NOVA YORK

Transcrição

NOVA YORK
vintage
people
NOVA YORK
VIVER EM UMA TOWNHOUSE
CENTENÁRIA NO UPPER
EAST SIDE PODE SER UM LUXO
MAIS DO QUE ATUAL,
COMO PROVA ARTHUR CASAS
AO EXIBIR SEU VASTO
REPERTÓRIO DE DESIGN
AUTORAL DO MID-CENTURY.
TUDO MADE IN AMERICA
Preservada da
construção original,
a porta de ferro
e vidro ganhou
a companhia de uma
escrivaninha de Arthur
Casas, na Espasso,
e de uma cadeira
de David Ebner. Na pág.
anterior, muita luz
banha o living decorado
com sofá de Edward
Wormley, no Todd
Merrill Studio, mesa
de centro de Paul
McCobb e mesa de apoio
(ao fundo) de Milo
Baughman, ambas no
1stdibs, poltrona de
couro de Simon Hasan,
na Johnson Trading
Gallery, e abajur vintage,
na Robert Altman LLC
TEXTO SERGIO ZOBARAN
FOTOS GIORGIO POSSENTI
CASAVOGUE.COM.BR 115
Suspensa num
mezanino, a sala de
jantar recebeu
mesa e cadeiras
de George Nakashima,
na Converso NYC,
e pendente do
Apparatus Studio.
Na pág. anterior, ângulo
do living destaca
as portas especiais
de madeira da Bespoke
Global, assinadas
por Michael Coffey,
atrás de uma rara
poltrona amarela
de William Armbruster,
na Weinberg Modern
116 CASAVOGUE.COM.BR
Ao redor da cama
da Flou, o quarto
se organiza com abajur
de Harry Balmer
sobre criado-mudo
de Arthur Casas, banco
na Eric Appel LLC,
poltrona da Ralph
Pucci e fotografia
de Peter Lik. Na pág.
anterior, o home
theater traz vaso
de cerâmica (à esq.),
na Robert Altman
LLC, poltrona da antiga
marca Karpen
of California e mesa
de centro na
Van den Akker
CASAVOGUE.COM.BR 119
u
Tradução: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
pper East Side, Manhattan: localização um tanto tradicional – em vizinhança chic –, próxima ao Central Park, para uma
townhouse nem tão tradicional assim. Primeiro porque o conceito mudou: hoje, o prédio divide-se em três apartamentos. Depois,
porque um projeto assinado pelo Studio Arthur Casas, responsável por esta unidade, nunca seguiria em seus interiores um padrão
rígido de construção de determinada época passada, uma vez que em sua linha de trabalho, o arquiteto titular do escritório busca
sempre a total contemporaneidade. E não há nada mais up to date do que o estilo de decoração que mistura peças únicas – exclusivas e
raras, concebidas por profissionais que são verdadeiros artistas-artesãos do décor – ao que há de melhor no mercado internacional
em termos de mobiliário com design de excelência, feito em escala industrial, e com alta tecnologia. Tudo isso encaixado e bem
encaixotado em uma arquitetura de interiores da era em que vivemos, de “pós-pós-modernismo” sem exageros, em linhas retas
que visam ao máximo a integração dos espaços e, sobretudo, o aproveitamento total da luz natural que vem do exterior.
Experiente em obras na cidade, onde já tem escritório há mais de uma década, e um time de consultores para realizar seus mais
loucos desejos, Casas tornou-se um garimpeiro jet-setter de móveis e objetos de autor, sejam eles vivos ou eternamente vintage.
Lendo e pesquisando, caminhando em suas viagens por lojas e galerias especializadas nos Estados Unidos e na Europa, e buscando sem pudor e de forma globalizada e contemporânea o auxílio da internet, como no fantástico e completo site norte-americano
1stdibs, ele desenvolveu também um puro trabalho de autor para este volume com 375 m² de base, de um proprietário brasileiro e sua família. Assim, com liberdade de prazo e recursos, pôde empregar as coisas que mais admira no momento: essas obras de
pequenos produtores e, ao mesmo tempo, grandes criadores. “São móveis autorais, com uma pegada menos industrial e mais afetiva, como os de Peter Lane, Robert Altman, Michael Coffey, Milo Baughman, Edward Wormley e George Nakashima (aqui ele
cita os ‘V.I.V.P.s’: Very Important Vintage People)”.
O imóvel agora utilizado pelo dono da casa para viver e trabalhar, pois lá recebe, ainda, clientes, foi o que resultou da obra de
quase um ano – após a demora de outros dois para as devidas aprovações –, e que pôs abaixo os antigos ambientes divididos, ora recompostos em três andares de pés-direitos ampliados: “Derrubei tudo o que podia!”, revela Casas. Dotados de paredes off-white e
pisos de carvalho e mármore tem o hall, o living e a sala de jantar, a cozinha, o lavabo e o quarto principal, concentrados no andar
da entrada. A suíte da filha está no meio-andar acima. Já o amplo living e a sala de TV dão para o simpaticíssimo jardim ao fundo,
com plantas em jardineiras horizontais nas paredes externas do meio-andar abaixo. É por ali, nessa fachada sul, que entra quase
toda a luz que chega, evocando certos britânicos contemporâneos dos autores ali presentes: “Here comes the sun...” l
Detalhe da sala
de jantar realça o bufê
absolutamente único
assinado por Peter
Lane, na Gray Gallery.
Na pág. anterior,
à esq., uma mistura
acinzentada de
carvalho e limestone
define o lavabo;
e, à dir., a fachada
da townhouse no
Upper East Side,
construída em 1912
120 CASAVOGUE.COM.BR
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