Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino

Transcrição

Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
ATOS DOS APÓSTOLOS E A COLONIZAÇÃO DO REINO
MENSAGENS PARA OS JOVENS E ADOLESCENTES 2009
INTRODUÇÃO
Coletânea de Palavras Para
os Jovens e os Adolescentes 2009
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Nestes dias da OMJ – Operação Marcha de Jericó – e do PMP – Projeto
Missão Possível - estamos recebendo da parte do Senhor uma unção especial para
proclamarmos o Seu Reino a todas as capitais e estados do Brasil e, sem dúvida,
esta unção se estenderá a todas as nações. Precisamos perceber a unção desta
hora para que nos movamos nela. Jesus, em uma sinagoga, leu a passagem de
Isaías 61:1, 2 e testificou que sobre Ele repousava a unção do Senhor para aquela
hora: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu
PARA... Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na
sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se
cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.” (Lucas 4:16-21).
O comissionamento do Senhor é que o Evangelho do Reino seja pregado a
todas as nações: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para
testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.“ (Mateus 24:14). O Evangelismo
da Era da Igreja pregou as doutrinas e costumes denominacionais, mas nós
devemos anunciar o Senhorio de Cristo - o domínio do Senhor e do Seu Cristo para que todo joelho se dobre e confesse Jesus como o único Senhor.
O Livro de ATOS nos mostra como a Igreja colonizou o mundo daquele
tempo. Fala que os discípulos foram para todos os lugares, saíram e pregaram a
Palavra e a Palavra se espalhou: “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se
multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à
fé.“ (Atos 6:7). Os discípulos magnificavam o Senhor, pregando a Jesus como o
Senhor ressurreto. A primeira proclamação dos apóstolos, em Atos, foi feita por
Pedro e teve por tema Cristo como Senhor: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que
todos nós somos testemunhas... Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de
Israel de que a este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. (Atos
2:32 e 36).
Em Atos vemos como a Palavra se manteve crescendo e se espalhando por
toda a terra. A Palavra se multiplicou porque Ela glorificava ao Senhor Jesus Cristo:
“Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e
creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E divulgava-se a
palavra do Senhor por toda aquela região”. (Atos 13:48, 49). O foco dos
discípulos sempre foi que a Palavra fosse anunciada e, como consequência, os
sinais A acompanharam: “... agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede
aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto
estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu
santo Servo Jesus. Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.”
(Atos 4:29-31).
Os relatos do livro de Atos são uma continuação dos Evangelhos, isso fica
bem claro ao lermos o Evangelho Segundo Lucas, que também escreveu Atos.
Lucas mostra que os discípulos deveriam esperar em Jerusalém para receber a
promessa do Pai. Eles permaneceram em Jerusalém em obediência a uma
orientação de Jesus: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei,
pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”. (Lucas 24:49).
E os discípulos permaneceram em Jerusalém até que, no dia de
Pentecostes, receberam a promessa do Espírito Santo. Ao receberem o Espírito,
eles se moveram numa unção bem específica: “Respondeu-lhes Jesus... mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra”. (Atos 1:8). Foi o vento do Espírito Santo que impeliu a Equipe
Apostólica e os discípulos a saírem e colonizarem o mundo do Novo Testamento.
É interessante notar que esta afirmativa de Jesus veio como resposta a uma
pergunta dos discípulos feita no versículo 6, a respeito do Reino. Então,
entendemos que Jesus reforçou que a implantação do Reino está condicionada à
proclamação do Evangelho do Reino a todas as nações, para que venha o fim.
Você notará, lendo o livro e Atos, que a expansão da Palavra se deu
gradativamente a começar por Jerusalém, depois nas regiões da Judéia e Samaria,
e alcançando os gentios por todo Império Romano. O sopro do Espírito Santo levou
os discípulos exatamente aonde o Senhor havia determinado. Portanto, que
também hoje a unção da OMJ e PMP nos conduza a colonizar o Brasil, a América
Latina e até os confins da terra, com as Boas Novas do Reino de Deus.
Um trecho da Palavra Viva sobre a proclamação da Palavra HOJE:
“Nós não podemos apenas pregar a restauração. Somente um pequeno
Remanescente chegará à Igreja restaurada. Este Remanescente que está sendo
levantada segundo o padrão da Igreja Neotestamentária (como está na palavra de
Deus) por apenas uma razão: para ser a voz que proclama o Reino. Deus está
levantando uma voz; o que é velho vai se acabar e o novo vai nascer. Nós nos
levantaremos e, pisando sobre duas eras, falaremos a palavra do Senhor. As
pessoas não vão gostar de ouvir a maravilhosa palavra que você traz. Elas não vão
lhe dar uma medalha, mas irão persegui-lo. Por causa do que a palavra significa em
nossos corações, surge a necessidade de sermos dedicados a falar esta palavra do
Senhor. Nós estamos muito arraigados à idéia de que podemos ser diplomáticos e
não estamos realmente preparados para a reação feroz que virá quando nos
levantarmos e falarmos a palavra do Senhor. Eu posso ver as dificuldades que
virão. Nós nos encontraremos em situações em que nos fará parecermos idiotas.
Seremos rejeitados, seremos desprezados aos olhos do mundo. Nos dias de Paulo
aqueles que andaram por todo o mundo e profetizaram a palavra do Senhor, foram
chamados de "lixo deste mundo e escória de todos". (1 Coríntios 4:13). Mas foi
fantástico quão depressa aquele império veio abaixo. Quão rápido o velho sistema
desapareceu - aproximadamente 35 anos após a crucificação, todo o sistema
judaico tinha caído para nunca mais se levantar. Tudo isso por causa da
proclamação da palavra do Senhor.
O que faremos? Como agiremos? Alguém ansioso diz: “Eu sei! Poderemos
subir e descer a rua, tocando campainhas e distribuindo folhetos.” Isto fez algum
bem, mas eu não posso comparar isso com o sucesso da Igreja Primitiva. O livro de
Atos diz: “Entretanto, a palavra do Senhor crescia e se multiplicava.” Atos 12:24.
Muitos foram acrescentados à Igreja. Houve perseguições, mas a Palavra de Deus
abundou e tinha livre curso”.
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
APRESENTAÇÃO DESTE MATERIAL
Nossa intenção é que esta unção da OMJ alcance todos os membros do
Corpo de Cristo, por isso decidimos ministrar para vocês, adolescentes e jovens,
sobre a Proclamação da Palavra, a OMJ e a Colonização do Reino nestes dias.
Então, esta Coletânea é composta de três partes.
A Chuva do Espírito está Começando (A Guerra Contra a Palavra):
Esta mensagem da Palavra Viva mostra a verdadeira ênfase do livro de Atos: a
expansão da Palavra pela proclamação. Não perca de vista esta ênfase na medida
em que você estiver lendo o livro de Atos.
Esboço de Leitura de Atos dos Apóstolos: Utilize o esboço para auxiliálo na leitura de todo o livro de Atos. Vá assinalando os tópicos que você já leu.
Você notará que neste esboço colocamos cinco mapas para que você possa
visualizar o mundo daquela época e como a Colonização da Igreja se processou nos
dias da Igreja Primitiva. A finalidade é que você conheça a localização das cidades
onde o Senhor levantou igrejas e também possa gradualizar a Colonização do Reino
nos dias atuais.
Por fim, a mensagem “A Colonização do Reino”, que o Rai ministrou no
final do ano de 2008 em Moriá (Uberlândia – MG). Esta palavra traz diretrizes
claras de como a Colonização do Reino se processará em nossos dias.
Pelos Cooperadores,
Rai Barreto
[email protected]
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
A CHUVA DO ESPÍRITO ESTÁ COMEÇANDO
(Estraído de: A Guerra Contra a Palavra)
Uma visão panorâmica do livro de Atos mostra que os primeiros discípulos se
tornaram realmente condicionados. Muitos cristãos não reconhecem a verdadeira
ênfase do livro de Atos. Todos lêem sobre como o Espírito Santo foi derramado no
Dia de Pentecostes trazendo o poder de Deus sobre a Igreja. Ficam maravilhados
com as línguas de fogo, o vento poderoso e todos falando em línguas. Mas as
pessoas não percebem que depois que o Espírito Santo foi recebido, a ênfase não
estava mais sobre as línguas. O livro de Atos contém apenas um relato diluído
sobre as línguas depois do Pentecostes, quando o Espírito Santo foi pela primeira
vez derramado.
O oitavo capítulo de Atos fala sobre como Filipe foi aos samaritanos e todos
creram. Quando os apóstolos em Jerusalém ouviram que os samaritanos tinham
recebido a Palavra de Deus enviaram Pedro e João até eles. Eles impuseram as
mãos sobre os novos cristãos e eles receberam o Espírito Santo. O relato não diz se
eles falaram em línguas ou não. Mas, evidentemente, era quase um fenômeno,
porque Simão, que era mágico, ofereceu uma grande quantidade em dinheiro para
Pedro num esforço, vão, de comprar a habilidade de impor as mãos sobre as
pessoas e produzir os mesmos resultados (Atos 8:14-20).
Quando as pessoas lêem acerca do que aconteceu no décimo capítulo de
Atos, tendem a colocar a ênfase no fato de que o Espírito Santo caiu sobre Cornélio
e sua família e todos começaram a falar outras línguas (Atos 4:44-46). Tal ênfase
está errada. Foi quando Pedro falou a Palavra de Deus que as outras coisas
começaram a acontecer – “Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o
Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem” (versão AVI). A
verdadeira ênfase do relato não está sobre o fenômeno do Espírito Santo, mas
sobre o fato de Pedro ter declarado a Palavra de Deus. Aquela Palavra trouxe
uma experiência espiritual para aqueles corações que estavam abertos.
O capítulo 19 de Atos conta sobre como Paulo falou para aproximadamente
doze discípulos em Éfeso, dizendo: "Vocês receberam o Espírito Santo quando
creram?" Eles responderam: "Não, nós nem sequer ouvimos a respeito disso."
Quando Paulo impôs as mãos sobre eles, eles receberam o Espírito Santo – então
falaram em línguas e profetizaram (v. 6). Apesar de terem acontecido os dois
fenômenos, os pentecostais usam esta passagem para sustentar sua ênfase nas
línguas. Contudo, a chave importante aqui é que Paulo estava falando a Palavra do
Senhor. A ênfase estava inteiramente em falar a Palavra do Senhor. Durante
dois anos a Palavra se espalhou até que todos na Ásia a ouviram. Deus fez milagres
especiais através das mãos de Paulo e a Palavra de Deus cresceu poderosamente e
prevaleceu (Atos 19:11-12, 20). O escritor de Atos não disse que todos da Ásia
falaram em línguas. Ele enfatizou o fato de que a Palavra de Deus foi
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PROCLAMADA . Este é o verdadeiro fenômeno que é mencionado capítulo após
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A palavra grega para Pregação é, na realidade, kêrigma (querigma), que significa
Proclamar, descrevendo a atitude do arauto, ou mensageiro de um rei. Proclamar, portanto,
descreve o “retinir” da voz do arauto, o ato de gritar alto, de quem anuncia (o edital do
Rei). No Novo Testamento é traduzida por: anunciar, pregar ou fazer conhecido. Paulo
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
capítulo no livro de Atos. A Proclamação Profética da Palavra de Deus se tornou
uma parte viva da Igreja Primitiva.
No entanto, a importância de receber o Espírito Santo e falar em línguas não
deve ser diminuída. Por que recebemos o Espírito Santo? Para que nos tornemos
oráculos de Deus. Esta é a chave dada em João 7:37-39: “No último dia, o grande
dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e
beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água
viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não
havia sido ainda glorificado”.
Só quando Jesus é glorificado como Senhor em nossas vidas, e bebemos do
Espírito Santo, é que nos tornamos fontes vivas. Isso não é necessariamente um
fluir em línguas. Muitos recebem o Espírito Santo e falam em línguas, mas os rios
de águas vivas se referem a um fluir profético. O Espírito Santo que está dentro
de nós é Aquele que nos incita a nos tornarmos oráculos de Deus e fontes do
Senhor com rios de águas vivas fluindo de nós.
Isto nos ajudará a lermos o livro de Atos de uma maneira um pouco
diferente. Não devemos lê-lo como se fosse apenas um relato sobre pessoas que
receberam o Espírito Santo e falaram em línguas. Esta é uma ênfase secundária. O
que devemos realmente observar é que as pessoas que receberam o Espírito Santo
se tornaram canais de Deus sobre a terra. O livro de Atos relata as ações dos
apóstolos; ele é um relato daquilo que Deus estava fazendo através deles e como
Ele estava falando através deles.
O livro de Atos inteiro é um estudo acerca de falar a Palavra do Senhor.
Observe, por exemplo, o que aconteceu no terceiro capítulo. Pedro e João estavam
indo para o Templo orar quando, de repente, viram um homem coxo a quem
curaram (Atos 3:1-8). Uma multidão se reuniu e Pedro pregou e muitas pessoas
creram no Senhor. O capítulo 4 começa com o relato de que os sacerdotes, o
capitão do Templo e os fariseus, incomodados por eles ensinarem e anunciarem a
Jesus, os prenderam e os recolheram ao cárcere. Quando as autoridades os
libertaram no dia seguinte, os advertiram seriamente acerca de pararem de pregar
sobre Jesus. Neste ponto Pedro se levantou, cheio do Espírito Santo, e começou a
lhes falar: "Autoridades do povo e anciãos…" Veja, ele não parou até que tivesse
proclamado a Palavra! As autoridades não sabiam o que fazer. Depois de
consultarem uns aos outros eles finalmente ordenaram aos dois apóstolos que
absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus. Mas Pedro e João
lhes responderam: “Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros
do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e
ouvimos” (vs. 19, 20). Havia um fluir compulsivo da Palavra do Senhor.
“Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado
como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus
pelo que acontecera. Ora, tinha mais de quarenta anos aquele em quem
se operara essa cura milagrosa. Uma vez soltos, procuraram os irmãos
e lhes contaram quantas coisas lhes haviam dito os principais
proclamava a Jesus Cristo (Romanos 16:25) e o Evangelho (1 Tessalonicenses 2:2, 9). Sua
proclamação era uma efusão do Espírito e de poder (1 Coríntios 2:4; 2 Timóteo 4:17). Jesus
e Seus discípulos Proclamavam o Evangelho do Reino; Mateus 4:23; 9:35; 24:14; 26:13).
A Igreja Primitiva Proclamava a Cristo: 1 Coríntios 1:23; Filipenses 1:15; Atos 8:5; 9:20 e
19:13. O profeta é o declarador da palavra de Deus, aquele que fala em prol de Deus.
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
sacerdotes e os anciãos. Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a
Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o
mar e tudo o que neles há; que disseste por intermédio do Espírito
Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram
os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis
da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e
contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta
cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e
Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que
a tua mão e o teu propósito predeterminaram; agora, Senhor, olha para
as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a
intrepidez a tua palavra…” Eles não estavam preocupados em falar em
línguas. O principal objetivo era falar a Palavra de Deus.
“…enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por
intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. Tendo eles orado,
tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito
Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4.2131).
Todos começaram a orar e o lugar onde estavam reunidos tremeu. O sinal de
que estavam todos cheios do Espírito Santo não foram as línguas, mas o fato de
que todos falaram a Palavra de Deus com intrepidez. Falando a Palavra do
Senhor eles alcançaram o objetivo e a verdadeira função do Espírito. Seria bom
esperarmos por outro Pentecostes, mas seria melhor ainda se este fosse como o dia
descrito aqui.
Precisa existir no povo de Deus, hoje, uma fé que olha para Deus com a
expectativa de que Ele encherá todo o Corpo de Cristo com o Espírito do Senhor
novamente. Precisa existir uma fé que creia no Senhor para esta mesma
experiência de impor as mãos sobre as pessoas para que recebam o Espírito Santo.
Segundo o modo antigo de pensarmos, para que isso aconteça é preciso que todos
falem em línguas. Entretanto, os ministérios fundamentais podem impor as mãos
sobre as pessoas para que a função principal do Espírito – falar a Palavra de Deus –
venha à luz. Não há nada de errado em falar em línguas, mas isso deve ser
considerado apenas como o começo. Não podemos nos dar por satisfeitos enquanto
não formos cheios com a Palavra.
Paulo escreveu aos Colossenses: “Habite, ricamente, em vós a palavra de
Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a
Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”
(Colossenses 3:16). O fluir profético nos cânticos e no falar a Palavra do Senhor
vem da plenitude desta Palavra em Seus discípulos. Isto é o que fará com que eles
se tornem a Companhia Profética que devem se tornar neste tempo do fim.
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém
considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém,
lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum
necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas,
vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos
apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha
necessidade”. (Atos 4.32-35). Muitas pessoas têm medo de fazer tal coisa. Elas
retrocedem quando alguém começa a falar sobre vender suas propriedades e
entregá-las ao Senhor. Isso parece muito radical.
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A maioria das pessoas da Igreja Primitiva fugiu de Jerusalém conforme a
Palavra dada por Jesus (Lucas 21:21). Durante trinta ou trinta e três anos as
pessoas fugiram para as montanhas para salvar suas vidas. No ano 70 AD muitas
pessoas que mantiveram suas propriedades foram mortas e tiveram suas
propriedades destruídas. Quando Jerusalém finalmente caiu, eram tantos os
crucificados que não havia madeira suficiente para as cruzes. Os cristãos naqueles
dias estavam fazendo a coisa certa. Estavam investindo seu dinheiro no Reino.
Seria bom se todos agissem desta maneira também hoje.
Todas as igrejas precisam ser novamente cheias com o Espírito Santo. Todos
os cristãos devem falar em línguas. Todos devem profetizar. Mas todo cristão
precisa ir ainda mais adiante. Foi esta diligência na busca de uma experiência maior
que fez com que os acontecimentos de Atos 19 se tornassem um milagre tão
grande. Aqueles doze discípulos foram cheios com o Espírito Santo. Eles falaram em
línguas e profetizaram. Se você pudesse escolher uma experiência bíblica para
seguir ou em que se basear, por que não escolher uma das melhores? Algumas
pessoas podem defender aquela em que todos falam em línguas. Isto seria bom.
Outros podem querer falar uma determinada língua. Isto também seria bom,
especialmente se há estrangeiros. Mas a experiência relatada em Atos 19 é uma
das melhores.
Depois de Paulo encontrar aqueles discípulos num cenáculo em Éfeso e
impor-lhes as mãos, eles receberam o Espírito Santo. Mas eles avançaram para um
fluir profético que resultou na Palavra ser espalhada por toda Éfeso. A Palavra se
espalhou com mais poder do que teria se espalhado se eles tivessem apenas falado
em línguas. Ela se espalhou até que encheu toda Ásia e todos tinham ouvido a
Palavra do Senhor (Atos 19:10). Por que não crer que podemos receber o Espírito
Santo, falar em línguas e também profetizar a Palavra do Senhor? Os cristãos
devem entrar num fluir profético desde o primeiro momento em que recebem o
Espírito Santo.
Em Atos 5:19-20 a ênfase está, outra vez, em falar a Palavra do Senhor:
“Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os
para fora, lhes disse: Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo todas as
palavras desta Vida”. Foi-lhes ordenado: "Proclamem ao povo todas as Palavras
desta Vida." O livro de Atos continua enfatizando o que Deus disse para o homem:
"Vá e fale a Palavra do Senhor." Eles foram e falaram a Palavra do Senhor.
Ao lermos o sexto capítulo de Atos, podemos observar que a dedicação para
falar a Palavra do Senhor criou um problema. Havia reclamações de que algumas
viúvas pobres e velhas estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Os
apóstolos sabiam qual era sua responsabilidade e então convocaram a comunidade
dos discípulos e disseram: “Não é razoável que nós abandonemos a palavra de
Deus para servir às mesas” (Atos 6:2). Não era função dos apóstolos deixarem de
servir a Palavra de Deus para servir às mesas. Eles sabiam que sua
responsabilidade era falar a Palavra de Deus. Eles não eram responsáveis pela
organização da igreja. Por isso disseram ao povo: "Escolham, dentre vocês,
homens que possam fazer este serviço." Mas também especificaram algumas
características para esses homens: “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens
de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos
deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da
palavra” (Atos 6:3, 4). E foi exatamente isso o que aconteceu.
O sétimo capítulo fala de Estêvão, um dos diáconos escolhidos. Ele pregou
um dos mais longos sermões encontrados no livro de Atos. Estêvão era cheio do
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Espírito e da Palavra Viva, mas alguns escribas e fariseus o apedrejaram por pregar
essa Palavra. Filipe, outro dos sete diáconos escolhidos, precisou fugir para
Samaria.
No oitavo capítulo vemos que aqueles que foram espalhados prosseguiram
pregando a Palavra do Senhor. Em Atos 8:14 nós encontramos Filipe novamente:
“Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a
palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João” – Filipe estava falando a Palavra de
Deus ali. Então, no versículo 25, nós lemos: “Eles, porém, havendo testificado e
falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém e evangelizavam muitas
aldeias dos samaritanos”. É interessante notar que aqueles homens haviam sido
escolhidos para servirem às viúvas, mas a igreja foi esfacelada mesmo antes que
tivessem uma chance de cumprir esta parte de seu ministério.
O mundo ignorou a Igreja depois que ela parou de falar uma Palavra de Deus
– mas aqueles discípulos do Novo Testamento não foram ignorados. Todos os
ouviram. Eles foram, desde o primeiro momento, ou totalmente aceitos ou
totalmente rejeitados. Estêvão foi apedrejado, mas os outros continuaram falando a
Palavra de Deus. Mesmo quando estava aprisionado, Paulo disse: "A Palavra de
Deus não está amarrada". (2 Timóteo 2:9). Ele continuou falando a Palavra. Era
uma Palavra Viva – a qual ele também escreveu e ministrou.
As pessoas precisam buscar um nível mais alto de profecia nos cultos – ou
podem se atolar e começar a substituir a profundidade da unção pela força dos
pulmões. Às vezes as pessoas pensam que quanto mais alto gritarem mais eficazes
serão, mas é a plenitude do Espírito e o nível de fé que faz com que as
coisas aconteçam.
Cada crente deve passar tempo esperando no Senhor e vir para o culto já
preparado para funcionar como parte de um Corpo. Com esta preparação de
plenitude e fé o povo de Deus pode começar a profetizar – e o que eles ligarem na
terra será ligado no céu. Da mesma forma, o que eles desligarem também será
desligado (Mateus 18:18). Ao orar por uma pessoa o povo de Deus não apenas a
libertará dos problemas, mas também haverá uma injeção tão profunda do Espírito
do Senhor que criarão uma nova fonte.
A Igreja do Senhor Jesus precisa se tornar a voz profética que Deus quer,
tão cheia de Deus que possa falar a Palavra por toda a terra!
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE ATOS
Autoria:
Hoje em dia, mesmo entre os mais críticos do meio acadêmico, já é bem
aceita a idéia de que o Evangelho de Lucas e o livro dos Atos dos Apóstolos têm um
mesmo autor. O autor do livro de Atos inicia sua obra citando um “primeiro livro”, o
que é considerado pelos estudiosos como uma indicação sobre a primeira parte do
mesmo documento histórico, preparado objetivamente para um destinatário
específico chamado “Teófilo”.
Fica claro, ao examinarmos o próprio contexto deste livro, que o uso
sistemático dos pronomes “nós” e “nos” se referem à estreita amizade que havia
entre o autor de Atos, Lucas, e o apóstolo Paulo (Atos 16:10-17; 20:5 – 21:18;
27:1–28:16). Outros textos nos garantem que Lucas era médico (Colossenses
4:14; Filipenses 24; Atos 1:3; 3:7; 9:18, 33; 13:11; 28:1-10). Lucas, da mesma
forma que Paulo, atendeu ao chamado do Senhor para proclamar o Evangelho aos
macedônios, foi responsável pela obra de discipulado e edificação da igreja de
Filipos por cerca de seis anos e, mais tarde, acompanhou as lutas e a grande obra
de evangelização realizada por Paulo em Roma. Durante o período de prisão
domiciliar do apóstolo Paulo, Lucas escreveu o livro de Atos.
Propósitos:
Os grandes historiadores da Antiguidade tinham o hábito de iniciar o
segundo volume de suas obras com uma sinopse da primeira e, logo em seguida,
uma visão geral sobre o conteúdo abordado na segunda. Lucas, portanto, resumiu
em Atos 1:1-3 seu primeiro livro - o Evangelho; o tema do segundo é apresentado
por meio de uma citação do próprio Senhor Jesus: “...recebereis poder quando o
Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém,
como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra!” (Atos 1:8).
O livro de Atos dos Apóstolos nos permite acesso ao melhor e mais
eloquente registro sobre a expansão da Igreja de Jesus Cristo e do cristianismo,
desde o dia da descida do Espírito Santo, no dia de Pentecoste (o quinquagésimo
dia após o sábado da semana da Páscoa, portanto o primeiro dia da semana –
Levítico 23:15, 16). A tradicional Festa judaica chamada “Festa das Semanas”, ou
“Festa dos Primeiros Frutos”, é também conhecida como “Pentecostes”
(Deuteronômio 16:10; Êxodo 23:16). O livro narra a saga da Igreja até a chegada
de Paulo à capital do mundo da época: Roma.
Neste sentido, Atos é um longo documentário sobre as obras que Jesus
Cristo, o Messias e Filho de Deus, começou a realizar na Terra e, mais tarde,
continuou através do Seu Espírito, agindo na vida dos seus discípulos em todas as
partes do mundo. O mesmo Espírito Santo, que habitou a vida de Lucas, Paulo,
Pedro, Estêvão e todos os demais servos do Senhor, habita o ser de cada crente
sincero em nossos dias.
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Esboço de Leitura de ATOS dos APÓSTOLOS
Há em Atos o ministério influente de dois apóstolos que foi fundamental
para a propagação do Evangelho do Reino além dos limites de Jerusalém (1:8). Um
deles com a incumbência de testemunhar aos judeus, o outro aos gentios. São eles
respectivamente Pedro e Paulo: “... antes, pelo contrário, quando viram que o
evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão (pois
aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também
operou eficazmente em mim para com os gentios).” (Gálatas 2:7, 8). O primeiro,
Pedro, em apenas dois discursos conseguiu atrair milhares de seguidores para a
nova fé que se inaugurava. O outro, Paulo, não encontrou empecilhos para sair em
viagens apostólicas, testificando, ensinando e proclamando o Evangelho de Cristo
ressuscitado.
O primeiro discurso de Pedro teve lugar no dia de Pentecostes. O espetáculo
espantoso de apóstolos falando, sob a influência das línguas de fogo, nas línguas de
todas as nações presentes em Jerusalém, isto, segundo a explicação de Pedro vs.
15-21, era o cumprimento da profecia registrada em Joel 2:28-32. O que
aconteceu naquele dia não foi o cumprimento total e final daquela profecia, aquilo
foi apenas o começo de uma era grandiosa e notável que foi iniciada, a profecia
certamente aponta para todo o seu cumprimento em nossos dias.
No dia de Pentecostes, o som como de vento impetuoso reuniu as multidões
atônitas. Isto deu para Pedro um vasto auditório para sua primeira proclamação
pública do Evangelho. Parece que em seu segundo sermão algum tempo já se
passara; as multidões da época de Pentecostes já voltaram para a casa. O povo já
estava mais calmo. Os apóstolos estavam ocupados em instruir os crentes e em
10
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
operar milagres, (2:42-47). E agora, um milagre notável, a cura de um coxo, bem
à porta do Templo, um caso conhecido à cidade inteira, mais uma vez emocionou à
cidade. E perante a multidão assombrada, Pedro atribuiu a cura ao poder de Cristo
ressuscitado. E isto fez o número de crentes chegar a atingir cinco mil homens
(4:4), enquanto pregava mais uma vez a história do Evangelho.
Vemos a seguir o ministério de Saulo (Paulo) tornar-se evidente. Parte ele
juntamente com Barnabé da Igreja de Antioquia, primeiro centro do cristianismo
gentílico, de onde empreendeu a evangelização do império romano. Saulo já tinha
se tornado cristão ha uns 12 ou 14 anos passados, e se tornara um ministério
fundamental servindo à igreja de Antioquia. Já chegara a hora da sua saída
apostólica, para levar o nome de Cristo para as partes mais longínquas do mundo
gentílico, (22:21).
=x=x=
Utilize o esboço a seguir para auxiliá-lo na leitura de todo o livro de Atos.
Vá assinalando os tópicos que você já leu.
Você notará que o crescimento da Palavra, descrito em Atos, se deu
exatamente na ordem profetizada pelo Senhor Jesus: “Então, os que estavam
reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a
Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai
reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós
o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:6-8). Note que o ensino do
Senhor é que a manifestação do Reino não virá antes que o Evangelho do Reino
seja anunciado, pregado, a todas as nações. Este mesmo ensinamento se encontra
no Seu ensino profético em Mateus 24:14: “E será pregado este evangelho do
reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”.
1. Os discípulos esperam a promessa do Espírito Santo (1:1-26)
2. O Espírito Santo vem para habitar e capacitar os discípulos (2:1-47)
A. Fonte de poder para o cristão (2:1-13)
B. Unção e poder para testemunhar de Jesus e proclamar a Palavra
(2:14-47)
3. Nasce e se expande a Igreja de Jesus Cristo (3:1 até 12:25)
4. A Palavra é anunciada primeiro em Jerusalém (3:1-7:60)
A. A cura do aleijado e as consequências deste ato (3:1-26)
B. Os apóstolos Pedro e João testemunham ao Sinédrio (4:1-22)
C. A vida de oração e fraternidade dos cristãos (4:23-37)
D. Ananias e Safira e o pecado contra a unidade (5:1-11)
E. Sinais e prodígios operados pelas mãos dos apóstolos (5:12-16)
F. O surgimento dos diáconos (6:1-7)
G. Chegam as primeiras perseguições: Estêvão e Saulo (6:8–8:3)
5. Samaria também é alcançada pela Palavra (8:1-25)
6. E, por fim, todo império Romano é alcançado pela Palavra (8:26-40)
11
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
7. A conversão de Saulo e a solidificação da igreja (9:1-31)
8. Pedro leva a Palavra por toda a Judéia. O Espírito Santo vem sobre os
gentios (9:32–12:24)
A. Nas cidades estratégicas de Lida e Jope (9.32-43)
B. Cesaréia (10:1-48)
C. Consequências (11:1-18)
D. Antioquia e os confins da terra (11:19-12:25)
Antioquia se tornou o centro de disseminação da Palavra para os
gentios. Também se tornou o “quartel general” da Equipe
Apostólica, com Paulo e Barnabé.
E. Herodes dispersa os cristãos de Jerusalém (12:1-25). Esta dispersão
dos crentes foi da vontade do Senhor para que o Evangelho fosse
levado a todas as nações.
1ª Viagem de Colonização feita pelo Apóstolo Paulo
Traçaremos a seguir o roteiro desta primeira viagem apostólica por Paulo e
seus cooperadores.
Chipre - 13:4-12 - a viagem teria sido mais direta por terra, mas preferiu
ele velejar ao norte para chegar no centro da Ásia Menor. Aí se converteu o
governador romano, Sérgio Paulo, vendo o milagre operado através de Saulo. Saulo
é daqui por diante chamado Paulo, (v. 9). A forma hebraica do seu nome era Saulo,
Paulo era a forma romana.
Antioquia da Pisídia - 13:13-52 - veio logo a seguir. Ali alguns judeus
creram, igualmente muitos gentios vs. 43, 48, 49. Mas os judeus que não tinham
crido, levantaram uma perseguição, e expulsaram Paulo e Barnabé da cidade.
Icônio - 14:1-6 - situava-se a uns 160 Km a leste de Antioquia da Pisídia.
Aí ficou "muito tempo" v. 3: “Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando
ousadamente no Senhor, o qual confirmava a palavra da sua graça, concedendo
12
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
que, por mão deles, se fizessem sinais e prodígios.” Operou sinais e prodígios.
Grande multidão de judeus e gentios creu. Paulo veio a ser assunto de discussão na
cidade. Seus inimigos conspiraram para apedrejá-lo e ele fugiu para Listra, uns 32
Km ao sul.
Listra - 14:6-20 - aí a cura de um coxo muito impressionou a cidade.
Aclamaram Paulo e Barnabé como deuses, porém mudaram de idéia e os
apedrejaram. Listra era a cidade de Timóteo, (16:1). Talvez este presenciara a
ocorrência, 2 Timóteo 3:11.
Derbe - 14:20,21 - expulso de Listra, Paulo dirigiu-se a Derbe, 48 Km a
sudeste, onde fez muitos discípulos. Depois, com a sua costumeira coragem, voltou
a Listra, Icônio e Antioquia para animar os discípulos.
Em seguida, após passar por algumas outras cidades, retornaram à
Antioquia onde tinham sido recomendados (14:26).
2ª Viagem de Colonização feita pelo Apóstolo Paulo
Aproximadamente dois anos após o início da primeira viagem sentiu Paulo o
desejo de visitar as igrejas que havia iniciado em sua primeira viagem apostólica
(15:36). Partiu então, para a sua segunda viagem apostólica, tendo como
companheiro Silas (15:40), que como Paulo era judeu e cidadão romano, (16:21,
37). Silas é também chamado de Silvano; era companheiro de Paulo quando as
epístolas aos tessalonicenses foram escritas, 1 Tessalonissenses 1:1; 2
Tessalonissenses 1:1. Levou também a primeira carta de Pedro aos seus leitores, 1
Pedro 5:12. A seguir damos os passos desta segunda missão desenvolvida por
Paulo e Silas.
Listra - 16:1-6 - em Listra, Paulo encontra Timóteo e tanto se agrada deste
que o leva consigo. Timóteo tornou-se seu companheiro constante depois disso.
13
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Trôade - 16:8-10 - Trôade estava perto da velha Tróia. Lucas, como indica
pela mudança da pessoa, "ele" para "nós" v. 10, viera acompanhar o grupo.
Filipos - 16:11-40 - a primeira convertida foi Lidia, negociante vinda de
Tiatira. Filipos foi a primeira igreja iniciada por Paulo na Europa, uma das mais fiéis
da qual recebeu ajuda financeira como gratidão pelo seu ministério.
Tessalônica - 17:1-9 - era a maior cidade da Macedônia, 160 Km a oeste
de Filipos. Aí muita gente se converteu, e seus inimigos o acusaram de "transtornar
o mundo", o que não foi pequeno elogio à magnitude de sua obra. Tessalônica
localiza-se entre Antipolis e Beréia – veja o próximo mapa.
Beréia - 17:10-14 - situava-se a 80 Km a oeste de Tessalônica. Declara-se
dos bereanos que estudavam as Escrituras com muita receptividade. Aí Paulo
alcançou bom êxito.
Atenas - 17:15-34 - aqui, Paulo teve a mais fria recepção. Cidade de
Péricles, Sócrates, Platão, Demóstenes, durante mil anos de 500 a . C . a 500 d . C
. foi o centro de filosofia, ciências e arte. Sede da maior universidade do mundo.
Lugar de encontro das classes cultas do mundo; todavia estava entregue à
idolatria. O discurso de Paulo no Areópago é uma das obras primas de oratória de
todos os tempos, e revela sua competência no pensamento grego. Entretanto, os
atenienses escarneceram da ressurreição, embora alguns cressem!
Corinto - 18:1-18 - uma das principais cidades do império romano. Aí
Paulo ficou ano e meio e estabeleceu uma grande igreja, vs. 10,11.
3ª Viagem de Colonização feita pelo Apóstolo Paulo
Lemos nos capítulos 19 e 20 sobre a terceira e última viagem apostólica e
evangelística de Paulo entre os anos 54 - 57 d. C. Finalmente, ele chegou até
Éfeso, cidade que almejava visitar nas duas viagens anteriores, sem contudo poder
realizá-la. Éfeso com 225.000 habitantes era a metrópole da Ásia. Era importante e
magnificente, sede do culto à Diana, cujo templo era considerado uma das sete
maravilhas do mundo antigo. Seu culto era impuro e vergonhoso, perpétuo festival
14
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
de vício. Aí Paulo realizou o trabalho mais maravilhoso de toda sua vida. Vasta
multidão de adoradores de Diana tornou-se cristã. Muitas igrejas foram fundadas
ao seu redor, e ela tornou-se rapidamente o principal centro do mundo cristão. Aí
residiu o apóstolo João em sua velhice. Oito livros do Novo Testamento foram aí
escritos; o evangelho de João e suas três epístolas, 1 Coríntios, 1 e 2 Timóteo, e o
Apocalipse, provavelmente também 1 e 2 Pedro e Judas.
Em Éfeso lemos que durante três meses Paulo ensinou na sinagoga (19:8).
Depois por dois anos na escola de Tirano, v. 9, diariamente. De uma pequena
saleta, Paulo abalou uma poderosa cidade até os alicerces. Ali operou ele milagres,
que uma numerosa multidão foi curada mediante lenços que tocavam o corpo do
apóstolo (19:12). Foi em Éfeso também, que um grande número de mágicos se
converteu, e fizeram um fogueira dos seus livros, cujo valor subiu a oito mil
dólares. “Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.” (Atos
19:20).
Deixou o apóstolo, a cidade de Éfeso em junho (16:8), e saiu de Filipos em
abril seguinte (20:6) – na Páscoa -, passando quase um ano na Grécia, três meses
na Acaia vs. 2-3, e o resto na Macedônia.
Quatro grandes epístolas foram produzidas neste período. 1 Coríntios, antes
de deixar Éfeso; 2 Coríntios, quando na Macedônia, Gálatas mais ou menos ao
mesmo tempo; e Romanos quando estava em Corinto.
Em Trôade, vs. 7-12 sete ou oito anos antes tivera a visão que o levou à
Macedônia. Foi aqui depois de um longo discurso, que durou quase toda a noite,
que um jovem adormeceu vindo a cair da janela de onde ouvia o apóstolo, e foi
miraculosamente ressuscitado por ele.
No capítulo 20:17-38 Paulo finalmente se despede dos anciãos de Éfeso
com palavras de grande ternura.
A Viagem de Paulo a Roma
Este foi o final do período das três viagens apostólicas, num total de uns 12
anos, entre 46 e 59 d.C. Poderosos centros cristãos tinham sido implantados em
quase cada cidade da Ásia Menor e da Grécia, no coração do mundo civilizado de
então.
9. A viagem de Paulo a Roma (21.17 - 28.15)
A. Em Jerusalém (21.17 - 23.35)
B. Em Cesaréia (24.1 - 26.32)
C. Diante do governador Félix (24.1-27)
D. Diante do rei Agripa (25.23 - 26.32)
E. Paulo é mandado para Roma (27.1 - 28.15)
F. Paulo algemado, mas livre para pregar até o fim (28.16-31)
15
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
16
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
A COLONIZAÇÃO DO REINO
Palavra Ministrada Por:
Raimundo Barreto
Em: Acampamento Moriá - Uberlândia - Brasil
Dezembro de 2008
Baseada na mensagem: “Diretrizes do Reino (Para a Equipe Apostólica)” - JRS
A ênfase deve ser o Reino
No passado, enfatizávamos a igreja local; mas agora, não exaltamos nada
que Deus tenha feito por nós acima dos "Princípios do Reino"; senão, vamos
terminar lutando contra Deus. Acabaremos lutando contra o Reino. Todas as
denominações têm feito isto. A igreja chega a ponto do povo se entregar ao fluir do
Espírito para trazer à existência o Reino, ou acaba se atolando num pequeno reino
local. Se uma igreja fica isolada e se torna somente uma igreja local, ela terá
problemas sérios. É o relacionamento com o Reino que salvará as igrejas. Os
problemas locais desaparecerão quando os ministérios estiverem realmente
dedicados ao Reino do Nosso Senhor Jesus Cristo. Acontecerá isto, ou será o seu
reino contra o Reino de Deus, tudo por causa da sua atitude de possessividade e
defesa pessoal sobre o povo de Deus.
Se o presbítero de uma igreja local se abre para a Equipe Apostólica e diz:
"Entrem, irmãos; submeto tudo". Deus vai honrar esta atitude. Talvez a Equipe
Apostólica nunca venha a olhar para a situação daquela igreja. Por outro lado, se
você for pessoalmente reservado, possessivo e defensivo quanto à sua área de
responsabilidade, será o seu reino levantando-se contra o Reino de Deus. Nas
igrejas da velha ordem, tais defesas eram certas, porque o homem tinha que ter
cuidado com sua igreja senão os lobos a atacavam. Mas neste novo passo, não
estamos lidando com lobos; você está lidando com apóstolos e profetas. Você não
tem que se defender daqueles que Deus está levantando como ministérios
fundamentais para edificar o Corpo de Cristo (Efésios 4:10 e ss). Se você pensa
que precisa se defender, vai se descobrir saindo do Caminhar, porque ele está
deixando de ser Caminhar, está se tornando o Reino. Definitivamente, a ênfase
está no Reino. Já estamos nos referindo a nós mesmos numa terminologia
baseada no Reino de Deus.
Um presbítero contou como ele se sentiu quando um dos irmãos da Equipe
Apostólica visitou sua igreja. O presbítero descobriu que o seu coração estava
agarrado demais às coisas locais. Então abriu toda a sua igreja e submeteu-a
totalmente à Equipe Apostólica. Apesar de admitir que o seu coração foi cortado,
porque muitas das áreas a que ele estava se apegando foram reveladas, mesmo
assim ele teve uma experiência incomparável porque isso o libertou complemente
de qualquer possessividade. Seus medos antigos foram dissipados porque ele se
dispôs a abrir o coração. Ele também disse: "Encorajo a todos vocês, que são
presbíteros. Se você tem medo, simplesmente confie nos homens de Deus quando
vierem a vocês. Eles não virão para envergonhá-los ou ridicularizá-los, mas para
lhes mostrar o que poderia mais tarde vir a derrotá-los. Se vocês se submeterem,
isto vai libertá-los e vocês terão igrejas livres”. (1 Coríntios 4:14-16).
17
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
A colonização e o deslocamento do Corpo
Princípios e Diretrizes são necessários para a colonização, para as Escolas
do Reino e outros ministérios do Corpo. Toda esta mobilidade e deslocamento de
membros do Corpo devem ter a participação direta da Equipe Apostólica, pois é
necessário discernimento, revelação e a direção do Espírito Santo.
Esta é uma área em que as pessoas podem tornar-se sensíveis e podem
querer se afastar como Ananias e Safira, por não estarem dispostas a entrarem no
nível de dedicação e desprendimento que o Corpo estava entrando. Atos relata que
Ananias e Safira estavam focalizando interesses pessoas enquanto o Corpo estava
se movendo em vista ao Reino.
O que vai acontecer quando a Equipe Apostólica comunicar a uma igreja
que está necessitando de músicos ou dirigentes de adoração em outras igrejas?
Suponha que um presbítero receba uma carta dizendo: "Precisamos de professores
para as Escolas do Reino. Precisamos de diáconos para trabalhar no Acampamento
Plenitude". Ele pode ter duas pessoas em uma destas categorias, e somente uma é
necessária na sua igreja. Então ele não pode responder: "Não temos ninguém”! Se
você vai dedicar ministérios para o Senhor, você tem que se abrir para os outros
irmãos. Não fique preocupado por estar dando ministérios sem receber nenhum de
volta. Esta não é a visão deste novo passo do Reino. Mas, a Equipe Apostólica
precisa ter muito cuidado com a parcialidade - alguns estão prontos a receber, mas
não estão prontos a dar quando há necessidade.
O Senhor também pode deslocar famílias para colonizar outras cidades ou
igrejas que estão surgindo. Quando uma pequena igreja surge, os pagamentos da
propriedade podem ser um fardo muito pesado. Várias famílias podem ser trazidas
para colonizar essa igreja, famílias que sejam boas dizimistas e que possam
ajudar a diminuir o fardo financeiro. Se a igreja tem uma Escola do Reino, as
crianças podem frequentá-la. Os pais podem ensinar na Escola ou participar como
músicos ou dirigentes de adoração.
Algumas pessoas vão ficar muito tristes com a colonização de igrejas e
Escolas do Reino. Você terá que enfrentar o fato de que a colonização de
ministérios será uma área de muita sensibilidade e haverá problemas a resolver
com relação a ela.
Por exemplo, na colonização de Escolas do Reino, professores poderão
ser deslocados para outras igrejas, por um período de tempo ou mudar-se para a
cidade. Assim que se treinem professores, pode-se esperar que você deixe-os sair
para ensinar em outros lugares. Isto pode muito bem entristecê-lo. Quando se
demora muito tempo para conseguir-se um corpo de professores funcionando, pode
ser muito chato ter que liberar alguns deles para uma escolinha que está
começando em algum outro lugar. Mas a nova Escola precisa da experiência
daqueles que foram treinados. A não ser que se traga alguém que conheça o que é
uma "Escola do Reino" e como ela deve funcionar, uma Escola pode ter professores
qualificados academicamente, mas que não sabem o que fazer espiritualmente.
Todo ano novos professores precisam ser treinados desde o começo, porque não
poderão aprender de nenhuma outra maneira. Alguns dos que já estão treinados
vão então partir para outras escolas. PRECISA HAVER PRONTIDÃO DA PARTE
DE TODOS PARA COLONIZAR.
Muitas das igrejas pequenas precisam de ajuda, o que todos nós devemos
saber. Todo presbítero deve estar inteirado das condições de todas as igrejas e não
somente daquelas na sua região. Por intercâmbio, algumas igrejas irão ganhar mais
algumas famílias que as ajudarão realmente a romper. Outras igrejas terão menos
18
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
ministérios morrendo de tédio, pois não estavam tendo suficiente oportunidade de
se mover e funcionar. Os jovens ministérios, que estão amadurecendo, podem
sofrer um atraso espiritual se ficarem somente sentados quando estão prontos a
sair e ministrar.
Estamos levantando nossa visão do plano da igreja local para o
Reino. Temos que nos tornar sensíveis, não somente em relação à igreja local,
mas a tudo aquilo que Deus esta trazendo à existência em Seu Reino. Mesmo que
entendamos isto claramente, ainda vai doer ter que ceder em alguma área onde
tenhamos sido envolvidos. Vamos sondar nossos corações: "Até que ponto somos
possessivos?" Qual será nossa reação quando a Equipe Apostólica quiser nos usar
ou a um dos nossos irmãos?
Direcione sua vida para o Reino e não para a igreja local.
Mas não se esqueçam da sua mordomia.
O dia em que você se envolver totalmente com a "Equipe Apostólica" será o
dia em que você expandirá seu ministério para cumprir todas as profecias e
palavras que recebeu. Por isso você precisa mudar. Deve assumir o seu lugar. Não
se retraia, pensando que está sendo humilde. Retraimento nunca foi sinônimo de
humildade. Relutância não é compatível com humildade. Nas Escrituras lemos sobre
homens humildes que correram para a batalha. Ser agressivo em fazer a vontade
de Deus não significa que você seja orgulhoso. Assuma o seu lugar no Corpo e não
seja bloqueado por qualquer falsa humildade ou retraimento no seu espírito. Então
você poderá fazer o que Deus colocar na sua frente.
“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como
eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante
da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há
entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como
Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como
dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos
modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar,
recebereis a imarcescível coroa da glória”. (1 Pedro 5:1-4).
Outra mudança que você precisa experimentar é largar sua possessividade,
mas não sua mordomia. Por exemplo, se a Equipe Apostólica pede a certo
presbitério que libere alguém para colonizar uma igreja nova, a liberação não deve
ser automática. O presbitério deve orar a respeito porque ele tem mordomia e
responsabilidade sobre aquela pessoa. Os presbíteros não devem dizer
arbitrariamente:
"Ok,
podem
levá-lo!"
Nem
tampouco,
devem
dizer
sucessivamente: "Não, eles nunca vão levá-lo".
“Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado
Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; dele davam bom testemunho
os irmãos em Listra e Icônio. Quis Paulo que ele fosse em sua companhia e, por
isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares; pois todos sabiam que
seu pai era grego”. (Atos 16:1-3)
Você precisa abrir mão da sua possessividade quanto ao cuidado que tem
pelas ovelhas, mas não da sua mordomia sobre as áreas de sua responsabilidade.
Você não vai deixar de ser um presbítero local. Você não vai deixar de ter a
responsabilidade e o fardo da igreja local. Sua mordomia precisa ficar intacta. É
uma realidade diante de Deus. Se desconsiderarmos isto, estaremos
desconsiderando todo o ensino de mais de trinta e cinco anos, que edificou estas
19
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
igrejas locais neotestamentárias. Não abrimos mão da nossa mordomia, mas
desistimos de qualquer possessividade que tenhamos a tendência de ter. É o Seu
Reino! Precisamos continuar sempre dizendo: "É o Seu Reino! É o Reino de Deus!"
Embora venhamos a dar passos muito sensíveis, não podemos ser
possessivos. Mas por causa da nossa mordomia precisamos nos levantar com
verdadeira convicção quando algo não for do Senhor. O Seu Reino está em jogo.
Quando alguém diz que o Senhor precisa de um ministério que esteja sob sua
autoridade, sua mordomia torna-o responsável por aquele ministério. Você precisa
ter certeza que o Senhor precisa dele, e de que ele é servo do Senhor. Então você
não tem a coragem de ser possessivo quanto a esse ministério. Havendo
confirmação por parte do presbitério local, libere-o para ministrar onde o Senhor
precisa dele.
O sentimento de isolamento tem sido as maiores áreas de batalha. O
esforço de Satanás tem sido para nos isolar uns dos outros. Este isolamento não
será vencido até que sejamos orientados para o Reino e não para a igreja local.
Você não vai se sentir isolado quando a sua visão for o Reino de Deus e você tiver
consciência que faz parte dele. Nós iremos enfatizar e pregar sobre o Reino muito
mais, e quando o fizermos, será surpreendente ver quantos problemas locais
desaparecerão.
A estratégia de Colonização de Samuel
(Samuel, o profeta e apóstolo do Antigo Testamento)
Samuel foi levantado por Deus num período de transição: da época dos
Juízes ao período dos Reis. O período dos Juízes foi de muita instabilidade espiritual
em Israel (Juízes 2:16-19). Por isso o ministério de Samuel foi fundamental para
criar estabilidade em Israel, o que ele conseguiu com a edificação das Escolas de
Profetas em cidades estratégicas. As Escolas de Profetas, como veremos, criaram a
estrutura espiritual que possibilitou a Davi e Salomão edificarem uma “casa
estável” para o Senhor (1 Samuel 2:35 e 1 Reis 11:38).
Deus deu a Samuel, o profeta vidente, uma sabedoria, a unção e a
estratégia para edificar, em várias cidades de Israel, comunidades proféticas com
suas Escolas de Profetas. Por isso podemos afirmar que Samuel foi o apóstolo do
Antigo Testamento. Veja como funcionou o ministérios de Samuel acompanhando o
texto de 1 Samuel 7:15 a 17: “E julgou Samuel todos os dias de sua vida a Israel.
De ano em ano fazia uma volta” (observe esta expressão, ele fazia uma volta, pois
estas cidades formavam um CÍRCULO ao redor de Jerusalém) “passando por Betel,
Gilgal e Mispa; e julgava a Israel em todos esses lugares. Porém voltava a Ramá,
porque sua casa estava ali, onde julgava a Israel, e onde edificou um altar ao
Senhor...”. De ano em ano o profeta Samuel fazia uma viagem pelas cidades de
Betel, Gilgal e Mispa (“Torre de Vigia”, Gênesis 31:48, 49), julgando e orientando
todo o povo. Porém, voltava para Ramá” (“ser alto”). Ramá era a cidade de
moradia de Samuel e sua “plataforma de lançamento”. Ramá foi para Samuel,
assim como Antioguia foi para Paulo.
As cidades (Escolas de Profetas) tornaram-se a base espiritual para a
edificação da “casa estável” que estava na mente e coração do Senhor. Hoje
estamos vivendo em mais um período de transição. Agora, então, as comunidades
proféticas criarão a atmosfera espiritual para o estabelecimento do Reino de Deus
em diversas regiões do país e sobre toda a Terra. Todas as igrejas do Reino
deveriam conhecer muito bem as profecias e comissionamentos que têm de Deus.
20
Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Semelhante ao apóstolo Paulo no Novo Testamento, que morava na cidade
de Antioquia e viajava pelas igrejas periodicamente, Samuel fazia viagens
apostólicas criando uma base espiritual naquelas cidades. Samuel morou toda o
resto de sua vida em Ramá (1 Samuel 19:18-20; 25:1).
(1 Samuel 7:5-13) As cidades nas quais Samuel fazia uma volta, de ano
em ano, para julgar Israel, ficavam na região de Benjamim (Josué 18:21-28) que
era predominantemente montanhosa, localizada ao norte de Jerusalém. As orações
dos profetas nestas regiões altas, traziam vitórias para o povo de Deus (cf. 1
Samuel 7:5-13). Ali os profetas podiam manter uma vigília espiritual, criando
proteção e imunidade contra todo ataque, idolatria e engano espiritual que
pudessem vir sobre Israel e Jerusalém. Geograficamente, estas cidades formavam
um cerco (“volta”) de proteção para a cidade de Jerusalém. Se olharmos em um
mapa, notaremos que estas cidades (Betel, Gilgal, Mispa e Ramá) situavam-se ao
redor de Jerusalém, formando um CIRCULO DE PROTEÇÃO. Portanto, foi
fundamental o papel das Escolas de Profetas nestas cidades, para o progresso dos
propósitos de Deus para Jerusalém e todo o Seu povo.
Também hoje, o Senhor tem levantado Comunidades Proféticas em cidades
estratégicas no Brasil, a fim de manter a VIGÍLIA espiritual por parte dos atalaias
profetas, além da voz do Senhor ser ouvida por meio destes “homens de Deus”.
As cidades onde havia uma comunidade profética foram: A passagem de 1
Reis 2:1-5 mostra que havia escolas de profetas (com mestres e discípulos) em
Gilgal, Betel e Jericó. Elias também foi formado numa destas escolas de profetas,
ele morava em Gileade (1 Reis 17:1). Débora, Jz 4:4, 5, foi uma profetiza que
viveu entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim.
As Escolas de Profetas existiram até anos antes do tempo de Jesus. Isaías
8:16 mostra que Isaías tinha vários discípulos. Nas Escolas de Profetas havia o
profeta-mestre, e os profetas-discípulos. Isaías era casado; sua esposa é chamada
de “a profetiza”; (Isaías 8:3).
No Novo Testamento, o mover de Deus através da Equipe Apostólica
também nasceu e foi sustentado pelas comunidades proféticas. Na igreja de
Antioquia, Atos 13:1-3, havia profetas e mestres que serviam ao Senhor. Da
atmosfera espiritual e do terreno fértil que havia naquela comunidade, Deus
levantou a Equipe Apostólica através de Paulo e Barnabé para que o Evangelho do
Reino fosse proclamado em todo o mundo conhecido daquela época (exceto a
região do Oriente).
As Equipes Apostólicas em Regiões Estratégicas
Não podemos desvincular estes ensinamentos sobre a Colonização do Reino
com o fato de que o Senhor levantará e manterá Equipes Apostólicas em diversas
regiões geográficas. E já estamos vendo o Senhor levantar diversas Equipes
Apostólicas em regiões estratégicas para a expansão do Seu Reino. Estas Equipes
Apostólicas estarão em ação, cuidando das necessidades das igrejas locais:
pastoreando, levando suprimento espiritual, fortalecendo a unidade, trazendo a
impartição e a autoridade do Reino. Este deve ser um tópico de intercessão do
Corpo para estes dias, que o Senhor levante e cubra este país com diversas
Equipes Apostólicas e que estes tenham verdadeira unidade e harmonia com toda a
Equipe Apostólica.
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Atos dos Apóstolos e a Colonização do Reino
Diretrizes e orientações simples do Reino orientarão o mover das Equipes
Apostólicas que se moverão em regiões específicas e também com
comissionamentos específicos, para colonizar o Reino de Deus sobre a terra.
“Eu creio que a atual visão para a Equipe Apostólica é a visão mais pura que
veio na história do Cristianismo. Mas ela se tornará somente uma teoria se não
entrarmos nela de todo coração. Então ela funcionará. Já temos uma Equipe
Apostólica. Não vou mais ler Efésios quatro sem crer que isso já aconteceu!
Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, todos funcionando juntos. Já
tem acontecido! Enquanto estamos entrando nisto, estamos experimentando mais
do que uma alegria; com uma determinação muito firme estamos nos dedicando a
avançar nisto. Está nos nossos corações crer em favor disto, e está em nossos
corações fazê-lo.” (John Robert Stevens).
Mensagens sugeridas:
• Venha a Tua Igreja do Reino, Seja Feita a Tua Vontade na Terra - John
Robert Stevens
• O Perfil de Uma Igreja do Reino - Benedito Borges
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