FRANCISCO APONTA LIÇÃO DA AMÉRICA PARA O VELHO

Transcrição

FRANCISCO APONTA LIÇÃO DA AMÉRICA PARA O VELHO
AGOSTO 2015
LAUDATO SI’: “SOBRE O CUIDADO DA
CASA COMUM”
Laudato Si’ (louvado sejas) é o título da encíclica do
Papa Francisco, cujo subtítulo – “sobre o cuidado da casa
comum” – indica que o assunto é ecologia e preservação
do Planeta Terra. Uma longa introdução precede os seis
capítulos.
Da citação poética do cântico de Francisco de Assis,
“louvado sejas, meu Senhor pela mãe e irmã terra, que
produz frutos e flores coloridas”, passa logo à veemente
denúncia “do uso irresponsável e do abuso dos bens” da
Terra e dos “sintomas de doença que notamos no solo, na
água, no ar e nos seres vivos”.
O Papa reflete, com base
no evangelho, sobre o que está
acontecendo com a Terra, maltratada e depauperada. É necessário ir às causas, chamando
a atenção para “as raízes éticas
e espirituais dos problemas
ambientais”. Afirma que a raiz
da crise é antropológica, aponta a urgência de uma ecologia
integral, delineia orientações de como agir e vislumbra
como saída a educação e a espiritualidade.
Refere-se a Francisco de Assis como modelo de alegria e amor aos pobres, “um místico e um peregrino que
vivia com simplicidade e harmonia com Deus, com os
outros, com a natureza e consigo mesmo”. O santo de Assis ensina que da natureza se aproxima com admiração e
encanto, com a linguagem da fraternidade, da beleza e do
louvor ao criador.
Reporta-se aos seus predecessores, os quais já falam “da necessidade urgente de uma mudança radical
no comportamento da humanidade” (Paulo VI, 1970),
isto é, de mudanças profundas “nos estilos de vida, nos
modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder, que hoje regem as sociedades (João
Paulo II, 1991).
Dirigindo-se “a cada pessoa que habita neste planeta”, o Papa quer “entrar em diálogo com todos acerca da
nossa casa comum”. O Papa deseja “unir toda a família
humana na busca de um desenvolvimento sustentável e
integral”. Conclama a uma “nova solidariedade universal”. Poe a pergunta sobre o tipo de mundo que queremos
deixar para as gerações futuras.
Elenca os “eixos” que percorrem a encíclica: a relação íntima
entre os pobres e a fragilidade
do planeta, a convicção de que
tudo está interligado no mundo,
a crítica ao princípio tecnocrata
de poder, a necessidade de nova
compreensão da economia e do
progresso, o sentido humano da
ecologia, a responsabilidade política e a proposta de um novo estilo de vida.
Vale à pena aprofundar o sentido e o alcance dessa
mensagem, em vista de um futuro pautado pela harmonia entre natureza humana e ambiental. Harmonia também entre estratégias organizacionais e princípios morais
que devem reger a convivência entre os seres humanos.
Assim começa a encíclica; pode começar também um
novo compromisso envolvendo as pessoas de boa vontade.
Dom Pedro Luiz Stringhini
Mogi das Cruzes, 09 de julho de 2015
ANO 24
N° 287
CNBB ANUNCIA 2015 COMO
O ANO DA PAZ
CNBB proclamou o ano de 2015 como o Ano da
Paz, sendo este um período direcionado à reflexões,
orações e ações sociais, que se estenderá até o Natal.
A respeito desse assunto, o bispo auxiliar de Brasília e Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, descreve no texto-base do Ano da Paz que o grito
silencioso de paz, intitulado “Somos da Paz”, “se eleva
frente à violência crescente em todos os níveis”.
De acordo com o prelado, o intuito desta ação é de
superar as múltiplas formas de violência que agridem
a dignidade dos
filhos e filhas de
Deus, despertando
assim a convivência fraterna entre
as pessoas.
Recentemente, a Igreja no Brasil vem mostrando
uma série de ações
e atividades a serem realizadas neste ano, entre elas, a
Caminhada pela Paz.
A CNBB sugere às arquidioceses, dioceses e prelazias para que seja celebrada ainda a festa de São Francisco de Assis, em 4 de outubro, tendo como base a
temática proposta pelo Ano da Paz.
Nesse sentido, todas as comunidades devem realizar uma caminhada demonstrando que a paz é possível.
FRANCISCO APONTA LIÇÃO DA AMÉRICA PARA O VELHO CONTINENTE
No encontro do Pontífice com os jornalistas, durante a viagem de retorno da última viagem do Papa
à América do Sul, a população jovem e o crescimento
demográfico foram usados por Francisco como indicadores para europeus que, nesse sentido, eles invertam a atual direção e não tenham medo da juventude.
Para o Papa, o Velho Continente, que perdeu o
valor da juventude, que deixou de gerar filhos e fazer o
futuro precisa de ajuda. E essa ajuda pode vir do povo
e da Igreja da América Latina.
Francisco oferece a sua chave de leitura aos jornalistas através da Sua experiência vivida em solo latino-americano. E enaltece países como o Paraguai, citado pelo Pontífice, por ter acima de 70% da população
com menos de 40 anos.
O Papa Francisco ficou maravilhado com tamanha participação do povo, de todas as idades, por todo
lugar que passava o papamóvel ou celebrava uma missa.
Sobretudo, ele ficou impressionado com a quantidade de crianças vistas pelas ruas do Equador, Bolívia
e Paraguai:
“Digo uma coisa que me surpreendeu muito. Em
todos os três países, todos três, por longas ruas tinham
pais e mães com as crianças; mostravam as crianças.
Nunca vi tanta criança, tanta criança! É um povo -e
também a Igreja é assim- que é uma lição para nós,
para a Europa, onde a diminuição dos nascimentos assusta um pouco, e também as políticas para ajudar as
famílias numerosas são poucas.”
O Santo Padre fez menção, então, a alguns países
que sofrem com a baixa natalidade na Europa. E falou
também da França, “que tem uma boa política para
ajudar as famílias numerosas e chegou, eu acredito,
a mais de 2% de nascimentos, enquanto outros estão
próximos a zero”, disse.
As palavras do Papa vieram de encontro a um estudo divulgado em maio deste ano pelo Instituto de
Economia Internacional de Hamburgo, em parceria
com a consultoria BDO: a Alemanha tem a menor taxa
de natalidade do mundo. E, analisando os países europeus, vem seguida por Portugal e pela própria Itália.
A pesquisa mostra que, nos últimos cinco anos,
nasceram uma média de 8.2 crianças alemãs por mil
habitantes, 9 portuguesas e 9.3 italianas por mil habitantes.
O Papa disse: “A riqueza desse povo e dessa Igreja
é que se trata de uma Igreja viva. É uma riqueza, uma
Igreja de vida. Isso é importante. Acredito que nós devemos aprender deles e corrigir, porque, ao contrário,
se não vêm os filhos...
É isso que me impressiona muito sobre o ‘descarte’: descartam-se as crianças, descartam-se os idosos,
com a falta de trabalho os jovens são descartados... Por
isso os povos novos, os povos jovens nos dão mais força. Para a Igreja, que diria uma Igreja jovem -com seus
tantos problemas, porque têm seus problemas- acredito que essa seja a mensagem que eu encontro: não ter
medo dessa juventude e desse frescor da Igreja.”
A Caminho
CURIA DIOCESANA DE
MOGI DAS CRUZES
DIOCESE DE MOGI DAS CRUZES
Cúria diocesana
Rua Ipiranga, 1469 – Vila Santista – Mogi das Cruzes SP
– CEP.: 08730-000
Caixa Postal: 400 - CEP: 08710-971
PABX: (11) 4724-9734
[email protected]; diocesedemogiadm@
uol.com.br
“A cúria diocesana consta dos organismos e pessoas que
ajudam o Bispo no governo de toda a diocese, principalmente na direção da ação pastoral, no cuidado da administração da diocese e no exercício do poder judiciário”
(cân. 469).
PE. VIGÁRIO GERAL (VICARIUS GENERALIS):
ANTONIO ROBSON GONÇALVES, MSJ
“Em cada diocese deve ser constituído pelo Bispo
diocesano o Vigário Geral que, com poder ordinário,
de acordo com os cânones 477 § 1 e 2, 478 § 1 e 2, 479
§ 1, 2, 3, 480, 481 § 1 e 2, o ajude no governo de toda a
diocese.”Cân 475 § 1.
ECÔNOMO DIOCESANO (OECONOMUS DIOECESANUS): PE LEANDRO MACHADO SILVESTRE
Ecônomo Adjunto: Pe. Luis Alberto Hidalgo
“É o administrador dos bens da diocese, sob a autoridade do Bispo. Deve ser perito nas coisas econômicas e de
comprovada honradez”.
CHANCELER (CANCELLARIUS CURIAE DIOCESANAE): PE. JOÃO BATISTA RAMOS MOTTA
“Tem por função, salvo determinação diversa do direito
particular, cuidar que os atos da cúria sejam redigidos e
despachados, bem como sejam guardados no arquivo da
cúria. Pode-se dar ao chanceler um auxiliar com o nome
de vice-chanceler. Ambos são, por direito, notários e
secretários da cúria” (cân. 482).
COMISSÃO DIOCESANA DOS BENS CULTURAIS
DA IGREJA
Presidente: Dom Pedro Luiz Stringhini
Coordenador: Pe. Antonio Carlos Fernandes
Membros:
Diac. Nivaldo França de Medeiros
Sra. Cícera Thadeu dos Santos
Sra. Maria Iracema dos Santos
FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO
VI
Av. Francisco Rodrigues Filho, 248 – Mogilar
08773-380 – Mogi das Cruzes
São Paulo – Brasil
Cx. Postal 400 / 08710-971
CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL
e-mail: [email protected]
Coordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Ademir Andrade de Sá
JORNAL A CAMINHO
Expediente
Diretor Geral: Dom Pedro Luiz Stringhini
Bispo diocesano
Jornalista Responsável: Pe. Carmine Mosca
(MTB: 71365/SP)
Diretor: Pe. Fábio Aloísio Almeida
Contatos pelo tel: 4747-4672 ou pelo
email: [email protected]
2
AGOSTO 2015
PAPA
FRANCISCO REFLETE SOBRE AS FERIDAS QUE SURGEM
NO CONVÍVIO FAMILIAR
Quarta-feira, XII semana do tempo comum, Festa
de São João Batista: com o céu nublado na capital italiana, o Papa concedeu a sua última Audiência Geral das
Quartas-feiras, antes de suas férias de verão, previstas
para o mês de julho.
Com dezenas de milhares de pessoas lotando a
Praça São Pedro, o Pontífice prosseguiu com o tema das
Famílias que ele tem desenvolvido em suas últimas catequeses.
Francisco refletiu sobre as feridas que surgem
no âmbito da convivência,
“quando a família machuca a
si mesma”... que é “a pior coisa! “: “Palavras, ações e omissões que, em vez de exprimir
amor, corroem-no e mortificam-no”: disse o Papa.
Feridas,
prepotência,
hostilidade e desprezo
O Papa advertiu que
“quando as feridas são subestimadas, acabam degenerando, se transformam em
prepotência, hostilidade e desprezo. O esvaziamento do
amor conjugal gera ressentimentos e a desagregação do
casal recai sobre os filhos”.
“Quando os adultos perdem cabeça, quando cada
um pensa apenas em si mesmo, quando o pai e a mãe se
agridem, a alma dos filhos sofre imensamente, sentem-se desesperados. E nós? Não obstante a nossa sensibilidade, tão evoluída, parece que ficamos anestesiados
diante das feridas profundas nas almas das crianças”,
reflexionou Francisco.
Uma só carne e o escândalo dos pequeninos
Ele continuou afirmando que “na família, tudo está
interligado. Quando um homem e uma mulher, que se
comprometeram a ser ‘uma só carne’ e formar uma família, pensam obsessivamente nas próprias exigências
de liberdade e gratificação, esta distorção fere profundamente o coração e a vida dos filhos”.
“Temos que entender bem isso: o marido e a mulher são uma só carne; mas as suas criaturas são carne
da sua carne. Quando se pensa na dura advertência que
Jesus fez aos adultos para não escandalizarem os pequeninos, pode-se compreender melhor a sua palavra
sobre a grave responsabilidade de salvaguardar o vínculo conjugal que dá início
à família humana. Quando
o homem e a mulher se tornam uma só carne, todas as
feridas e todo o abandono
do pai e da mãe incidem na
carne viva dos filhos”.
Há ressalvas?
O Papa fez uma ressalva: “Há casos em que a separação é inevitável; às vezes pode se tornar até moralmente necessária, quando
se fala de salvar o cônjuge mais frágil, ou filhos pequenos, de feridas causadas pela prepotência e a violência,
das humilhações e da exploração, da indiferença”.
Oração
Depois de destacar a questão do acompanhamento pastoral que foi por ele muito sublinhado no âmbito
dos debates do Sínodo Extraordinário sobre a Família,
no próximo encontro sinodal, em outubro, o Papa convidou a que todos rezassem:
“Peçamos à Virgem Maria que interceda por nossas famílias, especialmente pelas que passam por dificuldades, para que saibam superar e sanar sempre as
feridas que causam divisão e amargura”.
EPISCOPADO
DOM EDUARDO PINHEIRO É EMPOSSADO
COMO NOVO BISPO DE DIOCESE PAULISTA
NOVOS BISPOS PARA O BRASIL SÃO
ANUNCIADOS PELO PAPA
A Catedral de Nossa Senhora do
Carmo, em Jaboticabal, interior de São
Paulo, acolheu a celebração eucarística
de posse do mais novo bispo diocesano,
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, no domingo, 21 de junho.
Nomeado pelo Papa Francisco no
último dia 22 de abril como bispo de Jaboticabal, Dom Eduardo, pertencente à
Congregação dos Salesianos de Dom Bosco, foi transferido
da sede titular de “Gisipa” e do ofício de bispo auxiliar da arquidiocese de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde
exercia seu pastoreio desde 2005.
O Papa Francisco nomeou
dois novos bispos para a Igreja
no Brasil, na quinta-feira, 24 de
junho. O primeiro, para a Diocese de Bom Jesus da Lapa, na
Bahia, e o segundo para a Diocese de Blumenau, em Santa
Catarina.
O prelado de Bom Jesus da Lapa, Dom João Santos
Cardoso, transferindo da sede episcopal de São Raimundo Nonato, no Piauí, onde estava desde 2012, tem como
lema episcopal “Naquele que me fortalece”. Nascido na
cidade baiana de Dário Meira, foi ordenado bispo em 12
de fevereiro de 2012.
Atualmente, além de possuir mestrado e doutorado
em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, é o
bispo responsável pela Pastoral para a Cultura e Educação
do regional Nordeste 4 da CNBB.
Por sua vez, Dom Rafael
Biernaski, novo bispo de Blumenau, deixou o ofício de auxiliar
da Arquidiocese de Curitiba.
Oriundo da capital paranaense, foi ordenado bispo em 15 de
abril de 2010, tendo escolhido
como lema “Enviou-me para evangelizar”.
Hoje, mestre e doutor em Teologia Dogmática pela
Pontifícia Universidade Gregoriana, também já teve passagem pela Congregação para os Bispos do Vaticano.
DIOCESE CEARENSE TEM NOVO BISPO
Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos
foi nomeado na quarta-feira, 8 de julho, pelo
Papa Francisco, como novo bispo da Diocese
de Sobral, no Ceará, sendo assim transferido
da sede titular de “Canapio” e do ofício de auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza.
Nascido em Garanhuns, no Pernambuco, estudou Filosofia e Teologia na Faculdade Nossa Senhora
da Assunção, em São Paulo. Depois, seguiu seus estudos no
Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma, onde obteve diploma de mestrado em Teologia Patrística e História da Teologia
pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Mais tardem em dezembro de 1989, oi ordenado presbítero, e depois, em junho de 2012, recebeu sua ordenação episcopal.
A Caminho
DIOCESE
NOVOS PADRES E NOVAS
PARÓQUIAS
BISPO DIOCESANO
A Diocese de Mogi das Cruzes segue brilhante, confiante, sorridente e ansiosa pela ordenação de novos padres e pela criação de novas paróquias.
Faltam poucos dias para a Ordenação sacerdotal de
6 diáconos que já estão caminhando, cantando e rezando
junto ao povo nas Comunidades.
A começar do 1º de agosto, poderão celebrar a Eucaristia, revigorando ainda mais, a fé dos fiéis.
O povo fará uma grande festa e acolherá os novos
sacerdotes, com tantos bem-vindos, cheios de carinho e
ternura.
Os padres com mais tempo de Sacerdócio vem abrilhantando a vida paroquial e diocesana com suas lutas e
sacrifícios, às vezes carregando derrotas e frustrações e
também tantos bons frutos. Os novos padres, estarão engatinhando na caminhada paroquial, com igual processo
de lutas e conquistas, sofrimento e sacrifício.
Estarão carregando, algumas vezes, a dor amarga
da derrota e em outras vezes, brilharão sorridentes pelas
conquistas alcançadas.
A criação
de novas paróquias, nas periferias e nos
bairros
mais
distantes
do
centro urbano,
marcam a vitalidade e o dinamismo da Igreja católica no
meio do povo
e traz novidades pastorais na
vida das Comunidades.
O
Bispo diocesano,
Dom
Pedro
Luiz, não esconde nos sorrisos e nos discursos, a grande
preocupação pelo povo e pelas comunidades das periferias, que durante a semana ou por algumas semanas, ficam sem Missa e sem a presença dos padres.
É atrevida, a iniciativa de criar novas paróquias, mas
é próprio, estando com o pobre na favela, com os pequenos e humildes e sobretudo, a moradia do padre ser no
bairro, é o que torna mais visível a presença da Igreja e
forma o espírito missionário do Sacerdote.
A Diocese de Mogi das Cruzes, traz a imagem de um
corpo em criação.
Há membros novos, leigos, agentes de pastorais, padres e seminaristas, recém acolhidos na diocese ou nas
paróquias, que vêm aprimorando a vocação cristã, o estilo pastoral, ou a natureza sacerdotal. Há membros mais
antigos. Semeadores mais experientes, que vêm ampliando sempre mais as dimensões da vida pastoral e evangelizadora.
As novas paróquias, quase 20 em apenas 3 anos, estão pondo-se a caminho para fazer história na Diocese de
Mogi das Cruzes, utilizando as experiências, adquiridas
durante os muitos anos que viveram vinculadas à Matriz.
Sigamos e avancemos juntos, anunciando a todos a
Boa Nova do Reino, sonhando com o que há de vir de
belo, de bênçãos e de frutos novos.
Já provamos e sabemos que Cristo está sempre ali...
adiante. Que a sua voz encontre eco no coração de cada
um de nós, em toda a Igreja e em todos os ambientes.
Somos discípulos do Senhor do Universo, o Ungido
do Pai, portador da salvação eterna.
No sábado, dia 11,
às 9h, o bispo diocesano, Dom Pedro Luiz
Stringhini, fez a apresentação oficial para a
Diocese de Mogi das
Cruzes da Encíclica
“Laudato Si, sobre o
cuidado da casa comum”, do Papa Francisco.
A palestra será na
Câmara Municipal de
Mogi das Cruzes, localizada à Avenida Vereador Narciso Yague
Guimarães, 381 – Centro Cívico – Mogi das Cruzes/
SP.
Encíclica é uma carta, uma circular que o Papa
envia a todos os bispos do mundo católico, sobre um
determinado assunto que deseja a atenção e é uma
orientação. “Laudato si” (Louvado Seja) é última carta
do Papa Francisco e foi divulgada, oficialmente, no dia
18 de junho, e mostra a preocupação do Sumo Pontífice com o meio ambiente, que é um dom de Deus, é a
casa do ser humano, e deve ser cuidada com zelo.
O nome foi inspirado no “Cântico das Criaturas”,
Pe. Carmine Mosca ( [email protected])
3
AGOSTO 2015
BISPO DIOCESANO FAZ APRESENTAÇÃO SOBRE A CARTA
DO PAPA FRANCISCO, “LAUDATO SI”
de São Francisco de Assis, santo conhecido mundialmente pelo amor aos animais e a natureza.
“Laudato si” faz um diagnóstico minucioso dos
males do planeta: poluição, mudanças climáticas, desaparecimento da biodiversidade, débito ecológico
entre o Norte e o Sul do mundo, antropocentrismo,
predomínio da tecnocracia e da finança que leva a salvar os bancos em detrimento da população, propriedade privada não subordinada ao destino universal
dos bens.
“Sobre tudo isto parece prevalecer uma cultura do
descartável, usa e deixa fora, algo que leva a explorar
as crianças, a abandonar os idosos, a reduzir os outros
à escravidão, a praticar o comércio dos diamantes de
sangue. É a mesma lógica de muitas máfias”, escreve o
Sumo Pontífice. Também, o Santo Padre pede o investimento na formação para uma ecologia integral, e que
o cuidado começa em nós, está em pequenos gestos,
como por exemplo, não desperdiçar água e alimento,
e agasalhar-se mais antes de ligar o aquecedor, entre
outros.
A apresentação da Encíclica faz parte do cronograma da Pastoral da Ecologia e Meio Ambiente da
Diocese de Mogi Das Cruzes.
Encíclica que trata sobre o meio ambiente foi
divulgada no dia 18 de junho
MOVIMENTOS
MÃE PEREGRINA: SINAL DA IGREJA QUE VAI
AO ENCONTRO DA FÉ
Karen Bueno – Todos os anos o Santuário de Atibaia/SP recebe a visita de Dom Pedro Luiz Stringhini para
acompanhar seu povo – atualmente da Diocese de Mogi
das Cruzes/SP – durante o dia de peregrinação. Já é rotina:
o bispo chega cedo, toma café, cumprimenta todos, interage com as pessoas para, assim, começar a programação.
Desde a manhã até o final do dia, Dom Pedro participa e conduz a romaria, traduzindo na prática as palavras
do Papa Francisco: “pastor com cheiro de ovelha”. Pelas
palavras e gestos, é perceptível a confiança e clareza que
ele traz sobre o Movimento Apostólico de Schoenstatt, em
especial sobre a Campanha da Mãe Peregrina. “Há 14 anos
fui ordenado Bispo e há 14 anos visito Santuário anualmente”, diz para o povo reunido neste domingo no Santuário. Por todas as diocese que Dom Stringhini passa, a Obra
do Pe. José Kentenich cresce e ganha vida.
O segredo dessa confiança está na compreensão de
como a Mãe Três Vezes Admirável abre as portas de tantos
lares levando Jesus para as famílias, especialmente àquelas que estão afastadas da Igreja. Acompanhe a entrevista
com o bispo diocesano de Mogi das Cruzes, falando sobre
a missionariedade de Schoenstatt:
Qual foi seu primeiro contato com o Movimento
Apostólico de Schoenstatt?
Desde que me tornei padre sempre conheci, mas
acompanhei mais de perto depois, já como bispo diocesano. Primeiro como bispo auxiliar em São Paulo/SP, durante os oito anos que fiquei à frente da Região Episcopal
Belém, depois três anos na Diocese de Franca/SP e agora
três anos na Diocese de Mogi das Cruzes/SP.
Que aspecto da nossa espiritualidade, da nossa pedagogia, o senhor destacaria?
Em primeiro, a devoção a Nossa Senhora. Maria visita
as casas e, portanto, abençoa e reúne as famílias. A Mãe
vai ao encontro de tantas pessoas afastadas, ou seja, é a
Igreja indo ao encontro dessas pessoas por meio de Nossa
Senhora. Às vezes, a comunidade sozinha não consegue
chegar àqueles que estão distantes da Igreja, mas com a intercessão, com a presença, com o auxílio da Mãe Peregrina,
consegue atingir muita gente. Assim, trata-se de um Movimento mariano, um Movimento de espiritualidade que
leva o Cristo, um Movimento missionário.
Em que a Campanha da Mãe Peregrina contribui com
a vida na sua Diocese?
Ela contribui no encontro entre as pessoas, especialmente na recuperação daquelas que estão mais afastadas
da Igreja e que são acolhidas por sua visita. A Campanha
serve tanto para atrair os que estão afastados, como para
alimentar a espiritualidade dos que já estão inseridos na
comunidade, tornando-os missionários.
Cada diocese, por meio de seus missionários e coordenadores, dá sua pequena contribuição para que o Movimento cresça no mundo inteiro. De nossa parte, queremos caminhar juntos, queremos contribuir. A Diocese de
Mogi das Cruzes gostaria, uma vez que esse Movimento
contribui tanto para a vida na Igreja, de colaborar para que
Schoenstatt como um todo, que é mundial, cresça e possa
cumprir sua missão.
O que o senhor, como pastor desse rebanho, espera de
nossa parte como Família de Schoenstatt?
Espero que continuem nos acolhendo como fazem
sempre no dia-a-dia, mas especialmente nessa grande peregrinação que acontece a cada ano. Para nós, esse momento é uma grande bênção, um grande testemunho de todo o
Movimento, tanto da parte das Irmãs de Maria como dos
leigos e consagrados.
A Caminho
PASTORAL CARCERÁRIA
MAIS UM ENCONTRO NA FUNDAÇÃO CASA...
Ferraz de Vasconcelos, 17 de junho de 2015, aproximadamente 20 horas. Fundação CASA, Casa 2.
A pastoral do menor entra para mais um encontro
e passa pela tradicional e necessária revista na portaria.
Após a liberação da diretoria, entramos.
Passamos primeiro pela gaiola, depois uma porta
grande e, em seguida uma grande e mais uma porta de
aço bem resistente e entramos na sala.
Fazemos o círculo e esperamos os jovens chegarem.
Um a um eles vão chegando e nos cumprimentando.
Hoje veio bastante, total de 34 jovens presentes e mais
uns 02 que entraram e saíram. Talvez o maior número
já reunido para um encontro de quarta-feira. Acho que
só tivemos número superior quando realizamos o DNJ
(Dia Nacional da Juventude) nos anos anteriores e todos os jovens da unidade estavam presentes. Mas vamos
começar o encontro. A proposta deste dia, era falar um
pouco de cada um, como por exemplo, Cidade onde
mora, com quem mora; se tem irmão, irmãs, filhos, pai
e mãe; se já foi a alguma igreja; se tem algum parente
preso; se é a primeira internação e a quanto tempo está
internado. Cantamos uma música e conversamos um
pouco sobre quem é cada um deles.
Dos 34 jovens presentes:
- 9 nunca foram a uma igreja;
- 2 já foram uma única vez na católica com algum
membro da família;
- 23 já foram uma ou das vezes em alguma igreja
protestante (Assembleia e universal foram as mais citadas dentre outras) com algum membro da família;
- 33 têm irmãos (ãs) e 1 é filho único;
- 9 têm pai e mãe que moram juntos;
- 13 não moram ou não tem contato com a mãe
(dentre estes 2 já possuem companheiras e vive com
elas);
- 25 não moram ou não tem contato com o pai
(dentre estes alguns demostraram que o pai não tem
nenhuma importância para a vida dele, inclusive alguns
odeiam os pais. Outros tem o pai preso);
- 20 têm algum parente preso (pai, mãe, irmão,
irmã, primo, tios, etc.);
- 30 estão na primeira internação e o tempo de cada
um é muito diferente, pois tem gente que está na primeira semana e gente que está a um ano.
Depois de fazer esses levantamentos, que na verdade é muito importante para nossa missão dentro da unidade, visto que isso direciona um pouco dos nossos trabalhos e também é importante para conhecer cada um
destes jovens que passam por nossas vidas, o Diácono
Eduardo leu o Evangelho de Marcos 4, 26-34, e fizemos
uma breve partilha. Em seguida, fizemos a oração do Pai
Nosso e da Ave Maria e encerramos com a Sinal da Cruz
seguido pelo abraço da Paz. Saímos pelo mesmo lugar
que entramos, mas com o coração cheio, depois de tão
belo momento. Cristo esteve conosco.
ATUALIDADE
DOM OTACÍLIO LUZIANO DA SILVA É O NOVO BISPO
REFERENCIAL DA PASTORAL CARCERÁRIA
A Pastoral Carcerária Nacional tem
um novo bispo referencial: Dom Otacílio
Luziano da Silva, 60,
bispo de Catanduva
(SP), que foi designado para a função durante a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), realizada em abril, em Aparecida
(SP), e oficializado no cargo na segunda-feira, 13 de julho.
Dom Otacílio substituirá a Dom Pedro Luiz Stringhini, atual bispo de Mogi das Cruzes, que por 14 anos esteve
como referencial da Pastoral Carcerária.
Nascido em Maracaí, no interior paulista, Dom Otacílio foi ordenado padre, em 1987, na Diocese de Assis, eleito
bispo de Catanduva em outubro de 2009, tendo recebido
ordenação episcopal em dezembro do mesmo ano. Tomou
posse no dia 17 de janeiro de 2010.
Dom Otacílio já exercia a função de bispo referencial
da Pastoral Carcerária no Regional Sul 1 da CNBB (São
Paulo) e em 2014 teve destacado empenho para que o governador do Estado sancionasse a lei que proíbe a revista
vexatória nas unidades prisionais paulistas.
Expectativas e desafios
Segundo Dom Otacílio, ser escolhido bispo referencial
da Pastoral Carcerária Nacional “é um grande desafio por se
tratar de uma pastoral que tem a missão de trabalhar com
pessoas mais excluídas de nossa sociedade, pessoas que a
sociedade sente medo, alimenta desejo de vingança, quer
ver longe de seus caminhos. No entanto, esse desafio temos
que enfrentar e ver na pessoa do preso a própria pessoa de
Jesus de Cristo. Porém, esse contato exige dos agentes da
4
AGOSTO 2015
Pastoral Carcerária atitudes que vão além da mera compaixão, pois é necessário fazer com que a pessoa encarcerada
reconheça seu erro e busque caminhos de conversão, de libertação. E isso só será possível através de Jesus Cristo”.
Dom Otacílio considera que a Pastoral Carcerária
pode aprimorar ainda mais a busca da defesa dos direitos do
encarcerado, “que no Brasil significa os mais pobres, e que
muitas vezes não contam com quem os defenda”; a indicação de novos caminhos “que lhes ajudem a mudar de vida”;
a escuta do que o encarcerado tem a dizer, “inclusive de sua
própria vida, de sua história e de seus anseios”.
Outros desafios da Pastoral, segundo o Bispo são a
“luta pela humanização dos cárceres, que, infelizmente são
um mal necessário e reflexo de uma sociedade que ainda
caminha longe dos caminhos de Deus. É preciso a transformação dos cárceres em ambientes que deem oportunidade
para o preso se reabilitar e voltar a conviver normalmente
na sociedade”; e a “defesa do desencarceramento como solução contra a crescente violência em nosso País, propondo
políticas públicas mais justas que abram caminhos para a
inclusão de todas as pessoas, não somente no que toca à redistribuição de renda”.
Ainda no entender de Dom Otacilio, é necessário ampliar o número de agentes da Pastoral para que a Igreja se
faça presente nos ambientes do cárcere.
Ele também espera adesão de políticos que no Congresso Nacional “defendam leis que busquem mudar a situação desumana pela qual passa o sistema prisional brasileiro e que fiscalizem e exijam do Executivo e Judiciário ações
que combatam a superlotação carcerária, para se chegar a
um sistema de reeducação do encarcerado e para diminuir
o alto índice de reincidência criminal”.
ANIVERSARIANTES DO
MÊS DE AGOSTO
Aniversariantes de Nascimento:
Pe. AntonioParula
26-08-59
Pe. Celso Laurindo Filho
11-08-63
Pe. Diogo Shishito dos Santos
01-08-85
Pe. RomoloAvagliano Rodrigues 21-08-59
Pe. José Francisco Correia Pacheco 31-08-43
Pe. Marcio José Queiroz Miranda 15-08-75
Pe. Carlo Verrecchia, FdD
20-08-57
Pe. Faustino José Tonini, NDS
04-08-43
Pe. Frei Leonardo Matsuo,OFMConv. 28-08-33
Pedro da Silva Oliveira
01-08-55
Ubirajara Gonçalves
02-08-62
Aniversariantes de Ordenação:
Pe. DieudonnéBukasaN’Dala
Pe. Marcio José Queiroz Miranda
Pe. Carmine Mosca, FdD
Pe. Luiz Aparecido Mercúrio, FdD
17-08-03
01-08-03
11-08-74
14-08-10
REFLEXÃO
EQUÍVOCO PERIGOSO
A redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos,
pode se constituir em equívoco, com sérias conseqüências.
O que resta a fazer, é alertar a sociedade, advertindo-a das
conseqüências negativas que esta decisão pode acarretar.
A grande maioria da população está a favor desta redução, achando que ela é necessária para coibir a violência,
muitas vezes praticada por adolescentes. Aí identificamos
o primeiro equívoco. Pois na verdade, os adolescentes são
muito mais vítimas da violência, do que causadores da violência.
Achar que o problema se resolve aumentando o rigor
da lei, é uma ilusão que precisa ser advertida. Além do mais,
limitar a ação contra os menores infratores, sem apontar
tantos outros fatores do aumento da violência na sociedade
e nas famílias, é uma hipocrisia que precisa ser desmascarada.
Outro equívoco está no desconhecimento das severas
medidas sócio educativas que o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - já prevê em seus dispositivos. Estas
medidas, já propostas pelo ECA, necessitam de um esforço
coletivo da sociedade, para serem executadas com o claro
objetivo de proporcionar a correção dos infratores, para que
possam ser reinseridos na sociedade.
Nestes dias escutei o depoimento de um pai, que me
impressionou. Conversando sobre a diminuição da idade
penal, ele disse prontamente: “Já entendi! O que eles querem
é faturar nossas filhas mais cedo”.
Perguntei por que ele afirmava isto. Ele não teve receio
de falar claramente: “com esta nova lei, se alguém explora
uma menina de 16 anos já não precisa temer a cadeia por
violentar uma adolescente. Pois a nova lei supõe que uma
menina de 16 anos já é adulta, e deve saber o que faz!”.
Outra alegação é que os adolescentes de 16 a 18 anos
já não podem ser usados pelos traficantes de drogas, que
antes recebiam a cobertura legal, e não podiam ser presos
por causa da idade.
Acontece que os traficantes passarão a instrumentalizar adolescentes mais jovens, que ainda contam com a
cobertura da lei. De tal modo que daqui a pouco, a maioridade penal vai incluir os adolescentes de 14 e 15 anos. De
modo que os autores desta mudança legal podem guardar
o esquema da nova lei, para dentro de pouco tempo usá-lo
para baixar a idade penal para 14 anos. Qual seria, então, a
proposta certa?
Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)
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