Pigmentos Orgânicos e Inorgânicos

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Pigmentos Orgânicos e Inorgânicos
PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
PIGMENTOS ORGÂNICOS
TENDÊNCIA
Garantir produtos e processos químicos mais seguros e
ambientalmente limpos é uma tendência crescente no setor
de pigmentos em geral. E esta afirmação feita por Alessandra
Mercúrio, química da Asta, reflete os investimentos altos que
as empresas que atuam neste segmento estão fazendo em
pesquisas e desenvolvimentos para buscar produtos cada
vez menos agressivos ao meio ambiente e que não tragam
prejuízos à saúde.
“A tendência do mercado de pigmentos segue em busca de
soluções e processos ecológicos que não agridam o meio ambiente. É por isso que todos os nossos produtos seguem rígidas
normas quanto a este quesito”, comenta Marcelo Amaral Leite
de Macedo, diretor comercial da Sintequímica.
Contudo, apesar da tendência de substituição de pigmentos tóxicos por atóxicos já ser de certo ponto conhecida
por todos, o desafio permanece e é grande. “O desafio por
pigmentos orgânicos com a obtenção de cores e propriedades
nas tintas que tenham o mesmo baixo custo oferecido pelos
pigmentos inorgânicos à base de metais pesados é contínuo”,
constata o Diretor Industrial, Julio Luiz Delboni, da Transcor. E
principalmente para o mercado latino-americano, Milton Yoshio
Uehara, Coordenador Técnico de Pigmentos para Coatings da
Clariant, acredita que o maior obstáculo é, de fato, conseguir
produtos sustentáveis com níveis de custos compatíveis com o
poder de compra na região. “Com certeza, produtos inovadores
sustentáveis ou ambientalmente corretos, já possuem um nicho
de mercado. No entanto, para a comercialização em escala e
grande utilização no mercado de tintas, temos duas alternativas:
a implantação de regulamentação sobre restrições de resíduos
indesejáveis - como no caso da restrição de chumbo em tintas
decorativas -; ou o desenvolvimento de produtos com níveis de
preços adequados ao mercado”, analisa.
Adriano Pinheiro, Gerente do Departamento de Pigmentos,
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Resinas e Aditivos da BASF para a América do Sul, enxerga esta
tendência clara de caminhar rumo à saúde e meio ambiente,
o que se reflete na substituição dos pigmentos à base de
metais pesados por sistemas lead free. “Neste caso, somos o
produtor de pigmentos com portfólio mais abrangente em termos
de alternativas para todas as aplicações, seja com pigmentos
orgânicos ou inorgânicos”, afirma.
Nitemar Vieira, Coordenador do Centro de Competência para
a América Latina da unidade de negócios Inorganic Pigments
(IPG) da Lanxess, relata que o mercado de pigmentos inorgânicos à base de óxido de ferro está em constante evolução, uma
vez que estes produtos são bastante utilizados no processo de
produção de tintas, independentemente do tipo a ser produzida,
já que seu alto poder de cobertura, tonalidade limpa, dispersabilidade, entre outras características, facilitam sua aplicação.
“Em um mundo cada vez mais competitivo, globalizado e
regulamentado, a demanda por produtos químicos cada vez
mais seguros e ambientalmente seguros aumenta rapidamente.
Neste contexto, temos inovado e otimizado processos produtivos
para reduzir ao mínimo os níveis de contaminantes dos nossos
produtos, garantindo desta forma, sua segurança conforme
os princípios do Programa Atuação Responsável da Indústria
Química”, afirma.
No caso das dispersões pigmentárias, Rogério Ibanhez,
Gerente Regional de Vendas para o Cone Sul da unidade de
negócios Functional Chemicals (FCC) da Lanxess, conta que
especificamente este mercado é extremamente competitivo,
porém, com um excelente valor agregado e com um índice de
crescimento muito representativo nos últimos anos. Segundo
o executivo, “este é o panorama devido ao crescimento do
Brasil, baseado em um de nossos pilares estratégicos que é a
urbanização. Com o crescimento da indústria de construção civil,
aumentou-se muito o consumo de tintas, mercado responsável
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PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
E INORGÂNICOS:
DESAFIADORA
por mais de 50% do consumo de dispersões pigmentárias”,
destaca.
Ibanhez menciona que, apesar de ter concorrentes globais
atuando neste mercado, é interessante ver o número de fabricantes locais com um alto índice de crescimento em volumes
de produção e vendas, que estão atrelados a este crescimento
representativo da indústria de tintas. “A concorrência neste
mercado de pigmentos é muito alta, e o principal desafio hoje
é acompanhar as tendências de preços dos produtos indianos
e chineses”, observa.
Entretanto, conforme comenta Cristine Lopes Camargo,
gerente técnica comercial para tintas da Colormix, hoje ter somente preço não é suficiente. Para ela, a qualidade do pigmento
e a prestação de serviços técnicos também são fundamentais
para o desenvolvimento desta matéria-prima. “Entender a
necessidade do cliente é primordial para o aperfeiçoamento
do serviço”, conclui.
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A Asta lançou recentemente as linhas para aplicação em
epóxi e gel coating - Astapox e Astagel - que compreendem
pigmentos dispersos com alta concentração de pigmentos
orgânicos e inorgânicos isentos de metais pesados. De acordo
com a química da empresa, Alessandra Mercúrio, além da variedade de cores, a série Astapox confere maior alastramento
e nivelamento na tinta epóxi, o que facilita a aplicação da tinta
e elimina possíveis manchas e riscos. Já o diferencial da série
Astagel, além de colorir o gel coating e resinas poliéster, fica na
gama de cores vivas e vibrantes que dão grandes possibilidades
a projetos e criações, agregando valor ao seu produto final.
Outra novidade da Asta é a linha Silpast, destinada a pigmentação de borracha e fluídos de silicone. Alessandra ressalta
que é uma linha com soluções de alta qualidade, que facilitam
a incorporação do pigmento e não afetam as características
finais do produto.
“A Asta garante a qualidade e confiança ao cliente e está
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Foto: João Athaíde
PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
ALESSANDRA MERCÚRIO, química da Asta
sempre atualizada e acompanhando as tendências do mercado.
Para 2012, o departamento de pesquisa e desenvolvimento está
focado, principalmente, em dispersões de pigmentos orgânicos
e inorgânicos de base água, buscando atender o mercado carente de dispersões de alta qualidade e de produtos isentos de
solventes”, avisa a química.
A BASF tem novos desenvolvimentos em fase de introdução no mercado em pigmentos orgânicos e inorgânicos. Em
inorgânicos, apresenta o Laranja Sicopal L 2430, que é um
PO 82, laranja inorgânico para aplicações onde as resistências
sejam uma exigência primordial. Adriano Pinheiro, Gerente do
Departamento de Pigmentos, Resinas e Aditivos da BASF para
a América do Sul, afirma que sua cobertura é excelente e pode
ser usado em tintas, mesmo com elevado PVC para exteriores.
“Em sistemas tintométricos para tintas decorativas, automotivas
e industriais, mesmo em fortes reduções com pigmento branco,
sua performance é máxima”, diz.
Em pigmentos orgânicos, existem dois desenvolvimentos
importantes. Um deles é a nova versão de Laranja DPP, com
cobertura para aplicações em tintas industriais e decorativas.
Segundo Pinheiro, o produto mantém a excelente performance
de resistência dos Laranjas DPP, e acrescenta mais cromaticidade, sendo uma ótima alternativa de pigmentos de alta
performance lead free na cor laranja.
A outra nova versão é do Pigmento DPP Rubi (PR264) com
elevada cobertura. O gerente explica que representa a melhor
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ADRIANO PINHEIRO, Gerente do Departamento de Pigmentos, Resinas e Aditivos da BASF
opção dentro da cromaticidade dos Rubis DPP, para sistemas
onde a cobertura seja um quesito fundamental, como por
exemplo, em novas aplicações para tintas automotivas primer
free vermelhas, onde a linha de produção pode ser otimizada.
A Clariant tem investido fortemente em pesquisa e
desenvolvimento para oferecer alternativas diferenciadas em
termos de pigmentos orgânicos. A empresa destaca a linha dos
“ED Pigments”, uma série de pigmentos orgânicos tradicionais
no mercado de tintas modificados por meio de tratamentos
superficiais. Segundo Milton Yoshio Uehara, coordenador técnico de pigmentos para coatings, isso faz com que o pigmento
seja facilmente dispersável, fator que pode evitar a fase de
moagem, que é a mais onerosa na fabricação da tinta.
Uehara diz que apenas a fase de umectação do pigmento é
necessária e dispensa o uso adicional de aditivos dispersantes.
“Isso traz uma série de benefícios, como: tempo de fabricação
reduzido, gastos com limpeza, economia com energia, custos
de mão de obra reduzidos, economia com o uso de aditivos, codispersão com pigmentos inorgânicos”, explica.
O coordenador técnico também ressalta que a linha “ED
Pigments” não é uma preparação pigmentária sólida, ou seja,
não possui nenhum tipo de resina, o que possibilita uma ampla gama de compatibilidades e utilização com um excelente
rendimento, tendo um mesmo nível de custo dos pigmentos
tradicionais.
Estão disponíveis três tipos de “ED Pigments”: EDS —
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PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
MILTON YOSHIO UEHARA, coordenador técnico de pigmentos para coatings da Clariant
Easily Dispersable for Solvent-based; EDU — Easily Dispersable
Universal e EDW — Easily Dispersable for Water-based.
Para o segmento decorativo, a Clariant tem a linha Colanyl
500. Trata-se de preparações pigmentárias com baixíssimo
teor de VOC, já de acordo com as normas que controlam
emissões de componentes orgânicos voláteis na Europa.
A Colormix possui as linhas de pigmentos azuis e verdes
ftalocianinas fabricadas por uma consolidada empresa na Índia,
a Choksi; e a linha completa de orgânicos vermelhos, laranjas,
violetas e amarelos, desenvolvidos pela Jeco Pigments. Em
pigmentos inorgânicos, a companhia oferece óxidos de ferro
opacos em amarelo e vermelho, além do azul ultramar.
Segundo Cristine Lopes Camargo, gerente técnica comercial para tintas, em todas estas categorias de matérias-primas
a escolha dos fabricantes foi dada pela ótima qualidade e confiabilidade no serviço e nos produtos. “Somos representantes
exclusivos destas empresas no Brasil”, avisa.
Para este ano, Cristine também revela que a empresa está
em fase final das instalações para fabricação da linha completa
de dispersões aquosas e universais. Além disso, a Colormix
equipou seu laboratório com modernos equipamentos, como
o espectrofotômetro Dispermat, e a Calandra, para testes em
plásticos. E, diante destes investimentos, a gerente técnica
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CRISTINE LOPES CAMARGO, gerente técnica comercial para tintas da Colormix
salienta: “cabe destacar que nossos colaboradores são continuamente treinados para oferecer o melhor suporte técnico
ao cliente”.
Em seu portfólio, a Lanxess tem a linha Colortherm®,
que está disponível para uso em aplicações como coil coating
e tinta em pó, já que seus produtos são adequados para aplicações as quais o pigmento é submetido a altas temperaturas.
Conforme afirma Nitemar Vieira, coordenador do Centro de
Competência para a América Latina da unidade de negócios
Inorganic Pigments (IPG) da Lanxess, estes pigmentos estão
disponíveis nas cores amarelo, vermelho, marrom, preto e em
tonalidades adicionais. Já os pigmentos Colortherm® Green são
produzidos à base de óxido de cromo e apresentam tonalidade
verde, como o próprio nome revela.
A empresa oferece também dois produtos produzidos a
partir do óxido de ferro e óxido de manganês nas cores preta e
marrom, são eles: Bayferrox® 303 T (preto) e Bayferrox® 645
T, que podem ser aplicados em coatings técnicos uma vez que
tem resistência a temperaturas de até 600°C.
Outro produto disponível é o Bayferrox®. 943, um óxido de
ferro com tonalidade especialmente alaranjada que, segundo
Vieira, tem como papel principal tanto a redução do uso de
pigmentos inorgânicos à base de chumbo como reduzir a
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PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
NITEMAR VIEIRA, coordenador do Centro de Competência para América Latina
da unidade de negócios Inorganic Pigments (IPG) da Lanxess
quantidade de orgânicos nas formulações de tintas.
Além desses produtos, a Lanxess segue comercializando
seu reconhecido portfólio de pigmentos inorgânicos de alto desempenho Bayferrox® para o mercado de tintas. “Recentemente
o pigmento amarelo Bayferrox® 912 LOM, já bem conhecido no
mercado da América Latina, passou a integrar o portfólio mundial de produtos da unidade, o que comprova a qualidade dos
pigmentos produzidos na planta brasileira, localizada em Porto
Feliz (SP)”, revela Vieira. O executivo explica que pelo sistema
produtivo altamente eficiente, a linha de produtos LOM promove
baixa viscosidade e ótima dispersabilidade nas formulações de
tintas, devido ao processo de micronização de suas partículas.
Neste ano, a Lanxess está introduzindo no mercado da
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ROGERIO IBANHEZ, gerente regional de vendas para o Cone Sul da unidade
de negócios Functional Chemicals (FCC) da Lanxess
América Latina (LATAM) seu portfólio de óxidos de ferro
vermelho produzidos na Alemanha. Com ampla tonalidade,
desde vermelho com subtom amarelado até azulado, são produtos desenvolvidos em um processo denominado Laux, cuja
experiência de produção já ultrapassa os 85 anos. “Produtos
já consolidados no mercado mundial de tintas e com excelente
dispersabilidade, resistente a altas temperaturas, com resistência à luminosidade, intemperismo e ácidos, estão chegando
para rechear nosso portfólio”, avisa Vieira.
A Lanxess também possui linhas de preparações pigmentárias como as séries Levanyl e Levanox, que apresentam como
lançamentos as dispersões de pigmentos de alta performance
para aplicações em tintas decorativas com aplicações “outdoor”.
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PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
Conforme explica Rogerio Ibanhez, gerente regional de vendas
para o Cone Sul da unidade de negócios Functional Chemicals
(FCC) da empresa, essas dispersões foram desenvolvidas para
melhor atender as especificações de resistência ao intemperismo, que é uma necessidade emergente para este mercado.
A Minérios Ouro Branco distribui pigmentos inorgânicos perolados produzidos pelo maior produtor da China.
Contudo, a Ouro Branco lança uma nova linha de pigmentos
perolados com efeito multicor - que muda conforme o ângulo
de visão; além da linha com núcleo de oxibismuto e novas cores nas linhas tradicionais. “Todos os nossos produtos são de
reconhecida e comprovada qualidade, e as inovações estarão
sempre presentes em nosso negócio de pigmentos”, resume o
diretor comercial, José Carlos Bartholi.
MARCELO AMARAL LEITE DE MACEDO, diretor comercial da Sintequímica
JOSÉ CARLOS BARTHOLI, diretor comercial da Minérios Ouro Branco
A Sintequímica é uma empresa especializada na linha
de dispersões de pigmentos aquosos e está consolidada neste
mercado. Em pós, a marca disponibiliza uma linha de pigmentos
orgânicos que, segundo o diretor comercial Marcelo Amaral
Leite de Macedo, tem como diferencial grande limpeza de cor.
“Nossa empresa preza muito por esta característica, tanto nos
pigmentos orgânicos como nos inorgânicos. Dentro de nossa
linha basicamente temos os produtos que são mais usados
pela indústria de tintas imobiliárias e flexográficas”, comenta
Macedo, destacando que uma nova linha foi lançada recentemente, que é a de pigmentos orgânicos de alta performance,
cuja solidez a luz é máxima.
O executivo conta que, para este ano, a companhia está
ampliando sua área produtiva e administrativa. “Estamos construindo novos galpões que vão ampliar produção e estoque, bem
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como um novo prédio de administração”, revela. Além disso,
novos e modernos moinhos estão sendo instalados, assim
como uma nova área de pré-moagem. “Todos estes investimentos ampliarão bastante nossa capacidade produtiva”, observa.
A Sintequímica também criou um programa de sustentabilidade chamado e-COLORgy, que compreende ações e metas de
preservação ao meio ambiente. “Estamos bastante contentes
com os resultados alcançados até agora, como a conquista da
certificação da ISO 14001; a eliminação de produtos perigosos
de nossa produção; e a grande redução de consumo de água e
energia elétrica”, finaliza Macedo.
Como distribuidores do grupo Nubiola no Brasil, a Transcor acrescentou novas linhas de pigmentos inorgânicos,
como os azuis ultramar Nubiperf PB-29, resistente a ácidos
e Nubiperf FCP PB-29, com baixo teor de enxofre, utilizado
em embalagens de alimentos, de cosméticos e de fármacos,
entre outros; além da linha Nubifer PY-42: amarelo Y 7050,
óxido de ferro amarelo encapsulado, com elevada resistência
à temperatura, para uso em resinas plásticas, tintas em pó,
coil coating e esmaltes com cura em estufa; e Nubifer K PY119: pigmentos ferrites de zinco utilizados em tintas em pó,
coil coating e tintas industriais.
Outras soluções recentes são destacadas como o Nubicoat PB-29: azuis ultramar com excelente resistência a
intempéries (tipos HTS e HWR), para utilização em tintas
decorativas, tintas em pó, tintas líquidas industriais, coil
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PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
JULIO LUIZ DELBONI, diretor industrial da Transcor
coating, etc; o Nubirox: pigmentos atóxicos anticorrosivos
de alta performance; e o Nubivan PY184: pigmento atóxico
de alta limpidez e brilho que promete excelente resistência
à luz, intemperismo, ácidos, álcalis e solventes, podendo
ser combinado com pigmentos orgânicos para obtenção de
uma grande gama de cores.
Já a linha Nubiterm PY-34 e R-104 compreendem pigmentos amarelos de cromo e laranjas de molibdato com
estabilidade térmica (260 graus); utilizável em tintas em
pó, coil coating e acabamento de cura em estufa.
Conforme afirma o diretor industrial, Julio Luiz Delboni,
a Transcor também incorporou novos pigmentos orgânicos
de colour index para abranger uma gama mais ampla em
termos de cor e estabilidade (PY- 81, PY- 97, PY- 110,
PY-138, PY-139, PY- 151, PY-154, PY-168, PY- 174, PY176, PY-180, PY-183, PY-191, PO-43, PO-64, PO-71,
PO-73, PR-202, PR- 255, PR-264). E, além disso, incluiu
no portfólio dispersões de óxidos de ferro transparentes:
amarelo, vermelho e preto, tanto em meio aquoso (linha
Transperse) como em solvente (linha Transtint), utilizados
em vernizes e tingidores para madeira visando reproduzir
as cores naturais e agregar resistência à luz UV.
“Neste ano e na nova unidade da empresa em Santa Cruz
(RJ) planejamos ampliar as linhas de dispersões de pigmentos
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PIGMENTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS
orgânicos e inorgânicos para aplicação em base água (séries
Transperse, Transtex, Transflex, Transnyl); base solvente (Transtint); e universal decorativa (Transtrend, Transmixe Transdeco)”,
ressalta o diretor.
A principal linha da Tríplice Cor que se destina ao
mercado de tintas e vernizes é a ResthDisper. Trata-se de
uma dispersão aquosa de pigmentos orgânicos e inorgânicos
que tem como principal característica o enquadramento em
normas ambientais, onde matérias-primas derivadas de metais
pesados, aril fenol etoxilado, ésteres glicólicos, entre outros
não são utilizados.
A gerente industrial, Alessandra Koda Alves, explica que,
além de atender o mercado nos aspectos ambientais, a linha
ResthDisper é muito reconhecida por sua excelente estabilidade e compatibilidades com diversas resinas encontradas
na tinta, o que favorece uma boa incorporação, praticidade
de manuseio e satisfação dos clientes.
“Este ano, a Tríplice Cor está investindo principalmente em
assistência técnica, onde a principal solicitação dos clientes é
a substituição de pigmentos derivados de metais pesados por
pigmentos orgânicos isentos de metais pesados, porém com
boas propriedades de solidez e cobertura”, destaca a gerente.
Na análise de Alessandra, a tendência de hoje é o diferen-
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ALESSANDRA KODA ALVES, gerente industrial da Tríplice Cor
te, o personalizado, é a escolha do consumidor nos mínimos
detalhes, ou seja, a nova tendência é o efeito que as tintas
podem trazer a um determinado ambiente. “Pensando nisso,
lançamos recentemente a linha PartiTint que são microesferas
encapsuladas com pigmento, que confere à textura o efeito
equivalente ao quartzo, porém, com um custo acessível e grande
facilidade de aplicação”, avisa.
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