2015-05-17-Ricardo Matos-A Essencia do Casamento 1
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2015-05-17-Ricardo Matos-A Essencia do Casamento 1
A ESSÊNCIA DO CASAMENTO – Cap. 03 do Livro “O significado do Casamento” Quando a Bíblia fala de Amor, do que ela está falando? Paixão Romântica ou Compromisso Sacrificial com o bem do outro? - A Bíblia mede o amor não pelo quanto você deseja receber, mas pelo quanto de si mesmo está disposto a entregar a alguém. - 1 Co. 13. 5 – O Amor não procura os seus interesses. “O Amor se preocupa mais com os outros que consigo mesmo”. (A Mensagem) - Crenças conflitantes da atualidade: Amor romântico é essencial para ser ter uma vida plena, mas que é raramente duradouro X Casamento deve se basear em amor romântico = Casamento e Romance são incompatíveis. É cruel confinar as pessoas a um compromisso para o resto da vida depois do fim inevitável do prazer romântico. - A visão bíblica não exclui o Amor romântico, emoções profundas, ao mesmo tempo em que não o coloca em oposição à essência do amor, que é o compromisso sacrificial com o bem do outro. - Amor como Desejo Emocional mais do que Serviço e Compromisso // Dever e Desejo num confronto irrealista e destrutivo // São entretanto complementares. ISTOÉ - E o que o senhor chama de “amor líquido”? Amor líquido é um amor “até segundo aviso”, o amor a partir do padrão dos bens de consumo: mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais satisfação. ISTOÉ - Nesse contexto, ainda faz sentido sonhar com um relacionamento estável e duradouro? Ambos os tipos de relacionamento têm suas próprias vantagens e riscos. Em um mundo “líquido”, em rápida mutação, “compromissos para a vida” podem se revelar como sendo promessas que não podem ser cumpridas — deixando de serem algo valioso para virarem dificuldades. O legado do passado, afinal, é a restrição mais grave que a vida pode impor à liberdade de escolha. Mas, por outro lado, como se pode lutar contra as adversidades do destino sozinho, sem a ajuda de amigos fiéis e dedicados, sem um companheiro de vida, pronto para compartilhar os altos e baixo? Nenhuma das duas variedades de relação é infalível. Mas a vida também não o é. Além disso, o valor de um relacionamento é medido não só pelo que ele oferece a você, mas também pelo que oferece aos seus parceiros. O melhor relacionamento imaginável é aquele em que ambos os parceiros praticam essa verdade. Desejo e amor. Irmãos. Por vezes gêmeos; nunca, porém, gêmeos idênticos (univitelinos). Desejo é vontade de consumir. Absorver, devorar, ingerir e digerir — aniquilar. O desejo não precisa ser instigado por nada mais do que a presença da alteridade... Mas são grandes as chances de que, nesse processo, suas sobras indigestas caiam do reino dos produtos de consumo para o dos refugos. Os produtos de consumo atraem, os refugos repelem. Depois do desejo vem a remoção dos refugos. O amor, por outro lado, é a vontade de cuidar, e de preservar o objeto cuidado. Um impulso centrífugo, ao contrário do centrípeto desejo. Um impulso de expandir-se, ir além, alcançar o que "está lá fora". Ingerir, absorver e assimilar o sujeito no objeto, e não vice-versa, como no caso do desejo. Amar é contribuir para o mundo, cada contribuição sendo o traço vivo do eu que ama. No amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama se expande doando-se ao objeto amado. É um mundo de incertezas, cada um por si. Temos relacionamentos instáveis, pois as relações humanas estão cada vez mais flexíveis. Acostumados com o mundo virtual e com a facilidade de “desconectar-se”, as pessoas não conseguem manter um relacionamento de longo prazo. É um amor criado pela sociedade atual (modernidade líquida) para tirar-lhes a responsabilidade de relacionamentos sérios e duradouros. Pessoas estão sendo tratadas como bens de consumo, ou seja, caso haja defeito descarta-se - ou até mesmo troca-se por "versões mais atualizadas". O romantismo do amor parece estar fora de moda, o amor verdadeiro foi banalizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas as quais se referem a estas utilizando a palavra amor. Noites descompromissadas de sexo são chamadas “fazer amor”. Não existem mais responsabilidades de se amar, a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas não sabem direito o seu real significado. RELAÇÃO DE CONSUMO X ALIANÇA - Nas relações de Consumo, pode se dizer que as necessidades do indivíduo são mais importantes que o relacionamento. - Nas relações de Aliança o bem do relacionamento tem precedência sobre as necessidades imediatas do indivíduo. - Um exemplo de relação de aliança = A sociedade ainda considera a relação entre pais e filhos uma aliança, e não uma relação de consumo. Não se admite qualquer pai ou mãe abandonar os filhos por considerar o trabalho de criá-los difícil ou Ingrato demais. - Na sociedade atual o mercado se tornou tão dominante que o modelo de consumo caracteriza cada vez mais relacionamentos que, historicamente, eram alianças, inclusive o casamento. - Hoje em dia, mantemos os vínculos com as pessoas enquanto elas suprem nossas necessidades por um custo aceitável. Quando deixamos de lucrar com a relação – ou seja, quando o relacionamento parece exigir de nós mais apoio e amor do que estamos recebendo – saímos dele para “minimizar o prejuízo”. (Relações Utilitárias) A Aliança é um conceito cada vez mais estranho a nós, entretanto a Bíblia afirma que ela é a essência do casamento. O QUE É ALIANÇA? - Alianças horizontais entre seres humanos (Davi e Jônatas 1 Sm. 18.3) entre nações. - Alianças Verticais (mais proeminentes) firmadas por Deus com indivíduos e com famílias e povos. (Gn. 17.2 - Abraão; Ex. 19.5 – Nação de Israel) - União Conjugal Ef. 5.31 / Gn. 2.24 = Unir-se // “Apegar-se” = Ser colado a algo // Dt. 10. 20 – Apegar-se a Deus - Unir-se a alguém por meio de uma aliança, promessa, compromisso, juramento. - O casamento apresenta aspectos horizontais e verticais = Ml. 2. 14 = Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. Pv 2.16,17 = Ela também o livrará da mulher imoral, da pervertida que seduz com suas palavras, que abandona aquele que desde a juventude foi seu companheiro e ignora a aliança que fez diante de Deus. - A aliança firmada entre marido e mulher é feita diante de Deus e, portanto, não apenas entre os cônjuges, mas também com Deus. Ser infiel ao Cônjuge também implica ser infiel a Deus. - Veja as perguntas da tradição cristã na hora dos compromissos – pág. 102 (Chalé em Forma de A, os dois lados se encontram no topo e se sustentam, porque abaixo o alicerce sustenta os dois.) 2 AMOR E LEI - A relação de Aliança é uma combinação extraordinária de Lei (dever, compromisso) e Amor. - G.K. Chesterton = quando nos apaixonamos, temos a tendência natural não apenas de expressar afeição, mas de fazer promessas um para o outro. - A Bíblia diz que o amor real tem o desejo instintivo de permanência: “Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor. Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado”. Cânticos 8:6,7 - Cada um quer garantias de um compromisso duradouro e cada um tem prazer em oferecer essas garantias. - Portanto, a “Lei” dos votos e promessas se encaixa perfeitamente com nossas paixões mais profundas nos presente. Mas também é algo de que a pessoa amada precisa para ter segurança em relação ao Futuro. A PROMESSA DE AMOR FUTURO - Votos de casamento não são uma declaração de amor presente (um tanto óbvio), mas uma promessa de amor futuro que envolve compromisso mútuo. - Na cerimônia de casamento você se coloca diante de Deus, da família e das principais instituições da sociedade e promete ser amoroso, fiel e leal à outra pessoa no futuro, independentemente das variações interiores de sentimentos ou exteriores de circunstâncias. - Isto significa que não há motivos legítimos para sair do casamento e divorciar? Mt. 19. 4-9 e 1 co. 7. 15 (Adultério e abandono deliberado) - Dureza de coração. - Permitir o divórcio por qualquer motivo é o mesmo que esvaziar o próprio conceito de Aliança e Voto e se render a relação de consumo. - É surpreendente que até mesmo Deus afirme ter passado por um divórcio (Jr. 3.8) Ele sabe como é! O PODER DA PROMESSA - Os votos nos impedem de fugir ao primeiro sinal de dificuldade. - Dão ao amor a oportunidade de criar estabilidade para que os sentimentos de amor, sempre instáveis e frágeis nos primeiros meses e anos, possam se fortalecer se aprofundar com o passar do tempo. PROMESSA E PAIXÃO - Quando ao longo dos anos, alguém vê o que você tem de pior e conhece você com todos os seus pontos fortes e falhas e, ainda assim, se compromete inteiramente com você, isso é uma experiência completa e suprema. - Ser amado sem ser conhecido é confortador, mas superficial. - Ser conhecido e não ser amado é o nosso maior medo. - mas ser plenamente conhecido e verdadeiramente amado é muito parecido com ser amado por Deus. - Os Votos permitem que a paixão cresça em extensão e profundidade, pois nos dão a segurança de que precisamos para abrir nosso coração e falar de modo vulnerável e honesto sem ter medo de que nosso cônjuge nos abandone. 3 COMO AJUDAR O AMOR ROMÂNTICO A SE CONCRETIZAR - O compromisso ético com outra pessoa no casamento é justamente aquilo que faz com que a espontaneidade do amor romântico atinja a estabilidade e longevidade que ele (deseja, mas) é incapaz de prover por sua própria conta. - De fato, é o compromisso de aliança que possibilita aos casados se tornarem pessoas que amam uma à outra. EMOÇÃO E AÇÃO - Não podemos controlar nossas emoções, mas podemos controlar nossas ações. - Se nossa definição de “amor” enfatizar mais os sentimentos do que as ações abnegadas reduziremos nossa capacidade de manter e desenvolver relacionamentos fortes de amor. AÇÕES DE AMOR GERAM SENTIMENTOS DE AMOR - das duas coisas, emoção e ação, é sobre a ação que temos mais controle. - É a ação de amor que podemos prometer manter a cada dia. A DECISÃO DE AMAR - Em qualquer relacionamento, haverá fases assustadoras em que os sentimentos de amor parecerão se esgotar. - E, quando isso acontecer, você deve se lembrar de que a essência do casamento consiste no fato de ele ser uma Aliança, um Compromisso, uma promessa de amor futuro. Uma decisão de amar. - Realize ações de amor, apesar da ausência de sentimentos. - Se você ama como a Bíblia descreve o amor de duas pessoas que desejam uma vida conjunta, não terá problema algum em assumir um compromisso legal, permanente e exclusivo. A NEGOCIAÇÃO - O “PREÇO DA NOIVA” A QUE COISA HORRÍVEL! - hoje está mais democratizado, ambos avaliam o preço. - quando o casamento deixa de ter a rentabilidade que esperávamos quando fizemos o investimento inicial e adotamos a postura de qualquer negócio, cortamos custos e deixamos de investir. - Pense no relacionamento de pais e filhos levando em conta o mandamento bíblico de amor e cuidado que devemos a eles. Sem exceção investimos neles. - Não é de surpreender, portanto depois que os filhos saem de casa, muitos casamentos se desintegram. Considerávamos o casamento uma relação de consumo ao contrário do relacionamento com os filhos. ELE PERMANECEU - Jesus não nos amou porque éramos agradáveis a ele, mas para nos tornar agradáveis. Por isso vou amar meu cônjuge. 4