Tetra Pak Projeto Cultura Ambiental nas Escolas – Educação para

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Tetra Pak
Projeto Cultura Ambiental nas Escolas – Educação para Sustentabilidade
Relatório / Julho de 2013
Vista panorâmica da frente da Comunidade 3 Unidos – Assy Manana / APA do Rio Negro (Amazonas)
Educador Ambiental: William Monteiro Rocha
Rota: APA do Rio Negro – Amazonas
Período: de 18 à 30 de Julho
Julho | 2013
RELATÓRIO DE AÇÃO
“Educação para Sustentabilidade” – Tetra Pak e Ong Noolhar
Julho 2013
 Localização: APA do Rio Negro – Comunidade 3 Unidos – Núcleo de Conservação e
Sustentabilidade Assy Manana, cerca de 1h30 de lancha saindo de Manaus.

Contextualização: Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC),
uma Área de Proteção Ambiental (APA), está inserida no grupo de uso sustentável
enquanto uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada
de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes
para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Os objetivos
fundantes de uma APA é proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a sustentabilidade no uso dos recursos naturais. Na APA do Rio
Negro, por sua vez, estão localizadas cerca de 13 comunidades distribuídas ao longo
da mesma. No caso do presente relatório, serão descritas atividades desenvolvidas
tendo como base a Comunidade 3 Unidos, onde moram 19 famílias e 52 indígenas da
Etnia Kambeba. Nessa comunidade, está localizado o Núcleo de Conservação e
Sustentabilidade Assy-manana (que significa estrela brilhante) mantido pela
Fundação Amazonas Sustentável, com o apoio da Samsung.
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 Atividades realizadas:
- Visita as comunidades próximas;
- Visita ao Cacique da etnia Kambeba;
- Sensibilização e Capacitação interna da Direção, Alunos internos e Professores no
Núcleo de Conservação e Sustentabilidade Assy-manana;
- Formação do Grupo de Voluntários: “Amigos do Rodolfo”;
- Palestra sobre reciclagem para os alunos do curso de Formação Técnica que eram
de outras comunidades;
- Manhã de atividades de Sustentabilidade, Reciclagem, Separação de Resíduos e
nova formatação das lixeiras de todo o núcleo com os alunos da Escola;
- Reunião com o Cacique para definição do local para construção da Prensa;
- Reunião e Oficina de Sustentabilidade com toda Comunidade 3 Unidos;
- Reunião da Equipe da FAS com a comunidade para detalhes técnicos do inicio da
obra da Prensa;
- Visita a FAS e concessão de entrevista ao espaço da Fundação na rádio Cultura FM;
- Articulação e visita a empresa Rio Limpo e duas cooperativas, a Ecocooperativa e a
Reciclar da Vida;
 Diário de Campo:
Dia 18/07:
O primeiro dia de atividades começou cedo. A bordo da lancha Jaraqui da
Fundação Amazonas Sustentável (FAS) partirmos para a APA do Rio Negro. Cerca de
1h30min e depois de navegar pelas belezas do Rio Negro, chegamos ao local-base
onde se desenvolveriam as atividades. A primeira vista da comunidade é de um
mirante e da “Escola Estadual Samsung do Amazonas”. Durante toda a manhã fui
apresentado ao Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) Assy-Manana e a
toda Comunidade 3 Unidos. A estrutura é impressionante, sobretudo por estarmos
localizados no meio da floresta amazônica. A Estrutura do NCS consta de 8 prédios,
assim distribuídos: Base da FAS, Alojamento dos professores, alojamento feminino,
alojamento masculino, refeitório e cozinha, Escola (com 4 salas de aula, biblioteca,
sala da direção e materiais), Sala de aprendizado e sala técnica. Além do mais, o NCS
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conta com painéis de energia solar, reaproveitamento da água da chuva. A
Comunidade 3 Unidos, onde fica localizado o NCS, também conta com uma boa
estrutura física, como uma escolinha municipal, gerador, centro comunitário e em
breve também contará com um galpão de reciclagem e uma prensa doados pela
Tetra Pak.
A comunidade 3 Unidos é composta de indígenas da etnia Kambeba e nela
moram 52 pessoas, dentre adultos e crianças. Nesse primeiro dia, conheci toda a
comunidade através do líder da mesma, o Cacique Valdemir. Pessoa simples,
engajada, sempre com sorriso no rosto e disposto a ajudar. Após conhecer toda a
estrutura da comunidade e do Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS), nos
reunimos no alojamento principal da FAS para definição de agendas e atividades para
os dias seguintes. Ficou definido então, que visitaríamos as comunidades mais
próximas, uma vez que nos dias 15, 16 e 17, foram realizadas visitas em comunidades
mais distantes. No total, foram visitadas as seguintes comunidades visitadas: Terra
Preta, Santa Maria, São Tomé, Chita, Nova Canaã, Cuaná, São Sebastião, Lindo
Amanhecer e Apindiaú.
Nesse primeiro dia foi possível, além de conhecer o belo espaço e a excelente
estrutura do NCS e da comunidade, entender também a dinâmica do local. A escola
estadual na parte da tarde contempla os níveis fundamentais de ensino e pela parte
da noite, a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em função da própria distância e da
dificuldade em se estabelecer professores na localidade, o ensino em sua grande
parte é à distância e facilitado pela estrutura dedicada pela Samsung ao colégio
(Televisores led de 40’’, computadores, notebooks e tablets) juntamente do apoio da
Secretaria Estadual de Educação do Amazonas (SEDUC), que transmite via satélite
aulas diretamente de Manaus a inúmeras localidades no estado, além de
disponibilizar professores-tutores por determinado período que dão suporte em sala
de aula. Outra dinâmica local diz respeito a luz elétrica, disponível somente das
13h30 as 18h e das 19h30 as 22h. A internet também é limitada a uso somente das
18h as 22h. Sem nenhuma rede de celular, a comunidade dispõe de um telefone na
escola e outro no alojamento principal, juntamente de um rádio. Apesar do
distanciamento de tecnologias e da própria luz elétrica, o tempo voava e as
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atividades de interação com alunos e com a própria comunidade era frequente e
quando víamos, o dia havia chegado ao fim.
Dia 19/07:
No segundo dia, um pouco mais adaptado as dinâmicas locais o dia começou
cedo. As 7h da manhã nos dirigimos a uma das salas de aula da escola e iniciamos
uma manhã de sensibilização e capacitação com os alunos internos, professores e
direção da escola. Como durante a manhã a energia elétrica não funciona, contamos
com o apoio da escola que ligou por cerca de 30 minutos o gerador para que
pudéssemos expor alguns vídeos e os slides da sensibilização.
Entre as 7h30 e as 10h30 foi possível ter um diálogo muito produtivo com
alunos, professores e a direção da escola. Nesse momento, apresentamos o projeto
“Cultura Ambiental nas Escolas” e a proposta de uma “Educação para
Sustentabilidade” da Tetra Pak. A primeira parte da conversa foi de sensibilização,
apresentando aos presentes conceitos-chave para que possamos entender o que é
Sustentabilidade. Incitei os alunos acerca da singularidade do local onde eles se
encontravam uma sala de aula, com excelente estrutura física, as beiras do rio negro
e com uma vista da janela invejável. Deste ponto em diante, demonstrei pra eles
como o Mundo enxergava região onde nos encontramos a Amazônia, e qual o nosso
papel na conservação e preservação dela. Com o apoio de um voluntário escoteiro de
São Paulo, o Pedro, que mostrou fotos de um rio que um dia já foi possível tomar
banho, um rio onde o avô do Pedro tomou banho, o rio Tietê; foi possível fazer um
comparativo, se aqueles alunos e professores que ali se encontravam gostariam de
ver o Rio Negro nesse mesmo estado.
Passando para a apresentação do Projeto, incitei nos professores o uso dos
materiais e ferramentas (que eles já haviam recebido) do “Cultura Ambiental nas
Escolas” para um aprendizado voltado para a sustentabilidade. Como se tratavam de
poucos professores, apenas 3, foi possível ter uma conversa direcionada a cada um
deles após tal manhã. Vários me procuraram ao longo dos dias no NCS para saber
mais, tirar dúvidas e esclarecimentos, o que foi muito positivo, pois demonstraram
interesse. Após esses momentos, iniciamos a conversa sobre a questão dos resíduos
(que foi melhor explicada em outro dia) apresentando alguns produtos provenientes
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da reciclagem de embalagens Tetra Pak, todos ficaram muito curiosos ao verem o
que é possível fazer com tais materiais. Nesse momento de curiosidade, começaram
a se perguntar e discutir sobre os resíduos da comunidade 3 Unidos e que não é um
problema só dela, todas as comunidades vizinhas também enfrentam o mesmo
problema na eliminação dos resíduos. Todavia, o presente projeto beneficiaria
apenas a comunidade 3 Unidos com a usina de reciclagem. Foi aí então, que surgiu a
ideia dos próprios alunos em começar um trabalho de conscientização ambiental de
moradores das demais comunidades para que todos entendessem a importância da
Usina não só para a comunidade 3 Unidos e sim para toda as comunidades próximas.
Em meio a como fazer, quem participaria, de que forma. Surgiu a ideia de
criar um grupo voluntário, com o apoio da Escola Estadual e da Fundação Amazonas
Sustentável, para visitar as comunidades vizinhas propagando as ideias do Projeto
“Cultura Ambiental nas Escolas” tal como fortalecer uma ideia de pertencimento e
importância do local onde se vive, demonstrando assim, que todos somos
responsáveis por um meio ambiente mais sustentável. Criou-se assim, ao fim dessa
manhã, o Grupo de Voluntários “Amigos do Rodolfo”. Explica-se o nome. Rodolfo, é
um jacaré-açu que a comunidade cria desde filhote em frente a Escola Municipal da
Comunidade. A ideia, genuinamente dos alunos, foi de usar a imagem do Jacaré
Rodolfo como mascote na preservação do meio ambiente. (Como anexo a este,
segue um briefing do projeto e a forma de participação que a Tetra Pak pode vir a
direcionar ao mesmo).
Ainda no dia 19, aproveitamos a ocorrência de um curso de formação técnica
em Mecânica, para realizar uma palestra e sensibilização, tal como realizada pela
manhã. Nesse segundo momento, o público já era de jovens e adultos (cerca de 35)
de todas as comunidades já mencionadas. O intuito desse momento foi de
disseminar a importância da sustentabilidade e dos processos adequados de coleta
de resíduos, em prol de uma comunidade limpa e sustentável. Foi um momento
importante, pois todos saíram de lá como separar resíduos, como armazena-los,
quais podem ser reciclados e quais não podem, além do mais, nos dias que seguiram
vários desses alunos de formação técnica nos procuraram para saber se já poderiam
trazer a sede do NCS os resíduos já coletados.
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Ao final da tarde, chegaram no NCS uma produtora de vídeo, com pessoas das
mais distintas nacionalidades. Eles vieram a pedido da Samsung (empresa que da
nome e suporte ao NCS) para gravar um documentário sobre os alunos da escola
estadual. Nesse momento de interação, foi possível demonstrar aos alunos a visão
que as pessoas têm do NCS, um local de beleza ímpar e com uma excelente
estrutura, e porque eles devem se orgulhar de estarem ali e cuidar ainda mais dele.
Dia 22/07:
Após o final de semana, sem atividades, a semana começa com planejamento
das atividades que serão realizadas ao longo da semana que se inicia. Fizemos uma
nova visita ao Cacique Valdemir para saber como estava a escolha do espaço para
instalação da Usina de Reciclagem Tetra Pak, ele nos informou que já estava quase
decidido sobre o local, mas que ainda precisava conversar com alguns moradores.
Nessa visita com ele, decidimos visitar duas comunidades próximas (Nova Canaã e
Terra Preta) pela parte da tarde.
À tarde seguimos as comunidades, em visita rápida fomos surpreendidos em
ambas, pois todos já tinham conhecimento da instalação da Usina na comunidade 3
Unidos e grande parte dos moradores já estavam começando a fazer a separação dos
resíduos, como nesses espaços não se tinha energia elétrica, não foi possível
apresentar os materiais de apoio do projeto, mas foi possível fazer uma abordagem
bem produtiva com os locais, mostrando novamente os produtos provenientes da
reciclagem das embalagens Tetra Pak.
Ao longo do dia, passamos nas salas de aula da escola estadual para mobilizar
os alunos e professores para participarem da capacitação que realizaríamos no dia
seguinte, dando continuidade as atividades do Projeto “Cultura Ambiental nas
Escolas”.
Dia 23/07:
A manhã de terça-feira começa agitada, logo notamos e escutamos a agitação
dos alunos nas proximidades do alojamento, a espera desse momento de
capacitação e também de integração. Nessa manhã, reunimos grande parte dos
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alunos da Escola para atividades voltadas a Sustentabilidade e Reciclagem. Esse
momento foi importante para que eles aprendessem como identificar, tratar, separar
e armazenar resíduos, tal como, entendessem a importância da continuidade em tais
atividades, em prol da sua comunidade e do meio ambiente como um todo.
Por cerca de 3 horas, discutimos o papel deles, o papel voluntário de cada um
dos alunos presentes na preservação do ambiente onde vivem e da conscientização
de outras pessoas. Aos poucos as dúvidas surgiam e o interessante foi que alguns
próprios alunos já sabiam responder aos colegas. Nessa manhã, iniciaram-se os
trabalhos do Grupo de Voluntários “Amigos do Rodolfo”, os alunos por iniciativa
própria readequaram as lixeiras do NCS e da Escola por materiais, identificando-as e
fazendo também um cartaz para o grupo.
Pela tarde, a FAS juntamente da direção da Escola realizaram um momento
recreativo, com lanches e brindes. Utilizei desse momento, para que os alunos que
compõem os “Amigos do Rodolfo” falassem para outros colegas que não
participaram das atividades da manhã, sobre o projeto e convidassem-nos para
integra-lo.
Pela noite, os voluntários do “Amigos do Rodolfo” passaram sala a sala para
disseminar as ideias de sustentabilidade e como o projeto será trabalhado. As turmas
da noite são de jovens e adultos, o que foi interessante pois eram os próprios alunos
que repassaram as informações, apresentaram a nova formatação das lixeiras e a
ressaltaram a importância de cada um no processo.
Dia 24/07:
A manhã de quarta-feira começar chuvosa e nublada, segundo os moradores
da comunidade isso se deve pelo inicio da “Friagem”. A FAS vem desenvolvendo um
projeto de protagonismo juvenil chamado, “Jovens Empresários” onde os alunos
aproveitam as constantes visitas de turistas e estrangeiros na comunidade, para
divulgar o NCS e a sua comunidade, tal como venderem blusas sustentáveis do NCS.
Todas as quartas-feiras é dia de visita na comunidade e todos ficam preparados para
tal, nessa manhã fiz uma preparação com os alunos de tal projeto para que eles
integrem a mesma ideia de pertencimento e valorização do local onde vivem na hora
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de venderem, não uma blusa apenas, mas a ideia que está por trás da mesma. O
projeto vem sendo um sucesso e o dinheiro obtido na venda das mesmas é revertido
para atividades que os próprios alunos escolhem.
Nesse dia, o Cacique Valdemir nos chamou até sua casa para dizer que já
havia escolhido um local para instalação da Usina de Reciclagem, e o lugar não
poderia ser melhor. A poucos metros da praia da comunidade, as margens do Rio
Negro. Estratégico não só para facilitar a logística de equipamentos e materiais, o
local mostrará a todos aos visitantes o espaço que será implantado pela Tetra Pak na
comunidade.
Ao final da tarde desse mesmo dia, começamos junto do simpático Seu
Valdermir, a mobilização, de casa em casa, da comunidade para participarem da
reunião final e com a presença de todos no dia seguinte, onde conversaríamos sobre
todos os aspectos do projeto e sobre a importância da comunidade na escolha e
implantação da usina de reciclagem Tetra Pak.
Dia 25/07:
A manhã nublada de quinta-feira não impediu a presença maciça de todos os
moradores da Comunidade 3 Unidos no espaço comunitário, e aqueles que não
estavam presentes no horário combinado, foram chamados pessoalmente pelo
Cacique Valdemir que foi chama-los. Esse momento foi muito importante para o
encerramento das atividades e de nossas incursões na comunidade, foi nele que
incitamos a participação, mobilização, colaboração e envolvimento de todos em prol
de uma nova imagem a comunidade. Prestes a sediar uma Usina de Reciclagem, os
moradores precisariam a partir de então entender o motivo daquele espaço e qual o
papel de cada um no processo.
Iniciamos com uma sensibilização por parte da FAS, na pessoa da Venina
Savedra, que instigou os moradores sobre a quantidade de lixo que nós produzimos e
muitas vezes não sabemos o que fazer. Jogar no rio, Queimar e Enterrar não são as
alternativas corretas, mas que muitos ainda fazem uso. Ressaltamos a importância da
escolha da Comunidade 3 Unidos não somente por ser um belo local com boas
pessoas, mas sim por que acreditamos no envolvimento dessa comunidade
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juntamente do apoio da FAS e, sobretudo, do papel de líder do cacique Valdemir, que
é muito respeitado por todos na comunidade e na região. Cabe ressaltar o papel
ativo e agregador do Cacique Kambeba para o sucesso do projeto. Ainda pela manhã,
realizamos uma oficina de reciclagem que contou com a participação de alunos do
grupo “Amigos do Rodolfo”.
Pela tarde, a equipe da FAS que nos levaria de volta a Manaus, chegou a
comunidade para tratar das questões técnico-financeiras para inicio das obras da
Usina de Reciclagem. Nesse momento, em reunião com o Cacique Valdemir, foi
possível demarcar o espaço onde será construído tal galpão e já foram indicados pelo
próprio cacique os moradores que trabalharão em tal obra.
Antes de partirmos, reunimos com os jovens da escola, de ambos os projetos
“Amigos do Rodolfo” e “Jovens Empresários” para uma ultima conversa
incentivadora e esse momento foi muito renovador e compensador, pois eles
agradeceram muito a nossa presença, os momentos de conversa, de brincadeira e de
conselhos. Disse a eles que ficaria muito feliz em retornar ao NCS e vê-lo com os
projetos a todo vapor!
Dias 26 a 29/07:
Na volta a Manaus, foi possível conhecer o relevante trabalho realizado pela
FAS em prol do desenvolvimento sustentável da floresta amazônica. Visitamos a
mesma, conhecemos projetos e entendemos um pouco da dinâmica. Ainda no dia 26,
agendamos visitas e reuniões em cooperativas de catadores e a empresa Rio Limpo
(responsável pela coleta das embalagens Tetra Pak na cidade de Manaus). Pela parte
da tarde, participei de uma entrevista na rádio Cultura FM em um espaço cedido a
FAS para apresentar resultados e projetos da fundação, a mesma contou com a
maior participação da Venina Savedra e eu apresentei um pouco das ideias do
projeto “Cultura Ambiental nas Escolas” e as expectativas de futuros projetos,
observando o êxito do que iniciara na comunidade 3 Unidos.
No dia 29, como o apoio logístico da FAS e a disponibilidade da Venina
Savedra, seguimos para reunião na Rio Limpo. Lá, reunimos com a Sra.Claudia que
nos situou a respeito da parceria e também sobre os valores para coleta de
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embalagens Tetra Pak (muito baixos, cerca de R$ 0,10 a R$ 0,15 p/Kg em bom
estado). Indagamos sobre o recolhimento por parte da Rio Limpo de tais resíduos na
comunidade 3 Unidos e fomos informados de que a empresa só trabalha no
recebimento das mesmas e não realiza coleta. Nesse encontro a empresa se mostrou
interessada no projeto de “Cultura Ambiental das Escolas” da Tetra Pak e se mostrou
aberta para futuras atividades em conjunto da equipe de responsabilidade social.
Ainda no dia 29, visitamos duas cooperativas. A primeira foi a Ecocoperativa
(uma das maiores de Manaus), localizada em um grande terreno, cerca de 8 famílias
trabalham com uma estrutura razoável para tal, contam com 2 caminhões grandes e
duas prensas. Foi informando que recebem muito papelão, papel e que ainda não
recebem embalagens Tetra Pak. Como contato, foi repassado o da Sra.Marcela (0929240-9760).
A segunda cooperativa na verdade de uma ONG chamada Reciclar da Vida,
localizada em área periférica de Manaus e que conta com o trabalho de mais de 13
famílias. Nesse espaço, o trabalho já é mais manual e sem maquinário algum. Tudo
que se é utilizado é alugado (a começar do galpão) e além do processo de separação
e armazenamento. Como contato, foi repassado o do Sr.Claudio (092-81311184).
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 Considerações Finais:
As atividades desenvolvidas entre os dias 18 a 30 de julho, em especial as
desenvolvidas no Núcleo de Conservação e Sustentabilidade Assy-manana na
Comunidade 3 Unidos, tiveram um enfoque pautado na “Educação para
Sustentabilidade” aliado as ideias promovidas pela Tetra Pak e as premissas
defendidas pela Ong Noolhar. Nesses dias percebemos o quanto projetos como
esses, influenciam e impactam positivamente na vida das pessoas, estejam eles na
cidade ou no meio da floresta amazônica. Algo relevante e que deve ser propagado
em outras incursões da Tetra Pak em comunidades e em escolas, é incitar o espirito
de pertencimento ao meio ambiente e o espirito de voluntário em desenvolver ações
pequenas, médias ou grandes em prol desse ambiente. Sabendo, obviamente, do
suporte didático e técnico que a Tetra Pak, por exemplo, pode fornecer. Mas, faze-los
e integra-los como agente ativo, faz com que todo e qualquer projeto desenvolvido
se direcione ao êxito, como fora notado nessa viagem.
Com uma comunidade relativamente pequena (cerca de 50 pessoas) e um
líder pró-ativo e carismático, a comunidade 3 Unidos se destaca das demais na APA
do Rio Negro, não somente pela estrutura construída e mantida pela FAS e pela
Samsung, mas principalmente pelo envolvimento e reconhecimento do projeto da
construção de uma Usina de Reciclagem pela Tetra Pak, isso foi notado em vários
momentos. Ao longo dos dias, muitos moradores nos relataram da importância de
saber como destinar seus resíduos e mais do que isso, saber que terá uma destinação
correta. Um dos relatos mais interessantes veio do Sr.Manuel, de uma comunidade
próxima, que comentou conosco que após a palestra sobre Sustentabilidade e
Reciclagem, ao retornar a sua localidade ordenou que parassem imediatamente de
queimar o lixo e disse que fariam diferente, selecionariam os resíduos e começariam
a estocar até o inicio do funcionamento da Usina. Relatos como esse, mostram o
quanto a disseminação de informações e conhecimento pode influenciar de forma
positiva a vida das pessoas e projetos como esse, só vem a contribuir para isso.
Notamos um forte envolvimento da comunidade, com a presença maciça de
seus moradores em todas as reuniões, oficinas e até em conversas informais, onde
logo apareciam mais pessoas. Todos reconheceram a importância da instalação da
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Usina de Reciclagem não somente para a comunidade como um todo, mas
principalmente o que isso pode representar na conservação dessa bela área de
preservação ambiental.
Algo importante e que merece ser ressaltado, é a compensação financeira da
comunidade em relação aos processos de reciclagem. Todos esperam uma mínima
compensação no que diz respeito a um valor que possa ser revertido em atividades
da comunidade. Por exemplo, muitos relataram que gostariam de poder realizar mais
festas comemorativas na comunidade como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das
Crianças e que tal compensação viria a colaborar e viabilizar a realização de tais
eventos. Passamos a ideia de que eles não vislumbrassem apenas a questão
financeira e sim a questão maior por trás da Usina e dos processos de reciclagem: a
importância da preservação do meio ambiente. Mas acreditamos e compartilhamos
junto da FAS que é necessário um incentivo e/ou aporte financeiro por menor que
seja para estimular a continuidade das ações voltadas para coleta de resíduos.
Acreditamos que um dos resultados mais importantes, além do
reconhecimento da comunidade para com a magnitude do projeto, foi a ideia e
criação de um grupo de voluntários para a disseminação das premissas da
sustentabilidade e da coleta de resíduos em comunidades vizinhas. Chamado de
“Amigos do Rodolfo” o projeto que foi pensado, gerido e será executado pelos
próprios alunos consubstancia a ideia e o envolvimento da comunidade com o
projeto e com a ideia de que todos podem fazer a sua parte e contribuir para um
ambiente melhor. Espera-se poder contar com o apoio e parceria da Tetra Pak para o
desenvolvimento de tal projeto voluntário, em conformidade ao que segue no
Briefing sobre o “Amigos do Rodolfo”.
Os maiores resultados e considerações acerca dessa incursão com a chancela
da Tetra Pak e as orientações da Ong Noolhar dificilmente poderiam ser expostos
nesse relatório, tendo em vista a magnitude, a riqueza e a singularidade que a
floresta e o povo amazônico proporcionam aos que nela adentram e tentam
entender e estudar sua dinâmica.
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 Anexo: Briefing do Projeto: “Amigos do Rodolfo”
“Rodolfo é um Jacaré-açu que a comunidade 3 Unidos cria desde filhote em frente a
Escola municipal, as margens do Rio Negro. A foto abaixo mostra o local onde ele
geralmente costuma aparecer”
Objetivo do projeto: Divulgação e disseminação das ideias do projeto “Cultura
Ambiental nas Escolas” aliado de conceitos como Sustentabilidade e de Coleta de
Resíduos nas comunidades vizinhas ao Núcleo de Conservação e Sustentabilidade
Assy-manana, empreendido pelos próprios alunos e com o apoio logístico da
Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
Metodologia: Visita semanal ou quinzenal por parte dos alunos e com o apoio da FAS
e da direção da escola, nas comunidades vizinhas. Tais visitas seriam coordenadas
por um professor e a abordagem com moradores será feito pelos alunos e com o
apoio de material desenvolvido pela FAS ou até mesmo enviado pela Tetra Pak. A
intenção, é que os alunos também divulguem esse projeto nas frequentes visitas de
turistas as comunidades. Além de divulgar, tais alunos esperam conseguir vender
camisetas do projeto, com a logomarca e a história do jacaré Rodolfo para reunir
fundos para suas atividades.
Contrapartida da Tetra Pak: Doação de material educativo (panfletos, folders e
adesivos) juntamente de 200 camisetas regatas brancas com a arte do projeto.
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 Fotos: (Em ordem Cronológica)
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(Local onde será construído o galpão de reciclagem, já demarcado)
Desdobramentos: Dando continuidade as ações e orientações, receberemos em Belém
durante uma semana, iniciando dia 7/09, Nina Savedra (FAs) para acompanhamento de
atividades relacionadas ao projeto.
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Tetra Pak Projeto Cultura Ambiental nas Escolas – Educação para

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