O Sínodo Noroeste Riograndense

Transcrição

O Sínodo Noroeste Riograndense
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
2
Editorial
O Sínodo Noroeste Riograndense
N
o dia 17 de outubro de
1997, constituiu-se em Assembléia o Sínodo Noroeste Riograndense, com
sede em Três de Maio/RS.
Atualmente, o Sínodo é formado por 22
Paróquias, 157 comunidades e 71 pontos
de pregação. São 31 Campos de Atividade
Ministerial, 1 Pastorado Escolar e 1 Pastorado atuando em área missionária indígena. Conforme as estatísticas da IECLB de
2008, somos 45.322 pessoas evangélicas
luteranas na região noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul.
O Sínodo elegeu como prioridade para
o período 2007-2010 Missão: edificar comunidade diaconal, na qual sugere que se exercite a reconciliação - inserção em movimentos
sociais e parceria com iniciativas locais já
em prática, a inclusão – busca e integração
de membros afastados por meio da visitação, e a comunhão – criação de atividades
mais próximas do local onde as pessoas
vivem. O objetivo principal é a construção
da imagem amorosa de Deus conforme nos
foi revelada em Jesus Cristo, proporcionando a experiência da vida comunitária como
um espaço de convivência, tolerância, harmonia e criatividade.
Uma das nossas dificuldades, à luz da
nossa prioridade sinodal, é em relação ao
tema da reconciliação, tendo em vista as
necessidades e temas atuais da sociedade.
Temos tido mais empenho na prática da inclusão e comunhão mediante a visitação e
nucleação das famílias das Comunidades.
Há um envolvimento crescente do Sínodo com o Programa da Educação Cristã
Contínua da IECLB. Motivado pelo Pro-
Capa
Neste ano que agora
inicia, o Jorev Luterano
quer oferecer este presente a você, nosso estimado leitor: um novo
projeto gráfico, elegante
e moderno, e um jornal
totalmente colorido – um
prazer para os olhos e uma
satisfação para a mente.
grama, o Sínodo está publicando o material Viver a fé cristã em família com o objetivo
de resgatar a importância do envolvimento
da família na educação cristã, pois a Igreja
que batiza necessita educar na fé cristã. O
material aborda temas relativos à fé cristã,
atuais e bem presentes na vida familiar.
Acompanhe alguns testemunhos do
Sínodo Noroeste Riograndense nesta
edição do Jorev Luterano.
Atendimento ao leitor
Este espaço é seu!
A sua opinião é fundamental no nosso trabalho.
Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de
pauta, as suas sugestões para
o jornal e os seus comentários sobre as nossas matérias
é muito importante para que
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O objetivo
éa
construção
da imagem
amorosa
de Deus
revelada em
Jesus Cristo
Colaboradores destacados
Meus parabéns pelo artigo “Colaboradores destacados”, no Jorev
nº 723, com referência a Benno Kersten e Willy Fuchs.
Cheguei a conhecer o Sr. Kersten
nos anos 1949 e 1950, quando estudei Teologia no Morro do Espelho.
Ele participava das reuniões da Federação Sinodal (IECLB). Diversas
vezes, o P. Dohms falou para nós
sobre o Sr. Kersten e seu importante
papel como procurador da Federação Sinodal.
O Professor Fuchs, por sua vez,
conheci quando chegou a Candelária, em 1932. Ele foi meu Professor
de Português, História e Música
em Candelária e, mais tarde, no
Instituto Pré-Teológico, em São Leopoldo. Foi um ótimo Professor e
um fiel cooperador do P. Dohms,
principalmente nos tempos difíceis
da Segunda Guerra Mundial. Era
ele quem procurava, em nome do P.
Dohms, as autoridades policiais em
Porto Alegre para defender os direitos do Sínodo Riograndense e obter
a liberdade dos Pastores presos.
No meu livro ‘O sol nasce para
todos’, procuro homenagear o P.
Dohms e o Prof. Fuchs. Ambos merecem ser lembrados sempre com
gratidão!
Abraços,
P. em. Kurt B. Eckert
Juciane Wilsmann
Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419
[email protected]
Pastor Presidente
P. Dr. Walter Altmann
Secretário Geral
P. Dr. Nestor Friedrich
Jornalista
Letícia Montanet
Reg. Prof. 10925
Administrativo
Juciane Wilsmann
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RENATO KÜNTZER
Pastor Sinodal
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
Curtas
Assembleia Sinodal da OASE
Com a presença da Diretoria
Sinodal, das Coordenadoras Paroquiais e Presidentes de todos
os grupos do Sínodo, além da
visita da Tesoureira do Conselho
Nacional da OASE, Dirce Schitkoski, de Castro/PR, aconteceu,
no dia 17 de junho,
no Lar da Igreja, a
Assembleia anual da
OASE Sinodal.
A manhã teve palestra com dinâmicas conduzidas pelo
Missionário Elcio Ricardo da Silva, da Paróquia de Panambi/
RS. À tarde, a Assem-
bleia contou com apresentação
dos Relatórios da Tesouraria, encerrando com um culto dirigido
pelo Pastor Sinodal do Sínodo
Planalto Rio-grandense, P. João
Willig, e pelo Pastor Orientador
Carlos Frühauf.
100 anos da Paróquia de Tapera
Nos dias 17, 18 e 19 de julho, a Paróquia Evangélica de Tapera
celebrou os 100 anos da presença luterana. As festividades iniciaram na sexta-feira, na
Comunidade de Tapera, com a abertura
oficial, Culto e jantar.
No sábado, as festividades tiveram continuidade na Comunidade de Kronenthal,
primeira sede da Paróquia. O encerramento foi na Comunidade
de Lagoa dos Três
Cantos, com Culto celebrado pela Pa. Mariza Neuberger e ex-Pastores da Paróquia.
O Presidente, Gilberto Kern, agradeceu a presença dos Pastores, bem como dos familiares dos Pastores falecidos, destacando as bênçãos do Trino Deus sobre membros, Obreiros e Presbíteros para a edificação das Comunidades e da Paróquia.
Chá da Primavera
A OASE Rebeca de Maripá promoveu no dia 12 de setembro um
culto seguido de chá em homenagem e gratidão a todos os Pastores
que trabalharam na Paróquia em Maripá/PR. Estiveram presentes
P. em. Friedhelm Westermann, Zilda Eggers, esposa do P. Hugo Eggers (in memoriam), P. Ruben
Bonato, P. em.
Osmar Bärtschi,
P. Lauro Fleck,
P. Marcos Sander, Pa. Neida
Sander, P. Valdir
Gromann e Pa.
Dione Baldus. P.
Klaus Ehrhardt,
hoje morando
na Alemanhã, e P. Rudi Kich mandaram uma mensagem de agradecimento pelo convite e justificaram a ausência.
Retiro de Confirmandos
Nos dias 30 e 31 de outubro, aconteceu o primeiro Retiro de Confirmandos da Paróquia de Canguçu e Piratini/RS
fora de Canguçu, no qual 37 jovens foram recebidos pelo P.
Sinodal do Sínodo Sul-Rio-grandense, P. Dietmar Teske, e
conheceram a Sede Sinodal.
Após a visita, houve estudo, canto, meditação e brincadeiras na Comunidade do Laranjal, filiada à Paróquia São João,
na qual os participantes viveram dois dias agradáveis e muito
divertidos.
Seminário de
Liderança
Nos dias 22 a 24 de setembro, no
Lar Vila Elsa, em São Bento do Sul/
SC, a Diretoria, as Presidentes, Secretárias e Tesoureiras Sinodais da
OASE participaram do Seminário de
Liderança e Assembleia Extraordinária e Geral Ordinária da Associação Nacional dos Grupos da Ordem
Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE).
Tudo posso naquele que me fortalece
(Filipenses 4.13) foi o versículo da
reflexão inicial, mostrando que, à
medida que caminhamos, o chão se
alarga e não se limita, uma vez que
Deus coloca chão firme debaixo dos
nossos pés. A caminhada é feita de
passos e espaços, portanto abrir espaços para o outro também faz parte
do chão que se alarga.
VII Convenção
Nacional
A Comunidade de Balneário
Camboriú/SC e o seu Núcleo da
Legião Evangélica Luterana (Lelut)
realizaram, nos dias 26 e 27 de setembro, a VII Convenção Nacional
do Homem Evangélico Luterano.
Na ocasião, que celebrou o centenário de atividade Obra Gustavo
Adolfo (OGA) no Brasil, estiveram
presentes o P. Carlos Möller, P. 2º
Vice-Presidente, representando o
Pastor Presidente da IECLB, a Pa.
Mariane Beyer Ehrat, Pa. Sinodal
do Sínodo Vale do Itajaí, o P. Rui
Bernhardt, Secretário Executivo
da OGA, Ingo Bartz Strohschoen,
Presidente Nacional da Lelut, e o
P. Waldemar Lückemeyer, Conselheiro Espiritual da Legião em nível
Nacional. As palestras e pregações
pastorais foram inspiradoras.
OFERTAS
NACIONAIS
17 de janeiro
2º Domingo após Epifania
Projeto apoiado pelo Fundo de Missão no Sínodo
Brasil Central
O Sínodo Brasil Central abrange uma área
de nove estados da Federação marcando a
presença como IECLB por meio de 25 Comunidades e Pontos de Pregação, dos Centros
Sociais no Distrito Federal Casa da Esperança
e Cantinho do Girassol, do Trabalho Social na
periferia de Goiânia, das Escolas Luteranas em
Paracatu-LUPA/MG e Balsas/MA, do Centro
de Formação Martim Lutero, em Uberlândia/
MG, e o recém-criado Centro de Formação Luterano do Planalto Central na Área Missionária
de Samambaia/DF.
Seguindo o norte da Missão colocado pela
IECLB por meio do PAMI: evangelização, comunhão, liturgia e diaconia, a Pastoral da Evangelização quer reunir, preparar e enviar os luteranos para ‘fazer a diferença’ na sociedade em
que vivem e buscarem, juntos, o pão nosso de
cada dia: tudo aquilo que é necessário para uma
vida digna no discipulado de Jesus Cristo.
INDICADORES FINANCEIROS
UPM Dezembro/2009 2,5179
Índice Novembro/2009 0,48%
Acumulado do ano
3,46%
Mulher
luterana
A vida se constroi nos pequenos
gestos, nos dons
que dispomos a
serviço. As mãos
unidas foram as
responsáveis pelo sucesso do encontro, organizado pela OASE Sinodal com o tema Culpa e
Perdão, realizado no dia 18 de outubro e desenvolvido palas Pastoras Louraine Christmann e
Cláudia Pacheco.
Na acolhida, cada participante recebeu uma
flor de fuxico confeccionada por um grupo coordenado pelo Conselho Municipal da Mulher,
transformando o local em um grande jardim.
Destaque para a presença do Pastor Sinodal
do Sínodo Noroeste Riograndense, P. Renato
Küntzer, o Presidente do Sínodo Noroeste Riograndense, Walter Arthur Wilkomm, a VicePresidente da OASE Nacional, Rejane Hagemann, e o Prefeito Municipal de Três de Maio/
RS, Olívio Casali.
Na ocasião, foi lançado o livro Mulheres que
fizeram a diferença, com a presença do Organizador, P. Friedrich Geirus.
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Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
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Atualidade
Convenção de Obreiras e Obreiros
P. DR. ONEIDE BOBSIN
Pastor da IECLB
e Reitor da Faculdades EST
Walachai e
Cafundó
Em dezembro somos levados por um ritmo intenso. O tempo parece correr e escorrer das nossas
mãos. As inúmeras atividades de fim de ano, as festas de encerramento de atividades, as formaturas e
os preparativos para um Natal, cada vez menos cristão, nos submetem a um tempo rápido, barulhento,
ansioso e pouco contemplativo.
Em Walachai, tudo é diferente. Lá, parece que o
tempo parou. As pessoas não olham para os relógios, mas para o sol. O cantar dos pássaros e o sino
da igreja, puxado por dona Bertha Strassburger, 93
anos, despertam as pessoas para um novo dia. O carro, puxado por bois, mostra que é possível viver um
tempo lento a 70 quilômetros de Porto Alegre.
O filme de Regina Zilles, que se criou em Walachai e, hoje, mora no Rio de Janeiro, conforme o Jornal Zero Hora, me lembra outra história contada pelo
ator Paulo Betti, cuja infância foi vivida num cafundó, semelhante ao lugarejo do Vale dos Sinos, que
fica perto de Jammerthal,
Batataenthal, Frankenthal
e fazenda Padre Eterno.
Em Walachai e Cafundó, o
tempo parece ter parado.
Em Cafundó, os afrodescendentes são os personagens principais, ao passo
que em Walachai são os
descendentes de alemães
que ditam o ritmo da vida
com seu dialeto.
O tempo é uma invenção de cada povo. Em
alguns lugares do nosso
Brasil, um culto de duas
horas é um bom tempo de
descanso, antecedido de longas conversas e seguido
de boas caminhadas para casa. Sem pressa. Já em outros lugares, marcado pelo ritmo do trabalho empresarial, o tempo de celebração é mais breve e as pessoas chegam minutos antes e se dispersam logo que
o sino anuncia a passagem para um tempo ordinário
com rotinas profanas.
A velocidade que quer encurtar o tempo para se
chegar ao lugar desejado, que pode ser fatal, contrasta com o tempo de férias, em que o ritmo da vida
é menos organizado e mais livre. Por que corremos
tanto, encurtando tempo e distância? Suspeito que
corremos em busca de Walachai e Cafundó. Deixemos, então, de nos enganar! Walachai e Cafundó não são
lugares. São caminhos.
Walachai, que significa um lugar distante, no alemão antigo, bem como Cafundó, não são lugares
longínquos. Cafundó é logo ali. Walachai pode estar
dentro das nossas casas. São mais do que lugares.
São tempos da graça divina.
Aprendei dos lírios do campo... (Mateus 6.25-34),
disse Jesus no sermão do monte. Será que hoje não
poderíamos acrescentar Aprendei de Walachai e Cafundó?! Afinal, podemos ter tempo quando o tempo não
nos tem.
Podemos
ter tempo
quando o
tempo não
nos tem
foi marcada pela emoção do reencontro
“Q
uando eu vi
a Igreja do
Cristo Redentor lotada e os Obreiros cantando
com toda vontade, senti
que estávamos no caminho
certo”, contou o Pastor Sinodal do Sínodo Nordeste
Gaúcho, P. Altemir Labes,
um dos Coordenadores da
comissão
organizadora,
ao falar sobre a Convenção Nacional de Obreiras
e Obreiros da IECLB, realizada nos dias 13 a 16 de
outubro, em Curitiba/PR.
O burburinho que acompanhou as atividades comprovou que os encontros e
reencontros estavam acontecendo e que o espaço
para as pessoas foi o ponto principal do evento.
A decisão de convocar essa primeira Convenção Nacional nasceu durante uma das reuniões
da Presidência com os Pastores Sinodais, na qual
se definiu que a Presidência comporia uma Comissão Organizadora integrada por uma Coordenação - o Pastor Sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho, P. Altemir Labes, o Pastor Sinodal do Sínodo
Paranapanema, P. Jorge Schieferdecker, e o Assessor da Presidência, P. Mauro Souza. Somaram-se
o P. Gérson Echelmeier, a Diác. Márcia Paixão, a
Cat. Valéria Bock, o Missionário Írio Osterberg, o
P. Edson Streck e o P. Adelmo Struecker.
A escolha por Curitiba se deu uma vez que
a cidade oferecia um lugar que comportava um
grande número de participantes, mas que, ao
mesmo tempo, tinha jeito de IECLB. Vários Centros de Convenções foram visitados, mas nada
pareceu mais adequado do que essa junção do
Colégio Martinus, Comunidade Cristo Redentor
e Clube Concórdia.
As dez comissões locais de trabalho dividiram
tarefas e desenvolveram uma verdadeira logística de preparação do evento. “Além da formação
por meio de palestras e oficinas de trabalho, queríamos construir um momento cheio de emoção,
centrado na questão do cuidado por si mesmo”,
afirmou o Pastor Schieferdecker.
No encerramento do encontro, o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Walter Altmann, agradeceu
a todos os envolvidos na sua preparação e realização. Ainda, acentuou a importância do fortalecimento da vocação dos Obreiros e Obreiras para
a continuidade da IECLB. “Os jovens somente se
sentirão chamados se nos fortalecermos na nossa consciência vocacional, sendo exemplo e fonte
de inspiração para esse Ministério tão difícil, mas
tão bonito e tão rico”, disse. A seguir, colocou em
votação a realização de uma segunda Convenção
Nacional: a proposta foi aceita por unanimidade.
Renovada
Inspiração
A Diaconisa Carla Abeling saiu de Balsas, no
Maranhão, para participar da Convenção Nacional em Curitiba “Estou muito feliz. Tem sido ótimo reencontrar os amigos. Estou revendo ex-colegas com as quais estudei e das quais estou sem
notícias há muito tempo. Espero sair revigorada e
levar todo esse entusiasmo de volta ao meu trabalho, até mesmo com outra fisionomia”.
Quanto abraço!
Quanto abraço!
Tanto abraço forte!
Sorte a nossa
Ter tanto laço
Que nos une
Tanto braço
Que nos abraça
Que nos enlaça
Que nos faz tão bem
Que faz tão bem pra saudade
Acabamos com a saudade
Mas aumentamos a vontade
De nos encontrar mais
Para mais abraços
Para mais laços
Pra mais passos
Iguais e desiguais
Mas no mesmo caminho
Caminho-IECLB
Nos passos de Deus
Nos braços de Deus
Em abraços
(vontade de Deus)
Já temos saudade!
Duas vezes três
Os irmãos e Pastores Gilciney, Edélcio e Edílson Tetzner tiveram um encontro familiar e ministerial na Convenção Nacional. Os três capixabas nascidos em Vila Valério trabalham agora em
Comunidades distantes umas das outras: Gilciney em Estrela/RS, Edélcio em Resende/RJ e Edílson em Guarulhos/SP.
“A vocação nasceu a partir do envolvimento
da família com a Igreja. Meu pai foi Presidente de
Paróquia e Presidente de Comunidade”, contou
Gilciney, o irmão mais novo, que foi à Convenção
acompanhado da esposa, a Pa. Ângela.
O outro ‘trio’ de Pastores que esteve presente
em Curitiba foi o dos irmãos Gaede. Leonídio trabalha em Teutônia/RS também como Vice-Pastor
Sinodal do Sínodo do Vale do Taquari, Valdemar
está em Santa Maria do Jetibá/ES e Rodolfo trabalha na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS.
Pa. Lourani Christmann
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
Presidência
Não há um segundo lugar disponível para vivermos
Terra: só temos uma
A
Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2010
como o Ano Internacional
da Biodiversidade. Embora
tenha sido escolhida há mais
tempo, a temática chega em hora oportuna. Constata-se que a destruição do
planeta Terra avança a passos largos, o
que é perceptível em todas as partes do
mundo, com diferentes graduações. A
destruição acaba por afetar profundamente a biodiversidade.
A biodiversidade engloba toda a variedade de vida sobre a Terra, como, por
exemplo, as espécies animais e vegetais,
os ecossistemas e mesmo os microrganismos. A sobrevivência humana só é
possível pela existência da biodiversidade, que serve como plataforma sobre a
qual a vida se sustenta, mantém e asse-
gura a sua continuidade. Portanto, biodiversidade não é um tema secundário,
destinado a cientistas e estudiosos. Pelo
contrário, diz respeito a toda a humanidade, pois do seu equilíbrio dependerá o
futuro da vida na Terra.
Confessamos que Deus é o criador de
tudo o que existe e nos unimos ao salmista dizendo Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do Senhor
(Salmo 33.5). A biodiversidade também
é expressão da bondade de Deus. Nela,
podemos perceber a mão criativa e generosa de Deus. Sua complexidade e riqueza revelam a sabedoria de Deus, que ama
a justiça e o direito. Na relação do ser humano com a biodiversidade, não podem
faltar a justiça e o direito, que são condições para que a criação de Deus não sofra
prejuízo e nem venha a ser destruída.
Janeiro e Fevereiro
10/1
Ordenações de
Adriano Adão da Rosa e
Rafael Jansen Coelho
Santo Amaro da Imperatriz/SC
Comunidade de Aririú
P. Walter Altmann
O Conselho Geral da Federação Luterana Mundial (FLM) aprovou recentemente um documento que dá início a
uma ação de reconciliação com as igrejas
das famílias menonitas e anabatistas. A
declaração expressa ‘profundo pesar e
arrependimento’ pela violenta perseguição aos anabatistas, especialmente pela
maneira como os reformadores luteranos
apoiaram essa perseguição utilizando argumentos teológicos.
O pedido é de perdão a ‘Deus e aos
irmãos e irmãs menonitas’ pelos erros
passados e também pela forma como os
luteranos, mais tarde, esqueceram ou ignoraram o episódio histórico. A declaração assume o compromisso de tratar com
respeito as memórias dessa perseguição
e a maneira como o legado da confissão
luterana será interpretado a partir de
agora, sob a ótica desse pedido.
A iniciativa da FLM tem base no trabalho realizado pela Comissão de Estudos Luteranos-Menonitas 2005-2009. O
relatório Curando as lembranças: reconciliação em Cristo foi entregue ao Conselho da
FLM, que congratulou a comissão pelo
seu trabalho cuidadoso e dedicado.
P. Homero Pinto
Pastor
1º Vice-Presidente
da IECLB
Mensagem recupera
a história da Reforma
Reconciliação
com menonitas
Rev. Dr. Larry Miller, Secretário Geral
da Conferência Mundial dos Menonitas, agradece
ao Presidente da FLM, Bispo Mark Hanson
Somos testemunhas dos impactos
danosos produzidos pela ação humana
no planeta Terra. A biodiversidade está
afetada e comprometida em muitos sentidos. Urge que sejam tomadas medidas
eficazes para deter a destruição ora em
andamento. Outro dia, li em uma camiseta a seguinte mensagem: Terra: só temos
uma. Em quatro palavras, uma verdade.
Não há um segundo lugar disponível
para vivermos. Assim como a residência
em que moramos tem os seus limites, de
igual modo o planeta Terra tem os seus,
que devem ser respeitados, sob pena de
a vida ser inviabilizada.
Como filhos e filhas de Deus, o tema
da Biodiversidade merece a nossa atenção e o nosso cuidado. Que nos espaços
de reflexão na IECLB essa temática possa
ser contemplada.
Ordenação de Israel Wolney
Sell
São José/SC
P. Walter Altmann
8-14/2
Junta Diretiva do CLAI
São Paulo/SP
P. Guilherme Lieven
17/2
Abertura da Campanha
da Fraternidade
Brasília/DF
P. Walter Altmann
P. Carlos Möller
20-24/2
Reunião Joint Mission
Board
Nampula/Moçambique
P. Homero Pinto
22-26/2
Diretoria e Comitê
Executivo do CMI
Genebra/Suíça
P. Walter Altmann
O dia 31 de outubro foi comemorado de muitas formas. A Presidência da IECLB divulgou uma
mensagem específica, recuperando um pouco da
sua história. Foi no dia 31 de outubro de 1517 que o
então Monge Martim Lutero pregou as 95 Teses na
porta da Igreja do castelo de Wittemberg, na Alemanha. Assim, a data passou a ser considerada o
momento histórico do surgimento da Reforma.
Do que se tratou na Reforma? Lutero vivia angustiado com uma pergunta pela Salvação. Perguntava-se por um Deus misericordioso e gracioso que
pudesse lhe conceder a Salvação, mas temia ser
condenado por um Deus justo que não pode tolerar
o pecado, até que descobriu na Escritura o versículo do Apóstolo Paulo, na
Carta aos Romanos, o capítulo 1, versículo 17: Visto que a justiça de Deus se
revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: ‘o justo viverá por Fé’.
Descobriu, então, que a justiça de Deus não é uma justiça que pune o
pecador, mas concede a Graça de Deus para todo aquele que crê. A partir daí,
se desenvolveram muitos aspectos relevantes da Teologia de Lutero. Entre
eles, estão: Somente pela Graça, Somente pela Fé, Somente Cristo que concede a
Salvação e Somente pela Escritura, a Bíblia, como única fonte e norma de Fé.
Lutero enfatizou também a Liberdade Cristã. A liberdade dos filhos de
Deus, que se sabem unidos a Deus, justificados por Deus e, portanto, com
liberdade plena, podendo usar esta liberdade no amor ao próximo, tornamse servos do próximo, atendendo-os nas suas necessidades, portanto: livres
na fé, servos no amor.
IECLB no V CONERE
Docência em Formação e Ensino Religioso: contextos e práticas foi o tema discutido durante o V Congresso Nacional de Ensino Religioso (V CONERE),
realizado em Goiânia/GO, promovido nos dias 12 a 14 de novembro, em
parceria com a Universidade Católica de Goiás (UEG) e com o Conselho de
Ensino Religioso do Estado de Goiás (CIERGO).
De acordo com a Cat. Maria Dirlane Witt, do Departamento de Educação
Cristã (DEC) da Secretaria Geral da IECLB, o encontro foi positivo, com a
discussão de pesquisas relacionadas à temática.
O evento ocorre a cada dois anos e é dirigido a Pesquisadores, Professores e estudantes interessados pelo
componente curricular Ensino Religioso. Muitos Professores luteranos participaram.
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Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
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Ministério
O Pastorado é uma vida apaixonante
no caminho da libertação
nidades e /Paróquias?
A diferença básica é que o Pastorado
Escolar é uma ação a mais que a escola
desenvolve. Na Paróquia ou Comunidade, o Pastorado é o centro de tudo.
Assim, na escola é necessário criar, desenvolver, fomentar espaço, ao passo
que na Comunidade é exercer o Ministério. O trabalho é fundamentalmente
missionário, pois abrange do berçário
até a faculdade, permitindo que toda
a formação escolar e universitária seja
acompanhada pastoralmente. Com isso,
religiosidade e espiritualidade começam a fazer parte da vida.
Como iniciou a caminhada pastoral?
O estudo foi difícil, pois não vinha de uma Comunidade com muitas
atividades e a minha experiência religiosa era ecumênica e fora do âmbito da Igreja, mas, como a EST é uma
faculdade maravilhosa, fui acompanhado e consegui percorrer o caminho
apaixonante da Teologia e do Pastorado. O início foi desafiador, mas fui
muito bem acolhido na Paróquia para a
qual fui enviado e convivi com pessoas
envolvidas na vida comunitária. Conseguimos, graças ao bondoso Deus, viver
a fé com gratidão e compromisso.
Quais são os objetivos do Pastorado
Escolar?
O Pastorado Escolar está fundamentado na proposta da Rede Sinodal
de Educação: acompanhar os estudantes com aconselhamento pastoral, criar
solidariedade, voluntariado e envolvimento comunitário na sociedade, envolver jovens e crianças em momentos
celebrativos e espirituais para fortalecer
a importância da comunhão e da vivência da fé no contexto infantil e juvenil,
auxiliar equipes pedagógicas a manter os princípios evangélicos luteranos
no processo educativo da instituição e
auxiliar as Comunidades mantenedoras no trabalho com jovens e crianças.
Formar pessoas com compromisso e
responsabilidade com a dignidade e a
justiça humana, social e ambiental é o
objetivo central desta função.
Qual é a diferença do exercício do Pastorado Escolar e da atuação em Comu-
Na condição de Pastor atuante no Pastorado Escolar, qual é a sua missão?
O Pastorado é uma vida apaixonante no caminho da libertação e também
uma responsabilidade assustadora, pois
lidamos com a vida e a esperança das
pessoas. Não imagino outra coisa na minha vida a não ser o pastorado. Sentido
para vida, consolo para os pesares, esperança para a luta e a possibilidade de
semear a fé em contexto de desgraça é
somente no Ministério que encontramos
e ofertamos pela graça de Deus. Nesse
sentido, o Pastorado Escolar e Universitário procura motivar crianças, jovens
e adultos a propagar a mensagem graciosa que Cristo trouxe ao mundo e que
Lutero redescobriu na Reforma, uma
mensagem apaixonante e libertadora
que não se prende a modelos eclesiais,
mas que motiva as pessoas a viverem
a fé com compromisso de defender a
vida, de servir a Deus mediante o amor
ao próximo nos encontros diários e cotidianos que todos exercitam em sua vida
familiar e profissional.
O Pastorado
Escolar
motiva a
propagar a
mensagem
graciosa que
Cristo trouxe
ao mundo
e que Lutero
redescobriu
na Reforma
Jovens com deficiência refletem sobre as crises atuais
A exclusão social que afeta jovens com
deficiência é uma ‘expressão fidedigna da
crise na qual se encontra imerso o mundo
de hoje’, diz a Declaração de Puembo,
na I Consulta Latino-Americana de
Jovens com Deficiência frente às crises, ocorrida nos dias 13 a 15 de novembro, em Quito, no Equador.
Pessoas com deficiência da Argentina, Bolívia, Brasil, Costa Rica, Cuba,
Equador, Nicarágua e República Dominicana responderam à convocação
da Coordenação Latino-Americana
da Rede Ecumênica em Defesa das
Pessoas com Deficiência. A jovem
Vivian Conrat da Silva e a Diácona
Carla Jandrey, Coordenadora do Programa Diaconia Inclusão da Secretaria
Geral da IECLB, representaram a IECLB nesta consulta.
Na declaração, jovens mostram-se
indignados com a deterioração dos
recursos naturais, a disparidade entre
ricos e pobres, o refúgio nas drogas e
o avanço tecnológico usado para o benefício de uma minoria.
No mundo do trabalho, os jovens
sentem o peso da discriminação. Apesar da existência de legislação e políticas públicas, elas não são cumpridas.
Confiantes que a crise não tem a
última palavra, os jovens depositam
esperanças em uma Igreja profética,
no trabalho em equipe que promove
relações de interdependência efetivas
e eficazes, no intercâmbio de experiências e no papel de protagonismo que
cabe à juventude nessas condições.
Diácona Carla Jandrey
Coordenadora do Programa
Diaconia Inclusão
Secretaria de Ação Comunitária
Secretaria Geral da IECLB
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
Presbitério
Ser
Presbítero
é acreditar
na Comunidade,
é realizar
todas as ações
baseadas
na fé,
é ter a certeza
que somos
capazes
de servir
O Deus do amor e da esperança
conduz os momentos da minha vida
Qual o espaço da fé no seu cotidiano?
A fé faz parte de todos os momentos do dia, desde o amanhecer, quando
podemos abrir a janela para ver e ouvir
os sons e sinais da vida que nos é dada
como dádiva de Deus. Este Deus da
vida, do amor e da esperança conduz
todos os momentos da minha vida.
Quais são as atividades desempenhadas na Igreja?
Minha família teve participação direta na Comunidade, Paróquia e Sínodo.
Já fui integrante nas Diretorias, Orientadora de Culto Infantil, equipe de casais,
de liturgia, grupo de cantos, representante sinodal, entre outros. Atualmente, sou Secretária da Comunidade Bom
Pastor de Tuparendi e parceira do P.
Vilson Thielke na elaboração do Planejamento Estratégico na Comunidade.
Existe algum trabalho especial em nível de Comunidade/Paróquia/Sínodo?
Existe uma equipe, criada pelo Planejamento Estratégico, que busca a visitação aos membros afastados. Assim,
conseguimos resgatar diversos membros que voltaram para o convívio e integração na Comunidade. Na Paróquia,
podemos destacar o Fundo de Saúde e
Solidariedade, que é alimentado com
doações e coletas destinadas pela Paróquia. O valor utilizado pelo membro pode ser devolvido conforme a
sua possibilidade, sendo que o objetivo maior deste fundo é a diaconia.
Em nível de Sínodo, podemos citar a
Educação Cristã Contínua, que tem
como uma das atividades uma série de estudos destinados às famílias,
podendo também ser utilizados em
grupos de Comunidade.
Como foi o processo do Planejamento
Estratégico?
Em 2008, iniciou-se um levantamento detalhado da situação financeira da Comunidade e percebeu-se a
necessidade de realizar o Planejamento Estratégico. A partir daí, os dados
levantados foram apresentados, a missão e visão da Comunidade foram formuladas, detectaram-se os pontos fortes e as necessidades, surgindo então
as ações a curto e longo prazos, nas
quais as equipes de trabalho foram
sendo integradas por membros que
se engajavam conforme a afinidade
com o tema. Já no segundo ano,
os resultados são muito positivos:
ampliação do número de pessoas
engajadas em prol da Comunidade, retorno de membros, cultos participativos
e qualificação da estrutura física de espaços do patrimônio da Comunidade.
Como motivar outros membros a participarem do Presbitério?
Ser Presbítero é acreditar na Comunidade, é realizar todas as ações baseadas na fé, é ter a certeza que somos capazes de servir. Precisamos acompanhar a
vida na Igreja não como membros passivos, mas como membros ativos e atuantes, é sentir-se útil em participar. Assim, a gratificação em estar junto à vida
em Comunidade é algo muito bom, é
sentir-se viva, em paz consigo mesma e
com a missão sendo cumprida.
7
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
10 Mulheres
A educação deve ser sempre
orientada para a verdade
criativas, com visão de mundo, sendo
protetoras da natureza e propagadoras
da paz.
Como Orientadora do Culto Infantil
da Comunidade de Linha República,
quais são os desafios?
Realizo esse trabalho com carinho
e alegria, pois o objetivo é oportunizar
às crianças momentos especiais em que
elas possam participar e viver a reflexão que lhes é trazida. O meu desafio
é fazer com que as crianças sejam motivadas a irem à Igreja e sentirem que
este é um espaço de acolhimento e
aprendizado no qual nos reunimos em
comunhão para louvar a Deus e ouvir a
sua Palavra.
Qual é a sua trajetória na IECLB?
Minha história com a IECLB iniciou
há 27 anos, com o casamento. Desde
então, participo de reuniões, cursos, encontros de formação, Seminários e Congressos. Quando assumi o Culto Infantil, decidi fazer um curso de violão para
animar os encontros e, com isso, pude
participar do curso de liturgia e fazer
parte do grupo. Já fui Secretária da Comunidade e hoje sou Vice-Secretária.
Sou Orientadora do Culto Infantil da
Paróquia e Vice-Coordenadora Sinodal do Culto Infantil. Sou Secretária
da Paróquia e Vice-Coordenadora da
OASE paroquial. Também já fiz par-
te do grupo de liturgia e participei do
coral da Comunidade, atuando como
dirigente.
Quais são as suas atividades como
Professora e Diretora de escola?
Como Diretora e Professora da
E.M.E.F. Quinze de Novembro, minhas
atividades e desafios são proporcionar
uma educação de qualidade, pois este
é um dos instrumentos importantes
para a conquista da cidadania e para a
construção de uma sociedade mais justa, democrática, com paz e melhor de se
viver. Busco principalmente orientar os
alunos para que sejam pessoas críticas,
Qual é a importância da educação, tanto a formal quanto a religiosa?
A educação é o desenvolvimento integral de todas as faculdades humanas,
do nosso corpo e do nosso espírito. Por
meio da educação é que se formam bons
hábitos e sentimentos nobres. Educar é
uma tarefa de todos nós, por isso a educação religiosa deve acontecer também
na escola para que a criança tenha uma
formação moral e espiritual. Educar na
plenitude é responsabilidade da família, mas a escola é parceira essencial e
tem a responsabilidade institucional de
ensinar e auxiliar na construção deste
ser em formação. A educação deve ser
sempre orientada para a verdade de
forma a desenvolver habilidades intelectuais, morais e espirituais.
1) Dinâmica na escola
2) Culto infantil
3) Reunião na OASE
Criando uma rede luterana
Pastor Márcio Sedinei Frank
Cacoal/RO - Sínodo da Amazônia
A Paróquia Luterana dos Migrantes de Cacoal/RO está muito feliz com a Campanha de
Ofertas para a Missão Vai-Vem, que encerrou
no mês de setembro! Tínhamos um objetivo
como Diretoria e como corpo de Cristo aqui no
Norte do nosso querido Brasil: superar a meta
do ano passado, que foi de R$ 5,35 por membro
batizado.
Com a Graça de Deus, nossos queridos
membros entenderam a mensagem de que
quem tem uma paixão se engaja e trabalha
com alegria e oferta com alegria, buscando a
ajuda de mais e mais pessoas. É a união que faz
o trabalho. É o testemunho que faz a missão e o
Reino de Deus crescer.
Com as ofertas para a campanha, motivouse cada Comunidade a auxiliar outras Comunidades e Paróquias que talvez nem se conheçam
para que possam crescer e cumprir sua ação
missionária – como nós aqui em Rondônia um
dia já fomos ajudados. Não apenas superamos
a meta como quase dobramos o seu valor, chegando à média de R$ 8,72 por pessoa batizada.
Graças ao Bom Deus, que nos anima e ajuda
todos os dias da nossa vida, podemos ajudar
quem precisa de nós. Queremos que este espírito de amor continue em nosso meio, com
muito amor e fé em Nosso Deus!
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
Fé Luterana 11
Epifania: Deus se revela
O retrato de Deus – Jesus
P. Nivaldo Geik
Völz
Formado em
Teologia pela EST,
Coordenador do
Conselho de
Comunicação do
Sínodo Espírito
Santo a Belém e
Coordenador da
União Paroquial
Santa Maria.
Atua na Paróquia
de Santa Teresa/ES
Certa vez, uma pessoa perguntou Quem é Deus?’
Este é um questionamento que precisa ser levado a
sério. Para ter uma resposta, precisamos olhar para
Jesus Cristo. Nele, vemos a encarnação de Deus,
que vê a escuridão em que muitas pessoas vivem a
ponto de não o reconhecerem.
Em João 12.46, Jesus afirma Eu vim como luz para
o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não
permaneça nas trevas. Em nossos dias, muitas pessoas
estão carentes desta luz ou são ofuscadas por muitas outras luzes. Olhemos duas situações: a) Pessoas
e grupos em alguns países que querem retirar símbolos
religiosos de espaços públicos e de trabalho. Percebe-se
que a intolerância religiosa demonstra a escuridão
que reina no coração de muitos. Aqui, o retrato de
Deus não é permitido em nome da ‘violação dos
princípios seculares’, b) De outra parte, temos o inverso. No contexto brasileiro, a religiosidade é muito variada. Deus é mostrado de tantas formas que já não o
reconhecemos tão facilmente.
As palavras de Jesus precisam nortear os nossos
passos. Em meio a tanta escuridão e trevas, facilmente caímos na tentação de seguir outras luzes. De
repente, em meio a tanto brilho, nossos olhos ficam
ofuscados. Fica difícil reconhecer a Deus.
Quando a Igreja é a congregação dos santos na qual
o Evangelho é pregado de maneira pura e os sacramentos
são administrados corretamente (cf. art. 7º da Confissão
de Augsburgo), Deus se revela. Ali o conhecemos.
Para refletir, leia Isaías 60.1-6
O Deus da Prosperidade
Pa. Ester Delene
Wilke
Pós-graduada em
Aconselhamento e
Psicologia Pastoral
pela EST,
Vice-Pastora
Sinodal do Sínodo
Rio Paraná e
integrante do
Conselho de Missão
do Sínodo.
Atua na Paróquia
de Nova Santa Rosa/
PR
Um fenômeno religioso está se difundindo em
muitas igrejas. É a ‘Doutrina da Prosperidade’, extraída de forma equivocada da Bíblia. O objetivo é
conseguir riqueza, poder e sucesso como resultado
do relacionamento pessoal com Deus. As bênçãos
são alcançadas por méritos humanos: pela fidelidade no dízimo, por uma postura de exigência diante
de Deus e fé como resultado do esforço pessoal.
Certo é que a Bíblia trata de bênçãos e prosperidade. Jesus fala da vida digna para todos. Traz
o projeto de Deus Eu vim para que tenham vida em
abundância. No entanto, negociação e barganha com
Deus, principalmente por meio da contribuição
dada somente pelo seu retorno, são saídas egoístas
e individualistas e vão contra os valores ensinados
por Jesus. Pobreza e necessidades reais encontram
soluções na justiça social e econômica, pela partilha
e solidariedade pautadas pelo exercício de poder
ensinado e vivido por Jesus, pelo servir em amor.
O primeiro mandamento mostra que o ser humano é ambíguo, pois facilmente coloca outras coisas ou a si mesmo no lugar de Deus. Jesus já disse
que não podemos servir a dois senhores: a Deus e
ao dinheiro. Como Jesus alerta, Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Deus é soberano! Não pode ser usado ou comprado conforme desejos pessoais. Bênçãos e prosperidade Deus concede como dádivas e como graça.
Nunca poderão ser uma exigência ou um direito de
quem crê. Jesus diz Pedi e dar-se-vos-á, mas Ele mesmo nos ensinou a orar Faça-se a tua vontade, assim na
terra como céu.
Para refletir, leia Mateus 6.19-2
O Deus Juiz
No Antigo Testamento, Deus é colocado, muitas
vezes, como Juiz, como, por exemplo, Ex 18.13-27 e
Dt 1.9-18 e nos profetas. É importante perceber que
é apresentado um Deus Juiz que orienta o povo por
meio de Moisés e dos profetas para aprenderem a
fazer justiça reparando erros e males cometidos.
A ideia de um Deus juiz vem de uma questão
mais antropológica do que da fé, pois o povo judeu
acreditava que dor, sofrimento, deficiência física e
inclusive morte eram castigo de Deus por algum
mal cometido. Logo, era preciso um Juiz que julgasse e emitisse tal castigo.
Nos Salmos 10, 23, 68, 94 e muitos outros, já há
um clamor para que Deus ajude os fiéis diante do
ataque dos inimigos. Também vimos muitas manifestações de gratidão pela proteção e ajuda atribuídas a Deus. Nos Evangelhos, a partir de Jesus,
vemos uma nova compreensão, pois não é mais preciso fazer sacrifício a Deus. O próprio Cristo carrega
este sacrifício em seu corpo e ensina que a lei serve
como uma baliza para o discernimento entre o bem
e o mal e que a referência principal é a fé.
Jesus apresenta um Deus que gosta e cuida dos
seus filhos, pois orienta, cura, alimenta e perdoa
àqueles que transgridem os mandamentos, mediante o arrependimento que vem pela fé. Fé e graça de
Deus são o centro da Reforma trazida por Lutero.
A justiça de Deus se revela no Evangelho mediante a fé. Portanto, se Deus é Juiz, O é para orientar,
ser luz do mundo Jo 8.12ss e promover vida digna Jo
10.10 e não simplesmente para julgar e condenar.
P. Wonibaldo
Rutzen
Atuou junto aos
movimentos sociais
do campo em uma
parceria entre a
Paróquia da Missão
e Comissão Pastoral
da Terra.
Atua na Paróquia
em Barra de São
Francisco/ES
Para refletir, leia Mateus 8.5-13
O Deus Misericordioso
Misericórdia, conforme a composição literal
miseris+cor+dare, significa: ter lugar no coração para todos os que são vítimas de qualquer forma de miséria. Segundo Lutero, nos encontramos nessa miséria. Nós,
filhos de Deus, necessitamos da sua misericórdia, já
que ninguém faz por merecer o amor e a salvação.
Enquanto reina a concepção de que pela cara,
roupa ou carro se conhece alguém, Deus vê além,
vê o ‘subsolo’ do nosso ser. Assim como um sismógrafo, que serve para alertar sobre os movimentos
verticais e horizontais do subsolo, Deus usa um mecanismo que detecta os movimentos do ‘subsolo’ do
nosso ser: a misericórdia. Pela fé, nos relacionamos
verticalmente com Deus e horizontalmente com
nosso semelhante. Pela fé, Deus se manifesta a nós, mas
é pela sua misericórdia que podemos ser salvos.
Em muitos momentos da vida, quando um tsunami se forma pelo movimento errado do nosso
‘subsolo’, Deus nos manda sinais de alerta. É o que
chamamos de presença de Espírito! Lutero insistia
na importância da oração diária, pois Deus em sua
graça se manifesta com seu amor por nós.
Essa foi a descoberta de Lutero, de que Deus em
sua misericórdia se revela a nós, mesmo que não o mereçamos. Ele abriu o seu coração para salvar a nós,
‘os miseráveis’, e, por meio do seu amado Filho e
da sua cruz, se revelou e nos socorreu em sua
misericórdia. Ele nos chama ao arrependimento diário e, por meio da epifania de
Cristo, o amor de Deus resplandece sobre nós, como luz que justifica a nossa
existência e nos leva à salvação.
Para refletir, leia Efésios 2.4-7
Pa. Elaine Beatriz
Fuchs,
Formada em
Teologia pela EST.
Atua na
Comunidade
Evangélica de
Blumenau/SC
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
12 Geral
Educação cristã
vivendo, aprendendo e
ensinando
Aprender faz parte da vida. Passamos a vida inteira aprendendo e
nunca vamos saber tudo. Por outro
lado, se aprendemos, também ensinamos.
A aprendizagem pode acontecer
de diferentes formas, de maneira
intencional ou ocasional. A troca de
receitas culinárias e de experiências
sobre o cultivo de plantas, as informações sobre a utilização de ervas
medicinais, os conselhos sobre a
educação de filhos e o convívio na
preparação de uma festa comunitária podem ser processos de ensino e
aprendizagem.
Toda a pessoa, seja a partir
da sua experiência de vida ou da
Faz parte da tradição em nossa
Igreja que o ensino dos conteúdos
da fé cristã seja oferecido com mais
ênfase no período do Ensino Confirmatório. Esse é um espaço significativo e precisa ser preservado. No
entanto, outros espaços de educação
cristã podem ser fortalecidos para
que o processo de ensino e aprendizagem seja contínuo e permanente.
As pessoas têm diferentes necessidades conforme a fase da vida e as
situações que vivenciam. Diante disso, as dúvidas e perguntas a respeito da fé também mudam, por isso é
importante aprender e refletir sobre
os conteúdos da fé cristã ao longo de
toda a vida.
sua profissão, tem algo para ensinar. Assim, todas as pessoas são
aprendizes e ensinadoras. Lutero dizia Mal tenho começado a crer.
Em coisas de fé, vou ter que ser aprendiz até morrer. Lutero expressa a necessidade de sermos aprendizes nas
questões de fé durante toda a vida.
A reflexão sobre um processo
contínuo e permanente de educação
cristã não é de hoje. Ela acompanha
a IECLB desde meados da década
de 1970. Recentemente, essa reflexão
foi retomada com maior ênfase nos
Seminários Nacionais de Educação
Cristã Contínua. O resultado do di-
Catequista Débora
Raquel Klesener
Conrad, formada em
História, atualmente
está no Departamento de Educação Cristã
(DEC) da Secretaria
Geral da IECLB
Um olhar sueco
sobre o Brasil
Joel Abrahamsson
Maripá/PR
álogo entre Sínodos, Centros de Formação e Secretaria de Formação foi
a elaboração do Plano de Educação
Cristã Contínua (PECC), aprovado
no XXVI Concílio da IECLB como
instrumento para a operacionalização do eixo transversal Formação do
PAMI.
O PECC tem como objetivo principal orientar o planejamento das
ações de Educação Cristã realizadas
nas diferentes instâncias da IECLB
(Comunidades, Paróquias, Sínodos,
Centros de Formação e Departamento de Educação Cristã) e sugerir uma prática educativa de valorização dos dons, conhecimentos e
capacidades de cada pessoa. A promoção da Educação Cristã na perspectiva de um processo contínuo e
permanente pode dinamizar e impulsionar a vida comunitária.
Para ler o texto do PECC, acesse o
Portal Luteranos (www.luteranos.com.br).
Paixão, Engajamento e Unidade
A Vai e Vem
Campanha de
Ofertas para
a Missão em
2009, além de
mobilizar recursos para
a ação missionária da IECLB, despertou ricas reflexões e sentimentos
que não podem ser contabilizados,
mas nos desafiam a mantê-los vivos e presentes: o compromisso
com a Missão de Deus, nossa Paixão,
o sentimento de fazer parte de uma
mesma Igreja e a unidade, por isso
gostaríamos de trazer alguns relatos motivados pela Vai-Vem.
Como Comunidade, somos duplamente desafiados. O primeiro desafio é
termos uma Obreira em tempo integral
e a reforma do nosso templo. O segundo é o desafio de não nos fecharmos em
nós mesmos, de estarmos dispostos
a colaborar com a missão de Deus. O
desafio missionário é permanente, pois
nisso consiste ser verdadeira Igreja de
Cristo no mundo.
Membros da Comunidade
Luterana de Goiânia/GO
As pessoas ofertaram com alegria e
expressaram sua gratidão e sentimento de pertencerem a uma Igreja maior.
Agradecemos a Deus, que desperta nas
pessoas o amor, a doação e a solidariedade. Estamos rumando e remando
contra a maré da globalização individualizante colocando sinais do amor
de Deus por meio das nossas Comunidades em ações concretas em favor de
projetos coletivos.
Pastor Jair Luiz Holzschuh,
de Palmitos/SC
Não nos sentimos mais Comunidade isolada no Norte pelo fato de pessoas
do Sul estarem contribuindo conosco,
que estamos tão longe. Isso faz com que
nos sintamos realmente parte de uma
só Igreja.
P. Mauri Magedanz,
P. Sinodal do Sínodo da Amazônia
Ganhou a Comunidade, pela renovação da unidade. Ganhou a IECLB na
busca da sustentabilidade da Missão.
Ganhou Deus, vendo-nos engajados na
construção do seu Reino. Aguardamos
agora o desafio em 2010.
Pastor Evandro Jair Meurer,
de Curitiba/PR
Quais reflexões e sentimentos
a Vai-Vem despertou na sua Comunidade?
Sou Joel Abrahamsson, tenho 22
anos, sou da cidade de Gothenburg,
Suécia, um país ao norte da Alemanha, de língua sueca. Estou em um
intercâmbio para jovens organizado
pelas Igrejas Luteranas da Suécia e do
Brasil. Estive conhecendo o Brasil por
três meses.
Inicialmente em Porto Alegre/RS
e região, depois fui para Cuiabá/MT.
De lá, viajei de ônibus até Santarém/
PA. Após um mês de convivência com
famílias e lideranças do Sínodo Mato
Grosso, experimentei um pouco da cidade e da Comunidade Evangélica de
Maripá/PR.
Posso dizer que é muito fácil apaixonar-se por esse país. O Brasil conta
com muitas riquezas: suas grandes
variações de clima, sua natureza, seu
ambiente cultural e religioso e, acima
de tudo (o número 1), a grande diversidade de pessoas.
É fantástico que tantas culturas caibam em um só país! Apesar das culturas variarem muito de uma região
para outra, sempre fui muito bem
recebido em todos os lugares. Experimentei muita hospitalidade e alegria
e encontrei muitas pessoas que têm
uma atitude descontraída, sem preocupações, inquietações e medo. Isso é
uma das coisas que quero levar para
os meus amigos na Suécia.
Infelizmente, experimentei também
hostilidade entre diferentes grupos
étnicos e sociais. Parecia até certo desprezo pelas pessoas mais pobres desse país, que recebem subsídios (por
exemplo, Bolsa Família). No entanto,
também encontrei pessoas que têm sabedoria e compreensão para lidar com
a complicada situação econômica desse enorme país.
Finalmente, quero dizer um muito
obrigado para vocês que compartilharam comigo uma parte do seu dia
a dia, seja na Igreja, no plantio de
soja, no futebol, nas festas, nas refeições ou na companhia para conversar
(e que, muitas vezes, significou falar
de como é a Suécia em comparação
com o Brasil). Mais uma vez, muito
obrigado!
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
Comportamento 13
60 anos de IECLB e muito mais
Dando sequência
à série de matérias
especiais em
comemoração aos
60 anos da IECLB,
nesta edição o
Pastor Rolf
Schünemann,
Doutor em
Teologia pela
PUC/RJ,
ex-Pastor Sinodal
do Sínodo Sudeste
e Coordenador da
Gestão Eclesial do
Portal Luteranos,
vai apresentar os
primeiros
evangélicos
protestantes no
Brasil
A presença de pessoas identificadas relação aos calvinistas e polemizou em so e depois enforcado. O relator desta
com a fé evangélica no Brasil se dá em torno de questões teológicas. Diante do história foi o Sapateiro Jean de Léry. Ele
terras paulistas já no século XVI. Há clima desfavorável, os protestantes de- conseguiu voltar para a França, tornouregistros sobre Heliodor Hesse e Hans cidiram voltar à França, mas uma par- se Pastor e escreveu o livro História de
Staden. O primeiro, Heliodor Hesse, te do grupo, por razões náuticas, não uma Viagem à Terra do Brasil (1578).
que chegou ao Brasil por volta de 1554, completou o trajeto e voltou ao Brasil.
O segundo grupo europeu que
era um Escrivão que trabalhou em um Cinco foram presos e intimados por aportou em terras brasileiras foi holanengenho em São Vicendês. Primeiro, os holandete/SP, filho do humanisses tomaram Salvador, na
ta alemão Helius Hesse,
Bahia, onde permaneceram
amigo de Martim Lutero.
sob o governo de Johan van
O segundo, Hans Staden,
Dorth de maio de 1624 até
que, em 1554, se tornou
a sua expulsão, em maio de
prisioneiro de indígenas
1625. Dali, rumaram em diem Ubatuba/SP, erigiu
reção ao Nordeste, para, em
uma capela e cantou hi1630, tomar posse de Recife
nos luteranos durante a
e Olinda, em Pernambuco.
sua prisão.
Mais tarde, se expanPor ocasião da efêmediram para outras regiões
ra colonização francesa na
do Nordeste, utilizando-se,
Pintura de Jean Baptiste Debret, de 1827, retratando a Real Fábrica de Ferro
baía da Guanabara (1555segundo afirmação do Prode São João de Ipanema, nas imediações de Sorocaba/SP
1560), Nicolas Durand de
fessor Dr. Frans Leonard
Villegaignon mobilizou um grupo de Villegaignon a se posicionar em relação Schalkwijk, da Universidade Mackencalvinistas franceses, conhecidos como a pontos teológicos controvertidos. O zie de São Paulo, da base de trabalho
huguenotes, para contribuírem no esta- documento redigido ficou conhecido junto aos povos indígenas, construída
belecimento da França Antártica. A si- como Confessio Fluminensis (primeira por padres católicos romanos, para
tuação dos huguenotes não estava nada confissão de fé evangélica brasileira - 8 evangelizar os índios, de acordo com
favorável na França. No final de 1555, de fevereiro de 1558).
os preceitos da Igreja Reformada da
Villegaignon chegou com 400 homens
No dia seguinte, foram executados Holanda. Há registros de Batismos e
à Ilha Serigipe (hoje Villegaignon) na três signatários – Jean du Bourdel, Mat- questões práticas, como a surgida em
Baía da Guanabara.
thieu Verneuil e Pierre Bourdon. Eles fi- 1637 - filhos de pais já batizados por padres
Em março de 1557, a colônia foi re- caram conhecidos como os três primei- católicos poderiam ser batizados ou só deforçada por mais 280 pessoas. Entre
veriam receber uma bênção? Também
elas, estavam 12 calvinistas de Gehá registros da atuação de Pastores e
Professores holandeses e ingleses
nebra, que traziam credenciais do
Os holandeses chegaram a criar
próprio Calvino. Pierre Richier e
22 congregações reformadas no NorGuillaume Chartier, Pastores ordedeste, onde serviram mais de 50 Pasnados, celebraram o primeiro culto
tores e pregadores, dentre os quais
protestante em terras brasileiras, talo P. David Doreslaer, que organizou
vez, nas Américas, no dia 10 de marum guia intitulado Uma instrução
ço de 1557. O pregador baseou-se
simples e breve da Palavra de Deus nas
no Salmo 27.4 Ao Senhor Eterno peço
línguas brasiliana, holandesa e portusomente uma coisa: que Ele me deixe viÍndios tapuias, pintura atribuída ao holandês Albert
Eckhout, integrante da comitiva de Maurício de Nassau
guesa. Para o Governo holandês insver na sua casa todos os dias da minha
vida, para sentir a sua bondade e pedir a sua ros mártires evangélicos do Brasil. Um tituído, todos os índios deveriam ser
orientação.
dos signatários, André Lafon, foi pou- livres. A escravidão indígena foi comO desfecho da primeira presença pado por ser o único alfaiate da colônia batida e a exploração reprimida. Com
protestante mais articulada foi trágico. e o quinto, Jacques le Balleur, conseguiu relação à escravidão africana, contudo,
Villegaignon mudou a sua atitude em fugir para São Vicente/SP, mas foi pre- não houve o mesmo entendimento.
O primeiro cemitério protestante
Com a vinda
de D. João VI e
da família real
portuguesa, em
1808, uma série
de medidas foi
tomada para favorecer o comércio e a indústria.
Uma necessidade
Placa no Cemitério Protestante
premente foi a fabricação das armas imperiais. Uma fundição de ferro, a Real
Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, foi instalada nas imediações de Sorocaba/SP. D. João contratou o sueco Hedberg,
que trouxe consigo alguns operários evangélicos luteranos.
Mais tarde, sob a supervisão de Varnhagen, também vieram
alemães, entre os quais também havia evangélicos luteranos.
Quando do falecimento do Carpinteiro de foles J. Bergmann, em fevereiro de 1811, instalou-se uma crise, já que não
era permitido o enterro de um ‘herege protestante’ em cemi-
O primeiro
cemitério
protestante
do Estado de
São Paulo
foi autorizado
por D. João VI
em 1811
tério católico. A partir desse fato e para resolver a situação de
outros não-católicos, como suecos e ingleses, surgiu o primeiro cemitério protestante do Estado de São Paulo, devidamente
autorizado por D. João VI pela Carta
Régia de 18 de agosto de 1811, o que
trouxe para a região de Sorocaba certa
liberdade religiosa não experimentada
até então em outra parte do Brasil.
Este fato aponta
para uma fidelidade à
fé evangélica desprovida de institucionalidade. Presume-se, no entanto, que um mínimo
de religiosidade tenha
Cruz e
acompanhado este grulápide no
po. O sepultamento dos
Cemitério
mortos e a colocação de
Protestante
cruzes apontam nesta
direção.
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
14 Deutsche Seite
S. O. S. - Zeichen überhört?
S. O. S. – seit alter Zeit ist dies der Hilferuf, den in Not geratene Seeleute aussenden, wenn sie sich ohne fremde Hilfe
verloren glauben. “Save Our Souls – rettet
unser Leben” – so werden die drei Buchstaben gedeutet. Die Morsezeichen sind leicht
zu merken: Drei Punkte, drei Striche, drei
Punkte. Sie haben schon manchem Seemann
das Leben gerettet.
Vor einiger Zeit besuchte ich eine der letzten Telegrafistinnen , die es noch im Lande
geben dürfte: Dona Dea, ein treues Gemeindeglied in der Gemeinde von Bom Retiro,
S.C.. Sie hatte persönlich ein schweres Schicksal, da ihr schon in jungen Jahren ein Bein
amputiert werden musste. Trotzdem hatte
sie tapfer alle Schwierigkeiten ihres Lebens
gemeistert. Ich kannte sie seit langem, und als ich vor ihrer
Haustür stand, klopfte ich das SOS-Zeichen – dreimal schnell, dreimal langsam, dreimal schnell.Als sie dann die Tür
öffnete, war sie ganz überrascht, als ich ihr sagte, dass ich das
SOS-Zeichen geklopft hatte “Man achtet gar nicht mehr darauf”, sagte sie, “weil man es garnicht erwartet. Ich musste
das Zeichen auch nie telegrafieren. Wenigstens nicht direkt.
Aber manchmal mag es schon in den Telegrammen, die ich
absandte, verborgen gewesen sein”.
Da hatte ich meinerseits etwas zu denken. Auch heute noch
gibt es verborgene SOS-Zeichen in Briefen, in Telefonanrufen,
in e-mails, die wir von jungen und alten Menschen empfangen. Und es gibt Begegnungen. Menschen haben traurige oder
frohe Gesichter. Wir können beobachten, wie sie gehen, wie
sie sprechen, wie sie schweigen. Merken wir es vielleicht gar
nicht mehr, wenn einer ganz tief in seiner Seele schreit: SOS
– rette meine Seele, rette mich, ich werde allein nicht mehr
Warum hat
er das getan?
Warum hat er
nichts gesagt
von seiner
Verzweiflung?
Haben wir sein
SOS-Zeichen
überhört?
fertig?
Oft
versteht
oder deutet man
dann die Hilferufe erst
hinterher. Meist ist es dann schon zu spät.
Hat nicht mancher Leser dieser Zeilen schon
erschüttert vor der Leiche eines Selbstmörders gestanden und sich selber gefragt: Warum hat er das getan? Warum hat er nichts
gesagt von seiner Verzweiflung? War er
(oder sie) in letzter Zeit nicht so merkwürdig
still? Oder hatte er nicht solch ein trauriges
Gesicht? Ja – wir haben manches SOS- Zeichen überhört. Gott sei es geklagt.
“Soll ich meines Bruders Hüter sein?”
fragt Kain. Ja, du sollst deines Bruders Hüter
sein. Nicht sein Vormund, sein Kontrolleur,
sein Schulmeister. Du sollst sein verstehender Weggefährte
sein, sein seelsorgerlicher Helfer, dem er anvertraut, was tief
in seinem Herzen nagt und ihn zur Verzweiflung treibt. Du
sollst das SOS-Zeichen heraushören aus dem, was er sagt und
was er nicht sagt. Nicht nur der Pastor ist berufen, Seelsorger
zu sein. Jeder Christ soll und kann auf seine Weise als Seelsorger handeln.
Und vergessen wir eines nicht. Menschen können nur
rechte Seelsorger sein, wenn sie ihr eigenes SOS zu Gott zu
schreien gewohnt sind. “Rufe mich an in der Not, so will ich
dich erretten und du sollst mich preisen.” (Ps. 50.15 ). Diese
“Telefonnummer Gottes” (5015 - kostenlos!) weiterzusagen
und ihr zu Diensten zu stehen – das kann noch heute Menschen aus Sturm und Wellen erretten.
Theologe Jaime Jung
Gott macht alles neu
Wer einen Garten pflegt sieht deutlich,
wie die verschiedenen Jahreszeiten wirken.
In der Natur verläuft jedes Jahr nach dem
gleichen, fast unveränderlichen Rhythmus.
Es gibt den Neuanfang im Frühling,
den schönen, warmen Sommer, den
stürmischen Herbst, den frischen Winter.
Es gibt Wachsen, Reifen, Ernten und Ruhen.
Wie im Jahreslauf gibt es auch in unserem
Leben einen Rhythmus. Höhepunkte und
scheinbare Tiefpunkte wechseln sich ab. Wir
merken so, dass auch wir ein Stück Natur
sind.
Ein jegliches hat seine Zeit, und alles Vorhaben
unter dem Himmel hat seine Stunde, so steht
es auch in der Bibel: geboren werden hat seine
Zeit, sterben hat seine Zeit; pflanzen hat seine
Zeit, ausreißen, was gepflanzt ist, hat seine Zeit; abbrechen hat seine
Zeit, bauen hat seine Zeit; weinen hat seine Zeit, lachen hat seine
Zeit; klagen hat seine Zeit, tanzen hat seine Zeit; Steine wegwerfen
hat seine Zeit, Steine sammeln hat seine Zeit; suchen hat seine Zeit,
verlieren hat seine Zeit; behalten hat seine Zeit, wegwerfen hat seine
Zeit; schweigen hat seine Zeit, reden hat seine Zeit; Streit hat seine
Zeit, Friede hat seine Zeit. (Prediger, Kap.3).
Um glücklich zu sein, braucht jeder Mensch den richtigen
Ausgleich in seinem Leben: Arbeit und sinnvolle Aufgaben, aber
auch Freizeit und Erholung. Essen und Trinken, Kleidung und
ein Dach über dem Kopf, aber auch Musik, Blumen und Bilder.
Wir brauchen den Frühling unseres Lebens, die glücklichen und
bunten Zeiten, in denen wir neue Anfänge wagen können. Wir
brauchen den Sommer, das volle Leben draußen in der weiten
Welt, die Begegnungen, die Festlichkeiten. Auch der Herbst
gehört zu unserem Leben, die Zeit der Arbeit, der Ernte,
Pfarrer Lindolfo Weingärtner
Ein neues Jahr
steht
uns bevor und
was uns
entgegen
kommt,
steht in
Gottes Händen
der Dankbarkeit
für alles was uns
gegeben wird. Wir
brauchen
ebenso
den Winter, die Zeit des
Abschieds und der Einsamkeit. In allen
seinen Lebensabschnitten, braucht der
Mensch den Kontakt zu anderen und die
Verbindung zu Gott.
Ein neues Jahr steht uns bevor. Was uns
entgegen kommen wird, steht in Gottes
Händen – und das ist gut so. In allen
Jahreszeiten unseres Lebens, seien wir jung
oder alt, ist Gott bei und mit uns, als treuer
Wegweiser und Begleiter. Er kennt unsere
Freuden, unsere Wünschen, unsere Nöte
und Sorgen. Gott kennt unser Herzen und
weiß genau, ob da gerade Frühling oder Winter herrscht.
Gott schenkt uns täglich die Möglichkeit, ein neues Leben
anzufangen, mit Ihm und mit unseren Mitmenschen. Genau
aus diesem Grund können wir voller Zuversicht ins neue Jahr
schauen. Möge Gott uns in unserem Glauben festigen und
uns Dankbarkeit lehren. Und so können wir, wenn dieses
Jahr vorbei sein wird, sehen was Er an kleinen und großen
Wundern, an herrlichen Pflanzen, Blüten und Früchten unter
uns geschaffen hat.
Herr des Lebens, lass uns jeden Abschnitt unseres Lebens als
Geschenk von Dir betrachten und genießen. Lass deinen Willem mit
Liebe an uns geschehen, indem du uns jeden Tag des neuen Jahres in
deine Arme nimmst.
Jorev Luterano - Jan/Fev - 2010
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Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos
significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo,
Confirmação, Benção Matrimonial, Encontros Familiares,
Bodas e Sepultamento.
Entre em contato conosco!
Bodas de Neve
Em setembro de 1942, em plena
II Guerra Mundial, dois corações
se encontraram e se enamoraram.
Em 2009, no dia 26 de setembro,
completaram 67 anos de casados.
Falecimento
Andar com fé e saber que cada dia é um recomeço. Quando menos esperamos e sem
nenhum aviso, Deus chama para si os nossos entes queridos. Acreditamos que Ele
precisa dessas pessoas para a construção do
Seu Reino.
No dia 24 de maio de 2009, partiu
desta vida terrena a nossa querida irmã
REGITA ENIA SCHMITT
Nascida em 18 de novembro de 1947, natural de Santo Ângelo/RS,
filha de Edemundo Emilio Röpke e Frieda Elsa Röpke, Regita foi
casada com Oscar Schmitt e residiu durante 42 anos em Aurora do
Iguaçu, município de São Miguel do Iguaçu/PR. Mãe e avó, deixou a
prantear a sua morte um vasto círculo de amigos, aos quais a família
agradece pelo apoio recebido no momento da perda.
No fim, fica a saudade e uma certeza:
não importa a razão, pois,
onde está, estará sempre conosco.
É mais um anjo
que nos acompanha.
Em nome da família, agradece Ivete Clair Röpke Teixeira
IRMA e OLINDO DIEMER
Queridos pais, recebam o nosso abraço e todo o nosso amor, pois
vocês são as nossas joias valiosas.
Muitos beijos das filhas, Léria, Laci e Sarita, dos três genros,
dos netos, bisnetos, familiares e amigos.
Parabéns Vó Irma e Vô Olindo Diemer!
Comunicamos a todos os descendentes da Família Herberts o encontro,
que acontecerá no dia 7 de março de 2010, em Vera Cruz/RS.
Falecimento
Catarinense de nascimento e gaúcha de coração,
Contatos
Valdir e Lisane Gressler
Rua Eduardo Zinn, 473
Vera Cruz/RS
Telefone: 51 3718.1580
MARIANA KRAMBECK SAUTER
faleceu no dia 20 de outubro, vítima de
infarto agudo. Nascida em 24 de julho
de 1938, na cidade de Massaranduba, no
Vale do Itajaí, em Santa Catarina, Mariana veio para o Rio Grande do Sul em
1962 para cursar Técnico em Enfermagem no Hospital Moinhos de Vento, em
Porto Alegre/RS.
Em 1970, casou-se com Gunther Sauter (falecido em 2006), com quem teve
os filhos Werner e Carla. Na metade dos
anos 80, passou a participar de maneira
ativa das atividades sociais da Paróquia
Martin Luther, de Porto Alegre, juntamente com seu esposo.
Exímia cozinheira, organizou e trabalhou na organização de galetos e jantares da Comunidade até o ano 2000. Ultimamente, atuava apenas nos chás da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas
(OASE), da qual era membro ativo, nos chás da Juventude e do Grupo Escoteiro Albert Schweitzer, todos estes departamentos da referida Paróquia.
Mariana também fazia voluntariado social na Paróquia, trabalhando com doação de roupas e mantimentos para entidades assistenciais, dentre elas a Casa da Criança de Alvorada. No período de
Advento, montava a coroa e o pinheirinho de Natal na Igreja. Para
Mariana Krambeck Sauter, servir ao próximo era uma maneira de
servir a Deus.
Comunicamos a todos os descendentes da Família Welzel o 6º encontro,
que acontecerá no dia 14 de fevereiro de 2010, em Novo Xingu/RS.
Contato
Sérgio: 54 9972.1617
Dorival: 54 9609.7644
Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios
Rua Senhor dos Passos, 202/4º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419
E-mail: [email protected]
Site: www.jorevluterano.com.br
O Sínodo Noroeste Riograndense, formado por 22 Paróquias, 157 Comunidades, 71 Pontos de Pregação e 45 mil membros, cuja ênfase missionária é formação de lideranças leigas, comunicação,
evangelização, acompanhamento a Obreiros e Presbíteros, organização de pastorais e visitação
às Paróquias, está representado nesta Editoria por nossa gente luterana Edio Novotny e Ledy
Zimmermann.
Causa
nobre
O sonho maior é que
as pessoas deixem
o egoísmo de lado
Com curso Técnico em Contabilidade, Edio trabalha
no tratamento da água distribuída em Horizontina. Para
esta atividade, fez vários cursos de aperfeiçoamento na
área de saneamento e preservação do meio ambiente
“Na minha profissão, ajudou muito o curso de Gestores,
pois conheci diversas formas de trabalhar com pessoas, o que é fundamental para o serviço na Igreja. Além
disso, nunca deixo de dizer que sou membro da IECLB,
mas respeitando o credo dos colegas”.
Na IECLB, Edio, sempre um membro participativo,
atualmente é Presidente da Paróquia de Horizontina,
Membro do Conselho Sinodal de Finanças, Representante da Paróquia no Conselho Sinodal e Presidente da
Assembleia Sinodal “As atividades e responsabilidades
são diversas, mas realmente importante é cuidar do bem
maior das Comunidades, os seus membros, por isso
procuro sempre estar presente nos eventos realizados
pelas Comunidades e também ajudar as suas Diretorias a resolverem as mais diversas situações conforme
as normas da IECLB. Quando assumimos uma tarefa,
devemos sempre executá-la da melhor forma possível,
dando condições de trabalho e ferramentas para que
Deus
Ledy Zimmermann, 55 anos,
gaúcha de Giruá, casada com
Atemir Zimmermann há 35
anos, mãe de Juliano, Ricardo e
Cristina e avó de Joana e Arthur,
pertence à Comunidade
Evangélica da Paz de Santa Rosa,
Sínodo Noroeste
Riograndense “Luterana de
berço, quando criança
participava do Culto Infantil em
Giruá. Depois, nos mudamos
para o interior e frequentei o
Culto Infantil na IELB por não ter
na nossa Igreja. Na
adolescência, participei da
Juventude na Comunidade da
Paz em Santa Rosa, onde meu
esposo e eu nos conhecemos”.
possam ser realizadas dentro do esperado. Somente assim poderemos colher bons frutos”.
Para o Presbítero, os grandes temas no Sínodo Noroeste
Riograndense são Missão e Diaconia, Projeto Missão Criança e Formação de Educação Contínua. “Os desafios são
muitos. Na região do Sínodo, encontramos situações
atípicas, mas de reflexo geral é conseguir lideranças
para assumirem tarefas nas Comunidades e Paróquias,
também a conscientização dos membros quanto às suas
contribuições e, ainda, dizermos que somos membros
da IECLB, fazer os membros conhecerem as instâncias
na Igreja, por isso são importantes os cursos de acolhida, pois mostram aos novos membros quem realmente
somos”, relata.
“A motivação principal para participar das atividades na Igreja é poder trabalhar por uma causa tão nobre, cuidar da casa de Deus, procurando fazer um trabalho com justiça social. Assim, o sonho maior é que as
pessoas deixem o egoísmo de lado e coloquem a Igreja
em primeiro plano. Além disso, ter Obreiros formados
por vocação e não por profissão” é o que deseja Edio
Ademar Novotny.
amoroso
Para Ledy, momentos de oração e reflexão são expressões de fé “A vida nos ensina muito. Como seres
humanos, erramos e nos sentimos amargurados, mas
na presença de Deus nos tornamos fortes e seguros.
Acredito muito no amor de Deus, este Deus amoroso
que nos acolhe em todos os momentos da vida”.
Professora formada em Pedagogia com habilitação
em Séries Inicias, Orientação Educacional e Supervisão
Escolar, além de Especialização em Ensino Religioso,
Ledy atua em uma Escola da Rede Pública Estadual.
No turno da manhã, é Orientadora Educacional e, à
tarde, Coordenadora Pedagógica “Neste trabalho, tenho oportunidade para propagar a fé de forma ecumênica, o que torna esta atividade muito rica”.
Na nossa Igreja, a caminhada de Ledy é longa “Foram muitos os cargos que assumi na minha trajetória
de IECLB, pois esta é minha faculdade de vida. Fui
Presidente da OASE de Santa Rosa, Coordenadora Paroquial, Coordenadora Distrital da OASE, membro do
Conselho Regional da RE III, Secretária no Presbitério
de Santa Rosa, Presidente na 1ª Assembléia Sinodal do
Sínodo Noroeste Riograndense e meu esposo e eu co-
Edio Ademar Novotny,
50 anos, natural de
Horizontina/RS, Servidor
Público Estadual, casado
com Sueli Dreger Novotny e
pai de duas filhas, Vanessa
e Jossana, é membro da
Comunidade Evangélica
Martinho Lutero,
pertencente à Paróquia de
Horizontina, Sínodo
Noroeste Riograndense.
“Herança dos avós paternos
e maternos, sou luterano de
berço e a minha fé se
processa nas atitudes e na
prática, sempre
agradecendo a Deus por
tudo o que nos concede
nesta vida”, conta.
Acredito muito no amor
de Deus, que nos acolhe em
todos os momentos da vida
ordenamos o grupo de casais da nossa Paróquia”. Atualmente, a Presbítera faz parte da Comissão de Envio
e Designação da IECLB, das Bancas de Avaliações ao
PPHM e ao Pró-Ministério, é 1ª Suplente ao Conselho
nacional da IECLB e Representante do Sínodo no Concílio Geral.
No Sínodo Noroeste Riograndense, os grandes temas trabalhados são Missão de Deus-Nossa Paixão e família. “Vivemos vários tipos de famílias, mas a essência
deve permanecer”, acredita Ledy, para quem os desafios de ser IECLB no Sínodo Noroeste Riograndense
são unificar as ações em nível de Sínodo e a atenção ao
grande grupo de Igrejas Pentecostais.
A motivação de Ledy para participar das atividades da IECLB é amar esta Igreja que prega um Deus
que nos ama incondicionalmente e ter vivido experiências maravilhosas de fé. “Sonho que a IECLB possa
atuar em todo território tendo um quadro de Obreiros
completo podendo tornar esta Igreja mais fortalecida e
fazendo com que os mais distantes rincões possam ter
a Palavra de Deus mais próxima e viverem em comunhão”, resume Ledy Zimmermann.

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