saúde sexual e reprodutiva dos estudantes do

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saúde sexual e reprodutiva dos estudantes do
SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
DOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
RELATÓRIO DO ESTUDO – DADOS NACIONAIS 2010
Coordenadora executiva do estudo SSREU: Marta Reis
Margarida Gaspar de Matos
Marta Reis
Lúcia Ramiro
&
Equipa Aventura Social
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Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Data de publicação: Abril, 2011
2
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Equipa do projecto Aventura Social
Coordenação da Equipa
Coordenação Geral – Margarida Gaspar de Matos
Co-Coordenação Geral – Celeste Simões
Co-Coordenação na FMH/UTL – José Alves Diniz
Coordenação FCT/SNR – Celeste Simões
Coordenação Leonardo/CE – Paula Lebre
Coordenação Pepe/CE – Paula Lebre
Coordenação Executiva KIDSCREEN/CE – Tania Gaspar
Coordenação Executiva HBSC/OMS – Inês Camacho, Gina Tomé, Mafalda Ferreira
Coordenação Executiva Tempest/CE – Tania Gaspar
Coordenação Executiva Projecto Casa Pia – Tania Gaspar
Coordenação Executiva Saúde Sexual/Educação Sexual/VIH/Sida – Marta Reis, Lúcia Ramiro
Coordenação Executiva Consumo de Substâncias – Mafalda Ferreira
Coordenação Executiva Dice/CE – Mafalda Ferreira
Coordenação Executiva Riche – Tania Gaspar, Gina Tomé
Coordenação Executiva Youth Sexual Violence – Marta Reis, Lúcia Ramiro
Equipa (por ordem alfabética)
Ana Lúcia Ferreira
Marina Carvalho
António Borges
Nuno Loureiro
Carlos Ferreira
Pedro Gamito
Diana Frasquilho
Raul Oliveira
Emanuel Vital
Ricardo Machado
Isabel Baptista
Sandra Rebolo
Jaqueline Cruz
Susana Veloso
Lúcia Canha
Teresa Santos
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
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Conselho Consultivo Nacional
Álvaro Carvalho (HSFXavier)
Jorge Mota (FADE/UPorto)
Américo Baptista (ULHT)
Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto)
Ana Tomás (IEC/UMinho)
José Carvalho Teixeira (ISPA)
Anabela Pereira (UAveiro)
José Luis Pais Ribeiro (FPCE/UPorto)
Analiza Silva (FMH/UTL)
José Morgado (ISPA)
Ângela Maia (EP/UMinho)
Luis Gamito (HJM)
António Palmeira (EF/ULHT)
Luis Sardinha (FMH/UTL e IDP)
António Paula Brito (FMH/UTL)
Luis Tavira (CMDT/IHMT/UNL)
Carlos Ferreira (FMH/UTL)
Luisa Barros (Fac. Psi./ULisboa)
César Mexia de Almeida (Med. Dent/ULisboa)
Luisa Lima (ISCTE)
Cristina Ponte (FCSH/UNL)
Madalena Marçal Grilo (UNICEF)
Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa)
Marcos Onofre (FMH/UTL)
Duarte Araújo (FMH/UTL; APF)
Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra)
Duarte Vilar (APF)
Maria da Luz Duque (Casa Pia de Lisboa)
Eduardo Salavisa (ESPN)
Maria do Céu Machado (Alto Comissariado da
Saúde)
Feliciano Veiga (FCUL)
Graça Pereira (UMinho)
Maria do Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra)
Helena Alves (IPJ)
Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto)
Helena Fonseca (Fac. Med./ULisboa; HSM)
Maria Xavier (UCatólica)
Henrique Barros (Fac. Med./UPorto; CNLCSida)
Paulo Vitória (CNT)
Henrique Pereira (FCSH/UBI)
Saul de Jesus (UAlgarve)
Isabel Correia (ISCTE)
Sidónio Serpa (FMH/UTL)
Sónia Seixas (ESE/IPSantarém)
Isabel Leal (ISPA)
Isabel Soares (IEP/UMinho)
João Gomes-Pedro (Fac. Med./ULisboa; HSM)
João Goulão (IDT)
Telmo Baptista (Bastonário Ordem Psicólogos;
FPCE/ULisboa)
Teresa Paiva (Fac. Med/ULisboa)
Virgílio do Rosário (CMDT/IHMT/UNL)
Joaquim Machado Caetano (FCM /UNL)
Vítor da Fonseca (FMH/UTL)
Jorge Bonito (UÉvora)
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Dados Nacionais 2010
Conselho Jurídico Nacional
Eurico Reis (Juíz)
Tiago Barra (Advogado)
César da Silveira (Advogado)
Ulisses de Sousa (Advogado)
Conselho Consultivo Internacional
Adriana Baban (Roménia)
Enrique Berner (Argentina)
Martine Bouvard (França)
Afonso Almeida (Timor)
Evelyn Eisenstein (Brasil)
Michal Molcho (Irlanda)
Alberto Trimboli (Argentina)
Francisco Rivera de los
Santos (Espanha)
Mónica Borile (Argentina)
Almir de Prette (Brasil)
Ana Guerreiro (Itália)
Fredérique Petit (França)
Isabel Massocolo (Angola)
André Masson (Bélgica)
Antony Morgan (Inglaterra)
Bernard Range (Brasil)
Pernille Due (Dinamarca)
James Sallis (EUA)
Pilar Ramos Valverde
(Espanha)
Jean Cottraux (França)
Ramon Mendoza (Espanha)
Joan Batista-Foguet
(Espanha)
Reynaldo Murillo (Peru)
Ana Hardoy (Argentina)
André Leiva (Chile)
Osvaldo Oliveira (Paraguai)
Sandra Vasquez (Argentina)
José Coura (Brasil)
Candace Currie (Escócia)
José Enrique Pons (Uruguai)
Saoirse Nic Gabhainn
(Irlanda)
Cecilia Uribe (Bolívia)
José Livia (Peru)
Silvia Koller (Brasil)
Cristina Miyasaki (Brasil)
José Messias (Brasil)
Silvia Raggi (Argentina)
Daniel David (Roménia)
Juan de Mila (Uruguai)
Susan Spence (Austrália)
Daniela Sacchi (Itália)
Leticia Sanchez (Argentina)
Suzane Lohr (Brasil)
Diana Battistutta (Austrália)
Lina Kostarova Unkosvka
(Macedónia)
Tom Ter Bogt (Holanda)
Diana Galimberti (Argentina)
Eduardo Grande (Argentina)
Edwiges Mattos (Brasil)
Virgínia Perez (Chile)
Luis Calmeiro (Escócia)
Luísa Coelho (Angola)
Viviane Nahama (França)
Marcela Pereira (Argentina)
Wolfgang Heckmann
(Alemanha)
Marcelo Urra (Chile)
Yossi Harel (Israel)
Elisa Newmann (Chile)
Mari Carmen Moreno
(Espanha)
Zilda de Prette (Brasil)
Emmanuelle Godeau
(França)
Marilyn Campos (Peru)
Electra Gonzalez (Chile)
Eliane Falcone (Brasil)
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Revisão Linguística
Célia Alves (ESPAB, Sines)
Lúcia Ramiro (ESPAB, Sines; FMH/UTL)
Apoio logístico e outros:
Bruno Moreira
Filipa Soares
Webpage e Multimedia
EPROM Lda
Ana Costa (design e imagem)
Pedro Leitão (Line working, Lda)
Ricardo Machado
Responsável pelo projecto: Prof.ª Dr.ª Margarida Gaspar de Matos
Co-Financiaram este sub-projecto:
- Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA/Alto Comissariado da Saúde - Ministério da
Saúde
Parcerias (por ordem alfabética):
- Centro de Malária & Doenças Tropicais – Laboratório Associado do Instituto de Higiene e
Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (CMDTla/IHMT/UNL)
- Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (FMH/UTL)
- Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)
- Instituto Português da Juventude (IPJ)
- Ministério da Ciência e Tecnologia do Ensino Superior (MCTES)/FCT
- Portal Sapo (PTC)
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Prefácio
No âmbito da 4ª edição do estudo colaborativo da OMS, Health Behaviour in School-aged
Children, o Projecto Aventura Social realizou um estudo específico sobre a Saúde Sexual e
Reprodutiva dos estudantes do Ensino Superior, de forma a obter uma compreensão mais
profunda dos comportamentos dos jovens universitários portugueses.
O universo de 3278 universitários, de idades entre os 18 e os 35 anos, em três grupos etários,
responderam quanto aos conhecimentos, atitudes, conforto e competências face à
sexualidade, contracepção e VIH/Sida. De salientar 70% de raparigas, o que poderá estar de
acordo com o perfil demográfico das nossas universidades.
Uma análise global revela que os jovens dos 18 aos 21 anos de idade têm mais competências,
menos comportamentos de risco e mais comportamentos preventivos. Estes resultados são
mais positivos neste grupo etário do que nos mais velhos o que poderá ser relacionado com o
facto de que os mais novos tiveram educação sexual na escola. No entanto, referem que
gostavam de ser mais esclarecidos quanto às Infecções Sexualmente Transmissíveis e ao
VIH/Sida.
A autonomia, a liberdade de escolha e uma educação adequada são fundamentais para a
estruturação de atitudes, competências e comportamentos responsáveis nos relacionamentos,
assim como a importância da comunicação e do envolvimento afectivo e amoroso na vivência
da sexualidade.
O estudo apresentado é rico em informação nestas idades que são habitualmente mais
esquecidas no diagnóstico e na intervenção em saúde pública. Um modelo de
educação/promoção de comportamentos preventivos e responsáveis deverá ser assegurado
para além da adolescência, estendendo-se aos jovens adultos, através de Gabinetes de
Esclarecimento mas também de inovação como mHealth (SMS nos telemóveis) e sites
apropriados e apelativos.
Mais uma vez a Saúde em todas as Políticas, como parceria entre Saúde e Educação.
Maria do Céu Machado
Alta Comissária da Saúde
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Índice
Agradecimentos
Introdução
Educação Sexual
Modelo de Promoção do Comportamento Sexual Preventivo
Síntese
11
15
17
18
19
20
23
25
30
37
42
51
53
57
63
65
67
70
73
75
81
83
87
89
91
93
97
107
114
Contactos do Projecto Aventura Social
115
Apresentação do estudo
Metodologia
Análise e apresentação dos dados
Amostra nacional do estudo
Comportamentos Sexuais
Primeira relação sexual
Relacionamento amoroso / erótico-sexual
Contracepção relacionamento amoroso / erótico-sexual
Comportamentos e risco
Conhecimentos
Conhecimentos face aos Métodos Contraceptivos e ISTs
Conhecimentos face ao VIH/Sida
Atitudes
Atitudes face à sexualidade, aos métodos contraceptivos e ao preservativo
Atitudes face ao preservativo e teste do VIH
Atitudes perante sujeitos infectados com o VIH/Sida
Normas
Normas subjectivas (opinião dos outros) face ao preservativo e teste do VIH
Intenções
Intenções face ao preservativo e teste do VIH
Conforto
Grau de conforto face ao preservativo
Competências
Competências face ao preservativo
Brochura Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes Ensino Superior
Anexo 1
Brochura Problemas Emergentes e Modelo Compreensivo sobre estudo Saúde
Sexual e Reprodutiva dos Estudantes Ensino Superior
Anexo 2
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AGRADECIMENTOS
A Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA / Alto Comissariado da Saúde
(Ministério da Saúde) financiou este estudo específico na área da saúde sexual e
reprodutiva em estudantes universitários.
Um agradecimento especial:
A todas as Faculdades e Institutos Politécnicos Nacionais que participaram na
recolha de dados e respectivos professores e alunos:
Faculdades/Politécnicos da Região Norte
Universidades Públicas:
Universidade do Porto:
Faculdade de Desporto
Faculdade de Medicina
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro:
Departamento de Engenharia Zootécnica
Departamento de Genética e Biotecnologia
Departamento de Medicina Veterinária
Universidade do Minho:
Escola de Psicologia
Institutos Politécnicos:
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto
Universidades Privadas:
Universidade Fernando Pessoa (Unidade de Ponte de Lima)
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Faculdades/Politécnicos da Região Centro
Universidades Públicas:
Universidade de Coimbra:
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
Universidade da Beira Interior:
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade de Aveiro:
Departamento de Biologia
Departamento de Ciências da Educação
Departamento de Ciências da Saúde
Institutos Politécnicos:
Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria
Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria
Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria
Faculdades/Politécnicos de Lisboa e Vale do Tejo
Universidades Públicas:
Universidade Técnica de Lisboa:
Faculdade de Motricidade Humana
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
Instituto Superior Técnico
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
Universidades Privadas:
ULHT - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
ERISA – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanchez
ESSCVP - Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha portuguesa
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Faculdades/Politécnicos da Região do Alentejo
Universidades Públicas:
Universidade de Évora:
Escola de Ciências Sociais
Institutos Politécnicos:
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja
Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja
Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja
Faculdades/Politécnicos da Região do Algarve
Universidades Públicas:
Universidade do Algarve:
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
Institutos Politécnicos:
Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve
Universidades Privadas:
ISMAT - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
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Professores (por ordem alfabética):
Alda Martins (FCHS/UAlgarve)
José Carlos Lopes (ESSUA)
Alexandra Esteves (ECAV/UTAD)
Laurentina Pedroso (Bastonária OMV;
FMV/ULHT)
Alexandra Sanfins (FMV/ULHT)
Luís Miguel Tavares (ESTIG/IPBeja)
Américo José Bessa Dias (ESE/IPPorto)
Luís Murta (ESE/IPBeja)
Ana Allen Gomes (DCE/UAveiro)
Luís Sérgio Vieira (FCHS/UAlgarve)
Ana Carreira (ISE/UAlgarve)
Luísa Gonçalves (ESTG – IPLeiria)
Ana Luísa Vieira (ERISA)
Ângela Maia (EP/UMinho)
Daniel Rijo (FPCE/UCoimbra)
Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra)
Maria do Céu Salvador (FPCE/UCoimbra)
Maria dos Anjos Dixe (ESS/IPLeiria)
Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa)
Divanildo Monteiro (ECAV/UTAD)
Dulce Gomes (ESS/IPLeiria)
Maria Lídia Palma (ERISA)
Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto)
Maria Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra)
Elisabete Ramos (Fac. Med. /UPorto)
Elísio Pinto (ESS/IPLeiria)
Eric Many (ESE/IPPorto)
Marília Cid (ECS_Dep. Ped. Educ./UÉvora)
Marina Carvalho (ULHT/Aventura Social)
Marta Aires de Sousa (ESSCVP)
Fernando Humberto Serra (ISCSP/UTL)
Gabriela Almeida (Univ. Fernando Pessoa)
Henrique Barros (Fac. Med./UPorto;
CNLCSida)
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Nuno Loureiro (ESSE/IPBeja)
Paula Carvalho (FCSH/UBI)
Pedro Amores da Silva (ERISA)
Henrique Pereira (FCSH/UBI)
Pedro Gamito (FP/ULHT)
Isabel Correia (ISCTE)
Pedro Nobre (DCE/UAveiro)
Isabel Pinto Ribeiro (ERISA)
Rogério Ferrinho Ferreira (ESS/IPBeja)
Isabel Santos (DCE/UAveiro)
Rui Corredeira (FADE/UPorto)
Isabel Soares (IEP/UMinho)
Rui Costa (ESSUA)
João Cruz (ESECS/IPLeiria)
Sandra Amado (ESS/IPLeiria)
Jorge Bonito (UÉvora)
Saul de Jesus (UAlgarve)
Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto)
Sónia Mina (ESS/IPLeiria)
Jorge Saraiva (Dep. Biologia/UAveiro)
Vânia Loureiro (ESSE/IPBeja)
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Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
SÍNTESE
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INTRODUÇÃO
MODELO
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Introdução
“QUESTIONÁRIO DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS” - (HBSC/SSREU)
Apresentação do Estudo
O HBSC/OMS (Health Behaviour in School-aged Children) é um estudo
colaborativo da Organização Mundial de Saúde (www.hbsc.org) que pretende estudar
os comportamentos de saúde em adolescentes em idade escolar e está inscrito numa
rede internacional de investigação constituída por 44 países europeus, entre os quais
Portugal, integrado desde 1996 e membro associado desde 1998 (Currie, Samdal,
Boyce & Smith, 2001).
Pretende-se alargar este estudo aos alunos do ensino superior português no que
diz respeito ao tema da saúde sexual e reprodutiva.
Objectivos do estudo
Os objectivos deste estudo específico do HBSC/OMS visam uma compreensão
aprofundada dos comportamentos sexuais dos estudantes portugueses do ensino
superior, bem como estudar os conhecimentos, as atitudes, as normas, as intenções, o
conforto e as competências face à sexualidade, contracepção e vírus de
imunodeficiência humana (VIH). Pretende-se também compreender a importância da
educação sexual para estes jovens.
Instrumento – Questionário
O questionário internacional do HBSC/OMS é desenvolvido numa lógica de
cooperação pelos investigadores dos países que integram a rede. O “Questionário de
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes Universitários” (HBSC/SSREU), utilizado
neste estudo, resultou do protocolo internacional no que diz respeito às questões
aplicáveis (atendendo às diferenças na população) a nível demográfico, bem como nas
relacionadas com o comportamento sexual, atitudes e conhecimentos face ao
VIH/SIDA. Para além dessas, acrescentaram-se outras, nomeadamente no que diz
respeito aos conhecimentos e atitudes face à contracepção; as atitudes sexuais; as
competências relativas ao preservativo e aos comportamentos de risco; e
acrescentaram-se, também, questões sobre educação sexual.
O HBSC/SSREU foi sujeito a um painel de especialistas e a pré-teste e teve a
aprovação da Comissão de Ética do Hospital São João do Porto, da Comissão Nacional
de Protecção de Dados e do Conselho Consultivo da Equipa Aventura Social.
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Metodologia
Amostra
De modo a obter uma amostra representativa da população que frequenta o
ensino superior em Portugal, efectuou-se uma selecção aleatória, estratificada por
regiões do país, das universidades e institutos politécnicos, quer do ensino público
quer do privado. Dos 144 institutos/universidades de Portugal continental procedeu-se
à recolha de 5 instituições na região Norte, 4 instituições na região Centro, 5 na região
de Lisboa e Vale do Tejo, 2 na região do Alentejo e 3 na do Algarve.
A técnica de recolha da amostra foi a “cluster sampling”, considerando-se a
turma o “cluster”. Assim, recolheram-se questionários em 124 turmas num total de
3278 alunos inscritos no ano lectivo de 2009/2010.
- Distribuição dos sujeitos por regiões
Distribuição dos sujeitos por regiões
26,8%
28%
24,4%
13,4%
7,4%
Norte
Centro
Lisboa e V.
Tejo
Alentejo
Algarve
- Distribuição dos sujeitos por ano de ensino
Distribuição dos sujeitos por ano de ensino
38,3%
30,3%
22%
7,6%
1,8%
1º ano
18
2º ano
3º ano
4º ano /
1º Mest.
5º ano /
2º Mest.
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Dados Nacionais 2010
Procedimento
Recolha dos dados
Após a selecção das instituições de ensino superior, estas foram contactadas,
através de correio electrónico, no sentido de confirmar a sua disponibilidade para
colaborar no estudo. Após confirmação da participação, os coordenadores dos
cursos/departamentos seleccionados agendavam a data de aplicação do questionário.
A recolha de dados foi efectuada pela investigadora através de um questionário
de auto-preenchimento que foi aplicado às turmas em sala de aula. Os grupos
escolhidos para aplicação dos questionários podiam frequentar qualquer ano do
ensino superior, uma vez que a população-alvo tinha entre 18 e 35 anos. A
participação foi voluntária, confidencial e anónima e o preenchimento do questionário
durou entre 60 e 90 minutos.
Análise dos dados
Os questionários foram digitalizados, traduzidos e interpretados através do
programa “Eyes and Hands – Forms”, versão 5. Estes dados foram, de seguida,
transferidos para uma base de dados no programa “Statistical Package for Social
Sciences” (SPSS, versão 18.0 para Windows) para efeitos de análise e tratamento
estatístico. Seleccionaram-se apenas os inquiridos entre os 18 e os 35 anos.
ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Primeiramente fez-se estatística descritiva, nomeadamente frequências e
percentagens para as variáveis nominais, e médias e desvios padrão para as variáveis
contínuas. Seguidamente, efectuaram-se testes de Qui-quadrado (estudo da
distribuição em variáveis nominais) com análise de residuais ajustados para
identificação dos valores significativos.
Os dados são apresentados do seguinte modo:
1) Gráficos e quadros com as percentagens de resposta a cada questão (em que
a opção com a maior percentagem de resposta se encontra a negrito);
2) Quadros comparativos (em que os valores mais elevados com residuais
ajustados iguais ou superiores a 1.9 em módulo são apresentados a negrito).
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AMOSTRA NACIONAL DO ESTUDO
Este capítulo apresenta a análise descritiva da amostra no que diz respeito ao
género, idade, estado civil, nacionalidade, orientação sexual, religião, estatuto sócioeconómico e zona/área em que cresceu.
 Género
A amostra é constituída por 3278 estudantes, sendo 30% do sexo masculino.
Género (N= 3278)
Masculino
(N=993);
30,3%
Feminino
(N= 2285);
69,7%
 Idade
A idade varia entre os 18 e os 35 anos.
Idade (N= 3278)
Idade
M
DP
Min.
Máx.
21,01
3,00
18
35
 Estado Civil
A maioria é solteira.
Estado civil (N=3278)
Solteiro (a)
95,5%
Divorciado (a)
0,4%
União de
Facto
1,6%
Casado (a)
2,6%
Nº de jovens em cada categoria: Solteiro(a) N= 3131; Casado(a) N= 84; União de facto N= 51 e Divorciado(a) N= 12.
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 Nacionalidade
A maior parte dos alunos é de nacionalidade portuguesa.
Nacionalidade (N=3278)
Portuguesa
97,3%
Países AfricanosPALOP
0,6%
Brasileira
0,8%
Países europeus
1,4%
Nº de jovens em cada categoria: Portuguesa N= 3189; Países europeus N= 45; Brasileira N= 25 e P. Africanos - PALOP N= 19.
 Orientação sexual
Quanto à orientação sexual dos inquiridos e considerando a amostra total, cerca
de 96% referem ser (predominantemente) heterossexuais, 3% (predominantemente)
homossexuais e 1% bissexual. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas
quanto aos géneros, sendo que os estudantes indicam mais frequentemente serem
bissexuais e homossexuais e as estudantes indicam mais frequentemente serem
heterossexuais.
Orientação sexual (N=2855)
Bissexual
0,8%
Homossexual
2,8%
Heterossexual
96,4%
Comparação entre géneros
Orientação sexual (N=2855)a)
Homem
Mulher
a)
Heterossexual
Bissexual
Homossexual
(N= 2754)
(N= 22)
(N= 79)
94,9%
97,2%
1%
0,7%
4%
2,2%
(χ²= 8,96; g.l.= 2; p≤ .05)
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Dados Nacionais 2010
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 Religião
A maioria dos jovens que participou neste estudo considera-se católico.
Religião (N=3278)
71,9%
26,2%
1,3%
Católica
Nenhuma Protestante
0,2%
0,2%
Budismo
0,2%
Espiritual
Ortodoxa
Nº de jovens em cada categoria: Católica N= 2357; Nenhuma N= 860; Protestante N= 40; Budismo N= 7; Espiritual N=7; Ortodoxa N=7.
 Estatuto sócio-económico
Considerando os rendimentos do agregado familiar dos inquiridos, constata-se
que estes se encontram distribuídos maioritariamente pelos níveis médio-baixo e
médio.
Estatuto sócio-económico (N= 3278)
Alto
6%
Baixo
16%
Médio-alto
20%
Médio-baixo
33%
Médio
25%
Nota: Considerou-se nível baixo menor ou igual a 504€ por pessoa, médio-baixo entre 505€ e 839€ por pessoa,
médio 840€ por pessoa, médio-alto entre 841€ e 1343€ por pessoa e alto maior ou igual a 1344€ por pessoa, em
conformidade com informação da EUROSTAT.
 Área/Zona habitacional em que cresceu
Relativamente à área/zona onde cresceram, destaca-se a urbana.
Zona habitacional em que cresceu
(N= 3278)
Rural
28%
Urbano
45%
Suburbano
27%
Nº de jovens em cada categoria: Urbano N= 1460; Suburbano N= 901; Rural N= 910.
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Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
EDUCAÇÃO SEXUAL
MODELO
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
COMPORTAMENTOS
COMPETÊNCIAS
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Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
COMPORTAMENTOS SEXUAIS
 Relações sexuais
Pelo quadro seguinte verifica-se que a maioria dos jovens adultos refere ter tido
relações sexuais.
Considerando as diferenças entre géneros, são os homens que mais
frequentemente mencionam ter tido relações sexuais.
Relações sexuais (N= 3278)
Não
16,7%
Sim
83,3%
Nº de jovens em cada categoria: Sim, N= 2730; Não, N= 548.
Comparação entre géneros
Relações Sexuais (N= 3278)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N= 2730)
(N= 548)
88,6%
81%
11,4%
19%
(χ²= 29,15; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
25
Primeira Relação Sexual
 Idade da primeira relação sexual
De entre os jovens que referiram já ter tido relações sexuais, a maioria afirma
que iniciou a sua vida sexual a partir dos 16 anos.
E são os homens que mais frequentemente afirmam ter iniciado mais novos (aos
11 ou menos, entre os 12 e os 13, e entre os 14 e os 15).
Idade da primeira relação sexual
(jovens que referem já ter tido relações sexuais) (N=2730)
16 anos ou mais
79,2%
11 anos ou
menos
0,6%
Entre 12 e 13
anos
3%
Entre 14 e 15
anos
17,2%
Nº de jovens em cada categoria: 11 anos ou menos, N= 16; Entre 12 e 13 anos, N= 83; Entre 14 e 15 anos, N= 470 e 16 anos ou mais, N= 2161.
Comparação entre géneros
Idade da primeira relação sexual
(jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730)
11 anos ou
menos
Entre 12 e 13
anos
Entre 14 e 15
anos
16 anos ou
mais
Homem
1,6%
5,0%
21,4%
72%
Mulher
0,1%
2,1%
15,2%
82,5%
a)
26
(χ²= 60,05; g.l.= 3; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Utilização de método contraceptivo na primeira relação sexual
Quanto à utilização de um método contraceptivo na primeira relação sexual e
tendo em conta apenas os jovens adultos que já iniciaram a sua vida sexual, a grande
maioria refere ter utilizado. No entanto, 9,7% (n=265) mencionam não ter utilizado
método contraceptivo na primeira relação sexual, sendo que 16% (n=141) são do sexo
masculino e 6,7% (n=124) do feminino.
Utilização de MC na 1ª relação sexual
(jovens que referem já ter tido relações sexuais,
N= 2730)
Não
utilizaram
MC
9,7%
Utilizaram
MC
90,3%
Nº de jovens em cada categoria: Utilizaram MC, N= 2465; Não utilizaram MC, N= 265.
Comparação entre géneros
Utilização de MC na 1ª relação sexual
(apenas os jovens que já tiveram relações sexuais, N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=2465)
(N=265)
84%
93,3%
16%
6,7%
(χ²= 59,10; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
27
 Métodos contraceptivos escolhidos na primeira relação sexual (jovens
que referem ter tido relações sexuais e que dizem ter usado
contraceptivo)
No que diz respeito ao método contraceptivo escolhido na primeira relação
sexual, considerando unicamente os respondentes que já tiveram relações sexuais e
usaram método na primeira relação sexual, o preservativo foi o eleito pela maior parte
dos inquiridos; em segundo lugar, embora com uma representatividade bastante
menor, destaca-se a pílula contraceptiva, sendo que os homens utilizaram mais
frequentemente o preservativo e as mulheres a pílula.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para o coito
interrompido e a pílula do dia seguinte.
Utilização de método contraceptivo na primeira relação sexual
(apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais e que dizem
ter usado contraceptivo, N=2465)
Preservativo (N=2362)
Pílula (N=553)
Coito interrompido (N=42)
Pílula do dia seguinte (N=16)
Sim
Não
95,8%
22,4%
1,7%
0,6%
4,2%
77,6%
98,3%
99,4%
Comparação entre géneros
Preservativo (N=2465)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=2362)
(N=103)
97,8%
95%
2,2%
5%
(χ²= 10,69; g.l.= 1; p≤ .001)
Pílula (N=2465)a)
Homem
Mulher
a)
28
Sim
Não
(N=553)
(N=1912)
11%
27,3%
89%
72,7%
(χ²= 79,84; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Razões para a primeira relação sexual
Quando inquiridos sobre as razões para a primeira relação sexual, os jovens que
referiram já ter tido relações sexuais afirmam maioritariamente que foi uma decisão
por consentimento mútuo, em especial as mulheres do ensino superior. Destaca-se,
ainda, estarem muito apaixonados/as, novamente em particular para as mulheres. Os
homens do ensino superior mais frequentemente tiveram a primeira relação sexual
por acaso e tomaram eles próprios a iniciativa.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para “foi o parceiro que
tomou a iniciativa” e “sentiu-se pressionado”.
Razões para a primeira relação sexual
(apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730 )
74%
Foi uma decisão por consentimento mútuo (N=2021)
Estavam muito apaixonados/as (N=839)
30,7%
Foi por acaso (N=225)
8,2%
Foi o parceiro/a que tomou a iniciativa (N=181)
6,6%
Foi o próprio /a que tomou a iniciativa (N=137)
5%
Sentiu-se pressionado/a (N= 71)
2,6%
Comparação entre géneros
Decisão por consentimento mútuo
(N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Estavam muito apaixonados
(N=2730)a)
Sim
Não
Sim
Não
(N=2021)
(N= 709)
(N=839)
(N=1891)
66,1%
77,8%
33,9%
22,2%
21%
35,4%
79%
64,6%
Homem
Mulher
a)
(χ²= 42,08; g.l.= 1; p≤ .001)
Foi por acaso
(N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
(χ²= 57,51; g.l.= 1; p≤ .001)
Foi o próprio /a que tomou a iniciativa
(N=2730)a)
Sim
Não
Sim
Não
(N=225)
(N=2505)
(N=181)
(N=2549)
14,7%
5,2%
85,3%
94,8%
10,1%
2,6%
89,9%
97,4%
(χ²= 70,72; g.l.= 1; p≤ .001)
Homem
Mulher
a)
(χ²= 70,73; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
29
Relacionamento amoroso / erótico-sexual
 Relacionamento amoroso actual
Na amostra total, a maior parte dos respondentes refere ter um relacionamento
amoroso actualmente, sendo que são as jovens quem mais frequentemente o afirma.
Ter relacionamento amoroso (N= 3278)
Não
39,4%
Sim
60,6%
Nº de jovens em cada categoria: Sim, N= 1988; Não, N= 1290.
Comparação entre géneros
Relacionamento amoroso (N=3278)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1988)
(N=1290)
56,5%
62,5%
43,5%
37,5%
(χ²= 10,29; g.l.= 1; p≤ .001)
 Duração relacionamento amoroso
Cerca de 40% dos estudantes inquiridos têm um relacionamento amoroso há
mais de dois anos. Verificam-se diferenças estatisticamente significativas entre
géneros, sendo que os homens mais frequentemente têm um relacionamento
amoroso há menos de um mês e entre um e seis meses, e as mulheres mais
frequentemente têm um relacionamento amoroso há mais de dois anos.
Duração relacionamento amoroso
(N= 2976)
5,8%
20%
15,1%
19%
40,1%
Menos de Entre 1 e 6 Entre 6 Entre 1 e 2 Mais de 2
1 mês
meses
meses e 1
anos
anos
ano
Nº de jovens em cada categoria: Menos de 1 mês, N= 173; Entre 1 e 6 meses, N= 596; Entre 6 meses e 1 ano, N= 448;
Entre 1 e 2 anos, N= 565; Mais de 2 anos, N= 1194.
Comparação entre géneros
Duração relacionamento amoroso (N=2976)a)
Homem
Mulher
a)
30
Menos de um
mês
Entre 1 e 6
meses
Entre 6 meses a 1
ano
Entre 1 e 2
anos
Mais de 2
anos
7,9%
4,9%
24%
18,3%
15,3%
14,9%
18,2%
19,3%
34,6%
42,5%
(χ²= 29,51; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Ter relações sexuais com actual (ou com o último) relacionamento
amoroso
A maioria dos inquiridos tem relações sexuais com o actual ou com o último
relacionamento amoroso. Consideradas as diferenças entre géneros, são os homens
quem mais frequentemente tem relações sexuais dentro do relacionamento actual.
Comparação entre géneros
Ter relações sexuais com
relacionamento amoroso (N= 3006)
Relacionamento amoroso (N=3006)a)
Não
16,4%
Sim
83,6%
a)
Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 2512; Não N= 494.
Sim
Não
(N=2512)
(N=494)
Homem
85,9%
14,1%
Mulher
82,6%
17,4%
(χ²= 4,95; g.l.= 1; p≤ .05)
 Ao fim de quanto tempo teve relações sexuais com o actual (ou com o
último) relacionamento amoroso
Em relação ao tempo que demorou até terem tido relações sexuais com o actual
ou o último relacionamento amoroso, e considerando apenas os jovens que referiram
ter tido relações sexuais, cerca de 24% indicam um mês, 19% indicam um a três meses,
outros 19% indicam uma semana ou menos, e 14% seis meses a um ano. Quanto aos
géneros, verificam-se diferenças estatisticamente significativas sendo que os homens
mais frequentemente tiveram relações sexuais uma semana ou menos depois de
iniciarem o relacionamento amoroso, e as mulheres mais frequentemente levaram
três a seis meses, seis meses a um ano, e um a dois anos.
Ao fim de quanto tempo teve relações sexuais com relacionamento
amoroso (N= 2458)
18,8%
1 semana
ou menos
24,1%
1 mês
18,9%
1a3
meses
16,2%
3a6
meses
13,6%
6,2%
2,3%
6 meses a 1 a 2 anos Mais de 2
1 ano
anos
Nº de jovens em cada categoria: 1 semana ou menos, N= 461; 1 mês, N= 592; 1 a 3 meses, N= 465; 3 a 6 meses, N= 397;
6 meses a 1 ano, N= 334; 1 a 2 anos=152; Mais de 2 anos, N=57.
Comparação entre géneros
Ao fim de quanto tempo teve relações sexuais com o seu actual (ou com o último) relacionamento
amoroso (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2458)a)
Homem
Mulher
a)
Uma semana ou
menos
Um mês
Um a três
meses
Três a seis
meses
Seis meses a
um ano
Um a dois
anos
Mais de
dois anos
30,4%
13,5%
26%
23,2%
18%
19,4%
11,4%
18,3%
7,9%
16,2%
4,5%
7%
2%
2,5%
(χ²= 130,30; g.l.= 6; p≤ .001)
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Dados Nacionais 2010
31
 Razões para ter tido relações sexuais com o actual (ou com o último)
relacionamento amoroso
Relativamente às razões para ter tido relações sexuais com o actual ou com o
último relacionamento amoroso, destaca-se ter sido uma decisão por consentimento
mútuo. Considerados os géneros, as mulheres mais frequentemente apontam essa
razão. No geral, cerca de 43% referem ainda que estavam muito apaixonados/as.
Foram igualmente as mulheres quem mais frequentemente destacou esta razão.
Constatam-se, também, diferenças entre géneros quanto a ter sido por acaso e ter
sido o próprio(a) a ter tomado a iniciativa, sendo os homens quem mais as referem.
Razões para ter tido relações sexuais com o actual (ou com o último)
relacionamento amoroso
(apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais no relacionamento amoroso, N=2512)
Foi uma decisão por consentimento mútuo (N=1906)
75,9%
Estavam muito apaixonados/as (N=1071)
Foi por acaso (N=106)
Foi o próprio /a que tomou a iniciativa (N=100)
Foi o parceiro/a que tomou a iniciativa (N=98)
42,6%
4,2%
5%
2,6%
Comparação entre géneros
Decisão por consentimento mútuo
(N=2512)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
Sim
Não
(N=1906)
(N=606)
(N=1071)
(N=1441)
68,7%
79,1%
31,3%
20,9%
34,9%
46,1%
65,1%
53,9%
Foi por acaso
(N=2512)a)
a)
32
Homem
Mulher
a)
(χ²= 31,42; g.l.= 1; p≤ .001)
Homem
Mulher
Estavam muito apaixonados
(N=2512)a)
(χ²= 27,68; g.l.= 1; p≤ .001)
Foi o próprio /a que tomou a iniciativa
(N=2512)a)
Sim
Não
Sim
Não
(N=106)
(N=2406)
(N=100)
(N=2412)
7,3%
2,8%
92,7%
97,2%
7,5%
2,4%
92,5%
97,6%
(χ²= 27,03; g.l.= 1; p≤ .001)
Homem
Mulher
a)
(χ²= 35,72; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Tipo de relacionamento amoroso (violento vs afectivo)
A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo
afectivo” (i.e. não violento). As mulheres referem mais frequentemente ter um
relacionamento amoroso mais do tipo afectivo.
Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens
com um relacionamento há menos de 6 meses que mencionam mais frequentemente
ter um relacionamento “mais do tipo violento”.
Tipo de relacionamento amoroso (N= 2874)
Relacionamento "mais do tipo afectivo"
(N=2836)
98,7%
Relacionamento "mais do tipo violento"
(N=38)
1,3%
Comparação entre géneros
Tipo de relacionamento (afectivo vs violento) (N=2874)a)
“Mais do tipo afectivo”
“Mais do tipo violento”
(N=2836)
(N=38)
Homem
97,1%
2,9%
Mulher
99,4%
0,6%
a)
(χ²= 23,68; g.l.= 1; p≤ .001)
Comparação na duração do relacionamento1
Tipo de relacionamento (afectivo vs violento) (N=2837)a)
“Mais do tipo afectivo”
“Mais do tipo violento”
(N=2801)
(N=36)
Relacionamento com menos de 6 meses
97,4%
2,6%
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
99,8%
0,2%
99%
1%
Relacionamento com mais de 1 ano
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 14,35; g.l.= 2; p≤ .001)
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Dados Nacionais 2010
33
 Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no
relacionamento amoroso (ex: abraços, beijos e carinhos)
A maioria dos jovens refere que os sentimentos e a comunicação (ex: abraços,
beijos e carinhos) são muito importantes num relacionamento amoroso. As mulheres
dão mais importância aos sentimentos e comunicação na relação.
Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens
com um relacionamento há menos de 6 meses que atribuem menor importância aos
sentimentos e comunicação.
Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no
relacionamento (N= 2986)
Muito importante (N=2963)
99,2%
Pouco importante (N=23)
0,8%
Comparação entre géneros
Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no relacionamento
(N=2986)a)
Muito importante
Pouco importante
(N=2963)
(N=23)
Homem
97,7%
2,5%
Mulher
100%
0%
a)
(χ²= 47,95; g.l.= 1; p≤ .001)
Comparação na duração do relacionamento1
Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no relacionamento (N=2986)a)
Muito importante
Pouco importante
(N=2836)
(N=38)
Relacionamento com menos de 6 meses
98,5%
1,5%
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
99,8%
0,2%
Relacionamento com mais de 1 ano
99,4%
0,6%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
34
(χ²= 6,74; g.l.= 2; p≤ .001)
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Dados Nacionais 2010
 Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (ex: carícias
nos genitais, coito e orgasmo)
A maioria dos jovens refere que as carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são
muito importantes para a obtenção do prazer sexual. Verificam-se diferenças
estatisticamente significativas entre géneros, sendo que os homens dão mais
importância às carícias dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual
na relação. Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os
jovens com um relacionamento há mais de um ano que atribuem maior importância ao
prazer sexual no relacionamento. Verificaram-se, também, diferenças estatísticamente
significativas entre idades, sendo os mais novos que referem dar menos importância às
carícias dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual na relação.
Grau de importância do prazer sexual no relacionamento
(N= 2674)
Muito importante (N=2523)
94,4%
Pouco importante (N=151)
5,6%
Comparação entre géneros
Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N=2674)a)
Homem
Mulher
a)
Muito importante
Pouco importante
(N=2523)
(N=151)
96,8%
93,2%
3,2%
6,8%
(χ²= 14,48; g.l.= 1; p≤ .001)
Comparação na duração do relacionamento1
Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N=2629)a)
Muito importante
Pouco importante
(N=2482)
(N=148)
91,3%
93,4%
95,9%
8,7%
6,6%
4,1%
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 19,39; g.l.= 2; p≤ .001)
Comparação entre idades2
Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N=2674)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Muito importante
Pouco importante
(N=2482)
(N=148)
92,4%
98,5%
98,2%
7,6%
1,5%
1,8%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001)
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Dados Nacionais 2010
35
 Grau de satisfação sexual no relacionamento
A maioria dos jovens refere muita satisfação sexual. As mulheres mais
frequentemente mencionam maior satisfação sexual.
Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens
com um relacionamento há mais de um ano que referem um grau satisfação sexual
maior.
Grau de satisfação sexual no relacionamento (N= 2497)
Muita satisfação (N=2402)
96,2%
Pouca satisfação (N=95)
3,8%
Comparação entre géneros
Grau de satisfação sexual no relacionamento (N=2497)a)
Muita satisfação
Pouca satisfação
(N=2402)
(N=95)
Homem
95%
5%
Mulher
96,7%
3,3%
a)
(χ²= 4,35; g.l.= 1; p≤ .001)
Comparação na duração do relacionamento1
Grau de satisfação sexual no relacionamento (N=2460)a)
Muita satisfação
Pouca satisfação
(N=2366)
(N=94)
Relacionamento com menos de 6 meses
92,1%
7,9%
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
96,1%
3,9%
Relacionamento com mais de 1 ano
97,5%
2,5%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
36
(χ²= 31,41; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
Contracepção no relacionamento amoroso / erótico-sexual
 Utilização de métodos contraceptivos nos últimos doze meses
Quanto à utilização de métodos contraceptivos nas actividades sexuais nos
últimos doze meses, a maioria afirma ter usado sempre, em particular as jovens do
ensino superior. Os homens mais frequentemente nunca usaram, usaram raramente,
às vezes ou na maioria das vezes.
Usar MC nos últimos 12 meses (N=2600)
Nunca
3%
Raramente
3%
Às vezes
5,9%
Na maioria das
vezes
14,7%
Sempre
73,3%
Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N= 1905; Maioria das vezes, N=383; Às vezes, N=154; Raramente, N=79; Nunca, N= 79.
Comparação entre géneros
Utilização de métodos contraceptivos nos últimos doze meses
(jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2600)a)
Nunca
Raramente
Às vezes
Na maioria das
vezes
Sempre
Homem
4,1%
5,7%
9,1%
18,3%
62,8%
Mulher
2,5%
1,8%
4,5%
13,1%
78,1%
a)
(χ²= 81,36; g.l.= 4; p≤ .001)
 Utilização de preservativo nos últimos doze meses
Relativamente ao uso específico do preservativo nas relações sexuais nos últimos
doze meses, apenas 33% referem ter usado sempre e 15% indica mesmo nunca ter
usado.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a utilização de
preservativo nos últimos doze meses.
Usar preservativo nos últimos 12 meses (N=2584)
Sempre
32,6%
Na maioria das
vezes
22,2%
Nunca
14,6%
Raramente
12,9%
Às vezes
17,8%
Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N= 842; Maioria das vezes, N=573; Às vezes, N=459; Raramente, N=334; Nunca, N= 376.
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Dados Nacionais 2010
37
 Utilização de método contraceptivo (uso habitual)
Considerando o grupo de jovens que já teve relações sexuais, a maioria usa
habitualmente a pílula contraceptiva e o preservativo. Analisadas as diferenças entre
géneros, constata-se que são as jovens do ensino superior quem refere mais
frequentemente usar a pílula contraceptiva e os jovens quem mais refere usar o
preservativo. No que diz respeito ao grupo que usa a pílula do dia seguinte, são eles
quem mais a refere. Não existem diferenças significativas entre os géneros para o coito
interrompido e o anel vaginal.
Utilização de método contraceptivo
(apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730)
Pílula (N=1923)
70,4%
Preservativo (N=1884)
69%
Coito interrompido (N=228)
Anel vaginal (N=41)
Pílula do dia seguinte (N=36)
8,4%
5%
2,6%
Comparação entre géneros
Pílula (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1923)
(N=807)
60,3%
75,2%
39,7%
24,8%
(χ²= 63,60; g.l.= 1; p≤ .001)
Preservativo (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1884)
(N=846)
71,7%
67,7%
28,3%
32,3%
(χ²= 4,41; g.l.= 1; p≤ .05)
Pílula do dia seguinte (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
38
Sim
Não
(N=36)
(N=2694)
2,4%
0,8%
97,6%
99,2%
(χ²= 11,38; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Onde é que obteve informação sobre os MC que costuma utilizar
Quando inquiridos acerca do local onde obtiveram informação sobre os métodos
contraceptivos que costumam utilizar, a maioria aponta os técnicos de saúde,
folhetos/livros e amigos, sendo que as mulheres mais frequentemente referem os
técnicos de saúde e a mãe, ao passo que os homens mais frequentemente referem a
comunicação social (mass média), a internet, os professores, o pai e as associações.
Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para os
amigos nem para os folhetos/livros.
Informação sobre os MC que costuma utilizar
(apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730)
Técnicos de saúde
Técnicos de saúde (N=1609)
58,9%
(N=1609)
Folhetos/Livros (N=1443)
52,9%
Amigos (N=1425)
52,2%
Folhetos/Livros (N=1443)
Amigos (N=1425)
41,7%
Comunicação
social média)
(mass média)
(N=1139)
Comunicação
social (mass
(N=1139)
40,3%
Mãe (N=1099)
Mãe (N=1099)
Internet (N=1042)
Professores (N=1008)
38,2%
Internet (N=1042)
36,9%
Professores (N=1008)
19%
Pai (N=518)
Pai (N=518)
Associações (N=169)
6,2%
Associações (N=169)
Comparação entre géneros
Técnicos de saúde (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1609)
(N=1121)
36%
69,8%
64%
30,2%
(χ²= 281,76; g.l.= 1; p≤ .001)
Comunicação Social (mass média) (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1139)
(N=1591)
50,1%
37,7%
49,9%
62,3%
(χ²= 37,61; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
39
Mãe (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1099)
(N=1631)
35,3%
42,6%
64,7%
57,4%
(χ²= 13,05; g.l.= 1; p≤ .001)
Internet (N=2730)a)
Sim
Não
(N=1042)
(N=1688)
Homem
43,1%
56,9%
Mulher
35,8%
64,2%
a)
(χ²= 13,21; g.l.= 1; p≤ .001)
Professores (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1008)
(N=1722)
42,4%
34,3%
57,6%
65,7%
(χ²= 16,64; g.l.= 1; p≤ .001)
Pai (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=518)
(N=2212)
31,6%
13%
68,4%
87%
(χ²= 134,45; g.l.= 1; p≤ .001)
Associações (N=2730)a)
Sim
Não
(N=169)
(N=2561)
Homem
7,7%
92,3%
Mulher
5,5%
94,5%
a)
40
(χ²= 5,28; g.l.= 1; p≤ .05)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Onde adquire os métodos contraceptivos que costuma utilizar
A maioria dos jovens inquiridos adquire os métodos contraceptivos que utiliza na
farmácia. Em relação a este local não se constataram diferenças estatisticamente
significativas entre os géneros. No entanto, os homens adquirem-nos mais
frequentemente no supermercado e as mulheres no planeamento familiar, centro de
saúde e médico de família.
Onde adquire os MC que costuma utilizar
(apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730)
Farmácia (N=1913)
70,1%
Supermercado (N=761)
27,9%
Planeamento familiar (N=639)
23,4%
Centro de saúde (N=518)
5%
Médico família (N=258)
2,6%
Comparação entre géneros
Supermercado (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=761)
(N=1969)
38,8%
22,7%
61,3%
77,3%
(χ²= 76,38; g.l.= 1; p≤ .001)
Planeamento familiar (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=639)
(N=2091)
11%
29,3%
89%
70,7%
(χ²= 111,09; g.l.= 1; p≤ .001)
Centro de saúde (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=518)
(N=2212)
14,7%
21%
85,3%
79%
(χ²= 15,73; g.l.= 1; p≤ .001)
Médico de família (N=2730)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=258)
(N=2472)
4,3%
11,9%
95,7%
88,1%
(χ²= 39,97; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
41
Comportamentos e risco
 Ter relações sexuais com outra pessoa durante o relacionamento
amoroso
A grande maioria da amostra afirma não ter tido relações sexuais com outra
pessoa durante o relacionamento amoroso. Consideradas as diferenças entre o género
e a idade, são os homens e os jovens com idades entre os 22 e 28 anos quem mais
referem ter tido.
Ter relações com outra pessoa durante o
relacionamento amoroso (N=2666)
Sim
7,7%
Não
92,3%
Nº de jovens em cada categoria: Sim, N= 206; Não, N= 2460.
Comparação entre géneros
Ter relações sexuais com outra pessoa durante o
relacionamento amoroso (N=2666)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=206)
(N=2460)
16,6%
3,6%
83,4%
96,4%
(χ²= 136,73; g.l.= 1; p≤ .001)
Comparação entre idades1
Ter relações sexuais com outra pessoa durante o relacionamento
amoroso (N=2666)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Sim
Não
(N=206)
(N=2460)
6,3%
10,5%
11,9%
93,7%
89,5%
88,1%
1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
42
(χ²= 16,26; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Parceiros sexuais ocasionais
Sessenta e sete por cento afirmam nunca ter tido um parceiro sexual ocasional,
sendo que dos que tiveram, os homens são quem mais o refere, independentemente
da frequência. Consideradas as diferenças entre a duração de relacionamento e a
idade, são os jovens que têm relacionamentos há menos de 6 meses e os com idades
entre os 22 e 28 anos que mencionam mais frequentemente ter parceiros sexuais
ocasionais.
Parceiros sexuais ocasionais
(apenas jovens que já tiveram relações sexuais, N= 2669)
67%
1- Nunca
aconteceu
14,3%
6,7%
5%
2
3
4
3,9%
5
1,5%
6
1,5%
7 - Muito
frequente
Nº de jovens em cada categoria: 1 - Nunca aconteceu, N= 1789; 2 , N= 383; 3, N= 179; 4, N= 133; 5, N= 105; 6, N= 39; 7 – Muito frequente, N= 41.
Comparação entre géneros
Parceiros sexuais ocasionais
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2669)a)
Homem
Mulher
a)
Nunca
aconteceu
2
3
4
5
6
Muito
frequente
42,6%
78,3%
16,7%
13,3%
12,8%
3,9%
11,5%
2%
8,4%
1,9%
3,2%
0,7%
4,7%
0,1%
(χ²= 459,63; g.l.= 6; p≤ .001)
Comparação na duração do relacionamento1
Parceiros sexuais ocasionais
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2628)a)
Sim
Não
(N=855)
(N=1773)
Relacionamento com menos de 6 meses
51,1%
48,9%
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
35,6%
64,4%
Relacionamento com mais de 1 ano
25,4%
74,6%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 130,14; g.l.= 2; p≤ .001)
Comparação entre idades2
Parceiros sexuais ocasionais
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2669)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Sim
Não
(N=880)
(N=1789)
29,3%
41,3%
34,2%
70,3%
58,7%
65,8%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 34,58; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
43
 Parceiros sexuais ocasionais no último mês
Considerando apenas o grupo que referiu já ter tido, quer relações sexuais, quer
parceiros sexuais ocasionais, 81% afirmam que tiveram apenas um parceiro sexual
ocasional no último mês. Quanto à comparação entre géneros, verifica-se que são os
homens quem mais frequentemente teve entre dois e três, e mais de três parceiros
sexuais ocasionais no último mês, e as mulheres quem mais frequentemente teve um.
Nº de parceiros sexuais no último mês
(apenas quem teve relações sexuais e referiu ter tido parceiros sexuais
ocasionais, N=582)
Mais de 3
2,9%
Entre 2 a 3
16,2%
Um
80,9%
Nº de jovens em cada categoria: Um,N= 471; Entre 2 a 3, N= 94; Mais de 3 N= 17.
Comparação entre géneros
Parceiros sexuais no último mês
(jovens que referem já ter tido relações sexuais e ter tido parceiros sexuais ocasionais, N= 582)
Homem
Mulher
a)
1
Entre 2 a 3
Mais de 3
73,7%
92,45
21,6%
7,6%
4,8%
0%
a)
(χ²= 33,51; g.l.= 2; p≤ .001)
 Parceiros sexuais ocasionais no último ano
Aumentando-se o intervalo temporal para o último ano, e tendo em conta
apenas os respondentes que tiveram relações sexuais e referiram ter tido parceiros
sexuais ocasionais, 40% tiveram um parceiro, 37% entre dois e três, e 24% mais de três
parceiros sexuais ocasionais, em especial as mulheres com um, e entre dois e três, e os
homens com mais de três.
Nº de parceiros sexuais no último ano
(apenas quem teve relações sexuais e referiu ter tido parceiros sexuais
ocasionais, N=722)
Mais de 3
23,5
Um
39,8%
Entre 2 a 3
36,7%
Nº de jovens em cada categoria: Um,N= 287; Entre 2 a 3, N= 265; Mais de 3 N= 170.
Comparação entre géneros
Parceiros sexuais no último mês
a)
(jovens que referem já ter tido relações sexuais e ter tido parceiros sexuais ocasionais, N= 722)
Homem
Mulher
a)
44
1
Entre 2 a 3
Mais de 3
30,7%
52,9%
36,1%
37,6%
33,3%
9,5%
(χ²= 63,60; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Relações sexuais associadas ao consumo de álcool
Em relação à frequência com que tiveram relações sexuais porque tinham bebido
álcool demais, cerca de 35% da amostra afirma já ter acontecido pelo menos uma vez,
em particular os homens. Consideradas as diferenças entre a duração de
relacionamento e a idade, são os jovens que têm relacionamentos há menos de 6
meses e os com idades entre os 22 e 28 anos que mencionam mais frequentemente
ter tido relações sexuais associadas ao álcool.
Relações Sexuais associadas ao consumo de álcool
(apenas jovens que já tiveram relações sexuais, N= 2658)
64,5%
1- Nunca
aconteceu
17,6% 7,4%
5,2%
2
4
3
3%
5
1,2%
6
1%
7 - Muito
frequente
Nº de jovens em cada categoria: 1 - Nunca aconteceu, N= 1715; 2 , N= 468; 3, N= 198; 4, N= 139; 5, N= 81; 6, N= 31; 7 – Muito frequente, N= 26.
Comparação entre géneros
Relações sexuais associadas ao consumo de álcool
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2658)a)
Homem
Mulher
a)
Nunca
aconteceu
2
3
4
5
6
Muito
frequente
46,9%
72,7%
21,2%
16%
11,2%
5,7%
10,2%
2,9%
5,6%
1,9%
2,4%
0,6%
2,5%
0,3%
(χ²= 220,80; g.l.= 6; p≤ .001)
Comparação na duração do relacionamento1
Relações sexuais associadas ao consumo de álcool
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2618)a)
Relacionamento com menos de 6
meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Sim
Não
(N=923)
(N=1695)
42,2%
57,8%
38,1%
32,3%
61,9%
67,7%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 19,77; g.l.= 2; p≤ .001)
Comparação entre idades2
Relações sexuais associadas ao consumo de álcool
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2658)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Sim
Não
(N=943)
(N=1715)
31,6%
43,8%
39,8%
68,4%
56,2%
60,2%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 35,84; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
45
 Utilização de método contraceptivo quando teve relações sexuais
porque tinha consumido álcool
Inquiriu-se os jovens que afirmaram já ter tido relações sexuais porque tinham
consumido álcool acerca da utilização de método contraceptivo nessa situação e 34%
refere não ter usado contraceptivo em todas as ocasiões, em especial os homens.
Usar MC quando teve RS porque tinha consumido álcool (N= 928)
Nunca
6,3%
Raramente
4,5%
Às vezes
7,1%
Na maioria das
vezes
15,8%
Sempre
66,3%
Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=615; Maioria das vezes, N=147; Às vezes, N= 66; Raramente, N= 42; Nunca, N=58.
Comparação entre géneros
Utilização de MC quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool
(jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=928)a)
Homem
Mulher
a)
Nunca
Raramente
Às vezes
Na maioria das vezes
Sempre
7,9%
4,7%
5,9%
1,7%
9,7%
4,7%
21,4%
10,7%
51,1%
76,5%
(χ²= 47,93; g.l.= 4; p≤ .001)
 Utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha
consumido álcool
No que concerne à utilização de preservativo quando teve relações sexuais
porque tinha consumido álcool, 55% dos jovens referem não tê-lo feito sempre.
Verificam-se diferenças estatisticamente significativas entre géneros, sendo as alunas
que mais frequentemente referem não ter usado preservativo nunca.
Usar preservativo quando teve RS porque tinha consumido álcool (N= 925)
Nunca
12,2%
Sempre
44,9%
Raramente
9,2%
Às vezes
13,3%
Na maioria das
vezes
20,4%
Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=415; Maioria das vezes, N=189; Às vezes, N= 123; Raramente, N= 85; Nunca, N=113.
Comparação entre géneros
Utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool
(jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=925)a)
Homem
Mulher
a)
46
Nunca
Raramente
Às vezes
Na maioria das vezes
Sempre
9,3%
14,9%
7,5%
10,8%
15,2%
11,6%
21,9%
19%
46,2%
43,7%
(χ²= 12,19; g.l.= 4; p≤ .05)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Relações sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas
A grande maioria da população inquirida nunca teve relações sexuais porque
tinha tomado alguma substância psicoactiva. Consideradas as diferenças entre géneros,
as mulheres mais frequentemente referem que nunca aconteceu e os homens mais
frequentemente referem que aconteceu, independentemente da frequência.
Relativamente às diferenças de idade, são os jovens do grupo mais velho (com
idades entre os 29 e os 35 anos) que mencionam mais frequentemente ter tido
relações sexuais associadas às drogas.
Relações Sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas
(apenas jovens que já tiveram relações sexuais, N= 2565)
94,3%
3%
1- Nunca
aconteceu
0,6%
2
3
1,1%
0,5%
0,4%
4
5
6
0,2%
7 - Muito
frequente
Nº de jovens em cada categoria: 1 - Nunca aconteceu, N= 2419; 2 , N= 76; 3, N= 16; 4, N= 28; 5, N= 12; 6, N= 9; 7 – Muito frequente, N= 5.
Comparação entre géneros
Relações sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2565)a)
Homem
Mulher
a)
Nunca
aconteceu
2
3
4
5
6
Muito
frequente
89,3%
96,7%
5,4%
1,8%
1,1%
0,4%
1,7%
0,8%
1,2%
0,1%
0,7%
0,2%
0,6%
0%
(χ²= 65,64; g.l.= 6; p≤ .001)
Comparação entre idades1
Relações sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas
(apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2565) a)
Sim
Não
(N=146)
(N=2419)
Entre 18 e 21 anos
4,7%
95,3%
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
7%
12,4%
93%
87,6%
1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 15,11; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
47
 Utilização de método contraceptivo quando teve relações sexuais
porque tinha consumido alguma substância psicoactiva
Considerados apenas os jovens que referiram ter tido relações sexuais porque
tinham consumido alguma substância psicoactiva, verifica-se que 40% não utilizaram
na maioria das vezes um método contraceptivo. Quanto à comparação entre géneros,
salientam-se os homens que usaram mais frequentemente um método contraceptivo
na maioria das vezes e as mulheres que mais frequentemente usaram sempre.
Usar MC quando teve RS porque tinha consumido substâncias
psicoactivas (N= 144)
Raramente
4,9%
Nunca
4,9%
Às vezes
15,3%
Sempre
59,7%
Na maioria das
vezes
15,3%
Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=86; Maioria das vezes, N=22; Às vezes, N= 22; Raramente, N= 7; Nunca, N=7.
Comparação entre géneros
Utilização de MC quando teve relações sexuais porque tinha consumido substâncias
psicoactivas (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=144)a)
Homem
Mulher
a)
Nunca
Raramente
Às vezes
Na maioria das vezes
Sempre
5,8%
3,4%
2,3%
8,6%
17,4%
12,1%
20,9%
6,9%
53,5%
69%
(χ²= 9,73; g.l.= 4; p≤ .05)
 Utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha
consumido alguma substância psicoactiva
Apenas 38% usaram sempre preservativo quando tiveram relações sexuais
porque tinham consumido alguma substância psicoactiva.
Não existem diferenças significativas entre os géneros para a utilização do
preservativo quando tiveram relações sexuais porque tinham consumido substâncias
psicoactivas.
Usar preservativo quando teve RS porque tinha consumido
substâncias psicoactivas (N= 144)
Sempre
37,5%
Nunca
15,3%
Raramente
11,8%
Na maioria das
vezes
17,4%
Às vezes
18,1%
Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=54; Maioria das vezes, N=25; Às vezes, N= 26; Raramente, N= 17; Nunca, N=22.
48
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Ter uma infecção sexualmente transmissível
Em relação a alguma vez ter contraído uma infecção sexualmente transmissível e
tendo em conta apenas os estudantes que já tiveram relações sexuais, a maioria
afirma nunca ter tido. Não se constatam diferenças entre géneros.
Consideradas as diferenças de idade, são os mais novos (com idades entre os 18
e os 21 anos) que mencionam mais frequentemente não ter tido uma infecção
sexualmente transmissível.
Ter uma IST
(apenas para jovens que tiveram RS,
N=2647)
Sim
3,3%
Comparação entre idades1
Ter uma infecção sexualmente transmissível
(N=2647)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Não
96,7%
Sim
Não
(N=87)
(N=2560)
2,6%
3,8%
10,1%
97,4%
96,2%
89,9%
1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e
grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 87; Não N= 2560.
(χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001)
 Ter realizado uma interrupção voluntária de gravidez (IVG)
Dos jovens que já tiveram relações sexuais, 3,2% referem já ter efectuado (o
próprio ou a parceira) uma interrupção voluntária de gravidez. Não se constataram
diferenças estatisticamente significativas quanto ao género.
Consideradas as diferenças de idade, são os mais novos (com idades entre os 18
e os 21 anos) que mencionam mais frequentemente não ter efectuado uma
interrupção voluntária de gravidez.
IVG (jovens que mencionam ter
tido relações sexuais, N= 2553)
Comparação entre idades1
Interrupção voluntária da gravidez
(N=2553)a)
Não
96,8%
Sim
3,2%
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Não
(N=2472)
1,7%
5,9%
7,7%
98,3%
94,1%
92,3%
1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e
grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 81; Não N= 2472.
Sim
(N=81)
(χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
49
 Gravidez Indesejada
Quanto ao tema da gravidez indesejada, 4,2% de mulheres e 4% de homens
confirmam-no. Acresce que 6% de homens afirmam não saber.
Consideradas as diferenças de idade, são os mais novos (com idades entre os 18
e os 21 anos) que mencionam mais frequentemente não ter engravidado sem desejar.
Ter engravidado parceira sem
desejar (sexo masc., N=823)
Ter engravidado sem desejar
(sexo feminino, N= 1807)
Não Sei
6%
Sim
4,2%
Sim
4%
Não
95,8%
Não
90%
Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 76; Não N= 1731.
Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 33; Não sei, N= 49; Não N= 741)
Comparação entre idades1
Engravidar sem desejar (sexo feminino, N=1807)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Sim
Não
(N=76)
(N=1731)
1,8%
9%
16,2%
98,2%
91%
83,8%
1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos .)
a)
(χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001)
Comparação entre idades1
Engravidar sem desejar (sexo masculino, N=823)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Sim
Não Sei
Não
(N=33)
(N=49)
(N=741)
2,2%
5,6%
12,2%
5,3%
7%
6,1%
92,4%
87,3%
81,6%
1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos .)
a)
50
(χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
MODELO
SÍNTESE
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
CONHECIMENTOS
EDUCAÇÃO SEXUAL
51
52
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CONHECIMENTOS
 Conhecimentos face aos Métodos Contraceptivos e ISTs
Inquiriu-se os jovens acerca dos métodos contraceptivos, designadamente a
pílula, o adesivo contraceptivo e o anel vaginal, e relativamente a conhecimentos que
implicam comportamentos seguros ou de risco, nomeadamente em relação ao
atraso/esquecimento da toma da pílula e ao que pode reduzir o efeito da mesma. No
que diz respeito às questões da pílula, a maioria escolheu a alínea mais correcta, sendo
que são as mulheres quem o faz mais frequentemente e os homens quem afirma não
saber com maior frequência. Porém, relativamente ao adesivo contraceptivo e ao anel
vaginal, a maioria dos jovens escolheu a alínea errada, sendo que são os homens quem
o faz mais frequentemente.
Questionou-se, igualmente, acerca do modo de prevenção das infecções
sexualmente transmissíveis e a quase totalidade da amostra reconheceu o
preservativo como o único método, sendo que as mulheres o fizeram com maior
frequência e os homens responderam “não sei” ou erradamente mais frequentemente.
A função principal da pílula (N=3253)
a) Inibir a ovulação (N=1620, opção correcta)
49,8%
b) Impedir a implantação do óvulo (N=925)
28,4%
c) Regular a ovulação (N=520)
16%
d) Destruir os espermatezóides (N=41)
1,3%
e) Não sei (N=147)
4,5%
Comparação entre géneros
A função principal da pílula (N=3253)a)
Homem
Mulher
a)
a) (certa)
b)
c)
d)
e)
44,6%
52%
32,4%
26,7%
13,8%
16,9%
1,1%
1,3%
8%
3%
(χ²= 58,30; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
53
O que fazer quando se esquece de tomar a pílula (N=3247)
a) Se for num prazo de 12 horas, pode-se tomar sem colocar em causa a
contracepção (N=1620, opção correcta)
b) Deve-se tomar imediatamente e utilizar outro método contraceptivo
(ex: preservativo com espermicida) (N=1110)
c) Não se pode tomar e é aconselhável utilizar outro método contraceptivo
(ex: preservativo com espermicida) (N=179)
d) Não sei (N=338)
49,9%
34,2%
5,5%
10,4%
Comparação entre géneros
O que fazer quando se esquece de tomar a pílula (N=3247) a)
Homem
Mulher
a)
a) (certa)
b)
c)
d)
41,8%
53,4%
25,6%
37,9%
9,6%
3,7%
23%
5%
(χ²= 303,80; g.l.= 3; p≤ .001)
A função principal do adesivo contraceptivo e do anel vaginal (N=3245)
26,1%
30,4%
20,4%
23,1%
a) Impedir a ovulação (N=846, opção correcta)
b) Inibir a entrada dos espermatezóides (N=986)
c) Impedir a implantação do óvulo (N=663)
d) Não sei (N=750)
Comparação entre géneros
A função principal do adesivo contraceptivo e do anel vaginal (N=3245)a)
Homem
Mulher
a)
a) (certa)
b)
c)
d)
18,4%
29,4%
36,9%
27,5%
16,5%
22,1%
28,2%
20,9%
(χ²= 78,02; g.l.= 3; p≤ .001)
Como se utiliza o adesivo contraceptivo (N=3262)
a) Coloca-se um adesivo todos os dias durante 21 dias consecutivos, fazendose uma pausa de 7 dias (N=216)
b) Coloca-se um adesivo durante 3 semanas consecutivas, seguindo-se uma
de descanso (N=436)
c) Coloca-se um adesivo por semana, durante 3 semanas consecutivas,
seguindo-se uma de descanso (N=425, opção correcta))
d) Não sei (N=2185)
6,6%
13,4%
13%
67%
Comparação entre géneros
Como se utiliza o adesivo contraceptivo (N=3262)a)
Homem
Mulher
a)
54
a)
b)
c) (certa)
d)
4,9%
7,4%
7,4%
16%
7,4%
15,5%
80,4%
61,2%
(χ²= 117,03; g.l.= 3; p≤ .001)
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Dados Nacionais 2010
Como se utiliza o anel vaginal (N=3249)
a) Coloca-se um anel todos os dias durante 21 dias consecutivos, fazendo-se
uma pausa de 7 dias (N=173)
b) Coloca-se um anel durante 3 semanas consecutivas, seguindo-se uma de
descanso (N=635, opção correcta)
c) Colocam-se 3 anéis, um por semana, durante 3 semanas consecutivas,
seguindo-se uma de descanso (N=83)
19,5%
d) Não sei (N=2358)
72,6%
5,3%
2,6%
Comparação entre géneros
Como se utiliza o anel vaginal (N=3249)a)
Homem
Mulher
a)
a)
b) (certa)
c)
d)
3,9%
6%
12,4%
22,6%
3%
2,4%
80,7%
69%
(χ²= 55,66; g.l.= 3; p≤ .001)
O que acontece se tiver diarreia ou vómitos e utiliza o adesivo contraceptivo
ou o anel vaginal como MC (N=3243)
a) A eficácia anticoncepcional pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia
forte dentro de 4 horas (N=138)
b) A eficácia anticoncepcional pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia
forte dentro de 8 horas (N=71)
c) A eficácia anticoncepcional não é colocada em causa (N=873, opção
correcta)
4,3%
2,2%
26,9%
66,6%
d) Não sei (N=2161)
Comparação entre géneros
O que acontece se tiver diarreia ou vómitos e utiliza o adesivo contraceptivo ou
o anel vaginal como MC (N=3243)a)
Homem
Mulher
a)
a)
b)
c) (certa)
d)
3,9%
4,4%
2%
2,3%
20,8%
29,6%
73,3%
63,7%
(χ²= 30,12; g.l.= 3; p≤ .001)
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Dados Nacionais 2010
55
O que pode reduzir o efeito da pílula (N=3260)
a) Álcool e/ou drogas (N=179)
5,5%
b) Determinados medicamentos, tais como calmantes, ansiolíticos ou
antibióticos (N=745)
22,9%
c) Ambas as alíneas anteriores (N=1930, opção certa)
59,2%
d) Não sei (N=406)
12,5%
Comparação entre géneros
O que pode reduzir o efeito da pílula (N=3260)a)
Homem
Mulher
a)
a)
b)
c) (certa)
d)
8,6%
4,1%
15,1%
26,2%
56%
60,6%
20,3%
9%
(χ²= 135,84; g.l.= 3; p≤ .001)
Qual das seguintes afirmações é verdadeira para prevenir as ISTs (N=3233)
a) Urinar depois de ter relações sexuais (N=29)
0,9%
b) O dispositivo intra-uterino (DIU) impede as ISTs (N=11)
0,3%
c) O preservativo é o melhor método de prevenção de ISTs (N=2957, opção
certa)
91,5%
d) Observar sinais de ISTs antes de ter relações sexuais (N=117)
3,6%
d) Não sei (N=119)
3,7%
Comparação entre géneros
Qual das seguintes afirmações é verdadeira para prevenir as ISTs (N=3233)a)
Homem
Mulher
a)
56
a)
b)
c) (certa)
d)
e)
0,9%
0,9%
0,7%
0,2%
87,3%
93,3%
4,5%
3,2%
6,5%
2,4%
(χ²= 42,37; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
 Conhecimentos face ao VIH/Sida (I)
A maioria revela um nível de conhecimentos alto em relação aos meios de
transmissão do VIH/Sida, uma vez que responde acertadamente a todas as questões
que se referem efectivamente a meios de transmissão. Refira-se que o grau de certeza
baixa relativamente ao não se poder ficar infectado com o VIH/Sida por usar utensílios
para comer ou beber (pratos, talheres, copos) já usados por outra pessoa; e
relativamente à possibilidade de ficar infectado com uma transfusão de sangue num
hospital em Portugal, a maioria responde afirmativamente (apesar de a resposta estar
incorrecta). As mulheres que frequentam o ensino superior revelam melhores
conhecimentos de todos os meios de transmissão do VIH/Sida e os homens referem
mais frequentemente que não sabem.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a questão – Uma
pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida com uma transfusão de sangue, num
hospital, em Portugal.
a) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida se
usar uma agulha e/ou seringa já utilizada por outra
pessoa? (N=3264)
b) Se alguém infectado com o VIH/Sida tossir ou espirrar
perto de outras pessoas, estas poderão ficar também
infectadas? (N=3253)
c) Se uma mulher infectada com o VIH/Sida estiver grávida,
o seu bebé pode ficar infectado? (N=3256)
d) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por
abraçar alguém que está infectado? (N=3254)
e) Tomar a pílula pode proteger uma mulher de ser
infectada pelo VIH/Sida? (N=3255)
f) Uma pessoa pode ficar infectada pelo VIH/Sida se
tiver relações sexuais sem utilizar preservativo, mesmo
que seja só uma vez? (N=3257)
g) Uma pessoa pode parecer muito saudável e estar
infectada com o VIH/Sida? (N=3249)
h) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por
usar utensílios para comer ou beber (pratos, talheres,
copos) já usados por outra pessoa? (N=3246)
i) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida com
uma transfusão de sangue, num hospital, em Portugal?
(N=3249)
Sim
Não
Não sei
98,7%
0,7%
0,6%
4,3%
90,5%
5,2%
93,7%
2,9%
3,4%
2,4%
96,9%
0,7%
1,4%
96,8%
1,8%
98,5%
0,9%
0,6%
97,3%
1%
1,7%
12,5%
78,6%
8,9%
59,3%
31,1%
9,6%
Nota: A negrito as respostas correctas.
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
57
Comparação entre géneros
Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida se usar uma agulha e/ou seringa já
utilizada por outra pessoa (N=3264)a)
Sim
Não
Não Sei
Homem
Mulher
a)
(N=3222)
(N=23)
(N=19)
97,9%
99,1%
0,8%
0,7%
1,3%
0,3%
(χ²= 13,55; g.l.= 2; p≤ .001)
Se alguém infectado com o VIH/Sida tossir ou espirrar perto de outras pessoas, estas
poderão ficar também infectadas (N=3253)a)
Sim
Não
Não Sei
(N=139)
(N=2945)
(N=169)
Homem
6,5%
86,5%
6,9%
Mulher
3,3%
92,3%
4,4%
a)
(χ²= 27,42; g.l.= 2; p≤ .001)
Se uma mulher infectada com o VIH/Sida estiver grávida, o seu bebé pode ficar infectado
(N=3256)a)
Sim
Não
Não Sei
Homem
Mulher
a)
(N=3050)
(N=94)
(N=112)
89,3%
95,6%
4,4%
2,2%
6,3%
2,2%
(χ²= 47,62; g.l.= 2; p≤ .001)
Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por abraçar alguém que está infectado
(N=3254)a)
Sim
Não
Não Sei
Homem
Mulher
a)
(N=79)
(N=3152)
(N=23)
3%
2,2%
95,2%
97,6%
1,8%
0,2%
(χ²= 27,49; g.l.= 2; p≤ .001)
Tomar a pílula pode proteger uma mulher de ser infectada pelo VIH/Sida (N=3255)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
Não Sei
(N=46)
(N=3151)
(N=58)
1,6%
1,3%
95%
97,6%
3,4%
1,1%
(χ²= 20,86; g.l.= 2; p≤ .001)
Uma pessoa pode ficar infectada pelo VIH/Sida se tiver relações sexuais sem utilizar
preservativo, mesmo que seja só uma vez (N=3257)a)
Sim
Não
Não Sei
Homem
Mulher
a)
58
(N=3208)
(N=29)
(N=20)
97,1%
99,1%
1,4%
0,7%
1,4%
0,3%
(χ²= 19,92; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Uma pessoa pode parecer muito saudável e estar infectada com o VIH/Sida (N=3249)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
Não Sei
(N=3160)
(N=34)
(N=55)
95,7%
97,9%
1,2%
1%
3,1%
1,1%
(χ²= 16,35; g.l.= 2; p≤ .001)
Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por usar utensílios para comer ou
beber (pratos, talheres, copos) já usados por outra pessoa (N=3246)a)
Sim
Não
Não Sei
Homem
Mulher
a)
(N=405)
(N=2551)
(N=290)
16,7%
10,7%
72,8%
81,1%
10,5%
8,2%
(χ²= 29,66; g.l.= 2; p≤ .001)
 Conhecimentos face ao VIH/Sida (II)
De seguida, inquiriu-se os jovens estudantes do ensino superior sobre as vias de
transmissão do VIH e a maioria identificou o sangue, as seringas e o esperma (todas as
vias presentes). Analisadas as diferenças entre géneros, verificou-se que as mulheres
mais frequentemente reconhecem como via de transmissão o sangue, as seringas e o
esperma, e mais frequentemente reconhecem como não sendo via de transmissão as
picadas de mosquito, as casas de banho, os beijos e os abraços. Os homens mais
frequentemente afirmam não saber.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para as seguintes vias de
transmissão: lágrimas, urina e piscinas.
Vias de transmissão do VIH (N=3270)
Sim
Não
a) Saliva
11,1%
88,9%
b) Sangue
96,6%
3,4%
c) Lágrimas
1,3%
98,7%
d) Urina
6,9%
93,1%
e) Picadas de mosquito
20,6%
79,4%
f) Casas de banho
10,5%
89,5%
g) Piscinas
1,7%
98,3%
h) Seringas
94,4%
5,6%
i) Esperma
86,8%
13,2%
j) Beijos
2,8%
97,2%
K) Abraços
0,2%
99,8%
l) Não sei
1,3%
98,7%
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
59
Comparação entre géneros
Vias de transmissão do VIH – Saliva (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=364)
(N=2906)
13%
10,3%
87%
89,7%
(χ²= 5,18; g.l.= 1; p≤ .050)
Vias de transmissão do VIH - Sangue (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=3158)
(N=112)
95,5%
97,1%
4,5%
2,9%
(χ²= 5,39; g.l.= 1; p≤ .050)
Vias de transmissão do VIH – Picadas de mosquito (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=673)
(N=2597)
23,5%
19,3%
76,5%
80,7%
(χ²= 7,58; g.l.= 1; p≤ .010)
Vias de transmissão do VIH – Casas de banho (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=344)
(N=2926)
12,8%
9,5%
87,2%
90,5%
(χ²= 8,04; g.l.= 1; p≤ .010)
Vias de transmissão do VIH - Seringas (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
60
Sim
Não
(N=3087)
(N=183)
92%
95,4%
8%
4,6%
(χ²= 15,27; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Vias de transmissão do VIH – Esperma (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=2839)
(N=431)
79,6%
90%
20,4%
10%
(χ²= 64,74; g.l.= 1; p≤ .000)
Vias de transmissão do VIH - Beijos (N=3270)a)
Sim
Não
(N=93)
(N=3177)
Homem
4,2%
95,8%
Mulher
2,2%
97,8%
a)
(χ²= 10,05; g.l.= 1; p≤ .010)
Vias de transmissão do VIH - Abraços (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=8)
(N=3262)
0,8%
0%
99,2%
100%
(χ²= 18,47; g.l.= 1; p≤ .001)
Vias de transmissão do VIH – Não Sei (N=3270)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=41)
(N=3229)
2,9%
0,5%
97,1%
99,5%
(χ²= 32,19; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
61
62
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
ATITUDES
MODELO
63
64
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
ATITUDES
 Atitudes face à sexualidade, aos métodos contraceptivos e ao
preservativo
Produziram-se afirmações com as quais os estudantes tinham que concordar ou
discordar, demonstrando desse modo uma atitude positiva ou negativa,
respectivamente. Avaliou-se as atitudes sexuais, as atitudes face à contracepção e as
atitudes face ao uso do preservativo. Os respondentes concordaram com todas as
afirmações, expressando uma atitude muito positiva em relação a todas as afirmações,
à excepção da que identificava o orgasmo como a melhor experiência da vida, com a
qual o grau de concordância foi menor.
Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente
revelaram uma atitude mais positiva em relação à contracepção e ao preservativo e os
homens mais frequentemente revelaram uma atitude mais positiva em relação ao sexo.
a) A contracepção faz parte de uma
sexualidade responsável. (N=3262)
b) O orgasmo é a melhor experiência do
mundo. (N=3247)
c) O sexo é uma parte muito importante da
vida. (N=3254)
d) É fácil usar os métodos contraceptivos que
reduzem as possibilidades de vir a ter uma
IST. (N=3238)
e) Não sinto que seja insulto sugerir ao meu
parceiro sexual o uso do preservativo para
evitar uma IST. (N=3230)
f) Sinto-me melhor comigo próprio(a) quando
uso métodos contraceptivos. (N=3237)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
0,8%
1,6%
97,6%
7,9%
34,1%
58,1%
3,7%
16,2%
80,1%
2,9%
8,6%
88,5%
2,1%
6,3%
91,5%
3,7%
22,2%
74,1%
Comparação entre géneros
A contracepção faz parte de uma sexualidade responsável (N=3262)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
1,3%
0,6%
3,5%
0,7%
95,2%
98,7%
(χ²= 37,95; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
65
O orgasmo é a melhor experiência do mundo (N=3247)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
7,9%
7,8%
22,2%
39,2%
69,9%
52,9%
(χ²= 92,30; g.l.= 2; p≤ .001)
O sexo é uma parte muito importante da vida (N=3254)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
2,5%
4,3%
10,2%
18,8%
87,2%
76,9%
(χ²= 45,81; g.l.= 2; p≤ .001)
É fácil usar os métodos contraceptivos que reduzem as possibilidades de vir a ter
uma IST (N=3238)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
3,7%
2,6%
10,4%
7,8%
85,9%
89,6%
(χ²= 9,21; g.l.= 2; p≤ .010)
Não sinto que seja insulto sugerir ao meu parceiro sexual o uso do preservativo
para evitar uma IST (N=3230)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
3,5%
1,6%
12,4%
3,7%
84,1%
94,8%
(χ²= 103,40; g.l.= 2; p≤ .001)
Sinto-me melhor comigo próprio(a) quando uso métodos contraceptivos
(N=3237)a)
Homem
Mulher
a)
66
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
7,2%
2,2%
28,3%
19,5%
64,4%
78,2%
(χ²= 87,52; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Atitudes face ao preservativo e teste do VIH
Questionaram-se os jovens sobre atitudes face ao preservativo e ao teste do VIH
no próximo mês, designadamente convencer o parceiro a praticar somente sexo
seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos, fazer e pedir ao parceiro para
fazer o teste do VIH, demonstrando desse modo uma atitude preventiva ou não.
A maioria dos jovens expressou uma atitude muito preventiva em relação a
praticar somente sexo seguro, ter e utilizar sempre preservativos. Relativamente há
compra de preservativos, fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH o grau de
aceitação foi menor.
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
a) Persuadir o parceiro a praticar somente
sexo seguro no próximo mês. (N=3192)
7%
28,4%
64,6%
b) Utilizar preservativos sempre que se tem
relações sexuais no próximo mês. (N=3165)
10,7%
25,8%
63,5%
c) Ter sempre preservativos consigo no
próximo mês. (N=3190)
9,4%
39,2%
51,4%
d) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no
próximo mês. (N=3194)
19,2%
39,2%
41,7%
e) Comprar preservativos no próximo mês.
(N=3183)
12,9%
46,7%
40,4%
f) Pedir ao parceiro para fazer análise ao
sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3161)
22,1%
42,9%
35%
Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente
revelaram uma atitude mais preventiva no sentido de convencer o parceiro a ter
somente sexo seguro; e os homens mais frequentemente revelaram uma atitude
preventiva em relação a comprar e ter sempre preservativos e uma atitude pouco
preventiva em relação ao fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH.
Não existiram diferenças entre os géneros para a questão utilizar preservativos
sempre que se tem relações sexuais.
Comparação entre géneros
Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3192)a)
Homem
Mulher
a)
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
9,3%
6%
34,6%
25,7%
56,1%
68,3%
(χ²= 45,04; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
67
Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=3190)a)
Homem
Mulher
a)
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
8,2%
9,9%
28,7%
43,8%
63,1%
46,3%
(χ²= 78,25; g.l.= 2; p≤ .001)
Comprar preservativos no próximo mês (N=3183)a)
Homem
Mulher
a)
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
14%
12%
43,1%
48,3%
42,9%
39,3%
(χ²= 7,25; g.l.= 2; p≤ .050)
Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3194)a)
Homem
Mulher
a)
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
23,9%
17,1%
40,4%
38,6%
35,7%
44,3%
(χ²= 28,70; g.l.= 2; p≤ .001)
Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês
(N=3161)a)
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
Homem
27,7%
46,5%
25,8%
Mulher
19,7%
41,3%
38,9%
a)
(χ²= 56,18; g.l.= 2; p≤ .001)
Quanto às diferenças na duração do relacionamento, quem tem um
relacionamento há menos de 6 meses afirma com maior frequência que seria muito
bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro, e ter e utilizar sempre
preservativos. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere com maior
frequência que seria muito bom fazer o teste do VIH no próximo mês.
Comparação na duração do relacionamento1
Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=2900)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Muito mau
Nem mau
nem bom
Muito bom
5,6%
6,5%
7,8%
25,2%
27,1%
31,4%
69,2%
66,4%
60,8%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
68
(χ²= 17,56; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=2881)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Muito
mau
Nem mau nem
bom
Muito bom
7,2%
7,3%
14,3%
20,1%
26,2%
29%
72,7%
66,5%
56,7%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 68,58; g.l.= 4; p≤ .001)
Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2895)a)
Muito mau
Nem mau nem bom
Muito bom
6,9%
6,3%
11,6%
38,1%
36,9%
38,6%
55%
56,8%
49,8%
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 22,71; g.l.= 4; p≤ .001)
Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=2901)a)
Muito mau
Nem mau nem bom
Muito bom
19,9%
18,4%
18,3%
38,4%
45,8%
38%
41,8%
35,8%
43,7%
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 11,47; g.l.= 4; p≤ .050)
No que se refere às diferenças entre idades, são os jovens mais novos que
referem com maior frequência que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar
somente sexo seguro, e ter e utilizar sempre preservativos. Os jovens mais velhos
apresentam uma atitude negativa face a estes potenciais comportamentos protectores.
Comparação entre idades2
Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3192)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Muito mau
Nem mau nem bom
Muito bom
5,3%
10,2%
16,4%
26,8%
31,6%
36,2%
67,8%
58,1%
47,4%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 57,33; g.l.= 4; p≤ .001)
Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=3165)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Muito mau
Nem mau nem bom
Muito bom
9,3%
13,2%
20%
23,8%
29,4%
40,9%
66,9%
57,5%
39,1%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 55,17; g.l.= 4; p≤ .001)
Nota: Os cálculos apresentados na brochura II (em anexo) sobre estas atitudes apresentam valores diferentes devido a se ter seleccionado apenas o grupo de jovens que
teve relações sexuais (N=2730).
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
69
 Atitudes perante sujeitos infectados com o VIH/Sida
Quando questionados sobre atitudes perante sujeitos infectados com o VIH/Sida,
a grande maioria expressa uma atitude de aceitação, uma vez que a percentagem de
respostas situa-se acima dos 90% relativamente a todas as afirmações, nomeadamente
concordando que deve ser permitido aos jovens infectados com o VIH frequentar a
escola, que eram capazes de assistir a uma aula ao lado de um colega infectado com o
VIH, e que visitariam um amigo(a) que estivesse infectado com o VIH; e discordando
que deixariam de ser amigos duma pessoa que estivesse infectada com o VIH e que as
pessoas infectadas com o VIH deveriam viver à parte do resto da população. Quanto
aos géneros, verifica-se que os homens mais frequentemente não têm a certeza, e as
mulheres mais frequentemente expressam uma atitude tolerante perante os sujeitos
infectados com o VIH/Sida.
a) Eu deixaria de ser amigo duma pessoa que
estivesse infectada com o VIH. (N=3266)
b) Deve ser permitido aos jovens infectados
com o VIH frequentar a escola. (N=3263)
c) Eu era capaz de assistir a uma aula ao lado
de um colega infectado com o VIH. (N=3259)
d) Eu visitaria um amigo(a) que estivesse
infectado(a) com o VIH. (N=3262)
e) As pessoas infectadas com o VIH deveriam
viver à parte do resto da população. (N=3265)
Concordo
Não tenho a
certeza
Discordo
1%
6,4%
92,6%
92,4%
4,8%
2,7%
90,8%
6,5%
2,7%
96,5%
2,7%
0,8%
1,3%
1,7%
97%
Comparação entre géneros
Eu deixaria de ser amigo duma pessoa que estivesse infectada com o VIH
(N=3266)a)
Homem
Mulher
a)
Concordo
Não tenho a
certeza
Discordo
2%
0,6%
9,3%
5,1%
88,6%
94,3%
(χ²= 35,35; g.l.= 2; p≤ .001)
Deve ser permitido aos jovens infectados com o VIH frequentar a escola
(N=3263)a)
Homem
Mulher
a)
70
Concordo
Não tenho a
certeza
Discordo
87,2%
94,7%
8,8%
3,2%
4,1%
2,1%
(χ²= 58,21; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Eu era capaz de assistir a uma aula ao lado de um colega infectado com o VIH
(N=3259)a)
Homem
Mulher
a)
Concordo
Não tenho a
certeza
Discordo
87%
92,3%
10%
5%
3%
2,7%
(χ²= 28,11; g.l.= 2; p≤ .001)
Eu visitaria um amigo(a) que estivesse infectado(a) com o VIH (N=3262)a)
Homem
Mulher
a)
Concordo
Não tenho a
certeza
Discordo
95%
97,2%
4,2%
2,1%
0,8%
0,7%
(χ²= 11,18; g.l.= 2; p≤ .010)
As pessoas infectadas com o VIH deveriam viver à parte do resto da população
(N=3265)a)
Homem
Mulher
a)
Concordo
Não tenho a
certeza
Discordo
1,2%
1,4%
3,5%
0,9%
95,3%
97,8%
(χ²= 28,09; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
71
72
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
NORMAS
MODELO
73
74
Aventura Social
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Dados Nacionais 2010
Normas
 Normas subjectivas (opinião dos outros) face ao preservativo e teste
do VIH
Questionaram-se os jovens sobre normas subjectivas, ou seja, se a opinião das
pessoas importantes na vida de cada jovem pode interferir na tomada de decisão face
ao preservativo e ao teste do VIH no próximo mês, designadamente se a maior parte
das pessoas considera importante convencer o parceiro a praticar somente sexo
seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos, e fazer e pedir ao parceiro para
fazer o teste do VIH, demonstrando desse modo a influência positiva ou não das
pessoas que rodeiam os jovens.
A maioria dos jovens expressou ter uma influência positiva em relação ao
convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro, ter e usar sempre preservativos;
e verificou-se uma influência menor no comprar preservativos, e fazer e pedir ao
parceiro para fazer o teste do VIH.
A maior parte das pessoas, que são importantes
para mim, pensam que devia:
Completamente
falso
Nem falso
Completamente
nem verdade
verdade
a) Utilizar preservativos sempre que se tem
relações sexuais no próximo mês. (N=3151)
12,6%
30,4%
57%
b) Praticar somente sexo seguro no próximo
mês. (N=3181)
17,9%
33,7%
48,4%
c) Ter sempre preservativos consigo no
próximo mês. (N=3161)
16,5%
39,4%
44%
d) Comprar preservativos no próximo mês.
(N=3168)
21%
44,2%
34,8%
e) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no
próximo mês. (N=3179)
36%
41,6%
22,4%
32,5%
44,4%
23,1%
f) Pedir ao parceiro para fazer análise ao
sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3148)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
75
Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente
revelaram uma influência positiva, por parte das pessoas que consideram importantes
na sua vida, no sentido de terem somente sexo seguro e pedirem ao parceiro para
fazer o teste do VIH; e os homens mais frequentemente revelaram uma opinião
positiva por parte das outras pessoas em relação a comprar e ter sempre preservativos.
Não existiram diferenças entre os géneros para a questão utilizar preservativos
sempre que se tem relações sexuais e fazer o teste do VIH.
Comparação entre géneros
Praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3181)a)
Homem
Mulher
a)
Completemente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
16,5%
18,5%
37,8%
32%
45,8%
49,6%
(χ²= 10,29; g.l.= 2; p≤ .010)
Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=3161)a)
Homem
Mulher
a)
Completemente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
10,9%
19%
35,3%
41,2%
53,8%
39,8%
(χ²= 62,24; g.l.= 2; p≤ .001)
Comprar preservativos no próximo mês (N=3168)a)
Homem
Mulher
a)
Completemente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
17,6%
22,5%
44%
44,3%
38,4%
33,2%
(χ²= 12,61; g.l.= 2; p≤ .010)
Pedir parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês
(N=3148)a)
Homem
Mulher
a)
76
Completemente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
31,8%
32,8%
47,5%
43,1%
20,7%
24,1%
(χ²= 6,61; g.l.= 2; p≤ .050)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Quanto às diferenças na duração do relacionamento, quem tem um
relacionamento há menos de 6 meses afirma com maior frequência que as outras
pessoas consideram importante praticar somente sexo seguro, comprar e utilizar
sempre preservativos. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere com
maior frequência que as outras pessoas consideram importante fazer o teste do VIH no
próximo mês.
Comparação na duração do relacionamento1
Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=2866)a)
Completamente
falso
Nem falso
nem verdade
Completamente
verdade
Relacionamento com menos de 6 meses
7,4%
29,3%
63,3%
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
12,6%
16%
28,4%
32,3%
58,9%
51,7%
Relacionamento com mais de 1 ano
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 44,90; g.l.= 4; p≤ .001)
Praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=2887)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Completamente
falso
Nem falso
nem verdade
Completamente
verdade
13,3%
15,1%
21,9%
33,6%
34,2%
33,8%
53,2%
50,7%
44,2%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 34,18; g.l.= 4; p≤ .001)
Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2870)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Completamente
falso
Nem falso
nem verdade
Completament
e verdade
11,4%
12,8%
41,9%
39,9%
46,7%
47,2%
20%
37,9%
42,1%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 32,60; g.l.= 4; p≤ .001)
Comprar preservativos no próximo mês (N=2877)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Completamente
falso
Nem falso
nem verdade
Completamente
verdade
16,5%
19,2%
24,1%
45,1%
45,1%
42,7%
38,3%
35,7%
33,3%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 19,75; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
77
Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=2888)a)
Completamente
falso
Nem falso
nem verdade
Completamente
verdade
35,8%
32%
36,9%
42,7%
49,3%
39,8%
21,5%
18,7%
23,3%
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 13,42; g.l.= 4; p≤ .010)
No que se refere às diferenças entre idades, são os jovens mais novos que
referem com maior frequência que as outras pessoas consideram importante praticar
somente sexo seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos. Os jovens mais
velhos mencionam com maior frequência que as outras pessoas consideram
importante fazer o teste do VIH.
Comparação entre idades2
Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês
(N=3151)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Completamente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
10,6%
15%
36%
28,4%
35,4%
35,1%
61,1%
49,6%
28,9%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 100,72; g.l.= 4; p≤ .001)
Praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3181)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Completamente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
15,3%
22,8%
32,7%
32,9%
35,9%
34,5%
51,7%
41,3%
32,7%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 54,13; g.l.= 4; p≤ .001)
Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2870)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Completamente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
15,1%
17,8%
36%
40,1%
38,5%
32,5%
44,8%
43,6%
31,6%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
78
(χ²= 35,86; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Comprar preservativos no próximo mês (N=3168)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Completamente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
19,3%
23,7%
34,5%
44,2%
45,1%
38,1%
36,4%
31,2%
27,4%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 23,31; g.l.= 4; p≤ .001)
Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3179)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Completamente
falso
Nem falso nem
verdade
Completamente
verdade
34,9%
37%
50%
43,5%
37,7%
32,5%
21,6%
25,3%
17,5%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 19,13; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
79
80
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTENÇÕES
MODELO
81
82
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Intenções
 Intenções face ao preservativo e teste do VIH
Questionaram-se os jovens sobre intenções face ao preservativo e ao teste do
VIH no próximo mês, designadamente se tencionam convencer o parceiro a praticar
somente sexo seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos, fazer e pedir ao
parceiro para fazer o teste do VIH, demonstrando desse modo ter vontade ou não de
ter um comportamento sexual preventivo.
A maioria dos jovens expressou tencionar convencer o parceiro a praticar
somente sexo seguro e usar sempre preservativos; e considerou pouco provável fazer
e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH. Cerca de 35% e 46% dos respondentes
mencionou tencionar comprar e ter sempre preservativos, respectivamente.
Pouco
provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito
provável
a) Tencionar persuadir o parceiro a praticar
somente sexo seguro no próximo mês. (N=3180)
10,9%
21,8%
67,3%
b) Tencionar utilizar preservativos sempre que
se tem relações sexuais no próximo mês.
(N=3173)
16,6%
18,8%
64,6%
c) Tencionar ter sempre preservativos consigo
no próximo mês. (N=3178)
24,3%
29,8%
45,8%
d) Tencionar comprar preservativos no próximo
mês. (N=3190)
34,1%
30,4%
35,4%
e) Tencionar pedir ao parceiro para fazer a
análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês.
(N=3159)
50,7%
32,9%
16,4%
f) Tencionar fazer a análise ao sangue (teste VIH)
no próximo mês. (N=3191)
53,1%
30,7%
16,2%
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
83
Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente
tencionam persuadir o parceiro a ter somente sexo seguro e utilizar sempre
preservativos, e menos frequentemente tencionam fazer o teste do VIH. Os homens
mais frequentemente tencionam comprar e ter sempre preservativos.
Comparação entre géneros
Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês
(N=3180)a)
Homem
Mulher
a)
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
14,2%
9,4%
27%
19,5%
58,8%
71,1%
(χ²= 46,67; g.l.= 2; p≤ .001)
Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo
mês (N=3173)a)
Homem
Mulher
a)
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
15,7%
17%
23,4%
16,8%
60,9%
66,3%
(χ²= 19,20; g.l.= 2; p≤ .001)
Tencionar ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=3178)a)
Homem
Mulher
a)
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
14,8%
28,5%
26,6%
31,3%
58,6%
40,2%
(χ²= 106,39; g.l.= 2; p≤ .001)
Tencionar comprar preservativos no próximo mês (N=3190)a)
Homem
Mulher
a)
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
26,7%
37,4%
31,5%
30%
41,8%
32,6%
(χ²= 39,40; g.l.= 2; p≤ .001)
Tencionar fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3191)a)
Homem
Mulher
a)
84
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
49,9%
54,4%
33,6%
29,5%
16,5%
16,1%
(χ²= 6,46; g.l.= 2; p≤ .050)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Quanto às diferenças na duração do relacionamento, quem tem um
relacinamento há menos de 6 meses tenciona mais frequentemente persuadir o
parceiro a praticar somente sexo seguro, ter e utilizar sempre preservativos. Quem
tem um relacionamento há mais de um ano refere mais frequentemente não tencionar
comprar preservativos.
Comparação na duração do relacionamento1
Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês
(N=2889)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Pouco
provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito
provável
9%
10%
20,3%
19,5%
70,7%
70,5%
12,6%
23,8%
63,6%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 16,63; g.l.= 4; p≤ .001)
Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês
(N=2886)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Pouco
provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito
provável
8,9%
14,5%
22,4%
16,8%
16,6%
20,4%
74,3%
69,9%
57,2%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 87,32; g.l.= 4; p≤ .001)
Tencionar ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2889) a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Pouco
provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito
provável
17,8%
18,3%
27,4%
31,9%
31,9%
27,7%
50,3%
49,8%
45%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 34,04; g.l.= 4; p≤ .001)
Tencionar comprar preservativos no próximo mês (N=2899)a)
Relacionamento com menos de 6 meses
Relacionamento entre 6 meses e 1 ano
Relacionamento com mais de 1 ano
Pouco
provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito
provável
27,3%
29,3%
36,4%
36,3%
32,7%
26,8%
36,4%
38,1%
36,8%
1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.)
a)
(χ²= 31,96; g.l.= 4; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
85
No que se refere às diferenças entre idades, são os jovens mais novos que
referem com maior frequência que tencionam persuadir o parceiro a praticar somente
sexo seguro e utilizar sempre preservativos. Os jovens entre os 22 e 28 anos
mencionam com maior frequência que tencionam fazer e pedir ao parceiro o teste do
VIH.
Comparação entre idades2
Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês
(N=3180)a)
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
Entre 18 e 21 anos
8,9%
20,2%
70,9%
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
14,7%
23,7%
24,6%
32,5%
60,6%
43,9%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 67,07; g.l.= 4; p≤ .001)
Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês
(N=3173)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
13,6%
21,8%
37,9%
17,7%
20,4%
28,4%
68,7%
57,7%
33,6%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 94,63; g.l.= 4; p≤ .001)
Tencionar pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês
(N=3159)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
51%
48,9%
58,3%
33,8%
31%
29,6%
15,2%
20,1%
12,2%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
(χ²= 13,44; g.l.= 4; p≤ .010)
Tencionar fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3191)a)
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
Pouco provável
Nem pouco nem
muito provável
Muito provável
53,3%
51,3%
60,9%
31,6%
29,2%
25,2%
15,1%
19,5%
13,9%
2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.)
a)
86
(χ²= 11,40; g.l.= 4; p≤ .050)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
CONFORTO
MODELO
87
88
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
CONFORTO
 Grau de conforto
A maior parte dos jovens revela um grau de conforto positivo em relação a
comprar preservativos numa loja, trazê-los consigo ou adquiri-los no centro de saúde.
Verificam-se diferenças entre géneros, nomeadamente os homens revelam maior grau
de conforto em relação a comprar preservativos numa loja ou a trazê-los consigo e as
mulheres mais frequentemente discordam que trazer um preservativo consigo
significa que estão a planear ter relações sexuais.
a) Seria desconfortável comprar preservativos
numa loja. (N=3196)
b) Seria desconfortável trazer consigo
preservativos. (N=3188)
c) Trazer um preservativo consigo significa
que está a planear ter relações sexuais.
(N=3188)
d) Seria desconfortável adquirir preservativos
no centro de saúde. (N=3189)
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
60,6%
23,4%
16,1%
70,5%
19,5%
9,9%
63,2%
24,3%
12,4%
66,9%
20,3%
12,8%
Comparação entre géneros
Seria desconfortável comprar preservativos numa loja (N=3196)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo nem
discordo
Concordo
67,6%
57,6%
21,6%
24,2%
10,8%
18,3%
(χ²= 36,39; g.l.= 2; p≤ .001)
Seria desconfortável trazer consigo preservativos (N=3188)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo nem
discordo
Concordo
73,9%
69,1%
19,2%
19,7%
6,9%
11,2%
(χ²= 14,90; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
89
Trazer um preservativo consigo significa que está a planear ter relações sexuais
(N=3188)a)
Homem
Mulher
a)
Discordo
Não concordo nem
discordo
Concordo
57,4%
65,7%
26,8%
23,3%
15,7%
11%
(χ²= 22,65; g.l.= 2; p≤ .001)
Seria desconfortável adquirir preservativos no centro de saúde (N=3189)a)
Discordo
Não concordo nem
discordo
Concordo
Homem
65%
23,3%
11,7%
Mulher
67,7%
19,1%
13,3%
a)
90
(χ²= 7,79; g.l.= 2; p≤ .050)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
MODELO
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
91
92
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
COMPETÊNCIAS
 Competências face ao Preservativo
Percepção da dificuldade
Avaliou-se o grau de dificuldade em relação a apoiar o parceiro sexual se ele
começasse a falar em usar preservativo, utilizar preservativo sempre que se tem
relações sexuais ocasionais, falar sobre sexo seguro numa situação não sexual, recusar
ter relações sexuais com alguém que se conheceu recentemente se ele não quiser usar
preservativo, comprar preservativos e utilizar preservativo com o parceiro estando sob
a influência de drogas ou álcool.
A maioria dos inquiridos considerou que era fácil. Os homens mais
frequentemente consideraram que era fácil comprar preservativos; e as mulheres mais
frequentemente consideraram que era fácil apoiar o parceiro sexual se ele começasse
a falar em usar preservativo, falar sobre sexo seguro numa situação não sexual, a
utilizar preservativo sempre que se tem relações sexuais ocasionais e a recusar ter
relações sexuais, com alguém que se conheceu recentemente se ele não quiser usar
preservativo.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a seguinte questão:
até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo com o seu parceiro se estivesse
sob a influência de drogas ou álcool.
Percepção da dificuldade
a) Até que ponto seria difícil dar apoio ao seu parceiro
sexual se ele começasse a falar acerca do uso de
preservativo para reduzir o risco de contrair diferentes
ISTs. (N=3205)
b) Até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo,
todas as vezes que tem encontros sexuais ocasionais.
(N=3175)
c) Até que ponto seria difícil para si falar de sexo seguro
com o seu parceiro numa situação não sexual, como por
exemplo, enquanto conduz. (N=3219)
d) Até que ponto consegue recusar ter relações sexuais
com alguém que conheceu recentemente, se ela se
recusasse a usar preservativo. (N=3177)
e) Até que ponto é difícil para si comprar preservativos.
(N=3234)
f) Até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo
com o seu parceiro se estivesse sob a influência de
drogas ou álcool. (N=3148)*
Díficil
Nem fácil
nem difícil
Fácil
2,8%
15,4%
81,8%
5,1%
19,8%
75,1%
5,6%
21,7%
72,8%
10,9%
21,2%
67,9%
12,1%
29%
58,9%
16,6%
32,9%
50,5%
*A opção f) não foi incluida no modelo sobre comportamentos sexuais saudáveis.
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
93
Comparação entre géneros
Até que ponto seria difícil dar apoio ao seu parceiro sexual se ele começasse a falar
acerca do uso de preservativo para reduzir o risco de contrair diferentes ISTs (N=3205)a)
Nem fácil nem
Difícil
Fácil
difícil
Homem
Mulher
a)
3,1%
2,7%
21,5%
12,8%
75,4%
84,5%
(χ²= 40,37; g.l.= 2; p≤ .001)
Até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo, todas as vezes que tem encontros
sexuais ocasionais (N=3175)a)
Nem fácil nem
Difícil
Fácil
difícil
Homem
Mulher
a)
6,7%
4,4%
22,6%
18,6%
70,6%
77%
(χ²= 16,47; g.l.= 2; p≤ .001)
Até que ponto seria difícil para si falar de sexo seguro com o seu parceiro numa situação
não sexual, como por exemplo, enquanto conduz (N=3219)a)
Nem fácil nem
Difícil
Fácil
difícil
Homem
Mulher
a)
6,1%
5,3%
25,2%
19,7%
67,8%
75%
(χ²= 18,48; g.l.= 2; p≤ .001)
Até que ponto consegue recusar ter relações sexuais com alguém que conheceu
recentemente, se ela se recusasse a usar preservativo (N=3177)a)
Nem fácil nem
Difícil
Fácil
difícil
Homem
Mulher
a)
18,2%
7,7%
32,2%
16,5%
49,5%
75,8%
(χ²= 214,17; g.l.= 2; p≤ .001)
Até que ponto é difícil para si comprar preservativos (N=3234)a)
Homem
Mulher
a)
94
Difícil
Nem fácil nem
difícil
Fácil
6%
14,7%
22,7%
31,7%
71,2%
53,6%
(χ²= 97,05; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Percepção de eficácia
Avaliou-se o grau de eficácia em relação a conversar e convencer o parceiro a
praticar somente sexo seguro, ter a certeza que vai utilizar o preservativo, recusar ter
relações sexuais desprotegidas, fazer planos com antecedência para ter a certeza que
têm sempre preservativos com eles (elas) de cada vez que têm relações sexuais e
persuadir o parceiro para fazer o teste do VIH. A maioria dos inquiridos considerou que
era eficaz, em especial as mulheres.
Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a seguinte questão:
com que eficácia consegue fazer planos com antecedência para ter a certeza que tem
sempre preservativos consigo de cada vez que tem relações sexuais.
Percepção de eficácia
a) Com que eficácia consegue convencer o seu parceiro
a praticar somente sexo seguro. (N=3165)
b) Com que eficácia consegue dizer ao seu parceiro que
pretende somente praticar sexo seguro. (N=3174)
c) Com que eficácia pode ter a certeza que vai utilizar
preservativo. (N=3159)
d) Com que eficácia consegue recusar ter relações
sexuais desprotegidas. (N=3180)
e) Com que eficácia consegue fazer planos com
antecedência para ter a certeza que tem sempre
preservativos consigo de cada vez que tem relações
sexuais. (N=3146)*
f) Com que eficácia consegue persuadir o seu parceiro
a fazer o teste do VIH. (N=3184)
Ineficaz
Nem eficaz
nem ineficaz
Eficaz
5,3%
18,4%
76,3%
5,4%
18,4%
76,2%
4,1%
22,7%
73,2%
14,1%
21,5%
64,4%
12,5%
33,2%
54,4%
12,4%
33,3%
54,3%
*A opção e) não foi incluida no modelo sobre comportamentos sexuais saudáveis.
Comparação entre géneros
Com que eficácia consegue convencer o seu parceiro a praticar somente sexo
seguro (N=3165)a)
Homem
Mulher
a)
Ineficaz
Nem eficaz nem
ineficaz
Eficaz
6,6%
4,8%
25,3%
15,4%
68,2%
79,8%
(χ²= 51,38; g.l.= 2; p≤ .001)
Com que eficácia consegue dizer ao seu parceiro que pretende somente praticar
a)
sexo seguro (N=3174)
Homem
Mulher
a)
Ineficaz
Nem eficaz nem
ineficaz
Eficaz
7%
4,7%
28%
14,2%
65,1%
81,1%
(χ²= 98,15; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
95
Com que eficácia pode ter a certeza que vai utilizar preservativo (N= 3159) a)
Homem
Mulher
a)
Ineficaz
Nem eficaz nem
ineficaz
Eficaz
4,6%
3,9%
26%
21,3%
69,4%
74,8%
(χ²= 9,94; g.l.= 2; p≤ .010)
Com que eficácia consegue recusar ter relações sexuais desprotegidas (N=3180)a)
Ineficaz
Nem eficaz nem
ineficaz
Eficaz
Homem
18,1%
30,4%
51,4%
Mulher
12,4%
17,6%
70,1%
a)
(χ²= 103,67; g.l.= 2; p≤ .001)
Com que eficácia consegue persuadir o seu parceiro a fazer o teste do VIH
(N=3184)a)
Homem
Mulher
a)
96
Ineficaz
Nem eficaz nem
ineficaz
Eficaz
13,7%
11,8%
41,5%
29,8%
44,8%
58,4%
(χ²= 52,87; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
MODELO
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
EDUCAÇÃO SEXUAL
EDUCAÇÃO SEXUAL
97
98
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
EDUCAÇÃO SEXUAL
 Importância da educação sexual na saúde dos indivíduos
Questionou-se os jovens acerca da importância que atribuem à educação sexual
na saúde dos indivíduos e a maioria considerou que é muito importante. Considerando
as diferenças entre géneros, são as mulheres quem mais frequentemente a considera
desse modo.
Importância da ES na saúde dos indivíduos,
N= 3216
Razoavelment
e importante
5,4%
Muito
importante
93,8%
Nada
importante
0,7%
Nº de jovens em cada categoria: Muito importante,N= 3018; Razoavelmente importante, N= 174; Nada importante N= 24.
Comparação entre géneros
Importância da educação sexual na saúde dos indivíduos (N=3216)a)
Nada importante
Razoavelmente importante
Muito importante
1,5%
0,4%
9,1%
3,8%
89,4%
95,7%
Homem
Mulher
a)
(χ²= 47,24; g.l.= 2; p≤ .001)
 Importância da educação sexual nas escolas
Quanto à importância da educação sexual nas escolas, a grande maioria
considera-a muito importante, em particular as mulheres.
ES nas escolas N= 3205
Razoavelmente
importante
6,4%
Nada
importante
1,7%
Muito
importante
91,9%
Nº de jovens em cada categoria: Muito importante,N= 2945; Razoavelmente importante, N= 205; Nada importante N= 55.
Comparação entre géneros
Importância da educação sexual nas escolas (N=3205)a)
Nada importante
Razoavelmente importante
Muito importante
3,2%
1,1%
9,8%
4,9%
86,9%
94%
Homem
Mulher
a)
(χ²= 47,31; g.l.= 2; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
99
 Aptidão dos professores para abordar sexualidade com os alunos
Quarenta por cento dos inquiridos consideram os professores razoavelmente
aptos para abordar a sexualidade com os alunos. No entanto, 34% consideram-nos
pouco / nada aptos.
Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para a
aptidão dos professores para falarem sobre sexualidade com os alunos.
Aptidão dos professores para abordar sexualidade
com os alunos N=3191
Nada aptos
34,2%
Mto aptos
25,5%
Razoavelmente
aptos
40,3%
Nº de jovens em cada categoria: Muito aptos,N= 814; Razoavelmente aptos, N= 1287; Nada aptos N= 1090.
 A educação sexual deve ser abordada nas escolas
A grande maioria afirma que a educação sexual deve ser abordada nas escolas,
em particular através de acções/conferências por agentes externos, na disciplina de
Ciências Naturais/Biologia e nas áreas curriculares não disciplinares (Formação Cívica
/Área de Projecto e Estudo Acompanhado). Verificaram-se diferenças entre géneros:
as mulheres mais frequentemente concordam que a educação sexual deve ser
abordada nas escolas.
ES deve ser abordada nas escolas (N=
3213)
Disciplinas em que deve ser abordada
a educação sexual (N=3278)
Não
4%
Acções/conferências por
agentes externos (N=3086)
Sim
96%
C. Naturais/ Biologia
(N=3086)
57,1%
Form. Cívica/Ár. Proj./Est.
Acomp. (N=3086)
56,7%
Nº de jovens em cada categoria: Sim,N= 3086; Não N= 127.
Comparação entre géneros
A educação sexual deve ser abordada nas escolas (N=3213)a)
Homem
Mulher
a)
100
64,6%
Sim
Não
(N=3086)
(N=127)
94,1%
96,9%
5,9%
3,1%
(χ²= 14,34; g.l.= 1; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Teve educação sexual na escola (nos últimos anos)
A maioria dos inquiridos usufruiu, nos últimos anos, de educação sexual na
escola que frequentou em disciplinas como Ciências Naturais/Biologia.
Teve ES na escola nos últimos anos
(N= 3210)
Não
43,8%
(N= 1407)
Disciplinas que abordaram a educação
sexual (N=1803)
C. Naturais/ Biologia
(N=3086)
Sim
56,2%
Acções/conferências por
agentes externos
(N=3086)
(N=1803)
Form. Cívica/Ár. Proj./Est.
Acomp. (N=3086)
67,1%
43,8%
33,8%
 Sentiu que ficou esclarecido com os temas que foram abordados em
educação sexual
A maioria dos inquiridos afirma ter ficado muito esclarecido. Não existiram
diferenças estatisticamente signifivas entre os géneros.
Pouco
esclarecido
(N= 130)
7,3%
Razoavelmente
esclarecido
(N= 604)
33,7%
Muito
esclarecido
(N=1056)
59%
Ficou esclarecido com os temasque foram abordados em ES
(N= 1790)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
101
 Quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens
Em relação a quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens, a
maior parte concorda que são os pais, os técnicos de saúde e a escola. Relativamente à
responsabilidade da comunicação social (mass média), as opiniões dividem-se: cerca
de 56% concordam e 30% não têm a certeza. Quanto às diferenças entre géneros, os
homens mais frequentemente revelam não concordar nem discordar e as mulheres
mais frequentemente concordam com a responsabilidade dos pais, técnicos de saúde
e escola.
Discordo
Não concordo
nem discordo
Concordo
a) Pais/Família (N=3196)
0,7%
4,5%
94,8%
b) Técnicos de saúde (N=3125)
0,6%
5,2%
94,2%
c) Escola (N=3139)
1,5%
7,3%
91,1%
d) Comunicação social (mass média) (N=2970)
14,1%
29,8%
56,1%
Comparação entre géneros
Pais/Família (N=3196)a)
Homem
Mulher
a)
Concordo
Não concordo nem
discordo
Discordo
93,6%
95,3%
6%
3,9%
0,4%
0,8%
(χ²= 8,34; g.l.= 2; p≤ .050)
Técnicos de saúde (N=3125)a)
Homem
Mulher
a)
Concordo
Não concordo nem
discordo
Discordo
89,6%
96,1%
9,4%
3,4%
1,1%
0,5%
Concordo
Não concordo nem
discordo
Discordo
88,3%
92,4%
9,5%
6,4%
2,2%
1,2%
(χ²= 51,33; g.l.= 2; p≤ .001)
Escola (N=3139)a)
Homem
Mulher
a)
(χ²= 14,24; g.l.= 2; p≤ .001)
Nota: Os cálculos apresentados na brochura II (em anexo) sobre quem deve ser responsável pela educação sexual dos jovens, apresentam valores diferentes devido à
recodificação dicotómica das opções de resposra.
102
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
 Onde tem obtido mais informação sobre sexualidade
Quanto às fontes de conhecimento da sexualidade, destacam-se os amigos, a
internet, a comunicação social e o centro de saúde. As mulheres mais frequentemente
obtêm informação no centro de saúde, enquanto os homens mais frequentemente a
obtêm na internet ou através dos irmãos.
Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para os
amigos, comunicação social (mass média), namorado (a), pais e professores.
Onde tem obtido mais informação sobre sexualidade (N=3204)
a) Amigos (N=2113)
65,9%
b) Internet (N=1560)
48,7%
c) Comunicação Social (mass média) (N=1497)
46,7%
d) Centro de Saúde (N=1304)
40,7%
e) Namorado (a) (N=1250)
39%
f) Pais (N=1248)
39%
g)Professores (N=872)
27,2%
h) Irmãos (N=315)
9,8%
Comparação entre géneros
Internet (N=3204)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1560)
(N=1644)
53,7%
46,6%
46,3%
53,4%
(χ²= 13,48; g.l.= 1; p≤ .001)
Centro de saúde (N=3204)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=1304)
(N=1900)
24,7%
47,5%
75,3%
52,5%
(χ²= 144,76; g.l.= 1; p≤ .001)
Irmãos (N=3204)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=315)
(N=2889)
11,8%
9%
88,2%
91%
(χ²= 6,08; g.l.= 1; p≤ .050)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
103
 Sente-se devidamente informado em relação a todas as questões
relacionadas com a sexualidade
A maioria sente-se devidamente informada sobre todos os temas relacionados
com a sexualidade, em especial os homens.
Sente-se informado sobre todos os
temas relacionados com a
sexualidade (N= 3216)
Comparação entre géneros
Informação sobre todos os temas
(N=3216)a)
Não
31%
Sim
69%
Sim
Não
(N=2219)
(N=997)
Homem
76,5%
23,5%
Mulher
65,8%
34,2%
a)
Nº de jovens em cada categoria: Sim,N= 2219; Não, N= 997.
(χ²= 35,73; g.l.= 1; p≤ .001)
Assuntos que gostaria de ver esclarecidos:
Considerando apenas os jovens que afirmaram não se sentir informados, a
maioria selecciona infecções sexualmente transmissíveis/Sida, contracepção e sexo
seguro, e segurança pessoal como os temas que desejaria ver esclarecidos, e
puberdade como o menos relevante. Verificaram-se diferenças entre géneros, as
mulheres mais frequentemente identificam as infecções sexualmente transmissíveis e
a segurança pessoal, e os homens a puberdade.
Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para a
contracepção e sexo seguro, prazer e orgasmo, comunicação acerca do
relacionamento amoroso, gravidez e parentalidade na adolescência, masturbação,
atracção/amor e intimidade, imagem corporal, homossexualidade, sonhos molhados e
reprodução e nascimento.
Assuntos que gostaria de ver esclarecidos (apenas sujeitos que mencionaram não se
sentir esclarecidos, N=997)
60%
ISTs e Sida (N=598)
45,8%
Contracepção e sexo seguro (N=457)
34,8%
Segurança pessoal (prevenção do abuso sexual) (N=347)
26,2%
Prazer e orgasmo (N=261)
Comunicação acerca do relacionamento amoroso (N=181)
18,2%
Gravidez e parentalidade na adolescência (N=181)
18,2%
Masturbação (N=176)
17,7%
13%
Atracção, amor e intimidade (N=130)
Imagem corporal (N=103)
9,1%
Sonhos molhados (N=86)
8,6%
Reprodução e nascimento
8,5%
Puberdade (N=37)
104
10,3%
Homossexualidade (N=91)
3,7%
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Comparação entre géneros
ISTs e Sida (N=997)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=598)
(N=399)
53,8%
61,8%
46,2%
38,2%
(χ²= 4,66; g.l.= 1; p≤ .050)
Segurança pessoal (prevenção do abuso sexual) (N=997)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=347)
(N=650)
18,7%
39,5%
81,3%
60,5%
(χ²= 33,35; g.l.= 1; p≤ .001)
Puberdade (N=997)a)
Homem
Mulher
a)
Sim
Não
(N=37)
(N=960)
7,1%
2,7%
92,9%
97,3%
(χ²= 9,40; g.l.= 1; p≤ .010)
 Conforto em conversar sobre contraceptivos e infeccções sexualmente
transmissíveis com pessoas da mesma idade, pais e professores
Quando questionados sobre como se sentiriam a conversar sobre contraceptivos
e infecções sexualmente transmissíveis com pessoas da mesma idade, pais e
professores, a maioria afirma só estar à vontade com pessoas da mesma idade. Com os
pais e os professores sentem-se relativamente à vontade. As mulheres mais
frequentemente afirmam estar à vontade para conversar com pessoas da mesma
idade e os homens com pais e professores.
Como se sentiria:
a) A conversar com pessoas da
mesma idade sobre métodos
contraceptivos e IST’s (N=3216)
b) A conversar com os pais sobre
métodos contraceptivos e IST’s
(N=3216)
c) A conversar com os professores
sobre métodos contraceptivos e
IST’s (N=3213)
À vontade
Relativamente
à vontade
Pouco à
vontade
Não falaria com
eles sobre isso
70,7%
24,3%
4,5%
0,5%
26,1%
34,9%
29,8%
9,2%
28%
44%
22,3%
5,6%
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
105
Comparação entre géneros
A conversar com pessoas da mesma idade sobre métodos contraceptivos e IST’s
(N=3216)a)
À vontade
Relativamente à
vontade
Pouco à
vontade
Não falaria com
eles sobre isso
Homem
64,3%
27,8%
6,9%
1%
Mulher
73,4%
22,8%
3,5%
0,3%
a)
(χ²= 38,98; g.l.= 3; p≤ .001)
A conversar com os pais sobre métodos contraceptivos e IST’s
(N=3216)a)
À vontade
Relativamente à
vontade
Pouco à
vontade
Não falaria com
eles sobre isso
Homem
28,9%
36,1%
28,3%
6,6%
Mulher
24,9%
34,3%
30,4%
10,3%
a)
(χ²= 15,56; g.l.= 3; p≤ .001)
A conversar com os professores sobre métodos contraceptivos e IST’s
(N=3213)a)
À vontade
Relativamente à
vontade
Pouco à
vontade
Não falaria com
eles sobre isso
Homem
32,1%
43,7%
18,9%
5,3%
Mulher
25,3%
44,2%
23,8%
5,7%
a)
106
(χ²= 15,63; g.l.= 3; p≤ .001)
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
SÍNTESE
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
MODELO
MODELO
107
108
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Modelo De Promoção Do Comportamento Sexual Preventivo
Esboçando um modelo explicativo, verifica-se que os conhecimentos não levam
necessariamente ao comportamento preventivo. São um dos responsáveis (tal como a
motivação) pelo desenvolvimento das competências que levam ao comportamento
sexual preventivo.
Sendo assim, um comportamento sexual seguro não depende unicamente do
conhecimento, mas também da motivação para o desempenho de comportamentos
preventivos e das competências necessárias para a execução do mesmo.
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
109
110
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
INTRODUÇÃO
COMPORTAMENTOS
CONHECIMENTOS
ATITUDES
NORMAS
INTENÇÕES
CONFORTO
COMPETÊNCIAS
EDUCAÇÃO SEXUAL
MODELO
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
SÍNTESE
SÍNTESE
111
112
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Síntese
O presente estudo teve como objectivo central conhecer a sexualidade dos
jovens estudantes universitários portugueses.
A maioria é sexualmente activa (83,3%) e teve a sua primeira relação sexual aos
16 anos ou mais tarde (79,2%). Os métodos contraceptivos mais utilizados
habitualmente são a pílula (70,4%) e o preservativo (69%).
A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo
afectivo” e um grau de satisfação sexual elevado. Consideram também que os
sentimentos, a comunicação e o prazer sexual são muito importantes numa relação.
Porém os homens mencionam mais ter um relacionamento “mais do tipo
violento” e atribuem maior importância ao prazer sexual na relação. Por sua vez, as
mulheres referem ter um relacionamento “mais do tipo afectivo” e atribuem maior
importância aos sentimentos e à comunicação num relacionamento amoroso.
Quanto às diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens com
relacionamentos há menos de 6 meses que mencionam mais frequentemente ter um
relacionamento amoroso “mais do tipo violento”. Quem tem um relacionamento há
mais de um ano refere ter um relacionamento “mais do tipo afectivo”.
Relativamente às diferenças de idade, são os jovens mais velhos que atribuem
maior importância ao prazer sexual na relação
Considerando os potenciais comportamentos de risco, são os homens, os jovens
com relações mais recentes e os mais velhos que mencionam mais frequentemente ter
tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações
sexuais com outra pessoa para além do parceiro.
No que se refere aos comportamentos de protecção, nomeadamente o acesso e
o uso de preservativos, as conversas sobre sexo seguro e o teste do VIH, são os jovens
que não tiveram educação sexual na escola (antes de entrar para a universidade) que
apresentam um atitude negativa face a estes comportamentos protectores.
Quanto à realização do teste do VIH, a maioria dos jovens não tem qualquer
intenção de fazê-lo, nem tenciona pedir ao parceiro.
No que diz respeito aos conhecimentos, atitudes, conforto e competências face à
sexualidade, contracepção e VIH/Sida, as mulheres apresentaram uma maior
preocupação preventiva face ao risco e os homens maior aceitação do risco.
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
113
Esboçando um modelo explicativo, verifica-se que o comportamento sexual
preventivo (usar preservativo) não depende exclusivamente do grau de conhecimentos,
mas da motivação e do desenvolvimento das competências.
Verificamos através destes resultados que a educação sexual nas escolas tem
vindo a cumprir o seu papel. No entanto, temos uma percentagem de jovens em
potencial risco a frequentar as universidades.
Urge apostar em Gabinetes de Esclarecimento, nas Universidades, constituídos
por equipas pluridisciplinares, com recurso às tecnologias mais recentes
(principalmente a Internet) e trabalho entre pares. Estes podem ajudar na
implementação de campanhas de prevenção universal, no esclarecimento e treino de
competências relacionadas com a sexualidade (por exemplo facultando informação e
competências sobre os métodos contraceptivos, fornecendo gratuitamente
preservativos e pílulas). Este serviço seria ainda de grande utilidade como resposta a
outras necessidades, designadamente dando acompanhamento à jovem grávida e/ou
casal e na formação pré-natal ao jovem casal que se encontra à espera do primeiro
filho.
114
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
Contactos do Projecto Aventura Social
PROJECTO AVENTURA SOCIAL
www.aventurasocial.com
www.fmh.utl.pt/aventurasocial
www.hbsc.org
e-mail: [email protected]
[email protected]
Siga-nos:
www.umaventurasocial.blospot.com
Facebook (aventurasocial)
FMH/UTL – Estrada da Costa
1495-688 Cruz Quebrada
tel. 214149152 ou tel. 214149199
CMDT/IHMT/UNL
Rua da Junqueira, 96 – 1300 Lisboa
tel. 213652600
fax 213632105
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
115
116
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
ANEXO 1
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
117
118
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
ANEXO 2
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
119
120
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
DADOS NACIONAIS 2010
PROBLEMAS EMERGENTES E MODELO COMPREENSIVO
SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
DADOS NACIONAIS 2010
PROBLEMAS EMERGENTES E MODELO COMPREENSIVO
Equipa do projecto Aventura Social em 2010
Coordenação da Equipa
Coordenadora Geral – Margarida Gaspar de Matos
Co-Coordenadora Geral – Celeste Simões
Co-Coordenador na FMH/UTL – José Alves Diniz
Coordenadora executiva do estudo - Marta Reis
Autora do relatório - Marta Reis
Investigadores do projecto:
Marta Reis, Lúcia Ramiro, Gina Tomé, Mafalda Ferreira, Inês Camacho, Nuno Loureiro, Carlos Ferreira,
Susana Veloso, Tânia Gaspar, António Borges
Abril, 2011
Saiba mais em www.aventurasocial.com e www.umaventurasocial.blogspot.com
Projecto Aventura Social
www.aventurasocial.com
www.fmh.utl.pt/aventurasocial
www.hbsc.org
e-mail:
[email protected]
[email protected]
Siga-nos em:
www.umaventurasocial.blospot.com
Facebook (aventurasocial)
FMH/UTL – Estrada da Costa
1495-688 Cruz Quebrada
Tel. 214149152 ou tel. 214149199
Agradecimentos
(por ordem alfabética):
Alda Martins (FCHS/UAlgarve)
Alexandra Esteves (ECAV/UTAD)
Alexandra Sanfins (FMV/ULHT)
Américo José Bessa Dias (ESE/IPPorto)
Ana Allen Gomes (DCE/UAveiro)
Ana Carreira (ISE/UAlgarve)
Ana Luísa Vieira (ERISA)
Ângela Maia (EP/UMinho)
Célia Alves (ESPAB, Sines)
Daniel Rijo (FPCE/UCoimbra)
Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa)
Divanildo Monteiro (ECAV/UTAD)
Duarte Vilar (APF)
Dulce Gomes (ESS/IPLeiria)
Elisabete Ramos (Fac. Med. /UPorto)
Elísio Pinto (ESS/IPLeiria)
Eric Many (ESE/IPPorto)
Fernando Humberto Serra (ISCSP/UTL)
Gabriela Almeida (Univ. Fernando Pessoa)
Henrique Barros (Fac. Med./UPorto; CNLCSida)
Henrique Pereira (FCSH/UBI)
Isabel Correia (ISCTE)
Isabel Leal (ISPA)
Isabel Pinto Ribeiro (ERISA)
Isabel Santos (DCE/UAveiro)
Isabel Soares (IEP/UMinho)
João Cruz (ESECS/IPLeiria)
Joaquim Machado Caetano (FCM/UNL)
Jorge Bonito (UÉvora)
Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto)
Jorge Saraiva (Dep. Biologia/UAveiro)
José Carlos Lopes (ESSUA)
Laurentina Pedroso (Bastonária OMV; FMV/ULHT)
Luís Miguel Tavares (ESTIG/IPBeja)
Luís Murta (ESE/IPBeja)
Luís Sérgio Vieira (FCHS/UAlgarve)
Luísa Gonçalves (ESTG – IPLeiria)
Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra)
Maria do Céu Machado (ACS)
Maria do Céu Salvador (FPCE/UCoimbra)
Maria dos Anjos Dixe (ESS/IPLeiria)
Maria Lídia Palma (ERISA)
Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto)
Maria Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra)
Marília Cid (ECS_Dep. Ped. Educ./UÉvora)
Marina Carvalho (ULHT/Aventura Social)
Marta Aires de Sousa (ESSCVP)
Nuno Loureiro (ESSE/IPBeja)
Paula Carvalho (FCSH/UBI)
Pedro Amores da Silva (ERISA)
Pedro Gamito (FP/ULHT)
Pedro Nobre (DCE/UAveiro)
Rogério Ferrinho Ferreira (ESS/IPBeja)
Rui Corredeira (FADE/UPorto)
Rui Costa (ESSUA)
Sandra Amado (ESS/IPLeiria)
Saul de Jesus (UAlgarve)
Sónia Mina (ESS/IPLeiria)
Vânia Loureiro (ESSE/IPBeja)
Faculdades e Institutos Politécnicos Nacionais
que participaram no estudo
Região Norte
Região Centro
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade de Coimbra
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade do Porto
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade da Beira Interior
Departamento de Engenharia Zootécnica da UTAD
Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
Departamento de Genética e Biotecnologia da UTAD
Departamento de Ciências da Educação da
Universidade de Aveiro
Departamento de Medicina Veterinária da UTAD
Escola de Psicologia da Universidade do Minho
Departamento de Ciências da Saúde da Universidade
de Aveiro
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico
do Porto
Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do
Instituto Politécnico de Leiria
Universidade Fernando Pessoa (Unidade de Ponte de
Lima)
Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico de Leiria
Região do Alentejo
Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de
Leiria
Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico
de Beja
Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de
Beja
Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico de Beja
Região do Algarve
Lisboa e Vale do Tejo
Faculdade de Motricidade Humana da Universidade
Técnica de Lisboa
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da
Universidade Técnica de Lisboa
Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de
Lisboa
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da
Universidade do Algarve
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Instituto Superior de Engenharia da Universidade do
Algarve
ERISA – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanchez
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
Amostra recolhida entre estudantes do ensino superior
Inquéritos
Raparigas
Rapazes
Média de Idade
Mín
Máx
3.278
70%
30%
21
18
35
Saúde Sexual e Reprodutiva
Estudantes do Ensino Superior
Problemas Emergentes e Modelo Compreensivo
O HBSC/OMS (Health Behaviour in School-aged Children) é um estudo colaborativo da Organização Mundial de
Saúde.
Este estudo específico é uma extensão do HBSC/OMS e visa adquirir uma compreensão aprofundada dos
comportamentos sexuais dos estudantes portugueses do ensino superior, estudando os conhecimentos, as atitudes,
as normas, as intenções, o conforto e as competências face à sexualidade, contracepção e VIH/Sida. Pretende-se
também compreender a importância da educação sexual para estes jovens.
Na sequência da apresentação dos resultados preliminares do estudo sobre Saúde Sexual e Reprodutiva dos
Estudantes do Ensino Superior, que podem ser consultados em www.aventurasocial.com, apresentam-se nesta
segunda brochura novos resultados e um aprofundamento dos resultados divulgados em Dezembro de 2010*.
Dos 3278 participantes, a maioria é de nacionalidade portuguesa, de religião católica,
solteira e refere ser heterossexual.
COMPORTAMENTOS
Características mais relevantes do relacionamento amoroso / erótico-sexual
Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na
relação (ex: abraços, beijos e carinhos)
99,2%
Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento)
98,7%
O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento
As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito
importantes” para a obtenção do prazer sexual
96,2%
94,4%
A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo afectivo” (i.e. não violento).
Os sentimentos, a comunicação e a satisfação sexual são muito importantes num relacionamento
amoroso. As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são mutio importantes para a obtenção do prazer
sexual.
* Matos, M.G., Reis, M. & Equipa Aventura Social (2010). Brochura Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior –
Dados Nacionais 2010. ACS/FMH/UTL/CMDT-UNL.
COMPORTAMENTOS - Características mais relevantes do relacionamento amoroso / erótico-sexual
Diferenças entre géneros
Mulheres N=(2285)
Homens (N=993)
100% *
Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na
relação (ex: abraços, beijos e carinhos)
97,7%
99,4% *
Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento)
97,1%
O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento
96,7%*
95%
As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito
importantes” para a obtenção do prazer sexual
93,2%
96,8%*
As mulheres dão mais importância aos sentimentos e à comunicação na relação. Referem mais frequentemente ter um
relacionamento amoroso do “tipo afectivo”e mencionam maior satisfação sexual.
Os homens dão mais importância às carícias dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual.
Há diferenças entre bissexuais e homossexuais?
Bissexuais (N=22)
Homosexuais (N=79)
95,2%
Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na
relação (ex: abraços, beijos e carinhos)
98,7%
95,5%
Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento)
95,5%
80%
O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento
As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito
importantes” para a obtenção do prazer sexual
95,3% *
85%
89.9%
Considerando as diferenças entre homossexuais e bissexuais, são os homossexuais que mencionam maior
satisfação sexual.
* p≤ .05
COMPORTAMENTOS - Características mais relevantes do relacionamento amoroso / erótico-sexual
Diferenças para a duração do relacionamento
Rel. com menos de 6 meses
Rel. entre 6 meses a 1 ano
Rel. com mais de 1 ano
Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na
relação (ex: abraços, beijos e carinhos)
98,5% *
99,8%
99,4%
97,4% *
Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento)
99,8%
99%
92,1%
O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento
96,1%
97,5% *
91,3%
As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito
importantes” para a obtenção do prazer sexual
93,4%
95,9% *
Os jovens com um relacionamento há menos de 6 meses são os que mais mencionam ter um relacionamento do
“tipo violento” (2,6%), atribuem menor importância aos sentimentos e comunicação (1,5%), referem menos
satisfação sexual (7,9%) e dão menos importância às caricías dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do
prazer sexual (8,7%)
Os jovens com um relacionamento há mais de um ano referem mais satisfação sexual e dão maior importância às
caricías dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual.
Diferenças entre idades
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito
importantes” para a obtenção do prazer sexual
Entre 29 e 35 anos
92,4% *
98,5%
98,2%
São os mais novos que menos importância atribuem às caricías dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do
prazer sexual (7,6%).
* p≤ .05
COMPORTAMENTOS DE RISCO
O grupo de jovens que teve relações sexuais (N=2730) menciona ter tido:
Relações sexuais associadas ao álcool (pelo menos uma vez)
35%
Parceiros ocasionais (pelo menos uma vez)
Relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro
(pelo menos uma vez)
33%
7,7%
Relações sexuais associadas às drogas (pelo menos uma vez)
6%
Diferenças entre géneros
Mulheres (N=1818)
Homens (N=840)
21,7%
Parceiros ocasionais (pelo menos uma vez)
57,4% *
27,3%
Relações sexuais associadas ao álcool (pelo menos uma vez)
Relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro
(pelo menos uma vez)
Relações sexuais associadas às drogas (pelo menos uma vez)
53,1% *
3,6%
16,6% *
3,3%
10,7% *
Os homens referem mais ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações
sexuais com outra pessoa para além do parceiro.
Diferenças para a duração do relacionamento1
Quem tem um relacionamento há menos de 6 meses menciona mais ter tido relações sexuais associadas ao álcool
(42,2%) e parceiros ocasionais (51,1%).
* p≤ .05
1 – (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. mais de 1 ano)
COMPORTAMENTOS DE RISCO
Diferenças entre idades
Entre 18 e 21 anos
Entre 22 e 28 anos
Entre 29 e 35 anos
31,6%
Relações sexuais associadas ao álcool (pelo menos uma vez)
43,8% *
39,8%
29,3%
Parceiros ocasionais (pelo menos uma vez)
41,3% *
34,2%
Relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro
(pelo menos uma vez)
6,3% *
10,5%
11,9%
4,7%
Relações sexuais associadas às drogas (pelo menos uma vez)
7%
12,4% *
Os jovens dos 18 aos 21 anos referem menos frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas;
parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro.
São os jovens com idades entre os 22 e os 28 anos que mencionam mais ter tido relações sexuais associadas ao álcool e
parceiros ocasionais.
E os jovens do grupo mais velho (com idades entre os 29 e os 35 anos) são os que mencionam mais ter tido relações
sexuais associadas às drogas.
Uma minoria de jovens que teve relações sexuais (N=2730) menciona ter tido:
Infecção sexualmente
transmissível (IST)
Não
96,7%
Interrupção voluntária
de gravidez (IVG)
Sim
Sim
3,3%
3,2%
Não
96,8%
Engravidado sem desejar
Sim
4,1%
Não
95,9%
O grupo dos jovens mais novos (com idades entre os 18 e 21 anos) afirmam mais:
não ter contraído uma infecção sexualmente transmissível (97,4%),
não ter efectuado uma interrupção voluntária de gravidez (98,3%) e
não ter engravidado sem desejar (98,2%). *
*Nota: Os jovens com idades entre os 18 e 21 anos referem TODOS ter tido educação sexual na escola.
* p≤ .05
COMPORTAMENTOS E PROTECÇÃO
No próximo mês... (”atitudes”)
O grupo de jovens que teve relações sexuais (N= 2730) considera muito bom:
Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro
62,7%
Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais
61,5%
Ter sempre preservativos consigo
54,6%
Fazer análise ao sangue (teste VIH)
43,5%
Comprar preservativos
42,2%
Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH)
36,1%
Diferenças entre géneros
As raparigas referem mais que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (66,2%), fazer análise
ao sangue (teste VIH) (46,7%) e pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) (41%) no próximo mês.
E os rapazes mencionam mais que seria muito bom ter sempre preservativos (64,9%) no próximo mês.
Diferenças para a duração do relacionamento 1
Quem tem um relacionamento há menos de 6 meses afirma com maior frequência que seria muito bom persuadir o
parceiro a praticar somente sexo seguro (68,5%), ter sempre preservativos (60,5%) e utilizar preservativos sempre que se
tem relações sexuais (71,2%) no próximo mês.
Diferenças entre idades 2
Os jovens mais novos referem mais que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (65,4%), ter
sempre preservativos (56,1%) e utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais (64,8%) no próximo mês.
De salientar que os jovens mais velhos apresentam uma atitude negativa face a estes potenciais comportamentos
protectores.
Nota: Os jovens com idades entre os 18 e 21 anos referem TODOS ter tido educação sexual na escola.
1 – (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. mais de 1 ano)
2 – (Três grupos: grupo1= 18 aos 21 anos; grupo2= 22 aos 28 anos e grupo3= 29 aos 35 anos)
COMPORTAMENTOS E PROTECÇÃO
No próximo mês... (”intenções”)
O grupo de jovens que teve relações sexuais (N= 2730) tenciona:
Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro
64,7%
Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais
61,5%
Ter sempre preservativos consigo
49,2%
Comprar preservativos
38,8%
Fazer análise ao sangue (teste VIH)
17,7%
Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH)
17,5%
Diferenças entre géneros
São as raparigas que mais tencionam persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (68,3%) no próximo mês. E os
rapazes mais frequentemente tencionam comprar (43,4%) e ter sempre preservativos (60,4%) no próximo mês.
Diferenças para a duração do relacionamento 1
Quem tem um relacionamento há menos de 6 meses diz com maior frequência que tenciona persuadir o parceiro a
praticar somente sexo seguro (68,6%), ter sempre preservativos (56,1%) e utilizar preservativos sempre que tem relações
sexuais (71,4%) no próximo mês.
Diferenças entre idades 2
São os jovens mais novos que mais tencionam persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (67,6%), comprar
preservativos (41%), ter sempre preservativos (50,3%) e utilizá-los sempre que se tem relações sexuais (65,2%) no
próximo mês.
Os jovens mais velhos consideram pouco provável ter um comportamento sexual seguro no próximo mês.
A maioria dos jovens não tem qualquer intenção em realizar o teste do VIH, nem tenciona pedir ao parceiro.
1 – (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. mais de 1 ano)
2 – (Três grupos: grupo1= 18 aos 21 anos; grupo2= 22 aos 28 anos e grupo3= 29 aos 35 anos)
EDUCAÇÃO SEXUAL
A educação sexual deve ser abordada nas
escolas?
Importância da educação sexual nas escolas
Razoavelmente
Importante
4%
6,4%
91,9%
Muito
Importante
Não
1,7%
Nada importante
96%
Sim
A grande maioria considera que a educação sexual nas escolas é muito importante e que deve ser abordada nas
escolas, em particular as mulheres (94% e 96,9%, respectivamente).
Os jovens referem ainda que a educação sexual deve ser abordada nas escolas, em particular através de
acções/conferências por agentes externos, na disciplina de Ciências Naturais/Biologia e nas áreas curriculares não
disciplinares (Formação Cívica /Área de Projecto e Estudo Acompanhado).
Teve educação sexual na escola
Disciplinas que abordaram a educação sexual:
Disciplina curricular (n=1803)
Não
43,8%
56,2%
Acções externas (n=1803)
67,1%
43,8%
Sim
Áreas curriculares não
disciplinares (n=1803)
33,8%
Ficou esclarecido com os temas que foram abordados em educação sexual?
7,3% Nada Esclarecido
59%
33,7%
Muito
Esclarecido
Razoavelmente
esclarecido
A maioria dos inquiridos usufruiu, nos
últimos anos, de educação sexual na
escola, que frequentou em disciplinas
como Ciências Naturais/Biologia e afirma
ter ficado muito esclarecido.
EDUCAÇÃO SEXUAL
Quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens
Técnicos de saúde
99,3%
Pais
99,2%
Escola
98,3%
Comunicação social (mass media
média)
79,9%
Em relação a quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens, a maior parte concorda que são os
técnicos de saúde, os pais e a escola.
As mulheres consideram mais frequentemente que a educação sexual deve ser da responsabilidade dos técnicos
de saúde (99,5%) e da escola (98,7%).
Onde tem obtido mais informação sobre sexualidade
Amigos
65,9%
48,7%
Internet
Comunicação social (mass media
média)
46,7%
Centro de Saúde
40,7%
Namorado(a)
39%
Pais
39%
Professores
Irmãos
27,2%
9,8%
Quanto às fontes de conhecimento da sexualidade, destacam-se os amigos, a internet, a comunicação
social (mass media) e o centro de saúde.
As mulheres mais frequentemente obtêm informação no centro de saúde (47,5%), enquanto os homens
mais frequentemente a obtêm na internet (53,7%) ou através dos irmãos (11,8%).
EDUCAÇÃO SEXUAL
Sente-se devidamente informado em relação a todas as questões relacionadas com
a sexualidade?
31%
Não
Sim
A maioria dos jovens (em especial os homens,
76,5%) sente-se devidamente informada sobre os
temas relacionados com a sexualidade.
69%
Assuntos que gostaria de ver esclarecidos:
ISTs e Sida
60%
Contracepção e sexo seguro
45,8%
Segurança pessoal (prevenção abuso sexual)
34,8%
Prazer e orgasmo
26,2%
Comunicação acerca do rel. amoroso
18,2%
Gravidez e parentalidade
18,2%
Masturbação
17,7%
Atracção, amor e intimidade
13%
Imagem corporal
10,3%
Homossexualidade
9,1%
Sonhos molhados
8,6%
Reprodução e nascimento
8,5%
Puberdade
3,7%
MODELO DE PROMOÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL PREVENTIVO
“SÓ SABER, NÃO CHEGA...”
“n.s.”
CONH
ECIME
NTOS
.205
“n.s.”
ÇÃO
MOTIVA sempenho
e
d
ntos
para o
ortame
p
m
de co
tivos
preven
COMPETÊNCIAS
.248
Percepção da dificuldade
Percepção da eficácia
.164
COMPORTAMENTO
PREVENTIVO
Uso de
Preservativo
.387
Atitudes
Normas subjectivas (opinião dos outros)
Intenções comportamentais
* p≤ .05
Os conhecimentos não levam necessariamente ao comportamento preventivo. São um dos
responsáveis (tal como a motivação) pelo desenvolvimento das competências que levam ao
comportamento preventivo.
Sendo assim, um comportamento sexual seguro não depende unicamente do conhecimento, mas
também da motivação para o desempenho de comportamentos preventivos e das competências
necessárias para a execução do mesmo.
SÍNTESE
O presente estudo é nacional e teve como objectivo central conhecer a
sexualidade dos jovens universitários portugueses.
A maioria é sexualmente activa (83,3%) e teve a sua primeira relação sexual a
partir dos 16 anos (inclusivé) (79,2%). Os métodos contraceptivos mais utilizados
habitualmente são a pílula (70,4%) e o preservativo (69%).
A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo
afectivo” e um grau de satisfação sexual elevado. Consideram também que os
sentimentos, a comunicação e o prazer sexual são muito importantes numa
relação.
Porém os homens mencionam mais frequentemente ter um relacionamento
“mais do tipo violento” e atribuem maior importância ao prazer sexual na relação.
Por sua vez, as mulheres referem ter um relacionamento “mais do tipo afectivo” e
atribuem maior importância aos sentimentos e à comunicação num
relacionamento amoroso.
Quanto às diferenças para a duração do relacionamento, são os jovens com
relacionamentos há menos de 6 meses que mencionam mais ter um
relacionamento amoroso “mais do tipo violento”. Quem tem um relacionamento
há mais de um ano refere ter um relacionamento “mais do tipo afectivo”.
Relativamente às diferenças de idade, são os jovens mais velhos que atribuem
maior importância ao prazer sexual na relação.
No que diz respeito às diferenças entre homossexuais e bissexuais, verificou-se
que são os homossexuais que mencionam mais satisfação sexual.
Considerando os potenciais comportamentos de risco, são os homens, os jovens
com relações mais recentes e os mais velhos que mencionam mais
SÍNTESE
frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas,
parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro.
No que se refere aos comportamentos de protecção, nomeadamente o acesso e
o uso de preservativos, as conversas sobre sexo seguro e o teste do VIH, são os
jovens que não tiveram educação sexual na escola (antes de entrar para a
universidade) que apresentam um atitude negativa face a estes
comportamentos protectores.
Quanto à realização do teste do VIH, a maioria dos jovens não tem qualquer
intenção de fazê-lo, nem tenciona pedir ao parceiro.
Esboçando um modelo explicativo, verifica-se que o comportamento sexual
preventivo (usar preservativo) não depende exclusivamente do grau de
conhecimentos, mas da motivação e do desenvolvimento das competências.
Verificamos através destes resultados que a educação sexual nas escolas tem
vindo a cumprir o seu papel. No entanto, temos uma percentagem de potenciais
jovens em risco a frequentar as universidades.
Urge apostar em Gabinetes de Esclarecimento, nas Universidades, constituídos
por equipas pluridisciplinares, com recurso às tecnologias mais recentes
(principalmente a internet) e trabalho entre pares. Estes podem ajudar na
implementação de campanhas de prevenção universal, no esclarecimento e
treino de competências relacionadas com a sexualidade (por exemplo
facultando informação e competências sobre os métodos contraceptivos,
fornecendo gratuitamente preservativos e pílulas). Este serviço seria ainda de
grande utilidade como resposta a outras necessidades, designadamente dando
acompanhamento à jovem grávida e/ou casal e na formação pré-natal ao jovem
casal que se encontra à espera do primeiro filho.
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010
121
122
Aventura Social
Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior
Dados Nacionais 2010

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