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Macro Flash
Pesquisa Econômica
São Paulo, 11 de novembro de 2013.
Reunião com o Ministério da Fazenda
Reunião com o ministro mostra governo atento às incertezas fiscais
Roberto Padovani
Tel: +55 11 5171-5623
[email protected]
Governo aumenta comunicação com mercado. A Votorantim Corretora
participou na semana passada de encontro com o ministro da Fazenda. A ideia do
Ministério é, regularmente, debater temas de conjuntura econômica com
participantes do mercado financeiro.
Questão fiscal domina debate. Neste momento, a questão central girou em torno
das preocupações fiscais. Do ponto de vista dos analistas presentes, a avaliação
geral é que, independentemente do cenário externo, é preciso aumentar a solidez
das políticas, em particular a fiscal. Do ponto de vista do governo, há preocupação
com a repercussão do desempenho fiscal e seu impacto sobre a classificação de
risco e a ancoragem das expectativas. Neste caso, as incertezas correntes poderiam
ser um incentivo para maior coordenação política em torno do ajuste fiscal.
Reversão de desonerações favorece receita. Do lado da receita, a estratégia se
baseia em (i) receitas de concessões; (ii) maior arrecadação em virtude dos efeitos
defasados gerados pela retomada econômica; e (iii) reversão de parte das
desonerações tributárias, ainda que esta medida possa gerar alguma preocupação
com as dinâmicas de crescimento e inflação. Não se espera grande ajuda de
receitas extraordinárias, apesar da expectativa favorável em relação ao Refis por
parte do governo.
Maior controle de despesas com previdência. Do lado das despesas, o menor
reajuste do salário mínimo e mudanças de regras de abono e seguro desemprego
podem reduzir parte da tendência de alta nos gastos com previdência. O governo
também espera que a melhor articulação política com o Congresso possa evitar
piora adicional das contas públicas. Em relação a estados e municípios, os
incentivos para um melhor desempenho podem vir por conta de limites ao
financiamento e controle de repasses. Finalmente, há expectativa de menores
aportes em bancos públicos.
Estratégia fiscal envolve poucos avanços institucionais. O governo central
espera entregar resultados fiscais melhores ao longo dos próximos meses, baseado
em uma gestão de curto prazo que melhore o desempenho de receitas e despesas.
O foco está fundamentalmente no comportamento do governo central: a
expectativa é que o resultado primário possa superar 1,5% neste ano. No entanto,
questões como a formalização de cláusulas de escape dos resultados fiscais, regras
para limitar despesas e/ou outras reformas não devem prosperar.
Consulte o Disclaimer no final deste relatório
Economia – Reunião com o Ministério da Fazenda
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