissional do Ceará; Programa SANEAR II; Programa de Construção de Aterros Sanitários Regionais; Projeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos; Desenvolvimento da Silvicultura; Programa Casa Melhor. 137 EIXO 3 - CEARÁ INTEGRAÇÃO O Eixo Ceará Integração objetiva a promoção do desenvolvimento local e regional, no alinhamento estratégico das políticas públicas e na integração de programas, apoiando-se na força da articulação e na legitimação pela participação e controle social. A promoção do desenvolvimento local e regional retoma o enfoque territorial como resposta aos desafios do processo de globalização e à integração econômica dos mercados, e se constitui numa alternativa de desenvolvimento inserida no objetivo de governo de dinamizar a economia do Ceará, desconcentrando o processo de urbanização, minimizando as disparidades entre as áreas metropolitana e não-metropolitana, e privilegiando a criação de oportunidades de trabalho e renda de forma mais equilibrada, para um maior contingente populacional do Estado. Atende ao fim último de reduzir as desigualdades regionais e a pobreza no Estado. Sua implementação pressupõe a adoção de ações estratégicas baseadas em princípios que envolvem a autonomia local, a coordenação e cooperação no âmbito regional e a busca da eqüidade. Para tanto, estão definidas estratégias em três níveis para orientar a ação do Governo. As opções estratégicas no nível micro (Município) estarão orientadas para o estímulo à autonomia local, com base nos determinantes internos, ou seja, nas vocações edafo-climáticas, nas potencialidades econômicas competitivas, na organização institucional e na sociedade civil, dentre outros. O município, como instância micro da unidade espacial, contará com o apoio do governo para aprofundar o conhecimento das potencialidades e identidade local que resultem em manifestações regionais. No nível meso (Regional), serão estabelecidos mecanismos institucionais de coordenação, indutores para integração e convergência das ações, motivando os municípios na defesa e engajamento de projetos de interesse comum para a região, em consonância com a diretriz governamental. Essa estratégia induz ao princípio da socialização do esforço governamental, aglutinando os interesses coletivos, estimulando a cooperação, e contribuindo para otimizar a aplicação dos recursos financeiros no Estado. 138 Por sua vez, a estratégia de integração no nível macro (Estado) apoia-se nas ações governamentais de promoção do ordenamento territorial, com vistas à sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Nessa instância, o Governo buscará viabilizar a alocação de investimentos de forma a assegurar uma estrutura espacial mais equilibrada. O Eixo Ceará Integração consubstancia-se nos seguintes objetivos estratégicos: Promover a Desconcentração Espacial do Desenvolvimento; Promover o Potencial Endógeno para a Autonomia Local e Promover a Gestão Integrada e Compartilhada do Território. Os programas e projetos prioritários objetivam estimular e organizar as atividades produtivas, o fortalecimento do capital social, a formação do capital humano, o acesso ao financiamento, o conhecimento técnico e o apoio gerencial. Para tanto, requer o alinhamento estratégico de políticas e a articulação institucional dos agentes que atuam na área ou setor responsável pelo crescimento econômico como forma de estimular a competitividade nas diferentes regiões, respeitando a sustentabilidade do meio ambiente, as dimensões intra e inter-regionais e as relações de complementaridade do meio rural com o urbano. Objetivos Estratégicos, Objetivos-meios, Linhas de Ação, Programas e Programas Estruturantes Objetivo Estratégico 1 - Promover a Desconcentração Espacial do Desenvolvimento. 2 O Estado do Ceará, com cerca de 148 mil km , constitui-se num mosaico edafo-climático cujas características refletem as diferenças socioeconômicas, culturais, demográficas, disponibilidade de recursos naturais, potencialidades e limitações das diversas partes de seu território. Para efeito de planejamento, o Estado está dividido em oito regiões: Região Metropolitana de Fortaleza(RMF); Litoral Oeste; Sobral/Ibiapaba; Sertão Central; Sertão dos Inhamuns; Baturité; Litoral Leste/Jaguaribe; e Cariri/Centro Sul. 139 A questão do desequilíbrio demográfico/econômico intra-regional é refletida, notadamente, em Fortaleza e na RMF. Os problemas relacionados à pobreza e à desigualdade tornamse mais complexos, uma vez que cerca da metade da população do Ceará vive em cidades onde a economia está baseada na agricultura de subsistência, em que 40% da população estão ocupados em atividades agrícolas, apesar de o Estado ter 90% do seu território circunscrito sob as condições climáticas de semi-aridez (chuvas irregulares e secas intermitentes), com os solos rasos assentados no cristalino. Como conseqüência desses condicionantes, além da distribuição desigual da riqueza, o Ceará possui uma renda domiciliar baixa, equivalente a apenas 58% da renda nacional, observando-se maior distorção quando se constata que a renda média mensal do trabalhador do setor urbano é quase o dobro da renda média do trabalhador do setor rural. Por sua vez, a incipiente estrutura das pequenas cidades do interior não cria as condições endógenas para um processo de industrialização capaz de atrair e absorver a força de trabalho excedente do setor rural. A combinação desfavorável desses fatores restringe, simultaneamente, a qualidade do trabalho, a capacidade de geração de renda e o potencial de consumo da população interiorana. Essa problemática que caracteriza o Estado, onde a pobreza localiza-se comumente no meio rural e se associa às atividades agrícolas de baixa produtividade, levou o Governo a definir como prioridade promover políticas que assegurem inclusão social aliada às atuais imposições de competitividade e de integração econômica dos mercados. O planejamento de longo prazo está orientado pelo conceito de reestruturação territorial, a partir do fortalecimento dos pólos de desenvolvimento regional e da formação de uma rede de cidades. O enfoque será valorizar o papel da iniciativa local e da cooperação regional no processo de desenvolvimento das áreas urbanas e rurais. Para tanto, faz-se necessário estimular o desenvolvimento das potencialidades regionais, mediante a participação social, em especial a dos pequenos empreendedores locais, como motrizes desse processo. 140 O objetivo-meio será a implementação de uma estratégia de reestruturação espacial As distorções do processo de urbanização e as transformações na estrutura produtiva têm provocado o aprofundamento do fenômeno de dispersão concentrada da população, com predominância da Região Metropolitana de Fortaleza, e também de um reduzido número de cidades secundárias, com pouca importância na economia estadual em termos da geração de oportunidades de emprego e da absorção da migração rural-urbana. Um conjunto de políticas para o ordenamento do uso e gestão do território cearense é essencial para alcançar um nível de desenvolvimento em que os resultados do crescimento econômico possam ser efetivamente disseminados entre as diversas regiões do Estado, respeitando as condições de efetiva sustentabilidade do processo e reduzindo as desigualdades espaciais, sejam de natureza econômica ou social. Nesse sentido, considerando os desafios de transformação do perfil socioeconômico do Estado e de redução dos desequilíbrios espaciais, propõe-se a reestruturação básica do sistema urbano a partir de um conjunto de pólos intermediários fortes e do efeito de sua metropolização na área de influência direta ou mais próxima. A proposta se baseia na estruturação de um sistema de hierarquia de cidades, eleitas com base em critérios demográficos, de urbanização, PIB per capita e classificação no Índice de Desenvolvimento Municipal. Nessa ótica, as cidades cearenses integrantes da rede urbana proposta foram, assim, hierarquizadas: no primeiro nível, Fortaleza e a Região Metropolitana como Centro Primaz; no segundo nível, os Centros Secundários; no terceiro nível, os Centros Regionais; e no quarto nível, as Cidades de Pequeno Porte, ou de abrangência local. Os centros urbanos no interior serão uma base para o desenvolvimento de suas regiões, e em especial, os centros secundários deverão desempenhar um importante papel no equilíbrio da distribuição das atividades econômicas, das 141 funções urbanas, e no apoio ao desenvolvimento rural, avançando no sentido de uma distribuição mais eqüitativa da renda. Os resultados esperados desta proposta de reestruturação espacial serão: mais economias de aglomeração, que se traduzem em aumento da produtividade do capital e maior competitividade, estimulando a mobilidade dos investimentos e das atividades econômicas; maior deslocamento da mão-de-obra, considerando que a ampliação das atividades ocupacionais induzem a atração de força de trabalho, inclusive a rural, e a mobilidade dos trabalhadores entre as ocupações, o que, por sua vez, aumenta a produtividade da mão-de-obra; mais apoio à área rural com a oferta de serviços, com o aumento da demanda de produtos agrícolas e, portanto, mais dinamismo desse setor. Prevê-se, com o crescimento relativo das cidades intermediárias, reduzir os fluxos migratórios para a Região Metropolitana de Fortaleza - RMF, e criar centros de atividades urbanas que possam ser catalisadores do desenvolvimento contribuindo para uma distribuição social e espacialmente mais justa dos benefícios dessa política. Para dar início à estratégia de implementação da reestruturação espacial, o Governo priorizou as seguintes Regiões: Metropolitana de Fortaleza; Quixadá/Quixeramobim; Limoeiro do Norte/Morada Nova/Russas; Cariri; Centro Sul; Camocim/Ibiapaba; Maciço de Baturité. Em cada uma dessas regiões serão elaborados Planos de Desenvolvimento Regional PDR, objetivando formular políticas para o seu desenvolvimento equilibrado e sustentável. Serão previstas também ações integradas nas três esferas de Governo, em parceria com a iniciativa privada, adotando-se, como premissas, a definição das funções regionais e o grau de interação que cada uma dessas regiões assumirá com vistas ao equilíbrio espacial do território cearense. 142 Sob o ponto de vista tático/operacional, no que se refere a Gestão do Território, são preconizadas as seguintes Linhas de Ação: - direcionamento e fortalecimento dos programas com vistas a apoiar o crescimento de centros urbanos secundários; - planejamento regional com elaboração dos planos de desenvolvimento regionais e compatibilização das metas regionalizadas do Plano Plurianual - PPA 2004-2007 com essas políticas; - continuidade e intensificação da interiorização do desenvolvimento industrial e dos serviços; - priorização do desenvolvimento de atividades não-agrícolas no meio rural; - apoio aos governos municipais na criação de instrumentos que viabilizem a execução de projetos públicos de interesse regional; - estruturação e gerenciamento de um sistema de informações geoambientais e econômico e sociais. A s m e d i d a s g o v e r n a m e n t a i s s e r ã o m a t e r i a l i z a d a s n o s p ro g r a m a s : Programa de Reestruturação Espacial objetiva o fortalecimento dos centros urbanos de médio porte, reduzindo os desequilíbrios espaciais demográficos, econômicos e sociais existentes no Estado, em busca de aglomeração de infraestrutura e serviços, como estímulo natural ao desenvolvimento econômico local. Programa Cidades do Ceará - objetiva dar prosseguimento às ações do Programa de Desenvolvimento Urbano - PROURB, e está orientado para o fortalecimento de pólos e eixos estratégicos regionais segundo uma política de descentralização e combate às desigualdades regionais, de forma a atenuar o efeito de atratividade da Região Metropolitana de Fortaleza RMF. O Programa Cidades do Ceará está direcionado em dois eixos complementares: o primeiro está centrado nos contextos regionais selecionados para a elaboração de planos de desenvolvimento regionais (Centro Sul Iguatu / Icó; Norte Sobral e entorno; Cariri Crato/Juazeiro/Barbalha; Baixo Jaguaribe Limoeiro do Norte/Russas/Morada Nova e entorno Eixo Castanhão; Sertão Central - Quixadá/Quixeramobim e Maciço de Baturité). O segundo eixo será focalizado no desenvolvimento equilibrado da Região Metropolitana de Fortaleza. 143 ESTADO DO CEARÁ HIERARQUIA DAS CIDADES JIJOCA DE JERICOACOARA C A M O C IM A C A R A Ú C RU Z O ITAREM A BARR OQ UINH A BELA CR UZ C HAVAL GRANJA M AR CO M ARTIN ÓPOLE M OR RINHO S URU OC A SENAD OR SÁ AMO NTADA TRAIRI SANTAN A D O ACAR AÚ VIÇ OSA DO CEARÁ U RU BUR ETAMA S O B R A L U MIRIM ITAPAJÉ GR AÇA CAR NAU BAL GRO AÍRAS PAC ATUBA L Â N T O PAC OTI CARIDAD E HO RIZON TE ACARAPE PACAJÚ S C ASC AVEL REDEN ÇÃO GU ARAMIRAN GA BAR REIR A C HOR OZINH O M ULU NGU B A T U R IT É SANTA QU ITÉRIA IPU A QU IR AZ PIND ORETAM A PALM ÁC IA G UAIÚBA PAR AM OTI PIRES FER REIRA IC ITAITING A MARAN GU APE PACUJÁ VARJO TA C RO ATÁ T F O R T A L E Z A APUIARÉS TEJUÇU OC A RER IU TABA G UAR ACIABA DO N ORTE A MAR AC ANAÚ EU SÉBIO GENER AL SAMPAIO SÃO BEN EDITO O CAU CAIA PEN TEC OSTE U BAJAR A CAR IR É N TU RUR U SÃO LUIS DO CU RU FO RQU ILHA M UCAMBO A SÃO G ON ÇALO D O AMARAN TE IRAUÇU BA IBIAPIN A E IT A P IP O C A M IRAÍMA MER UO CA ALCÂNTAR AS F R ECH EIRINH A T IA N G U Á C PAR ACU RU M ASSAPÊ CO REAÚ O PARAIPABA MO RAÚ JO C A N IN D É AR ATUB A HIDRO LÂN DIA BEBERIBE ARAC OIABA FORTIM OC AR A CAPISTRAN O ITATIR A IPUEIRAS ITAPIÚNA A R A C A T I CATUND A PALHAN O ITAIÇABA NOVA RU SSAS PO RANGA AR AREN DÁ M ON SENH OR TABOSA TAMBO RIL IBARETAMA C HO RÓ MAD ALENA JAGUARU ANA Q U IX A D Á IPAPO RAN GA R U S S A S IBIC UITINGA Q UIXERÉ M OR ADA NO VA BOA VIAGEM C R A T E Ú S L IM O E IR O D O N O R T E Q U IX E R A M O B IM SÃO JOÃO D O JAGUARIBE BANABUIÚ TABULEIR O D O NO RTE IND EPENDÊNCIA PED RA BRANCA ALTO SANTO N OVO O RIENTE JAG UAR ETAM A NO VA JAGU ARIBAR A SENADOR PO MPEU O R IG R A N D E M ILH Ã SOLONÓ POLE M OM BAÇA Q UITER IAN ÓP OLIS IRACEM A PO NTIRETAMA DONORTE PIQ UET CARNEIR O P A IUÍ J A G U A R IB E DEP. IRAPUAN P IN HEIR O ERERÊ T A U Á PEREIR O ACO PIARA C ATAR IN A O RÓS QUIXELÔ PAR AM BU AR NEIRO Z IG U A T U ICÓ JUCÁS A IU ABA C ARIÚS SABO EIRO C EDR O U MA RI CENTRO SECUNDÁRIO ANTO NINA DO N ORTE C A M P O S S A L E S POTENGI LAVRAS D A MAN GABEIRA VÁRZEA ALEG RE ASSARÉ G RAN JEIRO FAR IAS BR ITO A LTAN EIR A C ARIRIAÇ U AR ARIPE P AR B A A Í CENTRO REGIONAL IGUATU SOBRAL CARIRI NO VA OLIND A SANTANA DO CARIRI IPAU MIRIM AU RO RA J U A Z E IR O D O BARR O N O R T E SALITRE CENTRO PRIMAZ BAIXIO TAR RAFAS C R A T O BAR BALH A M ISSÃO VELHA CAMOCIM MAU RITI ABAIARA JAGUARIBE QUIXERAMOBIM MILAGRES MACIÇO DE BATURITÉ CAUCAIA / SÃO GONÇALO PORTEIRAS JAR DIM P E R N A M B U C O B R E J O DO AMARANTE S A N T O JATI PENAFO RTE 4 1 IC APUÍ Objetivo Estratégico 2 - Promover o Potencial Endógeno para a Autonomia Local. A promoção do potencial endógeno para a autonomia local fundamenta-se no novo conceito de desenvolvimento, que articula a dinamização da economia com o capital humano, o social, o empresarial e o natural, reforçando os mecanismos de solidariedade, de confiança e de reciprocidade. Apóia-se nas quatro dimensões do desenvolvimento sustentável econômica, social, política e ambiental, no paradigma de um desenvolvimento calcado em valores éticos e em princípios de cooperação e de solidariedade, contrapondo-se ao padrão de desenvolvimento atual. O desenvolvimento local, tendo como objetivo a ampliação das oportunidades e a potencialização das capacidades da população, insere-se na política do Governo como mecanismo de combate à pobreza, em que o estado assume o papel estimulador e facilitador desse processo. Para tanto, requer políticas territorializadas e formação de novas institucionalidades, que fortaleçam a relação entre o Estado e a sociedade, e possibilite o apoio aos micro e pequenos empreendedores. O primeiro objetivo meio será a mobilização do capital humano e formação do capital social Capital humano e capital social tornam-se o ponto de partida para a transformação da base produtiva e para o estabelecimento de relações mais simétricas nos processos de 1 tomada de decisão, através do empoderamento de atores, sobretudo, os excluídos. O primeiro elemento aponta para a mobilização dos recursos humanos, que representa um potencial de desenvolvimento endógeno, um agente de mudanças. A mobilização dos recursos humanos e a formação do capital social, na perspectiva da produção, do trabalho, da cidadania e da valorização da identidade cultural, provocam mudanças de comportamento nas pessoas como agentes produtivos e atores sociais. O objetivo maior é o fortalecimento organizacional das comunidades, associações, grupos sociais, grupos de interesse comum, fóruns e conselhos, bem como a qualificação dos recursos humanos para a gestão social. 1 Empowerment - dar poderes a 145 Para obtenção dessa estratégia, adotar-se-á as seguintes Linhas de Ação: - ampliação do acesso à informação e ao conhecimento, visando o fortalecimento organizacional das comunidades, a potencialização da sua capacidade empreendedora, o exercício da cidadania e da participação social; - estímulo à cooperação , ao associativismo e à parceria; - contribuição para o resgate e fortalecimento da cultura e da identidade local; - estímulo a fóruns de participação e de harmonização de políticas para o planejamento e gestão do desenvolvimento local; - identificação das necessidades de capacitação específica, de acordo com as potencialidades a serem exploradas e/ou fortalecidas, articulando-as aos sistemas de formação profissional existentes; - desenvolvimento de programas de formação para agentes de desenvolvimento local. Essas linhas de ação estarão contidas nos programas e projetos a serem definidos quando da elaboração do Plano Plurianual- PPA( 2004-2007). O segundo objetivo-meio será o desenvolvimento produtivo dos territórios A lógica do desenvolvimento produtivo territorial está focada na geração de renda e trabalho, a partir das potencialidades locais, e se contrapõe ao enfoque compensatório e assistencialista diante da pobreza e das desigualdades. O segmento do desenvolvimento produtivo se articula com o capital humano e social mediante a integração dos setores econômicos e atores excluídos dos sistemas de produção, circuitos de consumo e do mercado de trabalho. O objetivo é o fortalecimento dos micro e pequenos empreendimentos, da agricultura familiar e respectivas organizações como elo das cadeias de valor de produção, com uma conseqüente internalização da agregação e circulação de valor no âmbito do território. 146 Serão adotadas as seguintes Linhas de Ação para a consecução deste objetivo: - identificação e estudo dos arranjos produtivos e iniciativas produtivas locais com visão de sustentabilidade; - criação de oportunidades de agregação de valor aos produtos locais e de diversificação de atividades produtivas, com o envolvimento de atores do território; - articulação de instrumentos de apoio adequados aos arranjos e iniciativas locais, formados por micro e pequenas empresas e agricultores familiares, para que tenham acesso a serviços inovadores financeiros, de informação e acesso ao mercado, à tecnologia, à capacitação e a redes de cooperação empresarial; - incentivo ao uso e transferência de tecnologias que melhor se adaptem à dotação de recursos e potencialidades locais; - resgate e fortalecimento das relações urbano-rurais; - desenvolvimento de estratégia de ordenamento territorial e de infra-estruturas compatíveis com a estratégia de Desenvolvimento Local Sustentável. A programação a ser implementada será realizada pelo seguintes programas: Projeto São José II - objetiva reduzir a vulnerabilidade das populações carentes que residem no meio rural em condições de semi-aridez, com o financiamento de infraestrutura (água e energia), de educação e de atividades produtivas e geração de renda; Prorenda Rural - visa capacitar comunidades de pequenos produtores e pescadores artesanais para melhor planejar e gerir atividades socioeconômicas voltadas para um desenvolvimento sustentável. Programa de Apoio à Agricultura Familiar - PRONAF - visa apoiar o crescimento e a estabilização da agricultura familiar, disponibilizando a assistência técnica, desenvolvendo ações de apoio à melhoria das condições de habitação, saúde, saneamento, armazenagem, agroindústrias e a outras demandas comunitárias dos municípios objeto de atuação do Programa. 147 Programa de Promoção dos Arranjos Produtivos Locais - visa apoiar os sistemas e iniciativas produtivas locais, formados por micro e pequenas empresas e agricultores familiares. Programa de Desenvolvimento Empresarial - visa apoiar, mediante consultoria empresarial, as micro e pequenas empresas do interior do Estado. O terceiro objetivo-meio será o desenvolvimento institucional Trata-se de ampliar a capacidade das instituições, em especial das prefeituras e das secretarias do Estado, para trabalharem sob o enfoque do desenvolvimento local sustentável: visão de território, intervenções multidiciplinares e setoriais integradas, sustentabilidade ambiental e mecanismos de participação ativa das comunidades no desenho, implementação e monitoração dos programas públicos. O objetivo é o fortalecimento das prefeituras como promotoras do desenvolvimento local, e a construção de novas institucionalidades na esfera pública, com a participação do governo, da sociedade e do setor privado, a exemplo de fóruns e conselhos de desenvolvimento, consórcios intermunicipais, organizações de microcrédito, agências de desenvolvimento local, redes empresariais, serviços de assistência técnica, de informações de mercado e de apoio à comercialização. Adotar-se-á as seguintes Linhas de Ação: - instrumentalização das administrações municipais para que tenham maior capacidade de planejamento participativo e de coordenação das ações voltadas para o desenvolvimento local sustentável; - incorporação das estratégias dos planos de desenvolvimento local às estratégias de desenvolvimento regional e às do Estado; - disponibilização de informações às administrações municipais sobre programas de cooperação técnica e fontes de financiamentos para execução de projetos municipais; 148 - apoio aos governos municipais na criação de instrumentos que viabilizem a execução de serviços públicos de interesse comum a mais de um município; - fortalecimento e capacitação das instâncias de participação existentes (fóruns, conselhos etc.); - promoção do desenvolvimento institucional das secretarias e suas vinculadas para execução de projetos conjuntos, sob o enfoque do desenvolvimento local e regional sustentável; - estímulo à parceria e à cooperação entre órgãos de governo e entre estes e organizações da sociedade e do mercado; - desenvolvimento de mecanismos de acompanhamento, monitoração e avaliação das ações interinstitucionais. A programação a ser implementada será realizada pelo seguinte programa: Programa de Apoio ao Desenvolvimento Local no Ceará - visa ampliar a capacidade do Governo do Estado do Ceará para atuar de forma integrada, articulando parcerias e atendendo as demandas na promoção do desenvolvimento territorial. Objetivo Estratégico 3 - Promover a Gestão Integrada e Compartilhada do Território. Os problemas de desequilíbrios regionais e a necessidade de aumentar a eficiência e eficácia da ação governamental precisam ser analisados sob diferentes abordagens, tendo em vista a adoção de soluções sustentáveis. Isso requer integrar políticas e programas da esfera estadual, federal e municipal com ações de interesse da sociedade para uma gestão compartilhada. Sob a ótica do desenvolvimento sustentável, a gestão do território, baseada na negociação com todos os atores envolvidos no processo, tornou-se essencial ao planejamento e ao ordenamento espacial. A gestão do território surge como um importante componente das estratégias de redução da pobreza no Estado, com diminuição das diferenças de renda via criação de condições para o aumento da atividade econômica local. São as 149 diferenças espaciais nas dimensões rural-urbana e entre as regiões metropolitana e nãometropolitana que induzem o Governo à adoção de uma abordagem conceitual que coloca o interior como unidade básica de política. Por sua vez, há que se considerar o predomínio de Fortaleza como cidade primaz e, como tal, a importância do tratamento da Região Metropolitana no âmbito das políticas de desenvolvimento territorial. O primeiro objetivo-meio será a integração e coordenação regional As acentuadas diferenças culturais e de níveis de desenvolvimento existentes entre as várias regiões do território estadual sugerem o fortalecimento da coesão econômica e social, tendo como um dos principais vetores de política a gestão integrada e compartilhada do território. Sob esse enfoque, a coesão territorial depende de criação de mecanismos institucionais que contribuam para articular e estimular a cooperação entre os diferentes atores sociais, políticos e econômicos no âmbito regional, bem como para negociar soluções de interesses regionais divergentes. Essas ações, aliadas às políticas que visam a coesão social, devem permitir uma melhor distribuição das oportunidades econômicas e sociais, bem como da elevação dos níveis de qualidade de vidas das regiões do Estado. A atuação desses mecanismos deverá possibilitar a sinergia entre os fatores do desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida; a remoção dos obstáculos que restringem o aproveitamento das potencialidades locais; e a articulação dos agentes institucionais que atuam no âmbito local, regional e estadual. Isso pressupõe uma gestão integrada dos programas estaduais, uma ação articulada com as esferas de governos municipais e federal e a formação de parcerias com atores nãogovernamentais. As principais Linhas de Ação para alcance do objetivo estão assim estabelecidas: - criação de unidades de desenvolvimento regional como instrumentos de coordenação entre atores locais e integração com o nível regional e estadual; 150 - catalisação das ações governamentais com uma gestão compartilhada e integrada com a sociedade via programas atuantes na região; - elaboração de planos e estudos de áreas de interesse estratégico para o desenvolvimento do Estado; - apoio à realização do planejamento regional, com a participação da sociedade, para a promoção do desenvolvimento sustentável das regiões. Dentre os programas intersetoriais para o fortalecimento da gestão do território cearense destacam-se: Política de Recursos Hídricos - visa garantir o abastecimento d´água às populações e atender a demanda de outros grandes usuários, principalmente agricultura irrigada, indústria e turismo; Política Estratégica de Logística de Transportes - visa fortalecer uma rede de cidades do Estado, determinando os pontos de intervenção intermodais, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e contribuir para a elaboração do Programa Rodoviário Ceará II, bem como para subsidiar a agenda de intervenção do Governo Federal, com a recuperação e manutenção da malha federal. Política de Manejo e Preservação Ambiental - a ser implementada a partir do macrozoneamento, dos estudos de microrregiões, do mapeamento da biodiversidade e dos recursos minerais, determinando as formas de intervenção e exploração econômica dos recursos naturais, para garantir a sustentabilidade. 151 DESENVOLVIMENTO RADIAL DA POPULAÇÃO URBANA POR RAIO (10 KM DE RAIO) JIJOCA DE JERICOACOARA ACARAÚ CRUZ CAMOCIM BARROQUINHA ITAREMA CHAVAL O BELA CRUZ GRANJA MARCO MARTINÓPOLE MORRINHOS URUÓCA TRAIRI SENADOR SÁ AMONTADA SANTANA DO ACARAÚ MORAÚJO VIÇOSA DO CEARÁ COREAÚ ALCÂNTARAS 6 FRECHEIRINHA TIANGUÁ PARAIPABA MIRAÍMA SOBRAL ITAPAJÉ UMIRIM CAUCAIA IRAUÇUBA PARAMOTI PALMÁCIA VARJOTA T L Â N T IC O AQUIRAZ PIRES FERREIRA HIDROLÂNDIA BATURITÉ MULUNGU CANINDÉ PACAJUS CASCAVEL BEBERIBE BARREIRA REDENÇÃO GUARAMIRANGA SANTA QUITÉRIA HORIZONTE ACARAPE PACOTI CARIDADE IPÚ A PINDORETAMA GUAIÚBA GENERAL SAMPAIO RERIUTABA CROATÁ O ITAITINGA PACATUBA PACUJÁ GUARACIABA DO NORTE EUSÉBIO MARANGUAPE APUIARÉS TEJUÇUOCA GRAÇA CARNAUBAL N PENTECOSTE GROAÍRAS CARIRÉ SÃO BENEDITO A FORTALEZA MARACANAÚ IBIAPINA E SÃO GONÇALO DO AMARANTE SÃO LUÍS DO CURU URUBURETAMA FORQUILHA MUCAMBO C TURURU MERUOCA UBAJARA O PARACURU ITAPIPOCA MASSAPÊ CHOROZINHO ARACOIABA ARATUBA FORTIM CAPISTRANO IPUEIRAS OCARA ITATIRA ARACATI ITAPIÚNA CATUNDA NOVA RUSSAS PORANGA ARARENDÁ ITAIÇABA PALHANO TAMBORIL MONSENHOR TABOSA CHORÓ MADALENA IBARETAMA ICAPUÍ JAGUARUANA IPAPORANGA QUIXADÁ RUSSAS IBICUITINGA QUIXERÉ BOA VIAGEM CRATEÚS MORADA NOVA QUIXERAMOBIM LIMOEIRO DO NORTE 10 SÃO JOÃO DO JAGUARIBE BANABUIÚ TABULEIRO DO NORTE INDEPENDÊNCIA PEDRA BRANCA ALTO SANTO NOVO ORIENTE SENADOR POMPEU NOVA JAGUARIBARA JAGUARETAMA MILHÃ RIO GRANDE DO NORTE POTIRETAMA MOMBAÇA SOLONÓPOLE PIQUET CARNEIRO QUITERIANÓPOLIS DEP. IRAPUAN PINHEIRO JAGUARIBE IRACEMA PIAUÍ ERERÊ TAUÁ PEREIRO ACOPIARA CATARINA QUIXELÔ 16 PARAMBU ARNEIROZ ORÓS IGUATU ICÓ JUCÁS SABOEIRO AIUABA CARIÚS CEDRO UMARI TARRAFAS ANTONINA DO NORTE ASSARÉ CAMPOS SALES BAIXIO FARIAS BRITO ALTANEIRA VÁRZEA ALEGRE LAVRAS DA MANGABEIRA IPAUMIRIM # Cidade Secundária GRANJEIRO CARIRIAÇU População Urbana por AURORA PARAÍBA POTENGI NOVA OLINDA ARARIPE SALITRE SANTANA DO CARIRI JUAZEIRO DO NORTE CRATO BARRO MISSÃO VELHA ABAIARA PORTEIRAS JATI PERNAMBUCO PENAFORTE 152 12000 - 16000 16000 - 45000 BREJO SANTO JARDIM 5500 - 12000 MILAGRES BARBALHA 19 Raio MAURITI 45000 - 95000 95000 - 200000 O segundo objetivo-meio será o desenvolvimento territorial com sustentabilidade A heterogeneidade da socioeconomia do território torna evidente que o planejamento tradicional de enfoque setorial com ações regionalizadas não pode ser a principal estratégia de intervenção governamental para o desenvolvimento territorial. A política do Governo proposta incorpora a concepção de uma gestão suficientemente flexível e descentralizada para trabalhar com a diversidade de enfoques regionais (macrorregiões de planejamento, microrregiões administrativas das áreas setoriais, macrorregiões turísticas, regiões hidrográficas, agropolos etc) e, ao mesmo tempo, com uma visão estratégica de desenvolvimento territorial com sustentabilidade. Essa visão evidencia a necessidade de proteger a base física do Estado e a transversalidade que envolve essa questão, que, por sua vez, coloca o meio ambiente como tema central da gestão do território, e, nesse contexto, a água como fator estratégico, pela limitação que representa para o desenvolvimento do Estado. O reordenamento do espaço requerido para o desenvolvimento sustentável prevê uma ação ambiental integradora das políticas públicas de ampliação da infra-estrutura e gestão dos recursos hídricos, de interiorização das atividades industriais e de serviços, de logística da infraestrutura de energia, transportes e comunicações, de revitalização do planejamento da Região Metropolitana de Fortaleza e de fortalecimento da rede de cidades no interior estadual. A visão espacial coloca em destaque a diretriz da descentralização, o que significa o fortalecimento do papel dos parceiros como o Município, a sociedade organizada e a iniciativa privada. A gestão compartilhada apóia-se numa ação negociada com os atores envolvidos no processo, visando o ordenamento territorial, expressão espacial das políticas econômica, social, cultural e ecológica. Dessa forma, tem-se no Zoneamento Ecológico-Econômico ZEE um dos recursos de planejamento capaz de otimizar o uso do espaço e a integração das políticas, 153 desempenhando duplo papel: ser um instrumento técnico de dados sobre o território, provendo informações integradas em uma base geográfica e reconhecendo o território de acordo com suas potencialidades e fragilidades; e ser um instrumento político de disciplinamento do uso do território. Objetiva constituir um referencial disciplinador da ocupação do território para formulação de macrozoneamento que integre e compatibilize as dimensões ambiental, econômica, industrial, tecnológica, urbanística e social. A importância desse instrumento reflete-se na promoção de iniciativas mais includentes sob o ponto de vista social e de forma mais consistente e sustentável do que as políticas assistencialistas e compensatórias. Na visão estratégica de desenvolvimento do território, sob o enfoque regional e local, foram estabelecidas prioridades em três áreas de atuação: Região Metropolitana de Fortaleza RMF: ênfase nas ações de inclusão social; Interior: ênfase na garantia de oferta dos serviços sociais básicos e na inclusão social, com estímulos às potencialidades econômicas locais; Pólos de desenvolvimento: ênfase nas ações para induzir o crescimento mais acelerado e os serviços públicos de alta complexidade. As principais Linhas de Ação para obtenção de resultados são: - compatibilização e integração das políticas e programas que geram efeitos sobre o território; - elaboração do estudo do Zoneamento Ecológico-Econômico ZEE com o objetivo de dotar o Governo de bases técnicas para a espacialização das políticas públicas; - promoção de ações de complementação da infra-estrutura básica como suporte às atividades produtivas e de incentivo às atividades econômicas que visem a geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população; - reforço da logística de transporte, energia e comunicação; 154 - revitalização do planejamento da RMF, e definição de estratégias de implementação e estabelecimento de parcerias; - atuação em áreas de interesse estratégico, com o objetivo de prevenir ameaças à sua base natural e a identidade socioeconômica e cultural. As medidas de políticas serão materializadas nos seguintes programas: Estudo de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) - deverá dotar o Governo de bases técnicas para a espacialização das políticas públicas visando a gestão do território. Política Estratégica de Logística de Transportes - visa fortalecer uma rede de cidades do Estado, determinando os pontos de intervenção intermodais, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e contribuir para a elaboração do Programa Rodoviário Ceará II, bem como subsidiar a agenda de intervenção do Governo Federal, com a recuperação e manutenção da malha federal . Política de Manejo e Preservação Ambiental - atende ao princípio da sustentabilidade, subsidiando a definição de políticas adequadas ao desenvolvimento regional e local, a partir do macrozoneamento, dos estudos de microrregiões, do mapeamento da biodiversidade e dos recursos minerais. Programa Permanente de Convivência com o Semi-Árido - promove o desenvolvimento de novas iniciativas que venham minimizar os efeitos das irregularidades climáticas, gerando renda e ocupação às famílias rurais. A proposta tem como prioridade a melhoria da formação do capital humano e social do meio rural. No Eixo Estratégico Ceará Integração constam os seguintes Programas Estruturantes: Programa Cidades do Ceará; Programa Permanente de Convivência com o Semi-Árido; Projeto São José II; Programa de Apoio ao Desenvolvimento Local; Programa de Reestruturação Espacial. 155 EIXO 4 - CEARÁ ESTADO A SERVIÇO DO CIDADÃO A consolidação do Movimento Ceará Cidadania permeou a compreensão deste Eixo, possibilitando a integração entre os setores público e privado e auferindo condições de governabilidade e perspectivas de compartilhamento para atuação em favor da democracia social e do desenvolvimento sustentável do Ceará. Foi a partir desse Movimento que se conformou um legítimo espaço de discussão dos problemas atuais do Estado, com indicativos para um novo formato institucional capaz de mobilizar e construir redes temáticas e setoriais, cujo resultado é um modelo de gestão que envolve, de forma cooperativa e voluntária, o Governo e a sociedade. É baseado na ética e numa economia especialmente preocupada em ser justa com os cearenses e prudente com a natureza. Para colocar o Estado a serviço do cidadão, é preciso avançar no desenvolvimento a partir de novas práticas, significando construir processos integrados e solidários baseados em políticas estratégicas capazes de permitir a abertura de espaços de inclusão social, diálogos, trocas, articulações, conformando uma extensa rede de cooperatividade sistêmica. Os principais focos de trabalho para o quadriênio 2003 2006 serão direcionados para: - garantia das condições básicas na promoção de um novo ciclo de desenvolvimento, dando continuidade às ações já iniciadas, e avançar nos novos desafios pressupondo a modernidade dos modelos organizacionais, hoje assentados na cooperação, na flexibilidade e no voluntariado para a construção de uma extensa rede de parcerias pública e privada; - reconhecimento de que o processamento da pluralidade de interesses e demandas sociais apontam para a necessidade de resgatar e fortalecer os "espaços de diálogos" criados no Estado com os diferentes conselhos, fóruns, pactos, grupos interinstitucionais etc, como forma de maximizar a governabilidade e resgatar a participação social, nos diferentes níveis; - entendimento de que a transição para uma prática administrativa transparente sustentável requer a construção de uma nova institucionalidade, em que os 156 desafios estão a requerer qualidade da gestão pública. Assim, as bases para consolidação do desenvolvimento do Ceará deverão estar assentadas em processos dinâmicos e solidários, em redes sociais e em vínculos institucionais capazes de operar com flexibilidade, normas e valores que facilitem a construção de parcerias entre os diferentes atores; - implementação da nova institucionalidade. O Governo do Estado estará buscando a construção do consenso, da mobilização em torno de objetivos comuns, melhorando a qualidade da participação social, e da cooperação entre os diferentes atores, público e privado. O propósito das instâncias governamentais é priorizar estratégias e políticas capazes de permitir a abertura de espaços de inclusão social, promovendo trocas, diálogos e ambientes em que a proximidade seja propícia para compartilhar capacidades, recursos e esforços; - prosseguimento das ações já iniciadas, porém com um olhar no processo de desenvolvimento que privilegie novas idéias e valores culturais, com poderes de potencializar a solidariedade e a responsabilidade com todos os cearenses. Estas serão as bases para conformar o novo processo em andamento, que passa pela educação, capacitação, informação, sensibilização, transparência e gestão. O Governo do Ceará, a partir de um modelo integrado das forças pública e privada, espera construir uma consciência individual e coletiva para avançar no desenvolvimento sustentável, com redução das disparidades e maior inclusão social. Objetivos Estratégicos, Objetivos-meios, Linhas de Ação, Programas/Projetos e Programas Estruturantes Objetivo Estratégico 1 - Reestruturação e Modernização Institucional. O objetivo-meio será reformular o modelo de organização do Estado A reformulação do modelo de organização, proposto pela nova gestão de governo, objetiva criar condições para melhorar a atuação do Estado por meio da definição de estratégias integradoras de mecanismos de governança. 157 O novo desenho institucional atrela em si o compromisso com o desenvolvimento de atribuições e competências compatíveis com a demanda e com os problemas que integram a realidade cearense. A assunção desse compromisso é que motivou o Governo a adotar as seguintes Linhas de Ação: - desconcentração de responsabilidades (criação de novos órgãos e extinção de outros); - instrumentalização do Estado para a consecução dos seus objetivos e para a concretização também do seu papel de promover políticas estaduais de desenvolvimento. Tendo como premissa potencializar ações sinérgicas para o alcance de metas sociais, o Governo criou, por meio da desconcentração de funções, a Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo, em parte com funções desmembradas da Secretaria da Ação Social; a Secretaria de Esportes e Juventude; com funções desmembradas da Secretaria da Cultura do Estado; a Secretaria de Desenvolvimento Local e Regional, com funções desmembradas da Secretaria do Planejamento e Coordenação, da Secretaria de Infra-Estrutura e da Secretaria de Agricultura e Pecuária; A Secretaria da Controladoria, com funções desmembradas da Secretaria da Fazenda; e a Secretaria Extraordinária da Inclusão e Mobilização Social. A criação da Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo configura-se na estratégia governamental que objetiva não só acelerar o desenvolvimento do Estado, mas principalmente formalizar uma política voltada para parceiros que estimulem a competitividade e dêem sustentabilidade às atividades produtivas desenvolvidas, entre as quais destacam-se a melhoria do ambiente institucional e inovativo ao empreendedorismo e a melhoria do fluxo de informações entre oferta e demanda por trabalho. Com a criação da Secretaria de Esportes e Juventude, o Governo implantará uma nova proposta de tratamento do esporte e de ocupação para a juventude cearense, visando suprir a ausência de uma política pública estadual que viabilize os esportes 158 como instrumento de inclusão social e de crescimento econômico e que encaminhe a juventude carente para a plena cidadania. A criação da Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional representa a concretização das preocupações da nova Gestão Governamental em reestruturar o planejamento e implementação das políticas, num amplo esforço de integração e facilitação, atualizandoas em conformidade com as necessidades, fragilidades e potencialidades locais e regionais. A criação da Secretaria Extraordinária da Inclusão Social tem como objetivo a coordenação de um sistema integrado de controle social sobre as políticas públicas do Estado do Ceará, ultrapassando a dimensão meramente técnica dos instrumentos de controle estatal. A medida tomada pelo Governo do Estado de extinguir a Secretaria de Agricultura Irrigada deverá potencializar as ações no meio rural, tendo em vista que as funções antes desempenhadas por aquela Secretaria serão incorporadas às funções da Secretaria de Desenvolvimento Rural, que, com a reforma, passou a denominar-se Secretaria de Agricultura e Pecuária (SEAGRI). Sob a ótica do exercício do controle social e otimização dos gastos públicos, especialmente aqueles que incidem sobre programas contemplados com recursos do orçamento do Estado, o Governo criou a Secretaria da Controladoria, que, dentre os seus objetivos capitais, estão o de zelar pela observância dos princípios da administração pública; exercer a coordenação geral, a orientação normativa, a supervisão técnica e a realização de atividades inerentes ao controle interno do Estado; exercer o controle sobre o cumprimento de metas estabelecidas no Plano Plurianual, nas Leis de Diretrizes Orçamentárias e na execução dos Programas de Governo e dos orçamentos estaduais, dentre outros. O sistema de informação é peça essencial nesse novo modelo de gestão governamental. O Estado fortalecerá a sua base de dados, incluindo indicadores de avaliação de impactos gerados por meio das políticas públicas implementadas, especialmente as que têm foco no social e na melhoria da qualidade de vida. O objetivo é ajudar na tomada de decisões dos gestores, evitando medidas pautadas em consultas informais ou em observações intuitivas. 159 O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE é a nova autarquia do Estado que substitui o Instituto de Planejamento do Ceará - IPLANCE e o Centro de Estratégias de Desenvolvimento do Estado do Ceará - CED. Dentre suas atribuições, está a realização de estudos para subsidiar a elaboração, acompanhamento e avaliação das políticas públicas e contribuir na formulação de estratégias de desenvolvimento, além de gerar, acumular e difundir informações. A reestruturação do aparato institucional do Estado vem sendo viabilizada pela execução do Programa de Reforma do Estado que abrange todas as formulações acima, permeando a necessária transversalidade e priorização que o Governo quer dar com a criação das novas Secretarias. Objetivo Estratégico 2 - Definição de Acompanhamento e Avaliação de Metas e Indicadores de Inclusão Social. O objetivo-meio será implantar o sistema integrado de controle social de políticas públicas Considerar a inclusão política como pressuposto para ações estruturantes de inclusão social representa um ousado desafio técnico e político no quadro da cultura prevalecente, exigindo atores e instrumentos que promovam a capacitação necessária para que os mais diversos setores da sociedade civil organizada possam participar do monitoramento e da reflexão sobre índices e metas relativos à inclusão social como princípio de desenvolvimento. Trata-se da implantação de um sistema de controle social centrado no monitoramento e avaliação de metas inseridas em um Plano Estadual de Inclusão Social, e que se estabelece em quatro Linhas de Ação que se inter-relacionam: - informação técnica sobre a realidade e as políticas; - comunicação efetiva e criativa entre os diversos atores envolvidos; - mobilização social participativa e comunitária; - capacitação permanente. 160 Dentre os Programas previstos para essas Linhas de Ação, o principal é o que está a seguir caracterizado. Programa de Regime de Metas Sociais - objetiva melhorar a qualidade de vida dos municípios cearenses, por meio do estabelecimento de metas sociais de inclusão a serem definidas em função de indicadores quantitativos de educação, saúde e renda. Dentre as ações de incentivo aos municípios na direção das metas sociais, o Governo do Estado instituirá o Prêmio de Avanço Social - PAS. Em sua primeira fase, o Regime de Metas Sociais considerará 1/3 dos municípios mais carentes do Estado, definidos pelo Índice de Desenvolvimento Municipal. Objetivo Estratégico 3 - Efetivar a Gestão Compartilhada, a Participação e o Controle Social. O objetivo-meio será Estimular a Criação e o Fortalecimento de Canais de Participação e Interlocução com a Sociedade. A forma de participação mais abrangente e o novo desenho institucional e gerencial iniciaramse por ocasião dos trabalhos do Movimento Ceará Cidadania, ainda na campanha eleitoral que possibilitou o aporte de contribuições valiosas, advindas dos mais diversos segmentos da sociedade e Governo. As políticas públicas a serem implementadas no Ceará preconizam a participação da sociedade, e o envolvimento deverá se caracterizar pelas seguintes Linhas de Ação: - criação de canal direto de comunicação com a população; - multiplicação dessa forma de atuação pelas diversas Regiões do Estado; - alimentação permanente das ações com transparência; - sintonização entre os anseios da população e as preocupações de governo. O modelo de gestão proposto pelo Governo centra-se no tripé EstadoMercado-Sociedade Civil com base na co-responsabilidade. Nesse sentido, o Governo alargará a sua interlocução com a sociedade, para que, juntos, possam adquirir 161 melhor condição para efetivar a descentralização e lidar, no plano local, com ações voltadas para a redução das desigualdades sociais e para o desenvolvimento sustentável. Dialogar com a sociedade civil para que seus agentes disponham de informações mais precisas e meios de acompanhar o processo, é um dos itens mais importantes da agenda da governança e da pauta de descentralização. Nesse âmbito, o Governo estimulará a criação de canais de participação e interlocução com a sociedade, a exemplo dos Fóruns Regionais de Desenvolvimento, tendo em vista a grande contribuição que exercerão ante a pauta de definição e estabelecimentos de políticas regionais. A proposta é fortalecer os canais de comunicação com a sociedade, com transparência da gestão pública, e promover a organização dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Social. Será estruturada uma rede de controle social, a partir dos observatórios de inclusão, como estimulo e difusão da prática do voluntariado e como forma criativa de vencer problemas. As Linhas de Ação serão materializadas por meio do seguinte programa: O Programa de Criação da Rede de Controle Social - fortalecerá os canais de comunicação com a sociedade, com transparência da gestão pública, promoverá a organização dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Social e estruturará uma rede de controle social. 162 Objetivo Estratégico 4 - Efetivar a Descentralização e a Integração Regional. O Objetivo-meio será descentralizar a execução e a prestação de serviços públicos de forma regionalizada O desafio, talvez o maior deles, da descentralização e da integração das políticas regionais, foi aceito pela nova gestão governamental, por entender que as desigualdades econômicas e sociais têm forte componente nas disparidades e nos desequilíbrios regionais. Sem o controle adequado por parte do Estado, o desenvolvimento econômico tende a engendrar fortes desigualdades inter e intra-regionais. Uma das medidas adotadas pelo Estado para melhorar o processo de participação econômicosocial foi a criação da Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional, dentro de uma estratégia para minimizar as disparidades regionais e com a responsabilidade de repensar o planejamento numa perspectiva regional, com recortes mais próximos das realidades, potencialidades e fragilidades de conjuntos de municípios e seu entorno. As Linhas de Ação para o alcance desses objetivos são: - descentralização na execução e na prestação de serviços públicos; - promoção da integração regional dos serviços intersetoriais. O Programa a seguir deverá servir de apoio às Linhas de Ação deste objetivo-meio. O Programa de Elaboração dos Planos de Desenvolvimento Regionais -objetiva formular políticas para o desenvolvimento equilibrado e sustentável das regiões, de modo a potencializar suas oportunidades, minimizar as desigualdades intra e inter-regionais e reduzir a pobreza rural. 163 Objetivo Estratégico 5 - Mediação Política e Institucional. O objetivo-meio será promover a articulação de instâncias de negociação entre Governo e Sociedade A reversão do processo de exclusão social exige a efetiva participação da sociedade no planejamento e implementação das políticas públicas, especialmente as que se propõem reduzir as desigualdades e promover a inclusão social de grupos e indivíduos que estão alijados dos benefícios gerados em nossa sociedade. O processo de inclusão social por meio da avaliação e direcionamento das políticas públicas assenta-se sobre as seguintes Linhas de Ação: - articulação de instâncias de negociação entre Governo e sociedade em torno da avaliação de um Plano Estadual de Inclusão; - gestão estratégica e controle social das ações gover namentais. O Governo criou a Secretaria Extraordinária da Mobilização e Inclusão Social com o intuito de captar os anseios da sociedade, adquirindo centralidade pertinente à inclusão social. Com esse novo instrumento, o Governo espera promover a gestão estratégica e o controle social das ações governamentais efetivamente inclusivas, ou seja, aquelas de impacto mais direto sobre os índices de exclusão social. O Ceará, a despeito das dificuldades, tem avançado na conduta de diálogo com a sociedade civil. Atualmente, já se delineia como um Estado dotado de marco regulatório fundamentado em novo comportamento institucional de distribuição de funções em parcerias. Atento à consolidação dessa postura, o Governo tomou a decisão de criar Grupos de Trabalho Interinstitucionais, objetivando o acompanhamento e implementação eficaz das políticas públicas, a partir da análise em escala do nível estratégico de planejamento até o nível operacional. 164 As Linhas de Ação serão efetivadas por meio do programa a seguir. O Programa de Avaliação e Monitoramento das Políticas Públicas - objetiva o acompanhamento das políticas públicas para subsidiar o processo de tomada de decisões dos gestores quanto ao desdobramento e/ou redirecionamento dessas políticas. Objetivo Estratégico 6 - Aperfeiçoar as Ações de Planejamento. O objetivo-meio será instrumentalizar e fortalecer a atividade de planejamento estadual O aperfeiçoamento do modelo de gestão terá como meta a busca pela produtividade das instituições e a excelência da qualidade dos produtos e serviços disponibilizados ao cidadão. Na consecução desses objetivos, o Governo do Estado adotará as seguintes Linhas de Ação, numa compreensão e visão holísticas e sempre na persecução do equilíbrio fiscal, na maximização da poupança pública, na captação de investimentos privados e na otimização dos gastos públicos: - emprego de métodos e técnicas de planejamento sistêmico e interativo que possibilitem o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação dos indicadores qualitativos de gestão, que repercutem nas áreas econômica e social; -integração do planejamento, orçamento e gestão. Com a integração do Planejamento, Orçamento e Gestão, evita-se a consolidação de uma gestão pública inercial, pautada apenas em preocupações fiscais e financeiras. A integração tornará o Programa Governamental verossímil, porquanto amparado por uma base fiscal que lhe dá clareza quanto aos limites do gasto público, ao tempo em que valoriza a seletividade e a alocação de recursos. O novo Plano Plurianual - PPA, gestão 2004-2007, será orientado para uma visão estratégica capaz de conferir foco às principais demandas que deverão ser atendidas no período de 165 sua vigência e, posteriormente, numa perspectiva de médio e longo prazos. O Plano continuará adotando o Programa de Governo como unidade de gestão, tendo em vista que isso proporciona maior transparência na alocação de recursos e melhor aferição dos impactos e resultados da execução deste. Além disso, o novo PPA (2004-2007) procura assegurar que os programas governamentais estejam alinhados com a orientação estratégica de governo e compatíveis com a previsão de disponibilidade de recursos. Objetivo Estratégico 7 - Aperfeiçoar as Ações de Finanças. O objetivo-meio será adotar medidas de incremento da receita tributária e otimização da despesa O Governo do Estado priorizará as seguintes Linhas de Ação visando a otimização das despesas e maximização da receita: - aperfeiçoamento do sistema de controle de compras e prestação de serviços; - aperfeiçoamento do modelo de incentivos fiscais às empresas; - desenvolvimento de um modelo de gerenciamento de riscos que controle a capacidade de endividamento e pagamento do Estado; - implantação de um sistema de monitoramento de custos; - mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias, propondo melhor empregabilidade dos recursos públicos; - criação de novas receitas; - combate à evasão tributária; - celeridade na cobrança da dívida ativa estadual; - otimização da utilização dos recursos físicos e humanos disponíveis na área fiscal, possibilitando o seu pleno aproveitamento em face das novas competências. 166 Alguns programas são de suma importância para essa estratégia: Programa de Racionalização das Finanças Públicas - objetiva a otimização das finanças do Estado por meio da adoção de medidas de controle para incrementar as receitas tributárias, e de medidas para recuperação da dívida ativa do Estado. Programa de Consolidação do Governo Eletrônico - dar-se-á pelo aperfeiçoamento do portal do Governo, pela ampliação dos serviços públicos e pela difusão das ilhas digitais, como estratégias para a melhoria da rede de atendimento ao cidadão. Objetivo Estratégico 8 - Aperfeiçoar as Ações de Controle. O objetivo-meio será formular e acompanhar os indicadores de qualidade no desempenho da Gestão Pública Em busca de uma cultura de racionalidade, monitoramento e avaliação de resultados na gestão pública, o Governo do Estado, dentre outras medidas com esse fim, criou a Secretaria da Controladoria Estadual, que tem como foco de ingerência a efetividade dos gastos públicos, por meio do exercício das seguintes Linhas de Ação estabelecidas para o quadriênio: - busca da preservação dos princípios de probidade administrativa e transparência governamentais; - acompanhamento e controle dos gastos públicos. Com esse mister, serão formulados indicadores que possam certificar a qualidade do desempenho da gestão pública. Alguns programas são fundamentais para esse desempenho: Programa Nacional de Apoio à Modernização de Gestão e do Planejamento dos Estados Brasileiros e do Distrito Federal ( PNAGE) objetiva modernizar a Administração Pública dos Estados e do Distrito Federal mediante a integração das funções planejamento, orçamento, gestão e regulação, visando a melhoria da 167 prestação de serviços para atender às demandas da sociedade. Programa de Racionalização da Gestão Pública - objetiva definir medidas de racionalização da despesa e da receita, otimizar os resultados e combater os desperdícios por meio da indicação de soluções adequadas para a gestão mais eficiente dos processos relacionados às ações governamentais; Programa de Acompanhamento, Avaliação e Controle dos Gastos Públicos objetiva acompanhar, avaliar e controlar o desempenho dos órgãos, entidades e programas da Administração Pública Estadual, visando melhorar a eficiência, eficácia e a efetividade da utilização dos recursos públicos. Objetivo Estratégico 9 - Promover a Valorização dos Servidores Públicos. O primeiro objetivo-meio será qualificar profissionalmente o servidor público A revalorização do papel do Estado como garantidor do interesse coletivo fez com que ele assumisse papel mais regulador, atuando de forma diferente, com organizações mais flexíveis, descentralizadas, baseadas no desempenho e com responsabilização pelos resultados e participação cidadã. Nesse contexto, o papel do servidor público estadual é imprescindível como agente na consolidação do aperfeiçoamento da gestão pública. O Governo investirá no capital humano do serviço público por entendê-lo fundamental no processo de mudança, visto que tal processo não ocorrerá de modo eficaz se não houver uma política de valorização do servidor. Tendo como referência esse objetivo, o Governo promoverá a implementação dessa política, orientando-se pelas seguintes Linhas de Ação: - profissionalização do servidor, e desenvolvimento de sua competência gerencial, técnicooperacional e acadêmica; 168 - exploração do potencial criativo e da capacidade empreendedora do servidor. Para isso, será dada continuação ao trabalho de adequação do perfil dos servidores por meio da qualificação profissional para o exercício das atuais necessidades das organizações públicas. Uma medida a ser implementada pelo Governo do Estado será a criação da Escola de Governo do Servidor Público, que permitirá o aperfeiçoamento, qualificação e profissionalização do servidor público estadual. O Programa de Governo para concretização desses propósitos será o: Programa de Valorização do Servidor Público - objetiva a profissionalização e qualificação do servidor público estadual no desenvolvimento de competências para atendimento das necessidades da Administração Pública e valorização da profissão. O segundo objetivo-meio será possibilitar o acesso do servidor público aos bens e serviços culturais A cultura é transversal a todas as secretarias, pois se insere em qualquer ação pública como um elemento substantivo nos planos de desenvolvimento das populações nas cidades, municípios, regiões, enfim, em todo o Estado. A transversalidade da cultura também produz seus efeitos na gestão pública e na qualidade de vida dos seus servidores. Em função disso, o Governo adotará as seguintes Linhas de Ação: - difusão, para a comunidade dos servidores estaduais, dos produtos e serviços culturais os quais fundamentam o conceito de cidadania cultural; - inclusão do servidor público às práticas culturais, criando possibilidades de novas relações entre setores de governo, otimizando a comunicação, o clima organizacional, entre outros aspectos positivos. 169 Este objetivo será implementado por meio do seguinte Programa: Programa Arte no Trabalho visa a promoção da inclusão cultural do servidor público. O terceiro objetivo-meio será implantar o sistema único de previdência O Sistema Único de Previdência, pautado em normas gerais de contabilidade e atuária, promoverá os benefícios previdenciários de seus segurados, dependentes e pensionistas, e será orientado pelas seguintes Linhas de Ação: - manutenção atualizada do cadastro geral dos servidores; - garantia de amparo e prestação de reconhecimento pelo tempo de serviço prestado à sociedade; - redução, de modo gradativo, do financiamento por parte dos recursos do Tesouro Estadual. Este objetivo será implementado por meio do seguinte Programa: O Programa Saúde do Servidor - será o instrumento de viabilização do Sistema Único de Previdência dos servidores estaduais e dará continuidade à assistência à saúde do servidor público estadual e seus dependentes, proporcionando melhoria na prestação dos serviços. São Programas estruturantes para o Eixo Ceará - Estado a Serviço do Cidadão: Programa de Reforma do Estado; Programa de Regime de Metas Sociais; Programa de Criação da Rede de Controle Social; Programa de Elaboração dos Planos de Desenvolvimento Regionais; Programa de Avaliação e Monitoramento das Políticas Públicas; Programa Nacional de Apoio à Modernização de Gestão e do Planejamento dos Estados Brasileiros e do Distrito Federal - PNAGE; 170 Programa de Racionalização da Gestão Pública; Programa de Acompanhamento, Avaliação e Controle dos Gastos Públicos; Programa de Racionalização das Finanças Públicas; Programa de Consolidação do Governo Eletrônico; Programa Saúde do Servidor; Programa de Valorização do Servidor Público. 171