Deixe flores onde não houver nada

Transcrição

Deixe flores onde não houver nada
quem faz
Com a palavra a presidente! Representar uma
associação da qual faço parte desde sua criação,
em 2005, e onde a minha empresa, a Artimex,
cresceu e se consolidou no mercado, é para mim
motivo de muita alegria. Iniciar a minha gestão
ao mesmo tempo em que lançamos uma revista
que homenageia a mulher, é motivo de orgulho
e uma oportunidade para parabenizar Andrea
Velame pela sensibilidade e brilhantismo com
que vem conduzindo a editoria dessa publicação.
Também motivo de orgulho e sinônimo de
grande responsabilidade é poder suceder meu
amigo e parceiro, Daidone Júnior, que nesses
dois anos de presidência realizou uma gestão
notável, e a quem deixo aqui os meus sinceros
agradecimentos.
O trabalho que será realizado nesta gestão
é uma continuação do que venho realizando junto à presidência do Circuito de Alta Decoração
em todos esses sete anos que sempre participei
ativamente da diretoria e de decisões estratégicas, que alavancaram a nossa associação e a tornaram uma corporação de respaldo e credibilidade frente ao mercado baiano de decoração.
Sempre busquei, na Artimex, realizar um trabalho respaldado no respeito, que primasse pela
responsabilidade do serviço prestado e pela qualidade do produto oferecido ao cliente, e estou
segura de que vou levar à minha gestão na presidência do Circuito de Alta Decoração todo esse
carinho e amor que tenho pelo meu trabalho.
Nossas diretrizes são substancializadas num
progressivo aprimoramento da qualificação da
associação, no constante crescimento dessa
rede e da consolidação do Circuito junto aos profissionais, mas também numa flexibilidade que
permita à nossa associação se movimentar com
a mesma rapidez que o mercado se move
e se transforma.
Dizem que nós mulheres somos dotadas de
uma sensibilidade aguçada. É bem verdade.
E eu espero ter a habilidade de saber usar esse
dom para realizar uma gestão em que o Circuito
de Alta Decoração tenha de mim, o mesmo orgulho que tenho de presidi-lo.
Tânia Dias
Andrea Velame
Leticia Tararam
Thais Muniz
Nyala Cardoso
Estúdio Gato Louco
Tarcisio Almeida
Marcelo Negromonte
Nando Cordeiro
editorial Maio é um mês que sempre pensamos muito nas mães, nas
noivas, na mulher. E foi com este
intuito que elegi fazer uma revista
em homenagem as mulheres. Afinal,
nada mais pertinente, já que nesta
edição passamos a ter no Circuito de
Alta Decoração, Tânia Dias como a
nossa Presidente, a nossa primeira
Presidente Mulher. Comecei a pesquisar, comecei a divagar e, nossa,
são tantas as vertentes, são tantas
as mulheres, são tantas as curiosidades que quase me perdi. Com tantas
searas a percorrer, precisava dar um
norte a minha pesquisa e finalizei
buscando temas ligados a nossa
área ou não, a nossa sensibilidade, a
nossa cultura, a nossa força, a nossa
capacidade de se reinventar, a nossa
capacidade de administrar a dor, a
nossa capacidade de fazer o belo ou
simplesmente a nossa competência
de ser mulher. Fiz a editoria Oh lá em casa só com
mulheres, e grandes mulheres, escolhi endereços de charme, viagens
pelo Brasil, falamos das mulheres na
Gastronomia e é obvio que o nosso
grande destaque ficou por conta do
nosso Circuito Projeto que nesta edição focou projetos jovens, descolados
e com muitas personalidades! Portanto divirtam-se! andrea velame
expediente
A revista Circuito é uma publicação trimestral da Associação Circuito de Alta Decoração presidente Tânia Dias Nogueira da Silva
capa
vice-presidente Paulo Quintiliano da Fonseca diretor financeiro Henrique Furquim White diretora de relacionamentos e
marketing Magda Bomfim de Carvalho gerente de marketing Lorena Landim assistente de marketing Luana Lima assistente
Jóia Crioula
de comunicação interna Martoni Costa assistente financeiro Vandete Ferreira endereço Av. acm, ed. Golden Plaza, 3213, Parque
A artista plástica Nádia Taquary veste uma de suas jóias-escultura
Bela Vista cep 40280-000, Salvador Bahia, www.circuitodealtadecoracao.com.br 71 3345 1662, 3011 6030 coordenação editorial
em produção especial para Revista do Circuito, com beleza desen-
Andrea Velame colunistas Thaís Muniz, Nyala Cardoso, Letícia Tararam, Tarcísio Almeida, Lucas Assis projeto gráfico santo design
volvida pelo expert Ricardo Brandão, click do Estúdio Gato Louco e
editoração Nando Cordeiro revisão Ernest Bowes Jr fale com a redação [email protected] tiragem 5000 exemplares
direção geral de Andrea Velame.
impressão Gráfica Santa Marta
circuito entrevista
t nyala cardoso f estúdio gato louco
6
circuito entrevista
nádia taquary – a artista
plástica soteropolitana
foi criada em valença,
interior da bahia. ela
fazia jóias para si e
começou a construir
os colares decorativos
inspirados pelo livro
“o círculo das contas”,
da historiadora e
museóloga solange
godoy, feito para o museu
carlos costa pinto (ba).
o livro explica como
as jóias de crioulas
chegaram a salvador e ao
recôncavo baiano. junto
à leitura, somaram-se
pesquisas feitas sobre
cultura africana na
pós-graduação que nádia
fez na escola de belas
artes (ufba).
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Conte-me como descobriu sua paixão pelas jóias utilizadas pelas escravas no Brasil colonial.
Acredito que tudo começou, embrionariamente, na minha infância. Fui presenteada por meu pai com primeiras pulseiras tipo
escravas, com correntes de trancelim, pingentes feitos de coco e
ouro. Havia penduricalhos em forma de jarrinhas, peões, cruzes.
Todos com uma impressionante riqueza de detalhes. Tinha também alguns coraçõezinhos de filigrana (técnica de ourivesaria utilizada no norte de Portugal que foi bastante absorvida na joalheira
baiana). Depois, ao ler o livro O círculo das contas (Solange Godoy/
Museu Carlos Costa Pinto), descobri que muitas outras peças
pertencentes a ele faziam parte daquele universo. Isso produziu
em mim a sensação de encontro, pertencimento, identidade.
Quero que explique como nasce seu processo criativo.
O processo acontece com a explosão de imagens surgidas após
pesquisas, leituras ou mesmo numa roda de conversas inspiradoras sobre arte e estética. Nasce então uma ideia, que vai
tomando forma quando jogo os materiais no chão. Muitas vezes
ela se materializa. Outras vezes, ela é apenas o ponto de partida
da peça, até então desconhecida. Geralmente ela surge voluntariamente, imponente, altiva e alheia à minha vontade. Não sei
delimitar até que ponto eu conduzo ou sou conduzida.
Como define a matéria prima para suas criações?
Com a peça em mente, experimento cores e texturas, pesquiso
sobre as possibilidades da execução nos metais (tendo sempre
em vista os cinzelamentos, os apicoados, os fios de filigrana, as
rendas e o richelieu). Tudo com alusões à indumentária, adereços
e crenças da baiana da época do Brasil colônia. A preferência
pelos tons terrosos no corpo da jóia escultura vem da reverência
à terra farta, onde toda essa cultura proliferou e nos alimenta
até hoje. Já as outras cores geralmente são variações de azul ou
verde, que me remetem às águas, que nos trouxeram de presente todo esse rico legado.
Conheci seu trabalho há pouco mais de 4 anos apresentado por Katiane,
da Xarmonix, que com um olhar experiente identificou o seu talento.
Quantos pontos de venda você tem hoje no Brasil? Katiane é uma pessoa incrível e foi de fundamental importância
no início da Olorum Bamim. Estamos juntas desde o começo e
sou grata pela parceria, que sempre rendeu bons frutos. A Xarmonix foi a primeira loja a apostar em meu trabalho. Hoje, graças
à parceria com a TAG Arts (escritório de arte que gerencia minha
carreira), com a Marco 500 (bureau de designers brasileros em
São Paulo), a Olorum Bamim está presente em cerca de 15 estados do Brasil, nas melhores lojas de decoração.
E a carreira internacional?
Embora ainda não tenhamos pontos de venda no exterior, a
receptividade de estrangeiros que vêm ao Brasil e se encantam
com o trabalho é muito boa. Temos a vontade de expor fora do
país, mas nada confirmado ainda.
sumário
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sumário
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!0 !4
^0 ^6
@4 @9
&2 &8
10 circuito gente Adélia Borges: A curadora do Design no Brasil 14 circuito giro Deixe flores onde não houver nada
16 quero lá em casa! profissionais dão dicas de compras 24 circuito design Front Design, três mulheres comandam o design internacional em Estocolmo 29 circuito projetos premiados do Circuito de Alta Decoração apresentam seus projetos 60 circuito arquitetura Zaha Hahid: Arquitetura de Mestre 66 circuito música AmoWinehouse
70 circuito moda Gisele Bündchen: mulher modelo 72 circuito política Ingrid Betancourt: Sete Anos de Solidão 76 circuito gourmet As tampas das panelas 78 circuito viagens Roteiro de charme na Amazônia 84 circuito
cinema Kathryn Bigelow: Uma mulher de pulso 88 circuito confete Flashes de quem circula pelas festas e premiações
do Circuito de Alta Decoração
circuito gente
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t andrea velame f mariana chama
adélia borges
A curadora do
Design no Brasil
jornalista, curadora
especializada em design
e professora de história
do design na fundação
armando álvares penteado (faap). de 2003 até
2007 dirigiu o museu da
casa brasileira em são
paulo, sp. curadora-geral
da bienal brasileira de
design curitiba 2010. tem
uma larga atividade na
divulgação do design
brasileiro. seus artigos,
textos para catálogos
ou livros de sua autoria
já foram publicados,
além do português, em
alemão, coreano, espanhol, francês, inglês,
italiano e japonês.
Escrever sobre o trabalho de Adélia Borges me
causou uma mistura de sentimentos, pois sempre
senti por Adélia uma profunda admiração como a
grande curadora do Design Brasileiro. Como ousadia
sempre foi uma marca registrada no meu trabalho,
não poderia ser diferente nesta oportunidade. Então
comecei a pensar e de repente me peguei fazendo
um flashback da minha carreira quando vi Adélia pela
primeira vez em 1990. Eu era uma menina ansiosa
por aprender, por descobrir e me deparei com aquele
vulcão de conhecimento. Naquela época não tinha a
menor idéia do que ela fazia, encontrei-a casualmente
em uma loja em SP e achei que era uma designer pelo
conhecimento que ela se referia aos produtos. Nosso
encontro foi na Tepperman, e ela me explicava sobre
uma poltrona que eu estava adquirindo para minha
loja em Salvador, do designer Ico Parisi, que tinha
acabado de conhecer ali, naquele momento, por
Adélia Borges. Saí da loja representando a Tepperman e fã absoluta daquela que, no futuro, entenderia
eu, que não se passava apenas de uma designer e
sim uma grande curadora do design. Mas sabem de
uma coisa que eu percebi passado estes 22 anos?
Adélia Borges é tão designer quanto os designers
que frequentam as suas crônicas, seus ensaios, seus
livros e exposições. Realizou exposições e apresenta
ao público brasileiro uma forma diferente de olhar
o design. Adélia sempre trabalhou a sensibilidade,
permeou um caminho singular alcançando pluralidade na sua trajetória e acaba de lançar um livro Design
+ Artesanato, que reitera tudo que sempre apostei ao
longo destes 22 anos do meu trabalho.
circuito gente
Adélia Borges apresenta neste livro tendências
inéditas que entronizam o design contemporâneo
com perfeita sintonia com os novos valores de uma
ética mundial em torno da sustentabilidade e da
preservação do meio ambiente. Outra característica comum é que Adélia não compra objetos, ela os
descobre, e por isto eles se tornam especiais na sua
vida! Professora de História do Design, Autora e CoAutora de dezenas de livros como Sergio Rodrigues,
sobre a vida e a obra do arquiteto, e Claudia Moreira
Salles: designer onde analisa o trabalho da artista
carioca a partir do estudo dos seus móveis mais
representativos, Adélia viaja pelo mundo dividindo o seu conhecimento e buscando, através do seu
olhar atento para novos talentos. Foi dela o primeiro
texto jornalístico falando do trabalho dos Irmãos
Campana. Algumas pessoas afirmam que o Design
Brasileiro nasceu com Sergio Rodrigues , outros com
os Irmãos Campana. Adélia Borges tem uma opinião
bastante ampla sobre este tema e nas suas palestras
e entrevistas sempre denota a capacidade e amplitude do seu conhecimento.
“o design brasileiro começa com a rede
de dormir, que é uma
criação indígena – uma
criação, aliás, super atual. ela preenche todos
os requisitos da contemporaneidade: leveza,
portabilidade, higiene e
preço bacana.”
segundo adélia,
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No mobiliário, a transição do século XIX para o
século XX, em que nós temos um desenho influenciado nas vanguardas européias com Flávio de Carvalho, que fez coisas incríveis como cadeiras e sofás
na década de 40. Zanine foi outro grande designer
brasileiro, desenvolvendo experiências em compensado, Tenreiro marcou o seu trabalho em madeira na
década de 50 com os pés palitos e Sergio Rodrigues
partiu para uma influência mais ibérica utilizando
bastante couro.
Certa vez li algo sobre Adélia que dizia: “Prefiro ir
ao interior do Brasil a ir ao Salão de Milão”, e fui pesquisar as respostas. Nossa! Adoro uma delas, que
ela fala de um torcicolo intelectual que caracteriza o
brasileiro. “Nós, brasileiros, temos um complexo de
inferioridade de povo colonizado, então preferimos
buscar as referências lá fora. Então isto persistiu por
muito tempo. Só recentemente, a gente pode ver
mudanças maiores. Mas, para mim, o bom é circular
entre dois mundos, entre todos os mundos. Porque
quando circulamos, conseguimos enxergar melhor”.
Para finalizar esta matéria sobre esta diva do design
brasileiro, quero também falar sobre uma citação
dela sobre Marcelo Rosenbaum: “Ele está ajudando
a elite a prestar atenção na riqueza da nossa cultura.
Ele valorizou nossas raízes culturais com criações
contemporâneas.” Nem eu mesma havia percebido o
quanto sou fã de Adélia Borges!
circuito giro
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circuito giro
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Deixe flores onde não houver nada
intitulada de Flower Era,
a tendência que tem nos
causado a sensação de
invasão das flores se
mostra sempre agradável
a todos os olhos.
diversas áreas do design
têm tomado partido da
estética floral para
explorar suas inúmeras
possibilidades e variações.
encantar com beleza é
um dom, e nós mulheres
adoramos esse perfume de
bom gosto no ar.
8
1
Salto pop/chic do designer londrino
2
5
O modelo Minimal Baroque
dos óculos da Prada .
www.prada.com/en/
minimal-baroque
Nicholas Kirkwood.
www.nicholaskirkwood.com
E a plataforma da designer Loeffler Randall.
www.loefflerrandall.com
3
A designer grega Mary Katrantzou desenvolveu
duas parcerias super bacanas com suas estampas
digitais incríveis: bolsas para a francesa Longchamp
e roupas para londrina Top Shop.
6
www.longchamp.com e www.topshop.com
4
7
9
t thaís muniz
Símbolo de tradição e luxo
as porcelanas francesas do
Bernardaud sempre foram os
favoritos da realeza europeia.
www.bernardaud.fr
4 linha Tee-see-do da brasileiríssima Adriana Barra. www.adrianabarra.com.br 5 Perfume Flower Bomb
dos lindos Victor & Rolf. www.viktor-rolf.com 6 Power Flower é o nome da serie de toys criados pelos
alemães do Open Studio. www.weareopenstudio.de 7 Móveis recortados a laser do Studio Bility da
Islandia. www.bility.is 8 Da linha Future Flower, a luminária Laure criada pelo Studio Tord Boontje para
Artecnica. www.artecnicainc.com
quero lá em casa!
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quero lá em casa!
17
Objetos
de desejo
profissionais
elegem, ­dentro das
lojas do Circuito
de Alta Decoração,
seus produtos
favoritos
Container Home
cynthia borja
Dentro do mix de objetos
de decoração sofisticados com estilo clássico
e contemporâneo, a
arquiteta Cynthia Borja
deu destaque para louças
e utilitários brancos
como símbolos de eterna
elegância.
Incantto
Madeiraria
luciana paraíso
layla cardoso e maria
Nos seus projetos,
fernanda leite
Luciana Paraíso aposta em
Layla e Maria Fernanda
complementos atempo-
optaram na versatilidade
rais, como a mesa da foto,
da madeira, com texturas
feita de madeira teca, uma
personalizadas integrando
matéria prima nobre e de
espelhos e acabamentos
alta resistência.
nobres.
quero lá em casa!
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quero lá em casa!
19
Mega Madeira
carla ribeiro e paula moura
A Mega Madeira é uma marca que tem a madeira como
principal matéria prima, explora os sofisticados revestimentos de demolição em painéis e também em uma
linha móveis própria, como a poltrona e o garden seat
escolhidos por Carla Ribeiro e Paula Moura. Retirado
de forro de igrejas e casarões do século passado.
Dynamis
La Luce
jussimar colares
inez fraguas fraga
Quando o assunto é obra,
Para a arquiteta Inez
a arquiteta Jussimar
Fraguas, as luminárias
Colares opta pelo processo
podem ser as grandes
adotado pela Dynamis
vedetes em projetos, e a
Construtora, intitulado
sua aposta do momento
Steel Frame, uma constru-
é o uso de cores intensas
ção seca, mais rápida,
em bases metálicas e de
com maior acabamento
brilho acrílico, presente
e eficiência.
em peças de diversas
dimensões.
quero lá em casa!
20
quero lá em casa!
Vivar
Persianas
Nagila Andrade
Viviane Freitas
Nagila Andrade preferiu
Viviane Freitas interage
o colchão revestido com
com um dos seus corin-
nobuck e malha de alta
gas preferidos: a cortina
gramatura, que tem pro-
Silhouette, que permite
priedade anti peeling e
que a luz entre com muita
bactericida, com a vanta-
suavidade por suas lâmi-
gem do alto suporte, sem
nas de tecido suspensas
abrir mão do conforto.
entre duas telas transparentes.
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quero lá em casa!
Reiki
Adriana Araújo e Suzane Cabus
Adriana Araujo e Suzane Cabus
apostam na leveza do sistema Reiki.
Eles valorizam os projetos com
amplitude e sofisticação, para vistas
exuberantes como a da Barra.
22
quero lá em casa!
23
circuito design
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t andrea velame
front
design
circuito design
Três mulheres
comandam
o design
internacional
em Estocolmo
Front Design é um grupo de designers formado por
três amigas que se conheceram enquanto estudantes
no programa de design industrial no Colégio Universitário de Artes, Artesanato e Design de Estocolmo.
São elas: Sofia Lagerkvist, Charlotte von der Lancken
e Anna Lindgren. A empresa foi fundada em Estocolmo, em fevereiro de 2003, com a proposta de
discutir, questionar e experimentar o design, paixão
comum do quarteto.
Front Design significa “a frente do design”. O trabalho delas foi visto pela primeira vez pelos editores
do Salone de Mobile em Milão, em 2004, e o reconhecimento chegou quase que imediato. Elas foram
impressionantes na maneira que olharam os projetos,
com uma perspectiva de realismo muito interessante.
Tomemos como exemplo a coleção criada para Moooi
do “Design de Animais”, em que elas efetivamente
usaram forças externas para incorporar no processo
criativo, às vezes de modos que são inesperados ou
totalmente orgânicos, onde elas pediram vários animais para auxiliar no processo criativo do design.
O resultado desta coleção se tornou verdadeiros
ícones do design internacional, afinal quem não
gostaria de ter um cavalo fiel, com as verdadeiras
dimensões do animal, trazendo um toque de
força e do lúdico para sua casa? E que tal um pig
em tamanho real servindo os seus convidados?
Isto tudo, óbvio, pagando o preço do desejo de consumo dos apaixonados por design e que entendem
o que significa a produção de uma peça produzida
em PVC laminado, algodão em estrutura metálica
com dimensões que chegam a 2,40m, os pigs
a 1,60m e, além disso, imaginem, desenhados
por três suecas produzidos na Holanda até
chegar a Salvador, o pedigree não pode ser
barato, concordam?
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circuito design
A Front Design trabalha envolvida no processo de
um produto, das discussões e idéias iniciais ao produto final. Seus trabalhos têm como base, discussões comuns explorando e investigando tópicos diversos. O resultado final geralmente comunica uma
estória sobre o processo em si e convenções dentro
do campo do produto ou do material de que é feito.
O grupo busca entender a relação entre objetos recentemente projetados e objetos já existentes,
e o que diferencia os objetos uns dos outros dentro
de uma categoria – onde o objeto comum termina
e onde um novo produto distinto começa.
Na coleção FOUND, conhecida como “Magic collection”, exposta na Galeria Rossana Orlandi, durante
a feira de Milão/2007, diferentes objetos comuns
foram unidos e tendo algumas de suas características
modificadas. Pequenos detalhes dentro de um objeto
se tornaram a essência do novo produto.
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Estes são objetos comuns que foram alterados, tiveram algo adicionado, foram desmontados, remontados
ou tiveram características distintivas alteradas. Entre
eles, um espelho com o reflexo de uma sala em um
momento passado, um globo padrão para lâmpadas
com objetos escondidos que se refletem em decorações por sombras e lâmpadas iluminadas que parecem
flutuar. O lampejo na superfície do vidro se transforma
na decoração da lâmpada. Uma cômoda é dividida e
remontada de forma a parecer desafiar a gravidade.
Bolas de espelho são dispostas em um candelabro que
ilumina a sala com luz tipo confete. Uma luz bilha através da porta levemente adjacente, tornando-se a decoração, porém quando a porta se abre a luz é apagada.
Um armário tem sua superfície mudando constantemente através de placas alternadas de publicidade.
Parece que foi apenas ontem que as garotas suecas
da Front Design – Sofia, Charlotte e Anna – estavam
apenas começando a sua empresa, hoje em 2012,
reconhecidas internacionalmente, o grupo lançou no
Salão internacional do Móvel de Milão para indústria
italiana Porro dois lançamentos, o Armário Chameleon e o Presidente Gentil.
Não se pode deixar
de ser curioso sobre
peças de mobiliário
com nomes como
"Armário Chameleon"
e "Cadeira Presidente
Gentil”.
circuito design
Para a Front, o desenho destas peças foi uma
forma de recriar mundos pequenos. Como tal, a unidade Chameleon acrescenta um toque de magia para
um espaço interior, abrindo-se em um jogo de caixa
chinesa, mudando a aparência e revelando novos
acabamentos.
O Armário Chameleon consiste de uma caixa
em madeira de pereira, com madeira macia acabado numa cor rosa delicado. A unidade também foi
personalizada com gavetas e prateleiras e coberta
de couro para criar um visual que se assemelha a
bagagem de luxo.
Já a Cadeira “Presidente Gentil” segue o exemplo
de um conto de fadas. A Front Design buscou uma
forma clássica na cadeira e deu-lhe um visual mais
moderno e “purificada” no olhar. A curvatura de
metal foi revestida em couro. Aliás, a parte traseira é
totalmente revestida no assento e no encosto o que a
torna macia e confortável, transformando o modelo
em uma cadeira “soft” ao toque e à vista.
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circuito projetos
1
2
3
Novos talentos e profissionais
renomados: o Circuito de
Alta Decoração apresenta
projetos dos arquitetos e
decoradores da Bahia
4
5
6
7
Rua das Rosas, 658, Pituba, 71 3353.8349 [email protected]
circuito projetos
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Bruno
Coelho
circuito projetos
t andrea velame f marcelo negromonte
uma linguagem
jovem chega
ao mercado baiano
Bruno Coelho, um dos premiados do Circuito
de Alta Decoração da Bahia, assinou o projeto deste
apartamento super descolado, debruçado sobre a
Baia de Todos os Santos.
O cliente: um jovem solteiro que tem como hobbys
o surf, a corrida de rua, o rock’n rool, assistir filmes,
séries de TV e games, além do prazer de ter uma
casa para chamar de sua.
Bruno desenvolveu o trabalho respeitando as afinidades do cliente e tratando todos os elementos com
a prioridade do morador. Luz, só técnica para resolver
a sua função; móveis, os mais confortáveis; o piso sonhava com o Marmoglass da Artimex para traduzir o
branco absoluto. Metais, acessórios e pastilhas de vidro, que encontrou na Fonseca Shop a parceria ideal.
E para reduzir a luminosidade da nossa terrinha,
Bruno utilizou cortinas da Têxtil como solução ao
projeto. A produção garimpada em viagens denota
o estilo do cliente associado ao perfil do arquiteto,
que mostrou um olhar especial, cauteloso e purista
no jeito de viver do seu cliente.
1
arquiteto
[email protected],
71 3012.7390, 9983.8985
31
circuito projetos
32
circuito projetos
33
circuito projetos
t andrea velame f marcelo aniello
Eliane
Kruschewsky
34
circuito projetos
2
arquiteta
www.elianekruschewsky.com,
[email protected],
71 2203.4141, 9973.3517
35
Uma das grandes características da arquiteta
Eliane Krusch é a sofisticação e elegância em seus
projetos. Este foi o segundo projeto realizado por
Eliane para esta mesma família, portanto, boa parte
dos móveis foram reutilizados. Pouca obra civil foi
realizada e o restante ficou por conta do reposicionamento do acervo maravilhoso de móveis e obras de
arte, que Eliane havia adquirido no projeto anterior.
No foyer de entrada, a arquiteta optou por utilizar
o Nano Glass da Artimex para dialogar com o piso
de madeira da área social. Devido ao poente da Baia
de Todos os Santos, os clientes solicitaram a Eliane
que o apartamento fosse totalmente climatizado,
o que foi realizado pela Electroair, dando conforto aos
proprietários que recebem visitas com muita frequência. O ponto forte deste projeto ficou por conta da
rica produção. Eliane não só utilizou o acervo existente, mas também garimpou peças especialíssimas
como o espelho dourado do jantar na Xarmonix.
circuito projetos
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circuito projetos
37
vestindo
sua casa
de alegria.
Tecidos, confecções e papéis de parede
Shopping Itaigara, 2° piso, loja 55. 71 3354.0005
www.addesignba.com.br
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t andrea velame f marcelo negromonte
circuito projetos
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3
arquitetos
www.gabrieleluiz.com.br,
[email protected],
[email protected]
71 3495.2724, 8181.6072, 8182.9191
Gabriel
Magalhães e
Luiz Claudio
Souza
cobertura para um
jovem advogado
Receber visitas é um dos prazeres do dono deste ap,
que solicitou a Gabriel e a Luiz Claudio um projeto
contemporâneo, masculino, com ausência total de
madeira, pois o cliente abomina este material, e que
abusasse de espelhos e reflexos. Dever cumprido.
Os arquitetos apresentaram um projeto altamente
contemporâneo e com a cara do cliente.
Seis meses de obra foi o tempo necessário para realização de todas as interferências arquitetônicas necessárias para adequação da necessidade do cliente.
Ao projeto, uma suíte foi sucumbida, dando maior amplitude à suíte master
e gerando a oportunidade para nascer uma das grandes vedetes do projeto,
uma escada em “U”, toda de aço carbono, com pintura eletrostática preta e piso
de Silestone ereto estrelar da Artimex. Embaixo da escada os arquitetos optaram
por utilizar o porcelanato Super Bianco da Fonseca Shop e rodapé com 30 cm
de altura, na área da piscina foi mantido o deck de madeira e a piscina recebeu
pastilha de vidro cristal cor vermelha, uma referência total ao Hotel Unique,
paixão do dono da casa. Todos os armários planejados foram assinados pela
Evviva Bertoline e o preto absoluto deu um ar de muita sofisticação ao projeto.
Uma tela de Ricardo Teixeira vermelha foi um dos pontos de destaque associado
a uma produção cuidadosa desenvolvida pela Container Home.
circuito projetos
40
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t andrea velame f marcelo negromonte
Haifatto
cinza branco e preto
para um executivo
paulista
42
A Haifatto representada por Marcos Rolim, Luciana Bittencourt e Camila Mariana
assinaram o projeto deste apartamento, um cliente apaixonado por toy art e fã dos
super-heróis, que solicitou o branco, preto e cinza como base do projeto. Desenvolver
um projeto para um paulista aficionado pela Bahia foi um desafio gostoso e prazeroso,
fotos de Eduardo Moody retratando a nossa Bahia compuseram as paredes que receberam projeto luminotecnico da La Luce. O espelho foi um dos recursos de ampliação
do projeto, que a Design Vidros realizou um trabalho super bacana. Brincamos com
materiais e texturas, desde o brilho do shantung cinza até a textura dos brilhos dos
revestimentos no lavabo. O trio utilizou o vermelho na poltrona Egg, clássico do mobiliário
e em personagens como o super herói. A fotografia de Pin-up da série Eles querem ser
Gente, do fotógrafo Marcelo Negromonte, também esteve presente neste projeto.
circuito projetos
4
designers e arquiteta
www.haifatto.com.br,
[email protected],
71 9253.4444, 9272.8582, 8780.6931
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circuito projetos
44
circuito projetos
45
circuito projetos
t andrea velame f marcelo negromonte
Mila Saraiva
carta branca para
realizar um sonho
5
arquiteta e designer
de interiores
www.milasaraiva.com,
[email protected],
71 3022.7576, 9244.1788
46
Milena Saraiva foi convidada por uma cliente
que se tornou amiga, para projetar o seu novo apartamento. Saindo de um imóvel de 03 dormitórios
para um quarto e sala, Milena teria que tirar partido
de todos os cantos deste projeto, que a cliente lhe
deu total liberdade autoral. O imóvel foi ao chão
e com ele a necessidade de modificar os materiais:
pisos, revestimentos, louças e metais foram escolhidos na Fonseca Shop. Apaixonada por cozinha, este
foi um dos poucos pedidos da cliente a Milena, um
espaço que pudesse cozinhar e receber ao menos
um casal para degustação. Desejo realizado, Milena
integrou áreas e desenhou uma mesa de jantar integrada a bancada de cozinha, onde utilizou o mármore
circuito projetos
Arabescatto da Artimex como elemento preponderante do projeto. Armários da Dellano integraram
o visual do projeto unindo design e função.
Um dos recursos utilizados por Milena no seu projeto foi a utilização do espelho para dar amplitude
e sofisticação ao espaço realizado pela Ornato.
Os móveis foram escolhidos na Incantto, com exceção do banco de madeira e os móveis da varanda,
que levaram assinatura Sierra.
As cortinas em seda bronze da AD Design deram
verticalidade e muita elegância ao ap. No quarto,
Milena optou por utilizar um revestimento da Têxtil
nas paredes, e uma produção cuidadosa, que traduz
o estilo e a sintonia entre a cliente e a profissional.
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t andrea velame f marcelo negromonte
Unique Arq Design
6
designers de interiores
www.uniquead.com.br,
[email protected],
[email protected],
[email protected],
71 3351.1446, 87991446,
87991442, 8790 1447
o jeito de viver de um
jovem medico
circuito projetos
Kellen Azevedo, Joel Azevedo e João Freire assinaram este projeto de um ap
de dois quartos em Ondina com uma belíssima vista pro mar. O cliente adora
receber amigos, curte games e é apaixonado por leitura. Desejava um apartamento funcional, masculino, moderno, com uma iluminação diferenciada.
A Unique Arq Design buscou esta parceria com a Luzzele que desenvolveu um
projeto com várias cenas de acordo com as necessidades do cliente. Todas as
louças, metais e revestimentos foram escolhidos na Fonseca Shop e as bancadas receberam a assinatura dos mármores da Artimex. O critério na escolha dos
móveis foi outra grande preocupação do trio que escolheu a Efeito Home como
seu grande parceiro. Na varanda para curtir uma vista deslumbrante, a Unique
optou pela Mac, com as suas fibras sintéticas e um design arrojado. A produção
ficou por conta de peças garimpadas na Sierra Móveis e uma belíssima mandala
da Mega Madeira. As cortinas do apartamento foram confeccionadas pela Têxtil,
outra marca de qualidade no projeto.
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circuito projetos
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Camilo
Baiardi
como vive o casal
de arquitetos camilo
e gabriela baiardi
7
arquiteto
www.baiardihouses.com.br,
[email protected],
71 335.6675, 9195-6986
Construir uma casa para a família era uma
responsabilidade muito grande para o casal,
pois neste projeto deveriam conseguir estabelecer
conceitos que consideram fundamentais dentro
da limpeza e fluidez que admiram na arquitetura
contemporânea. Com dois filhos pequenos, a casa
deveria respirar conforto e poucas restrições para
as crianças. Portanto, poucos móveis para não tirar
a liberdade dos babys. Todos os revestimentos,
louças e metais da casa foram da Fonseca Shop,
os mármores das bancadas e pisos especiais da
Artimex. Os móveis, valorizando inclusive elementos
naturais, foram escolhidos na Novoprojeto, e todos
os armários levaram a assinatura da Dellano. Neste
projeto, cada peça conta um pouco da história desta
família apaixonada por volumes, cheios e vazios, por
sombras e luzes, por arquitetura e arte.
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t luara lemos
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zaha hahid
Arquitetura de Mestre
Nascida na Bagdá dos anos
1950, Zaha Hadid é uma das
maiores forças arquitetônicas
da cena contemporânea.
Senhora de abordagem vanguardista da arquitetura,
Zaha Hadid evoca, nos edifícios, o caos da vida moderna,
criado sob múltiplas perspectivas e pontos fragmentados
da geometria, o que a identifica com a corrente
desconstrutivista da arquitetura por quebrar a estética
pós-Bauhaus, da repetição
ordenada das peças industriais. Hadid faz diferente,
cria poesia com a arquitetura.
Após se formar em Matemática pela Universidade Americana de Beirute,
em 1972, Hadid foi para Londres estudar na Architectural Association (AA).
Local ideal para arquitetos ambiciosos, a AA da década de 1970 era o lugar
mais fértil para a imaginação arquitetônica; lá, floresceram nomes como Rem
Koolhaas, Daniel Libeskind, Will Alsop e Bernard Tschumi. Zaha se tornou a única
mulher entre os mais cultuados arquitetos da atualidade e a primeira a ganhar
o Pritzker Prize for Architecture, em 2004, internacionalmente considerado o
prêmio Nobel da Arquitetura. Zaha ocupa, hoje, o ranking dos mais prestigiados
arquitetos, ao lado de mestres como Frank Gehry, Renzo Piano e Oscar Niemeyer.
Dona de um traço poderoso, os espaços de Hadid são criados com formas
inspiradas nas fantasias de futuro, sempre com muitas transparências, cores
e entrelaçados. A arquiteta transcende o domínio do papel, com projetos que
transpiram fluidez, futurismo e complexidade, em incríveis dimensões, de articulação espacial, mobilidade e imaginação infinita. Ao longo de trinta anos de
carreira, muitos dos seus projetos arquitetônicos foram premiados; outros não
saíram do papel. Alguns como o Peak Club de Hong Kong (1983) e o da Ópera
de Cardiff (1994) não foram realizados, embora tenham sido vencedores em
competições internacionais.
Concluído em 2005, o
BMW Central Building,
em Leipzig, na Alemanha,
é o cérebro de toda a
fábrica da BMW. Formas
simples e complexas e
contrastes: concreto,
vidros e transparência.
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A VANGUARDA
Experimentalista,
como ela mesma se
define, Hadid não tem
medo de arriscar; entre
os projetos construídos, o Rosenthal Center
for Contemporary Art
(1998), em Cincinnati,
Estados Unidos, foi
apontado pelo New
York Times como o mais
importante novo edifício
da América desde a
Guerra-Fria. No projeto,
rampas fazem um zigue-zague em meio a tubos
horizontais que saem
do nível do solo, rumo
ao céu. No chão, luzes
dirigem os visitantes de
uma obra para outra.
O Centro ainda permite
que os curadores customizem o espaço a cada
nova exposição. O Vitra
Fire Station (1993),
o Bergisel Ski Jump
(2002), em Innsbruck, Áustria, e o Phaeno
Science Center (2005)
também estão entre
o que há de mais extraordinário no panorama
urbano do século 21.
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As formas da loja Neil
Mobile Art – Chanel
Barrett, em Tókio,
Contemporary Container
convertem-se em balcões
nasceu de uma parceria
e expositores.
de Zaha com a Channel.
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O Móbile Art, inspirado na clássica bolsa de matelassê
da Channel, reúne trabalhos de 20 artistas
Conhecida como uma profissional que transita
entra as fronteiras da arquitetura, do urbanismo
e do design, seu trabalho experimenta novos conceitos espaciais, abrangendo desde a escala urbana
de interiores, o mobiliário e objetos. No cenário da
moda, a arquiteta apresenta uma parceria com a
Channel, assinando um pavilhão de arte itinerante,
denominado Móbile Art. A exposição possui um mix
de fotos, vídeos, esculturas e instalações que reúne
trabalhos de 20 artistas, inspirados na clássica bolsa
de matelassê da marca francesa. Partindo da forma
espiral, o pavilhão é uma grande experiência sensorial e espacial. Os espaços são fluidos e dinâmicos
e a exposição se desenrola em um fluxo centrípeto,
levando a uma área de eventos no centro. Desmontável em sete partes, para ser transportado, o espaço
vai navegar o hemisfério norte e estará em Paris
entre janeiro e fevereiro de 2010.
No setor de calçados, a designer criou seu primeiro sapato para a linha de sandálias de plástico
brasileira Melissa. Nas mãos de Zaha, a sandália
ganhou ares de bota aerodinâmica, com leve salto
e tiras de borracha que circundam o tornozelo em
diferentes alturas. A novidade é a parceria de Zaha
com a marca Lacoste, que lançou uma edição especial e limitada de um calçado futurista que chegou
ao Brasil no segundo semestre de 2009. Foram produzidos 10 mil pares, de quatro modelos, divididos
nas linhas Limited-Edition (botas) e Diffusion Life
(sapatilhas). Para a coleção, Hadid baseou-se na
forma do tradicional jacaré, símbolo da marca,
explorando superfícies e formatos que misturam
o conceito fashion com a ousadia da arquiteta.
Arrasa, Hadid!
Para a linha de sandálias
brasileira Melissa.
circuito música
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Amo Winehouse
Com particulares qualidade
Amy Winehouse mostrou
para o mundo toda a exuberância de sua voz, palavras
e comportamento errado.
Foi mulher, amou e deixou
um pequeno grande legado
de inesquecíveis canções.
t tarcicio almeida
Com um corpo alto, membros raquíticos tatuados,
uma selva formada por cachos de um emaranhado
penteado e um brilho alucinógeno de seus transparentes olhos verdes, Amy Winehouse inspira o posto
de uma das garotas (mulheres) mais importantes da
música contemporânea. Tudo a sua volta foi marcado por uma bagunça desastrosa. De uma natureza doce, agregada a um apetite por autodestruição
e amor incondicional, Amy foi encontrada morta,
aos 27 anos, em seu apartamento em Londres, após
duras tentativas de recuperação pelo uso de drogas,
álcool e muito amor.
A voz da cantora era rouca, tórrida e triste, soava
como se fosse de outro tempo, ecoando como Sarah
Vaughan, Billie Holiday e até mesmo Janis Joplin.
Amy, por sua vez e praticamente sozinha, catapultou
a música soul de volta para o mainstream. Antes de
2008 tinha sido autora de apenas um disco, Frank,
que marcou uma trajetória pequena e de pouca
repercussão. Porém em Back to black, seu segundo
álbum, onde ela o recheou de canções de sofrimento, amor e fino deboche sobre a própria vida, foi que
Whinehouse alcançou o topo, com mais de 2 milhões
de cópias vendidas e cinco Grammys. Prêmio que
não pôde receber devido a sua entrada vetada nos
estados Unidos.
De um sucesso contagiante, com uma voz diferente e até mesmo incompatível, Amy trouxe de volta o
espírito rebelde do rock’n roll para a música popular,
como sempre observou o Dj e produtor Mark Ronson,
que guiou mais da metade dos sucessos das faixas
de Back to Black.
circuito música
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Porém Amy Winehouse não ficou famosa apenas
por sua música cantada com jeito, voz e presença
peculiar. Com um espírito livre de pudores, a artista
não hesitava em mascarar o seu uso demasiado de
álcool, crack, heroína e em especial do amor incondicional pelo marido Blake Fielder-Civil, que em disparado foi sua mais pesada das drogas. Todo o seu
comportamento, por sua vez, trouxe uma mudança
de foco para os jornais, tabloides e internet que
foram responsáveis por uma perseguição incessante
à sua personalidade tão inconstante. A artista tinha
se tornado um conjunto de relações imperfeitas e
o seu próprio público passou a valorizar cada vez
mais a sua frequente performance de chapada, suja
e seminua.
A falta de pudor e privacidade deflagrava uma mulher frágil, vítima de seu próprio tempo, criticada e
estimulada na mesma proporção a viver sempre nos
limites e expor seus defeitos. Amy nos fez acreditar que não havia mais como se agarrar à libertação
(mesmo nas suas entradas e saídas recorrentes da
reabilitação e da sua aparente cura das drogas mais
pesadas no final da sua carreira) – das substâncias,
das pressões externas e dela mesma.
circuito música
Nas suas últimas apresentações, Amy já estava
despreparada e obviamente desgastada, física e
psicologicamente, atirada sempre a milhares de
dezenas de fãs sedentos por sangue. Já estava
trabalhando no seu terceiro álbum e seguia a frente
de uma turnê em mais de 12 lugares, em que o
primeiro show já havia sido um desastre. Tivemos
uma Amy visivelmente embriagada, que errava as
próprias letras, perdia suas deixas e, volta e meia,
abandonava o palco.
Como já foi dito, a musa contemporânea do Soul
foi encontrada morta em seu apartamento e poucos
íntimos e familiares se manifestaram ou tentaram
justificar possibilidades do ocorrido. Porém, vimos
a construção de um mito com mais um vício: o de
viver e alimentar a sua própria história pouco preservada pelo panteão do pop. Para os fãs, a esperança
de que haja mais músicas além das poucas produzidas e lançadas durante sua vida. Haveria sobras que
poderiam, talvez, ver a luz do dia?
Aos seus 27 anos, com seu delineador estilo Cleópatra, essa cantora de timbre eletrizante detonou seus
medos, expôs suas feridas e, por mais frágil e escapista
que pudesse transparecer, mostrou-se como um leão
forte para eternizar o que fez de melhor, a música.
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circuito moda
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circuito moda
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t lucas assis
mulher
modelo
Gisele Bündchen
Ela é a mulher brasileira
mais conhecida do planeta. Gisele Bündchen
também já foi eleita
muitas vezes a mais
bela, a mais sexy, aquela
que mais fatura e sem
dúvida é a nossa TOP de
maior IBOPE. Parece que
para Gisele não existe
qualquer tipo de limite
ou paradigma, ela simplesmente ganhou
o mundo com uma combinação original: a naturalidade da garota de
Ipanema, com os traços
firmes de sua ancestralidade alemã e a perseverança de quem derruba
qualquer estatística em
passadas largas.
No início da carreira de
modelo, Gisele atravessou
a corda bamba como
quem caminha em terra
firme, enfrentou uma
barreira fashion que ditava momentos sombrios
ao exibir imagens de
mulheres esquálidas de
inspiração Heroína Chic.
Sua chegada representou
mudanças drásticas no
mundo da moda e em
pouco tempo os maiores
produtores começaram
a abrir seus olhos para
a imagem da Brazilian
Bombshell,com um visual
que dominou as mais badaladas passarelas e estampa, até hoje, centenas
de capas de revistas.
No final dos anos 90
todas queriam aprender
como ser Gisele, desde
então estão de volta
corpos com curvas mais
naturais, cabelos ondulados que brilham como
ouro e um caminhar que
merece ser apreciado
em câmera lenta. Depois
dela, milhares de meninas
tentam viver este conto
fadas onde o Brasil é o
continente das futuras
top models.
O impacto do “Giselismo” atravessou a
primeira década do
século 21 com números
jamais alcançados,
a começar pelo título de
modelo mais bem paga
do planeta de 2004 a
2010, aparecendo no
Guiness Book como a
modelo mais rica do
mundo, faturando mais
de 45 milhões de dólares em apenas 12 meses.
Hoje, as projeções em
torno de sua fortuna são
ainda mais favoráveis e
estudiosos do mercado
financeiro já apostam
que em pouco tempo
ela estará bilionária, ou
melhor, será a primeira
modelo bilionária da história. Cada investimento
feito pela “Gisele empresária” torna seu talento
ainda mais confiável,
colocando os índices das
Dow Jones na poeira.
Segundo o analista Fred
Fuld, Gisele teve índices
impressionantes, alta
de 29% nas ações que
representa, contra 6,5%
da bolsa de valores Nova
York. Não é para menos,
a imagem da übermodel
se tornou mais poderosa
que qualquer marca de
roupas, carros ou TV por
assinatura.
Com mais de 15 anos
de carreira, ela se mantém inabalável em seu
posto de rainha, além
de outros títulos de
nobreza, como embaixadora da boa vontade,
defensora da natureza e
mãe do pequeno Benjamin. Gisele é modelo em
suas atitudes, exemplo
do sucesso brasileiro e
alguém que sabe como
poucos fazer milhões
com a simpatia que
Deus lhe deu. Difícil é
não gostar dela!
* A obra do artista
gráfico Eduardo Recife
inspirou a infogravura
de Lucas Assis
circuito política
t nyala cardoso f jean-marie périer
sete
anos
de solidão
Fazer política na
Colômbia já é um risco
em si. Fazer política
ativista de combate
ao narcotráfico e à
corrupção é, talvez,
um ato quase suicida.
Mas também um ato
de coragem. Ingrid
Betancourt ousou abrir
guerra contra os cartéis
da droga que fizeram
da Colômbia, um dos
países mais perigosos
do mundo e principal
ponto de partida do
tráfico internacional.
Ganhou notoriedade,
inimigos e sete anos
de uma trajetória
amarga, aprisionada
na selva colombiana,
refém da guerrilha
mais antiga da América
Latina, as FARC.
72
circuito política
73
O Cativeiro
A causa
Em 1994, a filha de Gabriel Betancourt, ex-ministro da educação e ex-embaixador da Colômbia
junto à UNESCO, lança o partido Oxigênio Verde
com o objetivo de organizar um esforço político de
repressão às forças corruptivas da Colômbia. Eleita
Deputada Federal, inicia uma batalha contra o então
presidente Ernesto Samper, acusado de financiar a
candidatura com dinheiro das drogas.
Ingrid Betancourt concorre ao cargo de senadora
em 1998 e obtém a maior votação da história do país,
no mesmo ano em que Andrés Pastrana vence as
eleições para presidente. Em sua recandidatura, Pastrana recebe o apoio político de Betancourt em troca
de uma profunda reforma anti-corrupção, mas não
cumpre o acordo em seu mandato. A senadora retira
o apoio ao governo, junta-se à oposição e lança, em
2001, sua campanha para presidência da Colômbia.
O Sequestro
No início de 2002, o mandato de Andrés Pastrana
chegava ao fim e o processo de paz com as FARC havia desmoronado. O presidente enviou o exército colombiano à DMZ, área desmilitarizada pelo governo
para as negociações com as FARC, e deu o prazo de
48hrs para a guerrilha abandonar o território. Como
parte de sua candidatura, Ingrid tinha agendado uma
visita a San Vicente del Caguán, na DMZ, para apoiar
o seu prefeito, membro do partido Oxigênio Verde.
No mesmo dia e local, Pastrana organizou uma conferencia de imprensa a fim de provar, com a sua presença, que a operação militar de expulsão das FARC
tinha sido um sucesso e que a área era segura.
Minutos antes de partir para San Vicente del Caguán, Ingrid recebe a informação de que o governo
ordenou aos militares que abandonassem a missão
de escoltá-la. “Se eu aceitasse que o governo controlasse minha campanha, seria o fim dela. Não podia
ceder às chantagens do governo e tinha um compromisso com a população de São Vicente. Decidi ir”,
Ingrid explica e complementa: “ninguém podia suspeitar que as FARC teria a audácia de fazer um bloqueio, num lugar totalmente sitiado pelos militares”.
Mas os homens que vestiam uniformes militares
usavam botas de borracha. “Me avisaram para ficar
atenta: se as botas fossem de couro, era o exército
colombiano, se fossem de borracha, era a guerrilha.
Quando me dei conta, já não havia mais como fazer
uma manobra de fuga”, lamenta.
Única mulher durantes muitos anos num grupo
de reféns e sequestradores, todos homens, Ingrid
passou por muitas situações delicadas e desumanas.
Muitas delas relatadas em seu livro “Não há silêncio
que não termine”, lançado dois anos depois de sua
libertação. Nele, confessa que durante os quase sete
anos em que esteve sob o domínio das FARC, ela e
seus companheiros foram tratados como animais,
em um lugar sem espelhos, tendo que pedir permissão
para lavar as mãos, sempre sujos, pegajosos, sendo
atacados por bichos, sempre machucados, sentindo
dor. “Minha pele era como uma barreira entre meu
corpo e um mundo extremamente hostil e agressivo.
Não houve um só dia em que alguma parte do meu
corpo não estivesse chorando.”
"não há resistência sem
coragem." Ingrid Betancourt
Ingrid conta ainda que à noite, na selva, era como
voltar à pré-história. Não havia luz, só o medo.
Medo de escuro, pois não se podia ver as mãos à
um palmo no rosto. Medo de ser atacado por algum
animal selvagem. Medo dos guardas que, à noite,
protegidos pela escuridão podiam se tornar mais
violentos. Medo de um resgate, que apesar de tão
sonhado, trazia a temor de um fogo cruzado, e a
possibilidade de que muitos morressem ali. Os ruídos
eram a única maneira de estar atento a qualquer
perigo, então, o sono era sempre leve e inconstante,
durante os quase sete anos.
Para as FARC o sequestro de Ingrid lhes caíram
como luva no frio. Casualidade ou não, a captura da
ex-senadora lhes rendeu mídia mundial e, portanto,
mais poder. Diziam a ela que nunca sairia dali, que
ela era muito importante para eles como refém para
ser trocada ou libertada. Por isso, a obsessão de
Ingrid era fugir. Foram muitas tentativas frustradas,
em que foi recapturada e submetida a severas punições. Passou anos acorrentada pelo pescoço numa
árvore e, ainda assim, sempre que possível, voltava
a planejar, calcular e tentar fuga, insistentemente.
“Era o que me permitia ter a sensação de possuir
algum controle sobre minha vida, como um preparo
para romper com essa maldição que tinha caído
sobre a mim”, desabafa.
circuito política
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A Guerrilha
"tudo que ataca a
dignidade humana é um
erro." Ingrid Betancourt
Vinda de uma geração onde Che Guevara era
um ídolo, Ingrid, como muitos, imaginava que uma
guerrilha devia ter algo de romântico, nos ideais,
numa conduta ética, no respeito à dignidade humana.
Mas o que viu nas FARC foi um sistema de crueldade,
de sadismo e de delação constante entre os próprios
guerrilheiros. “Expostos à morte constantemente,
muitos deles criados na milícia desde meninos, encontram a frieza como proteção”, considera a ex-cativa.
A ideia de que as FARC nasceram de uma guerrilha
com ideais políticos marxistas e leninianos, Ingrid
diz aceitar, mas afirma que se tornaram um cartel militarizado do narcotráfico e acredita que uma
vez que começa a ser financiada pelo narcotráfico,
dificilmente uma guerrilha não abnega seus ideais de
justiça em detrimento das seduções que o poder lhes
oferece. “Dizem que os fins justificam os meios. Mas
os meios acabam transformando os fins”, conclui.
circuito política
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O resgate
Numa impressionante operação, encabeçada pelo
presidente Álvaro Uribe e pelo ministro da Defesa,
Juan Manuel Santos, as Forças Especiais do Exército
Colombiano se infiltraram no secretariado das FARC
e conseguiram interceptar uma falsa comunicação
entre o chefe de codinome “Mono Jojoy” e o Comandante César, responsável pelo grupo de reféns onde
se encontrava Ingrid. Simularam uma ordem para
que César reunisse 15 prisioneiros selecionados, que
deveriam ser transferidos, através do helicóptero de
uma ONG fictícia, pretensamente aliada das FARC,
para um novo acampamento, onde passariam à responsabilidade de Guillermo Saenz Vargas, codinome
“Alfonso Cano”, comandante supremo das FARC.
Enfileirados e acorrentados à espera do helicóptero,
Ingrid e seus companheiros não faziam juízo do que
realmente acontecia. Apavorados com a ideia do terror que lhes esperava o novo destino, muitos protestaram, mas foram obrigados a subir na aeronave sob
a mira das metralhadoras da guerrilha. Quando o helicóptero alçou voo, os dois membros das FARC que
estavam no translado foram subitamente detidos,
para espanto e confusão dos reféns e num ato enérgico um dos tripulantes lançou para cima o boné
branco da suposta “Missão Humanitária” e gritou:
Somos o Exército da Colômbia.
Vocês estão livres!
O Início
Por passar anos vivendo como nômade e trocando
de acampamento a cada mês, a Ingrid lhe custou
muito adaptar-se em um único lugar, depois de libertada. Durante muito tempo se revezou entre as casas
de seus filhos e a da sua mãe. Somente três anos
após o fim do cativeiro, Ingrid diz ter sentido que
começou a ser a pessoa que sempre foi e que, enfim,
conseguiu retomar a tranquilidade. “Quando o ser
humano é levado a condições extremas, o que lhe
passa ao corpo, é possível esquecer. Mas é preciso
proteger a alma”, reflete. Atualmente, a ex-senadora
trabalha na Fundação Ingrid Betancourt pela Liberdade,
que ajuda famílias de sequestrados pelas FARC.
circuito gourmet
t nyala cardoso
As tampas
das panelas
Houve um tempo em que as mulheres
buscaram se afastar do estigma da cozinha e saíram desse ambiente engordurado e desvalorizado pela sociedade
para trabalhar fora, com orgulho. Agora,
elas estão de volta aos fogões, com a
cabeça erguida e uma série de utensílios
inacreditáveis, temperos raros e receitas
elaboradas. Não, não foi a mulher quem
voltou atrás, foi a culinária que ficou garbosa, mudou de nome e vem seduzindo
o universo feminino moderno. E nessa
nova atmosfera, ir à cozinha nada tem a
ver com lágrimas de cebola e a obrigação
de preparar o arroz com feijão cotidiano.
O lema, agora, é desfrutar o prazer de
exercitar-se na arte da Gastronomia.
Hoje já não dá para falar de gastronomia
brasileira sem citar nomes como Carla
Pernambuco, Helena Rizzo, Heloísa Bacellar e Flávia Sampaio.
76
Na gastronomia internacional, Nigella Lawson e
seu estilo culinário ganharam lugar especial no hall da
fama. Intitulada “a deusa da culinária” pelo público
britânico, a chef e apresentadora inglesa comanda
um programa na GNT com prestígio e audiência
equivalentes aos do estrelado chef Jamie Oliver.
Aos 51, Nigella Lawson é linda, dona de curvas
generosas e adepta do prazer de comer sem culpa,
sempre provando pratos calóricos na TV e lambendo
os dedos de satisfação.
A baiana Flavia Sampaio se formou pela Le Cordon
Bleu de Londres, estagiou no estrelado restaurante
britânico The Square, no DOM, de Alex Atala e,
recentemente, esteve nos EUA aprendendo técnicas
de gastronomia molecular. Com prestígio de estrela
da gastronomia, Flávia prefere manter os pés no
chão e não se deslumbra facilmente: “tenho muito
que aprender. Você vê tanto ‘chef-estrela’ que,
às vezes, esquece que o que deu glamour foi o
trabalho”, declara.
circuito gourmet
A chef Helena Rizzo começou a vida profissional
trabalhando como modelo, mas o que queria mesmo
era cozinhar. Trocou as sessões fotográficas pelo
comando do Na Mata Café e logo se lançou à Espanha com a intenção de conquistar mais experiência.
Chegou a ser chef do El Celler de Barcelona onde
conheceu o marido – e também chef, Daniel Redondo,
com quem hoje divide o comando do restaurante
Maní, uma espécie de cozinha mediterrânea à brasileira, endereço obrigatório em São Paulo.
Também imperdível – e inesquecível – para quem
mora ou visita a capital paulistana é o sabor que
vem da cozinha do charmoso restaurante Lá da
Venda. O cuidadoso cardápio, desenvolvido pela
chef Heloísa Bacellar, usa produtos orgânicos e combinações conhecidas preparadas de maneira surpreendente, sugerindo uma “alta gastronomia caseira”.
Graduada em direito, Heloísa resolveu se render à
verdadeira vocação e se formou em gastronomia
pela Le Cordon Bleu, de Paris. Hoje é chef, escritora
de livros de gastronomia e colecionadora de elogios.
77
Carla Pernambuco já foi atriz, jornalista e relações-públicas, antes de perceber-se chef e inaugurar o
restaurante Carlota, um case de sucesso que tem filial
no Rio de Janeiro e uma coleção incontável de sectários. Chef, pesquisadora, autora de livros de sucesso,
blogueira, palestrante, coordenadora de semanas
gastronômicas no exterior, colunista de rádio e revista.
Acha pouco? Carla estreou em 2011 uma temporada
de programas no Canal Fox, chamada “Brasil no Prato”
e abriu no mesmo tempo, em parceria com Carolina
Brandão, a deli Las Chicas, na Oscar Freire, que já era
sucesso antes mesmo de inaugurar.
É notório que na liderança das cozinhas
de grandes restaurantes pelo mundo a
mulher ainda é minoria, mas em ascensão
constante. O equilíbrio dos sexos é questão de tempo, apenas. No frigir dos ovos,
as dificuldades são as mesmas e quando
se trata de inspiração e habilidade não importa o gênero. A Coisa é certa: a cozinha
é um lugar onde tudo que se produz tem
uma combinação de ingredientes fundamental: dedicação e zelo, o que pode ser
traduzido em amor. Disso mulher entende
bem e quase que por instinto. Não á toa,
elas estão chegando e conquistando paladares por onde passam, espalhando
seus temperos.
circuito viagens
t anna letícia tararam
roteiro
de charme
naAmazônia
já decidiu onde vai passar as férias de
inverno? não? que tal desfrutar novas
experiências na floresta amazônica?
com direito a passeios na selva e contato
com a fauna e a flora local, esses serão
dias inesquecíveis para quem gosta de entrar
em contato com a natureza e relaxar.
Os hotéis de selva tem sido uma boa alternativa
para pessoas que curtem fugir das viagens convencionais de inverno para conhecer e descobrir lugares charmosos com belezas naturais. A Floresta
Amazônica é formada por uma selva densa, que na
sua maior parte é intocada, por isso, tem uma rica
biodiversidade, sem falar nos inúmeros rios que formam igarapés, corredeiras que também dão formas
a lindos bancos de areias e belíssimas praias fluviais.
Tudo isso faz da Floresta Amazônica um espetáculo
à parte cheio de lendas e mistérios que contagiam
ribeirinhos e visitantes.
Segundo a Lenda das Amazonas, um dos primeiros
desbravadores da região navegava pelos labirintos
fluviais quando encontrou uma tribo de mulheres
guerreiras – as Amazonas. Porém, essa tribo nunca foi
localizada, mas deu nome à floresta e a lenda continua
sendo contata até os dias de hoje. Confira algumas
opções de hotéis de selva para se deliciar neste inverno, afinal, são quatrocentos anos de histórias, charmes e sonhos que valem a pena conferir de perto!
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Ariaú Amazon Towers
Amazon Ecopark Jungle Lodge
Localizado no Município de Iranduba, o Hotel de Selva
Ariaú Amazon Towers é construído sobre palafitas de madeira à altura da copa das árvores e integra-se com a maior
parte da vida selvagem existente na selva amazônica.
Dentro as inúmeras atrações do hotel estão algumas atividades que fazem da viagem um passeio inesquecível.
O Amazon Ecopark Jungle Lodge atua há 21 anos como complexo turístico, científico
e educacional e está em atividade como hotel de selva desde 1995. O Ecopark fica
localizado a quase uma hora de distância do aeroporto de Manaus e às margens
do Rio Tarumã, um afluente do Rio Negro. Oferece 64 apartamentos, distribuídos
entre 20 bangalôs rústicos de design típico da região e construídos na área de floresta. No restaurante panorâmico com arquitetura indígena, os hospedes podem
desfrutar os melhores pratos da cozinha regional e internacional. Aqui o viajante
vivencia a natureza sem abrir mão do conforto.
www.ariau.tur.br
Atividades
* Focagem de Jacaré – O nosso guia, auxiliado por
uma lanterna, levará você ao longo do Rio Ariaú para
entrar em contato com um lindo jacaré tinga ou açu.
Após a captura de uma espécie, um dos guias dará uma
explicação sobre a vida e a anatomia dos jacarés, assim
como uma descrição dos diferentes tipos de jacarés
existentes nesta área. É recomendável usar repelente
de insetos.
* Caminhada na Selva – O guia de selva irá com seu
grupo em uma parte da floresta não alagada para uma
caminhada de aproximadamente uma hora. Peculiaridades como plantas medicinais, diferentes tipos de árvores, insetos utilizados na alimentação, entre outros,
serão mostrados e explicados. É recomendável usar
repelente de insetos e protetor solar.
* Visita à Vila do São Tomé – A vila do São Tomé
é um excelente exemplo de uma comunidade cabocla,
bem organizada, com seu próprio sistema de saúde,
energia, política social e educacional. Ao ter contato
com esta comunidade e com os seus elementos, você
terá a oportunidade de vivenciar o cotidiano de uma
vila amazônica.
Curiosidade:
Com 20 anos de existência, o hotel já foi cenário
do filme “Anaconda”, da
Sony Pictures; base de
operações dos realities
shows “Survivor”, da
CBS TV americana, e “La
Selva de los Famosos”, da
Antena 3 TV espanhola;
assim como participou de
muitas outras reportagens e curtas metragens.
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www.amazonecopark.com.br
Atividades
* Encontro das águas – Navegação descendo
o Rio Negro com vista para a cidade de Manaus.
No local do “Encontro das Águas”, as águas escuras do Rio Negro encontram-se com as águas
marrons do Rio Solimões. A partir deste ponto
ambos os rios formam o famoso Rio Amazonas
que corre até o Oceano Atlântico. As águas dos dois
rios correm juntas por aproximadamente 12 km,
lado a lado, sem misturar-se. Este fenômeno ocorre
devido às diferenças de temperaturas, densidade e
velocidade destes rios.
* Tour do Amanhecer – Saída do hotel em canoas,
acompanhados de guia bilíngue, para apreciação
do maravilhoso nascer do sol na Amazônia, com
oportunidade de avistar pássaros na alvorada.
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Atividades
Anavilhanas Jungle Lodge
www.anavilhanaslodge.com
O Anavilhanas Jungle Lodge está localizado no município de Novo Airão, na
margem direita do Rio Negro e fica posicionado em frente ao maior arquipélago
fluvial do mundo, banhado pelas águas do Rio Negro e cortado pelos igarapés do
Pato e do Monteiro.
A arquitetura segue o que há de mais regional, com muita palha, madeira e estruturas suspensas tipo palafitas. O rústico é ressaltado com traços modernos que
enfatizam a beleza dos materiais naturais e o papel que desempenham na sua estrutura. O restaurante se esconde entre as árvores, mas por entre elas é possível
enxergar o rio de águas negras, que de tão escuro foi chamado de Rio Negro.
O deck e a piscina ficam debruçados sobre o rio e se protegem entre as árvores
que propiciam sombra, tranquilidade e um perfeito espaço para contemplação.
* Visita aos botos cor-de-rosa e artesanato
em Novo Aírão - Visita ao flutuante onde botos
cor-de-rosa se aproximam em busca de peixes.
Logo após visitamos dois centros de artesanato.
Duração 2h30.
* Pescaria de piranhas - Uma divertida pescaria
em canoas de madeira pelos igarapés da região,
onde o turista terá a oportunidade de fisgar algumas piranhas e outros peixes enquanto desfruta da
paisagem ao redor. Duração: 2h.
* Dia completo no Madadá - Os hóspedes embarcam numa lancha rápida para subir o Rio Negro,
em direção à localidade do Madadá, cruzando boa
parte do setor norte do Arquipélago. Chegando lá,
uma trilha longa de cerca de 3 h é guiada por entre
algumas formações rochosas muito peculiares.
O almoço é servido em forma de piquenique num
mirante e na volta ao lodge seguimos por entre as
ilhas explorando seus labirintos.
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t nyala cardoso
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em 83 anos de premiação,
nunca foi fácil para as
mulheres conquistarem
seu espaço na academia
de ciências e artes cinematográficas. primeira
mulher a levar a estatueta de melhor filme,
a diretora kathryn bigelow rompeu barreiras ao
entrar para um clube
até então exclusivamente masculino. o oscar à
GUERRA AO TERROR não foi
apenas uma vitória pessoal, mas conquista sociocultural, que deu início a
uma nova perspectiva no
universo da sétima arte.
Kathryn
Bigelow:
Uma
mulher
de pulso
Kathryn arrisca sua
reputação ao retratar a
desventurada operação
do exército americano
no Iraque, sob o comando de George W. Bush,
uma das mais recentes
feridas da história dos
Estados Unidos. Repleto
de ação e laureado de
críticas, Guerra ao Terror
retrata o cotidiano de
um esquadrão especializado em desativar
bombas sob uma perspectiva real, que foge do
romantismo americano
do soldado heróico,
trazendo uma reflexão
sobre a maneira como o
ser humano lida com a
angústia de ter que escolher diariamente entre
matar ou morrer.
O filme de Kathryn
Bigelow levou também
as estatuetas por melhor
diretor, roteiro original,
montagem, edição e
mixagem de som em
2010. Na categoria de
melhor filme, desbancou
em 2010 nomes como
Quentin Tarantino, que
concorria por Bastardos Inglórios e James
Cameron, ex-marido
da diretora, favorito ao
Oscar daquele ano, pelo
afamado Avatar, que
ficou com melhor direção de arte, fotografia e
efeitos visuais.
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Filha de uma bibliotecária e de um gerente de
fábrica de tintas, Kathryn tornou-se pintora, estudou
na Universidade de Columbia e lecionou no Instituto
de Artes da Califórnia. Em 1978, dirigiu seu primeiro
curta-metragem, The Set-Up e em 1991, o longa Caçadores de Emoção, um jogo de gato e rato estrelado
por Patrick Swayze e Keanu Reeves que revelou a
habilidade da diretora em retratar o universo masculino. Após o casamento de três anos com Cameron,
que chegou ao fim em 1992, Kathryn dirigiu Estranhos Prazeres, escrito e produzido por ele.
Em meados de 2010 foi anunciado que Kathryn
esteve no Brasil para pesquisar possíveis locações
de um próximo trabalho, um filme de ação e aventura cuja abordagem seria a violência na Tríplice
Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. O roteiro, que trataria da existência de cartéis de drogas
e organizações criminosas como a máfia chinesa,
terroristas árabes na região das Cataratas do Iguaçu,
desagradou às autoridades dos países da fronteira,
que se manifestaram contra possíveis filmagens no
local. O filme de título “Sleeping Dogs”, que teria
cotado nomes de peso como Sean Penn, Denzel Washington, Javier Bardem, Will Smith e Johnny Depp,
não foi confirmado.
O novo filme da premiada diretora está previsto para ser lançado em dezembro
deste ano, e é centrado no grupo do exército americano que caçou e assassinou
o terrorista Osama Bin Laden. Proibida de gravar no Paquistão, Kathryn está filmando na Índia, onde radicais da direita protestam pelo fato do país estar sendo
usado para reproduzir as locações do território inimigo, onde Bin Laden foi morto.
Sob o título de Zero Dark Thirty, retirado da expressão militar que significa 30
minutos após a meia noite, o filme começou a ser rodado na cidade de Chandigarh, próximo a capital indiana de Nova Delhi e planejada nos anos 50 pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier. Com um histórico de filmes que nada tem a ver com
o doce e açucarado romantismo feminino americano, Kathryn provou não apenas
que o gênero não é condição para se realizar um filme viril, como mostrou que
sabe fazer – e bem – filme para homem ver e o mundo aplaudir de pé.
Flavio Moura
Wagner Paiva
Paulo Andrade
Mariana Barreto
Eles preferem Black Tie.
Mac, uma questão de estilo.
Mario Figueiredo
Marlon Gama
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Summer Day!
o circuito summer day, passou a ser o evento do verão da bahia, e a ilha das
garças recebe arquitetos, designers e lojistas para brindar o crescimento
e a evolução deste mercado em constante crescimento.
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1 Andres Fonseca 2 Ana Maria Schnitman 3 Marcus Lima 4 Andrea Velame 5 Victor Araripe
6 Daidone Junior, Magda Carvalho e Tânia Dias 7 Rosario Calmon 8 Regi Amaral, Marcia Amaral e Camilo Baiardi
9 Serginho Fernandes
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10 Adélia Estevez 11 João Pedro 12 Marcos René 13 Premiados
14 Camilo Baiardi 15 Mariana Barreto 16 Mirella Texira e Ysabela Von Flach 17 André Rabelo, Camila Maia e Henrique White
18 Carla Pires
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19 Indaiá São Bernardo 20 Haifatto, Marcia Amaral e Regi Amaral 21 Verena Verde, Fernanda Palles e Magda Carvalho
22 Tânia Dias e Bruno Coelho
23 Lorena Landim e Andrea Velame 24 Rodrigo Poegere e Wesley Lemos 25 Marta Góes e Emerson Carvalho 26 Eduardo Monteiro
27 Luciana Rebello 28 Martha Azevedo e Jusce Barreto
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29 Andrea Guedes e Daidone Junior 30 Erich Alves e Ana Salles 31 Edilson campelo e Buba de Campos 32 Hélia Braga 33 Dani Kayser
34 Joel e Kelen Azevedo e João Freire
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