janeiro 2016 - Paróquia da Maia
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janeiro 2016 - Paróquia da Maia
ANO XXVII ▪ Nº 288 ▪ JANEIRO 2016 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€ O logotipo e o lema colocados juntos oferecem uma feliz síntese do Ano jubilar. O lema Misericordiosos como o Pai (retirado do Evangelho de Lucas, 6,36) propõe viver a misericórdia no exemplo do Pai que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cfr. Lc 6,37-38). O logotipo – obra do Padre jesuíta Marko I. Rupnik – apresenta-se como uma pequena suma teológica do tema da misericórdia. Mostra, na verdade, o Filho que carrega aos seus ombros o homem perdido, recuperando uma imagem muito querida da Igreja primitiva, porque indica o amor de Cristo que realiza o mistério da sua encarnação com a redenção. O desenho é feito de tal forma que realça o Bom Pastor que toca profundamente a carne do homem, e o faz com tal amor capaz de lhe mudar a vida.Além disso, um detalhe não é esquecido:o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem. Cristo vê com os olhos de Adão e este com os olhos de Cristo. Cada homem descobre assim em Cristo, novo Adão, a própria humanidade e o futuro que o espera, contemplando no Seu olhar o amor do Pai. A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em Cristo.As três ovais concêntricas, de cor progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que tudo perdoa. O Santuário vai procurar ter a "Porta Santa" aberta durante muitas horas do dia. Nalguns dias haverá Oração doTerço ou da Liturgias das Horas, às 18h30. O Santuário estará aberto a todos os grupos das Paróquias, e a horas que pretendam, desde que marquem antecipadamente. O nosso Santuário vai ser um espaço aberto no mundo das pessoas para que encontrem o Senhor e se encontrem para poderem caminhar como crentes. Às quintas-feiras, das 16h00 às 18h30, estará um Confessor no Santuário. s . miguel da maia ▪ 1 CONSULTANDO A HISTÓRIA Depois da leitura das atas da visitação dos representantes do Balio de Leça a esta freguesia de S. Miguel de Barreiros em agosto de 1744, onde estes recomendavam ao Pároco o registo dos usos e costumes da freguesia, vemos nas páginas seguintes do mesmo livro a justificação do Pároco, P.e Luís de Oliveira Alvim:: “Declaro que não faço lembrança dos uzos e costumes da mesma Igreja neste Livro pello ter feito no dos Assentos dos Baptizados, Cazados e Defunctos della o qual tem por nome Livro Intitulado Letra C onde de folha 5 thé folha 7 verso mandey fazer relação deles com individuação a qual está por mim asignada e de todo o direito parochial, rendas, e obrigaçoinz deste beneficio, o que também mandey descrever no novo Tombo da Baliagem assim como está no livro referido, cujo tombo mandou fazer o Sr. Frey D. Lopo de Almeyda dignissimo Balio que foi desta Baliagem.” Maria Artur RÚBRICA “OBJETOS LITÚRGICOS”: EVANGELIÁRIO O Evangeliário é o livro usado na Eucaristia, durante a Liturgia da Palavra, mais precisamente para a Proclamação do Evangelho. Contém os Evangelhos para os Domingos e Festas do Ano Litúrgico, ou seja, trechos dos evangelhos de S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e de S. João, os quais são divididos em períodos de três anos, tal como referido na Rúbrica anterior: • Ano A (S. Mateus), • Ano B (S. Marcos), • Ano C (S. Lucas). O Evangelho de S. João é mais usado em tempos de festa, não tendo reservado um ano próprio para a sua proclamação. GAM – Grupo de Acólitos da Maia EDITORIAL O dia 20 de Dezembro marcou todos os Paroquianos pelo acontecimento ùnico: A ABERTURA DA PORTA SANTA. O nosso Santuário foi declarado Santuário Jubilar. Presidiu o Senhor D. Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal, mas agora Paroquiano da Maia. Todas as Paróquia da Maia estavam convidadas , pois era o início do Ano Santo da Misericórdia para a Vigararia. Algumas estiveram presentes com os seus Párocos. Iniciou-se a Celebração, seguida da Procissão com as Cruzes das Paróquias e estandartes, onde figuranva o da Santa Casa da Misericórdia da Maia. Frente à Porta Santa, o Senhor D. Manuel fez a Oração e abriu a Porta Santa. Houve Celebração. Certo é que o Santuário não pôde conter a multidão. Muitos cristãos ficaram fora e entraram no final. Ao longo do Ano Santo vai ser Centro de Peregrinação para todos e cada um que queira viver este acontecimento, nas condições que o Santo Padre Francisco aponta. As Celebrações de Natal, Sagrada Família ,Ano Novo e de Reis foram vividas em clima de Fé e Alegria. Houve Presépio aoVivo. A Ceia de Natal foi extraordinária. Agradeço aos Amigos do Lar a lauta refeição confecionada e aos presentes a alegria que me deram. A visita do sr. Presidente da Câmara, Eng. Bragança, do sr. Vice-Presidente, Eng. António Domingos Tiago e da Sra Dra Emília Santos, Ilustre Deputada da Assembleia da República, embora não podendo partilhar da Ceia, colocaram "no sapatinho da Paróquia" a oferta duma Carrinha para transporte dos Utentes do Lar. Ficou este geste registado a letras de ouro. Está a Paróquia grata aos Ilustres Amigos. A sra. Presidente da Junta de Freguesia Dra. Olga Freire e o sr. Secretário, Mário Ramos, marcaram presença. 2 ▪ s . miguel da maia O Ano Novo trouxe a abertura do Lar de Nazaré como Centro de Dia, pois já era de Convívio, e muito em breve como SAD. Este trabalho está confiado à Sra Dra. Sandra Isabel Almeida que já começou em força e em esperanaça. Desejo a todos os paroquianos, às autoridades Camarárias e da Freguesia, à Santa Casa da Misericórdia da Maia um Ano Novo Bom e, porque é Ano Santo da Misericórdia, vai ser marcante na vida de todos. PDJ Agradeço, e comigo toda a Paróquia, ao Sr. D. Manuel Linda as Celebrações de Natal:(Missa da meia noite); Dia de Natal e da Sagrada Família. Eu fiquei mais aliviado no trabalho pastoral. Obrigado pela Mensagem que deixou em todas as Celebrações e pela simpatia que, mais uma vez, semeou. Desejamos-lhe, bem como aos seus Familiares e Diocese Castrense,um ano Novo BOM, abençoado por Nossa Senhora da Maia e do Bom Despacho BOM DIA! Os Reis Magos, porque vieram até Jesus guiados por uma estrela, acabam de enchernos de 5 estrelas. E que lindas são! E que bem nos fazem! Tornam o horizonte escuro semeado de luz. Abrem caminhos seguros nas tantas encruzilhadas da vida. Assim: uma boa família é uma luz que poderá ajudar outra a vencer uma dificuldade; um bom pai é uma luz que num momento difícil pode conquistar o coração do filho; um jovem com ideal e boa formação é uma luz que pode ajudar um amigo a escolher melhor caminho. E mais, e mais e mais. Felizmente os nossos horizontes estão cheios de luz que nós, às vezes, de habituados, nem vemos. Ano novo. Ano de luz. Ano cheio das graças de Deus, porque Ano de Misericórdia. Então, é mais verdade, que se cada um for luz, cada dia poderá e deverá ser um BOM DIA! Movimento Demográfico Mês de Novembro BAPTIZADOS 06 - Marco Ferreira Azevedo 02 - Pedro Gabriel Campos Sampaio ÓBITOS 11 - Maria S. José Remízio (85 anos) 12 - António Fernando Mendes Ferreira (47 anos) 16 - Carlos Coelho da Silva Costa (83 anos) 19 - Pedro Fernando da Silva Dias (87 anos) 26- Manuel Moreira da Silva (74 anos) Pró - VOCAÇÃO, por vocação Sobre as famílias, no dia da Sagrada Família No domingo da Sagrada Família, na sua habitual alocução, o Papa Francisco lembrou alguns aspetos do que é a vocação familiar: “A família nuclear de Jesus, Maria e José é para todos os crentes, especialmente para as famílias, uma verdadeira escola do Evangelho. Nela admiramos o cumprimento do plano de Deus para fazer da família uma comunidade especial da vida e do amor. Nela aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser uma "igreja doméstica" para fazer brilhar as virtudes evangélicas e tornar-se fermento para o bem da sociedade. As caraterísticas típicas da Sagrada Família são meditação e oração, compreensão mútua e respeito, sacrifício, trabalho e solidariedade. Do exemplo e do testemunho da Sagrada Família, cada família pode obter indicações valiosas para o seu estilo e escolhas de vida, e pode colher força e sabedoria para a estrada de cada dia. A Virgem e S. José ensinam a acolher os filhos como dom de Deus, a gerá-los e educá-los, cooperando maravilhosamente com a obra do Criador e doando ao mundo, em cada criança, um novo sorriso. É na família unida que as crianças atingem a maturidade de sua existência, a personalidade, vivendo a experiência significativa e eficaz do amor gratuito, da ternura, do respeito mútuo, da compreensão recíproca, do perdão e da alegria. (…) A verdadeira alegria vivida na família (…) é fruto da profunda harmonia entre as pessoas, que as faz gostar da beleza da união, do apoio mútuo no caminho da vida. Mas no cerne da alegria está a presença de Deus, o seu amor acolhedor, paciente e misericordioso para com todos. Se não se abre a porta à presença de Deus e ao seu amor, a família perde a harmonia, prevalece o individualismo e apaga-se a alegria. No entanto, a família que vive a alegria da vida, a alegria da fé, testemunha-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.” Alguns apontamentos do Sínodo O recente Sínodo dos bispos sobre “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo” apresentou algumas novidades que vale a pena realçar: O Sínodo foi preparado a partir duma consulta alargada a toda a Igreja, que tornou evidente a diversidade de situações e percepções acerca da família, donde decorre a necessidade de respostas diferenciadas e inculturadas, ainda que suportadas na mesma Fé e vividas na comunhão de toda a Igreja. A orientação geral do relatório final é claramente pastoral: reafirma os ensinamentos de sempre, mas fala de e para pessoas, com a sua história e vivências, e aponta muitas vezes caminhos de pedagogia da fé, de peregrinação interior, de caminhada em e com a comunidade e seus ministros. Não condena nem exclui, antes oferece a graça e a misericórdia, o perdão e a consolação. É um documento duma Igreja de vocacionados, onde todos têm voz e vez, que acolhe à maneira do Pai e está de braços abertos. Para que o Evangelho seja anunciado e testemunhado e a vocação da família plenamente vivida, mesmo nas situações difíceis ou irregulares que observamos na vida dos casais e das famílias, três palavras resumem a forma de atuar: verdade, paciência e misericórdia. A comunidade cristã é responsabilizada no seu todo para cuidar das situações familiares, em especial aquelas em que o valor da família é posto em causa ou em que o vínculo do amor se encontra por algum motivo fragilizado. Não podemos olhar para o lado e fazer de conta que não vemos, é mesmo conosco! E, como fundamento da vocação da família, o Sínodo recorda estas palavras de S. João Paulo II: “Deus, no seu mistério mais íntimo, não é solidão, mas uma família, dado que tem em si paternidade, filiação e a essência da família, que é o amor”. Equipa Paroquial Vocacional s . miguel da maia ▪ 3 CENTRO SOCIAL - CEIA DE NATAL O nosso Centro Social voltou a ter a tradicional ”Ceia” de Natal, ao meio dia, para que os nossos idosos, alguns de provecta idade, pudessem viver a efeméride ainda fresquinhos como folha de alface. Desta vez tivemos, pela primeira vez, a presença de uma direcção já constituída para enfrentar a nova realidade do nosso Centro Social que vai começar a funcionar o dia inteiro, das 9H00 às 17H00, e até já tem uma directora, a Dra Sandra Almeida, para dar vida nova à instituição. Subordinados à tradição nortenha, na ceia não faltou o fiel amigo bacalhau, as viçosas pencas, as saborosas batatas, a boa pinga para quem podia, a suculenta fruta e a deliciosa aletria carinhosamente confeccionada pela Dona Glória que, apesar da sua debilidade ainda o faz com muita arte como só ela é capaz. Houve para todos um cartão de boas festas natalícias onde constava uma quadra personalizada que foi cantada em estilo de janeiras ou reis, acompanhadas ao acordeão e alguns adereços musicais. Eis, pelo menos duas, ao acaso: Boas festas Dona Rosa, Que o Menino de Belém Lhe ponha no sapatinho O melhor que a vida tem. Para a Dona Antonieta O Menino de Belém Tem-lhe dado mais genica Quanto mais idade tem. 2016 e seus ais… Que nos vens trazer de novo, Que novidades nos trazes? Também virás trazer ais? Já cá temos o “ipad”, O “ipod”, o “itouch”, O “iphone” e muitos mais… E agora, Ano Novo?... Ais de tristeza?!... Não. Famílias em sofrimento Atingidas pela fome, Por guerras, epidemias? Ais de morte e miséria Ecoando por um mundo Onde há falta de amor? Não. Não. Ano Novo. Não quero ouvir ais de dor. O “ataque” à “ceia” foi precedido de uma breve oração de acção de graças orientada pelo Quero sorrisos, quero paz… nosso reverendo pároco, Padre Domingos Jorge. Ao meio da tarde celebramos o aniversário natalício de Dona Olívia que no mês do Menino Jesus Viver num planeta limpo, também despertou para a vida. Para o efeito lá apareceram o bolo, os parabéns a você, o apagar de Sentir o perfume das flores. E o rosto de cada criança, velas, o ramo de flores e, como não podia falhar, o sempre emocionante discurso do homenageado. Nesta hora de grande festa natalícia jamais pudemos esquecer o nosso saudoso mecenas, Sorrindo ao amor e à vida, Sr. José Augusto Bragança, que durante muitos anos viveu connosco estes inolvidáveis momen- Sorrindo para Jesus Com um sorriso de Esperança. tos e que agora certamente está desfrutando desta paz na companhia dos Anjos. Mas temos agora outro mecenas dos manjericos, dos vinhos e das pencas, que, apesar de Ana Maria Ramos ter ido passar o Natal com uma filha em Angola, fez questão de deixar ordens para que da sua horta alguém nos entregasse os indispensáveis produtos agrícolas para a nossa ceia. Obrigado Sr. José Pintalhão. Que a todos nós o Menino Jesus, Deus encarnado Homem, nos abençoe. Manuel Machado Continuam as inscrições para a frequência do Lar de Nazaré: Valências : Centro de Convívio / Centro de Dia / Apoio Domiciliar Pode inscrever-se no Lar com Dra. Sandra Almeida. Tel.: 229 448 177 - 229 448 178 - 229 414 272 e-mail: [email protected] ou [email protected] Rua Padre José Pinheiro Duarte, 88 - 4470-191 Maia LIVRO A LIVRO PAPA FRANCISCO - A REVOLUÇÂO DA MISERICÓRDIA E DO AMOR O cardeal Walter Kasper faz realçar, neste seu livro, algumas características da pessoa que é o Papa Francisco e, o que ele representa na longa história do papado da Igreja Católica. Com ele, entrou na Igreja uma lufada de ar fresco, o vento da confiança, da alegria e da liberdade. A grande novidade deste “Papa das surpresas” não reside em quaisquer inovações, mas antes na eterna novidade do Evangelho que é sempre o mesmo e, no entanto sempre inesperadamente novo e permanentemente atual. No centro do Evangelho está a mensagem da misericórdia, palavra – chave do seu pontificado. Na sua misericórdia, Deus não abandona ninguém; oferece a cada qual uma nova oportunidade e um novo começo, se houver disposição para mudar de vida e orar por isso. O santo Padre está convencido de que só, à luz do Evangelho, podemos compreender e superar este nosso mundo multiforme e pleno de contradições. Numa linguagem simples, comunicativa e dialógica o papa Francisco apela a um modo novo de ver a Igreja que deve levar a um novo estilo de vida eclesial; a que todo o povo de Deus participe na vida da Igreja: homens e mulheres, leigos e clérigos, jovens e velhos. A visão Ecuménica, Novos acentos no diálogo inter-religioso, O desafio da pobreza no mundo de hoje, os Ideais da Europa, …são ainda capítulos deste livro testemunhando-nos os pareceres e atuações do Santo Padre. O Papa Francisco impulsiona-nos para a revolução da Misericórdia e do Amor. Cada um de nós seja interveniente nesse desafio para a transformação do mundo para melhor. Maria Teresa e Maria Fernanda 4 ▪ s . miguel da maia Equipa Paroquial de Pastoral Familiar FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA. A Equipa Paroquial da Pastoral Familiar celebrou a Festa da Sagrada Família com toda a ternura simbolizada nos paezinhos. O gesto da partilha do mesmo paozito, por todos os comensais, ao almoço ou no jantar, fez vibrar o coração recordando o gesto do próprio Jesus. Foi um paozinho carregado de simbologia. Contactos: E.P.P.F Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge 917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 914874641 - 229411492 - 910839619 www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue O PAOZINHO QUE SE REPARTIU No princípio de todas as Celebrações da Eucaristia do Dia da Sagrada Família, foi entregue um postal da Sagrada Família, com uma bela oração que foi rezada, no momento de Ação de Graças e que era da responsabilidade da Equipa Vicarial da Pastoral Familiar da Maia. Ao Ofertório, foram levados, até junto do Altar, os cestos com os paezinhos, previamente embalados em saquitos de celofane e, na fita que os fechava, ia apenso um pequeno postalzito da Sagrada Família com a seguinte mensagem: " O futuro do mundo e da Igreja passa pela Família. FESTA DAS SAGRADA FAMÍLIA 27 de Dezembro de 2015. Equipa Paroquial de Pastoral Familiar da Maia". Após a oração de Ação de Graças, os membros da EPPF levaram até junto do Celebrante os cestos dos paezinhos para ele os abençoar. À saída, quem quis pôde levar um paozinho para, em casa, partilhar com os familiares, na refeição, do almoço ou jantar. deixando a sua oferta que será aplicada em benefício dos mais carenciados. 19h00, na Igreja de Nossa Senhora da Maia. Este ano o grupo continuou a fazer a representação ("Presépio ao Vivo" com mestria e fé. A encenação teve como tema :Sonho de Natal. A peça SONHO DE NATAL fez-nos ultrapassar as coisas medianas de cada dia e fez sonhar e acolher Jesus que nasceu e que apetece pegar n’Ele ao colo e aconchegá-Lo. Pondo n’Ele o olhar, o coração salta do peito e irmana com o d’Ele. Quem elaborou os textos (Maria Luísa) de prosa e poesia, e encenou o Presépio ao vivo, lançou a plateia a pensar, neste ano santo da Misericórdia que nos tem de motivar a não ficarmos especados à espera que algo de novo apareça, mas a sermos agentes, porque é nossa missão de nos pormos a caminho de Belém e regressando de lá encandearmos o mundo. O texto convidou todos a fazerem do Natal um tempo para parar e refletir. O sonho de Natal só se torna realidade, em nós e no mundo, se o tivermos sabido celebrar. A peça, ADORAÇÃO DOS REIS MAGOS EM BELÉM como a do Natal, foi seguida, com muita atenção, por todos e um ou outro com emoção. A representação,ao vivo,do Sonho de Natal e do episódio dos Magos, vai ser relembrada. A Eucaristia, das 19h00 da Festa dos Reis teve a presença do Grupo Coral de Sanfins de Piães, do concelho de Cinfães, A Equipa Paroquial da Pastoral Familiar ,com profunda satisfação, que se uniu ao nosso Coro Stab nos cânticos litúrgicos. agradece à comunidade paroquial a generosidade da oferta Foi tudo belo, harmonioso e BOM. solidária na partilha dos pãezinhos, na qual foi apurado, no total Todos estão de Parabéns : encenadora, atores e cantores das quatro Eucaristias da Festa da Sagrada Família ,o valor de 713,58 euros a ser aplicado em benefício dos mais carenciados . Que o Senhor recompense a todos os que contribuíram REPRESENTAÇÃO DE NATAL E REIS Desde há muitos anos,perto de 25,que temos celebrado o Natal de Jesus com uma encenação alusiva ao Seu Nascimento. Os atores são escolhidos da Assembleia Celebrante. A vontade é tal que assimilam o texto e “as posições em cena” que encantam todos quantos participam na Eucaristia das s . miguel da maia ▪ 5 SEM PRESÉPIO NÃO É NATAL Primeira manhã de férias de Natal… não queríamos chuva, eu e meu irmão, para podermos ir apanhar musgo para o Presépio. A casa dos meus pais tem um bom jardim, mas não tinha musgo para o Presépio, a minha mãe varria frequentemente as ruinhas entre os canteiros e meu pai era primoroso no seu cuidado, tinha nele o seu passatempo preferido. Foi com meu pai que aprendi a gostar da jardinagem, ele reservou-me um cantinho quando comecei a ter curiosidade pelo semear e plantar flores e, nele plantei o meu alecrim, que de reprodução em reprodução veio para a minha casa na Maia onde cresceu frondosamente, e do qual dou para a igreja para o domingo de ramos. Íamos, portanto, pelas redondezas da casa, naquele tempo, na zona das Antas, ainda havia muito terreno de monte e muitos campos agrícolas. Regressávamos muito contentes para fazer o Presépio, todos os anos diferente no que tocava a “ montes e vales”, e caminhos para – na nossa imaginação - os pastores e reis percorrerem. O meu pai, quando chegava á noite do trabalho, dava-lhe o retoque final, colocando uma luzinha coberta a papel celofane vermelho para dar uma luz quente ao interior da cabana que acolhia as principais figuras do Presépio. O Menino Jesus, de tanto O acarinharmos, foi ficando com algumas mazelas nas mãozinhas e pezinhos. A minha mãe também vivia com muita alegria o Natal, decorava a casa com motivos natalícios e ajudava a enfeitar o pinheiro de Natal. Era tarefa muito minuciosa para nós enfiar nas extremidades da caruma do pinheiro as minúsculas bolas de vidro chamadas contas, e era uma alegria esperançosa pendurar os bonecos de chocolate, quantos mais melhor seria… Na véspera de Natal, cedo, de manhã, após a vinda da padeira a minha mãe ia aos nossos quartos dar a noticia de que já tinha o cacete para as rabanadas e nós saltávamos fora da cama e aprontávamo-nos, rápido, para ir para a cozinha ajudar a passar as rabanadas no açúcar com a canela, desejosos que alguma se partisse para ser de imediato provada, senão, teríamos que esperar o resto do dia até que na ceia Natal chegasse a vez da doçarada. O Natal foi sempre vivido com muita alegria, muita felicidade, e muita Fé pelos meus pais. E tudo isso nos foi passado. Antes de nos deitarmos, quando já estava arrumada a cozinha, íamos colocar um sapatinho em cima do fogão para no dia de Natal, ao acordar, ver se lá tínhamos algum presente. Era mágica aquela manhã e não era o pai natal. Nem se falava dele em nossa casa. Os meus pais disseram-nos, sempre, que havia a Festa de Natal porque Jesus tinha nascido e eles rezavam-Llhe para que lhes desse saúde para poderem trabalhar e ter dinheiro para nos poder dar uma prendinha no Natal. Ainda tenho a boneca que recebi quando tinha dois anitos. E assim, foi mais uma forma de nós irmos sabendo, em pequeninos, que Jesus era Alguém muito importante, que era bom rezar-Lhe e que Ele ouvia…e nessa vivência era muito lindo ir á missa de Natal porque lá era a casa do Menino Jesus, o lugar da maior festa porque a igreja ficava totalmente cheia de gente que cantava cânticos muito belos… e, o momento mais aguardado, tão bonito e bom, era beijar o Menino Jesus no fim de todas as Missas do Tempo de Natal. Também por ser uma festa tão importante, ves6 ▪ s . miguel da maia tia-se roupa nova que ainda mais aumentava a alegria. O Natal continua a ser, para mim, o tempo mais belo de todo o ano. Nada o supera. Tudo fica mais bonito, nas casas, nas ruas, no mundo. Nada mais tem a beleza e a alegria do Natal. E porque celebro o Natal com a alegria e a emoção de festejar o aniversário Daquele que é mais importante para mim, porque veio ao Mundo para que eu O ame porque Ele me ama, para me conduzir se eu O quiser seguir, para me iluminar se eu O escutar, para me dar a vida eterna porque Ele é a minha verdade, quero ser-Lhe grata e colocá-Lo, em primeiro lugar, em tudo o que faço e sinto no tempo de Natal. Por isso, me preocupo e cuido para que na Missa de Natal haja algo mais, que nos faça ter mais algum tempo e mais alguma mensagem que nos leve a parar, nem que seja por breves instantes, e a refletir que verdadeiramente celebramos no Natal a vinda de Jesus que deseja ser acolhido e permanecer no coração de cada um. Mas, sem a boa vontade e sacrifício de umas pouquinhas pessoas, esse meu desejo nunca seria possível, por isso, para os que colaboraram na encenação do Presépio ao vivo deste Natal e Festa da Epifania do Senhor, eu peço a Jesus que os recompense pelo seus gestos de disponibilidade, coragem e humildade, pois bem sei que não é fácil apresentarem-se á frente de uma assembleia tentando dar alguma vida, em figuras de Presépio, a um texto que lhes foi apresentado numa noite e, em menos de três horas, fica ajustado o que cada um vai ler ou dizer e como o fazer, dentro das limitações e condições do espaço que não é um palco, pelo que nem sequer o nome de ensaio é certo dar-se á simples preparação que é possível fazer-se. A todos o Senhor conceda um Ano de 2016 pleno de bênçãos na alegria da Sua Misericórdia. Maria Luisa C. M.Teixeira Homilia na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus - ANO NOVO -DD.António Francisco 1. Iniciamos o Novo Ano, aconchegados pelo ambiente de festa e envolvidos pela alegria que o Natal nos deu, ao celebrarmos o nascimento de Jesus, Filho de Deus. Realça-se na liturgia desta celebração do dia primeiro do ano a figura da Mãe de Jesus. Este é o dia para que, ao longo de todo o ano, a humanidade, que nós somos, possa encontrar a presença divina impressa na ternura de Santa Maria, Mãe de Deus. Pensamos, neste dia, com particular afeto e sentida gratidão em todas as mães, as nossas mães e as mães em todo o mundo: mães felizes de filhos felizes; mães ansiosas em momentos de dúvidas e de interrogações face ao futuro dos filhos; mães feridas pela dor diante da doença ou da morte dos filhos; mães sem trabalho, sem terra e sem teto para os seus filhos; mães heroicas que vencem desânimos em horas de incerteza e de insegurança; mães discretas mas presentes, mesmo quando os filhos estão distantes. Se não respeitarmos as mães dificilmente teremos quem cuide da humanidade. Se não afirmarmos o valor sagrado e não defendermos a missão insubstituível da maternidade e da paternidade colocamos em risco a essência da vida e pomos em perigo o futuro da própria humanidade. As mães são berço e regaço; são abrigo e escola; são dom que não se retribui e bênção que nunca se esgota; são porta de casa aberta para nos acolher e mesa de família preparada para partilhar o pão, a alegria, a serenidade e a paz. Obrigado mães! 2. A Igreja começa, cada ano, sob o signo da paz, vivendo desde 1967, por vontade expressa de Paulo VI, o dia 1 de janeiro como Dia mundial da Paz. O Papa Francisco, a exemplo dos seus antecessores, enviou-nos uma oportuna mensagem para este dia, sob o título: “Vence a indiferença e conquista a paz”. Ele dirige esta mensagem a todos nós, consciente de que “a paz é dom de Deus, confiado a todos os homens e mulheres, que são chamados a realizá-lo” ( Mensagem, n.º 1). Nesta mensagem, o Papa Francisco não esconde, não ilude nem ignora as muitas situações dolorosas que a humanidade viveu em 2015. Basta lembrar os atentados terroristas de Paris e de Bruxelas, as guerras intermináveis da Síria, do Iraque ou da Ucrânia, as perseguições dos cristãos martirizados na Nigéria, na Índia e em tantos outros lugares do mundo e as vagas contínuas de refugiados, que batem à porta da Europa. Apesar de tudo isso, o Papa convida-nos a “conservar as razões de esperança”, a “vencer as formas de indiferença”, a não deixar “ameaçar a paz pela indiferença globalizada”, a sabermos passar “da indiferença à misericórdia pela conversão de coração”, a “fomentar uma cultura de solidariedade e misericórdia para se vencer a indiferença”, consciente de que a paz só pode ser “fruto de solidariedade, de misericórdia e de compaixão” ( Mensagem para o Dia da Paz, 2016). 3, Somos, igualmente, convidados pelo Papa Francisco a viver este ano com o espírito do Jubileu da Misericórdia e somos “chamados a cumprir gestos concretos, atos corajosos a bem das pessoas frágeis da sociedade, como os reclusos, os migrantes, os desempregados e os doentes (Mensagem, n.º 8). Bastava que houvesse na nossa cidade apenas um recluso, desempregado, refugiado, emigrante ou doente, para que tudo fizéssemos por ele. Mas são mais de 3. 500 os reclusos nos estabelecimentos prisionais sedeados na área da nossa diocese; os Centros Hospitalares do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Penafiel e de Santa Maria da Feira estão ocupados por inteiro e ás vezes mesmo superlotados de doentes; aumentou a emigração de gente nova, cheia de talento, que partiu para o estrangeiro, levada pelo sonho e pela aventura mas sobretudo pela falta de trabalho em Portugal; continuam a chegar migrantes do interior do nosso país e imigrantes vindos de outros países do mundo; começamos já a receber as primeiras famílias de refugiados da Síria, a quem devemos acolher como irmãos e respeitar na sua dignidade e diferença; temos pobres que diariamente batem à porta das nossas casas, paróquias e instituições a pedir pão, a procurar casa e a sonhar trabalho. Felizmente não faltam nesta nossa terra de gente solidária, pessoas de bem em grande número, com imensa generosidade e reconhecida competência, que trabalham com alegrias em todas as fronteiras de missão, a que se juntam milhares de voluntários criativos, bem formados e interventivos. Este é, por isso, um dia de gratidão e de bênção! Uma bênção pedida a Deus e d’Ele recebida, como nos lembrava, na primeira leitura, o Livro dos Números: “O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz” ( Num 6, 22-27). 4. O Papa Francisco afirma, ao abrir a sua mensagem: “Deus não é indiferente; importa-lhe a humanidade! Deus não a abandona!”(Mensagem, n.º 1). Seja assim connosco, também: importa-nos a humanidade! No seu melhor e no seu pior! Queremos servir a humanidade, chão e tempo por nós habitado, com gestos de bondade, de misericórdia e de compaixão! Com a procura do perdão, o esforço da reconciliação, a magnanimidade da misericórdia e o dom sublime da paz. Importa-nos a humanidade no melhor do seu coração em tanta gente de bem, em tantos servidores irmãos dos pobres, em tantos governantes e educadores, genuinamente atentos e permanentemente preocupados com a dignidade humana e com o bem comum. Importa-nos a humanidade na capacidade encontrada em tantas instituições e pessoas para ir a todas as periferias, sentar à sua mesa os pobres, cuidar dos doentes, alavancar os frágeis, corrigir os que erram e sofrer com paciência as injúrias do próximo. Importa-nos a humanidade porque tocamos aí a carne sofredora de Cristo e o peso doloroso da cruz redentora nos que sofrem a indiferença, a infâmia e o ódio. Importa-nos a humanidade quando corre sangue humano no interior de casas agredidas pela violência doméstica, quando sofrem os inocentes magoados pela pobreza, pela doença, pela injustiça e pela guerra, porque Deus não a abandona, mesmo que nos possa parecer que nessas horas está distante, silenciou a sua voz ou não ouve o nosso clamor. Importa-nos a humanidade, esta humanidade, de que é feita também a Igreja, esta amada Igreja do Porto, convidada a viver um Ano santo da Misericórdia, decidida a ser Igreja de discípulos missionários, compassivos e pacíficos e determinada a fazer da “Alegria do Evangelho a nossa Missão” e a proclamar: “Felizes os misericordiosos!” Importa-nos a humanidade, porque na nossa humanidade está Deus, que nos enviou o seu Filho e O fez membro da humanidade que nós somos. 5. Rezo e rezamos todos a Santa Maria, Mãe de Deus e Rainha da Misericórdia e da Paz, para que nos conceda um ano de bênção e que aconchegue a si os filhos mais frágeis e pequeninos, acalente os mais ansiosos e desanimados, fortaleça os mais débeis e inconstantes. recompense os misericordiosos, incentive os construtores da paz e faça surgir no terreno fecundo da nossa diocese servidores da messe. Faço minha e de todos nós a oração do Papa Francisco, ao concluir a sua mensagem para este dia:“Confio à intercessão de Maria Santíssima, Mãe solícita pelas necessidades da humanidade, para que nos obtenha de Seu Filho Jesus, Príncipe da Paz, a satisfação das nossas súplicas e a bênção do nosso compromisso diário por um mundo fraterno e solidário” ( Mensagem n.º 7). Feliz e abençoado Ano Novo! Porto, Sé Catedral, 1 de janeiro de 2016 António, Bispo do Porto s . miguel da maia ▪ 7 Um desafio diferente O lecionário é o livro a partir do qual se realizam as leituras, em forma ordinária, sempre no Ambão. Os lecionários, tip“A tradição já não é o que era”, ouvimos muitas vezes nos nossos círculos, nas mais variadas vertentes e contextos. No entanto, há coisas que ainda se procuram manter, e o canto das Janeiras na nossa Comunidade é uma delas. Nesta versão 2015/2016, fruto de uma passagem de testemunho algo forçada, infelizmente, assistimos a uma renovação da equipa destinada a preencher as ruas da nossa Comunidade, com o seu cantarolar. Assim, a complementar parte da espinha dorsal da Equipa dos anos anteriores (e que muito nos enriqueceu e foi útil pela sua já longa experiência nestas andanças), foram também desafiados a tomar parte os “Cracovitos”, um grupo de catequizandos que desde 2013 se foi formando e se vai preparando, a passos largos, para participar nas próximas Jornadas Mundiais da Juventude, em Julho de 2016, em Cracóvia (daí o nome carinhosamente designado a este grupo). No entanto, este desafio lançado aos elementos deste grupo de adolescentes, não deixou de ter um propósito muito claro para todos: o de retribuir, com a nossa entrega e empenho nesta missão, a generosidade a toda a nossa Comunidade, que desde os finais de 2013 muito nos tem apoiado e contribuído para a concretização do sonho de estarmos, no próximo mês de Julho, com o Papa Francisco, em comunhão com toda a Igreja juvenil do Mundo. Desta forma, imbuídos neste espírito de retribuição, e à data em que escrevo este artigo, percorremos até agora 9 dos 10 itinerários habituais, procurando animar as noites de todos aqueles que alegremente nos foram abrindo as portas ou as janelas para nos ouvirem e retribuírem, tendo sido amealhados até à data 1383,03€. Como referido no início deste texto, este ano o grupo passou por um processo de transição, devido à indisponibilidade do Sr. Machado em continuar a coordenar este desafio. Porém, pese embora esse constrangimento, não deixou de nos apoiar e auxiliar nesta transição, tendo-nos fornecido as quadras que entoamos ao longo destas noites. Por isso, tal como disse no primeiro dia, 20/Dezembro, junto ao Lar do Comércio, antes de começarmos a ronda inicial, partimos para o cumprir desta tradição com a nossa Comunidade em mente, e em particular alguém muito especial na mesma, o Sr. Machado. Procuramos honrar dignamente e o melhor possível esta tradição e o legado deixado. Por fim, resta-me deixar três pedidos. O primeiro de desculpa, se ao longo desta jornada podemos ter sido, nalgum momento, menos cuidadosos ou mais apressados. E também por não ter sido possível anunciar, de forma mais antecipada, as datas em que sairíamos à rua. O segundo e o terceiro de agradecimentos. Um muito obrigado a todos aqueles que generosamente contribuíram para nos ouvirem, assim como aqueles que nos abriram as portas das suas casas e nos convidaram a entrar, brindando-nos com pequenos “banquetes”. E, em especial, um grande obrigado a todos os que da Equipa deste ano tomaram parte, aceitaram o convite e não faltaram à chamada: à espinha dorsal que nos soube encaminhar, ajudar e acolher com a sua experiência; aos mais novos que compreenderam e aceitaram o repto de retribuir a generosidade que ao longo do tempo também vamos recebendo; e finalmente, permitam-me a distinção, ao Ricardo Branco. Não por ser alguém fora de série, ou mais importante do que qualquer outra pessoa. Mas por não ter deixado de ser sensível ao meu pedido de cooperar connosco, com o seu acordeão. Porque sem acordeonista, as Janeiras não se deixariam de se fazer, mas certamente não seriam a mesma coisa. Em nome desta Equipa renovada, o meu muito obrigado! João Bessa Convívio de Natal Realizamos no passado dia 29/Dezembro, a convite do Grupo de Acólitos de Gemunde, um almoço de convívio entre ambos os Grupos dos Acólitos, na Casa Paroquial junto à Igreja de Gemunde. Um convívio sempre especial, por juntar os Grupos de ambas as Paróquias do Padre Domingos. Almoçamos divertidamente juntos, tendo a oportunidade de conhecer assim, mais um pouco, os nossos acólitos irmãos. De seguida, comandados pelo Padre Domingos, fizemos um simpático passeio por Gemunde, tendo tido a oportunidade de visitar a Campa do Preto e conhecer paisagem muito diferentes do que estamos habituados. Na Campa do Preto, foi-nos ainda explicada a razão de aquele sítio se chamar Campa do Preto. Por fim, só faltava algo, tendo feito uma alegre visita à casa dos nossos acompanhantes, percebendo assim a beleza da Igreja de Gemunde. Assim, com este acontecimento, acabamos por conhecer e conviver com novas pessoas, pessoas com a mesma missão, com a mesma paixão, colegas, acabando por fazer novos amigos, saindo com a confiança reforçada que de que sempre que precisemos teremos a Paróquia de Gemunde ao nosso lado. Sofia Farinha 8 ▪ s . miguel da maia Retiro Missionário O retiro dos colaboradores e amigos dos Missionários Combonianos realizou-se na Maia, do dia 11 a 13 de dezembro, durante o Advento. Participaram neste retiro mais de 40 colaboradores, vindos de várias paróquias da diocese do Porto e alguns vindos de Vila Nova de Famalicão. O retiro foi dirigido pelo P. Dário e P. Martins com o apoio do Ir. Valentim e a preciosa colaboração do Cenáculo do Oração Missionária “A Semente” de Águas Santas, Maia. Do início até ao fim do retiro criou-se um ambiente de amizade e de grande fraternidade entre todos os participantes e um clima de oração e de profunda espiritualidade missionária. Reflectimos sobre o sentido da nossa fé como encontro pessoal com Jesus Cristo e escutámos a voz de Jesus que bate à nossa porta e nos convida a abrir as portas do nosso coração e a fazer uma festa com Ele. Escutámos as palavras amigas do papa Francisco: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação em que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar.” Reflectimos também sobre a caminhada que somos convidados a fazer durante o Ano Santo da Misericórdia, procurando pôr direito aquilo que está torto nas nossas vidas e sermos misericordiosos uns com os outros como o Pai é misericordioso connosco. Tivemos ocasião de partilhar entre nos os aspectos principais da espiritualidade comboniana, meditando sobre a vida de São Daniel Comboni e da importância que a espiritualidade da cruz, do coração de Jesus e do Bom Pastor teve na vida deste grande missionário. Tivemos momentos fortes de silêncio, de adoração e de reconciliação que encheram os nossos corações de alegria e de paz. Muito bonito foi o vídeo missionário e o diaporama sobre o trabalho missionário do P. Dário na Zâmbia, que nos ajudou a abrir os nossos horizontes às necessidades do mundo inteiro e a manter vivo o espírito missionário nos nossos corações. Um obrigado especial vai para o grupo do cenáculo “A Semente” que nos ajudaram com muita alegria e inspiração na orientação da liturgia e dos momentos de oração. Fica o apelo a todos os amigos a participarem nos retiros missionários. São momentos inesquecíveis P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano 2016: VAMOS ACABAR COM A INDIFERENÇA! Ao começar o novo ano de 2016, veio-me à memória uma canção de que eu gostava muito e que marcou a minha juventude:“Vemos, ouvimos e lemos; não podemos ignorar”. É verdade, não podemos ignorar as imagens que todos os dias entram em nossas casas através dos meios de comunicacão social: imagens de guerra e de violência, de miséria e de fome, de pessoas marginalizadas e oprimidas, vítimas de uma brutalidade sem limites. São imagens que espelham bem o mundo cruel e deshumano em que vivemos, um mundo injusto e cheio de desigualdades. Perante tal situação sentimo-nos tristes, revoltados e impotentes sem saber o que fazer. O pior é que, à força de vermos tanta desgraça, acabamos por nos tornarmos indiferentes. Na mensagem para o Dia Mundial da Paz, que todos os anos se celebra no dia 1 de janeiro, o papa Francisco convida-nos a refletir sobre o “fenómeno da globalização da indiferença” que afeta o nossa sociedade. Esta indiferença exprime-se de várias formas. A nossa sociedade faz com que muita gente viva um estilo de vida materialista, não dando importância aos valores espirituais e tornando-se, pelo menos aparentemente, indiferente para com Deus. Esta sociedade faz também com que as pessoas se tornem cada vez mais individualistas e se desinteressem dos outros. Nalguns casos, há quem esteja bem informado, mas não se preocupa com o que ouve. Noutros casos, a indiferença manifesta-se como falta de interesse pelas as situações de outras pessoas especialmente se vivem em terras longínquas e se são de outras raças ou de outra cor. Preferimos fazer de conta, continuando no nosso conforto, surdos ao grito de angústia da humanidade sofredora. Como diz o Papa Francisco: “Quase sem darmos conta, tornámo-nos incapazes de sentir compaixão pelos outros, pelos seus dramas; não nos interessa ocupar-nos deles, como se aquilo que lhes sucede fosse responsabilidade alheia, que não nos compete. Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros , não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença. Encontrando-me bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem”. Então, que fazer? É preciso ter a coragem e a vontade de mudar! O Papa Francisco lembra o episódio de Caim: “Caim diz que não sabe o que aconteceu ao seu irmão, diz que não é o seu guardião. Não se sente responsável pela sua vida, pelo seu destino. Não se sente envolvido. É-lhe indiferente o seu irmão, apesar de ambos estarem ligados pela origem comum. Que tristeza! Que drama fraterno, familiar, humano!” Deus, ao contrário, não é indiferente. Diz a Moisés: “Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto, e ouvi o seu clamor.” Deus está atento e age. Também nós, como cristãos, não podemos ficar indiferentes. Ao longo de 2016, o Ano Santo da Misericórdia, vamos todos acabar com a indiferença e trabalhar pela paz. P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano Familia, escola de afetos e proximidade Na família, é sobretudo a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, perceber olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e todavia são tão importantes uma para a outra... é sobretudo esta capacidade que nos faz compreender o que é verdadeiramente a comunicação enquanto descoberta e construção de proximidade. Reduzir as distâncias, saindo mutuamente ao encontro e acolhendo-se, é motivo de gratidão e alegria: da saudação de Maria e do saltar de alegria do menino deriva a benção de Isabel, seguindo-se-lhe o belissimo cântico do Magnificat, no qual Maria louva o amoroso desígnio que Deus tem sobre Ela e o seu povo. De um Sim pronunciado com fé derivam consequências que se estendem muito para além de nós mesmos e se expandem no mundo. Visitar supõe abrir portas, não encerrar-se no próprio apartamento, sair, ir ter com o outro. A própria família é viva, se respira abrindo-se para além de si mesma, e as famílias que assim procedem, podem comunicar a sua mensagem de vida e comunhão, podem dar conforto e esperança ás famílias mais feridas e fazer crescer a própria Igreja, que é uma família de famílias. - (Da Mensagem do Papa Francisco para o XLIX dia mundial das comunicações sociais) Com os melhores cumprimentos Mário Pires s . miguel da maia ▪ 9 NADA SUPERA O AMOR Há dias encontrei na minha gaveta de apontamentos este escrito que quero partilhar com os leitores do BIP porque se enquadra perfeitamente, neste ano da MISERICÓRDIA. Não sei a origem do mesmo: donde veio, quem é o autor do mesmo, mas como gostei muito, quero partilhar esta pequena maravilha com os leitores do BIP. O dia mais belo: o que estamos a viver hoje. A coisa mais fácil de fazer: errar. O maior obstáculo que encontramos na vida: o medo. O maior erro: o abandono. A raiz de todos os males: o egoísmo. A distracção mais bela: o trabalho. A pior derrota que sofremos: o desânimo e o pessimismo. Os melhores professores que tivemos: as crianças. A primeira necessidade: comunicar-se, abrir-se aos outros. O que nos traz felicidade: ser útil aos demais. O pior defeito que se pode ter: o mau humor. A pessoa mais perigosa que encontramos: a mentirosa. O pior sentimento que, eventualmente temos: o rancor. O presente mais belo que se pode dar: o perdão. O mais imprescindível: o lar. A rota mais rápida: o caminho certo. A sensação mais agradável: a paz interior. A maior protecção real e efectiva: o sorriso. O maior e melhor remédio: o optimismo. A maior satisfação: o resultado do dever cumprido. A força mais potrente do mundo: a fé. As pessoas mais necessárias na vida: os pais. A mais bela de todas as coisas: O AMOR! Mário Oliveira Uma prenda especial Já não tenho o entusiasmo de miúda no momento de receber uma prenda, qualquer que ela seja, de Natal, de Páscoa, de aniversário natalício, de matrimónio ou outra qualquer comemoração. Já não sonho com o que vou receber, não perco sequer tempo com isso. Não faço listas de pedidos para as prendas pretendidas, seria, acho eu, uma tolice nos tempos que correm e na idade bem adulta a que cheguei. Mas gosto muito de dar, de me rever na prenda que ofereço e de ver que a prenda é “a cara” de quem a recebe. Não sou pessoa de “dar por dar”. Aí sim, faço uma “check-list” dos gostos e “pretensões” do visado. Pessoalmente, quando sou eu o “alvo”, gosto do fascínio da surpresa no momento de abrir o embrulho, embora alguns embrulhos possam revelar em parte o seu conteúdo.Também aprecio a cara expectante de quem oferece à espera da nossa reação. Ou seja, o momento da oferta, esse ritual de dar e receber, é um momento mágico tão ou mais agradável que a própria prenda. Os olhos com um brilho especial, o sorriso largo, o abraço, o beijo e o agradecimento verbal são momentos únicos envolvidos por ternura e alegria de quem dá e de quem recebe. Quem me conhece sabe bem os meus gostos, pois claro. E esses gostos passam muito pela leitura. Assim, recebo muitas vezes livros, chego a ter uma “pilha” de livros em lista de espera para serem lidos, de “fio a pavio”. Leio tudo o que um livro pode apresentar – capa, contracapa, lombada, abas, badana, apêndice, prefácio, posfácio, número de tiragem, tradutor, etc., etc.. E… leio as imagens. Leio-as e releio-as pois “uma imagem vale mais que mil palavras”. Nos tempos que correm percebe-se bem isso, com todo o tipo de comunicação em tempo real. Deste modo, pelo Natal, o meu mano B, a minha cunhada e o meu sobrinho ofereceram-me um livro. Pois, não é um livro qualquer. É o livro Papa Francisco – Palavras e Pensamentos para a Alma, do Circulo de Leitores. O livro foi editado pelo sacerdote salesiano Giuseppe Costa. Apresenta-nos pensamentos do Papa Francisco ilustrados por fotografias com a sua presença em vários momentos e vários lugares. É fácil de ler para quem não for adepto da leitura. Pode-se ler “uma página aqui outra acolá”. Abrindo-se “à sorte” é uma surpresa a leitura da página. Lemos os pensamentos, meditamos sobre eles e lemos as imagens grande fonte de inspiração para o nosso dia-a-dia – alegria, humildade, dedicação, fé, partilha, dignidade, apoio, empenho, … E, para aqueles dias sombrios, de desânimo, de descrença e a fé vacila, em que estamos com a alma fria e perguntamos a Deus: “Porque acontece sempre a mim?”, o Papa francisco responde: “Deus não espera que caminhemos até Ele, mas é Ele que vem ao nosso encontro, sem cálculos, sem medidas. Deus é assim: Ele dá sempre o primeiro passo, Ele vem ao nosso encontro.” “Hoje, não nos esqueçamos do amor de Deus, do amor de Jesus, Ele ama-nos, Ele espera por nós. Ele é todo coração e todo misericórdia. Vamos com fé para Jesus, ele perdoa-nos sempre.” E chama-nos também à nossa condição de batizados: “A missão da Igreja é evangelizar. Não é a missão de uns quantos, mas é a minha, a vossa, a nossa missão.” Conceição Dores de Castro OPORTUNIDADE ÚNICA Estamos no ano novo, este ano será diferente de todos os outros, não é que os anos se repitam e na realidade todos são diferentes, mas este será especial pois o Santo Padre deu-nos como ano Santo da Misericordia. depois de todos os momentos formais de abertura das portas Santas desde a praça de S. Pedro até ao nosso Santuario Mariano passou algum tempo, tempo esse de muita alegria e entusiasmo, entretanto entramos no tempo de preparação para a chegada do menino Jesus e o ano novo. Passadas as festas com toda esta alegria voltamos ao normal do dia a dia. Agora é hora de pormos tudo em pratica e na verdade começa por abrirmos as portas do nosso coração. Chegou a hora de pormos as obras de Misericordia em pratica que são 14, 7 corporais e 7 espirituais, todas elas se complementam de uma forma muito harmoniosa, mas para as pormos em pratica é preciso sermos radicais com o modo de vida ocidental, mas só assim seremos capazes de sermos activos numa sociadade cada vez mais amorfa e egoista do tipo, não é comigo não interessa. Neste Ano Santo, oportunidade unica para lutarmos por ser diferentes e comerçarmos a ser uns verdadeiros cristãos. Portas do coração abertas e obras da Misericordia a ser postas em pratica o nosso coração entrará numa outra festa o menino Jesus começa ali a nascer, motivo de grande alegria e entusiasmo, assim estaremos prontos para um novo ano e uma nova vida. num mundo que exige riscos, temos de ser fortes e não esquecer que no Amor de Deus todo é possivel. Não podemos esquecer que o amor, a solidariadade e a fraternidade são razões que valem a pena viver e levar a todos, para que um dia a humanidade acredite que na partilha atingiremos a felicidade e plenitude de Deus. José Carlos Noval Um Santo E Feliz Ano Novo 10 ▪ s . miguel da maia Ano santo da Misericórdia e natal - em Imagens s . miguel da maia ▪ 11 Noticias dos Escuteiros O Natal do Agrupamento 95 – Maia Mais uma vez a Família Escutista do nosso Agrupamento, reuniu-se a 19 de Dezembro para Celebrar o Natal. A Escola D. Manuel II foi o local escolhido para receber cerca de 220 pessoas, Escuteiros, familiares e amigos do 95 – Maia numa ceia de Natal que continua a ser uma tradição. A Sra. Deputada da Assembleia da República, Dra. Emilia Santos presenteou-nos com a sua presença amiga e simpática durante a apresentação das músicas, teatro e danças que os nossos talentosos e criativos Escuteiros apresentam no palco. Também o Sr. Presidente da Câmara da Maia, Eng. Bragança Fernandes e o Sr.Vice- Presidente Eng. António Tiago, estiveram connosco para nos deixar a sua Mensagem de Natal. É sempre bom receber palavras de incentivo e de apreço pelo Escutismo na Maia vindas de quem tem nas mãos a responsabilidade pela Autarquia.A Presidente da Junta de Freguesia Cidade da Maia, Dra. Olga Freire e membros do Executivo da Junta, estiveram connosco durante o jantar num gesto de amizade e simpatia para com o Agrupamento 95- Maia. Foi uma festa de verdadeira alegria, com a Ceia a ser servida pelos nossos jovens Pioneiros e Caminheiros que nestes momentos se mostram disponiveis e desempenham muito bem as tarefas que lhes são pedidas. Aos Pais, familiares e amigos que nos brindam sempre com a sua presença o nosso Bem - Haja por celebrarem connosco este tempo de Fraternidade e União. Luz da paz de Belém Nada melhor para começar o Ano - Novo, do que a partilhar a Luz da Paz de Belém! Esta Luz que nos chega da Gruta da Natividade em Belém, através dos Escuteiros Austríacos que depois a partilham com várias delegações de Escuteiros de países Europeus e Sul Americanos, que posteriormente a levam para os seus Agrupamentos, as suas Paróquias, as suas Comunidades, em sinal mensagem de Paz. Esta Luz não se apagou desde a saída de Belém até chegar até nós, dias antes do Natal numa cerimónia no Mosteiro S. Bento da Vitória, onde a fomos buscar, e que depois a partilhamos na Missa do dia 3 de Janeiro, no Santuário N. Sra. do Bom Despacho. “Recebei este Luz da Paz que nos chega desde Belém e partilhai-a com cada pessoa que encontrardes. Que este gesto de partilha leve o amor do Menino Deus a todos quantos a recebam e, através dela, a sua mensagem de Paz e Salvação.” Por uma Juventude Melho - Palmira Santos Da APARF (Ermesinde) Vimos por esta forma manifestar, 0 nosso reconhecimento pelo acolhimento de Vossa Reverencia e da Comunidade Cat6lica da Mala, relativamente a accao de sensibilizacao e recolha de donativos a favor dos nossos irmaos que padecem de lepra e vitimas de "todas as lepras" [cf Raoul Follerau). o montante dos donativos recebidos ascendeu a 1 248,17 € Carlos Santos Ano santo da Misericórdia e natal - Em Imagens 12 ▪ s . miguel da maia E assim também se faz comunidade A Igreja de Nossa Senhora da Maia acolheu no dia 26 de Dezembro, sábado à noite, um dia após o dia de Natal, um concerto solidário pelo Coral Infantil Municipal dos Pequenos Cantores da Maia. Foi um momento extraordinário de partilha fraterna entre todos os que lotaram por completo o Templo. Embora a entrada fosse livre, as pessoas eram convidadas a doar às conferências vicentinas, alimentos embalados, para posterior distribuição a famílias carenciadas do concelho da Maia. Segundo os dados que foram tornados públicos, os vicentinos que receberam as dádivas, recolheram mais de 700 kg de géneros alimentícios, entre massas, farinhas, arroz, açúcar, óleos alimentares e conservas várias. O concerto foi um pretexto, para que uma comunidade aderisse em força ao apelo da doação fraterna, que os vicentinos quotidianamente fazem aos benfeitores. Com alegria e muita musicalidade, as crianças e jovens que integram o Coral Infantil Municipal nunca esqueceram que o lugar onde estavam em concerto é consagrado a Nossa Senhora da Maia, e mantiveram permanentemente uma postura de grande respeito pela dignidade do Templo. O programa também foi alinhado com total preocupação por essa dignidade, e só integrou temas natalícios, em que a mensagem semântica era de inspiração Cristã, essência da celebração do Natal. Ali se ouviu desde “Avé Maria” de Giulio Caccini, até ao célebre “Panis Angelicus” de César Frank, passando por “Adeste Fidelis” de D. João IV, Rei de Portugal, além de muitos outros temas originais que integram o repertório privativo desta instituição artística que está a comemorar 25 anos de carreira. Uma só palavra para expressar um sentimento final Perdoar-me-ão os leitores, que me dirija a vós, na minha qualidade de Diretor Artístico desta instituição municipal, mas que melhor meio poderia ter para expressar tudo quanto quero dizer-vos, senão as páginas do S. Miguel. Caríssimos leitores, só encontro uma palavra muito singela para expressar a minha gratidão pela experiência partilhada com a comunidade paroquial de S. Miguel da Maia, e claro com muitas outras pessoas que ali estiveram connosco. Obrigado!... - Ao Senhor Padre Domingos Jorge por ter a compreensão sensível da importância da realização de manifestações artísticas, permitindo que elas se realizem na Igreja de Nossa Senhora da Maia, um espaço dotado de excelentes condições acústicas para a prática deste género de Música, e com uma elevada capacidade de acolhimento de pessoas, como ficou provado neste concerto. Obrigado!... - Ao Senhor Presidente da Câmara e Patrono dos Pequenos Cantores da Maia, Eng.º António Bragança Fernandes, que permaneceu no evento desde o início até ao final, sempre acompanhado pelo Senhor Vice-Presidente e membro da nossa paróquia, Eng.º António Silva Tiago, com os quais permaneceu igualmente até ao fim, a Deputada na Assembleia da República, Dr.ª Emília Santos. Obrigado!... - Ao Senhor Presidente da Comissão de Festas da paróquia, Eng.º Joaquim Alberto Marques, e na pes- soa dele, a todos os membros daquele organismo paroquial, pelo honroso convite que nos endereçou há quase um ano, empenhando-se para que o concerto se realizasse com todas as condições necessárias. Obrigado!... - Ao Senhor Presidente do Conselho de Zona das Conferências Vicentinas, José Manuel Sousa, e na pessoa dele, a todos os vicentinos da Maia, pela oportunidade que nos deram de contribuir proactivamente para o seu trabalho de benfeitoria, e de nos ajudar a educar as crianças e jovens, para uma cidadania fraterna e solidária. Obrigado!... - Ao jovem Pedro Sousa, pelo empenho e dedicação que teve, para nos proporcionar as melhores condições técnicas de som e luz, tendo conseguido fazer um bom trabalho, apesar dos naturais condicionamentos de horário, sem embargo dos quais, conseguiu montar, sozinho, todo o equipamento em tempo recorde. Obrigado!... - Aos pais dos Pequenos Cantores da Maia, e muito em particular à sua Associação, sem cuja preciosa colaboração e cooperação seria impossível concretizar todo um projeto que é fruto de um trabalho de equipa. De uma equipa constituída pelos artistas, pelos pais e naturalmente sob a coordenação dos seus maestros. Obrigado!... - Á minha família, por todo o apoio de retaguarda que dá, seja na criação artística, como na preparação atempada de pormenores e detalhes que acabam sempre por se revelar de suma importância, num trabalho que requer planeamento, ponderação e disciplina, e que é quase sempre realizado no sossego do meu lar. Fazer comunidade Recordo as palavras finais do Senhor Padre Domingos Jorge – “são vozes de anjos…”. Inspirado por esta expressão, dei comigo a pensar como a Música, enquanto linguagem de Paz e harmonia entre os povos e as pessoas, pode tornar-se num fator de congregação de boas vontades. Dei também comigo a pensar que as várias centenas de pessoas que ali estiveram naquela noite, para ver e ouvir os Pequenos Cantores da Maia, não pensam todas da mesma maneira, não são iguais na forma de ver, ser e estar no Mundo, pertencem certamente a extratos socioeconómicos diferentes, enfim, fazem parte de uma sociedade cuja riqueza é precisamente a sua diversidade. No entanto, houve dois ou três laços que as uniram naquela noite. Desde logo o gosto pela Música, depois a temática do Natal musicalmente interpretada, que é uma forma complementar de o celebrar, e por fim, a vontade, a boa vontade, de ter um gesto fraterno de partilha, e ter uma dádiva para com os vicentinos, ajudando através deles, famílias que precisam de auxílio, por estarem a experimentar dificuldades com as quais têm de arrostar, por circunstâncias várias da sua vida. São laços como estes que tornam a nossa comunidade mais coesa e firme no sentido de pertença que a todos nos irmana. Por fim, um último - Obrigado!... Um obrigado final, a todas as pessoas que na noite de 26 de Dezembro de 2015 estiveram na Igreja de Nossa Senhora da Maia e tomaram parte deste momento de construção da nossa comunidade concelhia, considerando que o fruto do trabalho dos vicentinos, naquela noite, servirá para atender a carências de famílias dispersas por todo o concelho da Maia. Se me pedissem para dar um novo nome a este concerto, chamar-lhe-ia o Concerto da EsVictor Dias perança!... s . miguel da maia ▪ 13 um ano bom Ano Novo. 365, este ano de 2016, 366 dias de oportunidades, li numa das muitas mensagens que circulam nas redes sociais. Também li uma outra, em formato de banda desenhada, que remete para o desejo do ano novo ver as pessoas renovadas, em resposta ao desejo antigo que seja o ano novo a trazer a mudança. De verdade, esta é a forma mais fácil de pensar. Contudo, estar à espera que seja o ano novo a fazer todo o trabalho não me parece justo. Sinceramente, acredito que em todos reside, nem que seja muito ténue, a esperança na mudança, por intrinsecamente acreditarmos que a novidade pode ser boa. Queremos acreditar, enquanto fazemos a contagem decrescente para o novo ano, que no virar de mais um ano, também haverá viragem na nossa vida, resolução para alguns problemas, desfechos felizes para algumas dificuldades, dias felizes, como gosto de desejar, planos e sonhos concretizados… E mesmo que, por segundos, possamos pensar que tudo isso virá com o facto de termos deixado para trás outros tantos dias, lá no fundo, sabemos bem que muito vai depender de nós. E aí, a nossa forma de estar no mundo, como nos posicionamos, aquilo que acreditamos e como nos movimentamos interferem imensamente em como vamos viver o elenco de dias que nos é oferecido pela passagem do ano. Os dias que compõem o novo ano são dias que vão exigir de nós, tal como outros dias o exigiram. São dias exigentes, pois, por entre muitos outros motivos, não vivemos isolados. Vivemos num processo de relação com os outros. E muitos de nós, numa relação com Deus. Nesta relação com Deus, acreditamos que existe alegria e esperança na Boa Nova que é Jesus. Numa lógica muito semelhante à lógica que sustenta a esperança na novidade e na mudança. E esta relação pode precisar de ser revista também. A nossa relação com Deus, a nossa fé em Jesus Cristo, a Boa Nova, também terá momentos melhores e momentos em que a nossa humanidade não nos permite entender ou nos dificulta o processo de aceitação daquilo que nos vai acontecendo. E talvez por isso, o nosso caminho, nas diversas dimensões que vivemos e nos diferentes papeis que desempenhamos, se pontua pela alegria e pela tristeza, pelo optimismo e pelo pessimismo, pela luta e pela inércia, pela força e pelo desânimo, pelo altruísmo e pelo egoísmo, sempre numa tentativa que este seja um caminho perturbador desta ordem que vende não a felicidade centrada no que temos mas, que, no fim de contas, vende a infelicidade centrada no desejo desmedido de ter o que não podemos e, sobretudo, o que não precisamos. Tal como já o fiz no Facebook, desejo que tenhamos a sensatez e o discernimento para, naquilo que depender de nós, fazermos de 2016 um ano excelente. Feliz 2016. Paula Isabel Bem-vindo Ano Jubilar da Misericórdia São catorze as Obras de Misericórdia, sete corporais e sete espirituais. Nelas estão contidos ensinamentos que duma forma simples podemos e devemos pôr em prática. Associando-as aos vários eventos mensais, vou à minha humilde maneira, tentar fazer uma reflecção durante este Bendito Ano Jubilar da Misericórdia -Por causa de tanta discórdia… O que mais é preciso é Misericórdia! -Por causa de tanta ganância O que mais é preciso é tolerância! -Por caus de tanta avareza O que mais é preciso é pureza! -Por causa de tanto abuso O que mais é preciso é bom uso! -Por causa de tanto terror O que mais é preciso é amor! -Por causa de tanta barbaridade O que mais é preciso é piedade -Por causa de tanta pobreza O que mais é preciso é riqueza! -Por Deus e por sua Glória Bem-Vindo Ano Jubilar da Misericórdia. Janeiro de 2015 As dores do Réveillon Terminadas a eleições É ver aquele que mais finge Para um Réveillon à maneira No final de dois mil e quinze Num: “Pois agora mandas tu… …Pois agora mando eu!? -Mas afinal, por que razão Não mandas tu e mais eu? 14 ▪ s . miguel da maia Em matéria meteorológica Esteve um ano bestial Com incêndios e bom tempo Mesmo quase até ao natal Houve a “caixa misteriosa” E as quezílias de “Jesus” E a saúde. Periclitante Foi para mim uma cruz. 2015-12-14 Em Paris. A Cimeira do clima Com representação mundial Conseguiu um bom acordo De compromisso universal -Se acaso não for prá gaveta Como tem sido habitual! Não há dúvida que o mundo teve Uma boa “Prenda de Natal”!? A debandada Magrebina Pelo Mediterrâneo jazida Para alguns foi madrasta Para muitos foi vencida Vindos da terra do ódio Da raiva, destruição e do mal Como será o Réveillon De quem desconhece o Natal? 2015-12-17 Chegam de carteira farta Turistas em bons fluxos Porque este país encarta Condições de altos luxos Mas este país é o mesmo Que a quem fugiu, a sor te Neste Natal e Réveillon Dá asilo e passaporte . 2016-01-01 13/11/2015 A chacina Parisiense Em sete locais diferentes Parece uma guerra aberta A desafiar combatentes São mais de 130 mortes E cerca de 350 feridos Chorados no Natal e Réveillon Por familiares e amigos. Há atitudes sem arte Das quais o credor não gosta Como as declarações sobre a TAP Feitas por António Costa O Senhor Primeiro Ministro Se quer ganhar a aposta Não pode fazer o Réveillon Com quem “à parede” encosta!? Nas enchentes do Réveillon O IVA não teve influência Porque as reser vas são feitas Com muita antecedência As maiores praças das cidades Tiveram muita afluência De gente esquecida da crise Ou para esquecer a carência! Terminadas as canseiras Das folias da passagem Que pra uns foram d’alegrias Pra outros de pura miragem É melhor levar a sério O que vem na atrelagem Pois dos próximos doze messes Já começou a contagem. Henrique António Carvalho IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA E OBRAS PAROQUIAIS Em Dezembro recebeu-se 19/12 - 143,00; 3º Domingo-Abertura da Porta Santa 236,18; Natal 538,29; 4º Domingo 501,02; 333,46; 1º Domingo de Janeiro 485,31;Várias 391,60;José Dias da Silva e Prof. Emília Marques- 50,00 CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ Transporte...........................................................421.590,49 OFERTAS - NOVEMBRO 3534 - Instituto Línguas da Maia..............................................1.000,00 3535 - Eugénia Maria Teodoro......................................................70,00 3536 - Manuela Coelho................................................................100,00 3537- Elisa Azevedo........................................................................10,00 3538 - Alguém.................................................. ..............................395,00 3539- Guido ferreira da Silva.......................................................10,00 3540 - CEIA DE NATAL PAROQUIAL (Amigos do Lar)......791,97 3541- José Ribeiro Adriano ........................................................ 250,00 3542 - Elisa Azevedo....................................................................... 10.00 3543 - Maria Emília Campos....................................................... 100,00 3544 - Por Maria Joaquina Barros ...............................................15,00 3545 - isabel Santos Leite..............................................................25,00 ATransportar .....................................................2.776,97,00 O LAR DE NAZARÉ É motivo de orgulho sadio de todos os que o ajudaram a construir. Há um sorriso que é sinal de coração feliz. Deus vê o coração e nele se espelha o Rosto de Deus. A felicidade não se compra, conquista-se. Tem tido as portas abertas a todos os que o queiram inscrever-se . Todos são acolhidos com simpatia. Quero que nela se espelhe o ambiente da Sagrada Família de Nazaré. A primeira pedra foi benzida no dia 26 de Dezembro de 1999, a terminar o segundo Milénio. Demorou a arrancar mercê das instituições estatais que prometiam... mas sentia-se que as ajudas voavam seguindio a ideologia reinate. Depois de várias andanças, a Comissão Fabriqueira (Conselho Económico) meteu mãos à Obra e quase toda ela foi fiel e continua a sê-lo nos novos elementos. Quantas vezes, alguns me disseram: "Não sabe no que se vai meter... mas acredito que levará ao fim, pois já deu muitas provas nesta nossa terra da Maia..." Dou graças a Deus pelos que souberam resistir às intempéries, e como Simão de Cirene, ajudaram, em palavras e amizade... É sempre tempo para arrepiar caminho... O Centro tem a Sra Dra Sandra Isabel Almeida como Directora e já começou a trabalhar. Tem o apoio dos Corpos Gerentes do Centro Social, nomeados pelo Senhor Bispo . O Centro - Lar de Nazare - terá três Valências. Centro de Convívio, Centro de Dia e Centro de Apoio Domiciliário. Já recebemos o apoio da Senhora Diretora Dra Branca e Vice-Diretor, Sr. Eng. Ângelo. Estamos gratos pelo acolhimento... Esta é uma obra de Benfazer e de Fazer o Bem. Demos as mãos. UMA PRENDA NO SAPATINHO Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa . Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS. OFERTAS - ESTÁTUA DE SÃO JOÃO PAULO II Alguém.............................................................................................. 25,00 A Transportar ...............................................................20.385,00 Côngrua Paroquial Uma palavra de gratidão a todos os que já cumpriram este seu dever. Se ainda não o fez pode dirigir-se aos Cartórios Paroquiais e lá entregar a sua OFERTA (Côngrua). Tempos atrás, ia-se pelas portas, para já ninguém vai, pois a responsabilidade é de cada um.Um dever cumpre-se . ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS Na noite do jantar Paroquial, servido no Lar de Nazaré, pelos Amigos do Lar, tivemos a Visita de Ilustres convidados: Sr. Presidente da Cãmara, Eng. António Bragança Fernandes, Sr. Vice-Presidente da Câmara, Eng. António Domingos Tiago e Sra Dra Emília Santos, Ilustre Deputada Assembleia da República. Não puderam partilhar da mesa, mas ofereceram ao Lar, em nome da Câmara Municipal, uma Carrinha para transporte dos Clientes do Centro, mesmo para os que têm dificuldades motoras... Fizeram uma Visita de Reis. Aceitem a nossa gratidão. Muito Obrigados. Parabéns. Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas: PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo. MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces); PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces) TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia. CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃ BÍBLIA SAGRADA Medalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D.Armindo e pela Igreja. Estes artigos religiosos estão á venda nos cartórios das nossas Igrejas. s . miguel da maia ▪ 15 Pela Cidade... A QUEM PODE AINDA INTERESSAR A EDUCAÇÃO? Se os balanços habituais de final de ano significam alguma coisa, temos de reconhecer que a educação sofreu no último ano uma forte desvalorização na sua cotação pública. A menos que tenha estado distraído, nenhuma figura ou facto ligados a este domínio marcou presença nos elencos dos “mais” do ano. Ao contrário da política, economia, justiça, desporto ou música, a educação e os seus agentes passaram despercebidos aos observadores durante o ano que terminou há alguns dias. Poderíamos achar esta falta de destaque como algo positivo, seguindo o velho aforismo jornalístico (aparentemente caído em desuso) segundo o qual a ausência de notícias são boas notícias. No entanto, se isso quiser dizer que a sociedade portuguesa deixou de se interessar pelos assuntos educativos, talvez as notícias não sejam assim tão boas… Sinal claro de que hoje em dia pouco valor se atribui aos temas educativos foi o desaparecimento do tema da campanha para as eleições legislativas que ocorreram a 4 de Outubro do ano pretérito. Segundo interpretações de comentadores políticos encartados, a maior preocupação dos responsáveis partidários que apoiavam o governo de então terá sido justamente evitar que houvesse problemas no processo de colocação de docentes ou dificuldades no arranque do ano lectivo, o que poderia trazer este tema para o centro do debate eleitoral. Outro sintoma da mesma desvalorização poderá ser o desdém com que tem sido referida a condição de “académicos” de alguns dos mais bem posicionados candidatos à presidência da República: ser ou ter sido professor (neste caso, universitário) é algo que surge no debate como um insulto ou uma nódoa, sobretudo quando confrontado com “uma vida de trabalho”, a “prática do terreno” ou o envolvimento directo na vida económica e empresarial. Também António Costa, o primeiro-ministro em funções, não incluiu nenhuma referência a matérias educativas no balanço do seu primeiro mês de acção governativa. A economia e o estado social parecem ter absorvido toda a sua reconhecida energia e sagacidade políticas. Aliás, ninguém apontou a falta desta área da vida portuguesa nesse elenco de primeiras medidas tomadas e/ou anunciadas, como se fosse natural este esquecimento. Longe vão os tempos da “paixão pela educação”. Hoje poucos parecem acreditar nas palavras de Nelson director e chefe de redacção P. Domingos Jorge colaboradores Ana Maria Ramos Ângelo Soares s. miguel da maia António Matos Arlindo Cunha Carlos Costa Conceição Dores de Castro D. Manuel da Silva Martins Henrique Carvalho 2016 ano xxvii n º 288 ▪ José Manuel Dias Cardoso Luís Sá Fardilha Manuel Machado Mª Artur C. Araújo Barros Mª Fernanda Ol. Ramos Maria Lúcia Dores de Castro Mª Luísa C.M. Teixeira Maria Teresa Almeida Mário Oliveira P. Francisco José Machado Palmira Santos Paula Isabel Garcia Santos correspondentes Vários (eventuais) composição José Tomé ▪ boletim de informação paroquial publicação mensal ▪ propriedade da fábrica da igreja paroquial da maia JANEIRO 16 Higino Costa Idalina Meireles João Aido João Bessa José Carlos Novais José Carlos Teixeira Mandela, quando apontava a educação como a melhor forma de valorização pessoal e explicava: «É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar a presidente de uma grande nação». Os motores de desenvolvimento parecem ser, agora, outros: a notoriedade, as “relações”, o jeito para os negócios, o “empreendedorismo”, etc. Um dos motivos que ajudam a explicar a contínua diminuição do número de estudantes universitários no nosso país passa pela convicção de que um diploma do ensino superior deixou de ter autêntico valor social e nada garante no acesso ao “mercado de trabalho”. A descrença no poder transformador da educação, tanto ao nível pessoal como social, tem-se reflectido no desinvestimento público no ensino superior e na investigação e as famílias têm outras prioridades mais prementes que as impedem de continuar a garantir a formação académica dos filhos. E mesmo assim, o esforço financeiro feito pelos pais de estudantes universitários continua a ser um dos mais elevados da Europa. Apesar de tudo, é no seio de algumas famílias que ainda se conserva a crença na ideia de que o investimento na educação das crianças e jovens é a única garantia de um futuro melhor. O começo de um novo ano é sempre uma nova oportunidade, em 2016 reforçada por estarmos também no início de uma nova legislatura. António Costa falou de um “tempo novo”. E o Natal é, de forma ainda mais significativa, um desafio a um renascimento. É preciso acreditar que estamos, de facto, no limiar de algo novo e diferente daquilo que temos vivido nos últimos anos. Podemos perguntar-nos se o país tem condições orçamentais para investir mais em educação e ciência. Mas não deixaria de ser lamentável que o esforço financeiro exigido para salvar e recapitalizar bancos pusesse em causa o investimento naquela que é a base mais segura e consistente para construir um país menos pobre e progressivamente mais independente. Neste início de um ano novo, formulo votos de que a sociedade por tuguesa se aperceba da impor tância decisiva do investimento em educação e ciência e os responsáveis governamentais se empenhem na inversão do caminho que tem sido seguido. Esperemos que o silêncio dos últimos dias seja o prenúncio de que está em preparação uma intervenção cuidadosamente planeada e eficazmente posta em marcha, com o objectivo de valorizar a única verdadeira riqueza que o nosso país tem: o seu potencial humano. Luís Fardilha s . miguel da maia t: 229448287/229414272 /229418052 ▪ fax: 229442383 ▪ e-mail: [email protected] Director: Padre Domingos Jorge ▪ Registo na D.G.C.S. nº 116260 ▪ Empr. Jorn./Editorial nº 216259 tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Tipografia Lessa ▪ Largo Mogos, 157 - 4470 MAIA ▪ t: 229441603 www.paroquiadamaia.net