Edição 1786 - Caderno Saúde Bucal
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Edição 1786 - Caderno Saúde Bucal
PÁGINA 2 O tratamento com aparelhos ortodônticos, de acordo com o site saudemelhor.com, pode ter início em qualquer idade, porém, é recomendável que a criança aos sete anos passe por uma avaliação ortodôntica para que o tratamento comece já na infância, na faixa etária de oito a 14 anos. Os aparelhos ortodônticos são utilizados para beneficiar o sorriso e a saúde bucal. De acordo com o site implantomed.com, as funções de cada tipo de aparelho são: Aparelhos Removíveis – Os removíveis são encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou ortodontista, e dependem da colaboração do paciente. Podem ser ortodônticos – que realizam pequenas movimentações dentárias – ou ortopédicos, que são utilizados nas correções de alterações ósseas de crescimento. São recomendados para uso em crianças e adolescentes durante a fase de crescimento, inibindo ou estimulando o desenvolvimento dos ossos ou redirecionando uma tendência de crescimento desfavorável. Para serem efetivos, devem ser usados pelo maior número de horas por dia. Aparelhos fixos – São usados quando se deseja movimentar dentes no osso. São compostos por braquetes (pecinha quadradinha disposta em cada dente) que podem ser metálicos, plásticos ou de porcelana. Eles dão suporte ao arco metálico. As bandas (anel metálico) são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendo-se gradualmente em direção à posição CADERNO SAÚDE BUCAL correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês, para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais leves e exibem bem menos metal que no passado. Com o uso de aparelhos fixos, um melhor engrenamento entre os dentes superiores e inferiores é obtido, restabelecendo um sorriso equilibrado. Aparelho Ortodôntico Invisalign – São alinhadores praticamente invisíveis que reposicionam os dentes. É mais confortável e mais saudável, pois não utiliza fios metálicos ou braquetes. Por ser removível, não causa problemas na alimentação e higiene bucal. Aparelho Ortodôntico Lingual - a colagem do aparelho fixo feita pelo lado interno dos dentes. Aparelho Ortodôntico Autoligável – É uma filosofia de tratamento ortodôntico inovadora. Não utiliza elásticos (borrachinhas coloridas) para ativação do aparelho, reduzindo dessa forma o atrito, facilitando o alinhamento e nivelamento dos dentes, com a consequente redução do tempo de tratamento ortodôntico. Expansor Palatino – É um mecanismo utilizado para alargar o arco da mandíbula superior. Consiste em uma placa de plástico que se encaixa sobre o céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a placa, por meio de parafusos, força as juntas dos ossos do palato (céu da boca) a se abrirem para os lados, alargando a área palatina. Aparelho Ortodôntico Extrabucal – Com o 05 de julho de 2015 aparelho ortodôntico extrabucal, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes anteriores são empurrados para trás. Sistema Trainer – É um conjunto de aparelhos intrabucais, prescritos por dentistas, para a correção dos maus hábitos orais de uma forma simples e eficaz. Os trainers são aparelhos removíveis, confortáveis, fáceis de usar e higienizar e disponíveis em vários modelos, cada um desenvolvido para atender a uma necessidade específica. Riscos da desistência do tratamento ortodôntico De acordo com o site www.indicedesaude.com, ao interromper um tratamento ortodôntico todas as conquistas obtidas até então podem se perder, ou seja, os dentes podem retornar à posição original. Já nos casos em que o paciente simplesmente “desaparece” do consultório, é importante que ele saiba que se não houver a manutenção dentro do período estabelecido pelo dentista, o fio ortodôntico permanece agindo e pode comprometer a estrutura dos dentes. É fundamental retomar o tratamento ou retirar o fio. Para retomar o tratamento após um longo período sem manutenção, de acordo com o site, provavelmente será preciso fazer uma nova documentação ortodôntica ou, no mínimo, uma radiografia panorâmica, pois a documentação tem um prazo de validade e, como os dentes já se movimentaram, essa documentação já não corresponde mais à situação bucal atual. PÁGINA 3 CADERNO SAÚDE BUCAL desconhecidos (daí a denominação de raios X) que podiam atravessar corpos opacos e “fotografar” o interior deles, incluindo o corpo humano. De acordo com o site www.abc.med.br, com o tempo, o uso da radiação se tornou normatizada e controlada e a radiografia veio a se tornar o mais tradicional e conhecido dos métodos de se obter imagem do interior do corpo e Roentgen ganhou o prêmio Nobel de Física de 1901 pelo seu invento. Em áreas como Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, Ortodontia, Implantodontia e Periodontia, a radiologia é imprescindível. De acordo com o site www.conter.gov.br (Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia), as radiografias são utilizadas para diagnosticar lesões, fraturas ósseas, dentes supranumerários (em maior número que o normal), impactados (inclusos ou que “não nasceram”), permitindo o planejamento para a melhor intervenção cirúrgica e acompanhamento. Benefícios da radiologia nas áreas odontológicas O site do CONTER mostra a função e os benefícios que a radiologia traz nas áreas de implantodontia, ortodontia e periodontia: Implantodontia – Entre os muitos benefícios, permite a recolocação de elementos dentais, evitando o uso de próteses fixas ou móveis (por exemplo: pontefixa e Roath), além de avaliar a condição óssea para implantes, se há necessidade de enxerto ósseo e a osseointegração (fixação) entre implante e osso. Ortodontia – Especialmente na documentação ortodôntica, que compreende radiografias e exames diversos, a radiologia é largamente utilizada. É útil ainda na confecção de moldes de gesso, fotos e slides, entre outros procedimentos (dependendo do caso tratado) fundamentais para o planejamento e tratamento ortodôntico. Periodontia – É utilizada, principalmente, para visualizar perdas ósseas, e assim planejar corretamente o tratamento. O que é uma radiografia? A radiografia é o registro fotográfico de uma imagem produzida pela passagem de uma fonte de raios X 05 de julho de 2015 através de um objeto. De acordo com o site conter.gov.br (Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia), é o meio de diagnóstico mais utilizado, de fácil obtenção e com acesso por parte de toda população. Atualmente, sua importância tem sido cada vez mais reconhecida, já que é através de uma radiografia que se pode ver o que está intraósseo (dentro do osso). História da Radiografia De acordo com o site www.abc.med.br, a radiografia é uma fotografia do interior do corpo e, a princípio, interessou tanto aos fotógrafos quanto aos médicos, que, sem saberem dos perigos da radiação, passaram a usá-la indiscriminadamente para fins lúdicos. O site informa que a técnica e os aparatos da radiografia foram desenvolvidos por Wilhelm Roentgen em 1895, na Alemanha. O primeiro aparelho de radiografia para uso médico chegou ao Brasil em 1897, e a primeira radiografia foi feita em 1898. Ainda de acordo com o site, as radiografias antigas eram muito demoradas (30 a 40 minutos) e expunha os pacientes por um tempo prolongado aos raios X. Não se conhecia ainda os riscos da radiação a que as pessoas eram submetidas, mas todos estavam maravilhados com os raios Radiografias Periapicais e Panorâmicas Na Odontologia, de acordo com o site CONTER, os dois tipos de radiografias mais utilizados são as periapicais (retiradas de dentro da boca) e as panorâmicas. Radiografia periapical – De acordo com o site www.robrasradiologia.com.br, é uma técnica intrabucal que permite a visualização do dente em toda a sua extensão (esmalte, dentina, câmara pulpar e canal radicular), espaço periodontal, a lâmina dura e o tecido ósseo circunvizinho. Permite também visualizar a anatomia dental e diagnosticar as alterações que ocorrem nessas estruturas, tais como: anatomia dental, lesões cariosas extensas, anomalias de desenvolvimento, lesões periapicais, tratamentos endodônticos, relação da cronologia de erupção, alterações periodontais etc. Radiografia Panorâmica – De acordo com o site www.robrasradiologia.com.br, é a técnica radiográfica utilizada para se ter uma visão geral dos maxilares, da cavidade bucal e das estruturas vizinhas, sendo utilizada praticamente em todas as especialidades. Com a atual tecnologia digital, se tornou um procedimento de fácil execução e de baixa dose de radiação, quando comparada ao exame periapical completo. É indicada para pacientes de todas as faixas etárias. PÁGINA 4 CADERNO SAÚDE BUCAL 05 de julho de 2015 PÁGINA 5 CADERNO SAÚDE BUCAL No Brasil, a agregação do flúor ao tratamento das águas de abastecimento público iniciou-se em 1953, no município capixaba de Baixo Guandu. Tornou-se Lei Federal em 1974, expandiu-se intensamente nos anos 1980 e, em 2006, beneficiava cerca de 100 milhões de pessoas. Atualmente, o Brasil é o terceiro país em consumo per capita de dentifrícios (creme dental), atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. O flúor vem sendo utilizado como ins trumento eficaz e seguro na preven ção e no controle da cárie. Os fluore tos, forma iônica do elemento quími co flúor (F), são os principais responsáveis pelo declínio da cárie e reduzem a velocidade de progressão de doenças bucais. Histórico do Fluoreto A utilização dos fluoretos como meio preventivo e terapêutico da cárie iniciou-se em 1945 e 1946, nos Estados Unidos da América e no Canadá, com a fluoretação das águas de abastecimento público. Após estudos que comprovaram a eficácia da medida (na época uma redução de cerca de 50% na prevalência de cáries), o método foi recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas principais instituições mundiais da área da saúde. Desse modo, expandiu-se para várias regiões e, desde o início do século XXI, vem beneficiando cerca de 400 milhões de pessoas em 53 países. Nos EUA, onde a fluoretação das águas foi considerada uma das dez medidas de saúde pública mais importantes no século XX, duas em cada três pessoas consomem água fluoretada. Formas de utilização dos fluoretos e cuidados necessários Outra forma de utilização de fluoretos, além do abastecimento de águas fluoretadas, é por meio de bochechos, soluções, géis e vernizes, que vêm sendo usados tanto como métodos preventivos de âmbito populacional quanto para uso individual. A múltipla exposição aos fluoretos implica maior risco de desenvolvimento da fluorose dentária, em diferentes graus. Portanto, requer a adoção de práticas de uso seguro e consciente (com orientação do dentista). Recomendações – Na ausência de água fluoretada, recomenda-se o uso regular de dentifrício fluoretado (cremes dentais com flúor) em conjunto com uma forma de uso tópico (bochecho, gel ou verniz). A opção pelo uso do método tópico adicional deve levar em consideração aspectos operacionais e de custos, já que a eficácia desses métodos são semelhantes. Dentifrício fluoretado Dentifrício fluoretado (creme dental) é considerado um dos métodos mais racionais de prevenção das cáries, pois alia a remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor. Sua utilização tem sido considerada responsável pela diminuição nos índices de cárie observados hoje em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não possuem água fluoretada. 05 de julho de 2015 Ação - O dentifrício fluoretado apresenta uma ação benéfica na prevenção das cáries porque aumenta a concentração de flúor na saliva por cerca de 40 minutos após a escovação. Além disso, o flúor se retém na cavidade bucal por um período ainda maior de tempo. Nas superfícies dentais limpas pela escovação, o flúor reage com o dente, formando regularmente pequena quantidade de fluoreto de cálcio na superfície do esmalte-dentina. Nos residuais de placa não removidos pela escovação, o flúor se difunde e se deposita na forma de reservatórios com Ca (Cálcio), orgânico ou mineral. Assim, a utilização frequente do dentifrício associa a remoção de biofilme a um aumento nos níveis de flúor na cavidade bucal, para interferir no processo de des e remineralização. Indicações – Toda a população, em especial crianças menores de 9 anos de idade, devem usar em pequenas quantidades (cerca de 0,3 gramas, equivalente a um grão de arroz), devido ao risco de fluorose dentária. Dentifrícios com baixa concentração de fluoretos ou não fluoretados não são recomendados. Cuidados – Crianças em idade pré-escolar, na fase de desenvolvimento do esmalte dentário dos dentes permanentes, apresentam risco para o desenvolvimento de fluorose dentária. Por isso, devem ser usadas pequenas quantidades de dentifrício na escova (técnica transversal) e o monitoramento de adultos é altamente recomendável, principalmente em regiões com água fluoretada. Fonte: Com informações do livro online ‘Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil’, feito pelo Ministério da Saúde, disponível no site do Conselho Federal de Odontologia: cfo.org.br/wpcontent/uploads/2010/02/livro_guia_fluoretos.pdf PÁGINA 6 Implante dental ou prótese fixa – De acordo com o site cfo.org. br (CFO – Conselho Federal de Odontologia), para realizar o implante dental, é colocado um “parafuso” de titânio geralmente com forma semelhante à raiz dentária, no osso do paciente (na mandíbula inferior ou na maxila superior), abaixo da gengiva. Este “parafuso” é utilizado como suporte para a prótese dentária – não é a prótese propriamente dita, e sim, um artifício para “substituir” raízes dentárias perdidas – para que posteriormente o cirurgião coloque a prótese similar aos dentes e coroas perdidos. De acordo com o site www.apcdguarulhos.org.br (APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), em 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão por toda a vida. O site certifica que implantes de boa procedência apresentam taxas de sucesso acima de 90% no maxilar superior e 97% no inferior, cabendo ainda destacar que não existe limite de idade para a colocação das próteses. Situações em que o implante não é recomendado De acordo com o site da APCD, apenas em duas situações o implante não é recomendado: em pacientes com determinados problemas de saúde de ordem geral e quando não houver espessura e altura óssea suficiente para acomodar os implantes. Porém, de acordo com o site da APCD, em casos de falta óssea suficiente para colocar a prótese, existem maneiras de aumentar a quantidade de ossos, devendo assim ficar claro que esses procedimentos são novos, e só devem ser empregados em casos absolutamente necessários, com total conhe- CADERNO SAÚDE BUCAL cimento de todos os riscos e custos por parte do paciente. Riscos cirúrgicos Normalmente, de acordo com o site da APCD, a cirurgia dura de 60 a 90 minutos. Somente em casos excepcionais esse tempo é dilatado. O site informa que os riscos são mínimos, já que a cirurgia é feita com anestesia local e é muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente incluso, por exemplo. A maioria dos pacientes, de acordo com informações do site, não relata qualquer incômodo no pós-operatório. Evolução nos implantes De acordo com o site do CFO, as mais atuais técnicas de implantes que vêm diminuindo o tempo de espera para a colocação das próteses fixas são: - Coroas protéticas que podem ser executadas em impressoras 3D; - Técnicas que permitem, em casos selecionados, instalar implantes quase sem cortes (mínimas incisões somente para a passagem dos implantes), o que ocasiona um pós-operatório ainda mais confortável; Dentadura ou prótese total – As próteses totais, também conhecidas como dentaduras, são removíveis e feitas de resina acrílica, que podem substituir dentes perdidos e ajudar a restaurar o sorriso. A informação está publicada no site ada.org.com (ADA – Associação Americana de Dentistas), que também informa que é preciso que a pessoa tenha perdido todos seus dentes naturais, seja por doença 05 de julho de 2015 periodontal, cárie dentária ou lesões, para que aconteça a substituição dos dentes perdidos. A dentadura torna mais fácil a alimentação e fala do paciente, e pode ser similar aos dentes naturais antigos, não modificando a aparência e o sorriso. Incômodo inicial da dentadura A prótese, de acordo com o site da ADA, pode se soltar até que os músculos da língua e bochecha aprendam a mantê-la no lugar. O site informa que até que a boca se acostume com a prótese, podem aparecer pequenas irritações ou dores, e é normal que o fluxo de saliva aumente temporariamente. É necessário que após a colocação da prótese total, seja feita uma consulta ao dentista para que a dentadura seja ajustada por ele. Cuidados diários com a prótese total De acordo com o site da ADA, os cuidados diários que as pessoas que usam a prótese total devem ter são: · Escovar as gengivas, a língua e o céu da boca todas as manhãs, com uma escova de cerdas macias, antes de inserir as dentaduras, para estimular a circulação em seus tecidos e ajudar a remover a placa bacteriana; · Lavar as dentaduras antes de escovar; usar uma escova de cerdas macias e um limpador não abrasivo para escovar suavemente todas as superfícies da prótese, para que ela não fique riscada; · Quando a prótese não estiver sendo usada, coloque-a em um lugar seguro coberto de água; · Se houver dúvidas sobre a prótese, ou se ela não estiver bem ajustada ou danificada, procurar um dentista. PÁGINA 7 O s documentos mais antigos de odon tologia e medicina de que se tem no tícia vêm dos povos da Mesopotâmia, hoje Iraque. O primeiro manuscrito egípcio mencionando algum malefício dental foi feito em 3.700 a.C. e o primeiro a conhecer a arte dentária foi Hesi-Re, da corte do Faraó Zoser no Egito, em 3.000 a.C.. A primeira evidência de procedimento cirúrgico foi uma mandíbula com duas perfurações abaixo das raízes do primeiro molar, indicando o estabelecimento da drenagem de um abscesso dentário, que aconteceu em 2.750 a.C.. Alguns barbeiros alcançaram fama e ocuparam cargos importantes. O cirurgião Jean Pitard conseguiu que o rei Felipe IV, da França, em 1311, cassasse o direito dos barbeiros de praticar qualquer intervenção cirúrgica, se não se submetessem a um exame de habilitação prestado a um grupo de cirurgiões-barbeiros. Também houve leis interditando atividades dos charlatões e curandeiros em 1352 e 1364. No século XVIII, Pierre Fauchard proporcionou um salto para a ciência da odontologia, sendo considerado o “Pai da Odontologia moderna”, com a obra “Tratado dos dentes para os cirurgiões dentistas”. Foi ele que cunhou o termo cirurgião dentista para a profissão, criou o pivot e iniciou o desenvolvimento de dentaduras. A inauguração da primeira escola dental do mundo deu-se em 06 de março de 1840, criada por Harris e Hayden, no Estado de Marilândia, na cidade de Baltimore, EUA (“Baltimore College of Dental Surgery”). CADERNO SAÚDE BUCAL 05 de julho de 2015 Evolução da odontologia no Brasil 22 de abril de 1500 – O Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, que iniciou a odontologia no país trazendo, posteriormente, barbeiros iletrados que ensinavam técnicas sem nenhuma teoria para homens brancos e pobres. 09 de dezembro de 1629 – O exercício da arte dentária foi regularizado no Brasil. 12 de dezembro de 1631 – Aplicação da reforma do regimento, no qual os barbeiros e “tiradentes”, que não possuíam a ‘carta’ para tirar dentes, eram presos e pagavam multa de 2 mil réis. 23 de maio de 1800 – A palavra dentista foi citada pela primeira vez no Plano de Exames da Real Junta do ‘pronto-medicato’, assinado pelo príncipe regente D. João IV, documento que estabeleceu que o aspirante à profissão dentária deveria se submeter a uma avaliação de conhecimento parcial de anatomia, métodos operatórios e terapêuticos para estar legalizado, apto e pagar pesadas taxas. 15 de fevereiro de 1811 – A primeira licença de dentista no Brasil foi concedida ao português Pedro Martins e o primeiro brasileiro que recebeu o documento foi Sebástian Fernandez de Oliveira, em 23 de julho do mesmo ano. 07 de outubro de 1809 – D. João VI aboliu a Real Junta do ‘pronto-medicato’, fazendo com que todas as responsabilidades ficassem ao encargo do físicomor do reino, Manoel Vieira da Silva, encarregado do controle do exercício da medicina e farmácia; e do cirurgião-mor do exército, José Correia Picanço, encarregado da cirurgia, controlando o exercício das funções realizadas por sangradores, dentistas, parteiras e outros. 1820 – O cirurgião-mor concedeu ao francês Dr. Eugênio Frederico Guertin a licença para exercer sua função no Rio de Janeiro. Ele foi o primeiro autor da obra de odontologia feita no Brasil, de acordo com os registros, em 1829, denominada “Avisos Tendentes à Conservação dos Dentes e sua Substituição”. 30 de agosto de 1828 – D. Pedro I suprime o cargo de cirurgião-mor, cujas funções [de fiscalização] passam a ser exercidas pelas Câmaras Municipais e Justiças Ordinárias. 1840 – Começaram a chegar dentistas dos Estados Unidos, que pouco a pouco suplantaram os colegas franceses. Luiz Burdell foi o primeiro, seguindo-se Clintin Van Tuyl, o primeiro a usar clorofórmio (em casos excepcionais) para anestesia, conforme cita em seu livro: “Guia dos Dentes Sãos” (1849). 1850 – Em substituição à fiscalização exercida pela Câmara Municipal, foi criada a Junta de Higiene Pública, que possibilitou à medicina uma enorme evolução, principalmente pelas medidas saneadoras. Setembro de 1869 – Surgiu a primeira revista odontológica, publicada por João Borges de Linz: “Arte Dentária”. 25 de outubro de 1884 – Foi criado oficialmente o curso de odontologia nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e Bahia, por meio do decreto 9311. Esta data ficou marcada e passou a ser comemorada como “Dia do Cirurgião-Dentista”. 1900 – Augusto Coelho e Souza – Pai da Odontologia Brasileira – publicou o “Manual Odontológico”, que muito contribuiu para consolidação da profissão como prática científica. Desde então a Odontologia não parou de crescer; e hoje, de acordo com dados do site do Conselho Federal de Odontologia, conta com 89.706 especialistas no Brasil nas áreas odontológicas. Com informações do site da Associação Brasileira de Cirurgiões-dentistas: www.abcd-rj.org.br/ paginas/historia.htm PÁGINA 8 CADERNO SAÚDE BUCAL 05 de julho de 2015 CADERNO SAÚDE BUCAL PÁGINA 9 05 de julho de 2015 Ortodontista trabalha com técnica inovadora para garantir mais benefícios para a população de Arcos A Ortodontia é uma especialidade da Odontologia que tem por objetivo diagnosticar, prevenir e tratar os problemas relacionados ao posicionamento e relacionamento inadequa- dos dos dentes (maloclusão) e das estruturas da face (ossos e tecidos moles). Dentes mal posicionados dificultam a higienização; favorecem a inflamação gengival, o apare- cimento de cáries, acúmulo de tártaro e o desenvolvimento de parafunções. Dentes bem posicionados melhoram a estética, o sorriso, a mastigação e a fonação (dicção e voz). Técnica inovadora traz mais benefícios para pacientes A Ortodontia passa por constantes avanços científicos e tecnológicos. Em meio a essa quantidade de inovações, surge o sistema bidimensional, que consiste em agregar o melhor existente em outras técnicas. Visando trazer mais benefícios e melhores resultados para os seus pacientes, Dr. Paulo Henrique trabalha com Dr. Paulo Henrique, especialista em Ortodontia e o sistema bidimensional Implantodontia em seu consultório na cidade de Arcos, localizado na avenida Magalhães Pinto, nº 229, centro. Dr. Paulo Henrique recomenda a técnica bidimensional Ao destacar a técnica utilizada, Dr. Paulo Henrique explica que o sistema traz inúmeros benefícios para o paciente. “Com a técnica bidimensional, é possível realizar o controle de torque, garantindo um sorriso bonito em um menor tempo de tratamento”, ressalta. Principais vantagens da técnica bidimensional, segundo Dr. Paulo Henrique - Agilidade no tratamento; - Menor propensão à dor; - Maior controle do profissional (menos efeitos colaterais); - Previsibilidade do tempo de tratamento; Ortodontia autoligável No sistema bidimensional, também se utiliza a ortodontia autoligável, que é a tecnologia mais moderna utilizada atualmente, para tratamentos ortodônticos fixos. Isto reduz o atrito entre o fio ortodôntico e o bráquete, proporcionando uma movimentação dentária mais rápida e menos dolorida. Este sistema conta com um mínimo atrito entre o bráquete e o arco, onde utilizam forças levíssimas sobre os dentes, aumentando o conforto e diminuindo No aparelho autoligável, os bráquetes têm uma aleta para prender o fio ortodôntico, assim não necessita de elásticos para prender o fio ao bráquete bastante o tempo em relação aos tratamentos convencionais. Esta técnica proporciona agilida- de no andamento do tratamento e menor acúmulo de bactérias no aparelho. Dr. Paulo Henrique também é especialista em Implantodontia Na área implantológica, Dr. Paulo Henrique também atua como especialista. Colocar implantes dentários está cada vez mais acessível a todos, trazendo para muitos a alegria de poder sorrir novamente. Mas, ainda existem muitas dúvidas envolvendo esse assunto. Dr. Paulo Henrique esclarece que, atualmente, exis- tem muitos procedimentos menos invasivos. Desse modo, as pessoas devem deixar o medo de lado, porque alguns tratamentos podem ser mais simples do que parecem. “Além de técnicas cirúrgicas menos invasivas, hoje contamos com cirurgias sem corte na implantodontia. Através de um exame tomográfico, confecciona-se um guia cirúrgico para colocação do implante, sem a necessidade de corte de bisturi. Contamos também com a sedação do paciente para maior comodidade durante a cirurgia. Além disso, com o auxílio de enxertos ósseos, fazemos implantes em áreas onde não era possível essa cirurgia”, explica. Especialista orienta que traumas de face devem passar por avaliação Cirurgião-dentista Dr. Leandro Emídio da Silva, especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilofacial Dr. Leandro Emídio explica que atividades simples podem causar acidentes que acometem a face e seus ossos As cirurgias de traumas faciais são realizadas por cirurgiões “buco-maxilo-faciais”, que corresponde a uma especialidade odontológica. Além da reparação de traumas, esse especialista é o profissional habilitado para realizar a remoção dos terceiros molares (dentes sisos), além de outras cirurgias orais de pequeno e grande porte. O cirurgião-dentista Dr. Leandro Emídio da Silva, especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilofacial, explica que os traumas de face representam uma realidade nos dias atuais, em virtude do crescente aumento de acidentes de trânsito. Entretanto, segundo Dr. Leandro, atividades simples e muitas vezes julgadas pueris, como andar de bicicleta, podem gerar acidentes que acometem a face e seus ossos. Estruturas envolvidas no trauma de face O especialista relata que as lesões decorrentes dos traumas de face podem acometer partes moles (pele, tecido subcutâneo, músculos, cartilagens e mucosas) ou ossos. As lesões de partes moles podem ser simples ou extensas, num grau muito variável de apresentação. Dr. Leandro ainda ressalta que o osso mais lesado nos traumas de face é o nariz. Por sua localização central e proeminência na face, é o osso mais frequentemente fraturado, seguido pela mandíbula. Problemas nasais prévios podem ser corrigidos no momento da correção da fratura? Em geral, o tratamento da fratura se limita à sua correção. Segundo o cirurgião, apenas quando necessário, problemas previamente existentes –como desvios de septo – podem ser corrigidos de forma concomitante, caso tenham sido bem documentados no passado ou quando atrapalham a correção da fratura. Todas as fraturas devem ser operadas? A presença de uma fratura óssea, segundo Dr. Leandro Emídio, não significa, necessariamente, que haverá necessidade de cirurgia. O especialista conta que no momento de se decidir ou não pela cirurgia, vários fatores são levados em conta por ele, entre os quais: deformidade estética, alterações funcionais, alteração na oclusão dentária, alterações visuais, etc. Como é realizada a fixação dos ossos fraturados? Segundo Dr. Leandro Emídio, quando há necessidade de correção cirúrgica pode haver necessidade de fixação dos ossos fraturados e mobilizados, o que, normalmente, é realizado por meio de placas e parafusos de titânio. Trata-se de um material inerte e que muito raramente causa problemas em longo prazo. Portanto, na maioria dos pacientes, não há necessidade de retirada do material de fixação após consolidação da fratura. Todavia, caso haja necessidade de remoção, a mesma pode ser removida, desde que a fratura esteja consolidada. Cirurgião-dentista alerta sobre patologia bucal Dr. Leandro Emídio alerta que os pacientes devem ficar atentos a qualquer crescimento anormal que aparecer tanto na boca, quanto na parte da face. O cirurgião orienta que caso apareça uma verruga, uma mancha na pele ou uma lesão na boca, com crescimento anormal, deve-se procurar um especialista e fazer a biopsia dessa lesão, “porque essa lesão pode significar‘nada’ ou pode ser uma lesão grave, média ou até gravíssima, que num futuro pode evoluir”, explica. Dr. Leandro éTop ofMind2015 na categoria implantodontista Implantes dentários são suportes ou estruturas de metal (titânio) posicionadas cirurgicamente no osso maxilar abaixo da gengiva, para substituir as raízes dentárias. Uma vez colocados, permitem ao dentista montar dentes substitutos sobre eles. Dr. Leandro da Silva trabalha com implantes odontológicos e próteses parafusadas. Ele ressalta o orgulho de ter sido contemplado com o prêmio Top ofMind2015, na categoria “Implantodontista”. Cirurgia para remoção do terceiro molar (dente siso) Deve feito em consultórios odontológicos ou de forma caseira, com supervisão do dentista A técnica de clareamento ou branqueamen to dental, de acordo com informações do site www.uesb.br (UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), é feita a partir dos agentes peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida, que promovem o clareamento por meio da oxidação de compostos orgânicos, sendo que a aplicação desses agentes pode ser feita de forma caseira ou em consultórios. Durante o tratamento, ainda de acordo com o site da UESB, podem surgir alguns efeitos adversos como sensibilidade dental, aumento da porosidade dental e algumas ações sobre os materiais restauradores. Entretanto, tais efeitos podem ser eliminados ou controlados quando a técnica é executada sob a orientação profissional. Alterações da cor dentária O site da UESB relata que as alterações na cor da estrutura dentária podem ser decorrentes de fatores extrínsecos (externos) ou intrínsecos (internos): Manchas extrínsecas (externas) - de acordo com informações do site da UESB, geralmente são adquiridas no meio e estão associadas a substâncias corantes como café e tabaco, ao acúmulo de placa e ao uso de alguns tipos de medicamentos. Essas manchas são superficiais e de fácil remoção. Manchas intrínsecas (internas) - ainda de acordo com o site da UESB, podem ser congênitas (relacionadas à formação dos dentes) ou adquiridas por meio de um trauma dental, mortificação pulpar e fluorose¹ (¹manchas, em geral esbranquiçadas, que aparecem nos dentes por excesso de flúor, geralmente de forma simétrica). Os pigmentos estão incorporados na estrutura dental e são removidos apenas pelo clareamento ou por procedimentos mais invasivos que implicam no desgaste e/ou restauração dos dentes. Clareamento caseiro X clareamento em consultório Clareamento em consultório – De acordo com informações do site cfo.org.br (CFO – Conselho Federal de Ortodontia), no consultório, o clareamento é feito com auxílio do laser ou apenas com aplicação do gel clareador em concentrações mais altas do que as usadas em casa. O resultado aparece em até quatro sessões e custa em torno de R$ 1 mil. Clareamento caseiro – De acordo com o site do CFO, o clareamento feito em casa é um método confiável e que também dá bons resultados. Custa cerca da metade do preço cobrado nos consultórios, porém é mais demorado. Só deve ser feito com a supervisão do dentista, que vai indicar a melhor fórmula para o tipo de mancha nos dentes. O resultado do tratamento dura cerca de dois anos. De acordo com o site do CFO, não é recomendável fazer o clareamento por conta própria, pois o tratamento deve ser individualizado. Só um profissional faz a moldeira personalizada e indica a concentração ideal de gel e o tempo do tratamento, que varia de pessoa para pessoa. Portanto, o tratamento feito no consultório é mais eficaz do que o doméstico. Riscos de alergias e danos no esmalte O site do CFO alerta para os perigos dos kits vendidos na Internet, que podem causar sensibilidade nos dentes, irritação nas gengivas e até problemas gastrointestinais. Entre os principais riscos provocados pelo uso do kit caseiro estão: a ingestão inadequada do gel clareador, que pode provocar queimação e outros problemas gastrointestinais; a sensibilidade dos dentes; e reações nas gengivas, como coceira e ardência. O site do CFO ainda ressalta que o uso do gel não deve ser feito em dentes com cárie, tártaro ou doenças periodontais, com sangramentos ou feridas na mucosa oral. Por essa razão, o indicado é procurar um dentista para colocar uma proteção para o gel não entrar na dentina (camada depois do esmalte) e romper o esmalte, causando sérios riscos à saúde bucal. O site também alerta que os problemas nem sempre surgem imediatamente, muitas vezes aparecem em até cinco anos depois da aplicação. Indicações e contraindicações do clareamento Indicações - De acordo com o site www.forp.usp.br (FORP – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto), as principais indicações do clareamento são para pessoas com: escurecimentos dentais recentes; escurecimentos após necrose – decomposição pulpar; escurecimentos em dentes jovens – devido ao maior diâmetro dos canalículos dentinários. Contraindicações - As contraindicações para o tratamento, de acordo com o site da FORP, são para pessoas com: escurecimentos dentais por medicamentos (tetraciclina) em dentes polpados; pigmentação metálica; escurecimentos antigos; deposição de dentina (calcificação distrófica) em dentes com vitalidade; e falta de estrutura dental remanescente. O site www.cromg.org.br PÁGINA 12 CADERNO SAÚDE BUCAL Higienização bucal em bebês e crianças: • Devemos limpar a boca do bebê antes mesmo do nascimento dos dentes. A limpeza da gengiva, bochecha e língua – com fralda ou gaze umedecida com água filtrada ou fervida – tem a finalidade de se criar hábitos de higienização. • Quando começarem a nascer os dentes decíduos (de leite) da frente, a limpeza deles é feita com gaze ou fralda umedecida em água limpa. • Logo que começarem a nascer os dentes decíduos (de leite) de trás, a limpeza dos dentes e da língua deve ser feita com escova de dente pequena, macia, sem pasta de dente, apenas molhada em água filtrada ou fervida. A escova deve ser trocada quando suas cerdas estiverem gastas. • Os pais devem escovar os dentes de seus filhos até que eles aprendam a escovar corretamente. • Antes dos 4 anos de idade, a escova de dente não precisa conter pasta de dente com flúor, para que a criança não corra o risco de engolir. A partir dessa idade, use uma quantidade bem pequena (do tamanho do grão de arroz) e ensine a criança a cuspir. Jovens, adultos e idosos - como limpar bem os dentes? Para as pessoas que utilizam prótese (dentadura, ponte): 05 de julho de 2015 Mantenha o seu sorriso, fazendo a higiene bucal corretamente • Na presença de dente e uso de prótese (ponte móvel), limpe a prótese fora da boca com sabão ou pasta de dente e escova de dente separada para essa função. Antes de recolocá-la na boca, escove os dentes e limpe a gengiva, o céu da boca e a língua com uma fralda umedecida em água, para remover placas e possíveis restos de alimentos. • Na ausência de todos os dentes e uso de dentadura, remova a prótese de dentro da boca e limpe-a com uma escova de dente. Antes de recolocá-la na boca, limpe a gengiva, o céu da boca e a língua com uma fralda umedecida em água, para remover placas e possíveis restos de alimentos. • Não é preciso remover a prótese para dormir. Caso necessite removê-la, coloque-a em um recipiente com água e com tampa. O jeito certo de limpar os dentes: 1º - Passe o fio ou fita dental entre todos os dentes, devagar, para não machucar a gengiva. Depois que o fio passar pelo ponto mais apertado entre os dentes, leve-o até o espaço existente entre a gengiva e o dente e pressioneo sobre o dente, puxando a sujeira até a ponta do dente. Passe o fio dental pelo menos duas vezes em cada um dos espaços entre os dentes, primeiro pressionando para um lado, depois para o outro. 2º - Escove suavemente a parte exterior dos dentes. Segure a escova inclinada na direção da gengiva, pressionando e deslizando a escova no sentido da linha da gengiva até a ponta dos dentes. Comece escovando os dentes da frente e prossiga com esse movimento até os dentes do fundo (dois a três dentes de cada vez). Depois escove o lado de dentro dos dentes, do mesmo jeito. 3º - Escove a superfície do dente, que usamos para mastigar. O movimento é suave, de vai-e-vem. A escova deve ir até os últimos dentes lá no fundo da boca. 4º - Na parte interior dos dentes da frente, incline a escova e mova-a no sentido da gengiva para a ponta do dente. 5º - Ainda não acabou. Escovar a língua é muito importante, pois ela acumula restos alimentares e bactérias que provocam o mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova, “varrendo” a língua, da parte interna até a ponta. Fonte: ms_folder_sorriso.pdf http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/ PÁGINA 13 CADERNO SAÚDE BUCAL 05 de julho de 2015 PÁGINA 14 A halitose ou mau hálito, de acordo com o site www.abha.org.br (ABHA – Associação Brasileira de Halitose), é uma condição anormal do hálito, que se altera de forma desagradável, e se dá como um odor expirado pelos pulmões, boca e narinas. Existem, de acordo com o site da ABHA, aproximadamente 60 causas distintas e, por este motivo, o mau hálito tem característica multifatorial, ainda que em mais de 90% dos casos sua origem se dá na cavidade bucal, acompanhada ou não de alterações sistêmicas. Causas da Halitose De acordo com o site da ABHA, a causa pode ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas descontroladas ou alimentação inadequada); devido a razões locais, como má higiene bucal, placas bacterianas retidas na língua (saburra lingual) ou amídalas (cáseos amidalianos); baixa produção de saliva (hipossalivação); doenças da gengiva; problemas em vias aéreas (adenóides, rinites, sinusites...); estresse; ou mesmo por razões sistêmicas, dentre elas diabetes, problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre acentuada e outros. Fatores como o fumo, drogas, o uso de bebidas alcoólicas e a utilização de soluções para bochecho com álcool na composição, de acordo com o site da ABHA, também são fatores que podem comprometer o hálito. O site da ABHA ainda informa que problemas relacionados ao estômago raramente interferem na condição do hálito alterado, o que por muito tempo, e até os dias de hoje, se constitui numa crença com pouca ou nenhuma evidência científica ou clínica. CADERNO SAÚDE BUCAL O mau hálito pode provocar prejuízos pessoais, emocionais e até profissionais Os problemas socioemocionais mais comumente relatados, de acordo com o site da ABHA, são: insegurança ao se aproximar das pessoas ou ao falar, depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas e afetivas (entre o casal, entre pais e filhos, entre amigos e familiares em geral, etc), resistência ao sorriso, ansiedade, baixo desempenho profissional e/ou estudantil, queda da autoestima e autoconfiança, além de outros fatores comprometedores. Entretanto, não é apenas a “saúde psicológica” do paciente que fica comprometida. No caso da halitose crônica, causada por fatores patológicos, de acordo com o site da ABHA há um real comprometimento da saúde física do paciente, com a existência de falhas ou alterações em determinado órgão ou sistema do portador. Isso mostra a importância em se identificar as causas da halitose e tratá-las adequadamente. A halitose não é uma doença, mas, de acordo com o site www.crorn.org.br (CRO – Conselho Regional de Odontologia), ela pode indicar que há algo errado no organismo, que deve ser identificado por meio de um correto diagnóstico e tratado adequadamente quando o problema torna-se crônico. Tratamento De acordo com o site do CRO, o tratamento do mau hálito pode ser multidisciplinar, mas, como cerca de 90% dos casos são de origem bucal, o primeiro profissional que deve ser procurado para o diagnóstico e possível tratamento é o dentista. De acordo com o site, quando se constata que a origem pode ser devido a outras doenças, o odontologista poderá direcionar o paciente a outras especialidades médi- 05 de julho de 2015 cas para realizar o tratamento de forma conjunta. O site do CRO informa que a combinação da higienização bucal com escova, pasta de dente e também o uso do enxaguante bucal à base de clorexidina é o método que deixa o hálito melhor e por mais tempo. Dicas do site da Associação Brasileira de Halitose para combate e prevenção da halitose • Realizar pequenas refeições a cada três horas, pois jejum prolongado pode comprometer seu hálito; • Evitar alimentos que contribuam para o ressecamento bucal (com muito sal, quentes ou condimentados); • Evitar o consumo excessivo de alimentos com odor carregado ou contendo enxofre em sua composição (ex.: alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis...), gorduras e frituras em geral, de ação estimulante (café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados), ricos em proteínas (carne vermelha, leite e derivados), dentre outros; • Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos; • Evitar álcool e fumo em excesso; • Ingerir líquidos com frequência, de preferência a água (média de 2 litros/dia); • Realizar adequada higiene bucal (incluindo limpeza da língua) e evitando o uso de soluções para bochecho com álcool na composição; • Visitar o dentista semestralmente, prevenindo assim problemas dentários e gengivais (ex.: tártaro, sangramentos...); • Realizar exames de saúde geral (check-up) anualmente; • Praticar atividades físicas; • Reduzir o estresse. PÁGINA 15 A odontologia vem se voltando para o atendimento de bebês, tentando ins tituir precocemente medidas educa tivas e preventivas. O primeiro aten dimento odontológico recomendado, de acordo com o site www.unifenas.br (Unifenas – Universidade José do Rosário Vellano), começa aos 6 meses de vida, pois a cárie dentária em bebês manifesta-se de forma agressiva e acelerada, acarretando até mesmo a destruição completa do elemento dentário num curto espaço de tempo. O acompanhamento da criança desde o seu nascimento até a idade adulta, de acordo com o site da Unifenas, evita que ela adquira cárie e doenças periodontais. Quando as medidas de prevenção – como higiene bucal, utilização de fluoretos e controle da dieta – são desencadeadas tardiamente, o mau hábito e outras doenças já podem estar instalados, dificultando o processo educacional. Primeira consulta Na primeira consulta, aos 6 meses de vida, de acordo com o site www.foa.unesp.br (Unesp – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), é feito um exame clínico (anamnese) que irá avaliar a saúde do bebê como um todo. Os fatores a serem observados no exame, de acordo com o site da Unesp, são: – Relação da dieta: amamentação noturna, consumo de alimentos cariogênicos; – Relação de higiene: presença de placa bacteriana visível, presença e qualidade da higiene; --– Utilização de fontes de Flúor; – Grau de saúde e higiene bucal dos pais (especialmente da mãe). CADERNO SAÚDE BUCAL O site da Unesp informa que após a anamnese, será feita a avaliação clínica bucal, na qual serão oferecidas às mães orientações educativas específicas às necessidades do bebê e em casos de risco de cárie, será recomendado o tratamento apropriado. Tratamento bucal do bebê De acordo com o site da Unesp, existem três tipos de tratamento, dependendo do risco de cárie no qual o bebê se encontra: risco de cárie indeterminado, risco determinado ou bebês com atividade/lesão de cárie. O tratamento deve ser feito em casa, com auxílio dos pais, e na clínica junto com o profissional adequado. O site da Unesp explica passo a passo, como é feito cada tratamento: Tratamento para bebês com risco de cárie indeterminado – Consiste em quatro consultas consecutivas, com intervalo de uma semana, com o objetivo de fazer a manutenção da saúde bucal. Na clínica: É feita a higiene com água oxigenada diluída (uma parte de H2O2 + três partes de água fervida ou filtrada) e aplicação tópica de NaF 0,1%, com hastes flexíveis – quatro gotas em cada ponta, sendo que com uma aplica-se nos dentes superiores e com a outra, nos inferiores. Em casa: A mãe deve manter os padrões de dieta e higiene, e acrescentar aplicações tópicas diárias de solução de NaF 0,05%, com hastes flexíveis, à noite antes de dormir. Retornos: Após uma semana da primeira consulta, a mãe fará a higiene bucal do bebê e a aplicação de flúor, com supervisão profissional, a fim de avaliar se os procedimentos estão sendo realizados corretamente e corrigir eventuais falhas. Tratamento para bebês com risco de cárie de- 05 de julho de 2015 terminado – Consiste em quatro consultas com intervalo de uma semana, com o objetivo de reversão do risco de cárie e aumento da resistência do dente. Na clínica: É feita a higiene com solução de H2O2 diluída e gaze; aplicação de NaF 0,1% sobre as superfícies dentárias Em casa: A mãe vai interpor medidas de higiene e controle de dieta, mais aplicação diária de NaF 0,05%. Tratamento para bebês com atividade/lesão de cárie - Tratamento com quatro consultas em intervalos de uma semana, com o objetivo de reequilibrar o ambiente bucal, eliminando ou reduzindo os fatores causais e aumentar a resistência do dente. Na clínica: Nas quatro consultas, a mãe será orientada sobre como eliminar ou reduzir os fatores causais em casa. Para o aumento da resistência do dente, será feita a higiene com solução de H2O2 diluída e gaze; e aplicação de verniz fluoretado sobre as superfícies dentárias com manchas brancas e tecido cariado amolecido. Também será feita a realização da técnica de restauração traumática, com cimento de ionômero de vidro. Em casa: A mãe vai interpor medidas de higiene e controle de dieta, mais aplicação diária de NaF 0,05%. Retornos - Após o tratamento e observação da melhora do quadro, será determinado o período ideal para cada caso. Na segunda consulta, a mãe será solicitada a fazer a higiene e aplique de flúor, a fim de avaliar se os procedimentos estão sendo realizados corretamente e corrigir possíveis falhas. O site da Unesp ressalta que independente do risco de cárie do bebê, periodicamente deverá ser feita a reavaliação do risco, e se necessário instituir o tratamento adequado. PÁGINA 16 CADERNO SAÚDE BUCAL 05 de julho de 2015