Segredos do Algarve Rural

Transcrição

Segredos do Algarve Rural
Mãe Soberana - Loulé
Do Barrocal
à Serra
1
2
2
Igreja Sta. M. do Castelo de Tavira
Calçadinha - S. B. de Alportel
Pela Serra do
Caldeirão
1
Loulé > Paderne
S. Brás de Alportel > Tavira
do Barrocal à
Serra do Caldeirão
Segredos do
Algarve Rural
Em terras de gente hospitaleira
saímos à descoberta de saberes
antigos, castelos, fontes e igrejas.
Entre tomilhos e alfarrobeiras,
vamos por miradouros, barragens e
ribeiras. Paramos o olhar na beleza
singela do salgueiro e do freixo.
Folclore - Alte
Um percurso por entre rosmaninhos, tomilhos, estevas,
alfarrobeiras e sobreiros, convivendo com a hospitalidade
das gentes, à volta do pão de alfarroba ou rolão, do
medronho e do chouriço. Admiramos as artes e ofícios
locais, testemunhos de um saber antigo. Cestos e tapetes
de palmeira-anã, cintos e malas em couro, peças em
cobre, ferro, latão ou barro, com trapos, linho ou algodão.
Vamos à descoberta de castelos e muralhas, desde os
celtas aos árabes, fontes de águas cristalinas que antes
moveram moinhos e azenhas. Passamos por pontes
romanas, igrejas de inspiração árabe ou da renascença
e período barroco. Subimos a miradouros no cimo de
grandes rochas e mergulhamos nas águas de barragens
e ribeiras. Admiramos as belas paisagens e observamos
a fauna e a flora locais. Paramos o olhar na beleza singela
do salgueiro e do freixo.
1
Castelo de Paderne
1
Mercado de Loulé
1
Fonte da Benémola
O ondulado suave da serra
convida-nos a descobrir paisagens
e lugares que encerram tesouros
do artesanato, da arquitetura e da
gastronomia local. Mas inesquecível
é o convívio com a simpática
e genuína gente serrana.
1
Cachopo
Igreja Matriz de S. B. de Messines
1
2
Ao entrarmos na Serra do Caldeirão, entramos também
no “outro” Algarve, o das gentes genuínas, das artes
tradicionais, da excelente gastronomia. A paisagem muda
a sua cor à medida que prosseguimos o passeio. O verde
das florestas de eucalipto, sobreiro e pinheiro dá lugar aos
campos cultivados de trigo e cevada. Por entre os montes
ouvem-se ribeiras correndo. Aqui e ali contactamos com
as gentes nos labores diários: um tirador de cortiça, um
pastor, um moleiro, uma mulher a trabalhar no tear, nas
hortas. Percorremos as ruas estreitas em pedra, admiramos
as chaminés, os fornos, os telhados inclinados, os muros
caiados, os pátios e os poiais. Entramos nos museus e
vivemos as histórias de antigamente. Redescobrimos as
artes e técnicas que ainda perduram no artesanato local.
Um passeio a pé conduz-nos à tranquilidade e o ar puro
transporta o aroma da esteva, do rosmaninho e do mato.
Para satisfazermos todos os nossos sentidos, só falta provar o
queijo, o vinho, a aguardente, os enchidos, o pão e as filhós.
2
Museu do Trajo - S. B. de Alportel
Tavira
© Fevereiro 2012
Ficha Técnica
Edição e Propriedade
Turismo do Algarve
[email protected]
www.turismodoalgarve.pt
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Sede: Av. 5 de Outubro, 18
8000-076 Faro, Algarve, Portugal
Telefone: 289 800 400
Fax: 289 800 489
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Departamento de Marketing
Equipa de Comunicação e Imagem
Turismo do Algarve
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Conceção Gráfica e paginação
DCB design
Textos
Arquivo Turismo do Algarve
Fotografia
Hélio Ramos, Luís da Cruz, F32,
Arquivo Turismo do Algarve (Pedro Reis,
Hugo Santos, Rafaela Oliveira)
Furnazinhas
18
16 15
Mealha
Castelo de Loulé
Malhão
Vale
do Pereiro
19
17
14
1
12
Casas Baixas
13
Almada de Ouro
15
Azinhal
Feiteira
16
Cortinhola
Sarnadas
22
17
Soidos Pena
20 21
18 19
23
24 26
27
Produtos Locais
11
Água
de Fusos
14 1213
9 10
11
8 6 7
10
9
Alportel
25
Impressão
Litográfis, S. A.
Umbria
8 7
Tesoureiro
52 4 3
1
4 5
63 21
Palheirinhos
Eiras Altas
Fonte do Bispo
2324
Património Natural
Depósito Legal
339583/12
Capa
Salir
PT
6 Fonte Filipe
7 Cerro dos Negros
11 Fonte Benémola
14 Rocha da Pena
15 Miradouro do Malhão
16 Quinta do Freixo
17 Rocha dos Soidos
19Fonte Pequena e Fonte Grande de
Alte
22 Barragens do Funcho e do Arade
24 Ribeira de Quarteira
Alte
1
Igreja Matriz de Querença
1
26
27
25
2
Património Cultural
Produtos Locais
1 Calçadinha
2 Centro Explicativo e de Acolhimento
da Calçadinha de São Brás de
Alportel
3 Igreja Matriz de S. Brás de Alportel
4 Jardim do Episcopado
5 Centro de Artes e Ofícios
6 Museu Etnográfico do Trajo Algarvio
7 Ermida de São José
8 Centro Museológico de Alportel
10 Capela do Barranco do Velho
11Centro de Descoberta do Mundo
Rural da Feiteira
13 Pólo Museológico de Cachopo
14 Igreja de Santo Estevão
15 Anta das Pedras Altas
16 Anta da Masmorra
17 Palheiros Redondos
18 Centro de Descoberta do Mundo
Rural da Mealha
19 Centro de Descoberta do Mundo
Rural de Casas Baixas
21 Igreja Matriz de Sta. Catarina
da Fonte do Bispo
23 Palácio da Galeria
24 Castelo de Tavira
25 Igreja do Carmo
26 Ponte Romana
21 Cooperativa Agrícola de Santa
Catarina
Legenda
Barranco
Distribuição
gratuita
20
21 22
10 Chouriços da região e bonecas de
trapos
Tiragem
10.000 exemplares
Co-financiadores
Património Cultural
1 Muralhas do Castelo de Loulé
2 Ermida de Nossa Senhora da
Conceição
3 Igreja Matriz de Loulé
4 Convento do Espírito Santo
5 Mãe Soberana
8 Igreja de Querença
9 Cruzeiro
12 Ruínas do Castelo de Salir
13 Centro Interpretativo Arqueológico
de Salir
18 Igreja Matriz de Alte
20 Igreja Matriz de São Bartolomeu de
Messines
21 Casa Museu João de Deus
23 Fonte de Paderne
25 Ponte Medieval
26 Castelo de Paderne
27 Igreja Matriz de Paderne
2
Património Natural
9 Fonte Férrea de Alportel
12 Fonte Férrea de Cachopo
20 Pego do Inferno
27 Ilha de Tavira
Cortiça
PERCURSO 1
LOULÉ > PADERNE
PAISAGEM PROTEGIDA
LINHA FÉRREA
1 2 3 4
Lisboa
Faro
0Km
5Km
10Km
ESTRADAS PRINCIPAIS
ESTRADAS SECUNDÁRIAS
PERCURSO 2
S. BRÁS DE ALPORTEL > TAVIRA
Serviços e Entidades
Malhão
15
Azinhal
16
Cortinhola
Sarnadas
22
17
Soidos Pena
20 21
14 1213
9 10
11
8 6 7
18 19
25
23
24 26
27
52 4 3
1
Pela Serra do
Caldeirão
2
S. Brás de Alportel > Tavira
Castelo de Tavira
Igreja do Carmo de Tavira
S. Brás de Alportel > Cachopo
35 km
Começamos o nosso percurso no centro histórico da vila de São Brás
de Alportel, entre as casas térreas e caiadas, de arquitetura popular
e os prédios apalaçados dos antigos industriais e comerciantes da
cortiça, com fachadas cobertas por azulejos, cantarias lavradas e
varandas de ferro. Percorremos a Calçadinha (1), uma via romano-medieval, testemunho dos primeiros fluxos mercantis na zona
e para descobrir e conhecer a história que as pedras milenares
podem revelar, visite o Centro Explicativo e de Acolhimento da
Calçadinha de São Brás de Alportel (2). Visitamos a igreja matriz (3),
uma construção original dos princípios do século XVI, com pinturas
de santos do séc. XVII, e a Capela do Senhor dos Passos em talha
dourada. Do adro desta igreja não podemos deixar de admirar a
paisagem envolvente. Logo ao lado, situa-se o Jardim do Episcopado
(4) também conhecido por “Verbena”, com o seu bonito coreto. Este
é o jardim anexo ao Palácio Episcopal, construído entre o séc. XVI e
o XVIII para os bispos do Algarve, onde está instalado o Centro de
Artes e Ofícios (5). No jardim foram construídas as piscinas públicas,
apenas em funcionamento no período de verão. De seguida vamos
visitar as indumentárias das gentes algarvias de antigamente,
Câmaras Municipais:
Loulé 289400600
Silves 282442325
Albufeira 289599500
Centros de Saúde:
Loulé 289416513
Querença 289422942
Casas Baixas
Salir 289489200
Alte 289478174
São Bartolomeu de Messines 282339252
Guarda Nacional Republicana:
Loulé 289410490
Salir 289489136
São Bartolomeu de Messines 282339246
Bombeiros:
Loulé 289400560
São Bartolomeu de Messines 282339633
Postos de Turismo:
Loulé 289463900
Querença 289422495
Almancil 289392659
Salir 289489733
Casa Memória de Alte 289488666
Albufeira 289585279
Messines: 20 e 21 de setembro
Feira da Serra de Inverno de Loulé:
último fim de semana de novembro ou 1.º
de Dezembro
Feira de Artesanato/Loulé: junho e julho
Eventos e Festividades
Encontro
Furnazinhas
de Janeiras de Querença:
janeiro
Vale
Festa
das Chouriças de Querença: último
do Pereiro
fim de semana de janeiro
Carnaval de Alte: domingo e terça-feira
de Carnaval
Almada de Ouro
Carnaval de Loulé: domingo, segunda e
terça-feira de Carnaval
Semana Cultural de S. Bartolomeu de
Messines: uma semana em março
Festa dos Folares de Querença:
Domingo de Páscoa
Festa a Nossa Senhora da Piedade (festa
grande) / Loulé: Domingo de Páscoa
Festa a Nossa Senhora da Piedade
(festa pequena) / Loulé: 15 dias após o
Domingo de Páscoa
Semana das Artes e Culturas de Alte: 25
de Abril a 1 de maio
Festa da Espiga de Salir: maio (Dia da
Espiga)
Coordenadas geográficas
Feriado Municipal de Loulé: maio (Dia
Loulé
da Espiga)
(N) 37° 8’ 20.4828” (W) 8° 1’ 16.629”
Feriado Municipal de S. Bartolomeu de
Querença
Messines: 3 de setembro
(N) 37° 11’ 56.6334” (W) 7° 59’ 14.499”
Festival Med / Loulé: última semana de
Salir
junho
(N) 37° 14’ 30.8472” (W) 8° 2’ 43.6842”
Festival Jazz de Loulé: julho
Alte
Festa da Alegria / Loulé: 1.º fim de semana
(N) 37° 14’ 10.215” (W) 8° 10’ 31.692”
de agosto
São Bartolomeu de Messines
Noite Branca / Loulé: último domingo
(N) 37° 15’ 23.6694” (W) 8° 17’ 16.314”
de agosto
Paderne
Desfile das Bruxas / Loulé: 31 de outubro
(N) 37° 10’ 34.6332” (W) 8° 12’ 7.2858”
Passeio em Flor / Querença: 1.ª semana
de maio
Feiras e Mercados
Ritmos – Festival de Danças do Mundo /
Mercado Municipal de Loulé: todos os
Querença: 13, 14 e 15 de agosto
sábados
Mercado de Paderne: 1.º sábado do mês Semana Cultural / Alte: abril ou maio
Feira de São Tiago de Paderne: 24 de julho Moto Cross / Cortelha: 1 de maio
Feira das Atividades Económicas de S.
Bartolomeu de Messines: uma semana
no mês de agosto
Feira de Setembro de S. Bartolomeu de
expostas no Museu Etnográfico do Trajo Algarvio (6) integrado na Casa
da Cultura António Bentes. No espaço do museu encontra-se uma sala
de interpretação da rota da cortiça onde se pode ter uma panorâmica
geral de toda a rota e da cultura em torno da cortiça.
Para observar de perto o rico património natural desta zona onde o
sobreiro domina a paisagem, recomendamos que se aventure pelas
bonitas estradas que conduzem a Loulé, ao Barranco do Velho ou a
Tavira.
Na saída de São Brás de Alportel para o Barranco do Velho, pela EN 2,
vislumbra-se num ponto elevado a antiga pousada de São Brás, exestrutura de alojamento que fazia parte da rede de pousadas nacionais
e que proporciona um excelente miradouro sobre a vila e a costa litoral.
Antes da aldeia do Alportel, desviamos para Tesoureiro onde se podem
comprar doces, bolos regionais, tisanas e licor de alfarroba.
Um pouco mais à frente, Alportel destaca-se pelo seu casario branco com
típicas chaminés de formatos vários e coberturas em telha de canudo.
Aqui visitamos a Ermida de São José (7) e o Centro Museológico do
Alportel (8) que dá a conhecer os valores naturais do Vale do Alportel,
a memória das gentes do Alportel e da serra, terra de cortiça e tradição.
Podemos constatar, pela arquitetura das casas ao longo da estrada, a
grande riqueza que existiu naquela região, proveniente sobretudo da
extração corticeira.
Continuando pela EN 2, seguimos para a Fonte Férrea (9) datada de
1820. Situada num vale rodeado de árvores e com um riacho que corre
durante quase todo o ano, é um local excelente para piqueniques, pois
está equipada com mesas, bancos e vários assadores em pedra e tijolo.
Chegamos ao Barranco do Velho, uma pequena aldeia localizada nas
portas da Serra do Caldeirão, zona de grande tradição corticeira, onde
a cor dominante da paisagem é o verde dos sobreiros e das azinheiras.
Dificilmente se encontram “tiradores” de cortiça, mas em junho, se
contactarmos o Gabinete Técnico-Florestal, é possível assistir a esta
tradição. Subimos à capela (10) de traços tipicamente algarvios, erguida
em 1944 no cimo de um monte. O seu adro faz desta um dos mais
maravilhosos miradouros do Algarve, abrangendo vastos horizontes
de montes cobertos de sobreiros e medronheiros. Esta aldeia é famosa
pelo seu medronho. Há uma pequena casa de artesanato onde se
podem adquirir produtos serranos.
Do Barranco do Velho seguimos para Cachopo pela EN 124. Mais à frente,
rodeada por montes cobertos de sobreiros, encontramos a Feiteira, uma
povoação dispersa ao longo da estrada. Podemos parar no Centro de
Descoberta do Mundo Rural da Feiteira (11) localizado na antiga escola
primária, junto à estrada principal. Os amantes do pedestrianismo
encontram aqui uma rede de percursos pedestres que permitem um
conhecimento profundo do território e um contacto próximo com a
natureza. Estes percursos ligam, através de uma grande rota (com 45
Do Barrocal
à Serra
1
Loulé > Paderne
Rocha da Pena
Loulé > Salir
Igreja Matriz de Boliqueime
24 km
Loulé, no coração do Barrocal, é uma terra de artesanato e de grande
dinâmica comercial organizada em torno do mercado, tão ao gosto árabe.
Nas lojas que rodeiam as muralhas ainda se descobrem artesãos no seu
labor. Com uma mestria ímpar, saem cestos e tapetes de palmeira-anã,
cintos, malas e peças em cobre e latão.
Começamos por visitar as muralhas do castelo (1), de origem árabe,
reconstruídas no séc. XIII e que ainda hoje se podem ver com as suas três
torres de alvenaria. No pátio encontram-se algumas pedras medievais, um
poço e o arco da antiga porta de ligação à povoação. Próximo do castelo
encontra-se a Ermida de Nossa Senhora da Conceição (2) que apesar da sua
simplicidade arquitetónica no seu interior possui vários tesouros artísticos.
Também aqui podemos visitar a igreja matriz (3), uma construção gótica
do séc. XIII com um interior de três naves. A torre sineira é proveniente
da adaptação de um minarete muçulmano. Aproveitamos para visitar
o Museu Municipal onde se encontram coleções sobre etnografia e
arqueologia. No centro da cidade visitamos ainda o Convento do Espírito
Santo (4), onde está instalada a Galeria de Arte Municipal. Na saída para
Boliqueime, seguindo a EN 270, avista-se à esquerda a Mãe Soberana (5),
num outeiro servindo de miradouro sobre a cidade, os campos e o mar.
Este é um magnífico monumento do séc. XVI, estilo Renascença, dedicado
a Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Loulé.
km), este Centro de Descoberta a outros dois, localizados no “monte” da
Mealha e no “monte” das Casas Baixas.
A Via Algarviana (Grande Rota 13) atravessa entre Barranco do
Velho e Cachopo uma bela paisagem florestal com densos matos
de sobreiros e medronheiros e com espécies protegidas por lei. De
destacar os muitos moinhos de vento que se espalham pelos montes.
Este percurso pedestre começa junto à igreja de Barranco do Velho e
apesar de ser o trilho com maior dificuldade de percorrer o caminhante
é recompensado com a maravilhosa vista panorâmica em Alcaria Alta,
com a beleza da Ribeira de Odeleite e a foz da Ribeira do Vale Formoso.
Cachopo > Sta. Catarina Fte. Bispo
44 km
Chegamos a Cachopo, uma pequena aldeia do séc. XVI. Nesta zona
é a agricultura que providencia o principal sustento, destinando-se
essencialmente ao consumo doméstico e sendo complementada pela
criação de animais.
Logo à entrada, fazemos uma paragem na Fonte Férrea de Cachopo
(12), um local muito bonito, com águas férreas e muito arborizado,
próprio para piqueniques e onde se podem encontrar bons exemplares
da flora local.
Já na aldeia, é de visitar o Pólo Museológico (13) que ilustra bem
a identidade serrana. Percorrendo as ruas registamos a beleza da
arquitetura tradicional serrana, as casas em xisto ou caiadas, poiais,
beirados, fornos comunitários, eiras, fornalhas e chaminés rendilhadas.
Paramos depois para uma visita à Igreja de Santo Estevão (14), um
templo com uma só nave e um altar-mor com imagens de Santo Estevão
e São Sebastião, ambas do séc. XVIII.
Para os amantes da arqueologia, recomendamos um pequeno desvio
seguindo a estrada 504 até ao “monte” da Mealha, onde destacamos a
Anta das Pedras Altas (15) e a Anta da Masmorra (16), monumentos
megalíticos do período Neolítico final. Ainda na Mealha podemos
encontrar nos Palheiros Redondos (17) construções circulares feitas em
pedra solta e terra, com telhados de colmo, que em tempos serviram de
casa aos seus proprietários. No Centro de Descoberta do Mundo Rural
da Mealha (18) estão disponíveis informações sobre a rede de percursos
pedestres existentes nesta zona.
Para os curiosos da arquitetura local, sugerimos um passeio até ao “monte”
de Casas Baixas, pela estrada 505, onde se podem observar exemplares
genuínos da construção serrana, como sejam os fornos comunitários,
casas em pedra, ruas estreitas. Também aqui existe um Centro de
Descoberta do Mundo Rural (19) e uma rede de percursos pedestres.
Seguimos pela EN 397 em direção a Água de Fusos onde existe uma
excelente área de piquenique com miradouro. Aproveitamos para
desfrutar da excelente vista sobre a costa.
Voltamos a entrar em Loulé para apanhar a EN 396 em direção à aldeia de
Querença, situada na transição entre o Barrocal e a Serra. Antes de chegar a
Querença no património natural há dois locais a não perder. Encontramos
na localidade da Amendoeira um desvio para a Fonte Filipe (6) um local
de grande beleza natural, no curso da ribeira das Mercês, cujas águas têm
propriedades terapêuticas. Para os que gostam de andar a pé, o Cerro
dos Negros (404m) (7), perto do desvio para Querença, oferece um amplo
panorama sobre o litoral. Lá bem no alto, já na aldeia, encontra-se a
pequena e bonita igreja (8), que data do séc. XVI e exibe um belo portal
manuelino. Frente à igreja ergue-se o Cruzeiro (9) em pedra. Na aldeia
fabricam-se doces, licores, um dos mais apreciados chouriços da região e
as bonecas de trapos (10), com os trajes tradicionais representando várias
profissões. À saída de Querença tomamos a direção do Sítio Classificado
da Fonte Benémola (11), onde os amantes da fauna e da flora encontram
espécies vegetais pouco comuns no Algarve como os salgueiros e os
freixos, além dos loendros, dos chopos e das tamargueiras; e a vegetação
típica do Barrocal algarvio como são o alecrim, o rosmaninho, o tomilho, a
esteva, o zambujeiro, o sobreiro e a alfarrobeira. Na fauna destaca-se uma
grande diversidade de aves residentes como a felosa-do-mato, melroazul, águia de Bonelli e o bufo-real e ainda algumas colónias de morcegos.
Na primavera esta zona acolhe a felosa-de-bigodes, a andorinha-daurica,
a toutinegra-real e a águia-cobreira.
Da Fonte Benémola seguimos em direção à aldeia da Tôr, atravessando a
ponte sobre a Ribeira de Algibre, onde à saída tomamos um desvio para
apreciar a cestaria da região. Ao chegar ao cruzamento com a estrada 525
viramos à direita em direção a Salir.
Salir > S. Bartolomeu de Messines
25 km
agrícola, com reserva de caça, agroturismo e produtos agroalimentares
biológicos. Paramos nas Sarnadas para apreciar a gastronomia local.
Continuando em direção a Alte, fazemos um desvio para subir os 467 m da
Rocha dos Soidos (17), um miradouro natural com uma paisagem sobre o
ondulado da serra e tendo o mar no horizonte sul.
Outra alternativa é tomar a Via Algarviana (Grande Rota 13) entre Salir
e Alte, passando pela localidade de Benafim, pelas paisagens da Rocha da
Pena, pela Quinta do Freixo e apreciar este percurso pedestre rodeado por
muros de pedra, noras e propriedades rurais.
Chegamos a Alte, uma aldeia com vestígios de ocupação romana e onde a
cultura árabe marcou decisivamente a arquitetura local.
Do património cultural de Alte há a destacar a igreja matriz (18), rica
pela sua talha e azulejaria barrocas, abóbada quinhentista, portal e pias
batismais manuelinos e a Igreja de São Luís. Recomendamos uma visita à
Casa Memória d’Alte, onde funciona o Posto de Turismo local, que dispõe
de informações sobre percursos dentro e fora da aldeia.
Ponto de referência para qualquer visitante é o som das águas da Ribeira
de Alte. Aí encontramos o ex-libris da aldeia: as Fontes (19), Fonte Pequena
e Fonte Grande. Estas nascentes de água, que durante séculos moveram os
nove moinhos existentes ao longo do seu curso e serviram para abastecer
a população local, estão hoje convertidas num local muito aprazível para
piqueniques e banhos, pois possui uma represa em forma de piscina
natural.
A poucos quilómetros de Alte, na direção de Santa Margarida, há um
desvio para a Torre, onde se pode visitar uma cooperativa de produção
artesanal de brinquedos em madeira.
S. Bartolomeu de Messines > Paderne
Vindos de Alte pela EN 124 chegamos a São Bartolomeu de Messines. Vila
situada num longo e fértil vale nas faldas meridionais da montanha do Penedo
Grande, na Serra do Caldeirão. É de visitar a igreja matriz (20) do séc. XVI, com
fachada barroca. O contraste entre o branco das paredes e as cantarias de grés
vermelho, o gracioso adro com escadaria e a riqueza do seu interior, fazem
desta uma merecida visita. O destino seguinte dá-nos a conhecer a vida e
a obra de João de Deus, poeta e pedagogo, autor da “Cartilha Maternal”, na
Casa Museu João de Deus (21). A vila dispõe ainda de diferentes lojas de
artesanato onde se podem adquirir produtos de couro, barro, ferro, latão, tabúa
e trapos. Para usufruir do património natural envolvente aconselhamos uma
rota seguindo a EN 124 até às Barragens do Funcho e do Arade (22). Existem
excelentes locais para passeios, piqueniques ou observação da fauna e flora.
A não esquecer que a Via Algarviana permite entre estas duas vilas um percurso
pedestre agradável na região. Iniciando em Alte, junto às Fontes, rapidamente
no esplendor da típica paisagem do Barrocal algarvio o trilho estreita e a
vegetação adensa, desenvolvendo-se depois já perto de S. Bartolomeu de
Na descida para Tavira encontram-se pequenas casas de petiscos onde
se pode apreciar a gastronomia local.
A poucos quilómetros de Tavira, viramos para a Asseca e vamos encontrar
o Pego do Inferno (20), uma zona de grande riqueza ambiental e
paisagística. É uma excelente área de lazer com uma cascata cujas águas
caem de 5 metros de altura formando uma piscina muito profunda.
Retomamos a estrada em direção a Tavira e na rotunda apanhamos a EN
270 para Santa Catarina.
Informações Úteis
Sta. Catarina Fte. Bispo > Tavira
11 km
Seguimos para a bonita povoação de Santa Catarina da Fonte do
Bispo. Recomendamos a visita à igreja matriz (21), um edifício estilo
renascença do séc. XVI. Entre as imagens merece referência a da N.
Sra. da Graça, do séc. XVI, em tábua, representando a adoração dos
pastores. O património natural desta zona é muito rico. À nossa volta
estendem-se muitas hortas e pomares de sequeiro e de citrinos. As
vastas panorâmicas características da Serra do Caldeirão, dominadas por
estevas são entrecortadas por montes. Descobrimos uma arquitetura
tipicamente serrana, com casas térreas, telhados de uma ou duas águas,
rebocadas ou com pedra à vista. Nos arredores, é bonito o passeio pela
Ribeira de Alportel, aproveitando para observar a avifauna e a flora
locais. Na Cooperativa Agrícola de Santa Catarina (22) visitamos o lagar
de azeite, a destilaria e o museu e, se for possível, no fim ficamos para as
provas de licores e aguardente.
De Santa Catarina de Fonte do Bispo podemos fazer pequenas rotas. A
1.ª rota sugerida leva-nos a Eiras Altas para adquirir bonitas plantas, nos
viveiros locais. É um percurso muito bonito, percorrendo as pequenas
estradas de alcatrão que seguem ao longo da Ribeira da Asseca. A 2.ª
rota leva-nos a visitar o “monte” de Várzeas de Vinagre. E a 3.ª rota levanos a Tavira, cidade do período barroco, com as suas casas senhoriais,
de telhados em triângulo e cantarias lavradas que nos faz deliciar com
os pormenores arquitetónicos, as janelas de reixa ou as platibandas
coloridas. Recomenda-se a visita ao centro de exposições do Palácio da
Galeria (23), ao castelo (24), à Igreja do Carmo (25) ou a outra das muitas
igrejas que Tavira tem para oferecer. Podemos optar por um passeio
ao longo do Rio Gilão, passando pela ponte romana (26) e seguindo
junto ao jardim do coreto até ao antigo mercado, agora convertido em
espaço cultural. E, apanhando o barco até à Ilha de Tavira (27), podemos
ainda mergulhar na beleza da Ria Formosa.
Serviços e Entidades
Câmara Municipal:
São Brás de Alportel 289840000
Tavira 281320500
Centro de Apoio ao
Desenvolvimento Sustentável de São
Brás de Alportel/Associação IN LOCO:
289840860
Centros de Saúde:
Posto de Saúde e Hospital de São Brás
de Alpotel 289840440
Cachopo 281844216
Santa Catarina da Fonte do Bispo
281971145
Guarda Nacional Republicana:
São Brás de Alportel 289840800
Tavira 281325745
Postos de Turismo:
São Brás de Alportel 289843165
Tavira 281322511
Gabinete Técnico-Florestal do
Barranco do Velho:
289846472
Messines num extenso campo de amoreiras, uma das maiores da região.
Voltamos a apanhar a EN 124 e depois a EN 270 em direção a Paderne.
Encostada numa colina, a aldeia de Paderne é um casario branco que mais
parece um presépio. Antes de entrar na vila, as placas de sinalização apontam
para o Castelo de Paderne. A meio do caminho cruzamo-nos com uma
fonte (23) do séc. XVIII. Logo depois, quando se começa a subir, tomamos
um atalho à direita em terra batida e, mesmo por baixo da grande ponte que
carrega a Via do Infante, seguimos em frente para a azenha e açude da Ribeira
de Quarteira (24). Um local aprazível, com água corrente, constituindo um
sistema tradicional de moagem que tem por força motriz o impulso da água.
Estes engenhos são mais antigos que os moinhos de vento e constituem uma
herança do período árabe. Acompanhando a ribeira e situada mais a baixo, no
vale a sudoeste do castelo, ergue-se a ponte medieval (25), de feição romana,
reedificada em 1771 e onde são visíveis três arcos e dois talha-mares com a
forma de prisma triangular. Da azenha voltamos para trás para apanhar de
novo o caminho para o castelo (26). Este castelo é um dos que figuram na
bandeira de Portugal e foi conquistado aos mouros em 1248.
Do alto do castelo vê-se de um lado a azenha e do outro a ponte medieval.
Existe um percurso pedestre de 4 kms em torno do castelo, da ponte e da
azenha. Toda a área é muito rica em fauna e flora. Deixamos o castelo pela
mesma estrada e voltamos à EN 270 para seguir até à vila. É de visitar a igreja
matriz (27), um belíssimo templo de três naves, datada de 1506 e com
acréscimos posteriores. Continuamos pela EN 270 para ir até Boliqueime ou
pela EN 395 para ir até Albufeira.
13 km
A vila de Salir espalha o seu casario branco pela colina, envolvendo as ruínas
do castelo. As ruas estreitas, as paredes caiadas e as flores das casas dãolhe um toque de tranquilo viver. As escavações arqueológicas do castelo
supõem-na habitada pelos celtas, mas foram os árabes que a fizeram
crescer durante o período da ocupação Almoada, no séc. XII. São deles as
ruínas do castelo de Salir (12), um importante património arqueológico.
Inserido no castelo está o Centro Interpretativo Arqueológico de Salir (13)
com escavações arqueológicas do século XII.
Deixamos Salir em direção a Alte pela estrada EN 124, e viramos em
direção à Rocha da Pena (14), Sítio Classificado pelo ICNB e excelente para
a prática do pedestrianismo e de desportos radicais, como parapente ou
escalada. Tomamos a estrada 503 até à Cortinhola. Aqui fazemos um
pequeno desvio até ao Malhão (15), onde existe um excelente miradouro
sobre a serra e um templo budista. Continuando na estrada 542 segue-se
até ao Azinhal onde se desvia para Sarnadas, em direção a Alte. Os terrenos
que atravessamos fazem parte da Quinta do Freixo (16), uma propriedade
Barranco
Informações Úteis
Chaminé
Feira de Artesanato e Produtos Locais
/ Cachopo: 2.º fim de semana de maio
Feira da Serra de Verão de São Brás
Alportel: último fim de semana de julho
Feira da Boa Morte de Tavira: 1 de agosto
Feira de Verão de São Brás de Alportel:
1º domingo de setembro
Feira Anual de Santa Catarina da
Fonte do Bispo: 25 de agosto
Feira de São Francisco de Tavira: 3 a 5
de Outubro
Feira e Festa de Santo Estevão /
Cachopo: 26 de dezembro
Furnazinhas
18
16 15
Mealha
Feiteira
Almada de O
11
Alportel
Umbria
Palheirinhos
Eiras Altas
Fonte do Bispo
20
21 22
2324
Feiras e Mercados
Mercado de Tavira: 3.º sábado de
cada mês
Feira das Velharias de Tavira: 1.º sábado
de cada mês
Feira de São Brás: 2 de fevereiro
Feira da Serra da Primavera de Tavira:
último fim de semana de abril
13
8 7
4 5
63 21
São Brás de Alportel:
(N) 37° 9’ 4.8168” (W) 7° 53’ 19.9314”
Barranco do Velho:
(N) 37° 14’ 16.1196” (W) 7° 56’
10.3014”
Cachopo:
(N) 37° 19’ 59.1924” (W) 7° 49’ 3.3918”
Tavira:
(N) 37° 7’ 33.1854”_(W) 7° 38’ 58.4298”
Santa Catarina da Fonte do Bispo:
(N) 37° 9’ 12.3906”_(W) 7° 47’ 16.2882”
Casas Baixas
10
Tesoureiro
Coordenadas geográficas
12
Água
de Fusos
9
Igreja Matriz de S. B. de Alportel
Vale
do Pereiro
19
17
14
Eventos e Festividades
Festa das Tochas Floridas: Domingo
de Páscoa
Feriado Municipal de São Brás
Alportel: 1 de junho
Feriado Municipal de Tavira: 24 de
junho
Festival de Folclore de Santa Catarina
da Fonte do Bispo: 4.º sábado de julho
Frutos secos
Pego do Inferno - Tavira
26
25
27

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