chawanmushi
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chawanmushi
Informativo - Nº 04 - Novembro/Dezembro/2011 Kawai Shihan Dojo / Florianópolis Nosso grande evento de final de ano, o Bonenkai, está se aproximando. Bonenkai é uma confraternização oriunda da cultura japonesa. No Japão o bonenkai ocorre no final do ano e é uma confraternização, com a finalidade de esquecer as consternações e problemas do passado (geralmente, no caso específico do Japão, através de muito álcool). Um bonenkai não ocorre em nenhum dia específico, mas são realizados geralmente em dezembro. ”Bonen” significa despedida do ano passado, reunião, festa (B0 – esquecer; NEN – ano; KAI – encontro/reunião). No Japão as empresas, os amigos, costumam se reunir para comemorarem a despedida do ano que está terminando, trocar cumprimentos, avaliar o ano e, num ambiente de festa comer e beber muito nos “Kais” que são reuniões ou “enkais” que são banquetes. É um evento muito comum na comunidade nikkey, pois os japoneses não dão muita ênfase ao natal. Carlos Sensei sempre menciona nos treinamentos a importância do sentimento de gratidão. Agradecer ao colega, ao espaço, a oportunidade de treinar, à saúde, aos ensinamentos. Agradecer é sempre importante e necessário. O bonenkai nos dá essa oportunidade, de estar junto aos colegas, de agradecer pelo ano que se encerra, pelos treinos, pela paciência, pela disposição, pela doação. É uma oportunidade de treinar fora do tatame, de encontrar os amigos, de confraternizar, de brincar, de festejar. Com certeza no transcorrer do ano tivemos percalços, momentos difíceis que nos impediram de treinar tanto quanto gostaríamos, mas fomos vencedores por sempre persistirmos, nunca desistirmos e terminarmos o ano fazendo sempre nosso melhor. O bonenkai para mim além de momento de agradecimento sincero representa uma oportunidade de aproximação, acolhimento e doação para com o grupo do Kawai Shihan Dojo. Nos dias que antecedem ao bonenkai vemos colegas se doando, se esforçando para fazer uma boa festa, se esmerando nos detalhes e pensando muito mais no grupo que em si mesmos. É uma forma de agradecimento através do trabalho e doação ao grupo. O Kawai Shihan Dojo conta com inúmeros colegas que se esforçam e se dedicam pensando no bem estar coletivo e em dias como esse é comum vermos os colegas fazendo as mais diversas tarefas para que o evento se realize com sucesso. Quando chegar no nosso Bonenkai, pensemos nele como uma forma de agradecer por tudo, agradecer ao nosso Sensei Carlos pela dedicação e referência, agradecer aos colegas que sentam à direita ou à esquerda, agradecer quem nos acompanha, agradecer nossos pais, maridos/esposas, familiares, enfim todos aqueles que nos permitem treinar com qualidade e tranquilidade. Agradecer as facilidades e também as dificuldades que nos fazem crescer. Como o Bonenkai é momento de agradecimentos gostaria, com certeza em nome do Seisei Carlos e de todos os colegas que treinam no Kawai Shihan Dojo, de agradecer muito e de modo especial a nossa querida amiga e incentivadora Sara Grisalt San que quase de maneira imperceptível faz um trabalho social maravilhoso, ajudando com as colaborações de todos do grupo do KSD pessoas que precisam de amor e conforto. Sara San é também responsável pela oportunidade que temos de contar diariamente com a presença do Carlos Sensei no tatame, pois ela entende essa importância e dá total apoio ao nosso mestre. Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que adorava ensinar sua filosofia para os jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrotá-lo, aumentando sua fama de vencedor. Todos os estudantes manifestaram-se contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se. Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós? - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? perguntou o velho samurai. - A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos. - O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. Imagine um lutador de artes marciais ajoelhado na frente do mestre sensei numa cerimônia para receber a faixa preta obtida com muito suor. Depois de anos de treinamento incansável, o aluno finalmente chegou ao auge do êxito na disciplina. “Antes que lhe dê a faixa, você que passar por um outro teste”, diz o sensei. Estou pronto” responde o aluno, talvez esperando pelo último assalto da luta “Você tem que responder à pergunta essencial: Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?” “O fim da minha jornada”, responde o aluno. “Uma recompensa merecida por meu bom trabalho”. O sensei espera mais. É obvio que ainda não esta satisfeito. Por fim, o sensei fala. “Você ainda não esta pronto para a faixa preta. Volte daqui a um ano”. Um ano depois, o aluno se ajoelha novamente na frente do sensei. “Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?”. Pergunta o sensei. “Ela é o símbolo da excelência e o nível mais alto que se pode atingir em nossa arte”, responde o aluno. O sensei não diz nada durante vários minutos, esperando. É óbvio que ainda não está satisfeito. Por fim, ele fala. “Você ainda não esta pronto para a faixa preta. Volte daqui um ano”. Um ano depois, o aluno se ajoelha novamente na frente do sensei. E mais uma vez o sensei pergunta: “Qual é o verdadeiro significado da faixa preta”. “A faixa preta representa o começo – o início de uma jornada sem fim de disciplina, trabalho e a busca por um padrão cada vez mais alto”, responde o aluno. “Sim. Agora você esta pronto para receber a faixa preta e iniciar o seu trabalho”. A idade vai chegando e, como consequência do enfraquecimento dos ossos, é inevitável que senhores e senhoras com mais idade passem a ser vítimas de quedas, que, muitas vezes, resultam em inúmeros danos à saúde. A guerra de pessoas mais velhas contra a osteoporose e outras doenças dos ossos tem como principal aliado à ingestão de alimentos e vitaminas que predominam a ingestão de cálcio. Mas, para a alegria daqueles que gostam de praticar atividades físicas, além do cálcio, a batalha diária contra as inevitáveis quedas acaba de ganhar um forte aliado: a prática das artes marciais. Pode soar estranho, mas, estudos recentemente divulgados na publicação “BMC Research Notes” indicam que o controle das quedas pode ser aperfeiçoado com a prática do Kung Fu ou do Karatê, por exemplo, e, assim, auxiliar na prevenção de fraturas nos ossos. O estudo se baseou no cálculo da força de impacto que tem as quedas de um grupo de jovens saudáveis durante a prática de artes marciais comparando com o grau de impacto das quedas que pode suportar quem sofre de osteoporose. Desde que possa haver um controle nas quedas de pessoas com mais idade e também algumas medidas de segurança, como colchões mais grossos, a prática das artes marciais pode ensiná-las a ter mais controle do corpo e também ensinar a “cair direito”, sem, no entanto, machucá-las. Marcos Meneguetti, mais conhecido como mestre Menega, faixa preta em 5º grau de Taekwondo, reconhece e apoia a prática de artes marciais na terceira idade. Para praticar as artes marciais, não tem idade, pois o mais importante não é a luta e sim o equilíbrio que o atleta adquire entre o físico e o mental. Em todas as idades, trabalha-se com o corpo e com a mente”, considera. Não importando quantos anos a pessoa tem, quem pratica algum tipo de luta, afirma Menega, é muito melhor preparada porque passa por um processo de aprendizagem e de alongamento mais completo. “Os alunos das artes marciais aprendem a dominar o corpo com a própria mente”, ressalta o mestre Menega, afirmando assim, que por meio d a s a r t e s marciais, as pessoas com mais idade conseguem controlar melhor as quedas. Wanderley, 61, recomenda o Aikido em uma academia de Maringá, juntamente com um senhor de 77 anos e outro de 62, o empresário Wanderley Teixeira de Camargo, 61, compõe o time dos mais experientes da turma e pratica, três vezes por semana, há oito anos, o Aikido, arte marcial japonesa, criada na década de 20, pelo mestre Morihei Ueshiba. Este prato, normalmente servido como acompanhamento, é preparado através do seu cozimento em vapor. Sua consistência e preparo lembram um pouco a do pudim ou flan, contudo é servido quente. Acredita-se que esse prato tenha se tornado popular na cozinha japonesa por volta do fim do século XIX. Etimologia: Chawan - Tigela pequena Mushi - Cozido no vapor Modo de Preparo Ingredientes: - 2 fatias de pasta de peixe cozida (Kamaboko). - 2 Camarões (Ebi) - Sal (shio) - 4 nozes-do-japão - 1 bulbo de lírio - 2 pedaços pequenos de frango (Tori niku) - Molho de soja (Shoyu) - 1 cogumelo (shitake) - Mitsuba (pode ser substituída pela salsa) - 1 xícara e meia de caldo concentrado - 2 ovos (Tamago) Dicas Caso você não possua o recipiente especial para esse tipo de cozimento, utilize pequenos recipientes de pirex, porcelana ou vidro resistente ao calor para acomodar os ingredientes e cubra-os com tampas um pouco maiores para que deixem vazar um pouco o vapor. Coloque-os num panela com água quente e aqueça no forno, como se fosse um pudim. O tempo de cozimento será mais ou menos o mesmo do recipiente especial. - Corte duas fatias de pasta de peixe cozida. Os chefes costumam cortá-las fazendo ondulações para dar um toque a mais ao prato. - Limpe os camarões, descascando-os e retirando seus órgãos internos. Em água com um pouco de sal, faça uma pequena fervura com os camarões. - Em separado, ferva as nozes-do-japão e o bulbo de lírio. Enquanto isso, deixe os pedaços de frango submersos no shoyu. Quanto ao cogumelo, retire o talo e divida-o a meio (o cogumelo, é claro). Pique a mitsuba em pedaços de aproximadamente três centímetros. - Em separado, bata dois ovos, misturando-os com uma xícara e meia de caldo concentrado frio. Acrescente meia colher de chá de sal e meia colher de sopa de shoyu. Depois passe a mistura por uma peneira para torná-la uniforme. - Divida todos os ingredientes sólidos em duas tigelas (menos a mitsuba). Em seguida acrescente o caldo preparado anteriormente. - Ponha as tigelas em uma panela própria para cozimento no vapor, assim que a água começar a ferver. - Antes de tampar a panela de vapor, coloque uma toalha de papel e tampe. Isto evitará que as gotas d'água que se forma na tampa caiam sobre as tigelas. Cozinhe no vapor, em fogo baixo. Após sete minutos aproximadamente, retire a tampa rapidamente apenas para deixar sair um pouco de vapor. Torne a fechar e cozinhe por mais três minutos.- Para saber se o chawan-mushi está pronto, verifique se a superfície do mesmo adquiriu uma consistência elástica . Em seguida, após retirar as tigelas do recipiente de cozimento no vapor, acrescente a mitsuba e cubra cada tigela com uma tampa. Sirva em seguida, ainda quente. Rendimento: ( 2 porções) Humor!Pra Relaxar" O japonês chega atrasado no serviço e justifica: - Japon atrasou porque Gerador morreu, né? - Como assim? Você quer dizer que o Gerador enguiçou? - Non. . . Non. . . Gerador morreu mesmo. Era o Gerador que tomava conta do meu prédio!
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