Cobertura com telhas asfálticas Cobertura com telhas asfálticas A

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Cobertura com telhas asfálticas Cobertura com telhas asfálticas A
Cobertura com telhas asfálticas
Cobertura com telhas asfálticas
A cobertura conhecida como shingle é uma manta asfáltica composta por elementos descontínuos. A
telha possui, na composição, camadas à base de asfalto, fibra de vidro e acabamento superficial de
grânulos ceramizados, lâmina de cobre ou titânio-zinco. São telhas adaptáveis a qualquer tipo de
estrutura: plana, arredondada ou recortada.
O uso deste tipo de cobertura não é restringido por fatores climáticos: o sistema pode ser especificado em
construções em regiões com intensas variações de temperatura. A resistência ao fogo é de Classe 1.
Suporta, segundo testes, ventos de até 100 km/h e impacto de granizos.
Composição do shingle
Asfalto
O asfalto tem o papel de garantir a maleabilidade e adaptabilidade a qualquer tipo de superfície e
formato. A qualidade do asfalto é o principal elemento definidor da durabilidade. Um asfalto de boa
qualidade é aquele que possui alta resistência aos raios ultravioleta e um baixo índice de envelhecimento.
Normalmente, utiliza-se asfalto oxidado, HP, APP e modificado SBS. No mercado, encontram-se produtos
que contêm de 700 g/m² até 1.300 g/m². É recomendável, porém, que tenha pelo menos 1.000 g/m².
Fibra de vidro
Impregnada entre duas camadas de asfalto, a fibra de vidro proporciona resistência mecânica e
estabilidade dimensional à telha, mesmo que submetida a variações térmicas extremas. Quanto maior a
gramatura, maior esta resistência. No mercado, podem ser encontrados produtos que contêm desde 70
g/m² até 125 g/m². Shingle com menos de 100 g/m² de fibra pode ser considerada de baixa qualidade.
Grânulos ceramizados
A composição asfalto e fibra de vidro vem coberta por uma camada de grânulos ceramizados, cujas
propriedades possibilitam a proteção contra os raios ultravioleta, além de proporcionar o acabamento
final em variadas cores. Os grânulos são fundamentais, pois protegem o asfalto. Os grânulos são de rocha
natural vulcânica - que é extremamente dura e livre de porosidades - ou sintéticos.
Pigmentação dos grânulos
As pigmentações de melhor qualidade são inorgânicas e aplicadas pelo processo cerâmico, que impede
o acúmulo e proliferação de organismos vivos e o desbotamento da telha. Alguns fabricantes utilizam
pigmentação orgânica e oferecem tratamento químico antifungo, que deverá ser aplicado
periodicamente.
Areia silícica
Mantém o produto em condições de aplicação e impede que as telhas se colem umas às outras nos
pacotes enquanto estão armazenadas ou em transporte.
Pontos termoadesivos
Faixas de asfalto localizadas na parte superior das telhas, quando sobrepostas, apenas com a exposição
ao sol se colam e aumentam consideravelmente a resistência adesiva do conjunto às tempestades de
vento. Neste caso, é fundamental a qualidade do asfalto utilizado, pois as telhas podem não se colar com
o tempo e comprometer a performance do produto frente às condições climáticas a que estará exposto.
As faixas devem ser descontínuas, a fim de impedir a formação de gases na sobreposição das telhas.
Lâmina de cobre
Alguns modelos possuem acabamento com lâmina de cobre no lugar dos grânulos de basalto, para
projetos de grande diferencial arquitetônico.
Outras características
O sistema shingle pode ser aplicado em coberturas com ângulo a partir de 15º até 90º, sem amarrações ou
trabalhos adicionais. A telha asfáltica pode também ser utilizada como acabamento em fachadas.
Uma cobertura com telhas shingle pesa cerca de seis vezes menos do que coberturas com telhas
tradicionais.
Embora funcione como uma manta de impermeabilização, o fato de a cobertura ser composta por peças
descontínuas, absorve facilmente as movimentações da estrutura.
A própria telha recortada faz os acabamentos necessários de cumeeiras, espigões e primeira fila - não há
peças especiais. Todos os encontros de águas - chamados águas-furtadas - dispensam o uso de rufos ou
calhas, uma vez que se sobrepõem nesse trecho.
Composição do shingle: base de asfalto, fibra de vidro,
acabamento e (à direita) lâmina de cobre ou zinco
Inclinações múltiplas
Aplicações
Instalação
O sistema shingle requer uma superfície plana, laje de concreto ou assoalhamento de madeira bem
nivelado para que o resultado final seja perfeito. Normalmente, são utilizadas chapas de compensado
naval ou OSB de 12 mm, porém não é condição única. No caso de laje de concreto, deverá ser
impermeabilizada e a telha será instalada a fogo. Outra possibilidade é sarrafear e assoalhar a cobertura.
No caso de compensado, deve-se utilizar estrutura adequada com os espaçamentos, juntas de dilatação
e proteções de face especificadas pelo fabricante.
O procedimento básico indica que as telhas sejam pregadas sobrepondo-se até o cume do telhado.
Além de pregadas, pontos termoadesivos previamente distribuídos pelas telhas colam-se com a exposição
ao sol. As próprias telhas são recortadas e sobrepostas linearmente para execução deste trabalho. Nesta
parte do telhado, normalmente considerada crítica, as próprias telhas sobrepõem-se proporcionando,
além de estanqueidade total, um perfeito acabamento estético.
Espigões e cumeeiras
Água-furtada e rincão
Sistema de ventilação
O peso próprio menor, que somado ao compensado é inferior a 20 kg/m², abre a possibilidade de se
utilizar encaibramento com peças de 6 x 8 em substituição ao 6 x 12 normal de outros sistemas, se o vão a
vencer permitir. Além disso, o espaçamento requerido para a chapa de 12 mm pode ser de até 60 cm e
não os 50 cm de praxe. No lugar do tradicional "ripão", utiliza-se o compensado naval ou OSB.
As telhas não se quebram e pode-se caminhar sobre a cobertura sem riscos de danos, em caso de
necessidade de reparos. Sobre uma primeira instalação, pode-se acrescentar mais cinco camadas de
telhas, caso queira-se mudar a cor da cobertura. Por não quebrarem, não há necessidade de compra,
pois não há perdas na instalação.
Ventilação
Entre o forro interno e o compensado, deverá ser prevista ventilação para evitar formações de
condensação e para que o calor seja dissipado. O ar deverá entrar e sair por esta "câmara", já que a
vedação obtida após a aplicação do shingle e a natural elevação do ar quente criam um vácuo que
suga o ar frio externo pela parte inferior do telhado, resultando em um fluxo contínuo de troca e,
conseqüentemente, em renovação do ar.
Juvenal C. Rolim Jr., diretor comercial, TC Shingle do Brasil
[email protected]
Téchne 106 - janeiro de 2005

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