Edição 1786 - Caderno Saúde Bucal

Transcrição

Edição 1786 - Caderno Saúde Bucal
PÁGINA 2
O tratamento com aparelhos ortodônticos, de acordo com o site saudemelhor.com, pode ter início em
qualquer idade, porém, é recomendável que a criança aos sete anos passe por uma avaliação ortodôntica para que o tratamento comece já na infância, na
faixa etária de oito a 14 anos.
Os aparelhos ortodônticos são utilizados para beneficiar o sorriso e a saúde bucal. De acordo com o
site implantomed.com, as funções de cada tipo de
aparelho são:
Aparelhos Removíveis – Os removíveis são
encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou ortodontista, e dependem da colaboração
do paciente. Podem ser ortodônticos – que realizam
pequenas movimentações dentárias – ou ortopédicos, que são utilizados nas correções de alterações
ósseas de crescimento. São recomendados para uso
em crianças e adolescentes durante a fase de crescimento, inibindo ou estimulando o desenvolvimento
dos ossos ou redirecionando uma tendência de crescimento desfavorável. Para serem efetivos, devem
ser usados pelo maior número de horas por dia.
Aparelhos fixos – São usados quando se deseja
movimentar dentes no osso. São compostos por braquetes (pecinha quadradinha disposta em cada dente) que podem ser metálicos, plásticos ou de porcelana. Eles dão suporte ao arco metálico. As bandas
(anel metálico) são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o
aparelho, enquanto os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas.
Apertando-se o arco, os dentes são tracionados,
movendo-se gradualmente em direção à posição
CADERNO SAÚDE BUCAL
correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês, para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses
até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais
leves e exibem bem menos metal que no passado.
Com o uso de aparelhos fixos, um melhor engrenamento entre os dentes superiores e inferiores é
obtido, restabelecendo um sorriso equilibrado.
Aparelho Ortodôntico Invisalign – São alinhadores praticamente invisíveis que reposicionam
os dentes. É mais confortável e mais saudável, pois
não utiliza fios metálicos ou braquetes. Por ser removível, não causa problemas na alimentação e higiene bucal.
Aparelho Ortodôntico Lingual - a colagem do
aparelho fixo feita pelo lado interno dos dentes.
Aparelho Ortodôntico Autoligável – É uma
filosofia de tratamento ortodôntico inovadora. Não
utiliza elásticos (borrachinhas coloridas) para ativação do aparelho, reduzindo dessa forma o atrito, facilitando o alinhamento e nivelamento dos dentes,
com a consequente redução do tempo de tratamento ortodôntico.
Expansor Palatino – É um mecanismo utilizado
para alargar o arco da mandíbula superior. Consiste
em uma placa de plástico que se encaixa sobre o
céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a
placa, por meio de parafusos, força as juntas dos
ossos do palato (céu da boca) a se abrirem para os
lados, alargando a área palatina.
Aparelho Ortodôntico Extrabucal – Com o
05 de julho de 2015
aparelho ortodôntico extrabucal, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a
um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os
dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes
anteriores são empurrados para trás.
Sistema Trainer – É um conjunto de aparelhos
intrabucais, prescritos por dentistas, para a correção dos maus hábitos orais de uma forma simples e
eficaz. Os trainers são aparelhos removíveis, confortáveis, fáceis de usar e higienizar e disponíveis
em vários modelos, cada um desenvolvido para atender a uma necessidade específica.
Riscos da desistência do
tratamento ortodôntico
De acordo com o site www.indicedesaude.com,
ao interromper um tratamento ortodôntico todas as
conquistas obtidas até então podem se perder, ou
seja, os dentes podem retornar à posição original. Já
nos casos em que o paciente simplesmente “desaparece” do consultório, é importante que ele saiba
que se não houver a manutenção dentro do período
estabelecido pelo dentista, o fio ortodôntico permanece agindo e pode comprometer a estrutura dos
dentes. É fundamental retomar o tratamento ou retirar o fio. Para retomar o tratamento após um longo
período sem manutenção, de acordo com o site, provavelmente será preciso fazer uma nova documentação ortodôntica ou, no mínimo, uma radiografia
panorâmica, pois a documentação tem um prazo de
validade e, como os dentes já se movimentaram, essa
documentação já não corresponde mais à situação
bucal atual.
PÁGINA 3
CADERNO SAÚDE BUCAL
desconhecidos (daí a denominação de raios X) que
podiam atravessar corpos opacos e “fotografar”
o interior deles, incluindo o corpo humano.
De acordo com o site www.abc.med.br, com o
tempo, o uso da radiação se tornou normatizada e
controlada e a radiografia veio a se tornar o mais
tradicional e conhecido dos métodos de se obter
imagem do interior do corpo e Roentgen ganhou o
prêmio Nobel de Física de 1901 pelo seu invento.
Em áreas como Cirurgia Buco-Maxilo-Facial,
Ortodontia, Implantodontia e Periodontia, a
radiologia é imprescindível. De acordo com o site
www.conter.gov.br (Conselho Nacional de
Técnicos em Radiologia), as radiografias são
utilizadas para diagnosticar lesões, fraturas ósseas,
dentes supranumerários (em maior número que o
normal), impactados (inclusos ou que “não
nasceram”), permitindo o planejamento para a
melhor intervenção cirúrgica e acompanhamento.
Benefícios da radiologia nas áreas
odontológicas
O site do CONTER mostra a função e os
benefícios que a radiologia traz nas áreas de
implantodontia, ortodontia e periodontia:
Implantodontia – Entre os muitos benefícios,
permite a recolocação de elementos dentais, evitando
o uso de próteses fixas ou móveis (por exemplo: pontefixa e Roath), além de avaliar a condição óssea para
implantes, se há necessidade de enxerto ósseo e a
osseointegração (fixação) entre implante e osso.
Ortodontia – Especialmente na documentação
ortodôntica, que compreende radiografias e exames
diversos, a radiologia é largamente utilizada. É útil ainda
na confecção de moldes de gesso, fotos e slides, entre
outros procedimentos (dependendo do caso tratado)
fundamentais para o planejamento e tratamento
ortodôntico.
Periodontia – É utilizada, principalmente, para
visualizar perdas ósseas, e assim planejar corretamente
o tratamento.
O que é uma radiografia?
A radiografia é o registro fotográfico de uma imagem
produzida pela passagem de uma fonte de raios X
05 de julho de 2015
através de um objeto. De acordo com o site
conter.gov.br (Conselho Nacional de Técnicos em
Radiologia), é o meio de diagnóstico mais utilizado, de
fácil obtenção e com acesso por parte de toda
população. Atualmente, sua importância tem sido cada
vez mais reconhecida, já que é através de uma
radiografia que se pode ver o que está intraósseo (dentro
do osso).
História da Radiografia
De acordo com o site www.abc.med.br, a radiografia
é uma fotografia do interior do corpo e, a princípio,
interessou tanto aos fotógrafos quanto aos médicos,
que, sem saberem dos perigos da radiação, passaram
a usá-la indiscriminadamente para fins lúdicos. O site
informa que a técnica e os aparatos da radiografia foram
desenvolvidos por Wilhelm Roentgen em 1895, na
Alemanha. O primeiro aparelho de radiografia para uso
médico chegou ao Brasil em 1897, e a primeira
radiografia foi feita em 1898. Ainda de acordo com o
site, as radiografias antigas eram muito demoradas (30
a 40 minutos) e expunha os pacientes por um tempo
prolongado aos raios X. Não se conhecia ainda os
riscos da radiação a que as pessoas eram submetidas,
mas todos estavam maravilhados com os raios
Radiografias Periapicais e Panorâmicas
Na Odontologia, de acordo com o site
CONTER, os dois tipos de radiografias mais
utilizados são as periapicais (retiradas de dentro
da boca) e as panorâmicas.
Radiografia periapical – De acordo com o site
www.robrasradiologia.com.br, é uma técnica intrabucal
que permite a visualização do dente em toda a sua
extensão (esmalte, dentina, câmara pulpar e canal
radicular), espaço periodontal, a lâmina dura e o tecido
ósseo circunvizinho. Permite também visualizar a
anatomia dental e diagnosticar as alterações que
ocorrem nessas estruturas, tais como: anatomia dental,
lesões cariosas extensas, anomalias de
desenvolvimento, lesões periapicais, tratamentos
endodônticos, relação da cronologia de erupção,
alterações periodontais etc.
Radiografia Panorâmica – De acordo com o site
www.robrasradiologia.com.br, é a técnica radiográfica
utilizada para se ter uma visão geral dos maxilares, da
cavidade bucal e das estruturas vizinhas, sendo utilizada
praticamente em todas as especialidades. Com a atual
tecnologia digital, se tornou um procedimento de fácil
execução e de baixa dose de radiação, quando
comparada ao exame periapical completo. É indicada
para pacientes de todas as faixas etárias.
PÁGINA 4
CADERNO SAÚDE BUCAL
05 de julho de 2015
PÁGINA 5
CADERNO SAÚDE BUCAL
No Brasil, a agregação do flúor ao tratamento das
águas de abastecimento público iniciou-se em 1953,
no município capixaba de Baixo Guandu. Tornou-se
Lei Federal em 1974, expandiu-se intensamente nos
anos 1980 e, em 2006, beneficiava cerca de 100 milhões de pessoas. Atualmente, o Brasil é o terceiro
país em consumo per capita de dentifrícios (creme
dental), atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.
O
flúor vem sendo utilizado como ins
trumento eficaz e seguro na preven
ção e no controle da cárie. Os fluore
tos, forma iônica do elemento quími
co flúor (F), são os principais responsáveis pelo declínio da cárie e reduzem a velocidade
de progressão de doenças bucais.
Histórico do Fluoreto
A utilização dos fluoretos como meio preventivo e
terapêutico da cárie iniciou-se em 1945 e 1946, nos
Estados Unidos da América e no Canadá, com a
fluoretação das águas de abastecimento público.
Após estudos que comprovaram a eficácia da medida (na época uma redução de cerca de 50% na prevalência de cáries), o método foi recomendado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas principais instituições mundiais da área da saúde. Desse
modo, expandiu-se para várias regiões e, desde o início do século XXI, vem beneficiando cerca de 400
milhões de pessoas em 53 países. Nos EUA, onde a
fluoretação das águas foi considerada uma das dez
medidas de saúde pública mais importantes no século
XX, duas em cada três pessoas consomem água fluoretada.
Formas de utilização dos fluoretos
e cuidados necessários
Outra forma de utilização de fluoretos, além do abastecimento de águas fluoretadas, é por meio de bochechos, soluções, géis e vernizes, que vêm sendo usados tanto como métodos preventivos de âmbito populacional quanto para uso individual.
A múltipla exposição aos fluoretos implica maior
risco de desenvolvimento da fluorose dentária, em diferentes graus. Portanto, requer a adoção de práticas
de uso seguro e consciente (com orientação do dentista).
Recomendações – Na ausência de água fluoretada, recomenda-se o uso regular de dentifrício fluoretado (cremes dentais com flúor) em conjunto com
uma forma de uso tópico (bochecho, gel ou verniz).
A opção pelo uso do método tópico adicional deve
levar em consideração aspectos operacionais e de custos, já que a eficácia desses métodos são semelhantes.
Dentifrício fluoretado
Dentifrício fluoretado (creme dental) é considerado um dos métodos mais racionais de prevenção das
cáries, pois alia a remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor. Sua utilização tem sido considerada responsável pela diminuição nos índices de cárie
observados hoje em todo mundo, mesmo em países
ou regiões que não possuem água fluoretada.
05 de julho de 2015
Ação - O dentifrício fluoretado apresenta uma ação
benéfica na prevenção das cáries porque aumenta a
concentração de flúor na saliva por cerca de 40 minutos após a escovação. Além disso, o flúor se retém na cavidade bucal por um período ainda maior
de tempo.
Nas superfícies dentais limpas pela escovação, o
flúor reage com o dente, formando regularmente pequena quantidade de fluoreto de cálcio na superfície
do esmalte-dentina. Nos residuais de placa não removidos pela escovação, o flúor se difunde e se deposita na forma de reservatórios com Ca (Cálcio),
orgânico ou mineral. Assim, a utilização frequente
do dentifrício associa a remoção de biofilme a um
aumento nos níveis de flúor na cavidade bucal, para
interferir no processo de des e remineralização.
Indicações – Toda a população, em especial crianças menores de 9 anos de idade, devem usar em
pequenas quantidades (cerca de 0,3 gramas, equivalente a um grão de arroz), devido ao risco de fluorose dentária. Dentifrícios com baixa concentração de
fluoretos ou não fluoretados não são recomendados.
Cuidados – Crianças em idade pré-escolar, na fase
de desenvolvimento do esmalte dentário dos dentes
permanentes, apresentam risco para o desenvolvimento de fluorose dentária. Por isso, devem ser usadas pequenas quantidades de dentifrício na escova
(técnica transversal) e o monitoramento de adultos é
altamente recomendável, principalmente em regiões
com água fluoretada.
Fonte: Com informações do livro online ‘Guia de
recomendações para o uso de fluoretos no Brasil’,
feito pelo Ministério da Saúde, disponível no site do
Conselho Federal de Odontologia: cfo.org.br/wpcontent/uploads/2010/02/livro_guia_fluoretos.pdf
PÁGINA 6
Implante dental ou prótese fixa – De acordo
com o site cfo.org. br (CFO – Conselho Federal de
Odontologia), para realizar o implante dental, é colocado um “parafuso” de titânio geralmente com forma semelhante à raiz dentária, no osso do paciente
(na mandíbula inferior ou na maxila superior), abaixo da gengiva. Este “parafuso” é utilizado como suporte para a prótese dentária – não é a prótese propriamente dita, e sim, um artifício para “substituir”
raízes dentárias perdidas – para que posteriormente
o cirurgião coloque a prótese similar aos dentes e
coroas perdidos.
De acordo com o site www.apcdguarulhos.org.br
(APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), em 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão por toda a vida. O site certifica que implantes de
boa procedência apresentam taxas de sucesso acima de 90% no maxilar superior e 97% no inferior,
cabendo ainda destacar que não existe limite de idade para a colocação das próteses.
Situações em que o implante não é recomendado
De acordo com o site da APCD, apenas em duas
situações o implante não é recomendado: em pacientes com determinados problemas de saúde de ordem geral e quando não houver espessura e altura
óssea suficiente para acomodar os implantes.
Porém, de acordo com o site da APCD, em casos de falta óssea suficiente para colocar a prótese,
existem maneiras de aumentar a quantidade de ossos, devendo assim ficar claro que esses procedimentos são novos, e só devem ser empregados em
casos absolutamente necessários, com total conhe-
CADERNO SAÚDE BUCAL
cimento de todos os riscos e custos por parte do
paciente.
Riscos cirúrgicos
Normalmente, de acordo com o site da APCD, a
cirurgia dura de 60 a 90 minutos. Somente em casos
excepcionais esse tempo é dilatado. O site informa
que os riscos são mínimos, já que a cirurgia é feita
com anestesia local e é muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como
a extração de um dente incluso, por exemplo. A
maioria dos pacientes, de acordo com informações
do site, não relata qualquer incômodo no pós-operatório.
Evolução nos implantes
De acordo com o site do CFO, as mais atuais
técnicas de implantes que vêm diminuindo o tempo
de espera para a colocação das próteses fixas são:
- Coroas protéticas que podem ser executadas
em impressoras 3D;
- Técnicas que permitem, em casos selecionados, instalar implantes quase sem cortes (mínimas
incisões somente para a passagem dos implantes), o
que ocasiona um pós-operatório ainda mais confortável;
Dentadura ou prótese total – As próteses totais, também conhecidas como dentaduras, são removíveis e feitas de resina acrílica, que podem substituir dentes perdidos e ajudar a restaurar o sorriso.
A informação está publicada no site ada.org.com
(ADA – Associação Americana de Dentistas), que
também informa que é preciso que a pessoa tenha
perdido todos seus dentes naturais, seja por doença
05 de julho de 2015
periodontal, cárie dentária ou lesões, para que aconteça a substituição dos dentes perdidos. A dentadura torna mais fácil a alimentação e fala do paciente,
e pode ser similar aos dentes naturais antigos, não
modificando a aparência e o sorriso.
Incômodo inicial da dentadura
A prótese, de acordo com o site da ADA, pode
se soltar até que os músculos da língua e bochecha
aprendam a mantê-la no lugar. O site informa que
até que a boca se acostume com a prótese, podem
aparecer pequenas irritações ou dores, e é normal
que o fluxo de saliva aumente temporariamente. É
necessário que após a colocação da prótese total,
seja feita uma consulta ao dentista para que a dentadura seja ajustada por ele.
Cuidados diários com a prótese total
De acordo com o site da ADA, os cuidados diários que as pessoas que usam a prótese total devem
ter são:
· Escovar as gengivas, a língua e o céu da boca
todas as manhãs, com uma escova de cerdas macias, antes de inserir as dentaduras, para estimular a
circulação em seus tecidos e ajudar a remover a
placa bacteriana;
· Lavar as dentaduras antes de escovar; usar uma
escova de cerdas macias e um limpador não abrasivo para escovar suavemente todas as superfícies da
prótese, para que ela não fique riscada;
· Quando a prótese não estiver sendo usada, coloque-a em um lugar seguro coberto de água;
· Se houver dúvidas sobre a prótese, ou se ela
não estiver bem ajustada ou danificada, procurar um
dentista.
PÁGINA 7
O
s documentos mais antigos de odon
tologia e medicina de que se tem no
tícia vêm dos povos da Mesopotâmia,
hoje Iraque. O primeiro manuscrito
egípcio mencionando algum malefício dental foi feito em 3.700 a.C. e o primeiro a conhecer a arte dentária foi Hesi-Re, da corte do Faraó Zoser no Egito, em 3.000 a.C..
A primeira evidência de procedimento cirúrgico
foi uma mandíbula com duas perfurações abaixo das
raízes do primeiro molar, indicando o estabelecimento
da drenagem de um abscesso dentário, que aconteceu em 2.750 a.C..
Alguns barbeiros alcançaram fama e ocuparam
cargos importantes. O cirurgião Jean Pitard conseguiu que o rei Felipe IV, da França, em 1311, cassasse o direito dos barbeiros de praticar qualquer
intervenção cirúrgica, se não se submetessem a um
exame de habilitação prestado a um grupo de cirurgiões-barbeiros. Também houve leis interditando atividades dos charlatões e curandeiros em 1352 e
1364.
No século XVIII, Pierre Fauchard proporcionou
um salto para a ciência da odontologia, sendo considerado o “Pai da Odontologia moderna”, com a obra
“Tratado dos dentes para os cirurgiões dentistas”.
Foi ele que cunhou o termo cirurgião dentista para a
profissão, criou o pivot e iniciou o desenvolvimento
de dentaduras.
A inauguração da primeira escola dental do mundo deu-se em 06 de março de 1840, criada por Harris e Hayden, no Estado de Marilândia, na cidade de
Baltimore, EUA (“Baltimore College of Dental Surgery”).
CADERNO SAÚDE BUCAL
05 de julho de 2015
Evolução da odontologia no Brasil
22 de abril de 1500 – O Brasil foi descoberto por
Pedro Álvares Cabral, que iniciou a odontologia no
país trazendo, posteriormente, barbeiros iletrados que
ensinavam técnicas sem nenhuma teoria para homens
brancos e pobres.
09 de dezembro de 1629 – O exercício da arte dentária foi regularizado no Brasil.
12 de dezembro de 1631 – Aplicação da reforma
do regimento, no qual os barbeiros e “tiradentes”, que
não possuíam a ‘carta’ para tirar dentes, eram presos
e pagavam multa de 2 mil réis.
23 de maio de 1800 – A palavra dentista foi citada
pela primeira vez no Plano de Exames da Real Junta
do ‘pronto-medicato’, assinado pelo príncipe regente
D. João IV, documento que estabeleceu que o aspirante à profissão dentária deveria se submeter a uma
avaliação de conhecimento parcial de anatomia, métodos operatórios e terapêuticos para estar legalizado,
apto e pagar pesadas taxas.
15 de fevereiro de 1811 – A primeira licença de
dentista no Brasil foi concedida ao português Pedro
Martins e o primeiro brasileiro que recebeu o documento foi Sebástian Fernandez de Oliveira, em 23 de
julho do mesmo ano.
07 de outubro de 1809 – D. João VI aboliu a Real
Junta do ‘pronto-medicato’, fazendo com que todas
as responsabilidades ficassem ao encargo do físicomor do reino, Manoel Vieira da Silva, encarregado do
controle do exercício da medicina e farmácia; e do
cirurgião-mor do exército, José Correia Picanço, encarregado da cirurgia, controlando o exercício das
funções realizadas por sangradores, dentistas, parteiras e outros.
1820 – O cirurgião-mor concedeu ao francês Dr.
Eugênio Frederico Guertin a licença para exercer sua
função no Rio de Janeiro. Ele foi o primeiro autor da
obra de odontologia feita no Brasil, de acordo com os
registros, em 1829, denominada “Avisos Tendentes à
Conservação dos Dentes e sua Substituição”.
30 de agosto de 1828 – D. Pedro I suprime o cargo
de cirurgião-mor, cujas funções [de fiscalização] passam a ser exercidas pelas Câmaras Municipais e Justiças Ordinárias.
1840 – Começaram a chegar dentistas dos Estados
Unidos, que pouco a pouco suplantaram os colegas
franceses. Luiz Burdell foi o primeiro, seguindo-se
Clintin Van Tuyl, o primeiro a usar clorofórmio (em
casos excepcionais) para anestesia, conforme cita em
seu livro: “Guia dos Dentes Sãos” (1849).
1850 – Em substituição à fiscalização exercida pela
Câmara Municipal, foi criada a Junta de Higiene Pública, que possibilitou à medicina uma enorme evolução, principalmente pelas medidas saneadoras.
Setembro de 1869 – Surgiu a primeira revista odontológica, publicada por João Borges de Linz: “Arte
Dentária”.
25 de outubro de 1884 – Foi criado oficialmente o
curso de odontologia nas Faculdades de Medicina do
Rio de Janeiro e Bahia, por meio do decreto 9311.
Esta data ficou marcada e passou a ser comemorada
como “Dia do Cirurgião-Dentista”.
1900 – Augusto Coelho e Souza – Pai da Odontologia Brasileira – publicou o “Manual Odontológico”,
que muito contribuiu para consolidação da profissão
como prática científica.
Desde então a Odontologia não parou de crescer; e
hoje, de acordo com dados do site do Conselho Federal de Odontologia, conta com 89.706 especialistas
no Brasil nas áreas odontológicas.
Com informações do site da Associação Brasileira de Cirurgiões-dentistas: www.abcd-rj.org.br/
paginas/historia.htm
PÁGINA 8
CADERNO SAÚDE BUCAL
05 de julho de 2015
CADERNO SAÚDE BUCAL
PÁGINA 9
05 de julho de 2015
Ortodontista trabalha com técnica inovadora para
garantir mais benefícios para a população de Arcos
A Ortodontia é uma
especialidade da Odontologia que tem por objetivo diagnosticar, prevenir e tratar os problemas relacionados ao
posicionamento e relacionamento inadequa-
dos dos dentes (maloclusão) e das estruturas da face (ossos e
tecidos moles). Dentes
mal posicionados dificultam a higienização;
favorecem a inflamação gengival, o apare-
cimento de cáries, acúmulo de tártaro e o desenvolvimento de parafunções. Dentes bem
posicionados melhoram
a estética, o sorriso, a
mastigação e a fonação (dicção e voz).
Técnica inovadora traz mais
benefícios para pacientes
A Ortodontia passa
por constantes avanços
científicos e tecnológicos. Em meio a essa
quantidade de inovações, surge o sistema
bidimensional, que consiste em agregar o melhor existente em outras
técnicas.
Visando trazer mais
benefícios e melhores
resultados para os seus
pacientes, Dr. Paulo
Henrique trabalha com
Dr. Paulo Henrique, especialista em Ortodontia e
o sistema bidimensional
Implantodontia
em seu consultório na
cidade de Arcos, localizado na avenida Magalhães Pinto, nº 229, centro.
Dr. Paulo Henrique recomenda
a técnica bidimensional
Ao destacar a técnica utilizada, Dr. Paulo
Henrique explica que o
sistema traz inúmeros
benefícios para o paciente. “Com a técnica bidimensional, é possível
realizar o controle de torque, garantindo um sorriso bonito em um menor tempo de tratamento”, ressalta.
Principais vantagens da técnica
bidimensional, segundo Dr. Paulo Henrique
- Agilidade no tratamento;
- Menor propensão à dor;
- Maior controle do profissional (menos efeitos colaterais);
- Previsibilidade do tempo de tratamento;
Ortodontia autoligável
No sistema bidimensional, também se utiliza a
ortodontia autoligável,
que é a tecnologia mais
moderna utilizada atualmente, para tratamentos
ortodônticos fixos. Isto
reduz o atrito entre o fio
ortodôntico e o bráquete, proporcionando uma
movimentação dentária
mais rápida e menos dolorida. Este sistema conta com um mínimo atrito
entre o bráquete e o
arco, onde utilizam forças levíssimas sobre os
dentes, aumentando o
conforto e diminuindo
No aparelho autoligável, os bráquetes têm uma aleta para
prender o fio ortodôntico, assim não necessita de elásticos para prender o fio ao bráquete
bastante o tempo em relação aos tratamentos
convencionais. Esta técnica proporciona agilida-
de no andamento do tratamento e menor acúmulo de bactérias no
aparelho.
Dr. Paulo Henrique também é
especialista em Implantodontia
Na área implantológica, Dr. Paulo Henrique também atua como
especialista. Colocar implantes dentários está
cada vez mais acessível
a todos, trazendo para
muitos a alegria de poder sorrir novamente.
Mas, ainda existem muitas dúvidas envolvendo
esse assunto. Dr. Paulo Henrique esclarece
que, atualmente, exis-
tem muitos procedimentos menos invasivos.
Desse modo, as pessoas devem deixar o
medo de lado, porque
alguns tratamentos podem ser mais simples
do que parecem. “Além
de técnicas cirúrgicas
menos invasivas, hoje
contamos com cirurgias sem corte na implantodontia. Através de um
exame tomográfico,
confecciona-se um guia
cirúrgico para colocação do implante, sem a
necessidade de corte de
bisturi. Contamos também com a sedação do
paciente para maior comodidade durante a cirurgia. Além disso, com
o auxílio de enxertos
ósseos, fazemos implantes em áreas onde
não era possível essa
cirurgia”, explica.
Especialista orienta que traumas
de face devem passar por avaliação
Cirurgião-dentista Dr. Leandro Emídio da Silva,
especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilofacial
Dr. Leandro Emídio explica que atividades
simples podem causar acidentes que acometem a
face e seus ossos
As cirurgias de traumas faciais são realizadas por
cirurgiões “buco-maxilo-faciais”, que corresponde a
uma especialidade odontológica. Além da reparação
de traumas, esse especialista é o profissional habilitado
para realizar a remoção dos terceiros molares (dentes
sisos), além de outras cirurgias orais de pequeno e
grande porte.
O cirurgião-dentista Dr. Leandro Emídio da Silva,
especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilofacial, explica que os traumas de face representam
uma realidade nos dias atuais, em virtude do crescente
aumento de acidentes de trânsito. Entretanto, segundo
Dr. Leandro, atividades simples e muitas vezes julgadas
pueris, como andar de bicicleta, podem gerar acidentes
que acometem a face e seus ossos.
Estruturas envolvidas no trauma de face
O especialista relata que as lesões decorrentes dos
traumas de face podem acometer partes moles (pele,
tecido subcutâneo, músculos, cartilagens e mucosas)
ou ossos. As lesões de partes moles podem ser
simples ou extensas, num grau muito variável de
apresentação.
Dr. Leandro ainda ressalta que o osso mais lesado
nos traumas de face é o nariz. Por sua localização
central e proeminência na face, é o osso mais
frequentemente fraturado, seguido pela mandíbula.
Problemas nasais prévios podem ser
corrigidos no momento da correção da fratura?
Em geral, o tratamento da fratura se limita à sua
correção. Segundo o cirurgião, apenas quando
necessário, problemas previamente existentes –como
desvios de septo – podem ser corrigidos de forma
concomitante, caso tenham sido bem documentados
no passado ou quando atrapalham a correção da
fratura.
Todas as fraturas devem ser operadas?
A presença de uma fratura óssea, segundo Dr.
Leandro Emídio, não significa, necessariamente, que
haverá necessidade de cirurgia. O especialista conta
que no momento de se decidir ou não pela cirurgia,
vários fatores são levados em conta por ele, entre os
quais: deformidade estética, alterações funcionais,
alteração na oclusão dentária, alterações visuais, etc.
Como é realizada a fixação dos ossos
fraturados?
Segundo Dr. Leandro Emídio, quando há
necessidade de correção cirúrgica pode haver
necessidade de fixação dos ossos fraturados e
mobilizados, o que, normalmente, é realizado por meio
de placas e parafusos de titânio. Trata-se de um
material inerte e que muito raramente causa problemas
em longo prazo. Portanto, na maioria dos pacientes,
não há necessidade de retirada do material de fixação
após consolidação da fratura. Todavia, caso haja
necessidade de remoção, a mesma pode ser removida,
desde que a fratura esteja consolidada.
Cirurgião-dentista alerta sobre patologia bucal
Dr. Leandro Emídio alerta que os pacientes devem
ficar atentos a qualquer crescimento anormal que
aparecer tanto na boca, quanto na parte da face. O
cirurgião orienta que caso apareça uma verruga, uma
mancha na pele ou uma lesão na boca, com
crescimento anormal, deve-se procurar um
especialista e fazer a biopsia dessa lesão, “porque essa
lesão pode significar‘nada’ ou pode ser uma lesão
grave, média ou até gravíssima, que num futuro pode
evoluir”, explica.
Dr. Leandro éTop ofMind2015 na categoria
implantodontista
Implantes dentários são suportes ou estruturas de
metal (titânio) posicionadas cirurgicamente no osso
maxilar abaixo da gengiva, para substituir as raízes
dentárias. Uma vez colocados, permitem ao dentista
montar dentes substitutos sobre eles.
Dr. Leandro da Silva trabalha com implantes
odontológicos e próteses parafusadas. Ele ressalta o
orgulho de ter sido contemplado com o prêmio Top
ofMind2015, na categoria “Implantodontista”.
Cirurgia para remoção do terceiro molar (dente siso)
Deve feito em consultórios odontológicos ou de forma caseira, com supervisão do dentista
A
técnica de clareamento ou branqueamen
to dental, de acordo com informações do
site www.uesb.br (UESB - Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia), é feita a partir dos
agentes peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida, que promovem o clareamento por meio da
oxidação de compostos orgânicos, sendo que a aplicação desses agentes pode ser feita de forma caseira ou em consultórios.
Durante o tratamento, ainda de acordo com o site
da UESB, podem surgir alguns efeitos adversos como
sensibilidade dental, aumento da porosidade dental e
algumas ações sobre os materiais restauradores. Entretanto, tais efeitos podem ser eliminados ou controlados quando a técnica é executada sob a orientação profissional.
Alterações da cor dentária
O site da UESB relata que as alterações na cor
da estrutura dentária podem ser decorrentes de fatores extrínsecos (externos) ou intrínsecos (internos):
Manchas extrínsecas (externas) - de acordo
com informações do site da UESB, geralmente são
adquiridas no meio e estão associadas a substâncias
corantes como café e tabaco, ao acúmulo de placa
e ao uso de alguns tipos de medicamentos. Essas
manchas são superficiais e de fácil remoção.
Manchas intrínsecas (internas) - ainda de
acordo com o site da UESB, podem ser congênitas
(relacionadas à formação dos dentes) ou adquiridas
por meio de um trauma dental, mortificação pulpar e
fluorose¹ (¹manchas, em geral esbranquiçadas, que
aparecem nos dentes por excesso de flúor, geralmente de forma simétrica). Os pigmentos estão incorporados na estrutura dental e são removidos apenas pelo clareamento ou por procedimentos mais
invasivos que implicam no desgaste e/ou restauração dos dentes.
Clareamento caseiro X
clareamento em consultório
Clareamento em consultório – De acordo com
informações do site cfo.org.br (CFO – Conselho Federal de Ortodontia), no consultório, o clareamento é
feito com auxílio do laser ou apenas com aplicação do
gel clareador em concentrações mais altas do que as
usadas em casa. O resultado aparece em até quatro
sessões e custa em torno de R$ 1 mil.
Clareamento caseiro – De acordo com o site do
CFO, o clareamento feito em casa é um método confiável e que também dá bons resultados. Custa cerca
da metade do preço cobrado nos consultórios, porém
é mais demorado. Só deve ser feito com a supervisão
do dentista, que vai indicar a melhor fórmula para o
tipo de mancha nos dentes. O resultado do tratamento
dura cerca de dois anos.
De acordo com o site do CFO, não é recomendável
fazer o clareamento por conta própria, pois o tratamento deve ser individualizado. Só um profissional
faz a moldeira personalizada e indica a concentração
ideal de gel e o tempo do tratamento, que varia de
pessoa para pessoa. Portanto, o tratamento feito no
consultório é mais eficaz do que o doméstico.
Riscos de alergias e danos no esmalte
O site do CFO alerta para os perigos dos kits vendidos na Internet, que podem causar sensibilidade nos
dentes, irritação nas gengivas e até problemas gastrointestinais. Entre os principais riscos provocados pelo
uso do kit caseiro estão: a ingestão inadequada do gel
clareador, que pode provocar queimação e outros problemas gastrointestinais; a sensibilidade dos dentes; e
reações nas gengivas, como coceira e ardência.
O site do CFO ainda ressalta que o uso do gel não
deve ser feito em dentes com cárie, tártaro ou doenças periodontais, com sangramentos ou feridas na
mucosa oral. Por essa razão, o indicado é procurar
um dentista para colocar uma proteção para o gel não
entrar na dentina (camada depois do esmalte) e romper o esmalte, causando sérios riscos à saúde bucal.
O site também alerta que os problemas nem sempre
surgem imediatamente, muitas vezes aparecem em até
cinco anos depois da aplicação.
Indicações e contraindicações do clareamento
Indicações - De acordo com o site
www.forp.usp.br (FORP – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto), as principais indicações do clareamento são para pessoas com: escurecimentos dentais recentes; escurecimentos após necrose – decomposição pulpar; escurecimentos em dentes jovens –
devido ao maior diâmetro dos canalículos dentinários.
Contraindicações - As contraindicações para o tratamento, de acordo com o site da FORP, são para
pessoas com: escurecimentos dentais por medicamentos (tetraciclina) em dentes polpados; pigmentação metálica; escurecimentos antigos; deposição de dentina
(calcificação distrófica) em dentes com vitalidade; e
falta de estrutura dental remanescente.
O site www.cromg.org.br
PÁGINA 12
CADERNO SAÚDE BUCAL
Higienização bucal em
bebês e crianças:
• Devemos limpar a boca do bebê
antes mesmo do nascimento dos dentes.
A limpeza da gengiva, bochecha e língua
– com fralda ou gaze umedecida com
água filtrada ou fervida – tem a
finalidade de se criar hábitos de
higienização.
• Quando começarem a nascer os
dentes decíduos (de leite) da frente, a
limpeza deles é feita com gaze ou fralda
umedecida em água limpa.
• Logo que começarem a nascer os
dentes decíduos (de leite) de trás, a
limpeza dos dentes e da língua deve ser
feita com escova de dente pequena,
macia, sem pasta de dente, apenas
molhada em água filtrada ou fervida. A
escova deve ser trocada quando suas cerdas
estiverem gastas.
• Os pais devem escovar os dentes de seus filhos
até que eles aprendam a escovar corretamente.
• Antes dos 4 anos de idade, a escova de dente
não precisa conter pasta de dente com flúor, para
que a criança não corra o risco de engolir. A partir
dessa idade, use uma quantidade bem pequena (do
tamanho do grão de arroz) e ensine a criança a
cuspir.
Jovens, adultos e idosos - como
limpar bem os dentes?
Para as pessoas que utilizam prótese (dentadura,
ponte):
05 de julho de 2015
Mantenha o seu sorriso,
fazendo a higiene bucal
corretamente
• Na presença de dente e uso de prótese (ponte
móvel), limpe a prótese fora da boca com sabão ou
pasta de dente e escova de dente separada para essa
função. Antes de recolocá-la na boca, escove os
dentes e limpe a gengiva, o céu da boca e a língua
com uma fralda umedecida em água, para remover
placas e possíveis restos de alimentos.
• Na ausência de todos os dentes e uso de
dentadura, remova a prótese de dentro da boca e
limpe-a com uma escova de dente. Antes de
recolocá-la na boca, limpe a gengiva, o céu da boca
e a língua com uma fralda umedecida em água, para
remover placas e possíveis restos de alimentos.
• Não é preciso remover a prótese para dormir.
Caso necessite removê-la, coloque-a em um
recipiente com água e com tampa.
O jeito certo de limpar os dentes:
1º - Passe o fio ou fita dental entre todos os
dentes, devagar, para não machucar a gengiva.
Depois que o fio passar pelo ponto mais
apertado entre os dentes, leve-o até o espaço
existente entre a gengiva e o dente e pressioneo sobre o dente, puxando a sujeira até a ponta
do dente. Passe o fio dental pelo menos duas
vezes em cada um dos espaços entre os dentes,
primeiro pressionando para um lado, depois
para o outro.
2º - Escove suavemente a parte exterior dos
dentes. Segure a escova inclinada na direção
da gengiva, pressionando e deslizando a
escova no sentido da linha da gengiva até a
ponta dos dentes. Comece escovando os
dentes da frente e prossiga com esse movimento até
os dentes do fundo (dois a três dentes de cada vez).
Depois escove o lado de dentro dos dentes, do mesmo
jeito.
3º - Escove a superfície do dente, que usamos para
mastigar. O movimento é suave, de vai-e-vem. A
escova deve ir até os últimos dentes lá no fundo da
boca.
4º - Na parte interior dos dentes da frente, incline a
escova e mova-a no sentido da gengiva para a ponta
do dente.
5º - Ainda não acabou. Escovar a língua é muito
importante, pois ela acumula restos alimentares e
bactérias que provocam o mau hálito. Faça movimentos
cuidadosos com a escova, “varrendo” a língua, da parte
interna até a ponta.
Fonte:
ms_folder_sorriso.pdf
http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/
PÁGINA 13
CADERNO SAÚDE BUCAL
05 de julho de 2015
PÁGINA 14
A
halitose ou mau hálito, de acordo
com o site www.abha.org.br (ABHA
– Associação Brasileira de Halitose),
é uma condição anormal do hálito,
que se altera de forma desagradável, e se dá como um odor expirado pelos pulmões,
boca e narinas.
Existem, de acordo com o site da ABHA, aproximadamente 60 causas distintas e, por este motivo, o
mau hálito tem característica multifatorial, ainda que
em mais de 90% dos casos sua origem se dá na
cavidade bucal, acompanhada ou não de alterações
sistêmicas.
Causas da Halitose
De acordo com o site da ABHA, a causa pode
ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas descontroladas ou alimentação inadequada); devido a razões locais, como má higiene
bucal, placas bacterianas retidas na língua (saburra
lingual) ou amídalas (cáseos amidalianos); baixa produção de saliva (hipossalivação); doenças da gengiva; problemas em vias aéreas (adenóides, rinites,
sinusites...); estresse; ou mesmo por razões sistêmicas, dentre elas diabetes, problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre acentuada e outros.
Fatores como o fumo, drogas, o uso de bebidas
alcoólicas e a utilização de soluções para bochecho
com álcool na composição, de acordo com o site da
ABHA, também são fatores que podem comprometer o hálito.
O site da ABHA ainda informa que problemas
relacionados ao estômago raramente interferem na
condição do hálito alterado, o que por muito tempo,
e até os dias de hoje, se constitui numa crença com
pouca ou nenhuma evidência científica ou clínica.
CADERNO SAÚDE BUCAL
O mau hálito pode provocar
prejuízos pessoais, emocionais e até
profissionais
Os problemas socioemocionais mais comumente
relatados, de acordo com o site da ABHA, são: insegurança ao se aproximar das pessoas ou ao falar,
depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas e afetivas (entre o casal, entre pais e filhos,
entre amigos e familiares em geral, etc), resistência
ao sorriso, ansiedade, baixo desempenho profissional e/ou estudantil, queda da autoestima e autoconfiança, além de outros fatores comprometedores.
Entretanto, não é apenas a “saúde psicológica”
do paciente que fica comprometida. No caso da halitose crônica, causada por fatores patológicos, de
acordo com o site da ABHA há um real comprometimento da saúde física do paciente, com a existência de falhas ou alterações em determinado órgão
ou sistema do portador. Isso mostra a importância
em se identificar as causas da halitose e tratá-las
adequadamente.
A halitose não é uma doença, mas, de acordo com
o site www.crorn.org.br (CRO – Conselho Regional de Odontologia), ela pode indicar que há algo
errado no organismo, que deve ser identificado por
meio de um correto diagnóstico e tratado adequadamente quando o problema torna-se crônico.
Tratamento
De acordo com o site do CRO, o tratamento do
mau hálito pode ser multidisciplinar, mas, como cerca de 90% dos casos são de origem bucal, o primeiro profissional que deve ser procurado para o diagnóstico e possível tratamento é o dentista. De acordo com o site, quando se constata que a origem pode
ser devido a outras doenças, o odontologista poderá
direcionar o paciente a outras especialidades médi-
05 de julho de 2015
cas para realizar o tratamento de forma conjunta.
O site do CRO informa que a combinação da higienização bucal com escova, pasta de dente e também o uso do enxaguante bucal à base de clorexidina é o método que deixa o hálito melhor e por
mais tempo.
Dicas do site da Associação Brasileira de
Halitose para combate e prevenção da halitose
• Realizar pequenas refeições a cada três horas,
pois jejum prolongado pode comprometer seu hálito;
• Evitar alimentos que contribuam para o ressecamento bucal (com muito sal, quentes ou condimentados);
• Evitar o consumo excessivo de alimentos com
odor carregado ou contendo enxofre em sua composição (ex.: alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis...), gorduras e frituras em geral, de ação estimulante (café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados), ricos em proteínas (carne vermelha, leite e
derivados), dentre outros;
• Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos;
• Evitar álcool e fumo em excesso;
• Ingerir líquidos com frequência, de preferência
a água (média de 2 litros/dia);
• Realizar adequada higiene bucal (incluindo limpeza da língua) e evitando o uso de soluções para
bochecho com álcool na composição;
• Visitar o dentista semestralmente, prevenindo
assim problemas dentários e gengivais (ex.: tártaro,
sangramentos...);
• Realizar exames de saúde geral (check-up) anualmente;
• Praticar atividades físicas;
• Reduzir o estresse.
PÁGINA 15
A
odontologia vem se voltando para o
atendimento de bebês, tentando ins
tituir precocemente medidas educa
tivas e preventivas. O primeiro aten
dimento odontológico recomendado,
de acordo com o site www.unifenas.br (Unifenas –
Universidade José do Rosário Vellano), começa aos 6
meses de vida, pois a cárie dentária em bebês manifesta-se de forma agressiva e acelerada, acarretando
até mesmo a destruição completa do elemento dentário num curto espaço de tempo.
O acompanhamento da criança desde o seu nascimento até a idade adulta, de acordo com o site da
Unifenas, evita que ela adquira cárie e doenças periodontais. Quando as medidas de prevenção – como
higiene bucal, utilização de fluoretos e controle da dieta – são desencadeadas tardiamente, o mau hábito e
outras doenças já podem estar instalados, dificultando o processo educacional.
Primeira consulta
Na primeira consulta, aos 6 meses de vida, de acordo com o site www.foa.unesp.br (Unesp – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), é
feito um exame clínico (anamnese) que irá avaliar a
saúde do bebê como um todo. Os fatores a serem
observados no exame, de acordo com o site da Unesp,
são:
– Relação da dieta: amamentação noturna, consumo de alimentos cariogênicos;
– Relação de higiene: presença de placa bacteriana
visível, presença e qualidade da higiene;
--– Utilização de fontes de Flúor;
– Grau de saúde e higiene bucal dos pais (especialmente da mãe).
CADERNO SAÚDE BUCAL
O site da Unesp informa que após a anamnese, será
feita a avaliação clínica bucal, na qual serão oferecidas às mães orientações educativas específicas às
necessidades do bebê e em casos de risco de cárie,
será recomendado o tratamento apropriado.
Tratamento bucal do bebê
De acordo com o site da Unesp, existem três tipos
de tratamento, dependendo do risco de cárie no qual o
bebê se encontra: risco de cárie indeterminado, risco
determinado ou bebês com atividade/lesão de cárie.
O tratamento deve ser feito em casa, com auxílio dos
pais, e na clínica junto com o profissional adequado.
O site da Unesp explica passo a passo, como é feito cada tratamento:
Tratamento para bebês com risco de cárie indeterminado – Consiste em quatro consultas consecutivas, com intervalo de uma semana, com o objetivo
de fazer a manutenção da saúde bucal.
Na clínica: É feita a higiene com água oxigenada
diluída (uma parte de H2O2 + três partes de água fervida ou filtrada) e aplicação tópica de NaF 0,1%, com
hastes flexíveis – quatro gotas em cada ponta, sendo
que com uma aplica-se nos dentes superiores e com a
outra, nos inferiores.
Em casa: A mãe deve manter os padrões de dieta e
higiene, e acrescentar aplicações tópicas diárias de
solução de NaF 0,05%, com hastes flexíveis, à noite
antes de dormir.
Retornos: Após uma semana da primeira consulta, a mãe fará a higiene bucal do bebê e a aplicação de
flúor, com supervisão profissional, a fim de avaliar se
os procedimentos estão sendo realizados corretamente e corrigir eventuais falhas.
Tratamento para bebês com risco de cárie de-
05 de julho de 2015
terminado – Consiste em quatro consultas com intervalo de uma semana, com o objetivo de reversão
do risco de cárie e aumento da resistência do dente.
Na clínica: É feita a higiene com solução de H2O2
diluída e gaze; aplicação de NaF 0,1% sobre as superfícies dentárias
Em casa: A mãe vai interpor medidas de higiene e
controle de dieta, mais aplicação diária de NaF 0,05%.
Tratamento para bebês com atividade/lesão de
cárie - Tratamento com quatro consultas em intervalos de uma semana, com o objetivo de reequilibrar o
ambiente bucal, eliminando ou reduzindo os fatores
causais e aumentar a resistência do dente.
Na clínica: Nas quatro consultas, a mãe será orientada sobre como eliminar ou reduzir os fatores causais em casa. Para o aumento da resistência do dente,
será feita a higiene com solução de H2O2 diluída e
gaze; e aplicação de verniz fluoretado sobre as superfícies dentárias com manchas brancas e tecido cariado amolecido. Também será feita a realização da técnica de restauração traumática, com cimento de ionômero de vidro.
Em casa: A mãe vai interpor medidas de higiene e
controle de dieta, mais aplicação diária de NaF 0,05%.
Retornos - Após o tratamento e observação da
melhora do quadro, será determinado o período ideal
para cada caso. Na segunda consulta, a mãe será solicitada a fazer a higiene e aplique de flúor, a fim de
avaliar se os procedimentos estão sendo realizados
corretamente e corrigir possíveis falhas.
O site da Unesp ressalta que independente do risco
de cárie do bebê, periodicamente deverá ser feita a
reavaliação do risco, e se necessário instituir o tratamento adequado.
PÁGINA 16
CADERNO SAÚDE BUCAL
05 de julho de 2015

Documentos relacionados