Apresentação Dra. Helena Mendonça Faria

Transcrição

Apresentação Dra. Helena Mendonça Faria
ANDAR A PÉ EM CURITIBA:
MOBILIDADE URBANA, SUSTENTABILIDADE E PERCEPÇÃO SOCIAL
(Resultado de pesquisa de Estágio Pós-doutoral realizado no PPGMADE)
HELENA MENDONÇA FARIA
Apresentação: 10 de março, 14:30 horas.
Local: Sede do PPGMADE
Resumo
São apresentados aqui os resultados de pesquisa de pós-doutorado realizada entre
março de 2014 e março de 2016; os cronogramas da pesquisa (o proposto
inicialmente e o realizado) e também os aspectos conceituais e metodológicos que
caracterizaram o trabalho realizado. A temática desenvolvida abrange a questão da
sustentabilidade em sua relação com a mobilidade urbana, tratando-se da questão
específica da mobilidade a pé. O estudo, realizado em Curitiba-PR, teve como
proposta a investigação da percepção das pessoas sobre os deslocamentos a pé no
espaço urbano, em um contexto de mobilidade metropolitana. Utilizando-se de
metodologias de Análise da Paisagem, aliada aos procedimentos realizados em
métodos de Análise de Representações Sociais, Análise de Discurso e Entrevista
Temática, foi possível avaliar os aspectos qualitativos da mobilidade a pé, tais como:
motivações para caminhada, elementos urbanos que ajudam ou inibem os
deslocamentos, qualidade das calçadas e faixas de pedestre, além de sugestões dos
entrevistados para melhorias na qualidade do espaço urbano para caminhar. Em uma
perspectiva mais abrangente, no contexto das Regiões Metropolitanas brasileiras, foi
possível verificar que, a despeito da relativa liderança de Curitiba, em aspectos de
mobilidade urbana no Brasil, ainda há situações de risco, de descaso e de
desconsideração com os pedestres, especialmente nos bairros periféricos da cidade.
A percepção dos entrevistados sobre a qualidade do espaço para caminhar indicam
principalmente má qualidade das calçadas e ausência das mesmas em alguns locais.
As sugestões dos entrevistados vão, desde melhorias em infraestrutura até maior
policiamento nas ruas. Percebeu-se também que, em termos de políticas públicas, a
mobilidade a pé é pouco considerada em projetos urbanos.