Jornal O Sexto - Ano 6

Transcrição

Jornal O Sexto - Ano 6
36
Colégio Paulo VI
Conversa com
o escritor Mário Cláudio
UMA VERDADEIRA
ESCOLA DE VALORES
Jornal Escolar
A ANOREXIA é uma doença que afecta principalmente
o sexo feminino, manifestando-se sobretudo na adolescência.
FUNDADA EM 1964
COM ELEVADA QUALIDADE DE
ENSINO
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
CONSTANTES
Creche
Ensino Pré-escolar
1º, 2º e 3º ciclos
Ensino Secundário
• Curso de Ciências e Tecnologias
• Curso de Ciências Socioeconómicas
• Curso de Ciências Sociais e Humanas
O SECUNDÁRIO NO COLÉGIO
PAULO VI
A entrada no Ensino Secundário exige
aos alunos uma preocupação especial:
optar pela escola que melhor pode realizar os seus objectivos.
Embora alguns pais e alunos ainda não
saibam, o Colégio Paulo VI pode ser a
sua opção, não só porque tem apostado
nos valores de excelência e qualidade de
ensino, mas também porque a partir do
10º ano não é necessário pagar mensalidades.
Todos os alunos que terminem o 9º ano
podem, assim, apresentar a sua préinscrição no Colégio Paulo VI e beneficiar de um ensino de qualidade gratuito
e um ambiente seguro e familiar.
Escrever é uma tarefa que procede por
tentativas, é um processo de busca, de
trabalho, que deve ser persistente. A escrita ensina-nos a nos conhecermos melhor
a nós próprios e à forma como nos articulamos com o mundo.
pág.19
PERMANENTE INOVAÇÃO
PEDAGÓGICA
5 razões para te matriculares no
COLÉGIO PAULO VI:
Ano 6• Nº 3
2004—2005
Há cada vez mais jovens a sofrer desta doença. Há sintomas comportamentais, psicológicos e físicos que
levam ao diagnóstico. Apesar da cura nem sempre ser
fácil, um acompanhamento adequado pode trazer de
novo o aspecto físico e a saúde mental do doente.
A televisão, as revistas, entre outros meios de comunicação são, em grande parte, os culpados por este tipo
de doença nessas jovens porque mostram, de certa
forma, o suposto ideal perfeito do corpo humano.
pág. 25
DEPUTADOS
POR UM DIA
Encontros com a cultura:
Uma porta aberta à Rua das Artes do Porto
pág. 15
-
boa preparação académica
óptimas instalações
ambiente acolhedor e familiar
segurança
fomento à actividade desportiva
Comparticipações do Ministério da
Educação:
o Gratuitidade no ensino secundário
(Contrato de Associação)
o Subsídio para os restantes ciclos
(Contrato Simples)
o Subsídio para o Ensino Préescolar (Contrato de Desenvolvimento)
Informações: (dias úteis das 08h30 às 12h30 e
das 13h30 às 17h30)
Av. Gen. Humberto Delgado, 201
4420-155 Gondomar
Tlf. 22 464 60 27 Fax 22 464 58 54
Telm.: 91 2301989/ 96 2044244
http://www.colegiopaulovi.com
Pelo segundo ano consecutivo, o nosso Colégio participou com sucesso no
Projecto Assembleia na Escola.
pág. 06
PAULO VI EM GRANDE NA
ALFÂNDEGA DO PORTO
Atelier de quebra-cabeças:
ATÉ A CABEÇA DE UM PROF.
DE MATEMÁTICA QUEBRA!
pág. 12
Com o principal objectivo de promover o intercâmbio pedagógico, divulgar experiências de inovação, afirmar a riqueza,
qualidade do Ensino Particular e Cooperativo e pugnar pela
autonomia e liberdade de opção, o Colégio participou no
VIII Fórum do EPC, onde deu especial destaque aos seus
projectos educativos. As Actividades Rítmicas e Expressivas, com um esquema de dança de vários tipos de música, e a
Ginástica Acrobática de grupo também marcaram presença
na mostra de actividades artísticas.
pág. 03
2
EDITORIAL
Ficha técnica:
Sendo na educação que
tudo começa e tudo se prepara, a preocupação com a
formação de alunos activos
e conscientes revela-se com
a elaboração de um jornal
escolar aberto a opiniões
diversas e a temas controversos.
O Sexto é um jornal escolar completo, com
secções que abrangem temas como nosso
mundo, artes e letras, saúde, porta aberta, …
Desta forma, procura-se formar cidadãos com
capacidade de expressão e de defesa pública
das suas ideias, fomenta-se a liberdade de
expressão, consciencializando os participantes
e os leitores para a diversidade de realidades
de que é feito o nosso mundo, apela-se à
redacção e à leitura activas na compreensão
da perspectiva defendida por outros.
O Sexto é um meio de comunicação social e,
através das mensagens que transmite, contribui de forma directa ou indirecta para a formação da opinião pública do Colégio. Assim, através deste jornal escolar, o Colégio revela-se
um órgão activo na formação de cidadãos
informados, que querem compreender melhor
o mundo e o tempo em que vivem, para poderem agir de forma mais esclarecida.
Parabéns às coordenadoras do jornal e continuem com força… Afinal, a educação é sempre
um trabalho inacabado.
Profª Vera Pimenta
Sexto Digital
Coordenadoras:
Prof.ª Mónica Sanches
Drª Conceição Gomes
Dinamizadores de redacção e edição:
Prof. João Vieira e Profª Joana Magalhães
Colaboradores:
Prof. Vera Pimenta, Prof. Luís Cravo,
Prof. José Alberto Lopes, Profª Anabela Matoso, Profª Paula Ramos, Prof. José Afonso,
Profª Raquel Silva, Prof. Sérgio Botelho, Drª
Daniela Alves
Alunos do Clube do Jornal:
Ana Rita Carneiro, Ana Rita Paupério,
Catarina Silva, Cátia Almeida,
Dinis Meneses, Fátima Mendes,
Hugo Azevedo, Jorge Alvarinho,
José Paulo Ferreira, Luís Azevedo
Alunos do Programa Porta Aberta
Agradecimentos:
Dr.ª Marta Roma, Dr.ª Carla Sousa,
Dr.ª Márcia Guimarães, Sandra Vieira, Tânia
Sousa
Periodicidade: Trimestral.
Tiragem:
1000 exemplares.
Sumário
Grande Colégio
03
O Sexto poderá ser lido na Internet.
Os artigos estarão disponíveis no site
www.colegiopaulovi.com
Mais uma iniciativa para estarmos mais perto
de toda a comunidade e construirmos os círculos do nosso desenvolvimento pessoal. Na
ponta dos seus dedos há um novo mundo à
sua espera.
Grande Colégio – actividades
06
Desporto
10
Porta Aberta
11
Bytes & Chips
17
Artes e Letras
19
Página da Saúde
25
Digitar é o suficiente.
www.colegiopaulovi.com
Nosso Mundo
26
Matemática Divertida
30
Nós estaremos lá!
Passatempos
32
Publicidade
34
Última Página
36
PUBLICIDADE
35
PUBLICIDADE
34
Academia Shotokan Karate-do
A ASK, dedica-se ao ensino de karate enfatizando os princípios subjacentes à prática de uma arte marcial orientada no
sentido de desenvolver no praticante qualidades de carácter,
autoconfiança e auto controlo.
Nesta academia o ensino de karate começa com classes de
crianças de 4 e 5 anos, prosseguindo com turmas, em que as
diferenças de idade são mínimas procurando assim adequar
o ensino às necessidades desenvolvimentais dos praticantes.
É cada vez maior o número de crianças que se dedica à
aprendizagem do Karaté- Do. Isto deve-se certamente ao
conhecimento que as famílias possuem acerca dos benefícios
que a prática regular desta arte marcial proporciona às crianças
e
aos
jovens.
Sabem que o Karaté-Do é uma actividade com uma forte
componente educativa, que contribui para a formação e
desenvolvimento harmonioso da criança, que favorece o relacionamento com outras crianças e deste modo facilita o seu
processo de integração social.
O karate favorece o desenvolvimento cognitivo
A prática regular e prolongada do Karaté-Do, possibilita a
aquisição de técnicas de memorização. Ao trabalhar sequências de movimentos e de técnicas ordenadas contribui para o
aumento da amplitude de memória a curto prazo e para a
organização dos dados contidos na memória sensorial possibilitando assim melhor codificação. Assim sendo, os praticantes de karate, com alguma experiência, tendem a ter melhore
desempenho nas actividades académicas na medida em que,
quanto melhor organizadas forem as matérias no momento
da codificação, melhor será a posterior recordação. Podemos
comparar as nossas recordações com um livro na biblioteca,
“ ..se a quota estiver mal atribuída, ou o livro na estante errada, dificilmente o encontraremos”.
Coutinho, C., (2005)
3.º Dan JKA
GRANDE COLÉGIO
Interessantes trocas de
experiências
Dia Aberto às opções do
Ensino Superior
Nos dias 14, 15 e 16 de Abril na Alfândega do
Porto, o colégio participou numa iniciativa organizada pela Associação de Estabelecimentos
de Ensino Particular, na qual participaram
vários colégios do país. O principal objectivo
era promover o intercâmbio pedagógico, divulgar experiências de inovação, afirmar a riqueza
e qualidade do Ensino Particular e Cooperativo
e pugnar pela autonomia e liberdade de opção,
através de conferências, simpósios e painéis.
No passado dia 20 de Abril,
o Colégio promoveu um Dia
Aberto à apresentação de
diferentes cursos de instituições de Ensino Superior
Público e Privado com o
objectivo de informar os
alunos do 9º ano e do Ensino Secundário relativamente à oferta existente em
diferentes áreas. Como tal e
a nosso convite, várias
foram as instituições que
connosco estiveram presentes nesta iniciativa,
através de palestras e/ou de expositores informativos, como aconteceu, por exemplo, com a
Faculdade de Engenharia e a Faculdade de
Farmácia da Universidade do Porto, ou com a
Universidade Católica, entre muitas outras.
Cada colégio, com o seu stand, promovia o
leque de actividades e opções pedagógicas que
oferece. Relativamente ao stand do Colégio
Paulo VI, podemos salientar as fotos alusivas
às mais recentes actividades desenvolvidas na
nossa escola, os cartazes com as capas dos
nossos últimos jornais e do Programa Porta
Aberta e a mostra em video show de imagens
das muitas iniciativas em que o Colégio se
envolve.
Durante o Fórum, contámos também com a
colaboração dos alunos do clube do jornal, que
se dedicaram a escrever artigos para o jornal
interactivo e dinamizaram entrevistas aos restantes stands.
Durante o Fórum, teve também lugar um Simposium onde os vários colégios apresentaram
diferentes projectos educativos inovadores,
entre os quais estiveram os nossos: Programa
Porta Aberta, a dinâmica de um Jornal escolar e
Filosofia Narrativa para o 3º ciclo do Ensino
Básico.
SEGUROS EM TODOS OS
RAMOS
Durante a tarde do dia 15, houve ainda tempo
para a animação onde desfilaram várias actividades artísticas desenvolvidas pelos Colégios.
O nosso marcou presença através das Actividades Rítmicas e Expressivas, com um esquema
de dança de vários tipos de música, e da Ginástica Acrobática de grupo.
Esta iniciativa foi bastante interessante, tanto
para professores como para alunos, na medida
em que nos permitiu não só conhecer as actividades realizadas por outros colégios, mas também divulgar e partilhar experiências relativamente a diferentes estratégias de ensino/
aprendizagem, como, por exemplo, no que respeita aos jornais escolares.
E-mail: [email protected]
Av.ª General Humberto Delgado, 415 • S.Cosme
4420 Gondomar • Tel. 224649314 • Fax 224649315
3
Cátia Almeida, 9ºA
As muitas opções existentes no Ensino Superior não podem ser dissociadas das escassas
oportunidades de emprego no mercado de trabalho actual e dos próprios interesses vocacionais dos nossos jovens. Por esta razão, estamos conscientes que a informação com uma
vertente teórica/informativa e uma outra de
carácter mais prático poderá auxiliar os jovens
nas suas decisões quanto ao futuro escolar e
profissional.
GRANDE COLÉGIO
Estamos conscientes desta necessidade e
que esta iniciativa é apenas uma pequena
ajuda para muitos dos nossos alunos. Assim,
este ano resolvemos assumir esta iniciativa
com empenho, mas estamos cientes que o
esforço terá de ser redobrado nos próximos
anos lectivos, garantindo uma dinâmica maior.
O balanço é positivo. Resta-nos desejar a
todos os nossos alunos Boas Opções para
um futuro promissor.
Dr.ª Conceição Gomes
Filosofia para crianças?
PASSATEMPOS
4
Sim. Naturalmente. Mas não uma filosofia que
já sabe as respostas, pois isso seria diminuir o
próprio acto de filosofar e, simultaneamente,
empobrecer a verdadeira «missão» do perguntador, que consiste em não perguntar o
que já sabe, mas perguntar para saber. O
essencial é que, directa ou indirectamente, a
resposta não esteja contida na pergunta, pois,
nesse caso, não é de uma pergunta filosófica
que estamos a tratar, muito embora possa ser
uma pergunta legítima e oportuna a colocar à
criança. Por exemplo: «qual é a composição
da água?»
Quer isto dizer que a verdadeira pergunta
deve ser, na realidade, uma interrogação, porquanto esta, contrariamente aquela, não exige
senão uma admiração complexa entre quem
pergunta e quem responde. Deste modo, ocorre uma relação de complexidade entre perguntador e perguntado, podendo dar-se uma
inversão de papéis, podendo, por vezes, suceder, que a dita relação se encaminhe para um
horizonte de problematicidade, sob pena de
deixar de ser filosofia e tornar-se noutra coisa.
3
33
4
5
6
Prof. José Alberto Lopes
Duas razões a considerar.
Com este mote por base, o gabinete de psicologia em colaboração com as educadoras do
pré-escolar decidiu levar a cabo uma acção de
formação para pais subordinada ao tema:
“Educar as crianças de hoje”.
Os pais aderiram entusiasticamente participando activamente e expressando no final, o
desejo de que muitas mais dessas iniciativas
sejam levadas a cabo pela escola, porque é
ela o maior veículo de informação de sempre.
In 100 Jogos Lógicos e 100 Jogos Geométricos
JOGO 6:
Dr.ª Daniela Alves
SOLUÇÕES
Fica a nossa promessa, de em tempos futuros
se realizarem mais iniciativas direccionadas
para os pais, abordando alguns dos assuntos
mais pertinentes relativamente à educação
dos nossos filhos.
JOGO 5:
Antes por que, e em primeiro lugar, não há
crianças sem filosofia, muito embora possa
existir algum tipo de filosofia sem crianças.
Mas daí não decorre nenhum problema para
estas, mas sim para a filosofia que exclui
aquelas.
Porque hoje em dia educar não é tarefa fácil,
cada vez mais nos questionamos acerca dos
métodos que usamos com os nossos filhos.
JOGO 4:
Sim. Naturalmente.
Se existe Matemática, Português e
História para crianças, por que não
há-de existir Filosofia para crianças?
Não que esta derive exclusivamente
daquelas, ou que
se apresente como
uma espécie de
dependência gnoseológica dos seus
resultados.
ESCOLA PARA PAIS
JOGO 3: Se dividirmos o
quadro em quatro quadrados de 2 por 2, damo-nos
conta de que as diagonais
passam por sinais que se
opõem: bola preta e bola
branca, sinal mais e sinal
menos, quadrado branco e
quadrado preto, etc.
A última casa tem de conter
uma seta virada para baixo.
Em primeiro lugar, não há crianças
sem filosofia, muito embora possa
existir algum tipo de filosofia sem
crianças.
PASSATEMPOS
GRANDE COLÉGIO
32
Descobre as 6 diferenças
Olá! Sou o Álvaro….
5
recortamos, colamos e plastificamos as personagens.
Solução 1: a camisola
interior, os calções e o
cabelo são diferentes; o
braço está mais baixo;
não se vê um dos braços;
o nariz é mais pequeno
Solução 2: A janela, o
nariz e almofada são
mais pequenos; o bolso
está mais abaixo; A
mão está visível; o fio
é diferente
Penso que todos me conhecem bem. Como não
frequento todas as disciplinas, passo muito tempo nas Oficinas Tecnológicas/Ensino Especial.
Aí, além de fazer vários trabalhos, quase todos
ligados com aprendizagens do uso do computador e aprender coisas importantes para a minha
vida futura, ajudo os professores com os alunos
mais pequenos e com mais dificuldades. Vou
buscar e entregar os meus coleguinhas às salas,
faço recados dentro do Colégio, como tirar fotocópias, dar recados às auxiliares e à Secretaria
e ainda ajudo os meus colegas na utilização do
computador.
O cenário, feito em esferovite, forrado com
papel crepe e decorado com flores e borboletas para representar a floresta, foi um bocado
trabalhoso porque envolveu vários materiais,
como esferovite e madeira.
Depois disto faltava ensaiar os diálogos. Houve alguma dificuldade na realização desta
tarefa, pelo facto dos alunos terem horários
diferentes. Mas, lá nos conseguimos juntar
algumas vezes para acertar os momentos de
participação na história.
Jornal de Notícias
1
2
Os meus professores explicaram-me que este
trabalho de responsabilização é muito importante para melhorar a minha autonomia e prepararme para a minha vida na sociedade.
Quando achamos que estávamos prontos, foi
só preparar a sala de karaté, com os respectivos adereços e aguardar a chegada dos
pequeninos da pré, a quem era destinado o
teatro.
Teatro “O Capuchinho Vermelho”
No dia 10 de Maio, os
alunos do Ensino
Especial e Oficinas
Tecnológicas realizaram um teatro com
manuseamento
de
imagens “O capuchinho vermelho”.
Esta história foi trabalhada ao longo de
algum tempo.
Primeiro começamos por analisar a história, dividi–la em partes, e distribuir os papéis com os
quais cada um se responsabilizaria. De seguida,
No final, ficámos muito contentes, pois todas
as crianças pareciam ter gostado.
Da nossa parte, pensámos que correu bem e
vimos o nosso esforço recompensado através
do sorriso dos meninos.
Este trabalho deu-nos vontade de fazer muito
mais...
Alexandra, 7ºA
Jogo 2: Cada figura veste sete peças de roupa, com excepção de uma, a do canto superior esquerdo, que veste oito.
J
O
G
O
1
SOLUÕÇÕES
GRANDE COLÉGIO—ACTIVIDADES
6
MATEMÁTICA DIVERTIDA
31
Qual das imagens inferiores completa melhor a sequência superior?
V Sessão Parlamentar dos Jovens
O nosso dia começou bem
cedinho… Às 5h encontrámo-nos no Colégio para
partir rumo à Capital. Durante a viagem aproveitámos
para entrevistar a Porta-Voz
do Círculo do Porto, a
Mariana Moura e Silva, do
11º E, tentando perceber
como se sentia e quais as
suas expectativas para a
Sessão deste ano:
A mesa da 2ª Comissão Parlamentar, onde se
encontravam os nossos ilustres colegas, estava constituída pelos deputados Helena Pinto
(BE) e José Amaral Lopes (PSD). Os seis projectos em debate eram os dos círculos de
Faro, Portalegre, Santarém, Vila Real e Viseu.
Esteve também em debate, nesta comissão, o
Projecto do Círculo do Porto, pelo que a nossa
Porta-Voz, Mariana Moura e Silva, esteve nela
presente. Na 2ª Comissão esteve também um
outro deputado do nosso Colégio, Duarte
Canotilho, 11ºF.
Cartoons
Sexto - Qual a sensação de
ser a porta-voz do círculo
que engloba o maior número de deputados do país?
Mariana - Sinto, por um lado,
uma enorme responsabilidade, e por outro uma grande
felicidade, pois vai ser uma
experiência que me permitirá
expandir conhecimentos no
campo da política. Além disso, é sempre interessante
exercer, por um dia, o papel
de deputada.
S. - O que esperas da sessão deste ano?
M. - Espero que esteja mais bem organizada e
que tenhamos mais tempo para confrontar
ideias e discuti-las. Espero também que haja
um melhoramento das propostas e dos projectos em si.
Depois de uma longa viagem chegámos a Lisboa por volta das 9h, mas só às 9:50 é que
finalmente entrámos no Parlamento.
Após a abertura do debate pelos deputados da
AR, iniciou-se, então, uma votação na generalidade de cada Projecto para seleccionar o que
mereceria maior consenso para servir de base
ao debate. O Projecto aprovado na 2ª Comissão foi o de Viseu. De seguida, os “deputados”
participantes foram-se inscrevendo para o
debate na especialidade, apresentando propostas de alteração (aditamento, eliminação
ou alteração) ao projecto de Viseu.
Por volta das 12:45 e depois de terminarem
todas as Comissões, seguiu-se o almoço, que,
tal como no ano passado, foi um agradável
momento de convívio e aconchego para o
estômago.
Durante o almoço, tivemos o prazer de usufruir
de uma visita guiada pelo Dr. João Pinho de
Almeida (Presidente da JP), à Assembleia da
República, que foi bastante interessante, uma
vez que fomos a locais aos quais, normalmente, apenas têm acesso “verdadeiros” deputados.
Prof.ª Anabela Matoso
MATEMÁTICA DIVERTIDA
30
Charada de Einstein
No final do século passado, Enstein propôs um problema que, segundo ele, 98% (!) das pessoas
não seriam capazes de resolver.
Há cinco casas de diferentes cores . Em cada casa mora uma pessoa de uma diferente nacionalidade. Os cinco proprietários bebem diferentes bebidas, fumam diferentes tipos de cigarros e têm diferentes animais de estimação. A questão é quem tem um peixe?
1. O inglês vive na casa vermelha.
2. O sueco tem cachorros.
3. O Dinamarquês bebe chã.
4. A casa verde fica à esquerda da casa branca.
5. O dono da casa verde bebe café.
6. O homem que fuma Pau Mali cria pássaros.
7. O dono da casa amarela fuma Dunhill.
8. O dono da casa do centro bebe leite.
9. O norueguês vive na primeira casa.
10. O homem que fuma Blends vive ao lado do que tem gatos.
11. O homem que cria cavalos vive ao lado do que fuma Dunhill.
12. O homem que fuma Bluemaster bebe cerveja.
13. O alemão fuma Prince.
14. O norueguês vive ao lado da casa azul.
15. O homem que fuma Blends é vizinho do que bebe água.
Fonte: Revista "Super Interessante" de Maio 2001
UMA APROXIMAÇÃO A π
Efectue a seguinte experiência para obter
uma boa aproximação a π.
GRANDE COLÉGIO—ACTIVIDADES
Às 14:30 iniciou-se, como estava previsto, a
abertura solene da V Sessão Parlamentar, com
a presença, entre outros, do Dr. Jorge Pedreira e
do Senhor Presidente da Comissão da Educação, Ciência e Cultura, Dr. António José Seguro.
A Mesa desta V Sessão Parlamentar estava composta da seguinte forma:
• Presidente: Soraia Silva (Aveiro)
• Vice-Presidente: Luísa Valente (Vila-Real)
• 1º Secretário: Nuno Lisboa (Beja)
• 2º Secretário: Ana Sofia Colmier (Braga).
Durante a espera assistiu-se também a um
momento patriótico… Um dos deputados sugeriu que se cantasse o Hino Nacional, proposta
que foi aceite pela mesa.
Finalmente, às 18:35, chegou o Dr. Jaime
Gama, que, com um discurso favorável à participação dos jovens na vida política, encerrou
esta V Sessão Parlamentar.
Às 15:10 iniciou-se o PAOD (Período Antes da
Ordem do Dia), durante o qual foram apresentadas perguntas sobre o tema “Educação/
Formação – Emprego”aos Deputados em representação dos vários Grupos Parlamentares.
São necessários fósforos sem cabeça.
Por volta das 17h deu-se início ao momento
mais importante do dia: o POD (Período da
Ordem do Dia), no qual se procedeu à discussão
e votação final da Recomendação a apresentar
à Assembleia.
Desenham-se num papel linhas paralelas, que distem entre si o dobro do comprimento de um fósforo.
Enquanto se esperava pela chegada do Dr. Jaime Gama, que viria fechar a Sessão, deu-se, no
Parlamento, um duro e aceso debate acerca do
funcionamento da sessão, relativamente ao
escasso período de tempo de que cada deputado dispõe para intervir quer no PAOD, quer no
POD.
A, aproximadamente, 30 cm do papel deixamse cair todos os fósforos. A seguir contam-se
os fósforo que tocam ou cruzam qualquer das
linhas.
Depois, calcula-se:
(total de fósforos que caíram)/(total de fósforos que tocaram ou cruzaram uma das linhas).
Quantos mais fósforos forem usados, mais correcta será a aproximação a π.
7
Assim, depois de tirarmos ainda muitas mais
fotografias, partimos rumo à Invicta, já a pensar no dia seguinte e na longa viagem que ainda tínhamos pela frente!
Daniela Caetano Dias, 11ºE
CONCURSOS DE MÚSICA E DE
LEITURA EXPRESSIVA
No passado dia 4 de Maio de 2005, teve lugar,
no Colégio Paulo VI, o Concurso de Música e o
Concurso de Leitura Expressiva, enquadrados
no âmbito da semana da Música e da Literatura.
Logo de manhã, pelas 9 horas, iniciou-se o
Concurso de Música. Os primeiros concorrentes a mostrarem o seu talento foram os participantes individuais, uns cantaram, outros bem
tentaram…
A peça obrigatória para flauta do 5º ano era O
papagaio loiro. Para o 6º ano era a peça Titanic, de Will Jennings.
No fim das actuações a solo, deu-se início às
actuações em grupos, nas quais participaram
alunos do 5º, 6º e 7º anos.
Depois de uma renhida disputa, os vencedores
foram:
Individuais: Gonçalo Lemos (5ºB);
Júlio Póvoas (6ºA)
GRANDE COLÉGIO—ACTIVIDADES
Grupos: Pedro Mendes e Iúri Pimenta (5ºA)
Ana Isabel Koch e
Joana Ventura (6ºA)
Manuel Luís, Josué Santos,
Catarina João e Henrique Rocha (7ºC).
Fez-se um intervalo e posteriormente deu-se
início ao Concurso de Leitura Expressiva. Os
alunos seleccionados para este concurso leram
o seu texto, sendo avaliados nos seguintes
parâmetros: postura, dicção, expressividade e
projecção de voz.
Os resultados dos concursos foram divulgados a
todos os alunos ao início da tarde, após uma
espera de grande ansiedade.
8
A estrutura destas provas é muito organizada:
as provas têm regras muito bem definidas e
realizam-se por eliminatórias. Consistem em
três exercícios: um de mímica, um de completação espaços e outro de soletração. Participam duas equipas por turma, que jogam uma
contra a outra para apurarem a representante
da turma. Na segunda eliminatória, as representantes das turmas de cada ciclo jogam
umas contra as outras, para, na final, se disputar o título de campeão olímpico na categoria
de inglês do seu ciclo. As equipas são constituídas por cinco elementos, sendo três deles
titulares e dois suplementares. Os concorrentes podem trocar com os suplementares, mas
só enquanto não estiverem a jogar. Na final é
disputado o prémio de dez euros em cheques
Fnac para cada participante da equipa que
ganhar a final.
NOSSO MUNDO
Existem drogas menos perigosas que outras?
Todas as drogas têm efeitos nocivos. A grande
“ratoeira” do uso de drogas é que, por vezes,
no início do seu consumo, as sensações são
agradáveis. Por serem agradáveis, tem-se vontade de repetir, e repetir... e sem se aperceber
cria-se uma situação de dependência a nível
físico, psicológico, ou as duas formas ao mesmo tempo. Qualquer pessoa que experimenta
drogas, não o faz com o objectivo de se tornar
dependente ou de se prejudicar. Todos os toxicodependentes dizem ter começado a experimentar convencidos de que eram capazes de
controlar o seu consumo e os seus efeitos.
Mas o certo é que a maioria não o consegue.
Pode-se saber quais vão ser os efeitos do consumo?
Os vencedores do concurso de Leitura Expressiva foram: Sofia Azevedo (5ºA); Mariana (6ºB).
Não, não há forma de saber quais vão ser os
efeitos.
Assim decorreram os já tradicionais concursos
de Música e de Leitura Expressiva, que muito
contribuem para animar a semana da Música e
da Literatura no nosso Colégio.
As drogas ilícitas são produzidas ilegalmente,
sem qualquer controlo. O que a droga contém
depende de quem a produziu ou preparou para
venda. Lembre-se que os traficantes estão
mais interessados em ter um bom lucro do que
vender um “bom” produto. É bastante frequente que adicionem outras substâncias tóxicas
para repartirem a droga em mais doses e
aumentarem o peso de cada uma.
Clube de Jornal
OLIMPÍADAS DE INGLÊS
As Olimpíadas de Inglês são já uma tradição
deste Colégio. São organizadas e dinamizadas
pelos nossos professores de Inglês, a quem
devemos agradecer. Esta actividade realiza-se
anualmente no início do terceiro período.
Foram muitas as equipas participantes, de
vários níveis de ensino.
Este ano as olimpíadas de inglês decorreram
na semana de 13 a 19 de Abril. Os vencedores de cada escalão foram:
• 2º ciclo: “Clean the toilets” e
“superstars” (5º e 6º ano, respectivamente);
• 3º ciclo: “Shrek”
• Secundário: “If I Knew …”
Pedro Rocha, 9ºA
O Colégio parou e marchou. Fomos em “peso”
para a Serra do Marouço em Fafe.
No dia seis de Maio, ocorreu a décima marcha
de montanha. Às oito e meia da manhã, devidamente equipados, alunos, professores e
funcionários do colégio partiram em busca de
uma aventura na Serra, tendo chegado por
volta do meio-dia e meia hora, depois de uma
breve paragem numa estação de serviço.
Lembre-se ainda de que não existem duas
pessoas iguais. Os efeitos das drogas também
dependem das características físicas e psicológicas de cada um. Os efeitos das drogas tornam-se imprevisíveis quando se fazem misturas. Nunca se devem misturar drogas ou drogas com álcool.
Não existe nenhuma forma “segura” de consumir drogas, mesmo que seja de forma ocasional, ou em pequenas quantidades.
DIGA “NÃO” À
DROGA E SIM À
DIVERSÃO,
À
FELICIDADE, À
ESTABILIDADE,
À SAÚDE E AO
BEM-ESTAR.
Cátia Filipe, 9ºA
Clube do Jornal
29
Um dia bem de madrugada
Vi ao longe uma flor
E depois de apanhá-la
Vi que tal como a amizade
Era cheia de amor e cor.
À partida muito simples,
Acabada de semear,
Uma amizade bem novinha
Que queria desabrochar.
Mas ainda era cedo
Para tudo confiar
A flor precisa de alimento
Para a amizade começar.
Em cada manhã
As pétalas vão abrindo
E dia após dia
A amizade se vai descobrindo.
Mais do que nunca
A flor seria fascinante
Que ao ver tão bela amizade
A deixaria radiante.
Agora tudo estava acabado
A beleza de tamanha flor
O carinho tinha acabado
E a amizade perdeu cor.
As pétalas começaram a cair
E a amizade deixou de sorrir
A flor de repente murchou
E a amizade acabou.
Mandei secar a flor
Para no meu coração a guardar
O mesmo fiz à amizade
Para sempre dela eu me poder lembrar.
Cátia Filipe, 9ºA
Clube do Jornal
NOSSO MUNDO
28
Quando chegámos, iniciámos a marcha, caminhando serra adentro e conquistando “terras
nunca vistas”.
12. Qual o número de partidos:
a) 10;
b) 5;
c) 15;
d) Outros__________.
13. Quais os partidos políticos que conheces:
(podes assinalar várias opções)
a) Bloco de Esquerda;
b) Frente da Esquerda Revolucionária;
c) Movimento Partido da Terra;
d) Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses / Movimento Revolucionário Português do Proletário;
e) Partido Comunista Português;
f) Partido Ecologista «Os Verdes»;
g) Partido Humanista;
h) Partido Nacional Renovador;
i) Partido Operário de Unidade Socialista;
j) Partido Popular;
k) Partido Social Democrata;
l) Partido Socialista;
m) Partido Socialista Revolucionário;
n) Partido «A Nova Democracia»;
o) Coligação Democrática Unitária;
p) Movimento dos doentes;
q) Partido Monárquico;
r) Outros: _________________.
Clube do Jornal
A reciclagem em Portugal
A reciclagem em Portugal surgiu, na década de
70, devido à crescente industrialização e modernização da economia, à concentração populacional junto aos centros urbanos e devido à
necessidade de adquirir bens de consumo para
períodos de tempo mais longos e de modo mais
simples e rápido.
Este processo só é possível devido ao empenho
dos consumidores, pois a reciclagem começa
em casa, ao separar as embalagens usadas.
Podemos separá-las por materiais: plástico e
metal; papel e cartão; vidro e madeira. Depois
de separados, os resíduos são levados para os
ecopontos e depois para os ecocentros. Os ecopontos estão divididos em três contentores:
-> o amarelo, para o plástico e metal;
-> o azul, para o papel e cartão;
-> o verde, para o vidro.
Depois da recolha de materiais ser feita, os resíduos são levados para os eco centros, onde vão
ser separados novamente, pois nem todos os
tipos de papel ou de plástico são recicláveis.
GRANDE COLÉGIO—ACTIVIDADES
Às duas menos um quarto, chegou a hora de
reabastecer energias, a hora do almoço.
Fernanda Cardoso, 9º A
Clube do Jornal
DIGA NÃO POR UM SIM
Porque é que as pessoas procuram as drogas?
As horas passavam e nós marchávamos, marchávamos e marchávamos… Tivemos oportunidade de observar a natureza pura, plantas,
pedras, charcos de água e animais, entre
outros.
Realizou-se no passado dia 4 de Maio de
2005, no ginásio da escola, uma palestra de
Robótica que contou com a presença do Dr.
Luís Paulo Reis do Núcleo de Inteligência Artificial e Robótica da FEUP.
O Dr. Luís Paulo Reis começou por fazer um
pequeno resumo daquilo que se tem feito neste campo, nomeadamente os encontros que
têm tido lugar em todo mundo. Estes encontros têm sido pequenos campeonatos de futebol com robots chamados “robotsoccer”. Em
seguida, apresentou alguns conceitos básicos
para melhor entendermos a terminologia própria da robótica. Foi-nos dado a conhecer a
linguagem de programação C++, a qual é utilizada na programação dos aibos.
Correu tudo sobre rodas, ou melhor sobre os
nossos pés, excepto a falta de respeito que
alguns alunos tiveram para com a Natureza e a
sua preservação, que nos compete somente a
nós.
As pessoas consomem drogas por diferentes
razões: como forma de fugir aos problemas
ou dificuldades, ou para enfrentar uma coisa
que as faz sofrer. Outras vezes, procuram ser
aceites pelos outros, provar que são capazes
de correr riscos, ou simplesmente têm curiosidade.
As drogas não nos ajudam em nada, pelo
contrário, acrescentam-nos mais um problema. As sensações provocadas pelas drogas
são falsas. As drogas alteram a forma de ser
e o comportamento de quem as consome.
Mas dizer “NÃO” nem sempre é fácil…
É verdade que, tal como em muitas outras
situações como nesta, temos medo daquilo
que os outros vão ficar a pensar de nós. É
importante que façamos coisas com os nossos amigos, mas é mais importante ainda que
nunca passemos por cima daquilo em que
acreditamos. E não se esqueça, os amigos
verdadeiros são aqueles que respeitam a
nossa diferença e aceitam o nosso NÃO.
Palestra de Robótica
Esta palestra teve como objectivo dar a
conhecer os avanços tecnológicos que se têm
verificado no campo da inteligência artificial.
Mas afinal o que é a reciclagem?
A reciclagem é a transformação dos resíduos
de embalagens - depois de separados por
famílias de materiais - em novos objectos,
que podem ou não ser embalagens. Esta
transformação faz-se através da utilização
desses resíduos em substituição de materiais
novos no processo de produção.
É muito importante reutilizar os resíduos de
embalagens, evitar a utilização de matériasprimas, permitir a redução do consumo de
energia e, assim, contribuir para a preservação do ambiente. Como podemos ver a reciclagem é um processo essencial.
9
No entanto, o que importa é que o convívio com
as pessoas e com a Natureza esteve presente
em todos os momentos.
No entanto, o ponto alto desta palestra deu-se
com a apresentação da dança dos robots da
Sony denominados “aibo” que também participam no “robotsoccer”. A dança destes robots
tinha já sido pré-programada pelo Dr. Luís
Paulo com uma sequência de movimentos
coordenada com a música. No entanto, na
ausência de pré-progamação os movimentos
dos robots eram definidos pelos graves e agudos da música.
Esperamos que para o ano o espírito se mantenha e que as pernas estejam frescas para a
nossa grande caminhada!!!
Por fim o nosso anfitrião nesta viagem pelo
mundo da robótica terminou a palestra esclarecendo dúvidas aos alunos presentes e permitindo uma interacção dos alunos com os
robots.
Ana Rita Carneiro, 9º A
Jorge Santos,11ºE
Luís Azevedo,10ºB
DESPORTO
Balanço de mais um ano de
Chegando nós ao fim do ano lectivo, é hora
de fazermos um ponto de situação acerca dos
grupos-equipa de desporto escolar, das suas
conquistas e das suas angústias.
- A ginástica acrobática conquistou o 2º lugar
nos regionais em pares e trios femininos – todas
as atletas treinaram no Colégio com grande
empenho.
- Os infantis e juniores masculinos em voleibol
foram campeões no CAE Porto.
- As juvenis femininas de voleibol foram campeãs no CAE Porto.
- Os juvenis masculinos de voleibol foram campeões no CAE Porto, regionais e vice-campeões
nacionais.
- Os juniores de Basquetebol foram, também, campeões no
CAE Porto.
Na generalidade, as
equipas do Colégio
treinam com maior
regularidade que as
equipas de outras instituições, embora seja
possível aumentar
ainda mais o número
de treinos.
Resumindo, o Colégio
tem as condições para
sustentar um projecto
cada vez mais forte ao
nível do desporto
escolar, quer seja no
voleibol, na acrobática, ou em qualquer
outra modalidade.
Podemos referir que o Colégio apresenta um
projecto forte ao nível do desporto escolar,
encontrando-se neste momento algures a
meio caminho no percurso para a excelência
desportiva. Possui uma qualidade bastante
considerável nos seus grupos-equipa, de que
referiremos alguns exemplos:
NOSSO MUNDO
10
Vamos, pois, fortalecer cada vez mais o Colégio, o seu ensino, os seus alunos, as suas ofertas extra-curriculares, sabendo que desse modo
as alegrias serão cada vez mais frequentes e a
sensação de satisfação com o trabalho desenvolvido maior!
Inquérito sobre política
Com a intencionalidade de analisar os conhecimentos políticos
dos alunos do
11º e 12º anos
do Colégio Paulo
VI, realizámos
um inquérito que
tinha justamente
como tema o sistema político português.
A partir do mesmo saberíamos se estes estudantes estão ou não preparados para o
momento do voto, afinal serão os futuros responsáveis pela política de Portugal.
Os resultados mostraram uma certa falta de
conhecimentos em diferentes questões relacionadas com este tema. Trinta e oito (38) alunos
responderam ao inquérito proposto, os resultados serão apresentados com o número de respostas correctas: 1 a_35 , 2 b_16 , 3 a_27 , 4
a c d f_ 5 , 5 a_16 , 6 a_29 , 7 a_17 , 8
a_29 , 9 a_35 , 10 d_28 , 11 b_17 , 12 c_6
e relativamente à questão 13 todas as alíneas
estão certas, mas só um aluno revelou o
conhecimento de todos os partidos políticos
nela referidos.
Se quiseres pôr à prova os teus conhecimentos, tens agora a oportunidade de o fazer respondendo ao inquérito em questão:
1. Portugal é um/a:
a) Estado Democrático (República);
b) Ditadura;
c) Monarquia;
d) Estado Democrático Monárquico.
2. O poder pertence a:
a) ao Rei;
b) ao povo;
c) aos partidos políticos;
d) ao Ditador.
3. O que “sustenta” uma República e/ou um
Estado Democrático?
a) uma constituição;
b) as vontades do 1º Ministro;
c) as vontades do Presidente da República.
Prof. José Afonso
Prof. Sérgio Botelho
27
3.1 O nome da opção que escolheste:
_________________.
4. Quais são os órgãos de soberania portuguesa?
a) (assinale todas as opções que achar
necessário)
b) Assembleia da República;
c) D. Duarte de Bragança;
d) o Presidente da República;
e) o Governo;
f) as Câmaras Municipais;
g) os Tribunais;
h) as Juntas de Freguesia;
i) Outros. Quais? ____________________.
5. De quantos em quantos anos é eleito o
Presidente da República:
a) 5;
b) 4;
c) 3.
6. De quantos em quantos anos são eleitos
os membros da assembleia da república?
a) 4;
b) 5;
c) 7.
7. Como é feita a eleição dos deputados que
compõem a assembleia da república?
a) Por círculos eleitorais;
b) Por nomeação do presidente;
c) Por eleições dentro dos partidos.
8. As eleições de 20 de Fevereiro vão ser:
a) Legislativas;
b) Presidenciais;
c) Autárquicas;
d) Regionais.
9. O presidente da república portuguesa é:
a) Jorge Sampaio;
b) Cavaco Silva;
c) Durão Barroso;
d) Santana Lopes.
10. O anterior presidente da assembleia da
república foi:
a) José Sócrates;
b) Jorge Sampaio;
c) Santana Lopes;
d) Mota Amaral.
11. O 1º ministro português (do governo de
gestão) é:
a) Durão Barroso;
b) Santana Lopes;
c) José Sócrates.
NOSSO MUNDO
26
Um cravo vermelho
na mão de uma criança
“A Vida no Tempo de Salazar”
Sobre o 25 de Abril já muito foi
dito nos últimos 31 anos. Muito
mais tinha já sido dito, censurado e abafado antes desse dia
de Abril de 1974. Mas, não
podemos acreditar que a maior
parte do que se possa dizer
acerca desse dia, sinónimo de
Liberdade e Democracia, já
se tenha esgotado. Tal seria
o equivalente à descrença de um futuro onde
todos temos um lugar, um espaço, uma voz,
uma opinião e um nome. Devemos acreditar
que, pelo menos nos próximos 100 anos, o dia
25 de Abril não será apenas um feriado a assinalar no calendário, mas sim um motivo para
acreditar que há valores muito mais altos que a
própria vontade.
A propósito do dia 25 de Abril, fizemos uma
entrevista à professora Carmen Dolores Mota
(1ºCiclo), com o objectivo de compreendermos
melhor como era a vida no tempo de Salazar.
Para aqueles que, por algum motivo, momentaneamente, ousem esquecer o significado do
dia que acordou Portugal com um cravo vermelho na mão de uma criança, aqui ficam as palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen e a
pintura de Vieira da Silva:
25 de Abril de 1974
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
Alunos - Com certeza que ainda se lembra
do tempo de Salazar. Como era a vida nesse tempo?
Professora -Nesse tempo, a vida era difícil, porque as pessoas viviam com dificuldades económicas e num espírito de poupança. Além disso,
havia ainda o pouco à-vontade que as pessoas
tinham em relação à liberdade de expressão,
porque, se falassem mal do governo, eram presas.
Alunos - Ainda se lembra de algumas das
medidas que Salazar tomou? Quais foram as
mais polémicas? Porquê?
Professora - A Guerra Colonial. A Guerra Colonial preocupava as pessoas. Os jovens eram
obrigados a ir para a guerra. As pessoas tinham
de sustentar uma guerra onde morriam e ficavam feridas muitas pessoas e para a qual a
única solução não era o confronto armado, mas
sim o diálogo.
Os professores do 1º ciclo apenas precisavam
de concluir o 5º ano e ter mais 2 anos de
“escola normal”. Nesse tempo, as escolas das
aldeias chegavam mesmo a ser «um andar por
cima do curral das vacas e dos bois».
Alunos -Nesse tempo as pessoas eram felizes ou pelo contrário viviam revoltadas?
Professora — As pessoas viviam revoltadas no
silêncio, porque um ser humano deve ter liberdade e, elas não podiam expressar os seus
pensamentos, dado que viviam sobre pressão.
Alunos - Na sua opinião o País está melhor
agora ou quando havia a ditadura de Salazar? Quais as medidas que, na sua opinião,
o actual governo devia “adoptar” do tempo
em que Salazar governava?
Professora - O País está melhor, mas ainda
podia estar melhor, porque as pessoas podem
expressar-se livremente.
Uma medida importante: dar mais poder a
quem governa as escolas, porque muitas vezes
perde-se muito tempo até se saberem as opiniões de pessoas de fora da escola, quando as
mais importantes (opiniões) são as de quem
está “dentro” da escola.
25 de Abril, Vieira da Silva
Dr. Conceição Gomes
Ana Isabel Köch, Inês Magalhães, Joana
Lopes, 6ºA
PORTA ABERTA
Programa Porta Aberta:
Um presente e um futuro
Ao longo do corrente ano
lectivo, este Jornal contribuiu,
incontestavelmente,
para dar vida ao Programa
Porta Aberta. Aqui foram
retratadas muitas das actividades que o Programa
organizou e realizou, muitas
das formas que encontrou
para envolver alunos, pais e
professores e, inclusive,
alguns dos encontros e congressos em que participou.
Enriqueceram-se também neste Jornal as páginas dedicadas ao Porta Aberta com artigos de
opinião de alunos acerca das actividades desenvolvidas semanalmente ou através da nova rubrica “Intercâmbios”. Deu-se também algum destaque ao Porta Aberta como mais uma resposta de
ensino individualizado dentro de uma perspectiva de escola inclusiva.
Mais um ano e mais uma vez, o Programa Porta
Aberta cresceu, tentando encontrar cada vez
mais respostas às formas de atendimento disponíveis. As crianças e os jovens com capacidades
acima da média e com talentos possuem o direito de se desenvolverem de uma forma global
mas também de terem a oportunidade de desenvolver os seus especiais talentos. Nessa perspectiva, neste ano lectivo, apostou-se em grupos
de trabalho temáticos como aconteceu, por
exemplo, com o grupo “Encontros com a cultura”, cujo balanço, dos próprios alunos, é extremamente positivo.
Os Ateliers de Sábado de manhã, também temáticos, apesar de terem sido reduzidos em quantidade comparativamente aos dois últimos anos
lectivos, foram também dotados de grande dinamismo e sucesso.
O Programa Porta Aberta não quer, de forma
alguma, ficar parado. Contrariamente, ambiciona
chegar muito mais longe, munido de respostas
de intervenção e de actuação inteligentes e criativas. Como tal, novas formas de resposta aos
alunos, aos pais e aos próprios professores
terão, obrigatoriamente, de ser encontradas,
pensadas e repensadas. Não se quer, contudo,
perder a qualidade no trabalho que tem vindo a
ser desenvolvido. Como tal, salienta-se a importância de se continuar a apostar na nossa própria formação e na elaboração de trabalhos científicos, baseados na nossa prática, na reflexão e
na abordagem de novos modelos teóricos. Cada
11
vez mais, se pretende dotar o Porta Aberta de
maior credibilidade e, consequentemente, surge a necessidade de um constante e maior
investimento nas suas várias vertentes.
O conceito de sobredotação mantém-se em
debate, sendo importante cuidar do impacto
negativo que, por vezes, este ainda abarca e
saber realçar as formas singulares de desempenho, mesmo em alunos academicamente
menos dotados. A escola tem como obrigação
proporcionar a todos os seus alunos ferramentas necessárias para uma aprendizagem.
Dr.ª Conceição Gomes
Não foi apenas um Atelier feito à medida da
paciência de um Japonês, mas também mais
um encontro marcado pela grandiosidade da
cor que decorou e transformou todo o espaço
preparado para acolher mais uma manhã de
trabalho.
Havia objectivos a atingir, nomeadamente, a
criação de alguns modelos de papel préconcebidos, cujas instruções se fizerem apresentar em folhas de papel A4 com todas os
passos necessários para a sua execução,
sempre recorrendo a folhas de papel coloridas, quadradas e sem cortes. Mas, foi também agradável verificar que, com grande simplicidade, muitos dos nossos participantes
trouxeram um enorme desafio ao Atelier com
a criação de novos modelos. Alguns destes
modelos, não cumpriram em absoluto as
regras, mas introduziram novas abordagens
através de cortes no papel e do uso de fitacola ou mesmo agrafes para ajudar na modelagem das suas obras, simples mas complexas em beleza e originalidade.
PORTA ABERTA
PÁGINA DA SAÚDE
12
25
SINTOMAS MENTAIS E EMOCIONAIS
Mais um sábado, mais um Atelier (desta vez de
Quebra-cabeças) e mais um excelente grupo
de alunos, pais e professores, prontos a fazer
daquela manhã de 7 de Maio de 2005, uma
manhã cheia de alegria e de boa disposição.
Tendo como objectivos principais o uso do
raciocínio e um bom convívio, todos se dividiram em grupos o mais heterogéneos possíveis.
No início, foram muitos os olhares de “aflição”
perante os enigmas propostos. Mas, em pouco
tempo, todos se embrenharam nas tarefas de
tal forma que não restou dúvida quanto ao
empenho de todos, pequenos e crescidos. Por
entre risos, olhares de aprovação e, às vezes,
algumas “discussões” acesas, todos os grupos
lá foram resolvendo os Quebra-cabeças, usando muitas e muitas folhas e neurónios em
quantidade q.b.
Já agora, Origami é uma arte milenar japonesa
que consiste na dobragem de papel. Origami é
uma arte que tem passado de gerações em
gerações entre os japoneses, mas conta já
com inúmeros adeptos um pouco por todo o
mundo.
Como sempre, o trabalho em equipa, o convívio, a criatividade e,
desta vez, o dobrar e
redobrar papel colorido,
que lentamente se foi
transformando
numa
flor, num pássaro, num
cisne, num elefante ou
num sapo – sem nunca
partir dedos – resume o
nosso original Atelier de
Origami que, já agora,
só foi possível com a enorme ajuda das Profªs
Helena Cunha e Raquel Silva que bem dominam esta belíssima arte e que nos lançaram
este bonito desafio.
Dr.ª Conceição Gomes
Uma doença da Adolescência
Um dia, o espelho começa a reflectir uma imagem deformada e irreal… Aquelas jeans, de
repente, já não servem ou estão excessivamente apertadas e reveladoras da gordura que
se torna, aos olhos de algumas jovens, demasiado evidente. Torna-se urgente a perda de
alguns quilinhos…
As adolescentes anseiam por apresentar as
medidas de qualquer famoso modelo e entram
em regime alimentar para perder peso, que
por vezes tem consequências desastrosas
para a saúde. A televisão, as revistas, entre
outros meios de comunicação são, em grande
parte, os culpados por este tipo de doença nessas jovens porque mostram, de certa forma, o
suposto ideal perfeito do corpo humano.
A Anorexia é uma doença que afecta principalmente o sexo
feminino, manifestando-se
sobretudo na adolescência.
SINAIS DA ANOREXIA
Para médicos experientes, o diagnóstico não é
difícil. As vítimas da doença apresentam alguns
dos sintomas comuns abaixo descritos:
SINTOMAS COMPORTAMENTAIS
No final da manhã, foi quase impossível convencer os participantes a entregar as folhas de
resposta para serem cotadas, já que todos
queriam resolver ainda mais alguns enigmas,
indiferentes ao apetecível lanche que os aguardava.
Enfim, a manhã não chegou para saciar a vontade de quebrar as cabeças de todos! Finalmente procedeu-se à avaliação do júri que,
após difícil decisão, deu a conhecer o grupo de
vencedores, não esquecendo como é óbvio
todos os outros participantes que pelo empenho demonstrado estão também de parabéns!
Queremos deixar apenas uma palavrinha de
agradecimento à nossa coleccionadora de
Quebra-cabeças que teve a amabilidade de
nos ceder alguns dos seus brilhantes exemplares!
Dr.ª Daniela Alves
• Recusa voluntária dos alimentos com muitas
calorias
• Redução notável da ingestão de líquidos
• Maior irritabilidade
• Diminuição das horas de sono com pretexto
para estudar
• Aumento de actividade física para incrementar o gasto energético
• Uso de laxantes e diuréticos
• Vómitos autoinduzidos
• Isolamento social
• Uso compulsivo da balança
• Perturbação grave
da imagem corporal
• Manifesta negação
das sensações de
fome, sede , fadiga
e sono
• Medo ou pânico de
aumentar de peso
• Negação parcial ou
total da doença
• Dificuldade de concentração e aprendizagem
• Surgimento de estados depressivos e
obsessivos
• Desinteresse por actividades lúdicas e
pelos tempos livres.
SINTOMAS FÍSICOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Perda de peso notável
Fadiga
Pele seca e escamada
Cabelo quebradiço e fino
Vertigens dores de cabeça
Desidratação
Perda de menstruação
Hipotermia (pés e mãos frias)
Arritmias
Osteoporose
Insónias
Infertilidade
Alterações na dentição
Prisão de ventre
Perturbações renais e hepáticas
Enfarte e morte (em casos muito raros)
A cura nem sempre
é fácil mas, com um
acompanhamento
adequado, tudo é
p o s s í v e l .
Uma considerável
parte dos doentes
(40%) adquirem de
novo o seu aspecto
físico.
Ser idênticas às Top
Models esqueléticas
não pode constituir
um aspecto essencial na vida de uma adolescente. Cada um tem de se aceitar como é!
Não é a magreza que nos ajuda a ser mais
belos, mas sim a personalidade de cada um e
o gosto pela vida!!!
Prof. Paula Ramos
ARTES E LETRAS
PORTA ABERTA
24
Quebra-cabeças
O processo de ensino-aprendizagem visa aliar o desenvolvimento de competências ao da formação
de personalidades, desde a mais tenra idade. Assim, acreditamos que treinar, desde cedo, os alunos a pensarem por si mesmos, contribui para os formar enquanto pessoas autónomas e com personalidades fortes.
E foi partindo de uma situação real do seu quotidiano, que nos propusemos ensiná-los a reflectir
mais aprofundadamente sobre o tema das refeições, com base na aprendizagem de regras do texto
expositivo-argumentativo. Eis alguns exemplos que partiram de uma reflexão conjunta para, mais
tarde, se concentrarem num trabalho individual sobre a questão: “Concordas que se coma num
tabuleiro, a ver televisão?”
Prof. Raquel Silva
“CONCORDAS QUE SE JANTE NUM
TABULEIRO A VER TELEVISÃO?”
“COMER À MESA”
A partir da leitura de um excerto textual do
livro Trisavó de pistola à cinta, de Alice Vieira,
houve um debate sobre o tema “ Comer ou
não à mesa”. Concluí que as famílias da
maior parte dos alunos comem à mesa a ver
televisão, poucas comem à mesa sem o fazer
e só as famílias cujos elementos têm horários
muito diferentes é que comem em tabuleiros
mas sempre a ver televisão.
COMER À MESA tem mais vantagens do que
comer em tabuleiros:
Este tema já foi debatido por muitas pessoas.
Cada uma tem a sua forma de viver e isso devese respeitar.
Comer à mesa e não ver televisão tem muitas
vantagens mas também tem algumas desvantagens.
- os familiares convivem, conversam sobre o
dia-a-dia;
- mesmo que estejam a ver televisão, vão
trocando impressões sobre vários assuntos;
- é dos poucos momentos do dia em que a
família se reúne;
Por um lado, é bom, porque é mais higiénico e,
não vendo televisão, come-se melhor porque não
há tanto barulho e não nos distraímos tanto.
- os familiares podem entreajudar-se a pôr/
levantar a mesa e na preparação das refeições.
Por outro lado, quando a família quer ver um programa de televisão que está a dar à hora de jantar ou quando tem horários diferentes, não dá
muito jeito. Nesse caso, é mais fácil comer no
sofá a ver televisão, mas isso também tem algumas desvantagens: não é tão higiénico, porque
podemos deixar cair alimentos no chão ou no
sofá e porque tem de se transportar o jantar de
um lado para o outro.
COMER EM TABULEIROS a ver televisão
não tem as vantagens anteriores. No entanto:
- permite organizar as refeições de acordo
com os diferentes horários;
- cada elemento da família responsabiliza-se,
em parte, pela sua refeição.
A escolha de jantar à mesa e não ver televisão
ou jantar no sofá a ver televisão está nas mãos
de todas as famílias do mundo.
Na minha opinião, é mais saudável e divertido comer à mesa, em família; o mais saudável seria comer sem ver televisão mas acho
que a televisão é um hábito muito forte de
quase toda a gente.
Maria Francisca Amorim, 5ºA
Nuno Tiago, 5ºA
Em muitos Quebra-cabeças ou Jogos de Engenho podemos rever alguns dos conceitos básicos da matemática estudados na escola. Ao
longo da história da humanidade, desde a cultura grega até aos dias de hoje, criou-se um universo matemático. Nele existe um imenso reportório de ideias e cálculos numéricos, geométricos, simbólicos e de álgebra que vão desde o
pensamento mais prático aplicado ao quotidiano
até ao pensamento mais abstracto e complexo.
Os Quebra-cabeças são uma forma divertida de
abordar a matemática, de desenvolver a memória, o raciocínio, a abstracção, a imaginação ou,
simplesmente, uma forma divertida de descobrir
um truque ou engenho.
Um outro aspecto curioso nos Quebra-cabeças
é que acabam por se tornar viciantes no sentido
que dificilmente se consegue abandonar um
destes jogos sem se ter encontrado a sua resolução. Não há dúvida que todos os Quebracabeças são absolutamente fascinantes como
desafio à nossa capacidade de resolução de
problemas. No entanto, os mais sedutores são
os que podem ser manuseados e tridimensionais como, por exemplo, os de madeira ou de
outros materiais como se pode ver nos exemplos que aqui apresentamos.
13
a qualquer outra torre, templo e brâmanes
converter-se-ão em pó por igual e com um
grande ruído o mundo desaparecerá.
Cruz de Mestre
O jogo da Cruz
de Mestre consiste numa ideia
conceptualmente muito simples, mas pode
converter-se
num dos maiores monstros da
matemática
combinatória.
Consiste em seis peças modeladas em intricados cortes cúbicos, que encaixam umas
com as outras sem deixar espaços vazios
entre elas para originar uma dupla cruz que é
visível de qualquer perspectiva.
Puzzle da Serpente
Torre de Honói
A Torre de Hanói é um Quebra-cabeças de
regras simples e extraordinariamente fascinante. Este jogo pode ter sido inventado há milhares de anos, no entanto, o seu criador foi
Édouard Lucas, em 1883, um matemático francês.
Conta a lenda que no grande templo de Benarês, sob a cúpula que marca o centro do mundo,
encontra-se uma placa de bronze sobre a qual
se fixam três varetas de diamante, cada uma
delas de um cotovelo de altura e da grossura de
um corpo de abelha. Numa destas varetas, no
momento da Criação, o Criador inseriu 64 discos de ouro puro, o maior em contacto directo
com a placa de bronze e os demais, cada vez
mais pequenos, até chegar ao ponto mais alto.
Esta é a Torre de Brama. Dia e noite, sem
parar, os monges transferem os discos duma
vareta de diamante a outra conforme as leis
fixas e imutáveis de Brama, que requerem que o
monge encarregado não mexa mais de um disco ao mesmo tempo e que o enfie numa vareta
de tal forma que nenhum outro disco mais
pequeno se encontre abaixo. Quando os 64 discos tenham sido assim transferidos da vareta,
onde foram colocados no momento da Criação,
O Puzzle da Serpente é, nada mais, nada
menos, que um puzzle tridimensional que
conta com vinte e sete cubos unidos internamente por uma corda elástica que atravessa
duas faces opostas do
cubo ou que passa
através de duas faces
contíguas.
Quando
todos os cubos são
esticados de forma plana fazem lembrar uma
serpente. O objectivo
do puzzle consiste em
dobrar a serpente engenhosamente de forma a arquitectar um cubo.
Cubo-7
O Cubo-7 é mais um puzzle, de dificuldade
média, tridimensional de sete peças que são
policubos. A partir destas peças, quando
devidamente ordenadas, pode-se construir
um só cubo inteiro ainda maior. Há vários
membros desta família de jogos com policubos. No entanto, o seu ascendente mais
directo, do qual constitui uma variante, é o
Cubo Soma, criado pelo científico e inventor
dinamarquês Piet Hein em 1936.
PORTA ABERTA
Cubos Mágicos
Os
Cubos
Mágicos são
uma variante
em
três
dimensões
dos pentominós que são
figuras formadas por cinco
quadrados
adjacentes de
um tabuleiro
de xadrez. No
total, existem
doze modos
diferentes de
unir os cinco quadrados, se se considerarem
idênticas as rotações e simetrias. O desafio
resume-se à construção de formas geométricas, recorrendo à utilização de algumas ou
todas as peças do jogo.
Jogo das Ferraduras
Este Quebracabeças tem
um objectivo
muito simples:
separar a argola do conjunto
formado pelas
duas ferraduras unidas. No
entanto, a sensação e impotência que se
experimenta
constitui um
gigantesco
desafio que
apenas é compensado quando se encontra a
sua resolução. Este Jogo das Ferraduras é
absolutamente fascinante e pertence a uma
família de jogos cujo desafio consiste em
extrair uma peça encerrada. Não existe informação exacta relativa à sua origem, mas a
primeira referência que se tem do Jogo das
Ferraduras remonta ao livro Puzzles Old and
New de Hoffman, editado em Londres em
1893.
ARTES E LETRAS
14
ENCONTROS COM A CULTURA…
no cinema.
MÚSICA
Humanos
Humanos
David Fonseca (exSilence 4), Camané e os
Clã, liderados por Manuela Azevedo, reuniram-se
para gravar canções inéditas de um dos grandes
vultos da música portuguesa: António Variações.
No passado dia 07 de Março, o grupo Encontros com a Cultura, do Programa Porta Aberta,
foi até uma das salas de cinema do NorteShopping, para assistir ao filme que, este ano, arrecadou em Hollywood o Óscar para o melhor
filme estrangeiro, Mar Adentro, do realizador
espanhol Alejandro Aménabar.
Esta é, muito
resumidamente,
a história de um
homem
que,
durante mais de
duas
décadas,
lutou para conseguir o direito a
antecipar a sua
morte, isto é, o direito à eutanásia. Paralisado
do pescoço para baixo, este homem vive
durante anos num quarto da sua casa paterna,
onde todos os membros da sua família o tratam
como um ser humano, igual a todos os outros,
e onde o amor é dado em doses q.b. O seu
quarto é também o seu pequeno grande mundo... aí,vê-se rodeado de todos aqueles que o
amam, dos seus livros, da sua música ( que
bom foi ouvir, em dolbystereo, Tristão e Isolda,
de Wagner...) e das suas memórias. É também
nesse quarto que ele tem a sua relação de
amor-ódio com o elemento fulcral de toda a sua
vida, o mar...
Baseado numa história real que colocou a
moderníssima Espanha em polvorosa, o filme
suscitou, entre os membros do grupo, opiniões
diferenciadas mas, mesmo assim, consensuais
em muitos aspectos. A personagem principal,
interpretada pelo fabuloso Javier Bardem, foi
aquela que, sem dúvida, marcou todos os elementos do grupo. Ninguém, contra ou a favor
da eutanásia, ficou indiferente perante os sentimentos despertados pela coragem, quase
sobrehumana, desta personagem.
Adaptado de Jogos de engenho,
EDITA RBA Coleccionables, SA.
Para aqueles que não viram este filme e que,
estou certo, foram muitos, lamento informar-vos
que já não está em exibição mas que, como
todos nós já sabemos, vai aparecer um destes
dias em DVD. Nessa altura, aproveitem e
vejam, verdadeiramente, o que é um actor…
Dr.ª Conceição Gomes
Grupo Encontros com a Cultura - Porta Aberta
23
O projecto, de nome ‘Humanos’, pela sua qualidade e originalidade, ultrapassou todas as
expectativas: depois do sucesso de vendas,
três concertos agendados para os Coliseus –
dois no Coliseu dos Recreios (28 e 29 de
Junho) e um no Coliseu do Porto (4 de Julho).
Os ‘Humanos’ preparam-se ainda para o lançamento de um DVD, que reunirá os melhores
momentos dos espectáculos ao vivo.
Um álbum, um DVD e concertos a não perder,
que só vêm dignificar a música que se faz por
cá.
Garbage
Bleed Like Me
‘Bleed Like Me’ é o quarto
álbum de originais da banda liderada pela irlandesa
Shirley Manson.
A ‘menina má’ do rock e os
seus três companheiros
presentearam-nos,
uma
vez mais, com um trabalho
consistente, bem ao seu
estilo, onde fortes refrões se misturam com sonoras e potentes guitarras, como é possível confirmar pelo single de avanço ‘Why Do You Love
Me’. Ao longo das 13 canções, Shirley soube
explorar, de forma exemplar, as suas potencialidades vocais. No entanto, e apesar de todo o
fulgor rock’n’roll, ‘Bleed Like Me’ peca por não
trazer quase nada de novo à sonoridade da banda.
Blasted Mechanism
Avatara
Apesar de ser difícil definir
os Blasted Mechanism e a
sua música, porque mais
do que um projecto artístico e musical, é um estado
de espírito, a banda lisboeta com o todo o ‘misticismo’
que a rodeia têm vindo a
construir um sólido grupo de seguidores. A
banda é composta por Valdjiu na guitarra, Gittler e Bambuleco, uma mistura criada por si
que mistura a guitarra, Karkov, a voz dos B.M.
que utiliza o inglês e por vezes o Karkoviano,
um dialecto próprio e o Ary o baixista, hoje em
dia são acompanhados por Fred Stone – exímio baterista brasileiro – e Luís Simões, o multi-instrumentista que toca guitarra, cítara, teclas
e percussões.
Este ano, onze anos após a sua primeira apresentação em público e cinco álbuns editados
(Blasted Mechanism - 1996, Balayashi -1997,
Plasma -1999, Mix00 - 2000 e Namaste -2003)
os Blasted Mechanism lançaram o seu sexto
álbum “Avatara”. Este álbum é, de facto, um
dos mais importantes da história da banda,
tendo uma solidez e amadurecimento da sonoridade que os poderá levar à internacionalização.
The Killers
Hot Fuss
Os The Killers são
uma banda norteamericana que começou em 2002 em Los
Angeles, quando o
guitarrista, David Keuning
colocou
um
anúncio para encontrar um vocalista para
formar uma banda. A
esse anúncio respondeu o cantor e teclista
Brandon Flowers e começaram a escrever
algumas músicas. Posteriormente, juntaram-se
a eles Ronnie Vannucci, o baterista, e Mark
Stoermer, o baixista.
O quarteto começou a ensaiar e a tocar em
bares, demonstrando uma forte influência dos
ingleses Oasis. Em 2003, os The Killers foram
contratados por uma pequena empresa discográfica inglesa e saíram em digressão pela
Inglaterra. Nos intervalos, entravam em estúdio
para gravar algumas canções. No final do ano
passado, finalizaram e lançaram o seu álbum
de estreia “Hot Fuss”, que vendeu 1,5 milhões
de cópias só nos E.U.A., onde começaram a
ganhar mercado.
‘Hot Fuss’ tem onze faixas, das quais já temos
a oportunidade de ouvir nas rádios ‘Somebody
Told Me’- o primeiro single - e ‘Mr. Brightside’.
Flávia Pereira e Joana Canedo, 11ºF
ARTES E LETRAS
22
S. - E, já agora, da literatura portuguesa
contemporânea, que obra gostaria de ter
escrito?
M.C. – A minha, não invejo nenhuma outra…
Dos meus colegas portugueses, admiro muito
Agustina Bessa-Luís, António Lobo Antunes,
Maria Velho da Costa. De escritores estrangeiros admiro as obras de Marcel Proust, Leon
Tolstoi, Virgínia Woolf. Mas, tudo isto, não
quer dizer que inveje estas obras, mas sim
que as admiro.
S. - Que obra gostaria ainda de vir a escrever?
M.C. – Eu tenho sempre obras no horizonte.
Tenho sempre qualquer coisa em vista mas
isso é a minha maneira de ser em vida. Eu sou
um homem fundamentalmente de escrita. Posso dizer que nunca deixei de ter nada no horizonte, sempre tive e continuo a ter.
S. – Viaja para escrever?
M.C. – A viagem deixa sempre um rasto que
aproveito para a escrita, eu viajo para viver e
como escrevo para viver, posso dizer que sim.
S. - Afirmou uma vez que “escrever é um
processo sempre em aberto; não se sabendo muito bem de onde se parte também nunca se sabe onde se quer chegar e onde se
chega”. Ainda pensa desta forma?
M.C. – Escrever é uma tarefa que procede por
tentativas, é um processo de busca, de trabalho, que deve ser persistente. Eu não diria que
é viciante, mas é estruturante. Um vício desestrutura, a escrita é estruturante e ensina-nos a
nos conhecermos melhor a nós próprios e à
forma como nos articulamos com o mundo.
Não acredito nos escritores que dizem que
escrevem com grande facilidade ou que escrevem sempre com grande prazer. Não se escreve sempre com prazer, é um trabalho árduo, é
preciso respirar fundo muitas vezes e é preciso
transpirar. E, umas vezes, chega-se lá, outras
vezes, não se chega. Será fácil para quem tem
pouco para dizer. Quem tem muito para dizer
tem de ter trabalho…
Não distingo a escrita de qualquer outro ofício,
qualquer ofício é uma maneira de estar na vida.
Um escritor não tem um estatuto privilegiado,
nem um artista. Pode voar num plano muito
elevado, mas precário, às vezes.
PORTA ABERTA
ENCONTROS COM A CULTURA À RUA DAS
GALERIAS DE ARTE DA CIDADE DO PORTO
Entre o trânsito caótico da Rua Júlio Dinis, o cancro (benigno?) da zona obstruída pelas obras do
túnel de Ceuta, junto ao Hospital de Santo António, e a multidão apressada da cosmopolita Rua
de Cedofeita, situa-se uma calma rua que liga,
precisamente, Cedofeita ao Palácio de Cristal, a
Rua Miguel Bombarda.
Mas não são só galerias de arte. São, para
além disso, lojinhas Kitch ( de música alternativa, de roupa alternativa, adereços para
moda, decoração...), salões de chá que nos
transportam até à longínqua Marraquexe,
entre outras coisas boas. O ar da diferença
sente-se, efectivamente, em todos os passos
que damos...
devemos
saborear esta
rua de modo
lento, contemplativo e aberto a emoções
fortes pois, a
cada momento,
somos
surpreendidos
por manifestações de arte
tão diversificadas,
que
nos dão que
pensar.
É
uma rua deste
mundo mas
que
revela
outro planeta... o planeta
Arte!
Esta pacata rua, maioritariamente residencial viu,
desde há alguns anos, surgir uma proliferação
de galerias de arte, facto que já fez com que a
imprensa nacional e internacional lhe tenha chamado a Soho portuense.
No passado dia 05 de Maio, o grupo Encontros com a Cultura, passou uma tarde nesse
planeta, debaixo de um sol veranil, tendo acabado a tarde com um magnífico lanche, no
oásis refrescante dos jardins do Palácio de
Cristal.
S. – Qual a sua opinião acerca de algumas
obras de escritores da actualidade que
conseguiram grande sucesso? Por exemplo, o que aconteceu com Equador, de
Miguel Sousa Tavares?
O Equador é um romance invulgar, de grande
qualidade, escrito em moldes tradicionais, que
atingiu um grande número do público, o que é
raríssimo e muito positivo. Devemos olhar
para ele com grande respeito e optimismo.
Alguns dos factores que contribuíram para o
sucesso do livro têm a ver com o facto do
autor ser muito mediático, as pessoas estavam desejosas que tivesse principio, meio e
fim, queriam recuperar o percurso da narrativa
tradicional. Este fenómeno acontece muito
pouco. Um outro de que me consigo lembrar
foi Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia
Marquez.
S. - Na área da literatura e do livro como
objecto cultural, que sementes gostaria de
deixar para o futuro?
M.C. – Um valor: dignidade da língua portuguesa. Considero que a nossa língua é muito
mal tratada pelos próprios escritores. As pessoas não se preocupam com isso, a preocupação com a língua é uma forma de impor rigor
na própria cultura. Quando metade da população cospe no chão, como é que se há-de
preocupar com a língua?
15
Nós somos um povo mal habituado. O português é cheio de complexos e de medos: tem
medo de fazer alguma coisa mal e de ficar mal
visto. Ainda há muitas classes sociais no nosso país. Este é um país onde se vive em função das origens dos pais e dos avós, dos
nomes. Agora, por exemplo, não fica bem chamar-se Arlindo, mas fica bem chamar-se Bernardo ou Duarte. Vivemos muito em função do
parecer e não do ser.
Prof. Mónica Sanches
Drª Conceição Gomes
Prof. Luís Cravo
PORTA ABERTA
16
INTERCÂMBIOS
ARTES E LETRAS
S. - Olhando para trás para o Porto “2001”,
que balanço faz desse evento? O que acha
que ficou para os portuenses?
Sobredotação: Uma questão de persistência
Ensaiam-se em
Portugal as primeiras respostas
sistemáticas e as
primeiras investigações em prol
de um apoio educativo na família e
nas escolas aos
alunos portadores
de altas habilidades, talentos e
sobredotação.
Face a outros
países, também
aqui não integrámos o “comboio
da frente”, mas o
mais importante é
vermos que o processo está em marcha! Seguro
que nem todos entraram nele, mas os que nele
estão prometem “construir caminho caminhando”!
Associações, instituições do ensino superior e
algumas escolas básicas e/ou secundárias –
veja-se o caso concreto do Colégio Paulo VI –
têm vindo nos últimos anos a alertar o Ministério
da Educação e a sociedade em geral para a realidade particular das crianças com características
de sobredotação. Estas crianças e adolescentes
apresentam particularidades significativas em
termos de aprendizagem e de desenvolvimento
cognitivo. Geralmente são alunos mais curiosos
e persistentes nas suas aprendizagens, possuem quantidades maiores de informação e
estratégias diversificadas de resolver os problemas, são nalguns casos mais criativos ou, inclusive, assumem alguma liderança nas suas relações interpessoais. Claro que não existe um grupo delimitado e menos ainda uniforme de alunos
com estas capacidades superiores…
Propalando-se uma “escola inclusiva” que atenda a todos, ou alargando-se o próprio conceito
de educação especial, importa que também os
alunos mais capazes encontrem as condições
adequadas ao desenvolvimento dos seus talentos, à sua excelência e à sua realização pessoal
e social, como aliás se propõe para todos os
demais colegas da escola. É esta a mensagem
que é necessário passar, de forma mais clara e
intencional, para a nossa legislação e para as
práticas nas nossas escolas. Como dissemos,
Portugal não está no “comboio da frente” nesta matéria, mas estamos em marcha e este
movimento não pode parar!
Portugal é subscritor de acordos e orientações
internacionais na área da sobredotação, mais
concretamente a propósito dos apoios educativos aos alunos sobredotados. Contudo, reconheceremos facilmente que somos parcos em
colocar em prática tais princípios… Defendemos uma escola e uma prática pedagógica
diferenciada de acordo com as necessidades
de cada aluno, no entanto tardamos em
atender ou esquecemos com alguma facilidade os alunos com características de sobredotação. Vivemos numa sociedade algo hipócrita que aceita a excelência nas artes, no
desporto, na música – e pugna aí pelos seus
heróis! -, mas possuímos escolas com particulares dificuldades em reconhecer e lidar com a
excelência na matemática, na física, noutras
disciplinas curriculares e na inteligência em
geral. Tenta-se, por falta de formação e de
recursos, ignorar os alunos com altas habilidades e as suas necessidades. Desacreditamos
da sua existência… e, assim, alguns dos nossos melhores talentos vão-se perdendo em
virtude da inércia e de alguns tabus instituídos! Claro que o mais difícil foi reunir forças,
buscar vontades e construir convergências…
a partir de agora, é apenas uma questão de
persistência!
Prof. Dr. Leandro Almeida
Universidade do Minho
M.C. - Acho que ficou apenas aquilo que é visível. Tudo o resto que aconteceu em torno do
Porto “2001” como, por exemplo, os eventos
culturais, durou naquele momento, agora já ninguém se lembra de nada.
S. - Como é que acha que os escritores portugueses da actualidade são tratados pela
sociedade portuguesa? E no estrangeiro?
M.C. – Um país com uma alta taxa de iliteracia
nunca poderia tratar bem os seus escritores. A
literatura portuguesa não existe lá fora. Por
exemplo, no outro dia, na revista Lire, onde
constava uma lista de 90 escritores internacionais que ficarão para a história, Portugal não
figurava com nenhum escritor. No entanto, está
lá a Estónia, a Lituania a Ucrânia.
José Saramago chamou a atenção do país,
mas episodicamente, já passou o fenómeno.
Agora, vai ficando cada vez menos conhecido,
até porque já não é o último prémio Nobel.
O problema está em não se reconhecer o que
se tem cá dentro e, como tal, também não o
sabemos vender lá fora. Tudo que é aprovado
pelo estrangeiro é que passa a ser valorizado
em Portugal, e não o contrário. A cultura portuguesa é algo que não se exporta, por exemplo,
quando se tenta publicar livros de escritores
portugueses lá fora, geralmente, dizem que já
têm um, que é Saramago, e já chega. Portugal
não existe no estrangeiro. Quando se abre um
jornal lá fora, é muito raro encontrar-se uma
notícia sobre Portugal. (…) Acontece com o
futebol e… é um fenómeno respeitável. É
importante que o Futebol Clube do Porto, por
exemplo, tenha ressonância lá fora, mas reduzir
a cultura portuguesa ao futebol é que eu acho
triste.
S. - Quando foi distinguido com o Prémio
Pessoa, o Júri afirmou, “Como ficcionista,
Mário Cláudio é autor de uma obra que se
caracteriza pela mestria da língua, a preocupação historiográfica, a tentação biográfica
e a extraordinária invenção narrativa. Sendo
um escritor do lugar, Mário Cláudio transcendeu a sua condição geográfica e ganhou
a universalidade da arte”. Acha que esta afirmação lhe faz justiça?
M.C. - É uma perspectiva, mas é sempre uma
esquematização, nesse género. Há aí apenas
aspectos que me tocam.
21
S. - Acha que é possível, depois de uma
carreira já notável na literatura, ter consciência da importância que o seu nome
assume para a cultura portuguesa? Como?
M.C. - Não!
Ninguém tem. Um perigo em que se pode cair
é pensar-se: “Eu vou ficar”. Tudo é efémero.
Jorge de Sena diz isso “As pessoas não se
apercebem dos cemitérios que são as bibliotecas”.
Não há regras em relação a quem fica para a
história. Fernando Pessoa era conhecido apenas por uma elite e passou a ser pelo mundo.
Tudo é relativo. Mas, não há eternidades.
Daqui a vinte mil anos, o que será de um Fernando Pessoa ou de um Eça de Queirós?
S. – E António Nobre?
António Nobre continua a ser um autor muito
particular e muito importante para o retrato do
país. Esse retrato continua a ser válido nos
nossos dias.
S. - Tendo já mais de 30 anos de vida literária e tendo sido distinguido com inúmeros
prémios, nomeadamente o Prémio Pessoa
em 2004, o que acha que ainda gostaria de
conseguir fazer na sua carreira como escritor?
M.C. – Gostaria de ascender a outros níveis de
escrita, sempre melhores. Gostaria sempre de
escrever, tendo sempre metas mais elevadas.
Mas, depois, também posso dizer o que gostaria que fizessem com a minha obra, com os
meus livros. Aí, gostaria que os meus livros
tivessem uma área de público particular que
crescesse. Gostaria de ter uma sintonia cada
vez maior com o meu público e, depois… o
estrangeiro. Por exemplo, gostaria que os
meus livros fossem traduzidos para outras línguas que ainda não foram.
ARTES E LETRAS
seguinte pergunta ou
afirmação,
sempre
com a mesma curiosidade, e nunca hesitante na resposta.
Não deixa de transparecer, contudo, tranquilidade, sabedoria e
um espírito acolhedor.
Sexto - Tendo sido
professor na Escola
Superior de Jornalismo do Porto, acha que o
Jornal, como veículo de informação, assume agora a mesma importância que assumia
há vários anos ou, com a preponderância
dos meios informáticos, tem vindo a perder
a sua utilidade?
Mário Cláudio - Não, não acho nada. O Jornal
até tem vindo a assumir uma importância crescente o que se prova pelo aumento das tiragens. Até pela sua transportabilidade, não há
conteúdo informático que possa substituir o jornal, este é uma base de informação insubstituível.
S. - A tradição de escrever e mesmo de ler
(um jornal) deve começar na escola. Nos
dias de hoje, que papel deveria a escola ter
para incentivar a leitura e a escrita?
M.C. - A exigência deve partir do nível de qualidade dos docentes. Os professores, de uma
maneira geral, são pessoas completamente
desmotivadas para a leitura, o que os torna inevitavelmente incapazes de motivar alguém. Eu
acho que deve haver uma exigência maior ao
nível dos docentes… melhores docentes.
Enquanto os professores não sentirem na pele
que devem ter qualidade, não se vai a lado
nenhum. O professor é um tecnocrata, preocupado apenas em transmitir conteúdos ao qual
não se exige mais porque não é avaliado. Deveria haver uma requalificação dos professores.
Mas a escola também não é a única responsável pela promoção da leitura. A família, e não só
a escola, deve incentivar ao acto de ler. Para
além disso, também não há uma cultura de ida
à biblioteca em Portugal. O nosso país tem óptimas bibliotecas, mas os livros estão lá apenas
para decorar. A biblioteca é um local privilegiado
de leitura onde não se vai só para estudar ou
fazer trabalhos.
Também acho que tudo isto faz parte da cultura dos portugueses, não podemos falar só da
BYTES & CHIPS
20
leitura, mas de tudo
em geral. Nós somos
preguiçosos e não
somos tenazes. Os
portugueses
não
sabem trabalhar por
iniciativa própria, não
sabem ser patrões
deles próprios. Quando tal acontece, não
sabem cumprir horários, prazos. Por isso,
é que têm sucesso lá
fora, têm quem os
oriente e quem mande neles.
Não quero ser só pessimista - que o sou –
reconheço qualidades no país onde regresso
sempre e onde tenho os meus amigos e família, mas fico muito descontente com a realidade
que se vive, para a qual não vejo saída nas
próximas décadas.
O país é bonito, come-se bem, vive-se alguma
tranquilidade. Mas, nós somos uma população
muito boçal, grosseira, num país onde ainda se
cospe para o chão. Isto não acontece no resto
da Europa. Os portugueses não conhecem os
seus direitos civis e, portanto, não sabem exigir, por exemplo, qualidade na educação ou
mesmo qualidade nos políticos.
Mário Soares disse numa entrevista há relativamente pouco tempo: Portugal está a precisar
de um “governo de salvação nacional”, e eu
concordo. O português reduziu o seu patriotismo ao futebol e o resto não lhe interessa. Bom
exemplo disto foi ontem quando o Benfica
ganhou o Campeonato Nacional. Não deu
outra coisa na televisão. Não conseguiram
reduzir o evento, que foi importante, sem dúvida, às notícias desportivas. Quando quis ouvir
notícias de outro teor, tive de ligar para um
canal como a Sky News.
Se pensarmos, por exemplo em Espanha, eu
diria que os espanhóis têm hábitos de trabalho
– acabam por não ser assim tão parecidos com
os portugueses, mesmo no seu percurso, desde o tempo do Franco. Espanha é o D. Quixote, vai em frente e consegue, Portugal é o D.
Sebastião, está sempre à espera do que vem.
Por exemplo, comparando o ensino em Portugal com o ensino em Espanha, não restam
dúvidas. Os alunos em Espanha têm um nível
superior ao dos portugueses. Eu diria que um
aluno espanhol do Ensino Secundário tem o
nível de um aluno português do Ensino Superior. Resta-nos concluir que ainda temos muito
para caminhar até lá chegarmos.
17
Nesta edição do nosso jornal sexto, decidimos introduzir uma nova secção dedicada a software informático. Neste pequeno espaço, o leitor pode encontrar várias dicas e programas
que facilitam a execução das tarefas informáticas do dia-a-dia. Pretendemos também desvendar alguns “segredos” que tornam a utilização do computador mais eficiente e apelativa,
bem como deixar conselhos práticos e úteis a todo o tipo de utilizadores de computadores.
PhotoShop Creative Suite
No mercado, já é possível encontrar programas
de edição gráfica bastante eficientes e funcionais.
O PhotoShop da Adobe é, sem dúvida, a melhor
suite nesta área. Com uma interface muito intuitiva e um conjunto vastíssimo de ferramentas o
único limite imposto é mesmo a imaginação.
Inicialmente este programa requer algum empenho de modo a aproveitar minimamente o seu
potencial. Para quem já está habituado ao paint
será difícil transportar a sua área de trabalho
para o PhotoShop, mas acreditem que vale a
pena.
O PhotoShop é vendido simultaneamente com
uma ferramenta dedicada à edição de fotografias
digitais: Image Ready. Este software é bastante
completo e prático.
Os interessados a iniciarem-se nas aplicações
gráficas devem procurar ajuda na Internet em
forma de tutoriais. Deste modo o utilizador habitua-se rapidamente às ferramentas do programa
e obtém resultados imediatos, o que pode ser
bastante motivador para a progressão.
Aqui ficam alguns sites que disponibilizam imensos tutoriais assim como projectos acabados de
grande qualidade:
“www.pixel2life.com”
“www.good-tutorials.com”
Podem também recorrer a um motor de busca.
Recentemente a Adobe comprou a Macromedia numa aquisição que envolveu 3.5 biliões
de dólares. É de lembrar que a Macromedia
tem, entre o seu vasto leque de software, a
família “Macromedia Flash” e a espantosa
ferramenta para a concepção de páginas da
Internet: Dreamweaver. Deste modo a Adobe
reforça a liderança no mercado de software
para edição gráfica.
Dicas para o Windows XP
Como programar um temporizador para
encerrar o computador.
O que é necessário:
Privilégios de administrador, MS-DOS;
Primeiro, devemos aceder à linha de comandos carregando no “iniciar” e, em seguida,
“executar” e escrever “cmd”. Aqui escrevemos o comando “shutdown –i” e aparecerá
uma janela. Nesta janela escolheremos a
opção “adicionar” e aqui escrevemos o nome
da máquina em que estão a operar. Para
aqueles que não sabem como descobrir o
nome do computador façam o seguinte: carreguem com o botão direito no icon “o meu
computador” e escolham “propriedades”.
Depois, vão ao separador “nome do computador” e copiem o “nome completo do computador”. Voltem à vossa janela do comando
“shutdown –i” e coloquem aqui o nome que
copiaram. Em seguida, deixem em branco a
opção de avisar utilizadores. No espaço onde
nos pedem a razão para o encerramento,
coloquem o que quiserem (mas têm que colocar alguma coisa). Para finalizar, têm que
indicar o tempo até ao encerramento do computador (atenção que este tempo tem que ser
expresso em segundos, por isso façam a
conversão de cabeça ou peguem na calculadora…). Cliquem em ok e aparecerá um aviso com o tempo até à altura do encerramento.
Esta dica é principalmente útil para aqueles
que gostam de fazer downloads durante a
noite.
BYTES & CHIPS
E3: Electronic Entertainment Expo
Teve lugar em Los Angeles, de 16 a 20 de Maio,
a maior feira de vídeo jogos e electrónica do
mundo. As grandes editoras e produtoras têm
direito a um stand e durante cinco dias apresentaram os seus projectos para este e o próximo
ano.
Os suportes de leitura são os tão discutidos
Blue Ray, mas também corre a maior parte
de todos as outras unidades de armazenamento (cd-rom,cdr+w,dvd,dvd-r). Além disso
tem compatibilidade com o software das suas
antecessoras.
No entanto, a concorrência não ficou intimidada e apresentou os seus trunfos.
A Nintendo não avançou nada de concreto
sobre a sua Revolution a não ser que tem
conectividade com a DS (Dual Screen) e que
é três a quatro vezes mais rápida do que a
GameCube a nível de processamento (o que
até não é muito, tendo em conta que a XBOX
360º é 25 vezes mais rápida que a sua antecessora e a PS3 35 vezes mais do que a
PS2).
A Sony ostenta a Playstation 3 que em comum
com a 2 só tem mesmo o nome. A nível de hardware esta é a plataforma mais bem artilhada,
com o processador Cell, desenvolvido em parceria com a IBM e a Toshiba, atinge velocidades
de processamento na ordem dos 3.2 Ghz. Também na componente gráfica nada ficou ao acaso, o chip é da Nvidia e denomina-se de RSX
(Reality Synthesizer). De acordo com as declarações da Nvidia este chip terá 512MB para a renderização gráfica (as actuais atingem um máximo de “apenas” 256MB) e uma resolução de
imagem impressionante, ideal para HDTV (High
Definition Television). Para uma ideia mais prática o desempenho deste hardware é maior do
que o conseguido com duas placas GeForce
6800 em modo SLI (Scalable Link Interface, esta
tecnologia permite ligar duas placas gráficas em
simultâneo).
19
Uma conversa com Mário Cláudio
A Microsoft, como foi dito, apresentou a
XBOX 360º. Artilhada com o processador da
IBM, Power PC, a 3.2 ghz e uma placa gráfica da ATI a 500 mhz, impressiona qualquer
um. A memória virtual é uma das grandes
valias desta consola; 512 MB DDR3 a 700
mhz. Tem ainda suporte para conecções wi-fi
(ou seja pads sem fios) e disco rígido externo
de 20GB.
As estrelas deste ano foram sem dúvida as consolas da próxima geração e respectivos jogos. A
Microsoft e a Sony apostaram num hardware
poderoso enquanto a Nintendo decidiu oferecer
aos jogadores a consola mais pequena já alguma vez feita.
ARTES E LETRAS
18
N
asceu em 1941,
no Porto, cidade à
beira Douro onde
ainda vive e com a
qual se identifica.
Espanha é o D. Quixote, vai em frente e
Prémio Eça de Queiconsegue, Portugal é o D. Sebastião, rós do Município de
Lisboa (1997) e Préestá sempre à espera do que vem.
Escreveu recentemente um livro intitulado Meu
Porto e, há alguns anos atrás, um outro, A cidade no bolso, ambos sobre a cidade à qual não
poupa descrições poéticas e históricas, e que
não pára de descobrir e redescobrir. Já deu inúmeras entrevistas para falar do Porto, que
conhece desde a sua infância, descrevendo os
espaços que com o tempo fixou, o clima, os
hábitos, os costumes e o modo de falar do povo
portuense. Evoca as transformações que a cidade foi sofrendo com o passar dos tempos e
outros encantos e recatos que foi guardando.
Reconhece-lhe inconfundíveis valores citadinos
de uma pequena grande urbe com o seu
“exemplar universo Barroco” e a sua herança do
período romântico. “Até tem o Museu Romântico…”, referiu o escritor numa das suas muitas
entrevistas.
Concluindo, ainda é muito cedo para tirar
conclusões, as consolas foram apresentadas
mas tudo se decide pelo software. De uma
coisa temos a certeza, a “batalha” vai ser
renhida e quem ganha é a comunidade de
jogadores.
Mário Cláudio merece, antes de mais, uma apresentação que, apesar de já lhe ser rotineira, não
deixa de lhe ser justa:
Mário Cláudio é pseudónimo de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra (1966), diplomado com o
curso de bibliotecário-arquivista pela mesma
Universidade, Master of Arts em Biblioteconomia
em Londres. Foi professor na Escola Superior de
Jornalismo do Porto e é professor convidado da
Universidade Católica do Porto.
Clube do Jornal
Mário Cláudio foi galardoado com o Prémio Pessoa 2004, o mais conceituado prémio na área da
cultura em Portugal, pelo seu “inestimável contributo para a história da Literatura Portuguesa”.
Foi Grande Prémio de Romance e Novela da
APE; Prémio do Pen Clube Português em ficção;
mio de Crónica da
APE. Estreou-se na
poesia com Ciclo de Cypris (1969) e no
romance com Um Verão Assim (1974). Entre
1984 e 1988, publicou a sua primeira trilogia,
Amadeo, Guilhermina e Rosa, sobre Amadeo
de Souza-Cardoso, Guilhermina Suggia e
Rosa Ramalho. Entre 1990 e 1997 publicou
uma segunda trilogia, A Quinta das Virtudes,
Tocata para dois clarins e O Pórtico da Glória.
Acaba de publicar o romance Gémeos, inspirado na vida de Goya, último da trilogia composta por Ursamaior (2000) e Orion (2003).
Muitas outras obras, notáveis pela esplêndida
capacidade narrativa, pelo extraordinário contributo histórico e, acima de tudo, pela inconfundível proficiência da língua portuguesa,
ficam aqui por destacar. Mas, para todos
aqueles leitores que impetuosamente apreciam uma boa achega literária, Triunfo do
Amor Português, uma reinvenção dos grandes
amores da história portuguesa, fica aqui recomendado, sendo este livro, de vivo interesse,
a sua mais recente publicação.
Ao longo de toda a sua carreira, que conta já
com mais de 30 anos de vida literária, deu um
enorme contributo a Portugal na área da cultura, na busca da identidade portuguesa. Entre
outros, colaborou em inúmeros jornais e revistas e dirigiu diversos documentais para a televisão sobre literatura portuguesa. Tem sido
um amigo e colaborador activo do Centro
Nacional de Cultura, que, “tem sabido aliar o
exemplar culto da língua portuguesa a um
inteligente aprofundamento dos valores da
cultura portuguesa, como realidade aberta e
multifacetada”.
O Sexto foi recebido em casa
deste
notável
escritor para mais
uma
conversa
informal
com
aquele que se
apelida de pessimista e que intimida num primeiro contacto.
Refastelado no seu sofá de sala, olha-nos
sempre de sobrolho caído, à distância, antecipando atentamente, a cada momento, a