PDITS Aguas Termais FINAL 25062012

Transcrição

PDITS Aguas Termais FINAL 25062012
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Dilma Vana Rousseff
PRESIDENTE
Michel Temer
VICE-PRESIDENTE
MINISTÉRIO DO TURISMO
Gastão Dias Vieira
MINISTRO
SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Fábio Rios Mota
SECRETÁRIO
DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO
Carlos Henrique Menezes Sobral
DIRETOR
COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS I
Viviane de Faria
COORDENADORA
Ana Carla Fernandes Moura
TÉCNICA NÍVEL SUPERIOR
Marina Neiva Dias
TÉCNICA NÍVEL SUPERIOR
Miranice Lima Santos
TÉCNICA NÍVEL SUPERIOR
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS
Marconi Perillo
GOVERNADOR
José Eliton de Figuerêdo Júnior
VICE-GOVERNADOR
AGÊNCIA ESTADUAL DE TURISMO – GOIÁS TURISMO
Aparecido Sparapani
PRESIDENTE
Jailson José do Nascimento
CHEFE DE GABINETE
Nelson Henrique Ribeiro de Castro
DIRETOR do PRODETUR
José Adriano Donzelli
DIRETOR DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E FINANÇAS.
Ricardo Silva
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
Sandra Méndez
DIRETORA DE INFRAESTRUTURA E OPERAÇÕES TURÍSTICAS
Flávia de Brito Rabelo
DIRETORA DE PESQUISAS TURÍSTICAS DO ESTADO DE GOIÁS
PRODETUR GOIÁS
Nelson Henrique Ribeiro de Castro
DIRETOR DO PRODETUR
Dra. Eliane Lopes Brenner
COORDENADORA TÉCNICA
Cristiane Ricci Mancini
TURISMÓLOGA
Valdinho Alves de Souza
ASSESSOR JURÍDICO
TECHNUM CONSULTORIA
COORDENAÇÃO GERAL
Izabel Neves da Silva Cunha Borges
Arquiteta Urbanista
COORDENAÇÃO TÉCNICA
André Cobbe
Arquiteto Urbanista
Especialistas
Daisy Cadaval Basso
Especialista em Gestão Municipal e Participação Social.
Denise Guarieiro
Arquiteta Urbanista
Frederico Rosalino da Silva
Engenheiro Civil
Heleno Mesquita
Espec. Estruturação de Programas de Financiamento.
José Eloi Campos
Geólogo
Letícia Chargas Bortolon
Arquiteta Urbanista
Maria Izânia Lopes da Silva
Administradora
Marina Laura
Ciências Jurídicas e Sócias, e administração pública.
Mônica Herkenhoff
Arquiteta Urbanista
Mônica Severo
Arquiteta Urbanista e Psicóloga Social
Patrícia von Glehn
Arquiteta Urbanista
Paulo Penha de Lima
Economista
Potira Meirelles Hermuche
Geógrafa, especialista em geoprocessamento.
Raquel Brostel
Engenheira Civil
Rayane Ruas
Turismóloga, espec. em Gestão de Patrimônio Cultural e Turismo Sustentável
Shaiane Oliveira
Turismóloga
Vitor João Ramos Alves
Especialista em Logística Empresarial
APOIO – Estagiário
Jamessom de Queiroz
Lucas Parahyba
APRESENTAÇÃO
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS é o instrumento
de planejamento do turismo em uma área geográfica selecionada, e cujo objetivo
principal é orientar o crescimento do turismo em bases sustentáveis nesses municípios,
em curto, médio e longo prazo, estabelecendo as bases para a definição de ações, o
estabelecimento de prioridades e a tomada de decisão.
O presente documento corresponde ao PDITS do Polo das Águas Termais, localizado no
Estado de Goiás. O Polo inclui os municípios de Caldas Novas e Rio Quente.
Este trabalho, elaborado conforme contrato estabelecido entre a Goiás Turismo - Agência
Estadual de Turismo e a Technum Consultoria SS, foi desenvolvido no âmbito do
PRODETUR Nacional. É financiado com os recursos do Ministério do Turismo, por meio
do Convênio MTur/AGETUR/GOV. GO/N° 618/2007, celebrado entre a União, por
intermédio do Ministério do Turismo - MTur e a Agência Goiana de Turismo – AGETUR,
com a interveniência do Governo do Estado de Goiás.
Esta versão do PDITS do Polo das Águas Termais foi ajustada em 2012, atendendo o
Parecer Técnico Nº 278/2011/CGPRI/DPRDT/SNPDT/MTur de 14/12/2011, referente
análise dos produtos apresentados, e encaminhado à Technum Consultoria por
intermédio do Ofício Nº 038/2011 DIR/PRODETUR-GO de 4/11/2011.
Neste Relatório são apresentadas, de forma consolidada, as informações resultantes dos
trabalhos técnicos e do processo participativo levado a efeito nos municípios alvo, de
forma a possibilitar: (i) a avaliação da situação atual da atividade turística na região, bem
como a sua posição competitiva relativa no mercado turístico frente a consumidores e
competidores; (ii) o estabelecimento de estratégias de ação para o desenvolvimento
sustentável do turismo; (iii) a identificação das ações recomendadas e dos investimentos
necessários; (iv) meios para monitoramento e avaliação da implantação do PDITS.
O PDITS, assim formulado, passa a constituir o instrumento técnico de gestão,
coordenação e condução das decisões da política pública municipal de desenvolvimento
do turismo, envolvendo a administração pública e a iniciativa privada, de modo a orientar
os investimentos necessários e promover a competência empresarial e o acesso ao
mercado turístico.
A elaboração do PDITS do Polo das Águas Termais privilegiou a participação social, num
processo de construção coletiva que envolveu os órgãos setoriais de governo, os
Conselhos Municipais de Turismo e outras entidades representativas da comunidade nos
Municípios de Caldas Novas e Rio Quente.
A coordenação dos trabalhos e a articulação interinstitucional ficaram a cargo da Goiás
Turismo – Agência Estadual de Turismo do Estado de Goiás, por meio da UCP – Unidade
de Coordenação de Projetos junto ao PRODETUR/GO, em parceria com os órgãos
municipais de gestão do turismo de Caldas Novas e Rio Quente. Coube ao Ministério do
Turismo a orientação e o acompanhamento dos trabalhos.
Espera-se que os esforços empreendidos e os resultados deste PDITS contribuam
efetivamente para o desenvolvimento sustentável do turismo do Polo das Águas Termais
e para a melhoria da qualidade de vida da população dos municípios envolvidos.
Maio de 2012.
.
RESUMO EXECUTIVO
O Polo das Águas Termais abrange os municípios de Caldas Novas e Rio Quente,
localizados no estado de Goiás. A localização do Polo possui acesso privilegiado por
terra uma vez que os mercados prioritários estão próximos como: Goiânia, Anápolis,
Brasília, Uberlândia, Uberaba, Belo Horizonte e São Paulo.
As rodovias de acesso ao Polo estão em condições adequadas de pavimentação,
necessitando apenas de sinalização turística. Desta forma, os acessos são:
Goiânia: GO-020 e GO-139;
Brasília: BR-040, seguindo pela GO-010 e GO-139;
Uberlândia: BR-050, MG- 413 e GO-139;
Belo Horizonte: BR-262, MG-187, BR-365, MG- 223, BR-050 e GO-139;
São Paulo, capital: Via Anhanguera;
Interior de São Paulo: por vias diversas dentre as quais se destacam as BR
153, BR 364, BR 050, e a MG 190.
Ressalta-se que há disponibilidade de ônibus para o acesso destes mercados aos
municípios do Polo. O terminal rodoviário de Caldas Novas é de médio porte e atende de
forma adequada à demanda de passageiros sem apresentar ocorrência de elevado
número de críticas negativas aos serviços. Porém, em Rio Quente não há rodoviária para
o desembarque de turistas.
A distância de Caldas Novas e Rio Quente em relação aos principais centros urbanos
não é considerada grande, considerando as dimensões territoriais do Brasil, conforme o
quadro que se segue. Importa acrescentar que estas distâncias propiciam fácil acesso
aos municípios do Polo
CAPITAL
DISTÂNCIA (KM)
Goiânia
170
Brasília
290
Uberlândia
198
Belo Horizonte
667
São Paulo
781
Considerando ainda o aspecto distância também se deve observar que Caldas Novas
possui um aeroporto que opera 40 voos fretados por mês, sendo que na alta temporada o
número chega a 100 voos fretados por mês.
O município de Caldas Novas é um dos 65 destinos turísticos do Brasil, programa do
Ministério do Turismo voltado para o desenvolvimento do turismo regionalizado e
fortalecimento da gestão descentralizada e participativa da Política Nacional de Turismo.
O município é também classificado como indutor do desenvolvimento turístico regional.
Como potencialidade turística, Caldas Novas apresenta as águas termais como
segmento principal de lazer para os visitantes. O interesse turístico pela região iniciou-se
no ano de 1860, a partir dos banhos terapêuticos realizados na Lagoa Quente. Em
meados da década de 1960, com a inauguração de Brasília e a melhoria do acesso
rodoviário, a região foi descoberta como destino turístico de relevante importância para a
região central do Brasil.
O desenvolvimento do turismo se refere ao atrativo natural das águas quentes com uma
área de influência abrangendo um raio de 700 km, ou média de tempo de viagem de
carro de 4 a 6 horas. Dentro deste limite encontra-se uma população de
aproximadamente 13 milhões de pessoas com perfil consumidor potencial. Neste
contexto, Brasília se destaca como oportunidade de crescimento de mercado,
principalmente por abrigar a população com a maior renda per capita do País.
Em decorrência da atratividade e do grande mercado potencial, o desenvolvimento do
turismo se deu espontaneamente pelo interesse da iniciativa privada gerando uma
grande oferta de leitos.
Sendo este PDITS uma atuação direta do Estado de Goiás, representando esforços de
apoio ao desenvolvimento regional e integrado do turismo, o objetivo geral estabelecido
foi promover a estruturação e o planejamento turístico integrado do Polo das Águas
Termais, com base no desenvolvimento sustentável da atividade turística e na
manutenção da qualidade dos recursos naturais.
Demanda Turística - a quantidade de bens e serviços turísticos existentes aponta um
consumo considerável no Polo face à oferta turística e a existência de fatores
facilitadores de acesso. De acordo com a pesquisa realizada em 2009, pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, que trata da caracterização e do
dimensionamento do mercado turístico brasileiro, Caldas Novas se encontra entre os 30
destinos mais visitados pelos brasileiros, ocupando o 15º lugar. O Instituto de Pesquisa
Turísticas de Goiás – IPTUR, por meio do boletim 2/2010, estima um volume de 1,5
milhões de viagens domésticas ao Polo.
A pesquisa da Fundação Caldas Novas Convention & Visitors Bureau – FCNC & VB
realizada em 2009 complementa a pesquisa da FIPE e apresenta os seguintes dados
para o Polo: 94.280 mil leitos, 3.033.832 milhões de visitantes/ano, ocupação média de
46,22 % nos meios de hospedagens, chegando a 80 a 100% de ocupação nas altas
temporadas, como em feriados e férias.
No entanto, o interesse turístico no Polo levou a uma série de disputas, iniciando-se pelo
desmembramento do município de Rio Quente – distrito de Caldas Novas - no ano de
1989. No setor privado, observa-se a ação dos empresários de forma isolada, disputando
muitas vezes o mesmo mercado. Neste sentido, o quadro é crítico devido à falta de
articulação dos atores voltados à gestão do turismo na região.
O objetivo deste PDITS não é aumentar a demanda turística, que hoje já extrapola a
capacidade de infraestrutura básica do Polo (principalmente na questão de saneamento)
e sim estender a permanência do turista. Neste contexto, o presente estudo não faz
simulação ou estimativa de atração de novo mercado, mas se limita a constatar que o
produto principal do destino encontra-se consolidado, com grande potencialidade de
desenvolvimento de novos produtos e atividades complementares.
Oferta Turística - formada pelos equipamentos, bens e serviços, tanto de origem natural,
quanto os que são criados pelos atores envolvidos no desenvolvimento do turismo de
Polo. Os atrativos motivam o deslocamento turístico, a permanência e os gastos dos
visitantes beneficiando a população local. Porém no Polo das Águas Termais os atrativos
e equipamentos turísticos apresentam qualidade comprometida no momento em que há
uma grande quantidade de visitantes nos municípios do Polo sem manutenção de
infraestruturas básicas.
Aliado a este fato, os empresários locais, na disputa pelo cliente, aplicam políticas de
preços e meios de atração turísticos voltados à implantação de equipamentos adicionais
sem se preocupar com a infraestrutura existente. No entanto, nos empreendimentos
privados observa-se uma diversidade de produtos estruturados e de alto padrão.
O recente entendimento dos atores envolvidos no desenvolvimento do turismo no Polo
frente a necessidade de se promover um turismo sustentável trouxe um ponto positivo
para este quadro alarmante apontando a necessidade de se priorizar investimentos em
gestão e planejamento urbano. O apoio dos Governos Federal e Estadual têm sido
marcante na estruturação de ações voltadas fortalecimento institucional das instâncias de
governança.
Há consenso quanto à busca de um modelo alternativo de desenvolvimento, a partir da
elaboração de estudos de reposicionamento do Polo e dos municípios, com integração
dos atrativos e produtos, bem como a captação de mercados diferenciados. Além disso,
busca-se também a oferta de atividades complementares, diminuindo a pressão sobre o
meio ambiente (águas quentes) e mitigando a sazonalidade da demanda turística ao
longo do ano, de forma a maximizar a utilização dos equipamentos turísticos.
Infraestrutura e Serviços Básicos – o desenvolvimento turístico adequado está
diretamente relacionado uma infraestrutura capaz de atender tanto a população local,
quanto os visitantes. Neste sentido a rede viária, o abastecimento de água, o
esgotamento sanitário, a limpeza urbana, a drenagem pluvial, o fornecimento de energia
e de comunicação, bem como os outros serviços como saúde e segurança compõem os
serviços e a infraestrutura necessária para a qualidade de vida dos residentes e
visitantes.
O excesso da oferta do serviço de hospedagem parte pelo setor imobiliário no Polo não
leva em consideração a infraestrutura instalada ocasionando sobrecarga nos sistemas
voltados à infraestrutura urbana. Os sistemas mais comprometidos são aqueles voltados
ao saneamento urbano, como: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana e energia elétrica.
Neste sentido, o abastecimento de água nos períodos de alta temporada é
comprometido, pois o volume de água produzido nos sistemas torna-se insuficiente e
acaba por gerar interrupções no fornecimento em alguns locais.
A população atendida pelo sistema de esgotamento sanitário em Caldas Novas
corresponde a 78,68 e, 90,91% dos esgotos coletados são tratados. No entanto, o
sistema de coleta apresenta problemas nos períodos de alta temporada devido ao
volume de efluentes que são lançados na rede ocasionando o vazamento do coletor em
pontos de alta concentração e a redução da eficiência da estação de tratamento de
esgoto. No município de Rio Quente a situação é crítica, pois não há rede coletora na
área residencial, tornando-se frequente o uso de sistemas individuais do tipo fossa
séptica e sumidouro para o tratamento de esgotos domésticos.
No que diz respeito à limpeza urbana constata-se a ausência de um sistema disposição
adequada, coleta, destinação e tratamento do lixo. A disposição do lixo é realizada em
uma área utilizada há 20 anos que recebe, diariamente, cobertura terra e não possui
sistema de tratamento voltado à coleta de gazes e tratamento do percolado.
O fornecimento de energia fica também comprometido devido ao incremento da atividade
turística e ao crescimento da população flutuante ocasionando, frequentemente, sua
interrupção devido a baixa capacidade da subestação.
Importa salientar que a realização de ações emergenciais voltadas para a melhoria da
infraestrutura sem pensar no planejamento sustentável e nas melhorias operacionais e de
qualidade ambiental, os problemas poderão ser agravados. Caso persistam as
tendências de busca limitada a benefícios particulares, a melhoria da capacidade da
infraestrutura poderá gerar ainda maior distorção do quadro de desenvolvimento do Polo.
Aspectos Institucionais – a gestão institucional é o elemento estratégico para a
operacionalização do planejamento do turismo no Polo uma vez que o ato de gerenciar
os destinos turísticos de Caldas Novas e de Rio Quente não depende de uma única
instituição, e sim do conjunto de atores e grupos para onde são dirigidas as políticas
públicas. Vale ressaltar que este direcionamento requer a aproximação e a autonomia
entre as diversas esferas federal, estadual e municipal, bem como a participação da
própria população.
Por isso, para a implantação de um sistema de gestão compartilhado e eficiente, não
basta apenas a vontade dos atores locais e o entendimento, por todos, de um
planejamento integrado. O efetivo sucesso do sistema de gestão integrado decorre
garantia e disponibilidade de fundos de investimentos, e de priorização de ações
delineadas no processo de planejamento, para a eficiente implantação das mesmas, com
a possibilidade de visibilidade de resultados num curto espaço de tempo.
Ao mesmo tempo, a melhoria advinda da implantação das ações propostas por este
PDITS, pressupõe um desenvolvimento turístico que não implique diretamente em
aumento dos custos para os visitantes do Polo. Atualmente, o Polo possui grande parte
de seu público proveniente de classes de menor poder aquisitivo, sendo um dos poucos
destinos no País que atende essa demanda. Deve, portanto, também exercer sua função
social, ou seja, as estratégias de desenvolvimento do setor não devem excluir ou
marginalizar as classes hoje atendidas.
O PDITS do Polo das Águas Termais prevê investimentos totais da ordem de R$
129.539,66 milhões o equivalente a US$ 73.132,54 milhões. Para o PRODETUR
Nacional foram elencadas ações que somam cerca de 70% destes investimentos: R$
83.389.660,00, o equivalente a US$ 50.752.730,00.
Após a realização dos estudos propostos no PDITS do Polo das Águas Termais,
especialmente no âmbito das ações de competência direta das municipalidades e
representantes da sociedade local, deverão ser identificados recursos suplementares a
serem investidos em fases posteriores.
Cenários e tendenciais de desenvolvimento desejável: a partir da aplicação dos
investimentos previstos, espera-se que sejam obtidos impactos socioambientais
positivos. O primeiro impacto se relaciona à sustentabilidade ambiental, que deverá ser
favorável pela interrupção do processo de deterioração dos recursos ambientais,
utilizados para as atividades turísticas, causada pela falta de saneamento.
O segundo impacto se refere à distribuição mais justa dos benefícios provenientes da
atividade turística. Espera-se que as ações deste PDITS se traduzam na melhoria da
qualidade de vida para a população local, quer seja por meio da geração de emprego e
renda, quer seja pela melhoria da infraestrutura básica e equipamentos urbanos.
Como incentivo aos empreendedores que se proponham a abrir novos estabelecimentos
para apoio ao turismo - visando diversificar a oferta dentro dos parâmetros desejáveis por
esse PDITS - ou a promover melhorias nos seus estabelecimentos - adotando medidas
de preservação e recuperação ambiental - é sugerida a adoção benefícios financeiros ou
tributários, avaliando também formas de controle e efetividade das cobranças.
Para a garantia da gestão turística é necessária regularização da oferta de unidades de
habitação em meios de hospedagem não classificados como hotéis e pousadas. Nesse
sentido, é importante o enquadramento das atividades de aluguel de imóveis na lei do
inquilinato, com limite de tempo mínimo para locação de imóvel. Atualmente, sem
controle, os imóveis particulares, sob a forma de “condomínios de 2a residência”, mais de
50% da oferta de UH, são disponibilizados para utilização diária e acabam concorrendo
diretamente com a rede hoteleira. Se regularizadas, as atividades de hospedagem
complementar podem desempenhar importante papel no aumento do tempo de
permanência média do turista no Polo.
Com a finalidade de fazer frente às carências diagnosticadas e na busca para atingir os
objetivos propostos como o aumento do número de turistas, do tempo de permanência,
do gasto diário e do grau de satisfação, foram traçadas estratégias vinculadas a cada
componente, previsto neste Plano para o Polo Turístico. São eles:
•
Componente 1 – Produto Turístico: Estruturação de produtos turísticos integrados
e qualificados para o Polo das Águas Termais.
•
Componente 2 – Comercialização: Promoção da visibilidade do destino turístico a
partir de produtos integrados e de qualidade
•
Componente 3 – Fortalecimento Institucional: Gestão integrada e eficaz entre o
setor público e privado voltada à consolidação do Polo das Águas Termais.
•
Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos: Expansão e melhoria da
infraestrutura e dos serviços básicos essenciais ao desenvolvimento sustentável e
a compatibilização da oferta turística com a capacidade de carga da infraestrutura
instalada.
•
Componente 5 – Gestão Ambiental: Promoção da sustentabilidade ambiental do
destino turístico, com a consequente melhoria da qualidade de vida da população
local.
As ações do componente Infraestrutura e Serviços Básicos que visam à melhoria do
saneamento básico e acessibilidade turística correspondem a 80% dos investimentos
totais. Em segundo lugar destacam-se as ações de revitalização e de criação de
equipamentos públicos voltados para a melhoria e a qualificação dos espaços, bem como
as ações direcionadas ao fortalecimento das dos serviços turísticos, que são frutos do
componente Produto Turístico, representando 13% dos recursos previstos.
O componente Fortalecimento Institucional, onde se destaca ações direcionadas à
gestão municipal, capacitação profissional e sistematização de informações são
responsáveis por 4,5% do montante estimado. O componente voltado para a
Comercialização ficou com 1,5% do dimensionamento total, sendo prevista a elaboração
do Plano Estratégico de Marketing, o reposicionamento de produto turístico e a Criação e
comercialização de roteiros integrados para o Polo.
Ressalta-se ainda a Gestão Ambiental que representa 1% dos investimentos com ações
voltadas à preservação dos recursos hídricos e fortalecimento das políticas municipais de
gestão ambiental.
O Quadro a seguir aponta as estratégias e ações, por componente, propostas para este
PDITS.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Nº DA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 1: PRODUTO TURÍSTICO
Estruturação de
produtos turísticos
integrados e
qualificados para o
Polo das Águas
Termais.
1.1
Revitalização do Balneário Público de Caldas Novas.
Priorização dos segmentos turísticos com
potencialidades de desenvolvimento e
identificação de vantagens comparativas
e competitivas que valorizem a
singularidade do Polo.
1.2
Revitalização da Orla do Rio Quente.
1.3
Criação e Implantação de Museu das Águas Termais e
Centro de Eventos Multiuso de Caldas Novas.
Melhoria dos espaços públicos,
principalmente das áreas centrais, e
consolidação de padrões urbanísticos e
arquitetônicos visando o incremento e a
qualificação da atividade turística nesses
espaços.
1.4
Criação e Implantação de Sinalização Turística de Padrão
Internacional em Caldas Novas e em Rio Quente.
1.5
Elaboração de Projeto e Implantação de Teleférico em Rio
Quente.
1.6
Elaboração de Projeto e Implantação de Melhorias de
Infraestrutura no Parque Estadual Serra de Caldas Novas
– PESCAN – Polo das Águas Termais.
Fortalecimento e qualificação dos
serviços de atendimento ao turista.
Identificação de produtos e atividades
turísticas com potencialidades de
desenvolvimento que possam
complementar o segmento principal e
atrair o público alvo compatível à
demanda existente.
1.7
1.8
Criação, estruturação e qualificação de Centros de
Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em Rio
Quente.
Elaboração de estudos de viabilidade de implantação de
parques temáticos e outros atrativos potenciais no Polo
das Águas Termais.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
NºDA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 2: COMERCIALIZAÇÃO
Promoção da
visibilidade do
destino turístico a
partir de produtos
integrados e de
qualidade.
Captação de mercados diferenciados e
complementares voltados para diferentes
produtos e públicos específicos.
2.1
Realização de estudo de reposicionamento de produto
turístico para o Polo das Águas Termais.
2.2
Criação e comercialização de roteiros integrados no Polo
das Águas Termais.
Integração pública privada para
comercialização do destino turístico.
2.3
Elaboração e Implantação de Plano de Marketing do
Turismo no Polo das Águas Termais
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
NºDA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Melhoria das condições da administração
municipal para o planejamento e gestão
do turismo sustentável.
Gestão integrada e
eficaz entre o setor
público e privado
voltada à
consolidação do
Polo das Águas
Termais.
Capacitação de profissionais para a
cadeia produtiva do turismo, envolvendo
a administração pública municipal, os
empreendedores do turismo e a
comunidade.
Promoção, produção e sistematização de
informações turísticas como base para o
planejamento sustentável do turismo e
para formatação de novos produtos
turísticos e de informação ao turista.
3.1
Revisão dos Planos Diretores Municipais de Caldas Novas
e de Rio Quente.
3.2
Elaboração do Plano Diretor de Turismo do Polo das
Águas Termais.
3.3
Elaboração e implantação do Plano Estratégico de Gestão
Participativa do Turismo Municipal de Caldas Novas e de
Rio Quente.
3.4
Elaboração do Plano de Fortalecimento da Gestão Pública
Municipal do Turismo de Caldas Novas e de Rio Quente.
3.5
Realinhamento e organização da Administração Municipal
para a Gestão Pública do Turismo em Caldas Novas e em
Rio Quente.
3.6
3.7
Elaboração e implantação de Programa de Capacitação
Profissional para a Gestão do Turismo e para o Mercado
do Turismo do Polo das Águas Termais.
Elaboração e implantação de Sistema de Informação para
Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista em Caldas
Novas e em Rio Quente.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Nº. DA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Melhoria dos serviços públicos com
ênfase ao saneamento ambiental, à
energia elétrica e ao tratamento e
disposição dos resíduos sólidos,
Expansão e melhoria da
buscando atendimento adequado à
infraestrutura e dos serviços demanda turística existente.
básicos essenciais ao
desenvolvimento
sustentável e a
compatibilização da oferta
turística com a capacidade
Melhoria das condições de acesso
de carga da infraestrutura
aos atrativos turísticos, às áreas
instalada.
urbanas e aos municípios integrantes
do Polo.
Melhoria da infraestrutura urbana
voltada à qualidade de vida dos
cidadãos e ao apoio ao turismo.
4.1
Ampliação da rede de coleta e tratamento de esgotos
em Caldas Novas e em Rio Quente.
4.2
Planejamento e implantação de aterro sanitário para
tratamento e disposição final dos resíduos sólidos no
Polo das Águas Termais.
4.3
Implantação de linha tronco e subestações de energia
elétrica no Polo das Águas Termais.
4.4
Ampliação da rede de abastecimento de água e de
reservatórios elevados no Polo das Águas Termais.
4.5
Recuperação e pavimentação de rodovias de acesso ao
Polo das Águas Termais.
4.6
Construção da Rodoviária de Rio Quente.
4.7
Elaboração de projetos e realização de obras urbanas
para adequação e recuperação de vias públicas,
calçadas, mobiliário urbano e paisagismo em Caldas
Novas e em Rio Quente.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
NºDA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Promoção da
sustentabilidade
ambiental do
destino turístico,
com a consequente
melhoria da
qualidade de vida
da população local.
Preservação de mananciais hídricos de
forma a promover a qualidade ambiental,
com impacto no desenvolvimento
sustentável do turismo.
Fortalecimento da política municipal de
gestão ambiental com ênfase para a
atuação integrada entre o poder púbico e
a sociedade organizada
5.1
Elaboração do Plano de Manejo da Microbacia Bacia do
Rio Quente.
5.2
Criação e implantação da Agenda 21 Local de Caldas
Novas e de Rio Quente.
5.3
Formulação da Avaliação Ambiental Estratégica para o
Polo das Águas Termais.
5.4
Elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da
Serra de Caldas Novas – PESCAN – Polo das Águas
Termais.
Para acompanhamento e avaliação dos resultados das ações do PDITS do Polo das
Águas Termais propõe-se uma série de indicadores para medição do grau de
desenvolvimento do turismo no Polo.
Ressalta-se que o fornecimento dos dados necessários ao processo de avaliação estará
sob a responsabilidade da Administração Pública Municipal e do Conselho Municipal de
Turismo de Caldas Novas e Rio Quente. Os indicadores para a análise consistem no
índice de saneamento básico, arrecadação bruta municipal e arrecadação da taxa de
turismo. A linha de base para comparação para estes três indicadores está disponível e
as informações pertinentes são de conhecimento público e de fácil acesso.
Reitera-se que a expectativa para implementação deste PDITS consiste na participação
dos atores envolvidos na atividade turística como o governo estadual, as prefeituras
municipais, os empreendedores e a sociedade civil.
Desta forma, a construção e aplicação das ações do PDITS de forma integrada, e
participativa configuram-se como elemento indutor para as mudanças essenciais nos
relacionamentos e na sustentabilidade da região.
ÍNDICE
PARTE I – JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA .................................................... 30
1.
JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................... 31
1.1. Importância dos Atrativos ou Recursos Turísticos ................................................... 32
1.2. Acessibilidade e Conectividade ............................................................................... 38
1.3. Nível de Uso Atual ou Potencial .............................................................................. 39
PARTE II – formulação dos objetivos do pdits ..................................................................................... 41
2.
OBJETIVOS DO PDITS ................................................................................................................ 42
2.1 . Objetivo Geral ....................................................................................................... 42
2.2 . Objetivos Específicos ............................................................................................ 42
PARTE III – ANÁLISE – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DOS POLOS E DAS ATIVIDADES
TURÍSTICAS ........................................................................................................................................ 44
3.
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DO POLO E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS........................ 45
3.1. Mercado Turístico ................................................................................................... 45
3.1.1. Aspectos Históricos Relevantes para o Desenvolvimento do Turismo Local: a
Linha do Tempo do Polo das Águas Termais ............................................................... 46
3.1.2. Demanda Turística ............................................................................................ 48
3.2. Demanda Turística Potencial .................................................................................. 62
3.2.1. Mercados Emissores Facilitados pela Distância e Acessibilidade Rodoviária .... 62
3.2.2. O Novo Mercado das Classes C e D ................................................................. 65
3.3. Oferta Turística ....................................................................................................... 66
3.3.1. Atrativos Turísticos – Caldas Novas .................................................................. 67
3.3.2. Atrativos Turísticos de Rio Quente .................................................................... 78
3.3.3. A Oferta Turística do Polo das Águas Termais – Segmentação ........................ 81
3.3.4. Principais Mercados Geográficos e Segmentos-Meta ....................................... 91
3.3.5. Sistema de Promoção e Comercialização ......................................................... 97
3.3.6. Empregos Gerados pelo Turismo ...................................................................... 98
3.4. Infraestrutura Básica e Serviços Gerais .................................................................. 99
3.4.1. Rede Viária e Transporte Urbano .................................................................... 100
3.4.2. Sistema de Abastecimento de Água ................................................................ 106
3.4.3. Sistema de Esgotamento Sanitário .................................................................. 109
3.4.4. Limpeza Urbana .............................................................................................. 112
3.4.5. Rede de Drenagem Pluvial .............................................................................. 113
3.4.6. Iluminação Pública .......................................................................................... 115
3.4.7. Energia Elétrica ............................................................................................... 115
19
3.4.8. Sistemas de Comunicação .............................................................................. 116
3.4.9. Saúde Pública ................................................................................................. 116
3.4.10.Segurança Pública .......................................................................................... 117
3.5. Quadro Institucional da Área Turística................................................................... 118
3.5.1. Impactos e Limitações das Políticas e da Capacidade de Gestão Pública ...... 123
3.5.2. Organização e Coordenação do Processo de Planejamento Turístico ............ 126
3.5.3. Legislação Urbanística, Ambiental e Turística ................................................. 131
3.5.4. Quadro dos Incentivos para o Investimento Turístico ...................................... 135
3.6. Aspectos Socioambientais no Polo Turístico ......................................................... 138
3.6.1. Diagnóstico Ambiental, Qualidade dos Recursos e os seus Usos Potenciais .. 138
3.6.2. Gestão Ambiental Pública ............................................................................... 158
3.6.3. Pontos Fortes/Usos Potenciais dos Controles Ambientais Relacionados às
Atividades Turísticas .................................................................................................. 161
3.6.4. Soluções e Medidas Mitigadoras ..................................................................... 169
3.7. Conclusões do Diagnóstico ................................................................................... 173
PARTE IV – ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO .............................................. 175
4.
ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO ........................................................... 176
4.1. Construção da Matriz FOFA .................................................................................. 176
4.1.1. Metodologia de Construção da Matriz ............................................................. 176
4.1.2. Construção de Cenários .................................................................................. 178
4.2. Construção da Matriz Ponderada ............................................................................................... 187
4.2.1.
Metodologia de Valoração Ponderada ............................................................................... 187
4.3. Áreas Críticas para Consolidação dos Produtos, Atividades e Posicionamento Potencial ........ 201
4.4. Formulação das Estratégias ....................................................................................................... 202
PARTE V – PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS .......... 205
5.
PLANO DE AÇÃO ....................................................................................................................... 206
5.1. Visão Geral e Ações Previstas .............................................................................. 206
5.1.1. Componente 1: PRODUTO TURÍSTICO ......................................................... 210
5.1.2. Componente 2: COMERCIALIZAÇÃO ............................................................. 213
5.1.3. Componente 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL................................... 215
5.1.4. Componente 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS........................ 220
5.1.5. Componente 5: GESTÃO AMBIENTAL ........................................................... 223
5.2. Quadro Síntese das Ações Previstas .................................................................... 225
5.3. Dimensionamento do Investimento Total............................................................... 233
5.4. Seleção e Priorização das Ações. ......................................................................... 236
20
5.4.1. Ações a Serem Contempladas nos 18 meses iniciais de Implantação do
PDITS 241
5.4.2. Descrição das Ações a serem realizadas durante os dezoito primeiros meses
de financiamento do PRODETUR NACIONAL ........................................................... 244
5.4.3. Fichas das Ações Prioritárias .......................................................................... 245
5.4.4. Marco de Resultado por Ação Priorizada para os 18 meses iniciais de
implantação do PDITS................................................................................................ 260
5.5. Avaliação dos Impactos Socioambientais das Ações Previstas ............................. 266
5.5.1. Diretrizes para Gestão Socioambiental............................................................ 273
PARTE VI – FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO .................................................... 280
6.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ....................................................................................... 281
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 283
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 284
ANEXO 1 – JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ................................................ 287
ANEXO 2 – DIAGNÓSTICO - OFERTA DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – POLO DAS
ÁGUAS TERMAIS, 2009. ................................................................................................................... 293
ANEXO 3 – DIAGNÓSTICO - SERVIÇOS DE APOIO CALDAS NOVAS ......................................... 296
ANEXO 4 – DIAGNÓSTICO - SERVIÇOS DE APOIO RIO QUENTE............................................... 308
ANEXO 5 – DIAGNÓSTICO - SETOR DE ALIMENTAÇÃO CALDAS NOVAS ................................. 311
ANEXO 6- DIAGNÓSTICO - SETOR DE ALIMENTAÇÃO DE RIO QUENTE .................................. 313
ANEXO 7 – MATRIZ FOFA - CONTRIBUIÇÕES LEVANTADAS DURANTE A OFICINA ................ 314
ANEXO 8 – PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES ......................................................................................... 320
ANEXO 9 – REGISTROS DOS EVENTOS PARTICIPATIVOS ........................................................ 322
21
ÍNDICE FIGURAS
Figura 1.
Localização do Polo das Águas Termais – Centro Oeste ...........................31
Figura 2.
Localização do Polo das Águas Termais em Goiás ....................................32
Figura 3.
Mapa Rodoviário Goiás ..............................................................................38
Figura 4.
Terminal Rodoviário e saguão do aeroporto – Caldas Novas .....................39
Figura 5.
A linha do tempo do Polo das Águas Termais. ...........................................46
Figura 6.
Polo das Águas Termais – raio de influência ..............................................62
Figura 7.
Mapa dos Atrativos Turísticos do Polo das Águas Termais ........................67
Figura 8.
Imagens do Jardim Japonês – Ponte da Paz – Caldas Novas ....................68
Figura 9.
Jardim Japonês – Caldas Novas ................................................................68
Figura 10.
Imagens: Vista da Lagoa Quente e do Acesso Principal – Caldas Novas ...69
Figura 11.
Piscinas Termais da Lagoa Quente– Caldas Novas ...................................69
Figura 12.
Vista: acesso à Lagoa Quente– Caldas Novas ...........................................70
Figura 13.
Sinalização Parque Estadual da Serra – Caldas Novas ..............................71
Figura 14.
Acesso ao Parque Estadual da Serra – Caldas Novas ...............................72
Figura 15.
Vista do Lago da Hidrelétrica de Corumbá .................................................73
Figura 16.
DiRoma Acqua Park– Caldas Novas ..........................................................73
Figura 17.
Parque das Primaveras– Caldas Novas .....................................................74
Figura 18.
Mirante Serra Verde – Caldas Novas .........................................................75
Figura 19.
Monumento às Águas – Caldas Novas .......................................................75
Figura 20.
Entrada do Museu da Soja – Caldas Novas ...............................................76
Figura 21.
Marca do Museu da Soja – Caldas Novas ..................................................76
Figura 22.
Mundo à Vapor – Caldas Novas .................................................................77
Figura 23.
Parque das Fontes – Rio Quente................................................................79
Figura 24.
Praia do Cerrado – Rio Quente ..................................................................79
Figura 25.
Hot Park – Rio Quente................................................................................80
Figura 26.
Variedade de Oferta de equipamento de hospedagem ...............................85
Figura 27.
Variedade de Oferta de equipamento de hospedagem (2) .........................85
Figura 28.
Mapa de infraestrutura do Polo das Águas Termais .................................100
Figura 29.
Rodovias federais e estaduais pavimentadas no estado de Goiás ...........101
Figura 30.
Condições do pavimento nas rodovias do estado de Goiás ......................102
Figura 31.
Estação Rodoviária de Caldas Novas .......................................................103
Figura 32.
Subestação de transporte coletivo ............................................................103
Figura 33.
Sinalização das vias de Caldas Novas .....................................................104
22
Figura 34.
Avenida Orcalino Santos, em Caldas Novas.............................................105
Figura 35.
Aeroporto Municipal de Caldas Novas ......................................................105
Figura 36.
Pista de pouso do Aeroporto ....................................................................106
Figura 37.
Vista da ETA de Caldas Novas .................................................................106
Figura 38.
Laboratório do DEMAE .............................................................................107
Figura 39.
Sistema de captação no Rio Quente ........................................................108
Figura 40.
Estação de Tratamento de Água de Rio Quente.......................................108
Figura 41.
Laboratório da ETA...................................................................................109
Figura 42.
Estação de Tratamento de Esgotos – ETE de Caldas Novas ...................110
Figura 43.
Estação de Tratamento de Esgotos – ETE Rio Quente ............................111
Figura 44.
Bacia de detenção da ETA Rio Quente ....................................................111
Figura 45.
Boca de lobo com lixo ...............................................................................114
Figura 46.
Córrego Buriti Mirim ..................................................................................114
Figura 47.
Organização da Cadeia Institucional do Turismo ......................................119
Figura 48.
Turismo
Núcleo Estratégico de Gestão Pública Participativa e Descentralizada do
120
Figura 49.
Estrutura Organizacional da GOIÁS TURISMO ........................................122
Figura 50.
Mapa de Zoneamento Urbano de Caldas Novas ......................................135
Figura 51.
Mapa de localização do Polo das Águas Termais .....................................139
Figura 52.
Gráfico de temperatura .............................................................................140
Figura 53.
Gráfico de precipitação .............................................................................140
Figura 54. Representação gráfica do balanço hídrico no ciclo hidrológico anual médio
na região de Caldas Novas, GO. ...................................................................................141
Figura 55.
Cerradão.
Tipos de Cerrado. Campo Limpo, Campo Sujo, Cerrado sensu strictu e
142
Figura 56.
Vereda e B: Mata Galeria. ........................................................................142
Figura 57.
Regiões hidrográficas da bacia do rio Paranaíba. .....................................143
Figura 58.
Mapa hidrográfico do Polo das Águas Termais.........................................144
Figura 59.
Mapa hipsométrico do Polo Águas Termais ..............................................151
Figura 60.
Mapa de declividade do Polo das Águas Termais ....................................152
Figura 61.
Mapa geomorfológico do Polo das Águas Termais ...................................152
Figura 62.
Mapa de solos do Polo Águas Termais.....................................................154
Figura 63.
Mapa de uso e cobertura do solo do Polo das Águas Termais .................157
Figura 64.
Imagem de satélite do Polo das Águas Termais .......................................158
Figura 65.
Vista do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas. ..............................159
Figura 66.
Parque Estadual da Serra de Caldas Novas. ............................................160
23
Figura 67. Variação das cotas médias do Sistema Aquífero Araxá e superfície
potenciométrica do Sistema Aquífero Paranoá (1979 – 2009). ......................................163
Figura 68.
Representação esquemática da caixa de recarga padrão ........................171
Figura 69.
Matriz FOFA – Características Próprias de cada Quadrante ....................177
Figura 70.
Matriz FOFA do Polo das Águas Termais .................................................186
ÍNDICE GRÁFICO
Gráfico 01:
(2007)
Principais Emissores de Turismo e Geradores de Receitas para Goiás
35
Gráfico 02:
Taxa média de ocupação mensal, Polo das Águas Termais*, 2008. ...........50
Gráfico 03:
Número de Passageiros Desembarcados, janeiro a maio de 2009. ............52
Gráfico 04:
Faixa etária dos visitantes do Polo .............................................................56
Gráfico 05:
Nível de escolaridade dos visitantes do Polo ..............................................56
Gráfico 06:
Faixa de renda dos visitantes do Polo ........................................................56
Gráfico 07:
Estado de origem dos visitantes do Polo ....................................................57
Gráfico 08:
Estado de origem dos visitantes do Polo ....................................................57
Gráfico 09:
Tempo de permanência dos visitantes do Polo...........................................58
Gráfico 10:
Tempo de permanência dos visitantes do Polo...........................................58
Gráfico 11:
Motivação da Viagem – Pesquisa ABRASEL/MTUR ..................................58
Gráfico 12:
Motivação da Viagem – Pesquisa Rodoviária de Caldas Novas .................58
Gráfico 13:
Meio de Transporte Utilizado ......................................................................59
Gráfico 14:
Distribuição de UH nos meios de hospedagem ..........................................83
Gráfico 15:
Subdivisão dos empreendimentos do Grupo I - quantidade de
equipamentos. Polo das Águas Termais, 2009 ................................................................84
Gráfico 16:
2009
Hotéis – Classificação por Quantidade de UH. Polo das Águas Termais,
84
Gráfico 17:
Classificação dos Condomínios segundo a quantidade de UH. Polo das
Águas Termais, 2009 .......................................................................................................84
Gráfico 18:
Classificação dos leitos em Condomínios segundo a quantidade de UH.
Polo das Águas Termais, 2009 ........................................................................................85
Gráfico 19:
2009
Gráfico 20:
Novas, 2009
Equipamentos de lazer oferecidos pelas unidades hoteleiras de Rio Quente,
86
Equipamentos de lazer oferecidos pelas unidades hoteleiras de Caldas
87
Gráfico 21: Facilidades e serviços de apoio ofertados nas unidades hoteleiras do Polo
das Águas Termais, 2009 ................................................................................................87
Gráfico 22:
Variação de Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO ............................112
24
Gráfico 23:
Valoração Ponderada Atividade Turística Consolidada - Lazer e
Entretenimento 190
Gráfico 24:
Hidrotermal
Valoração Ponderada Atividade Turística Complementar– Turismo
193
(Saúde-Bem Estar) ........................................................................................................193
Gráfico 25:
Valoração Ponderada Atividade Turística Complementar– Turismo de
Negócios e Eventos .......................................................................................................196
Gráfico 26:
Valoração Ponderada Atividade Turística Complementar– Ecoturismo e
Turismo de Aventura......................................................................................................199
ÍNDICE TABELAS
Tabela 01:
Atrativos turísticos de Caldas Novas ..........................................................34
Tabela 02:
Atrativos turísticos de Rio Quente...............................................................34
Tabela 03:
Resumo da matriz de avaliação da competitividade do Polo. .....................36
Tabela 04: Meios de hospedagem e Leitos – hotéis, apart-hotéis e pousadas – Polo
das Águas Termais, 2009. ...............................................................................................40
Tabela 05:
População - Polo das Águas Termais, 2009. ..............................................40
Tabela 06:
Fluxo anual de Visitantes no Polo das Águas Termais, 2009......................51
Tabela 07:
Fluxo anual de Passageiros Desembarcados, 2005 a 2008. ......................51
Tabela 08:
Fluxo de Passageiros Desembarcados, 2005 a 2009. ................................52
Tabela 09:
Características dos Meios de Hospedagem por Segmento de Mercado .....53
Tabela 10:
Cenários e Taxas de Crescimento ..............................................................55
Tabela 11:
Estimativa de Crescimento de Fluxo Turístico ............................................55
Tabela 12:
Qualificação da oferta pelo turista...............................................................61
Tabela 13:
Distância de cidades de importância regional .............................................63
Tabela 14: Distribuição do número de famílias segundo grupo de renda em Estados
brasileiros. Brasil, 2003 – 2003 ........................................................................................64
Tabela 15:
Caracterização das Classes Sociais ...........................................................65
Tabela 16:
Custos individuais médios. Turismo popular no Brasil, 2005 ......................66
Tabela 17:
Oferta de equipamentos de hospedagem. Polo das Águas Termais, 2009 .86
Tabela 18:
Principais estados emissores de turistas - Goiás ........................................91
Tabela 19:
Origem dos Hospedes ................................................................................92
Tabela 20:
Pontos Positivos e Negativos Caldas Novas ..............................................94
Tabela 21: Qualidades de Caldas Novas para o turismo - Resultados para Turistas
(Respostas múltiplas) ......................................................................................................95
Tabela 22:
Precariedades de Caldas Novas para o turismo (Respostas múltiplas) ......95
25
Tabela 23:
Nível de Satisfação do Turista ....................................................................96
Tabela 24:
Pontos Turísticos que o turista conhece .....................................................96
Tabela 25:
Avaliação do turista com relação à cidade ..................................................96
Tabela 26:
Motivo de visitação à Caldas Novas ...........................................................97
Tabela 27:
- 2009.
Empregos Formais no setor de Turismo, Polo Águas Termais e Goiás, 1999
99
Tabela 28:
Situação do sistema de abastecimento de água de Caldas Novas ...........107
Tabela 29:
Situação do sistema de abastecimento de água de Caldas Novas ...........109
Tabela 30:
Consumo de Energia elétrica em Caldas Novas .......................................115
Tabela 31:
Consumo de Energia elétrica em Rio Quente ...........................................115
Tabela 32:
Comparativo das Interrupções no fornecimento de energia elétrica em
relação às metas estabelecidas – ano de 2008 .............................................................116
Tabela 33: CNES - Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação – Quantidade
existente por Município – 2009 ......................................................................................117
Tabela 34:
CNES - Estabelecimentos - Serviços / classificação - Quantidade por
Município e Tipo de Estabelecimento – fev./2008 ..........................................................117
Tabela 35:
Arrecadação Municipal .............................................................................118
Tabela 36: Vazões de retirada (demanda), de retorno e de consumo, em m3/s e para
usos consuntivos. ..........................................................................................................143
Tabela 37:
Paranaíba.
Vazões de retirada (demanda), pelo tipo de uso consuntivo da bacia do rio
144
Tabela 38:
Matriz de Ponderação para Lazer e Entretenimento .................................190
Tabela 39:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal ...................................193
Tabela 40:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal ...................................196
Tabela 41:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal ...................................199
Tabela 42:
Valoração Ponderada das Atividades voltadas a desenvolvimento de
Produtos Turísticos no Polo das Águas Termais/ GO ....................................................200
Tabela 43:
Dimensionamento do Investimento Total ..................................................234
Tabela 44:
do Polo
Dimensionamento do Investimento por Município e Comum aos Municípios
235
Tabela 45:
Seleção e Priorização das Ações Previstas ..............................................237
Tabela 46:
Ações Priorizadas por Área de Abrangência - Município de Caldas Novas
238
Tabela 47:
Ações Priorizadas por Área de Abrangência - Município de Rio Quente...239
Tabela 48: Ações Priorizadas por Área de Abrangência – Comuns aos Municípios do
Polo das Águas Termais ................................................................................................240
26
LISTA DE QUADROS
Quadro 01:
Objetivos específicos e prazos ..................................................................................... 43
Quadro 02:
Grupos - Equipamentos................................................................................................ 52
Quadro 03:
Atrativos Turísticos em Caldas Novas ......................................................................... 77
Quadro 04:
Atrativos Turísticos Certificados pela Secretaria de Turismo ...................................... 78
Quadro 05:
Atrativos Turísticos de Rio Quente ............................................................................... 81
Quadro 06:
Origem dos Hospedes .................................................................................................. 92
Quadro 07:
Macroprogramas e Programas Afetos ao Ministério do Turismo ............................... 126
Quadro 08:
Legislação urbanística turística .................................................................................. 131
Quadro 09:
Capacidade Institucional dos Municípios para a Gestão Ambiental .......................... 159
Quadro 10:
Planos Diretores Municipais ....................................................................................... 159
Quadro 11:
turísticas
Pontos fortes/Usos potenciais dos controles ambientais relacionados às atividades
161
Quadro 12:
Síntese: Problema/Conflito, Impactos/Efeitos e Ações para o Turismo .................... 167
Quadro 13:
Produto Turístico – Leitura Técnica ........................................................................... 180
Quadro 14:
Comercialização – Leitura Técnica ............................................................................ 181
Quadro 15:
Fortalecimento Institucional – Leitura Técnica ........................................................... 182
Quadro 16:
Infraestrutura e Serviços Básicos – Leitura Técnica .................................................. 183
Quadro 17:
Gestão Ambiental – Leitura Técnica .......................................................................... 184
Quadro 18:
Matriz de Ponderação para Lazer e Entretenimento ................................................. 188
Quadro 19:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal ................................................... 191
Quadro 20:
Matriz de Ponderação para o seguimento Negócios e Eventos ................................ 194
Quadro 21:
Matriz Ponderada para o seguimento Ecoturismo/Turismo de Aventura .................. 197
Quadro 22:
Nível de Desenvolvimento dos Segmentos e Produtos Turísticos Principais e
Complementares Indicados pela Valoração Ponderada - Polo das Águas Termais/GO .................. 200
Quadro 23:
Relação Produto e Atividades Consolidada: Lazer e Entretenimento ....................... 201
Quadro 24:
Relação Produto e Atividades em Desenvolvimento: Turismo Hidrotermal .............. 201
Quadro 25:
Relação Produto e Atividades em Desenvolvimento: Negócios e Eventos ............... 202
Quadro 26:
Relação Atividades Potenciais: Ecoturismo e Turismo Aventura .............................. 202
Quadro 27:
Eixos Estratégicos, Estratégias e Ações Previstas. ................................................... 203
Quadro 28:
Eixos Estratégicos, Estratégias e Ações Previstas. ................................................... 207
Quadro 29:
Quadro Síntese das Ações Previstas......................................................................... 226
Quadro 30:
Ações Elegíveis para Realização Durante os 18 Primeiros Meses de Financiamento
do Prodetur Nacional .......................................................................................................................... 242
Quadro 31:
Ações de Fortalecimento da Gestão Municipal – Metas de Desempenho para os
Primeiros 18 Meses de Implantação do PDITS ................................................................................. 243
Quadro 32:
Ação, Problemas, Justificativas e Soluções Apontadas ............................................ 260
Quadro 33:
Síntese das diretrizes estratégicas das ações iniciais do PDITS .............................. 275
27
GLOSSÁRIO
ABEP
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
ABRASEL
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
AGEPEL
Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira
AGETOP
Agência Goiana de Obras Públicas
AGETUR
Agência de Turismo
AMAT
Associação das Empresas Mineradoras das Águas Termais
ANA
Agência Nacional de Águas
ANATEL
Agência Nacional de Telecomunicações
APP
Área de Preservação Permanente
AT
Área Turística
BID
Banco Interamericano de Desenvolvimento
BOH
Boletim de Ocupação Hoteleira
CAT
Centro de Atendimento ao Turista
CODEFAT
Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador
COFIEX
Comissão de Financiamentos Externos
COMTUR
Conselho Municipal de Turismo
DEMAE
Departamento Municipal de Água e Esgoto de Caldas Novas
DNPM
Departamento Nacional de Pesquisas Minerais
EMATER
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
EMBRAPA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EMBRATUR
Instituto Brasileiro de Turismo
ETA
Estação de Tratamento de Água
ETE
Estação de tratamento de Esgoto
FAT
Fundo de Amparo ao Trabalhador
FCNC & VB
Fundação Caldas Novas Convention & Visitors Bureau
FIPE
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
FONATUR
Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo
FUNGETUR
Fundo Geral de Turismo
GEOR
Gestão Estratégica Orientada para Resultados
GO
Estado de Goiás
GP
Grande Prêmio
IBAM
Instituto Brasileiro de Administração Municipal
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
28
INMET
Instituto Nacional de Meteorologia
IPTUR
Instituto de Pesquisas Turísticas do Estado de Goiás
ISSQN
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza de Rio Quente
MTur
Ministério do Turismo
OMT
Organização Mundial do Turismo
ONU
Organização das Nações Unidas
PDITS
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
PESCAN
Parque Estadual Serra de Caldas
PIB
Produto Interno Bruto
PNMT
Programa Nacional de Municipalização do Turismo
PNT
Plano Nacional de Turismo
PRF
Polícia Rodoviária Federal
PRODETUR
Programa de Desenvolvimento do Turismo
PRONAF
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
PRT
Programa de Regionalização do Turismo
SAMAE
Secretaria Municipal de Água e Esgoto
SANEAGO
Saneamento de Goiás S.A.
SEINFRA
Agência de Estado de Infraestrutura
SEMARH
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
SEPLAN
Secretaria de Estado e Planejamento
SISTUR
Sistema de Informações Turísticas
SM
Salários Mínimos
SNIS
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SNT
Sistema Nacional de Turismo
TAC
Termo de Ajuste de Conduta
UC
Unidade de Conservação
UH
Unidade habitacional destinada ao hóspede
WTTC
World Travel and Tourism Council - Conselho Mundial de Viagens e
Turismo
29
PARTE I – JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA
30
1. JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA
O Polo das Águas Termais está localizado no Centro-Oeste Brasileiro, na região sudeste
do Estado de Goiás, próximo à divisa com Minas Gerais e abrange os municípios de
Caldas Novas e Rio Quente (Figura 1 e Figura 2). O Polo está inserido na Região
Turística das Águas, prioritária para políticas de investimentos do Ministério do Turismo,
validada pelo Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil. No Polo
destaca-se a cidade de Caldas Novas, pelo seu reconhecimento como indutora de
desenvolvimento regional, compondo os 65 municípios brasileiros selecionados pelo
Plano Nacional de Turismo.
Por sua vez a Região Turística das Águas é composta por nove municípios: Buriti Alegre,
Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Inaciolândia, Itumbiara, Lagoa Santa, Rio Quente,
São Simão e Três Ranchos. A região está subdividida em dois Polos: Águas Termais e
Lagos do Rio Parnaíba.
Os municípios de Caldas Novas e Rio Quente são responsáveis pela maior parte do fluxo
turístico da região - apenas Caldas Novas apresentou, em 2007, fluxo de 1.449.954 de
viagens domésticas ao ano (FIPE, 2009), sem contabilizar as viagens rotineiras e
internacionais.
As Figuras 1 e 2 tratam da localização do Polo das Águas Termais em relação ao Brasil
(Figura 1) e ao estado de Goiânia (Figura 2).
Figura 1.
Localização do Polo das Águas Termais – Centro Oeste
Fonte: Technum Consultoria - 2009
31
Figura 2.
Localização do Polo das Águas Termais em Goiás
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria - 2009.
1.1. Importância dos Atrativos ou Recursos Turísticos
O Polo das Águas Termais se destaca pela oferta de produtos turísticos ligados ao
entretenimento e lazer, bem como ao bem-estar. O principal recurso da região é o
manancial de águas quentes naturais, com destaque para o lençol freático e o Rio
Quente. O principal local das fontes e nascentes encontra-se na Serra de Caldas,
localizada na divisa dos dois municípios.
As águas quentes consistem no maior atrativo do Polo, onde representa a quase
totalidade dos produtos comercializados relacionados a este fator e, portanto, é fácil
identificar a sua relevância. O fato dessa região conter o maior manancial de águas
termais não sulforosas do mundo confere singularidade para o seu desenvolvimento
turístico pela atratividade inerente a tal característica rara e peculiar.
O turismo de saúde, vinculado ao bem-estar, tem se destacado principalmente pela
visitação de pessoas da melhor idade. Desta forma, este mercado tem contribuído para o
aumento do fluxo total e, principalmente, para a diminuição da sazonalidade da
frequência dos visitantes.
O Polo vem se posicionando como opção para a realização de eventos, devido à
infraestrutura instalada. A quantidade de leitos disponíveis e equipamentos existentes
acabam por atrair grandes eventos, potencializando o fluxo de visitantes por outros
motivos que não sejam somente o lazer e o entretenimento.
32
O turismo de eventos em Caldas Novas e Rio Quente não são restritos às festas e shows
temáticos. A estrutura instalada para convenções e congressos é composta, segundo a
FCNC & VB, por dezoito centros de convenções, sendo dezessete em Caldas e um em
Rio Quente. A atratividade para a realização de convenções, congressos e seminários é
suportada pela oferta de leitos de hospedagem no Polo, apesar da diferenciação das
necessidades de públicos alvos distintos, ou seja, os que buscam atividades de lazer,
entretenimento e bem estar e, dos que participam de eventos. Neste aspecto é possível
identificar que parte dos equipamentos de hospedagem não apresenta os requisitos
necessários ao atendimento da demanda por turismo de eventos, porém muitos se
configuram como um atrativo complementar para o turismo de eventos.
Outro recurso do Polo das Águas Termais é o Parque Estadual Serra de Caldas que
apesar do enquadramento como Unidade de Conservação – UC apresenta possibilidade
de realização de algumas atividades de cunho turístico, notadamente aquelas
relacionadas ao ecoturismo e ao turismo de aventura.
A Serra de Caldas abriga o manancial das águas termais e a nascente do Rio Quente,
possibilitando trilhas e roteiros que podem partir tanto de Caldas Novas como de Rio
Quente. No entanto este recurso ainda não é explorado como atrativo turístico pela falta
de Plano de Manejo e demais instrumentos de gestão, bem como de equipamentos e
infraestrutura de suporte às atividades turísticas, que só poderão ser implantados após a
elaboração do referido Plano de Manejo.
Pode-se dizer que o Polo das Águas Termais apresenta oportunidade para o
desenvolvimento de atividades diversificadas relacionadas a:
•
•
•
•
Lazer e entretenimento;
Turismo Hidrotermal (Bem estar);
Ecoturismo e turismo de aventura.
Negócios e eventos;
Dentre essas, considera-se que os produtos consolidados relacionam-se às atividades de
lazer e entretenimento e às atividades hidrotermais que se configuram também como o
bem estar e notadamente voltados ao mercado da terceira idade.
O Polo também comporta atividades de eventos e convenções, realização de festas e
shows temáticos, todas com boas possibilidades de incremento.
Encontra-se em fase inicial de desenvolvimento as atividades relacionadas ao ecoturismo
e à aventura, com potencialidade de incremento.
A seguir são elencados, por município, os atrativos cadastrados no Sistema de
Informações Turísticas – SISTUR 2008 (Tabela 01 e 02). Importa ressaltar que o SISTUR
visa sistematizar dados referentes à atividade turística em cada município por meio de
levantamento e cadastro de empresas e prestadores de serviço locais.
33
Tabela 01:
Atrativos turísticos de Caldas Novas
RELATÓRIO DE ATRATIVOS TURÍSTICOS DE CALDAS NOVAS
Atrativo
Localização
Inventário
Data Cadastro
Águas Termais
2006
24/03/2007 20:14
Balneário Municipal
2006
24/03/2007 19:46
Biblioteca Pública Municipal
Praça do Cerrado
2006
24/03/2007 19:51
Casa de Martinho Coelho
Siqueira
Dentro do Clube Hotel Sesc
2006
24/03/2007 19:55
Casarão
Rua Coronel Gonzaga
2006
24/03/2007 19:42
Igreja
Praça Mestre Orlando - Centro
2006
24/03/2007 19:21
Jardim Japonês
Av. Santo Amaro saída para Goiânia
2006
24/03/2007 19:27
Lagoa Quente de Pirapitinga
2006
24/03/2007 19:15
Lago de Corumbá
2006
24/03/2007 19:07
Parque Estadual da Serra de
Caldas Novas
2006
24/03/2007 20:05
Fonte: SISTUR 2008
Tabela 02:
Atrativos turísticos de Rio Quente
RELATÓRIO DE ATRATIVOS TURÍSTICOS DE RIO QUENTE
Atrativo
Localização
Inventário
Data Cadastro
Concurso Miss Rio Quente
Ginásio de Esportes Municipal
2007
02/03/2007 10:17
Rio Quente
Ribeirão Águas Quentes
2007
01/03/2007 17:56
Carnaquente
Esplanada do Rio Quente
2006
06/03/2007 10:06
Festa de Santos Reis
2006
06/03/2007 10:10
GP de Bicicross
2006
06/03/2007 10:02
GP de Ciclismo
Rua José Dias Guimarães
2006
01/03/2007 16:39
Mini maratona Ecológica de Rio
Quente
Rua Piauí n°83 bairro Esplanada
2006
01/03/2007 11:54
Rio Quente
Rua Amazônia
2006
07/03/2007 15:32
Rio Quente Festival - MBP
Ginásio de Esporte Municipal
2006
01/03/2007 16:26
Salão Internacional de Orquídeas
Ginásio de Esportes
2006
01/03/2007 11:39
Fonte: SISTUR 2008
No intuito de qualificar objetivamente os atrativos turísticos identificados no Polo das
Águas Termais, utiliza-se como parâmetro a análise objetiva sob três aspectos
considerados determinantes no julgamento de um atrativo como relevante ou não:
•
Grau de Interesse que o Atrativo Desperta na Demanda (Local, Nacional ou
Internacional)
Conforme mencionado, no âmbito nacional, no ranking dos 30 destinos mais visitados
pelos brasileiros, Caldas Novas aparece em 15° lugar. Com grande participação no
turismo do Estado e sem disponibilização de pesquisa específica para Caldas Novas, a
análise de emissores e de geradores de receitas baseia-se na pesquisa de
34
Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil (FIBE 2007).
Conforme se observa no Gráfico a seguir (Gráfico 1) merece destaque o mercado
estadual interno, os estados de Minas Gerais e São Paulo e o Distrito Federal.
Gráfico 01:
Principais Emissores de Turismo e Geradores de Receitas para Goiás (2007)
Fonte: FIBE 2007. Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil
Em uma análise das localidades, em cada estado, pode-se afirmar que os mercados
prioritários identificados para o Polo são: Goiânia, Anápolis, interior de Goiás, Brasília,
Uberlândia, Uberaba, Belo Horizonte e São Paulo (capital e interior). A comprovação de
que os atrativos presentes no Polo despertam os interesses destes mercados citados
está no fato de que a maioria dos usuários que frequentam Caldas Novas e Rio Quente é
proveniente destes lugares. Apesar da inexistência de dados formais, porém
considerando o Polo um destino consolidado, essa informação foi consenso entre os
atores que participaram da elaboração deste PDITS.
Os eventos, convenções e shows temáticos também atraem interesse nos mercados
prioritários por reflexo direto do atrativo das águas termais e pela sua infraestrutura
turística instalada.
Para a prática de ecoturismo o interesse é um pouco mais específico no momento em
que preferência se dá principalmente entre os mais jovens ou pessoas com interesse em
aventura e convívio com a natureza, além do público acadêmico ligado às ciências
biológicas, proveniente das mesmas localidades citadas.
O que justifica, principalmente, a preferência desse público aos atrativos do Polo das
Águas Termais é a distância relativamente pequena e a possibilidade de acesso por
meios terrestres, inclusive por veículo próprio, além do posicionamento central em
relação ao restante do Brasil.
Importa acrescentar que o principal motivo que leva o turista em todas as faixas etárias e
de renda aos municípios do Polo é o bem estar proporcionado pelos mananciais
hidrotermais.
Singularidade e Raridade
Os mananciais terrestres de águas termais não sulfurosas são raros em todo o mundo. A
partir daí pode-se confirmar a importância do atrativo no Polo das Águas Termais em
relação à sua raridade e singularidade.
35
•
Disponibilidade em Tempo
A visitação e a utilização dos atrativos turísticos do Polo das Águas Termais podem
ocorrer em todas as épocas do ano. A característica climática do Estado de Goiás,
Tropical Brasil Central (IBGE, 2002), propicia este benefício. São apenas duas estações:
a chuvosa e a seca.
Porém, como o principal atrativo são as águas quentes para imersão, o inverno é o
período de maior demanda para a atividade recreativa e de bem-estar. É um período que
não chove e apresenta temperaturas atmosféricas mais baixas, podendo ser inferiores a
10ºC.
Quanto ao ecoturismo, a melhor época para a visitação é também preferencialmente o
inverno, devido à ausência de precipitação pluviométrica.
Em relação aos eventos não há restrições na época para sua realização. Deve-se evitar,
porém, épocas de férias e feriados devido à alta demanda da utilização para atividades
de lazer, típicas do turismo de lazer e entretenimento.
A partir da análise destes três parâmetros é possível definir os atrativos turísticos da
região como potenciais, fato este comprovado pelo aspecto consolidado da atividade
turística como geradora de renda e desenvolvimento social na região.
A avaliação da competitividade da área turística – AT se dá segundo os critérios
apresentados na tabela 03, detalhados no Anexo 1 deste documento. A seguir, pode-se
verificar os resultados finais de cada item.
Tabela 03:
Resumo da matriz de avaliação da competitividade do Polo.
COMPONENTES / ITENS
CRITÉRIOS
1.Grau dos Atrativos Turísticos (em relação à
concorrência: qualidade e distância dos atrativos e prod.
“competidores”.).
2.Demanda
Ʃ pontos de cada item
PONTOS MÁXIMOS
(componente/ item)
20
Ʃ pontos de cada item
18
2.1 Grau de identificação da demanda:
Pontuação da AT
10
2.2 Facilidade atração mercado (proximidade e perfil do
público alvo principal)
Pontuação da AT
8
3. Distribuição Físico-Espacial
Ʃ pontos de cada item
18
3.1 Grau de equilíbrio na ocupação territorial da AT
Pontuação da AT
5
3.2 Distância ou tempo de percurso entre centro da AT e
ponto mais distante de seu território.
Pontuação da AT
5
3.3 Condições acesso/ mobilidade entre pontos principais
da AT.
3.4 Número de municípios da AT.
Pontuação da AT
3
Pontuação da AT
5
4. Meio Hospedagem e Oferta Equipamento, Serviço
Turístico e de Apoio:
4.1 Meios de hospedagem disponível – distância entre
localização dos meios e centro da AT
Ʃ pontos de cada item
8
Pontuação da AT
2
4.2 Quantidade e qualidade meio hospedagem frente à
demanda e perfil do público-alvo já identificado
Pontuação da AT
1
4.3 Existência de espaços protegidos ou construídos de
interesse turístico
Pontuação da AT
2
36
COMPONENTES / ITENS
CRITÉRIOS
4.4 Disponibilidade de agências receptivas locais, guias
turísticos e locadoras de veículos, dentro da AT.
Pontuação da AT
PONTOS MÁXIMOS
(componente/ item)
2
4.5 Disponibilidade de serviços de segurança para o
turista
5. Acessibilidade
Pontuação da AT
1
Ʃ pontos de cada item
7
5.1 Aérea
Pontuação da AT
4
5.2 Rodoviária
Pontuação da AT
1
5.3 Meios de Transporte Rodoviários oferecidos
Pontuação da AT
2
5.4 Fluvial/ marítima
Pontuação da AT
0
6. Infraestrutura e Meio Ambiente
Ʃ pontos de cada item
5
6.1 Qualidade do meio ambiente natural
Pontuação da AT
1
6.2 Saneamento ambiental
Pontuação da AT
0
6.3 Serviço de abastecimento de água
Pontuação da AT
1
6.4 Serviço de abastecimento de energia
Pontuação da AT
1
6.5 Serviços de comunicações - telefonia
Pontuação da AT
2
7. Capacidade de Gestão (Instalada ou Potencial)
Ʃ pontos de cada item
9
7.1 Disponibilidade de Informações
Pontuação da AT
1
7.2 Processo de Comercialização:
Pontuação da AT
2
7.3 Desenvolvimento da AT enquanto destino turístico
Pontuação da AT
2
7.4 Grau de planejamento/ disponibilidade de
instrumentos
7.5 Grau participação atores locais no Planejamento
Turístico
8. Considerações
Pontuação da AT
2
Pontuação da AT
2
- Justificativa e Seleção da AT para inclusão no programa, com descritivo de sua situação atual e localização.
- Delimitação da Área Turística com indicação dos municípios que a compõem e dos principais atrativos e produtos
turísticos existentes.
- Indicativo da estratégia turística, com o papel de cada município no âmbito do desenvolvimento turístico.
- Considerações, sucintas, sobre os principais problemas e oportunidades da área, face ao desenvolvimento turístico,
relacionados à: mercado e produto turístico; contextos social, econômico e ambiental; condições de infraestrutura,
cadeia produtiva do turismo e gestão.
SOMATÓRIO TOTAL
85
* Total de Pontos reflete a Avaliação ajustada, conforme o grau de desenvolvimento dos componentes e pontos obtidos
pela Área Turística, realizada à época de elaboração deste PDITS.
Fonte: GOIÁS TURISMO. Diagnóstico Plano Estadual de Turismo, 2007
Por meio da Tabela 03 constata-se que o Grau dos Atrativos Turísticos, bem como a
Demanda e a Distribuição Físico-Espacial foram os itens que receberam maior
pontuação.
Os itens referentes aos Meios de Hospedagem e à Oferta de Equipamentos, aos
Serviços Turísticos e de Apoio, à Acessibilidade; à Infraestrutura e Meio Ambiente e à
Capacidade de Gestão receberam baixa pontuação devendo, pois, ser objeto passível de
intervenção.
37
1.2. Acessibilidade e Conectividade
A localização do Polo propicia o acesso por terra facilitado para os mercados prioritários:
Goiânia, Anápolis, Brasília, Uberlândia, Uberaba, Belo Horizonte e São Paulo. As
rodovias que fazem as ligações a essas cidades estão relativamente em boa qualidade
de conservação, necessitando apenas melhorias nas sinalizações horizontais e verticais
e nas faixas de acostamento em alguns trechos. Há disponibilidade de linhas regulares
de ônibus até os mercados prioritários.
Os acessos são feitos (Figura 3):
De Goiânia pela GO-020 e GO-139;
De Brasília pela BR-040, seguindo pela GO-010 e GO-139;
De Uberlândia pela BR-050, MG- 413 e GO-139;
De Belo Horizonte pela BR-262, MG-187, BR-365, MG- 223, BR-050 e GO-139;
De São Paulo, capital, pela Via Anhanguera;
Do interior de São Paulo, por vias diversas dentre as quais se destacam as BR
153, BR 364, BR 050, e a MG 190.
Figura 3.
Mapa Rodoviário Goiás
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria - 2009.
A distância de Goiânia é de 165 km, de Anápolis é de 215 km, de Brasília é de 300 km,
Uberlândia é de 175 km, Uberaba é de 285 km, Belo Horizonte é de 700 km e de São
Paulo é de 765 km. O terminal rodoviário existente no Polo é de médio porte e, apesar de
limitada, tem o mínimo de estrutura necessária para atender aos turistas (Figura 4).
38
Figura 4.
Terminal Rodoviário e saguão do aeroporto – Caldas Novas
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria julho de - 2009.
Com relação ao acesso aéreo ao Polo, atualmente as condições são limitadas por não
existirem voos regulares para esse destino. Caldas Novas, no entanto, conta com um
aeroporto preparado para receber aeronaves de grande porte, com pista de 2.100 metros
de comprimento e terminal de passageiros com capacidade para 600 passageiros/dia. No
entanto, atualmente, limita-se a receber cerca de 40 voos fretados por mês, sendo que na
alta temporada o número chega a 100 voos fretados por mês. No ano de 2008 esse
aeroporto recebeu 711 voos fretados, segundo dados da Secretaria Municipal de Turismo
de Caldas Novas.
O fluxo de passageiros segundo informação da Superintendência do Aeroporto Municipal
Nelson Guimarães de Caldas Novas que foi da ordem de 70.000 a 75.000 passageiros/
ano em 2005 e 2006, caiu para um volume de cerca de 31.000 passageiros em 2008. A
partir de 2009 os números mostram a retomada do crescimento, com movimentação
anual de 41.000 visitantes. A perspectiva é de que a ascensão seja confirmada.
Em Rio Quente há um aeródromo com pista de pouso de 1.100 metros. Seu atendimento
é principalmente voltado aos grandes empreendimentos localizados no município.
Em relação à acessibilidade aérea, destaca-se ainda o Programa de Incentivo à Aviação
Regional “Voe Goiás”, do governo estadual, que tem como foco principal a implantação e
expansão de linhas aéreas regionais e nacionais (domésticas) regulares. Para alcançar a
meta pretendida foram criados incentivos tributários e legislação específica para atrair
empresas e investimentos. Além disso, a Goiás Turismo juntamente com a Agência de
Estado de Infraestrutura – SEINFRA e a Agência Goiana de Obras Públicas – AGETOP
tem como meta, até 2014, a estruturação, adequação ou construção de aeroportos
estrategicamente localizados condicionando-os a receberem rotas aéreas regulares de
carga e de passageiros.
1.3. Nível de Uso Atual ou Potencial
Pode-se considerar que, de forma geral a atividade turística na região está consolidada,
principalmente pelo maior atrativo que são as águas termais. O Polo detém a maior oferta
de leitos de hospedagem do Estado de Goiás.
Os níveis de atratividade dos municípios de Caldas Novas e Rio Quente resultaram na
considerável exploração dos recursos e atrativos que possuem potencialidades turísticas.
Tanto Rio Quente, quanto Caldas Novas consistem no principal destino turístico de Goiás
e um dos principais do Brasil na oferta do produto água quente. Segundo a Secretaria
Municipal de Turismo de Rio Quente, cerca de 75% do fluxo turístico em Goiás têm como
destino o Polo das Águas Termais.
39
A oferta dos meios de hospedagem pode ser verificada na tabela a seguir.
Tabela 04:
Meios de hospedagem e Leitos – hotéis, apart-hotéis e pousadas – Polo das Águas
Termais, 2009.
MUNICÍPIO
MEIOS DE HOSPEDAGEM
LEITOS
Caldas Novas
87
38.676
Rio Quente
16
7.660
Total
103
46.336
Fonte: Plano Estadual de Turismo, 2007.
Segundo a FCNC & VB (2009), além da oferta em hotéis, apart-hotéis e pousadas, o Polo
abriga um volume considerável de condomínios, 286 empreendimentos, com 13.622 UH
e 53.832 leitos, praticamente voltados a visitantes. Para efeitos deste PDITS considerase que 10% dos condomínios são ocupados por moradores fixos, e 90% destinam-se aos
visitantes, o que evidencia uma situação contrastante quando comparado à população
residente no Polo (Tabela 5).
Tabela 05:
População - Polo das Águas Termais, 2009.
MUNICÍPIO
POPULAÇÃO
Caldas Novas
62.204
Rio Quente
2.959
Total
65.163
Fonte: Contagem IBGE, 2007.
Na esfera estadual o Polo é classificado de “diamante” por possuir pontuação de 85
pontos, na escala máxima de 100. Porém ainda há muito a fazer para o desenvolvimento
sustentável do turismo no Polo. Existe um amplo potencial de crescimento e qualificação,
mas para isso, além de outras medidas voltadas para o planejamento e reestruturação do
sistema de oferta e atendimento ao turista.
A exploração sustentável dos atrativos turísticos do Polo passa por um momento crucial
em seu desenvolvimento. É um momento de diversificação, tanto de modalidade turística
quanto de público frequentador e de aumento de demanda. Para o incremento do fluxo
de turistas é necessário maior oferta racional e sustentável da capacidade de carga dos
recursos da região. Para isso é essencial uma instância de gestão e de planejamento
voltados ao turismo sustentável.
Questões voltadas à infraestrutura urbana de energia elétrica, saneamento,
abastecimento de água, qualidade do espaço urbano, sistema viário e qualidade dos
acessos são fundamentais para a determinação da capacidade de carga da área
turística. São aspectos fundamentais, principalmente, em uma região que já tem o
turismo como atividade consolidada e já recebe um fluxo considerável de visitantes em
períodos concentrados do ano: fins de semana, feriados e férias.
Neste contexto é relevante, para o futuro da atividade turística, a exploração social e
ambientalmente correta dos recursos disponíveis. Outras possibilidades de
desenvolvimento da atividade turística também são detectadas na região, sendo até
mesmo necessárias sua estruturação e implantação, complementando a atividade
principal que são as águas termais. As atividades complementares são: a exploração
sustentável do Parque Estadual Serra de Caldas, com passeios ecológicos em trilhas
estruturadas e guiadas e observação da fauna e da flora.
40
PARTE II – FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS DO PDITS
41
2. OBJETIVOS DO PDITS
O PDITS resulta da estratégia estadual de captação de recursos para suporte à
promoção e o planejamento do turismo no Polo das Águas Termais, representando
esforços de apoio ao desenvolvimento regional e integrado do turismo, conforme definido
na estratégia do Plano Estadual de Turismo, elaborado em 2007.
Sua elaboração é fruto da cooperação e parceria entre o Estado, os Municípios, os
agentes econômicos, entidades representativas e a sociedade.
O PDITS visa a integração do Polo a partir de atividades turísticas sustentáveis e garantia
da qualidade dos recursos naturais, considerados os seus principais atrativos.
2.1 . Objetivo Geral
Promover a estruturação e o planejamento turístico integrado do Polo, com base no
desenvolvimento sustentável da atividade turística e na manutenção da qualidade dos
recursos naturais.
2.2 . Objetivos Específicos
São objetivos específicos deste PDITS:
Promover a aproximação e o alinhamento dos processos de gestão do turismo no
Polo;
Priorizar os segmentos turísticos com maior potencialidade de desenvolvimento e
identificar vantagens comparativas e competitivas que valorizem a singularidade
do Polo;
Identificar produtos e atividades turísticas com potencialidade de desenvolvimento
que possam complementar o segmento principal e atrair público-alvo compatível à
demanda existente;
Incentivar a capacitação continuada dos diversos atores para o planejamento e a
gestão compartilhada do desenvolvimento do turismo;
Identificar as áreas críticas que necessitem investimentos e promover captação de
recursos de forma articulada e convergente;
Incrementar a atratividade turística das áreas urbanas e apoiar melhoria dos
padrões urbanísticos e arquitetônicos, bem como a qualidade dos espaços
públicos;
Apoiar a preservação dos mananciais de águas termais e ampliar o sistema de
saneamento básico de forma a promover o desenvolvimento sustentável do
turismo;
Apoiar a melhoria do sistema de energia elétrica buscando atendimento adequado
à demanda turística do Polo;
Buscar a sustentabilidade econômica e ambiental visando à melhoria da
qualidade de vida da população local;
Buscar a sustentabilidade econômica e ambiental visando à melhoria da
qualidade dos equipamentos, infraestrutura e serviços prestados aos turistas;
Inserir a população local no ciclo econômico do turismo.
42
Com efeito, a estratégia estadual e o objetivo geral que norteia este PDITS, bem como os
objetivos específicos, as metas e os prazos esperados para seu cumprimento são
apresentados no Quadro 01 a seguir.
Quadro 01:
Objetivos específicos e prazos
OBJETIVOS
CURTO
PRAZO
(18 meses a
5 anos)
MÉDIO
PRAZO
(5 anos a
10 anos)
LONGO
PRAZO
(10 anos a
15 anos)
Promover a aproximação e o alinhamento dos
processos de gestão do turismo no Polo.
Priorizar
segmentos
turísticos
com
maior
potencialidade e identificar vantagens comparativas
e competitivas que valorizem a singularidade do
Polo.
Identificar produtos e atividades turísticas com
potencialidade de desenvolvimento que possam
complementar o segmento principal e atrair públicoalvo compatível à demanda existente.
Incentivar a capacitação continuada dos diversos
atores para o planejamento e a gestão compartilhada
do desenvolvimento do turismo.
Identificar as áreas críticas que necessitem
investimentos e promover captação de recursos de
forma articulada e convergente.
Incrementar a atratividade turística das áreas
urbanas e apoiar melhoria dos padrões urbanísticos
e arquitetônicos, bem como a qualidade dos
espaços públicos.
Apoiar a preservação dos mananciais de águas
termais e ampliar o sistema de saneamento básico
de forma a promover o desenvolvimento sustentável
do turismo.
Apoiar a melhoria do sistema de energia elétrica
buscando atendimento adequado à demanda
turística do Polo.
Buscar a sustentabilidade econômica e ambiental
visando à melhoria da qualidade de vida da
população local.
Buscar a sustentabilidade econômica e ambiental
visando à melhoria da qualidade dos equipamentos,
infraestrutura e serviços prestados aos turistas.
Inserir a população local no ciclo econômico do
turismo.
43
PARTE III – ANÁLISE – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DOS POLOS E DAS
ATIVIDADES TURÍSTICAS
44
3. DIAGNÓSTICO
TURÍSTICAS
ESTRATÉGICO
DO
POLO
E
DAS
ATIVIDADES
O diagnóstico estratégico sinaliza uma posição competitiva para o mercado turístico no
Polo, dado o seu produto principal que corresponde ao lazer e entretenimento nas águas
termais.
Complementando o segmento principal, nota-se ainda a possibilidade de diversificação
do portfólio de produtos turísticos ofertados, a partir das potencialidades existentes e dos
segmentos emergentes.
Neste contexto, destaca-se o turismo hidrotermal onde a procura é por bem-estar e
relaxamento, o turismo de negócios e eventos devido à capacidade de promoção de
shows e eventos culturais e ainda a promoção de congressos por abrigar instalações
para o mercado nacional de eventos de pequeno e médio porte.
Ainda há o ecoturismo/turismo de aventura devido à presença de paisagens naturais e
também como opção complementar do turismo de lazer.
Vale ressaltar que esta análise terá continuidade quando da abordagem do mercado
turístico, da demanda turística potencial, da oferta turística no que diz respeito à sua
segmentação, dos principais mercados geográficos e dos segmentos meta e, por fim, do
sistema de promoção e comercialização.
3.1. Mercado Turístico
O Polo das Águas Termais é responsável por receber aproximadamente 75% dos turistas
que visitam o Estado de Goiás (FIPE, 2007). Além dessa demanda real, a cidade de Rio
Quente é o local onde se encontra o maior rio de águas quentes não sulfurosas do país e
um dos maiores parques aquáticos de águas termais.
Ressalta-se, a ausência de um sistema de informações oficial, objetivo e atualizado, que
contenha informações sobre os principais aspectos do setor turístico para subsidiar ações
de planejamento.
Para melhor entendimento da origem do fluxo turístico da região, como forma de
promover e aplicar estratégias que impliquem no crescimento sustentável do Polo foi
construída com a participação de representantes da sociedade local, uma Linha do
Tempo, a partir dos principais fatos históricos do desenvolvimento do turismo.
A demanda turística atual no Polo Aguas Termais, expressa nos itens a seguir, baseouse em dados parciais disponibilizados pelo setor privado e na oferta e taxa de ocupação
dos hotéis e pousadas da região.
São também apresentadas análises estruturadas, realizadas a partir de dados
secundários oriundos de documentos oficiais, de pesquisas realizadas por instituições
reconhecidas nacionalmente e de informações fornecidas pelas secretarias municipais de
turismo. Por meio de pesquisa de campo, foram obtidos dados primários, a partir de
entrevistas e reuniões que contaram com a participação de atores chave, tais como
representantes do poder público nas esferas municipal e estadual, e do setor privado –
trade turístico – voltado para a hotelaria, para o transporte e outros segmentos do setor
de turismo. Desta pesquisa resultaram informações que foram posteriormente
complementadas e pactuadas em eventos de participação social.
.
45
3.1.1. Aspectos Históricos Relevantes para o Desenvolvimento do Turismo Local: a Linha do Tempo do Polo das Águas Termais
A figura a seguir apresenta a Linha do Tempo do Polo Aguas Termais, elaborada com a colaboração de lideranças locais.
Figura 5.
A linha do tempo do Polo das Águas Termais.
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria 2009.
46
Os fatos históricos identificados em seminário, acrescidos a conhecimentos externos
sobre o desenvolvimento do turismo no Polo das Águas Termais permitem traçar um
breve histórico do desenvolvimento local e respectivos reflexos no mercado turístico.
Em linhas gerais pode-se dizer que a atratividade turística se originou em 1860, na
demonstração de interesse pelos banhos terapêuticos na Lagoa Quente. Posteriormente,
foi construído neste local um leprosário, mantido até 1970.
No início da primeira década do século instalam-se o primeiro hotel (1910) e o balneário
da cidade (1911). A década de 20 é marcada pela significativa melhoria de acesso, com a
implantação de ponte na rota de ligação com o estado de São Paulo (1920) e pelo início
do interesse comercial pelas águas quentes, com a aquisição da Fazenda Água Quente
(1922). Em seguida, da década de 1930 até a de 1950, há o incremento constante das
atividades relacionadas ao lazer e turismo com instalação de empresa de exploração das
águas quentes (1932), clube recreativo (1938) e balneário municipal (1950).
A transferência da capital para Brasília gera nova onda de desenvolvimento para o Polo.
Antes mesmo da inauguração da Capital, em 1960, Juscelino Kubitschek visita a região
(1954). A partir de 1964, o turismo desponta como atividade econômica, ocupando o
lugar da agricultura que representava a base da sustentação econômica da região até
então. Também em 1964 tem início uma nova onda de empreendimentos locais, com
uma pousada com estrutura de madeira, com apenas 22 unidades habitacionais, seguido
pela construção de hotel, em 1969, com 169 unidades habitacionais - UH.
Nessa época, a qualidade do atrativo das águas termais aliada à carência de opções de
lazer na região e à cultura da água como opção de lazer para grande parte da população
da capital federal dão grande impulso às atividades turísticas do local. Trata-se de um
mercado efervescente, com comercialização, entre outras, de pacotes avulsos de 3 dias
a uma semana, de títulos permanentes de clubes e de sistema de utilização de
temporadas anuais de instalações hoteleiras (time-sharing).
Na década de 70 aumentam as opções de lazer, com a criação do Parque Estadual da
Serra de Caldas Novas – PESCAN (1970) e do clube CTC (1974), considerado o 1º hotel
de grande porte. A partir daí outros empreendimentos se sucedem. O interesse pelo
local, que até o início da década de 1970, era concentrado na população de Brasília,
passa a ser partilhado com o público de São Paulo, atraindo pessoas de variadas classes
de renda.
A região considerada como destino turístico diferenciado pela oferta de águas termais
com qualidades terapêuticas é procurada por significativa parcela da população com
médio e alto poder aquisitivo, o que levou à implantação do aeródromo em 1976.
Na década de 1980, com a explosão da construção de flats e empreendimentos de
hotelaria, há uma aceleração no desenvolvimento da atividade turística com a melhoria
da infraestrutura básica, implantação da rodovia GO 139 (1980) e a instalação de
hidrelétrica (1982). Ainda nessa década iniciam-se as disputas pelo poder e
reconhecimento do valor turístico das localidades do Polo. Em 1988, no auge do sucesso
como destino turístico consolidado, há a emancipação do município de Rio Quente, antes
distrito do município de Caldas Novas.
Nos anos 1990 são inúmeros os empreendimentos turísticos e equipamentos de apoio
que se implantam na região, proliferando e adensando a área urbana de Caldas Novas e
consolidando a área turística de Rio Quente. No entanto, a falta de fiscalização, o
desrespeito às regras de ocupação do solo, de preservação ambiental e a excessiva
especulação imobiliária, acabam por impactar negativamente a qualidade do espaço
47
urbano e do meio natural. A população local é aumentada pelo afluxo de imigrantes em
busca de emprego e melhor qualidade de vida.
Ocorre uma massificação da atividade turística no Polo, com grande volume de visitantes.
Apesar da quantidade de turistas e da grande potencialidade de mercado, o excesso da
oferta acaba por gerar concorrência entre os empresários com reflexo na redução das
tarifas cobradas. Esse fato, se por um lado permite o acesso de maior volume de
pessoas das classes de menor poder aquisitivo, por outro, os baixos níveis de preços
dificultam o ressarcimento dos custos dos serviços e investimentos para a manutenção e
melhoria dos equipamentos.
A virada do século é marcada pelo surgimento de novas áreas na formação de ensino
superior (em específico turismo e administração) e de regulamentação da exploração das
águas, com o estabelecimento de regras e condições para a perfuração de poços e o
fechamento dos poços ilegais. No aspecto institucional ocorrem avanços significativos,
iniciados em 2003 pelo Programa de Regionalização do Turismo promovido pelo Governo
Federal, e a acessibilidade ganha novo impulso com a entrega dos terminais aéreo
(2004) e rodoviário (2005).
Atualmente, o Polo das Águas Termais se caracteriza pela grande atratividade no
mercado nacional (principalmente São Paulo, Goiás e Distrito Federal). As águas termais
tornam-se o eixo da atividade turística e ao longo do tempo criaram uma infraestrutura
turística e municipal importante. Mas o turismo, desenvolvido de forma desorganizada,
acabou por gerar sérios impactos, dentre os quais se destacam o aumento da população
local devido aos migrantes em busca de emprego e perda das características culturais
locais. A desigualdade social foi evidenciada, ficando as demais atividades econômicas
exacerbadamente dependentes do setor de turismo.
O espaço urbano sofreu a influência dos processos políticos, econômicos e sociais e hoje
a área urbana torna-se referencial de cidade que cresce a qualquer preço. A expansão do
turismo ao mesmo tempo em que abriu novos postos de trabalho, segrega bairros de
características menos nobres que abrigam a população de menor poder aquisitivo e as
habitações precárias. A cidade, deixada a mercê da especulação imobiliária, tem hoje
uma configuração urbana fragmentada e desordenada.
Com qualidade de vida local inadequada e sofrendo os impactos decorrentes do
desenvolvimento espontâneo, sem a devida compatibilização com os sistemas de
infraestrutura e de serviços públicos, inicia-se nessa época a preocupação com
planejamento e gestão. Dentre as ações de destaque cita-se a busca de implantação de
projetos de gestão estratégica voltada para resultados – GEOR (2007), formação de
associações de prestadores de serviços turísticos (Associação dos Guias e Taxistas,
também em 2007). Em 2008 e 2009 os reflexos do planejamento no âmbito nacional e
estadual aliam-se à necessidade e vontade de planejamento local em busca de novas
perspectivas para o turismo local.
Preparar a cidade para o turista impõe ao Polo das Águas Termais a busca de um novo
padrão arquitetônico e urbanístico, que minimize as diferenças e as características de
uma cidade segregada, fragmentada e desordenada.
3.1.2. Demanda Turística
No Brasil, os estudos, pesquisas, indicadores e estatísticas sobre o andamento do setor e
sobre o perfil da demanda ainda encontram-se em construção pelos órgãos públicos. No
entanto, a disponibilidade de dados e informações é fundamental para a efetiva
48
consolidação da atividade, tornando visível a sua importância para a economia e o
fortalecimento da classe empresarial.
Os dados e informações concretas sobre a demanda dos principais segmentos turísticos
do polo foram obtidos junto ao empreendimento Rio Quente Resorts, maior grupo
hoteleiro local, às Secretarias de Turismo dos dois municípios, por meio de pesquisas de
curta duração realizadas pela Secretaria de Turismo de Caldas Novas na Rodoviária de
Caldas Novas1 e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL, em
parceria com o MTur2. Além das referidas pesquisas foram consideradas entrevistas
realizadas com técnicos da Administração Pública de Caldas Novas e Rio Quente.
A estimativa para a demanda atual se baseia, também, no Inventário hoteleiro de Caldas
Novas 2009, realizado pela FCNC & VB, no Inventário hoteleiro de Rio Quente 2009,
apoiado pela Goiás Turismo, além de parâmetros nacionais e regionais disponíveis em
publicações do setor.
Os dados da pesquisa de caracterização e dimensionamento do mercado doméstico de
turismo no Brasil (FIPE 2009) indicam que o Estado de Goiás aumentou em 0,2% sua
participação no mercado receptivo entre os anos de 2005 e 2007, passando de 3,1%
para 3,3% do fluxo de turistas domésticos no Brasil. Do total de viagens domésticas ao
Estado (5.198.000) Caldas Novas recebe quase 30% (1.449.954).
O fluxo é expressivo e coloca Goiás junto a outros estados também consolidados no
cenário nacional e reconhecidos internacionalmente, tais como Ceará e Pernambuco, que
respondem cada um por 3,3% do fluxo doméstico do turismo no Brasil.
Outra característica é a relação entre o turismo emissivo e o turismo receptivo. A
pesquisa demonstra que essa relação é 0,7, ou seja, o número de pessoas que visita
Goiás é maior do que o número de goianos que visitam outras localidades, o que o
caracteriza como estado receptivo. Segundo a mesma fonte o gasto médio por viagem é
de R$ 1074,00, não sendo considerada a permanência média do turista.
A pesquisa de caracterização e dimensionamento do mercado doméstico de turismo no
Brasil (FIPE 2009) estima que na análise da composição dos visitantes em função da
renda, o visitante do estado de Goiás enquadra-se em 33% com renda entre 1 a 4
salários mínimos, 54% com renda entre 4 a 15 SM e 13% acima de 15 SM, situação
melhor do que a média brasileira que é de 43% com renda entre 1 a 4 SM, 48% entre 4 a
15 SM e 9% acima de 15 SM.
A.)
Perfil Quantitativo dos Visitantes Atuais do Polo
Devido à falta de sistematização das informações no que toca o perfil quantitativo dos
visitantes do Polo, não há conhecimento preciso da demanda atual. Apenas um dos
1
Pesquisa na Rodoviária realizada com o turista que visita Caldas Novas. 48 questionários aplicados.
2
Pesquisa realizada em maio de 2009, para elaboração de diagnóstico do Setor Alimentação Fora do Lar
(SAFL) para subsidiar a implantação do Projeto Caminhos do Sabor – A União faz o Destino. A pesquisa
contemplou quatro públicos distintos segundo sua relação com o SAFL: consumidores locais, turistas,
empresários do setor e o grupo responsável pela implantação do projeto na localidade. O presente estudo
considera apenas a amostra de consumidores visitantes – survey com 30 entrevistas.
49
empreendimentos locais dispõe de estudo de demanda próprio, disponibilizado para esta
análise.
As informações restantes refletem visões parciais de setores, sem consenso sobre a
metodologia utilizada e a representatividade dos resultados. Apesar dos desencontros de
opiniões e da falta de dados primários, há consenso sobre as informações da Secretaria
de Turismo de Rio Quente de que o número de turistas que visita a cidade vem
aumentando nos últimos anos.
Além dos equipamentos hoteleiros há, conforme mencionado anteriormente, grande
concentração de condomínios, superando em, praticamente, uma vez e meia a oferta de
unidades habitacionais e leitos para os visitantes.
Os proprietários de tais imóveis são, em sua maioria, originários de localidades próximas,
do próprio estado, do Distrito Federal e do interior de São Paulo, num raio estimado de
400 km de distância que utilizam com certa frequência suas instalações para estadias
curtas, em finais de semana prolongados, ou por períodos mais longos, em épocas de
férias.
Esses condomínios operam ilegalmente como hotéis, oferecendo locação por dia.
Constituem, portanto, um dos graves problemas para o desenvolvimento do turismo, pela
grande quantidade de oferta, sem possibilidade de gestão, e concorrem diretamente com
os picos de interesse da demanda dos equipamentos hoteleiros, causando sobrecarga
dos sistemas de infraestrutura e da capacidade de atendimento local.
Na composição da demanda, buscou-se abranger todos os equipamentos de
hospedagem pagos, excetuando-se apenas o alojamento em casas de parentes e
amigos. Para essa estimativa foram utilizados parâmetros da oferta hoteleira e aplicação
das taxas de ocupação informadas pelos empreendedores locais e secretarias
municipais, sendo o número resultante validado em reuniões setoriais.
As taxas de ocupação informadas pela Secretária de Turismo de Caldas Novas foram
obtidas por levantamento direto, mensal, a partir de uma amostra de sete
estabelecimentos representativos em relação a tamanho e qualidade de equipamentos.
Os indicadores são apresentados a seguir.
Gráfico 02:
Taxa média de ocupação mensal, Polo das Águas Termais*, 2008.
70%
65%
60%
65%
50%
50%
50%
50%
50%
40%
40%
40%
30%
30%
30%
30%
20%
20%
10%
0%
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
* valor estimado a partir de amostra de empreendimentos localizados em Caldas Novas.
Fonte: Secretaria Municipal de Turismo de Caldas Novas
Apesar da baixa média anual, 43,33%, a taxa de ocupação na alta temporada é estimada
entre 80% e 100 %, especialmente na cidade de Rio Quente.
50
Tabela 06:
Fluxo anual de Visitantes no Polo das Águas Termais, 2009.
CATEGORIA DO
EQUIPAMENTO DE
HOSPEDAGEM
UH
LEITOS
TAXA DE
OCUPAÇÃO
MEDIA
MENSAL (%)
TEMPO DE
PERMANÊNCI
A MÉDIO DO
TURISTA
LEITOS
OCUPADOS
/UH
TOTAL DE
VISITANTE
ANO
Grupo I - hotéis, apart
hotéis, flats e
pousadas.
9.037
38.676
48%
2,5 a 5,5
3,5 a 4,5
1.607.731
Grupo II - hotel fazenda
e Camping
258
1.652
43%
2,5
4
63.901
Grupo III - motel
60
120
0
-
Grupo IV - Condomínio
13.622
53.832
25%*
4,5
5
1.362.200
Total
23.145
94.280
46,22
3,17
1,67
3.033.832
*obs.: ocupados efetivamente para o turismo
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas Novas
Convention Bureau e Goiás Turismo.
Outro cálculo possível para confirmação da estimativa de visitantes por ano é feito a partir
do número disponível de leitos aliado à ocupação de fim de semana. É fato conhecido no
Polo que a ocupação de fim de semana chega próxima a 100% durante grande parte do
ano.
Supondo-se que a ocupação dos leitos dos Grupos I e II chegue a 90% e a ocupação dos
leitos em condomínios chegue a 35%, nos 52 finais de semana do ano, e desprezando-se
a ocupação durante qualquer dia de semana no ano inteiro, obtém-se um total de
2.580.384 turistas/ano, número que representa 85% daquele obtido no cálculo efetuado
na tabela 06, considerando unidades habitacionais disponíveis, média da taxa de
ocupação anual, tempo de permanência e leitos ocupados.
Tendo por base o volume de turistas que chegaram por avião em 2008 o volume foi de
30.541 turistas/ano, o que representaria cerca de 1% do total de turistas do Polo.
Tabela 07:
Fluxo anual de Passageiros Desembarcados, 2005 a 2008.
ANO
PASSAGEIROS DESEMBARCADOS
2005
69.403
2006
75.924
2007
37.469
2008
31.323
2009*
41.296
Media anual
51.083
Fonte: Superintendência do Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães de Caldas Novas. 2010
A Tabela a seguir demonstra, em relação a uma média mensal, a queda expressiva no
número de turistas que chegaram ao Polo das Águas Termais por avião entre os anos de
2005 e 2008 e uma aparente recuperação desse fluxo nos primeiros meses do ano de
2009, conforme o Gráfico 03.
Esta redução do número de turistas que chegaram ao Polo por meio aéreo pode ter
ocorrido devido ao fim da operação de voos comerciais regulares no aeroporto de Caldas
Novas, e à diminuição da comercialização de pacotes com voos fretados.
51
Tabela 08:
Fluxo de Passageiros Desembarcados, 2005 a 2009.
ANO
PASSAGEIROS DESEMBARCADOS
2005
66.806
2006
76.593
2007
37.439
2008
30.541
2009*
16.381
Media anual
52.845
Fonte: Secretaria Municipal de Turismo de Caldas Novas
Gráfico 03:
Número de Passageiros Desembarcados, janeiro a maio de 2009.
5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Fonte: Secretaria Municipal de Turismo de Caldas Novas
B.)
Demandas
Hospedagem
Específicas
em
Função
da
Oferta
dos
Meios
de
Os principais atores locais, bem como os profissionais responsáveis por este estudo, tem
visão clara da demanda turística, condicionada pela qualidade dos equipamentos
ofertados. Tais equipamentos podem ser classificados nos grupos apresentados abaixo
e, na Tabela 09 tem-se as características dos meios de hospedagem.
Quadro 02:
Grupos - Equipamentos
GRUPO A
I.
Hotéis do mesmo grupo empreendedor, de maior porte e qualidade; com atrativos próprios,
localizados no bairro Esplanada, em Rio Quente;
GRUPO B
I.
Flats com atrativos próprios ou em parceria, de bom porte e qualidade, localizados no bairro
Esplanada, em Rio Quente;
II.
Hotéis, em sua maioria, e flat, com equipamento turístico de maior atratividade, dispersos
por bairros mais afastados do centro, em Caldas Novas (com predominância para o bairro
Turista I);
III.
Hotéis, flats, apart-hotéis e condomínios, com equipamento turístico de maior atratividade,
predominantemente nos bairros Turista I, Centro e outros, em Caldas Novas; e 1 hotel em
Rio Quente;
GRUPO C
I.
Pousadas, hotéis e flats de menor porte, sem equipamento turístico, localizados em bairros
diversos de Caldas Novas (muitos no Centro); além de 7 pousadas na Esplanada, Rio
Quente;
II.
Pousadas e hotéis de menor porte e sem nenhum equipamento ou atrativo turístico
diferenciado, sendo a grande maioria localizada no Centro de Caldas Novas e bairros do
entorno.
52
Tabela 09:
Características dos Meios de Hospedagem por Segmento de Mercado
QUANTIDADE
GRUPO
Estabelec.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
UH*
Porte, atrativos e serviços.
MERCADO PRINCIPAL
Localização
Bairro/ local
A
5
958
Hotéis do mesmo grupo
empreendedor, maior porte e
qualidade;
Esplanada, Rio Quente.
Diária (R$) /UH (2
adultos)
Público-alvo
Captação/ divulgação
R$ 575,00 a R$
900,00;
São
Paulo,
Brasília e Goiânia.
½ pensão
Classe A e B
Captação direta, operador próprio,
divulgação na internet, feiras e
eventos nacionais e internacionais,
principais revistas, e jornais.
R$ 350,00 a R$
420,00; ½ pensão
São
Paulo,
Brasília e Goiânia.
Atrativos próprios
BI
BII
3
8
707
1.063
Flats com atrativos próprios ou
em parceria, de bom porte e
qualidade.
Esplanada em Rio Quente
Hotéis, em sua maioria, e flat,
com equipamento turístico de
maior atratividade.
Diversos bairros, Caldas
Nova
(predominância:
Turista I).
Classe B
R$ 250,00 a R$
350,00; ½ pensão
São
Paulo,
Brasília, Goiânia;
e entorno.
Captação direta e por meio de
operadores nacionais, divulgação na
internet, principais revistas, e jornais.
Operadores nacionais, divulgação na
internet e em revistas especializadas.
classe B e C
BIII
CI
22
4.073
(+1
em
construção)
(528
em
construção)
27
903
Hotéis, flats, apart hotéis e
condomínios,
com
equipamento turístico de maior
atratividade.
Turista I, Centro e outros,
em Caldas Nova.
Pousadas, hotéis e flats de
menor
porte,
nenhum
equipamento turístico.
diversos de Caldas (muitos
no Centro); 7 pousadas na
Esplanada, Rio Quente.
(1 em Rio Quente)
R$ 150,00 a R$
250,00;
grande
maioria com ½
pensão.
São
Paulo,
Brasília, Goiânia;
e entorno.
R$ 80,00, com
café da manhã.
entorno
Distrito
Federal, e Goiânia
e São Paulo;
comercialização direta, operadores
nacionais, divulgação na internet e
em revistas especializadas.
classe C e D
comercialização direta, operadores
regionais, em sua grande maioria
com baixa divulgação (há exceções).
classe C e D
CII
44
805
Pousadas e hotéis de menor
porte
e
sem
nenhum
equipamento
ou
atrativo
turístico diferenciado
grande maioria no Centro de
Caldas Novas e bairros do
entrono
R$ 40,00 a R$
80,00 com café da
manhã
entorno
Distrito
Federal, e Goiânia
e São Paulo;
comercialização
direta,
sem
praticamente
nenhum
tipo
de
divulgação paga.
classe C e D
*
UH: comportam 4 pessoas em média, algumas chegam a comportar 6 pessoas.
**
apenas 2 estabelecimentos oferecem regime de ½ pensão, neste caso diárias variam de R$ 120,00 a R$ 150,00.
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, levantamento de dados e informações de campo, Technum Consultoria 2009.
53
Os visitantes do Polo, segundo informações da Administração Municipal de Caldas
Novas, são atraídos por eventos específicos como festas carnavalescas e shows de
música, que chegam a receber até 60 mil visitantes.
Quanto à forma de comercialização, pode-se afirmar que a captação de demanda é mais
expressiva pelos empreendimentos do grupo Rio Quente Resorts, um dos pioneiros, e
que conta com operador próprio. Tem como principal mercado o público das classes A e
B de São Paulo, Brasília e Goiânia. É o único a comercializar pacotes com deslocamento
aéreo (operado com fretamento das aeronaves). Dispõe de equipe especializada e
experiente e busca formas diversas de captação e comercialização, mantendo excelentes
taxas de ocupação (próxima a 100%, nos finais de semana, férias e feriados), apesar de
já ter apresentado médias melhores do que as atuais, segundo informações do próprio
grupo.
Com preços mais elevados, chega a disputar com alguns destinos internacionais o
público-alvo, tendo sido esta uma das prováveis razões da necessidade de alteração da
estratégia de comercialização em épocas passadas, quando se popularizaram as viagens
de brasileiros ao exterior.
Parte de seu público teve interesse despertado para outros destinos, e o grupo buscou
adaptar-se a novos padrões e captação de segmentos nos mesmos mercados já
trabalhados, porém voltados para público que não é tão atraído para destinos fora do
Brasil (idosos e famílias com várias crianças ou crianças pequenas).
A exemplo do Grupo Rio Quente Resorts, outros empreendimentos de maior porte
também comercializam seus produtos por meio de agentes e operadores, oferecendo
pacotes e/ou diárias em diversas categorias e preços variados.
O setor público tem apoiado a comercialização dos produtos turísticos do Polo por meio
de promoção e participação em feiras, página em internet, promoção de eventos
esportivos, mídia em jornais e revistas especializadas e promoção de cursos de
capacitação e aperfeiçoamento.
Os resultados obtidos, segundo o FCNC & VB são “os melhores possíveis, pois Caldas
Novas conta hoje com mais de 130 mil leitos hoteleiros, recebe mais de 2 milhões de
turistas anualmente, com uma ocupação superior a 70%”.
C.)
Projeções da Demanda Futura
As estimativas relacionadas com a demanda turística foram elaboradas a partir dos
seguintes subsídios:
•
Fluxo turístico atual obtido a partir das informações fornecidas pela Secretaria
Municipal de Rio Quente e pelos empresários locais, com suporte das
informações da FCNC & VB;
•
Taxa média geométrica de crescimento projetada para o crescimento do turismo
brasileiro (5,5%) 3.
Considerando que o Polo das Águas Termais já é um destino consolidado, e com limitada
capacidade de expansão frente às condições atuais de infraestrutura e capacidade do
3
Fonte: WTTC - World Travel and Tourism Council/Conselho Mundial de Viagens e Turismo, 2007.
54
meio ambiente, para a elaboração da projeção foram utilizados três cenários: um otimista
que assume o crescimento da atividade econômica igual à média brasileira (5,5%); um
moderado (4,0%); e um pessimista, bastante inferior à taxa média projetada para o
crescimento do turismo no Brasil.
Os cenários e as respectivas taxas de crescimento estão apresentados na tabela a
seguir.
Tabela 10:
Cenários e Taxas de Crescimento
CENÁRIO
INDICADOR
2010 – 2015
2016 – 2020
2021 – 2025
Otimista
Fluxo Turístico
5,5%
5,5%
5,5%
Moderado
Fluxo Turístico
4,0%
4,0%
4,0%
Pessimista
Fluxo Turístico
2,0%
2,0%
2,0%
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, levantamento de dados e informações de campo, Technum Consultoria 2009.
A partir desses dados elaboraram-se projeções de fluxo para os turistas que visitam o
Polo das Águas Termais, conforme apresentado na tabela que se segue.
Tabela 11:
ANO
Estimativa de Crescimento de Fluxo Turístico
PESSIMISTA
MODERADO
OTIMISTA
2009
3.033.832
3.033.832
3.033.832
2010
3.094.509
3.155.185
3.200.693
2011
3.156.399
3.281.393
3.376.731
2012
3.219.527
3.412.648
3.562.451
2013
3.283.917
3.549.154
3.758.386
2014
3.349.596
3.691.121
3.965.097
2015
3.416.588
3.838.765
4.183.178
2016
3.484.919
3.992.316
4.413.252
2017
3.554.618
4.152.009
4.655.981
2018
3.625.710
4.318.089
4.912.060
2019
3.698.224
4.490.813
5.182.223
2020
3.772.189
4.670.445
5.467.246
2021
3.847.633
4.857.263
5.767.944
2022
3.924.585
5.051.553
6.085.181
2023
4.003.077
5.253.616
6.419.866
2024
4.083.139
5.463.760
6.772.959
2025
4.164.801
5.682.311
7.145.471
Fonte: WTTC - World Travel and Tourism Council/Conselho Mundial de Viagens e Turismo, 2007.
D.)
Perfil Qualitativo dos Visitantes atuais do Polo
De acordo com pesquisas realizadas em Caldas Novas por entidades como a ABRASEL
em parceria com o Ministério do Turismo, o visitante do Polo das Águas Termais é
predominantemente do sexo feminino, 73,3% do total de entrevistados. Dentre estes,
50% são casados e 26,7% são solteiros.
Dos turistas entrevistados em restaurantes, cujo perfil socioeconômico é elevado, a faixa
etária mais representativa é a que está entre 41 e 50 anos – 26,7 %, seguida das faixas
etárias de 31 a 35 anos e a de acima de 60 anos, cada uma com 17% dos entrevistados,
55
embora essa última tenha presença expressiva no Polo, e tenha a menor frequência nos
restaurantes.
Gráfico 04:
Faixa etária dos visitantes do Polo
3% 3%
17%
18 a 20 anos
21 a 25 anos
26 a 30 anos
31 a 35 anos
36 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
mais de 60 anos
13%
10%
17%
27%
10%
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
Grande parte dos turistas entrevistados em restaurantes possui curso superior ou ensino
médio completo (60% do total da amostra). É também representativo o número de
visitantes com curso de pós-graduação (completo ou incompleto).
Gráfico 05:
Nível de escolaridade dos visitantes do Polo
Pós-graduação
13%
20%
3%
3%
30%
Superior completo
Ensino médio
completo
Ensino médio
incompleto
Fundamental
completo
Fundamental
incompleto
31%
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
A faixa de renda familiar dos turistas do Polo é bastante variada. As pesquisas
consultadas demonstram que 26,7% dos visitantes possuem renda familiar de 5 a 10
salários mínimos, 16,7%, situam-se na faixa de renda 3 a 5 salários mínimos e 26,6%
estão na faixa entre 10 e 20 salários mínimos.
Gráfico 06:
Faixa de renda dos visitantes do Polo
7% 3%
10%
10%
17%
13%
13%
27%
mais
mais
mais
mais
mais
mais
mais
mais
de
de
de
de
de
de
de
de
1 a 3 SM
3 a 5 SM
5 a 10 SM
10 a 15 SM
15 a 20 SM
20 a 30 SM
30 a 40 SM
40 SM
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
56
Segundo a pesquisa realizada pela ABRASEL/MTUR, com turistas usuários de
equipamentos de alimentação em Caldas Novas, a grande maioria de visitantes é
originada no Brasil (96,7%), principalmente nos Estados de São Paulo (31%), Minas
Gerais (31%), Estados da Região Sul – com destaque o Paraná - (10%) e Distrito Federal
(17,2%). Sendo que os visitantes entrevistados eram provenientes de uma grande
diversidade de cidades nesses estados. Apesar da pesquisa não registrar, é
representativa a participação de visitantes ao Polo das Águas Termais da região
metropolitana de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e cidades goianas do entorno do
mencionado Polo.
A pesquisa realizada na Rodoviária de Caldas Novas confirma a predominância dos
turistas de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal - em percentuais diferentes, 35%,
18% e 25%, respectivamente.
Atenta-se ainda ao considerável fluxo de visitantes estrangeiros no município de Rio
Quente, principalmente em visita ao empreendimento Rio Quente Resorts. Todas as
informações foram obtidas através de visitas técnicas aos empreendimentos turísticos,
considerando os dados disponibilizados pelo setor e, posteriormente, confirmadas em
eventos participativos.
Gráfico 07:
Estado de origem dos visitantes do Polo
3% 7%
10%
São Paulo
Minas Gerais
Distrito Federal
Região Sul
Goiás
Demais estados
32%
17%
31%
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
Gráfico 08:
Estado de origem dos visitantes do Polo
7%
15%
35%
18%
SP
DF
MG
Região Sul
Demais localidades
25%
Fonte: Pesquisa Rodoviária Caldas Novas
Segundo dados obtidos junto à Secretaria de Turismo de Rio Quente, o turista que visita
o município permanece, em média, de 3 a 4 dias.
No entanto, a pesquisa realizada pela ABRASEL/MTUR demonstra que o visitante de
Caldas Novas permanece, em sua grande maioria, 2 dias (final de semana) ou mais de 7
dias. No momento da entrevista, 33,3% dos turistas estavam na cidade por dois dias,
26,7% estavam por apenas um dia e 13,3% já se encontravam na cidade há mais de uma
semana. Além disso, segundo a mesma pesquisa, 40% dos visitantes já estiveram no
Polo mais de cinco vezes e 43,4% da amostra visitaram a região de 2 a 5 vezes, o que
57
parece evidenciar a existência de um público cativo, possivelmente de renda mais alta e
proprietário de imóvel em condomínio.
Gráfico 09:
Tempo de permanência dos visitantes do Polo
23%
31%
2 dias
3 dias
4 dias
5 dias
6 dias
10%
3%
13%
7%
13%
7 dias
mais de 7 dias
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
Já a pesquisa realizada na Rodoviária de Caldas demonstra que a preferência dos
visitantes que chegam de ônibus é por estadas mais longas, acima de cinco dias.
Gráfico 10:
Tempo de permanência dos visitantes do Polo
6%
13%
25%
19%
26%
1 dia
2 dias
3 dias
4 dias
5 dias
mais de 6 dias
11%
Fonte: Pesquisa Rodoviária Caldas Novas
Segundo a Administração Municipal de Rio Quente, os fatores que, predominantemente,
incidem na decisão de viagem à região são: proximidade do Polo à localidade de origem
(60% dos visitantes) e qualidade dos atrativos (40%). Quanto à motivação da viagem,
destaca-se o lazer.
Gráfico 11:
Motivação da Viagem – Pesquisa ABRASEL/MTUR
10%
lazer
negócios
90%
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
Gráfico 12:
Motivação da Viagem – Pesquisa Rodoviária de Caldas Novas
8%
1%
8%
Lazer
Negócios
Saúde
Ecoturismo
83%
Fonte: Pesquisa Rodoviária Caldas Novas
58
A maior parte dos visitantes chega ao Polo de carro, seguidos dos visitantes que chegam
de ônibus. Apenas uma pequena parcela dos turistas chega à região de avião.
Gráfico 13:
Meio de Transporte Utilizado
7%
27%
Automóvel
Ônibus
Avião
66%
Fonte: Pesquisa ABRASEL/MTUR
Segundo a pesquisa da ABRASEL/MTUR 90% dos visitantes viajam acompanhados de
parentes, amigos ou colegas, apenas 10% viajam sozinhos.
De acordo com informações obtidas junto aos técnicos da Administração Municipal de
Rio Quente, os meses que representam alta temporada no Polo das Águas Termais são:
Janeiro, Fevereiro, Abril, Julho, Novembro e Dezembro. Os meses de baixa temporada
são: Março, Maio, Junho, Agosto, Setembro e Outubro.
Os meios de hospedagem mais utilizados são: hotel, apart-hotel e pousada. No entanto,
em Caldas Novas é comum visitantes se hospedarem em casas de amigos e parentes.
Segundo pesquisa realizada pela Administração Municipal, na Rodoviária de Caldas
Novas os atrativos mais visitados são: Casarão, PESCAN, Jardim Japonês, Lagoa
Quente, Balneário Municipal, Lago Corumbá, Feira Livre, Feira do Luar e Mirante Serra
Verde.
Na pesquisa realizada pela ABRASEL/MTUR com turistas em restaurantes, os recursos e
qualidade em serviços que atraem o turista a Caldas Novas são: em primeiro lugar as
águas termais, com 80% das citações; gastronomia, hospitalidade/receptividade,
tranquilidade da cidade e localização dividem o segundo lugar, com 16,7% das citações;
em terceiro lugar, com 13,3% de citações estão hospedagem, clima e clubes. Observa-se
que a diversidade de opções de lazer, bem como os recursos naturais da região, recebeu
apenas 10% das citações.
Já no município de Rio Quente, técnicos da Administração Municipal afirmam que os
atrativos mais valorizados e visitados são o Complexo de Lazer do Rio Quente Resort e o
Camping Esplanada.
O Polo das Águas Termais possui peculiaridades que mantém sua reputação nacional de
atração, sendo pouco o impacto que outros destinos exercem sobre o turismo no Polo.
Num dado momento de pesquisa, nas oficinas de participação social, a cidade de Porto
Seguro foi apontada como, um destino recreativo e ligado ao lazer, com características
parecidas em relação ao perfil qualitativo dos visitantes do Polo das Águas Termais e
também com características de preço parecidas.
De modo geral observa-se que a demanda atual corresponde a um perfil de turista de
renda razoável com bom nível de qualificação e escolaridade, que procura atividades
relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso. Essa população se enquadra no
segmento definido pela presença de água, sol e calor, ou seja, aquela que busca o
Turismo de “Sol e Praia”, sendo que a “praia” seria representada pelos equipamentos
utilizados pelos visitantes e residentes dos resorts, hotéis, clubes e condomínios. Vale
59
ressaltar que os turistas que visitam o Polo buscam o lazer e o entretenimento nas águas
termais, sendo considerado, portanto, turismo de lazer e entretenimento.
É uma população exigente quanto à qualidade do serviço oferecido, dadas as faixas
etária e de renda e o nível de escolaridade do turista que visita a região. Há, portanto, a
necessidade de melhor qualificação do produto ofertado, valorizando os recursos e
aproveitando a demanda e o fluxo de turistas com potencial de consumo.
Além disso, podem-se inferir exigências de diversificação das atividades frente aos
indicadores de permanência e à faixa etária. Do total de visitantes, 17% possuem mais de
50 anos e 23% permanecem mais de cinco dias no destino, o que leva a inferir que os
turistas tanto os de idade mais avançada quanto os que permanecem mais tempo no
destino, independente da motivação inicial relacionada a “Sol e Água”, poderiam ser
atraídos para outras atividades complementares.
Notadamente, observou-se a predominância de turistas da terceira idade durante os dias
úteis. Esse fato é relevante, pois representa um mercado potencial cada dia mais
expressivo e que se bem trabalhado, a partir da oferta de atrativos e atividades
complementares adequados a esse público, pode contribuir para a diminuição da
sazonalidade.
E.)
Gasto Turístico
Segundo informações municipais o gasto turístico é de R$300,00 (trezentos reais) por
pessoa/dia em Rio Quente. Já a pesquisa realizada pela Administração Municipal de
Caldas Novas na Rodoviária, demonstra que o gasto diário médio dos visitantes que
chegam de ônibus é de R$45,00 (quarenta e cinco reais).
Quanto à composição do gasto turístico, dados obtidos junto ao poder público municipal
e, ambos os municípios demonstram que os gastos correspondem, prioritariamente, a
hospedagem e a alimentação.
F.)
Valorização da Qualidade da Oferta Atual e Determinação da Imagem
Percebida da Área Turística
Segundo pesquisa realizada pela Administração Municipal de Caldas Novas alguns
pontos são considerados negativos pelos visitantes do Polo, quais sejam: sistema de
informações e sinalização turística precária e descuido do poder público com a área
urbana, principalmente quanto à limpeza pública.
Por outro lado, a mesma pesquisa demonstra que a hospitalidade dos moradores, bem
como o produto águas termais e a diversidade gastronômica contribuem para a
construção de uma imagem positiva do Polo das Águas Termais.
A tabela 12 apresenta as características favoráveis e desfavoráveis ao turismo em
Caldas Novas, segundo pesquisa da opinião dos turistas.
60
Tabela 12:
Qualificação da oferta pelo turista
PRINCIPAIS QUALIDADES DE CALDAS NOVAS COMO MUNICÍPIO TURÍSTICO
RESPOSTAS
CASOS
%
Águas quentes
24
80,00%
Gastronomia
5
16,70%
Hospitalidade / Receptividade
5
16,70%
Tranquilidade da cidade
5
16,70%
Localização
5
16,70%
Diversidade/ conforto da rede de hospedagem
4
13,30%
Clima
4
13,30%
Clubes
4
13,30%
Riquezas naturais/ Turismo ecológico
3
10,00%
Diversidade das opções de lazer
3
10,00%
Artesanato/ Compras/ Mercado
2
6,70%
Outras
8
26,70%
CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS DE CALDAS NOVAS COMO MUNICÍPIO TURÍSTICO
RESPOSTAS
CASOS
%
Nenhum
6
20,00%
Profissionais e guias poucos qualificados
3
10,00%
Trânsito local/ Estrada ruim
3
10,00%
Falta de tranquilidade
3
10,00%
Preços altos
2
6,70%
Não oferecem algum tipo de comida (regional/ vegetariana)
2
6,70%
Outras
13
43,30%
Fonte: ABRASEL, 2009
De acordo com os técnicos da Administração Municipal de Caldas Novas e de Rio
Quente, são considerados elementos críticos para a tomada de decisão quanto à
aquisição da viagem:
•
Coleta, tratamento e disposição de lixo inadequado;
•
Desmatamento na região;
•
Prática de queimadas;
•
Poluição das águas;
•
Falta de arborização urbana; e
•
Baixa qualificação de mão-de-obra para o turismo.
Os atores estratégicos do Polo consideram estes pontos como prioritários para
tratamento visando a qualificação do Polo e consequente valorização pelo turista.
61
G.)
Campanhas de Promoção do Polo
Não existem campanhas de promoção do Polo das Águas Termais efetivadas pelo
Estado de Goiás. As campanhas mais efetivas e expressivas são realizadas pela
iniciativa privada, principalmente pelos grandes grupos de hotéis e resorts.
Foram identificadas também campanhas esporádicas realizadas pela Administração
Municipal em Caldas Novas e Rio Quente.
As campanhas de promoção do Polo consideradas efetivas e relevantes são
desenvolvidas nos períodos de alta temporada e/ou feriados prolongados ou para as
datas comemorativas, como por exemplo, o carnaval. São campanhas com alcance de
curto prazo e objetivos imediatos, desenvolvidas tanto pelo empresariado quanto pelo
poder público municipal e estadual.
Não há uma estratégia linear de promoção e comercialização do Polo traçada para longo
prazo, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo, visando a definição de
públicos alvos e a qualificação de produto.
3.2. Demanda Turística Potencial
A análise da demanda turística potencial do Polo das Águas Termais é construída a partir
de dois pontos principais:
•
Mercados emissores facilitados pela distância e acessibilidade rodoviária; e
•
Novo mercado das classes C e D.
3.2.1. Mercados Emissores Facilitados pela Distância e Acessibilidade
Rodoviária
Localizado em posição estratégica o Polo das Águas Termais está em distância razoável
de importantes mercados emissores brasileiros.
Ao mesmo tempo, a singularidade de seus atrativos turísticos, de reconhecido valor e
qualidade, não tem competidores diretos – a exemplo de cidades litorâneas de turismo de
sol e mar, disponíveis em vários pontos dos 8.000 km da costa brasileira.
Figura 6.
Polo das Águas Termais – raio de influência
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria 2009
62
A Tabela 13 aponta a distância de cidades importantes, bem como as principais rodovias
de acesso ao Polo e o tempo estimado de deslocamento.
Tabela 13:
Distância de cidades de importância regional
CIDADE
DISTÂNCIA
(KM)
PRINCIPAIS
RODOVIAS
TEMPO ESTIMADO
(Horas: Minutos)
Itumbiara
145
BR 153
02:04
Goiânia
168
BR 352
02:18
Uberlândia
190
MG 413
02:34
Anápolis
215
BR 352
02:58
Brasília
297
GO 139
04:00
Uberaba
305
BR 050
04:04
Barretos
413
BR 153
05:33
Ribeirão Preto
446
BR 050
06:04
São José do Rio Preto
459
BR 153
05:39
Araraquara
531
BR 050
07:09
Campinas
633
BR 050
08:25
Belo Horizonte
638
BR 262
08:20
São Paulo
748
BR 153
09:30
Fonte: maps.google.com.br/maps
Face à distancia dos principais mercados emissores, a partir da pesquisa censitária do
IBGE foi feita uma simulação quantitativa do número de famílias com perfil consumidor
potencial dentro do raio de influencia regional. De acordo com os parâmetros
socioeconômicos foram selecionadas as faixas de renda em relação à distância do
mercado emissor, as faixas selecionadas (destacadas na tabela 14) foram contabilizadas
resultando em um total de 13.290.383 famílias com potencial de consumo dentro deste
raio de influência.
A simulação empírica que se baseia na análise destes parâmetros sócio econômicos leva
em consideração o perfil dos visitantes. Em São Paulo, por exemplo, que constitui o
maior mercado emissor, a faixa de renda da população é mais ampla, e o destino e os
produtos são mais difundidos, aumentando a facilidade de acesso a “pacotes” com
preços mais vantajosos e a venda de viagens em forma de “excursões”. Nestas grandes
cidades são consideradas faixas de renda de maior amplitude. Seguindo o mesmo
raciocínio, mercados mais distantes e com uma menor difusão e promoção do destino, ou
com destinos competidores mais próximos, como exemplo a Bahia - conforme a tabela
16-, o público afetado é apenas o que possui renda maior, podendo viajar para lugares
mais distantes e procurar segmentos diferenciados. Na área de influência regional o
público alvo também é o de um nível de renda bastante amplo.
Este exercício demonstra o mercado potencial, enquanto número de pessoas nas
diferentes classes de renda, para o destino das Águas Termais.
Tendo em vista que o objetivo deste PDITS não é de aumentar a demanda, que hoje já
extrapola a capacidade de infraestrutura básica do Polo (principalmente na questão de
saneamento) e sim estender a permanência do turista, o presente estudo não faz
simulação ou estimativa de atração de novo mercado, mas se limita a constatar que é um
mercado potencial de extrema amplitude e que, dada a singularidade do produto, pode
ser captado a partir de estratégias adequadas.
63
Tabela 14:
PAÍS/
ESTADO
Distribuição do número de famílias segundo grupo de renda em Estados brasileiros. Brasil, 2003 – 2003
TOTAL
CLASSES DE RENDIMENTO MONETÁRIO MENSAL FAMILIAR (Nº DE FAMÍLIAS)
Até 2 sm
2 a 3 sm
3 a 5 sm
5 a 6 sm
6 a 8 sm
8 a 10 sm
10 a 15 sm
15 a 20 sm
20 a 30 sm
30 sm e +
Brasil
48.203.504
15.174.431
9.145.919
9.438.604
2.888.276
3.481.655
2.082.355
2.795.496
1.229.986
1.085.016
881.766
Bahia
3.464.292
1.792.545
712.827
494.300
104.184
119.069
61.090
78.923
34.256
36.715
30.383
619.960
143.766
83.670
87.436
35.466
54.259
36.100
56.952
37.365
43.208
41.738
1.570.322
513.578
336.163
323.517
81.210
107.162
53.596
72.556
34.279
27.291
20.970
Mato Grosso
706.348
215.676
145.138
149.823
39.011
48.689
28.721
34.647
17.196
16.234
10.613
Mato Grosso
do Sul
650.528
199.010
151.255
125.314
33.326
43.894
24.676
37.175
12.494
15.056
8.328
Minas Gerais
5.197.973
1.653.848
1.062.630
1.121.166
296.793
350.360
194.247
256.402
111.717
89.615
61.195
Rio de
Janeiro
4.588.405
1.036.991
846.263
963.757
344.320
403.528
228.782
346.624
159.358
130.760
128.122
11.123.725
2.107.155
1.738.625
2.422.647
941.160
1.120.060
698.304
957.316
432.650
375.447
330.361
1.738.625
4.229.903
1.426.966
2.035.369
1.211.029
1.768.773
504.271
375.447
Distrito
Federal
Goiás
São Paulo
Total famílias
por estado
Total famílias
geral
13.290.383
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Amostra a Domicílio, 2003
64
3.2.2. O Novo Mercado das Classes C e D
Ao caracterizar o novo mercado do Polo das Águas Termais, no que se refere às
classes sociais, é fundamental defini-las de acordo com a visão do IBGE, baseada no
número de salários mínimo, como demonstrados na Tabela 15.
Tabela 15:
Caracterização das Classes Sociais
CLASSE
A
B
C
D
E
SALÁRIOS MÍNIMOS (SM)
Acima de 20 salários mínimos
10 a 20 salários mínimos
4 a 10 salários mínimos
2 a 4 salários mínimos
Até 2 salários mínimos
Fonte: IBGE.
Em um aspecto mais amplo, o Polo das Águas Termais tem se configurado em
importante destino para as Classes C e D. Conforme o estudo desenvolvido pelo
Instituto Brasileiro de Administração Municipal - IBAM - “Classe C e D, o Novo
Mercado para o Turismo Brasileiro” - o denominado “turismo social” tem um importante
papel e representa um amplo mercado no cenário brasileiro.
O documento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP, disponível
em www.abep.org, cita que o primeiro lugar escolhido pelas classes C e D é a praia.
Apesar do Polo não oferecer esse atrativo, as águas termais exercem uma grande
atratividade sobre esse público caracterizando um consumidor potencialmente
relevante de “pacotes turísticos” que representa uma das maiores formas de
comercialização do Polo das Águas Termais, desde que os mesmos sejam oferecidos
com preços e financiamentos adequados ao perfil. Segundo este estudo, Caldas
Novas é considerado o sétimo destino de caráter social mais procurado no país.
Outro importante parâmetro do público C e D consiste no interesse em viajar em
grupos com familiares ou amigos. A viagem organizada em forma de pacote com
transporte rodoviário em ônibus ou vans é uma das formas preferidas dessas classes,
além de ser controlável do ponto de vista dos gastos, pela perspectiva de um turista
com restrições orçamentárias. Essa forma de organização é também atrativa pela
possibilidade de parcelamento dos custos. Sua comercialização é feita muitas vezes
de forma bem simples, com anúncios em jornais e revistas não especializados ou
mesmo panfletagem ou colocação de anúncios em locais de grande visibilidade com
paradas de ônibus e postes das cidades. Um dos riscos é que pela facilidade de
estruturação e comercialização que é feita informalmente por amadores, e nem
sempre haja garantia de um produto da qualidade desejada pelos consumidores.
Os custos individuais médios de transporte, hospedagem e de viagem para o turismo
popular de caráter social, segundo o tipo predominante de hospedagem são
apresentados na tabela a seguir.
65
Tabela 16:
Custos individuais médios. Turismo popular no Brasil, 2005
CLASSIFICAÇÃO
CASA DE AMIGO OU
PARENTE (R$)
HOTEL, POUSADA OU
PENSÃO (R$)
Transporte (ida ou volta)
69,39
86,74
Hospedagem, diária (2)
-
21,11
Alimentação e outras diárias
15,61
13,14
Dias que ficou fora
10,56
8,95
Transporte (1)
138,78
173,47
Hospedagem (2)
0,00
188,81
Alimentação e outros (3)
164,87
117,56
Viagem
238,85
303,65
Transporte
45,7%
36,2%
Hospedagem
0,0%
39,3%
Alimentação e outros
54,3%
24,5
Total
100,0%
100,0%
Custos unitários
Custos totais
Custos relativos
(1) Os custos de transporte se referem à ida e volta, calculado para cada viajante. (2) Os custos de hospedagem se
referem ao custo de um único viajante. Essa média ou mediana inclui apenas aqueles que tiveram algum custo de
hospedagem; (3) Calculado como a diferença entre os gastos totais e os gastos com transporte e hospedagem.
Fonte: IBAM/ Data Popular. Survey do Turismo Social. Abril de 2005. Nota:
Neste sentido, este mercado, trabalhado e organizado, com oferta de produtos
adequados e seguros, apresenta-se como uma oportunidade frente ao grande número
de equipamentos disponíveis no Polo sendo que muitos deles já atendem a esse
mercado.
3.3. Oferta Turística
A primeira consideração que se deve fazer sobre a avaliação da oferta turística diz
respeito a um dos pilares do planejamento qual seja a existência de um sistema de
informações, capaz de dar suporte às políticas de desenvolvimento adotadas pelo
poder público e informar ao investidor privado sobre as condições de melhoria e
expansão do mercado turístico.
Pela qualidade das informações disponíveis nas fontes de dados estaduais e
municipais depreende-se que a base de dados existentes é muito incipiente devendo o
estado, o município e o trade turístico equacionar o problema para garantir o
planejamento para a melhoria da economia do turismo sustentável.
Ressalta-se que a fragilidade das informações encontradas sobre a oferta turística em
Caldas Novas e Rio Quente é uma deficiência de gestão que se percebe em grande
parte dos municípios brasileiros que ainda buscam os caminhos para compreender a
importância do planejamento.
A seguir apresentam-se os principais atrativos turísticos dos municípios do Polo na
Figura 7 que serão discutidos nos itens 3.3.1 e 3.3.2. .
66
Figura 7.
Mapa dos Atrativos Turísticos do Polo das Águas Termais
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria 2009
3.3.1. Atrativos Turísticos – Caldas Novas
Parques e Jardins
−
Jardim Japonês
O Jardim Japonês, em sua origem histórica, data do século XIV quando monges da
seita Zen-Budista migraram da China para o Japão e se instalaram junto aos
imperadores e comandantes militares – os shoguns.
Sua característica prima pela assimetria do espaço e uso dos elementos da natureza,
como as pedras, as plantas e a água, compondo arranjos variados e permitindo visões
diferentes, dependendo do ângulo do observador. Eram utilizados pelos monges como
local de meditação e orações.
O Jardim Japonês de Caldas Novas foi construído por Toshiyuki Murai, que fixou
residência no Brasil. Os elementos simbólicos que compõem este lugar são os
dragões guardiões em seu acesso principal, as tamareiras representando os amigos,
os cactos representando os inimigos que se disfarçam entre os amigos, além da ponte
da paz e os pagodes. O jardim se revela como um lugar de grande significado
espiritual.
67
Figura 8.
Imagens do Jardim Japonês – Ponte da Paz – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
O atrativo está localizado na estrada para Goiânia, ao lado do Hotel Império Romano,
na Rua São Cristóvão, 805 - Thermas diRoma, Solar de Caldas, Caldas Novas –
Goiás. O horário de visitação é das 08:00 às 17:00 horas, todos os dias da semana. O
valor da entrada é de R$ 2,00.
Figura 9.
Jardim Japonês – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
Guias treinados auxiliam na interpretação paisagística e acompanham os turistas
durante o passeio. O local oferece infraestrutura de banheiros. Os restaurantes dos
hotéis localizados no entorno do Jardim Japonês disponibilizam seus serviços aos
visitantes.
O atrativo encontra-se em bom estado de conservação, possui fácil acesso e boa
sinalização indicativa. Vale ressaltar que o jardim é mantido pela Prefeitura Municipal
de Caldas Novas.
68
−
Lagoa Termas Parque
O local foi encontrado pelo paulista Martinho Coelho de Siqueira em 1.777 – meio
século após a primeira descoberta oficial das águas quentes – que estava na região à
procura de ouro e pedras preciosas. O paulista descobriu por acaso a Lagoa Quente
do Pirapitinga.
Segundo os relatos da época, os cães de Martinho Coelho estavam caçando um
veado, quando caíram nas fontes termais e se escaldaram, fazendo grande barulho e
chamando a atenção de seu dono. O nome Lagoa Quente ou Lagoa do Pirapitinga, se
deve ao nome que os índios deram a um peixe que vivia nessa água, e que significa
peixe branco.
Figura 10.
Imagens: Vista da Lagoa Quente e do Acesso Principal – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
O Parque se localiza na Av. Lagoa Quente, N° 5, Setor da Lagoa Quente, situado a 6
Km do centro, às margens da estrada que liga Caldas Novas a Pires do Rio.
O acesso é realizado por estrada de asfalto em boas condições. É um espaço bem
integrado ao meio urbano, o que facilita o acesso do turista. Possui sinalização
partindo dos principais pontos da cidade.
A Lagoa Quente oferece infraestrutura de camping, piscinas termais com nascente
natural e quadras de areia, além de possuir um parque aquático com área infantil e
adulta, tobogãs, escorregador, sauna, áreas para esportes radicais, arvorismo dentre
outros equipamentos. A temperatura de suas águas pode chegar até 58 graus, sendo
considerada a mais alta da região.
Figura 11.
Piscinas Termais da Lagoa Quente– Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
69
O parque funciona das 9:00 às 18:00 horas de terça a domingo. Nos períodos de alta
temporada - Janeiro, Julho e Feriados prolongados - e abre todos os dias. O valor da
entrada é R$ 49,00, para uma diária, no camping R$ 70,00 por pessoa e para os
sócios do clube R$ 35,00. Cabe ressaltar que a entrada no camping dá acesso ao
parque aquático.
Destaca-se, ainda, que os monitores do parque aquático são treinados para o
manuseio nos brinquedos, bem como para prestação de primeiros socorros. O parque
possui enfermaria com plantão constante de enfermeiros e uma ambulância. O maior
público frequentador do parque é de Brasília, Goiânia e Minas Gerais.
O parque apresenta sinais de depreciação devido à falta de manutenção.
Figura 12.
Vista: acesso à Lagoa Quente– Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
−
Parque Estadual da Serra de Caldas Novas
O Parque Estadual da Serra de Caldas Novas – PESCAN foi criado em 1970 com o
objetivo de proteger a área de captação da chuva que abastece o lençol termal, pois
este é o principal agente no desenvolvimento do complexo turístico e de lazer que se
estabeleceu na região, fazendo dos municípios de Caldas Novas e Rio Quente, o
maior complexo hoteleiro do mundo a utilizar esses recursos termais em associação
ao turismo.
Considerado pequeno em termos de proteção do bioma Cerrado, possui uma amostra
bem conservada de ecossistema. Abriga as nascentes das águas termais do
município, além da flora e fauna local em uma área de 123 km². Sua formação
geológica abrange um grande platô onde as laterais são encostas que formam
muralhas naturais e o sopé da serra faz divisa com fazendas e loteamentos urbanos.
Situa-se entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, no Sudeste Goiano e
distam 5 km do centro de Caldas Novas e 174 km de Goiânia. Seu acesso é realizado
pela Avenida Bento de Godoy por meio de estrada asfaltada em boas condições. A
sinalização indicativa é encontrada, somente, próximo ao atrativo. A proximidade com
a malha urbana facilita o acesso da comunidade e turistas ao Parque, obrigando maior
70
controle da visitação no intuito de fazer com que o parque cumpra sua missão de
preservar o cerrado e o manancial hidrotermal.
Figura 13.
Sinalização Parque Estadual da Serra – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
Somente no ano de 1998, com recursos da FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS, o
parque ganhou moderna infraestrutura física. O investimento se deve ao
ressarcimento do impacto ambiental causado pela instalação da Usina Hidrelétrica de
Corumbá I na região.
A infraestrutura do parque conta com Sede Administrativa, Centro de Recepção,
Alojamento para Pesquisadores e Guardas, banheiros, serviço de guias, mirantes e
trilhas. Não há lanchonete, cujo funcionamento depende de licitação para exploração
do serviço.
O horário de funcionamento é diariamente das 8:00 ás 17:00 horas, porém o acesso
ao parque é permitido somente até as 15:00 horas. O valor da entrada no parque é de
R$ 5,00 por pessoa, sendo que crianças até 10 anos não pagam. Grupos com mais de
8 pessoas possuem tarifa diferenciada de R$ 4,00 por pessoa. Para os idosos ou
moradores da região com comprovante de residência o valor da entrada é de R$ 2,00.
A maior parte dos visitantes é de Brasília e vale ressaltar que o parque está inserido
no pacote de visitação operado pela CVC.
Ao mesmo tempo em que o parque promove a visitação sem causar impacto negativo
ao ambiente, ele funciona como um agente ativo em educação ambiental junto à
comunidade local, bem como representa um espaço destinado à pesquisa do Cerrado.
Atualmente é administrado pela Agência Goiana do Meio Ambiente - AGMA. Seus
funcionários são concursados, comissionados e são treinados como guias, como
agentes de manutenção do parque, em prevenção de acidentes e queimadas e,
primeiros socorros.
71
Figura 14.
Acesso ao Parque Estadual da Serra – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
−
Lago da Hidrelétrica de Corumbá
O Lago Corumbá, que abastece a Usina Hidroelétrica Corumbá I, começou a ser
formado no mês de setembro de 1996. O lago artificial possui espelho d’água de 100
km de extensão e 65 km² de área, e é alimentado pelos rios Pirapitinga, Piracanjuba,
Peixe e São Bartolomeu. Seu perímetro é bastante recortado e a parte mais profunda
localiza-se próxima à barragem atingindo 90 metros de profundidade.
Além de servir como abastecimento da Usina Hidrelétrica de Corumbá I, o Lago de
Corumbá é o ponto de encontro dos praticantes de esportes náuticos. Propicia
passeios ecológicos de barco, lancha e Jet-Ski que levam às cachoeiras e também a
bares ao longo da “orla”. A pesca esportiva incrementa o movimento, principalmente
quando há campeonatos.
A área ao redor do lago é ocupada por clubes privados com boa infraestrutura e
cobrança na entrada. Atualmente existe uma área privada que não cobra entrada dos
visitantes e oferece lanchonete, com refeições, lanches, petiscos, bebidas e sorvetes.
Há também infraestrutura de banheiro e espaço para camping. Porém, a falta de
planejamento voltado ao turismo e a precária instalação de infraestrutura de apoio ao
visitante tem inibido a utilização deste atrativo e a oferta de atividades
complementares ao turista da região.
O acesso ao Lago se dá por meio de áreas particulares. Os visitantes dispõem de
estrada asfaltada desde o centro de Caldas Novas, em boas condições e com
sinalização indicativa. .
72
Figura 15.
Vista do Lago da Hidrelétrica de Corumbá
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
−
DiRoma Acqua Park
Consiste em uma das principais atrações turísticas de Caldas Novas. Possui 400 mil
m² de área, com variada infraestrutura de lazer. Inserido na área urbana de Caldas
Novas, possui fácil acesso e se encontra integrado aos circuitos turísticos existentes
na cidade. Localiza-se na Rua Santo Amaro, Qd,01, Lt.01, Bairro Solar de Caldas,
próximo ao Monumento das Águas.
O horário de funcionamento na baixa temporada é de quarta a domingo das 8:00 ás
20:00horas e, na alta temporada, entendida com os meses de janeiro, julho e feriados
prolongados, o parque funciona de segunda a domingo das 8:00 às 21: 00 horas.
A entrada é cobrada e, o ingresso para adulto é de R$ 55,00, crianças até 6 anos não
pagam e de 7 a 11 anos o valor da entrada é de R$ 30,00. Há também o ingresso
sênior, para maiores de 60 anos, que custa R$ 37,00. Para os hóspedes da rede
diRoma a entrada é gratuita.
Figura 16.
DiRoma Acqua Park– Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
Os equipamentos do parque são: dois toboáguas, um kamikaze, uma rampa gigante,
uma rampa infantil, duas piscinas infantis, quatro piscinas para adultos, futebol de
73
sabão, quadras poliesportivas, quadra de futebol, quadra de vôlei, sauna e playground
infantil. Além disso, o parque possui uma vasta programação de recreação infantil e
adulta, incluindo passeio a cavalo e de charrete, paintball e tirolesa. Possui
infraestrutura necessária para alimentação, bem como de banheiro e boutiques. O
parque é integrado a uma rede hoteleira e sua área é utilizada para a realização de
eventos, shows e festivais de música. O maior público consumidor do parque é
proveniente de Brasília.
−
Parque das Primaveras
O Parque das Primaveras localiza-se dentro do Hotel que leva o mesmo nome, na Rua
do Balneário Nº 01, Bairro do Turista. O hotel ocupa uma área de 25 mil m² e suas
instalações buscam a integração com a natureza.
Figura 17.
Parque das Primaveras– Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
Suas instalações contam com um mini zoológico que abriga quatro araras, sendo duas
azuis e duas vermelhas, três tucanos, um pavão e duas emas. A visitação está aberta
das 10:00 às 17:00 horas e a entrada custa R$ 5,00, crianças com idade até 5 anos
não pagam.
•
Museus e Pontos de Visitação
−
Mirante Serra Verde
Localizado na entrada da cidade, o mirante encontra-se atualmente desativado.
Quando aberto ao público, sua vista proporciona uma ampla visão da cidade de
Caldas Novas. No local funcionam lojas de artesanato, de chocolates e de presentes.
74
Figura 18.
Mirante Serra Verde – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
−
Monumento às Águas
Construído com a intenção de proporcionar paz e tranquilidade, o Monumento às
Águas foi inaugurado em 2004 pelo Hotel Thermas diRoma. Configura-se como uma
praça temática que homenageia as águas termais. Localiza-se na entrada principal da
cidade e possui fontes artificiais e uma escultura para contemplação.
Figura 19.
Monumento às Águas – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
75
−
Museu da Soja
O museu conta a história da soja e mostrar seus processos de produção buscando
difundir os benefícios desse alimento, bem como sua utilidade, qualidades, origem e
efeitos benéficos para a saúde. Idealizado e edificado pela empresa Só Soja do Brasil,
o museu foi inaugurado em 2007 e, apesar de recente, constitui um ponto de visitação
para o turista da região.
Figura 20.
Entrada do Museu da Soja – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
Localiza-se na Rua 17 N° 350, Fazenda Serrinha. Seu acesso é realizado por
estrada asfaltada em bom estado de conservação. Apesar do equipamento estar
inserido na malha urbana da cidade, o que poderia ser considerado ponto positivo
pela ótica do acesso do turista, sua sinalização é precária e só é aberto ao público
em horário comercial.
Figura 21.
Marca do Museu da Soja – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
76
O museu conta com loja para venda de produtos da soja e, como suporte às vendas, o
museu dispõe de degustação de produtos, como, por exemplo, leite, grãos
temperados, granola, paçoca e sucos. Possui infraestrutura de banheiros.
−
Mundo a Vapor
O espaço foi construído artesanalmente pelos irmãos Urbani. Abrigava miniaturas de
máquinas movidas a vapor permitindo ao visitante acompanhar os processos de
fabricação de tijolos e telhas de argila, a fundição de metal, a trituração de pedras em
uma pedreira, o funcionamento de uma serraria, de uma ferraria e de uma fábrica de
ferramentas agrícolas. O espaço não se encontra ativado, porém sua fachada com a
réplica de um vagão ferroviário encostado à fachada do prédio, desperta a curiosidade
dos turistas e, por isso, tornou-se ponto de parada para registro fotográfico.
Está localizado no acesso principal da cidade, na Avenida Santo Amaro, n° 1000,
Solar de Caldas, ao lado do mirante Serra Verde. Possui acesso e sinalização
facilitados.
Figura 22.
Mundo à Vapor – Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria SS - 2012
O Quadro 03 lista outros atrativos turísticos existentes em Caldas Novas. O Quadro 04
cita os atrativos que são certificados pela Secretaria de Turismo de Caldas Novas.
Quadro 03:
Atrativos Turísticos em Caldas Novas
PONTOS TURÍSTICOS DE CALDAS NOVAS
1
Praça do Cerrado
2
Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores
3
Casarão dos Gonzaga
4
Av. Antônio Sanches
5
Feira do Luar
6
Feira Livre
7
Biblioteca Pública Municipal Praça do Cerrado
8
Casa de Martinho Coelho Siqueira dentro do Clube Hotel Sesc
9
Casarão Rua Coronel Gonzaga
10
Igreja Praça Mestre Orlando - Centro
Fonte: SISTUR 2008
77
Quadro 04:
Atrativos Turísticos Certificados pela Secretaria de Turismo
ATRATIVOS TURÍSTICOS CERTIFICADOS PELA SECRETARIA DE TURISMO - SECTUR DE
CALDAS NOVAS
1
Cachaçaria Vale das Águas Quentes.
2
Doces da Dona Ana - Monumento às Águas.
3
diRoma Acqua Park
4
Náutico Praia Clube
5
Tropical Thermas Clube
6
Clube Prive das Caldas
7
CTC Thermas Clube
8
Lagoa Thermas Clube
Fonte: SISTUR 2008
3.3.2. Atrativos Turísticos de Rio Quente
Rio Quente Resorts
O Rio Quente Resorts representa um dos principais empreendimentos que conjugam
atividades de lazer e preservação do País. A gestão ecológica do resort foi
intensificada por meio de parcerias com entidades públicas e privadas, no intuito de
promover eventos educativos, combater incêndios florestais, adequação junto à
legislação ambiental, bem como promover a análise e prevenção dos impactos
ambientais tanto no parque, como em áreas vizinhas. Seus objetivos empresariais
estão definidos em um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em consonância com os
requisitos da norma internacional ISO 14.001.
Possui 49,70 hectares de área verde formada por bosques, vegetação nativa e áreas
ajardinadas. No seu entorno há terras e fazendas com 1.200 hectares destinados à
agropecuária. Apresenta dezoito nascentes que abastecem 6,5 milhões de litros de
água por hora a uma temperatura de 37,5° C.
Sua infraestrutura turística compõe-se de piscinas, ofurôs e saunas, bem como serviço
de alimentação, hospedagem, lazer, lojas de suprimentos e souvenirs. O turista ainda
conta com variadas programações de lazer para o dia e para a noite, direcionadas a
adultos e crianças.
O Rio Quente Resorts compõe um roteiro de viagem consolidado e tem como
principais atrativos o Parque das Fontes, a Praia do Cerrado, o Hot Park e o Bird Land.
É conhecido nacionalmente e também atrai turistas internacionais. Atualmente recebe
700 mil visitantes por ano. Dentre os brasileiros, 63,8% dos visitantes provêm de São
Paulo, 13,5% do Distrito Federal, 9,8% de Minas Gerais, 4,2% do estado de Goiás e
4,2% do Rio de Janeiro. Em geral seu público é formado por famílias com filhos.4 .
Parque das Fontes – possui áreas integradas à natureza nativa, bosques, parques
arborizados, jardins, nascente do Rio Quente, piscinas de águas termais e estrutura de
bares, saunas e entretenimento.
4
Dados informados pelo Rio Quente Resorts.
78
Figura 23.
Parque das Fontes – Rio Quente
Fonte: www.lojarioquente.com.br, acesso em março de 2012
Praia do Cerrado – é uma praia artificial que possui água quente. São
aproximadamente 3 mil metros cúbicos de areia fina e branca com capacidade para
até 15 mil pessoas e está entre as cinco maiores do mundo.
A Praia é ecologicamente correta, com licença do Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), certificação da Agência do Meio Ambiente de Goiânia e
Programa de Gestão Ambiental (PGA). As águas são inteiramente naturais, sem
nenhum produto químico, e retornam ao rio 100% renovadas e em condições de
balneabilidade a cada 3 horas.
Além da área da praia com areia, quadras de vôlei de praia, bangalôs, cabanas de
palha, mesas, cadeiras e espreguiçadeiras, a praia dispões de bares e restaurantes
com comidas típicas do litoral, lojas de conveniência e souvenirs. Oferece também
aulas de surf aos visitantes mais radicais.
Figura 24.
Praia do Cerrado – Rio Quente
Fonte: http://carolinafortuna.blogspot.com.br, acesso em março de 2012.
79
Hot Park – considerado o maior parque aquático do Brasil, possui com 25 mil m² de
área. Oferece diversos equipamentos de lazer como toboáguas, Acqua River, Acqua
Race, Giant Slide, Lazy River, Half Pipe. Possui também estrutura com bares e
restaurante, dentre outros espaços comerciais. Oferta outros equipamentos e
atividades monitoradas como: mergulho, rapel, tirolesa, montanhismo, arvorismo,
paintball, tiro ao alvo, atividades esportivas e SPA.
O complexo reúne serviços de segurança e ambulatório médico. O day user do Hot
Park tem direito ao uso da Praia do Cerrado. O ingresso para o Hot Park custa
R$94,00 reais para os adultos e R$ 72,00 para as crianças de 5 a 11 anos. Este preço
é válido para ingressos individuais comprados antecipadamente.
Figura 25.
Hot Park – Rio Quente
Fonte: http://paoeecologia.wordpress.com, acesso em março de 2012
Bird Land – consiste em um viveiro com 2.000 m² de área com cobertura de 13 m de
altura - acima da copa das árvores - onde pássaros e aves vivem soltos. É um local
onde o turista pode ter contato próximo com as aves, alimentá-las e tirar fotos. Hoje o
espaço abriga cerca de 200 aves, como araras, flamingos, faisões, gaviões,
papagaios, periquitos, corujas, tucanos e sabiás, levadas para o viveiro pelo IBAMA.
O Rio Quente Resorts é o equipamento instalado no Polo Águas Termais que possui
completa infraestrutura turística, tanto do ponto de vista de acesso, receptivo e
sinalização, quanto da qualidade dos atrativos. O equipamento de iniciativa privada é
responsável pela própria comercialização e impulsiona outros empreendimentos que
se desenvolvem comercializando os atrativos do Resort.
Casa de Maria
A Casa de Maria é uma organização não governamental com fins religiosos que atrai
peregrinos que caminham na estrada de terra que liga Rio Quente à Casa de Maria.
Desenvolve ainda o projeto chamado “Caminho do Rosário”, que conduz os peregrinos
a quatro pontos de oração. O local é utilizado para retiros religiosos católicos.
Está localizado em Zona Rural a 14 km do Bairro Esplanada, município de Rio Quente.
O acesso é realizado por via asfaltada até próximo ao atrativo e, os outros 3 km são
de estrada de terra em boas condições. O acesso ao local é mediante o pagamento de
uma taxa referente à alimentação e aos dormitórios.
A Casa de Maria é um equipamento importante para a população local, pois promove,
em parceria com o poder público local, eventos comunitários realizados em datas
80
importantes para o turismo. Sua atratividade turística é pequena e, a infraestrutura
instalada também não é adequada.
O Quadro 05 lista outros atrativos turísticos em Rio Quente.
Quadro 05:
Atrativos Turísticos de Rio Quente
ATRATIVOS TURÍSTICOS DE RIO QUENTE
1
Concurso Miss Rio Quente - Ginásio de Esportes Municipal
2
Rio Quente Ribeirão Águas Quentes
3
Carnaquente - Esplanada do Rio Quente
4
Festa de Santos Reis
5
GP de Bicicross
6
GP de Ciclismo - Rua José Dias Guimarães
7
Mini maratona Ecológica de Rio Quente - Rua Piauí n°83, Bairro Esplanada
8
Rio Quente - Rua Amazônia
9
Rio Quente Festival - MBP Ginásio de Esporte Municipal
10
Salão Internacional de Orquídeas - Ginásio de Esportes
Fonte: SISTUR 2008
Os atrativos turísticos do Polo possuem boas condições de visitação e são bem
integrados ao produto turístico ofertado. Porém o sistema de sinalização informativa,
interpretativa e turística necessita ser melhorado e adequado ao padrão internacional.
O ponto considerado como crítico, pelos atores locais e pelos especialistas técnicos
responsáveis pela condução dos estudos para a elaboração do PDITS, para a
qualificação do Polo e integração dos produtos turísticos é a variação da qualidade da
mão de obra dos prestadores de serviços e da coerência da gestão de equipamentos.
Enquanto alguns equipamentos possuem prestadores de serviços qualificados e
gestão sustentável - ambiental e mesmo comercial, como é o caso de empresas
privadas que investem em seu capital humano, outros têm premente necessidade de
qualificação da mão de obra e de melhoria da capacidade de gestão e de operação.
Foi ainda identificada, durante eventos do processo participativo, a necessidade de
implantação de um Centro de Atendimento ao Turista - CAT.
Sobre a área rural do Polo das Águas Termais pode-se afirmar que não há atrativos
turísticos considerados significativos. Isso se deve ao tamanho do município e a sua
alta concentração na área urbana.
Durante os eventos de construção coletiva deste PDITS os atores locais se
manifestaram em várias ocasiões sobre a potencialidade de estruturação de recursos
culturais em áreas rurais para atração de visitantes, como forma de diminuir a pressão
na área urbana de Caldas Novas e alguns atrativos turísticos que vem sendo
exaustivamente explorados, e como forma de inserção da população local na cadeia
do turismo.
3.3.3. A Oferta Turística do Polo das Águas Termais – Segmentação
Caldas Novas e Rio Quente se distinguem de outros municípios turísticos devido às
fontes de águas termais. O balneário é conhecido desde o final do século XIX, mas a
consolidação da região como Polo turístico se deu a partir da década de 1960, quando
se iniciaram os investimentos em estruturas de turismo e de lazer. Registra-se que até
81
essa época o turismo era calcado na demanda pelas propriedades terapêuticas
atribuídas às fontes termais.
É na década de 1960, portanto, que a oferta de atividades turísticas da região passa a
ser centrada no lazer e quando se inicia a instalação de infraestrutura para receber
esse novo perfil de turista.
O turismo hidrotermal, voltado para o bem estar, continuou como um dos esteios da
oferta turística pelo uso de suas fontes, sendo também muito apreciada pelo mercado
constituído de pessoas da terceira idade. Hoje se sabe que a infraestrutura e os
roteiros de turismo deste segmento consideram ainda os efeitos medicinais das águas
quentes, mesmo que seja somente o relaxamento e bem estar que as águas
propiciam.
A partir da década de 1980 e ao longo das últimas décadas do séc. XX a oferta
turística ampliou-se nos municípios do Polo dada a melhoria dos espaços urbanos,
criação e potencialização de atrativos turísticos e incremento da oferta de UH.
Há ainda no Polo a oferta de espaços para o turismo de eventos que abrange, não só
os eventos ligados ao lazer, como também convenções e encontros de naturezas
diversas. Essa oferta garante a diversificação na economia do turismo local e a
promove a melhoria do aproveitamento da estrutura de hospedagem existente.
Apesar da busca de diversificação, considera-se que a oferta de atrativos no Polo
ainda está ancorada na tradição das águas termais. Existe relativo interesse pela
estruturação de empreendimentos e resorts que buscam atingir nichos específicos, a
exemplo do turismo de aventura e do ecoturismo, além do turismo de eventos, porém
as atividades ainda são incipientes e sempre complementares ao atrativo das águas
termais.
O seguimento principal do Polo das Águas Termais é o turismo de lazer e
entretenimento e, mais do que segmentos, o panorama é de oferta de atividades
complementares relacionadas a:
•
Turismo Hidrotermal: constitui uma vertente do segmento do turismo de
saúde de acordo com as definições do Ministério do Turismo – MTur.
Atualmente o Mtur considera que conceito de saúde não é mais compreendido
como a ausência de doenças e sim representa o completo bem-estar físico,
mental e social que leva à ampliação das possibilidades de tratamento e das
interações com a atividade turística.
Desta forma, o Polo possui como segmento complementar o turismo
hidrotermal, no momento em que os turistas procuram as águas termais com a
intenção de trazer repouso e divertimento.
•
Ecoturismo e Turismo de Aventura: de acordo com o Mtur o Ecoturismo
consiste “segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o
patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de
uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente,
promovendo o bem-estar das populações.”. E, turismo de aventura
compreende “os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de
aventura de caráter recreativo e não competitivo”
•
Negócios e Eventos: o Mtur define como o “conjunto de atividades turísticas
decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional,
de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social”.
Paralelamente às ações diretas dos empreendimentos do setor hoteleiro, verifica-se
um esforço dos núcleos urbanos em oferecer comércio e serviços e algumas
atividades culturais.
82
H.)
Meios de Hospedagem
Na fase de Diagnóstico deste Plano, a FCNC & VB estava concluindo o Inventário
hoteleiro de Caldas Novas 2009, junto a cada equipamento de hospedagem visando
classificá-los.
Dentre as informações levantadas no inventário, incluem-se registros fotográficos,
dados precisos sobre número de quartos, apartamentos em pool de locação, número
de edificações, moradores fixos, piscinas, saunas, áreas de lazer, quadras esportivas,
sala de TV, lojas, espaços para massagem, enfermaria, salão de beleza, academia de
ginástica, lavanderias, estacionamentos, centros de convenção, sala de reuniões e
eventos, disponibilidade de computadores para hóspedes, internet, sem fio,
lanchonete, restaurantes, recreação e acessibilidade aos PMR.
Para complementação dos dados, foi realizada pesquisa semelhante em relação ao
município de Rio Quente, permitindo a visão clara da oferta de hospedagem no Polo.
Além da hospedagem, a oferta de outros serviços de apoio ao turismo demonstra a
capacidade do Polo em oferecer conforto ao turista na disponibilização de serviços
que complementam os ofertados pela rede hoteleira tais como serviços de
abastecimento, serviços públicos básicos, rede bancária, alimentação, comércio em
geral, dentre outros como descrevem os Anexos 3 ao 6.
Segundo a pesquisa realizada pela Fundação Caldas Novas Convention & Bureau, o
Polo reúne hoje aproximadamente 400 equipamentos turísticos, sendo 103 hotéis, 286
condomínios e 10 outros meios de hospedagem, totalizando a oferta de 94.280 leitos,
dos quais 120 leitos em motéis. Caldas Novas abriga a maior oferta do setor hoteleiro,
com 95% dos empreendimentos, 85% das UH disponíveis e 80% dos leitos. Por sua
vez, Rio Quente abriga o complexo hoteleiro responsável por grande parte da
promoção turística do lugar, que é a conhecida Pousada do Rio Quente, hoje Rio
Quente Resorts.
Gráfico 14:
Distribuição de UH nos meios de hospedagem
13.622
59%
60
0%
9.205
40%
258
1%
Grupo I - hoteis, apart hoteis, flats e pousadas
Grupo II - hotel fazenda e camping
Grupo III - motel
Grupo IV- condominio
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
83
Gráfico 15:
Subdivisão dos empreendimentos do Grupo I - quantidade de equipamentos. Polo
das Águas Termais, 2009
35
34%
50
48%
13
13%
hotel
5
5%
apart hotel
flat
pousada
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
Gráfico 16:
Hotéis – Classificação por Quantidade de UH. Polo das Águas Termais, 2009
Hoteis - classificação por quantidade de UH
9
18%
8
16%
8
16%
10
20%
15
30%
+ 200 UH
80 - 200 UH
40 - 80 UH
20 - 40 UH
- 20 UH
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
Gráfico 17:
Classificação dos Condomínios segundo a quantidade de UH. Polo das Águas
Termais, 2009
10
3%
102
36%
25
9%
85
30%
64
22%
+ 200 UH
80 - 200 UH
40 - 80 UH
20 - 40 UH
- 20 UH
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
84
Gráfico 18:
Classificação dos leitos em Condomínios segundo a quantidade de UH. Polo das
Águas Termais, 2009
6.804
13%
13.272
25%
10.424
19%
4.691
9%
+ 200 UH
80 - 200 UH
18.641
34%
40 - 80 UH
20 - 40 UH
- 20 UH
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
Figura 26.
Variedade de Oferta de equipamento de hospedagem
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo.
Figura 27.
Variedade de Oferta de equipamento de hospedagem (2)
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
85
Como se observa por meio dos Gráficos de 14 a 18, e também na Tabela 17 a seguir,
a oferta de estabelecimentos, de UH e leitos é variada, atendendo às classes B, C e D
e, à demanda por tipos diversificados de classes hoteleiras, abrangendo desde o
turista com gosto pelo campismo até o luxo para quem opta por um hotel de padrão
cinco estrelas. Outra modalidade são os flats e apart-hotéis que podem servir como
segunda residência.
Tabela 17:
Oferta de equipamentos de hospedagem. Polo das Águas Termais, 2009
ESTABELECIMENTO
QUANTIDADE
TOTAL
APARTAMENTOS
OU CHALÉS
APTOS.
POOL DE
LOCAÇÃO
TOTAL
DE
LEITOS
Total de equipamentos de
hospedagem
399
23.145
2.507
94.280
GRUPO I - HOTEIS, APART HOTEIS, FLATS E POUSADAS
TOTAL GRUPO I
103
9.205
2.221
38.676
HOTEIS
50
4.795
933
18.294
APART HOTEL
5
985
311
4.869
FLAT
13
2.885
733
13.314
POUSADA
35
540
244
2.199
TOTAL GRUPO II
5
258
0
1652
hotel fazenda
2
38
0
152
Camping
3
220
0
1.500
TOTAL GRUPO III
5
60
0
120
Motel
5
60
0
120
TOTAL GRUPO IV
286
13.622
286
53.832
CONDOMÍNIOS
286
13.622
286
53.832
GRUPO II - HOTEL FAZENDA E CAMPING
GRUPO III – MOTEL
GRUPO IV- CONDOMINIO
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
Os equipamentos de lazer existentes nas unidades hoteleiras de Rio Quente e Caldas
Novas, bem como as facilidades e serviços de apoio nelas ofertados estão
demonstrados nos Gráficos 19, 20 e 21.
Gráfico 19:
Equipamentos de lazer oferecidos pelas unidades hoteleiras de Rio Quente, 2009
salas de tv
quadras esportivas
play ground infantil
salao de jogos
áreas de lazer
saunas
piscinas termais
piscinas frias
número de estabelecimentos
0
5
10
15
20
25
30
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
86
Gráfico 20:
2009
Equipamentos de lazer oferecidos pelas unidades hoteleiras de Caldas Novas,
salas de tv
quadras esportivas
play ground infantil
salao de jogos
áreas de lazer
saunas
piscinas termais
piscinas frias
número de estabelecimentos
0
50
100
150
200
250
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
Gráfico 21:
Facilidades e serviços de apoio ofertados nas unidades hoteleiras do Polo das
Águas Termais, 2009
braille
apartamento adaptado para cadeirante
banheiros adaptados para necessidades especiais
rampas para cadeirantes
restaurantes pensão completa
lanchonetes
disponibilidade de internet sem fio
computadores disponiveis para uso dos hospedes
salões de eventos
salas de reunião
salas de centro de convenção
número de estabelecimentos
0
Rio Quente
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Caldas Novas
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas
Novas Convention Bureau e Goiás Turismo
Dentre os empreendimentos do parque hoteleiro de Caldas Novas e Rio Quente, o Rio
Quente Resorts é responsável por grande parte do impacto na geração de emprego e
renda, o que se reflete nos dois municípios, assim como em todo o restante da
atividade turística. No entanto o grau do impacto não pode ser medido visto que não
há estudos ou dados sistematizados sobre esta questão.
87
I.)
Principais Grupos e Redes de Empreendimentos no Segmento
Hoteleiro:
•
DiRoma:
O Grupo diRoma atua no município de Caldas Novas e reúne empreendimentos nos
segmentos hoteleiro, turístico, imobiliário, da construção civil e da mineração. Dentre
seus principais serviços de hospedagem e lazer destacam-se os hotéis Império, Hotel
diRoma, diRoma Fiori, diRoma Resort, Thermas diRoma, Vilas diRoma, diRoma Rio
Quente, diRoma Exclusive, com aproximadamente1000 UHs, e os parques aquáticos
diRoma e o Acqua Park Splash. Ainda a empresa diRoma Imóveis, um Centro de
Convenções, um Shopping, e escritórios de vendas e de comunicação do grupo,
caracterizam-se outros de seus empreendimentos.
O grupo diRoma prevê a ampliação da capacidade instalada dos hotéis, a inauguração
de flats e de um novo parque aquático, reforçando a sua estratégia de oferta de
variados serviços para atendimento de demanda de seu público alvo.
•
Grupo Golden Dolphin:
O grupo Golden Dolphin, um dos maiores empreendimentos hoteleiros do Brasil,
pertence a uma rede nacional e atua em Caldas Novas nos segmentos de hotelaria,
construção civil, incorporações, administração e comércio. A rede detém franquias em
Porto Seguro na Bahia e em Barretos no Estado de São Paulo.
O grupo iniciou sua participação no mercado hoteleiro de Caldas Novas com o
empreendimento Hot Spring e em 2003 inaugurou o resort, de mesmo nome,
considerado um dos maiores empreendimentos da cidade com 326 apartamentos
administrados por condomínio e 200 como flats.
Hotel Taiyo
O Hotel Taiyo é um empreendimento de menor porte, que se estabeleceu no mercado
hoteleiro de Caldas Novas nos últimos 15 anos, contrariando a tendência crescente de
grandes redes. Os fundadores do grupo, de origem japonesa, aproveitaram o potencial
de águas termais da região para definir sua segmentação de público, a colônia
nipônica, que valoriza os banhos termais, prática comum no Japão.
O hotel oferece serviços complementares como atividades específicas da cultura
japonesa (softball, gateball e tênis), além de eventos de cunho religioso. Entretanto, o
hotel não se configura como um hotel temático, por sua estrutura simples, apesar de
apresentar elementos decorativos pertencentes à cultura japonesa. Qualidade e
eficiência nos serviços oferecidos garantem a fidelização do seu público-alvo.
•
Rio Quente Resorts
Localizado no município de Rio Quente, o empreendimento é pioneiro no conceito de
utilização das águas termais como lazer, relaxamento e bem estar, podendo ser
considerado o indutor desta prática na região. A principal oferta do grupo consiste em
hospedagem e lazer para famílias com filhos.
O grupo faz parte da rede internacional RQVC (Rio Quente Vacation Club), cujo
programa de férias funciona sob o sistema de pontos, oferecendo aos clientes
benefícios e opções de hospedagem no Brasil e no exterior. Atualmente, o
empreendimento tem como proposta conceitual a de Resort Destination, e oferece
atividades e atrações variadas que complementam a principal demanda, os banhos
em águas termais.
O grupo Rio Quente, além do resort, oferece como atrativos para o lazer o Hot Park, a
Praia do Cerrado, a Bird Land e o Parque das Fontes, que caracterizam-se os
principais destinos turísticos.
88
As taxas médias de ocupação do resort variam em torno de 80% com índice de
retorno de 50%. Entretanto, o resort divide com outros empreendimentos de Caldas
Novas - diRoma, Golden Dolphin e Privé, a preferência dos hóspedes.
•
Grupo Privé
O grupo Privé atua principalmente nos segmentos de hotelaria, lazer, entretenimento,
gastronomia e imobiliário. Seus empreendimentos estão localizados no município de
Caldas Novas – GO onde destacam-se os Hotéis Privé, Hot Star e Boulevard e o
Parque Aquático Water Park.
•
SESC
O SESC é uma instituição sem fins lucrativos, que atua com unidades distribuídas nos
diversos municípios brasileiros, e tem uma participação relevante no cenário das redes
de hospedagem do Polo. Dentre as suas atribuições voltadas para a promoção social,
a unidade de Caldas Novas atende a demanda do turismo e lazer social na região. O
SESC Caldas Novas conta com 309 apartamentos, em 4 blocos.
Além das unidades hoteleiras, o grupo possui um parque aquático com 8 piscinas
termais e 3 de água fria; 1 piscina com rampa aquática; 1 piscina com toboágua;
saunas, sendo uma a vapor e a outra natural; anfiteatro para 316 pessoas; salas de
reuniões; 1 restaurante; 1 panificadora; lanchonetes; 1 quadra poliesportiva; 1 quadra
de tênis; campos de futebol Society; 1 quadra de peteca; 1 quadra de esportes;
espaço infantil; playground; espaço cultural; salão de jogos; lago artificial; pista de
corrida (1200 metros); capela ecumênica; biblioteca e trilha ecológica.
O SESC apresenta uma infraestrutura funcional, instalações físicas simples, porém
confortáveis. Os equipamentos de lazer estão distribuídos numa área de 258.000 m².
Ressalta-se que a demanda gerada pelo sistema SESC é maior que a sua capacidade
na unidade, o que gera uma indução do fluxo excedente para outros equipamentos.
A instituição recebe recursos para investimentos, subsidia a estrutura e o programa de
turismo social, atendendo às classes C e D. Há uma clara diferenciação do público de
um equipamento de natureza social dos demais empreendimentos comerciais onde o
preço é o diferencial de inclusão.
J.)
Grau de Interação da Oferta e da Cadeia de Valor Turística no Polo
No Polo das Águas Termais constata-se a existência de empreendimentos hoteleiros
os mais diversos, como os citados anteriormente, e seus diversos níveis de
participação no mercado turístico local de menor participação, porém igualmente
importante para o bom desempenho da atividade turística, há o poder público,
responsável pela instalação de infraestrutura básica, acessibilidade e mobilidade,
saneamento ambiental, eletricidade, o que permitirá, junto aos empreendimentos
turísticos instalados, a sustentabilidade da região.
O Grupo Rio Quente Resorts se destaca por oferecer o mais alto padrão hoteleiro da
região para o público B e mantém uma estratégia de captação junto à Valetur, agência
de viagem pertencente ao grupo, que tem como alvo o turista do Estado de São Paulo.
Segundo dados da pesquisa da FIFE (2009) realizada no complexo turístico Rio
Quente, 63,8% dos turistas hospedados no Rio Quente Resort são provenientes de
São Paulo; 13,5% do Distrito Federal; 9,8% de Minas Gerais e 4,2% de Goiás. Os
empreendimentos da região de Caldas Novas atendem o público das classes sociais C
e D, cujo perfil é caracterizado por famílias com filhos.
Observa-se uma diferenciação no perfil do público que se dirige aos municípios de Rio
Quente e Caldas Novas. No segmento da hospedagem, percebe-se a concorrência
com as ofertas de equipamentos de lazer de alguns outros empreendimentos. Assim,
Rio Quente atrai visitantes de Caldas Novas, da mesma forma, empreendimentos de
89
Caldas Novas lucram com a atratividade ofertada em Rio Quente, mas buscam
atender ao público - alvo de poder aquisitivo inferior.
Constata-se uma relação de concorrência relacionada à oferta de hospedagem e de
diversão entre os vários empreendimentos turísticos da região. Alguns,
eminentemente de lazer, como o Hot Park e a Praia do Cerrado e devidamente
divulgados em campanhas de comunicação em marketing eficazes, atraem hóspedes
de hotéis que não oferecem tais opções.
Apesar da relação comercial estabelecida, de forma natural, entre os dois municípios
onde estão localizados os empreendimentos turísticos, hoje líderes de mercado no
segmento, não existe planejamento integrado para a atividade turística. Há ocorrência
de ações isoladas que objetivam a captação do turista e sua permanência, verificandose parcerias relacionadas, exclusivamente, aos serviços de locação de veículos e
traslados.
Observa-se algumas iniciativas de empreendimentos multissegmentados, como o
grupo diRoma, que oferece leitos e apartamentos além de serviços e produtos de
varejo, diversão, alimentação e bebidas.
Dentre os stakeholders do mercado turístico do Polo, alguns importantes fornecedores
destacam-se: no Rio Quente Resort, a AMBEV fornece bebidas e serviços,
especificamente nos Bares Brahma e Stella Artois; a empresa Mac Móveis fornece o
mobiliário e os objetos de decoração para o Complexo Turístico.
A criação da Associação das Empresas Mineradoras das Águas Termais- AMAT, que
surgiu em resposta ao risco de rebaixamento do nível dos aquíferos devido ao
aumento da quantidade de poços e vazão, é exemplo de iniciativa que envolveu a
participação de atores com objetivos comuns, os de minimizar os problemas de
impermeabilização do solo, o que poderia levar ao fim aos aquíferos termais. A AMAT
desenvolveu um sistema de monitoramento dos aquíferos e o seu reabastecimento
artificial. Segundo o Relatório Vivência Brasil, Turismo Social e Termalismo em Caldas
Novas e Rio Quente de 2009, a AMAT auxilia o DNPM – Departamento Nacional de
Pesquisas Minerais que se tornou referência na ANA – Agência Nacional de Águas.
Outra iniciativa verificada no Polo das Águas Termais é a implantação da GEOR –
Gestão Estratégica Orientada para Resultado para o segmento do turismo, projeto que
vem sendo desenvolvido pelo SEBRAE-GO desde 2008 e que possui a finalidade de
reunir os diferentes atores do município para a gestão a partir de interesses comuns. A
metodologia do GEOR é baseada em processo participativo, visando discutir pontos
específicos e apontar, em conjunto, soluções que visem os resultados pretendidos.
São incentivadas cooperações e parcerias entre os setores público e privado.
Segundo o SEBRAE-GO, Caldas Novas vivenciava uma falta de integração entre
governo, iniciativa privada e sociedade civil organizada e o GEOR foi proposto para
suprir essa deficiência. Dentre as propostas resultantes do processo participativo do
GEOR, realizado em 2008, destacaram-se:
•
Ação integrada para crescimento econômico, modernização da gestão turística
e melhor acesso ao mercado em baixas e médias temporadas;
•
Melhoria da qualidade do atendimento ao turista através da qualificação da
mão de obra e da gestão.
•
A melhoria na infraestrutura através da viabilização de voos regulares,
articulação para melhoria das rodovias, sinalização de trânsito, tratamento de
lixo e água nos municípios.
90
3.3.4. Principais Mercados Geográficos e Segmentos-Meta
A pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE no ano
de 2009, a respeito do dimensionamento do mercado doméstico do turismo no Brasil
demonstra que o receptivo de Caldas Novas, em 2007, totalizou 1.449.954 viagens
domésticas.
A FIPE relacionou um ranking dos 30 destinos mais visitados pelo público brasileiro e,
dentre eles destaca-se, no estado de Goiás, o município de Caldas Novas que ocupa
o 15º lugar com aproximadamente 1,5 milhão de viagens. Goiânia, por sua vez,
aparece em 12º lugar com aproximadamente 2 milhões de viagens.
O Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo Municipal na
Região das Águas destaca que esta é responsável por 75% do turismo no estado de
Goiás tendo recebido no ano de 2008 1,2 milhões de turistas.
A.)
Principais Mercados Geográficos
Os principais estados emissores de turistas que geram renda para o estado de Goiás
podem ser verificados através da Tabela 18.
Tabela 18:
Principais estados emissores de turistas - Goiás
ESTADO
Minas Gerais
Goiás
Distrito Federal
Bahia
Para
Tocantins
Paraná
Mato Grosso
Rio Grande do Sul
São Paulo
Outros
% EMISSÃO
% GERAÇÃO DE RECEITA
31,7
29,3
12,6
7,7
2,3
2,1
1,6
1,3
0,9
Não Informado
3,7
20
28
10,6
1,6
7,6
4,4
2,2
3,5
Não Informado
9,4
8,6
Fonte: FIPE, 2009, pesquisa realizada com ano base 2007 para qualquer faixa de renda.
O Estado de Minas Gerais e o Distrito Federal, juntos, são responsáveis por 45% do
total de emissões.
Considera-se igualmente relevante o movimento de turistas oriundos do próprio
Estado que perfaz 30% do total dos emissores. Isso demonstra que a proximidade
física em um raio entre 400 e 700 km é um fator importante no processo de decisão do
consumidor do destino turístico. Mostra-nos, ainda, que o Polo é caracterizado por
uma ocupação de final de semana, de feriados prolongados, ou até mesmo de férias
curtas.
Outro ponto que merece destaque na tabela é o percentual de geração de receitas.
Pois o maior gerador de receitas para o turismo em Goiás é o próprio Estado, com
28% da receita. Em segundo lugar, Minas Gerais se destacam no ranking, gerando
20% da receita total.
Nota-se que a contribuição para a geração de receita advinda dos turistas com origem
no Estado de São Paulo, apesar de não comparecer em décimo lugar dentre os
principais emissores, representa quase 10% das receitas geradas, o que leva a crer
que este turista tem maior poder de gasto comparativamente aos advindos dos demais
Estados comparados.
91
Isto se deve a uma característica do mercado e da região. Ao observarmos os
principais emissores de hóspedes para o município de Rio Quente, encontramos os
seguintes dados.
Tabela 19:
Origem dos Hospedes
ORIGEM DOS HÓSPEDES
PERCENTUAL %
São Paulo
63,8%
Distrito Federal
13,5%
Minas Gerais
9,8%
Goiás
4,2 %
Rio de Janeiro
4,2%
Fonte: Rio Quente Resorts, 2010
Esta tabela demonstra que apesar do Estado de São Paulo ser pouco representativo
no que tange os principais emissores do Estado de Goiás, ele se destaca como
principal emissor para o município Rio Quente representando, portanto, um importante
mercado consumidor.
B.)
Segmento-Meta
O segmento-meta consolidado no Polo é o turismo de lazer e entretenimento nas
águas termais. A diferença observada está na oferta do produto para atingir públicosalvo e consumidores diferenciados.
Reflete-se a diferenciação do público-alvo os preços praticados e serviços oferecidos.
Em Caldas Novas surge com maior oferta de meios de hospedagem que servem às
classes C e D e no Rio Quente a maior parte dos seus meios de hospedagem e
atrativos são para o público da classe B. Tem-se assim o quadro comparativo entre
produto, público-alvo e mercado geográfico, considerando-se o segmento-meta
(Quadro 06).
Quadro 06:
PRODUTO
Origem dos Hospedes
MUNICÍPIO DO
POLO
PÚBLICO-ALVO
MERCADO GEOGRÁFICO
(estados emissores)
Águas Termais
Caldas Novas
Classe C e D
Minas Gerais,
Federal.
Águas Termais
Rio Quente
Classe B
São Paulo, Distrito Federal, Minas
Gerais.
C.)
Goiás
e
Distrito
Fluxo de Turistas e Grau de Fidelidade
A tendência de crescimento da demanda para os próximos cinco anos é estimada em
média de 165.500 visitantes por ano (estimativa de demanda apresentada neste
documento).
O grau de fidelidade dos turistas é de 60% (ABRASEL, 2009), o que em números
absolutos representa um crescimento contínuo de pessoas que retornam ao Polo.
D.)
Níveis de Preço e Variação de Mercado
Conforme visto no item anterior, o Polo é composto de dois municípios que oferecem o
produto “águas termais” com níveis de preço, serviços e atrativos diferenciados.
Caldas Novas recebe maior quantidade de público do polo, oferece aos seus visitantes
a exploração das águas termais voltadas para o lazer da família. Com hotéis
92
equipados com piscinas e parques aquáticos que tentam manter o hóspede pelo maior
tempo possível dentro do hotel, no entanto, em sua maioria, o turista captado visa o
final de semana ou feriado prolongado.
Os valores praticados em Caldas Novas são mais acessíveis em relação ao atrativo
vendido em Rio Quente. O estudo de benchmarking, realizado pelo SEBRAE em 2009,
cita que em Caldas Novas não há qualificação da mão de obra, principalmente no que
tange o atendimento ao turista.
No município do Rio Quente, a média dos valores praticados é mais elevada e o
produto possui qualidade superior, como contrapartida há qualificação da mão de
obra, e melhor atendimento ao turista.
Com relação ao Rio Quente Resorts, este possui um sistema de promoção e
atividades que faz com que a sazonalidade de seus meios de hospedagem seja
mínima, tanto na baixa quanto na alta temporada. Essa estratégia baseia-se na
promoção e comercialização do produto, com oferta de complementos como: a
realização de eventos, semanas temáticas ou típicas, shows e serviços oferecidos
constantemente. Vale ressaltar que os hóspedes dos flats do Rio Quente Resort
possuem livre acesso ao Hot Park e às piscinas no Hotel Pousada Rio Quente.
Pode-se comparar, relativamente, o Polo das Águas Termais com o destino Araxá,
que também oferece um produto tendo como base o elemento água. Destaca-se que
Araxá explora o turismo voltado para a saúde e bem estar, diferentemente do Polo das
Águas Termais, onde a água quente natural é utilizada como equipamentos de lazer e
entretenimento.
Ao se comprar os preços praticados, por exemplo, no Hotel Termas de Araxá e no Rio
Quente Resorts observa-se uma proximidade de valores, aproximadamente R$ 900,00
o pacote com 3 diárias. No entanto, o público alvo para os destinos são diferenciados
uma vez que o Rio Quente Resorts está focado em famílias, com crianças, que
buscam o turismo de lazer. As Termas de Araxá estão voltados para o público alvo
adultos, casais sem filhos e melhor idade.
No que diz respeito à sazonalidade no Polo observa-se que: em Caldas Novas a taxa
de ocupação média anual foi de 57,6% em 20095. No período de alta temporada esse
percentual médio é de 80,8% (mês de julho), e no período de baixa temporada é de
38,1% (mês de fevereiro). Essa oscilação é menor ao observarmos os hotéis de rede
que possuem a taxa de ocupação média em 80,3%, sendo que no período de alta
chega a 95,6% e no período de baixa a 50,6%.
Em hotéis de menor porte, a ocupação média chega a 36,5%, atingindo no período de
alta 70,7% de ocupação e na baixa temporada 18,7%.
A variação de preço pode chegar a 40% no valor da diária entre o período de alta e de
baixa temporada para Caldas Novas.
Por outro lado, no Rio Quente Resorts a taxa de ocupação média anual é de 90%.
Este fato se deve às ações de promoção e captação de clientes que possuem títulos.
A estratégia de comercialização garante ao resort uma movimentação constante e
uma variação de preço mínima, exceto nos feriados e datas comemorativas.
5
Pesquisa realizada pela Goiás Turismo em 2011
93
Cabe ressaltar que os hotéis de rede realizam um maior investimento em promoção,
captação e fidelização de clientes, ocasionando menor sazonalidade e,
consequentemente, menor variação de preço das diárias.
E.)
O Trade Turístico e os Serviços de Apoio
Os dois municípios do Polo oferecem variedade de serviços complementares aos
oferecidos pela rede hoteleira. Comparativamente, identifica-se Caldas Novas como o
núcleo urbano mais vigoroso e que concentra a maior oferta de serviços do setor de
alimentação, transporte, bancos, comércio em geral e também a maior variedade de
serviços públicos básicos, tais como: saúde, educação.
Estima-se que 70% a 80% da mão-de-obra local sejam empregadas direta e
indiretamente no mercado gerado pela rede hoteleira e pelos segmentos organizados
que compõem o trade turístico.
F.)
A avaliação dos Turistas sobre os Atrativos do Polo
Existe uma insuficiência de dados coletados, sistematizados e organizados no que diz
respeito à avaliação do turista sobre os atrativos e equipamentos do Polo. É
necessária a aplicação de pesquisas sistematizadas a fim de se conhecer os reais
interesses para que possam ser definidas as diretrizes para o desenvolvimento do
turismo no Polo.
Apesar da grande quantidade de equipamentos e da demanda atual e potencial,
observa-se que a qualidade dos serviços ainda é questionada pelo turista. No
diagnóstico do Setor de Alimentação Fora do Lar – SAFL, realizada em parceria entre
o ABRASEL–Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Ministério do Turismo e
SEBRAE, 2009, são apontados o mau atendimento ao turista e a má formação da
mão-de-obra. O que se verifica é que os serviços complementares de gastronomia,
opções de lazer e até riquezas naturais, dentre outros, ficam praticamente nivelados
num patamar muito inferior àquele dado ao atrativo principal que são as águas
termais.
Apesar da pequena amostragem do diagnóstico SAFL, de 30 turistas, 31 moradores
locais e 28 representantes de empresários, perfazendo-se um total de 89 pessoas,
considera-se que é representativa e expressa a realidade do Polo Águas Termais.
As tabelas seguintes indicam os pontos positivos e negativos de Caldas Novas, as
qualidades de Caldas Novas para o turismo, bom como suas precariedades para o
turismo.
Tabela 20:
Pontos Positivos e Negativos Caldas Novas
PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
•Águas quentes / banhos medicinais.
•Mau atendimento ao turista.
•Diversidade / conforto da hospedagem.
•Falta de infraestrutura / pavimentação.
•Festas/ Eventos/ Festivais.
•Mão-de-obra desqualificada.
Fonte: Caminhos do Sabor SEBRAE - Abrasel Mtur
94
Tabela 21:
Qualidades de Caldas Novas para o turismo - Resultados para Turistas
(Respostas múltiplas)
CASOS
%
Águas quentes
24
80,0%
Gastronomia
5
16,7%
Hospitalidade / Receptividade
5
16,7%
Tranquilidade da cidade
5
16,7%
Localização
5
16,7%
Diversidade/ conforto da rede de hospedagem
4
13,3%
Clima
4
13,3%
Clubes
4
13,3%
Riquezas naturais/ Turismo ecológico
3
10,0%
Opções de lazer (diversidade)
3
10,0%
Artesanato/ Compras/ Mercado
2
6,7%
Outras
8
26,7
Fonte: Caminhos do Sabor SEBRAE Abrasel Mtur
Tabela 22:
Precariedades de Caldas Novas para o turismo (Respostas múltiplas)
CASOS
%
Não Sabe
9
30,0%
Nenhum
6
20,0%
Profissionais e guias poucos qualificados
3
10,0%
Trânsito local/ Estrada ruim
3
10,0%
Falta tranquilidade
3
10,0%
Preços altos
2
6,7%
Não oferecem algum tipo de comida (regional/ vegetariana)
2
6,7%
Outras
13
43,3%
Fonte: Caminhos do Sabor SEBRAE Abrasel Mtur
Na pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Turismo de Caldas Novas
observa-se que o nível de satisfação não se eleva muito em relação ao nível de
insatisfação.
As tabelas 23 a 24 tratam do nível de satisfação do turista, dos atrativos visitados e
conhecidos pelos turistas, da avaliação do turista em relação à cidade e do motivo da
visita à Caldas Novas. Observa-se, por meio delas, que o nível de satisfação do turista
em relação aos serviços oferecidos é de aproximada mente 60%.
Além disso, a procura maior é pelo turismo de lazer (Tabela 26) e, enfatizando esta
resposta o ponto turístico que o turista mais conhece é a Pousada do Rio Quente
(Tabela 24).
A Tabela 25 cita que foi por meio da internet que o turista tomou conhecimento de
Caldas Novas. As hospedagens são em hotéis e com a família.
95
Tabela 23:
Nível de Satisfação do Turista
QUANTIDADE
DE
PESQUISAS
PONTOS
POSITIVOS
PONTOS
NEGATIVOS
48
4311
2999
CLASSIFICAÇÃO DE SATISFAÇÃO DO
TURISTA
Nível de Satisfação Positivo - 58,97%
Nível de Satisfação Negativo - 41,03 %
Fonte - Pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Turismo de Caldas Novas
Tabela 24:
Pontos Turísticos que o turista conhece
NÚMERO DE TURISTAS
PONTOS TURÍSTICOS QUE O TURISTA CONHECE
10
Casarão
10
Aeroporto
07
PESCAN
14
Jardim Japonês
28
Pousada RQ
02
Balneário Municipal
19
Lago Corumbá
03
Praça do Cerrado
03
Museu da Soja
10
Feira Livre
25
Feira do Luar
03
Feira das Águas Quentes
13
Mirante Serra Verde
13
Cachaçaria
07
Secretaria de Turismo de Caldas Novas -SecTur
Fonte: Pesquisa Rodoviária Caldas Novas
Tabela 25:
Avaliação do turista com relação à cidade
ORIGEM DO
VISITANTE / NO DE
TURISTAS
- Goiás e DF/ 23
- Minas Gerais/ 11
- São Paulo/ 06
- Bahia/ 02
- Rio Grande do Sul/01
- Paraná/ 02
- Santa Catarina/ 01
- Rio de Janeiro/ 01
- Itália/ 01
COMO TOMOU
CONHECIMENTO
SOBRE CALDAS
NOVAS? / NO DE
TURISTAS
-TV/ 03
-Internet/ 10
-Revista/ 01
-Jornais/ --Amigos/ 24
-Rádio/ --Guia/ 01
-Outros/ 09
MEIO DE
HOSPEDAGEM
UTILIZADO / NO
DE TURISTAS
-Hotel/ 26
-Apart/Flat/ 10
-Pousada/ 02
-Rio Quente/03
-Casa de
parente/ 06
- Não sabe/ 01
EXPECTATIVA DO
TURISTA E
SATISFAÇÃO /
NO DE TURISTAS
Expectativa
- Excelente/ 26
- Bom/ 20
- Ruim/ 01
- N.R.A./ 01
Satisfação
- Excelente/ 13
- Bom/ 27
- Ruim/ 01
- N.R.A./ 07
Nº DE
VIAJANTES
-Sozinho/ 14
-Grupo/ 06
-Família/ 128
Fonte: Pesquisa Rodoviária Caldas Novas
96
Tabela 26:
Motivo de visitação à Caldas Novas
NÚMERO DE TURISTAS
O QUE MOTIVOU A VISITA A CALDAS NOVAS?
04
Tur. Saúde
01
Lazer Náutico
39
Tur. Lazer
01
Tur. Ecológico-Ecoturismo
03
Negócios e Eventos
Fonte: Pesquisa Rodoviária Caldas Novas
A avaliação dos recursos e atrativos turísticos do Polo é complementada com
avaliação dos equipamentos e serviços, em termos quantitativos e qualitativos, no item
3.1 e 3.3.
Apesar da insuficiência de dados que pudessem compor uma fonte única ou mesmo
integrada de coleta de dados com informações sistematizadas a respeito do mercado
turístico, foi considerado que os investimentos em abastecimento de energia elétrica,
infraestrutura básica de saneamento ambiental, preservação e recuperação de cursos
d’água, proteção do meio ambiente integrado a essas atividades são de fundamental
importância para o desenvolvimento turístico da região e, portanto, devem se tornar
ações prioritárias.
O Polo das Águas Termais e sua esfera de atração estão diretamente relacionados, às
ações voltadas para a gestão ambiental, sendo esse o fator determinante do
desenvolvimento das potencialidades turísticas do local, e uma das principais
possibilidades de competitividade em relação à oferta concorrente.
Assim, as diretrizes de desenvolvimento e implementação do turismo, prioritariamente,
devem atender a um modelo de gestão integrada de meio ambiente e infraestrutura
básica.
3.3.5. Sistema de Promoção e Comercialização
Os investimentos da iniciativa privada do Polo em comunicação com o mercado e
comercialização de seu produto, garantem a imagem do destino a partir do correto
posicionamento do negócio. Por meio de estudo realizado pelo SEBRAE em 2009, em
parceria com o Ministério do Turismo, foram identificados, nos principais
empreendimentos do Polo, práticas de promoção em marketing e comercialização
adequadas.
O Grupo diRoma desenvolve estratégias de comercialização e promoção em
marketing para a baixa temporada, com enfoque no lazer. Direciona a sua
comunicação integrada para as cidades mais próximas, num raio de até 200 km, onde
são realizados ações de marketing direto com vendedores e lojas de atendimento ao
público consumidor. Há a divulgação por meio dos canais que incluem nas mídias
utilizadas os outdoors e outros veículos de comunicação de massa.
O Hotel Golden Dolphin se destaca pela oferta de apartamentos e áreas com estrutura
para o atendimento a grupos e famílias. Possui boa gestão de seus recursos naturais
visando a preservação ambiental com ações como o tratamento da água das piscinas.
Na sua estratégia comercial, destaca-se a gestão de vendas que pesquisa mercados
geográficos prioritários e concorrências (micro e macro), necessidades do público alvo,
e então define ações estratégicas,
97
O Rio Quente Resorts define seu planejamento estratégico para ações em longo prazo
e em seu Business Plan direciona as suas linhas de ação para investimentos em
diversos setores e em novos produtos, sempre buscando a qualidade e excelência. O
empreendimento é administrado por duas empresas, uma delas se responsabiliza pela
comunicação em marketing e a outra, pela administração e gestão do
empreendimento. Uma variedade de outros produtos são ainda oferecidos, como sua
própria operadora, a Valetur, criada para ativar as vendas do Resort que atua nos
mercados de São Paulo (capital e interior), Brasília e Rio Quente, bem como
operadoras credenciadas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Goiânia e agências
credenciadas em mais 18 cidades brasileiras. Dentre as estratégias para a redução da
sazonalidade, merecem destaque as seguintes:
1. O Rio Quente Club Vacation: programa de férias pelo tempo
compartilhado, que é credenciado ao RCI, considerado a maior
empresa de intercâmbio de férias do mundo.
2. O Hot Tripa: programa voltado para os formandos do ensino médio e
universitários, com pacotes que incluem atrações voltadas para a faixa
etária.
3. Academia Rio Quente: programa de estágio e visitas técnicas para
estudantes da área de turismo e áreas afins.
4. Programa Melhor Idade: programa que possui programação e
atividades para pessoas com mais de 60 anos, que é destinado para
grupos na baixa temporada.
Outro empreendimento que se destaca nas estratégias de comunicação em marketing
e comercialização, é o Hotel Serra Park. Este corresponde ao primeiro hotel da
Esplanada do município de Rio Quente a direcionar a propaganda ao seu público alvo
e buscar o consumidor antes mesmo de sua vinda. Utiliza-se de parcerias para a
comercialização do hotel nos mercados emissores.
De certo modo, as campanhas promocionais realizadas pelos principais
empreendimentos do Polo beneficiam os pequenos estabelecimentos hoteleiros e toda
a cadeia de comércio e atrativos. O turista de menor poder aquisitivo acaba sendo
atingido por tais campanhas e busca alternativas para usufruir do quadro ofertado
pelas grandes redes hoteleiras, acabando por consumir produtos atrativos ofertados
de forma indireta, como os espetáculos musicais muito comuns nos municípios.
3.3.6. Empregos Gerados pelo Turismo
Os empregos gerados pelas atividades relacionadas ao setor do turismo têm evoluído
significativamente, não só no Polo, mas em todo estado de Goiás.
Segundo o IPTUR (Boletim 02/2010), o percentual de empregos relacionados ao
turismo em relação ao total de empregos formais do estado, passou de 1,4% em 1999
para 2,89 em 2009, com cerca de 35.000 empregos. Segundo pesquisa feita pelo
IPTUR em 31 destinos turísticos estaduais, Caldas Novas ocupa o 2º lugar em número
de empregos formais em turismo (2.525 postos de trabalho), perdendo apenas para
Goiânia, e Rio Quente aparecem em 4º lugar na classificação geral (1.302 empregos).
Apesar do crescimento do número de empregos, o Polo vem perdendo
representatividade em relação ao total de empregos formais no Estado, passando de
42% em 2009, para 16% em 2009.
Essa diminuição é explicada pelo crescimento do turismo em todo o estado de Goiás e
pelo alto grau de informalidade vivenciado pelo setor do turismo no Polo das Águas
Termais.
98
Tabela 27:
Empregos Formais no setor de Turismo, Polo Águas Termais e Goiás, 1999 - 2009.
MUNICÍPIOS
1999
2004
VARIAÇÃO
2009
1999-2009
Caldas Novas
1.407
1.516
2.525
179%
Rio Quente
650
826
1.302
200%
Polo Águas Termais
2.057
2.342
3.827
186%
Estado
4.815
10.779
23.561
489%
PARTICIPAÇÃO DO POLO ÁGUAS
TERMAIS NO ESTADO
42%
22%
16%
-
Fonte: IPTUR, Boletim de Informações 02/2010.
3.4. Infraestrutura Básica e Serviços Gerais
O desenvolvimento de um destino turístico requer a existência de infraestrutura capaz
de atender à população local, bem como os visitantes. Rede viária, abastecimento de
água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem pluvial, iluminação,
eletricidade e comunicações e outros serviços como saúde e segurança compõem os
serviços e a infraestrutura necessárias para compartilhada entre residentes e
visitantes.
A carência de dados sistematizados relativos à situação da infraestrutura nos
municípios impossibilitou uma análise mais profunda dos serviços básicos prestados à
comunidade. No entanto, por meio de dados secundários disponíveis em sítios
governamentais, estudos científicos, dentre outras fontes aferidas e aprofundadas pela
observação em campo por meio de visitas técnicas realizadas no mês de julho de
2009, possibilitaram um nível de informações suficientes para subsidiar a elaboração
do diagnóstico.
Para tanto, como forma de compreender a situação geral do Polo, a seguir são
caracterizados os sistemas de infraestrutura dos municípios onde será realizada uma
análise sobre suas condições de qualidade tanto para o atendimento à população,
quanto para o turista.
A Figura a seguir aponta os equipamentos voltados à infraestrutura do Polo.
99
Figura 28.
Mapa de infraestrutura do Polo das Águas Termais
Fonte: PDITS Polo das Águas Termais, Technum Consultoria 2009.
3.4.1. Rede Viária e Transporte Urbano
O acesso por rodovia a Caldas Novas pode ser feito por diferentes caminhos, segundo
informações da Polícia Rodoviária Federal – PRF.
As principais vias de acesso são as rodovias BR-153, GO-217, GO-139, GO-020, GO309 e GO-213. As rodovias se encontram em bom estado de conservação, não
necessitam de maiores intervenções neste momento.
Já se encontra em fase de implantação pela Agência Goiana de Transportes e Obras
Públicas – AGETOP a rodovia que ligará o município de Rio Quente ao de Marzagão,
obra indicada como previsão na Carta-Consulta aprovada pela Comissão de
Financiamentos Externos – COFIEX. Esta obra é de fundamental importância para o
desenvolvimento do turismo na região, pois há uma ligação mais rápida às cidades do
triângulo mineiro e do Estado de São Paulo, considerados importantes mercados
emissores. Além disso, facilita o acesso à própria Marzagão, município que possui
forte ligação com a atividade turística do Polo pelo apoio na oferta de mão de obra e
produtos alimentícios.
O acesso ao município de Rio Quente é realizado GO 507 a 19 km de Caldas Novas,
sendo que a mesma encontra-se em bom estado de conservação.
As principais rodovias de acesso ao Polo estão representadas na Figura 29.
100
Figura 29.
Rodovias federais e estaduais pavimentadas no estado de Goiás
Fonte: Anuário Estatístico do Estado de Goiás – 2005
As condições das rodovias utilizadas para o acesso ao Polo são boas, de acordo com
o International Roughness Índex – IRI, estudo extraído do Plano de Desenvolvimento
dos Transportes do Estado de Goiás-2007 (Figura 30).
Deste modo, confirma-se que investimentos na melhoria das rodovias não se
apresentam como prioridade neste momento.
101
Figura 30.
Condições do pavimento nas rodovias do estado de Goiás
*International Roughness index
Fonte: Plano de Desenvolvimento dos Transportes do Estado de Goiás-2007
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal – PRF, o tráfego nas
rodovias de acesso não representa problema. A sinalização é satisfatória e não há
identificação de pontos críticos com ocorrências de acidentes como: curvas perigosas,
barrancos, buracos, animais soltos, entre outros. Nos períodos de alta temporada,
principalmente Carnaval e Semana Santa, as ocorrências de acidentes por
imprudência dos motoristas e pela ampliação do volume de tráfego aumentam
significativamente, no entanto, este ano não houve vítimas nos acidentes registrados.
Caldas Novas possui uma estação rodoviária administrada pelo município que,
segundo o responsável pela gestão, foram realizadas melhorias em 2008 e 2009. A
estação atende de forma adequada à demanda de passageiros sem apresentar
ocorrência de elevado número de críticas negativas aos serviços (Figura 31).
102
Figura 31.
Estação Rodoviária de Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
De acordo com informação obtida na administração da rodoviária, atualmente
embarcam em média 500 pessoas por dia em períodos normais. Em época de alta
temporada chegam a embarcar entre 700 a 1.000 pessoas por dia. A administração
realiza apenas o controle de embarque de passageiros, quando são pagas as taxas de
embarque. Portanto, não é possível afirmar que o número de passageiros
desembarcados é o mesmo que embarca, mas segundo informação do administrador
da estação, é provável que estes dados sejam similares.
Existe também um terminal de ônibus, localizado na Avenida do Contorno, utilizado
pela empresa responsável pela prestação dos serviços de transporte coletivo para
operações na zona urbana.
Rio Quente, por sua vez apresenta um movimento mais concentrado de transporte por
empresas de turismo. Assim, não há disponibilidade de dados sobre o fluxo de turistas
transportados por ônibus, pois os destinos finais situam-se nos próprios
empreendimentos localizados neste município. Já o transporte público, carece de uma
rodoviária com instalações adequadas de sanitários, lanchonete e proteção de sol e
chuva, tanto na sede de Rio Quente e como no Bairro Esplanada (Figura 32).
Figura 32.
Subestação de transporte coletivo
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
103
A empresa Viação Paraúna Ltda. detinha a concessão dos serviços de transporte
coletivo no município operando com sete linhas regulares e cinco linhas especiais que
circulam pelos principais bairros de Caldas Novas e, também, com destino ao
município de Rio Quente. No entanto, foi realizado novo processo licitatório para a
contratação dos serviços, pois o contrato com a Viação Paraúna estava vencido há
algum tempo e esta vem operando provisoriamente.
O transporte coletivo atualmente em operação é considerado insatisfatório pela
população. Porém, com o início da operação pela nova empresa a prefeitura espera
que este serviço tenha uma melhora significativa com a abertura de novas linhas,
novos pontos de parada, ônibus modernos dotados de equipamentos de
acessibilidade, dentre outros equipamentos visando o melhor atendimento aos
usuários.
Segundo técnicos da Secretaria de Obras, as vias internas do município de Caldas
Novas estão em bom estado de conservação, são bem sinalizadas, não apresentam
pontos de alagamento ou de erosões significativas, e são dotadas de faixas de
travessia de pedestres, as quais são respeitadas pelos motoristas.
No entanto, conforme reclamação externada pela população, a sinalização dos
atrativos turísticos são insuficientes, confusas e necessitam de reformulações
importantes (Figura 33).
Figura 33.
Sinalização das vias de Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
Nos períodos de alta temporada o trânsito nas vias do centro, principalmente na
Avenida Orcalino Santos e nas vias coletoras próximas, fica bastante lento e com
congestionamentos frequentes devido ao intenso fluxo de veículos e pedestres. As
vagas de estacionamentos na área central se esgotam rapidamente, obrigando os
motoristas a buscarem locais distantes para estacionarem ou então estacionam em
locais irregulares. Acredita-se que com o crescimento do município a situação fique
cada vez mais crítica, obrigando para tanto, a reestruturação do tráfego na região do
centro.
104
Figura 34.
Avenida Orcalino Santos, em Caldas Novas.
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
O aeroporto Municipal de Caldas Novas, construído em 2001 e situado na Av. Castelo
Novo recebe voos fretados e particulares durante todo o ano. É administrado pela
Prefeitura Municipal de Caldas Novas, conforme determina o convênio celebrado com
o Ministério da Aeronáutica em 8 de agosto de 1997.
Figura 35.
Aeroporto Municipal de Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
Possui uma pista de pouso asfaltada com 2.100 x 45 metros e um pátio de
estacionamento e manobra com capacidade para 4 aeronaves de grande porte.
Apresenta as características de segurança determinadas pelas normas da Agencia
Nacional de Aviação Civil, sendo que algumas exigências encontra-se em fase de
implantação. Devido à capacidade da pista em termos de dimensões e espessura de
pavimento, atualmente o aeroporto recebe aeronaves com porte máximo comparado
ao Airbus 320 utilizado pela TAM. O terminal de passageiros possui área de 2.900 m²
e toda a infraestrutura necessária para o atendimento aos passageiros.
105
Figura 36.
Pista de pouso do Aeroporto
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
Nos períodos de alta temporada, principalmente no mês de julho, em média 11 (onze)
aviões de grande porte das companhias aéreas Gol, TAM e AZUL, são recebidos no
aeroporto, com uma média de 160 (cento e sessenta) passageiros por aeronave, ou
seja, uma média de 1.800 (mil e oitocentos) passageiros por semana desembarca no
aeroporto.
Existe um aeródromo em Rio Quente, no entanto encontra-se defasado, apresentando
necessidade de reforma na sua estrutura de operação e segurança.
Outras opções para pouso são o Aeroporto Internacional de Brasília - Presidente
Juscelino Kubitschek, localizado na Área especial do Lago Sul e o Aeroporto Santa
Genoveva em Goiânia localizado na Praça Capitão Frazão, Setor Santa Genoveva.
3.4.2. Sistema de Abastecimento de Água
Em Caldas Novas os serviços são prestados pelo DEMAE – Departamento Municipal
de Água e Esgoto, autarquia vinculada à prefeitura municipal. A água distribuída para
a população é captada no Rio Pirapitinga e conduzida à estação de tratamento de
água – ETA, localizada na Av. São Paulo. O tratamento é por floculação, decantação,
filtro de areia, desinfecção e fluoretação que produz, aproximadamente, 154 l/s de
água tratada.
Figura 37.
Vista da ETA de Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
106
O programa de monitoramento da qualidade da água é realizado no laboratório do
DEMAE (figura 38) conforme determina a portaria do Ministério da Saúde n° 518, onde
todos os parâmetros são avaliados, com exceção da DBO e DQO os quais são
encaminhados para Goiânia e realizados no laboratório da SANEAGO.
Figura 38.
Laboratório do DEMAE
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
Conforme dados do Sistema de Informações sobre Saneamento – SNIS, a cobertura
do sistema de abastecimento de água é de 100% no município de Caldas Novas,
sendo que 97,8% são atendidos pelo sistema interligado e o restante da população
recebe água de dois sistemas isolados com captação em poços profundos, os quais
contam apenas com simples desinfecção e correspondem a 2,2% da população
atendida com água potável.
Tabela 28:
Situação do sistema de abastecimento de água de Caldas Novas
MUNICÍPIO: CALDAS NOVAS
Índice de atendimento urbano de água [percentual]
100
População atendida com abastecimento de água [habitante]
96.145
Quantidade de ligações ativas de água [ligação]
19.381
Quantidade de economias ativas de água [economia]
28.278
Volume de água tratado em ETA [1.000 m³/ano]
5.289,1
Índice de perdas faturamento [percentual]
37,98
Índice de hidrometração [percentual]
90,1
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS - Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos –
2007
No entanto, dados do DEMAE – Departamento Municipal de Água e Esgoto de Caldas
Novas – e confirmados em visita técnica, indicam uma defasagem em alguns bairros
da área urbana da cidade. Configurando um dos pontos críticos para um bom
atendimento de serviços básicos de infraestrutura.
O volume de água produzido nos sistemas é insuficiente para garantir o abastecimento
nos períodos de alta temporada quando ocorrem interrupções no fornecimento em
alguns locais. Para tanto, está sendo ampliada a capacidade de produção de água
com a construção de uma nova rede adutora e mais um conjunto de floculadores,
decantadores e filtros além da modernização dos processos de dosagem de produtos
químicos.
O sistema de abastecimento de água do município de Rio Quente atende a 100% da
população urbana, com uma população flutuante variando entre 3.000 e 11.000
pessoas. A água é captada no Rio Quente e conduzida a Estação de Tratamento de
107
Água – ETA próxima à captação onde passa por processo de floculação, flotação e
filtração, além de desinfecção e fluoretação.
O abastecimento não contempla o complexo do Rio Quente Resorts, o qual possui seu
próprio sistema de abastecimento com captação no Rio Quente com tratamento e
distribuição para toda a sua área.
Figura 39.
Sistema de captação no Rio Quente
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
Figura 40.
Estação de Tratamento de Água de Rio Quente
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
O sistema de Abastecimento de Água no município de Rio Quente é operado pela
Secretaria Municipal de Água e Esgoto – SAMAE, vinculada à prefeitura. Não existem
dados sistematizados referentes à gestão do sistema, embora conte com micro
medição em mais de 90% dos consumidores, a macromedição não é realizada,
portanto, informações sobre perdas de faturamento, volume produzido, entre outras
não são utilizadas na gestão do sistema.
Segundo informações da SAMAE, a produção máxima de água potável na ETA de Rio
Quente é estimada em 2 milhões de litro/dia e o consumo de 800.000 litros/dia,
portanto, supera com folga a necessidade do município, contudo, o maior problema,
segundo os operadores, é o sistema de reservação. A capacidade de reservação e a
disposição dos reservatórios existentes inviabilizam a distribuição da água de forma
108
adequada. Recomenda-se, portanto, um estudo detalhado do sistema de reservação e
distribuição, a fim de melhorar a qualidade dos serviços evitando, assim, interrupções
no fornecimento de água potável. Um esforço na melhoria da gestão do sistema, com
a capacitação de operadores, instalação de macromedidores, redução de perdas,
eficiência energética, entre outros, são importantes para a melhoria da qualidade do
fornecimento de água potável.
Existe um programa de monitoramento da qualidade da água conforme determina a
portaria do Ministério da Saúde n° 518, onde todos os parâmetros são analisados no
laboratório da ETA (Figura 41), com exceção da DBO e DQO os quais são
encaminhados para Goiânia e realizados no laboratório da SAENAGO.
Figura 41.
Laboratório da ETA
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
3.4.3. Sistema de Esgotamento Sanitário
As concessionárias, ligadas aos municípios e não ao Estado – como acontece na
maioria dos municípios em Goiás -, não conseguem atender adequadamente a
demanda por esgotamento sanitário. O sistema de esgotamento sanitário tanto do
município de Caldas Novas, quanto no de Rio Quente apresenta problemas
significativos no que se refere à qualidade dos serviços prestados. É desta forma, o
principal entrave para o crescimento sustentável do Polo das Águas Termais.
Tabela 29:
Situação do sistema de abastecimento de água de Caldas Novas
MUNICÍPIO: CALDAS NOVAS
População total atendida com esgotamento sanitário
[habitante]
60.326
Índice de coleta de esgoto [percentual]
78,68
Índice de tratamento de esgoto [percentual]
90,91
Volume de esgoto coletado [1.000 m³/ano]
2.612,8
Volume de esgoto tratado [1.000 m³/ano]
2.375,2
Quantidade de economias residenciais ativas de esgoto
16.413
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS - Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos –
2007
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento – SNIS, o
sistema de esgotamento sanitário de Caldas Novas atende a 78,68% da população
sendo que deste total apenas 90,91% é tratado. O restante da população se utiliza de
sistemas individuais para a disposição do esgoto doméstico, fossa séptica e
sumidouro. Devido ao fato de o turismo ser a principal fonte de renda da região, a
109
composição do esgoto produzido no município é basicamente de proveniência
doméstica.
Em Caldas Novas, segundo os técnicos do DEMAE, o sistema de coleta apresenta
problemas graves pelo grande volume de efluentes lançados na rede devido ao
incremento da população nos períodos de alta temporada, quando o lançamento
chega a dobrar de volume. Isso ocasiona problemas desde o vazamento do coletor em
pontos de alta concentração de turistas até a redução da eficiência da estação de
tratamento de esgoto.
O esgoto coletado no município é tratado por sistema composto de gradeamento,
caixa de areia, reatores anaeróbicos e lagoa de polimento. Segundo informações dos
técnicos do DEMAE, sua capacidade não suporta as vazões efluentes o que reduz a
capacidade de tratamento da ETE.
Figura 42.
Estação de Tratamento de Esgotos – ETE de Caldas Novas
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
É consenso entre os profissionais consultados, a necessidade do aumento da
capacidade da ETE além da construção de interceptor no rio Caldas, a fim de conferir
ao sistema de esgotamento sanitário a eficiência necessária para coletar e tratar
adequadamente todo o esgoto produzido e coletado no município, inclusive nos
períodos de alta temporada.
Segundo técnicos do DEMAE – Caldas Novas, as obras necessárias em esgotamento
sanitário no município são:
Interceptor: rios Caldas/Saia Velha;
Equipamentos da Estação de Tratamento de Esgotos;
Melhoria nas unidades Existentes – Elevatória PQ. Real;
Ampliação da ETE (2 Reatores +Leitos de Secagem de Lodo);
Rede coletora e ligações; e
Coletores Tronco Açude e Águão.
Contudo, a ampliação do sistema de esgotamento sanitário e o aumento da
capacidade da ETA são de fundamental importância para o município, para o
desenvolvimento turístico e para o tratamento adequado do esgoto que vem
crescendo ao longo dos últimos anos.
No município de Rio Quente a situação é ainda mais crítica, a área residencial não
possui rede de coletora, sistemas individuais do tipo fossa séptica e sumidouro é a
opção de tratamento de esgotos domésticos para aquela área. Já o Bairro Esplanada,
110
onde estão localizados os prédios de apartamentos, flats e hotéis, além do Rio Quente
Resorts, é atendido por rede coletora de esgotos cujo emissário com
aproximadamente 4,5 km de extensão conduz o esgoto à Estação de Tratamento de
Esgotos - ETE.
A ETE de Rio Quente foi construída e era operada pelo Rio Quente Resorts até 2006,
quando foi repassada para o município toda a infraestrutura do sistema e com ela a
responsabilidade da gestão, sendo que o contrato isentava o concessor do pagamento
da tarifa de esgoto por tempo determinado a fim de amortizar os investimentos
utilizados para a construção da ETE.
A ETE de Rio Quente, composta de tratamento preliminar, filtro biológico com bambu,
e tanque de decantação foi construída em 1996 e teve uma ampliação em 2002 para
atender uma população estimada em 10.000 hab./dia com um volume máximo de
1.200 m³/dia. Contudo, o volume oscila muito durante o ano todo, sendo que em
períodos de alta temporada a população atendida pode chegar a 12.000 hab./dia.
Figura 43.
Estação de Tratamento de Esgotos – ETE Rio Quente
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
A ETE encontra-se em péssimo estado de conservação, pois os equipamentos estão
deteriorados e necessitam de intervenções profundas para retomar a eficiência
desejada. Atualmente quando é necessário realizar algum tipo de manutenção no
sistema todo o esgoto é lançado em uma bacia de detenção (Figura 44). Deste modo,
recomenda-se a construção de um sistema em paralelo e a recuperação do sistema
existente a fim de realizar um tratamento adequado do esgoto coletado, visto que, o
ponto de lançamento do efluente tratado é o Rio Quente, mesmo sendo a jusante do
ponto de captação de água para abastecimento, existem sítios e fazendas próximos à
ETE.
Figura 44.
Bacia de detenção da ETA Rio Quente
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
111
O gráfico a seguir representa a variação de Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO
nos pontos amostrados no Rio Quente entre 2005 e 2006. Ressalta-se o ponto 05
referente ao ponto de lançamento no Rio Quente do efluente tratado da ETE, onde os
níveis de DBO diferem dos demais pontos coletados ao longo do Rio.
Gráfico 22:
Variação de Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO
Fonte: Relatório de monitoramento da qualidade das águas do Rio Quente - Agência Ambiental de Goiás.
Considerando a crescente demanda pelos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário nos municípios de Caldas Novas e Rio Quente, a ampliação
dos sistemas deve ser acompanhada de ações que visam o uso racional da água,
sistemas de reuso nos hotéis, resorts e parques aquáticos, redução de perdas de
água, melhorias no sistema de gestão dos serviços, entre outros.
3.4.4. Limpeza Urbana
O nível de atendimento de coleta de resíduos sólidos no município de Caldas Novas é
de 90%, segundo os técnicos da prefeitura. O percentual não coberto refere-se a
locais de difícil acesso. A prefeitura é responsável pelos serviços, no entanto, a coleta,
realizada de dois a três dias por semana e a gestão do aterro controlado, são
realizadas por empresa privada contratada por meio de processo licitatório.
O resíduo coletado é destinado a um aterro controlado situado em um local cuja área é
utilizada a mais de 20 anos para a disposição do lixo. O aterro recebe cobertura de
terra diariamente. O aterro não dispõe de sistema de impermeabilização, coleta de
gazes, coleta e tratamento do percolado.
O município não conta com destinação de resíduos da construção e nem de resíduos
hospitalares, estes são destinados ao mesmo aterro controlado.
Existe um Termo de Ajuste de Conduta – TAC do Ministério Público n° 2418/1996 com
o município de Caldas Novas que determina a implantação de sistema de destinação
dos resíduos sólidos gerados no município, entretanto, algumas atividades não foram
cumpridas, como o licenciamento ambiental e o sistema de impermeabilização do
aterro.
Ações de coleta seletiva e separação dos resíduos são adotadas pelos hotéis, resorts
e parques aquáticos, parte do reciclável é comercializada e o restante é destinado ao
aterro controlado.
112
A prefeitura de Rio Quente realiza os serviços de coleta e destinação dos resíduos
sólidos gerados no município que, segundo informações dos técnicos da prefeitura,
100% do município é servido pela coleta de lixo, realizada por caminhões com
carroceria de madeira e destinados ao lixão municipal. Os resíduos de serviço de
saúde e da construção civil também são destinados ao lixão.
São poucas as informações a respeito da coleta de resíduos sólidos, programas de
reciclagem e investimentos previstos, o que é possível observar é que a execução de
um aterro sanitário em conformidade com as normas brasileiras se faz necessário para
o município de Rio Quente.
O que se observa no que concerne ao sistema de limpeza pública dos municípios do
Polo é que a gestão necessita de aprimoramentos, no levantamento de informações
que auxiliam na tomada de decisões, na resposta aos órgãos de controle quanto a
possíveis questionamentos e na captação de recursos para melhorias no sistema.
Investimentos para a implantação de sistemas de disposição de resíduos são de suma
importância para o desenvolvimento do turismo dos municípios, tal como para a
preservação dos recursos naturais da região.
No entanto, o que foi verificado é que o problema dos resíduos sólidos nos dois
municípios está em vias de solução. Os municípios possuem recursos garantidos para
a eliminação desta questão.
Deste modo, recomenda-se a construção de aterro sanitário para destinação do
resíduo doméstico, com possibilidade da destinação adequada dos resíduos da
construção civil e resíduos hospitalares. Para tanto, a recomendação, conforme
preceitua a lei n° 11.445/07, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
básico e para a política federal de saneamento básico, é de estudar a possibilidade de
sistema consorciado para a destinação dos resíduos, a fim de reduzir os custos de
investimentos e de operação.
3.4.5. Rede de Drenagem Pluvial
Os municípios do Polo das Águas Termais não dispõem de dados sistematizados
sobre o sistema de drenagem pluvial na zona urbana. Portanto, as informações aqui
descritas foram obtidas a partir de entrevistas com técnicos da prefeitura e pela
observação em campo.
Segundo os técnicos da prefeitura municipal de Caldas Novas a rede de drenagem na
zona urbana, a qual é gerida pela prefeitura municipal, abrange as vias centrais, que
são as de maior movimento turístico, e não apresenta pontos de alagamento ou
erosões significativas.
É possível observar em alguns pontos da cidade a quantidade de lixo nas bocas de
lobo desprovidas de gradeamento o que provoca a obstrução das redes e
consequentemente pontos de alagamento. No córrego Buriti Mirim a existência de lixo
em seu leito acarreta uma série de problemas, contaminação da água, poluição visual,
e obstrução do fluxo de água, este tipo de prática deve ser evitado adotando-se
campanhas educativas e realizando limpezas periódicas.
113
Figura 45.
Boca de lobo com lixo
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
Figura 46.
Córrego Buriti Mirim
Fonte: Technum Consultoria - julho de 2009
O sistema de drenagem pluvial do município de Rio Quente é gerido pela Secretaria
de Obras da Prefeitura Municipal e, como Caldas Novas, não dispõe de informações
sistematizadas, tão pouco de plano diretor de drenagem urbana. Os técnicos
informaram que a cobertura da rede atinge a 100% do município, inclusive no bairro da
Esplanada e Rio Quente Resorts, não apresenta pontos de alagamento ou erosões
significativas.
A drenagem urbana é um sistema que deve ser tratado de forma multidisciplinar,
interligado às outras áreas do saneamento, abastecimento de água, esgotamento
sanitário e resíduos sólidos, conforme determina a lei n°11.445/07. Contudo, é
importante adotar sistemas de gestão para a drenagem urbana, com a elaboração de
um Plano Diretor de Drenagem Urbana, a fim de cadastrar todo o sistema, fazendo
inclusive prognósticos para acompanhar o crescimento urbano do município, pois, é
sabido que a impermeabilização decorrente do processo de urbanização aumenta os
picos de vazões resultantes de chuvas intensas, ocasionando inundações, erosões,
assoreamentos e sobre elevação do nível dos córregos.
114
3.4.6. Iluminação Pública
A prefeitura de Caldas Novas não possui dados organizados do sistema de iluminação
pública do município, foi informado que a cobertura atende a 100% da zona urbana.
Não foi relacionado por parte dos técnicos responsáveis pela manutenção do sistema,
nenhum problema com este serviço. Investimentos em melhorias estão programados
para este ano com recursos da própria prefeitura, entre eles a iluminação da pista de
cooper, a implantação da iluminação no bairro Caldas do Oeste e a substituição dos
braços das luminárias em alguns postes da região central.
Em Rio Quente, segundo os técnicos da prefeitura, a cobertura de iluminação pública,
tanto na área residencial, quanto no bairro Esplanada atinge a 100% das vias públicas,
e não apresenta problemas.
3.4.7. Energia Elétrica
A cobertura do fornecimento de energia elétrica nos municípios do Polo é de 100%, no
entanto, devido à demanda incrementada nos últimos anos, o nível de interrupções no
fornecimento registrado na Região de Caldas Novas, em 2008, foi alto, o que
demonstra a necessidade de adequação do sistema a fim de atender com qualidade
os consumidores.
Tabela 30:
Consumo de Energia elétrica em Caldas Novas
Consumidores
(nº)
Consumo
Residencial
(Mwh)
Consumo Industrial
(Mwh)
Consumo Comercial
(Mwh)
Consumo Rural
(Mwh)
Outros
(Mwh)
Consumo Total
(Mwh)
1999
22.952
2000
25.007
ENERGIA ELÉTRICA
2001
2002
2003
2004
27.470 29.570 31.578 33.926
2005
35.830
2006
37.158
2007
38.771
2008
40.659
35.203
38.050
33.509
32.847
37.298
41.196
43.127
44.149
46.286
48.183
3.162
3.169
2.779
2.812
2.594
2.657
2.833
3.070
2.804
3.084
23.542
25.541
24.454
27.507
30.096
31.287
32.245
33.221
37.118
39.039
3.022
3.344
3.278
3.584
3.815
3.886
4.261
3.795
4.337
4.153
11.762
11.270
9.584
11.588
14.221
15.555
14.812
14.930
15.351
15.570
76.691
81.374
73.604
78.337
88.024
94.581
97.278
99.165
105.895
110.030
Fonte: Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação de Goiás –SEPIN
Tabela 31:
Consumo de Energia elétrica em Rio Quente
Consumidores
(nº)
Consumo
Residencial
(Mwh)
Consumo Industrial
(Mwh)
Consumo Comercial
(Mwh)
Consumo Rural
(Mwh)
Outros
(Mwh)
Consumo Total
(Mwh)
1999
917
2000
1.017
ENERGIA ELÉTRICA
2001
2002
2003
1.094
1.131
1.290
2004
1.553
2005
1.787
2006
1.986
2007
2.338
2008
2.428
1.131
1.142
1.155
1.310
1.520
1.647
1.760
1.995
2.356
2.534
209
81
59
84
424
116
68
57
46
50
7.875
8.953
8.324
9.749
10.490
9.625
9.751
9.570
10.823
11.064
462
542
534
583
621
611
666
665
656
612
610
672
634
690
844
890
1.035
1.242
1.286
1.338
10.287
11.390
10.706
12.415
13.899
12.889
13.280
13.529
15.166
15.599
Fonte: Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação de Goiás – SEPIN
115
Tabela 32:
Comparativo das Interrupções no fornecimento de energia elétrica em relação às
metas estabelecidas – ano de 2008
MUNICÍPIO
APURADO 2008
METAS 2008
*DEC_ANUAL
** FEC_ANUAL
DEC_ANUAL
FEC_ANUAL
Caldas Novas Urbano
9,44
18,41
15
25
Caldas Novas Região
38,46
35,65
32
26
*DEC Anual – Duração Equivalente por Consumidor
**FEC Anual – Frequência Equivalente por Consumidor
Fonte: Companhia de Energia de Goiás -CELG
O principal entrave para o desenvolvimento do turismo e melhoria da oferta de
serviços turísticos no Polo em questão é a má qualidade no fornecimento e
distribuição de energia elétrica. No contexto em que a concessionária não possui fonte
de recurso previsto para a solução do problema, esta situação se coloca como crítica
para a atividade turística do Polo.
3.4.8. Sistemas de Comunicação
Os sistemas de comunicação são de suma importância para o desenvolvimento
turístico dos municípios do Polo das Águas Termais, com destaque para a telefonia
pública, telefonia móvel e internet. No município de Caldas Novas, a sede conta com
565 acessos públicos (TUP) distribuídos pela cidade e 14.060 é o total de telefones
fixos instalados segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações –
ANATEL. Já em Rio Quente são 38 acessos públicos distribuídos pela cidade e 548 é
o total de telefones fixos.
Segundo a ANATEL as operadoras de telefonia móvel instaladas nos municípios são:
BRASIL TELECOM CELULAR; CLARO S.A.; CTBC Celular S.A.; TIM CELULAR S.A.;
e VIVO S.A. Embora a quantidade de operadoras seja razoável, a população informa
que nos períodos de temporada problemas com o sinal é constantes, o que dificulta a
comunicação nas sedes municipais.
Em Caldas Novas os jornais impressos que circulam são: o CNN - Caldas Novas
Notícias – produzido no próprio município que publica notícias da cidade e região; na
cidade são comercializados diariamente alguns jornais de outras cidades, são eles: O
Popular e Diário da Manhã, ambos de Goiânia; de Brasília, o Correio Brasiliense; de
São Paulo, a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo e o jornal O Globo, do Rio
de Janeiro.
3.4.9. Saúde Pública
O sistema de saúde pública está baseado na oferta de recursos sediados em Caldas
Novas. O município de Rio Quente é dependente de Caldas Novas na oferta de leitos
hospitalares e existe uma única unidade móvel terrestre para atender à região.
As tabelas abaixo trazem os dados do DATASUS mais recentes sobre as condições
observadas.
116
Tabela 33:
CNES - Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação – Quantidade
existente por Município – 2009
MUNICÍPIO
LEITOS
DE
INTERNAÇÃO
LEITOS_REPOUSO/
OBSERVAÇÃO
LEITOS
DE
OBSTETRÍCIA E
NEONATOLOGIA
URGÊNCIA
LEITOS
DE
REPOUSO
/
OBSERVAÇÃO
Caldas Novas
149
28
48
12
48
12
Rio Quente
7
Total
149
35
Fonte DATASUS-fev./2008
Tabela 34:
CNES - Estabelecimentos - Serviços / classificação - Quantidade por Município e
Tipo de Estabelecimento – fev./2008
MUNICÍPIOS
ESTABELECIMENTOS
Caldas
Novas
Rio Quente
Total
Central de Regulação de Serviços de Saúde
3
0
0
Centros de Saúde/ Unidade Básica de Saúde
25
11
36
Clinica Especializada/ Ambulatório Especializado
13
0
13
Consultório Isolado
0
3
3
Farmácia Medicinal Excepcional e Programa Farmácia
Popular
1
0
1
Hospital Geral
47
0
47
Posto de Saúde
2
0
2
Secretaria de Saúde
6
0
6
Unidade Mista – atendimento 24 horas: atenção básica,
internação urgência.
0
0
0
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnóstico e Terapia
18
0
18
Unidade móvel Terrestre
1
0
1
Fonte DATASUS-fev./2008
3.4.10.
Segurança Pública
A Companhia Independente da Polícia Militar que atende a região do Polo das Águas
Termais é sediada em Caldas Novas, conta com um efetivo de 132 policiais e 24
viaturas, cobrindo além de Caldas Novas, os municípios de Rio Quente, Marzagão e
Corumbaíba. Foi informado que nos períodos de temporada há um incremento no
número de ocorrências na ordem de 20% a 40%, sendo que nos feriados de semana
santa e carnaval o contingente é reforçado com mais 100 policiais.
A Polícia Civil em Caldas Novas conta com uma delegacia regional além de uma
delegacia da mulher, ambas ligadas ao município de Itumbiara. Em Rio Quente existe
um Posto de Atendimento da Polícia Civil.
Na sede do município de Caldas Novas, na Rua Antônio Inocêncio, St. Central, está
situada a 4ª Companhia Independente Bombeiro Militar - 4ª CIBM que atende toda a
região do Polo das Águas Termais. O Batalhão de Caldas Novas conta atualmente
com 17 viaturas e com 67 homens, um dos maiores efetivos do interior do estado
goiano.
117
3.5. Quadro Institucional da Área Turística
Historicamente o turismo do Polo foi consolidado pela iniciativa privada, sem grandes
interferências do poder público municipal. Muitas das ações políticas e de gestão
advinham dos interesses da atuação do setor privado.
Do ponto de vista administrativo, atualmente, o Polo das Águas Termais apresenta
dois municípios com peculiaridades institucionais distintas. A emancipação do
município de Rio Quente, que até o ano de 1988 era um distrito de Caldas Novas, teve
impulso pelo maior empreendimento de prestação de serviços de turismo da região,
localizado naquele distrito.
Neste contexto Rio Quente se estruturou como um município com pequena população,
e uma estrutura administrativa reduzida, mas que conta com um grande
empreendimento que é importante fonte de renda para garantir sua sustentação.
O impacto de tal empreendimento nas contas municipais pelas planilhas de
arrecadação dos dois municípios pode ser observado na Tabela a seguir. O valor do
ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza de Rio Quente – que possui
menos que 5% da população comparado a Caldas Novas – equivale a 86% do valor
do mesmo imposto no município vizinho. Informação que evidencia a força da
atividade turística no município de Rio Quente, já que a atividade econômica do
turismo incide diretamente no rendimento do terceiro setor que reflete na arrecadação
do ISSQN.
Tabela 35:
Arrecadação Municipal
CALDAS NOVAS
População
RIO QUENTE
62.389
2.974
Receita Orçamentária
81.079.015,97
11.657.351,76
Receita Tributária
13.157.386,23
3.891.184,36
Impostos
10.199.161,56
3.405,466,81
IPTU
4.776.208,01
603.541,76
ISSQN
2.814.135,13
2.435.703,28
Receita Transferência Correntes
43.413.836,62
5.299.775,40
Transferência Corrente Intergovernamental
43.220.475,73
5.264.162,13
Transferência Intergovernamental da União
24.146.261,24
3.855.674,16
Cota FPM
14.150.943,24
3.454.281,90
Fonte: Ministério da Fazenda. Finbra, 2007
A seguir são apresentadas considerações por tópicos que formam o marco referencial
da questão institucional desde a esfera federal até a local, a fim de revelar-se o quadro
de cada município.
A.)
Organismos Federais na Gestão do Turismo no Polo das Águas
Termais
A política pública nacional de turismo adota um modelo de gestão pública
descentralizada e participativa e mantém canais de interlocução entre as Unidades da
Federação, a iniciativa privada e o terceiro setor.
O Brasil segue uma politica pública nacional de turismo com gestão descentralizada e
participativa. Existe uma articulação entre as unidades da Federação, a iniciativa
privada e o terceiro setor.
118
Figura 47.
Organização da Cadeia Institucional do Turismo
Fonte: Technum Consultoria SS
No âmbito federal, o Ministério do Turismo - Mtur é o órgão central de coordenação
do Sistema Nacional de Turismo e dos programas nacionais de desenvolvimento do
setor.
O Mtur foi criado em 2003 como orgão federal e apresenta em sua estrutura
administrativa duas secretarias:
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, responsável pela formulação,
elaboração e monitoramento da Política Nacional de Turismo, de acordo com
as diretrizes propostas pelo Conselho Nacional de Turismo. É responsável pela
elaboração e coordenação do Plano Nacional de Turismo e pela
implementação do modelo de gestão descentralizada do turismo.
Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo,
responsável pela formulação dos planos, programas e ações destinados ao
desenvolvimento e fortalecimento do turismo nacional. Formula e acompanha
os programas de desenvolvimento regional do turismo e a promoção do apoio
técnico, institucional e financeiro necessário ao fortalecimento da execução e
participação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios brasileiros
nesses programas.
O modelo de gestão pública adotada pelo Mtur cabe a um núcleo estratégico
responsável por sua implementação. Esse trabalho é realizado juntamente com o
Conselho Nacional de Turismo, pelo Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes
Estaduais de Turismo - FONATUR e pelos Fóruns ou Conselhos Estaduais de
Turismo.
119
Figura 48.
Núcleo Estratégico de Gestão Pública Participativa e Descentralizada do Turismo
Fonte: Technum Consultoria SS
Ainda no âmbito do governo federal, a EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo,
autarquia vinculada ao Ministério do Turismo atua exclusivamente na promoção
internacional do turismo brasileiro. Suas competências atendem à execução da
Política Nacional de Turismo no que abrange à promoção, ao marketing e apoio à
comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado
internacional visando à determinação de diretrizes para a ampliação do fluxo turístico
internacional nos destinos nacionais.
Embora a política nacional de turismo seja soberana e independente das diretrizes
emanadas de organizações internacionais, a Organização Mundial de Turismo – OMT
apresenta relevante papel como articulador internacional do setor.
A OMT é uma agência especializada da ONU – Organização das Nações Unidas e
funciona como um fórum global para questões relacionadas a políticas de turismo e
como fonte de conhecimento prático sobre o turismo. Conta com aproximadamente
350 filiados – entre governos, associações, grupos hoteleiros, operadores, instituições
educacionais – que representam mais de 138 países, dentre os quais o Brasil.
Seus principais objetivos são a ampliação dos empregos diretos e indiretos, a proteção
do meio ambiente e do patrimônio cultural, por intermédio de políticas sustentáveis
que minimizem os impactos negativos do turismo, tais como a mercantilização da
cultura e aos conflitos entre turistas e população local.
Outra entidade representante mundial do turismo é o Conselho Mundial de Viagem e
Turismo – WTTC que representa os cem mais importantes executivos do setor de
hospedagem, cruzeiros, entretenimento, recreação, transporte e serviços relacionados
a viagens. Seus objetivos são de coordenar e pesquisar as tendências do mercado
turístico, os impactos econômicos, a oferta e a demanda nos países em
desenvolvimento, os cenários futuros para o mercado do turismo e as políticas
governamentais dos diferentes países.
120
B.)
Organismos Estaduais na Gestão do Turismo no Polo das Águas
Termais
No Estado de Goiás, o órgão oficial ao qual compete a gestão do turismo é a Agência
Estadual de Turismo - Goiás Turismo que até a reforma administrativa de maio de
2008 era denominada AGETUR. A Goiás Turismo foi instituída pela lei n.º 13.550 de
11 de novembro de 1999 como entidade autárquica da administração indireta. A
agência possui autonomia administrativa, financeira e patrimonial e está jurisdicionada
à Secretaria de Indústria e Comércio do Estado do Goiás.
A Goiás turismo possui a competência de promover ações que visem o fortalecimento
e o crescimento do turismo no Estado de Goiás, buscando intensificar sua contribuição
para a geração de renda, a ampliação do mercado de trabalho e a valorização do
patrimônio cultural, natural e técnico-científico.
Com status de Secretaria de Estado, à GOIÁS TURISMO compete:
Executar a política estadual de turismo, compreendendo a identificação, o
desenvolvimento e a exploração de potenciais turísticos do Estado, incluindo a
administração do autódromo internacional e dos aeroportos estaduais
localizados em polos turísticos, a gestão do contrato de concessão de
exploração do Centro de Convenções de Goiânia, a captação de recursos, a
prestação de serviços técnicos relacionados com o turismo, o monitoramento
de seus impactos socioeconômicos, ambientais e culturais e a qualificação de
profissionais para o mercado do turismo;
Fomentar o desenvolvimento do turismo no Estado de Goiás e os processos
socioeconômicos, cultural e técnico-científico, atraindo-o para os Municípios
goianos e sediando, em suas dependências, convenções, feiras, exposições,
congressos, seminários, conferências e outros eventos de caráter local,
regional, nacional e internacional, atendendo particularidades setoriais de
acordo com a estrutura e vocação de cada Município;
Promover a divulgação de eventos econômicos, culturais, científicos e
empresariais, em articulação com os demais órgãos estaduais, visando o
desenvolvimento do turismo no Estado de Goiás;
Estimular a ampliação dos negócios turísticos para gerar e atrair novos
empreendimentos, visando o desenvolvimento socioeconômico do Estado de
Goiás;
Contribuir para a qualidade dos serviços turísticos, no âmbito do Estado de
Goiás, que devem ser compatíveis com as características de mercado e com
os investimentos em turismo;
Garantir padrões internacionais de qualidade na prestação de serviços
turísticos, atendendo produtivamente às necessidades dos turistas;
Participar de planos e programas turísticos coordenados pelo Governo Federal
e, ao mesmo tempo, promover e facilitar o intercâmbio com as demais
entidades turísticas municipais, estaduais, nacionais e internacionais;
Planejar e desenvolver programas e projetos em articulação com organismos
públicos ou privados, com o intuito de desenvolver empreendimentos turísticos
no Estado de Goiás;
Firmar convênios, acordos, contratos, intercâmbios ou parcerias com pessoas
físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras, a
fim de facilitar e/ou participar de atividades e processos destinados à melhoria,
ao aperfeiçoamento e à inovação do setor turístico;
121
Pesquisar fontes de financiamento na esfera do Governo Federal, de
organismos internacionais, públicos ou privados, com vistas ao fomento das
atividades turísticas do Estado de Goiás.
A estrutura organizacional básica da Goiás Turismo está assim configurada:
Figura 49.
Estrutura Organizacional da GOIÁS TURISMO
Fonte: Technum Consultoria SS
A Goiás Turismo conta com um quadro de pessoal com cerca de 120 funcionários
para desempenhar atividades que promovam o desenvolvimento do turismo no estado
de Goiás entre as quais se destacam a promoção de eventos regionais e festivais
gastronômicos, artísticos e culturais, a divulgação do Estado em exposições nacionais
e internacionais, promoção do Rally Internacional dos Sertões e do Salão do Turismo
Goiano e o Viaje Goiás.
Os instrumentos de participação e controle social para a gestão estadual do turismo no
estado do Goiás estão representados sob a forma de um Fórum Estadual de Turismo.
C.)
Organismos Municipais na Gestão do Turismo no Polo das Águas
Termais
No tocante à governança no âmbito local, cada município possui seu COMTUR –
Conselho Municipal de Turismo – que também contribui com a gestão e coordenação
de processos operacionais e planejamento do turismo dentro da abrangência
municipal. Estes conselhos, até o momento da criação do Fórum Regional, possuíam
a prerrogativa de fazer a conexão entre os processos operacionais intermunicipais.
Atualmente este diálogo fica a cargo do Fórum Regional.
Os dois municípios do Polo, Caldas Novas e Rio Quente, possuem Secretarias
Municipais de Turismo que passaram por um processo de estruturação recente.
A Secretaria Municipal de Turismo de Caldas Novas é atualmente, composta pelo
Secretário de Turismo, Ivan Garcia Pires, o assessor especial, Walter Luiz e a
assessora do Centro de Atendimento ao Turismo. Compete a secretaria de turismo:
Representar a prestar assistência nas funções políticas do turismo;
122
Atender os interesses dos municípios nos assuntos de turismo;
Manter relações públicas e de contato com os demais órgãos;
Promover a execução de projetos turísticos que tenham com a finalidade de
integrar a comunidade local com a comunidade turística.
Promover a articulação com entidades públicas ou privadas, internas ou
externas a fim de executar projetos de desenvolvimento turístico;
Representar e divulgar o município, em eventos de natureza diversa, no âmbito
interno e externo.
Promover a elaboração e execução do calendário anual de atividades
turísticas.
Superintender a administração do pessoal lotado no órgão e a administração
dos bens utilizados ou à disposição do órgão;
Promover a proteção do patrimônio turístico, artístico e histórico do município.
Em Rio Quente, a Secretaria de Turismo é formada por um quadro de sete pessoas –
o secretário Barnabé Neto, e um corpo técnico de seis pessoas, dos quais um é
efetivo do município e os demais remanejados de outros órgãos e entidades do estado
de Goiás.
Das atribuições da secretária, identifica-se a gestão do turismo e o marketing
institucional e a qualificação profissional orientada para o turismo.
Os programas de qualificação são realizados com o apoio do SENAC e do trade, nas
seguintes atividades:
•
Gestão de pousadas
•
Recepcionista
•
Serviços de restaurante
•
Serviços de hotelaria
•
Tecnologia
As Secretarias Municipais do Meio Ambiente possuem quadro técnico de funcionários,
infraestrutura e espaço físico relativamente insuficiente. Isso acontece principalmente
no caso de Rio Quente com relação ao espaço físico e infraestrutura, que são
consideravelmente insuficientes para a demanda.
Quanto à gestão do turismo, o GEOR (Grupo de Gestão Estratégica Orientada para
Resultados), instrumento de inciativa do SEBRAE-GO, que promove integração entre
os diversos atores do turismo no âmbito dos setores públicos e privados.
A instituição realiza workshops, oficinas, seminários voltados para a gestão e
planejamento estratégico do turismo buscando capacitar os atores locais da gestão do
turismo. Alguns eventos como Workshop dos 65 destinos Indutores do Turismo, que
foi promovido pelo Ministério do Turismo e teve apoio da Secretaria de Turismo de
Caldas Novas e entidades integrantes do Grupo Geor da região das Águas.
3.5.1. Impactos e Limitações das Políticas e da Capacidade de Gestão
Pública
A implementação do Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT
iniciou mudanças na gestão de turismo. O PNMT foi responsável, nos últimos dez
anos, pela sensibilização de comunidades locais e pela descentralização da gestão da
123
atividade turística, tendo sido substituído pelo Programa de Regionalização do
Turismo — PRT.
O turismo passa ter tratamento distinto das políticas de esporte e lazer com a criação
do Ministério do Turismo em 2003, o que evidencia a postura do governo federal em
destacar o turismo como política pública, atividade econômica sustentável e geradora
de emprego e renda.
Uma das medidas de valorização do Turismo consiste na sanção da Lei n.º 11.771, de
17 de setembro de 2008, dispõe sobre a Política Nacional de Turismo e define as
atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e incentivo ao setor.
Outra ação de reforço do setor turístico consiste na promulgação da Lei Geral do
Turismo (LGT), nome pelo qual o diploma legal passou a ser conhecido, demonstra o
avanço das discussões referentes à importância do setor turismo no desenvolvimento
nacional.
De alcance restrito à atuação da esfera federal de governo, a regulamentação da Lei
Geral do Turismo deve trazer o ordenamento na atuação dos governos estaduais e
municipais. A regulamentação se dará mediante a edição de Decreto Presidencial, que
regulará, dentre outras coisas, a descentralização de recursos e de ações, mediante a
celebração de convênio, para as demais esferas de governo.
A Política Nacional do Turismo, segundo a lei, deve obedecer aos princípios da livre
iniciativa, da descentralização, da regionalização e do desenvolvimento econômico
justo e sustentável.
A lei institui o Sistema Nacional de Turismo - SNT, cujo objetivo mais amplo é
promover o desenvolvimento das atividades turísticas de forma sustentável, pela
coordenação e integração das iniciativas oficiais com as do setor produtivo.
São objetivos específicos do SNT:
Atingir as metas do Plano Nacional de Turismo - PNT;
Estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em
regime de cooperação com órgãos públicos, entidades de classe e
associações representativas voltadas à atividade turística;
Promover a regionalização turismo, mediante o incentivo à criação de
organismos autônomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor,
descentralizando a sua gestão; e.
Promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no
país.
Para apoiar a estruturação e organização do setor, a Lei regula e disciplina a
prestação de serviços turísticos, bem como o cadastro, classificação e fiscalização de
prestadores de serviço.
A Lei Geral do Turismo define que o financiamento ao setor turístico deve ser
viabilizado por meio dos seguintes mecanismos de canalização de recursos:
Lei orçamentária anual, mediante recursos alocados ao Ministério do
Turismo e à EMBRATUR;
Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR;
Linhas de crédito de bancos e instituições federais;
Agências de fomento ao desenvolvimento regional;
Lei orçamentária de estados, Distrito Federal e municípios;
Organismos e entidades nacionais e internacionais; e
124
Securitização de recebíveis originários de operações de prestação de
serviços turísticos, por intermédio da utilização de Fundos de Investimento
em Direitos Creditórios (FIDC) e de Fundos de Investimento em Cotas de
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FICFIDC), observadas as
normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
A Lei Geral do Turismo, o poder público federal pode viabilizar mecanismos de
investimentos privados no setor turístico.
O Fundo Gestor do Turismo - FUNGETUR, criado pelo Decreto-Lei n.º 1.191, de 27 de
outubro de 1971, tem por objetivo fomentar e prover recursos para o financiamento de
atividades turísticas, mediante o financiamento de: obras para modernização, reforma
e ampliação de empreendimentos; e máquinas e equipamentos novos e serviços de
finalidade ou de interesse do turismo nacional, assim definidos pelo Ministério do
Turismo - Mtur.
A gestão do FUNGETUR é do Ministério do Turismo, tendo como agentes financeiros
das linhas de crédito para o turismo: BASA – Banco da Amazônia; BB – Banco do
Brasil; BNB – Banco do Nordeste; BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social; e CEF – Caixa Econômica Federal.
A Política Nacional de Turismo é executada pelo Sistema Nacional do Turismo - SNT,
que é composto por:
•
Ministério do Turismo;
•
EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo;
•
Conselho Nacional de Turismo;
•
Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo - FONATUR.
•
Podem ainda integrar o SNT:
•
Fóruns e conselhos estaduais de turismo;
•
Órgãos estaduais de turismo;
•
Instâncias de governança macrorregionais, regionais e municipais.
A capacidade de organização e gestão de políticas públicas regionais e locais no Polo
das Águas Termais vem se aprimorando nos últimos anos. A institucionalização do
Fórum Regional do Turismo da Região das Águas, acontecida recentemente, foi
um grande passo neste sentido. O Fórum, que representa não só Caldas Novas e Rio
Quente como também outros municípios da região, foi reorganizado no mês de junho
de 2009.
A polarização exercida pela atividade turística do Polo das Águas Termais frente aos
outros municípios da Região Turística das Águas (Buriti Alegre, Cachoeira Dourada,
Inaciolândia, Itumbiara, Lagoa Santa, São Simão e Três Ranchos) acarreta uma maior
incidência de políticas, programas e projetos públicos para estes dois municípios. Este
PDITS é um exemplo disso. A atuação efetiva deste Fórum deverá contribuir para um
maior nivelamento destes programas e incentivos em toda a região.
A necessidade de ações e políticas públicas conjuntas e integradas ligadas ao turismo
é premente quando se apresenta tal situação. Alógica do planejamento indica que os
dois municípios, dotados de atrativos e recursos de natureza semelhante, possam agir
de forma integrada e complementar. No entanto, a situação encontrada até
recentemente era de individualidade institucional e falta de integração entre os dois
municípios. A recente criação das Secretarias Municipais de Turismo nos dois
125
municípios favorece a aproximação e alinhamento dos processos de gestão da
atividade turística em Caldas Novas e em Rio Quente.
3.5.2. Organização
Turístico
•
e
Coordenação
do
Processo
de
Planejamento
Plano Nacional de Turismo
Em 2003 foi lançado pelo Ministério do Turismo o Plano Nacional de Turismo
baseado nos princípios de:
Parceria e gestão descentralizada;
Distribuição de renda por meio da regionalização, interiorização e segmentação
da atividade turística;
Diversificação dos mercados, produtos e destinos turísticos;
Inovação dos arranjos produtivos;
Visão estratégica por meio de planejamento integrado;
Incremento do turismo interno; e
Desenvolvimento do turismo sustentável.
As ações que integram o Plano Nacional do Turismo são importante instrumento
indutor do desenvolvimento e da inclusão social. Foram fixadas para o quadriênio
2007-2010 as seguintes metas: criar 1,7 milhões de novos empregos e ocupações;
gerar U$ 7,7 bilhões em divisas; promover a realização de 217 milhões de viagens no
mercado interno; estruturar sessenta e cinco destinos turísticos com padrão de
qualidade internacional, dentre os quais se inclui o município de Goiânia.
Segue-se um quadro resumo dos Macroprogramas e dos Programas que expressam
as linhas de atuação do Ministério do Turismo.
Quadro 07:
Macroprogramas e Programas Afetos ao Ministério do Turismo
PROGRAMAS
Programa de
Implementação
e
Descentralizaçã
o da Política
Nacional de
Turismo
1. Planejamento e Gestão
Programa de
Avaliação e
Monitoramento
do Plano
Nacional de
Turismo
Programa de
Relações
Internacionais
2. Informação e
Estudos
Turísticos
Programa
Sistema de
Informações do
Turismo
ESPECIFICAÇÃO
Formulação da Política Nacional de Turismo e a sua
sistematização no Plano Nacional de Turismo.
Implementação de ações de apoio para o
encaminhamento das recomendações do Conselho
Nacional de Turismo e do Fórum Nacional de
Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo; e
Integração das ações dos Fóruns e Conselhos Estaduais
de Turismo.
Acompanhamento, avaliação de resultados e proposição
de adequações nos processos de planejamento e
implementação da Política Nacional de Turismo, visando
ao cumprimento das metas definidas no Plano Nacional
de Turismo; e
Planejamento, gestão, monitoramento e avaliação de
desempenho dos programas e ações do Plano Nacional
de Turismo e do Plano Plurianual, verificando eficácia,
eficiência e efetividade dos resultados.
Estabelecimento de relações institucionais com outros
países e organizações internacionais;
Realização de cooperação técnica internacional com
vistas à promoção do turismo; e
Participação do Brasil em organismos multilaterais, como
a Organização Mundial do Turismo e o MERCOSUL.
Realização e disseminação de estudos e pesquisas
sobre o turismo;
Sistematização de registros administrativos; e
Formação de banco de dados de indicadores de turismo
126
PROGRAMAS
2. Informação e
Estudos
Turísticos
Projeto
Inventário da
Oferta Turística
Programa de
Competitividade
do Turismo
Brasileiro
Programa de
Ampliação da
Malha Aérea
Internacional
3. Logística de
Transportes
Programa de
Integração da
América do Sul
Programa de
Integração
Modal nas
Regiões
Turísticas
Programa de
Regionalização
do Turismo –
Roteiros
do
Brasil
4. Regionalização do Turismo
Programa de
Planejamento e
Gestão da
Regionalização
Programa de
Estruturação
dos Segmentos
Turísticos
ESPECIFICAÇÃO
a partir de registros administrativos.
Definição de metodologia única para inventariar a oferta
turística no país, constituindo um banco de dados de
abrangência nacional;
Implantação de sistema de organização das
informações;
Avaliação e hierarquização dos dados de interesse
turístico para fins de planejamento, gestão e divulgação
da atividade turística brasileira.
Avaliação da oferta turística nacional e internacional na
cadeia integrada.
Promoção da integração aérea do país com o resto do
mundo; e
Garantia e fortalecimento da participação das empresas
nacionais no mercado aéreo internacional, em função da
sua importância para a atração de turistas estrangeiros.
Integração aérea sul-americana para fomentar o turismo
e o comércio regional e viabilizar as redes nacionais e
sul-americanas com potencial econômico, por meio da
identificação de novos destinos turísticos e de negócios;
e
Consolidação das ligações aéreas já existentes para o
adensamento da malha e a inserção competitiva das
empresas aéreas no processo de integração regional.
Avaliação do grau de capilaridade e da qualidade da
infraestrutura de acesso e de seus impactos para a
competitividade e interiorização do turismo no Brasil;
Mapeamento dos principais eixos turísticos rodoviários,
bem como da infraestrutura relacionada à acessibilidade
marítima, terrestre, aérea e fluvial; e
Realização de ações de melhoria da qualidade dessa
infraestrutura e dos equipamentos de apoio.
Mapeamento de duzentas regiões turísticas no Brasil,
envolvendo 3.819 municípios; e
Objetiva a estruturação, o ordenamento e a diversificação da
oferta turística no país e constitui o referencial da base
territorial do Plano Nacional de Turismo 2007/2010,
especialmente no que tange à meta “Estruturar 65 destinos
turísticos com padrão de qualidade internacional”.
Implantação de projetos e ações relacionados ao
planejamento das regiões turísticas nas 27 unidades
federadas. Articulação, sensibilização, mobilização,
elaboração
e
implementação
do
planejamento
estratégico das regiões turísticas; e
Institucionalização de instâncias de governo regionais,
formação de redes de monitoramento e avaliação do
processo de regionalização em âmbito municipal,
estadual e nacional, com destaque para as ações
integradas com países vizinhos.
Segmentação da oferta e da demanda do turismo e
estruturação de roteiros turísticos;
Estruturação de produtos e consolidação de roteiros e
destinos, a partir dos elementos de identidade de cada
região, em função da demanda; e
Os principais segmentos da oferta turística em que o
programa atua são: Turismo Cultural, Turismo Rural,
Ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo de Esportes,
Turismo Náutico, Turismo de Saúde, Turismo de Pesca,
Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Negócios
e Eventos e Turismo de Sol e Praia.
127
PROGRAMAS
4. Regionalização do Turismo
Programa de
Apoio ao
Desenvolviment
o Regional do
Turismo
Programa de
Atração de
Investimentos
5. Fomento à
Iniciativa
Privada
Programa de
Financiamento
para o Turismo
Programa de
Articulação
Interministerial
para
Infraestrutura
de Apoio ao
Turismo
6. Infraestrutura
Pública
Programa de
Apoio à
Infraestrutura
Turística
7. Qualificação
dos
Equipamentos e
Serviços
Turísticos
Programa de
Normatização
do Turismo
Programa de
Certificação do
ESPECIFICAÇÃO
Estruturação das áreas turísticas de cada região de
forma a beneficiar a população residente pela
dinamização da atividade turística;
Implantação de infraestrutura turística, tendo em vista o
desenvolvimento integrado das áreas prioritárias
identificadas pelos estados;
Elaboração de planos diretores participativos municipais,
estudos de mercado turístico, planos de gestão
ambiental, planos de marketing, intervenções em
infraestrutura de transporte, de saneamento ambiental,
de conservação de patrimônio histórico e ainda
promover o desenvolvimento local e a qualidade de vida
para a população; e
Fortalecimento da gestão administrativa e fiscal do
município, da gestão do turismo dos estados e
municípios, capacitação de mão-de-obra e empresarial.
Execução de ações de fomento e mobilização da
iniciativa privada na implementação da Política Nacional
de Turismo;
Captação de investimentos nacionais e internacionais; e
Execução de ações de prospecção e de divulgação das
oportunidades de investimentos no país.
Execução de ações de desenvolvimento e adequação de
linhas de créditos e outros instrumentos voltados para o
financiamento ao turista e às empresas do turismo; e
Estabelecimento de parcerias junto às instituições
financeiras nas linhas de financiamentos existentes
voltadas para o turismo.
Promoção da integração interministerial, particularmente,
com os Ministérios das Cidades (saneamento básico),
dos Transportes (sistema viário), da Cultura, do Meio
Ambiente, da Integração Nacional e da Defesa.
Expansão da atividade turística e melhoria da qualidade
do produto para o turista;
Identificação do patrimônio histórico e cultural com
potencial para visitação turística, buscando a realização
de obras para a implantação de facilidades de acesso,
conforto e segurança, o apoio a projetos de sinalização
turística e a implantação de centros de informações
turísticas e de apoio à comercialização do artesanato
local;
Implantação de equipamentos da infraestrutura, tais
como marinas e portos náuticos; (re) urbanização e
infraestrutura de orlas marítimas e fluviais; melhorias na
acessibilidade ferroviária e rodoviária; centros de
eventos; parques de exposições e feiras; parques
públicos; terminais de turismo social e de lazer; terminais
marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários; casas e
centros de cultura, museus, escolas de qualificação para
os setores de hotelaria, gastronomia e a hospitalidade.
Formulação
de
instrumentos
normativos
e
regulamentadores para a qualidade de produtos e
serviços turísticos, empreendimentos, equipamentos e
profissionais de turismo; e
Sistematização e o ordenamento dos instrumentos
jurídicos relacionados ao turismo.
Criação de referências para o mercado e os
consumidores nas suas decisões de compra;
128
PROGRAMAS
Turismo
7. Qualificação
dos
Equipamentos e
Serviços
Turísticos
Programa de
Qualificação
Profissional
Programa de
Promoção
Nacional do
Turismo
Brasileiro
Programa de
Apoio à
Comercializaçã
o Nacional
Programa de
Promoção
Internacional do
Turismo
Brasileiro
8. Promoção e
Apoio à
Comercialização
Programa de
Apoio à
Comercializaçã
o Internacional
Programa
Turismo
Sustentável &
Infância
ESPECIFICAÇÃO
Estímulo à adoção de boas práticas, contribuindo para
elevação do padrão de qualidade de serviços e produtos
do segmento turístico;
Certificação de profissionais, contribuindo para aumentar
sua permanência nos postos de trabalho; e
Apoio às ações de assistência técnica para a
certificação.
Qualificação dos diversos tipos de profissionais que
integram a cadeia produtiva do turismo para o
atendimento à demanda quantitativa e qualitativa do
mercado, relativamente aos setores, segmentos e
destinos turísticos nas diversas regiões do país.
Desenvolvimento de ações de propaganda, publicidade
e participação em eventos que divulguem e agreguem
valor à imagem do destino turístico de maneira pública,
ofertando-o como produto ao mercado brasileiro e
possibilitando o aumento de emprego e renda e o
incremento do fluxo turístico local.
Articulação e formação de parcerias com os operadores,
agentes e demais prestadores de serviços turísticos,
além das secretarias e órgãos governamentais de
turismo dos estados e municípios, de modo a aproximar
os ambientes de negócios relacionados à produção e à
oferta de serviços com os ambientes de negócios
relacionados à formatação de produtos e à
comercialização, para incluir nessa rede os produtos
turísticos
mapeados
pelo
Macroprograma
de
Regionalização nas diversas regiões turísticas do país.
Promoção internacional do turismo brasileiro e o
fortalecimento da Marca Brasil, por meio de um conjunto
de atividades orientadas pelo Plano Aquarela – Plano de
Marketing Internacional
Participação em feiras e eventos de turismo e de
negócios, apoio à captação de eventos internacionais
para o Brasil e ações de publicidade e relações públicas
Divulgação e conhecimento dos produtos turísticos
brasileiros para ampliar sua comercialização no mercado
externo, diversificando a oferta e atraindo novos fluxos
de turistas internacionais para as diversas regiões do
Brasil.
Integram as ações deste programa o planejamento, a
consolidação e a ampliação dos escritórios brasileiros de
promoção do turismo no exterior, dos seminários de
treinamento e vendas, do projeto Caravana Brasil e da
aplicação do Programa de Treinamento de Agentes de
Viagem Especialista em Brasil, entre outras ações com
operadores nacionais e internacionais e agentes do
receptivo internacional.
Proteção de crianças e adolescentes contra todas as
formas de violência e exploração sexual; e
Apoio e desenvolvimento de ações intersetoriais para
prevenir a exploração sexual no turismo.
Ao Ministério do Turismo cabem ações relacionadas
junto à cadeia produtiva do turismo, em parceria com a
sociedade civil e com representantes de diversos órgãos
e instituições públicas. Essas ações são realizadas por
meio de campanhas de sensibilização em eventos e
feiras regionais e internacionais e seminários para
transformar o setor turístico em aliado estratégico dessa
causa.
129
Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil
O Programa segue as orientações contidas no Plano Nacional do Turismo e visa
promover o planejamento integrado e participativo do desenvolvimento turístico
regional. As diretrizes do Programa englobam a noção de Arranjo Produtivo Local
(APL), no que se relaciona à promoção e ao apoio à comercialização, ao
desenvolvimento das relações de mercado e à interação entre os atores da cadeia
produtiva do turismo.
O Ministério do Turismo com o apoio do Conselho Nacional de Turismo/ Câmara
Temática de Regionalização coordena o programa de regionalização. A articulação é
estabelecida com as unidades federadas, por meio dos órgãos estaduais de turismo,
apoiados pelos Fóruns Estaduais de Turismo/Câmaras Temáticas de Regionalização
Estaduais.
Os órgãos governamentais de turismo estaduais, por sua vez, relacionam-se com as
regiões turísticas por meio das Instâncias de Governança Regionais instituídas ou em
processo de instituição.
Com os municípios, o relacionamento se dá por meio dos órgãos e dos conselhos
municipais de turismo. Os conselhos municipais são os mecanismos locais para a
concretização de canais de participação social e de representação dos interesses
comunitários.
O Programa orienta-se pela cooperação e parceria de agentes públicos e privados,
nos âmbitos federal, estadual e municipal, com o intuito de promover a diversificação
da oferta turística, a estruturação dos destinos turísticos, a qualificação profissional e a
maximização da competitividade do produto turístico no mercado internacional, com
foco na sustentabilidade, em termos de preservação e de conservação dos recursos
naturais e histórico-culturais, à inclusão social e à revitalização das tradições e dos
costumes de cada localidade.
Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo são programas que visam à
estruturação da atividade turística de forma sustentável em áreas prioritárias
selecionadas pelos estados. O modelo de financiamento das ações dos Programas
conta com três fontes distintas de recursos:
−
Financiamento internacional, obtido junto ao Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID;
−
Recursos de contrapartida federal, Ministério do Turismo;
−
Contrapartida estadual;
PRODETUR – Nacional - Programa de Desenvolvimento do Turismo
O Prodetur constitui um programa de ação estratégica da Política Nacional do
Turismo. Por meio dos PRODETURs são realizados investimentos relativos ao
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Regional do Turismo, que integra o Macro
programa de Regionalização do Turismo. O PRODETUR visa:
−
Dar qualidade ao produto turístico;
−
Diversificar a oferta turística;
−
Estruturar os destinos turísticos e dar qualidade ao produto turístico
brasileiro;
−
Ampliar e qualificar o mercado de trabalho;
−
Aumentar a inserção competitiva do produto turístico nacional no mercado
internacional;
130
−
Ampliar o consumo do produto turístico no mercado nacional.
−
Melhorar a qualidade de vida da população residente nos destinos
turísticos;
−
Promover o desenvolvimento econômico e social local de forma
sustentável;
−
Apoiar a recuperação e adequar a infraestrutura dos equipamentos nos
destinos
−
Promover o desenvolvimento econômico e social local de forma
sustentável;
O Programa tem abrangência nacional, sendo que os estados e municípios, com mais
de um milhão de habitantes, poderão solicitar recursos diretamente ao BID de acordo
com suas capacidades de endividamento e critérios do Mtur e do BID.
O PRODETUR Nacional está estruturado de forma a agilizar o acesso às linhas de
crédito e aos recursos financeiros, sem o comprometimento prévio de recursos e nem
a necessidade de um agente financeiro. Os Estados e municípios podem se
comprometer com mais de um financiamento junto à linha de crédito, além de
contarem com o apoio técnico do Ministério do Turismo na elaboração das propostas e
com o apoio financeiro na alocação de contrapartida federal ao programa.
As ações a serem desenvolvidas são selecionadas a partir do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS – elaborado de forma
participativa junto ao trade turístico e à comunidade. O PDITS é, assim, um
instrumento de planejamento e gestão do desenvolvimento do turismo em sua área de
abrangência, de maneira integrada entre as diversas instituições envolvidas com o
turismo, tendo em vista a exploração racional dos recursos turísticos, respeitando o
meio ambiente natural e construído e a identidade cultural das populações residentes
no local em que o turismo acontece.
3.5.3. Legislação Urbanística, Ambiental e Turística
Os principais instrumentos legais de âmbito federal, estadual e municipal nos quais se
embasa a Gestão do Turismo nessas instâncias encontram-se relacionados no quadro
a seguir:
Quadro 08:
Legislação urbanística turística
FEDERAL
•
Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo,
define as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor
turístico, institui o Sistema Nacional de Turismo – SNT;
•
Lei 6.505/77 – Regulamentação do Turismo;
•
Lei 8.623/93 – Regulamentação da Profissão de Guia de Turismo;
•
Deliberação Normativa 416/00 – EMBRATUR - Cadastro das empresas turísticas;
•
Deliberação Normativa 161/85 – EMBRATUR – Contratos com Agências de Turismo;
•
Deliberação Normativa 246/88 – Registro e classificação de empresas de transporte turístico;
•
Decreto 84.934 – Agências de Turismo;
•
Decreto 84.910/80 – Regulamentação dos Meios de Hospedagem;
•
Decreto 87.348/82 – Regulamentação do Transporte Turístico;
•
Decreto 136/84 – Serviços de Agências de Turismo;
131
FEDERAL
•
Decreto 89.707/84 – Organização de congressos, convenções, seminários ou eventos
congêneres;
•
Decreto 5.406/05 – Regulamentação do cadastro obrigatório para fins de fiscalização das
sociedades empresariais, das sociedades simples e dos empresários individuais que prestam
serviços turísticos remunerados.
ESTADUAL
Lei n.º 13.550 de 11 de novembro de 1999, que dispõe sobre a criação da GOIÁS TURISMO
Os dois municípios componentes do Polo das Águas Termais possuem Planos
Diretores Municipais Participativos de elaboração relativamente recente, sendo o de
Caldas Novas aprovado e publicado em 2003. O plano diretor de Rio Quente
elaborado em 2008 ainda não foi regulamentado.
O Plano Diretor de Caldas Novas é bastante cauteloso do ponto de vista da gestão
ambiental, o que é importante dado que o objetivo geral para o Polo é “consolidar e
organizar o Polo como destino turístico sustentável”, no entanto não contemplam de
forma satisfatória as demandas da atividade turística, notadamente, quanto às
diretrizes gerais para o setor e aos aspectos de uso e ocupação do solo.
Para um melhor ordenamento e controle do território, essa legislação deveria
estabelecer as diretrizes gerais para o turismo desejado e orientar regulamentações
específicas, o que poderá ser realizado quando do processo de sua revisão, que
deverá ocorrer até 2013, uma vez que o prazo máximo estabelecido pela Lei do
Estatuto das Cidades é de 10 anos.
Do ponto de vista ambiental, o PDP de Caldas Novas trata de questões críticas, tais
como o zoneamento da área de proteção hídrica do lençol termal nas proximidades da
Serra de Caldas.
Além disso, existe regulamentação específica do poder público municipal em conjunto
com o DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral – no sentido de controlar
a perfuração e a captação de água termal do lençol freático nos municípios do Polo.
Quando verificamos que o principal produto turístico da região depende
completamente deste recurso natural renovável, a conservação das reservas de águas
termais é fundamental para assegurar o desenvolvimento sustentável da atividade
turística.
Além dessa regulamentação específica, existe o Código Florestal Federal e a
Legislação Ambiental Estadual, implementados pela SEMARH – Secretaria Estadual
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que também é responsável pela fiscalização e
pelo processo de licenciamento ambiental e gestora do Parque Estadual de Caldas
Novas – PESCAN.
A SEMARH instituída pela Lei n. 12.603, de 07 de abril de 1995, com alterações
introduzidas pela Lei n.13.456, de 16 de abril de 1999, e posteriormente pela Lei nº.
14.383, de 31 de dezembro de 2002, constitui-se em órgão da administração direta do
Poder Executivo do estado de Goiás.
Já o Plano Diretor de Rio Quente trata o turismo de forma específica, com um capítulo
dedicado apenas a este assunto. Assim ele define diretrizes para o desenvolvimento
do turismo:
132
Art. 9º. O Município deve promover e incentivar o turismo como fator
de desenvolvimento social e econômico, priorizando-o de acordo com
as seguintes diretrizes:
I.
criar programas de estímulo à atividade turística e elaborar
roteiros turísticos que explorem os seus valores culturais e naturais
em parceria com os municípios vizinhos;
II.
apoiar
as
iniciativas
particulares
na
abertura
de
estabelecimentos de comércio voltados ao turismo como restaurantes
de comida típica local e lojas de artesanato;
III.
incentivar e apoiar o desenvolvimento do artesanato local,
doces, bebidas, tapeçaria, cerâmica e outros;
IV.
elaborar planos de conscientização da importância do turismo
para os moradores;
V.
criar uma área específica para realização de shows e eventos,
localizada próxima ao Núcleo Turístico do Setor Central;
VI.
incentivar a instalação de uma feira de artesanato, de artigos
regionais, voltada para o turista na Praça dos Ipês, no Núcleo
Turístico do Setor Central;
VII.
dotar o Bairro Esplanada de equipamentos de apoio ao turista
e à população com mobiliário urbano com uma identidade visual
compatível;
VIII.
promover frequentemente, na Área Central, eventos artísticos
que possam criar opção de entretenimento e lazer para os turistas
hospedados no Bairro Esplanada,
IX.
apoiar a realização de congressos, convenções e reuniões
corporativas como nova modalidade de turismo;
X.
desenvolver programas turísticos específicos,
atendimento de pessoas da 3ª idade e agroecológico;
tais
com:
XI.
construção do Portal Turístico e do CAT – Centro de Apoio ao
Turista;
XII.
implantar um Parque Linear interligando o complexo turístico
do Bairro Esplanada até a Área Central composto de pista de
caminhada, ciclovia, “ilhas” de descanso e lazer, sem barreiras
arquitetônicas e visuais entre o Parque Linear e o cenário
representado pela Serra de Caldas;
XIII.
criar condições para aumentar e manter o índice de
permanência do turista no Município;
XIV.
sistematizar o levantamento e atualização de dados e
informações de interesse para o desenvolvimento turístico no
Município;
XV.
consolidar a política municipal de turismo, por meio do
Conselho Municipal de Turismo, conforme a Lei Municipal nº
305/2005, lei que criou o CONTUR;
XVI.
desenvolver programas de trabalho, por meio de ações
coordenadas entre o Poder Público e a iniciativa privada, com o
objetivo de criar a infraestrutura necessária à execução de atividades
133
relacionadas direta ou indiretamente ao turismo, abrangendo suas
diversas modalidades: eventos, negócios, lazer, saúde, cultura,
gastronomia, compras e agroecoturismo;
XVII.
promover encontros, seminários e eventos específicos para os
profissionais e operadores de turismo no Município;
XVIII.
estabelecer parceria entre os setores público e privado,
visando ao desenvolvimento do turismo no Município.
Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Quente. Plano Diretor Participativo De Rio Quente,
2008.
Observa-se no plano diretor de Rio Quente uma preocupação pertinente com o
desenvolvimento da atividade turística, com diretrizes e ações concretas neste sentido
e que podem ser de iniciativa tanto do poder público quanto da iniciativa privada.
Quanto ao uso e ocupação do território, apesar da pressão no município de Rio
Quente ser bem menor do que no município de Caldas Novas, não se vislumbra o
agravamento da situação atual até a data da revisão dos respectivos Planos Diretores
previstos para 2018 e 2013.
Registra-se, por fim, que os maiores problemas não se referem à revisão dos Planos
Diretores, uma vez que os problemas mais graves (uso e ocupação do território) se
localizam em Caldas Novas e este Plano deverá ser revisto em no máximo 2 anos. A
questão é sua implementação: em ambos os municípios os Planos Diretores não
tiveram início efetivo de implementação.
134
Figura 50.
Mapa de Zoneamento Urbano de Caldas Novas
Fonte: Plano Diretor Municipal de Caldas Novas - 2003
3.5.4. Quadro dos Incentivos para o Investimento Turístico
•
Linhas de crédito para o turismo
As linhas de crédito para o turismo estabelecidas por meio de parceria entre o
Ministério do Trabalho e Emprego, Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador - CODEFAT, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo, são as listadas a
seguir:
135
−
Microcrédito - empreendedor popular
Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, objetivando sua integração ao
setor produtivo formal da economia.
Beneficiários: disponível às pessoas físicas atuantes, exclusivamente, no setor
informal.
−
BNDES – Programa de Turismo
O programa de Turismo é uma parceria entre o BNDES e o Ministério do Turismo e,
tem por objetivo apoiar empreendimentos do setor do Turismo nas localidades que
apresentem potencial para esta atividade, contribuindo para o desenvolvimento e
competitividade do setor no país.
Beneficiários: empresas de qualquer porte, nacionais ou estrangeiras.
•
Parceria entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo Programa CAIXA TURISMO - Capital de Giro
Empréstimo destinado a antecipar o fluxo de caixa da empresa, mediante o desconto
de títulos para sua emissão, ou cheques pré-datados de terceiros, entregues para
cobrança na CAIXA, ou cheques eletrônicos pré-datados provenientes de convênio
com a TECBAN – Tecnologia Bancária SA e creditados na CAIXA.
Beneficiários: empresas com faturamento anual ilimitado, porém com foco de atuação
para empresas com faturamento anual de até R$ 5 milhões.
−
Giro-CAIXA Instantâneo para o Turismo
Crédito rotativo com Limites Flutuantes, em uma mesma conta corrente, para
antecipação dos recebíveis (cheques pré-datados, cheques eletrônicos pré-datados,
duplicatas de venda mercantil, duplicatas de prestação de serviços e aplicações
financeiras), cuja prioridade de utilização será da menor para a maior taxa de juros
dentre as modalidades que contiverem estoque de recebíveis.
Beneficiários: empresas com faturamento anual de até R$ 35 milhões.
•
Parceria entre o Ministério da Integração Nacional e o Ministério do
Turismo
Fundos Constitucionais de Financiamento
O Governo Federal criou em 1989 os Fundos Constitucionais de Financiamento do
Centro Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO), com o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento econômico e social dessas Regiões.
Beneficiários: Microempresa Empresa de pequeno, médio e grande porte.
•
−
Parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego, CODEFAT, Banco do
Brasil e o Ministério do Turismo
PROGER- Turismo – Investimento
Financiamento de projetos de investimento e capital de giro associado, voltado para
implantação, ampliação e modernização de empreendimentos no setor turístico
brasileiro.
Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo com faturamento
bruto anual de até R$ 5 milhões e cadastrado no MTur.
−
PROGER- Turismo – Capital de Giro
Antecipação de créditos de vendas realizadas com cartão de crédito ou desconto de
cheques pré-datados.
136
Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo, e cadastradas no
Mtur.
•
−
Parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco do Brasil
e o Ministério do Turismo.
PRONAF – Turismo Rural
O Programa tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos em
propriedades familiares, tais como pousadas, restaurantes, locais de “pesque e pague”
e cafés coloniais.
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “C” e “D” (*), que
possuam renda bruta anual acima de R$ 2 mil e até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80%
proveniente da atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os
serviços e atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio
familiar e com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra
até 6 módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.
−
PRONAF – Agregar
O Programa v visa apoiar projetos de investimento que contribuam para a agregação
de renda à propriedade rural familiar, tais como a exploração do turismo rural, o
desenvolvimento de produtos artesanais, bem como o beneficiamento, o
processamento e a comercialização da produção agropecuária.
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “B”, “C” e “D” (*),
que possuam renda bruta anual de até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80% proveniente
da atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os serviços e
atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e
com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra até 6
módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.
•
−
Incentivos Estaduais
Fundo da Micro e Pequena Empresa
Com base legal no artigo 151 da Constituição estadual, artigo 23 da Lei n°1939/89 e
novas disposições da lei n° 2390/96, que estabelecem linha de crédito para micro e
pequenas empresas, microprodutor rural e cooperativa de produção.
Observação: Encontra-se em fase de elaboração Lei Estadual de incentivos fiscais,
que inclui empreendimentos turísticos.
−
Voe Goiás
O Governo do Estado de Goiás por meio da assinatura do Termo de Acordo de
Regime Especial (TARE) efetiva o projeto Voe Goiás. O programa é da Agência
estadual Goiás Turismo e beneficia empresas de aviação regional com o incentivo
fiscal que reduz o ICMS do combustível das aeronaves de 15% para 3%. As
companhias aéreas beneficiadas são: Azul, Passaredo, Trip e SETE. A empresa Azul
opera desde dezembro 2011 nos trajetos Goiânia- Caldas Novas-Campinas-SP, duas
vezes por semana.
O programa Voe Goiás segundo a Goiás Turismo, visa atrair investimentos de grandes
empresas e propiciar a competitividade das multinacionais instaladas no interior do
Estado de Goiás e do Brasil. Com relação à Região das Águas, o programa poderá
induzir o turismo com maior intensidade e melhor acessibilidade aérea à região.
Em consequência, 33 cidades goianas, inclusive
investimentos na infraestrutura aeroportuária até 2014.
Caldas
Novas
receberão
137
•
Incentivos Municipais
Não existem instrumentos de incentivo na legislação municipal de Caldas Novas e Rio
Quente. O código tributário de Caldas Novas trata a arrecadação referente aos
empreendimentos turísticos de forma não específica. No código tributário a taxa de
ISSQN é concebida da mesma forma para a prestação de serviços ligada ao turismo
como para a de qualquer outro empreendimento.
A região do Polo das Águas Termais não possui vantagens específicas do ponto de
vista da regulação urbanística para a instalação de novos empreendimentos turísticos.
Os dois municípios têm necessidade de legislação específica para o turismo.
Como se observa, não só com relação aos municípios do Polo das Águas Termais,
mas recorrentemente em grande parte dos municípios que compõe Polos Turísticos no
Brasil, a esfera municipal é a mais frágil do ponto de vista do planejamento e da
elaboração de estratégias para fomentar o desenvolvimento empresarial, fato que
extrapola a questão do turismo.
A fragilidade na capacidade de propiciar incentivos para o fomento à ampliação de
investimentos passa pela constituição dos órgãos de turismo que contam com quando
de pessoal especializado insuficiente, às vezes exíguo. Assim dispendem-se esforços
para o planejamento de base voltado à subsistência dos órgãos e ao atendimento das
demandas primárias ou emergenciais e restam poucos recursos para dispender-se
esforços para pensar o futuro e planejar ações de incentivo ao desenvolvimento.
No entanto, existe força nas esferas superiores que disponibilizam uma gama de
opções de crédito, financiamentos e apoio no âmbito estadual e federal ao
empreendedor, conforme se percebe na lista de programas e fundos citados
anteriormente, que beneficiam o empreendedor atento.
Uma forma possível de fomentar o desenvolvimento, apesar da fragilidade dos
recursos municipais do Polo, poderia ser a concorrência dos esforços das
municipalidades para abrirem canais de comunicação e ajuda aos empresários o
acesso aos incentivos promovidos nas esferas superiores de governo, atingindo com
este tipo de iniciativa os pequenos e médios empresários, visto que os grandes
empreendedores já têm sua posição consolidada no Polo.
3.6. Aspectos Socioambientais no Polo Turístico
3.6.1. Diagnóstico Ambiental, Qualidade dos Recursos e os seus Usos
Potenciais
A análise ambiental tem como objetivo avaliar os recursos naturais diretamente
relacionados com o desenvolvimento da atividade turística da região, abordando
principalmente os aspectos relacionados à qualidade dos recursos e seus usos
potenciais no que diz respeito à atividade turística no Polo das Águas Termais. Nesse
sentido, serão examinadas as características de cada controle ambiental (biótico e
abiótico), suas restrições ambientais e seus usos potenciais.
138
A área a ser estudada corresponde à área de abrangência do Polo das Águas
Termais, formado pelos municípios de Caldas Novas e Rio Quente (Figura 51).
Figura 51.
Mapa de localização do Polo das Águas Termais
Fonte: Technum Consultoria SS – 2009
A.)
Clima
A região dos Cerrados ocupa 1.8 milhões de km², ou cerca de 25% do Território
Nacional, estendendo-se principalmente pela região Centro-Oeste. De acordo com a
classificação climática proposta por Köppen, o clima desta região é caracterizado
como Aw, ou seja, clima de savana, quente e úmido com longa estação seca.
A região sudeste de Goiás está sob influência austral continental, mais fria e seca
atingindo 22ºC de temperatura média anual. A temperatura máxima média na região
de Caldas Novas atinge 28ºC enquanto a mínima média situa-se na casa dos 18ºC
(Figura 52). A evapotranspiração obtida pelo método de Thornthwaite (1948) situa-se
entre 23 e 26 mm.
139
Figura 52.
Gráfico de temperatura
Fonte: INMET, 2012
Em termos de radiação solar anual, os cerrados apresentam índices que variam em
torno de 475 a 500 cal.cm². dia-1, inferiores aos valores da Caatinga (500 - 530) e
superiores aos das áreas subtropicais (420 - 450).
Dois parâmetros devem ser especialmente destacados, uma vez que definem as
características do regime hídrico da região: a precipitação média anual, com valores
entre 1200 e 1800 mm, e a duração do período seco, que oscila entre 5 e 6 meses
(Figura 53).
Figura 53.
Gráfico de precipitação
Fonte: INMET, 2012
O caráter errático da precipitação condiciona, juntamente com certas características e
propriedades físico-químicas dos solos, das plantas e do clima, o aparecimento de
déficits hídricos, mesmo durante o período chuvoso, denominadas de "veranicos".
Durante os meses de dezembro e janeiro, os de maior intensidade pluviométrica, são
comuns períodos de duas semanas sem chuvas, que, geralmente, estão associados à
alta radiação solar e alto potencial de evapotranspiração.
140
Ocorrências de chuvas na região durante o mês de agosto são consideradas
anormais, uma vez que o mais comum é a precipitação zero ou inferior a 5 mm neste
mês do ano. Esta anomalia deve-se ao avanço de frentes frias composta por bandas
de nuvens bem desenvolvidas, acompanhadas de nuvens vindas do sul e leste do
estado que, em confronto com a grande massa de ar quente e seco existente no
centro do Brasil, faz com que ocorram chuvas em quase todo o sul do estado.
O balanço hídrico que representa a aplicação da equação hidrológica é apresentado, a
seguir, de forma gráfica. Este balanço mostra que há superávit hídrico entre os meses
de novembro e abril, com reposição hídrica no sistema entre o início de outubro e
início de novembro. O déficit hídrico é observado entre abril e setembro.
Figura 54.
Representação gráfica do balanço hídrico no ciclo hidrológico anual médio na
região de Caldas Novas, GO.
Fonte: INMET, 2012
B.)
Vegetação
A vegetação da região é representada por cerrado, sendo que nas áreas urbanas e
periurbanas ocorreu sua total supressão. Nas áreas rurais ocorrem apenas pequenos
remanescentes e nas unidades de conservação ambiental há ampla preservação,
como é o caso da área do Parque Estadual de Caldas Novas - PESCAN.
Na área do PESCAN a vegetação de Cerrado é caracterizada pela existência de
árvores de baixo a médio porte, de tronco tortuoso, com casca espessa e folhas
coriáceas, medianamente distantes umas das outras, circundadas por gramíneas. Em
função da densidade da vegetação pode-se classificar o Cerrado em: Campo, Campo
Cerrado, Cerrado e Cerradão (Figura 55). Existem ainda outros tipos de vegetação
como as veredas e as matas ciliares ou florestas de galeria (Figura 56).
141
Figura 55.
Tipos de Cerrado. Campo Limpo, Campo Sujo, Cerrado sensu strictu e Cerradão.
Fonte: Technum Consultoria SS – 2011
Figura 56.
Vereda e B: Mata Galeria.
Fonte: Technum Consultoria SS – 2011
O maior problema a que esta área é submetida de forma periódica é representado
pelas queimadas nos períodos de estresse hídrico (entre os meses de maio e
setembro) quando os incêndios florestais eventualmente causam amplo impacto à
fauna e flora da região.
C.)
Recursos Hídricos
Os municípios do Polo são parte integrante da bacia do Rio Paranaíba (Figura 57),
cuja nascente encontra-se no município de Rio Paranaíba, na Serra da Mata da
Corda, percorre cerca de 1.160 km até sua foz, no encontro com o Rio Grande, desde
a cota 1.100 até o nível 328.
142
Figura 57.
Regiões hidrográficas da bacia do rio Paranaíba.
Polo das Águas
Termais
Fonte: CBH Paranaíba
O regime hidrológico dos rios desta bacia é regulado pela estação das chuvas, bem
demarcadas nesta região do Brasil. A vazão específica da bacia é de 7,65 l/s/km2. Na
sua foz o rio Paranaíba tem uma vazão média de 1.700 m3/s. A vazão de retirada
(demanda) da bacia é de 57,50 m3/s. A Tabela 36 apresenta as vazões de retirada
(demanda), de retorno e de consumo em m3/s e para usos consuntivos.
Tabela 36:
Vazões de retirada (demanda), de retorno e de consumo, em m3/s e para usos
consuntivos.
BACIA
RETIRADA (m³/s)
RETORNO (m³/s)
CONSUMO (m³/s)
CONSUMO
(% do retirado)
Paranaíba
57,50
24,66
32,84
57,1
Fonte: PNRH-BASE (2005), CBH Paranaíba
Na Tabela 37 observam-se as vazões de retirada (demanda), pelo tipo de uso
consuntivo.
143
Tabela 37:
Vazões de retirada (demanda), pelo tipo de uso consuntivo da bacia do rio
Paranaíba.
DEMANDAS RETIRADAS (m³/s)
BACIA
Urbana
Rural
Animal
Industrial
Irrigação
Total
17,05
0,56
7,74
4,61
27,54
57,50
29,64%
0,97%
13,47%
8,02%
47,90%
100%
Paranaíba
Fonte: PNRH-BASE (2005), CBH Paranaíba
A população da bacia é de cerca de 8,5 milhões de habitantes, sendo
aproximadamente 92% em áreas urbanas. Esta ocupação abrange 193 municípios
distribuídos por quatro Unidades da Federação: Goiás (133 municípios), Minas Gerais
(55 municípios), Mato Grosso do Sul (4 municípios) e o Distrito Federal. A densidade
demográfica da bacia é de cerca de 38 hab./km2. Esta população por sua vez está
bastante concentrada nas regiões metropolitanas de Brasília e de Goiânia, onde vivem
mais de 5 milhões de habitantes, quase 70% da população residente na Bacia.
Os principais rios da região do Polo são o Rio Piracanjuba, Ribeirão do Bagre, Rio do
Peixe e o Rio Corumbá. Vários outros cursos d’água drenam a região, entre os quais
se destacam o Ribeirão Pirapitinga, afluente da margem direita do Rio Corumbá, que é
a fonte de abastecimento de água da cidade de Caldas Novas, captada pelo sistema
público (Figura 58).
Figura 58.
Mapa hidrográfico do Polo das Águas Termais
Fonte: IBGE, 2005.
144
Pode-se afirmar que a água, na região de Caldas Novas, exerce um papel de suma
importância, pois além de servir para seus usos convencionais - tais como o
abastecimento da população, a agricultura e outros - apresenta também importante
papel para a economia da região. Sua água termal é o principal atrativo turístico
responsável pela mais importante atividade econômica da região.
Na as formas com que os recursos hídricos se apresentam podem ser subdivididas,
principalmente, em três tipos: superficiais, subterrâneos “frios” e subterrâneos termais.
Cada uma destas formas de ocorrência de recursos hídricos se apresenta com
características distintas, apesar de estarem intimamente relacionadas entre si.
D.)
Recursos Hídricos Superficiais
Os recursos hídricos superficiais na região apresentam-se como forma de nascentes e
drenagens superficiais. As nascentes (surgências) quase sempre originam ou
recarregam essas drenagens superficiais.
As drenagens apresentam diferenças bruscas nas suas morfologias, dependendo da
região geomorfológica em que se encontram, podendo ser subdivididas em diferentes
zonas com características distintas. As principais subdivisões observadas são:
Região superior da Serra de Caldas (cotas acima de 940m). Essa região caracteriza
uma região de Chapada, aonde predominam os latossolos, e os Quartzitos do Grupo
Paranoá (Unidade Ortoquartzito). As drenagens nessa região são escassas, quase
ausentes.
Região de declive - localizada na borda da Serra de Caldas. Nessa região os solos,
predominantemente cambissolos e litossolos, são pouco espessos com frequentes
afloramentos de rochas das unidades de Quartzito Argiloso, Metarritmito e PelitoCarbonatada do Grupo Paranoá. As drenagens aparecerem em grandes quantidades
dispostas radialmente ao domo. As nascentes também ocorrem sendo algumas delas
responsáveis pelo abastecimento das drenagens de fluxo perene as quais
representam uma pequena parte das drenagens totais observadas.
Região dissecada, adjacente a Serra de Caldas - nesta região predomina o Grupo
Araxá com as litologias descritas anteriormente e predomínio de latossolos. Essa
região apresenta drenagens superficiais com maiores fluxos, quando comparadas às
demais sendo os principais: Rio Corumbá, localizado a leste da área e o Rio
Piracanjuba, localizados a oeste da área, ambos fora da área estudada. Na área
estudada predominam as drenagens de menor porte. As visitadas foram o ribeirão
Pirapitinga, aonde existem ressurgências termais com a Lagoa de Pirapitinga,
importante ponto turístico, com águas termais, e o córrego Água Quente onde existe o
complexo turístico da Pousada do Rio Quente, esse córrego capta e escoa várias
fontes de águas termais.
E.)
Hidrogeologia
As águas termais da região de Caldas Novas são totalmente captadas e exploradas
através de poços profundos, enquanto na área do complexo turístico do Rio Quente a
água termal é captada a partir de nascentes de vazão espontânea. A cidade de Caldas
Novas possui mais de uma centena de poços perfurados em sua maioria para o
suprimento de águas termais para o turismo e de forma complementar para o
abastecimento da população.
Tröger et al. (1999) distinguiram três aquíferos baseados nas diferentes quantias de
fluoretos. Os aquíferos foram denominados de Paranoá - de onde se observa
surgências de águas termais; Araxá - existência de fluoretos encontrados somente
neste aquífero; e o aquífero freático. Concluiu-se que o aquífero Paranoá é isolado e
confinado, visto a ausência de fluoretos, sua quantia maior de sílica se comparada aos
145
outros, teores baixos de bicarbonato, sódio e potássio nas suas águas, o que é
contrastante, pois as águas que percolam as fraturas, e que passam também pelos
micaxistos do Araxá têm baixos teores de íons (o que se esperaria o contrário), além
de todas estas características, as águas do aquífero Paranoá são quentes ≅ 58°. O
modelo hidrológico que explica esta água quente são grandes fraturas que vão a
profundidade e ascendem, por gradiente hidráulico, por fraturas de menor pressão
calibre.
O estudo “Geologia do Domo de Caldas Novas, Goiás” (Campos et al. 2000) define a
subdivisão dos aquíferos na região de acordo com suas características químicas,
condições de circulação, temperatura e litologia, em três sistemas principais: Poroso,
Araxá e Paranoá.
A.)
Sistema Aquífero Poroso
Correspondente ao conjunto denominado de Aquífero freático de Tröger et al, 2000.
São aquíferos livres, contínuos e de ampla extensão lateral e espessura saturada
muito variável.
Esse sistema tem uma grande importância na hidrologia, principalmente
hidrogeológica, na região, tais como, o funcionamento como filtro, favorecimento da
recarga dos aquíferos na sua base e a regulação da vazão de base das drenagens
superficiais nos períodos de estiagens de cheias.
Este tipo de aquífero foi subdividido, pelo projeto caldas novas 2000, em dois tipos PI
e PII. Esta subdivisão foi em função com as características físicas das coberturas dos
solos, tais como, a textura, a espessura, a variação lateral e seus padrões dos relevos
associados.
PI - confinado no platô da Serra de Caldas, composto pelos regolitos dos quartzitos da
Unidade Ortoquartzito, com espessura variando de alguns metros até acima de 64m.
Esta cobertura é composta por solos (latossolos com textura média a arenosa e areias
quartizosas) e saprolitos, com condutividade hidráulica muito alta diretamente ligada
com o seu material de origem. Essas características físicas, associadas ao padrão de
relevo (plano a suave ondulado, com cotas maiores que 1000 metros) resultam em
uma situação de recarga regional muito eficiente. Neste contexto, o volume de água
retida por infiltração é grande e o run-off se limitada apenas às bordas da serra em
períodos de máximas precipitações. Devido às grandes condutividades, esse sistema
é rapidamente drenado, apresentando uma zona vadosa muito espessa e uma zona
saturada limitada ao topo rochoso.
PII - representado pelo cambissolo litólico presente nas bordas das serras e pelos
solos argilosos derivados dos xistos do Grupo Araxá. Neste caso, os aquíferos
apresentam valores de condutividade hidráulica menor que o subsistema PI
associados ao relevo forte ondulado e com declividade moderada a elevada. Essas
características limitam o volume da recarga natural de água para os aquíferos
sotopostos.
Essas águas são provenientes, predominantemente, da infiltração de águas de chuvas
e são frias (com temperaturas próximas às médias anuais locais) e pouco
mineralizadas. Pode-se associá-las como águas de fluxos hidrogeológicos locais, de
forma que, o tempo de contato entre a água e o material geológico (rocha alterada e o
solo) seja restrito, por consequência, as taxas totais de sólidos dissolvidos nessas
águas são baixas.
O subsistema PI se caracteriza por possuir um nível estático muito profundo e se
situar na parte superior da Serra de Caldas (uma área de proteção ambiental), por
isso, suas águas não são aproveitadas de forma direta. Seus exutórios são
predominantemente representados por fontes naturais ou por infiltração para os
aquíferos fraturados subjacentes. Já o subsistema PII se localiza nas cotas inferiores
146
ao subsistema PI, e suas águas são aproveitadas por poços escavados, em áreas
rurais ou em bairros periféricos das cidades de Caldas Novas e Rio Quente.
B.)
Subsistema Aquífero Paranoá
Este subsistema é representado por aquíferos fraturados contidos nas rochas do
Grupo Paranoá e podem ser livres ou confinados, frios ou termais, anisotrópicos,
heterogêneos e com extensão lateral controlada pelos grandes lineamentos.
Eles são livres quando as zonas de fraturas estão associadas com as áreas de
afloramento das rochas psamo-pelito-carbonatadas do Grupo Paranoá no Domo de
Caldas. São classificados como confinados quando as suas fraturas são recobertas
pelos xistos (aquitardes confinantes) do Grupo Araxá. Os contrastes no
comportamento estrutural das rochas dos grupos Paranoá e Araxá refletem na
densidade de fraturas de forma que os xistos do Grupo Araxá apresentam fraturas
com menores aberturas e densidade quando comparadas às rochas do Grupo
Paranoá. Neste contexto os xistos funcionam com a camada confinante.
Pode-se subdividir por diferenças de comportamento térmico em aquíferos frios ou
termais. Os frios são associados às grandes zonas de fraturas com água de fluxo
descendente em profundidades menores que 400 metros, e normalmente são
associados aos aquíferos classificados como livres. Os termais são associados às
fraturas ainda abertas em profundidades maiores que 450 metros quando possuem
águas com fluxo ascendente. As águas de ambos são pouco mineralizadas, sendo
que o total de sólidos dissolvidos (TDS) do termal é um pouco maior que o do frio.
Os exutórios desses aquíferos podem ser de origem natural, representados por fontes
ou artificial, caracterizados pela rede de poços tubulares profundos.
A recarga desses aquíferos é relacionada à drenança a partir dos sistemas porosos e
também por perliação em fraturas a partir do Sistema Aquífero Araxá.
Esses aquíferos apresentam excelentes condições de circulação e elevados valores
de transmissividade e condutividade hidráulica. Estes parâmetros apesar de elevados
são muito variáveis, o que representa grande anisotropia hidráulica do sistema.
O regime tectônico o qual a região foi submetida em associação com a geologia local
e com a temperatura da água propiciam uma circulação de água em profundidades
maiores que 300m, sendo que na região existem poços de alta vazão com
profundidades próximas a 1000 metros (exemplo Caldas Termas Clube onde existe
poço com 960 metros de profundidade).
C.)
Subsistema Aquífero Araxá
Esses são aquíferos predominantemente fraturados, livres, frios ou termais, com
extensão lateral restrita, pois são controlados por zonas de fraturamentos, muito
heterogêneos e anisotrópicos. Suas águas são quimicamente mais ricas (maiores
TDS) devido ao seu contato com as rochas do Grupo Araxá, mais mineralizável.
Podem também ser subdivididos como frios ou termais. Os frios são aqueles mais
superficiais (primeiras centenas de metros dos xistos) cujas zonas de fraturas são
recarregadas diretamente pela infiltração da precipitação captada pelo subsistema PII.
Os termais ocorrem nas zonas fraturadas mais profundas, próximas ao contato
geológico entre os diferentes grupos Paranoá e Araxá e, eventualmente, nas zonas
fraturadas mais abertas em profundidades menores.
A recarga do subsistema termal se dá pelo fluxo ascendente a partir do aquífero termal
do Grupo Paranoá sotoposto. Como foi dito antes, em algumas áreas, o Grupo Araxá
confina o sistema Paranoá, e este último tem uma carga potenciométrica elevada
(provavelmente devido a sua área de recarga elevada). Assim, quando essa, águas
147
aquecidas encontram as zonas fraturadas do Araxá elas sobem e se misturam com as
águas frias, compondo o Subsistema Araxá termal, com temperaturas intermediárias.
Seus exutórios naturais ocorrem através de fontes e surgências, além de zonas de
efluxo em drenagens perenes. Seus exutórios artificiais ocorrem através de poços,
intensamente perfurados para o abastecimento urbano.
A profundidade que separa o Grupo Araxá e Paranoá é variável e a mistura da água é
relacionada às zonas de fraturas do Araxá, que possibilita a subida do Paranoá termal,
assim as profundidades dos poços termais no subsistema termal do Araxá são
variáveis.
Como foi dito antes, as águas nesse aquífero são as mais mineralizadas dos
deferentes sistemas sendo relacionada à química das rochas que reagem com a água
(filossilicatos e carbonatos em zonas de segregação metamórfica).
Os parâmetros do Sistema Aquífero Araxá são diferentes aos atribuídos ao Sistema
Paranoá, isto é decorrência de dois fatores principais: 1) reologia distinta, em que os
xistos tendem a fechar as fraturas em maiores profundidades e; 2) atitude da foliação
em baixo ângulo, o que dificulta a infiltração das águas a partir do PII.
D.)
Padrão de Circulação
O detalhamento dos aspectos sobre padrões de circulação hídrica subterrânea requer
dados sobre os seguintes parâmetros: 1) geologia, 2) vazões das drenagens
superficiais, 3) idades das águas frias e termais, 4) balanço hídrico local e; 4)
elementos de sub-superfície diretos e indiretos (geofísicos) objetivando delimitar as
principais zonas fraturadas do platô.
Pode-se dizer que a Serra de Caldas é uma importante zona de recarga de águas,
principalmente, para as águas termais. A partir de dados de poços de observação,
pode-se afirmar que a recarga e o fluxo dependem das estruturas que apresentam
grandes aberturas e continuidades laterais, tais como as zonas cataclástica
relacionadas a falhas brasilianas (e cretáceas). O que acontece nessas zonas é um
forte abaixamento da superfície potenciométrica relacionada ao aquífero poroso (PI).
Dessa forma é desenvolvido o rebaixamento com a formação de um “cone de
depressão natural” originado pela eficiente drenagem das águas do poroso pelos
sistemas de falhas.
É importante salientar que com um o grau geotérmico de 30ºC/km, ou seja, 1ºC a cada
33m de infiltração das águas, as porções mais quentes do Sistema Paranoá, com
cerca de 60ºC necessitariam estar em contato com a rocha em profundidades maiores
que 1000m. O contexto geológico regional é compatível com os estas condições, pois
indicam um espessamento do Grupo Paranoá na região de Caldas.
As baixas mineralizações das águas, verificados em análises químicas, descartam as
teorias anteriores do aquecimento dessas por intrusões magmáticas ou por
vulcanismo, pois a comprovação deste fato requereria elevadas taxas de íons
dissolvidos, maior variabilidade de tipos hidroquímicos, além de evidências e registros
da existência de rochas ígneas.
De acordo com o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paranaína, os conflitos pelo dos
recursos hídricos têm motivado sérios problemas na região do Sudoeste Goiano. Já se
registraram crimes e atentados quando da instalação de pivôs centrais para irrigação e
de barramentos para desvios de rios.
Entre os conflitos atuais destacam-se:
Insuficiência hídrica para o abastecimento de grandes centros urbanos.
A deterioração da qualidade das águas pelo lançamento de esgotos
domésticos sem tratamento adequado.
148
O uso indiscriminado para irrigação sem considerar-se os usos múltiplos das
águas
F.)
•
Geologia
Grupo Paranoá
No Domo de Caldas o Grupo Paranoá foi subdividido em quatro unidades
litoestratigráficas, da base para o topo: Ortoquartzito, Quartzito Argiloso, Metarritmito e
Pelito-Carbonatada.
Unidade Ortoquartzito - composta essencialmente por ortoquartzitos brancos,
intensamente silicificados, finos a médios, aflorando em grandes lajedos e matacões,
normalmente apresentando um intenso fraturamento. Esta unidade aflora apenas nas
bordas da Serra, uma vez que no platô os latossolos mascaram totalmente os
afloramentos rochosos. A continuidade desta unidade para o interior do Domo foi
possível a partir dos dados das sondagens relativos aos cinco piezômetros operados
por furnas (para monitoramento do nível freático), distribuídos ao longo da estrada EW na porção central da serra.
Algumas amostras encontram-se intensamente recristalizadas, obliterando totalmente
as feições primárias, apresentando interpenetração de grãos e junções múltiplas de
grãos em função do metamorfismo de baixo grau.
A intensa silicificação é responsável pela obliteração parcial das estruturas
sedimentares, contudo ainda é possível observar a presença de marcas onduladas
simétricas e assimétricas, laminações cruzadas, estratificações cruzadas,
estratificações plano-paralelas e em direção ao topo, encontra-se mud flakes. A
elevada maturidade textural e mineralógica, aliada à homogeneidade litológica e às
estruturas sedimentares presentes, permite enquadrar esta unidade em um contexto
deposicional marinho de águas rasas, provavelmente dominado por ondas (em função
da ausência de estruturas típicas de marés), as quais promovem o constante
retrabalhamento responsável pelo aumento da maturidade. Para a deposição da
Unidade Ortoquartzito atuaram processos essencialmente trativos com predominância
de correntes unidirecionais, como sugeridos pela roseta de paleocorrentes.
Unidade Quartzito Argiloso - é representada por quartzitos finos, vermelhos, argilosos
e imaturos mineralogicamente, sendo localmente substituídos por pacotes pelíticos
laminados. A silicificação é variável, desde ausente (padrão friável) até intensa. A cor
vermelha característica observada em afloramentos é função da oxidação dos
filossilicatos da fração pelítica e não considerada como cor primária. Estima-se que a
espessura máxima desta unidade seja da ordem de 80 metros, contudo as variações
laterais de fácies são responsáveis pelo adelgaçamento e inclusive sua ausência na
porção nordeste do domo.
As estruturas sedimentares observadas são caracterizadas como laminações e
estratificações plano-paralelas, além de raras lâminas cruzadas e acamamento
ondulado.
Unidade Metarritmito - é caracterizada por uma sequência de quartzitos finos a
médios, feldspáticos, brancos a rosados, intercalados com níveis centimétricos a
decimétricos de materiais pelíticos (metassiltitos e metalamitos), frequentemente ricos
em mica branca detrítica. Uma área onde esta unidade é especialmente bem exposta
é representada na região da Pousada do Rio Quente, onde os taludes naturais ou os
cortes artificiais são responsáveis pela exposição de espessas sucessões desta
unidade.
Nas camadas e nos bancos de quartzitos destacam-se as estruturas sedimentares do
tipo acamamento sigmoidal, marcas onduladas, laminações e estratificações cruzadas
de pequeno porte, além de frequentes camadas com base plana e topo ondulado. Os
149
planos de acamamento mergulham de forma centrífuga segundo a estrutura regional,
sendo inclusive dobrada em amplas ondulações e mais raramente em chevrons mais
apertados.
Unidade Pelito-Carbonatada - corresponde à sucessão de topo do Grupo Paranoá na
área. É composta por um espesso pacote de metassiltitos maciços ou laminados,
sendo neste caso caracterizada por metassiltitos argilosos. A principal estrutura
sedimentar observada nestes litotipos é a estratificação plano-paralela. A coloração
avermelhada é típica desta unidade, com a possibilidade de existência de fácies com
tons rosados até brancos e ainda mosqueados.
Subordinadamente, na forma de restritas lentes, ocorrem mármores finos com textura
sacaroidal, bandados e ricos em minerais máficos prismáticos, milimétricos a
submilimétricos. Estes mármores são rosados até brancos, e sempre apresentam
pequenos cristais de biotita e turmalina isoladas na massa carbonática recristalizada.
Embora os mármores sejam restritos em afloramentos, sua presença em subsuperfície
é determinada através dos testemunhos de sondagens (de poços tubulares) da região
da cidade de Caldas Novas, onde pacotes destas rochas são interceptados por
espessuras superiores a 100 metros.
•
Grupo Araxá
Corresponde a toda a região plana distribuída nas adjacências da Serra de Caldas. Os
incelbergs destacados na paisagem arrasada (tipo Serra da Matinha) também
pertencem a esta unidade. Trata-se de monótonas sequências plataformais
metamorfisadas na fácies xisto verde, com mica branca-quartzo-biotita xistos, mica
branca-biotita xistos, mica branca-biotita-granada xistos. Os xistos à muscovita e à
biotita são os tipos mais comuns, apresentando textura lepidoblástica, os tipos
granadíferos mostram feições de rotação de granadas. O protolito desta sucessão sem
dúvida é representado por metapelitos e turbiditos diluídos de plataforma.
A atitude da foliação dos xistos é bastante variável, tanto em direção quanto nos
valores de mergulho, o que deve representar redobramentos após o deslocamento da
massa de xistos sobre o anteparo crustal representado pelo Grupo Paranoá.
Além dos xistos ocorrem cristas de quartzitos, quartzitos micáceos e quartzo xistos,
caracterizando prováveis arenitos e arenitos impuros interdigitados e intercalados aos
pelitos. Estes quartzitos são foliados e apresentam padrão de fraturamento mais
denso que os xistos. O padrão da alteração destes litotipos indica a provável presença
de feldspatos na paragênese.
Microscopicamente os xistos apresentam paragêneses típicas de a fácies xisto verdes
na zona da clorita. A presença local de granada sendo hidratada e transformada em
clorita indica que este mineral não faz parte da paragênese metamórfica uma vez que
não está em equilíbrio com as condições de pressão, temperatura e atividade dos
fluidos.
Os minerais do grupo do epidoto, titanita, óxidos e o zircão são os acessórios mais
comuns encontrados em todas as fácies de xistos. Mais raramente ocorrem cristais
mal formados de turmalina em pequenas proporções.
Associado aos xistos e quartzitos ocorrem, em áreas restritas, faixas de rochas
metaultramáficas (tremolita xistos, clorita-talco xistos e esteatitos) e tipos petrográficos
interpretados como rochas metavulcânicas ácidas de composição dacítica (Campos &
Costa 1980 e Drake Jr. 1980).
A paragênese mineral do Grupo Araxá na área apresenta processos
retrometamórficos definidos pela desestabilização da biotita e granada que passam
para clorita em virtude da hidratação possivelmente ligada aos processos de
descolamento tectônico durante o Ciclo Brasiliano. Este fato também pode ser
150
observado pela hidratação dos minerais primários dos granitos e dos corpos
ultramáficos, onde feldspatos saussuritizam, biotita cloritiza, olivinas talcificam e
piroxênios anfibolitizam.
Para a melhor caracterização petrográfica e tectono-estratigráfica do Grupo Araxá na
região de Caldas Novas, é necessário que sejam desenvolvidos trabalhos de campo
em escala compatível com cartografia 1:25.000 ou maior, de forma que se possam
definir, com maior precisão, os aspectos geológicos importantes voltados para
aplicação da informação geológica para hidrogeologia, pedologia, geomorfologia, etc.
G.)
Relevo
O relevo da região é caracterizado pela Serra de Caldas novas, que possui altitudes
acima de 1000 metros e áreas mais baixas, especialmente nos vales dos principais
rios (Figura 59).
Figura 59.
Mapa hipsométrico do Polo Águas Termais
Fonte: IBGE, 2005.
O mapa de declividade mostra que a região do Polo apresenta-se bastante plana
principalmente no município de Caldas Novas. A região do município de Rio Quente
apresenta o relevo suave-ondulado e, no Polo, as altas declividades (acima de 30%)
estão concentradas na borda da Serra de Caldas Novas e na principalmente no vale
do rio Corumbá (Figura 60).
151
Figura 60.
Mapa de declividade do Polo das Águas Termais
Fonte: IBGE, 2005.
No que diz respeito às feições de relevo encontradas, pode-se observar no mapa
geomorfológico da Figura 61 que a mais representativa da região é a estrutura pseudo
dômica na Serra de Caldas Novas, local onde está instalado o Parque Estadual da
Serra de Caldas Novas.
Figura 61.
Mapa geomorfológico do Polo das Águas Termais
Fonte: IBGE, 2005.
152
O estudo da Geomorfologia da área é de suma importância para o entendimento da
evolução do relevo local, bem como para a compreensão dos processos de infiltração
das águas que alimentarão as reservas subterrâneas de águas termais e mornas.
A geomorfologia da área em estudo pode ser dividida em 3 feições, de acordo com a
altitude e a topografia do terreno:
Na região de rio Quente e Caldas Novas três compartimentos geomorfológicos foram
destacados, incluindo as regiões de Chapada Elevada, Dissecação de Borda e
Chapada Rebaixada.
•
Região de Chapada Elevada
Compreende a área que compõe o Platô na Serra de Caldas, sendo representada por
um padrão de relevo plano a suave ondulado, com baixíssima densidade de
drenagem, em uma extensa área com declividades inferiores a 5% e cotas superiores
a 950 metros. Este padrão de relevo está distribuído na forma de uma elipse com eixo
menor de cerca de 5,5 km e eixo maior com 11 km de extensão, ocupando toda a área
alta da Serra de Caldas.
Este compartimento é recoberto por um espesso manto de latossolos distróficos com
textura média a arenosa, com manchas de areias quartzosas, principalmente próximas
às bordas da Serra. Do ponto de vista de cobertura vegetal, podem ser observados
todos os estratos encontrados na fitofisionomia dos cerrados, desde campos limpos
até cerrado sensu strictu.
•
Região de Dissecação de Borda
Representado pelas escarpas da Serra de Caldas, sendo caracterizada por um padrão
de relevo forte ondulado em declividades elevadas a muito elevadas (incluindo
situações locais com declividade de 100%), elevada densidade de drenagem, com
forte incisão de vales em “V” bastante encaixados. Este compartimento apresenta
grande amplitude hipsométrica, com média de 350 metros entre os pontos culminantes
e os talvegues mais rebaixados. Este compartimento geomorfológico forma um anel
elipsoidal incluindo toda a borda da Serra de Caldas. Fato marcante é uma assimetria
observada, onde, na porção oeste da serra as declividades são maiores que nas
bordas leste e norte/sul.
As coberturas de materiais inconsolidados são essencialmente compostas por
cambissolos e associações de cambissolos litólicos e litossolos, com pequena
espessura, fase rochosa e pedregosidade elevada.
A vegetação é composta na maior parte por campos limpos e campos sujos, com
marcante desenvolvimento de floresta de galeria ao longo das principais drenagens.
Na borda da serra ocorrem áreas de cerrado rupestre típico.
•
Região de Chapada Rebaixada
Compõe os terrenos arrasados adjacentes a Serra de Caldas, incluindo um padrão de
relevo suave ondulado com pequenos inselbergs isolados em meio aos terrenos com
declividades inferiores a 10% na maior parte da faixa. A densidade de drenagem é
moderada e os cursos d’água de maior porte são encontrados neste compartimento. O
padrão dendrítico da drenagem é comum, embora localmente a drenagem retangular
controlada por estruturas pode ser observada.
Os solos são na maioria latossolos, vermelho e vermelho-amarelo com diferentes
graus de fertilidade e textura argilosa predominante.
A vegetação varia de cerrados a capões de mata, com mata galeria de médio porte. A
diversidade da biomassa é função direta da fertilidade dos solos (derivados de xistos
calcíferos) e disponibilidade de água (níveis piezométricos elevados).
153
H.)
Solos
Os solos são formados sob influência direta da geomorfologia, geologia e do clima.
Nesse contexto, segundo classificação da EMBRAPA, podem ser encontradas as
classes pedológicas ilustradas na Figura 62 e descritas a seguir.
Figura 62.
Mapa de solos do Polo Águas Termais
Fonte: IBGE, 2005.
Os solos do Cerrado originam-se de quase todos os tipos de rocha, como arenito,
ardósia, folhelho, quartzo, quartzito, granito, xisto, mica-xisto e certas formas de
gnaisse, ou de matéria de solo depositado.
Os Latossolos são os solos mais comuns na região do Cerrado, cobrindo 46% da
área. Cambissolos e Neossolos Litólicos ocupam apenas 10%, mas têm certas
particularidades que os fazem merecedores de atenção. Os Neossolos Quartzarênicos
e Argissolos, por outro lado, ocupam extensões consideráveis - 15% da área total para
cada um. Os 14% restantes do Cerrado são ocupados por variados tipos de solo os
quais preferimos por ora não mencionar.
•
Latossolos
São solos em estado de intemperismo mais avançado. Desenvolvem-se em
superfícies de relevo plano ou suavemente ondulado, são profundos, muito bem
drenados e lixiviados. Tendem a teores de argila médios a alto, mas, os altos teores
não significam alta capacidade de retenção de água, baixa infiltração, alta capacidade
de troca catiônica e problemas de aeração após chuvas intensas, já que os minerais
argilosos são do tipo 1:1 e a maior parte da fração argila é composta de óxidos de
ferro e alumínio, além de apresentarem uma estrutura forte muito pequena granular.
No antigo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, os Latossolos Amarelos e os
Vermelho-Amarelos do Cerrado estavam agrupados sob um único nome: Latossolo
Vermelho-Amarelo. O novo Sistema dividiu-os em duas classes.
154
Os Latossolos Amarelos (LA) ficaram sendo os solos que possuem cor nitidamente
amarela. Os LA e LVA podem apresentar todo o tipo de textura, desde média até
muito argilosa. Graças à cor amarela, é relativamente fácil separar os horizontes.
Este tipo de solo é predominante no topo da Serra de Caldas, em altitudes entre 950 e
1040m, provenientes das rochas do Grupo Paranoá, além de ocorrerem em áreas de
relevo medianamente dissecado com altitudes abaixo de 720m, provenientes das
rochas do Grupo Araxá.
•
Cambissolos e Neossolos Litólicos
Uma das principais características dos Cambissolos e Neossolos Litólicos é serem
pouco profundos e, muitas vezes, cascalhentos. Estes são solos "jovens" que
possuem minerais primários e altos teores de silte até mesmo nos horizontes
superficiais (os latossolos, por exemplo, podem ter muita areia ou argila, mas nunca
têm teores altos de silte). O alto teor de silte e a pouca profundidade fazem com que
estes solos tenham permeabilidade muito baixa. Os Cambissolos apresentam
vestígios do material de origem, possuindo uma textura mais grossa do que os
latossolos e os argissolos diferenciam-se dos Neossolos Litólicos por apresentarem
um horizonte B incipiente, com tendência a serem mais profundos que os Neossolos
Litólicos.
Na área estudada, estes tipos de solo aparecem na borda de dissecação da Serra de
Caldas até a sua base, entre 720 e 960m de altitude, onde afloram as rochas do
Grupo Paranoá. Devido à baixa permeabilidade, sulcos são facilmente formados pela
enxurrada, tornando alto o risco de erosão.
•
Neossolos Quartzarênicos
São solos profundos, muito bem drenados e constituídos quase que inteiramente de
grãos de quartzo do tamanho areia.
Ao contrário dos Neossolos Litólicos, os Neossolos Quartzarênicos são muito
profundos. A característica principal destes solos, no entanto, é serem completamente
dominados por areia. Os poucos nutrientes que existem nos Neossolos
Quartzarênicos estão concentrados na matéria orgânica. A cor avermelhada é dada
por uma película de hematita que também está presente. São solos muito
homogêneos. A única diferença entre os horizontes destes solos é devida à presença
de matéria orgânica nos primeiros 10 ou 15 cm. O horizonte A é seguido diretamente
pelo horizonte C, já que o alto teor de areia não permite formação de horizonte B.
Os Neossolos Quartzarênicos raramente encontram-se no alto de chapadas.
Normalmente, ocupam altitudes mais baixas com relevo suavemente ondulado. De
certa forma, é quase como um sistema hidropônico, pois todos os nutrientes precisam
ser adicionados. Existem cultivos bem sucedidos neste tipo de solo, mas o manejo tem
que ser muito bem feito já que a capacidade de troca catiônica e a retenção de
umidade são muito baixas e dependentes da matéria orgânica.
•
Argissolos
Estes solos eram anteriormente chamados de Solos Podzólicos. São solos
relativamente profundos e bem drenados, associados à terceira superfície de erosão
que secciona os metassiltitos, ardósias e calcáreos. Sua principal característica é
possuir um horizonte B textural, o qual é obrigatoriamente mais argiloso, devido ao
acúmulo pela iluviação de argilas silicatadas.
Embora existam Argissolos de todas as colorações, a maioria deles tem cores
amareladas. Eles não são tão profundos quanto os latossolos, mas são mais
profundos que os Cambissolos. Os Argissolos tendem a ser mais férteis que os outros
solos do Cerrado. Cerca de 30% dos Argissolos são eutróficos.
155
Os Argissolos tendem a ocupar o terço inferior das colinas e morros do Cerrado. O
acúmulo de argila no horizonte Bt reduz muito a permeabilidade dos Argissolos.
•
Predisposição à Erosão dos Solos (CET, 2006).
Os solos não são estáticos, pelo contrário, encontra-se em estado de contínuas
modificações. As enxurradas causadas pelas chuvas, os rios e os ventos desgastam a
superfície da Terra, transportando lentamente as partículas do solo. No estado natural
do solo, a vegetação cobre-o como um manto protetor, o que faz com que sua
remoção seja muito lenta e, portanto, compensada pelos contínuos processos de
formação do solo. No entanto, quando o homem se põe a cultivar a terra para o seu
sustento, este equilíbrio benéfico pode ser rompido. Para cultivar o solo é necessário
destruir sua cobertura vegetal e arar a camada superficial. Estas operações, quando
efetuadas sem o devido cuidado apressam grandemente a remoção dos horizontes
superficiais, promovendo a erosão acelerada.
A erosão acelerada pode ser tecnicamente definida como a remoção das partículas do
solo das partes mais altas, pela ação das águas da chuva ou dos ventos, e o
transporte e deposição destas partículas para as partes mais baixas do relevo, ou para
o fundo dos lagos, rios e oceanos.
Existem basicamente três tipos de erosão hídrica: a erosão laminar que se manifesta
pela remoção gradual de uma fina camada superficial de espessura relativamente
uniforme, cobrindo praticamente todo o relevo; a erosão em sulcos que é o desgaste
em faixas estreitas dirigidas ao longo dos maiores declives do terreno; e a erosão em
voçorocas representada pelo deslocamento de massas de solo, formando grandes
desbarrancamentos ou cavidades. Desses três tipos, a erosão laminar é a mais
importante.
A maior ou menor suscetibilidade de um terreno à erosão pela água depende de uma
série de fatores, dos quais, quatro são considerados como principais: clima da região,
tipo de solo, declividade do terreno e manejo do solo. Os fatores mais importantes do
clima com respeito à erosão são: a distribuição; a quantidade e a intensidade das
chuvas que, em forma de aguaceiros, provoca em alguns minutos grandes enxurradas
e intensa erosão.
Alguns tipos de solos são mais susceptíveis à erosão que outros, dependendo,
especialmente, de suas propriedades físicas, notadamente, textura, permeabilidade e
profundidade.
Assim, solos de textura arenosa são mais facilmente erodidos. A permeabilidade
também é outro fator importante. Da mesma forma, solos rasos (<50cm de
profundidade) são mais erodíveis que os profundos (100cm-200cm de profundidade),
porque neles a água das chuvas acumula-se acima das rochas ou camada adensada,
que é impermeável, encharcando-se mais rapidamente, o que facilita o escoamento
superficial e, consequentemente, o arraste do horizonte A.
Dado o exposto, vale salientar que os solos existentes na região do Polo devem ser
devidamente manejados para que maiores problemas causados por erosão
(voçorocas, erosão regressiva etc.) não ocorram na área, especialmente os Neossolos
e os Argissolos.
A.)
Cobertura e Uso do Solo
Em função da configuração do relevo, solos, clima e hidrografia, os principais usos do
solo/atividades econômicas encontrados na região são a pecuária e culturas anuais.
De acordo com o IBGE, a produção agrícola está voltada principalmente para soja,
feijão e milho. A Figura 63 a seguir mostra os principais usos do solo encontrados no
Polo e indica a área das principais fitofisionomias.
156
Figura 63.
Mapa de uso e cobertura do solo do Polo das Águas Termais
Fonte: IBGE, 2005.
A análise da imagem de satélite de alta resolução proveniente do Google Earth®
indica a fragmentação da paisagem natural na região do Polo, que apresenta poucas
ilhas de vegetação nativa preservada (tons de verde escuro), com maior adensamento
no município de Rio Quente, além das Áreas de Preservação Permanente (APPs) de
rios. A única área que mantém a cobertura vegetal em bom estado de preservação é a
região do PESCAN, especialmente no topo da serra (Figura 64).
157
Figura 64.
Imagem de satélite do Polo das Águas Termais
Caldas Novas
Rio
Quente
Fonte: Google Earth®.
3.6.2. Gestão Ambiental Pública
Órgãos e Instituições Públicas Presentes na Área
A.)
•
•
•
•
IBAMA
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH/
Goiás
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de GoiásEMATER-GO
Saneamento de Goiás S.A. - SANEAGO
158
•
•
•
Polícia Militar Ambiental
Promotoria de Justiça
Organizações da Sociedade Civil
Capacidade Institucional dos Municípios e das Entidades Estaduais
para a Gestão Ambiental
B.)
Apesar dos municípios afirmarem dispor de órgãos voltados à gestão ambiental e do
turismo, a eficácia destes para o planejamento indica a necessidade de reestruturação
dos órgãos para uma adequada capacidade de gestão e de fiscalização.
Quadro 09:
Capacidade Institucional dos Municípios para a Gestão Ambiental
MUNICÍPIO
ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS
Caldas Novas
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Rio Quente
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
C.)
Planos Diretores Municipais
O Plano Diretor Municipal é um instrumento de grande valia na gestão ambiental, pois
define as zonas e os respectivos usos permitidos para cada uma delas. A maioria dos
municípios da área de estudo possui plano diretor, mas, como dito em itens anteriores,
é necessário que os municípios tenham a gestão fortalecida, com quadro de
funcionários e secretarias que consigam fazer valer o que está definido na lei do plano
diretor.
Quadro 10:
Planos Diretores Municipais
MUNICÍPIO
SITUAÇÃO DO PLANO DIRETOR
Caldas Novas
Aprovado e publicado em 2003.
Rio Quente
Elaborado em 2008 - não regulamentado.
Unidades de Conservação/Eficiência da Fiscalização nas Unidades
de Conservação
D.)
No Polo existe apenas o Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, que é uma
unidade de conservação (UC) de uso sustentável estadual (Figura 65).
Figura 65.
Vista do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas.
Fonte: IBAMA, 2012.
159
O parque está localizado entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, no
Sudeste Goiano e distante somente 5 km do centro de Caldas Novas e a 174 km de
Goiânia.
Possui uma área de 123 km² em formato elipse, sendo o topo constituído de um
grande platô, as laterais com encostas que formam muralhas naturais, e o sopé da
serra fazendo divisão com fazendas e loteamentos urbanos.
Foi criado em 1970 com o objetivo de proteger a área de captação da chuva que
abastece o lençol termal que é o principal agente no desenvolvimento do complexo
turístico e de lazer que se estabeleceu na região, fazendo dos municípios de Caldas
Novas e Rio Quente, o maior complexo hoteleiro do mundo a utilizar estes recursos
termais em associação ao turismo (Figura 66).
Figura 66.
Parque Estadual da Serra de Caldas Novas.
Fonte: Trilha Virtual.
Somente em 1998, através de recursos de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS (como
ressarcimento do impacto ambiental causado pela instalação da Usina Hidrelétrica de
Corumbá I na região), ganhou moderna e harmoniosa infraestrutura física com Sede
Administrativa, Centro de Recepção, Alojamento para Pesquisadores e Guardas. O
PESCAN possui Plano de Manejo, instrumento essencial para o seu uso sustentável.
Considerado pequeno em termos de proteção do bioma Cerrado, possui contudo uma
amostra bem conservada deste ecossistema. Sua proximidade urbana facilita o
acesso da comunidade e dos turistas, o que consequentemente obriga a um controle
da visitação, de forma que o Parque cumpra sua missão de preservador do Cerrado e
do manancial hidrotermal, pois a Serra de Caldas é importante ponto de recarga deste
manancial. Ao mesmo tempo em que promove a visitação, sem causar impacto
negativo ao ambiente, o Parque é um agente ativo em Educação Ambiental junto à
comunidade e espaço destinado à pesquisa do Cerrado.
160
3.6.3. Pontos Fortes/Usos Potenciais dos
Relacionados às Atividades Turísticas
Controles
Ambientais
Os pontos fortes e usos potenciais na esfera ambiental estão inseridos nesta análise
em virtude de sua importância para o turismo (especialmente para certos segmentos
como o ecoturismo). Desta análise são posteriormente discutidas as soluções e
medidas mitigadoras (item 5.3 deste documento) que se propõem aliviar os impactos
que ocorrem na região e que interferem no desenvolvimento do turismo.
A natureza e o meio ambiente são fatores primordiais para um tipo de turismo que
integre desenvolvimento socioeconômico e preservação ambiental. O Quadro 11 faz
uma avaliação dos pontos fortes dos controles ambientais para as atividades
turísticas.
Quadro 11:
Pontos fortes/Usos potenciais dos controles ambientais relacionados às
atividades turísticas
CONTROLE
AMBIENTAL
PONTOS FORTES/USOS POTENCIAIS PARA A ATIVIDADE TURÍSTICA
Vegetação
As fisionomias encontradas são recursos turísticos importantes e significativos, uma
vez que têm grande potencial para atividades de ecoturismo
Solos
Grande parte de área é composta por Latossolos, que permite a ocupação para
diversas finalidades, quando consideradas suas fragilidades.
Relevo
A Serra de Caldas Novas tem grande potencial de exploração de ecoturismo na
região.
Rede de drenagem
A densa rede de drenagem existente na região do Pólo possibilita o uso múltiplo
das águas, fazendo com que a região seja mais desenvolvida e bem estruturada.
Outro ponto forte para o turismo é a existência das águas termais, ponto forte para
o turismo local.
Precipitação
Baixa taxa de precipitação durante a alta temporada de turismo (verão)
Temperatura
Temperaturas mais amenas nos meses de junho e julho (férias)
A.)
Vulnerabilidade Ambiental do Polo em Relação ao Desenvolvimento
do Turismo
Os impactos ambientais observados na região de Caldas Novas e Rio Quente podem
ser classificados em três grupos com origem específica: bombeamento demasiado dos
aquíferos termais, problemas de insuficiência de infraestrutura e problemas de ordem
socioeconômicos relacionados.
Os principais problemas ambientais observados que têm interferência direta ou
indireta com o desenvolvimento e consolidação do turismo são a seguir enumerados e
comentados. Merecem destaque os seguintes impactos: sobrexplotação do sistema
aquífero termal, contaminação das águas superficiais e subterrâneas, privatização e
degradação das áreas de preservação permanentes – APP, especialmente ao longo
dos leitos dos rios. Observando-se ainda a Impermeabilização da superfície urbana,
pressão do trânsito urbano, aumento de particulados na atmosfera, aumento de
produção de resíduos sólidos, desenvolvimento de processos erosivos e aumento de
demanda de materiais de construção.
161
•
Sobrexplotação do Sistema Aquífero Termal
A região de Caldas Novas, descoberta em 1722 por Bartolomeu Bueno da Silva é
exemplo de desequilíbrio no ciclo hidrológico. Em 1788 Martim Coelho de Siqueira
inicia a extração de ouro na região e dá início ao processo de ocupação territorial. O
pesquisador francês August Saint-Hilaire chega à região em 1818, encontra diversas
fontes de águas termais e as registra em seus livros. Atribui-se ao pesquisador o
primeiro registro de águas termais da região do Planalto Central.
Amplamente visitada por turistas do mundo inteiro, a região possui uma das maiores
reservas hidrotermais do mundo. Com uma população residente de aproximadamente
65.000 habitantes (SEPLAN, 2008) e população móvel atingindo até 150.000, a região
de Caldas Novas apresenta grande expectativa de crescimento, e ao longo dos anos
sofre com a sobrexplotação de seu principal recurso natural.
A sobrexplotação de um aquífero ocorre quando as vazões de bombeamento superam
as reservas explotáveis ou reservas ecológicas. A reserva explotável, por sua vez, é
conceituada como a porção de água que reabastece o aquífero, cuja retirada por
bombeamento não modifica o equilíbrio natural do sistema. Aquíferos submetidos à
sobrexplotação sofrem o rebaixamento continuado da superfície potenciométrica o que
resulta em aumento de gasto de energia para o bombeamento, diminuição progressiva
da reserva permanente, com risco de colapso do sistema de abastecimento. Do ponto
de vista do equilíbrio ecológico, a sobrexplotação causa secamento de nascentes com
comprometimento de suas funções de equilíbrio dos ecossistemas associados.
Entre o início dos anos 1980 e meados dos anos 1990 o crescimento populacional e
aporte de turistas desencadeou um consumo exagerado dos recursos hídricos
subterrâneos, com explotação permanente das águas e consequente rebaixamento
dos níveis piezométricos dos aquíferos que abastecem a região. O auge do
rebaixamento ocorreu no ano de 1996, como apresentado na Figura 67.
Estudos detalhados referentes ao potencial termal da região e seus aspectos
hidrogeológicos ainda não estão concluídos, no entanto, alguns autores já
direcionaram esforços para a necessidade de uma gestão sistemática, objetivando a
sustentabilidade do potencial termal da região (Campos & Costa 1980, Trogeret al.
1999, Haessbaert& Costa 2000, Campos et al. 2000, Troger et al. 2003, Troger et al.
2004 e Campos et al. 2004).
Em 1997, o Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM disciplinou o uso
das águas termais por meio da Portaria n° 54/1997, posteriormente substituída pela
Portaria n° 52/1999, que suspendia por dois anos a outorga de novos Alvarás de
Pesquisa e, consequentemente, a perfuração de novos poços tubulares profundos,
destinados ao aproveitamento de água mineral e/ou termal do Aquífero de Caldas
Novas e Rio Quente. Outras medidas reguladoras, como a instalação de hidrômetros
nos poços tubulares profundos e a medição mensal dos níveis piezométricos ajudaram
a conscientizar os usuários sobre a necessidade de uma gestão sustentável das
águas termais. Estas medidas estendem-se até os dias atuais.
Passados 13 anos percebeu-se uma curva ascendente nos níveis piezométricos, no
entanto, a explotação ainda é elevada e variações nos níveis de água dos sistemas
aquíferos são constantes, inclusive com tendência de rebaixamento nos 2 últimos
anos.
162
Figura 67.
Variação das cotas médias do Sistema Aquífero Araxá e superfície
potenciométrica do Sistema Aquífero Paranoá (1979 – 2009).
Fonte: AMAT 2009.
Na cidade de Caldas Novas a totalidade das águas termais é oriunda de poços
tubulares profundos que bombeiam água dos sistemas aquíferos Paranoá e Araxá.
Estas águas que alcançam até 50º C são utilizadas em diversos empreendimentos
turísticos, armazenadas em piscinas e posteriormente lançadas em drenagens
próximas, contribuindo para o desequilíbrio da água superficial versus água
subterrânea. No município de Rio Quente a maior parte da água é oriunda das
nascentes do rio Quente e apenas parcialmente a partir de poços tubulares.
•
Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas
Este impacto negativo está vinculado à soma de risco natural às cargas contaminantes
e à carga de efluentes efetivamente presentes na área. Isto significa que por mais
vulnerável que seja o meio, as águas superficiais e subterrâneas apenas sofrerão
qualquer tipo de contaminação caso haja contato com efluentes poluidores.
Na região o risco efetivo de contaminação das águas subterrâneas rasas é
considerado de moderado a alto, uma vez que grande parte das áreas urbanas não
conta com redes de coleta e tratamento dos efluentes.
Os efluentes coletados deveriam ser destinados às estações de tratamento de esgotos
- ETE.
As drenagens receptoras das águas pluviais sofrem mudança de qualidade de suas
águas após a ocupação dos pontos de lançamentos de efluentes não tratados. Este
problema também é observado após os pontos de entradas de águas pluviais.
Para se caracterizar e monitorar a qualidade das águas deve-se considerar
parâmetros químicos e biológicos que poderão ser afetados, com destaque para os
coliformes totais e termotolerantes, aumento da demanda bioquímica do oxigênio,
aumento de fosfatos, nitratos, nitritos, mudança brusca no pH e desaparecimento de
certos organismos (pequenos peixes, algas e fauna bentônica). Como à jusante dos
pontos de disposição não existem outras captações para abastecimento público, este
impacto não é determinante para a inviabilidade da ocupação. À jusante dos pontos de
disposição das águas pluviais existem captações para fins de irrigação.
163
Este impacto não é possível de ser evitado, pois não há como se eliminar todos os
resíduos sólidos acumulados nas áreas urbanas, mesmo considerando uma coleta
eficaz dos resíduos sólidos e a varrição adequada das ruas pelos serviços de limpeza
públicos. Sempre há resíduos e particulados finos que são lavados pelas águas de
escoamento superficial e que serão levados aos corpos receptores.
Outro problema é a operação das ETE instaladas na região, pois, em decorrência da
população flutuante há ampla variação das vazões de efluentes o que dificulta a
operação regular das estações de tratamento.
•
Impermeabilização da Superfície Urbana
A ampliação da ocupação urbana resulta na impermeabilização do solo a partir da
pavimentação de vias, construção de calçadas e das próprias coberturas das
edificações. No caso da Região das Águas Quentes do Estado de Goiás as cidades
ocupam a áreas sobre solos argilosos do Sistema Intergranular PII. Mesmo as áreas
não pavimentadas sofrem impermeabilização da superfície dos solos por compactação
pela ocupação das áreas com trânsito de máquinas e veículos pesados, espalhamento
de aterros etc.
Este problema é bastante crítico especialmente na cidade de Caldas Novas que
apresentou área urbana ampliada e consolidada com pavimentação de ruas,
construção de calçadas e ampliação da área construída.
Este quadro além de reduzir a infiltração e recarga dos aquíferos também causa
problemas aos recursos hídricos superficiais com aumento do excedente hídrico
pluvial que causa erosão e assoreamento dos corpos receptores.
A migração das águas pluviais representa o excedente do volume de precipitação
depois de eliminadas às retiradas por evaporação direta, interceptação, infiltração e
armazenamento em depressões. Com a ocupação da área ocorre a compactação e a
impermeabilização da área, diminuindo o volume de água infiltrada. Com isso o
volume que naturalmente infiltra na porção superior do solo é reduzido sensivelmente.
Assim, há um aumento de até 50% de escoamento superficial relacionado ao aumento
da interceptação artificial pela ocupação.
•
Pressão sobre o Trânsito Urbano
Trata-se de um impacto de grande magnitude na região, principalmente na área
urbana de Caldas Novas, o qual é intensificado nos períodos considerados de alta
temporada de turismo e em feriados nacionais ou finais de semanas prolongados por
feriados. Nestas épocas a população urbana temporária pode ser triplicada.
Como a rede viária é dimensionada para a população fixa, há um caos no tráfego de
veículos na cidade, com comprometimento da qualidade do turismo como um todo.
Este problema é maximizado na região central da cidade onde estão instalados os
principais clubes e hotéis. Nesta área há uma redução na velocidade média dos
veículos no momento de acessar os pátios de estacionamentos (o que pode inclusive
causar engarrafamentos nas avenidas principais de acesso).
Também em decorrência do aumento do número de veículos, há falta de vagas de
estacionamentos, o que contribui para ampliar o quadro caótico do trânsito urbano e
resultar em um fator negativo para o turismo.
•
Aumento de Particulados na Atmosfera
Este problema está relacionado às poeiras que são lançadas pelos ventos na
atmosfera e pelo aumento dos gases de queima de combustíveis sólidos. Sua
atividade é amplamente sentida nas fases de instalações de infraestrutura, pois há
grande movimentação de terras com supressão da camada superficial de gramíneas
164
protetoras. De forma particular estes efeitos negativos serão sentidos na época de
construção dos grandes edifícios com a movimentação de máquinas e caminhões.
É um impacto considerado grave, pois existem populações urbanas estabelecidas de
forma permanente e que são afetadas com o aumento do fluxo de turistas e com as
novas incorporações imobiliárias. Além, da grande magnitude, este impacto é
considerado de grande persistência, uma vez que tende a ser ampliado com o avanço
da ocupação.
•
Aumento de Produção de Resíduos Sólidos
Este impacto é diretamente decorrente do aumento da densidade populacional. Tratase da produção de diversos tipos de rejeitos, desde domésticos produzidos pela
população residencial fixa, até resíduos recicláveis (principalmente papel) produzidos
nas áreas de atividade comercial.
Além do aumento de produção de lixo, há o risco de que os efluentes gerados pela
decomposição deste material contaminem os recursos hídricos superficiais e
subterrâneos, quando são acumulados em sítios impróprios ou inadequadamente
operados.
Este impacto é considerado como de moderada magnitude, pois a região já é
urbanizada e um sistema de coleta de resíduos sólidos e varrição de ruas já operam
de forma eficiente. No entanto, não há disposição adequada do lixo ou mesmo
tratamento.
No futuro com o aumento da informação por parte dos turistas, este cenário pode ser
crítico. Pois já existe um movimento de ONGs ambientalistas de condicionar o turismo,
principalmente o ecoturismo, para área em que todos os sistemas de gestão ambiental
são cumpridos e de evitar visitação em área com itens de gestão ambiental pendentes.
Porém, como colocado na análise de infraestrutura básica, este problema está em vias
de solução no âmbito municipal.
B.)
Poluição Sonora
Além do turismo relacionado à exploração do potencial hidrotermal, a região tem se
consolidado pela realização de eventos musicais com apresentação de artistas
nacionalmente conhecidos, além de outras atrações. Dentre alguns dos eventos
podem ser citados o Caldas Fest e o carnaval fora de temporada.
O problema é que tais eventos requerem uma ampla estrutura de som com potência
muito grande que pode afetar grande parte da cidade (residentes e turistas). De forma
geral, a estrutura é montada em área periurbana nas imediações da entrada da
cidade. Entretanto, os horários noturnos que superam as 22:00 horas e o volume
elevado de decibéis representam um impacto que compromete a qualidade de vida
local.
Além das grandes festas eventuais, o nível de ruído das cidades aumenta muito nas
épocas de grande aporte de turistas, devido principalmente aos veículos de som
comerciais, veículos particulares com volume muito elevado dos sons automotivos, e
também pelo próprio tráfego de veículos.
C.)
Desenvolvimento de Processos Erosivos
Impacto negativo passível de ocorrer em qualquer tipo de ocupação urbana onde não
são tomadas as medidas adequadas de contenção de fluxo canalizado sobre a
superfície. Podem ser classificadas em erosão do tipo linear (concentrada) ou laminar
(difusa). No caso da região das águas quentes de Goiás este impacto é considerado
importante e de moderada magnitude, pois, em muitas áreas ocupadas não há
instalação de redes de drenagem pluvial.
165
D.)
Aumento da Demanda por Materiais de Construção
A ampliação das áreas urbanas e implantação de infraestrutura requerem materiais de
uso diretos nas construções e em revestimento de vias de acesso e aterros. Em
virtude do baixo valor agregado deste tipo de bem mineral (areia fina e grossa,
cascalhos, material pétreo) grande parte deve ser produzida próximo às áreas de
consumo, isto é, nos próprios municípios ou nas adjacências das áreas urbanas.
Os materiais de uso direto em construção civil representam uma classe de bem
mineral que gera amplo impacto ambiental para sua produção, pois são oriundos de
dragagem de rios (areias fina e grossa), são obtidos de várzeas de córregos e veredas
(principalmente as argilas) ou são produzidos pedreiras (brita e demais agregados).
Assim há a degradação das áreas de empréstimo, em geral externas à região em que
serão utilizados. Neste caso, ocorre abertura de trincheiras, remoção de vegetação,
exposição à erosão e outras implicações negativas.
E.)
Identificação e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente que já
tenham sido causados por Atividades Turísticas ou que afetam essas
Atividades
Serão abordados os seguintes aspectos:
•
•
Identificação e descrição de áreas degradadas, suscetíveis de ocupação ou em
risco de deterioração, contemplando os fatores de degradação;
Fatores que degradam o meio ambiente e que têm potencial de afetar as
atividades turísticas.
Tanto o município de Caldas Novas como de Rio Quente apresentam problemas em
comum, principalmente relacionados aos fatores que degradam o meio ambiente com
potencial de afetar as atividades turísticas, como:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Destinação incorreta dos resíduos sólidos;
Queima de lixo a céu aberto;
Despejo de esgoto in natura nos cursos d’água;
Supressão da vegetação nativa;
Ocupações irregulares.
Resíduos de construção civil em local inapropriado.
Ausência de infraestrutura de saneamento ambiental;
Contaminação das águas por atividades turísticas;
Assoreamento dos rios;
Lixo espalhado nas áreas urbanas;
Como descrito, os principais impactos no meio ambiente que já tenham sido causados
por atividades turísticas ou que afetam essas atividades são causados pela falta de
infraestrutura básica de saneamento ambiental ou falta de fiscalização por parte dos
órgãos responsáveis, o que gera conflitos entre a população e a administração
pública, comprometendo as atividades turísticas.
Apesar desses problemas, comuns a praticamente todo o Brasil, o principal problema
no Polo é relacionado com a sobrexplotação do Sistema Aquífero Termal, como
observado anteriormente.
F.)
Necessidade de Reabilitação
Da análise dos pontos fortes e usos potenciais dos controles ambientais relacionados
às atividades turísticas tem-se o Quadro 12 que trata da síntese dos principais
conflitos, impactos negativos e as ações voltadas para a minimização dos impactos da
atividade turística.
166
Quadro 12:
Síntese: Problema/Conflito, Impactos/Efeitos e Ações para o Turismo
PROBLEMAS/CONFLITOS
IMPACTOS/EFEITOS
AÇÕES
Disposição inadequada de lixo
•
•
•
Empobrecimento da paisagem;
Diminuição da visitação;
Risco de contaminação;
•
•
•
Campanhas de sensibilização;
Distribuição de lixeiras
Recolhimento regular dos resíduos gerados;
Ausência de aterro sanitário
•
•
•
Contaminação do solo;
Empobrecimento da paisagem;
Proliferação de insetos e doenças;
•
Elaboração de Planos de gestão de resíduos sólidos;
Ausência de um sistema disposição
adequada, coleta, destinação e
tratamento do lixo.
•
•
•
Contaminação dos recursos hídricos;
Perda do valor cênico da paisagem;
Diminuição da visitação;
•
Poluição sonora
•
•
Diminuição da visitação;
•
Desconforto entre a população local frente aos turistas; •
•
Ocupações irregulares
•
•
•
•
•
•
•
•
Degradação ambiental;
•
Uso e ocupação desordenados
Contaminação do lençol freático;
•
Risco de deficiência no abastecimento
•
Pressão imobiliária;
•
Desordenamento urbano;
Clandestinidade no fornecimento de água e energia
•
elétrica;
Ocupações irregulares (continuação)
•
•
•
•
•
Construções em APPs
•
•
•
Assoreamento / diminuição da vazão do rio;
•
Redução do potencial pesqueiro em determinadas •
áreas;
•
Interferência na paisagem natural
Implantação de coleta de lixo, do tipo seletiva, gerando
renda para a comunidade;
Disposição de lixeiras seletivas
Ações de Educação Ambiental;
Local adequado para disposição final destes resíduos;
Realização de obras de saneamento básico;
Estabelecimento de Padrões para o uso de som;
Campanha de sensibilização;
Fiscalização efetiva;
Regularização das ocupações existentes;
Fiscalização e autuação de novas invasões;
Ações de recuperação das áreas mais atingidas com a
ocupação irregular;
Construção de rede de esgoto;
Fiscalização e exigência do cumprimento das normas
para perfuração de poços;
Fiscalização quanto ao licenciamento ambiental para
construção;
Regularização das edificações em situação não
condizente com as legislações;
Ações de fiscalização;
Ações de revitalização;
Remoção e recuperação ambiental
167
PROBLEMAS/CONFLITOS
Construções em APPs (continuação)
IMPACTOS/EFEITOS
•
•
•
•
•
AÇÕES
Erosão de talude (borda do rio);
Redução da calha do rio;
Prejuízos à qualidade da paisagem (perda do atrativo
turístico);
Poluição da água
Restrição de acesso à área pública
Falta de saneamento básico;
•
•
•
Contaminação dos recursos hídricos;
Prejuízos na reprodução natural de peixes
Perda de potencialidade turística;
•
•
•
Obras de saneamento;
Tratamento de esgoto;
Fiscalização por órgãos estaduais de Meio Ambiente;
Abastecimento irregular de água; água
de má qualidade.
•
•
Entraves na realização de atividades de turísticas;
Má qualidade de vida da população local;
•
•
Melhorias nas condições de abastecimento;
Utilização de outras fontes de recursos hídricos;
Falta de conscientização Ambiental por
parte da população;
•
Depreciação dos recursos naturais.
•
Atividades mais efetivas de sensibilização ambiental;
Uso de agrotóxicos nos áreas de cultivo;
•
•
•
Mortandade de peixes
Contaminação da água
Contaminação de espécies de peixe;
•
•
Efetivação em ações de fiscalização;
Utilização de produtos biodegradáveis;
Assoreamento dos rios;
•
•
Redução do potencial pesqueiro;
•
Dificuldades no atracamento e deslocamento de
embarcações;
Poluição dos rios;
•
•
•
•
Redução do potencial pesqueiro;
Contaminação da água, peixes e população;
Prejuízos no potencial paisagístico;
Emperramento das atividades turísticas;
•
•
•
Campanhas de sensibilização;
Realização de obras de saneamento;
Fiscalização efetiva;
Destruição dos ecossistemas locais.
•
•
•
Perda das feições paisagísticas
Redução da biodiversidade (supressão da vegetação);
Degradação dos recursos naturais
•
•
Elaboração de Projeto de reordenamento da ocupação;
Cumprimento efetivo da legislação ambiental.
Ações de revitalização;
168
3.6.4. Soluções e Medidas Mitigadoras
A proposição de medidas mitigadoras visa à atenuação dos impactos que ocorrem na
região e que interferem no desenvolvimento do turismo. A mitigação dos problemas pode
ser alcançada com a implementação de uma série de medidas, de práticas
preservacionistas e de manejo ambiental que em conjunto deverão ampliar o potencial
turístico da região.
A.)
Sobrexplotação do Sistema Aquífero Termal
A potencialidade de um aquífero está diretamente associada ao volume de água de
recarga. Visando compensar a redução do volume de infiltração de água no solo,
ocasionada pela impermeabilização através do uso e ocupação de forma inadequada e
da explotação sem controle, recomendam-se técnicas de aproveitamento de águas
pluviais, como a instalação de sistemas de coleta de água nos telhados das residências e
das edificações públicas, sendo direcionada a caixas de infiltração.
A Associação dos Mineradores de Águas Termais de Caldas Novas - AMAT desenvolve
um projeto de gestão das águas termais onde o projeto de recarga é uma das principais
ações.
A recarga natural dos aquíferos se dá a partir da infiltração da água da chuva, através de
sua zona não saturada, até alcançar sua zona de transição e ocupar a porção saturada
do domínio rochoso. A expansão urbana, necessariamente, levará a pavimentação e
impermeabilização de grandes áreas (ruas, passeios, coberturas de residências etc.), o
que causará uma drástica redução da infiltração natural e aumentará o fluxo superficial
total (run off), resultando na diminuição da recarga natural dos aquíferos.
Este fato é corroborado pelo monitoramento dos níveis piezométricos da região de
Caldas Novas que mostra progressivo rebaixamento desde o início de 1980.
Para minimizar este impacto antrópico sobre o sistema natural, é recomendável o
desenvolvimento da prática de recarga artificial dos aquíferos. Essa prática consiste de
qualquer processo que induza a infiltração ou injeção de água nos aquíferos, podendo
ser por meio de caixas ou barragens de infiltração, espalhamento de água sobre o solo,
sulcos paralelos às curvas de nível, poços de injeção etc. (Fetter 1994).
As práticas de recarga artificial são muito utilizadas em várias regiões do mundo com
objetivos variados, podendo-se citar os seguintes exemplos:
•
•
•
•
•
•
•
•
Fresno, Califórnia (Salo et al. 1988), visando minimizar contaminação de
aquíferos;
Las Vegas Valley, Nevada (Katzer & Brothers, 1989), objetivando aumentar a
água disponível para abastecimento público;
Filadélfia, Paraguai (Godoy et al. 1994), com o intuito de aumentar o volume de
água para irrigação;
Orange County, Califórnia (Matthews, 1991), para recarregar aquíferos com água
de rio;
Alemanha, para a regularização da temperatura e pH, a partir de águas tratadas,
com origens variadas;
Karany, República Checa (Knezek & Kubala 1994), para viabilizar o
abastecimento público da Cidade de Praga;
Norte de Londres, Inglaterra (O’Shea 1994), para gestão de áreas semiáridas e
Condomínio Alto da Boa Vista, na porção centro-norte do Distrito Federal, para a
regularização de aquíferos fraturados utilizados para abastecimento humano
(Cadamuro 2002 e Cadamuro et al. 2002).
169
Para o caso específico desta região duas metodologias estão sendo estudadas:
•
•
Caixas de recarga, preenchidas com material permeável (materiais com elevada
condutividade hidráulica) para induzir a infiltração; e
Injeção diretamente em poços tubulares profundos.
As caixas e os poços de injeção deverão ser alimentados por águas de circulação em
piscinas depois do devido tratamento físico-químico e bacteriológico.
O modelo de sistema de recarga artificial para as águas subterrâneas rasas, proposto é
similar ao desenvolvido e testado por Cadamuro (2002) e Cadamuro et al. (2003). Sua
aplicação é tecnicamente viável em toda a área em que ocorram latossolos, como o
principal tipo de cobertura.
O sistema deve ser composto por uma calha que capte as águas de chuva sobre os
telhados e por tubo de PVC e as direcione para as caixas de infiltração. Estas devem ser
construídas preferencialmente com máxima distância do sistema de fossa-sumidor,
mantendo uma distância mínima de três metros das edificações (casas e muros) para
evitar riscos geotécnicos às fundações. Devem ter um padrão cilíndrico com 1 metro de
diâmetro e 2,5 metros de profundidade, preenchidas por cascalho de seixos
arredondados (cascalho de rio) (Figura 68).
Um furo de 4 polegadas poderá ser instalado no fundo das caixas para otimizar a
infiltração vertical. Essa estrutura pode ser perfurada com uso de trado manual e também
deverá ser preenchida com o mesmo material da caixa.
Para maximizar a eficiência do processo, deverá ser construída uma caixa em cada
clube, sendo o local mais apropriado definido em função da distribuição das edificações e
instalações civis dentro do lote. As caixas serão construídas preferencialmente nas áreas
verdes dos lotes (geralmente áreas com coberturas de grama), o mais afastado possível
do sistema de fossa e sumidouro de águas servidas.
Durante os intervalos entre os eventos de precipitação pluviométrica, a água coletada nas
caixas poderá infiltrar através dos aquíferos porosos e induzir a recarga das águas mais
profundas dos sistemas fraturados.
No caso da injeção direta em poços, uma preocupação maior com a qualidade da água
deverá ser considerada. Neste caso devem-se utilizar poços fora de operação e poços
que foram substituídos por novos sistemas de captação.
Os resultados preliminares deste projeto mostram-se bastante interessantes de forma
que a recarga direta já foi testada em diferentes poços e se mostrou hidraulicamente
viável e dois sistemas pilotos já foram instalados para o monitoramento da recarga
indireta (Figura 68).
A seção vertical ilustra um perfil generalizado, desenvolvido sobre metarritmitos
arenosos. As espessuras representam as médias observadas e as setas são
representações qualitativas da variação da condutividade hidráulica vertical (Kv) ao longo
do perfil, no qual setas maiores indicam valores maiores e as setas menores, valores
menores (compilado de Cadamuro et al., 2003).
170
Figura 68.
Representação esquemática da caixa de recarga padrão
Fonte: AMAT 2009.
B.)
Impermeabilização da Superfície Urbana
Este impacto, embora não possa ser eliminado, pois a ocupação necessariamente causa
a impermeabilização da superfície, pode ser mitigado por iniciativas como a utilização de
pavimentos alternativos para vias de acesso, como bloquetes de concreto intertravados
ou através da construção de sistemas de recarga artificial. A indução de infiltração de
águas pluviais tem dois efeitos positivos, inicialmente aumenta a recarga dos aquíferos e
ainda diminui o volume de águas pluviais, reduzindo os impactos na descarga final das
galerias pluviais nas drenagens receptoras. Ressalta-se que, os recursos hídricos
subterrâneos deverão ser monitorados pelos dados de vazão e níveis estáticos e
dinâmicos dos poços tubulares profundos a serem perfurados na área.
C.)
Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas
A contaminação das águas subterrâneas pode ser totalmente evitada desde que: a) os
poços para uso de águas subterrâneas (termais ou não) sejam construídos seguindo as
normas técnicas e obedecendo aos parâmetros mínimos que definem o perímetro de
proteção do poço (PPP), b) a alternativa de esgotamento sanitário seja a de canalização
e tratamento dos efluentes e c) os resíduos sólidos sejam devidamente retirados e
adequadamente geridos. Dentre as normas de construção de poços para minimizar o
risco a contaminação destacam-se: o revestimento dos primeiros 25 metros, a utilização
de filtros e revestimento de PVC, a não colocação de pré-filtro nos primeiros 30 metros e
a concretagem dos primeiros 25 metros ou o máximo tecnicamente viável.
171
A minimização da contaminação da drenagem receptora dos efluentes tratados e das
águas pluviais poderá ser alcançada a partir de um manejo adequado das áreas que
conterão edificações, limitando as áreas expostas e/ou com necessidade de movimento
de terras. A recomposição vegetal imediata após o uso das áreas de empréstimo também
diminui a disponibilidade de material fino que pode ser carreado pelas águas pluviais para
o leito das drenagens receptoras.
Este impacto pode ser minimizado em função da operação adequada da estação de
tratamento de esgotos (o que transcende as obrigações dos empreendedores de turismo
e passa pelas ações do poder público municipal em associação com a concessionária
estadual de serviços de saneamento, SANEAGO).
A fiscalização de utilização indevida da rede pluvial para descarte de esgotos, também é
uma medida importante para evitar a contaminação dos cursos fluviais por esgotos e
águas servidas. Outra ação necessária é a implementação de programa de
monitoramento e acompanhamento das características do corpo receptor.
D.)
Pressão sobre o Trânsito Urbano
Para minimizar o problema do trânsito urbano uma série de iniciativas pode ser aplicada,
com destaque para: implantação de sinalização indicativa de acesso; manutenção de um
sistema de acesso bem definido, com vias exclusivas para diferentes direções de tráfego;
desenvolvimento de programas de melhorias do sistema de transporte público com linhas
exclusivas de ligação entre o centro da cidade e os bairros; desenvolver um sistema de
sincronização de semáforos para maximizar a velocidade média nas principais avenidas.
De forma geral um programa de engenharia de trânsito deve ser implantado.
Para minimizar o aumento da demanda de vagas de estacionamento é essencial que seja
considerado um número mínimo de vagas para atendimento da demanda em períodos de
pico de presença de turistas. Para tanto, deve-se reservar espaços suficientes para a
construção de estacionamentos, ou na possibilidade de implantação de estacionamentos
subterrâneos. Para tanto, pode-se viabilizar parceria entre o poder público local e
empresário. As novas edificações e novas incorporações devem prever um mínimo de
vagas por apartamento, sala comercial.
E.)
Aumento de Produção de Resíduos Sólidos
Problema facilmente minimizado a partir da coleta sistemática do lixo urbano e
desenvolvimento de um programa de conscientização ambiental da população local (fixa
e flutuante), inclusive com a colocação de recipientes para coleta seletiva do lixo em
pontos estratégicos. A disposição final do lixo deverá ser realizada a partir da integração
aos sistemas municipais de coleta de lixo urbano.
A implantação de um sistema de coleta seletiva nas instalações também é uma iniciativa
bastante interessante, pois o turismo gera grande volume de resíduos inorgânicos e
material orgânico, que podem ser, respectivamente, reciclados ou utilizados para
compostagem (produção de fertilizantes orgânicos).
A instalação de um aterro sanitário condicionado a todos os controles ambientais, com
coleta e tratamento do chorume, coleta e uso do gás gerado e monitoramento da
qualidade das águas é outra ação fundamental para fechar o ciclo de gestão dos
resíduos sólidos.
F.)
Poluição Sonora
A minimização do problema de poluição sonora nas áreas urbanas de Caldas Novas e
Rio Quente podem ser alcançados a partir da implementação das seguintes ações:
172
•
•
•
G.)
Proibição de uso de aparelhos sonoros de veículos em áreas públicas, tanto os de
comerciais quanto os de usuários independentes;
Planejamento adequado das grandes festas, com máximo isolamento das fontes
de ruídos; e
Desenvolvimento de programas de educação ambiental específico para este fim,
destacando o quanto a qualidade de vida da população residente e do turismo
pode ser ampliada em um ambiente mais silencioso.
Desenvolvimento de Processos Erosivo
Este problema deverá ser minimizado a partir da implementação das mesmas ações para
minimização da sobrexplotação dos aquíferos e para minimização da impermeabilização
das superfícies ocupadas.
A redução do excedente hídrico superficial deve minimizar a energia das águas e,
consequentemente, diminuir o desenvolvimento de erosão. A instalação de sistemas de
dissipação de energia das águas nas entradas das galerias pluviais nos corpos
receptores também deve auxiliar na minimização deste problema ambiental.
H.)
Aumento de Demanda de Materiais de Construção
Para minimizar os efeitos no ambiente da produção de materiais de construção devem-se
desenvolver programas municipais de controle ambiental na mineração. Além das
fiscalizações federais e estaduais, a gestão local tem maior efetividade, pois pode ter
maior frequência e ser direcionada aos problemas mais graves.
A recuperação das áreas degradadas, incluindo os passivos ambientais gerados pela
atividade mineral deve ser o foco prioritário. A necessidade de certificação da origem dos
materiais consumidos pelos usuários finais é uma estratégia que vem ganhando força em
alguns mercados nacionais e pode facilmente ser empregada na realidade dos
municípios de Caldas Novas e Rio Quente.
Por fim, a importação de certos materiais que geram maior impacto pode ser uma
alternativa à sua produção local. Esta ação pode ser direcionada para as indústrias de
cerâmica que causam amplo impacto ambiental tanto na extração de argila como na
queima de madeira nos fornos. A importação de centros em que a atividade é tradicional
e os controles ambientais são mais rigorosos pode favorecer a preservação ambiental
como um todo.
3.7. Conclusões do Diagnóstico
Após analisar o mercado turístico, caracterizando a demanda e a oferta turística, os
atrativos turísticos, a infraestrutura básica e os serviços oferecidos pelo Polo das Águas
Termais, pode-se concluir que o produto principal está relacionado à utilização das águas
termais para o lazer e entretenimento. Os segmentos complementares são: turismo
hidrotermal, ecoturismo/turismo de aventura e turismo de negócios e eventos.
O segmento de lazer e entretenimento representa a atividade turística consolidada e é
responsável pela quase totalidade do fluxo de visitantes nos dois municípios. É composto
pela infraestrutura turística das piscinas termais e nas instalações hoteleiras em conjunto
com clubes e equipamentos de recreação, além do Lago Corumbá I, que margeia a área
urbana de Caldas Novas e contribui para a valorização deste segmento.
Explorado de forma plena pelo trade, o turismo de lazer e entretenimento garante um
grande fluxo de turistas periodicamente, principalmente nos períodos de férias, feriados e
finais de semana.
173
A atividade relacionada ao segmento hidrotermal está relacionada ao bem-estar e à
saúde entendida como o completo bem-estar físico, mental e social. Este segmento
possui uma característica importante que é a não sazonalidade de visitantes, inclusive a
visitação e a taxa de ocupação hoteleira se intercala com a época de maior procura
turística. Fundamenta-se, basicamente, na mesma infraestrutura do segmento lazer e
recreação.
A visitação em massa gerada por esses dois grupos de atividades, especialmente pelo
primeiro (lazer e entretenimento) gera alguns impactos preocupantes nos dois
municípios. Os conflitos acontecem principalmente nos feriados prolongados e nas
temporadas de férias, quando a infraestrutura básica e a rede urbana são extrapoladas
em sua capacidade de operação. Outro ponto é a exaustiva exploração dos poços de
águas quentes, fator que vem sendo monitorado pelo DNMP – Departamento Nacional de
Produção Mineral, a grande produção de resíduos sólidos que voltam para a natureza
sem tratamento e a falta de esgoto sanitário. O fator positivo constatado é a consolidação
de uma extensa rede hoteleira, a maior de Goiás e uma das maiores do Brasil.
As atividades de ecoturismo e de turismo de aventura basicamente são desenvolvidas no
âmbito privado e sua realização acontece de forma espontânea. Observa-se a existência
do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas – PESCAN passível de investimentos
para que venha a se tornar importante atrativo de ecoturismo.
Há a necessidade de elaboração e estruturação de roteiros de visita ao parque, com
trilhas de caminhadas e cavalgadas, observação de fauna e flora nativas, aos rios e
cachoeiras. A implantação da infraestrutura e dos equipamentos turísticos e a
estruturação dos receptivos, com produção de informações turísticas específicas, assim
como a divulgação, são essenciais para a efetivação de sua inclusão como atrativo
turístico.
As atividades relacionadas a negócios e eventos também se encontram em inicio de
desenvolvimento, com potencialidade de crescimento.
O amplo parque hoteleiro do Polo permite o desenvolvimento do turismo de eventos e
negócios, além de centros de convenções, de salas e de outros espaços específicos.
Complementarmente a outras modalidades, o turismo de negócios e eventos pode
auxiliar na redução da sazonalidade no Polo. A estratégia do Estado, no entanto, é de
concentrar esforços e investimentos, neste momento, no Polo de Negócios e Eventos na
Região Metropolitana de Goiânia.
No caso do Polo das Águas Termais, considera que este produto encontra-se em fase
inicial de desenvolvimento e deve ser estruturado pelos atores locais. Para tanto, esses
atores poderiam buscar estratégias e meios para a implantação de centro de eventos,
instituição de calendário, incentivo à criação de empresas especializadas em organização
de eventos, qualificação dos meios de hospedagem e das atividades de apoio ao turismo.
Os demais grupos de atividades configuram-se como potenciais para a região, porém
com baixo grau de desenvolvimento atual.
A seguir são apresentadas a metodologia e a matriz de ponderação que subsidiaram
essa análise, indicaram as áreas críticas de intervenção e remeteram a considerações
sobre a posição atual e o posicionamento potencial das modalidades de turismo a partir
dos grupos de atividades determinados.
A análise foi realizada com a participação dos atores locais, em evento específico para a
elaboração deste PDITS, sendo as ponderações e os textos ajustados conforme o
posicionamento dos participantes.
174
PARTE IV – ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
175
4. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
O conhecimento da realidade da região, consubstanciado no diagnóstico realizado,
representa a base para o estabelecimento das estratégias e definição das ações
propostas para o PDITS. Tais etapas de elaboração do Plano foram efetivadas com a
participação e a contribuição de atores locais a partir do emprego de técnicas específicas,
e a contribuição de atores locais, a partir do emprego de técnicas específicas, e ainda
pela leitura técnica procedida por profissionais locais e consultores contratados.
Dentre os eventos de participação social foram seminários e oficinas, cujo registro
compõe o Anexo 9 deste documento. Para tanto atuaram especialistas das áreas de:
turismo, geografia/ ecologia, hidrogeologia, engenharia civil/ saneamento ambiental,
urbanismo, socioeconomia e análise institucional. Como insumo, foram utilizados os
dados primários, obtidos em levantamento de campo, e secundários.
É necessário frisar que a formulação estratégica deste PDITS não se restringe ao
financiamento do programa, mas, sim, consiste em uma estruturação estratégica do
desenvolvimento turístico do Polo das Águas Termais. Desta forma, as estratégias
ficadas não consideram apenas o horizonte imediato à captação de recursos do
PRODETUR NACIONAL. Antes, buscam traduzir uma política estadual de
desenvolvimento integrado do turismo para a região.
4.1. Construção da Matriz FOFA
A partir do diagnóstico foi elaborada uma matriz identificando os pontos fortes, pontos
fracos, ameaças e oportunidades relativas ao Polo das Águas Termais, de forma a criar a
base para a proposição de estratégias e ações ofensivas.
4.1.1. Metodologia de Construção da Matriz
A partir de pesquisa documental e das informações coletadas em entrevistas, oficinas e
reuniões de trabalho realizadas em campo, que envolveram representantes da
administração municipal e da sociedade, foram organizadas informações, em quadros e
numa matriz, que permitem a interpretação e a análise da realidade atual da área
abrangida. foram utilizados, para tanto, os princípios metodológicos da matriz SWOT,
também denominada matriz FOFA
Nesta Matriz buscou-se descrever e analisar a realidade do polo das águas termais de
forma a identificar fatores pertinentes ao ambiente externo (oportunidades e ameaças) e
ao ambiente interno (forças e fragilidades) do contexto abrangido.
Foram assim registradas as situações positivas e negativas do ambiente interno – Forças
e Fragilidades, denominadas variáveis internas, que podem ser controladas no âmbito
dos municípios abrangidos.
As situações que tem sua origem no âmbito externo aos municípios e que não podem ser
controladas internamente por eles são chamadas de variáveis externas. Essas
variáveis, quando positivas, classificam-se como Oportunidades e, quando negativas,
como Ameaças.
A Matriz FOFA permite a leitura das variáveis a partir de suas linhas e colunas e do
registro gráfico da relação de intensidade existente no cruzamento de cada casa dos dois
eixos – horizontal e vertical, considerada a realidade da área analisada. Como referencial
para essa análise foi adotada a seguinte codificação em cores:
176
COR
INTENSIDADE DA RELAÇÃO ENTRE OS FATORES*
VERMELHA
FORTE
LARANJA
MÉDIA
AMARELA
FRACA
BRANCA
INEXISTENTE
* Oportunidades x Forças
* Oportunidades x Fragilidades
* Ameaças x Forças
* Ameaças x Fragilidades
Nesta análise, verifica-se que, quanto mais intensa for a relação entre determinados
fatores, maior é a indicação de que, àquele campo, corresponderá a fixação de uma linha
estratégica para desenvolvimento do turismo no Polo das Águas Termais.
O diagrama a seguir busca a compreensão da natureza da ação necessária relativa ao
desenvolvimento do turismo, indicada pelo cruzamento de duas variáveis, em cada
quadrante.
Figura 69.
Matriz FOFA – Características Próprias de cada Quadrante
OPORTUNIDADES
AMEAÇÃS
AMBIENTE EXTERNO
AMBIENTE INTERNO
FORÇAS
FRAGILIDADES
CAPITALIZAÇÃO/DESENVOLVIMENTO
CRESCIMENTO
FORÇAS x OPORTUNIDADES
FRAGILIDADES x OPORTUNIDADES
Desenvolvimento.
Resultado mais rápido - consolidação do
desenvolvimento.
Campos mais acessíveis.
Ambiente preparado – sinal aberto.
Eliminar ou minimizar os pontos fracos,
para aproveitar as oportunidades.
Intervenções para não perder as
oportunidades presentes.
PRIORIDADE 1
PRIORIDADE 2
MANUTENÇÃO
SOBREVIVÊNCIA
FORÇAS x AMEAÇAS
FRAGILIDADES x AMEAÇAS
Monitorar ameaças.
Exercer o controle sobre a situação.
Manter ou aperfeiçoar as forças.
Gestão do ambiente interno.
Eliminar ou minimizar, ao máximo, as
fragilidades e monitorar as ameaças.
PERIGO! INTERVIR COM URGÊNCIA!
PRIORIDADE 3
PRIORIDADE 4
177
Quadrante 1: diante de um dado de realidade que representa Força identificada
no ambiente interno tida como fator impulsor, em cruzamento com uma
Oportunidade detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir em
função de capitalizar o que está acessível, obtendo assim respostas rápidas rumo
ao DESENVOLVIMENTO;
Quadrante 2: igualmente, diante de um dado da realidade que representa Força
identificada no ambiente interno, tida como fator impulsor, agora em cruzamento
com uma Ameaça detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir no
sentido de manter as forças e de monitorar as ameaças, tendo como resultante a
MANUTENÇÃO. Esta ação requer uma postura proativa e assertiva, na medida
em que os atores do ambiente interno não podem interferir diretamente para
superação das ameaças, que estão fora de seu controle;
Quadrante 3: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa
uma Fragilidade – uma barreira ao desenvolvimento , em cruzamento com uma
Oportunidade, tem-se a indicação de ações que levem à reversão da fragilidade,
de forma a não desperdiçar a Oportunidade apresentada pelo ambiente externo.
Assim, ter-se-á como resultante o CRESCIMENTO, ainda que este possa vir de
forma lenta, dependendo das dificuldades a serem enfrentadas para eliminação
ou minimização da fragilidade em tela;
Quadrante 4: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa
também uma Fragilidade - uma barreira ao desenvolvimento em cruzamento com
uma Ameaça detectada no ambiente externo, tem-se a indicação clara de
intervenções urgentes, prioritárias, para eliminar ou minimizar a fragilidade interna
e, desta forma, com forças repostas, poder SOBREVIVER às ameaças externas.
A Matriz FOFA, metodologicamente, é um poderoso exercício em que as questões se
ordenam e entrecruzam e não tem como foco estabelecer escalas de prioridade na leitura
que foi desenvolvida. Trata-se de um estágio do processo de construção de propostas e
de uma forma gráfica de registro das questões apontadas ao longo da análise da
realidade, seja sob a ótica da administração pública seja sob a perspectiva dos inúmeros
fatores externos à administração que sobre ela interferem.
4.1.2. Construção de Cenários
A.)
Cenários Interno e Externo – Leitura Comunitária
A análise do cenário interno do Polo das Águas Termais permite a identificação de pontos
fortes e fracos, bem como a identificação das melhores maneiras de utilizá-los ou eliminálos.
No intuito de facilitar o levantamento e a organização das situações a analisar, foram
criados, por ocasião da Oficina de Trabalho realizada com a participação de atores locais,
- cinco grupos de trabalho, assim distribuídos:
•
GRUPO 1 – PRODUTO TURÍSTICO;
•
GRUPO 2 – COMERCIALIZAÇÃO;
•
GRUPO 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL;
•
GRUPO 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS;
•
GRUPO 5 – GESTÃO AMBIENTAL
178
Assim, cada Grupo analisou as forças, oportunidades, fragilidades e ameaças de um
tema específico. Esses temas são conceituados no Termo de Referência utilizado para
elaboração do PDTIS, da seguinte forma:
•
•
•
•
•
Produto Turístico - relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um
destino turístico. Tem como base os atrativos que originam o deslocamento do
turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo
turístico.
Comercialização - contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos
destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de
comercialização escolhidos.
Fortalecimento Institucional - engloba ações orientadas a fortalecer as
instituições do polo turístico, por meio de mecanismos de gestão e coordenação
no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão
turística estadual e municipal.
Infraestrutura e Serviços Básicos - integra investimentos de infraestrutura e
serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para
gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades
básicas do turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento,
energia, telecomunicações, saúde, segurança e transporte.
Gestão Ambiental - engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que
constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos
ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam gerar.
No 2º Seminário para Elaboração do PDITS – Estratégias de Desenvolvimento do
Turismo, aberto à população e com a participação de representantes do trade turístico,
representantes do poder público, conselhos municipais, Fórum Regional e demais
associações, a tarefa dos grupos consistiu na identificação de forças e fragilidades
relativas ao setor de turismo e à sua gestão no Polo das Aguas Termais, tomando por
base o diagnóstico da situação atual do Polo das Águas Termais.
Após as discussões em grupo, os participantes apresentaram em sessão plenária o
resultado de seu trabalho, relativo às forças e fragilidades do ambiente analisado. Na
sequência, os grupos se reuniram novamente e levantaram em conjunto os pontos
correspondentes às oportunidades e ameaças – variáveis externas que interferiam no
desenvolvimento e na gestão do turismo do Polo.
As contribuições obtidas no evento de Leitura Comunitária referentes a forças,
oportunidades, fragilidades e ameaças encontram-se transcritas no Anexo 7: Matriz
FOFA – Contribuições levantadas durante a oficina.
B.)
Cenários Interno e Externo – Leitura Técnica
A partir do diagnóstico da situação atual do Polo das Águas Termais e das contribuições
dos atores sociais em Seminário específico, já referenciado, a equipe técnica envolvida
na elaboração do PDITS consolidou as forças, oportunidades, fragilidades e ameaças
nos Quadros 13 a 17, como subsídio à elaboração da Matriz FOFA.
179
Quadro 13:
Produto Turístico – Leitura Técnica
FORÇAS
FRAGILIDADES
- Alto grau de singularidade do produto turístico principal
- Exploração turística excessiva
- Produto turístico principal consolidado
- Dependência e fragilidade dos recursos naturais
- Potencial diversidade de atrativos e recursos turísticos (turismo rural, de
aventura, náutico, ecoturismo, de saúde/hidrotermal, religioso e de
eventos)
- Exploração apenas do produto turístico principal muito específico e
restrito, ocasionando a sazonalidade do fluxo de turistas.
- Grande quantidade de equipamentos gastronômicos e de artesanato
- Preocupação com a qualidade gastrônomica dentro dos
empreendimentos hoteleiros
- infraestrutura turística defasada em alguns pontos, por exemplo, poucos
CAT'S
- Ausência de calendário e de um grande centro de eventos
- Poucos equeipamentos de turismo comunitário. A comunidade não
usufrui dos atrativos.
Produto Turistíco
OPORTUNIDADES
- Qualificação do produto (gestão e atendimento)
AMEAÇAS
- Uso excessivo do produto
180
Quadro 14:
Comercialização – Leitura Técnica
FORÇAS
FRAGILIDADES
- Polo consolidado no mercado turístico nacional e competitivo em relação
aos segmentos concorrentes
- Estratégia de comercialização pouco diversificada, não agrengando
produtos secundários
- Boa oferta de leitos e demais infraestruturas turísticas e boa taxa de
ocupação
- Falta de plano de comercialização focando o mercado externo
- Comercialização com boa abrangência nacional
- Inexistência de banco de dados que possibilite a montagem de ações
promocionais direcionadas
- Marketing informal pelos turistas que já visitaram a cidade
- Falta de integração público-privada para o marketing da região
- Localização estratégica no centro do país tornando-se atrativo para turistas
de diversos estados.
- Competitividade desorganizada entre os grupos (empresas hoteleiras)
- Falta estrutura para receber turistas estrangeiros
- Desvalorização dos profissionais trabalhadores da atividade turística
Comercialização
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
- Salão do turismo São Paulo
- Demanda turística maior que a capacidade do recurso turístico
- Capacidade de carga extrapolada
- Saturação do mercado
- Feiras e eventos na área de turismo
- Presença de empresas indutodas do turismo
- Crescimento do turismo doméstico brasileiro
- Acesso a mercados diferenciados pela diversificação de produtos
- Copa do Mundo - Brasília Sede
181
Quadro 15:
Fortalecimento Institucional – Leitura Técnica
FORÇA
FRAGILIDADES
- Instância de governança estruturada - Fórum, Geor, Comtur
- Desarticulação local e regional e falta de planejamento integrado do turismo
regional
- Secretarias municipais de turismo em cada cidade
- Falta de integração intersetorial dos segmentos organizados da rede e do
poder público
- Legislação ambiental específica
- Potêncial integração do polo, proximidade dos municípios
- Caldas Novas é um dos 65 destinos indutores
- As estruturas administrativas municipais são frágeis devido à deficiência dos
instrumentos de gestão da atividade turística
- Gestão democrática enfraquecida, pouco controle social na aplicação da
legislação
- Planos diretores municipais
- Descontinuidade de políticas e de Gestão
- Falta Legislação para ordenamento da atividade turística.
Fortalecimento
Institucional
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
- Desenvolvimento regional
- Falha de fiscalização no cumprimento da lei feredal e estadual
- PRODETUR Nacional - Linha de financiamento
- Descontinuidade da gestão municipal
- Mtur + Sebrae - Regionalização do Turismo
- Falta de recursos para financiamento da gestão
- Construção do PDITS
- Programa de fortalecimento das instâncias de governança
- Redução do ICMS do combustível de aeronaves
182
Quadro 16:
Infraestrutura e Serviços Básicos – Leitura Técnica
FRAGILIDADES
- Infraestrutura básica bastante deficiente
FORÇAS
- Espaço urbano mal cuidado
- Boa oferta de serviços (bancos, comércio, sistema de comunicação)
- Trânsito caótico nas áreas urbanas durante períodos de temporada e
transporte público insatisfatório
- Bons acessos terrestres
- Inexistência de voos domésticos regulares
- Aeroporto local bem estruturado
- Segurança pública deficiente
- Calçadas inadequadas e invadidas, sem acessibilidade para portadores
de necessidades especiais
- Sinalização pública e turística deficiente
- Esgotamento sanitário
Infraestrutura e
Serviços
Básicos
- Queda da rede de energia elétrica
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
- Duplicação da GO 139
- Baixa qualidade do transporte intermunicipal
- Exigência local de implantação de esgotamento sanitario em áreas
urbanas
- Falta voos regulares nos aeroportos
- Possibilidade de voos regulares para o aeroporto de Caldas Novas
- Demanda turística específica não estruturada maior do que a capacidade
do recurso natural
- Capacidade de carga extrapolada
- Colapso da infraestrutura pela falta de investimento.
183
Quadro 17:
Gestão Ambiental – Leitura Técnica
FRAGILIDADES
FORÇAS
- Parque Estadual Serra de Caldas - PESCAN
- Massificação e expansão urbana, uso e ocupação do solo desregulada
- Lençol freático com águas termais
- Saneamento básico deficiente
- Existência das secretarias municipais de Meio Ambiente
- Gestão ambiental sustentável enfraquecida, inclusive com relação ao
PESCAN
- Código Ambiental municipal
- Atuação de Instituições ligadas à questão socioambiental
- Dependência e fragilidade dos recursos naturais
- Falta integração do sistema de turismo com a realidade local da região
- Enfraquecimento da cultura local devido ao excesso de emigrantes
Gestão Ambiental
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
- Centro de formação do SENAC
- Falta de segurança, drogas, exploração sexual, exploração infantil
- SEBRAE GO - empório do artesanato
- Doenças epidemológicas
- Unidades de Ensino Superior (UNIP, UEG, UNICALDAS)
- Culturas externas prevalecendo sobre a cultura local tradicional
- Degradação do meio ambiente
- Falta de iniciativa para criação de unidades de conservação
184
A Matriz FOFA reflete o alinhamento das forças e fragilidades no eixo vertical e das
oportunidades e ameaças no eixo horizontal. Permite também a análise das
possibilidades e as consequências de manter ou alterar rumos, buscando aproveitar
oportunidades e vantagens, evitar os riscos e neutralizar as fragilidades atuais.
A Figura 70 apresenta o resultado gráfico dessa análise resultante da leitura técnica e
comunitária.
185
Figura 70.
Matriz FOFA do Polo das Águas Termais
Legenda: [ EC ] Estratégia de Comercialização
[ LP ] Linha de Produto
[ IE ] Infraestrutura e Serviços Básicos
[ G ] Fortalecimento Institucional
[ SA ] Gestão Ambiental
186
4.2.
Construção da Matriz Ponderada
4.2.1. Metodologia de Valoração Ponderada
A Matriz Ponderada consiste numa metodologia que. Que permite analisar, sob outros
prismas, a realidade atual do Polo das Águas Termais, complementando, desta forma, a
visão obtida a partir da elaboração da Matriz FOFA. A abordagem sistêmica de
indicadores de qualidade e de sustentabilidade dos produtos turísticos resulta na
construção da matriz de ponderação.
Na abordagem da Valoração Ponderada foram consideradas para análise situacional do
Polo das Águas Termais duas macrodimensões: qualidade e sustentabilidade. Cada
uma delas se subdivide, por sua vez, em quatro dimensões, definidas com base em
dados oriundos do diagnóstico da realidade atual, como especificadas a seguir:
•
•
Qualidade: hospedagem, acessibilidade e informação, alimentação e segurança;
Sustentabilidade: pegada ambiental, contribuição com a renda/posto de trabalho
local, valorização da cultura local e cooperação regional.
Vale ressaltar que o termo “pegada ambiental” foi utilizado para indicação de abordagem
do turismo de forma a manter o equilíbrio e evitar conflitos com o meio ambiente.
Essas dimensões estão classificadas em escala de cinco itens, compreendendo, em
ordem crescente de complexidade, desde a ausência do aspecto avaliado até o nível
avançado, considerado nível de excelência. Assim, a ponderação é feita sob uma
valoração de 1 a 5, onde o valor 1 representa baixo grau de desenvolvimento e o valor 5
representa grau elevado de desenvolvimento, que corresponde à situação desejada.
A soma desses itens podem chegar, no máximo, a 40 pontos, correspondentes às oito
dimensões, de onde se pode depreender o nível de qualificação geral do produto que,
mediante comparação proporcional, permite obter pontuação de 0% a 100%.
A matriz ponderada avalia o segmento principal - lazer e entretenimento, bem como os
segmentos complementares - turismo hidrotermal, ecoturismo/turismo de aventura e
turismo de negócios e eventos - e reafirma percepções extraídas da Matriz FOFA.
Após a elaboração da matriz ponderada de todos os segmentos, serão discutidos, de
forma geral, os resultados desse processo.
A.)
Matriz Ponderada – Segmento Principal Lazer e Entretenimento
Para o segmento principal Lazer e Entretenimento tem-se o Quadro 18, que permite
avaliar os níveis de cada uma das dimensões. O nível mais condizente com a realidade
do segmento está em negrito.
.
187
Quadro 18:
Matriz de Ponderação para Lazer e Entretenimento
ATIVIDADES RELACIONADAS A: LAZER E ENTRETENIMENTO
Escala
Indicadores de Qualidade
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Nível 1
Servido
exclusivamente
por transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso precário.
Ausência de
equipamentos
de hospedagem.
Ausência de
equipamentos de
alimentação.
Falta mão-de-obra
Nível 2
Servido
exclusivamente
por transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso regular.
Equipamentos
de hospedagem
precários em
número e
qualidade.
Oferta muito
pequena, precária e
restrita aos
empreendimentos
hoteleiros.
Mão-de-obra muito
deficiente.
Aeroporto local.
Servido por
transporte
terrestre e/ ou
aquático regular
e por acesso
bom.
Equipamentos
de hospedagem
razoáveis,
porém
concentrados e
devem ser
modernizados e
ampliados.
Oferta pequena,
razoável na
qualidade, mas
restrita aos centros
urbanos e
empreendimentos
hoteleiros.
Necessidade de
qualificar mão-deobra.
Nível 3
Segurança e informação
Ausência de
equipamentos de
segurança. Informações
dispersas, acidentais.
Não há estratégia para
divulgação do produto.
Precários serviços de
segurança; há no máximo
uma delegacia.
Informações dispersas,
mais organizadas no local.
Promoção do produto é
sazonal e coordenada
pela iniciativa privada.
Conta com uma delegacia,
razoavelmente equipada
com telefone.
Informações dispersas,
acidentais.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na
promoção do produto.
Pegada ambiental
Indicadores de Sustentabilidade
Contribuição c/ a
Valorização da
renda/ posto de
cultura local
trabalho local
Cooperação regional
Não há distribuição
regular de água,
energia, coleta de lixo.
Degradação ambiental
(poluição,
desmatamentos,
assoreamentos,
erosões).
O produto não
viabiliza o gasto
turístico no local.
O produto não se
relaciona a
qualquer forma de
manifestação
cultural local.
Há iniciativas isoladas de
cooperação regional.
É baixa a articulação com o
poder público local e com os
municípios da região.
Distribuição de água,
energia e coleta de lixo,
com precariedade e
irregularidade.
Presença de
degradação ambiental.
Gasto turístico
restrito a
pequenas e
eventuais
necessidades
(farmácia,
padaria)
A cultura local se
encontra pouco
relacionada ao
produto turístico.
É precário o
mercado local de
produtos culturais.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela
iniciativa privada e muito
pouco pelo poder público.
É precária a articulação com
o poder público local e com
os municípios da região.
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada a
alguns aspectos
do produto
turístico. A oferta
de bens culturais
é precária.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela
iniciativa privada pelo e
poder público.
É razoável a articulação
com o poder público local e
com os municípios da
região.
Distribuição de água,
energia e coleta de lixo,
com regularidade.
Degradação ambiental
controlada.
188
- Continuação
ATIVIDADES RELACIONADAS A: LAZER E ENTRETENIMENTO
Escala
Indicadores de Qualidade
Acessibilidade
Nível 4
Nível 5
Possui aeroporto
nacional/
internacional a
até 100km.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom
Possui aeroporto
nacional/
internacional.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom.
Hospedagem
Equipamentos de
hospedagem
bons, porém
concentrados.
Boa oferta,
devendo ser
diversificada para
evitar
concentrações em
épocas curtas e
específicas.
Equipamentos de
hospedagem
excelentes em
quantidade e
qualidade.
Existem
empreendimentos
diferenciados que
combinam
diferentes
produtos turísticos
Alimentação
Boa oferta de
restaurantes. Mãode-obra razoável.
Restaurantes
diversificados, redes
de lanchonetes,
valorização da
culinária regional.
Mão de obra
qualificada
apresenta serviços
de qualidade.
Segurança e informação
Delegacia equipada com
telefone, internet.
Serviço de primeiros
socorros.
Informações organizadas no
local; sinalização turística
adequada.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na promoção
do produto.
Informações são
periodicamente atualizadas.
Delegacia equipada com
telefone, internet. Serviço de
primeiros socorros.
Serviço de corpo de
bombeiros, salva-vidas.
Sinalização turística
adequada; posto de
atendimento ao turista.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. Há recursos
interativos pela Internet
(reservas, informações)
O setor público está
envolvido na promoção do
produto.
Informações são
periodicamente atualizadas.
Pegada ambiental
Bons serviços de
distribuição de
água, energia e
coleta de lixo.
Qualidade da água
monitorada e livre
de coliformes fecais
e metais pesados.
Indicadores de Sustentabilidade
Contribuição c/
a renda/ posto
Valorização da
de trabalho
cultura local
local
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação,
transporte local.
A cultura local se
encontra
relacionada a
aspectos do
produto turístico.
A oferta de bens
culturais é
adequada.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela
iniciativa privada, pelo
poder público e pelo
terceiro setor.
É boa e intensa a
articulação com o poder
público local e com os
municípios da região.
Gasto turístico
importante,
envolvendo
hospedagem,
alimentação,
consumo de
produtos locais,
diversões, e de
outros produtos
turísticos.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada em
diferentes
aspectos do
produto turístico:
gastronomia,
artesanato, arte,
na decoração dos
equipamentos de
hospedagem e
transporte
destinado ao
turista. A oferta de
bens culturais é
de boa qualidade
e em quantidade
adequada.
As iniciativas de
cooperação regional
envolvem vários segmentos
da atividade turística e são
compartilhados pela
iniciativa privada, poder
público e terceiro setor.
As comunidades afetadas
pela atividade turística e os
municípios que não
possuem atrativos turísticos
participam ativamente da
cooperação pelo turismo,
por meio de fornecimento
de produtos associados:
artesanato, gastronomia,
etc.
Presença de áreas
de proteção
ambiental.
Bons serviços de
distribuição de
água, energia e
coleta de lixo.
Aterro sanitário, ar
limpo, Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Áreas de proteção
ambiental.
Cooperação regional
189
Para a melhor visualização da tabela, os resultados referentes a este segmento e aos
demais foram formatados em gráficos, onde cada pétala se refere a um item. O grau de
preenchimento das pétalas indica seu nível de qualificação.
Uma característica destes gráficos é o fato de que as macrodimensões de qualidade e de
sustentabilidade estão em extremidades opostas, facilitando o contraste das duas
situações.
Segue-se o Gráfico 23, correspondente ao segmento Lazer e Entretenimento.
Gráfico 23:
Valoração Ponderada Atividade Turística Consolidada - Lazer e Entretenimento
Dessa forma a pontuação total do segmento Entretenimento e Lazer é de 24 pontos,
correspondendo a uma valoração de 60%, conforme demonstrado na tabela a seguir:
Tabela 38:
Matriz de Ponderação para Lazer e Entretenimento
DIMENSÃO
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Segurança e informação
Pegada ambiental
Contribuição com renda/posto de trabalho local
Valorização da cultura local
Cooperação regional
Pontuação Total
Pontuação Máxima
Valoração (%)
PONTUAÇÃO PARA O SEGUIMENTO LAZER E
ENTRETENIMENTO
3
4
3
3
2
5
2
2
24
40 pontos – 100%
60
Fonte: Technum Consultoria SS
B.)
Matriz Ponderada – Segmento Complementar - Turismo Hidrotermal
Para o segmento complementar Turismo Hidrotermal tem-se o Quadro 19, que permite
avaliar os níveis de cada uma das dimensões. O nível mais condizente com a realidade
do segmento está em negrito.
190
Quadro 19:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal
ATIVIDADES RELACIONADAS AO TURISMO HIDROTERMAL (“SAÚDE – BEM ESTAR”)
Escala
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Indicadores de Qualidade
Indicadores de Sustentabilidade
Segurança e informação
Pegada
ambiental
Contribuição c/ a
renda/ posto de
trabalho local
Valorização da
cultura local
Cooperação regional
O produto não
viabiliza o gasto
turístico no local.
O produto não se
relaciona a qualquer
forma de
manifestação
cultural local.
Há iniciativas isoladas de
cooperação regional.
É baixa a articulação com o
poder público local e com os
municípios da região.
Distribuição de
água, energia e
coleta de lixo, com
precariedade e
irregularidade.
Presença de
degradação
ambiental.
Gasto turístico
restrito a pequenas
e eventuais
necessidades
(farmácia, padaria)
A cultura local se
encontra pouco
relacionada ao
produto turístico. É
precário o mercado
local de produtos
culturais.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada e muito pouco pelo
poder público.
É precária a articulação com
o poder público local e com
os municípios da região.
Distribuição de
água, energia e
coleta de lixo, com
regularidade.
Degradação
ambiental
controlada.
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada a alguns
aspectos do produto
turístico. A oferta de
bens culturais é
precária.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada pelo e poder público.
É razoável a articulação com
o poder público local e com
os municípios da região.
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Servido
exclusivamente
por transporte
terrestre ou
aquático
especial regular
e por acesso
precário.
Ausência de
equipamentos de
hospedagem.
Ausência de
equipamentos
de alimentação.
Falta mão-deobra
Ausência de equipamentos
de segurança. Informações
dispersas, acidentais.
Não há estratégia para
divulgação do produto.
Não há
distribuição
regular de água,
energia, coleta de
lixo. Presença de
degradação
ambiental
(poluição,
desmatamentos,
assoreamentos,
erosões).
Servido
exclusivamente
por transporte
terrestre ou
aquático
especial regular
e por acesso
regular.
Equipamentos de
hospedagem
precários em
número e
qualidade.
Oferta muito
pequena,
precária e
restrita aos
empreendimento
s hoteleiros.
Mão-de-obra
muito deficiente.
Precários serviços de
segurança; há no máximo
uma delegacia.
Informações dispersas, mais
organizadas no local.
Promoção do produto é
sazonal e coordenada pela
iniciativa privada.
Aeroporto local.
Servido por
transporte
terrestre e/ ou
aquático regular
e por acesso
bom.
Equipamentos de
hospedagem
razoáveis, porém
concentrados e
devem ser
modernizados e
ampliados.
Oferta pequena,
razoável na
qualidade, mas
restrita aos
centros urbanos
e
empreendimento
s hoteleiros.
Necessidade de
qualificar mãode-obra.
Conta com uma delegacia,
razoavelmente equipada
com telefone.
Informações dispersas,
acidentais.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na promoção
do produto.
191
- Continuação
ATIVIDADES RELACIONADAS AO TURISMO HIDROTERMAL (“SAÚDE – BEM ESTAR”)
Indicadores de Qualidade
Escala
Nível 4
Nível 5
Indicadores de Sustentabilidade
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Segurança e informação
Pegada ambiental
Possui aeroporto
nacional/internac
ional a até
100km.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom
Equipamentos de
hospedagem
bons, porém
concentrados.
Boa oferta,
devendo ser
diversificada para
evitar
concentrações em
épocas curtas e
específicas.
Boa oferta de
restaurantes.
Mão-de-obra
razoável.
Bons serviços de
distribuição de água,
energia e coleta de
lixo. Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Presença de áreas de
proteção ambiental.
Possui aeroporto
nacional/internac
ional.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom.
Equipamentos de
hospedagem
excelentes em
quantidade e
qualidade.
Existem
empreendimentos
diferenciados que
combinam
diferentes
produtos turísticos
Restaurantes
diversificados
redes de
lanchonetes,
valorização da
culinária
regional.
Mão-de-obra
qualificada
apresenta
serviços de
qualidade.
Delegacia equipada com
telefone, internet.
Serviço de primeiros
socorros.
Informações organizadas
no local; sinalização
turística adequada.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na
promoção do produto.
Informações são
periodicamente
atualizadas.
Delegacia equipada com
telefone, internet. Serviço
de primeiros socorros.
Serviço de corpo de
bombeiros, salva-vidas.
Sinalização turística
adequada; posto de
atendimento ao turista.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. Há recursos
interativos pela Internet
(reservas, informações)
O setor público está
envolvido na promoção do
produto.
Informações são
periodicamente
atualizadas.
Bons serviços de
distribuição de água,
energia e coleta de
lixo.
Aterro sanitário, ar
limpo, Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Áreas de proteção
ambiental.
Contribuição c/ a
renda/ posto de
trabalho local
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação,
transporte local.
Gasto turístico
importante,
envolvendo
hospedagem,
alimentação,
consumo de
produtos locais,
diversões, e de
outros produtos
turísticos.
Valorização da
cultura local
Cooperação regional
A cultura local se
encontra
relacionada a
aspectos do produto
turístico.
A oferta de bens
culturais é
adequada.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada, pelo poder público e
pelo terceiro setor.
É boa e intensa a articulação
com o poder público local e
com os municípios da região.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada em
diferentes aspectos
do produto turístico:
gastronomia,
artesanato, arte, na
decoração dos
equipamentos de
hospedagem e
transporte destinado
ao turista. A oferta
de bens culturais é
de boa qualidade e
em quantidade
adequada.
As iniciativas de cooperação
regional envolvem vários
segmentos da atividade
turística e são
compartilhados pela iniciativa
privada, poder público e
terceiro setor.
As comunidades afetadas
pela atividade turística e os
municípios que não possuem
atrativos turísticos participam
ativamente da cooperação
pelo turismo, por meio de
fornecimento de produtos
associados: artesanato,
gastronomia, etc.
192
Para o segmento Turismo Hidrotermal os dados constantes da Tabela estão
representados no gráfico a seguir.
Gráfico 24:
Valoração Ponderada Atividade Turística Complementar– Turismo Hidrotermal
(Saúde-Bem Estar)
Dessa forma a pontuação total do segmento do Turismo Hidrotermal é de 19 pontos,
correspondendo a uma valoração de 47,5%, conforme demonstrado na tabela a seguir:
Tabela 39:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal
DIMENSÃO
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Segurança e informação
Pegada ambiental
Contribuição com renda/posto de trabalho local
Valorização da cultura local
Cooperação regional
Pontuação Total
Pontuação Máxima
Valoração (%)
PONTUAÇÃO PARA O SEGUIMENTO LAZER E
ENTRETENIMENTO
3
5
3
2
1
3
1
1
19
40 pontos – 100%
47,5
Fonte: Technum Consultoria SS
C.)
Matriz Ponderada – Segmento Complementar Turismo de Negócios e
Eventos
Para o segmento complementar Turismo de Negócios e Eventos tem-se o Quadro 20,
que permite avaliar os níveis de cada uma das dimensões. O nível mais condizente com
a realidade do segmento está em negrito.
193
Quadro 20:
Matriz de Ponderação para o seguimento Negócios e Eventos
ATIVIDADES RELACIONADAS A NEGÓCIOS E EVENTOS
Escala
Indicadores de Qualidade
Acessibilidade
Hospedagem
Nível 1
Servido só por
transporte
terrestre ou
aquático
especial regular
e por acesso
precário.
Nível 2
Servido só por
transporte
terrestre ou
aquático
especial regular
e por acesso
regular.
Equipamentos de
hospedagem
precários em
número e
qualidade.
Nível 3
Aeroporto local.
Servido por
transporte
terrestre e/ ou
aquático regular
e por acesso
bom.
Equipamentos de
hospedagem
razoáveis,
concentrados e
devem ser
modernizados e
ampliados.
Ausência de
equipamentos de
hospedagem.
Alimentação
Segurança e informação
Ausência de
equipamentos
de alimentação.
Falta mão-deobra.
Ausência de equipamentos
de segurança. Informações
dispersas, acidentais.
Não há estratégia para
divulgação do produto.
Oferta muito
pequena,
precária e
restrita aos
empreendimento
s hoteleiros.
Mão de obra
muito deficiente.
Oferta pequena,
razoável na
qualidade, mas
restrita aos
centros urbanos
e
empreendimento
s hoteleiros.
Necessidade de
qualificar mãode-obra.
Precários serviços de
segurança; há no máximo
uma delegacia.
Informações dispersas, mal
organizadas no local.
Promoção do produto é
sazonal e coordenada pela
iniciativa privada.
Conta com delegacia,
razoavelmente equipada
com telefone.
Informações dispersas,
acidentais.
Produto divulgado na mídia,
com página na Internet.
Setor público envolvido na
promoção do produto.
Pegada
ambiental
Não há
distribuição
regular de água,
energia, coleta de
lixo. Degradação
ambiental
(poluição,
desmatamentos,
assoreamentos,
erosões).
Distribuição de
água, energia e
coleta de lixo, com
precariedade e
irregularidade.
Presença de
degradação
ambiental.
Distribuição de
água, energia e
coleta de lixo, com
regularidade.
Degradação
ambiental
controlada.
Indicadores de Sustentabilidade
Contribuição c/ a
Valorização da
renda/ posto de
cultura local
trabalho local
Cooperação regional
O produto não
viabiliza o gasto
turístico no local.
O produto não se
relaciona a qualquer
forma de
manifestação
cultural local.
Iniciativas isoladas de
cooperação regional.
É baixa a articulação com o
poder público local e com os
municípios da região.
Gasto turístico
restrito a pequenas
e eventuais
necessidades
(farmácia, padaria)
A cultura local se
encontra pouco
relacionada ao
produto turístico. É
precário o mercado
local de produtos
culturais.
Iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada e muito pouco pelo
poder público.
Precária a articulação entre
poder público local e
municípios da região.
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação.
Cultura local e bem
valorizada a ligada
em alguns aspectos
do produto turístico:
artesanato. A oferta
de bens culturais é
precária.
Iniciativas isoladas de
cooperação regional
compartilhada pela iniciativa
privada e poder público.
Razoável a articulação entre
poder público local e
municípios da região.
194
- Continuação
ATIVIDADES RELACIONADAS A NEGÓCIOS E EVENTOS
Indicadores de Qualidade
Escala
Acessibilidade
Nível 4
Nível 5
Possui aeroporto
nacional/internac
ional a até
100km.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom
Possui aeroporto
nacional/internac
ional.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom.
Hospedagem
Equipamentos
de hospedagem
bons, porém
concentrados.
Boa oferta,
devendo ser
diversificada
para evitar
concentrações
em épocas
curtas e
específicas.
Equipamentos
de hospedagem
excelentes em
quantidade e
qualidade.
Existem
empreendiment
os diferenciados
que combinam
diferentes
produtos
turísticos
Alimentação
Boa oferta de
restaurantes.
Mão de obra
razoável.
Restaurantes
diversificados,
redes de
lanchonetes,
valorização da
culinária
regional.
Mão de obra
qualificada
apresenta
serviços de
qualidade.
Indicadores de Sustentabilidade
Segurança e informação
Delegacia equipada com
telefone, internet.
Serviço de primeiros
socorros.
Informações organizadas no
local; sinalização turística
adequada.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na promoção
do produto.
Informações são
periodicamente atualizadas.
Delegacia equipada com
telefone, internet. Serviço de
primeiros socorros.
Serviço de corpo de
bombeiros, salva-vidas.
Sinalização turística
adequada; posto de
atendimento ao turista.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. Há recursos
interativos pela Internet
(reservas, informações)
O setor público está
envolvido na promoção do
produto.
Informações são
periodicamente atualizadas.
Pegada ambiental
Bons serviços de
distribuição de água,
energia e coleta de
lixo. Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Presença de áreas de
proteção ambiental.
Bons serviços de
distribuição de água,
energia e coleta de
lixo.
Aterro sanitário, ar
limpo, Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Áreas de proteção
ambiental.
Contribuição c/ a
renda/ posto de
trabalho local
Valorização da
cultura local
Cooperação regional
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação,
transporte local.
A cultura local se
encontra
relacionada a
aspectos do produto
turístico.
A oferta de bens
culturais é
adequada.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada, pelo poder público e
pelo terceiro setor.
É boa e intensa a articulação
com o poder público local e
com os municípios da região.
Gasto turístico
importante,
envolvendo
hospedagem,
alimentação,
consumo de
produtos locais,
diversões, e de
outros produtos
turísticos.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada em
diferentes aspectos
do produto turístico:
gastronomia,
artesanato, arte, na
decoração dos
equipamentos de
hospedagem e
transporte destinado
ao turista. A oferta
de bens culturais é
de boa qualidade e
em quantidade
adequada.
As iniciativas de cooperação
regional envolvem vários
segmentos da atividade
turística e são
compartilhados pela iniciativa
privada, poder público e
terceiro setor.
As comunidades afetadas
pela atividade turística e os
municípios que não possuem
atrativos turísticos participam
ativamente da cooperação
pelo turismo, por meio de
fornecimento de produtos
associados: artesanato,
gastronomia, etc.
195
O Gráfico 25 correspondente ao segmento Turismo de Negócios e Eventos.
Gráfico 25:
Eventos
Valoração Ponderada Atividade Turística Complementar– Turismo de Negócios e
Dessa forma a pontuação total do segmento do Turismo Hidrotermal é de 16 pontos,
correspondendo a uma valoração de 40%, demonstrado na tabela a seguir:
Tabela 40:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal
DIMENSÃO
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Segurança e informação
Pegada ambiental
Contribuição com renda/posto de trabalho local
Valorização da cultura local
Cooperação regional
Pontuação Total
Pontuação Máxima
Valoração (%)
PONTUAÇÃO PARA O SEGUIMENTO LAZER E
ENTRETENIMENTO
3
3
3
2
2
1
1
1
16
40 pontos – 100%
40
Fonte: Technum Consultoria SS
D.)
Matriz Ponderada – Segmento Complementar Ecoturismo/Turismo de
Aventura
Para o segmento complementar Ecoturismo/Turismo de Aventura tem-se o Quadro 21,
que permite avaliar os níveis de cada uma das dimensões. O nível mais condizente com
a realidade do segmento está em negrito.
196
Quadro 21:
Matriz Ponderada para o seguimento Ecoturismo/Turismo de Aventura
ATIVIDADES RELACIONADAS A ECOTURISMO/ TURISMO DE AVENTURA
Escala
Indicadores de Qualidade
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Nível 1
Servido
exclusivamente
por transporte
terrestre ou
aquático
especial regular
e por acesso
precário.
Ausência de
equipamentos de
hospedagem.
Ausência de
equipamentos de
alimentação.
Falta mão-de-obra
Nível 2
Servido
exclusivamente
por transporte
terrestre ou
aquático
especial regular
e por acesso
regular.
Equipamentos de
hospedagem
precários em
número e
qualidade.
Oferta muito
pequena, precária
e restrita aos
empreendimentos
hoteleiros.
Mão de obra muito
deficiente.
Equipamentos de
hospedagem
razoáveis, porém
concentrados e
devem ser
modernizados e
ampliados.
Oferta pequena,
razoável na
qualidade, mas
restrita aos
centros urbanos e
empreendimentos
hoteleiros.
Necessidade de
qualificar mão-deobra.
Nível 3
Aeroporto local.
Servido por
transporte
terrestre e/ ou
aquático regular
e por acesso
bom.
Segurança e informação
Ausência de
equipamentos de
segurança. Informações
dispersas, acidentais.
Não há estratégia para
divulgação do produto.
Precários serviços de
segurança; há no máximo
uma delegacia.
Informações dispersas,
mais organizadas no local.
Promoção do produto é
sazonal e coordenada
pela iniciativa privada.
Conta com uma delegacia,
razoavelmente equipada
com telefone.
Informações dispersas,
acidentais.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na
promoção do produto.
Pegada
ambiental
Não há
distribuição
regular de água,
energia, coleta de
lixo. Presença de
degradação
ambiental
(poluição,
desmatamentos,
assoreamentos,
erosões).
Distribuição de
água, energia e
coleta de lixo, com
precariedade e
irregularidade.
Presença de
degradação
ambiental.
Distribuição de
água, energia e
coleta de lixo, com
regularidade.
Degradação
ambiental
controlada.
Indicadores de Sustentabilidade
Contribuição c/ a
Valorização da
renda/ posto de
cultura local
trabalho local
Cooperação regional
O produto não
viabiliza o gasto
turístico no local.
O produto não se
relaciona a qualquer
forma de
manifestação
cultural local.
Há iniciativas isoladas de
cooperação regional.
É baixa a articulação com o
poder público local e com os
municípios da região.
Gasto turístico
restrito a pequenas
e eventuais
necessidades
(farmácia, padaria)
A cultura local se
encontra pouco
relacionada ao
produto turístico. É
precário o mercado
local de produtos
culturais.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada e muito pouco pelo
poder público.
É precária a articulação com
o poder público local e com
os municípios da região.
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada a alguns
aspectos do produto
turístico. A oferta de
bens culturais é
precária.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada pelo poder público.
É razoável a articulação com
o poder público local e com
os municípios da região.
197
- Continuação
ATIVIDADES RELACIONADAS A ECOTURISMO/ TURISMO DE AVENTURA
Indicadores de Qualidade
Escala
Acessibilidade
Nível 4
Nível 5
Possui aeroporto
nacional/internac
ional a até
100km.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom
Possui aeroporto
nacional/internac
ional.
Servido por
transporte
terrestre ou
aquático especial
regular e por
acesso bom.
Hospedagem
Equipamentos
de hospedagem
bons, porém
concentrados.
Boa oferta,
devendo ser
diversificada
para evitar
concentrações
em épocas
curtas e
específicas.
Equipamentos
de hospedagem
excelentes em
quantidade e
qualidade.
Existem
empreendiment
os diferenciados
que combinam
diferentes
produtos
turísticos
Alimentação
Boa oferta de
restaurantes.
Mão de obra
razoável.
Restaurantes
diversificados,
redes de
lanchonetes,
valorização da
culinária
regional.
Mão de obra
qualificada
apresenta
serviços de
qualidade.
Indicadores de Sustentabilidade
Segurança e informação
Delegacia equipada com
telefone, internet.
Serviço de primeiros
socorros.
Informações organizadas
no local; sinalização
turística adequada.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. O setor público
está envolvido na
promoção do produto.
Informações são
periodicamente
atualizadas.
Delegacia equipada com
telefone, internet. Serviço
de primeiros socorros.
Serviço de corpo de
bombeiros, salva-vidas.
Sinalização turística
adequada; posto de
atendimento ao turista.
O produto tem divulgação
pela grande mídia, com
página específica na
Internet. Há recursos
interativos pela Internet
(reservas, informações)
O setor público está
envolvido na promoção do
produto.
Informações são
periodicamente
atualizadas.
Pegada ambiental
Bons serviços de
distribuição de água,
energia e coleta de
lixo. Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Presença de áreas de
proteção ambiental.
Bons serviços de
distribuição de água,
energia e coleta de
lixo.
Aterro sanitário, ar
limpo, Qualidade da
água monitorada e
livre de coliformes
fecais e metais
pesados.
Áreas de proteção
ambiental.
Contribuição c/ a
renda/ posto de
trabalho local
Valorização da
cultura local
Cooperação regional
Gasto turístico
razoável:
envolvendo
hospedagem e
alimentação,
transporte local.
A cultura local se
encontra
relacionada a
aspectos do produto
turístico.
A oferta de bens
culturais é
adequada.
As iniciativas isoladas de
cooperação regional são
compartilhadas pela iniciativa
privada, pelo poder público e
pelo terceiro setor.
É boa e intensa a articulação
com o poder público local e
com os municípios da região.
Gasto turístico
importante,
envolvendo
hospedagem,
alimentação,
consumo de
produtos locais,
diversões, e de
outros produtos
turísticos.
A cultura local se
encontra
relacionada e bem
valorizada em
diferentes aspectos
do produto turístico:
gastronomia,
artesanato, arte, na
decoração dos
equipamentos de
hospedagem e
transporte destinado
ao turista. A oferta
de bens culturais é
de boa qualidade e
em quantidade
adequada.
As iniciativas de cooperação
regional envolvem vários
segmentos da atividade
turística e são
compartilhados pela iniciativa
privada, poder público e
terceiro setor.
As comunidades afetadas
pela atividade turística e os
municípios que não possuem
atrativos turísticos participam
ativamente da cooperação
pelo turismo, por meio de
fornecimento de produtos
associados: artesanato,
gastronomia, etc.
198
O Gráfico 26 corresponde ao segmento Turismo.
Gráfico 26:
Aventura
Valoração Ponderada Atividade Turística Complementar– Ecoturismo e Turismo de
Dessa forma a pontuação total do segmento do Ecoturismo/Turismo de Aventura é de 18
pontos, correspondendo a uma valoração de 45%, conforme a tabela a seguir:
Tabela 41:
Matriz de Ponderação para o Turismo Hidrotermal
DIMENSÃO
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Segurança e informação
Pegada ambiental
Contribuição com renda/posto de trabalho local
Valorização da cultura local
Cooperação regional
Pontuação Total
Pontuação Máxima
Valoração (%)
PONTUAÇÃO PARA O SEGUIMENTO LAZER E
ENTRETENIMENTO
3
3
2
2
2
3
2
1
18
40 pontos – 100%
45
Fonte: Technum Consultoria SS
A tabela a seguir faz um resumo da pontuação de cada segmento da Matriz Ponderada.
Vale ressaltar que pontuação segue uma escala de 1 a 40 pontos. Numa situação ótima,
que corresponde a 100% de atendimento aos requisitos de cada nível em todas as
dimensões, ou seja um grau elevado de desenvolvimento nas oito dimensões referentes à
qualidade e à sustentabilidade do turismo.
199
Tabela 42:
Valoração Ponderada das Atividades voltadas a desenvolvimento de Produtos Turísticos
no Polo das Águas Termais/ GO
DIMENSÃO
LAZER E
ENTRETENIMENTO
TURISMO
HIDROTERMAL
(BEM ESTAR)
TURISMO DE
NEGÓCIOS E
EVENTOS
ECOTURISMO;
TURISMO DE
AVENTURA
Acessibilidade
Hospedagem
Alimentação
Segurança e informação
Pegada ambiental
Contribuição com
renda/posto de trabalho local
Valorização da cultura local
Cooperação regional
3
4
3
3
2
5
3
5
3
2
1
3
3
3
3
2
2
1
3
3
2
2
2
3
2
2
24
1
1
19
1
1
16
2
1
18
40 pontos
60
40 pontos
47,5
40 pontos
40
40 pontos
45
Pontuação Total
Pontuação Máxima
Valoração (%)
Pela Tabela apresentada, observa-se que a maior valoração recai sobre o segmento Lazer e
Entretenimento, que corresponde, no Polo das Águas Termais, ao mais estruturado e
consolidado, e ainda, o segmento, dentre os analisados, cujos produtos são alvo do maior
nível de atenção no que se refere ao marketing e comercialização.
O segmento de Turismo Hidrotermal que obteve, em sequência, 47,5 pontos, encontra-se
relativamente desenvolvido e é comercializado como produto turístico com potencial de
crescimento.
O grupo de atividades relacionado ao ecoturismo/turismo de aventura, que somou 45
pontos, pode ser caracterizado como de potencial desenvolvimento e comercialização
complementar ao produto principal.
Já o segmento de Turismo de Negócios e Eventos que recebeu 40 pontos na valoração
ponderada, pode ser como investimentos significativos, principalmente no que se refere à
infraestrutura específica para tanto.
O Quadro a seguir sistematiza os dados relativos à análise dos diferentes segmentos e o
seu nível de desenvolvimento para a consolidação de atividades turísticas.
Quadro 22:
Nível de Desenvolvimento dos Segmentos e Produtos Turísticos Principais e
Complementares Indicados pela Valoração Ponderada - Polo das Águas Termais/GO
SEGMENTOS
Lazer e
Entretenimento
Turismo
Hidrotermal
(Bem estar)
Eventos e
Negócios
Ecoturismo e
Aventura
NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO DOS PRODUTOS E DAS ATIVIDADES
Produto Consolidado (ampla comercialização)
Atividades de Lazer e Entretenimento estruturadas e consolidadas.
Produto em Desenvolvimento
Atividades relacionadas ao bem-estar (“saúde/ hidrotermal” *), se estruturadas, podem ser
importantes atividades complementares.
Produto em Desenvolvimento
Atividades relacionadas à Negócios e Eventos em início de comercialização como produtos
turísticos, com oportunidade para crescimento e consolidação.
Produto em Desenvolvimento
Atividades de Ecoturismo e de Aventura atualmente são oferecidas a partir dos recursos
existentes, porém com infraestrutura e condições limitadas. A base existente e a boa relação
com os principais segmentos e produtos do Polo indicam grande potencialidade para
estruturação como importante atividade complementar.
Obs.: durante as Oficinas de construção coletiva as atividades de bem-estar foram relacionadas às de saúde e hidrotermal,
indicando desejo da população de desenvolvimento destas.
Fonte: Technum Consultoria SS
200
4.3.
Áreas Críticas para Consolidação
Posicionamento Potencial
dos
Produtos,
Atividades
e
Neste item são identificadas as áreas críticas de intervenção para cada linha de produto,
considerando os segmentos Lazer e Entretenimento, Turismo Hidrotermal, Turismo de
Negócios e Eventos e Ecoturismo/Turismo de Aventura. Assim, nos Quadros 23 a 26, além
das áreas críticas, é apresentada a posição atual de cada segmento e o seu posicionamento
potencial
Com base no diagnóstico e na abordagem sistêmica dos indicadores de qualidade e de
sustentabilidade das atividades turísticas, existentes ou potenciais, no Polo das Águas
Termais foram definidas estratégias de planejamento, com identificação das áreas críticas
para intervenção e o cenário ou posição atual em relação ao potencial.
Essa síntese reflete a análise realizada e a base para o desenvolvimento deste PDITS,
especificamente nos eventos de construção coletiva junto aos atores locais.
A avaliação identifica os segmentos e produtos mais consistentes do Polo e os produtos e
atividades potenciais, ainda pouco explorados.
As carências e fragilidades registradas devem ser mitigadas por meio de um conjunto de
ações articuladas, permitindo que o turismo, nos moldes desejados, possa se tornar um
propulsor de desenvolvimento sustentável.
Quadro 23:
Relação Produto e Atividades Consolidada: Lazer e Entretenimento
PRODUTO
TURÍSTICO
PRINCIPAL
ÁREAS CRÍTICAS DE INTERVENÇÃO
Entretenimento e
Lazer
Quadro 24:
PRODUTO
TURÍSTICO
Turismo
Hidrotermal
Investimento em infraestrutura básica na
área urbana;
Melhoria da infraestrutura turística;
Instalação de novos receptivos e CAT;
Melhor articulação institucional;
Pegada Ambiental; e
Instituição de mecanismo permanente de
pesquisa, coleta de dados e
sistematização de informações turísticas.
POSIÇÃO ATUAL X POSICIONAMENTO
POTENCIAL
O produto encontra-se estruturado com bom
fluxo de turistas.
A oferta de serviços públicos ligados ao
abastecimento e saneamento não atende à
demanda de forma satisfatória.
O desenvolvimento sustentável do turismo
exige trabalho em conjunto entre poder
público, trade e comunidade local, no
sentido da integração da comunidade no
processo e cuidado com o meio ambiente.
Relação Produto e Atividades em Desenvolvimento: Turismo Hidrotermal
ÁREAS CRÍTICAS DE INTERVENÇÃO
POSIÇÃO ATUAL X POSICIONAMENTO
POTENCIAL
Investimento em infraestrutura básica na
área urbana;
Investimento em infraestrutura turística,
instalação de receptivos voltados à
demanda específica;
Melhor articulação institucional;
Maior conscientização e educação
ambiental; e
Instituição de mecanismo permanente de
pesquisa, coleta de dados e
sistematização de informações turísticas.
O produto não se encontra estruturado para
comercialização;
A associação do turismo hidrotermal a
outros produtos turísticos ligados ao Polo; e
A divulgação de informações específicas
acerca das propriedades terapêuticas das
águas termais deve constar no material de
marketing.
201
Quadro 25:
Relação Produto e Atividades em Desenvolvimento: Negócios e Eventos
PRODUTO
TURÍSTICO
Negócios e
Eventos
Quadro 26:
ÁREAS CRÍTICAS DE INTERVENÇÃO
Investimento em infraestrutura básica na área
urbana;
Investimento em infraestrutura turística
específica para o seguimento;
Melhor articulação institucional incluindo
iniciativa pública, privada e terceiro setor;
Maior conscientização e educação ambiental;
Intuição articulada para a captação e
fiscalização de eventos; e
Instituição de mecanismo permanente de
pesquisa, coleta de dados e sistematização
de informações turísticas.
4.4.
O produto já se encontra em
comercialização, apesar de sua baixa
estruturação;
Criação de calendário e de centro de
eventos de negócios;
Associação de eventos com os outros
produtos turísticos ligados ao Polo; e
Melhoria da qualidade dos meios de
hospedagem e de apoio ao turista.
Relação Atividades Potenciais: Ecoturismo e Turismo Aventura
ATIVIDADES
TURÍSTICAS
COMPLEMENTARES
Ecoturismo/
Turismo de
Aventura
POSIÇÃO ATUAL X POSICIONAMENTO
POTENCIAL
ÁREAS CRÍTICAS DE INTERVENÇÃO
Investimento em infraestrutura básica na
área urbana;
Investimento em infraestrutura turística,
instalação de receptivos no PESCAN e
demais produtos voltados à demanda
específica;
Definição de parâmetros de gestão de
visitação do PESCAN;
Melhor articulação institucional;
Maior conscientização e educação
ambiental; e
Instituição de mecanismo permanente de
pesquisa, coleta de dados e sistematização
de informações turísticas.
POSIÇÃO ATUAL X
POSICIONAMENTO POTENCIAL
Os recursos não se encontram
estruturados para comercialização;
Há necessidade de estruturação de
roteiros integrados com demais atrativos
do Polo; e
A preservação ambiental é premissa
fundamental para a evolução da
atividade turística.
Formulação das Estratégias
O diagnóstico da situação atual do desenvolvimento do turismo na área abrangida pelo
PDITS proporcionou as condições necessárias para o estabelecimento dos eixos
estratégicas e das estratégias que conduzem à indicação das ações.
Como conceito de estratégia, conforme Houaiss, tem-se: “arte de aplicar com eficácia os
recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se
desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos.” Assim, as estratégias possibilitam
depreender as formas de condução da ação para que se possam alcançar satisfatoriamente
os objetivos traçados, aproximando a situação real da situação desejada.
ESTRATÉGIAS
SITUAÇÃO ATUAL
SITUAÇÃO PLANEJADA
CAMINHOS PARA A AÇÃO
202
No sentido geral, a estratégia inclui a definição das grandes linhas de ação estabelecidas
em planos governamentais ou empresariais em dada direção.
Onde estamos
Onde queremos chegar
A concepção de estratégias como alternativa para viabilizar a superação das fragilidades e
potencializar as forças da capacidade municipal para a gestão é um processo de construção
multidisciplinar que visa identificar e estabelecer, a partir da compreensão da realidade
atual, os meios mais efetivos, eficazes e eficientes para criar novas possibilidades.
As estratégias devem traduzir criatividade, inovação, novos padrões tecnológicos e de
interação entre o poder público e a sociedade, tendo em vista o desenvolvimento e a gestão
participativa do turismo, baseada no planejamento e no alcance de resultados efetivos,
tendo em vista a qualidade de vida e o bem estar dos cidadãos.
Quadro 27:
Eixos Estratégicos, Estratégias e Ações Previstas.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Componente 1: PRODUTO TURÍSTICO
Estruturação de produtos turísticos integrados e qualificados
para o Polo das Águas Termais.
Priorização dos segmentos turísticos com potencialidades de
desenvolvimento e identificação de vantagens comparativas
e competitivas que valorizem a singularidade do Polo.
Melhoria dos espaços públicos, principalmente das áreas
centrais, e consolidação de padrões urbanísticos e
arquitetônicos visando o incremento e a qualificação da
atividade turística nesses espaços.
Fortalecimento e qualificação dos serviços de atendimento ao
turista.
Identificação de produtos e atividades turísticas com
potencialidades
de
desenvolvimento
que
possam
complementar o segmento principal e atrair o público alvo
compatível à demanda existente.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Componente 2: COMERCIALIZAÇÃO
Promoção da visibilidade do destino turístico a partir
de produtos integrados e de qualidade
Captação de mercados diferenciados e
complementares voltados para diferentes produtos e
públicos específicos
Integração pública privada para comercialização do
destino turístico
Componente 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Melhoria das condições da administração municipal
para o planejamento e gestão do turismo sustentável
Gestão integrada e eficaz entre o setor público e
privado voltada à consolidação do Polo das Águas
Termais.
Capacitação de profissionais para a cadeia produtiva
do turismo, envolvendo a administração pública
municipal, os empreendedores do turismo e a
comunidade.
Promoção, produção e sistematização de informações
turísticas como base para o planejamento sustentável
203
do turismo e para formatação de novos produtos
turísticos e de informação ao turista.
Componente 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Expansão e melhoria da infraestrutura e dos serviços
básicos essenciais ao desenvolvimento sustentável e
a compatibilização da oferta turística com a
capacidade de carga da infraestrutura instalada.
Melhoria dos serviços públicos com ênfase ao
saneamento ambiental, à energia elétrica e ao
tratamento e disposição dos resíduos sólidos,
buscando atendimento adequado à demanda turística
existente.
Melhoria das condições de acesso aos atrativos
turísticos, às áreas urbanas e aos municípios
integrantes do Polo.
Melhoria da infraestrutura urbana voltada à qualidade
de vida dos cidadãos e ao apoio ao turismo.
Componente 5: GESTÃO AMBIENTAL
Promoção da sustentabilidade ambiental do destino
turístico, com a consequente melhoria da qualidade de
vida da população local.
Preservação de mananciais hídricos de forma a
promover a qualidade ambiental, com impacto no
desenvolvimento sustentável do turismo.
Fortalecimento da política municipal de gestão
ambiental com ênfase para a atuação integrada entre
o poder púbico e a sociedade organizada.
204
PARTE V – PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E
PROJETOS
205
5.
PLANO DE AÇÃO
5.1. Visão Geral e Ações Previstas
O Plano de Ação apresenta uma visão geral do conjunto de atividades e projetos de
investimento a serem realizados para o alcance dos objetivos de desenvolvimento do
turismo sustentável, independentemente da fonte de financiamento a ser mobilizada e das
entidades por eles responsáveis. Estabelece a relação de cada ação com eixos estratégicos
e estratégias, vinculando-as a objetivos.
O quadro a seguir apresenta as Ações previstas, relacionando-as aos Eixos Estratégicos e
Estratégias correspondentes.
206
Quadro 28:
Eixos Estratégicos, Estratégias e Ações Previstas.
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Nº. DA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 1: PRODUTO TURÍSTICO
Priorização dos segmentos turísticos com
potencialidades de desenvolvimento e identificação
de vantagens comparativas e competitivas que
valorizem a singularidade do Polo.
Estruturação de produtos turísticos
integrados e qualificados para o
Polo das Águas Termais.
Melhoria dos espaços públicos, principalmente das
áreas centrais, e consolidação de padrões
urbanísticos e arquitetônicos visando o incremento e
a qualificação da atividade turística nesses espaços.
1.1
Revitalização do Balneário Público de Caldas Novas.
1.2
Revitalização da Orla do Rio Quente.
1.3
Criação e Implantação de Museu das Águas Termais e Centro de
Eventos Multiuso de Caldas Novas.
1.4
Criação e Implantação de Sinalização Turística de Padrão Internacional
em Caldas Novas e em Rio Quente.
1.5
Elaboração de Projeto e Implantação de Teleférico em Rio Quente.
1.6
Elaboração de Projeto e Implantação de Melhorias de Infraestrutura no
Parque Estadual Serra de Caldas Novas – PESCAN – Polo das Águas
Termais.
Fortalecimento e qualificação dos serviços de
atendimento ao turista.
1.7
Identificação de produtos e atividades turísticas com
potencialidades de desenvolvimento que possam
complementar o segmento principal e atrair o público
alvo compatível à demanda existente.
1.8
Criação, estruturação e qualificação de Centros de Atendimento ao
Turista em Caldas Novas e em Rio Quente.
Elaboração de estudos de viabilidade de implantação de parques
temáticos e outros atrativos potenciais no Polo das Águas Termais.
207
- continuação
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Nº. DA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
Componente 2: COMERCIALIZAÇÃO
Promoção da visibilidade do
destino turístico a partir de
produtos integrados e de
qualidade.
2.1
Realização de estudo de reposicionamento de produto turístico para o
Polo das Águas Termais.
2.2
Criação e comercialização de roteiros integrados no Polo das Águas
Termais.
2.3
Elaboração e Implantação de Plano de Marketing do Turismo no Polo
das Águas Termais.
3.1
Revisão dos Planos Diretores Municipais de Caldas Novas e de Rio
Quente.
3.2
Elaboração do Plano Diretor de Turismo do Polo das Águas Termais.
3.3
Elaboração e implantação do Plano Estratégico de Gestão Participativa
do Turismo Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente.
3.4
Elaboração do Plano de Fortalecimento da Gestão Pública Municipal
do Turismo de Caldas Novas e de Rio Quente.
3.5
Realinhamento e organização da Administração Municipal para a
Gestão Pública do Turismo em Caldas Novas e em Rio Quente.
Capacitação de profissionais para a cadeia produtiva
do turismo, envolvendo a administração pública
municipal, os empreendedores do turismo e a
comunidade.
3.6
Elaboração e implantação de Programa de Capacitação Profissional
para a Gestão do Turismo e para o Mercado do Turismo do Polo das
Águas Termais.
Promoção, produção e sistematização de
informações turísticas como base para o
planejamento sustentável do turismo e para
formatação de novos produtos turísticos e de
informação ao turista.
3.7
Elaboração e implantação de Sistema de Informação para Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em Rio Quente.
Captação de mercados diferenciados e
complementares voltados para diferentes produtos e
públicos específicos.
Integração pública privada para comercialização do
destino turístico.
Componente 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Melhoria das condições da administração municipal
para o planejamento e gestão do turismo sustentável.
Gestão integrada e eficaz entre o
setor público e privado voltada à
consolidação do Polo das Águas
Termais.
208
- continuação
EIXO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGIAS
Nº. DA
AÇÃO
AÇÕES PREVISTAS
4.1
Ampliação da rede de coleta e tratamento de esgotos em Caldas Novas
e em Rio Quente.
4.2
Planejamento e implantação de aterro sanitário para tratamento e
disposição final dos resíduos sólidos no Polo das Águas Termais.
4.3
Implantação de linha tronco e subestações de energia elétrica no Polo
das Águas Termais.
4.4
Ampliação da rede de abastecimento de água e de reservatórios
elevados no Polo das Águas Termais.
4.5
Recuperação e pavimentação de rodovias de acesso ao Polo das Águas
Termais.
4.6
Construção da Rodoviária de Rio Quente.
4.7
Elaboração de projetos e realização de obras urbanas para adequação
e recuperação de vias públicas, calçadas, mobiliário urbano e
paisagismo em Caldas Novas e em Rio Quente.
5.1
Elaboração do Plano de Manejo da Microbacia Bacia do Rio Quente.
5.2
Criação e implantação da Agenda 21 Local de Caldas Novas e de Rio
Quente.
5.3
Formulação da Avaliação Ambiental Estratégica para o Polo das Águas
Termais.
Componente 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Expansão e melhoria da
infraestrutura e dos serviços
básicos essenciais ao
desenvolvimento sustentável e a
compatibilização da oferta turística
com a capacidade de carga da
infraestrutura instalada.
Melhoria dos serviços públicos com ênfase ao
saneamento ambiental, à energia elétrica e ao
tratamento e disposição dos resíduos sólidos,
buscando atendimento adequado à demanda turística
existente.
Melhoria das condições de acesso aos atrativos
turísticos, às áreas urbanas e aos municípios
integrantes do Polo.
Melhoria da infraestrutura urbana voltada à qualidade
de vida dos cidadãos e ao apoio ao turismo.
Componente 5: GESTÃO AMBIENTAL
Preservação de mananciais hídricos de forma a
promover a qualidade ambiental, com impacto no
desenvolvimento sustentável do turismo.
Promoção da sustentabilidade
ambiental do destino turístico, com
a consequente melhoria da
qualidade de vida da população
local.
Fortalecimento da política municipal de gestão
ambiental com ênfase para a atuação integrada entre
o poder púbico e a sociedade organizada.
5.4
Elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra de
Caldas Novas – PESCAN – Polo das Águas Termais.
209
As ações que compõem o PDITS Polo das Águas Termais, agrupadas por Componente,
estão a seguir descritas, abordando:
•
•
•
•
•
•
•
•
Eixo Estratégico
Estratégia(s)
Objetivo
Ações Relativas ao Componente
Justificativa
Descrição da Ação
Produtos
Resultados Esperados
5.1.1. Componente 1: PRODUTO TURÍSTICO
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
Eixo
Estratégico
Estruturação de produtos turísticos integrados e qualificados para o Polo das Águas
Termais.
Priorização dos segmentos turísticos com potencialidades de desenvolvimento e
identificação de vantagens comparativas e competitivas que valorizem a singularidade
do Polo.
Estratégia(s)
Melhoria dos espaços públicos, principalmente das áreas centrais, e consolidação de
padrões urbanísticos e arquitetônicos visando o incremento e a qualificação da
atividade turística nesses espaços.
Fortalecimento e qualificação dos serviços de atendimento ao turista.
Identificação de produtos e atividades turísticas com potencial de desenvolvimento
que possam complementar o segmento principal e atrair o público alvo compatível à
demanda existente.
Objetivo
Ações
Relativas ao
Componente
Produto
Turístico
Revitalizar, diversificar e promover melhorias relativas à infraestrutura e aos serviços
turísticos ofertados em Caldas Novas e Rio Quente, tendo em vista promover a
renovação dos produtos existentes e favorecer o surgimento de novas linhas de
produtos, considerando a vocação turística do Polo.
1.1
Revitalização do Balneário Público de Caldas Novas.
1.2
Revitalização da Orla do Rio Quente.
1.3
Criação e Implantação de Museu das Águas Termais e Centro de Eventos
Multiuso de Caldas Novas.
1.4
Criação e Implantação de Sinalização Turística de Padrão Internacional
em Caldas Novas e em Rio Quente.
1.5
Elaboração de Projeto e Implantação de Teleférico em Rio Quente.
1.6
Elaboração de Projeto e Implantação de Melhorias de Infraestrutura no
Parque Estadual Serra de Caldas Novas – PESCAN – Polo das Águas
210
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
Termais.
1.7
Criação, estruturação e qualificação de Centros de Atendimento ao Turista
em Caldas Novas e em Rio Quente.
1.8
Elaboração de estudo de viabilidade de implantação de parques temáticos
e outros atrativos potenciais no Polo das Águas Termais.
A estruturação do Produto Turístico, nos municípios de Caldas Novas e Rio Quente,
alinham-se à necessidade de promover a diversificação e qualificação da oferta
turística e a integração dos produtos turísticos disponíveis no Polo, conforme
identificado e detalhado em diagnóstico.
É visível o efeito que o declínio da qualidade do produto turístico nos municípios do
Polo das Águas Termais vem provocando na atração do turista de maior poder
aquisitivo, que garante maior lucro e maior condição de investimentos em melhorias, e
na extensão da permanência dos de menor poder aquisitivo que, em geral, tendem a
permanecer por pouco tempo e com o mínimo de gasto.
Justificativa
A qualidade dos produtos turísticos está associada à qualificação dos serviços
prestados e ao padrão de qualidade desejado, que deve estar referenciado na
satisfação dos consumidores e nos pressupostos do turismo sustentável, o que implica
estabelecer uma política que estimule a melhoria contínua da qualidade e da
segurança dos serviços prestados, principalmente no que tange à regularização dos
empreendimentos de turismo.
Para se conquistar o turista que hoje deixa de se interessar pelo atrativo das águas
termais e para melhorar a oferta dos produtos direcionados aos diversos perfis de
turistas, de modo a fazer com que eles permaneçam e consumam, torna-se
indispensável a realização de ações no sentido estruturar e qualificar o produto
ofertado.
Revitalização do Balneário Público de Caldas Novas - Elaborar projeto e realizar
obras de recuperação das instalações, bem como implantar mobiliário urbano,
recuperar paisagismo e revitalizar áreas verdes do Balneário.
Revitalização da Orla do Rio Quente - Elaborar projeto e executar obras de
recuperação e melhoria dos espaços correspondentes à orla do Rio Quente que se
localizam na área urbana do Município, numa extensão de 700 metros.
Descrição das
Ações
Criação e Implantação de Museu das Águas Termais e Centro de Eventos
Multiuso de Caldas Novas – (i) Elaborar Plano de Implantação do Museu e do
Centro de Eventos, de forma a explicitar os princípios, finalidades, objetivos e
diretrizes para a sua montagem, equipamento, funcionamento, uso e manutenção,
tendo em vista a guarda da memória histórica e cultural do município e região, bem
como a oferta de eventos culturais e educacionais; (ii) Elaborar Projeto e executar
obras relativas à sua instalação física.
Criação e Implantação de Sinalização Turística de Padrão Internacional em
Caldas Novas e em Rio Quente - Elaborar projeto e implantar sinalização turística
orientativa, de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT, abrangendo as
principais rodovias de acesso às cidades, as vias urbanas e rurais de acesso aos
atrativos turísticos e outros pontos estratégicos de Caldas Novas e Rio Quente.
Elaboração de Projeto e Implantação de Teleférico em Rio Quente - Elaborar
projeto, realizar as obras civis necessárias e implantar teleférico ligando o Centro
211
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
Turístico de Rio Quente ao alto da Serra de Caldas, onde ficará um dos portões de
acesso ao PESCAN – Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, que abrange os
dois municípios que compõem o Polo.
Elaboração de Projeto e Implantação de Melhorias de Infraestrutura no Parque
Estadual Serra de Caldas Novas – PESCAN - Inclui a demarcação de trilhas, a
estruturação de acessos para visitantes, a instalação de portarias e do pórtico de
entrada do Parque.
Criação, estruturação e qualificação de Centros de Atendimento ao Turista em
Caldas Novas e em Rio Quente - (i) Elaborar projeto e realizar obras das instalações
físicas de um novo CAT em cada um dos municípios; (ii) Elaborar projeto e realizar
obras de melhoria das instalações físicas do CAT já existente em Caldas Novas; (iii)
Elaborar Plano de Atendimento ao Turista, comum aos dois municípios, contendo
princípios, diretrizes e procedimentos/instrumentos operacionais para funcionamento
dos CAT, dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação
do mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários; (iv) aquisição de
mobiliário, equipamentos de informática e multimídia demandados para
funcionamento dos CAT; (v) capacitação gerencial e técnica das equipes de
atendimento ao turista.
Elaboração de estudo de viabilidade de implantação de parques temáticos e
outros atrativos potenciais no Polo das Águas Termais – Por meio de parceria a
ser estabelecida entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, com a
participação das instâncias governamentais estadual e municipal e de empresários
interessados do setor, analisar a viabilidade de implantação, no Polo das Águas
Termais de empreendimentos relativos a parques temáticos e outros atrativos
potenciais, tendo em vista a diversificação do produto turístico regional atualmente
baseado em parques aquáticos.
212
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
Balneário Público de Caldas Novas estruturado e com as condições de acesso e
conforto demandadas para atendimento e satisfação do turista e para o lazer da
população residente nos municípios de Caldas Novas e Rio Quente.
Orla do Rio Quente relativa à área urbana do município revitalizada e estruturada
para a atividade turística e para a população residente nos dois municípios que
compõem o Polo.
Museu das Águas Termais e Centro de Eventos Multiuso de Caldas Novas
implantados, equipados e em condições de receber turistas e abrigar eventos com
conforto e segurança, atendendo à demanda relativa ao Polo das Águas Termais.
Produtos
Sinalização turística efetivamente instalada nas rodovias de acesso às cidades, nas
vias urbanas e rurais de acesso aos atrativos turísticos e em outros pontos
estratégicos de Caldas Novas e Rio Quente.
Teleférico do Centro Turístico de Rio Quente ao alto da Serra de Caldas implantado e
em perfeitas condições operacionais, atendidos os requisitos de segurança e conforto,
para uso dos turistas e à população local em seus momentos de lazer.
Parque Estadual da Serra de Caldas Novas - PESCAN estruturado e em condições
de atendimento ao turista e à população local com segurança e conforto, denotando
cuidados com a preservação do meio ambiente natural.
Centros de Atendimento ao Turista – CAT implantados em número suficiente nos
dois municípios do Polo e em condições de prestar informações e atendimento ao
turista com alto nível de qualidade.
Estudo de viabilidade de implantação de parques temáticos e outros atrativos
potenciais concluídos e divulgados tendo em vista a captação de investimentos
voltados para novos produtos turísticos complementares no Polo das Águas Termais
Resultado
Pretendido
Novos produtos ofertados e qualificados para atender à demanda turística do Polo, de
forma a diversificar a oferta e permitir a prestação de serviços turísticos de qualidade e
nas condições de segurança necessárias, além de possibilitar a abertura de novos
negócios e a geração de emprego e renda em benefício da população local.
5.1.2. Componente 2: COMERCIALIZAÇÃO
COMPONENTE 2: COMERCIALIZAÇÃO
Eixo Estratégico
Estratégia(s)
Promoção da visibilidade do destino turístico a partir de produtos integrados e de
qualidade
Captação de mercados diferenciados e complementares voltados para diferentes
produtos e públicos específicos
Integração pública privada para comercialização do destino turístico
Objetivo
Promover o reposicionamento do produto turístico, incrementar o marketing do
turismo e adotar estratégias de comercialização que levem à captação de segmentos
de mercados consumidores diferenciados para o Polo das Águas Termais.
213
COMPONENTE 2: COMERCIALIZAÇÃO
Ações Relativas
ao Componente
Comercialização
2.1
Realização de estudo de reposicionamento de produto turístico para o
Polo das Águas Termais
2.2
Criação e comercialização de roteiros integrados no Polo das Águas
Termais
2.3
Elaboração e Implantação de Plano de Marketing do Turismo no Polo das
Águas Termais
Justificativa
O diagnóstico realizado para elaboração deste PDITS revela que a atividade turística
no Polo apresenta-se muito isolada em cada um dos municípios, o que prejudica o
desenvolvimento do turismo. Sendo, assim, a elaboração de roteiros turísticos
integrados permitirá aumentar a oferta e dinamizar o turismo, resultando em
benefícios para o Polo como um todo.
O panorama atual leva a identificar que somente a iniciativa privada tem se dedicado
à promoção e comercialização do destino, sem que o poder público atue de forma
determinante no estabelecimento de diretrizes e estratégias voltadas à
comercialização. Desta forma, caberia às instâncias governamentais a criação de
imagem e promoção do destino Águas Termais, de forma a estimular a sua
comercialização como um todo, e não só de um ou outro empreendimento.
Neste contexto, o Plano de Marketing como ação componente deste PDITS tem a
função de organizar e consolidar as diretrizes e estratégias e ações de divulgação,
promoção e comercialização do Polo, identificando a sua vocação e o público alvo
dos produtos disponíveis.
Também, no âmbito da comercialização, o estudo de reposicionamento do produto é
prioritário como base para a realização de investimentos em infraestrutura básica e
turística, e também como subsídio e alimentação do Plano de Marketing.
Descrição das
Ações
Realização de estudo de reposicionamento de produto turístico para o Polo
das Águas Termais - Por meio do estudo busca-se avaliar qualitativamente o
produto turístico Águas Termais e o seu mercado, bem como estabelecer
prioridades para sua qualificação, divulgação e comercialização de acordo com o
perfil do destino. O estudo visa ainda estabelecer estratégias e caminhos para a
criação de roteiros turísticos integrados, considerando os atrativos de Caldas Novas
e Rio Quente.
Criação e comercialização de roteiros integrados no Polo das Águas Termais –
A criação de roteiros integrados pressupõe o trabalho conjunto do trade turístico,
com o apoio e incentivo da Administração Municipal de Caldas Novas e de Rio
Quente, considerando as atividades, atrativos e produtos turísticos comercializados.
As possibilidades existentes devem ser discutidas entre os atores interessados,
analisada a viabilidade de sua operação e o seu potencial de comercialização. Os
roteiros escolhidos serão descritos em documento técnico, bem como os meios e os
instrumentos para a sua comercialização. Amplo diálogo será estabelecido para fixar
os procedimentos operacionais para lançamento dos roteiros criados no mercado
regional, estadual e nacional.
Elaboração e Implantação de Plano de Marketing do Turismo no Polo das
Águas Termais – Inclui a definição do público alvo – segmentação do mercado
consumidor, definindo suas características a partir de uma base psicográfica
(hábitos, desejos, estilo de vida, etc). Busca caracterizar o produto - segmentos
principal e complementares, e estabelecer os indicativos de preço tendo em vista o
público alvo. Define um projeto de comunicação integrada, de forma a criar e
fortalecer a identidade do Polo e divulgar os produtos ofertados, utilizando as mídias
mais eficazes e o conceito e os roteiros de turismo integrado entre Caldas Novas e
Rio Quente.
Produtos
Estudo de reposicionamento turístico realizado, debatido e divulgado entre os
214
COMPONENTE 2: COMERCIALIZAÇÃO
atores envolvidos. Resultado dos estudos considerado pela Administração Municipal
para fixação de diretrizes para o turismo nos municípios do Polo, de forma a
alimentar a política pública setorial correspondente.
Roteiros turísticos integrados relativos ao Polo estruturados, divulgados e
comercializados.
Plano de Marketing elaborado e implementado, tendo em vista a diversificação do
mercado consumidor, o aumento da permanência e do gasto médio diário dos
turistas no Polo. Políticas regionais de comercialização definidas e Plano de
Investimentos elaborado, com diretrizes para a sua execução.
Resultado
Pretendido
Dinâmica de comercialização do produto turístico Polo das Águas Termais, definida
e operacionalizada, com a efetiva participação dos atores do mercado do turismo e
da Administração Municipal dos dois municípios que o integram, considerado o
reposicionamento do produto e os roteiros integrados definidos.
5.1.3. Componente 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Eixo Estratégico
Gestão integrada e eficaz entre o setor público e privado voltada à consolidação do
Polo das Águas Termais.
Melhoria das condições da administração municipal para o planejamento e gestão do
turismo sustentável
Capacitação de profissionais para a cadeia produtiva do turismo, envolvendo a
administração pública municipal, os empreendedores do turismo e a comunidade.
Estratégia(s)
Promoção, produção e sistematização de informações turísticas como base para o
planejamento sustentável do turismo e para formatação de novos produtos turísticos
e de informação ao turista.
Capacitação de profissionais para a cadeia produtiva do turismo envolvendo a
administração pública municipal, os empreendedores do turismo e a comunidade.
Objetivo
Ações Relativas
ao Componente
Fortalecimento
Institucional
Aperfeiçoar a capacidade de Gestão Pública do Turismo nos municípios de Caldas
Novas e Rio Quente e, de forma integrada, no Polo das Águas Termais, mediante a
adoção (i) de bases participativas, envolvendo os setores público e privado, (ii) da
prática do planejamento e de inovações tecnológicas e gerenciais, tendo em vista a
melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos, em busca de resultados
que promovam o desenvolvimento sustentável e beneficiem a população local.
3.1
Revisão dos Planos Diretores Municipais de Caldas Novas e de Rio
Quente
3.2
Elaboração do Plano Diretor de Turismo do Polo das Águas Termais
3.3
Elaboração e implantação do Plano Estratégico de Gestão Participativa do
Turismo Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente
215
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
3.4
Elaboração e Implantação dos Planos de Fortalecimento da Gestão
Pública Municipal do Turismo de Caldas Novas e de Rio Quente
3.5
Realinhamento e organização da Administração Municipal para a Gestão
Pública do Turismo em Caldas Novas e em Rio Quente
3.6
Elaboração e implantação de Programa de Capacitação Profissional para
a Gestão do Turismo e para o Mercado do Turismo do Polo das Águas
Termais
3.7
Elaboração e implantação de Sistema de Informação para Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em Rio Quente
Justificativa
O diagnóstico da situação atual da gestão do turismo no Polo das Águas Termais
leva a um conjunto significativo de pontos críticos que abrangem, especificamente,
cada município componente do Polo e, principalmente, a visão integrada da gestão
turística em nível regional. Tais situações- problema conduzem à priorização de
investimentos para a implantação de um modelo integrado, participativo e inovador
de gestão setorial e, ao mesmo tempo, para instalar as condições institucionais
necessárias à execução das ações relativas aos demais componentes do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS para o Polo. O
panorama atual indica ainda a necessidade de investimentos em fortalecimento
direcionados não só para a administração pública municipal, mas também para a
capacitação de empreendedores, para o desenvolvimento do empreendedorismo no
setor de turismo e para a instalação de ambiente de gestão integrada e
compartilhada entre esses e o poder publico local.
As necessidades de investimento detectadas neste Componente interligam-se,
ainda, aos investimentos relativos ao Componente Gestão Ambiental no que respeita
à sua interface com o desenvolvimento do turismo, com destaque para a adoção de
instrumentos de planejamento, controle e monitoramento, tais como o Plano de
Manejo da Microbacia Bacia do Rio Quente, a Agenda 21 Local, a Avaliação
Ambiental Estratégica para o Polo e o Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra
de Caldas Novas.
Desta forma, os avanços necessários quanto ao modelo de gestão hoje adotado
deverão ser significativos e assumem condição de prioridade. Os recursos
provenientes do PRODETUR Nacional no âmbito do PDITS serão a alavanca que
permitirá enfrentar tais desafios no campo institucional.
Descrição das
Ações
Revisão dos Planos Diretores Municipais de Caldas Novas e de Rio Quente
Os dois municípios componentes do Polo das Águas Termais possuem Planos
Diretores Municipais Participativos, tendo sido o de Caldas Novas aprovado e
publicado em 2003 e o de Rio Quente em 2008.
Dada a natureza de tais instrumentos de planejamento estratégico municipal, o
horizonte considerado para sua elaboração é de dez anos, sendo recomendada a
sua revisão em menor prazo em circunstâncias análogas às de Caldas Novas e Rio
Quente, qual seja, a implantação de empreendimentos e ações que visem a
instalação de mudanças significativas no ambiente físico, institucional e social,
acarretando impactos no desenvolvimento sustentável do município.
A revisão dos Planos Diretores demandará um processo no qual a leitura técnica,
feita por especialistas, e a leitura comunitária, ou seja, a visão e as contribuições da
sociedade são imprescindíveis.
Elaboração do Plano Diretor de Turismo do Polo das Águas Termais
O fortalecimento da gestão do turismo depende, fundamentalmente, da introdução
216
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
das práticas de Planejamento Estratégico nos ambientes municipais, o que constitui
lacuna observada também em Caldas Novas e Rio Quente. No caso do turismo, o
Plano Diretor busca orientar a definição de políticas públicas setoriais e traçar
caminhos e ações para a sua operacionalização.
Esta ação, pertinente ao Componente Fortalecimento Institucional do PDITS, é
revestida de importância maior, na medida em que o Plano Diretor de Turismo não
terá seu foco no ambiente municipal e sim no Polo das Águas Termais.
A elaboração do Plano Diretor em tela deverá ocorrer mediante processo de
construção coletiva, envolvendo o poder público, os segmentos privados, e ainda, as
instâncias regional e estadual. Será oportunidade para a mudança da gestão do
turismo isolada no município para a orientação de gestão integrada, como fator de
consolidação do Polo das Águas Termais.
Elaboração e implantação do Plano Estratégico de Gestão Participativa do
Turismo Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente
A consolidação de uma política pública que oriente os rumos da organização e do
desenvolvimento do turismo nos municípios do Polo das Águas Termais a partir do
Plano Diretor de Turismo a ser elaborado, depende, diretamente, da definição e da
adoção de um modelo de gestão do turismo municipal. Tal modelo, considerando o
turismo como um dos fatores que alavancam a economia local, será construído para
cada município, respeitando as peculiaridades e a autonomia local, tendo,
entretanto, sempre presente a necessidade de coerência e integração entre as
orientações adotadas em cada um deles. Partirá de bases participativas,
privilegiando a parceria constante entre o poder público e a iniciativa privada, com
destaque para o trade turístico e para os demais segmentos representativos da
cadeia produtiva do turismo e da sociedade local. Deverá, desta forma, estabelecer
diretrizes, processos e mecanismos de interação entre os agentes envolvidos, suas
competências e interfaces.
No ambiente interno à administração pública de cada município, o Plano de Gestão
definirá formas e arranjos para a articulação institucional entre o órgão público de
gestão do turismo e os demais organismos municipais (voltados principalmente para
a gestão do meio ambiente, da cultura, da gestão territorial, da gestão fiscal e do
esporte e lazer), considerando o turismo como matéria multidisciplinar, enquanto
política pública municipal. Deverá também considerar a articulação com as
instâncias estadual e federal bem como a qualidade do atendimento ao turista.
O Modelo será concebido com a participação dos diferentes atores públicos e
privados e buscará definir as instâncias governamentais e de participação da
sociedade na gestão do turismo, partindo do Conselho Municipal de Turismo, da
instituição de fóruns permanentes, de câmaras técnicas e outros mecanismos e
chegando à análise de viabilidade de um Consórcio Intermunicipal que, alinhado ao
Conselho de Turismo do Polo, constitua instância de gestão integrada.
Elaboração e Implantação do Plano de Fortalecimento da Gestão Pública
Municipal do Turismo de Caldas Novas e de Rio Quente
Os municípios de Caldas Novas e Rio Quente terão, cada um deles, o seu próprio
Plano de Fortalecimento, ainda que possam conter estratégias e ações comuns
entre os eles e que prevejam formas de execução em parceria, sob o enfoque do
Polo das Águas Termais. Tais projetos visam dotar os municípios dos mecanismos e
instrumentos necessários ao desenvolvimento da atividade turística, com
sustentabilidade econômica, social, ambiental e histórico-cultural.
A elaboração do Plano de Fortalecimento inclui a realização de diagnóstico da
situação atual da gestão pública do turismo, a definição das estratégias em busca do
fortalecimento institucional, a construção de um plano de ação visando a superação
dos problemas encontrados, abrangendo, a priori, as áreas de (i) planejamento e
gestão do turismo; (ii) gestão administrativa e fiscal; (iii) gestão do uso e ocupação
217
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
do solo e gestão ambiental, em especial em sua relação com o setor de turismo.
Para as ações propostas que requeiram para sua implementação a contratação
futura de serviços técnicos especializados, fornecimento de equipamentos, execução
de atividades de capacitação profissional, dentre outras, serão elaborados Termos
de Referência específicos para sua contratação ou especificação técnica, elementos
necessários para sua contratação ou aquisição.
Realinhamento e organização da Administração Municipal para a Gestão
Pública do Turismo em Caldas Novas e em Rio Quente
Trata-se de conceber os parâmetros e conceber as condições organizacionais da
administração pública municipal para a gestão do turismo em Caldas Novas e Rio
Quente. Envolve a definição da natureza, das competências e das atribuições dos
respectivos órgãos municipais de gestão do turismo, bem como o desenho e a
definição dos processos e procedimentos de trabalho a serem adotados em cada
uma de suas unidades, inclusive dos Centros de Atendimento ao Turista a eles
vinculados. Inclui ainda o redimensionamento qualitativo e quantitativo da força de
trabalho demandada na administração pública municipal para a gestão do turismo,
bem como a elaboração dos perfis profissionais requeridos para os diferentes
cargos e funções e as diretrizes para a gestão de pessoas, configurando um sistema
de administração de pessoal inovador e baseado na avaliação estratégica de
desempenho por resultados.
Esta ação pressupõe também a análise da eficácia e da efetividade dos Conselhos
Municipais de Turismo, enquanto mecanismos de gestão participativa, e
planejar/implantar as mudanças necessárias, relativas ao papel dos Conselhos
perante a implantação, monitoramento e avaliação do PDITS Polo das Águas
Termais, em sintonia com o Conselho de Turismo do Polo. Resultará, se necessário,
na revisão e no aperfeiçoamento do Regimento Interno dos Conselhos bem como a
capacitação de seus membros.
Elaboração e implantação de Programa de Capacitação Profissional para a
Gestão do Turismo e para o Mercado do Turismo do Polo das Águas Termais
Busca (i) dotar os organismos de gestão do turismo da administração pública
municipal de Caldas Novas e de Rio Quente, bem como os órgãos setoriais
relacionados ao setor de turismo (tais como gestão ambiental, gestão do uso e
ocupação do solo, gestão fiscal e financeira, dentre outros) de quadros gerenciais,
técnicos e operacionais capacitados no que tange à gestão do turismo e
comprometidos com o desenvolvimento turístico municipal e do Polo das Águas
Termais como um todo; (ii) incentivar e promover a oferta de profissionais
especializados para atuação no mercado turístico do Polo das Águas Termais,
considerando os principais setores da cadeia do turismo de cada município e do
Polo como um todo.
Esta ação envolve o planejamento, a realização e a avaliação de atividades de
capacitação, a partir de técnicas inovadoras e participativas de promoção da
aprendizagem.
Elaboração e implantação de Sistema de Informação para Gestão do Turismo e
Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em Rio Quente
A carência de informações para gestão do turismo no Polo das Águas Termais é
ponto crítico relevante. Assim, um dos objetivos específicos do Componente
Fortalecimento Institucional é “criar e implantar um sistema integrado de informações
turísticas, acessível aos diferentes atores públicos e privados, incluindo os
empreendedores locais, de forma a obter os subsídios necessários ao planejamento
e à gestão do turismo, bem como ao atendimento ao turista”.
Desta forma, os investimentos neste sentido contemplarão a elaboração e a
implantação de um sistema de informação para gestão do turismo e atendimento ao
218
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
turista específico para cada município e ainda um módulo de informações que
consolidará os dados pertinentes ao Polo como um todo.
Esta ação, correspondente aos dois sistemas municipais e ao módulo Polo
consolidado, deverá incluir: (i) a elaboração dos respectivos projetos de sistema; (ii)
o provimento de recursos de tecnologia de informação – software e hardware; (iii) a
capacitação de equipes para gerenciamento dos sistemas e a preparação de
usuários.
Os sistemas contemplarão, dentre outras, as seguintes informações: inventário
turístico; oferta turística; impactos do turismo na economia do município; registros
administrativos (cadastros de estabelecimentos, Ficha Nacional de Registro de
Hóspedes - FNRH e do Boletim de Ocupação Hoteleira – BOH, entre outros);
acessibilidade ao município e aos atrativos e produtos turísticos existentes;
infraestrutura de apoio ao turista, compreendendo: dados dos sistemas de
transporte, comunicação, segurança, saúde, bancário disponíveis; atendimento,
divulgação e informação ao turista; indicadores do turismo em Goiânia; capacidade
de carga dos atrativos.
Planos Diretores dos municípios de Caldas Novas e de Rio Quente revisados,
atualizados e aprovados
Plano Diretor de Turismo do Polo elaborado, assumido pelos atores envolvidos,
de forma a orientar a política pública de desenvolvimento do turismo sustentável e
propiciar a atuação integrada para sua implantação e consolidar o Polo das Águas
Termais.
Plano Estratégico de Gestão Participativa do Turismo elaborado e implantado
em Caldas Novas e Rio Quente, de forma a beneficiar cada município e propiciar as
bases necessárias para a gestão integrada do desenvolvimento turístico do Polo das
Águas Termais.
Produtos
Plano de Fortalecimento da Gestão Pública do Turismo elaborado e implantado
em Caldas Novas e Rio Quente.
Estrutura da Administração Pública Municipal dos municípios de Caldas Novas
e de Rio Quente realinhadas e organizadas, de forma a propiciar as condições
administrativas requeridas para a gestão do turismo.
Programa de Capacitação Profissional para a Gestão do Turismo e para o
Mercado do Turismo do Polo das Águas Termais elaborado e implantado, de
forma a suprir as necessidades atuais e atender à demanda futura, resultante do
desenvolvimento do setor.
Sistema de Informação para Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista em
Caldas Novas e em Rio Quente concebido, desenvolvido e implantado, com as
condições operacionais de equipamentos e de pessoal para suprir as necessidades
atuais e futuras, resultantes do desenvolvimento do setor.
Resultado
Pretendido
Gestão Pública do Turismo efetivada em bases participativas entre os governos
locais e sociedade nos municípios de Caldas Novas e de Rio Quente e, de forma
integrada, para o Polo das Águas Termais, fundada na prática do planejamento e em
inovações tecnológicas, de forma a promover o desenvolvimento sustentável e a
beneficiar turistas e população local.
219
5.1.4. Componente 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Eixo Estratégico
Expansão e melhoria da infraestrutura e dos serviços básicos essenciais ao
desenvolvimento sustentável e a compatibilização da oferta turística com a
capacidade de carga da infraestrutura instalada
Melhoria dos serviços públicos com ênfase ao saneamento ambiental, à energia
elétrica e ao tratamento e disposição dos resíduos sólidos, buscando
atendimento adequado à demanda turística existente.
Estratégia(s)
Melhoria das condições de acesso aos atrativos turísticos, às áreas urbanas e
aos municípios integrantes do Polo.
Melhoria da infraestrutura urbana voltada à qualidade de vida dos cidadãos e ao
apoio ao turismo.
Objetivo
Ações Relativas
ao Componente
Infraestrutura e
Serviços
Básicos
Justificativa
Dotar os municípios de Caldas Novas e Rio Quente das condições de
infraestrutura, de acessibilidade e de serviços públicos básicos, com ênfase para
o saneamento ambiental, energia elétrica e disposição e tratamento de resíduos
sólidos, necessários ao desenvolvimento do turismo no Polo das Águas Termais
e à melhoria da qualidade de vida da população local.
4.1
Ampliação da rede de coleta e tratamento de esgotos em Caldas
Novas e em Rio Quente
4.2
Planejamento e implantação de aterro sanitário para tratamento e
disposição final dos resíduos sólidos no Polo das Águas Termais
4.3
Implantação de linha tronco e subestações de energia elétrica no Polo
das Águas Termais
4.4
Ampliação da rede de abastecimento de água e de reservatórios
elevados no Polo das Águas Termais
4.5
Recuperação e pavimentação de rodovias de acesso ao Polo das
Águas Termais
4.6
Construção da Rodoviária de Rio Quente
4.7
Elaboração de projetos e realização de obras urbanas para
adequação e recuperação de vias públicas, calçadas, mobiliário
urbano e paisagismo em Caldas Novas e em Rio Quente.
As condições de infraestrutura nos municípios turísticos e o desenvolvimento
turístico sustentável correlacionam-se na medida em que se traduzem na
qualidade dos serviços públicos voltados à recepção dos turistas. Dentro desta
perspectiva, a infraestrutura adequada é avaliada por meio de indicadores de
desempenho relacionados aos serviços de coleta, tratamento e disposição final
de esgotos, de coleta e disposição final de resíduos sólidos, de iluminação
pública, de captação, tratamento e distribuição de água, de manutenção das
condições de acessibilidade, de conservação de calçadas, de disponibilização
de mobiliário urbano e de paisagismo.
O diagnóstico da situação atual da área do Polo das Águas Termais indica
sobrecarga e baixa qualidade desses serviços de infraestrutura básica
essenciais ao turismo e relacionados à saúde e à preservação ambiental,
principalmente nos períodos de alta temporada, o que vem refletindo no fluxo
turístico e na permanência dos turistas na região. As interrupções frequentes do
fornecimento de água em alguns locais, o grande volume de efluentes lançados
220
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
na rede e a falta de coleta e adequado tratamento, principalmente em Rio
Quente, a coleta deficiente do lixo, produzido em grande volume principalmente
na alta temporada são exemplos dessa sobrecarga e da baixa qualidade dos
serviços.
Citam-se ainda as interrupções no fornecimento de energia que são frequentes
em períodos de alta temporada devido à baixa capacidade de operação da
subestação existente.
Por outro lado, as condições de acessibilidade ao destino turístico Polo das
Águas Termais, aos atrativos ofertados e às áreas urbanas de maior afluxo de
turistas são essenciais para o desenvolvimento do setor. Nesta direção, foram
definidos neste PDITS investimentos voltados para a recuperação e
pavimentação de rodovias de acesso ao Polo, a construção da Rodoviária de
Rio Quente e a realização de obras urbanas para adequação e recuperação de
vias públicas, calçadas, mobiliário urbano e paisagismo em Caldas Novas e em
Rio Quente.
Descrição das
Ações
Ampliação da rede de coleta e tratamento de esgotos em Caldas Novas e
em Rio Quente
Implantação de rede de esgoto no centro residencial de Rio Quente, com
interligação com a rede existente no centro turístico. Construção de emissário
de 7.8 km até a disposição final do material tratado no Rio Piracanjuba, evitando
a disposição no Rio Quente. Aumento em 42% da capacidade de coleta da rede
em Caldas Novas a partir da ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do
município.
Planejamento e implantação de aterro sanitário para tratamento e
disposição final dos resíduos sólidos no Polo das Águas Termais
Conforme a Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos o
Brasil tem até agosto de 2014 para garantir a destinação, em aterros sanitários,
de todo o lixo que não possa ser reaproveitado ou reciclado, erradicando assim
a existência da disposição inadequada de resíduos em lixões em todos os
municípios brasileiros.
O Aterro Sanitário consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos
urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança,
minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de
engenharia para confinar os resíduos sólidos ao menor volume possível,
cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de
trabalho ou a intervalos menores se for necessário.
Dessa forma, para dimensionar o investimento previsto visando a implantação
de um aterro sanitário consorciado que possa atender aos municípios goianos
de Caldas Novas e Rio Quente, partiu-se dos dados relativos à população atual
dos dois municípios e considerou-se o número de turistas nos meses de baixa e
de alta temporária como população flutuante. Foi então calculada a projeção de
população bem como a estimativa de produção de resíduos (0,5 kg/hab.dia,
produção média para cidades do porte de Caldas Novas) para os próximos 20
anos nas duas cidades.
Considerando que a área para implantação do aterro deve ser a que
contemplará a população de fim de projeto (2030) e essa população equivale a
100 mil habitantes, a área necessária para implantação do Aterro Consorciado
Caldas Novas – Rio Quente será de 20 hectares.
Implantação de linha tronco e subestações de energia elétrica no Polo das
Águas Termais
Execução da (i) linha tronco de 69kv de Morrinhos/Serra de Caldas para Rio
Quente; (ii) linha tronco de UHE de 138kv de Corumbá/Serra de Caldas para
221
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Caldas Novas;(iii) implantação da subestação de Rio Quente e ampliação da
subestação de Caldas Novas.
Ampliação da rede de abastecimento de água e de reservatórios elevados
Abrange a ampliação da rede, a construção de reservatórios elevados, de
sistema de recalque de água e demais obras complementares para os bairros
de Esmeralda e Serrinha em Caldas Novas e nas margens do Rio Quente em
áreas urbanas.
Recuperação e pavimentação de rodovias de acesso ao Polo das Águas
Termais
Elaboração de projetos e execução de obras de recuperação de estradas
danificadas, duplicação e construção de novos trechos de acesso e de
circulação no polo e implantação de sinalização básica.
Construção da Rodoviária de Rio Quente
Elaboração de projeto e construção de rodoviária em Rio Quente, com terminal
de embarque e desembarque e capacidade para 10 baias de ônibus
intermunicipais e interestaduais; instalações adequadas à recepção de turistas e
população local.
Elaboração de projetos e realização de obras urbanas para adequação e
recuperação de vias públicas, calçadas, mobiliário urbano e paisagismo
em Caldas Novas e em Rio Quente.
Elaboração de Projetos e realização de obras para melhoria da acessibilidade
nos ambientes urbanos, adequação e recuperação de calçamento, mobiliário
urbano, paisagismo para se criar, padronizar e organizar os espaços urbanos de
interesse turístico.
Produtos
Rede de coleta e tratamento de esgoto ampliada, resultando na melhoria da
qualidade de vida da população e dos turistas na área abrangida.
Aterro Sanitário construído e em funcionamento, atendendo as necessidades
atuais e à demanda de médio prazo no Polo das Águas Termais.
Linhas tronco e subestações de energia elétrica implantadas nos locais
indicados, em Caldas Novas e Rio Quente. Subestação implantada em Rio
Quente e ampliada em Caldas Novas, de forma a potencializar o fornecimento
de energia elétrica no Polo das Águas Termais.
Melhorias no sistema de abastecimento de água implantadas nos bairros de
Esmeralda e Serrinha em Caldas Novas e nas margens do Rio Quente em
áreas urbanas.
Rodovias estaduais de acesso ao Polo ampliadas, recuperadas e duplicadas e
sinalização rodoviária implantada/recuperada, aumentando a acessibilidade,
com segurança, beneficiando turistas e população local.
Rodoviária do Rio Quente construída e em funcionamento, de forma a atender
a demanda do transporte público por ônibus intermunicipal e interestadual.
Obras urbanas de adequação e recuperação de vias públicas, calçadas,
mobiliário urbano e paisagismo em Caldas Novas e em Rio Quente concluídas e
espaços públicos liberados para utilização por turistas e população local.
Resultado
pretendido
Polo das Águas Termais com melhores condições de infraestrutura, de
acessibilidade e de serviços públicos básicos, necessárias ao desenvolvimento
do turismo no Polo das Águas Termais e à melhoria da qualidade de vida da
população local.
222
5.1.5. Componente 5: GESTÃO AMBIENTAL
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
Eixo Estratégico
Estratégia(s)
Objetivo
Ações Relativas
ao Componente
Gestão
Ambiental
Justificativa
Promoção da sustentabilidade ambiental do destino turístico,
consequente melhoria da qualidade de vida da população local.
com
a
Preservação de mananciais hídricos de forma a promover a qualidade
ambiental, com impacto no desenvolvimento sustentável do turismo.
Fortalecimento da política municipal de gestão ambiental com ênfase para a
atuação integrada entre o poder púbico e a sociedade organizada.
Conceber e implantar mecanismos e instrumentos gerenciais e de planejamento
que contribuam para o fortalecimento da gestão ambiental integrada entre o
poder público e a sociedade no Polo das Águas Termais, beneficiando o
desenvolvimento do turismo e a qualidade de vida da população local.
5.1
Elaboração do Plano de Manejo da Microbacia Bacia do Rio Quente
5.2
Criação e implantação da Agenda 21 Local de Caldas Novas e de Rio
Quente
5.3
Formulação da Avaliação Ambiental Estratégica para o Polo das
Águas Termais
5.4
Elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra de
Caldas Novas – PESCAN – Polo das Águas Termais
A busca pelo desenvolvimento da economia do turismo não pode ocorrer de
forma dissociada da melhoria da qualidade de vida dos habitantes das
comunidades do Polo das Águas Termais e da manutenção do meio ambiente.
Dado o produto turístico que, pela vocação do Polo, movimenta o
desenvolvimento econômico na região, o meio ambiente e, em especial, os
recursos hídricos são a garantia da sustentabilidade e, indiretamente a garantia
de emprego e renda para a população local.
Sob essa ótica, o PDITS do Polo das Águas Termais deve, necessariamente,
considerar investimentos que beneficiem a gestão socioambiental integrada
entre os municípios que o compõem. Como complemento às ações específicas
voltadas para o setor, resultante de políticas municipais de meio ambiente, e
considerando a realidade atual depreendida em diagnóstico, foram priorizadas
para o Componente Gestão Ambiental do PDITS quatro ações que contemplam
a concepção e a implantação de mecanismos e instrumentos que, no caso
específico do Polo, são fundamentais para o exercício do planejamento, do
controle, do monitoramento e da avaliação de resultados, quais sejam, o Plano
de Manejo da Microbacia do Rio Quente, a implantação da Agenda 21 Local, a
Avaliação Ambiental Estratégica e o Plano de Manejo do Parque Estadual Serra
de Caldas Novas.
Assim, o fortalecimento da gestão ambiental na região do Polo por meio dessas
ações, deve considerar, sobretudo, as diretrizes e orientações emanadas das
políticas ambientais nacional, estadual e municipais, sendo fruto de trabalho
integrado interinstitucional que considera a interligação próxima entre o turismo
e o meio ambiente.
Latu Sensu, as ações de fortalecimento da gestão do turismo propostas
permitirão o alcance de objetivos tais como: (i) Garantir a perenidade dos
recursos naturais protegidos e sua utilização de forma sustentável e, ainda,
223
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
garantir preservação e a utilização de forma sustentável dos recursos hídricos;
(ii) Promover o cumprimento das leis ambientais nos âmbitos Federal, Estadual
e Municipal que incidem sobre os bens naturais da região do Polo das Águas
Termais; (iii) Assimilar os conceitos e práticas que levem em conta as relações
existentes entre o turismo e o meio ambiente, sob a ótica do desenvolvimento
sustentável; (iv) Inserir a população local no ciclo econômico do turismo, de
forma a buscar a sustentabilidade econômica e ambiental visando a melhoria da
qualidade de vida da população local e a qualidade dos atrativos, equipamentos
e serviços voltados ao turismo.
Descrição das
Ações
Elaboração do Plano de Manejo da Microbacia do Rio Quente
Inclui a realização de estudo de capacidade de carga, a fixação de diretrizes de
gestão socioambiental para a região da Microbacia e proposições para o seu
manejo, considerando o seu interesse turístico e o seu uso sustentável.
Criação e implantação da Agenda 21 Local de Caldas Novas e de Rio
Quente
A criação e a implantação da Agenda 21 Local, conforme orientações do
Ministério do Meio Ambiente, estará a cargo de um grupo de trabalho composto
por agentes internos à administração municipal e por agentes comunitários
visando: (i) mobilizar e sensibilizar o poder público e a sociedade para o
desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental; (ii) criar o Fórum
Regional da Agenda 21; (iii) realizar diagnóstico participativo da sociedade local;
(iv) elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local de
desenvolvimento sustentável.
Formulação da Avaliação Ambiental Estratégica para o Polo das Águas
Termais
Inclui o levantamento dos condicionantes ambientais favoráveis ou
desfavoráveis ao desenvolvimento da atividade turística e proposição de ações
de recuperação, preservação e mitigação de impactos do turismo perante os
recursos naturais do Polo.
Elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra de Caldas
Novas – PESCAN – Polo das Águas Termais
Inclui o estudo da capacidade de carga do Parque Estadual, a definição de
parâmetros de gestão ambiental sustentável dos seus recursos naturais,
considerando a sua utilização como recurso turístico.
Produtos
Plano de Manejo da Microbacia do Rio Quente elaborado e efetivamente
considerado para a gestão ambiental e turística da Microbacia.
Agenda 21 criada em Caldas Novas e em Rio Quente e Plano Local de
224
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
Desenvolvimento Sustentável dela derivada implantado.
Avaliação Ambiental Estratégica realizada em Caldas Novas e em Rio Quente
e seus resultados efetivamente considerados para a gestão do turismo e do
meio ambiente no Polo das Águas Termais.
Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas elaborado e
efetivamente considerado para sua gestão como atrativo turístico do Polo.
Resultado
Pretendido
Gestão Ambiental no Polo das Águas Termais fortalecida e efetivada de forma
integrada entre as diferentes instâncias do poder público e a sociedade local, de
forma a beneficiar o desenvolvimento sustentável do turismo e o bem estar da
população.
5.2. Quadro Síntese das Ações Previstas
O quadro a seguir traz a síntese das ações previstas para o PDITS Polo das Águas Termais,
indicando os componentes a que pertencem e sua área de abrangência.
225
Quadro 29:
Quadro Síntese das Ações Previstas
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
Ação
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
1.1 Revitalização do Balneário Público de Caldas
Novas
Caldas Novas
Projeto e obras de recuperação das instalações, implantação de mobiliário urbano,
recuperação do paisagismo e revitalização das áreas verdes do Balneário.
1.2 Revitalização da Orla do Rio Quente
Rio Quente
Projeto e obras de recuperação e melhoria dos espaços correspondentes à orla do Rio
Quente que se localizam na área urbana do Município, numa extensão de 700 metros.
1.3 Criação e Implantação de Museu das Águas
Termais e Centro de Eventos Multiuso de Caldas
Novas
Caldas Novas
(i) Plano de Implantação do Museu e do Centro de Eventos, explicitando os princípios,
finalidades, objetivos e diretrizes para a sua montagem, equipamento, funcionamento,
uso e manutenção, tendo em vista a guarda da memória histórica e cultural do
município e região, bem como a oferta de eventos culturais, educacionais; (ii) Projeto e
obras relativas às suas instalações físicas.
1.4 Criação e Implantação de Sinalização Turística
de Padrão Internacional em Caldas Novas e em
Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
Projeto e implantação de sinalização turística orientativa abrangendo as principais
rodovias de acesso às cidades, as vias urbanas e rurais de acesso aos atrativos
turísticos e outros pontos estratégicos de Caldas Novas e Rio Quente.
1.5 Elaboração de Projeto e Implantação de
Teleférico em Rio Quente
Rio Quente
Projeto e obras civis; implantação do teleférico ligando o Centro Turístico de Rio Quente
ao alto da Serra de Caldas, onde ficará um dos portões de acesso ao PESCAN, que
abrange os dois municípios que compõem o Polo.
1.6 Elaboração de Projeto e Implantação de
Melhorias de Infraestrutura no Parque Estadual
Serra de Caldas Novas – PESCAN - Polo das
Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Demarcação de trilhas, estruturação de acessos para visitantes, instalação do pórtico de
entrada do Parque e de portarias.
1.7 Criação, Estruturação e Qualificação de
Centros de Atendimento ao Turista em Caldas
Novas e em Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
(i) Projeto e obras das instalações físicas de um novo CAT em cada um dos municípios;
(ii) Projeto e obras de melhoria das instalações físicas do CAT já existente em Caldas
Novas; (iii) Plano de Atendimento ao Turista, comum aos dois municípios, contendo
princípios, diretrizes e procedimentos/instrumentos operacionais para funcionamento
dos CAT, dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação do
mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários; (iv) aquisição de mobiliário,
equipamentos de informática e multimídia demandados para funcionamento dos CAT;
(v) capacitação gerencial e técnica das equipes de atendimento ao turista.
226
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
Ação
1.8 Elaboração de Estudos de Viabilidade de
Implantação de Parques Temáticos e Outros
Atrativos Potenciais no Polo das Águas Termais
Área de
Abrangência
Polo das
Águas
Termais
Descrição das Ações
Parceria a ser estabelecida entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, com
participação das instâncias governamentais estadual e municipal e de empresários do
setor interessados; análise da viabilidade de implantação de parques temáticos e outros
atrativos potenciais, tendo em vista a diversificação do produto turístico regional
baseado em parques aquáticos.
COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO
Ação
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
Polo das
Águas
Termais
Estudo busca avaliar qualitativamente o produto turístico Águas Termais e o seu
mercado e estabelecer prioridades para sua qualificação, divulgação e comercialização
de acordo com o perfil do destino. Visa ainda definir estratégias e caminhos para
estabelecimento de roteiros turísticos integrados, considerando os atrativos de Caldas
Novas e Rio Quente.
2.2 Criação e Comercialização de Roteiros
Integrados no Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Trabalho conjunto do trade turístico, com o apoio e incentivo da Administração Municipal
de Caldas Novas e de Rio Quente, considerando as atividades, atrativos e produtos
turísticos comercializados. Discussão das possibilidades existentes entre os atores
interessados, análise da viabilidade de sua operação e de seu potencial de
comercialização. Descrição dos roteiros e dos meios e instrumentos para a sua
comercialização. Fixação de procedimentos operacionais para lançamento dos roteiros
criados no mercado regional, estadual e nacional.
2.3 Elaboração e Implantação de Plano de
Marketing do Turismo no Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Definição do público alvo – segmentação do mercado consumidor - suas características
a partir de uma base psicográfica (hábitos, desejos, estilo de vida, etc). Caracterização
do produto - segmento principal e complementares - indicativos de preço tendo em vista
o público alvo; definição de um projeto de comunicação integrada, de forma a criar e
fortalecer a identidade do Polo e divulgar os produtos ofertados.
2.1 Realização de Estudo de Reposicionamento
de Produto Turístico para o Polo das Águas
Termais
227
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Ação
3.1 Revisão dos Planos Diretores Municipais de
Caldas Novas e de Rio Quente
3.2 Elaboração do Plano Diretor de Turismo do
Polo das Águas Termais
3.3 Elaboração e Implantação do Plano
Estratégico de Gestão Participativa do Turismo
Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
Caldas Novas
e Rio Quente
Dada a natureza dos Planos Diretores Municipais como instrumentos de planejamento
estratégico municipal, o horizonte considerado para sua elaboração é de dez anos,
sendo recomendada a sua revisão em menor prazo em circunstâncias análogas às de
Caldas Novas e Rio Quente, qual seja, a implantação de empreendimentos e ações que
visem a instalação de mudanças significativas no ambiente físico, institucional e social,
acarretando impactos no desenvolvimento sustentável do município. A revisão dos
Planos Diretores demandará um processo no qual a leitura técnica, feita por
especialistas, e a leitura comunitária, ou seja, a visão e as contribuições da sociedade
são imprescindíveis.
Polo das
Águas
Termais
No caso do turismo, o Plano Diretor, como prática de planejamento estratégico e focado
no Polo das Águas Termais, busca orientar a definição de políticas públicas setoriais e
traçar caminhos e ações para a sua operacionalização. Elaboração mediante processo
de construção coletiva, envolvendo o poder público, os segmentos privados, e ainda, as
instâncias regional e estadual. Será oportunidade para a mudança da gestão do turismo
isolada no município para a orientação de gestão integrada, como fator de consolidação
do Polo das Águas Termais.
Caldas Novas
e Rio Quente
Plano Estratégico de Gestão, em bases participativas, para cada município, respeitando
as peculiaridades e a autonomia local, tendo presente a necessidade de coerência e
integração entre as orientações adotadas em cada um deles. Destaque para a parceria
constante entre o poder público e a iniciativa privada, principalmente o trade turístico e
demais segmentos representativos da cadeia produtiva do turismo e da sociedade local.
Estabelecerá diretrizes, processos e mecanismos de interação entre os agentes
envolvidos, suas competências e interfaces.
No ambiente interno à administração pública definirá formas e arranjos para a
articulação institucional entre o órgão público de gestão do turismo e os demais
organismos municipais (voltados principalmente para a gestão do meio ambiente, da
cultura, da gestão territorial, da gestão fiscal e do esporte e lazer), considerando o
turismo como matéria multidisciplinar, e com as instâncias estadual e federal. Tratará do
Conselho Municipal de Turismo, da instituição de fóruns permanentes, de câmaras
técnicas e outros mecanismos e chegando à análise de viabilidade de um Consórcio
Intermunicipal que, alinhado ao Conselho de Turismo do Polo, constitua instância de
gestão integrada.
228
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
Caldas Novas
e Rio Quente
Plano de Fortalecimento para cada município, ainda que possam conter estratégias e
ações comuns entre os eles e que prevejam formas de execução em parceria, sob o
enfoque do Polo das Águas Termais. Tais projetos visam dotar os municípios dos
mecanismos e instrumentos necessários ao desenvolvimento da atividade turística, com
sustentabilidade econômica, social, ambiental e histórico-cultural.
Inclui a realização de diagnóstico da situação atual da gestão pública do turismo, a
definição das estratégias em busca do fortalecimento institucional, a construção de um
plano de ação visando a superação dos problemas encontrados, abrangendo, a priori,
as áreas de (i) planejamento e gestão do turismo; (ii) gestão administrativa e fiscal; (iii)
gestão do uso e ocupação do solo e gestão ambiental, em especial em sua relação com
o setor de turismo.
Para as ações propostas que requeiram para sua implementação, a contratação futura
de serviços técnicos especializados, fornecimento de equipamentos, execução de
atividades de capacitação profissional, dentre outras, serão elaborados Termos de
Referência específicos para sua contratação ou especificação técnica, elementos
necessários para sua contratação ou aquisição.
3.5 Realinhamento e Organização da
Administração Municipal para a Gestão Pública do
Turismo em Caldas Novas e em Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
Concepção dos parâmetros e das condições organizacionais da administração pública
municipal para a gestão do turismo em Caldas Novas e Rio Quente. Envolve a definição
da natureza, das competências e das atribuições dos respectivos órgãos municipais de
gestão do turismo, bem como o desenho e a definição dos processos e procedimentos
de trabalho a serem adotados em cada uma de suas unidades, inclusive dos Centros de
Atendimento ao Turista vinculados.
Redimensionamento qualitativo e quantitativo da força de trabalho demandada na
administração pública municipal para a gestão do turismo, elaboração dos perfis
profissionais requeridos para os diferentes cargos e funções e diretrizes para a gestão
de pessoas, configurando um sistema de administração de pessoal inovador e baseado
na avaliação estratégica de desempenho por resultados. Análise da eficácia e da
efetividade dos Conselhos Municipais de Turismo, enquanto mecanismos de gestão
participativa.
3.6 Elaboração e Implantação de Programa de
Capacitação Profissional para a Gestão do
Turismo e para o Mercado do Turismo do Polo das
Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Busca (i) dotar os organismos de gestão do turismo da administração pública municipal
de Caldas Novas e de Rio Quente, bem como os órgãos setoriais relacionados ao setor
de turismo (tais como gestão ambiental, gestão do uso e ocupação do solo, gestão
fiscal e financeira, dentre outros) de quadros gerenciais, técnicos e operacionais
Ação
3.4 Elaboração do Plano de Fortalecimento da
Gestão Pública Municipal do Turismo de Caldas
Novas e de Rio Quente
229
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Área de
Abrangência
Ação
Descrição das Ações
capacitados no que tange à gestão do turismo e comprometidos com o desenvolvimento
turístico municipal e do Polo das Águas Termais como um todo; (ii) incentivar e
promover a oferta de profissionais especializados para atuação no mercado turístico do
Polo das Águas Termais, considerando os principais setores da cadeia do turismo de
cada município e do Polo como um todo.
3.7 Elaboração e Implantação de Sistema de
Informação para Gestão do Turismo e
Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em
Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
Criação e implantação de um sistema integrado de informações turísticas, acessível aos
diferentes atores públicos e privados incluindo os empreendedores locais, de forma a
obter os subsídios necessários ao planejamento e à gestão do turismo, bem como ao
atendimento ao turista. Contemplará a elaboração e a implantação de um sistema de
informação para gestão do turismo e atendimento ao turista específico para cada
município e ainda um módulo de informações que consolidará os dados pertinentes ao
Polo como um todo.
Esta ação, correspondente aos dois sistemas municipais e ao módulo Polo consolidado,
deverá incluir: (i) a elaboração dos respectivos projetos de sistema; (ii) o provimento de
recursos de tecnologia de informação – software e hardware; (iii) a capacitação de
equipes para gerenciamento dos sistemas e a preparação de usuários.
COMPONENTE4 - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
4.1 Ampliação da Rede de Coleta e Estação de
Tratamento de Esgotos em Caldas Novas e em
Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
Implantação de rede de esgoto no centro residencial de Rio Quente, com interligação
com a rede existente no centro turístico. Construção de emissário de 7.8 km até a
disposição final do material tratado no Rio Piracanjuba, evitando a disposição no Rio
Quente. Aumento em 42% da capacidade de coleta da rede em Caldas Novas a partir
da ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do município.
4.2 Planejamento e Implantação de Aterro
Sanitário para Tratamento e Disposição Final dos
Resíduos Sólidos no Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Construção e implantação de aterro sanitário consorciado para atendimento a Caldas
Novas e Rio Quente, dimensionado para os próximos 20 anos a partir da população
atual dos dois municípios e do número de turistas como população flutuante, da
projeção dessa população para duas décadas e da estimativa de produção de resíduos
Ação
230
COMPONENTE4 - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Ação
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
por habitante. Previsão de área de 20 hectares para implantação.
4.3 Implantação de Linha Tronco e Subestações
de Energia Elétrica no Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Execução da (i) linha tronco de 69kv de Morrinhos/Serra de Caldas para Rio Quente; (ii)
linha tronco de UHE de 138kv de Corumbá/Serra de Caldas para Caldas Novas;(iii)
implantação da subestação de Rio Quente e ampliação da subestação de Caldas
Novas.
4.4 Ampliação da Rede de Abastecimento de
Água e de Reservatórios Elevados no Polo das
Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Abrange a ampliação da rede, a construção de reservatórios elevados, de sistema de
recalque de água e demais obras complementares para os bairros de Esmeralda e
Serrinha em Caldas Novas e nas margens do Rio Quente em áreas urbanas.
4.5 Recuperação e Pavimentação de Rodovias de
Acesso ao Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Elaboração de projetos e execução de obras de recuperação de estradas danificadas,
duplicação e construção de novos trechos de acesso e circulação no polo e implantação
de sinalização básica.
4.6 Construção da Rodoviária de Rio Quente
Rio Quente
Elaboração de projeto e construção de rodoviária em Rio Quente – 2.000m2, com
terminal de embarque e desembarque e capacidade para 10 baias de ônibus
intermunicipais e interestaduais.
4.7 Elaboração de Projetos e Realização de Obras
Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias
Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
Paisagismo em Caldas Novas e em Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
Projetos e obras para melhoria da acessibilidade nos ambientes urbanos, adequação e
recuperação de calçamento, mobiliário urbano, paisagismo para se criar, padronizar e
organizar espaços urbanos de interesse turístico.
COMPONENTE 5 - GESTÃO AMBIENTAL
Ação
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
5.1 Elaboração do Plano de Manejo da Microbacia
no Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Realização de estudo de capacidade de carga, fixação de diretrizes de gestão
socioambiental para a região da Microbacia e proposições para o seu manejo,
considerando o seu interesse turístico e o seu uso sustentável.
5.2 Criação e Implantação da Agenda 21 Local de
Caldas Novas e de Rio Quente
Caldas Novas
e Rio Quente
Implantação a cargo de um grupo de trabalho composto por agentes internos à
administração municipal e por agentes comunitários visando: (i) mobilizar e sensibilizar
o poder público e a sociedade para o desenvolvimento sustentável e a preservação
231
COMPONENTE 5 - GESTÃO AMBIENTAL
Ação
Área de
Abrangência
Descrição das Ações
ambiental; (ii) criar o Fórum Regional da Agenda 21; (iii) realizar diagnóstico
participativo da sociedade local; (iv) elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano
local de desenvolvimento sustentável.
5.3 Formulação da Avaliação Ambiental
Estratégica para o Polo das Águas Termais
5.4 Elaboração do Plano de Manejo do Parque
Estadual da Serra de Caldas Novas - PESCAN Polo das Águas Termais
Polo das
Águas
Termais
Levantamento dos condicionantes ambientais favoráveis ou desfavoráveis ao
desenvolvimento da atividade turística e proposição de ações de recuperação,
preservação e mitigação de impactos do turismo perante os recursos naturais do Polo.
Caldas Novas
Estudo da capacidade de carga do Parque Estadual e definição de parâmetros de
gestão ambiental sustentável dos seus recursos naturais, considerando a sua utilização
como recurso turístico.
232
5.3. Dimensionamento do Investimento Total
A realização efetiva das ações previstas neste Plano de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável para o Polo das Águas Termais/GO pressupõe investimentos
financeiros significativos, oriundos de fontes diversas, que são aqui discriminados.
Para o dimensionamento dos custos de cada ação prevista foram utilizados parâmetros de
custos locais, decorrentes de:
•
Projetos já em elaboração;
•
Estimativa realizada por órgãos públicos municipais;
•
Valores médios praticados no mercado local;
•
Indicadores da construção civil para a região; e
•
Valores de mercado de equipamentos de características similares aos previstos para
aquisição.
A tabela a seguir apresenta o dimensionamento do Investimento total relativo ao PDITS do
Polo das Águas Termais.
233
Tabela 43:
Dimensionamento do Investimento Total
234
Tabela 44:
Dimensionamento do Investimento por Município e Comum aos Municípios do Polo
235
5.4. Seleção e Priorização das Ações.
Neste item encontram-se selecionadas as ações integrantes do PDITS Polo das Águas
Termais priorizadas para atendimento pelo Prodetur Nacional, com execução prevista para
os 18 (dezoito) primeiros meses e para o período entre o 19º. ao 42º mês de vigência do
PDITS, num total de 5 (cinco) anos.
Para a priorização das ações foram estabelecidos os seguintes critérios:
•
Sustentabilidade;
•
Abrangência – população local e área turística;
•
Tempo de implantação;
•
Visibilidade das ações; e
•
Precedência – interferência.
O processo de priorização contemplou duas etapas distintas. A primeira foi focada na visão
dos atores estratégicos locais, representantes de segmentos da sociedade organizada e do
trade turístico que acompanharam todas as fases de elaboração deste PDITS. Para tanto foi
realizado um seminário no qual, após a apresentação dos trabalhos já realizados e dos
produtos já consolidados, com ênfase para a lista geral de ações propostas e dos critérios
estabelecidos para esta etapa, os participantes locais puderam debater e expressar seu
ponto de vista quanto à priorização das ações alvo de investimentos.
A transcrição das contribuições obtidas nesse Seminário, bem como o seu registro
fotográfico e respectiva lista de presença, são apresentados nos Anexos 7 e 8 deste
documento.
Dando continuidade ao processo de priorização, foram realizadas reuniões técnicas com
representantes do Governo Estadual, das quais resultaram ajustes na priorização indicada
pelos representantes locais. Tais ajustes visaram:
•
Garantir a sustentabilidade do Polo por meio de ações direcionadas a questões
críticas que ameaçam a continuidade da atividade turística local em conformidade
com a preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida;
•
Nível de abrangência e impactos positivos de cada ação com relação à população, à
atividade turística e área geográfica em questão;
•
Rapidez com que as ações possam ser levadas a cabo, sendo que um indicador de
prioridade é a possibilidade de efetivação de determinada ação no mais curto prazo
possível;
•
Visibilidade e publicidade dos efeitos de determinadas ações, onde o critério de
priorização leva em conta o impacto positivo na imagem do produto conferido pela
execução de uma ação; e
•
Precedência das ações, considerando o alcance necessário, parcial ou integral, dos
resultados delas previstos para, em seguida, desencadear outro(s) investimentos.
As ações priorizadas para este período são apresentadas a seguir em uma tabela Geral e
separadamente, em tabelas para Caldas Novas, para Rio Quente e para o Polo como um
todo (ações que pressupõem produtos e resultados comuns aos dois municípios).
236
Tabela 45:
Seleção e Priorização das Ações Previstas
237
Tabela 46:
Ações Priorizadas por Área de Abrangência - Município de Caldas Novas
238
Tabela 47:
Ações Priorizadas por Área de Abrangência - Município de Rio Quente
239
Tabela 48:
Ações Priorizadas por Área de Abrangência – Comuns aos Municípios do Polo das Águas Termais
240
5.4.1. Ações a Serem Contempladas nos 18 meses iniciais de Implantação do PDITS
A seguir encontram-se discriminadas as ações pertinentes ao PDITS das Águas Termais
que, dentre as ações selecionadas como prioritárias, constituem as ações elegíveis para
realização durante os 18 primeiros meses de financiamento do PRODETUR NACIONAL.
Note-se que tais ações são indicadas, no Quadro a seguir, considerando as orientações
constantes do Termo de Referência para elaboração do PDITS: “As ações de fortalecimento
da gestão municipal para o turismo devem necessariamente incluir metas de desempenho
da capacidade institucional como parte do Plano de Ação. Essas metas devem ser
cumpridas pelo respectivo município antes de iniciar as obras de infraestrutura planejadas
em seu território” Assim, as ações de fortalecimento institucional precedem às demais, com
tempo hábil para início das obras de infraestrutura, em busca do cumprimento das metas
indicadas no Quadro 30, inserido adiante.
241
Quadro 30:
Ações Elegíveis para Realização Durante os 18 Primeiros Meses de Financiamento do Prodetur Nacional
Às ações de fortalecimento da gestão municipal para o turismo, previstas para os primeiros 18 meses de implantação do PDITS,
correspondem metas de desempenho da capacidade institucional que devem ser cumpridas antes do início das obras de infraestrutura
planejadas para cada município e para o conjunto do Polo das Águas Termais. Tais metas são apresentadas no quadro a seguir.
242
Quadro 31:
Ações de Fortalecimento da Gestão Municipal – Metas de Desempenho para os Primeiros 18 Meses de Implantação do PDITS
AÇÕES
ÁREA DE
ABRANGÊNCIA
3.1 Revisão dos Planos Diretores Municipais de
Caldas Novas e Rio Quente
Caldas Novas e
Rio Quente
Planos Diretores 100% revistos
3.3 Elaboração e Implantação do Plano
Estratégico de Gestão Participativa do Turismo
Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente
Caldas Novas e
Rio Quente
Plano Estratégico 100% elaborado e 50% implantado,
com órgãos municipais de turismo estruturados,
Conselhos Municipais de Turismo realinhados e em
funcionamento; Regimento Interno implantado.
3.4 Elaboração e implantação dos Planos de
Fortalecimento da Gestão Pública Municipal do
Turismo de Caldas Novas e de Rio Quente
Caldas Novas e
Rio Quente
3.5
Realinhamento
e
Organização
da
Administração Municipal para a Gestão Pública do
Turismo em Caldas Novas e em Rio Quente
Caldas Novas e
Rio Quente
Capacitação de profissionais para a cadeia
produtiva do turismo, envolvendo a administração
pública municipal, os empreendedores do turismo
e a comunidade.
3.6 Elaboração e Implantação de Programa de
Capacitação Profissional para a Gestão do
Turismo e para o Mercado do Turismo do Polo das
Águas Termais
Polo das Águas
Termais
Programas de Capacitação 100% elaborado e 100%
executado, correspondendo às ações de capacitação
emergenciais de nível gerencial, técnico e
operacional.
Promoção, produção e sistematização de
informações turísticas como base para o
planejamento sustentável do turismo e para
formatação de novos produtos turísticos e de
informação ao turista.
3.7 Elaboração e implantação de Sistema de
Informação para Gestão do Turismo e
Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em
Rio Quente
Caldas Novas e
Rio Quente
Sistemas de Informação 100% concebidos e em
operação. Alimentação continuada, a partir de então,
com dados e informações necessárias à gestão do
turismo.
ESTRATÉGIA
Melhoria das condições da administração
municipal para o planejamento e gestão do
turismo sustentável.
META
Planos de Fortalecimento 100% elaborados e 50%
executados, correspondendo às suas ações
prioritárias.
Realinhamento e Organização 100% implantadas,
correspondendo à estruturação dos órgãos municipais
de turismo, definição de suas competências e
atribuições e dimensionamento quantitativo e
qualitativo das respectivas equipes.
243
5.4.2. Descrição das Ações a serem realizadas durante os dezoito primeiros
meses de financiamento do PRODETUR NACIONAL
As ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses de
financiamento pelo PRODETUR NACIONAL encontram-se a seguir caracterizadas,
contemplando os seguintes itens:
•
Objetivo;
•
Justificativa;
•
Efeito esperado no desenvolvimento turístico;
•
Benefícios e beneficiários;
•
Descrição da ação;
•
Responsáveis pela execução;
•
Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou
serviço Custo estimado e fonte de financiamento;
•
Gastos estimados de operação;
•
Mecanismos previstos de recuperação de custos;
•
Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei;
•
Indicadores de seguimento e fonte de verificação;
•
Relação com outras ações quanto ao cronograma;
•
Nível de avanço: indicação da existência de projetos básicos ou executivos ou
termos de referência; indicação da necessidade de reconhecimento retroativo.
244
5.4.3. Fichas das Ações Prioritárias
AÇÃO 3.1
REVISÃO DOS PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS DE CALDAS NOVAS E DE RIO QUENTE
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Objetivo
Dotar os municípios de Caldas Novas e de Rio Quente de instrumento atualizado e pactuado com a população local de planejamento e gestão municipal,
incluindo o uso e ocupação do solo e o turismo como vocação local.
Justificativa
Os Planos Diretores citados necessitam revisão dado o tempo de sua elaboração e dada a perspectiva de implantação de empreendimentos e ações que
impactam o ambiente físico, institucional e social dos municípios, principalmente aquelas voltadas para o desenvolvimento do turismo.
Efeito esperado
Benefícios
Descrição
Responsáveis pela
Execução
Fonte de financiamento
Mecanismos de
recuperação de custos
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
Diretrizes e orientações para o desenvolvimento municipal atualizadas e claramente formuladas, abrangendo todos os setores e políticas municipais,
inclusive o turismo.
População local, empreendedores do setor do turismo e dos
Desenvolvimento municipal sustentável orientado por diretrizes
Beneficiários
demais setores e turistas, pela melhoria das condições do
legalmente constituídas.
turismo.
O horizonte considerado para os Planos Diretores Municipais é de dez anos, sendo recomendada a sua revisão em menor prazo em circunstâncias
análogas às de Caldas Novas e Rio Quente, qual seja, a implantação de empreendimentos e ações que visem a instalação de mudanças significativas no
ambiente físico, institucional e social, acarretando impactos no desenvolvimento sustentável do município. A revisão dos Planos Diretores demandará um
processo no qual a leitura técnica, feita por especialistas, e a leitura comunitária, ou seja, a visão e as contribuições da sociedade são imprescindíveis.
Responsáveis pela
Goiás Turismo em parceria com Órgão Estadual
Administração Pública Municipal, por meio do órgão municipal de
Implantação / Manutenção /
de Planejamento.
planejamento.
Operação
Custo estimado
Mtur / Prodetur Nacional
Custo estimado
R$ 280.000,00
Não se Aplica
operação
Não se Aplica
Não se Aplica
Índices de Desenvolvimento Social, Econômico e de
desenvolvimento
humano
nos
Municípios
abrangidos; arrecadação municipal.
Fonte de
verificação
Informações Municipais base para o planejamento; Sistema Municipal de
Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista; dados de
controle financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente.
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
245
AÇÃO 3.3
Objetivo
Justificativa
Efeito esperado
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO PARTICIPATIVA DO
TURISMO MUNICIPAL DE CALDAS NOVAS E RIO QUENTE
TEMA: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Definir e instalar as condições necessárias para a adoção de um modelo de gestão participativa do turismo municipal em Rio Quente e Caldas Novas.
O diagnóstico da situação atual da gestão do turismo no Polo das Águas Termais leva a um conjunto significativo de pontos críticos que abrangem,
especificamente, cada município componente do Polo e, principalmente, a visão integrada da gestão turística de base participativa em cada cidade e em
nível regional.
Turismo municipal gerido de forma participativa e a partir de conceitos e instrumentos de gestão inovadores e adequados à realidade local.
Administrações Públicas Municipais, trade turístico, turistas e população
local.
Benefícios
Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Polo
impulsionado pela gestão integrada e eficaz.
Descrição
Plano Estratégico de Gestão, em bases participativas, para cada município, respeitando as peculiaridades e a autonomia local, tendo presente a
necessidade de coerência e integração entre as orientações adotadas em cada um deles. Parceria constante entre o poder público e a iniciativa privada,
principalmente o trade turístico e demais segmentos representativos da cadeia produtiva do turismo e da sociedade local. O Plano estabelecerá
diretrizes, processos e mecanismos de interação entre os agentes envolvidos, suas competências e interfaces.
No ambiente interno à administração pública definirá formas e arranjos para a articulação institucional entre o órgão público de gestão do turismo e os
demais organismos municipais (voltados principalmente para a gestão do meio ambiente, da cultura, da gestão territorial, da gestão fiscal e do esporte e
lazer), considerando o turismo como matéria multidisciplinar, e com as instâncias estadual e federal. Tratará do Conselho Municipal de Turismo, da
instituição de fóruns permanentes, de câmaras técnicas e outros mecanismos e chegando à análise de viabilidade de um Consórcio Intermunicipal que,
alinhado ao Conselho de Turismo do Polo, constitua instância de gestão integrada.
Responsáveis pela
Execução
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Não se Aplica
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Não se Aplica
Indicadores de
seguimento
Relação com outras
ações quanto ao
cronograma
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Goiás Turismo
Fonte de financiamento
Beneficiários
Custo estimado
R$ 500.000,00
Entidades representativas da sociedade na gestão do turismo constituídas
e atuantes. Índices de desenvolvimento do turismo no Polo.
Goiás Turismo e Administração Pública de Caldas Novas e Rio
Quente, por meio dos respectivos órgãos municipais de gestão do
turismo.
Custo estimado
operação
Fonte de
verificação
Não se Aplica
Administração Municipal – Sistema de Informação para a
Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista e Trade
Turístico de Caldas Novas e Rio Quente.
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
246
AÇÃO 3.3
Nível de avanço:
AÇÃO 3.4
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO PARTICIPATIVA DO
TURISMO MUNICIPAL DE CALDAS NOVAS E RIO QUENTE
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DOS PLANOS DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO PÚBLICA
MUNICIPAL DO TURISMO EM CALDAS NOVAS E EM RIO QUENTE
TEMA: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Objetivo
Aperfeiçoar a capacidade de Gestão Pública do Turismo nos municípios de Caldas Novas e Rio Quente e, de forma integrada, no Polo das Águas Termais,
mediante a adoção (i) de bases participativas, envolvendo os setores público e privado, (ii) da prática do planejamento e de inovações tecnológicas e
gerenciais, tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos, em busca de resultados que promovam o desenvolvimento
sustentável e beneficiem a população local.
Justificativa
Ainda que o turismo em Caldas Novas e Rio Quente seja atividade intensa e já consolidada, as condições implantadas para a gestão do turismo e do meio
ambiente apresentam lacunas e deficiências que exigem investimentos significativos para o fortalecimento da administração pública municipal e da gestão
empresarial, com ênfase para a gestão integrada do turismo no âmbito do Polo das Águas Termais.
Efeito esperado
Administração Pública, setor empresarial e sociedade fortalecidos e munidos das condições necessárias para a gestão integrada do turismo no Polo das
Águas Termais.
Benefícios
Consolidação da gestão do turismo no Polo das
Águas Termais.
Descrição
Plano de Fortalecimento para cada município, ainda que possam conter estratégias e ações comuns entre os eles e que prevejam formas de execução em
parceria, sob o enfoque do Polo das Águas Termais. Tais projetos visam dotar os municípios dos mecanismos e instrumentos necessários ao
desenvolvimento da atividade turística, com sustentabilidade econômica, social, ambiental e histórico-cultural.
Inclui a realização de diagnóstico da situação atual da gestão pública do turismo, a definição das estratégias em busca do fortalecimento institucional, a
construção de um plano de ação visando a superação dos problemas encontrados, abrangendo, a priori, as áreas de (i) planejamento e gestão do turismo;
(ii) gestão administrativa e fiscal; (iii) gestão do uso e ocupação do solo e gestão ambiental, em especial em sua relação com o setor de turismo.
Para as ações propostas que requeiram para sua implementação, a contratação futura de serviços técnicos especializados, fornecimento de equipamentos,
execução de atividades de capacitação profissional, dentre outras, serão elaborados Termos de Referência específicos para sua contratação ou
especificação técnica, elementos necessários para sua contratação ou aquisição.
Responsáveis pela
Execução
Goiás Turismo
Beneficiários
Administração Pública, setor empresarial, turistas e população local.
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Goiás Turismo em parceria com os órgãos municipais de gestão do
turismo em Caldas Novas e Rio Quente.
247
AÇÃO 3.4
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DOS PLANOS DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO PÚBLICA
MUNICIPAL DO TURISMO EM CALDAS NOVAS E EM RIO QUENTE
Fonte de financiamento
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Não se Aplica
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Não se Aplica
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
AÇÃO 3.5
Custo estimado
Custo estimado
operação
R$ 3.000.000,00
Fonte de
verificação
Plano de Fortalecimento implantado.
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Não se Aplica
Sistema de Informação para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;
dados de execução do Plano de Atividades inerentes aos órgãos gestores
de turismo estadual e municipais.
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
REALINHAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL PARA A GESTÃO PÚBLICA
DO TURISMO EM CALDAS NOVAS E EM RIO QUENTE
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Objetivo
Realinhar os órgãos municipais de Caldas Novas e Rio Quente às diretrizes e metas estabelecidas para a gestão eficaz do turismo local e ao turismo
integrado, na concepção do Polo das Águas Termais. Promover o desenvolvimento organizacional dessas unidades administrativas para a gestão do
turismo, por meio da introdução de métodos, técnicas e instrumentos gerenciais inovadores.
Justificativa
Os órgãos gestores do turismo municipal de Caldas Novas e Rio Quente apresentam lacunas e deficiências em sua estrutura e organização que afetam o
seu desempenho e constituem barreiras para o exercício da gestão integrada do turismo no Polo.
Efeito esperado
Gestão do turismo no Polo das Águas Termais exercida por organismos municipais fortalecidos e com as condições organizacionais necessárias para
exercício de seu papel., de forma integrada entre os dois municípios
Benefícios
Consolidação da gestão do turismo no Polo das
Águas Termais
Beneficiários
Administração Pública, setor empresarial, turistas e população local
248
AÇÃO 3.5
REALINHAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL PARA A GESTÃO PÚBLICA
DO TURISMO EM CALDAS NOVAS E EM RIO QUENTE
Descrição
Concepção dos parâmetros e das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo em Caldas Novas e Rio
Quente. Envolve a definição da natureza, das competências e das atribuições dos respectivos órgãos municipais de gestão do turismo, bem como o
desenho e a definição dos processos e procedimentos de trabalho a serem adotados em cada uma de suas unidades, inclusive dos Centros de
Atendimento ao Turista a eles vinculados.
Redimensionamento qualitativo e quantitativo da força de trabalho demandada na administração pública municipal para a gestão do turismo, elaboração
dos perfis profissionais requeridos para os diferentes cargos e funções e diretrizes para a gestão de pessoas, configurando um sistema de administração
de pessoal inovador e baseado na avaliação estratégica de desempenho por resultados. Análise da eficácia e da efetividade dos Conselhos Municipais
de Turismo, enquanto mecanismos de gestão participativa.
Responsáveis pela
Execução
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Goiás Turismo
Fonte de financiamento
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Melhoria do desempenho dos órgãos municipais de gestão do turismo.
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
Custo estimado
Goiás Turismo em parceria com os órgãos municipais de gestão do
turismo em Caldas Novas e Rio Quente
Custo estimado
operação
R$300.000,00
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Não se aplica
Não se Aplica
Órgãos Municipais de Turismo reestruturados, organizados e em condições
de cumprir suas competências.
Fonte de
verificação
Mensuração do nível de desempenho dos organismos
abrangidos.
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
249
AÇÃO 3.6
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PARA
GESTÃO DO TURISMO E PARA O MERCADO DE TURISMO DO POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Objetivo
Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a gestão do turismo no âmbito da administração pública; criar oportunidades
para que os dirigentes e gerentes de empreendimentos turísticos sediados no Polo das Águas Termais desenvolvam as habilidades negociais e de
gestão necessários ao desempenho eficaz de suas funções na cadeia do turismo, sob a ótica da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente;
incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para o mercado de trabalho do setor de turismo.
Justificativa
Nesses três níveis, administração pública, empreendedores do setor de turismo e mercado de trabalho, a capacitação profissional é essencial para o
desenvolvimento do turismo sustentável. O Polo das Águas Termais carece de profissionais capacitados e qualificados nesse sentido, tanto para suprir
as necessidades atuais e, mais ainda, para prover as necessidades futuras fruto do desenvolvimento turístico esperado para o Polo.
Efeito esperado
Gestão do Turismo eficaz; empreendimentos turísticos em ascensão; mercado do turismo suprido em suas necessidades quanto a profissionais em todas
as funções do setor.
Benefícios
Desenvolvimento do turismo e geração de
emprego e renda
Descrição
Busca (i) dotar os organismos de gestão do turismo da administração pública municipal de Caldas Novas e de Rio Quente, bem como os órgãos setoriais
relacionados ao setor de turismo (tais como gestão ambiental, gestão do uso e ocupação do solo, gestão fiscal e financeira, dentre outros) de quadros
gerenciais, técnicos e operacionais capacitados no que tange à gestão do turismo e comprometidos com o desenvolvimento turístico municipal e do Polo
das Águas Termais como um todo; (ii) incentivar e promover a oferta de profissionais especializados para atuação no mercado turístico do Polo das
Águas Termais, considerando os principais setores da cadeia do turismo de cada município e do Polo como um todo.
Responsáveis pela
Execução
Beneficiários
Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população
local e o turista.
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Goiás Turismo
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Melhoria do desempenho humano na administração municipal, segmento empresarial e mercado de trabalho do turismo.
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
R$ 540.000,00
Custo estimado
operação
Fonte de financiamento
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Custo estimado
Goiás Turismo em parceria com os órgãos municipais de gestão do
turismo em Caldas Novas e Rio Quente
Não se aplica
Não se aplica
Frequência e tempo de permanência dos turistas; aumento da arrecadação
municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes
da taxa municipal de turismo.
Fonte de
verificação
Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
250
AÇÃO 3.6
Nível de avanço:
AÇÃO 3.7
Objetivo
Justificativa
Efeito esperado
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PARA
GESTÃO DO TURISMO E PARA O MERCADO DE TURISMO DO POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Elaboração e Implantação de Sistema de Informação para Gestão do Turismo e Atendimento ao
Turista em Caldas Novas e em Rio Quente
TEMA: FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
TEMA: Fortalecimento Institucional
Criar e implantar um sistema integrado de informações turísticas, acessível aos diferentes atores públicos e privados, incluindo os empreendedores
locais, de forma a obter os subsídios necessários ao planejamento e à gestão do turismo, bem como ao atendimento ao turista.
Inexistência de um sistema de informações turísticas consolidado.
Fortalecimento institucional da gestão do turismo no Polo das Águas Termais em âmbito público e privado e melhoria da qualidade dos produtos e
serviços turísticos.
Benefícios
Municípios e Polo providos das informações
necessárias para gestão do turismo municipal eficaz e
para atendimento ao turista.
Descrição
Criação e implantação de um sistema integrado de informações turísticas, acessível aos diferentes atores públicos e privados incluindo os
empreendedores locais, de forma a obter os subsídios necessários ao planejamento e à gestão do turismo, bem como ao atendimento ao turista.
Contemplará a elaboração e a implantação de um sistema de informação para gestão do turismo e atendimento ao turista específico para cada município
e ainda um módulo de informações que consolidará os dados pertinentes ao Polo como um todo.
Esta ação, correspondente aos dois sistemas municipais e ao módulo Polo consolidado, deverá incluir: (i) a elaboração dos respectivos projetos de
sistema; (ii) o provimento de recursos de tecnologia de informação – software e hardware; (iii) a capacitação de equipes para gerenciamento dos
sistemas e a preparação de usuários.
Responsáveis pela
Execução
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Não se Aplica
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Não se Aplica
Administração pública municipal de Caldas Novas e Rio Quente, cadeia
produtiva do turismo, população local e turista.
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Goiás Turismo
Fonte de financiamento
Beneficiários
Custo estimado
R$ 800.000,00
Goiás Turismo, em parceria com os órgãos municipais de gestão
do turismo em Caldas Novas e Rio Quente.
Custo estimado
operação
Não se Aplica
251
AÇÃO 3.7
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
AÇÃO 2.1
Objetivo
Justificativa
Efeito esperado
Elaboração e Implantação de Sistema de Informação para Gestão do Turismo e Atendimento ao
Turista em Caldas Novas e em Rio Quente
Aumento da confiabilidade das informações prestadas ao turista;
Melhoria da qualidade e adequação das informações utilizadas no
planejamento do turismo e na tomada de decisão e avaliação de resultados
do processo de gestão do turismo municipal,
Acesso e alimentação do Sistema de Informações pelos órgãos de gestão do
turismo da administração municipal, pelo trade turístico e outros agentes
envolvidos,
Fonte de
verificação
TEMA: Fortalecimento Institucional
Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; Centros Municipais
de Atendimento ao Turista – CAT.
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
REALIZAÇÃO DE ESTUDO DE REPOSICIONAMENTO DE PRODUTO TURÍSTICO PARA O POLO DAS
ÁGUAS TERMAIS
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
TEMA: COMERCIALIZAÇÃO
Definir padrões de qualificação do produto ofertado de forma a caracterizar um estilo próprio ou marca registrada do produto.
O estudo de reposicionamento do produto é prioritário como base para a realização de investimentos em infraestrutura básica e turística, e também como
subsídio e alimentação do Plano de Marketing.
Aumento da qualidade do produto comercializado. Identidade própria do Polo.
Benefícios
Comercialização otimizada e direcionada.
Produto com maior qualidade.
Descrição
Estudo busca avaliar qualitativamente o produto turístico Águas Termais e o seu mercado e estabelecer prioridades para sua qualificação, divulgação e
comercialização de acordo com o perfil do destino. Visa ainda definir estratégias e caminhos para estabelecimento de roteiros turísticos integrados,
considerando os atrativos de Caldas Novas e Rio Quente.
Responsáveis pela
Execução
Goiás Turismo
Beneficiários
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Administração Pública Municipal de Caldas Novas e Rio Quente.
Empresários do setor turístico e turistas.
Goiás Turismo em parceria com órgãos municipais de turismo de
Caldas Novas e Rio Quente.
252
AÇÃO 2.1
REALIZAÇÃO DE ESTUDO DE REPOSICIONAMENTO DE PRODUTO TURÍSTICO PARA O POLO DAS
ÁGUAS TERMAIS
Fonte de financiamento
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
AÇÃO 1.4
Custo estimado
Custo estimado
operação
R$ 420.000,00
TEMA: COMERCIALIZAÇÃO
R$ 252.000,00
Não se aplica
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais;
reconhecimento público da marca do turismo no Polo. aumento da
arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos
provenientes da taxa municipal de turismo.
Fonte de
verificação
Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO TURÍSTICA DE PADRÃO INTERNACIONAL EM
CALDAS NOVAS E EM RIO QUENTE
Sim
Não
X
TEMA: PRODUTO TURÍSTICO
Objetivo
Enquadrar os municípios de Caldas Novas e Rio Quente nos padrões internacionais estabelecidos para a sinalização turística. Facilitar e ampliar o
acesso ao mercado turístico nacional e internacional e a criando condições para captação de mercados diferenciados e complementares.
Justificativa
Ausência ou precariedade da sinalização turística de qualidade e em padrões internacionais em Caldas Novas e Rio Quente, tanto nos acessos aos
municípios quanto na área urbana e junto aos atrativos turísticos.
Efeito esperado
Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos municípios e aos atrativos turísticos.
Benefícios
Satisfação do turista, gerando o aumento de sua
permanência no Polo.
Descrição
Projeto e implantação de sinalização turística orientativa abrangendo as principais rodovias de acesso às cidades, as vias urbanas e rurais de acesso aos
atrativos turísticos e outros pontos estratégicos de Caldas Novas e Rio Quente.
Beneficiários
Turistas, trade turístico e população local.
253
AÇÃO 1.4
Responsáveis pela
Execução
CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO TURÍSTICA DE PADRÃO INTERNACIONAL EM
CALDAS NOVAS E EM RIO QUENTE
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
AGETOP – Agência Goiana de Transportes e
Obras
Fonte de financiamento
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
AÇÃO 1.6
Objetivo
Justificativa
Efeito esperado
Benefícios
Custo estimado
TEMA: PRODUTO TURÍSTICO
AGETOP, em parceria com os órgãos gestores da infraestrutura e
do turismo nos municípios de Caldas Novas e Rio Quente
Custo estimado
operação
R$1.800.000,00
R$ 780.000,00
A cargo da SEMARH – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos locais;
reconhecimento público da marca do turismo no Polo. Aumento da
arrecadação municipal com maior afluxo de turistas, incremento dos recursos
provenientes da taxa municipal de turismo.
Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Fonte de
verificação
Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
ELABORAÇÃO DE PROJETO E INSTALAÇÃO DE MELHORIAS DE INFRAESTRUTURA NO PARQUE
ESTADUAL SERRA DE CALDAS NOVAS – PESCAN – POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
Sim
Não
X
TEMA: PRODUTO TURÍSTICO
Proporcionar condições de infraestrutura de visitação ao Parque Estadual Serra de Caldas Novas.
O PESCAN se configura como um grande atrativo turístico do Polo e uma grande oportunidade de diversificação do produto do Polo, para isso é
premente que este atrativo possua condições de visitação dos turistas, para que este possa integrar roteiros e se tornar efetivamente um atrativo do Polo.
Incorporar o PESCAN aos roteiros integrados e diversificar os produtos oferecidos no Polo.
Diversificação do produto. Utilização do parque
para visitação.
Beneficiários
Empresários do setor turístico, turistas em visita ao Parque e população local
em busca de lazer no atrativo.
254
AÇÃO 1.6
Descrição
Responsáveis pela
Execução
ELABORAÇÃO DE PROJETO E INSTALAÇÃO DE MELHORIAS DE INFRAESTRUTURA NO PARQUE
ESTADUAL SERRA DE CALDAS NOVAS – PESCAN – POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
Demarcação de trilhas, estruturação de acessos para visitantes, instalação do pórtico de entrada do Parque e de portarias.
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos – SEMARH e Goiás Turismo
Custo estimado
operação
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Taxa de entrada do Parque, taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
AÇÃO 5.1
Objetivo
Justificativa
Efeito esperado
Custo estimado
SEMARH e Goiás Turismo, em parceria com os órgãos municipais
de gestão do meio ambiente e do turismo de Caldas Novas e Rio
Quente.
Fonte de financiamento
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
TEMA: PRODUTO TURÍSTICO
R$ 840.000,00
R$ 504.000,00
A cargo da SEMARH – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás.
Frequência de visitantes do Parque, aumento da arrecadação municipal com
maior afluxo de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa
municipal de turismo.
Fonte de
verificação
Sistema de Informações Municipais para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Obra a ser iniciada depois de alcançadas as metas para Fortalecimento da Gestão indicadas neste PDITS, conforme orientação do Termo de Referência
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
X
Não
X
ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA MICROBACIA DO RIO QUENTE NO POLO DAS ÁGUAS
TERMAIS
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
TEMA: GESTÃO AMBIENTAL
Redefinir parâmetros de gestão e uso e ocupação do solo da região. Compatibilizar as normas de gestão à utilização dos atrativos turísticos existentes
Toda atividade realizada na região depende dos parâmetros de uso e ocupação desta região, principalmente a exploração dos atrativos em áreas rurais.
Proporcionar a gestão ambiental sustentável e o correto manejo do Rio Quente como atrativo turístico, incentivar a criação de roteiros integrados e
diversificar os produtos oferecidos no Polo.
255
AÇÃO 5.1
ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA MICROBACIA DO RIO QUENTE NO POLO DAS ÁGUAS
TERMAIS
TEMA: GESTÃO AMBIENTAL
Benefícios
Diversificação do produto. Gestão ambiental responsável e
sustentável; desenvolvimento do turismo no Polo
Descrição
Realização de estudo de capacidade de carga, fixação de diretrizes de gestão socioambiental para a região da microbacia e proposições para o seu
manejo, considerando o seu interesse turístico e o seu uso sustentável.
Responsáveis pela
Execução
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
Empresários do setor turístico, turistas e comunidade em geral.
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Recursos Hídrico/GO - SEMARH
Fonte de financiamento
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Beneficiários
Custo estimado
SEMARH, em parceria com os órgãos municipais de meio
ambiente de Caldas Novas e Rio Quente.
Custo estimado
operação
R$ 720.000,00
R$ 432.000,00
A cargo da SEMARH – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás.
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos na Bacia do Rio
Quente; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas,
incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.
Sistema de Informações Municipais para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Fonte de
verificação
Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
Sim
Não
X
256
AÇÃO 5.3
Objetivo
Justificativa
Efeito esperado
ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DO POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
TEMA: GESTÃO AMBIENTAL
Realizar Avaliação Ambiental Estratégica do Polo das Águas Termais, de forma a mensurar os impactos do turismo e avaliar novas possibilidades de
expansão.
A AAE permite fazer um diagnóstico e um prognóstico de uma dada área que será objeto de políticas, planos e programas (PPP). Assim, AAE pode se
converter em um instrumento de política ambiental capaz de promover a articulação das várias dimensões de PPP de desenvolvimento, explicitando com
clareza seus objetivos e as questões ambientais relacionadas à sua implementação. Além disto, tem a possibilidade de fornecer as orientações
necessárias para a viabilização econômica, social e ambiental de determinadas atividades na área objeto da ação pública ou privada, favorecendo, deste
modo, a percepção de impactos cumulativos decorrentes das diversas ações a serem desenvolvidas.
Nesse contexto, a AAE parte uma visão de sustentabilidade, visualizando antecipadamente os possíveis impactos e assim propondo soluções de
mitigação para amenizá-los, possibilitando uma utilização com menos danos no futuro. A necessidade desta avaliação se justifica pelo fato do turismo ser
uma das atividades geradoras de impactos no meio ambiente e no meio social.
A AAE é de fundamental importância para a utilização racional e sustentável dos recursos naturais pelo turismo, gerando assim um tipo de turismo
sustentável e preservando seu uso para gerações futuras. A AAE também se justifica pela necessidade da observação da questão ambiental desde a
concepção do Programa PRODETUR no Estado, cumprindo assim a legislação ambiental do país e do estado, bem como aos requisitos ambientais
preconizados pelo Ministério do Turismo e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, através dos regulamentos operacionais do programa e
documentos correlatos.
Melhoria ambiental e Gestão de impactos sócio ambiental e cultural através de diretrizes e orientações para o desenvolvimento municipal, abrangendo
todos os setores e políticas municipais referentes ao turismo.
Benefícios
Desenvolvimento do turismo sustentável orientado por
diretrizes legalmente constituídas.
Descrição
O horizonte considerado para a AAE é de cinco anos, sendo recomendada a sua revisão em menor prazo em circunstâncias análogas às de Caldas
Novas e Rio Quente, qual seja, a implantação de empreendimentos e ações que visem a instalação de mudanças significativas no ambiente físico,
institucional e social, acarretando impactos no desenvolvimento sustentável do município. A revisão da AAE demandará um processo no qual a leitura
técnica, feita por especialistas, e a leitura comunitária, ou seja, a visão e as contribuições da sociedade são imprescindíveis.
Responsáveis pela
Execução
Goiás Turismo em parceria com Órgão Estadual
de Planejamento.
Fonte de financiamento
Mtur / Prodetur Nacional
Mecanismos de
recuperação de custos
Não se Aplica
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Não se Aplica
Custo estimado
Beneficiários
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
R$ 99.660,00
Empresários do setor turístico, turistas e comunidade em geral.
Administração Pública Municipal, por meio do órgão municipal de
planejamento.
Custo estimado
operação
Não se Aplica
257
AÇÃO 5.3
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
AÇÃO 4.2
TEMA: GESTÃO AMBIENTAL
ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DO POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos na Bacia do Rio
Quente; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas,
incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo.
Sistema de Informações Municipais para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Fonte de
verificação
Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO PARA TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
Sim
Não
X
TEMA: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
BÁSICOS
Objetivo
Dotar o Polo das Águas Termais de recursos para disposição de resíduos sólidos de forma a promover a saúde pública e a segurança, minimizar os
impactos ambientais e estabelecer as condições necessárias para o bem estar dos turistas e a qualidade de vida da população.
Justificativa
O diagnóstico da situação atual da área do Polo das Águas Termais indica a sobrecarga e a baixa qualidade dos serviços de infraestrutura básica
essenciais ao turismo e relacionados à saúde e à preservação ambiental, principalmente nos períodos de alta temporada, o que vem refletindo no fluxo
turístico e na permanência dos turistas na região. Dentre eles destaca-se a coleta e a disposição dos resíduos sólidos, que utiliza hoje técnicas e
espaços inadequados.
Efeito esperado
Melhoria das condições necessárias à preservação da saúde e do bem estar da população e dos turistas, bem como à preservação ambiental.
Benefícios
Saúde, bem estar e meio ambiente preservado, sem
os impactos das disposições inadequadas do lixo.
Descrição
Construção e implantação de aterro sanitário consorciado para atendimento a Caldas Novas e Rio Quente, dimensionado para os próximos 20 anos a
partir da população atual dos dois municípios e do número de turistas como população flutuante, da projeção dessa população para duas décadas e da
estimativa de produção de resíduos por habitante. Previsão de área de 20 hectares para implantação.
Responsáveis pela
Execução
Fonte de financiamento
AGETOP – Agência Goiana de Transporte e
Obras Públicas.
Mtur / Prodetur Nacional
Custo estimado
Beneficiários
População local e os turistas.
Responsáveis pela
Implantação / Manutenção /
Operação
R$ 10.600.000,00
AGETOP e órgãos municipais responsáveis pela gestão de
resíduos sólidos em Caldas Novas e Rio Quente.
Custo estimado
operação
R$ 6.360.000,00
258
AÇÃO 4.2
Mecanismos de
recuperação de custos
Normas de licenciamento
ambiental exigidas
Indicadores de
seguimento
Relação com outras ações
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO PARA TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO POLO DAS ÁGUAS TERMAIS
TEMA: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
BÁSICOS
Diminuição dos gastos públicos com serviços de saúde, aumento da taxa de turismo e da arrecadação de impostos municipais.
A cargo da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH
Melhoria do IDH nos municípios abrangidos; aumento da arrecadação
municipal; operação consorciada entre os dois municípios.
Fonte de
verificação
Sistema de Informações Municipais para a Gestão do
Turismo e Atendimento ao Turista; dados de controle
financeiro - Administração Municipal de Caldas Novas e
de Rio Quente.
Obra a ser iniciada depois de alcançadas as metas para Fortalecimento da Gestão indicadas neste PDITS, conforme orientação
Referência.
Projeto
Básico
Sim
Não
X
Projeto
Executivo
Sim
Não
X
Termo
Referencia
Sim
Não
X
Reconhecimento
retroativo
do Termo de
Sim
Não
X
259
5.4.4. Marco de Resultado por Ação Priorizada para os 18 meses iniciais de implantação do PDITS
O Quadro 32, a seguir, apresenta o marco de resultados das ações priorizadas para os primeiros dezoito meses de financiamento do
Prodetur Nacional:
Quadro 32:
Ação, Problemas, Justificativas e Soluções Apontadas
AÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
SOLUÇÃO APONTADA
Revisão dos Planos
Diretores Municipais de
Caldas Novas e de Rio
Quente
Falta de atualização dos Planos Diretores
dos municípios abrangidos, acarretando a
ausência das diretrizes necessárias para o
planejamento e a gestão num contexto de
intenso crescimento e de desenvolvimento
do turismo, a partir de novos
empreendimentos e medidas.
Necessidade de revisão
periódica dos Planos Diretores
Municipais em vigor, como
instrumento essencial para a
gestão pública.
Dotar os municípios de Caldas Novas e de Rio Quente de
instrumento atualizado e pactuado com a população local
de planejamento e gestão municipal, incluindo o uso e
ocupação do solo e o turismo como vocação local,
consolidado nos respectivos Planos Diretores Municipais
devidamente atualizados.
Gestão do turismo praticada de forma
isolada entre a administração pública
municipal e os atores sociais afetos ao
turismo, bem como entre os municípios
componentes do Polo.
Necessidade de eliminar pontos
críticos que abrangem,
especificamente, cada município
componente do Polo e afetam,
principalmente, a visão
integrada da gestão turística de
base participativa em cada
cidade e em nível regional.
Definir e instalar as condições necessárias para a adoção
de um modelo de gestão participativa do turismo municipal
em Rio Quente e Caldas Novas.
Componente: Fortalecimento Institucional
3.1
3.3
3.4
Elaboração e Implantação
do Plano Estratégico de
Gestão Participativa do
Turismo Municipal de Caldas
Novas e de Rio Quente
Elaboração e Implantação
dos Planos de
Fortalecimento da Gestão
Pública Municipal do
Turismo de Caldas Novas e
de Rio Quente
Ainda que o turismo em Caldas Novas e
Rio Quente seja atividade intensa e já
consolidada, as condições implantadas
para a gestão do turismo e do meio
ambiente apresentam lacunas e
deficiências.
Os pontos críticos de natureza
institucional exigem
investimentos significativos para
o fortalecimento da
administração pública municipal
e da gestão empresarial, com
ênfase para a gestão integrada
do turismo no âmbito do Polo
das Águas Termais.
Aperfeiçoar a capacidade de Gestão Pública integrada do
no Polo das Águas Termais, mediante a adoção (i) de
bases participativas, envolvendo os setores público e
privado, (ii) da prática do planejamento e de inovações
tecnológicas e gerenciais, tendo em vista a melhoria da
qualidade dos produtos e serviços turísticos, ação local.
Plano de Fortalecimento para cada município, com
estratégias e ações comuns entre eles, prevendo formas
de parceria. Inclui a realização de diagnóstico da situação
atual da gestão pública do turismo, a definição das
estratégias em busca do fortalecimento institucional, a
construção de um plano de ação visando a superação dos
problemas encontrados, abrangendo, a priori, as áreas de
(i) planejamento e gestão do turismo; (ii) gestão
administrativa e fiscal; (iii) gestão do uso e ocupação do
solo e gestão ambiental, em especial em sua relação com
o setor de turismo.
260
AÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
SOLUÇÃO APONTADA
Componente: Fortalecimento Institucional
3.5
3.6
Realinhamento e
Organização da
Administração Municipal
para a Gestão Pública do
Turismo em Caldas Novas e
em Rio Quente.
Elaboração e Implantação
de Programa de
Capacitação Profissional
para a Gestão do Turismo e
para o Mercado do Turismo
do Polo das Águas Termais
Os órgãos gestores do turismo municipal
de Caldas Novas e Rio Quente
apresentam lacunas e deficiências em sua
estrutura e organização que afetam o seu
desempenho e constituem barreiras para o
exercício da gestão integrada do turismo
no Polo.
O Polo das Águas Termais carece de
profissionais capacitados e qualificados,
tanto para suprir as necessidades atuais e,
mais ainda, para prover as necessidades
futuras fruto do desenvolvimento turístico
esperado para o Polo.
É necessário que a gestão do
turismo no Polo das Águas
Termais exercida por
organismos municipais
fortalecidos e com as condições
organizacionais necessárias
para exercício de seu papel, de
forma integrada entre os dois
municípios.
Realinhar os órgãos municipais de Caldas Novas e Rio
Quente às diretrizes e metas estabelecidas para a gestão
eficaz do turismo local e ao turismo integrado, na
concepção do Polo das Águas Termais. Promover o
desenvolvimento organizacional dessas unidades
administrativas para a gestão do turismo, por meio da
introdução de métodos, técnicas e instrumentos gerenciais
inovadores.
Conceber parâmetros e das condições organizacionais da
administração pública municipal para a gestão do turismo
em Caldas Novas e Rio Quente, por meio da definição da
natureza, das competências e das atribuições dos
respectivos órgãos municipais de gestão do turismo, bem
como o desenho e a definição dos processos e
procedimentos de trabalho a serem adotados em cada
uma de suas unidades, inclusive dos Centros de
Atendimento ao Turista a eles vinculado,
redimensionamento qualitativo e quantitativo da força de
trabalho, elaboração dos perfis profissionais requeridos
para os diferentes cargos e funções e diretrizes para a
gestão de pessoas, Análise da eficácia e da efetividade
dos Conselhos Municipais de Turismo, enquanto
mecanismos de gestão participativa.
No âmbito da administração
pública dos empreendedores do
setor de turismo e do mercado
de trabalho, a capacitação
profissional é essencial para o
desenvolvimento do turismo
sustentável.
O Polo necessita de um plano
integrado de qualificação,
envolvendo as entidades que
dispõem de competência
técnica para sua execução.
Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento
profissional para a gestão do turismo no âmbito da
administração pública; criar oportunidades para que os
dirigentes e gerentes de empreendimentos turísticos
sediados no Polo das Águas Termais desenvolvam as
habilidades negociais e de gestão necessários ao
desempenho eficaz de suas funções na cadeia do turismo,
sob a ótica da sustentabilidade e da preservação do meio
ambiente; incentivar e promover a capacitação e o
aperfeiçoamento profissional para o mercado de trabalho
do setor de turismo. Busca (i) dotar os organismos de
gestão do turismo da administração pública municipal de
Caldas Novas e de Rio Quente, bem como os órgãos
setoriais relacionados ao setor de turismo (tais como
gestão ambiental, gestão do uso e ocupação do solo,
gestão fiscal e financeira, dentre outros) de quadros
261
AÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
SOLUÇÃO APONTADA
Componente: Fortalecimento Institucional
gerenciais, técnicos e operacionais capacitados no que
tange à gestão do turismo e comprometidos com o
desenvolvimento turístico municipal e do Polo das Águas
Termais como um todo; (ii) incentivar e promover a oferta
de profissionais especializados para atuação no mercado
turístico do Polo das Águas Termais, considerando os
principais setores da cadeia do turismo de cada município
e do Polo como um todo.
3.7
Elaboração e Implantação
de Sistema de Informação
para Gestão do Turismo e
Atendimento ao Turista em
Caldas Novas e em Rio
Quente.
AÇÃO
Inexistência de um sistema de informações
turísticas consolidado.
PROBLEMA
A gestão pública do turismo,
assim como todas as outras
áreas de atuação municipal,
exige informações confiáveis,
atualizadas e completas,
processadas de forma a atender
aos diferentes atores públicos e
privados.
JUSTIFICATIVA
Criar e implantar um sistema integrado de informações
turísticas, acessível aos diferentes atores públicos e
privados, incluindo os empreendedores locais, de forma a
obter os subsídios necessários ao planejamento e à gestão
do turismo, bem como ao atendimento ao turista.
Contemplará a elaboração e a implantação de um sistema
de informação para gestão do turismo e atendimento ao
turista específico para cada município e ainda um módulo
de informações que consolidará os dados pertinentes ao
Polo como um todo.
Esta ação, correspondente aos dois sistemas municipais e
ao módulo Polo consolidado, deverá incluir: (i) a
elaboração dos respectivos projetos de sistema; (ii) o
provimento de recursos de tecnologia de informação –
software e hardware; (iii) a capacitação de equipes para
gerenciamento dos sistemas e a preparação de usuários.
SOLUÇÃO APONTADA
Componente: Comercialização
2.1
Realização de Estudo
de Reposicionamento
de Produto Turístico
para o Polo das Águas
Termais
Produto turístico focado em
um mercado restrito, pouco
diversificado, com
segmentos alternativos não
explorados.
O estudo de reposicionamento do produto é
prioritário como insumo para a realização de
investimentos em infraestrutura básica e
turística, e também como subsídio e
alimentação do Plano de Marketing.
Visa o aumento da qualidade do produto
comercializado e a criação de uma
identidade própria do Polo.
Definir padrões de qualificação do produto ofertado de forma a
caracterizar um estilo próprio ou marca registrada do produto.
Inclui a avaliação qualitativa do produto turístico Águas Termais e
de seu mercado e estabelece prioridades para sua qualificação,
divulgação e comercialização de acordo com o perfil do destino.
Visa ainda definir estratégias e caminhos para estabelecimento de
roteiros turísticos integrados, considerando os atrativos de Caldas
Novas e Rio Quente.
262
AÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
SOLUÇÃO APONTADA
Componente: Produto Turístico
1.4
1.6
Criação e Implantação de
Sinalização Turística de Padrão
Internacional em Caldas Novas
e em Rio Quente
Elaboração de Projeto e
Implantação de Melhorias de
Infraestrutura no Parque
Estadual Serra de Caldas Novas
– PESCAN - Polo das Águas
Termais
Ausência ou precariedade da
sinalização turística de qualidade e
em padrões internacionais em
Caldas Novas e Rio Quente.
Implantar sinalização turística de
padrão internacional tanto nos
acessos aos municípios quanto na
área urbana e junto aos atrativos
turísticos de Caldas Novas e Rio
Quente, buscando o aumento da
satisfação e da segurança do
turista.
Enquadrar os municípios de Caldas Novas e Rio
Quente nos padrões internacionais estabelecidos
para a sinalização turística. Facilitar e ampliar o
acesso ao mercado turístico nacional e internacional
e a criando condições para captação de mercados
diferenciados e complementares.
A ação inclui a elaboração do projeto e implantação
de sinalização turística orientativa, abrangendo as
principais rodovias de acesso às cidades, as vias
urbanas e rurais de acesso aos atrativos turísticos e
outros pontos estratégicos de Caldas Novas e Rio
Quente.
O PESCAN se configura como um
importante equipamento de
visitação turístico, no entanto não
dispõe de infraestrutura e condições
para receber os turistas.
A melhoria da infraestrutura para
exploração do PESCAN como
atrativo turístico vai ao encontro da
diversificação do produto e do
estabelecimento de roteiros
integrados.
O PESCAN se configura como um
grande atrativo turístico do Polo e
uma grande oportunidade de
diversificação do produto do Polo,
para isso é premente que este
atrativo possua condições de
visitação dos turistas, para que este
possa integrar roteiros e se tornar
efetivamente um atrativo do Polo.
Implantar equipamentos de visitação no PESCAN,
tais como demarcação de trilhas, pórtico de entrada,
portarias de acesso e estrutura de acesso a
visitantes.
Incorporar o PESCAN aos roteiros integrados e
diversificar os produtos oferecidos no Polo.
263
AÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
SOLUÇÃO APONTADA
Componente: Gestão Ambiental
5.1
5.3
Elaboração do Plano de Manejo
da Microbacia do Rio Quente no
Polo das Águas Termais.
Formulação da Avaliação
Ambiental Estratégica para o
Polo das Águas Termais
A Microbacia do Rio Quente é um
importante atrativo e a sua
exploração desordenada agride o
meio ambiente.
Precariedade das informações
relativas ao meio ambiente e áreas
impactadas pelo turismo.
Proporcionar a gestão ambiental sustentável e o
correto manejo do Rio Quente como atrativo
turístico, incentivar a criação de roteiros
integrados e diversificar os produtos oferecidos
no Polo.
Redefinir parâmetros de gestão e uso e
ocupação do solo da região.
Compatibilizar as normas de gestão à
utilização dos atrativos turísticos
existentes.
Realização de estudo de capacidade de
carga, fixação de diretrizes de gestão
socioambiental para a região da
Microbacia e proposições para o seu
manejo, considerando o seu interesse
turístico e o seu uso sustentável.
A gestão ambiental sustentável e a utilização
eficiente dos recursos naturais buscam realizar
o levantamento dos condicionantes ambientais
favoráveis ou desfavoráveis ao desenvolvimento
da atividade turística e proposição de ações de
recuperação, preservação e mitigação de
impactos do turismo perante os recursos
naturais do Polo.
Levantamento dos condicionantes
ambientais voltados ao desenvolvimento
da atividade turística e implantação de
ações de recuperação, preservação e
mitigação de impactos do turismo
perante os recursos naturais do Polo.
264
Componente: Infraestrutura e Serviços Básicos
4.2
Planejamento e Implantação de
Aterro Sanitário para
Tratamento e Disposição Final
dos Resíduos Sólidos no Polo
das Águas Termais.
O diagnóstico da situação atual da
área do Polo das Águas Termais
indica a sobrecarga e a baixa
qualidade dos serviços de
infraestrutura básica essenciais ao
turismo, com destaque para a
coleta e a disposição dos resíduos
sólidos.
A disposição final dos resíduos sólidos
relaciona-se à saúde e à preservação ambiental.
A utilização de técnicas e espaços inadequados,
principalmente nos períodos de alta temporada
vem refletindo no fluxo turístico e na
permanência dos turistas na região e
provocando doenças que atingem a população
local.
Dotar o Polo das Águas Termais de
recursos para disposição de resíduos
sólidos de forma a promover a saúde
pública e a segurança, minimizar os
impactos ambientais e estabelecer as
condições necessárias para o bem estar
dos turistas e a qualidade de vida da
população.
Refere-se à construção e implantação de
aterro sanitário consorciado para
atendimento a Caldas Novas e Rio
Quente, dimensionado para os próximos
20 anos a partir da população atual dos
dois municípios e do número de turistas
como população flutuante, da projeção
dessa população para duas décadas e
da estimativa de produção de resíduos
por habitante.
265
5.5. Avaliação dos Impactos Socioambientais das Ações Previstas
Como abordado no diagnóstico, o grande número de turistas que visitam a região tem
como principal motivação o lazer e o entretenimento nas águas termais do Polo.
Essa atividade gera impactos, especialmente nos feriados prolongados e nas
temporadas de férias, principalmente em função da precariedade da infraestrutura
básica, além da exploração excessiva das fontes de águas quentes, causando
problema ambiental grave na região.
Os segmentos de turismo rural, de ecoturismo e de turismo de eventos, apesar de
possuírem potencial de exploração, não causam impactos socioambientais
significativos, uma vez que necessitam de estruturação e marketing para que se
desenvolvam e se consolidem como produtos turísticos, como é o caso do Parque
Estadual da Serra de Caldas Novas - PESCAN e das sedes de fazendas localizadas
nas áreas rurais.
Os possíveis impactos da implementação das ações previstas para implantação nos
18 meses iniciais do PDITS do Polo das Águas Termais encontram-se a seguir
analisados sob os aspectos sociais, ambientais e econômicos. São também apontadas
medidas para mitigação dos impactos negativos e/ou ampliação dos impactos
positivos de tais ações prioritárias.
266
Ações:
3.1 Revisão dos Planos Diretores Municipais de Caldas Novas e de Rio Quente
3.3 Elaboração e Implantação dos Planos Estratégicos de Gestão Participativa do Turismo Municipal de Caldas Novas e de Rio Quente
3.4 Elaboração e Implantação dos Planos de Fortalecimento da Gestão Pública Municipal do Turismo de Caldas Novas e de Rio Quente
3.5 Realinhamento e Organização da Administração Municipal para a Gestão Pública do Turismo em Caldas Novas e em Rio Quente
3.6 Elaboração e Implantação de Programa de Capacitação Profissional para a Gestão do Turismo e para o Mercado do Turismo do Polo das Águas Termais
3.7 Elaboração e Implantação de Sistema de Informação para Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista em Caldas Novas e em Rio Quente
POSSÍVEIS IMPACTOS POSITIVOS
-
-
-
-
-
Regulamentação da atividade turística por meio de
instrumentos de gestão.
Fortalecimento da gestão integrada e incentivo à
participação da iniciativa privada no processo de
planejamento.
Aumento das condições de exploração sustentável
do produto turístico.
Adequação do ordenamento da atividade turística às
diretrizes de desenvolvimento urbano e padrões de
uso e ocupação do solo dos municípios.
Compatibilização do desenvolvimento econômico
baseado na atividade turística e sua cadeia produtiva
com a conservação dos recursos naturais do Polo
Aproximação dos processos de gestão da atividade
turística nos municípios de Caldas Novas e de Rio
Quente.
Aumento da eficiência na gestão público/privada da
atividade turística, otimizando ganhos financeiros e
sociais.
MEDIDAS MITIGADORAS DOS POSSÍVEIS IMPACTOS
NEGATIVOS E DE POTENCIALIZAÇÃO DOS IMPACTOS
POSITIVOS
POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
---
-
-
Participação da sociedade na elaboração dos planos e
programas.
Mobilização e sensibilização da população quanto à importância
do planejamento sustentável.
Capacitação empresarial e do poder público na implementação
dos planos e programas.
Fiscalização por parte de todos os envolvidos (governos, iniciativa
privada, sociedade civil, ONG) no cumprimento das diretrizes dos
planos e programas elaborados.
Definição das competências das instituições públicas e privadas
na gestão do turismo.
Fortalecimento de uma gestão e coordenação interinstitucional e
público-privada.
Maior participação efetiva dos conselhos de turismo.
Aperfeiçoamento dos sistemas de informação turística.
267
Ação: 2.1 Realização de Estudo de Reposicionamento de Produto Turístico para o Polo das Águas Termais
POSSÍVEIS IMPACTOS POSITIVOS
-
-
Caracterização de um estilo próprio ou marca
registrada do produto turístico no Polo.
Aumento da qualidade da oferta turística com
consequente manutenção e definição da demanda
meta para os segmentos.
Resgate de faixas de mercado que não mais se
identificavam com o Polo.
Aumento de emprego e renda para as populações
locais com a dinamização econômica.
MEDIDAS MITIGADORAS DOS POSSÍVEIS IMPACTOS
NEGATIVOS E DE POTENCIALIZAÇÃO DOS IMPACTOS
POSITIVOS
POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
-
-
-
-
-
-
-
Elaboração de estudos detalhados sobre a vocação turística da
região e novas possibilidades para o turismo.
Implantação dos instrumentos de planejamento como Planos de
Manejo e Gestão, além do planejamento adequado para os
serviços de saneamento e resíduos sólidos.
Planejamento para turismo definindo, do ponto de vista ambiental,
a direção das atividades de turismo e o nível ou tipo de turismo
aceitável na região.
Campanhas de mobilização e sensibilização sobre as questões
ambientais voltadas para os empreendedores e população
residente, abordando a necessidade de gestão sustentável das
águas termais.
Participação comunitária na fiscalização dos recursos naturais.
Fiscalização e controle mais efetivos do desenvolvimento do
turismo por parte dos órgãos competentes, inclusive no que diz
respeito à outorga de água, licenciamento ambiental, abertura de
poços, instalação de hidrômetros nos poços tubulares profundos,
medição mensal dos níveis piezométricos, etc.
Instalação de processo de planejamento para turismo participativo
com envolvimento das comunidades e suas lideranças e
representação equilibrada da sociedade civil, por meio dos
Conselhos de Turismo.
Programas de incentivo (inclusive fiscais e tributários) e
adaptação dos novos empreendimentos.
Capacitação profissional para a população local para aumento
das oportunidades de emprego no setor turístico.
Priorização de mão de obra local, quando possível.
268
Ação: 1.4 Criação e Implantação de Sinalização Turística de Padrão Internacional em Caldas Novas e em Rio Quente
POSSÍVEIS IMPACTOS POSITIVOS
-
-
-
-
-
Melhoria na qualidade dos produtos turísticos.
Melhoria no ordenamento dos atrativos turísticos.
Enquadramento dos municípios nos padrões
internacionais estabelecidos para a sinalização
turística.
Facilitação e ampliação do acesso ao mercado
turístico internacional, criando condições para
recepção destes turistas.
Incremento da receita proveniente da atividade
turística.
Aumento da satisfação do turista em relação ao
ambiente urbano e à localização e acesso aos
atrativos devido à facilidade de orientação.
Aumento do gasto médio diário.
Aumento na arrecadação de impostos e taxa de
turismo pela possibilidade de incremento do mercado
internacional.
Incremento do comércio local devido à melhor
utilização turística das áreas urbanas.
MEDIDAS MITIGADORAS DOS POSSÍVEIS IMPACTOS
NEGATIVOS E DE POTENCIALIZAÇÃO DOS IMPACTOS
POSITIVOS
POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
-
-
-
Planejamento adequado para os serviços de saneamento e
resíduos sólidos.
Campanhas de mobilização e sensibilização sobre as questões
ambientais voltadas para os empreendedores e população
residente, abordando a necessidade de gestão sustentável das
águas termais.
Capacitação profissional para a população local para aumento
das oportunidades de emprego no setor turístico.
Priorização de mão de obra local, quando possível.
269
Ação: 1.6 Elaboração de Projeto e Implantação de Melhorias de Infraestrutura no Parque Estadual Serra de Caldas Novas – PESCAN - Polo das Águas Termais
POSSÍVEIS IMPACTOS POSITIVOS
-
.
MEDIDAS MITIGADORAS DOS POSSÍVEIS IMPACTOS
NEGATIVOS E DE POTENCIALIZAÇÃO DOS IMPACTOS
POSITIVOS
POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
-
Aumento da pressão sobre o meio ambiente
natural, com degradação ou destruição de
ecossistemas, em consequência do aumento do
número de visitantes.
-
-
Elaboração de planos de gestão e incentivos financeiros
para implantação e eficiente fiscalização da unidade.
Respeito ao Plano de Manejo do Parque.
Campanhas de mobilização e sensibilização sobre as
questões ambientais voltadas para os empreendedores e
população residente, abordando a necessidade de gestão
ambiental sustentável.
Incentivo a participação comunitária e ONGs na
fiscalização do parque.
Utilização de boas práticas nas obras de implantação.
Acompanhamento e supervisão das obras.
Priorização de mão de obra local quando possível.
Criação de programas de formação de guias ecológicos.
270
Ação:
5.1 Elaboração do Plano de Manejo da Microbacia do Rio Quente no Polo das Águas Termais
5.3 Formulação da Avaliação Ambiental Estratégica para o Polo das Águas Termais
POSSÍVEIS IMPACTOS POSITIVOS
-
-
-
-
Definição de atores e respectivas responsabilidades na
gestão da bacia.
Incentivo a práticas de conservação do solo, mapeamento
de solo segundo as classes de capacidade de uso,
utilização de sistemas agroflorestais e preservação dos
recursos naturais, evitando problemas ambientais em
pequena e grande escala.
Regulação do uso da água da bacia hidrográfica.
Definição de instrumentos e diretrizes para ordenar ações,
organizados e integrados dentro de um plano envolvendo
todos os municípios que compõem a bacia hidrográfica.
Melhoria da qualidade ambiental nas áreas urbanas e rurais.
Oportunidade de compatibilização das normas de gestão à
utilização dos atrativos turísticos existentes.
Estímulo a uma gestão sustentável da bacia hidrográfica e,
consequentemente, do Polo.
Oferta de atrativos naturais de melhor qualidade.
Aumento na arrecadação de impostos e taxa de turismo.
Regulamentação da atividade turística por meio de
instrumentos de gestão.
Compatibilização do desenvolvimento econômico baseado
na atividade turística e sua cadeia produtiva com a
conservação dos recursos naturais do Polo
Melhoria da qualidade ambiental nas áreas urbanas e rurais.
MEDIDAS MITIGADORAS DOS POSSÍVEIS IMPACTOS
NEGATIVOS E DE POTENCIALIZAÇÃO DOS IMPACTOS
POSITIVOS
POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
-
-
-
-
Confusão de papéis comprometendo
principalmente a gestão da bacia
hidrográfica (inclusive no que diz
respeito ao licenciamento ambiental de
atividades dentro da bacia).
Problemas ambientais causados pela
falta de informação nas áreas rurais e
urbanas.
Exploração sem controle da água por
falta de fiscalização.
Dificuldade de pagamento de outorga
de água pelos pequenos agricultores.
Ausência ou falta de participação da
sociedade civil na prática da gestão da
bacia.
Falta de articulação entre os
municípios.
-
-
-
Definição de papéis na gestão por meio da criação de um
comitê de bacia hidrográfica com participação equiparada
de representantes de todos os setores de todos os
municípios que compõem a bacia.
Valorização das praticas de produção sustentável por
meio de programas de treinamento e formação nas áreas
rurais, prolongando a cadeia econômico-produtiva do
turismo.
Elaboração de programas de educação ambiental.
Aumento na capacidade de fiscalização (pessoal e
instrumentos legais) por parte dos municípios.
Estudos que viabilizem e proporcionem financiamento aos
pequenos agricultores para incremento da produção.
Incentivo a manutenção e reuniões periódicas do comitê
de bacia hidrográfica.
Efetiva participação de todos os atores (governamentais e
não governamentais) envolvidos no processo.
Participação da sociedade na elaboração dos planos e
programas.
Campanhas de mobilização e sensibilização sobre as
questões ambientais voltadas para os empreendedores e
população residente, abordando a necessidade de gestão
sustentável do Polo
271
Ação: 4.2 Planejamento e Implantação de Aterro Sanitário para Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos no Polo das Águas Termais
POSSÍVEIS IMPACTOS POSITIVOS
-
-
-
-
-
Operação consorciada entre Caldas
Novas e Rio Quente, atendendo às
necessidades dos dois municípios
Diminuição da demanda por áreas
para disposição de resíduos sólidos.
Retirada de resíduos sólidos das
margens dos rios e de outras áreas de
preservação permanente.
Aumento das condições para seleção
de materiais descartáveis com o
consequente aumento da oportunidade
de geração de renda
Remoção dos cidadãos que trabalham
nas áreas insalubres do lixão;
Melhoria das condições de saúde, da
qualidade de vida da população local e
menor risco de contaminação dos
turistas;
Possibilidade de expansão dos
domicílios atendidos pela coleta do
lixo;
POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
-
-
-
-
Obras do aterro com potencial para
desmatamento, poluição sonora e
atmosférica, erosões e outros
fenômenos negativos;
Contaminação do solo e da água
subterrânea e proliferação de vetores
advindos da operação inadequada do
aterro sanitário;
Falta de regularidade e pouco volume
de resíduos sólidos coletados,
minimizando os resultados potenciais
do aterro.
Atenção insuficiente para os serviços
de processamento e comercialização
de materiais reaproveitáveis e
recicláveis, com perda de geração de
renda para os catadores e aumento do
volume dos resíduos sólidos a serem
dispostos no aterro.
MEDIDAS MITIGADORAS DOS POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS
E DE POTENCIALIZAÇÃO DOS IMPACTOS POSITIVOS
-
-
-
-
-
-
Licenciamento ambiental da área a ser ocupada pelo Aterro;
Capacitação técnica e gerencial da Administração Pública
Municipal para gestão da operação diária do Aterro;
Eliminação da prática perniciosa da queima de resíduos
sólidos;
Tratamento dos resíduos hospitalares em conformidade com as
normas em vigor;
Implantação de normas e de boas práticas para tratamento de
resíduos sólidos especiais, tais como pneus, pilhas, lâmpadas
e baterias;
Promoção da integração entre os municípios de Caldas Novas
e Rio Quente, bem como destes com o Governo Estadual, para
atuação harmônica na implantação e operação do Aterro.
Elaboração e adoção de Contrato de Parceria formalizado
entre os dois municípios abrangidos e o Governo do Estado,
tendo em vista a implantação, a operação e a manutenção do
Aterro;
Realização de campanhas e outros eventos educativos para
mobilização e sensibilização da comunidade, nos dois
municípios, relativos à implantação e operação do Aterro;
Elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos para o
Polo das Águas Termais;
Efetiva implantação dos Planos Diretores Municipais, tendo em
vista o controle da expansão urbana e a adoção das diretrizes
relativas ao tratamento de resíduos sólidos por eles colocadas;
Realização de ampla consulta pública quanto ao projeto de
implantação do Aterro;
Aproveitamento de mão de obra local para operação e
manutenção do Aterro.
272
5.5.1. Diretrizes para Gestão Socioambiental
As estratégias e as ações voltadas para o aperfeiçoamento da gestão ambiental, como
um dos Componentes deste Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável constam do item 6.1.5 deste documento. Com objetivo diferente, são
apresentadas a seguir as diretrizes para gestão socioambiental do processo de
implantação do PDITS, abrangendo todos os investimentos previstos, em todos os
componentes. Para tanto, foram identificadas e associadas as medidas de mitigação e
controle dos impactos, as ações de acompanhamento e monitoramento dos impactos,
as medidas institucionais e de reforço institucional das entidades de meio ambiente e
de gestão municipal do turismo dos municípios envolvidos, as ações de recuperação
de áreas degradadas e conservação de recursos naturais de base para o turismo.
Os impactos socioambientais cumulativos do conjunto das ações definidas neste
Plano estão relacionados, essencialmente, à falta de infraestrutura para saneamento
básico nas áreas urbanas, ao incremento no número de turistas e ao aumento da
produção de resíduos sólidos. Este fato compromete, sobremaneira, os recursos
naturais associados à fragilidade na gestão compartilhada das atividades antrópicas
existentes nos municípios em estudo e na bacia hidrográfica como um todo. A
degradação dos recursos naturais pode comprometer não só a sustentabilidade da
atividade turística, como também a sua existência. Portanto, é importante que o seu
desenvolvimento ocorra de forma responsável e planejada.
Cabe ressaltar que algumas das ações propostas não necessariamente causam,
isoladamente, grande impacto socioambiental, mas em conjunto resultam em uma
mudança significativa na qualidade de vida da população, como, por exemplo, as
ações relacionadas à infraestrutura básica e à gestão. Além disso, ações diferentes
podem demandar as mesmas medidas mitigadoras.
Nesse contexto, os impactos possíveis em consequência das ações poderão ser
mitigados com medidas relacionadas, em sua maioria, à (i) melhoria da capacidade de
gestão pública como, por exemplo, incentivos e financiamentos de projetos e planos,
(ii) mobilização e sensibilização dos empreendedores de turismo e da população local
e flutuante quanto a questões ambientais e sociais,(iii) participação comunitária para
promoção do desenvolvimento ambientalmente e socialmente sustentável do Polo.
Apresenta-se, a seguir, uma súmula das medidas mitigadoras especificadas
anteriormente, que permearam todas as ações do PDITS e são prioridade para
mitigação de impactos negativos ou potencialização dos impactos positivos:
-
Programas de educação ambiental e conscientização da população e dos
empreendedores sobre a importância do planejamento integrado e participativo;
-
Planejamento e elaboração de estudos (ambientais, sociais e econômicos)
adequados para implementação das ações propostas;
-
Implantação de boas práticas para construção, acompanhamento e supervisão
das obras necessárias;
-
Respeito aos Planos Diretores Municipais e demais instrumentos de gestão do
território;
-
Ampla consulta pública;
-
Estudo para identificação da possibilidade do ônus das obras de ampliação dos
sistemas de saneamento ambiental e energia elétrica para os empreendedores do
setor de turismo e população local residente;
-
Adoção das normas técnicas e respeito à legislação vigente;
-
Fortalecimento institucional e de gestão dos órgãos envolvidos;
273
-
Priorização de mão-de-obra local;
-
Criação e manutenção de um comitê de bacia hidrográfica da bacia do rio Quente;
-
Incentivo a integração dos municípios por meio de obras, incentivos fiscais e
planos;
-
Incentivos para novos empreendimentos turísticos e de comércio local;
-
Capacitação profissional da população local e empreendedores;
-
Fortalecimento da fiscalização ambiental em todo o Polo, além do espaço urbano
(atividades, uso e ocupação do solo, obras de infraestrutura, entre outros) por
parte de todos os envolvidos - sociedade civil, organizações não governamentais,
poder público municipal, iniciativa privada.
O Quadro 33, a seguir, apresenta a síntese das diretrizes estratégicas socioambientais
relacionadas à implantação do PDITS, incluindo os indicadores mais relevantes de
cada ação, a linha de base de acordo com dados oficiais, além das vantagens
socioambientais dos investimentos.
Vale ressaltar que algumas ações propostas e descritas não causam impactos diretos
na gestão socioambiental; porém, quando executadas em paralelo a outras ações,
resultam no aperfeiçoamento da gestão ambiental e na melhoria da qualidade de vida
da população.
274
Quadro 33:
Síntese das diretrizes estratégicas das ações iniciais do PDITS
ESTRATÉGIAS
SOCIOAMBIENTAIS
PONTOS DE
AÇÃO
PRINCIPAIS
INDICADORES
ESPECÍFICOS
Infraestrutura de
Água
Número de
ligações e/ou
população
atendida com o
serviço
Infraestrutura de
esgoto
Número de horas
de racionamento
de água
Melhoria das
condições de
saneamento
ambiental e
infraestrutura básica
LINHA DE BASE (BASELINE)
2009
Caldas Novas:
19.381 ligações ativas
Rio Quente:
Não existem dados sobre o
número de ligações ativas. A rede
atende a 100% da população
urbana
Caldas Novas:
60.326
Habitantes atendidos
Rio Quente:
Não existe rede coletora de
esgoto na área urbana residencial,
apenas no bairro Esplanada, onde
estão localizados os
empreendimentos turísticos (não
existem dados sobre o número de
ligações ativas ou a população
urbana atendida)
CENÁRIO DESEJÁVEL
(CONCEITUAL)
Construção da
Rodoviária de
Rio Quente
Número de horas
de interrupção do
fornecimento de
energia elétrica
Número de
visitantes
Rio Quente:
Não existem dados a esse
respeito
1 milhão de visitantes por ano
RETORNO ECONÔMICO DO PONTO
DE VISTA SOCIOAMBIENTAL DOS
INVESTIMENTOS
Com o custo estimado das obras de
ampliação da rede de abastecimento
de água, reservatórios e sistema de
recalque, aproximadamente
R$20.900.000,00 poderão ser
economizados em saúde pública
Aumento do número de
usuários.
Diminuição do número de
interrupções no fornecimento
de água.
Caldas Novas:
9,44 horas
Infraestrutura de
Energia Elétrica
BENEFÍCIOS DOS
INVESTIMENTOS
Diminuição do número de
interrupções no fornecimento
de energia elétrica
Aumento do número de
visitantes no município de Rio
Quente
A cada um real investido
em saneamento básico
são economizados 4
reais em saúde pública
(Fonte: Funasa,
Ministério da Saúde)
Uma interrupção no
fornecimento de energia
elétrica pode causar
muitos prejuízos e
transtornos aos
consumidores, como a
perda de produtos
manufaturados, perda
de negócios, sistemas
de informações,
diminuição do número
de turistas entre outros.
A construção da
rodoviária de Rio
Quente proporcionará
maior volume de
visitantes. Considerando
que o gasto médio de
Com o custo estimado das obras de
rede de coleta e estação de
tratamento de esgoto nos dois
municípios, aproximadamente
R$156.000.000,00 poderão ser
economizados em saúde pública
O investimento trará retorno financeiro
indireto para o comércio local e trade
turístico.
O investimento trará retorno financeiro
indireto para o comércio local e trade
turístico.
275
ESTRATÉGIAS
SOCIOAMBIENTAIS
PONTOS DE
AÇÃO
PRINCIPAIS
INDICADORES
ESPECÍFICOS
LINHA DE BASE (BASELINE)
2009
CENÁRIO DESEJÁVEL
(CONCEITUAL)
BENEFÍCIOS DOS
INVESTIMENTOS
RETORNO ECONÔMICO DO PONTO
DE VISTA SOCIOAMBIENTAL DOS
INVESTIMENTOS
um turista no município
de Rio Quente é de
R$300,00 (trezentos
reais) pessoa/dia, o
investimento trará um
aumento da
arrecadação municipal.
Plano de manejo
do Parque
Estadual da
Serra de Caldas
Novas –
PESCAN
Número de
visitantes
Aumento da capacidade de
carga e do número de
visitantes no PESCAN com
menor risco de degradação
ambiental
-
O investimento trará retorno financeiro
indireto para o comércio local e trade
turístico.
Não existe comitê da bacia
hidrográfica do Rio Quente
Formação de comitê de bacia
hidrográfica
Melhoria da gestão da água e
uso do solo na bacia
hidrográfica
Cada dólar investido em
projetos de conservação
do solo faz a sociedade
economizar mais de 5
dólares com medidas
mitigadoras de perda de
solo em consequência
de erosão, lixiviação etc.
(Fonte: Cornell
University).
Com o custo estimado para o projeto
de elaboração do plano de manejo da
bacia hidrográfica, cerca de
R$3.000.000,00* poderão ser
economizados em medidas
mitigadoras de perda do solo
Águas termais
Aumento no número de
atrativos turísticos e aumento
do número de turistas
Cada dólar investido em
turismo traz um retorno
de US$ 6 em razão do
comércio de produtos
locais (Fonte:
Organização Mundial do
Turismo);
Com o custo estimado para o projeto
de reposicionamento de produto
turístico, poderá haver um retorno de
aproximadamente R$3.900.000,00*
em razão do comércio de produtos
locais
Com o custo estimado para o projeto
de requalificação das áreas urbanas
de interesse turístico, poderá haver um
retorno de aproximadamente R$
12.000.000,00* em razão do comércio
de produtos locais
Com o custo estimado para o projeto
de requalificação das áreas urbanas
de interesse turístico, poderá haver um
retorno de aproximadamente R$
3.600.000,00* em razão do comércio
de produtos locais
Média de 7.500 visitantes por ano
(dado do ano de 2006 fornecido
pela administração do parque)
Fortalecimento da
gestão ambiental
Plano de manejo
da Bacia
Hidrográfica do
Rio Quente
Reposicionamen
to de Produto
turístico
Fortalecimento e
incremento do turismo
na região
Existência de
Comitê de bacia
Hidrográfica
Vocação turística
definida
Requalificação
das áreas
urbanas de
interesse
turístico
Número de
atrativos
11 atrativos no Polo todo
Aumento no número de
atrativos turísticos e aumento
do número de turistas
Sinalização
turística
Satisfação do
turista em relação
ao destino no
quesito
organização
urbana
Insuficiente
Aumento da satisfação do
turista
com
relação
a
orientação
276
ESTRATÉGIAS
SOCIOAMBIENTAIS
Fortalecimento
Institucional
PONTOS DE
AÇÃO
PRINCIPAIS
INDICADORES
ESPECÍFICOS
LINHA DE BASE (BASELINE)
2009
Balneário
público
Número de
visitantes
Não existem dados oficiais sobre
o número de visitantes
Aumento
visitantes
do
número
de
Implantação de
equipamentos
no Parque
Estadual da
Serra de Caldas
Novas –
PESCAN
Número de
visitantes
Média de 7.500 visitantes por ano
(dado do ano de 2006 fornecido
pela administração do parque)
Aumento
visitantes
do
número
de
Existência de
planos de gestão
e instâncias
administrativas
Caldas Novas:
• Plano Estratégico de Turismo
• Plano Diretor Municipal
• Secretaria Municipal de Turismo
• Secretaria Municipal de Meio
Ambiente
• Código Municipal de Meio
Ambiente
Rio Quente:
• Plano Estratégico de Turismo
• Plano Diretor Municipal
• Secretaria de turismo e meio
ambiente
Melhoria na gestão do turismo
e meio ambiente
Estudos e
Planos de
gestão
CENÁRIO DESEJÁVEL
(CONCEITUAL)
BENEFÍCIOS DOS
INVESTIMENTOS
RETORNO ECONÔMICO DO PONTO
DE VISTA SOCIOAMBIENTAL DOS
INVESTIMENTOS
Com o custo estimado para o projeto
de revitalização do balneário público,
poderá haver um retorno de
aproximadamente R$ 6.000.000,00*
em razão do comércio de produtos
locais
Com o custo estimado para o projeto
de Implantação de equipamentos no
PESCAN, poderá haver um retorno de
cerca de R$ 4.200.000,00* em razão
do comércio de produtos locais
-
O investimento trará retorno financeiro
indireto para o comércio local e trade
turístico.
Cotação do dólar U$ 1,00 = R$ 1,7713 (mesma base utilizada na composição dos investimentos, conforme orientação COFIEX)
277
Além dos principais indicadores específicos de cada ação, o Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID sugere outros indicadores que avaliam os efeitos socioeconômicos
do desenvolvimento das atividades turísticas após o início da implementação do PDITS e
estão relacionados a várias ações em conjunto.
Como os municípios do Polo Águas Termais atualmente possuem pouco ou quase nenhum
dado sistematizado que possa ser utilizado como linha de base, a indicação é de que os
dados necessários sejam levantados no início dos trabalhos, servindo como parâmetro em
análises futuras do Plano com base nos indicadores propostos.
A falta de dados no Polo de Águas Termais se deve à falta de pesquisas de primeira ordem
relativa aos dados primários, tais como censos hoteleiros, inventário da oferta turística,
caracterização da demanda, estudo de mercado e satisfação do cliente. Portanto, sugere-se
que para o atendimento das solicitações do BID sejam feitas pesquisas junto aos mercados
prioritários atingidos pelas ações para que se possa dispor de tais informações.
Segue a transcrição das estratégias e dos indicadores sugeridos pelo BID.
A.) Estratégia de fortalecimento e incremento do turismo na região
Principais indicadores sugeridos pelo BID:
-
-
6
Importância relativa do valor agregado bruto de hotéis, restaurantes e bares no PIB;
Gasto turístico médio diário6;
Gasto médio por visitante (gasto total/número total de visitantes);
Tempo médio de estadia (pernoites/número de turistas);
Índice de satisfação do turista relacionado com o nível de gasto ou com o nível de
fidelização;
Taxa de ocupação de quartos/número total de quartos disponíveis no mesmo
período;
Preço médio por quarto;
Grau de ocupação anual dos hotéis;
Número de quartos em hotéis de 4 e 5 estrelas/total quartos;
Número de participantes em cursos destinados a profissionais/número de pessoas
empregadas no setor;
Número de empresários integrantes de associações turísticas/total empresários;
Existência de uma federação turística empresarial que agrupe diferentes associações
empresariais;
Existência de um modelo funcional de gestão da promoção turística (organização
administrativa X organização por mercados e produtos);
Cooperação público-privada:
• Participação do setor privado no financiamento da promoção turística;
• Modelo organizativo de gestão da promoção (existência de entidade com
personalidade jurídica);
Eficácia promocional (relação entre número de visitantes e pressuposto promocional
no mercado de procedência de visitantes);
Sempre que possível diferenciar entre turistas nacionais e internacionais, além do motivo de viagem.
278
-
Existência de uma rede de pontos de informação turística que trabalham com
imagem de marca;
Número de visitantes atendidos por pontos de informação turística/total de visitantes;
Difusão pública de informação de mercados emissores prioritários para o Polo;
Fomento à comercialização on-line.
B.) Estratégia de fortalecimento institucional
Principais indicadores sugeridos pelo BID:
-
Existência de sistemas de estatísticas turísticas (análise da contribuição econômica
do turismo);
Capacidade de arrecadação de impostos turísticos (relação entre impostos turísticos
/ impostos totais);
Número de destinos com avaliação ambiental estratégica/total destinos;
Proporção de espaços protegidos com estatísticas de visitantes e sistemas de
capacidade de carga estabelecidos/total espaços protegidos;
Proporção de empresas turísticas incluídas em sistemas de gestão ambiental/total
empresas turísticas.
Nas estratégias relacionadas à infraestrutura básica, são sugeridos para a área de
saneamento ambiental, a capacidade de depuração de águas residuais geradas por m3, e
na área de energia elétrica, a relação entre a produção de energia renovável e a produção
energética total.
279
PARTE VI – FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
280
6.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Os mecanismos de acompanhamento e avaliação representam os meios pelos quais se
verifica a condução e execução do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável do Polo das Águas Termais.
Trata-se de etapa importante no processo de planejamento em que se afere o cumprimento
da programação prevista e o alcance dos objetivos e metas que traduzem os resultados
para o desenvolvimento sustentável do turismo. O acompanhamento e a avaliação de
resultados pressupõe a adoção de mecanismos de feedback para possibilitar o
monitoramento do desempenho do Plano, comparando o previsto e o realizado.
Para o PDITS do Polo das Águas Termais foram propostos indicadores simples e objetivos
para o controle e monitoramento da implementação e avaliação dos resultados. O
fornecimento dos dados necessários a este processo de aferição estarão sob a
responsabilidade da Administração Pública Municipal e do Conselho Municipal de Turismo
de Caldas Novas e Rio Quente.
Os indicadores objeto de análise são:
-
Índice de saneamento básico;
-
Arrecadação bruta municipal;
-
Arrecadação da taxa de turismo.
A linha de base para comparação para estes três indicadores está disponível e as
informações pertinentes são de conhecimento público e de fácil acesso.
•
Índice de Saneamento Básico
Nos dois municípios componentes do Polo das Águas Termais a prestação de serviços de
esgotamento sanitário e abastecimento de água potável está a cargo de concessionárias
municipais. Cada uma delas dispõe de um banco de dados, assim como do SNIS – Sistema
Nacional de Informações Sanitárias – ligado ao Ministério das Cidades. Este sistema é
alimentado por dados de todas as concessionárias de prestação de serviço de saneamento
do País, inclusive pelas duas concessionárias existentes no Polo.
As informações quantitativas são relativas ao percentual de população urbana atendida
pelas redes de infraestrutura, ao percentual da área urbana atendida por essas redes, ao
percentual dos dejetos coletados e tratados, à eficácia do tratamento das Estações de
Tratamento de Água e de Esgoto e à situação de manutenção e conservação de todo o
sistema – estações de tratamento e redes.
Os investimentos previstos no PDITS relativos à infraestrutura básica quando implantados,
deverão refletir na melhoria dos índices de saneamento, aproximando-os do ideal - 100% da
área urbana e da população urbana atendidos por esgotamento sanitário e abastecimento
de água, 100% de tratamento do esgoto coletado e correta destinação destes efluentes
tratados.
•
Arrecadação Bruta Municipal
A atividade turística é fundamentalmente uma atividade comercial do terceiro setor, sendo
assim abrangida pelo ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. O fato da
economia dos municípios de Caldas Novas e de Rio Quente basear-se fundamentalmente
no turismo e nas demais atividades da cadeia produtiva afeta ao setor, o índice de
arrecadação de ISSQN torna-se um indicador confiável de acompanhamento da situação da
atividade turística do ponto de vista comercial, ou seja, pode ser referenciado pelo fluxo e
gasto turísticos, o que implica diretamente na rentabilidade do setor.
281
Como resultado da implantação das ações propostas relativas aos Componentes
Fortalecimento Institucional e Qualificação do Produto Turístico do PDITS Águas Termais ,
espera-se o aumento significativo da arrecadação do ISSQN, dada a dinamização do setor e
o alcance de maiores lucros. Este resultado será potencializado se a gestão financeira e
fiscal dos Municípios abrangidos, por parte do Poder Público, for fortalecida e alcançar maior
eficiência e eficácia, e ainda, se for crescente a formalização dos empreendimentos do
terceiro setor.
A obtenção de dados para avaliação desses fatores é simples, em fontes como a própria
administração pública municipal ou o Ministério da Fazenda.
•
Arrecadação da Taxa de Turismo
Da mesma forma que a arrecadação do ISSQN, a taxa municipal de turismo constitui um
indicador efetivo do desempenho da atividade turística, pois trata-se de valor diretamente
proporcional ao fluxo e ao tempo de permanência dos turistas.
Neste caso, o aumento da arrecadação da taxa de turismo é esperada em Caldas Novas e
Rio Quente, como resultado da execução das ações previstas no PDITS e, em especial, as
relativas ao Componente Institucional. Influenciam, para tanto, a maior integração entre o
setor público e o setor privado, a organização do empresariado e a formalização dos
empreendimentos.
Não existem dados sobre a Taxa Municipal de Turismo para formatação da linha de base. A
inexistência deste índice indica a desarticulação e a desorganização na gestão do turismo
em Caldas Novas e Rio Quente; os dados de arrecadação não são sistematizados e
divulgados. Nesse contexto, se tais informações passarem a existir e estiverem acessível
por meio dos Conselhos Municipais do Turismo, pode-se ter neste fato um indicador de
avanço da organização, da articulação e integração do trade turístico. A formação de uma
série histórica com tais informações será valiosa para averiguação dos resultados auferidos
com a implantação do PDITS das Águas Termais.
A definição destes três indicadores de acompanhamento e avaliação dos resultados do
PDITS possibilita de forma simples, fácil e objetiva, construir um parâmetro para futuras
revisões e adequações do Plano.
282
CONCLUSÃO
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo do Polo das Águas Termais - PDITS,
consolidado neste documento, tem como principais itens de conteúdo o diagnóstico da área
de abrangência, as estratégias a serem adotadas como base para definição das medidas
para mitigação dos problemas detectados e o plano de ação, compreendendo a definição e
a descrição dos investimentos a serem realizados, relativos aos Componentes: Produto
Turístico, Comercialização, Fortalecimento Institucional, Infraestrutura e Serviços e Gestão
Ambiental.
Concebido a partir de diretrizes e orientações do Ministério do Turismo – MTUR, tendo em
vista o seu alinhamento com o PRODETUR Nacional – programa estratégico coordenado
por aquele Ministério, a elaboração deste Plano constitui o caminho para captação de
recursos do PRODETUR para execução dos investimentos nele previstos. Entretanto,
constata-se que o alcance do PDITS vai além desses propósitos. Elaborado de forma
participativa, contando, desde a etapa de diagnóstico até o estabelecimento das ações a
implantar, com a efetiva colaboração dos gestores e técnicos municipais e da sociedade
organizada de Caldas Novas e Rio Quente, com destaque para os empreendedores do setor
de turismo e lideranças comunitárias, este Plano tornou-se, efetivamente, um importante
instrumento de planejamento estratégico para o desenvolvimento integrado e sustentável do
turismo nesses municípios e, de forma mais ampla, do Polo das Águas Termais. Desta
forma, se considerado em toda a sua extensão pelas instâncias governamentais e for
reconhecido como um produto construído coletivamente pelo poder público e sociedade,
este PDITS se torna um Plano que orienta a ação municipal no setor de turismo e a base
para consolidação de uma política pública para o setor.
Considerado no conjunto dos Polos de Desenvolvimento do Turismo estabelecidos no
Estado de Goiás, chega a constituir não só a base para o estabelecimento e a implantação
da Política Municipal de Turismo para os dois municípios, mas colabora para a consolidação
da Política Estadual.
A dimensão regional de planejamento do desenvolvimento do turismo que orienta este
PDITS, tendo em vista o Polo das Águas Termais, constitui um avanço para a Gestão do
Turismo, mas, por outro lado exige, fundamentalmente, a mudança de paradigmas
baseados na gestão isolada de políticas públicas e a adoção de novos parâmetros de
gestão integrada, responsabilidades compartilhadas, parceria e adoção de instrumentos
como os consórcios municipais. Assim, cabe aos municípios de Caldas Novas e Rio Quente
estabelecerem aliança com a Goiás Turismo, órgão estadual de turismo, e entre si,
buscando alcançar os resultados previstos no PDITS do Polo para o desenvolvimento do
turismo regional.
Desta forma, a efetividade deste PDITS depende do esforço sinérgico e coletivo entre todos
os atores envolvidos, com destaque para a sociedade local.
283
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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284
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GEOLOGIA DE MINAS GERAIS, 10. Brasília. Anais... Brasília: SBG - Núcleos CentroOeste e Minas Gerais.
285
ANEXOS
286
ANEXO 1 – JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA
MATRIZ DE AVALIAÇÃO DA COMPETITIVIDADE DO POLO
COMPONENTE/ ITENS
1.GRAU DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
(Considerando-os em relação à concorrência: qualidade e
distância dos atrativos e produtos “competidores”.)
CRITÉRIOS
PONTOS MÁXIMOS
POR COMPONENTE/
ITEM
Somatório dos
pontos de cada item
20
· Atrativo turístico de excepcional valor – atração internacional/
nacional
20 pontos se AT
dispõe de pelo menos
um atrativo com este
grau
· Atrativo turístico muito importante - atração nacional/ regional
5 pontos para cada
atrativo com este
grau
· Atrativo de algum interesse – atração regional/ local
2 pontos para cada
atrativo com este
grau
· Atrativo complementar - atração local
1 ponto para cada
atrativo com este
grau
2. DEMANDA
Somatório dos
pontos de cada item
20
2.1 Grau de identificação da demanda:
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
10
· Demanda Real, com alto grau de identificação, inclusive
dos sub segmentos
10 pontos
· Demanda Potencial, com alto grau de identificação,
inclusive dos sub segmentos
8 pontos
· Demanda Real, com identificação genérica
6 pontos
· Demanda Potencial, com identificação genérica
4 pontos
· Demanda Real, sem identificação
2 pontos
· Demanda Potencial, sem identificação
0 ponto
2.2 Facilidade atração mercado (proximidade e perfil do
público alvo principal)
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Distância do centro da AT até aeroporto de âmbito
nacional ou internacional menor ou igual a 80 km ou distância
rodoviária menor que 400 km até mercado principal com perfil
do público-alvo desse mercado com maioria pertencente às
classes socioeconômicas A e B.
10 pontos
· Distância do centro da AT até aeroporto de âmbito
nacional ou internacional menor ou igual a 80 km ou distância
rodoviária menor que 400 km até mercado principal com perfil
do público-alvo desse mercado com maioria pertencente às
classes socioeconômicas C e D.
8 pontos
· Distância do centro da AT até aeroporto de âmbito
nacional ou internacional menor ou igual a 80 km ou distância
rodoviária menor que 800 km até mercado principal com perfil
do público-alvo desse mercado com maioria pertencente às
classes socioeconômicas A e B.
6 pontos
· Distância do centro da AT até aeroporto de âmbito
nacional ou internacional menor ou igual a 80 km ou distância
4 pontos
10
287
COMPONENTE/ ITENS
CRITÉRIOS
PONTOS MÁXIMOS
POR COMPONENTE/
ITEM
rodoviária menor que 800 km até mercado principal com perfil
do público-alvo desse mercado com maioria pertencente às
classes socioeconômicas C e D.
· Distância do centro da AT até aeroporto de âmbito
nacional ou internacional maior que 80 km ou distância
rodoviária maior que 800 km até mercado principal com perfil do
público-alvo desse mercado com maioria pertencente às
classes socioeconômicas A e B.
2 pontos
· Distância do centro da AT até aeroporto de âmbito
nacional ou internacional maior que 80 km ou distância
rodoviária maior que 800 km até mercado principal com perfil do
público-alvo desse mercado com maioria pertencente às
classes socioeconômicas C e D.
0 ponto
3.DISTRIBUIÇÃO FÍSICO-ESPACIAL
Somatório dos
pontos de cada item
20
3.1 Grau de equilíbrio na ocupação territorial da AT
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
5
· Boa distribuição das atividades turísticas em todo o
território da AT
5 pontos
· Distribuição regular das atividades turísticas no território da
AT com concentração moderada de atrativos/ atividades e
existência de vazios turísticos
3 pontos
· Distribuição das atividades turísticas no território da AT
com concentração moderada dos atrativos/ atividades e
existência de grandes áreas não relacionadas à atividade
turística
1 ponto
· Distribuição das atividades turísticas no território da AT de
forma dispersa com existência de grandes áreas não
relacionadas à atividade turística.
0 ponto
3.2 Distância ou tempo de percurso entre centro da AT e
ponto mais distante de seu território.
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Menor que 80 km ou menos de 1 h de deslocamento
rodoviário.
5 ponto
· Menor que 120 km ou menos de 1 ½ h de deslocamento
rodoviário.
3 ponto
· Menor 160 km ou menos de 2 h de deslocamento
rodoviário.
1 ponto
· Maior que 160 km ou mais de 2 h de deslocamento
rodoviário.
0 ponto
3.3 Condições acesso/
principais da AT.
mobilidade
entre
os
pontos
· Boas condições.
· Condições regulares com boas possibilidades de
implantação/ recuperação.
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
5
5 pontos
3 pontos
· Condições regulares com dificuldade para melhorias.
1 ponto
· Condições ruins.
0 ponto
3.4 Número de municípios da AT.
5
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
5
288
COMPONENTE/ ITENS
CRITÉRIOS
· Menos de 3 (três).
5 pontos
· De 3 (três) a 6 (seis)
3 pontos
· De 6 (seis) a 12 (doze)
1 ponto
· Mais de 12 (doze)
0 ponto
PONTOS MÁXIMOS
POR COMPONENTE/
ITEM
4. MEIOS DE HOSPEDAGEM E OFERTA DE
EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS TURÍSTICOS E DE APOIO:
Somatório dos
pontos de cada item
10
4.1 Meios de hospedagem disponível – distância entre
localização dos meios e centro da AT
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
2
· Meios de hospedagem localizados dentro da AT
2 pontos
· Localizados a menos que 80 km ou 1 h de deslocamento
rodoviário até o centro da AT
1 ponto
· Localizados a mais que 80 km ou 1 h de deslocamento
rodoviário até o centro da AT
0 ponto
4.2 Quantidade e qualidade dos meios de hospedagem em
relação à demanda e perfil do público-alvo já identificado
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Adequada
2 pontos
· Regular
1 ponto
· Inadequada
0 ponto
4.3 Existência de espaços protegidos ou construídos de
interesse turístico
Somatório dos
pontos de cada item
· 1 ou mais componentes de ordem natural (parques, sítios
históricos ou arqueológicos, fontes hidrominerais ou
hidrotermais, reservas de flora e fauna, ou outros de natureza
similar)
1 ponto
· 1 ou mais componentes construídos, com equipamentos
relacionados às atividades turísticas (jardins botânicos e hortos,
zoológicos, aquários, viveiros, centro de convenções, feiras e
locais para exposições, centros esportivos, instituições culturais
de estudo, pesquisa e lazer, museus, parques temáticos,
centros de artesanato, e outros de natureza similar)
1 ponto
4.4 Disponibilidade de agências receptivas locais, guias
turísticos e locadoras de veículos, dentro da AT
Somatório dos
pontos de cada item
(máximo: dois)
· Agências receptivas locais
1 ponto
· Guias Turísticos
1 ponto
· Locadora de veículos
1 ponto
4.5 Disponibilidade de serviços de segurança para o turista
Somatório dos
pontos dos itens
· Dispõe de serviço de natureza pública
1 ponto
· Dispõe de serviço de natureza privada
1 ponto
2
2
2
2
5. ACESSIBILIDADE
Somatório dos
pontos de cada item
10
5.1 Aérea
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
4
· Disponibilidade de aeroporto de âmbito nacional ou
internacional localizado a menos de 80 km ou 1h de
4 pontos
289
COMPONENTE/ ITENS
CRITÉRIOS
PONTOS MÁXIMOS
POR COMPONENTE/
ITEM
deslocamento rodoviário até o centro da AT
· Disponibilidade de aeroporto de âmbito nacional ou
internacional localizado a mais de 80 km ou 1h de
deslocamento rodoviário até o centro da AT
0 ponto
5.2 Rodoviária
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Sistema rodoviário de acesso de boa qualidade
2 pontos
· Sistema rodoviário de acesso de qualidade regular
1 ponto
· Sistema rodoviário de acesso de baixa qualidade
0 ponto
5.3 Meios de Transporte Rodoviários oferecidos
· Ônibus de turismo
Somatório dos
pontos de cada item
(máximo: dois)
2
2
1 ponto
· Ônibus de linha regular
1 ponto
· Outro serviço de transporte público, além de ônibus
1 ponto
5.4 Fluvial/ marítima
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Disponibilidade de porto fluvial ou marítimo localizado a
menos de 80 km ou 1h de deslocamento rodoviário até o centro
da AT
2 pontos
· Disponibilidade de porto fluvial ou marítimo localizado a
mais de 80 km ou 1h de deslocamento rodoviário até o centro
da AT
0 ponto
0
6. INFRA-ESTRUTURA E MEIO AMBIENTE
Somatório dos
pontos de cada item
10
6.1 Qualidade do meio ambiente natural
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
2
· Boa qualidade
2 pontos
· Qualidade regular
1 ponto
· Baixa qualidade
0 ponto
6.2 Saneamento ambiental
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Boa qualidade
2 pontos
· Qualidade regular
1 ponto
· Baixa qualidade
0 ponto
6.3 Serviço de abastecimento de água
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Boa qualidade
2 pontos
· Qualidade regular
1 ponto
· Baixa qualidade
0 ponto
2
2
2
290
COMPONENTE/ ITENS
6.4 Serviço de abastecimento de energia
CRITÉRIOS
PONTOS MÁXIMOS
POR COMPONENTE/
ITEM
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
2
· Boa qualidade
2 pontos
· Qualidade regular
1 ponto
· Baixa qualidade
0 ponto
6.5 Serviços de comunicações - telefonia
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Boa qualidade
2 pontos
· Qualidade regular
1 ponto
· Baixa qualidade
0 ponto
2
7. CAPACIDADE DE GESTÃO (INSTALADA OU POTENCIAL)
Somatório dos
pontos de cada item
6
7.1 Disponibilidade de Informações
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
2
· Existente, organizado e de qualidade
2 pontos
· Existente, precisando melhorias
1 ponto
· Inexistente
0 ponto
7.2 Processo de Comercialização:
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Organizada e abrangendo toda ou grande parte da AT
(venda como destino único ou roteiro(s) turístico(s)
estruturado(s))
2 pontos
· Organizado com participação de operadores regionais, de
produtos isolados dentro da AT.
1 ponto
· Venda direta, com divulgação isolada
7.3 Fator de desenvolvimento da AT enquanto destino
turístico
2
2
0 ponto
Seleção da situação
em que a AT se
enquadra
· Destino turístico consolidado
2 pontos
· Destino em fase de expansão
1 ponto
· Destino ainda não conhecido
0 ponto
7.4 Grau de planejamento/ disponibilidade de instrumentos
Somatório dos
pontos dos itens
· Inserido em plano de desenvolvimento de âmbito regional,
estadual ou federal
1 ponto
· Disponibilidade de Planos Diretores de Desenvolvimento
Municipal
1 ponto
7.5 Grau participação dos atores locais no Planejamento
Turístico
Somatório dos
pontos de cada item
· Existência de órgão municipal de gestão turística ou de
conselhos de turismo
1 ponto
· Existência de organização dos municípios para o
planejamento integrado – consórcios municipais
1 ponto
2
2
2
8. Considerações
-
Justificativa da Seleção da AT para inclusão no programa, com breve descritivo de sua situação atual e
291
COMPONENTE/ ITENS
CRITÉRIOS
PONTOS MÁXIMOS
POR COMPONENTE/
ITEM
localização.
Delimitação da Área Turística com indicação dos municípios que a compõem e dos principais atrativos e
produtos turísticos existentes.
-
Indicativo da estratégia turística, com o papel de cada município no âmbito do desenvolvimento turístico.
Considerações, sucintas, sobre os principais problemas e oportunidades da área, face ao desenvolvimento
turístico, relacionados a: mercado e produto turístico; contextos social, econômico e ambiental; condições de
infraestrutura, cadeia produtiva do turismo e gestão.
SOMATÓRIO TOTAL
MÁXIMO
100
Fonte: GOIÁS TURISMO. Diagnóstico Plano Estadual de Turismo, 2007.
292
ANEXO 2 – DIAGNÓSTICO - OFERTA DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – POLO DAS ÁGUAS TERMAIS, 2009.
ESTABELECIMENTO
CLASSIFICAÇÃO
TOTAL
APARTAMENTOS OU
CHALÉS
APTOS. POOL
DE LOCAÇÃO
TOTAL DE
LEITOS
Quantidade total de equipamentos de hospedagem
399
23.145
2.507
94.280
TOTAL
103
9.205
2.221
38.676
% em relação ao Total
25,81
39,77
88,59
41,02
HOTEIS
50
4.795
933
18.294
% em relação ao Grupo I
48,54
52,09
42,01
47,30
hotel com mais de 200 UH
8
2.568
672
10.296
% em relação ao total hotel
16,00
53,56
72,03
56,28
hotel com mais de 80 e menos de 200 UH
8
1.026
155
3.737
% em relação ao total hotel
16,00
21,40
16,61
20,43
hotel com mais de 40 e menos de 80 UH
15
817
106
2.897
% em relação ao total hotel
30,00
17,04
11,36
15,84
hotel com mais de 20 e menos de 40 UH
10
266
0
976
% em relação ao total hotel
20,00
5,55
0,00
5,34
hotel com menos de 20 UH
9
118
0
388
% em relação ao total hotel
18,00
2,46
0,00
2,12
hotéis em reforma
2
66
0
243
% em relação ao total hotel
4,55
1,79
0,00
1,81
hotéis em construção
1
180
0
720
% em relação ao total hotel
2,00
3,75
0,00
3,94
APART HOTEL
5
985
311
4.869
% em relação ao Grupo I
GRUPO I - HOTEIS, APART HOTEIS, FLATS E POUSADAS
4,85
10,70
14,00
12,59
apart hotel com mais de 200 UH - total
3
770
246
3.968
% em relação ao total hotel
60,00
78,17
79,10
81,50
apart hotel com menos de 200 UH - total
2
215
65
901
% em relação ao total hotel
40,00
21,83
20,90
18,50
293
ESTABELECIMENTO
CLASSIFICAÇÃO
TOTAL
APARTAMENTOS OU
CHALÉS
APTOS. POOL
DE LOCAÇÃO
TOTAL DE
LEITOS
FLAT
13
2.885
733
13.314
% em relação ao Grupo I
12,62
31,34
0,33
0,34
flat com mais de 150 UH - total
6
2.148
568
10.322
% em relação ao total flat
46,15
74,45
77,49
77,53
flat com menos de 150 UH - total
7
737
165
2.992
% em relação ao total flat
53,85
25,55
22,51
22,47
POUSADA
35
540
244
2.199
% em relação ao Grupo I
33,98
5,87
10,99
5,69
pousada com mais de 14 UH - total
16
204
161
1.229
% em relação ao total pousada
45,71
37,78
65,98
55,89
pousada com mais de 6 e menos de 14 UH - total
16
204
78
803
% em relação ao total pousada
45,71
37,78
31,97
36,52
pousada com até 6 UH - total
7
30
5
167
% em relação ao total pousada
20,00
5,56
2,05
7,59
TOTAL
5
258
0
1652
% em relação ao Total
0,01
0,01
0,00
0,02
hotel fazenda
2
38
0
152
Camping
3
220
0
1500
TOTAL
5
60
0
120
% em relação ao Total
0,01
0,00
0,00
0,00
Motel
5
60
0
120
GRUPO II - HOTEL FAZENDA E CAMPING
GRUPO III - MOTEL
294
CLASSIFICAÇÃO
TOTAL
APARTAMENTOS OU
CHALÉS
APTOS. POOL
DE LOCAÇÃO
TOTAL DE
LEITOS
TOTAL
286
13622
286
53832
% em relação ao Total
71,68
58,86
11,41
57,10
CONDOMÍNIOS
286
13622
286
53832
condomínio com mais de 200 UH - total
10
2595
243
13.272
% em relação ao total condomínio
3,50
19,05
84,97
24,65
condomínio com mais de 80 e menos de 200 UH - total
25
3024
25
18.641
% em relação ao total condomínio
8,74
22,20
8,74
34,63
condomínio com mais de 40 e menos de 80 UH - total
85
5078
0
4.691
% em relação ao total condomínio
29,93
38,18
0,00
8,71
condomínio com mais de 20 e menos de 40 UH - total
64
1831
18
10.424
% em relação ao total condomínio
22,38
13,44
6,29
12,64
condomínio com menos de 20 UH - total
102
1094
0
6.804
% em relação ao total condomínio
35,66
8,03
0,00
12,64
condomínio em construção
19
3707
200
19.698
% em relação ao total condomínio
6,64
27,21
69,93
36,59
ESTABELECIMENTO
GRUPO IV- CONDOMINIO
Fonte: Inventário da Oferta Turística de Caldas Novas e de Rio Quente, 2009, respectivamente Fundação Caldas Novas Convention Bureau e Goiás Turismo.
295
ANEXO 3 – DIAGNÓSTICO - SERVIÇOS DE APOIO CALDAS NOVAS
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Aben Imóveis
2007
Caldas Distribuidora de Bebidas
2007
Farmácia Bom Jesus
Acesso para deficiente
4º Sub Grupamento de Bombeiros
O prédio era uma feira coberta
Aplica injeção
Verifica taxa de glicose
2007
Combate a incêndios, resgates de pessoas, salvamentos
aquáticos e terrestres, fiscalização do comércio - alvará de
funcionamento
2006
Adrylls Moda Verão
Fábrica de roupas de banho
2006
Adtur
Serviços de hospedagem, administração de flats, venda de
ações em clubes
2006
Afonso Imóveis
Turista e localidades
2006
Alfa Credi
Empréstimo a aposentados e pensionistas do INSS, servidores
públicos.
2006
Aliança
Auto Posto Girassol
2006
Acesso para deficiente
Arco Íris
Art Zanato Arte Indígena
Prédio antigo
Quiosque
2006
Vendas
2006
Venda de artesanato feito com capim dourado e artesanato
indígena.
2006
Auto Posto Tarumã ltda
Auto sande Texaco
2006
Acesso para deficiente
Lanchonete; banheiro feminino e masculino; estacionamento.
2006
296
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
Banco do Brasil
Acesso para deficiente
SERVIÇOS PRESTADOS
Terminais de autoatendimento 07:00 as 22:00
Banco Imobiliário
INVENTÁRIO
2006
2006
Banco Itaú
Acesso para deficiente
Serviços bancários em geral
2006
Bella Luna Artesanato e Presente
Venda de artesanatos
2006
Bento Ferreira Imóveis
Venda, compra e aluguel de imóveis
2006
Biopharma
Entrega à domicílio tele atendimento conveniado com “ação
social" do município
2006
Bomboniere Posto de Cartão
Venda de doces, balas e revistas
2006
Borracharia
Remendo de pneus e venda de usados.
2006
Borracharia do Cláudio
Acesso para deficiente
Venda de pneus seminovos, conserto e balanceamento
2006
Borracharia do Tatico
Acesso para deficiente
Venda de pneus usados e consertos em geral
2006
Borracharia
2006
Serviços bancários em geral.
2006
Brasília Imóveis
Intermediação de compra e venda de imóveis.
2006
Brasil Motos
Venda de motos e carros
2006
Acesso para deficiente
Venda e confecção de roupas de banho
2006
Acesso para deficiente
Venda de cachaça
2006
Alimentação
2006
Borracharia Silva
Bradesco
Acesso para deficiente
Brilho do Sol
Cachaçaria
Quentes
Café do Ponto
Vale
das
Águas
297
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Cafenet
Acesso para deficiente
Internet e jogos em rede
2006
Caixa Econômica Federal
Prédio adaptado para deficientes
Serviço bancário em geral
2006
Caldastour
Prédio antigo
Venda de passagens aéreas e internacionais, pacotes
turísticos, e locação de flats.
2006
Calor e Sol
Prédio antigo
Venda de sandálias bordadas
2006
Venda de farinha, pimenta, conserva, artesanato de barro,
queijos variados, doce fabricação própria
2006
Educação matutina, vespertina e noturna da 8º ao 3º ano. A
noite funciona supletivo ensino da 1º serie ao 3º ano
2006
Fornecedores de frios em geral.
2006
Venda de botijão de gás, venda de bebidas e outros
2006
Medicina do trabalho
2006
Casas de Farinha
Ceja
Acesso para deficiente
Center Frios
Center Gaz e Conveniências
Acesso para deficiente
Centro Clinico Equilibrium
Centro Comercial Hélio Lopes de
Morais
Centro de Estética Médica
2006
Acesso para deficiente
Fisioterapia estética, médica e oftalmologia
2006
Centro Médico Municipal
Prédio adaptado para deficientes
Consulta com pediatria, ginecologia, ortopedia, cardiologia,
clínica médica, neurologia, fonoaudiologia, psicologia,
planejamento familiar, diabetes e hipertensos, raios-X, vacinas,
núcleo de vigilância, epidemiológica, cartão sus.
2006
Cine Foto
Acesso para deficiente
Claudão Letreiro
Colégio 7 de Setembro
Prédio adaptado para deficientes
2006
Pintura de placas, faixas e adesivos.
2006
Ensino jardim e pré, médio e fundamental ensino superior
2006
298
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
Colégio Estadual Bento Godoy
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Ensino fundamental 1º a 5º série
2006
Colégio Estadual Caldas Novas
Acesso para deficiente
Ensino fundamental, médio e EJA (supletivo à noite)
2006
Colégio Estadual Dom Pedro II
Acesso para deficiente
Ensino fundamental e médio
2006
Colégio Estadual Nivo das Neves
Colégio Vitor
2006
Acesso para deficiente
Condomínio Center Caldas Flat
Shopping
Correios do Brasil
Ensino fundamental, médio e infantil
2006
Locação de salas comerciais e apartamentos residenciais
2006
Prédio adaptado para deficientes
Darraph
2006
Fabricação e venda de camisetas
Décor Arte
Delegacia de Policia de Caldas
Novas
2006
2006
Prédio antigo
Dinâmica Imóveis
Investigação, apreensão, prevenção, delegacia da mulher,
infância e juventude
2006
Administração, compra, venda e aluguel de imóveis
2006
Distribuidora Maudi
Acesso para deficiente
Venda de veículos novos e seminovos, peças e serviços de
assistência técnica
2006
Doce Caseiro Dona Maria
Acesso para deficiente
Venda de licores, doces, farinhas, sorvetes de pequi e baru.
2006
Medicina do trabalho, odontologia estética e exame de pressão
arterial
2006
Dr Alejandro e dra Visa mejia
Drika's Bijuteria
2006
Droga Forte
Venda de medicamentos e perfumaria
2006
Drogaria Araguaia Ltda
Medicamentos em geral, perfumaria verifica taxa de glicose
2006
299
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
injeção
Drogaria Center Farma
2006
Drogaria Extra- Farma
Aplica injeção, venda de medicamentos e perfumaria, e entrega
em domicílio.
2006
Drogaria fama brasil
Aplica injeção entrega á domicilio aferi pressão
2006
Drogaria Las Vegas
Acesso para deficiente
2006
Drogaria Líder
Acesso para deficiente
2006
Drogaria Maíra
Acesso para deficiente
Perfumaria, aplica injeções, entrega à domicilio e aferição de
pressão
2006
Drogaria Modelo
Acesso para deficiente
Venda de medicamentos, perfumaria e cosméticos
2006
Drogaria Pharma Vida
Acesso para deficiente
Perfumaria, remédios, aplica injeção e entrega á domicilio
2006
Drogaria Sales
2006
Drogaria Santa Clara
Aplica injeção
2006
Drogaria União
Acesso para deficiente
Aplica injeção
2006
Drogaria Universal
Acesso para deficiente
Perfumaria, entrega à domicilio, injeção, verificação de pressão
2006
Eldorado Water Park Privê
2006
Equilíbrio Medicina Alternativa
2006
Escola Batista Êxodo
Escola
Estadual
Gonzaga Filho
Osmundo
Acesso para deficiente
Ensino fundamental, educação infantil
2006
Prédio adaptado para deficientes
Ensino fundamental
2006
300
ENTIDADE
Escola Infantil
Geração
Girafinha
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
Nova
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Educação infantil, ensino fundamental I e II ensino médio
2006
2006
Escola Estadual Caldas Novas
Prédio adaptado para deficientes
Ensino fundamental - 1ª a 8º série
Espaço Odontológico
Prédio adaptado para deficientes
Periodontia, ortodontia,
implantes e dermatologia
endodontia,
cirurgião,
prótese,
2006
Euro Car
Compra e venda de veículos e consignação.
2006
Exótica Floricultura
Venda de flores, bichos de pelúcia e semi-jóias
2006
Farmácia Sem Portas
Farmácia Usemed
2006
Farmacêutico
2006
Floricultura e Artesanato Goday
Venda de barrés e chapéu de lona, produtos de palha e flores
2006
Floricultura Primavera
Vendas de flores, cestas de café da manhã e cartões
2006
Revelação de foto venda de souvenires
2006
Foto Gama
Prédio adaptado para deficientes
Prédio antigo
Frios e Cia
2006
Froio Imóveis
Fujioka Digital
Prédio antigo com acesso para deficiente
Gazeta do Estado
Venda e aluguel de imóveis
2006
Revelação de foto e venda de equipamentos fotográficos.
2006
Classificados, anúncios, utilidade
investigativas, educativas e culturais.
2006
pública,
reportagens
Gemas do Brasil
Prédio antigo
Venda de pedras, cristais, bijuterias, semi-jóias
2006
Gesmar Imóveis
Acesso para deficiente
Locação de imóveis para temporada e mensal e venda
2006
Gotas de Luzes
Acesso para deficiente
Atendimento ao consumidor venda de produtos religiosos
2006
301
ENTIDADE
Goyaz
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
Acesso para deficiente
GPT
Drogaria Modelo
Acesso para deficiente
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Cursinhos, ensino fundamental e médio
2006
Serviço de segurança tática
2006
Venda de medicamento, perfumaria e cosmético
2006
Grupo Quality Odontologia
2006
Hospital Geral de Caldas Novas
Rampa de acesso, ar condicionado e centro
cirúrgico
Internação cirúrgica e clínica médica
2006
Hospital Municipal de Caldas Novas
Prédio adaptado para deficientes
Consultas, emergência, pediatria, ginecologia, clinicas,
ortopedia, raios-X, ultrassom, eletrocardiograma, internações
hospitalares e cirurgias
2006
Hospital Nossa Senhora Aparecida
Rampas de acesso e banheiros adaptados
para portadores de necessidades especiais.
aparelhos
para:
raios-X,
tomografia,
radiografia,
ultrassom,
endoscopia,
colonoscopia,
teste
ergométrico,
eletrocardiograma
e
encefalograma
aparelhos para cirurgia, uti laboratórios de
análises clinicas.
Várias especialidades em medicina, exames, internações,
cirurgias e pronto socorro.
2006
Hospital Santa Mônica
Rampa de acesso, ar condicionado,
laboratório de analises clinicas, aparelho de
eletrocardiograma e centro cirúrgico
Internação, cirurgia, clinica médica e cirurgia plástica.
2006
Hot Color
Possui acesso para deficientes
Ótica, fotografia, material escolar e presentes em geral.
2006
HSBC
Possui acesso para deficientes
Serviços bancários em geral
2006
Infomaster Suprimentos
2006
Itop House
Rampas de acesso, ar condicionado
Jogos de rede e internet.
2006
João Pedro Imóveis
Prédio antigo
Locação de imóveis mensal e temporada. Vendas de imóveis e
2006
302
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
ações em clubes
Jornal Cidadão
Jornal CNN Notícias
Prédio próprio com acesso para deficientes
Kakuti
La Femme Julie
Possui acesso para deficientes
Lembranças e Cia
Serviço de informação e utilidade pública
2006
Informativo de Caldas e região, espaço para informação de
utilidade pública.
2006
Venda de camiseta. Fabricação própria
2006
Venda de saídas de banho, roupas indianas, acessórios,
produtos de crochê e artesanatos.
2006
Venda de artesanato e camisetas. Fabricação própria.
2006
Licores Olga
2006
Luiza Utilidades
Venda de artigos domésticos e souvenires
2006
Malha Mania
Vendas
2006
Matercom
Prédio antigo
Venda de materiais de construção
2006
Med Caldas
Possui acesso para deficientes
Manipulação de produtos de cosméticos
2006
Med Clínica
Possui acesso para deficientes
Ginecologia, obstetrícia, ultrassonografia,
pediatria, clinica média e emagrecimento.
Mendonça Imóveis
Prédio antigo.
Locação de imóveis somente para temporada
2006
Michela Bijoux
Possui acesso para deficientes
Venda de bijuteria e material para fabricação própria
2006
Recuperação de viciados, de famílias e de indivíduos
2006
Ministério Ouvir e Crer
ecocardiograma,
Moto Caldas
Movan Veículos
2006
2006
Financiamento e venda de veículos novos e usados
2006
303
ENTIDADE
Neuroclínica
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
Aparelho de eletroencefalograma
INVENTÁRIO
Exames de EEG e avaliação neurológica
2006
Núcleo de Desenvolvimento Social Banco do Povo de Caldas Novas
Microcrédito para fomento dos pequenos empreendimentos
2006
Odonto Art
Cirurgia, prótese dentária, endodontia,
ortodontia, ortopedia facial e implantodontia.
2006
Odontologia do Futuro
Clínica geral, ortodontia, implante, canal e restaurações.
2006
Odontologia Moderna
Atendimento odontológico, cirurgia, raios-X, prótese dentária,
implantes, ortodontia, periodontia.
2006
Odontologia Personalizada
Cirurgião dentista
2006
Oficina do Facão
Mecânica de automóveis em geral
2006
O Predileto
Venda de gêneros alimentícios
2006
PC Pneus
Venda de pneus e serviços gerais
2006
odontopediatria,
Pharmacia Resende
2006
Pharmacia Thermas
2006
Podologia e Estética
Prédio adaptado para deficientes
Estética facial e corporal
2006
Policia Militar do Estado de Goiás
Segurança Pública
2006
Policia Militar Rodoviária do Estado
de Goiás
Fiscalização e orientação ao motorista
2006
Venda de souvenires, artigos em pedras, cristais.
2006
Venda de cartão telefônico e celular. Informações gerais de
Caldas Novas
2006
Por Amor Presentes
Possui acesso para deficientes
Posto de Cartão Telefônico
Instalações
biombos
telefônicas
separadas
por
304
ENTIDADE
Posto dos Irmãos
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
Local de embarque e desembarque e com
acesso em nível.
INVENTÁRIO
2006
Posto Petromax
2006
Posto SM
2006
Presente Gabi
Queijos do Italiano
Venda de artesanatos e pedras
Rampa de acesso.
Quick Net e Games
2006
2006
Lanchonete, bombonier, gravações de cd e dvd, e acesso a
internet
2006
Radio educadora FM- 103,5 MHz
Estúdio próprio
Assistencialismo voltado à cultura e informação social; apoio à
comunidade carente
2006
Rádio Tropical FM
Prédio próprio
Anúncio, entretenimento, utilidade pública e apoio a eventos
culturais.
2006
Real Cred
Rampa de acesso para cadeira de rodas
Empréstimo para aposentado e pensionista do INSS, servidor
público estadual e federal, e pessoa física
2006
Venda, locação e administração de imóveis.
2006
Rosangela Imóveis
Sacolão Dona Xepa
Locais de embarque e desembarque
sinalizados e com acesso em nível, rampas
de
acesso,
vagas
sinalizadas
em
estacionamento.
Safira Presentes
Acesso para portadores de necessidades
especiais
Santa Paula Imóveis
Vigilância noturna
2006
Shopping CTC
Prédio antigo com 69 salas. Não possui
acesso para portadores de necessidades
2006
2006
Venda de artesanato de pedra madeira e cerâmica
2006
305
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
especiais
Shopping Tropical
Alarme sonoro, rampa, elevador, iluminação
e boa acessibilidade
Sol de Verão
Prédio antigo. Não possui acesso para
portadores de necessidades especiais
Venda e fabricação de roupa de banho
2006
S.O.S Odonto
Rampas de acesso
Especialista em canais, restauração, limpeza e cirurgia.
2006
Speed Gomes Lan House
Rampa para cadeira de roda
Jogos de rede, internet, lanchonete
2006
Supermercado Star
Rampa de acesso a deficientes físicos,
alarme sonoro, câmara de segurança
2006
2006
Supermercado Tend Tudo
Tack Presentes
2006
Prédio antigo. Não possui acesso para
portadores de necessidades especiais
Venda de decoração
2006
Target Representações Comerciais
Empréstimos à aposentados do INSS, pensionistas e serviços
do Estado
2006
TEC Mídia Comunicação Visual
Banners, faixas, placas, painéis e plotagem de alumínio
2006
Terra Caldas Imóveis
Vendas, compras, aluguéis e administração de imóveis
2006
Prédio próprio, rampa para portadores de
necessidades especiais.
Jornalismo local, informações sobre o dia a dia de Caldas
Novas, assistencialismo cultural
2006
UEG
Laboratório de gastronomia
Cursos regulares de administração com habilitação em
hotelaria, gastronomia projeto para formação de docentes em
exercício: pedagogia, letras e matemática outros projetos:
vaga-lume (alfabetização de adultos); fazendo acontecer
laboratório AEB SAS - sistema avaliação seriado.
2006
Unicaldas
Banheiros e rampas adequadas para cadeira
de rodas
Cursos de administração, turismo, pedagogia, secretariado,
engenharia ambiental, ciências biológicas, direito, sistema de
2006
TV Caldas - A imagem da cidade
306
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
Faculdade de Caldas Novas
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
informação e ciências contábeis.
Prédio não está adaptado para receber
portadores de necessidades especiais
Atendimento para autorização de retirada de guias dos
conveniados.
2006
VJ Imóveis
Locação, vendas e administração de imóveis.
2006
Zebião
Venda de pneus e consertos em geral.
2006
Unimed (Caldas Novas)
Não atrai turistas
Total 171
Fonte: SISTUR 2009
307
ANEXO 4 – DIAGNÓSTICO - SERVIÇOS DE APOIO RIO QUENTE
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
Banco Bradesco
INVENTÁRIO
2006
Banco Itaú
Banco.
Atendimento ao turista e a comunidade local.
2006
Caminho da Vida
Fácil acesso, prédio e equipamentos em
parceria com a prefeitura de Rio Quente.
Recebemos Crianças de meses à 6 anos; Trabalho de
berçário, maternal, jardim e Jardim II. Acolhemos também
crianças com necessidades especiais.
2006
Centro Sul
Escritório na Av. Couto Magalhães n°888,
Centro Morrinhos - GO, Escritório na Rua H
n° 574 Bairro Nova Vila Caldas Novas - GO;
3 computadores, 2 impressoras, 4 mesas de
escritório, 2 armários, 1 fax, 3 máquinas
fotográficas, 1 scanner.
Furnas Centrais Elétricas; Governo de Estado de Goiás; Cia
Thermas de Rio Quente; Compleur; Governos Municipais de
outros municípios da região.
2006
Cia Thermal
Sala comercial alugada.
Voltado aos turistas.
2006
Cida Cabeleireiro
Salão Comercial.
Atende ao turista e a comunidade local.
2006
Cor e Primavera
Sala comercial, fácil acesso.
Atendimento ao turista.
2006
Correios
2006
Empório Havaianas
Sala comercial, imóvel alugado fácil acesso.
Atendimento ao turista.
2006
Emporio Perim
sala comercial própria.
Atendimento ao turista e a comunidade local.
2006
Empório Pimgo D´agua
Sala comercial própria.
Atendimento ao turista e a comunidade loca.
2006
Escola Estadual Água Quente
Quadra
de
Esportes,
retroprojetor,
laboratório de informática: computador,
escanner, 2 impressoras, máquina digital,
internet; Equipamento de som profissional,
DVD, DVD Karaoque, TV 29 Polegadas,
vídeo cassete, antena parabólica e 3
mimeografo.
Preparação Educação voltada ao ensino médio e educacional.
2006
308
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Hot e River
Sala comercial, imóvel próprio e de fácil
acesso.
Atendimento ao turista e a comunidade.
2006
Hot Shop
Sala comercial.
Atende a comunidade e turistas.
2006
Leiny Pontual
Sala comercial própria com fácil acesso.
Atendimento ao turista e a comunidade.
2006
Loja do Turista
Fácil acesso, sala comercial, próximo a
agência do correio.
Atendimento ao turista.
2006
Mewrcearia Mineiro
Sala comercial.
A comunidade local.
2006
MKÃ Supermercado
Sala comercial.
Odonto Thermas
Estabelecimento alugado com boa estrutura
física, fácil acesso e com boas condições
para receber o turista.
Atende a comunidade loca e turistas com bom atendimento
odontológico.
2006
Panificadora Rio Quente
Sala comercial
Serviços diRoma e obras em construções na Esplanada.
2006
Peg Pag Paulinho
sala comercial, alugada.
Secos e molhados, bebidas em geral.
2006
Pôr do Sol
Sala comercial.
Aos turistas
2006
Posto de Medicamentos Rio
Quente
Prédio alugado, boas instalações, fácil
acesso localizada a frente a praça municipal.
Atendimento a comunidade local e turistas com vendas de
medicamentos e perfumaria.
2006
Posto de Medicamento União
Sala comercial, abrigado.
Venda de medicamentos em geral.
2006
Preta Cabelereiros
Sala comercial.
Atendimento ao turista e local.
2006
PSF - Programa Saúde da
Família
Secretaria
Municipal
de
Educação Cultura desporto e
Lazer
2006
Comunidade local, turistas,
vacinação, planejamento familiar.
Sala comercial, várias dependências da
prefeitura.
gestantes,
Todos os serviços de apoio a Educação.
adolescentes,
2006
2006
309
ENTIDADE
EQUIP. INST. E SERVIÇOS
SERVIÇOS PRESTADOS
INVENTÁRIO
Serra Verde Cores e Formas
Sala comercial alugada, próximo da agência
dos Correios.
Atendimento ao turista e a comunidade loca.
2006
Sina Verde Minerais e Artes
Prédio comercial, aluguel, fácil acesso e
próximo ao banco Itaú.
Atendimento ao turista e a comunidade local.
2006
Supermercado Martins
Área comercial, normal.
Comércio de bebidas em geral, salgados, produtos
alimentícios, jogos, cartões telefônicos, fogos de artifício,
venda de produtos regionais: mel, guariroba, requeijão, leitoa
para assar, venda de botinas, material para festa e tabacaria.
2006
Supermercado da Loira
Sala comercial.
Atende a comunidade local e turistas.
2006
Supermercado Reis
2006
Verão Imóveis
Sala comercial, alugado.
Administração de locação de vendas de imóveis e lançamento
de incorporação.
2006
Zequinha Imóveis
Boas instalações e fácil acesso.
Administração e venda de imóveis.
2006
TOTAL
32
Fonte: SISTUR 2009
310
ANEXO 5 – DIAGNÓSTICO - SETOR DE ALIMENTAÇÃO CALDAS NOVAS
SERVIÇO/EQUIPAMENTO
ENDEREÇO
OBSERVAÇÕES
INVENTÁRIO
Náutico Bar
Praça Mestre Orlando nº 26
2007
Açaí Club
Av Antonio Coelho de Godoy
Sala 6
2006
Açaí Lanches
Av. Orcalino Santos
2006
Alquimia Mix
Dr Ciro Palmerston nº 99
2006
Bar da Joana
Rua Orozimbo C. Neto nº 234
2006
Bella Nápoles
Av Orcalino Santo nº 138
2006
Café Central
Rua Cel João Batista nº 112
2006
Café do Ponto
Rua Orcalino Santos nº 275
2006
Caramba Sorvetes
Praça Mestre Orlando
2006
Casa de Pães Quentes
rua Antônio Coelho de Godoy
2006
Cia do Pastel
Praça Mestre Orlando Qd 16
Lt 9
2006
City Pães
Rua Pedro Branco de Souza
nº 179
2006
Clarerro Sorvetes
Rua Major Vitor nº 182
2006
Clube da cachaça
Rua Cel João Batista
2006
Doce Gula
Rua Pedro Branco de Souza
nº 114
2006
Empadão Goiano
Rua Antônio Coelho de
Godoy nº 50
2006
Empório das Bebidas
Av Expedicionário Qd 14 Lt 2
2006
Espetinho Grill
Rua Dr Ciro Palmerston nº 79
Qd 20 Lt 7-B
2006
Hotel e restaurante Goiás
Av Orozimbo Correia Neto nº
588
Kaka Carne de Sol
Pça Cel Bento de Godoy Qd
7 L 1 AB Olegário Pinto
2006
Kitandella Biscoito
Rua Pedro Branco de Souza
nº 92
2006
Lanchonete e Pizzaria Sabor Natural
Rua Dr. Ciro Palmerston nº
79 Qd 20 Lt 7
2006
Lanchonete Esquinão
Av Expedicionário Qd 15 Lt 3
2006
Maná Lanches
Rua João Batista nº 35
2006
Guarda noturno
2006
311
SERVIÇO/EQUIPAMENTO
ENDEREÇO
OBSERVAÇÕES
INVENTÁRIO
Marinella Confeitaria
Rua Cel João Batista nº 135
Sala 6
2006
Natural Polpas
Av Expedicionário
2006
Panificadora Central
Praça Mestre Orlando nº 46
2006
Panificadora Serv Pão
Av. Orozimbo Correia Neto nº
312
2006
Pão de Queijo
Rua do turismo Q9 L10 Sala2
2006
Picanha na Brasa
Rua Luis José Pereira nº 241
2006
Restaurante Sabor Mineiro
Rua Olegário Pinto
2006
Sorveteria Pigelatti
Rua Cel João Batista nº 71
2006
Sucolandia
Capitão João Crisóstomo, nº
188
2006
Tribo do Guaraná
Praça Mestre Orlando Sala
10
2006
Fonte: SISTUR 2009
312
ANEXO 6- DIAGNÓSTICO - SETOR DE ALIMENTAÇÃO DE RIO QUENTE
SERVIÇO/EQUIPAMENTO
ENDEREÇO
OBSERVAÇÕES
INVENTÁRIO
Açougue Pioneiro
Avenida dos Beijas Flores
Qd. 24 Lt. 02
2006
Bar JR
Rua José Correia de
Camargo n°205
2006
Cantinho da Rainha do Queijo
Rua maranhão Qd. 11 Lt.
02
Lanchonete e sorveteria
Flamboyant
Rua Maranhão Qd. 11 Lt.
01
2006
Mercearia Rio Quente
Rua Espirito Santo n° 75
2006
Mix Panificadora Sol Nascente
Al. dos Beija Flores Qd. 25
Lt. 06
Atende a comunidade local
e turistas com venda de
produtos de confeitaria.
2006
Nonna Mia
Av. Brasil s/n Qd. 06 Lt. 06
Galeteria e Pizzaria.
2006
Restaurante Aline
Av. Angonas Qd. 05 Lt. 06
2006
Restaurante Bom Apetite
Av. José Dias Guimarães
2006
Restaurante Lisboa
Av. Brasil n 48
2006
Além de doces vendidos,
queijos, compotas e vários
outros artigos.
Sorveteria Quero mais
Av. José Dias Guimarães
Empreendimento que
atende a comunidade local
e turistas com variedades
de sorvetes.
Zero Grau
Av. José Dias Guimarães
s/n
Sorveteria que atende a
comunidade local e turistas,
instalações próprias.
2006
2006
2006
Fonte: SISTUR 2009
313
ANEXO 7 – MATRIZ FOFA - CONTRIBUIÇÕES LEVANTADAS DURANTE A OFICINA
Os quadros a seguir apresentam a transcrição das contribuições da Oficina Participativa para a construção da Matriz FOFA, nas quais não sofreram
alteração ou adequação por parte da equipe técnica.
Cenário do GRUPO 1: Produto Turístico – Visão da Comunidade.
FORÇAS:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Turismo rural;
Turismo de aventura;
Turismo náutico;
Ecoturismo;
Turismo de saúde;
Turismo religioso (potencial);
Eventos;
Ecoturismo e aventura / Serra;
Turismo náutico / Lago;
Potencial;
Turismo de saúde / tratamento das águas;
Recursos turísticos;
Artesanatos;
Diversidade de atrativos;
Potencial gastronômico;
Empreendimento hoteleiro existe preocupação gastronômica.
FRAGILIDADES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ausência de um grande centro de eventos;
A comunidade não usufrui dos atrativos;
Falta de CATs;
Turismo rural inexistente;
Sazonalidade;
Diversidade de atrativos/exploração;
Falta de calendário de eventos para a região;
Grau exploração dos atrativos;
Exploração de apenas um produto turístico;
Falta explorar o turismo terapêutico;
Falta explorar turismo de negócios;
Não há profissionais autorizados para o turismo de aventura;
Turismo aberto - poucas piscinas para a demanda;
Termino do balneário;
Gastronomia;
Falta ação de inclusão (lazer) em especial RQ;
Falta balneário municipal.
314
Cenário do GRUPO 2: Comercialização – Visão da Comunidade.
FORÇAS:
•
•
•
•
•
•
•
•
Diversidade de oferta de hospedagem;
Consolidação da hotelaria;
Mercado nacional RQ;
Trabalho isolado da hotelaria para divulgação;
Marketing boca a boca;
Competitividade;
A localização (centro do país) favorece a busca dos serviços por
habitantes das diversas regiões do país;
As águas termais da região são as mais divulgadas do país.
FRAGILIDADES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Falta de planejamento unificado para o marketing da região;
A competitividade desorganizada entre os grupos (empresas
hoteleiras);
Unificação público X privado;
Falta de estrutura para receber turistas estrangeiros;
Ausência dos órgãos gestores de turismo do governo nacional e
governo estadual e municipais;
Marketing isolado;
Divisão responsabilidades;
Marketing Polo;
Mercado nacional Caldas;
Falta recursos financeiros para marketing/publicidade;
Falta do turista estrangeiro;
Material de divulgação (falta);
No marketing;
Desvalorização dos profissionais ($);
Falta de profissionais qualificados para atender o turista
estrangeiro.
315
Cenário do GRUPO 3: Fortalecimento Institucional – Visão da Comunidade.
FORÇAS:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Lei municipal 1581/2009 03/03/09 balanço social e ambiental;
Integração do Polo/potencial;
CLV é um dos 65 municípios indutores;
Potencial turístico região;
Produto natural comum;
Proximidades dos municípios do Polo;
GEOR do turismo;
Instalações das Secretárias Municipais de Turismo;
Demanda efetiva de oferta turística UHs;
Plano diretor municipal;
Grupo de governança.
FRAGILIDADES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Falta qualificação profissional no serviço público;
Fortalecimento da gestão democrática;
Incentivos ao investimento;
Integração do Polo – realidade;
Descontinuidade de políticas;
Legislação;
Coronelismo;
Disputa pela contribuição para desenvolvimento do turismo;
Falta credibilidade (força) para COMTUR e CODEMA;
Educação com falhas na formação de técnicos;
Falta legislação para ordenamento da exploração turística;
Gestão do turismo;
Gestão pública;
Ausência de legislação de incentivo governos FED./EST./MUN.;
Reativação do CDU conselho de desenvolvimento urbano;
Falta aplicação código posturas;
Falta planejamento integrado do turismo regional;
Falta legislação para ordenamento (demanda);
Administração pública;
Falta de integração;
Falta plano diretor para turismo;
Não cumprimento.
316
Cenário do GRUPO 4: Infraestrutura e Serviços Básicos – Visão da Comunidade.
FORÇAS:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Transporte urbano Caldas Novas;
Turístico – iluminação pública;
Sistema de comunicação;
Vários acessos rodoviários;
Localização geográfica do Polo;
Aeroporto;
Melhorias sinalização de trânsito horizontal;
Projeto acessibilidade;
Projeto aprovado lixeiras públicas.
FRAGILIDADES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Poucos telefones públicos;
Ausência de lixeiras;
Transporte urbano caldas novas;
Acesso rodoviário Morrinhos/RQ/Caldas Novas duplicação;
Hospitalidade;
Segurança;
Calçadas inadequadas e invadidas;
Meios de comunicação partidários;
Sinalização secundária, terciária;
Falta área de lazer pública;
Lixão – lugar inadequado;
Insuficiência de energia elétrica;
Falta de aplicação do plano diretor;
Iluminação Bairros Novos – falta deficiência no atendimento da
população local;
Falta coleta seletiva;
Destino final adequado do lixo e entulho;
Saúde;
Acessibilidade;
Lixo;
Bairro – iluminação pública;
Água;
Drenagem pluvial;
Esgoto;
Transporte urbano rio quente;
Falta melhoria para o pedestre;
Acessibilidade para portadores de necessidades especiais;
Falta qualidade no fornecimento de internet.
317
Cenário do GRUPO 5: Gestão Ambiental – Visão da Comunidade.
FORÇAS:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Secretarias de meio ambiente;
Código do meio ambiente municipal;
ADESCAN;
Gestão Ambiental - Rio Quente – Resat;
CREA;
UEG/ UNICALDAS (I.E.S);
Projeto Tom e Iza;
AMAT;
Controle de DNPM;
PESCAN.
FRAGILIDADES:
•
•
•
•
•
•
•
•
Educação ambiental;
Definição de direitos e deveres dos municípios;
Ocupação desordena nas margens de córregos, rios e lagos;
Uso e ocupação do solo;
Doação áreas públicas/área verde;
Gestão ambiental Caldas;
Recursos hídricos e meio ambiente;
Programas ambientais;
FRAGILIDADES (continuação):
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Falta política pública e leis de regulamentação;
Meio ambiente / Impacto Ambiental;
Saúde;
Fiscalização ambiental precária;
COMDEMA desmoralizado;
Falta parceria concreta com o PESCAN;
Inobservância ao Plano Diretor;
Jardinagem nos canteiros públicos;
Erosão na área urbana;
Não há coleta seletiva;
Falta de projeto de educação ambiental;
Arborização insuficiente;
Falta de lixeiras no centro “turístico”;
Lixão, lixo sem tratamento;
Falta qualificação e interesse para o comercio em geral;
Falta estruturar PESCAN falta de incentivo gestão para o
turismo;
Política educação ambiental e turística nas escolas;
Falta gestão sustentável dos recursos naturais/PESCAN;
Falta integração no sistema de turismo na região;
Saneamento básico insuficiente;
Falta valorização do profissional do turismo;
Excesso de imigrantes;
Pedintes;
318
Cenário Externo - Visão da Comunidade
OPORTUNIDADES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Aculturamento agregar valor a cultura local;
Desenvolvimento regional;
SESI – colônia de férias;
Feiras e eventos na área do turismo;
SENAC – centro formação;
Salão turismo SP;
Duplicação GO139;
PRODETUR – linha de financiamento;
Presença de empresas indutoras de turismo;
SEBRAE GO – empório do artesanato;
M.TUR+SEBRAE – regionalização do turismo;
Copa mundo Brasília;
Qualificação do produto gestão, gestão + atendimento;
PDITS;
Redução do ICMS do combustível aeronave;
Voos regulares aeroporto;
UNIP UEG UNICALDAS.
AMEAÇAS:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Qualidade do transporte municipal;
Segurança drogas, turismo sexual, exploração infantil;
Trafico de armas;
Investimentos não melhoram a qualidade de vida;
Faltam voos regulares;
Falta de fiscalização no cumprimento da lei federal e
estadual;
Demanda turística maior do que a capacidade do produto
turístico;
Capacidade de carga;
Doenças epidemiológicas;
Aculturamento;
Degradação meio ambiente;
Colapso da Infraestrutura pela falta de investimento;
Falta de iniciativa para criação de unidades de conservação;
Estabelecer relação aeroportos/voos regulares;
Falta de recursos para financiamento da gestão.
319
ANEXO 8 – PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES
METODOLOGIA DE PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES
O método aplicado durante o Seminário de Priorização das ações consistiu na
apresentação das ações pensadas pela consultoria com base no diagnóstico,
momento em que os participantes atribuíram prioridade 01, 02 ou 03, para cada ação
exposta, representadas respectivamente pelas cores vermelha, verde e amarela. Cada
participante teve direito a três votos em cada prioridade (01, 02 ou 03). O que resultou
em uma situação onde cada ação recebeu certo número de indicativas de prioridades
de 01 a 03.
Neste contexto, para efeito de priorização embasada restritamente ao colocado no
seminário, contabiliza-se para cada ação a quantidade de indicativas em cada uma
das três prioridades a fim de se definir três grupos prioritários.
A classificação em graus de prioridade foi baseada em número de expressões
recebidas e correspondente ordem de importância, analisando a média ponderada da
quantidade de votos em cada prioridade definiu-se três níveis de importância em que
as ações serão agrupadas.
GRUPO PRIORIDADE 01
Serão alocadas neste grupo as ações que receberam mais votos vermelhos
(prioridade 01). Sendo que se considera a nota máxima nove, maior número de votos
vermelhos. Assim, comporão este grupo as ações que receberam quantidade igual ou
superior a 1/3 da nota máxima de votos vermelhos, ou seja, ações que receberam 3
ou mais votos prioridade 01, segundo a tabela apresentada abaixo.
GRUPO PRIORIDADE 02
Serão alocadas neste grupo todas as ações que receberam qualquer quantidade de
votos em qualquer cor ou prioridade, excluindo-se as já definidas como prioridade 01,
segundo a tabela abaixo.
GRUPO PRIORIDADE 03
Serão alocadas neste grupo todas as ações que não receberam nenhum voto,
segundo a tabela abaixo.
320
321
ANEXO 9 – REGISTROS DOS EVENTOS PARTICIPATIVOS
1ª SEMINÁRIO - 07 e 08/08/2009 – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
322
323
324
325
326
327
328
2ª SEMINÁRIO – 22/09/2009 – ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍRTICO
329
330
331
332
3ª SEMINÁRIO – 08/10/2009 – PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES
333
334
335
336
AUDIÊNCIA PÚBLICA - 22/01/2010
337
338
339
AUDIÊNCIA PÚBLICA FINAL – 21/06/2012
340
341
TECHNUM Consultoria SS
SHIS QI 9 – Bloco D – Sala 203 – Comércio Local
Lago Sul – Brasília
CEP 71.625-009 DF
[61] 3364.0087
CREA 5307/RF
www.technum.com.br
[email protected]
342