março de 2014

Transcrição

março de 2014
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MEU
NEGÓCIO
[O desafio é continuar crescendo]
S
im, lançamos a nova revista da ACE. A Varejo
em Foco foi muito bem avaliada por nossos
parceiros, associados, anunciantes e colaboradores. E claro que com esse retorno nos sentimos lisonjeados e muito agradecidos.
Poderíamos ficar assim, curtindo os louros de uma
primeira edição, bem impressa, com pautas interessantes... E quantos não ficam vivendo de
resultados passados? De conquistas que foram
impressionantes?
Engrossando o coro do ditado popular, quem
vive de passado é museu e figurinha repetida não
completa álbum. Pode até parecer uma afirmação pesada, mas é dessa forma que se atinge o
sucesso, fazendo-o acontecer dia após dia, repetidamente e não uma só vez. O desafio de todo
empreendedor de sucesso é se manter competitivo, continuar crescendo sempre!
cidade e à ACE um veículo à altura de sua representatividade.
As ausências cada vez mais frequentes ao trabalho, por parte do colaborador, os cuidados com
o uso das marcas da Copa do Mundo, o dilema
das mães sobre a volta às atividades depois da
licença-maternidade e os flashes do café da manhã que marcou o lançamento da revista você
confere nesta edição.
[EXPEDIENTE]
Textos e fotos
COMpasso Comunicação
Diagramação e Projeto
Gráfico
Nort Marketing Estratégico
Jornalista responsável
Elis Soares - MTB 48.990/SP
Diretoria e Conselho ACE
Marcos Meerson
Carla Maltoni
Armando Tomaducci
Mara Migliato
Danilo Rosa
Fabiano Roncoletta
Giulliana Milamonti
Mário Sérgio
Murilo Offa
Domingo Zaniqueli (in memoriam)
EMPREENDEDORISMO
INDIVIDUAL
14 20
PONTO DE VISTA
DIA DAS
MÃES
Os benefícios oferecidos pela ACE aos mais de
três mil associados e as novidades do mundo dos
negócios também são destacados.
O mês de maio chegou e com ele oportunidades
de vendas, de networking e, principalmente, de
realizações.
Daqui, enviamos votos de feliz Dia das Mães!
Nesta edição, e em todas as outras que hão de
vir, é necessário manter o mesmo entusiasmo, a
mesma vontade de ser inovador, de ajudar os
empresários em seus negócios e de oferecer à
Presidente
Reges Donatti Filho
8
Reges Donatti Filho
Presidente
Tiragem: 4 mil exemplares
Revisão: Gilmara Berverte Magro
ACE Jundiaí
Rua Rangel Pestana, 533 - loja 1
Edifício Palácio do Comércio
Centro - Jundiaí/SP
CEP: 13.201-903
(11) 3308-4305
www.acejundiai.com.br
A Revista Varejo em Foco
é um produto da ACE
Jundiaí e Nort
Marketing Estratégico,
em parceria COMpasso
Comunicação.
Contato Comercial
Thiago Bastos
(11) 9.7092-6324
[email protected]
26 30
CAPA:
DINHEIRO
ESPAÇO DO
EMPREENDEDOR
índice índice
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e fala presidente
EDITORIAL
E EMBALAGEM NOVAS
[
O que uma caricatura e um saco de pão têm em
comum? Podem ser opções econômicas e divertidas de
divulgar sua empresa
[
meu negócio
SEU NEGÓCIO DE CARA
R
enato Martins Zacarias, de 28 anos, formado em Design Gráfico, é especializado em desenhar caricaturas, uma
arte que transforma a pessoa num desenho
animado, ressaltando os traços mais marcantes do rosto e corpo. “Também foco meu trabalho em temas infantis, como super-heróis,
e sou professor de Desenho”, relata.
Com quatro anos de experiência no mercado, Renato aponta que a maioria da demanda vem das famílias. “São filhos querendo
presentear os pais, namorados pretendendo
ter algo personalizado e noivos que usam a
arte nos convites ou mesmo como lembrança da festa”, especifica.
Para os empresários, a indicação do profissional é usar a arte como forma de agradar
ao público. “Enviar caricaturas aos clientes
mostra que cada um merece um tratamento
diferenciado, exclusivo. Outra ideia é valorizar os colaboradores ofertando-lhes uma caricatura, evidenciando algum gosto pessoal.
Com certeza vão se sentir cativados, interferindo inclusive em seus resultados”, acredita
o designer.
Cada caricatura custa em média R$ 40, sendo R$ 50 se for o casal ou mais de uma pessoa na mesma imagem. Outra possibilidade
em eventos é contratar o serviço por hora,
R$ 200. “Dependendo da demanda pode-se
negociar o valor que esteja dentro do orçamento da empresa”, pondera.
Para contratar Renato, basta contatar: (11)
9.9309-2214 ou [email protected].
Para Renato, oferecer caricaturas para os clientes é uma forma de
agradar-lhes, fazendo com que se sintam especiais
NO PAPEL DE PÃO
Canções eternizaram um simples papel de
pão como o local adequado para deixar
recados. Melhor do que isso, a DivulgaPão,
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varejo
EM FOCO
presente em mais de 200 cidades no Brasil,
entendeu que seria usar o espaço para propaganda. “O anunciante contrata quantos
centímetros achar necessário, desde um
único módulo até a embalagem inteira. Os
sacos são entregues gratuitamente nas padarias cadastradas, que economizam nas
embalagens e em troca fazem a distribuição
da publicidade. Todo mundo ganha”, explica Ane Carolina Oliveira, diretora regional de
Marketing.
As vantagens da propaganda é ser ecologicamente correta e ocupar lugar de destaque na mesa do consumidor, proporcionando alto tempo de exposição das marcas.
Criação da arte e distribuição do material
estão inclusos no valor do anúncio. “Um módulo custa R$ 495. A tiragem sendo de 30 mil
unidades, o investimento é de apenas R$
0,01 centavo por saco de pão, que alcança
em média quatro pessoas”, contabiliza a diretora.
Os anunciantes exclusivos ainda podem escolher em quais locais desejam veicular a
propaganda, bem como a quantidade a ser
confeccionada e posteriormente distribuída.
“A embalagem de 5 kg é a mais utilizada e
oferece capacidade para seis a dez pães”,
especifica Ane.
As padarias interessadas em solicitar as sacolas gratuitas e os anunciantes devem entrar
em contato pelo telefone (11) 4497-1971 ou
e-mail [email protected].
Samuel de Oliveira, engenheiro na empresa
Wesa, especializada no desenvolvimento e
fabricação de máquinas e serviços de usinagem, aprova a forma de divulgação. “O que
mais me chamou a atenção foi a praticidade
e a conveniência da propaganda que entra
na casa do cliente num momento agradável
e de forma não agressiva. Além disso, a embalagem é distribuída em locais onde meu
público-alvo também está”, afirma.
empresár ios
devem
ter
atenção
com campanhas e promoções
[
Para que uma oportunidade não se transforme em dor
de cabeça, o primeiro passo é procurar um
especialista em propriedade industrial antes de usar
uma marca
C
om a chegada do campeonato mundial de futebol, o país deve receber
1,2 milhão de visitantes e, aproximadamente, 300 mil micro e pequenas empresas
têm chance de crescimento econômico no
período, de acordo com levantamento feito
pela Fundação Getúlio Vargas.
[
empreendedorismo
COPA DO MUNDO:
de fazer qualquer campanha ligada à Copa
do Mundo, tenha o cuidado de buscar um
especialista em propriedade industrial para
saber se o que você está fazendo ou fará infringe a lei”, recomenda.
A legislação citada por Marcelo é a Lei Geral
da Copa (12.663/12), que estabelece regras
para a realização do evento no país e prevê o encaminhamento de verbas, proteção
de marcas, normas de utilização de estádios,
entre outras questões.
A bola da vez é aproveitar as oportunidades
de mercado e lucrar com a Copa do Mundo, porém, fora de campo, empresários e
agências devem conhecer as regras de uso
de marcas para promover campanhas e
promoções.
De acordo com a FIFA, até janeiro deste ano,
já tinham sido detectados 618 casos de uso
indevido das marcas ligadas à Copa. “No
mundial anterior, uma empresa mandou fazer 60 mil balões com a marca da Copa e
cartelas para as pessoas anotarem o placar
dos jogos. A FIFA notificou e o resultado foi ter
de tirar todo o material de circulação, com
um prejuízo de quase R$ 300 mil, além de resposta a uma ação judicial”, conta Marcelo.
A exclusividade total das marcas é uma estratégia adotada pela FIFA para dar garantias aos patrocinadores do evento.
O motivo dessa atenção é que o Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
concedeu à Federação Internacional de Futebol (FIFA) exclusividade para o uso de 59
registros de marcas de alto renome, ou seja,
de reconhecimento internacional e restrito a
qualquer ramo de atividade.
Marcelo Brandão, da Vilage Marcas e Patentes, aconselha empresários e profissionais que
atuam em agências de publicidade. “Antes
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varejo
EM FOCO
Além de não poder usar as marcas da FIFA
e da Copa do Mundo (veja a lista das nominativas), se não for patrocinador e sem prévia autorização, também é proibido: distribuir
ingressos para os jogos; produzir e vender
produtos com as marcas da FIFA; e realizar
ações promocionais associadas à Copa.
Entenda a diferença entre registro de
marcas:
Nominativa – composta por palavras, expressões ou combinações de letras e números.
Figurativa – constituída de um desenho ou
forma estilizada de letras e números.
Mista – combinação de elementos das marcas figurativa e nominativa.
Lista de 29 das 59 marcas que são
nominativas e não podem ser usadas
sem autorização durante a Copa do
Mundo:
World Cup
FIFA World Cup
FIFA
Copa do Mundo
Brasil 2014
FIFA Beach Soccer World Cup
FIFA Women’s World Cup
Copa do Mundo 2014
Brazil World Cup 2014
Mundial de Futebol Brasil
Men’s World Cup Brazil 2014
Mundial 2014
Brazil Soccer 2014
FIFA Club World Cup
FIFA Futsal World Cup
Copa das Confederações
Green Goal
Natal 2014
Brasília 2014
Cuiabá 2014
São Paulo 2014
Rio 2014
Porto Alegre 2014
Manaus 2014
Fortaleza 2014
Belo Horizonte 2014
Curitiba 2014
Recife 2014
Salvador 2014
Existem ainda marcas figurativas e mistas
(logotipos, mascotes, taça, entre outras) que
também não podem ser utilizadas.
Fora dos gramados: Marcelo Brandão, da
Vilage Marcas e Patentes, aconselha empresários e publicitários sobre o uso indevido de
marcas
[
[
Luiz Ambrósio, Fábio Bossato e
Ana Paula Carvalho fazem parte
do SCPC e são responsáveis por
atender tanto o associado
quanto o consumidor
ACE NO
DIA A DIA
A
ACE Jundiaí está dividida em seis departamentos, além dos serviços terceirizados. Para que você, associado, sinta-se bem atendido, a partir desta edição será
apresentado cada departamento e quem
pode ajudá-lo.
O primeiro é o Serviço Central de Proteção
ao Crédito (SCPC), setor responsável pelo
atendimento – telefônico, de ligações para
consultas dos associados, e presencial, para
consultas dos consumidores, venda de convites, cobrança do Serviço Central de Recuperação ao Crédito (SCRC), processamento
de arquivos para inclusões e exclusões dos
inadimplentes no banco de dados, ofícios
judiciais e estatísticas de consultas e inadimplência.
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varejo
EM FOCO
SERVIÇOS
A ACE Jundiaí agora conta com o serviço do ACCelular, que é uma solução em
telefonia móvel para os associados, utilizando a cobertura da Vivo e garantindo
que haja controle dos gastos telefônicos. Entre os benefícios estão:
Atendimento personalizado
Agilidade para resolver todas as
necessidades dos clientes, com um
consultor disponível para atender
pessoalmente na sede da ACE.
Gestão de consumo
O cliente tem acesso, via web, ao
sistema de gerenciamento de
ligações, podendo transferir minutos
entre linhas telefônicas de um
mesmo contratado.
Facilidade no controle
Avisos de ligação e de
consumo
Se estiver com o aparelho desligado
ou sem sinal, o ACCelular informa
sobre as ligações recebidas durante
o período assim que o aparelho for
religado ou o sinal for restabelecido.
Além disso, por meio do sistema
Aviso de Percentual de Consumo, o
cliente é avisado sobre os minutos já
utilizados.
Por meio do TeleGestor, o cliente
tem controle total do consumo de
cada uma das linhas em tempo real,
as faturas são completas e
detalhadas e o histórico de
consumo, desde a contratação,
está sempre disponível.
varejo
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EM FOCO
* Título da modalidade incentivo emitido pela ICATU CAPITALIZAÇÃO S/A, CNPJ/MF nº 74.267.170/0001-73, Processo SUSEP nº 15414.900130/2013-82. A aprovação deste título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua
adequação às normas em vigor. Serviço de Informação ao Cidadão SUSEP 0800 021 84 84 (dias úteis, das 9h30 às 17h) ou www.susep.gov.br. Ouvidoria Icatu Seguros 0800 286 0047. Fundos de investimento não contam com a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo
de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento pelo investidor ao aplicar os seus recursos. Promoção válida
durante o período de 20/01 a 31/07/2014, para os associados das cooperativas de crédito participantes. Consulte regulamento completo da promoção em sorteemcamposicredi.com.br ou nas cooperativas de crédito participantes. Produtos e serviços sujeitos à disponibilidade na sua cooperativa de crédito.
Para informações sobre produtos e serviços e condições de contratação, dirija-se a uma de nossas unidades de atendimento. Prêmios pagos em moeda corrente nacional e líquidos de impostos. SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.
ACE
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250 mil
ponto de vista
QUANDO E QUA N TO
INVESTIR
EM
PESQUISAS
PARA S E U N E GÓ CIO
V
ivemos hoje na chamada Era da Informação. Em 1959, Peter Drucker identifica um novo tipo de trabalhador em sua
obra “Landmarks of Tomorrow”, o trabalhador do conhecimento. Esse novo funcionário
aliava o trabalho manual com o teórico. Da
década de 60 até hoje, esse tipo de sujeito
se desenvolveu muito, tendo, como alicerce
de sucesso, a informação de qualidade.
de comunicação estão direcionados para os
públicos desejados ou para os públicos mais
rentáveis.
No atual momento em que o acesso à informação é amplo a toda a população, os
gestores precisam
ter ciência de
que nem toda informação de fácil acesso possui
qualidade para
a tomada de decisão. A informação de má qualidade pode gerar
soluções imprecisas com alto risco para marcas,
empresas e produtos. O cenário
atual mostra claramente que a
obtenção da informação de boa qualidade
por meio das pesquisas de mercado, além
de um grande ativo para as corporações, é
também um grande driver para a tomada
de decisão.
O ponto mais importante nessa discussão é
compreender que as pesquisas de mercado estão diretamente envolvidas
com o risco que
uma tomada de
decisão
possui.
O “quando” e o
“quanto”
deve
se investir sempre
dependerá
da
magnitude das
co n s e qu ê nc i as
que uma tomada
de decisão pode
gerar em toda a
corporação.
Entendendo a importância que a pesquisa
de mercado possui hoje nas organizações,
algumas dúvidas ainda precisam ser sanadas. Quando e quanto vale a pena investir
em pesquisa de mercado?
Ao levantar esses
“
números, você rapidamente
chegará à conclusão de que
não vale a pena investir seu
tempo para fazer pesquisas
improvisadas internamente.
Como exemplo, podemos citar a importância que tem pesquisa que identifica o perfil
de consumidor de um produto ou empresa.
Essa identificação pode apontar quais são
os clusters envolvidos no consumo dos produtos ou serviços oferecidos e se os esforços
”
Por exemplo, a
mudança de embalagem de um produto
pode impactar a visibilidade que ele terá no
varejo e o nível de atenção que ele chama
dos consumidores. Mas, ao mesmo tempo,
essa mesma embalagem pode trazer a percepção de valores e características que não
combinam com a marca, deixando-a com
uma cara menos sofisticada, o que levaria à
queda de percepção de valor (custo-benefício).
Podemos citar também a contratação de
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varejo
EM FOCO
celebridades no endosso de marcas ou empresas em campanhas de comunicação.
Esse tipo de investimento financeiro pode ser
extremamente alto e pode apresentar um risco eminente caso a celebridade não possua
um FIT adequado com a marca e com os objetivos de comunicação. Esse é um caso em
que há investimento alto e risco alto. Caso a
campanha seja um fracasso, além de desperdiçar o investimento em cachê e compra
de mídia, a empresa ainda pode denegrir a
imagem ou posicionamento da marca diante dos consumidores.
O leitor atento poderia perguntar: “Já que se
trata de um balanço entre custo e risco, por
que não realizar por conta própria (e assim
reduzir custos)?”
Historicamente, os gestores montavam equipes de pesquisa in house, ou seja, na própria
empresa. A vantagem clara para essa opção
é na redução de custos. No entanto, existem
inúmeros pontos negativos para a escolha. O
principal deles é que, na maioria dos casos,
a pesquisa de mercado não é o core da organização, gerando por muitas vezes resultados insatisfatórios. Além da qualidade, há
a necessidade de gerar estruturas fixas, hierarquias, processos, orçamentos próprios etc.
Tudo girando em torno de uma atividade
que não é o coração da empresa.
Hoje, as lideranças das maiores empresas
contratam empresas de pesquisas por entender que o tempo do gestor é um bem precioso e deve ser destinado para as funções do
core da empresa. O raciocínio é que se torna muito menos custosa a terceirização de
funções, como a de pesquisa de mercado,
enquanto o gestor da empresa destina seu
tempo para as atividades mais importantes e
mais decisivas.
Na prática, pare e pense no seguinte: quan-
to custa sua hora de trabalho? Quanto faturamento, em média, você pode gerar para a
empresa se focar seu tempo em áreas core
da empresa? Quantos projetos estratégicos
você poderia desenvolver que gerariam
condições de incremento de vendas no médio prazo? Ao levantar esses números, você
rapidamente chegará à conclusão de que
não vale a pena investir seu tempo para fazer pesquisas improvisadas internamente. E,
sim, vale a pena deixá-las na mão de especialistas.
Mas saber que não vale a pena fazer pesquisa por conta própria não significa que sempre valha a pena fazer a tal pesquisa. Para
decidir, o gestor de uma pequena, média ou
grande empresa deve, novamente, se voltar
para a questão do risco e fazer perguntas
simples sobre o projeto que está analisando
(e no qual ainda não sabe se vale a pena
investir). Mesmo que não saiba a resposta
exata, deve fazer inferências a partir do seu
expertise sobre o negócio.
Micro, médias ou grandes empresas precisam de informação de qualidade. Por fim,
todas precisam de alguma forma de pesquisa. Cabe aos gestores entenderem o tempo
na execução de atividades do core da empresa como um bem valioso em que se deve
investir. A ideia de tomada de decisão sobre
contratação de informações de qualidade
deve ser feita a partir da perspectiva do risco de ganho e perda, não pelo feeling ou
por impressões subjetivas dos empresários e
gestores.
Diego Senise, diretor da consultoria ILUMEO,
professor da ESPM e autor do livro Retorno
de Investimentos em Comunicação.
DESTAQUE
[
VANESSA REGINA DE FREITAS
V
[
associado em destaque
ASSOCIADO EM
anessa Regina de Freitas, 29 anos, é
proprietária da Versátil Modas, empreendimento localizado no bairro Agape-
a Versátil Modas, que vende roupas masculinas e femininas e também acessórios, atendendo, principalmente, moradores do bairro.
“Antes de me tornar empreendedora, trabalhei em consultório odontológico. A oportunidade de ter o meu próprio negócio surgiu
há quatro anos, quando uma amiga estava
vendendo a loja dela. Foi aí que decidi mudar o rumo da minha carreira e hoje tenho
Conheci a ACE Jundiaí por meio da colaboradora Luana Gonçalves e logo me interessei pelos benefícios que a entidade oferece,
além do atendimento personalizado, com
suporte para entender o que tenho direito e
posso fazer de forma clara e objetiva. A praticidade é um grande diferencial”.
ama.
NOVOS ASSOCIADOS
A
ACE Jundiaí dá boas-vindas aos novos
associados e está de portas abertas
para receber os empreendedores e à
disposição para contribuir com o sucesso de
cada empreendimento.
•Fun Machine Máquinas e Brinquedos
•União Modas
•Alessandro Motos
•C & M Lavanderia
•Moura Net
•J. A. Comércio de Trigo
•Eecomática
•Villa Games Informática
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varejo
EM FOCO
•Nadyr Buffet
•Escola Infantil Meu Primeiro Passo
•Waves Restaurantes
•Brites, Fernandes & Silva
•Higi Protec
•Neal Denny Romano Junior
•Antônio Marreiro
•Peroni S Magazine
•Biológico Análises Clínicas
•Sobrauto Centro Automotivo
•World Fashion
•Farmácia Sobam
•Cão Stillus Banho e Tosa
•SR Planejados
•DivulgaPão Jundiaí
•K E S Modas
•LRS Prestação de Serviços
•Versátil Modas
•Fabrilis Imóveis
•Cicelli de Almeida Mariano
•Célia Márcia dos Santos Santana
•Priscila Regina da Silva Cardoso
•Seth Soluções Contábeis
•Mama Refeições
•Lela Kids
•GR2 Motta
•Planet Electronics
•Claudio Vitor Piga Almeida
•Laundry Tech Comércio e Higienização
•Play House
•Lopes
•New Upgrade
•Agro e Pesca Vida Boa
•Hotel Maria Luiza
•Corpore
•Lembrancinhas Valentina
•One Hair Studio
•Mini Mercado Caca
•Agro Comercial Assis
•Bella Parma
•Caxambu Materiais de Construção
•Visuarte
•Vida
•Loja Toxik
•BMK Cartuchos
•Equilíbrio Cão e Gato
•BMJC Estruturas Metálicas
•Fort Class
•Vil Corte e Dobre Representações
Comerciais
•Óptica Estilo
•Arte X Papelaria
•Profile Camisetas E Uniformes
•Marciel Nicolau Dos Santos
meu negócio
A SÍNDROME DO
ESCRITÓRIO VAZIO
[
[
O termo absenteísmo é usado para designar a ausência ao
trabalho por qualquer razão: doenças, acidentes de trabalho,
direitos legais, fatores sociais e culturais ou próprios da empresa.
Por outro lado, o fenômeno pode demonstrar certa rejeição ao
trabalho, insatisfação com o salário, com as políticas da
empresa, com as condições oferecidas, com a liderança e até
fatores emocionais por parte do colaborador
U
m prejuízo anual de R$ 69.120,00 é que
contabiliza a empresa Office Sistemas
apenas com faltas de funcionários. “Ao
mês, temos em média de 6 a 8 faltas. Considerando a hora técnica do colaborador,
essa ausência custa R$ 5.760 ao caixa por
mês”, revela Jacira Santos, de 45 anos, coordenadora de Recursos Humanos.
O quadro é composto por 33 colaboradores.
Entre os motivos apresentados para as faltas,
Jacira apresenta justificativas como falta de
motivação para o trabalho, cansaço e problemas de saúde. “Notamos um crescimento
considerável nas ausências até final de 2013.
Já no último trimestre o número vem diminuindo”, comemora.
Como forma de punição, a Office Sistemas
aplica a advertência verbal e monitora a
frequência do funcionário, caso reincida nas
faltas, é aplicada advertência escrita e desconto do salário. “Implantamos uma premiação no último trimestre de 2013, no qual era
dado um vale-presente aos funcionários que
não tivessem faltas e/ou atrasos, portanto, a
empresa ficou condicionada a presentear
os funcionários para que os mesmos cumprissem sua carga horária, e por essa razão
decidimos cancelar o prêmio. Atualmente,
estamos pensando em outra forma de incentivo”, adianta.
A estratégia utilizada pela empresa para mi-
nimizar as faltas é fazer um trabalho de conscientização para cumprimento dos horários,
exatamente como indicado por Priscila Savietto, psicóloga e consultora de Recursos
Humanos. “Acredito que programas motivacionais, bonificações, revisão e avaliação de
benefícios oferecidos estão entre algumas
opções que as companhias têm para minimizar o problema”, acredita.
Antes de simplesmente pensar que o funcionário já não é mais o mesmo, Priscila indica
que se olhe atentamente para o caso de
cada um. “As causas podem estar ligadas
a vários fatores, como a falta de motivação
para o trabalho, dificuldade no transporte
até o local, e mais especificamente algumas
mulheres, por exemplo, não conseguem suporte de creches ou da família para deixar os
filhos”, enfatiza a psicóloga.
De acordo com levantamento realizado online pela Harris Interactive, em 2013, com 3.484
trabalhadores e 2.099 gerentes de contratação dos Estados Unidos, as principais razões
dos funcionários para faltar é que eles não
têm vontade de ir para o trabalho (33%), porque precisam relaxar (28%), para ir ao médico (24%), para pôr o sono em dia (19%) ou
executar tarefas pessoais (14%).
Descobertos os reais motivos das faltas e atrasos, vale uma conversa com o colaborador
para que, juntos, possam resolver a questão.
18
varejo
EM FOCO
Direitos assegurados:
O artigo 473 da CLT (Consolidação das Leis
de Trabalho) determina que o trabalhador
pode faltar ao serviço sem desconto de salário em casos de:
•Falecimento do cônjuge, pai, mãe, filhos, irmão ou pessoa que viva sob sua dependência econômica (quando declarada na Carteira de Trabalho e Previdência Social) – até
dois dias consecutivos;
•Casamento – até três dias consecutivos;
•Licença paternidade – até cinco dias consecutivos;
•Doação voluntária de sangue, devidamente comprovada – 1 dia por ano.
Consequências do Absenteísmo:
•Custos diretos;
•Diminuição da produtividade e eficiência;
•Aumento do custo da produção;
•Desorganização das atividades;
•Redução da qualidade do produto/serviço;
•Problemas administrativos;
•Limitação de desempenho;
•Mau atendimento.
Causas do absenteísmo:
•Por cúmplices pessoais internos: chefes e
encarregados que não monitoram a presença ou ausência de seus subordinados no local onde deveriam estar;
•Por cúmplices pessoais externos: chefias que
justificam a ausência ou falta do funcionário
ao setor por tempo maior que o necessário;
médicos ou odontólogos que emitem atestados para outros fins que não sejam saúde;
doação de sangue durante expediente de
trabalho;
•Por cúmplices ambientais internos: presença de cantina, cafezinhos, serviços médicos
assistenciais cúmplices, refeições demoradas;
•Por cúmplices ambientais externos: festas típicas, cultos religiosos, catástrofes etc.;
•Por problemas socioeconômicos: baixos salários, ausência de plano de carreira;
•Por problemas pessoais no trabalho: desavenças com chefes e encarregados, desentendimentos com colegas, ambiente psicopatológico de trabalho.
As desculpas mais esfarrapadas
para as ausências:
•O time de futebol favorito do empregado
perdeu no domingo, então precisou da se-
gunda-feira para se recuperar;
•Empregado está parando de fumar e estava “ranzinza”;
•O empregado machucou a língua e não
podia falar;
•O funcionário alegou que um enxame de
abelhas cercou seu veículo e ele não pôde
sair do carro;
•O empregado sentiu que estava com tanta
raiva que se ele fosse trabalhar poderia machucar alguém;
•O colaborador precisou terminar as compras de Natal;
•O empregado se perdeu e acabou indo
parar em outro estado;
•O empregado não conseguiu decidir o que
vestir.
Fonte - Harris Interactive (EUA)
QUEROVOLTAR A TRABALHAR
[
Apesar de cansativos, os primeiros meses na companhia
da criança são deliciosos e passam rápido. Parece que,
quando a mãe pega o jeito de cuidar do “filhote”, a
licença-maternidade acaba e é hora de voltar à labuta.
Esse é um momento difícil para elas. Será?
[
dia das mães
AMO MEU BEBÊ, MAS
K
átia Oliveira Lima, de 30 anos, é mãe
de primeira viagem e, apesar da tradicional “corujice” das inexperientes, ela
não hesitou em voltar a trabalhar depois da
licença. “Fiquei quatro meses afastada e mesmo durante esse período visitava a empresa
para fazer algumas tarefas rápidas. Sempre
fui acostumada a não ficar parada e por isso
queria muito retornar”, explica a assistente administrativa.
O mesmo aconteceu com Bianca Machado
da Silva Costantini, de 34 anos, gerente regional em uma multinacional.
Depois de cinco meses distante da rotina empresarial, ficou entusiasmada com o recomeço. “Uma ótima sensação foi passar um batom, perfume, colocar aquela roupa que há
tempos não servia, saltos altos esquecidos...
Foi gratificante e ajudou na autoestima. Me
senti útil e me lembrei de que, além de mãe,
sou esposa, filha, profissional, aspectos adormecidos na licença-maternidade”, desabafa.
DE VOLTA AO ESCRITÓRIO
Tomar a decisão de retornar não é a única dificuldade para as mães. Uma vez no ambiente
de trabalho, o desafio é se adaptar à rotina.
“É praticamente começar de novo, do zero. O
mundo corporativo é dinâmico e no início senti a necessidade de trabalhar em dobro para
recuperar o ‘tempo perdido’ e entender o que
ocorreu na ausência com maior agilidade”,
relembra Bianca.
Kátia ainda teve de enfrentar uma mudança
de sistema na empresa durante seu período
de afastamento. “Eu estando de volta, a responsabilidade automaticamente se concentrou em mim. Em dois meses, estou 90% atualizada. O bom é que a equipe toda precisou
se adaptar também, então, não senti tanto a
diferença”, finaliza.
Antes da volta, são necessárias algumas providências. “Eu sempre quis que meu filho fosse alimentado o máximo de tempo com leite
materno. Assim o fiz até o retorno e por isso me
preocupava com a aceitação dele com relação às frutas e papinhas. Deu tudo certo”,
relata Kátia.
Ter onde deixar a criança também foi um cuidado. “Não queria que o Luís Guilherme ficasse de um lado pro outro. Minha opção foi deixá-lo com minha família. Todos os dias na hora
de meu almoço eu passo para dar banho e
alimentá-lo”, afirma Kátia.
Já Bianca optou por deixar o pequeno Augusto na escola. “Visitamos cinco locais e escolhemos com tranquilidade. Uma semana antes
do fim da licença fiquei fora de casa no horário comercial, como uma espécie de adaptação, para que nós dois, após tanto tempo
juntos, experimentássemos a distância. É importante não deixar as resoluções para a última hora, com antecedência tudo fica mais
fácil de lidar”, ensina a gerente.
A volta ao trabalho nunca trouxe sentimento
de culpa para Kátia, porém os estudos a fazem viver um dilema. “Eu termino a faculdade em 2015. Já pensei muito em parar e ainda
estou insegura quanto à continuidade. Minha
família me incentiva, diz que a fase mais crítica
já passou. Eu sei que nada falta ao meu filho,
mas acho que qualquer choro é por causa de
minha ausência”, lamenta.
20
varejo
EM FOCO
Kátia voltou ao trabalho há dois meses, depois da licença-maternidade. Alimentação e local adequado para o bebê
ficar foram as maiores preocupações antes do retorno às atividades
P
ara comemorar o dia delas, a ACE Jundiaí está realizando uma campanha
especial, na qual consumidor e lojista
ganham. Os prêmios são: uma viagem para
duas pessoas com destino a Porto Seguro (BA), tanto para o consumidor sorteado
quanto para o lojista que o atendeu; dois
smartphones Samsung Galaxy S4 mini; 10 vales-compras no valor de R$ 250 cada.
promove evento na Praça da Matriz, no dia
10 de maio. Entre 10h e 15h, a população
poderá fazer consultas de nome gratuitas
ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao
Crédito); hidratar a face; cortar os cabelos e
aprender técnicas de maquiagem.
Todos que consumirem acima de R$ 100, entre 10 de abril e 17 de maio, recebem cupom
para concorrer. As lojas participantes da promoção estão identificadas com cartazes.
Distribuição de pipoca e algodão doce,
orientação sobre saúde bucal no consultório móvel da Uniodonto, sorteio de brindes e
muita música completam o sábado com horário de funcionamento prolongado. As lojas
abrem até as 18h.
Também para homenagear as mães, a ACE
No espaço destinado às crianças, haverá
desenho para colorir e pintura facial.
acontece na ACE
ACONTECE NA ACE
Lançamento da Varejo em Foco
Para marcar a chegada da nova revista da
ACE Jundiaí, a diretoria da entidade, anunciantes e parceiros se reuniram em um café
da manhã no Restaurante Bonjardim – que
apoiou o evento.
A revista traz assuntos do dia a dia dos empresários, com ideias de como minimizar os
problemas e melhorar as vendas, além de retratar a abrangência dos negócios.
Alfredo Rocha em Jundiaí
ACE e SEBRAE - SP
O palestrante mais assistido do Brasil esteve
na cidade e ministrou a palestra Liderança e
Gestão de Pessoas para, aproximadamente,
120 líderes, gestores e gerentes, no Hotel Serra de Jundiaí.
A ACE participou da 6ª Semana Nacional do
Microempreendedor Individual e apresentou
diversos serviços, como EmpregACE, SCPC e
Junta Comercial, tanto na Praça da Matriz
quanto no escritório do SEBRAE-SP.
24
varejo
EM FOCO
DEIXA DOENTE?
[
Pressão social, imediatismo, apatia, excesso de autoconfiança, renda
insuficiente ou inexistente e desequilíbrio são os principais fatores que
interferem na sua saúde financeira
[
matéria de capa
SE U D INH EIRO O
çando a consumir sempre mais”, explica.
Nos Estados Unidos, há um ditado popular
que diz “acompanhar os Jones” (keep up
with the Joneses), e “Jones” é a maneira genérica (e pejorativa) de se referir aos vizinhos.
A lógica é a seguinte: o vizinho comprou um
carro novo, viajou para a praia, construiu
uma piscina, então também devemos copiá-lo.
“A pressão social afeta pessoas de todas as
idades, gêneros e classes sociais. Entre os
mais jovens os efeitos são mais visíveis. Se fulano não usa os tênis da moda ou não tem o
smartphone de última geração, ele é considerado um perdedor em seu grupo social”,
relata Pedro.
As pessoas podem ser mais ou menos resistentes à pressão social, mas pouca gente é
totalmente imune.
“O extremo é colocar sua saúde financeira em risco,
adquirindo coisas
que estão totalmente fora de seu
alcance apenas
para cultivar uma
imagem”, alerta.
brando ou faltando. Uma decisão comum é
entregar a vida financeira na mão de outra
pessoa, normalmente o cônjuge”, relata.
Casos extremos de apatia financeira são frequentemente mencionados pela imprensa.
Atletas ou celebridades aparecem na miséria porque deixam todo o dinheiro na mão
de alguém que era “de confiança”.
Autoconfiança também não é a melhor das
qualidades quando o assunto é finanças. “O
sujeito compra coisas que estão completamente fora de sua capacidade financeira e
depois acredita que vai se virar para pagar”,
define o educador.
O autoconfiante tende também a negligenciar os riscos e assumir o pensamento de que
coisas ruins só acontecem com os outros.
“Essas pessoas nunca formam uma reserva
financeira
para
emergências nem
contratam
apólices de seguros,
e ficando permanentemente
expostas a fatalidades inesperadas”,
diz.
A renda insuficiente ou
“
nula pode ser o resultado
de circunstâncias que estão
fora do controle da pessoa,
associadas ao estado da
economia e ao
desemprego.
Outro fator determinante
para
o endividamento
é o imediatismo.
Viver o aqui e o
agora é uma ideia
tentadora e a publicidade explora bem isso
usando chamadas como “você merece”. “A
tendência ao imediatismo leva à dificuldade na acumulação de recursos e fica difícil
convencer a pessoa a ter uma reserva de
emergência, investir ou se preparar para a
aposentadoria. Tudo se limita ao curto prazo”, lamenta Pedro.
E
stima-se que 65% da população sofre
de alguma patologia relacionada ao
dinheiro, o que leva a pessoa a ter ansiedade, depressão e insônia, e, o pior, só
perceber a situação quando as coisas já estão bem ruins.
Segundo Pedro Braggio, educador e plane-
jador financeiro de famílias e empresas há 18
anos, praticamente tudo hoje nos empurra
na direção do consumo. “Empresas querem
que compremos, pois isso significa mais lucro.
O governo quer que compremos, pois o ato
se traduz em mais impostos. Amigos, família
e colegas de trabalho também acabam, de
maneira voluntária ou involuntária, nos for-
26
varejo
EM FOCO
Para o educador, o planejamento não serve
para prever o futuro, e sim para dar rumo. “É
uma maneira de nos descobrirmos, de conhecer nossas contas, nossos ganhos e nossos padrões de gastos”, avalia.
Há também o paciente apático financeiramente, que tem medo até de olhar o extrato
bancário para não ver o “estrago”. Normalmente, as contas estão em débito automático e as faturas nunca são conferidas, a fim de
não haver irritação. “Infelizmente, os que têm
apatia tendem a não saber se há dinheiro so-
Entre as reclamações dos endividados, está a desculpa de que não
há renda ou então
esta não é suficiente. Seja na forma de salário, comissões, lucro de empresas,
mesada, a renda é a matéria-prima do consumo e da riqueza e pode vir até de pensões
alimentícias ou mesadas, entretanto, a maioria das pessoas precisa trabalhar para obtê-la. Normalmente, as pessoas iniciam uma atividade profissional ou empresarial ganhando
pouco dinheiro, até adquirirem experiência e
qualificação para terem aumento.
”
“A renda insuficiente ou nula pode ser o resultado de circunstâncias que estão fora do
controle da pessoa, associadas ao estado
da economia e ao desemprego. A situação
se agrava quando a pessoa não faz investimentos para aumentar a renda, como, por
exemplo, estudar. É aí que começa o dilema:
não ganho mais, pois não me aperfeiçoo e
não consigo me aperfeiçoar porque não sobra dinheiro”, exemplifica.
Para Pedro, a maioria dos problemas finan-
matéria de capa
PERFIL DO INADIMPLENTE EM JUNDIAÍ [março de 2014]
ceiros da humanidade sumiria se as pessoas
passassem a observar e seguir a regra: viver
conforme as possibilidades. “Infelizmente
não é o caso, o que mais vemos são pessoas
extrapolando seus limites financeiros e, pior,
nem sequer tendo noção disso”, lamenta.
plência. “Foram 230 entrevistados no guichê
de atendimento da ACE. Só responderam ao
questionário as pessoas com débitos registrados no banco de dados do SCPC (Serviço
Central de Proteção ao Crédito)”, detalha
o presidente da ACE Jundiaí, Reges Donatti
Filho.
A cura financeira
O desemprego continua sendo a maior causa da inadimplência, 41% das pessoas assinalaram o item. “É preciso que as pessoas
comecem a organizar suas finanças com
o objetivo de guardar dinheiro para os momentos sem renda”, aconselha.
O consultor indica a terapia como solução
para as doenças do dinheiro. Os problemas
começam a ser resolvidos em alguns encontros, que podem ser individuais, familiares e
até mesmo entre os sócios de uma empresa.
“O primeiro passo do tratamento é o diagnóstico financeiro, que é fundamental para
entender realmente como estão as finanças,
depois disso, há a elaboração do orçamento
doméstico”, explica.
Durante a terapia, a pessoa recebe alguns “deveres de casa”
para começar a
mudar os hábitos
e comportamentos financeiros aos
poucos. À medida
que os resultados
vão sendo alcançados, não restam
dúvidas de que a
melhor escolha foi
feita.
Entre os inadimplentes, 58% são do sexo feminino, enquanto 36% são homens. “Essa é a
maior diferença já registrada, são 22 pontos
percentuais. O dado reforça a maior participação das mulheres nas contas da casa,
visto que são mais preocupadas em estar
inadimplentes e, portanto, buscam por informações; Além
disso,
são mais
abertas a responder a pesquisas e
também podem
apresentear certa dificuldade em
cuidar das finanças”, analisa o
presidente.
“É preciso que as pessoas
comecem a organizar suas
finanças com o objetivo de
guardar dinheiro para os
Em
relação
à
compra com o
nome “sujo”, 87%
dos entrevistados
confirmaram a impossibilidade, contra 79% na pesquisa anterior, em outubro de
2013. “Essa é uma excelente notícia tanto
para os comerciantes quanto para a ACE.
Demonstra que os empresários entendem a
importância de fazer a consulta ao SCPC antes da venda”, comemora.
momentos sem renda
“O papel do educador financeiro no processo é orientar para
a negociação de dívidas, indicação dos
melhores investimentos e opções de crédito,
além de compartilhar um conhecimento que
será usado pela vida inteira, fazendo com
que a pessoa consiga dar continuidade sozinha e podendo passar os ensinamentos aos
filhos, parentes e amigos”, finaliza.
Desemprego é maior motivo
para inadimplência
Dados foram computados pela ACE Jundiaí
por meio de entrevista com 230 pessoas com
débitos no nome, durante todo o mês de
março
”
A pesquisa também aponta boas projeções
de venda para Dia das Mães, Namorados e
Copa do Mundo. “A necessidade de compra a prazo foi apontada por 64% dos inadimplentes que, antes do consumo e para voltar
a ter poder de compra, devem também pagar suas pendências”, acredita.
A próxima pesquisa programada pela ACE
deve acontecer em setembro de 2014. “O
mês é o mais apropriado para medir a projeção de vendas para o Natal”, finaliza Reges.
Entre os dias 1° e 31 de março, a ACE Jundiaí
realizou a 9ª edição da Pesquisa de Inadim-
28
varejo
EM FOCO
Mulher
(58%)
30 a 39 anos
(28%)
Com emprego
(66%)
Atividade formal
(55%)
Trabalha em empresa privada
(41%)
Desemprego foi o motivo da
inadimplência
(41%)
Possui de duas a cinco dívidas
(49%)
Está inadimplente há mais de três anos
(29%)
Renda mensal de R$ 501 a R$ 1.000
(25%)
Não consegue comprar com o nome sujo
(87%)
Tem necessidade de comprar a prazo
(64%)
Pode pagar as dívidas nos próximos 30
dias (45%)
Carnê foi a forma de pagamento
(30%)
ENDIVIDAMENTO X INADIMPLÊNCIA
Endividada é a pessoa que tem grande parte
ou toda a sua renda comprometida com contas
a pagar, como financiamentos, mensalidades,
gastos fixos etc.
Inadimplente é aquele que deixou de pagar alguma dívida.
Pedro Braggio, educador e planejador financeiro de famílias e empresas
[LEITURA] [eSocial]
O Livro Negro do Empreendedor, de Fernando Trias de Bes, traz o outro lado de trabalhar por conta própria. Em cada capítulo, o
autor aborda, a partir de casos reais, fatores
críticos de fracasso com uma visão diferente
sobre empreender.
Por meio da obra, é possível entender por
qual motivo alguns objetivos não são alcançados e adaptar a realidade vivida.
É uma folha de pagamento digital que vai
alterar a forma como todas as empresas do
país lidam com as obrigações fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas. O objetivo
do sistema é unificar o envio dos dados sobre trabalhadores para o governo federal e
a transmissão será por meio eletrônico.
Desde Microempreendedor Individual (MEI)
até grandes empresas são obrigados a se
adequar, e, para isso, a orientação é que a
direção das companhias entenda os impactos da mudança e crie um grupo, formado
por profissionais de diversas áreas (Recursos
Humanos, Tecnologia, Financeiro, entre outras) a fim de validar a alteração.
Tem dúvidas? Procure um contador preparado e de confiança.
30
varejo
EM FOCO

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