Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 345 – junho 2015
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Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 345 – junho 2015
Fotos: Marques Valentim Concursos de Manobras Liga aposta na descentralização Páginas 16, 17, 18 e 19 Junho de 2 0 1 5 E dição : 345 A no : XXXII 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva 25 novos PEM Ficam a faltar 21 Página 7 Presidente da LBP quer mais Fotos: Marques Valentim “Os Bombeiros devem ser tratados à medida do que é a sua prestação na sociedade portuguesa” Página 14 VIGILÂNCIA MÉDICA SEGUE A PASSO CERTO Página 7 2 JUNHO 2015 Quem é o chefe da viatura H Foto: CMPalmela H á uma cultura de base, uma prática consolidada, uma questão perfeitamente definida e sedimentada quando um grupo ou equipa de bombeiros entra numa viatura de bombeiros para responder a um pedido de socorro. À frente, ao volante, vai o motorista, cujo papel está definido e é determinante, não só na mobilidade do veículo mas, também, como sabemos, como pivot, quer na operação com a bomba, controlo do funcionamento da mesma e das reservas de água recorrendo a apoio externo de outra viatura tanque ou ligação a hidrante, quer com outros equipamentos instalados na mesma viatura. Ao lado do motorista, como também sabemos, vai o chefe da viatura, a quem cabe definir os termos e a estratégia da intervenção, incluindo cumprir e fazer cumprir as regras de segurança e da eficácia no socorro. Atrás, vão os restantes ope- racionais, a quem cabe dar forma a essa estratégia executando todas as manobras necessárias ao êxito da intervenção, a partir do local onde a viatura seja posicionada pelo motorista por decisão do chefe da viatura. Aqui, directamente, não há nem se vislumbram quaisquer interferências externas, salvo a interligação com outras equipas de bombeiros quando se trate de acção conjunta. De qualquer modo, trata-se de um “reino” onde não cabe nem tem lógica intervir de fora seja quem for. Tudo isto parece óbvio, escorreito e perfeitamente legí- timo. O que está em causa é o socorro e há estruturas próprias dos bombeiros para o executar. Mas quando tentamos aplicar, decalcar este modelo tão simples, tão directo e lógico ao funcionamento e à articulação dos bombeiros com o Estado e, em especial, com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) é que as coisas se complicam. Nunca estará em causa a necessidade de articular, como é óbvio, esse funcionamento. Mas já subsistem sérias dúvidas que a articulação identificada como tal tenha precisamente esse sentido e significado. Para que haja uma verdadeira articulação entre entidades, incluindo com os bombeiros, importa que resulte de um posicionamento em pé de igualdade numa lógica de confluência para um objectivo comum e com as ferramentas e as competências específicas de cada um. É assim que os bombeiros se querem posicionar na estrutura da proteção civil. Mas há uma lógica viciada, de curto-circuito, que faz deles os principais operacionais mas que não reconhece nem legitima uma verdadeira cadeia hierárquica, ao contrário do que acontece, por exemplo, com a Direcção Nacional da PSP, o Comando-Ge- ral da GNR, a Direção do INEM, a Direção da Cruz Vermelha, ou até as Forças Armadas. Os Bombeiros são a única entidade que, no presente, concorre para o objectivo comum mas não consegue liderar operacionalmente as suas estruturas como acontece com as referidas entidades. O comandamento autónomo dos bombeiros parece absolutamente lógico mas tarda em acontecer não obstante a defesa dessa legitimidade pela Liga dos Bombeiros Portugueses, sufragada em Congresso e repetida à exaustão, antes, e desde então, pelo presidente do conselho executivo. A realidade está no facto dos Bombeiros pretenderem ter a primeira e a última palavra hierarquizada sobre a sua estrutura e funcionamento, qual organização de uma qualquer viatura de socorro. Mais simples será difícil de explicar. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia JORNAL@LBP VIEIRA DE LEIRIA Sensibilidade e bom senso “Soldados da Paz” continua á muito que deixou de causar surpresa a presença nas mulheres nos quartéis, nos mais distintos teatros de operações, nas mais diversas missões de socorro e proteção. Contudo, só agora começam a ganhar expressão as direções no feminino. De norte a sul do País, elas já estão na primeira linha das estruturas operacionais e, a pouco e pouco, vão ocupando também a cadeiras da presidência dos vários órgãos sociais, assumindo merecido protagonismo nas equipas que dinamizam as associações humanitárias, detentoras de corpos de bombeiros. Embora recusem criar destrinça, as dirigentes acabam por reconhecer uma diferença, sobretudo, de “estilo”, elas são mais maternais no trato, colocam sensibilidade nas atitudes e consolidam com bom senso as posições assumidas. Em Chaves, ou na Amora, só para citar alguns exemplos, porque felizmente outros existem, as presidentes são figuras presentes, que tratam pelo nome cada um dos bombeiros, que lhes conhecem as histórias de vida, que se preocupam com a “floresta”, não descurando cada uma das árvores que lhe dão vida. Num destes dias tivemos a oportunidade de conversar com a presidente da Câmara de Tomar, que também, assume com orgulho, uma ligação afetiva com os “seus” bombeiros municipais, que ultrapassa em muito a união ou a confiança institucional exigida à responsável máxima pela proteção civil do concelho. Curiosamente, é mais descontraída a forma como “elas” hoje geram o que, no passado, foi um feudo “deles”. Ainda que inseridas em equipas maioritariamente masculinas, as dirigentes brilham e contribuem para mais uma importante mudança no setor. No vasto e heterogéneo movimento do voluntariado, as mulheres há muito que têm uma posição de destaque, obra feita, conquistas asseguradas, pelo que estava na hora de abrir as associações humanitárias a novas dialéticas, até porque os corpos de bombeiros há muito o fizeram e com resultados muito positivos. Já há mesmo quem considere que o futuro próximo poderá trazer uma mudança ainda mais radical, consubstanciada em contingentes maioritariamente femininos. Sem tiques ou preconceitos feministas, importa reforçar que as mulheres não são melhores, nem piores que os homens nesta missão, são, tão só, diferentes e essa diversidade de pensamento, de posicionamento ou de ideologia, só pode mesmo acrescentar valor à causa! Sofia Ribeiro S. BARTOLOMEU DE MESSINES N Nova edição do boletim a sua última edição, referente ao passado mês de maio, a newsletter da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines retoma a “Missão eletrão” e a oportunidade de recolha de eletrodomésticos, lâmpadas usadas e pilhas para serem recicladas. Assim, os bombeiros dão o seu contributo para a defesa ambiental e, também, estão atentos aos apoios que a empresa “Amb3E” poderá também proporcionar-lhes em função do volume de objetos recolhidos. No mesmo boletim dão conta do recebimento de equipamentos para proteção individual dos bombeiros no combate a incêndios em espaço natural e lançam mais uma vez o alerta para a proibição de fazer queimas e queimadas entre 1 de julho e 30 de setembro. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria prossegue a edição do seu boletim “Soldados da Paz” com mais uma edição referente ao primeiro trimestre do corrente ano. Nela dá conta da comemoração do seu 68º aniversário, inclui uma entrevista ao novo pároco da Vieira, padre Miguel Sottomayor, dá conta da homenagem feita ao +único bombeiro fundador vivo, faz um retrato circunstanciado da fanfarra, continua a dar a conhecer os elementos do corpo de bombeiros, faz um balanço do papel da mulher na proteção civil, dá conta doas mais de 4 mil intervenções efetuadas em 2014 e explicadas pelo comandante Rui Silva e, por último, dá conta da partida de um grande amigo dos bombeiro “O Fogo”, recolhido e adotado pelos Voluntários de Vieira de Leiria em 2005 e que a partir daí nunca mais deixou o quartel. 3 JUNHO 2015 E stão realizados mais dois Concursos de Manobras, para Bombeiros e para Cadetes, cumprindo-se uma tradição antiga e arreigada, de são convívio e competição leal e aberta que, pela primeira vez, se cumpriu em terras açorianas. Tratou-se de mais uma jornada importante de demonstração de conhecimentos e agilidade em equipa em que a Liga dos Bombeiros Portugueses mais uma vez apostou, inclusive no apoio à deslocação das equipas, e que, desta feita, contou com o inexcedível apoio do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e do próprio Governo Regional. Contámos mais uma vez com um apreciável número de equipas, homens e mulheres que vestem de bombeiro que aproveitaram mais esta oportunidade para interagirem em competição saudável que mereceu a atenção das mui- Foto: Marques Valentim Desenvolver é valorizar tas pessoas que acompanharam o desenrolar dos concursos. A todas as equipas não podemos também deixar de associar os dirigentes e elementos de comando que as prepararam, treinaram e acompanharam e o Júri, cujo mérito e dedicação tem sido exemplar ao longo dos anos. Os Concursos de Manobras estão, sem dúvida, para ficar, não só como tradição e ponto de encontro entre bombeiros, mas também como demonstração que, também através da competição, é possível conviver, demonstrar “fair-play” e camaradagem e lutar por resultados. Com base nessa postura cívica, tão bem demonstrada pelos bombeiros portugueses, por que não, no futuro, pensar em complementar e enriquecer as disciplinas e provas tradicionais dos atuais concursos com outras igualmente suscetíveis de competição. Lembre-se, por exemplo, o domínio do trauma, do salvamento em grande ângulo, o resgate em todas as suas expressões, incluindo o realizado em estruturas colapsadas, ou até o próprio mergulho. Tenho pensado muito nisso, como forma de valorizar, enriquecer e atualizar as formas de demonstração de maestria dos bombeiros nos diferentes domínios. As disciplinas que compõem atualmente te os Concursos deverão, sem dúvida, manter-se. Por um lado, fazem parte de um repositório inesquecível de técnicas e procedimentos operacionais que a história e a eficácia perpetuaram até hoje. Por outro, são uma demonstração de são convívio, fair-play e cidadania que constitui um verdadeiro sinal de contradição com o que hoje habitualmente se vê associado à competição. E, ainda, por que dá azo a que se associem novas modalidades e disciplinas igualmente demons- trativas das capacidades dos bombeiros nos dias de hoje. Tenho recebido também muitas sugestões positivas nesse sentido. Mas essa mudança, ou adição, melhor dizendo, exige um consenso alargado, demonstrativo da vontade dos bombeiros e da importância que atribuem para que isso possa vir a acontecer. A Liga dos Bombeiros Portugueses está, como sempre, disponível para liderar um processo desse tipo. Aliás, na senda das muitas mudanças que fomos introduzindo no setor com determinação mas também com o bom-senso que sempre se impõe. Sempre na defesa da identidade cultural e social dos bombeiros portugueses, dos seus símbolos, das suas estruturas e da sua preparação para a missão. Identidade e cultura de que os Concursos fazem inquestionavelmente parte. 4 JUNHO 2015 BIG/LBP Presidente defende três EPI por bombeiro ninguém lhes tivesse batido à porta”. Iniciativa que começou tendo como objetivo os Voluntários de Carregal do Sal e de que, por decisão do próprio banco, a disponibilidade total da LBP e o empenhamento e o elo de ligação estabelecido pelo comandante dos Bombeiros de Carregal do Sal, Miguel Ângelo. Em contraponto, o comandante Jaime Soares lamentou PESTANA/LBP A Descontos em hotéis empresa “Pestana Management” e a Liga dos Bombeiros Portugueses assinaram um protocolo através do qual os dirigentes, bombeiros e familiares passam a beneficiar de condições especiais de acesso às unidades hoteleiras daquele grupo. O protocolo abrange os órgãos sociais, bombeiros, colaboradores das associações e corpos de bombeiros, cônjuges e descendentes bem como os órgãos sociais e colaboradores da LBP, cônjuges e descendentes. O acesso em condições especiais e preferenciais às unidades hoteleiras do Grupo Pestana abrange as unidades da “Pestana Hotels & Resorts”, das Pousadas de Portugal e do “Luxury Hotels”. As condições estão descriminadas no anexo ao protocolo celebrado entre as duas entidades e inserido no sítio da LBP. HERÓIS CM 2015 s leitores do jornal “Correio da Manhã” elegeram o bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Peniche, José Santos, com o primeiro lugar da categoria “Heróis CM com Farda”. A entrega do prémio contou com a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, também enquanto membro do Júri. José Santos salvou uma mulher de morrer afogada que tinha caído ao mar junto ao antigo cais de pesca de Peniche. O bombeiro atirou-se às águas logo que se apercebeu do que havia ocorrido, sendo depois apoiado pelos seus colegas. O prémio, com um valor pecuniário de 1000 euros, foi entregue na gala promovida pelo “CM” Foto: Vítor Mota/CM O Eleito operacional de Peniche e pela CMTV” em 7 de junho passado nos jardins do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras. O segundo lugar do prémio “Heróis CM com Farda” foi para os Bombeiros Voluntários de Albufeira e o terceiro para o tripulante do salva-vidas de Ferragudo, Pedro Cardoso os atrasos verificados nos processos de concurso lançados através das CIM, iniciados em 2013 sem que, até agora, mesmo assim todos estejam concluídos e os equipamentos entregues aos bombeiros. “Não quero criar polémica mas também posso deixar de dizer o que é correto”, frisou aquele responsável. A propósito, o presidente da LBP defendeu a necessidade de dotar cada bombeiro de três EPI e referiu que a confederação já defendeu isso junto do Governo solicitando que esse desiderato seja uma realidade dentro de três a quatro anos. “Os poderes instituídos não fazem favor nenhum em garantir aos bombeiros os equipamentos”, sublinhou o comandante Jaime Soares. O administrador do BIG, Paulo Figueiredo quis sublinhar” o envolvimento dos portugueses nesta campanha, permitindo que o dinheiro angariado tenha revertido para a produção de 305 equipamentos de segurança individual”. Fazendo um balanço positivo da iniciativa, o responsável do BIG não deixou de referir que “também estamos conscientes de que é preciso dar continuidade a esta iniciativa, envolvendo a sociedade civil e as nossas instituições para este problema no futuro”. A escolha das 61 associações de bombeiros contempladas com os equipamentos resultou de um sorteio realizado em outubro do ano transato e cujos resultados o “BP” divulgou: 16 da Zona Norte, 15 da Zona Centro Norte, 11 do Centro Sul, 17 do Sul, Ribeira Grande dos Açores e Câmara de Lobos da Madeira. FARDAMENTOS O LBP apela às associações fornecimento de fardamentos através do respetivo departamento da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) passa a estar sujeito a novas regras. O conselho executivo da LBP decidiu estabelecer um conjunto de regras para os futuros fornecimentos de fardamentos às associações e corpos de bombeiros. Assim, o pagamento no acto da compra beneficiará de um desconto de 3 por cento. Os fornecimentos a crédito, com limite de 60 dias sem juros, podem ser feitos desde que as associações não tenham dívidas pendentes à LBP. Após os 60 dias serão aplicados juros à taxa legal em vigor. Às Associações que tenham dívidas pendentes sem acordo de pagamento só serão fornecidos fardamentos a pronto. Relativamente às dívidas pendentes ficou estabelecida uma nova metodologia. Assim, a dívida até 6 meses fica sujeita Foto: Marques Valentim presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) enalteceu o esforço desenvolvido pelo Banco BIG e o exemplo dado à sociedade, para que 61 corpos de bombeiros voluntários tenham passado a dispor de 305 equipamentos de proteção individual para combate a incêndios em espaço natural (EPI) obtidos a partir da campanha lançada por aquela instituição bancária “Vamos proteger quem nos protege”. O comandante Jaime Marta Soares falava na cerimónia de entrega dos equipamentos, realizada no quartel dos Bombeiros Voluntários de Fátima no final de maio, na presença de Paulo Figueiredo, administrador do BIG, Nazareno do Carmo, vice-presidente do Município de Ourém, do presidente e comandante dos Voluntários de Fátima, bem como dirigentes e elementos de comando das 61 associações abrangidas. O presidente da LBP não quis deixar de identificar a iniciativa do BIG, “como uma atitude de grande nobreza pela forma espontânea como surgiu sem que Fotos: Marques Valentim O a um prazo de 15 dias para a sua liquidação ou apresentação de plano de pagamentos acrescido dos respetivos juros de lei. No caso das dívidas superiores a 6 meses ficam sujeitas ao pagamento imediato acrescido de juros de mora. Neste caso, os devedores deverão ser informados de que passados quinze dias após a notificação terá lugar a cobrança coerciva. Esta nova metodologia fica a dever-se ao facto do Departamento de Fardamentos da LBP ter acumulado ao longo de anos dívidas provenientes de fardamentos às associações e corpos de bombeiros a que urge por cobro. Inclusive, porque os fornecedores exigem à LBP pagamentos a 60 dias, o que torna a situação insuportável do ponto de vista financeiro. 5 JUNHO 2015 MAI DETERMINA INQUÉRITO A Kamov a conta gotas ministra da Administração Interna determinou, no passado dia 20 de junho, à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito relacionado com os problemas que estão na base da inoperacionalidade dos cinco helicópteros pesados Kamov. A decisão surge depois da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ter detetado problemas “graves no estado das aeronaves”, que ditaram “a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição de serem operados”, durante o processo de transferência dos Kamov da Heliportugal para a Everjets, a empresa que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos. Em nota tornada pública, Anabela Rodrigues referiu que “considerando a gravidade de tais factos, bem como das suas consequências em termos financeiros e de disponibilidade destes meios aéreos”, a ministra determinou, por proposta do secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, que a IGAI abrisse inquérito”. O inquérito vai incidir sobre “as circunstâncias descritas e apuradas durante o processo de consignação dos meios aéreos próprios pesados do Estado, tendo em vista o apuramento de responsabilidades a que haja lugar nesse âmbito”. No comunicado, o MAI adianta que, em resultado de concurso público internacional, a operação e manutenção da frota de meios aéreos próprios pesados do Estado foi adjudicada a um novo operador, sendo o processo de transferência “necessariamente precedida de receção das aeronaves da empresa anteriormente responsável pela sua manutenção para a Autoridade Nacional de Proteção Civil”. Durante este processo, foram verificadas “uma série de não conformidades graves no estado das aeronaves”, adianta o ministério. Num comunicado divulgado no dia anterior a esta decisão politica, a ANPC informou que apenas um dos cinco helicópteros Kamov da frota do Estado está operacional, situação que leva a ANPC a admitir finalmente que não garante a entrada de outras duas aeronaves no dispositivo de combate a incêndios deste ano. “Neste momento está apenas em condições de plena operacionalidade um dos cinco Kamov da frota do Estado”, referiu a ANPC, adiantando que duas aeronaves vão ser reparadas num “curto espaço de tempo” e as outras duas requerem intervenções mais profundas, “não sendo possível garantir a sua entrada no atual dispositivo”. Para compensar a falta destes meios, a Proteção Civil sublinhou que foram adotadas medidas alternativas que “passam pela antecipação da entrada de meios aéreos no dispositivo, nomeadamente helicópteros ligeiros e aviões bombardeios médios”. Segundo a ANPC, todos os aparelhos “inspecionados necessitaram ou necessitam de intervenções técnicas”. Na reação a todo este caso, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) veio a publico “lamentar” toda esta situação, lembrando que o Governo prometeu um dispositivo área de 49 aeronaves para apoio aos operacionais no terreno. Admitindo que “alguma falhou”, a Liga congratulou-se com a decisão de abertura de um inquérito, sublinhando que fica a aguardar com “expectativa” os resultados, admitindo a sua “preocupação” face a uma situação que pode ter efeitos “negativas” na operacionalidade do dispositivo de combate a incêndios. “Todos sabemos que os meios aéreos desempenham um papel fundamental no apoio aos operacionais e não queremos sequer pensar que os meios prometidos não vão estar disponíveis”, referiu o presidente da LBP Jaime Marta Soares, para quem é preciso ir “ao fundo” desta questão e perceber quais as motivações que estiveram na origem de um negócio que já se provou foi ruinoso para o Estado. “Sempre afirmamos que a compra destas aeronaves foi um erro lamentável, por vários motivos”, concluiu o dirigente. Os timings de uma decisão política Com a extinção da Empresa de Meios Aéreos (EMA) em ou- SETÚBAL Federação ganha sede A Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal comemorou o 40º aniversário e obteve a primeira sede própria na Travessa da Estalagem nº7, no Seixal, graças ao apoio da Câmara Municipal do Seixal. Antes da cerimónia de inauguração decorreu uma cerimónia em formatura na Praça Primeiro de Maio, durante a qual a Federação e a Autarquia celebraram um protocolo e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), representada pelo seu vice-presidente Rodeia Machado, condecorou a Câmara do Seixal com a medalha de serviços distintos grau prata, por proposta da Federação. No final, realizou-se um desfile apeado e moto- rizado e, após a inauguração, decorreu um almoço convívio que juntou todos os participantes presentes nas comemorações. tubro do ano passado, a ANPC ficou responsável pela gestão dos contratos de operação e manutenção dos meios aéreos próprios do Estado. Na altura, foram várias as vozes que se levantaram para dizer que o calendário “apertado” de todo este processo poderia por em causa o grau de prontidão dos meios. Depois de algumas semanas de silêncio, e já em plena Fase Bravo, a ANPC acabou por confirmar este cenário, ao dizer que a inoperacionalidade das aeronaves ficava a dever-se ao processo de transferência dos russos Kamov, iniciado em março, para a empresa Everjets. E é nesta altura que tudo se adensa. Durante o processo de consignação, explicou a ANPC foram detetadas “não conformidades graves no estado das aeronaves”, que ditaram “a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição de serem operados”. Sabe-se agora que a ANPC decidiu fazer uma avaliação técni- ca ao estado das aeronaves com o objetivo de dar garantias ao novo operador, uma avaliação não independente e que deixou de fora a entidade que regula o sector, a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC). Todos este processo que vai agora auditado, resultou num confronto acesso de posições entre as duas empresas envolvidas e a ANPC, que admite mesmo recorrer a tribunal para ser ressarcida dos “prejuízos” causados ao Estado. A somar a tudo isto, dois dos cinco helicópteros Kamov precisam de intervenções profundas avaliadas em quatro milhões de euros. O presidente da ANPC já disse publicamente que “não sabe” onde vai ser possível ir buscar o dinheiro. Grave Pereira não sabe também quando poderão vir a estar disponíveis estas aeronaves para missões de combate a incêndios. A única certeza é que a Fase Charlie começa a 1 de julho com um dispositivo anunciado pelo Governo de 49 aeronaves. PC 6 JUNHO 2015 Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista Contributos para a história da formação (II) O s progressos não deixam de se fazer sentir. Os bombeiros portugueses são os primeiros a tratar em público de um assunto que, nas décadas de 30 e 40, causa enorme apreensão na Humanidade, pelo risco iminente de conflitos armados: a guerra química. O Comandante Álvaro Valente, autor de um trabalho de fundo sobre o mesmo tema, escreve em Dezembro de 1934, no Boletim da Confederação: “(...) os nossos serviços são duma tal vastidão, demandam uma soma de conhecimentos tão extensa e complicada, que estamos sempre a aprender.” Na primeira metade dos anos 40, Lisboa vive apreensiva. No contexto da II Guerra Mundial, o exército alemão planeia a invasão da Península Ibérica. Entre Portugal e Espanha, celebra-se um pacto de neutralidade. Esforços diplomáticos desviam as atenções da presumível força invasora. Mas a neutralidade de Portugal apresenta-se dúbia. As relações estabelecidas com todos os países envolvidos no conflito tornam o país vulnerável a um ataque-surpresa de qualquer parte. A situação exige cautela, razão pela qual se realizam, em Lisboa, exercícios de defesa passiva antiaérea. Nas ruas, instalam-se abrigos e postos de socorros, enquanto os vidros das janelas dos edifícios ostentam a colagem de fitas de papel a fim de evitar mal maior produzido por possíveis estilhaços. A organização de exercícios não se circunscreve a Lisboa. Um pouco por todo o país simulam-se cenários de guerra e dão-se ensinamentos às populações sobre medidas de protecção. A participação dos bombeiros torna-se evidente, intervindo ao lado da aviação nacional. Simultaneamente, a ameaça de guerra também atormenta os responsáveis dos bombeiros, sobretudo, prevendo que, em caso de ataque retaliatório, não existem condições para adequada prestação de socorro. Atenta à vida do país e às suas eventuais incidências na missão do bombeiro, no final do ano de 1940, a Liga, denuncia, através do seu Boletim, num artigo intitulado “Os Bombeiros e a Guerra”, da autoria de Carlos Queiroz: “No incêndio vulgar, digamos, assim, o nosso bombeiro está preparado e instruído para se defender da derrocada que o fogo provoque; mas ainda não o está para a que fôr produzida por algum elemento explosivo que de cima venha. O nosso bombeiro sabe bem o que há-de fazer a quando do rescaldo e da remoção dos escombros do tempo de paz: mas ainda não está treinado convenientemente a fazer tudo isto por forma a poder recolher com a maior segurança os corpos das vítimas que necessitem de ser hospitalizados ou levar para a morgue os que tombarem para todo o sempre, quando isto se dê em período de guerra.” A LBP está identificada com a realidade dos bombeiros em Portugal. Este facto, associado ao conhecimento técnico que detém da situação, confere-lhe autoridade suficiente para sugerir, em defesa dos bombeiros e do interesse nacional: “(...) é indispensável que o nosso bombeiro tenha a seu lado os carros auto-macas suficientes, como também que os mesmos estejam em estado de não permitir que fiquem pelo caminho e, mais ainda, que esteja provido de máscaras apropriadas para se defender da fumosidade e matérias deletérias. Se voltarmos as nossas vistas para o que se passa com as corporações de fora de Lisboa, então o quadro é desolador e isso resultante das deficiências materiais. Algumas corporações fazem quási o impossível para se poderem manter, devido à exiguidade dos seus recursos. Em resumo: Se amanhã as corporações forem chamadas a prestar os seus socorros em emergência que imponha o alargamento da sua esfera de acção, só se poderá contar com a dedicação e intrepidez dos seus bombeiros, por isso que o material e apetrechamento de que dispõem não lhes permitirá ir mais além do que hoje podem fazer. Nestas condições, é de esperar que as Câmaras Municipais, cônscias da responsabilidade que sôbre elas impende no serviço de incêndios, envidem os seus melhores esforços no sentido de provêr as corporações com o material necessário a bem poderem cumprir a sua altruista missão.” Em 8 de Maio de 1945, é anunciado o fim da guerra, em consequência da rendição alemã. Portugal sai intacto do conflito. Os bombeiros registam, apenas, a habitual prestação de serviços. Mas novos desafios não deixam de continuar a colocar-se à instrução do bombeiro. Retomada a normalidade no curso de vida, é aguardada a chegada dos anos 50. Desenvolvidos conhecimentos técnicos oriundos do estrangeiro, traduzidos para português e publicados no Boletim da Liga, influem na formação de uma nova consciência. Fala-se da espuma e da neve carbónica, dos pronto-socorros com brigadas especializadas, dos bombeiros-paraquedistas, dos produtos incombustíveis, incomburentes, dos variados e complexos sistemas de construção, dos fenómenos eléctricos, químicos, meteorológicos e climatéricos. Espalha-se a ideia de que “é preciso estudar e aprender sempre” e insiste-se na criação de escolas destinadas a formar elementos de comando. Urge mudar as mentalidades, conforme faz entender o Comandante Álvaro Valente, em Maio de 1949, num artigo de opinião : “Há quem suponha, dentro da nossa classe, que tudo e nada precisa aprender. Há quem defenda o critério de que o estudo da construção civil é para arquitectos e engenheiros, o da electricidade para os electricistas, o da química é para os analistas, e assim por diante, não sendo necessário ao bombeiro mais do que a velha teoria das velhas instruções.” Tudo evolui à volta do bombeiro e já nada é como antes: “Com uma agulheta, alimentada por uma bomba braçal, o bombeiro procurava espalhar a água, operando desta forma mecânica e fisicamente, arrefecendo o meio e abafando as chamas com uma forte nuvem de anidrido carbónico. Hoje, com uma agulheta alimentada por uma moto-bomba, a maioria dos Bombeiros apenas lança a água para as chamas, não procurando espalhá-la.” As vantagens das novas teorias tendem a dar melhor preparação ao bombeiro e fazer do combate a incêndios “um problema científico”. Por essa razão, defende-se que sejam instruídos conhecimentos de Física, Química, Electricidade, Construção Civil, Hidráulica e, até, Meteorologia, além de outros considerados de carácter especializado. Num tempo ainda marcado pelo reconhecimento de que “a grande escola do bombeiro está nos fogos”, tenta-se contrapor e afirmar, nos princípios e na acção, que “a escola dos fogos precisa de ser coadjuvada, esclarecida, aperfeiçoada e com- pletada com as instruções teóricas e com os exercícios práticos”. A complementar a nova filosofia, é defendida igualmente a realização de concursos entre corpos de bombeiros, com o intuito de “aumentar conhecimentos e cimentar o brio e aquele estímulo que obriga os Bombeiros a adestrarem-se cuidadosamente”. O futuro dos bombeiros portugueses, nas suas várias vertentes, domina o pensamento de todos quantos se revêem na actividade prosseguida pela LBP e incita a procura de soluções para inevitáveis problemas. Os 20 anos passados sobre a data da fundação da Liga exigem maior responsabilidade na conservação dos êxitos alcançados em tão significativo período, fornecendo aos corpos de bombeiros condições que mantenham estabilidade funcional. Assim traduz o arrojado ponto de vista defendido pelo Comandante Álvaro Valente, em 1952: a criação de uma escola de comandos, a funcionar junto da LBP, com corpo docente, programa de cursos, instalações e orçamento. Isto porque, na sua opinião, “(...) é necessário não esquecer que a chamada «velha guarda» - composta de legítimas glórias -, vai a desaparecer pelo tempo e pelo esgotamento natural, e que, para o seu lugar, não podem forjar-se ao acaso e sem probabilidades de êxito dos que a substituirão.” A ideia de criação de uma escola de bombeiros vai levar mais de 20 anos a consolidar-se. Na segunda metade da década de 70, no âmbito da profunda reestruturação operada na orgânica dos Serviços de Incêndios, despoletada pela Liga, começa a falar-se na Escola Nacional de Fogo. O assunto não mais deixa de estar adormecido, impondo-se cada vez mais pela sua necessidade. Excertos do capítulo “Instruindo o Bombeiro”, do livro “75 Anos a Construir Futuro”, comemorativo dos 75 Anos da Liga dos Bombeiros Portugueses, da autoria de Luís Miguel Baptista 7 JUNHO 2015 25 NOVOS PEM Ficam a faltar 21 concelhos O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai abrir, já no próximo mês de julho, o maior número de Postos PEM desde há cinco anos a esta parte. Com a abertura deste novos postos, e segundo dados do Instituto, ficam a faltar 21 concelhos para que o país fique totalmente coberto com estas unidades sedeadas nos corpos de bombeiros. Dos novos postos que vão ser abertos em julho, sete já estavam previstos no plano de 2014, mas acabaram por transitar para este ano. Quinze estavam calendarizados para abrir este ano e, finalmente, há outros três postos PEM que o INEM antecipa e que estavam incluídos no plano de 2016. Assim, e feitas as contas, o INEM passa a ter 300 PEM em 257 dos 278 concelhos de Portugal continental. Na reação a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) sublinha que este reforço vai ajudar, embora sublinhe que esta é uma “medida tardia”, porque ainda faltam ambulâncias em cerca de 20 municípios. “Há um conjunto de meios que já deviam ter sido distribuídos em 2014”, lembrou Jaime Marta Soares, recordando a existência de um protocolo assinado entre a Liga e o INEM para que os 308 municípios portugueses possuam uma ambulância. Jaime Soares sustentou que o protocolo está longe da sua concretização, considerando que as ambulâncias que vão ser entregues este ano estão dentro daquilo que ficou estabelecido. “Esperamos que o ritmo seja mais rápido, para poder concluir este processo de uma ambulância de emergência em cada município instalada no corpo de bombeiros”, sublinhou. O INEM anunciou este mês que vai investir, até ao fim do ano, cerca de 22 milhões de euros em mais de 50 novos meios de socorro e emergência médica. O Instituto precisou que se trata de duas novas viaturas de emergência e reanimação (VMER), sete ambulâncias de suporte imediato de vida, 13 ambulâncias de emergência médica, cinco motos de emergência e 25 postos de emergência médica. O INEM justifica que o investimento inicial é de cerca de 3,5 milhões de euros, a que acresce o custo operacional anual de 19 milhões. Jaime Marta Soares lembrou ainda que a Liga insiste em rever o protocolo com o INEM, uma vez que considera que há situações incluídas no documento que “estão desajustadas da realidade e da evolução do dia-a-dia, da sociedade e dos próprios bombeiros”. O responsável lembrou também que os bombeiros são “um parceiro essencial” do INEM, já que segundo este “80 por cento da atividade do instituto é desenvolvida pelos corpos dos bombeiros, nomeadamente dos voluntários”. PC 25 novos PEM St.ª Marta do Penaguião (Vila Real) * Tarouca (Viseu) * Vila Nova de Cerveira (Viana do Castelo) * Ribeira de Pena (Vila Real) Sabrosa (vila Real) Tabuaço (Viseu) Armamar (Viseu) Boticas (vila Real) ** Meda (Guarda) ** Sernancelhe (Viseu) ** Penalva do Castelo (Viseu) * Carregal do Sal (Viseu) * Nelas (Viseu) Alvaiázere (Leiria) Pampilhosa da Serra (Coimbra) Vila de Rei (Castelo Branco) São Brás de Alportel (Faro) * Sobral de Monte Agraço (Lisboa) * Setúbal (Setúbal) Mação (Santarém) Castro Verde (Beja) Redondo (Évora) Portel (Évora) Vidigueira (Beja) Alandroal (Évora) * Previsto no Plano de 2014 ** Antecipados do Plano de 2016 O Programa prossegue a passo certo programa de vigilância médica dos bombeiros reivindicado pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e apoiado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) prossegue neste momento a passo certo, tendo já abrangido mais de 8 mil elementos dos corpos de bombeiros inscritos. A princípio, o programa abrangeu apenas os bombeiros do continente mas, a instâncias da LBP, nomeadamente do seu presidente, comandante Jaime Marta Soares, junto do então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e com a sua adesão total, foram criadas as condições junto dos respetivos Governos Regionais e Serviços Regionais de Proteção Civil e Bombeiros, para que os operacionais da Madeira e Açores passassem também a usufruir dele. No caso da Madeira, o programa já abrangeu 338 bombeiros. No caso dos Açores, já incluiu 600 elementos. A vigilância médica dos bombeiros era um tema abordado em todos os encontros nacionais de bombeiros, previsto até na própria lei mas que não havia sido possível até 2013 tirar do papel e por no terreno. Garantido o apoio do MAI, a LBP avançou com o programa a nível continental e, pouco depois, conseguiu torná-lo extensível aos bombeiros da Madeira e dos Açores. A execução do programa tem permitido concretizar o controlo médico, incluindo uma bateria de exames que, noutras circunstâncias, porventura, não permitiria a deteção ou despistagem de muitas situações clínicas. A par do bom andamento do programa, contudo, tem-se vindo a verificar um volume indesejável de faltas às consultas e exames, cerca de 255. O resultado disso é que, tratando-se da segunda falta, nos termos contratuais o valor é cobrado (37,5 euros) sem que tenha servido de qualquer valia para o próprio bombeiro e para a sua associação. A LBP, por isso, apela para que se evitem essas situações. No caso da primeira falta nada é cobrado e procede-se à segunda marcação mas, falhada esta, o prejuízo daí resultante não só não beneficia ninguém como consome desnecessariamente a dotação prevista. Por distritos, o programa de vigilância já abrangeu 555 bombeiros em Aveiro, 149 em Beja, 454 em Braga, 205 em Bragança, 208 de Castelo Branco, 469 de Coimbra, 249 de Évora, 110 de Faro, 199 da Guarda, 508 de Leiria, 401 de Lisboa, 136 de Portalegre, 720 do Porto, 425 de Santarém, 370 de Setúbal, 103 de Viana do Castelo, 345 de Vila Real e 353 de Viseu. Foto: Marques Valentim VIGILÂNCIA MÉDICA DOS BOMBEIROS REVIVER MAIS “Ao Encontro dos Bombeiros Portugueses” R eunido recentemente, o Conselho de Administração Executivo (CAE) da Reviver Mais – Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses aprovou, por unanimidade, o regulamento do concurso para a elaboração do cartaz promocional da instituição, subordinado ao tema “Ao Encontro dos Bombeiros Portugueses”. Proposta pelo secretário do CAE, José Manuel Neto, a iniciativa corresponde ao Plano de Atividades para 2015 e integra-se nas comemorações do 13.º aniversário da associação. O concurso, objetivado pela promoção e divulgação da “Reviver Mais”, junto das estruturas dos bombeiros portugueses, através da realização de um cartaz promocional, destina-se a “bombeiros pertencentes a qualquer um dos quadros dos corpos de bombeiros; estagiários e cadetes devidamente inscritos nos corpos de bombeiros; membros dos órgãos sociais das associações humanitárias de bombeiros, no pleno exercício das suas funções; sócios da Reviver Mais”. De acordo com o regulamento, cujo articulado será tornado público brevemente, “pretende-se selecionar uma imagem gráfica dinâmica que, além de arrojada e atual, contemple, obrigatoriamente, os seguintes elementos: bombeiros portugueses; humanismo; solidariedade; protecção social; logotipo da Reviver Mais.” De referir ainda que, mediante proposta do vice-presidente, comandante QH França de Sousa, também aprovada por unanimidade, serão atribuídos prémios pecuniários aos três primeiros classificados. 8 JUNHO 2015 BARCELINHOS Foto: Marques Valentim Comandante condecorado em Espanha FÉNIX DE HONRA PARA EX-AUTARCA A Almada rendida no Dia do Bombeiro Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) distinguiu a ex-presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA), Maria Emília de Sousa, com a segunda mais alta condecoração da Confederação: a Fénix de Honra. O galardão foi entregue no dia 7 de junho, por ocasião das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, em cerimónia solene realizada na Praça São João Baptista, que contou com a presença de muitas personalidades locais e também ligadas ao setor dos Bombeiros e Proteção Civil. Coube ao presidente do Conselho Executivo da LBP, Jaime Marta Soares, proceder à imposição da insígnia, convidando para o acompanhar no ato, além de representantes de entidades com quem a antiga edil cooperou, os presidentes da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal, respetivamente, José Manuel Maia e Joaquim Miguel Judas. Antes, porém, o mesmo responsável teceu rasgados elogios em torno do perfil e do desempenho autárquico de Maria Emília de Sousa, apontando esta como sendo “um verdadeiro exemplo das virtualidades do Poder Local”. “Maria Emília de Sousa é merecedora do nosso profundo reconhecimento, porquanto ao garantir sempre, o mais adequado apoio aos bombeiros do seu concelho, contribuiu, simultaneamente, para o reforço da operacionalidade dos bombeiros portugueses”, referiu Jaime Marta Soares. O presidente aproveitou ainda o momento para deixar uma palavra de serenidade acerca de diferentes problemáticas que parecem inquietar o , com destaque para a Lei de Financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros, considerando que o desconhecimento dos factos, evi- denciado com regularidade por alguns responsáveis, tende a deturpar a mais-valia proporcionada pela futura legislação. Para Jaime Marta Soares, “não é uma lei perfeita e muito menos corresponde ao modelo perfilhado e proposto, ao Governo, pela Liga dos Bombeiros Portugueses. Não é a lei que nos tirará da situação de sufoco, mas representa a solução que foi possível encontrar, num contexto muito difícil, para não prejudicar mais o financiamento das nossas estruturas. A Liga, infelizmente, não governa o país e muito menos tem capacidade para legislar, pelo que esta é, apenas, uma fase do longo e difícil trabalho que, neste e noutros domínios, ainda temos pela frente”. Durante a mesma cerimónia foram entregues medalhas municipais a elementos dos três corpos de bombeiros do concelho e subscritos os protocolos no âmbito dos apoios municipais para renovação da frota automóvel, melhoramentos nas instalações operacionais e aquisição de equipamentos. As comemorações do Dia Municipal do Bombeiro terminaram com a deposição de uma coroa de flores no Monumento ao Bombeiro, na Praça Comandante José Braz. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos vai ser condecorado pela Proteção Civil de Espanha, ANAV em cerimónia a realizar naquele país em julho. A condecoração pretende distinguir colaboração prestada pelo comandante José António Beleza depois de várias trocas de experiências entre as duas entidades ocorridas nos últimos anos, tendo por base as afinidades morfológicas dos dois territórios no contexto rural e florestal. Para a Proteção Civil Espanhola, a forma como o distinguido “ tem estruturado e formado o corpo de bombeiros Voluntários de Barcelinhos é considerado um exemplo que ultrapassa fronteiras, nomeadamente no contexto europeu” A ANAV reforça a sua decisão na colaboração prestada pelo comandante Beleza, não só na zona da Galiza, mas noutras zonas de Espanha. ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL N Prémio de Boas Práticas ANPC 2015 Como identificar a candidatura de uma boa prática do meu corpo de bombeiros o seguimento dos contactos estabelecidos por vários Corpos de Bombeiros à Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da DNB da ANPC é notório o interesse que esta iniciativa despoletou a nível nacional, bem como a existência de algumas dúvidas quer sobre a identificação de uma boa prática, quer sobre os procedimentos associados à submissão de uma candidatura. 5. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DA BOA PRÁTICA PARA O FUTURO Evidência de que a Boa Prática apresentada não foi uma ação isolada, mas uma mudança de práticas de segurança e saúde ocupacional com reflexo na cultura do próprio CB. Áreas de candidatura ao prémio O fluxograma com a apresentação das várias etapas desde a submissão da candidatura ao anúncio do vencedor do Prémio de Boas Práticas ANPC 2015 está representado na seguinte figura. Importa realçar que o Júri irá selecionar os três CB´s finalistas com base no formulário de candidatura e respetiva documentação de apoio remetida. Posteriormente irá realizar uma visita de avaliação aos três CB´s finalistas, para recolha de informação adicional e decisão sobre o CB vencedor. Existem seis áreas temáticas que permitem a candidatura ao Prémio Boas Práticas ANPC 2015: Segurança Rodoviária; Intervenção Pré-Hospitalar; Transporte de Doentes; Incêndios Florestais; Incêndios Urbanos e Industriais e Instalações de Corpos de Bombeiros. Assim, um Corpo de Bombeiros (CB) pode fazer apenas uma candidatura a uma das áreas, bem como fazer seis candidaturas (uma por cada área temática). Como identificar uma boa prática de segurança e saúde ocupacional No site da ANPC (www.prociv.pt) são disponibilizados exemplos de boas práticas nas várias áreas temáticas. A melhor forma de analisar se uma boa prática em vigor no seu CB reúne as condições necessárias para submeter uma can- Processo de submissão da candidatura e definição do vencedor do prémio didatura é validar cada uma das etapas do processo de submissão. 1. PROBLEMA IDENTIFICADO Descrição de como, quando e sob que forma surgem perigos/riscos e seus efeitos e consequências (eventuais problemas de saúde, doenças, acidentes, repercussões nas operações, etc.). A descrição deve ser clara, de modo a que todos aqueles que acedem à informação possam compreender os motivos das medidas tomadas. 2. PARTICIPAÇÃO DO QUADRO DE COMANDO E DO QUADRO ATIVO NA BOA PRÁTICA Evidência de que a implementação da Boa Prática envolve os elementos do Quadro de Comando e o maior número possível de elementos do Quadro Ativo, de forma a contribuir para uma cultura de segurança e saúde ocupacional no CB. 3. SOLUÇÃO IMPLEMENTADA Descrição clara das medidas tomadas, que deve ser de fácil compreensão, de modo a permitir ao leitor ficar com uma ideia explícita da solução adotada. 4. EFICÁCIA DOS RESULTADOS Descrição dos resultados mensuráveis e também de quaisquer benefícios “não mensuráveis”. Por exemplo, redução da incidência de sintomas de doença, melhor ambiente de trabalho, melhoria das condições de trabalho sob o ponto de vista ergonómico e/ou económico, eficácia das operações de socorro, etc. Tal poderá incluir os custos e benefícios humanos, sociais e económicos, e os resultados positivos. Dúvidas e esclarecimentos sobre o Prémio Boas Práticas ANPC 2015 A Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC) está à disposição através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico dsses@ prociv.pt. 9 JUNHO 2015 2.º DESFILE DE VIATURAS CLÁSSICOS DE BOMBEIROS O Famalicão foi museu vivo centro da cidade de Famalicão foi convertido, no dia 7 de junho, num autêntico museu vivo dos bombeiros, onde puderam ser apreciadas algumas das suas mais importantes relíquias do domínio automóvel. Assistido por milhares de pessoas, ali teve lugar o 2.º Desfile de Viaturas Clássicas de Bombeiros de Portugal, integrado nas comemorações dos 125 anos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Famalicão (AHBVF), bem como na programação das Festas Antoninas 2015. De acordo com a organização, que se empenhou ao máximo, esmerando-se em todas as vertentes, tratou-se do evento do género que, até hoje, no espaço europeu, reuniu maior número de veículos clássicos de bombeiros. Desde os pronto-socorros até às ambulâncias, passando pelos transportes de pessoal e auto comandos, de diferentes marcas, modelos e épocas, desfilaram 83 exemplares, em representação de 45 corpos de bombeiros, de Norte a Sul do país. Um veículo, Packard, dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, minuciosamente recuperado, conforme todos os seus aspetos originais, recebeu o prémio destinado ao melhor restauro. Por sua vez, o prémio para a viatura mais antiga foi atribuído aos Bombeiros Voluntários de Penafiel, que se apresentaram com um Lancia, de 1917. Várias entidades convidadas assistiram ao desfile, entre as quais o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Ricardo Mendes, o comandante operacional distrital de Braga, Hercílio Campos, e o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Braga, Fernando Vilaça. A iniciativa deixou patente a especial capacidade de organização e mobilização da AHBVF, afirmando ao mesmo tempo que os bombeiros são, tam- bém, a nível nacional, uma expressão de cultura, o que justifica, cada vez, mais o incentivo à preservação e divulgação do seu património histórico. As fotos publicadas falam por si. 10 JUNHO 2015 CACILHAS Estabilidade garante crescimento Estabilidade é imagem de marca da centenária Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, que se distingue não só pelas instalações de excelência, o apetrechado parque de viaturas, o efetivo numeroso e preparado, mas também porque goza de uma confortável situação financeira, para além de ser um exemplo notável da vitalidade do voluntariado. Aos 124 anos e já pensar nas comemorações 125.º aniversário, direção e comando recebem o Jornal Bombeiros de Portugal, para uma visita guiada que vale a pena acompanhar. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim S ão elucidativos os números que permitem traçar o perfil da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, e que se revelam importantes para atestar da grandiosidade desta instituição que conta com 54 funcionários, 118 operacionais, apoiados por 44 viaturas, mais duas embarcações e duas motas de água. Para além do quartel-sede, o corpo de bombeiros tem ainda uma secção destacada, devidamente equipada, na Costa da Caparica. A estabilidade tem permitido o crescimento, essa é, pelo menos, a convicção de Clemente Mitra, o carismático presidente, que durante 22 anos assumiu a estrutura de comando, e que, também, por isso conhece como ninguém, a instituição a que está, afetivamente, “preso” há 45 anos. Estas ligações longas e estreitas são, aliás, apanágio desta numerosa e unida família, a prová-lo apenas 11 comandantes em (quase) 125 anos de história. Também o comandante Miguel Dias tem já 25 anos de ligação à casa e outros tantos à causa. Filho de bombeiro, nasceu bombeiro, e aos 13 anos já estava no quartel, de onde não mais saiu. Esta é uma dupla de sucesso que fala a mesma linguagem, que se entende nas prioridades, no que de facto pode beneficiar a associação, o quartel, mas, sobretudo, os operacionais que o servem com profissionalismo e muita entrega. “Nem sempre estamos de acordo”, confidencia o comandante, para depois esclarecer: “A nossa principal preocupação é, sempre, a associação, por isso as cedências de uma ou de outra parte acontecem naturalmente”. Na mesma linha de pensamento, o presidente considera que o comando “só pede o que é realmente necessário”, assim sendo “resta à direção na medida das suas possibilidades, atender às solicitações”. Esta sintonia perpassa os meros atos de gestão, estes dois homens são conduzidos pela ambição de servir melhor o próximo, e esse desígnio passa, também, pela valorização de cada um dos bombeiros, para que no teatro de operações cumpram exemplarmente a sua missão e só a formação e o treino podem garantir a qualidade do socorro prestado, como acentua o comandante, referindo ainda que, as lacunas que possam existir da parte das entidades responsáveis por área, “são complementadas com ações internas e instrução”. Num território com muitos riscos e mais de 100 mil habitantes, não há margem para improvisos, pelo que comando e direção decidiram investir na criação de equipas especiais, para responder a situações de maior especificidade, como o resgate em grande ângulo ou o salvamento marítimo. Já este ano, foi criada uma brigada que, de bicicleta, assumirá ações de vigilância e patrulhamento nas áreas balneares, na Costa da Caparica e, também, apoio a alguns eventos na área de atuação dos Voluntários de Cacilhas. “Estamos, também, a todos os níveis, muito bem equipados” faz questão de salientar Miguel Silva, dando conta de recentes e avultados investi- mentos em equipamentos de proteção individual, “um esforço da direção que ascende aos 70 mil euros”. Também no parque de viaturas nada parece faltar: “Temos viaturas para as diferentes áreas, mas na verdade nunca estamos, verdadeiramente, satisfeitos com que temos”, refere o responsável operacional, dando conta de “necessidade” de renovação do material de desencarceramento. “Estamos atentos às janelas de oportunidade, aguardamos, agora, o novo quadro comunitário de financiamento, para definir a estratégia de investimento para os próximos anos”, adianta Clemente Mitra. “Só uma excelente relação entre direção e comando permite esta realidade, até porque nem sempre há sensibilidade, ou recursos, para responder às constantes necessidades dos quartéis”, sublinha Miguel Silva. Ao jeito de “cereja no topo do bolo”, esta dinâmica e saudável instituição ainda pode contar com o voluntariado, uma fonte importante para a sobrevivência destas instituições que, por aqui, não secou, bem pelo contrário. A escola de infantes e cadetes é uma verdadeira mina de onde “brotam” bombeiros, assegurando que o futuro não está comprometido, está, antes, salvaguardado. É, assim, com sentido de missão cumprida que a associação prepara já as comemorações do 125.º aniversário. O programa ainda não está fechado, mas ao jornal Bombeiros de Portugal direção e comando anunciaram que as comemorações têm início em setembro e que se prolongam até ao fim de semana de 16 e 17 de janeiro de 2016. Entre outras iniciativas, estão programados um desfile de fanfarras na Costa da Caparica, uma exposição das velhas glórias da associação numa das áreas mais nobres de Cacilhas, e ainda um seminário e a recriação da mudança do velho quartel, “a passo de corrida” da Rua Cândido dos Reis, para o novo e imponente quartel, que aconteceu há, precisamente, um quartel de século. O quartel aberto à população e sessão solene serão outros dos momentos altos dos festejos. JUNHO 2015 11 12 JUNHO 2015 BARREIRO s comemorações do Dia Municipal do Bombeiro do Barreiro, realizadas ao longo do mês de maio, terminaram numa cerimónia de condecorações realizada no Largo do Mercado Municipal 1.º de maio, no Barreiro. Este ano foram homenageados 19 soldados da paz. Com a medalha de bons serviços e dedicação, 10 anos, foram distinguidos, da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, Ivo Cardoso e Ana Paula Henriques, bombeiros de 2.ª, e Ricardo Valentim, bombeiro 3.ª. da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, Sérgio Velhas, bombeiro de 2.ª, e Sónia Martins, Jorge Costa, Luis Portugal e Tierri de Alzamora, bombeiros de 3.ª, e o estagiário Domingos Castro. Com a medalha de 15 anos foram distinguidos, da Associação do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, Milton Duarte e Vera Solposto, bombeiros de 1ª, André Mendes, bombeiro 2.ª, Paulo Firme, Hélder Conceição, Manuel Frederico, bombeiros 3.ª , e Nuno Costa, bombeiro 1.ª, dos Voluntários do Sul e Sueste, Fernando Santos e Marco Alferes, bombeiros de 3.ª. A medalha de 25 anos foi atribuída ao bombeiro dos Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, Carlos Manuel Fotos: CMB A Um mês de comemorações Antunes Ribeiro da Silva, subchefe. Findas as condecorações seguram-se as intervenções por parte dos Comandantes das duas corporações de Bombeiros do Concelho, encerrando a cerimónia o Presidente do Município, Carlos Humberto de Carvalho. José Figueiredo, comandante dos Bombeiros Voluntários do Barreiro-CSP referiu o importante papel dos bombeiros em todas as ocorrências do dia-a-dia, sendo certo que quando os bombeiros são chamados já alguma coisa correu mal. Revelou que em 2014 foram registadas 5 850 saídas ao serviço do INEM e que este número é um forte indicador de que este ano não deverá ser melhor. Este ano já registaram cerca de 500 saídas de emergência mensais. Alertou, ainda, para o verão quente que se aproxima. Na sua opinião, o lema dos bom- beiros está a ser alterado. Ao invés de «Vida por Vida», José Figueiredo defende que deve ser «Bombeiro Seguro – Bombeiro Salva». Acácio Coelho, comandante dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, manifestou o seu contentamento pela existência destas comemorações que visam enaltecer o bombeiro barreirense. No caso da sua corporação, o comandante Acácio Coelho informou que “em 2014 transportámos quase 41 mil e quinhentos não urgentes, cumprimos 820 mil quilómetros, sempre com pessoal devidamente credenciado e qualificado a bordo das nossas viaturas, garantindo, assim, o socorro eficiente e de qualidade”. O investimento em formação foi salientando por este dirigente que a considera imprescindível à função do bombeiro dos nossos dias. A finalizar, o presidente da Câmara Municipal, Carlos Humberto de Carvalho referiu o aumento das iniciativas que este ano integraram as comemorações do Dia Municipal do Barreiro e que o transformaram quase num mês, entre ações de sensibilização, de prevenção e de demonstração de meios, dirigidas a várias faixas etárias da população do Concelho. Carlos Humberto de Carvalho agradeceu, em seu nome, e em nome da Câmara Municipal, “a dedicação e o voluntariado permanente ao nosso serviço” e acrescentou que no contexto do concelho, tal como é pensado no presente e para o futuro, os seus pilares de desenvolvimento passam pela Proteção Civil. “A plataforma logística, portuária, industrial e tecnológica que queremos construir no concelho do Barreiro obrigará a novas soluções ao nível das medidas de segurança praticadas atualmente”. PALMELA A s comemorações do Dia Municipal do Bombeiro no Concelho de Palmela, o 15º realizado até à data, que decorreram ao longo do mês de maio, encerraram numa sessão solene realizada no quartel dos Bombeiros de Águas de Moura, corporação que centralizou, este ano, a organização da efeméride. Na cerimónia, estiveram presentes o presidente da direção da Associação Humanitária de Bombeiros de Águas de Moura, António Braz, a comandante distrital de operações de socorro de Setúbal, Patrícia Gaspar, Carlos Caçoete, da Assembleia Municipal de Palmela, o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, Maria Adelaide Benedito, da União de Freguesias de Poceirão e Marateca, o presidente da assembleia geral da Associação Humanitária de Bombeiros de Águas de Moura, José Cardoso, o comandante Paulo Vieira, em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses e o comandante do Corpo de Bombeiros de Águas de Moura, Rui Laranjeira. Reconhecer publicamente a coragem e o espírito de missão dos bombeiros do concelho, re- Dia Municipal com postal evocativo forçar os laços de cooperação e amizade entre as três corporações (Palmela, Pinhal Novo e Águas de Moura) e aprofundar a cultura de segurança no território foram os objetivos centrais desta iniciativa, que ficou marcada pelo lançamento de um postal comemorativo do 15.º Dia Municipal do Bombeiro pelos Correios de Portugal, com uma tiragem de três mil exemplares. Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Palmela mostrou-se satisfeito com a aposta na criação da Academia de Proteção Civil, que desenvolveu, até ao momento ações formativas para duas centenas de pessoas, nomeadamente para a comunidade educativa e autarquias. Sublinhou, também, a intenção de aprofundar as relações de cooperação com as entidades nacionais, em matéria de proteção civil, «para conseguir novas formas de financiamento para obras e equipamentos das três associações». Álvaro Amaro sublinhou, ainda, o lançamento do livro comemorativo “Caminhos que convergem – o Município de Palmela e os seus Bombeiros”, a participação das escolas nos seis simulacros realizados ao longo do mês e a atribuição, pela primeira vez, este ano, de uma medalha municipal de comportamento exemplar aos bombeiros do concelho que, cumprindo 15, 20 ou 25 anos de serviço, se tenham distinguido pelo zelo, dedicação e comportamento exemplar no exercício da sua missão. 13 JUNHO 2015 FAFE Um presente que honra o passado Há 125 anos ao serviço das populações, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe é exemplo de que respeitando o passado e honrando a herança dos antepassados, é possível responder às exigências do presente e aos desafios do futuro. Um quartel moderno e operacional, e infraestruturas associativas de excelência, são o cartão-de-visita desta instituição voltada para exterior, muito próxima da população que serve. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim E m dias de festa, “é da tradição”, como refere o 2.º comandante Gilberto Gonçalves, os bombeiros brindam a população com um animado reportório musical. O sistema de som instalado no alto da casa escola debita temas populares que animam, e conferem um peculiar colorido, a esta cidade do distrito de Braga. Os forasteiros são recebidos em instalações de excelência, que surpreendem até quem já conhece muitas dezenas de associações por todo o País, por uma comitiva afável constituída pelo presidente João Pedro Frazão, o vice-presidente Artur Coimbra e ainda o 1.º secretário, Rui Malheiro, o tesoureiro Jorge de Sousa e o vogal Avelino Novais Freitas, a que se juntam o 2.º comandante e o adjunto Paulo Ferreira. É esta coesa e “musculada” equipa que dá a conhecer cada um dos espaços desta enorme casa, episódios da sua história e os projetos para o futuro. O quartel é o espelho da operacionalidade, que no, entanto, não belisca o conforto dos bombeiros que ali cumprem a sua missão, nem tão pouco o bom gosto. João Frazão conta aos jornalistas que o complexo inaugurado em 1984, foi totalmente requalificado e reinaugurado em 2013. A ideia era dar uma “merecida refrescadela” às instalações, mas fundos comunitários abriram portas a uma “intervenção mais profunda”. Cerca de 700 mil euros permitiram, não só modernizar todo o complexo, como aumentar significativamente “os níveis de funcionalidade e de operacionalidade” como salienta o 2.º comandante, com ganhos para a resposta dada às populações e com inúmeros benefícios, que se traduzem em pequenos, mas “merecidos” luxos, para os mais 80 homens e as mulheres que servem os mais de 50 mil habitantes do concelho de Fafe. Esta preocupação com os voluntários é reconhecida e até mesmo compensada com entrada de novos bombeiros, indispensáveis para reforçar o efetivo, mas sobretudo para garantir a sua renovação. “As exigências da nova legislação, a falta de incentivos e a emigração tornam mais difícil o processo de captação de novos bombeiros”, declara Gilberto Gonçalves e neste aspeto, a estrutura de comando e dirigentes unem-se nos receios, até porque a componente voluntária “ainda pesa bastante” na prontidão e na qualidade do socorro prestado à comunidade. Assim sendo, com o intuito de despertar o interesse pela causa nos mais jovens, surgiu o projeto da Escola de Infantes e Cadetes, que é já uma aposta ganha, pois muito tem contribuído para despertar “vocações” nomeadamente nos elementos que integram a equipa de manobras, que na sua maioria já assumiram um compromisso de futuro com os Voluntários de Fafe, conforme testemunhou a equipa do Jornal Bombeiros de Portugal, há poucos dias nos Concurso Nacionais de Manobras, que este ano se realizaram nos Açores, onde com esforço e sentido de responsabilidade estes “bombeiritos” honraram o estandarte da centenária instituição. A formação do corpo de bombeiros constitui outra das prioridades desta equipa, que muito tem investido na preparação dos operacionais, até porque “um corpo de bombeiros que não esteja bem formado não pode prestar um bom serviço”, como defende o responsável operacional. “Nos últimos cinco anos, tem sido forte a aposta na formação, tentamos aproveitar todas as oportunidades” adianta João Frazão, que fala com orgulho de um “bem preparado corpo de bombeiros”, considerando, contudo, que há ainda muito a fazer nesta área. Gilberto Gonçalves vai mais longe e revela que a sede de conhecimento dos Voluntários de Fafe esbarra, na inação da Escola Nacional de Bombeiros e da Autoridade Nacional de Proteção Civil que “não dão respostas às solicitações”. No decorrer de uma visita ao parque de viaturas, os responsáveis da instituição revelam que a direção, desde que tomou posse, em 2009, estabeleceu como prioridade a renovação de viaturas. “Todos os anos adquirimos um carro novo, ou em segunda mão”, refere o presidente da direção, dando ainda conta, da substituição das ambulâncias de socorro que acusavam maior desgaste e da recente adaptação de um Veiculo Ligeiro de Combate a Incêndios. E embora - é sabido - os comandos nunca estejam satisfeitos com os equipamentos de que dispõem, Gilberto Gonçalves reconhece que “de uma forma geral”, também, nesta vertente “os Bombeiros de Fafe estão bem”. Toda esta dinâmica e o ímpeto de crescimento carecem de receitas para satisfazer todas as necessidades e os compromissos assumidos com as mais de duas dezenas de funcionários e fornecedores. Trabalho e alguma imaginação são os trunfos desta equipa, que para além dos serviços prestados à população e várias entidades, não descura o trabalho associativo com a dinamizam um conjunto amplo de atividades e a rentabilização de várias áreas do quartel. Durante “quase 30 anos” o Estúdio Fénix foi um polo cultural de referência no concelho, mas com a inauguração de novo e moderno equipamento municipal, esta sala deixou de ter procura, perdeu público, “perdeu utilidade”, uma inevitabilidade que levou a associação a repensar o conceito. O espaço foi completamente remodelado, e recolocado ao serviço da cultura e das artes, albergando, hoje, a Escola de Bailado de Fafe, uma ocupação que muito dignifica esta casa. Para autonomia financeira e a estabilidade económica também contribui a “grande parceria” com Câmara Municipal de Fafe, que vai muito para além do protocolo de financiamento de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP). “O relacionamento com a autarquia não podia ser melhor. É bom hoje, tal como foi no passado e certamente será no futuro”, assegura o presidente, que diz ficar “surpreso” com os municípios que não estabelecem como prioridade o apoio aos corpos de bombeiros. Regista, ainda, com natural satisfação a proximidade com a junta de freguesia de Fafe, sempre disponível a colaborar, bem como e com as empresas da região que quando contatadas, dizem presente: “Não andamos de mão estendida, mas quando solicitamos algo, os empresários não nos fecham a porta, aliás nunca saímos de uma empresa com as mãos vazias, não obstante a crise”, afiança. Gilberto Gonçalves faz ainda questão de salientar o apoio da população e das comunidades de emigrantes em França e na Suíça “incansáveis” no apoio aos bombeiros da sua terra Natal, nomeadamente Manuel Pinto Lopes, que “ao longo dos anos tem vindo a patrocinar equipamentos necessários para o corpo de bombeiros”. Esta onda de solidariedade traduz-se ainda em algumas das viaturas que servem no quartel e em Equipamentos de Proteção Individual para os operacionais. Em ano de grandes comemorações, está previsto o lançamento de um livro, da autoria de Artur Coimbra, com o intuito de celebrar a história desta instituição fundada a 19 de março de 1890. Também para breve, porque o presente deve honrar o passado e dignificar o trabalho dos pioneiros, a associação está determinada na construção de um centro de treinos, mais um projeto arrojado, que carece apenas de luz verde da autarquia, e que seria talvez o melhor presente que os Voluntários de Fafe poderiam aspirar neste 125.º aniversário. 14 JUNHO 2015 AML ENTREGA EPI SABUGAL R Presidente da LBP insiste no Portugal 2020 Bombeiros recebem equipamentos Fotos: Marques Valentim Fotos: Marques Valentim ealizou-se no passado dia 1 de junho, no Soito, concelho do Sabugal, a cerimónia oficial de entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para combate a incêndios florestais, aos 24 corpos de bombeiros da área territorial da Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE). A sessão presidida, pelo secretário de Estado da Administra Interna, João Almeida, contou ainda com as presenças, entre outras individualidades, dos presidentes da Câmara Municipal do Sabugal, António dos Santos Robalo, e da CIMBSE, Vítor Pereira, o vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rui Rama da Silva, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda, Paulo Amaral, dirigentes e responsáveis operacionais das associações humanitárias beneficiadas. O secretário de Estado não escondeu “as dificuldades inesperadas deste processo”, mas que acabou “da melhor forma” e “ainda antes da fase mais crítica dos incêndios florestais”. O governante salientou que globalmente as candidaturas assumidas pelas comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas a nível nacional envolverem verbas na ordem de 7.5 milhões de euros, representando apenas uma parte “de um total de 20 milhões de euros que até ao final deste ano serão investidos pelo Estado, com recurso a fundos comunitários, em equipamentos de proteção individual, uma verba que “permitirá equipar, a cem por cento, os bombeiros portugueses”. Na sessão, o presidente da Câmara do Sabugal destacou o trabalho de cooperação e coesão que viabilizou esta candidatura da Comunidade Intermunicipal, que permitirá “valorizar a ação” dos operacionais no combate aos fogos florestais. Já Vitor Pereira, referiu-se aos reveses de um processo que “poderia ter sido concluído o ano passado”, mas que voltou à estaca zero, com a fusão de duas comunidades intermunicipais. Ainda assim, defendendo que “mais vale tarde que nunca”, o presidente da CIMBSE congratulou-se com o facto dos bombeiros de 15 concelhos dos distritos da Guarda e Castelo Branco “terem o equipamento que os proteja na sua nobre missão de defender as pessoas e os bens”. Registe-se que os equipamentos, que resultam de um investimento superior a 340 mil euros, foram adquiridos no âmbito de uma candidatura promovida pela CIMBSE ao Programa Operacional Valorização do Território (POVT) do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). No total foram entregues 3500 peças entre botas, calças dolmens, cógulas capacetes e luvas. Sofia Ribeiro “O s bombeiros continuam a precisar de quartéis, a necessitar de recuperá-los, continuam a precisar de equipamentos e, por isso, o Portugal 2020 necessita de ter uma percentagem destinada aos bombeiros à dimensão daquilo que nestes 7 anos possa contemplar as suas grandes dificuldades”, defendeu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) durante a sessão promovida pela Área Metropolitana de Lisboa (AML) para entrega de equipamentos de proteção individual (EPI). Foram entregues EPI a metade dos efetivos de bombeiros existentes na AML, ou seja, a 2330 elementos, englobando 1700, de 46 associações de bombeiros do distrito de Lisboa e do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa e 630, de 16 associações da Península de Setúbal e da Companhia de Sapadores de Setúbal. Na sua intervenção, o comandante Jaime Marta Soares, dirigindo-se à responsável do POVT presente, enfatizou ainda que “as dificuldades dos bombeiros não são eles que as criam, acontecem porque todos os dias eles estão atentos para defender as vidas e os haveres das populações, substituindo o Estado, no fim de contas, substituindo os poderes públicos instituídos, com um exército de mais de 30 mil mulheres e homens que são o principal agente de proteção civil em Portugal”, que “precisa de ferramentas que alavanquem uma boa prestação de socorro, é tão só isso que se pretende”, ou seja, “os bombeiros precisam de ser tratados à medida do que é a sua prestação na sociedade portuguesa”. O presidente da LBP defendeu a necessidade futura de aligeirar os procedimentos burocráticos para a obtenção de EPI. “Não ponho em causa que os responsáveis das áreas metropolitanas e das CIM não se tenham empenhado para que as coisas andassem, não ponho isso minimamente em causa, mas o que é verdade é que os bombeiros estiveram à espera dois anos”. O comandante Jaime Soares lembrou que a LBP entrou neste processo desde o início e que, desde logo, pediu “que fosse tratado de forma expedita”. Perante o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, que presidiu à cerimónia, o comandante Jaime Soares propôs ao governante uma alteração à lei “para que esta burocracia administrativa em situações de emergência possa ser tratada de outra forma”, lembrando que “nós respeitamos a lei, quem somos nós, LBP, para não a respeitar mas não podemos deixar de levantar a nossa voz contra esta burocracia excessiva”. Conforme referiu o primeiro secretário Metropolitano, Demétrio Alves, o processo de obtenção dos EPI envolveu um investimento superior a um milhão de euros, 85 por cento dos quais coberto pelo POVT, 7,5 por cento pela ANPC e os restante 7,5 pelos 18 municípios da AML. A sessão, realizada no salão nobre do Edifício Mascarenhas, sede da AML, em Lisboa, contou também com as presenças, do presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta, do diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do comandante de Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, da comandante operacional distrital de Setúbal, Patrícia Gaspar, do comandante distrital de Lisboa, Carlos Mata, do segundo comandante do Regimento de Sapadores de Lisboa, da responsável pela área operacional para a prevenção e gestão de riscos do POVT, Isabel Martins, para além de presidentes de câmaras municipais, representantes de autarquias, dirigentes e elementos de comando das associações e corpos de bombeiros abrangidos. DAFUNDO VILA DAS AVES Falecimento do comandante Garrido O adeus ao “eterno comandante” U ma verdadeira moldura humana, composta por bombeiros, antigos combatentes e amigos, acompanhou o funeral do comandante do Quadro de Honra (QH) Sílvio Garrido falecido em circunstâncias trágicas. O extinto exerceu a atividade de bombeiro desde 1963 nos Bombeiros Voluntários de S. Paulo de Luanda, Angola. Era um operacional de primeira linha, foi considerado pelo seu comando como um bombeiro exemplar e foi Condecorado pela sua corporação e corporações congéneres e por diversas instituições nacionais e estrangeiras. Cumpriu o serviço militar nas tropas paraquedistas e, regressado a Portugal, foi um dos fundadores da Associação de Bombeiros Ultramarinos (Nabul) e fez parte do grupo de trabalho que, com o apoio da Liga dos Bombeiros Portugueses, conseguiu o reconhecimento como bombeiros de pleno direito aos operacionais que serviram no ex-Ultramar. O comandante Garrido era, atualmente, o presidente da mesa da assembleia geral da NABUL, vice-presidente da mesa da assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, e seu comandante do QH. F aleceu, no dia 8 de junho, Belmiro Vieira, o “eterno comandante” dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves. Deixa saudade “a dedicação que o comandante Belmiro Vieira sempre aplicou às nobres causas e, nomeadamente, uma das mais importantes da sua vida: os Bombeiros das Aves”, como salienta Carlos Fernandes, presidente da instituição, contudo, fica o exemplo de um homem integro justo e abnegado. A vida desta figura carismática confunde-se com a da própria associação onde assumiu as funções de comandante em julho de 1987, quando a instituição tinha apenas cinco anos atividade, grandes dificuldades e onde tudo fazia falta. Em 17 anos de trabalho “Belmiro Vieira dando o corpo e a alma àquilo de que mais gostava para lá da sua querida família, e com o seu espírito lutador, o seu saber, a sua inigualável presença e inconfundível voz de comando, con- seguiu colocar as bombeiras e os bombeiros das Aves ao nível dos melhores entre os melhores, no socorro prestado às nossas populações”, conforme recorda o presidente da direção . Registe-se que, recentemente, já afastado das lides operacionais, Belmiro Vieira entendeu continuar a colaborar com a associação, integrando a equipa da direção. Foi breve o mandato que exerceu mas sempre frutuoso, marcado pela “excelência e pela entrega”, que servem, agora, de estímulo para quem assume os destinos da instituição. ”Em nome de todos os atuais diretores, do comando, de todo o corpo de bombeiros e da fanfarra, posso e devo, publicamente afirmar, que muito aprendemos com o Sr. Comandante. Os nossos sinceros agradecimentos por tudo que sempre deu aos bombeiros e à sociedade civil. O seu exemplo continuará, certamente, a marcar o futuro desta associação”, assinala, emocionado, Carlos Fernandes. No adeus a este homem bom marcaram presença, entre outros individualidades, autarcas, dirigentes da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto e representantes das várias associações concelhia, por onde Belmiro Vieira cumpriu uma exemplar missão cívica, reconhecida por todos os avenses. 15 JUNHO 2015 PORTALEGRE Voluntariado dá exemplo no Alentejo Complexa a missão da nova direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portalegre, ainda assim, nada que assuste uma motivada equipa determinada em restituir à instituição a estabilidade roubada pela conjuntura. Trabalho, trabalho e ainda mais trabalho, são palavras de ordem nesta instituição que tem como património maior mais de uma centena homens e mulheres que honram a farda que envergam, que cumprem com brio, rigor e profissionalismo o lema “vida por vida”. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A centenária Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portalegre enfrenta dias difíceis. A crise, as novas regras do serviço de transporte de doentes não urgentes e os incumprimentos de entidades várias, nomeadamente da câmara municipal empurraram a instituição para uma situação complicada. “Esta é, de facto, mais uma das associações que vive com dificuldades, não tanto pela incapacidade de gerar rendimentos, mas porque perdeu alguns dos suportes financeiros”, revela Adriano Capote, que depois de alguns anos arredado da instituição regressou em janeiro, determinado em devolver-lhe estabilidade. E assim em “jeito de bola de neve”, à impiedosa quebra de receita do serviço de transportes de doentes não urgentes, seguiu-se uma substancial redução do subsídio protocolado com a Câmara Municipal de Portalegre, verba que, entretanto, deixou de ser pago. Em pouco tempo acabou a associação por entrar em incumprimento com os seus fornecedores. Confrontada com este cenário, resta à nova equipa arregaçar as mangas e trabalhar, re- negociar dívidas, instituir novas regras de gestão, cortar na despesa e aumentar a receita, enfim “arrumar a casa”, para que 2016 seja o ano da inversão de ciclo, conforme revela ao jornal Bombeiros de Portugal o presidente da direção. O projeto tem ainda outras variantes, “ideias” e soluções imaginativas, como dá conta o dirigente que negoceia com as Águas de Portalegre a cobrança da quotização dos associados e que se prepara, também, para avançar com o projeto “Adega do Ano” chamando os produtores de vinhos, as marcas da região e cooperativas e adegas tradicionais a apoiar este processo de reestruturação. “A ideia é fazer a recolha de duas garrafas por ano, uma de vinho branco e outra de tinto, de cada um dos produtores e ao fim de cinco anos criar um grande evento para leiloar essa garrafeira que, certamente, se distinguirá pela qualidade do produto”, adianta Adriano Capote, certo de desta forma conseguirá assegurar receita para associação ao mesmo tempo que promove a região e abre as portas do quartel à comunidade, que por agora se mantém arredada da realidade dos seus bombeiros. Desta forma, o responsável tenta, ainda “contra- riar a implementação de uma taxa de municipal de proteção civil com a qual diz não concordar. A operação é delicada, tanto mais porque não pode, em caso algum, comprometer a operacionalidade do corpo de bombeiros, que é aliás o património mais importante e valioso da instituição. Mais de 120 operacionais cumprem com esmero, dedicação e profissionalismo a missão de proteger e salvar vidas. Num concelho com cerca de 23 mil habitantes, são várias as solicitações e pronta a resposta e ainda que o comandante João Batista se bata pela criação de uma Equipa de Intervenção Permanente, os voluntários ain- da têm uma enorme responsabilidade na qualidade do socorro prestado às populações mesmo fora da sua área de intervenção, em todo o distrito de Portalegre e até mesmo no vizinho de Castelo Branco, no apoio a outros corpos de bombeiros, sobretudo no combate aos fogos florestais. Adriano Capote fala com orgulho deste efetivo que, afiança, se distingue no teatro de operações, sendo muitíssimo considerado pelos congéneres, um estatuto só possível com uma forte aposta na preparação dos operacionais que comando e direção não descuram. Formação e treino são assim prioridades. Recursos humanos não faltam e a renovação do corpo de bombeiros ocorre naturalmente, as escolas não tem muitos recrutas, mas novos elementos vão chegando ao quartel, a sua maioria encaminhados pela fanfarra da associação, que recebe muitas crianças, que com o tempo e a proximidade com a realidade dos bombeiros vão ganhando o gosto pela causa. A disponibilidade destes homens e mulheres é impressionante, garante o comandante que, ainda hoje, ao contrário do que acontece por todo o País, pode recorrer à sirene com a garantia de um imediato reforço de meios no quartel. Bem instalados, num quartel que tem vindo a adaptar-se às crescentes necessidades deste enorme contingente que, no verão, na designada “época de incêndios”, se agiganta. Este corpo de bombeiros dispõe ainda de um “razoável” parque de viaturas, onde apenas falta um Veículo Urbano de Combate a Incêndios de menores dimensões para acorrer ao núcleo antigo da cidade. O projeto de reestruturação está em marcha e direção e comando acreditam que terá êxito, até porque os alentejanos não se vergam às dificuldades, tanto mais quando em causa está o futuro de uma instituição que é uma referência, não só a nível local, mas também, a nível nacional, um estatuto alcançado a pulso e sustentado por uma história rica, que importa preservar e continuar a escrever. 16 JUNHO 2015 CONCURSOS NACION Liga aposta, com êxito Ponta Delgada acolheu, nos dias 13 e 14 de junho, os Concursos Nacionais de Manobras, uma organização da Liga dos Bombeiros Portugueses que reuniu nos Açores mais de 400 participantes. Assim, pela primeira vez, estas provas deixaram o território continental, para gáudio das equipas insulares que ano após ano se superam, para alcançar os lugares cimeiros nas classificações. Durante dois dias, os bombeiros levaram festa a S. Miguel, que tão bem soube receber estes especiais visitantes. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim C erca de 400 bombeiros “invadiram” a Ilha de S. Miguel que este mês de junho recebeu os Concursos Nacionais de Manobras 2015 – 34.º de Bombeiros e 33.º Cadetes – uma iniciativa da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e que este ano contou com o apoio do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA). As provas reuniram um total de 32 equipas, sendo cinco de profissionais, 15 de voluntários O (seniores masculinos e femininos) e 13 de cadetes (masculinos, femininos e mistos), incluindo seis da ilha anfitriã, em representação de 21 associações e corpos de bombeiros de todo o País. Ainda antes do arranque da competição, que dentro do estádio é levada muito a sério, era grande a festa em Ponta Delgada, com o convívio e a boa disposição a marcarem a passagem deste enorme grupo por terras açorianas. O sábado 13 de junho foi reservado a treinos que já faziam antever os elevados níveis de adrenalina que, no dia seguinte, iriam beneficiar e noutros casos prejudicar as provas de cada uma das equipas. Os vencedores da edição de 2014, queriam segurar o lugar alcançado no Seixal, mas a restantes formações prometiam não dar tréguas. Estavam assim reunidas as condições para uma competição renhida, mas sempre cordial e marcada pelo fair-play, assumida desde logo pelas equipas que o ano passado alcançaram a vitória, nas diferentes classes nomeadamente os Vo- SRPCBA ao serviço dos “melhores do mundo” Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) é o departamento que depende da Secretaria Regional da Saúde e que tem como atribuições orientar, coordenar e fiscalizar, a nível da Região Autónoma dos Açores, as atividades de Proteção Civil e dos Corpos de Bombeiros, bem como assegurar o funcionamento de um sistema de transporte terrestre de emergência médica, de forma a garantir, aos sinistrados ou vítimas de doença súbita, a pronta e correta prestação de cuidados de saúde. Neste sentido, é, necessariamente, estreita e ligação com os cerca de 800 operacionais e forte o apoio deste organismo aos 17 corpos de bombeiros voluntários da região, tanto ao nível dos equipamentos como na vertente formativa, até porque o grau de exigência é grande, tendo em conta o risco sísmico da região, onde também as derrocadas e as inundações, são perigos reais que podem, a qualquer momento, colocar à prova a preparação dos operacionais e a prontidão e eficácia dos meios. Só assim é possível garantir que “os Bombeiros dos Açores são os melhores do mundo”, como faz questão de acentuar o presidente da SRPCBA, até porque para além dos meios disponibilizados e da preparação, este contingente agiganta-se pelo “espírito de união e de equipa que une todos os operacionais”. luntários da Ribeira Grande, de Paço de Sousa, Loures, os Sapadores no Porto, mas também os cadetes da Ri¬beira Grande, da Rebordo¬sa e do Cartaxo. Tudo em aberto e em clima de festa, ao final do dia, dezenas de entidades juntaram-se aos bombeiros no Complexo Desportivo das Laranjeiras para a sessão de abertura destes campeonatos, ocasião para Jaime Marta Soares, presidente do Conselho Executivo da LBP manifestar satisfação e agradecer o acolhimento açoriano. Igual a si próprio, o presiden- te da confederação, começou por elogiar o trabalho dos “homens e mulheres trajam de soldados da paz”, declarando que “Portugal tem, hoje, os melhores bombeiros, voluntários e profissionais do mundo”, agentes fundamentais na estrutura de proteção civil e que dão garantias, no que o socorro diz respeito, aos governantes locais, regionais e nacionais. O presidente da Liga justificou depois a “descentralização” desta evento que em mais de 30 anos nunca tinha saído do continente, com o reconhecimento do contributo dos Açores para o sucesso desta iniciativa dando conta das honrosas prestações das “empenhadas e bem treinadas e preparadas equipas de Ribeira Grande e Ponta Delgada”, que muito dignificam os concursos, dentro e fora de portas, nomeadamente na Europa. “Estes concursos não são apenas para consumo interno, escolhem os que vão, lá fora, dignificar Portugal e honrar as bandeiras da Liga e da pátria”, referiu. Perante uma imponente formatura, Jaime Marta Sores, falou dos crescentes níveis de preparação e de formação dos bombeiros portugueses que importa, contudo, “aumentar e incentivar”. Apesar dos receios dos dirigentes do setor, o presidente considerou que o “voluntariado em Portugal está bom e recomenda-se”, registando a importância destes campeonatos para sensibilizar os mais jovens para o lema “vida por vida” que norteia os bombeiros. Desejando que o palco escolhido este ano sirva de “incentivo para que, no futuro, sejam muito mais equipas das ilhas”, o comandante Jaime Marta Soares, considerou a importância de despertar a “vontade competitiva” da Madeira, por agora, ainda arredada destas provas. Depois de dar conta da complexidade logística desta operação, das muitas dificuldades impostas por um país em dificuldades, nada, nem a crise fez recuar a organização, relevando o esforço das associações locais, 17 JUNHO 2015 NAIS DE MANOBRAS o, na descentralização o apoio do Governo Regional, o envolvimento, a competência e o profissionalismo do presidente SRPCB, as valiosas parcerias com a Câmara Municipal de Ponta Delgada e com a Federação dos Bombeiros dos Açores e a prestimosa colaboração de Vasco Garcia, presidente da direção dos Voluntários de Ponta Delgada, que mereceu rasgados elogios e um sentido agradecimento do presidente da LBP. As palavras finais foram uma vez mais para os bombeiros. Jaime Marta Soares não escondeu “o orgulho, por mais uma vez, ficar provado que tudo o que os bombeiros são chamados a fazer, fazem bem e com qualidade”. Luís Mendes Cabral, começou por dar as boas-vindas aos participantes, em nome do presidente do Governo Regional, “uma saudação afetiva pela presença nos Açores, mas, sobretudo, pelo que os bombeiros representam para a região e para o País”. Depois, o Secretário Regional da Saúde dos Açores, com a tutela de Proteção Civil, já em nome próprio, falou da “enorme satisfação em receber os concursos” recordando o desafio que a região “agarrou de forma aguerrida”. Deixou agradecimentos à autarquia de Ponta Delgada envolvida no projeto desde inicio e salientou trabalho do SRPCBA, em articulação com as associações da ilha de S. Miguel e terminou a sua intervenção desejando “sorte” às equipas em competição e convidando os visitantes a usufruírem de “tudo de bom e de belo que a ilha tem para oferecer”. Marcaram ainda presença nesta cerimónia, entre outras individualidades o Diretor Regional do Desporto, António da Silva Gomes; o vereador da Saúde da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Azevedo; o inspetor regional de bombeiros, Rodrigo Mira; o vice-presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Adelino Gomes e os vogais major José Fernandes e comandante José Requeijo; o presidente da Federação dos Bombeiros dos Açores, Manuel Silvestre e, ainda, os comandantes da Zona Naval e da Zona Militar, respetivamente, contra-almirante António Cândido e o major-general Cardoso Lourenço. O domingo ficou, então, reservado para as competições e para algumas surpresas, sobretudo para as equipas açorianas, nomeadamente Ribeira Grande que, este ano, apenas venceu a prova feminina de seniores e deixou escapar o primeiro lugar nas restantes categorias, como que confirmando que “santos da casa não fazem milagres”. Mais uma vez, o Batalhão de Sapadores do Porto levou a melhor ao Regimento de Lisboa, numa sempre acesa competição, que o público e as restantes equipas acompanharam com muito interesse. Assim sendo, a vitória este ano premiou o esforço das formações seniores masculinas de Ourém (A) e Marco de Canave(continua na página seguinte) CLASSIFICAÇÕES Seniores Voluntários Masculinos (A): Ourém, 1.º; Ribeira Grande, 2.º; Rebordosa, 3.º; Fátima, 4.º; Paço de Sousa, 5.º; Ponta Delgada, 6.º; Montemor-o-Novo, 7.º; Marco de Canaveses, 8.º; Loures, 9.º. Voluntários Femininos: Ribeira Grande, 1.º; Ourém, 2.º; Loures, 3.º. Voluntários Masculinos (B): Marco de Canaveses, 1.º; Paço de Sousa, 2.º; Ourém, 3.º. Profissionais (A): Sapadores Porto, 1.º; Sapadores Coimbra, 2.º; Sapadores Lisboa, 3.º. Profissionais (B): Sapadores Porto (1.º); Sapadores Lisboa, 2º. Cadetes Masculinos/Mistos Freamunde, 1.º; Rebordosa, 2.º; Fafe, 3.º, Cartaxo, 4.º; Matosinhos-Leça, 5.º; Ribeira Grande, 6.º, Campo de Ourique, 7.º; Sintra, 8.º, Torrejanos, 9.º; Oliveira de Frades (10.º). Femininos Rebordosa, 1.º; Freamunde, 2.º. 18 JUNHO 2015 (continuação da página anterior) ses (B) e a feminina da Ribeira Grande, e Na categoria dos profissionais, os Sapadores do Porto (A e B) reconfirmaram o titulo. Nos cadetes brilharam a equipa masculina Freamunde, a feminina da Rebordosa, o grupo misto de Fafe Registe-se a equipa masculina da Ribeira Grande e a feminina da Rebordosa serão as representantes portugueses 20ºs Concursos Internacionais de Cadetes, que, este ano, se realizam em Opole, Polónia, de 19 a 26 de julho. O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros, Capitão José António Oliveira Dias, um dos “padri- E nhos” desta edição dos concursos, que acompanhou tanto os treinos, como as provas, revelou ao Jornal Bombeiros de Portugal estar a concretizar um “sonho antigo”, pois, embora a decisão de levar as provas aos Açores tenha sido anunciada há cerca de um ano, no decorrer das comemorações do 135.º aniversário dos Voluntários de Ponta Delgada, muito trabalho foi desenvolvido anteriormente. “Era de elementar justiça trazer este grande evento à Região Autónoma dos Açores, à casa dos campeões nacionais” revelou, valorizando os resultados obtidos ao longo dos anos pelas equipas dos Voluntários da Ribeira Grande. Confidenciou que, em 2013, acompanhou as equipas dos Açores aos concursos de manobras, em Fátima e deixou-se tocar pela “envolvência, a alegria, o espírito de camaradagem de entreajuda entre bombeiros”. E assim, foi ainda no continente que se propôs levar à ilha estas provas, que, afinal, tamanha importância têm para os bombeiros açorianos. Recusando falar de custos, encargos, despesas ou até investimentos, José Dias, salientou, contudo, que “o Serviço Regional de Proteção civil assumiu, na totalidade, com a maior satisfação, esta organização”, marcada por uma logística complicada, mas que, ainda as- Mais de meia centena em festa sta experiência foi vivida, intensamente, pelos mais novos, até porque para muitos foi a primeira vez que deixaram os pais, ou viajaram de avião, e também por isso, jamais, esquecerão esta enorme aventura. A alegria contagiante de cerca de meia centena de crianças, deu um colorido diferente às provas, uma inesperada animação, para qual contribuiu muito o grupo de Freamunde sempre o mais efusivo e animado. O Rodrigo, aos 13 anos, já decidiu que quer ser bombeiro, e para isso trabalha “há três anos” nas escolinhas dos Voluntários de Fafe. Estreou-se, este ano, nas competições de manobras nos Açores e, ainda a gerir os “nervoso miudinho”, mostrou-se, contudo, satisfeito com o 3.º lugar alcançado e feliz pela experiência vivida na curta passagem por S. Miguel. Mais experiente nestas andanças, Cristina, aos 14 anos é “já é a quarta vez” que participa nas provas e, talvez por isso, faça uma análise mais crítica da prestação da equipa que poderia “ter sido melhor”, já a viagem aos Açores não poderia ter sido mais “espetacular”. As bonitas paisagens da ilha conquistaram a cadete fafense, que ainda no Complexo das Laranjeiras, já se mostrava triste pela partida, antecipada por compromissos escolares, o que aliás aconteceu com todos que segunda-feira (dia 15) teriam que fazer exame de português de 9.º ano. Marta, tem 15 anos e integra o grupo de cadetes de Sintra há mais seis, e, á conversa com os jornalistas considerou “muito positiva” a estada nos Açores, sobretudo, pelo convívio sim, se pautou pelo “sucesso”, conforme considerou este responsável. “Gerir a componente logística foi o maior desafio, mas essa, também, foi prova superada, correu tudo bem, está toda a gente satisfeita”, reforçou. Também, em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal, o presidente da Federação dos Bombeiros dos Açores, Manuel Soares Silvestre não escondeu a satisfação em receber o evento que acredita poderá “trazer um novo alento aos bombeiros da região autónoma” e despertar nos mais jovens interesse pela causa, até porque torna-se cada vez mais difícil “garantir aos quartéis novos voluntários”. I e pela partilha, contudo confidenciou que esperava “um bocadinho melhor” do que o 8.º lugar alcançado nas provas, nada que tenha esmorecido a determinação desta futura bombeira que nos garantiu que “para o ano Sintra obterá um melhor resultado”, uma convicção, aliás, partilhada por Mariana, que, embora integre a equipa há menos tempo, já sofre com “as falhas” que, assegurou, serão corrigidas com treino e persistência. Ainda muito jovens, estas duas “bombeiritas” sonham um dia envergar a farda de bombeiro, provando que, de facto, as escolas de infantes e cadetes, podem mesmo ser uma garantia de renovação dos quartéis, da mesma forma, os concursos de manobras são um relevante estímulo para os mais jovens, que importa impulsionar. “Esperamos que para o ano mais equipas açorianas possam participar nos concursos nacionais” são os votos deste dirigente federativo, determinado em fomentar a dinamização de provas regionais, que permitam ampliar o número de corpos de bombeiros do arquipélago em competição. Entusiasmo e orgulho sobravam a Vasco Garcia, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, que assumiu com brio e esmero o papel de anfitriã dos concursos de manobras. Foi neste quartel que os participantes fizeram as refeições e encontraram apoio e orientação durante a estada em S. Miguel Em declarações ao nosso jornal, o também vice-presidente do conselho fiscal da LBP, mostrou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido, mas sobretudo “muito honrado” em ter contribuído para a descentralização deste evento. Em fim de festa, nota positiva para esta mega organização da Liga dos Bombeiros Portugueses que, pela primeira vez, se testou fora dos limites do continente e ousou cruzar o Atlântico, para mais uma bem-sucedida edição dos Concurso Nacionais de Manobras. Em jeito de “nota de rodapé” ficam os agradecimentos ao Professor Vasco Garcia, ao comando e aos bombeiros de Ponta Delgada, ao responsáveis do SRPCBA, bem como à equipa de júris desta prova que tudo fizeram para apoiar o trabalho da equipa do Jornal Bombeiros de Portugal que se deslocou aos Açores. A todos um enorme “obrigada”! Comissão e júri nacional ntegraram a comissão dos Concursos Nacionais de Manobras, os comandantes Adelino Gomes e José Requeijo, ambos elementos do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, sendo o júri do Núcleo de Manobras constituído por: Aníbal José Reis Luis, Antero Teixeira Leite, António Gil dos Santos, António Joaquim Freitas, António José da Costa Pereira, António Manuel de Lima, Carla Alexandra Ferreira, Carlos Emanuel Antunes, Ernesto Santos Marques, Fábio Caria, Francisco Caldeira, João Paulo Lopes, José Morais Duarte. José Augusto Antunes, José Carlos Pereira, José Fernando Barrela Caria, José Manuel de Jesus Laranjeira, José Maria Pinto, Lourenço Louro Domingues, Luis Manuel Nobre, Luis Manuel Recto, Manuel Leal dos Santos, Marco Jorge Domingos, Maria Celeste Veloso, Maria de Fátima Veloso, Mário Maia Moreira, Nuno Filipe Marques, Paulo Valadas, Soraia Rocha Domingues e Vítor Manuel Ribeiro 19 JUNHO 2015 CONCURSOS NACIONAIS DE MANOBRAS 2015 As equipas 20 “B JUNHO 2015 PAÇO DE ARCOS PAMPILHOSA Bombeiros criam Bike Rescue Patrol Quartel com muita atividade ike Rescue Patrol” é a designação de uma nova equipa especial dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos ao serviço da população. Com a criação deste grupo de salvamento e patrulhamento em bicicleta, pretende a associação “reforçar a imagem de um Corpo de Bombeiros, investir na proximidade” e ao mesmo tempo incentivar os operacionais a ”manter a condição física”, tudo isto enquanto asseguram ações de prevenção e patrulhamento. Este projeto assenta na mobilidade de duas bicicletas todo-o-terreno, devidamente equipadas material de primeiros socorros e suporte básico de vida, para responder a situações de menor gravidade, mas em contacto permanente com a Central de Operações de Socorro dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos. A “Bike Rescue Patrol, foi pensada para assegurar a primeira intervenção até á chegada de outros meios, sobretudo em áreas onde se aglomerem grande número de pessoas, nomeadamente nas zonas balneares. ”, A equipa, constituída por dois bombeiros efetua a prevenção e o patrulhamento, aos fins de semana e feriados, no ara além da normal atividade do Corpo de Bombeiros da Pampilhosa, as últimas semanas foram marcadas pela ocorrência de incêndio florestais e urbanos, ainda antes do início da designada “época critica”. A registar o incêndio que deflagrou, no passado dia 24 de maio, na cozinha de um 2.º andar de um apartamento na Rua Fialho de Almeida. Esta ocorrência, da qual não resultaram feridos, apenas danos materiais mobilizou seis operacionais apoiados por duas viaturas e ainda a GNR da Mealhada que tomou conta da ocorrência. Ainda neste dia, os bombeiros da Pampilhosa participaram ainda, com um veículo de combate e cinco operacionais, nas operações de extinção de incêndio em Ferreirinhos, no concelho de Anadia. No dia 27 de maio, os bombeiros voluntários da Pampilhosa foram acionados para a localidade de Canedo, após a colisão entre um autocarro de transporte escolar e um ligeiro. Deste acidente resultaram dois feridos ligeiros, os condutores dos veículos que, depois de imobilizados e avaliados pelas equipas pré-hospitalares, foram transportados ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra por ordem do CODU. Estiveram presentes no local três ambulâncias apoiadas por sete operacionais, bem como militares da GNR da Mealhada Este corpo de bombeiros esteve ainda envolvido no combate às chamas, no dia 31 de maio, na localidade de Silvã, freguesia de Casal Comba, na Mealhada, onde estiveram oito operacionais apoiados por três veículos dos Voluntários da Pampilhosa e ainda uma outra viatura e cinco elementos dos Voluntários da Mealhada. FAMALICÃO passeio marítimo de Oeiras, e nas zonas de lazer da área de intervenção dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos. Este projeto é patrocinado pela União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, e pelo Bar Tô na Onda, na Marina de Oeiras, que garante o fornecimento das refeições aos bombeiros desta equipa. ÁGUAS DE MOURA Treino para equipas de posto de comando R ealizou-se, recentemente, nas instalações dos Bombeiros de Águas de Moura o primeiro treino operacional, deste ano, de equipas de posto de comando (EPCO) do distrito de Setúbal. Esta ação visou preparar os elementos de comando e oficiais bombeiros do distrito na operacionalização e gestão de postos de comando em ocorrências que ultrapassem a fase II do sistema de gestão de operações (SGO), com recurso a emergências simuladas. N Operação bem sucedida a manhã de 14 junho, os Bombeiros Voluntários de Famalicão receberam um pedido de socorro para resgatar uma vítima de sexo feminino que se encontrava num poço com cerca de 20 metros de profundidade na Rua do Cardal, freguesia de Bente. De imediato, foram enviados para o local uma equipa de salvamento e uma outra de emergência pré-hospitalar. Ao chegarem ao teatro de operações os bombeiros encontraram uma mulher com 65 anos, consciente e dentro da água, mas em grandes dificuldades, já em estado de hipotermia. Perante este cenário os operacionais, rapidamente, desceram ao poço para salvar a senhora, que depois de estabilizada foi transportada ao hospital de Famalicão. Para além dos homens e meios do corpo de bombeiros, estiveram também no local a VMER Famalicão e efetivos Guarda da Nacional Republicana. BARREIRO A AMARANTE U P Resgatado homem de poço m homem de 68 anos foi resgatado com vida de um poço com 15 metros de profundidade e quatro de água por uma equipa dos Bombeiros Voluntários de Amarante. Até que foi dado o alarme para os bombeiros, Joaquim Silva permaneceu mais de uma hora no interior do poço localizado na Travessa Burgada de Cima, em Fregim, Amarante. Joaquim Silva sofreu a queda quando tentava consertar o motor do poço. A mulher encontrou-o, já em dificuldades, e pediu auxílio. “Comecei a ouvir gritos que o senhor Silva tinha caído ao poço e fui logo a correr e quando cheguei, ele estava a segurar-se a um tubo”, relatou vizinho, que ainda atirou uma escada, presa por uma corda, à qual a vítima se agarrou. “Ele dizia que não aguentava mais, mas dei-lhe força e estive sempre a conversar com ele”, acrescentou. Joaquim Silva, que está reformado, manteve-se sempre consciente até à chegada dos Bombeiros de Amarante. Os seis bombeiros que acorreram, apoiados por duas viaturas, conseguiram resgatá-lo do poço numa operação que durou 20 minutos. O homem foi assistido pelos médicos da VMER do Vale do Sousa e levado ao hospital de Penafiel, com sinais de hipotermia e escoriações. Teve alta e regressou a casa durante a tarde do mesmo dia. Nas escolas para sensibilizar Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste – Barreiro tem dado continuidade ao trabalho de sensibilização da comunidade escolar da sua zona de intervenção para as regras de prevenção e socorro e o cumprimento dos planos internos de segurança dos estabelecimentos de ensino. Recentemente, prosseguiu esse trabalho, integrando-o no programa comemorativo do Dia Municipal do Bombeiro. Esse programa incluiu deslocações dos bombeiros a várias escolas, para ações de sensibilização, demonstrações de salvamento e desencarceramento e até um simulacro de explosão. O périplo teve início com um simulacro a envolver a autoescada para resgatar um aluno com mobilidade reduzida na Escola Básica do 1.º Ciclo Professor José Joaquim Rita Seixas, um simulacro de incêndio na cozinha seguido de explosão de produtos reagentes no laboratório da Escola Secundária de Santo André, ações de sensibilização e demonstrações, na Escola Básica da Cidade Sol e na Escola Básica EB1/ Jardim de Infância de Penalva, em Santo António da Charneca, na Escola Básica 1.ª Ciclo Fidalgui- nhas com Jardim de Infância, na União das Freguesias do Barreiro e Lavradio, no Jardim de Infância da Fonte do Feto e na Escola Básica 2/3 com Secundário de Santo António, Freguesia de Santo António da Charneca. 21 JUNHO 2015 VIEIRA DE LEIRIA Bombeiros preparados para resgates no mar A uma mota de água, com os apoios da população, e recebeu outra de oferta de um benemérito, Sr. Rui Jorge, de Porto de Mós, que há vários anos tinha sido socorrido de um acidente de viação ocorrido na área de intervenção desta corporação. Apesar de o socorro a vítimas no mar ser da responsabilidade da Capitania da Nazaré, o facto de esta unidade se encontrar entre trinta minutos a uma hora da Praia da Vieira, motivou esta aposta da corporação. De acordo com o comandante dos Bombeiros de Vieira de Leiria, Rui Silva, desta forma, a intervenção da corporação torna-se agora mais rápida por causa das motas de água, aumentando assim as probabilidades de socorro das vítimas. “Saindo do quartel, em 7 a 10 minutos, colocamos uma mota na água. No verão serão cerca de dois minutos porque as motas ficarão aqui preposicionadas na Praia da Vieira”, disse. O objetivo dos Bombeiros de Vieira de Leiria passa por garantir a segurança no mar de banhistas e pescadores da tradicional Arte Xávega. Apesar de nos últimos dez anos não terem ocorrido vítimas mortais na Praia da Vieira, houve vários acidentes no mar. “Ainda há pouco tempo tivemos uma situação com seis pescadores. Ainda não tínhamos a mota de água e fomos apoiados por outra corporação. Mas são situações que acontecem, porque estas pessoas acabam muitas vezes por ultrapassar os limites da segurança”, referiu o comandante Rui Silva. O simulacro envolveu a participação de vários meios dos bombeiros (duas motas de água, duas ambulâncias, uma viatura de comando, uma viatura de apoio logístico), 30 operacionais e, por se tratar de um domingo, contou com a presença de centenas de pessoas que nesse dia se encontravam na Praia da Vieira. O Núcleo de Resgate Aquático conta neste momento com 18 elementos, duas motas de água e um barco de resgate. Foto: Artur Granja/NRA queda ao mar de seis pescadores de uma embarcação da tradicional Arte Xavega foi o cenário que os Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria prepararam para testar num simulacro os novos meios disponíveis do Núcleo de Resgate Aquático desta corporação. A 14 de junho, dia que dava inicio à Abertura da Época Balnear, o simulacro consistiu em dois exercícios: o primeiro em resgatar dois banhistas e o segundo em retirar do mar seis pescadores, testando, desta forma, a capacidade de resposta a naufrágios que ocorrem principalmente na aproximação e na saída dos barcos junto à praia. Para acelerar o tempo de resposta a acidentes no mar, a corporação re-estruturou o Núcleo de Resgate Aquático em 2014 e comprou este ano PORTIMÃO Equipa de mergulho em treino conjunta nos Açores U ma equipa de seis mergulhadores e um condutor de embarcação de socorro da Brigada de Salvamento Aquático (BSA) dos Bombeiros de Portimão rumaram aos Açores a bordo de um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa (FAP), com o intuito de participar num treino conjunto com equipas congéneres daquela região Autónoma. Esta iniciativa que contou com o apoio do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores permitiu estreitar as relações técnico-operacionais entre equipas congéneres dos CB e proporcionar, no âmbito do plano de for- mação e instrução desta unidade especializada, o treino num ambiente diferente do que habitualmente acontece, desafiando as competências dos seus operacionais. Esta foi ainda a oportunidade igualmente uma oportunidade de partilha de conhecimentos numa área que requer uma evolução permanente na procura de maior eficiência no desempenho desta missão. O efetivo regressará ao continente no próximo dia 08 de Junho, após 6 dias de práticas de mergulho em buscas subaquáticas e salvamento aquático. 22 JUNHO 2015 PAÇO DE SOUSA O Fogos florestais em exercício s Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa realizaram no passado mês de maio um exercício de fogos florestais no Lugar da Pegadinha em Lagares, “com o objetivo de preparar a época florestal”. Esta ação envolveu a Proteção Civil da Câmara Municipal de Penafiel (GTF), GIPS da GNR, Sapadores Florestais, Afocelca, Bombeiros Voluntários de Cête, Penafiel e Entre-os-Rios. No final os intervenientes fizeram um balanço deste BAIÃO N “Prevenir para Proteger” o passado mês maio, o Corpo de Bombeiros de Baião promoveu o II Fórum Local – Prevenir para Proteger, este ano subordinado ao tema da Segurança Rodoviária». Este evento anual surgiu da vontade de aproximação e envolvimento dos voluntários com a comunidade, nomeadamente ao nível da promoção da resiliência dos seus cidadãos e do reforço de comportamentos seguros dos seus operacionais. O evento deste ano contou com a presença dos oradores, treino que permitiu preparar os operacionais para o combate aos fogos florestais. Paulo Fonseca em representação da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), Helena Sacadura Botte da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), Ana Paula Rocha, enfermeira tripulante da VEMER Aveiro representante do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Emanuel Sardo Fidalgo, adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Baião. As temáticas apresentadas foram diversas como “Prevenção Rodoviária”, “Transporte de Crianças em Automóveis Ligeiros e Ambulâncias”, “O Acidente na A25 de Agosto de 2010. Lições Aprendidas” e “Segurança na Condução com Neve”. As apresentações tiveram um duplo propósito de (in)formar os operacionais, nomeadamente os bombeiros e elucidar os cidadãos, reforçando os comportamentos seguros durante a condução na estrada. Este momento de discussão permitiu a veiculação de conhecimento, mas sobretudo o diálogo entre técnicos, operacionais e cidadãos. BARREIRO VIEIRA DO MINHO E lementos de vários corpos de bombeiros do país participaram num curso de formação de especialização de desencarceramento organizado pelos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, do Barreiro, com o apoio da Associação Nacional de Salvamento e Desencarceramento (ANSD), ministrado pelos técnicos espanhóis, António Esteban Ortiz e Benigno Gomez Saéz. Entretanto, na sequência da aprovação do relatório e contas do exercício de 2014, os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, divulgaram um conjunto de dados significativos que Preservação de vestígios O Corpo de Bombeiros de Vieira do Minho realizou recentemente, no âmbito das comemorações dos 75 anos daquela Associação de Bombeiros Voluntários, um “workshop” subordinado ao tema “Crimes de Cenário - o papel dos primeiros intervenientes institucionais na preservação dos vestígios”. O encontro destinou-se aos bombeiros dos CB dos municípios abrangidos pela jurisdição do Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ, correspondente aos distritos de Braga e Viana do Castelo, mais as corporações de Felgueiras, Lixa (distrito do Porto) e Mondim de Basto (distrito de Vila Real), para além de outros CB convidados. Formação em desencarceramento caracterizam a atividade do seu corpo de bombeiros. Assim, ao longo de 2014 participaram em 11.384 horas de formação certificada, 5.934 horas de instrução, 64.479 horas de piquete, 95 simulacros e 81.892 horas de serviço operacional. No ano transato, os Voluntários de Sul e Sueste percorreram mais de 820 mil quilómetros, tiveram 2.465 emergências pré-hospitalares, 171 incêndios e mais de uma centena de acidentes diversos. Em pareceria, na organização do evento, esteve, desde a primeira hora, a Escola de Polícia Judiciária, de Loures, que fez deslocar até ao Minho três investigadores docentes daquela instituição de ensino/formação, entidade que certificará a formação de seis horas a todos os participantes num total de 151 elementos. O encontro, que se iniciou com uma sessão onde estiveram presentes representantes do Município, da Polícia Judiciária, da ANPC, da LBP e da AHBVVM, incluiu também uma componente prática desenvolvida no anfiteatro natural do Parque dos Moinhos, onde foi feita a análise do comportamento do fogo num incêndio em veículo, seu combate e leitura de vestígios a preservar. CANTANHEDE N o II Fórum da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC), estiveram em debate as implicações da opção pela atividade de bombeiro. Vários especialistas que trabalham diariamente com bombeiros e corporações, mas também bombeiros e seus familiares, falaram sobre o que significa ser bombeiro, tanto a nível pessoal, como familiar e social. O encontro “Ser Bombeiro: Envolvimento Social, Familiar e Psicológico” contou com a participação de Prof. Doutor Carlos Fernandes, do Departamento de Psicologia da Universidade de Aveiro, do psicólogo Fernando Ferreira, de Liliana “Ser Bombeiro” em fórum Santos e Sara França, bombeiras, psicólogas e voluntárias nas Equipas de Apoio Psicossocial da ANPC e, ainda de Filipa Araújo e de Paulo Saraiva, psicólogos voluntários desta associação. Associaram-se, também, a esta iniciativa o comandante Paulo Tavares, dos Bombeiros Voluntários de Côja, Maria da Conceição Raimundo e Dora Torres, respetivamente viúva e filha do bombeiro Fausto, falecido em serviço em 1982. O Fórum contou ainda com os depoimentos do chefe Carlos Reis, do bombeiro João Pedro Oliveira e do enfermeiro e bombeiro José Reis, todos dos Voluntários de Cantanhede, e ainda de Artur Fernandes, elemento dos órgãos Sociais da instituição desde 1982 e, atualmente, presidente do Conselho Fiscal. O ambiente intimista e de partilha que se criou potenciou a participação de vários elementos da assistência, o que muito enriqueceu esta iniciativa. No final, o balanço não poderia ter sido mais positivo. Ao todo, assistiram ao II Fórum da AHBVC quase uma centena de pessoas, número bastante significativo tendo em conta as várias iniciativas dirigidas a bombeiros que decorreram em simultâneo noutros pontos do país. Estiveram representadas as corporações de Soure, Penacova, Côja, Mira, Miranda do Corvo, Condeixa e Peniche, para além da corporação de Cantanhede. 23 JUNHO 2015 SINTRA “Esta é uma instituição saudável, ativa, pujante” A Associação Humanitária de Sintra assinalou no dia 24 de junho o 125.º aniversário, uma efeméride merecedora de uma enorme comemoração, até porque motivos para festejar não faltam a uma intuição que não soçobrou a crises, nem à crise, mercê de uma laboriosa equipa, que, todos os dias, se entrega de “corpo e alma “ às coisas da causa. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A ultimar os preparativos para as comemorações do 125.º aniversário, os responsáveis da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sintra, cedem ao desafio do Jornal Bombeiros de Portugal e, época propícia a todos balanços, dão a conhecer uma instituição que “está bem”, mas que aspiram “fique ainda melhor”. “Esta é uma associação saudável, ativa, pujante”, faz questão de referir o presidente da direção, José Bento Marques, ressalvando que, embora, “a situação financeira não seja excecional, é razoavelmente, boa… pelo menos equilibrada”. Para esta realidade concorre “uma gestão muito rigorosa de recursos”. “Só damos passos à medida das nossas pernas, não cedemos a loucuras “, sublinha salvaguardando que “a segurança, a formação e a valorização dos bombeiros” são sempre prioridade, porque só assim é possível “servir bem, cada vez melhor as populações”. A associação dispõe de excelentes condições de espaços amplos e operacionais que respondem às exigências de um corpo de bombeiros com mais de 90 elementos, ainda que a forma circular no imóvel inaugurado 1994, não só causa mais do que estranheza, como alguns constrangimentos. “Este é um quartel inspirado num modelo alemão, que ao tempo seria um “must” mas que, hoje, não fará muito sentido. Um imóvel redondo para bombeiros não é funcional”, considera José Bento Marques, falando das várias intervenções no complexo, nomeadamente a remoção do revestimento exterior em azulejo, que a “pouco e pouco, à medida das possibilidades de tesouraria”, está a ser substituindo “por barramento diferente, que não exige tanta manutenção”. “Quando a obra para o homem morre”, declara o dirigente, dando conta de investimentos vários na renovação, requalificação e adaptação das instalações, visando dar condições de trabalho aos homens e mulheres que garantem o socorro num território exigente e diferenciado. Numa área de 192 quilómetros quadrados, onde residem cerca de 50 mil habitantes, os Bombeiros de Sintra são confrontados com vários cenários com especial enfoque para as sensíveis zonas de área florestal os núcleos urbanos, um peculiar centro histórico, e ainda zonas rurais e uma parcela sensível no litoral. “A nossa formação assenta nas vertentes em que estamos mais envolvidos, nomeadamente, os fogos florestais, os incêndios urbanos, acidentes e socorro pré-hospitalar, ainda, assim, e tendo em conta as especificidades da nossa área de intervenção não descuramos outras áreas, nomeadamente o salvamento em grande ângulo, salvamento em montanha, mergulho”, declara o comandante Francisco Rosa. Aliás nesta matéria, nada é menosprezado, assim para além do plano anual imposto pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, os Voluntários de Sintra investem “em ações internas específicas, devidamente orientadas pelos chefes de equipa”. Em matéria de viaturas e dos múltiplos equipamentos que suportam e facilitam a atividade dos operacionais, o comandante afiança “não existirem grandes lacunas”, embora, conside- re a necessidade de avançar com o processo de renovação de alguns veículos “mais antigos, com muitos quilómetros percorridos e de manutenção dispendiosa”. “Temos aproveitado todas a oportunidades para modernizar o parque de viaturas e para adquirir todos os outros equipamentos”, acrescenta, Bento Marques dando conta, ainda, de alguns apoios externos nomeadamente das juntas de freguesia de Sintra e de S. João das Lampas-Terrugem, sempre disponíveis para apoiar e patrocinar as atividades e projeto da instituição. O aniversário da instituição não foi esquecido, sendo que as duas autarquias fizerem chegar ao quartel ofertas no valor global que ascende aos 30 mil euros. “Recebemos da União de Fre- guesias de Sintra 89 novos armários, um apoio financeiro para a renovação da casa-escola, já de S. João das Lampas chegou uma verba de 15 mil euros para comparticipar a compra de uma nova ambulância e um autocarro, que servirá, por exemplo para apoiar a atividade da fanfarra”. Também “a Câmara Municipal de Sintra cumpre a sua parte, paga o que tem a pagar em termos de pessoal, e apoia a atividade do corpo de bombeiros com um subsídio anual no valor de 110 mil euros”, salienta o presidente, muito embora se revele crítico em relação aos critérios de equidade aplicados, que “não beneficiam da mesma forma as nove corporações do concelho”. No trabalho reside o sucesso desta casa, ainda que comando e direção façam questão de destacar a genericidade e disponibilidade de “algumas empresas e amigos”, nomeadamente de Carlos Morais, “um homem que muito tem dado aos Voluntários de Sintra, mas também aos outros bombeiros do concelho”. Para além destes contributos, e para lá da atividade operacional e dos serviços que presta, a associação ainda conta com a quotização de cerca sete mil associados e com a rentabilização de alguns equipamentos, nomeadamente o restaurante, o ginásio, o centro médico e a piscina, agora entregues a gestão privada. Num projeto aparentemente consolidado existem, contudo, pontos críticos que direção e comando tentam eliminar, ainda que lutar contra inevitabilidades com a “crise de voluntariado”, se revele inglório e preocupante, porque em causa está a sobrevivência destas instituições. Para mitigar esta situação, direção e comando apostaram, em boa hora, na criação das escolas de infantes e cadetes, que por agora são mesmo a única fonte de angariação de novos bombeiros. “Todos os 11 elementos desta última recruta vieram das escolinhas”, refere o comandante, ainda assim esperançoso que no futuro as opções de quem tutela o setor possam inverter o fenómeno de abandono dos quartéis. Por enquanto, um corpo de bombeiros muito jovens, com uma média de idades que não ultrapassa os 26 anos, dá garantias de prontidão e de qualidade no serviço prestado às populações. Deste efetivo, Francisco Rosa faz questão de salientar o trabalho das “23 bombeiras” que dentro e fora do quartel vão fazendo a diferença: “As mulheres são mais cumpridoras, revelam disponibilidade, não fogem ás responsabilidades, não se escudam em desculpas”, destaca o responsável operacional. Na sala de direção juntam-se à conversa os dirigentes João Macedo e José Fernandes Barata, também eles preocupados com o futuro destas instituições, mas que ainda assim não desarmam, pois a história e todo o trabalho desenvolvido nos últimos 125 anos em prol das populações, não permitem recuos, até porque o empenho, a entrega e a dedicação à causa há muito abriram as portas do futuro aos Bombeiros Voluntários de Sintra. 24 JUNHO 2015 CASCAIS Homenageado o subchefe Firmino Soares A Foto: Carlos Santos Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais optou por um modelo apenas interno para comemorar o seu 129º aniversário. No domingo, 22 do corrente, iniciou o programa com a habitual romagem ao talhão da Associação no cemitério da Guia, em Cascais, realizou um desfile apeado e motorizado pelo centro da Vila, cativando a atenção dos milhares de pessoas que àquela hora passavam no local e, no quartel, procedeu a uma breve cerimónia de promoção de bombeiros e uma homenagem ao subchefe Firmino Soares. Antes do almoço convívio houve ainda a oportunidade de ver atuar o Grupo Cénico da Associação recriando a coreografia com que participou no encontro de marchas populares realizado no dia 13 de junho no centro de Cascais. Foi uma intervenção muito aplaudida pelas mais de 100 pessoas presentes. Os três estagiários promovidos a bombeiros de 3.ª são, Marcelo Branco Silva, Tomás Santos e Filipe Martins. A homenagem ao subchefe Firmino Soares traduziu-se na distinção com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses pelos trinta e cinco anos de serviço e muito esforço desenvolvido em prol da instituição ao longo desse tempo. Do registo de Firmino Soares constam sete louvores, um deles alusivo à sua intervenção nas cheias de 1983, foi instrutor de várias recrutas e, dada a sua ligação à atividade piscatória, foi sempre um elemento devotado aos socorros a náufragos. A distinção foi-lhe entregue pelo co- VENDAS NOVAS Quartel recebe equipamentos em dia de festa O dade dos fundos do programa comunitário 2020 para que os Voluntários de Vendas Novas possam avançar com a construção de um novo quartel, “velha aspiração de todos”, até porque as atuais instalações “já não oferecem grandes condições de operacionalidade”. O dirigente destacou ainda o trabalho desenvolvido no sentido de equilibrar financeiramente a associação, falou das “dificuldades” com que se bate a insti- Foto: Vitor Neves mandante distrital de operações de socorro de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, e pelo comandante municipal, Pedro Mendonça, em representação do presidente da Câmara Municipal, a convite do dirigente da confederação, Rui Rama da Silva. Apesar da doença, com que luta denodadamente, o subchefe Firmino Soares fez questão de receber a condecoração de pé e perante os seus companheiros em formatura geral. A cerimónia contou ainda com a presença do presidente da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Morais Soares. Na véspera, sábado, a Associação organizou mais uma exposição de meios estáticos e atividades, nomeadamente de “mass training” que juntou dezenas de pessoas junto aos paços do concelho, e participou numa missa evocativa dos bombeiros, dirigentes e associados falecidos. secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, e o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses marcaram presença nas nas comemorações do 89.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vendas Novas, As cerimónias tiveram início com o hastear da Bandeira Nacional, ao que se seguiu a romagem ao cemitério em homenagem aos bombeiros e diretores já falecidos. Em dia de festa, foram vários os bombeiros agraciados com a medalha de Assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses. Na ocasião, a associação Operation Florian representada por Mike Thomas e Davide Costa, presentearam o corpo de bombeiros com equipamentos NOMEX. Na sua alocução o presidente da direção, destacou a necessi- tuição. e dos desafios e exigências lançados ao corpo de bombeiros confrontado com a expansão da área de desenvolvimento industrial e dos perigos que decorrem do Parque Industrial, da A6 e do caminho de ferro, e que impõem investimentos em equipamentos, viaturas e recursos humanos. No final da sessão, os convidados tiveram oportunidade de visitar uma exposição de Laurentino Ratão, bombeiro do Quadro de Honra. Associaram-se, também, às comemorações, entre outras invisualidades, o responsável máximo da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major-general Francisco Grave Pereira, o edil de Vendas Novas, Luís Dias, o CADIS, comandante Elísio Oliveira, o CODIS, comandante José Ribeiro, e Inácio Esperança, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, ARRUDA DOS VINHOS Viatura recuperada com apoio dos bombeiros O 126º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos ficou assinalado pela inauguração de uma viatura VOPE oferecida pela Rede Elétrica Nacional (REN) e a apresentação de outra, para combate a incêndios urbanos (VUCI) que, já sendo propriedade da instituição, encontrava-se fora de serviço e foi totalmente recuperada com as verbas obtidas pelos bombeiros em iniciativas realizadas para o efeito. Durante a sessão solene, presidida pelo secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, que se seguiu à inauguração das duas viaturas, decorreu a entrega de várias condecorações, com destaque para a atribuição do crachá de ouro e a medalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), respetivamente, ao comandante do Quadro de Honra (QH) Quirino Vitorino Lopes e bombeiro de 3.ª do QH José Conceição Marques. O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares convidou o secretário de Estado e as restantes entidades presentes a acompanhá-lo na entrega das duas distinções. A sessão solene contou ainda com as presenças, do presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Rijo, a presiden- te da Assembleia Municipal, Catarina Gaspar, do comandante António Gualdino, em representação da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, do comandante distrital de operações de socorro de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, anfitreados, pelo presidente da assembleia-geral da Associação, Rui Santos Silva, pelo presidente da direção, José Seixas, pelo comandante Acácio Raimundo e pelos restantes elementos dos órgãos sociais. As comemorações do 126º aniversário dos Voluntários de Arruda dos Vinhos incluíram também a tradicional romagem ao cemitério local e um almoço de confraternização entre todos os presentes. 25 JUNHO 2015 LEIRIA Novos recrutas novos bombeiros e viatura A ESMORIZ O Presidente anuncia saída em 2016 presidente da direção e comandante do Quadro de Honra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz, Jacinto Oliveira, anunciou a sua saída do cargo em fevereiro de 2016 durante as comemorações da instituição promovidas recentemente. Essa decisão, segundo o próprio, prender-se-á com o rumo que a proteção civil está a tomar no nosso país. O programa comemorativo arrancou com o tradicional desfile pelas localidades da zona de intervenção daquele corpo de bombeiros. De seguida, celebrou-se uma missa na igreja matriz de Esmoriz em memória dos associados, diretores e bombeiros já falecidos e realizou-se a romagem ao cemitério local. A sessão de entrega de condecorações da Associação e da Liga dos Bombeiros Portugueses, onde esta esteve representada pelo vogal do conselho executivo, comandante José Morais, foi muito participada por familiares e amigos dos bombeiros. De seguida procedeu-se à inauguração de novas viaturas e equipamentos sempre com o destaque para os beneméritos e apoiantes que proporcionaram esse momento, quer no caso do novo gerador, apoiado por Manuel Marques, quer para a nova ambulância de socorro, com apoio de Laura Francisco e filhos em homenagem a Luis Pinho, apoio para um novo veículo de intervenção nas praias e também a ajuda de Óscar e Maria Zélia Rola para a segunda fase de um veículo especial multiusos. Aliás, pouco depois, foram descerradas as fotos deste casal no salão nobre da Associação. Depois, seguiu-se também a entrega de medalhas a dirigentes e a associados. Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leiria comemorou recentemente o 31.º aniversário, desta feita de forma diferente, ao fazê-lo em plena Praça Goa Damão e Diu permitindo uma maior interação com a população. População que respondeu muito favoravelmente concentrando-se em grande número no local do evento, correspondendo ao convite dos bombeiros. Após a receção às entidades convidadas seguiu-se a apresentação dos novos recrutas, o juramento de novos bombeiros, a atribuição de condecorações e a bênção de uma nova viatura, um veículo todo terreno (VTTF), autotanque indispensável para colmatar as necessidades operacionais sentidas pelo corpo de bombeiros. O comandante Adelino Gomes, vice-presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), presente na cerimónia, conduziu a atribuição da medalha de serviços distintos grau prata da LBP ao bombeiro de 1.ª Joaquim José Pereira Moital. Durante a sessão foram também entregues medalhas de assiduidade da LBP, de 5 anos, aos bombeiros de 3.ª, Maraia Fernanda Alves, Marta Mira e Tânia Duarte, de 10 anos, à oficial bombeira Célia Baptista, aos bombeiros de 1.ª, Ana Rita Magalhães, Filipe Neves, João Carlos Reis, e Tiago Ferreira, aos bombeiros de 2.ª Leonel Almeida, Simão Marques e Tony Barros. As medalhas de assiduidade da LBP, 15 anos, foram entregues aos bombeiros de 1.ª, Carlos Rosa, João Paulo Teixeira, Rafael Pedrosa, Raquel Ferreira e Sandra Monteiro, medalhas de 20 anos, ao dirigente Artur Pereira Gomes, e de 25 anos, ao oficial bombeiro principal Paulo Pedrosa, ao chefe Basílio Crasto e ao subchefe Filipe Oliveira. As medalhas de bons serviços prestados (bron- ze) foram atribuídas aos bombeiros de 3.ª, Bruno Santos, Dário Brites, Diana Brites, Edite Filipe, João Antunes, Luís Teixeira e Tiago Reis e, (prata), aos bombeiros de 2.ª, César Neves e Mário Coelho, e de 3.ª, Filipe Antunes, Inês Rodrigues, Marta Alves, Nadiya Tiyechko, Pedro Reis, Ricardo Silva, Sébastien David, Vitor Neves e Vitor Baltazar. No final da sessão solene ao ar livre decorreu o desfile apeado. PAREDES Inaugurado veículo único N em a intensa chuva que se fez sentir no dia 14 de retirou brilho às comemorações do aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Paredes. À imagem de anos anteriores, a Associação comemorou o seu aniversário fora de portas, deslocando-se a Bitarães, anterior freguesia do concelho e que, após a reorganização administrativa, foi integrada na Freguesia de Paredes. Das comemorações destaca-se a inauguração de um novo veículo, “Esarco 6x6”, único no país, que ao fim de seis anos de processos de homologação e legalização pode agora juntar-se aos veículos operacionais do corpo de bombeiros. Este veículo único, tem motorização Perkins a gasóleo e uma cilindrada de 2500 cc. A suspensão é independente às 6 rodas. O veículo foi equipado com tanque de água de 1200 litros e destina-se essencialmente a apoio a operações de rescaldo mas também ataque, libertando assim os veículos florestais para outras operações. Apadrinhou este veículo o ami- go da Associação, tenente coronel Neves. O Aniversário ficou também marcado pela presença do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) professor José Miranda, que foi portador do crachá de ouro (3º entregue na Associação) desta vez destinado ao chefe Manuel Garcês, que vê assim reconhecida a sua notável carreira e dedicação ao serviço dos bombeiros. Não estando no programa das comemorações, as cerimónias contaram com a visita do bispo auxiliar da Diocese do Porto, D. António Taipa, que teceu um forte elogio à coragem, altruísmo e espírito humanitário dos Bombeiros. Pelo serviço que a Associação tem prestado no apoio pré hospitalar na peregrinação a Fátima, há mais de 20 anos, a Obra de Caridade ao Doente ao Paralítico, OCDP, ofereceu um monitor de parâmetros vitais. Na sua intervenção, Manuel Fernando Rocha, vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Paredes, abordou o tema do concurso para a aquisi- ção da plataforma mecânica para esta Associação, dada como certa pelo poder central, nomeadamente secretários de Estado e ministro da Administração Interna, e que há mais de dez anos é esperado. A propósito, “torna-se impossível perceber, ser o próprio Estado, no caso e em concreto a ESPAP, Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública a desperdiçar verbas existentes e consignadas para esse fim e burocratizar o sistema de tal forma que se torna igualmente impossível perceber a atitude passiva da tutela” Para os Voluntários de Pardes, “será caso para questionar, afinal para além dos bombeiros quem defende os legítimos interesses das Associações e por consequência o bem-estar e a segurança das populações”. 26 JUNHO 2015 BOTICAS Nova estrutura no aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas comemorou, no dia 24 de maio, o seu 44º Aniversário, numa festa marcada pela presença de um grande número de convidados, entre bombeiros, familiares, membros de corporações vizinhas e representantes das instituições e organismos da proteção civil, casos do comandante operacional distrital de Operações de Socorro (CODIS), Álvaro Ribeiro, e dos representantes da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vogal do conselho executivo comandante José Requeijo, e da Federação Distrital dos Bombeiros de Vila Real. O dia de aniversário ficou so- bretudo marcado pela tomada de posse do novo comandante do corpo ativo, Carlos Gomes, e do adjunto de comando, Vítor Fernandes, bem como pela atribuição, por parte da LBP e sob proposta da direção da Associação, do crachá de ouro ao chefe Manuel Bernardo, como reconhecimento pelos seus 41 anos ao serviço dos Bombeiros. Aliás, como o próprio Presidente da Câmara e Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas, Fernando Queiroga, referiu, “este é já o terceiro crachá de ouro dos Bombeiros de Boticas, o que é motivo de grande satisfação para Boticas”, recordando que, anteriormente ao chefe Manuel Bernardo, este crachá, que é a máxima distinção entregue pela Liga de Bombeiros Portugueses, já havia sido atribuído aos ex-comandantes Celso Sequeira e Arnaldo Machado. Facto marcante nas comemorações deste 44º aniversário foi também a bênção, logo após a missa comemorativa, de duas novas viaturas, uma ambulância e uma viatura de transporte de doentes não urgentes, adquiridas “a expensas próprias da Associação e sem ter sido necessário recorrer a qualquer empréstimo bancário para o efeito”, lembrou Fernando Queiroga, apontando tal feito como “um sinal da boa ges- tão levada a cabo nos Bombeiros, que permite aproveitar da melhor forma todas as economias e dar-lhes o destino apropriado, sem entrar em loucuras nem ostentações”. A festa contou, como habitualmente, com o tradicional desfile apeado e motorizado pelas ruas de Boticas e com uma homenagem prestada a todos os bombeiros junto ao Monumento ao Bombeiro, na rotunda do Largo Conde de Vila Real. O dia festivo terminou com a realização de um almoço convívio no Pavilhão Multiusos, onde, mais uma vez, não faltou o bolo de aniversários nem os parabéns cantados à associação. MOITA A s comemorações do 82º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Concelho da Moita tiveram início no dia 13 com a reunião de cerca de 250 sócios, a quem a instituição quis prestar-lhes tributo, entregando-lhes os emblemas de 25 e 50 anos de associado. No dia seguinte, domingo, o programa teve início com formatura para o hastear das bandeiras, seguindo-se romagem ao cemitério para reverenciar os bombeiros falecidos. No regresso ao quartel os bombeiros percorreram algumas ruas da Vila da Moita, assinalando a festa do aniversário com as sirenes das viaturas. À tarde, após a receção às entidades convidadas, procedeu-se ao desfile dos bombeiros, à deposição de uma coroa de flores no monumento ao bombeiro e à bênção de uma nova viatura pelo pároco da Moita, padre Sílvio, apadrinhada pelo chefe QH Joaquim José Galó. Seguiu-se a inauguração da galeria de fotos dos antigos presidentes. Segundo o atual presidente, Manuel Oliveira Filipe, “a AHBVCM ao inaugurar esta galeria de presidentes, está a dar um rosto e a reconhecer o trabalho cívico que ao longo de 82 anos foi feito por pessoas, que viram no voluntariado uma maneira de ajudar e cooperar com seu semelhante, a abnegação, dedicação, liderança e altruísmo que norteou estes homens trouxeram-nos até aos dias de hoje com uma obra que todos os sócios e pessoas em geral se Comandante Picado recebe crachá de ouro revêm na obra material hoje aqui edificada, mas também nos serviços prestados por esta Associação à comunidade”. Após a homenagem realizou-se a sessão solene, com a intervenção, em primeiro lugar, do presidente da assembleia geral para saudar todos os presentes e, em segundo lugar, falou o presidente da direção, que agradeceu o apoio da autarquia, destacando o facto de o seu presidente ser acessível à Associação, sublinhando que, “disso são exemplo os subsídios possíveis, o apoio dado ao corpo de bombeiros na criação dos GPI que veio permitir e garantir um socorro mais eficaz ”. Seguiram-se, o juramento de bandeira e a imposição de insígnias a 3 novos bombeiros, Leandro Vinagre, Romeu Oliveira e Bruna Colaço, e a pro- moção a subchefe o bombeiro António Condeça. A imposição de condecorações deu seguimento ao programa da sessão, primeiro as da Associação, a 45 bombeiros, e depois as da Liga de Bombeiros Portugueses, com as quais foram condecorados 18 bombeiros, assiduidade grau cobre, prata e ouro. Foram também condecorados 5 elementos dos órgãos sociais e o comandante. Seguiram-se os discursos, do co- mandante Carlos Picado, que expressou, “o apreço deste comando, às direções que ao longo destes anos têm trabalhado connosco, em espírito de equipa manifestando sempre a preocupação de nos poder satisfazer, as nossas pretensões, o que nem sempre se tem tornado possível”, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, comandante José Raimundo, do presidente da Junta de Freguesia da Moita, João Miguel, e do segundo comandante operacional de Setúbal da ANPC, Rui Costa. O vice-presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Adriano Capote, terminou a sua intervenção com “uma palavra de apreço muito especial ao comandante Carlos Picado”, divulgou a atribuição do crachá de ouro pela Liga de Bombeiros Portugueses àquele ele- mento e convidando o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, a acompanhá-lo na sua imposição. Por último, o presidente da Câmara Municipal manifestou profundo apreço pelo trabalho desenvolvido por todos os elementos do corpo ativo, “que com profissionalismo, entrega e dedicação têm contribuído de forma decisiva para a resposta imediata e melhoria das condições de segurança e socorro da nossa população” e fez ainda um agradecimento especial ao comandante Picado pelo trabalho desenvolvido, que “conseguiu gerar novas vontades e imprimir mais dinâmica nesta associação, de que são exemplo os novos elementos do corpo de bombeiros Em sequência, a Câmara Municipal agraciou 8 bombeiros com medalhas por 10 e 20 anos de serviços prestados ao concelho 27 JUNHO 2015 FANHÕES Agraciado subchefe Oliveira A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fanhões, Loures, aproveitou a comemoração do seu 87.º aniversário para prestar homenagem ao subchefe Rui Manuel Moreira Oliveira. Este, por proposta dirigida à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), foi distinguido com a medalha de serviços distintos grau ouro da confederação. A distinção foi entregue durante a sessão solene realizada no quartel pela presidente da Assembleia Municipal de Loures, Fernanda Santos, por convite do representante da LBP, António Marques, secretário adjunto da mesa dos congressos. As comemorações do 87.º aniversário dos Vo- luntários de Fanhões tiveram lugar no último dia do mês de maio passado e começaram cedo, cerca das 8h30, com a formatura do corpo de bombeiros e banda de música para o hastear da bandeira e desfile em direção ao edificio sede. Seguiu-se a missa na igreja de S. Saturnino, em Fanhões, e a romagem ao cemitério local, próximo do quartel. LORDELO O s Bombeiros Voluntários de Lordelo celebraram, no passado dia 16 de maio, o seu 45.º aniversário e assinalaram também a data com a atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao subchefe Fernando Ângelo Barros. Em dia de festa foram ainda condecorados 68 elementos do corpo ativo, “não só pelos anos de serviço, mas também por mérito próprio”, como referiu o comandante Pedro Alves. Foram de incentivo e agradecimento as palavras dirigidas ao corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Lordelo durante a celebração do 45.º aniversário da corporação. Pedro Alves, o comandante lembrou as conquistas dos últimos anos, caso da criação das camaratas femininas, da remodelação da central de comunicações e das camaratas masculinas, a admissão de novos operadores e a aquisição de viaturas, entre as quais um VUCI (Veículo Urbano de Combate a Incêndios), “um carro que nos fazia falta” sa- Condecorações em dia de aniversário lientou o comandante. Pedro Alves elogiou ainda o trabalho dos seus efetivos, merecedores das condecorações nesse dia realizadas. “Nestes seis anos de comando é para mim uma grande honra condecorar o corpo ativo, não só pelos anos de serviço, mas por mérito próprio”, frisou, acrescentando que a vocação e o empenho dos seus elementos, facilita a sua tarefa enquanto comandante. O comandante José Morais, membro do conselho executivo da LBP, e comandante da corporação da cidade de Paredes, elogiou o trabalho do corpo ativo lordelense, deixando ainda uma palavra ao Governo e aos governantes, sobre a lei de financiamento das associações, criticando o facto da Associação Nacional de Municípios não se ter associado a esta discus- são e pedindo que esta seja criada e que dela façam parte as autarquias. “Lamentamos que a Associação Nacional de Municípios não faça parte desta Lei de Financiamento e, assim, cada autarquia irá decidir por si que apoio dar às associações humanitárias”, referiu, pedindo a Pedro Mendes, vice- -presidente da autarquia paredense, para que transmitisse esta posição à Associação Nacional de Municípios e o desejo de que no futuro ela possa vir a fazer parte desta lei. Pedro Mendes garantiu que a autarquia estará com as associações neste caminho e garantiu à corporação aniversariante que estará atento às suas necessidades e sonhos e prometeu, ainda antes do seu 50.º aniversário, a concretização de um deles, a ampliação das instalações. Em dia de festa a associação recebeu um presente da Fundação A Lord, de Lordelo, que vai oferecer à corporação 35 casacos florestais de proteção individual. Foi ainda possível ver a fanfarra na formatura, constituída por elementos do corpo ativo e quadro de honra, e que após cerca de 10 anos de paragem e quando já se pensava que seria o seu fim definitivo, marcou a presença neste dia de aniversário. OVAR Presidente deixa associação ainda este ano O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, presidiu às comemorações do 119.º Aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros de Bombeiros Voluntários de Ovar durante as quais foram condecorados, com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), o vice-presidente da direção Manuel Gaspar Valente e o presidente da assembleia-geral João Natária, e com a medalha de serviços distintos grau prata o tesoureiro José Augusto Almeida. A entrega das distinções foi orientada pelo secretário da mesa dos congressos da LBP, comandante do QH António Valente, presente na cerimónia. As comemorações iniciaram-se em 22 de maio, com a realização de um simulacro no Hospital de Ovar, que pretendeu recriar, em cenário tão próximo da realidade quanto possível, o deflagrar de um incêndio resultante de um curto-circuito. A componente festiva do 119.º Aniversário teve lugar no dia seguinte, com as tradicionais cerimónias em parada e sessão solene. Novidade, foi o desfile de viaturas antigas dos Voluntários Ovar pelo centro da cidade. Momento importante das comemorações foi, também, a inauguração de uma ambulância de transporte de doentes não urgentes (ABTM04), que permitirá praticar um melhor serviço num segmento muito especifico da atuação da Associação. A obtenção da viatura resultou da colaboração da FLEX2000 e de um apoio extraordinário da Câmara Municipal de Ovar. A sessão solene ficou marcada pelos discursos das personalidades que compuseram a Mesa de Honra e pela homenagem aos dirigentes mais antigos dos atuais órgãos sociais da Associação. Em relação aos discursos destaque para o do Secretário de Estado, João Almeida, que valorizou o trabalho dos bombeiros e abordou a importância questão do financiamento dos Corpos de Bombeiros e deu vital relevância ao reforço de financeiro das Associações de Bombeiros. Palavras emocionadas do presidente da direção, Dinocrato Formigal , que relembrou que irá deixar o cargo em dezembro próximo e que não tenciona recandidatar-se. Na sua intervenção aproveitou para agradecer todos os apoios recebidos, quer os institucionais quer os da população e empresas locais. O vice-presidente da Câmara Municipal, Domingos Silva, em representação do presidente Salvador Malheiro, destacou a importância das corporações concelhias de bombeiros e do seu papel desempenhado junto das populações locais. Aproveitou ainda o momento para pedir ao presidente Dinocrato que reconsidera-se na questão da recondução no cargo. As comemorações tiveram o seu epílogo com um convívio entre corpos sociais, convidados, bombeiros, associados e comunicação social. 28 JUNHO 2015 AJUDA Previsto regresso às origens FIGUEIRÓ DOS VINHOS Comemorado 80.º aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, comemorou o seu 80.º aniversário no passado dia 24 de maio. Na sessão solene do octogésimo aniversário a sessão solene, que foi presidida pelo secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, foram empossados, no cargo de comandante do corpo de bombeiros, Paulo Renato Nogueira e, como adjuntos de comando, Jorge Martins e Daniel Batata. Foram ainda agraciados com medalhas de assiduidade e dedicação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) diversos elementos do corpo ativo, destacando-se a atribuição do crachá de ouro da LBP ao bombeiro de 3.ª António Leal e ao subchefe Carlos Vieira, cuja entrega coube ao comandante Mário Cerol, membro do conselho executivo da LBP. Foram ainda atribuídas medalhas de quadro de honra da LBP, ao comandante Joaquim Pinto, e ao adjunto de comando António Teixeira, que cessaram funções e passaram para o quadro e honra a 31 de janeiro último. A Por decisão da assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, foram distinguidos ainda, com o título de sócio honorário, o comandante Joaquim Pinto Ascensão Martins, e como sócios beneméritos, Luís Manuel Rafael Silveirinha e o comendador Jorge da Conceição Lopes. As cerimónias encerraram com um desfilo apeado e motorizado pelas ruas da vila de Figueiró dos Vinhos, seguindo-se de um almoço de confraternização entre bombeiros, dirigentes e convidados. Associação dos Bombeiros Voluntários da Ajuda conta celebrar o seu próximo aniversário, em 2016, já em novas instalações, mesmo que provisórias, na sua freguesia de origem, na Ajuda, em Lisboa. Os Bombeiros da Ajuda foram ali fundados no século dezanove nos anexos do palácio real, tendo como presidente honorário o próprio príncipe D. Afonso. O desejo foi manifestado, quer pela presidente da direção, Maria Luísa Vicente Mendes, quer pelo comandante António Joaquim Barbio Lesia, no decorrer da sessão solene do 135º aniversário comemorado recentemente nas atuais instalações, na Praça da Alegria, em pleno centro de Lisboa. A propósito, foi destacado o apoio dado para tal mudança pelo vereador da proteção civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, a presidir à cerimónia. Antes da sessão solene procedeu-se à inauguração de três viaturas, uma ambulância de socorro, outra de transporte de doentes oferecida pelos Voluntários de Odivelas, e um VETA e à deposição de um coroa de flores ofertada pela delegação dos bombeiros alemães de Glinde, também presente. Na sessão solene procedeu-se à entrega de crachás de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), ao comandante António Lesia, ao segundo-comandante António Mourinha, ao bombeiro de 2.ª Albino Batista e ao bombeiro de 2.ª QH Amadeu Silva. Foram ainda entregues medalhas de assiduidade da LBP a vários bombeiros, nomeadamente, de 25 anos, ao segundo-comandante António Mourinha, ao chefe Mário Castanheira, ao subchefe Vitor Pedro, ao bombeiro de 1.ª José Levita e ao bombeiro de 2.ª Albino Batista, e de 20 anos ao subchefe Jorge Bessa. Foram também promovidos três estagiários, a oficial bombeiro de 2.ª, Rosimeire Dias Santos, e a bombeiro de 3.ª, Luciano Rodrigues e Carina Gamito. Foram ainda entregues várias distinções da Associação a colaboradores e apoiantes, feita uma homenagem ao chefe Gomes e ao subchefe Humberto, e outra aos Bombeiros Voluntários de Odivelas, nomeadamente ao seu comandante, Carlos Diniz. O bombeiro José António Levita recebeu a medalha de bons serviços da Associação, ouro, e outros catorze elementos foram distinguidos com a mesma medalha, grau cobre. A sessão solene, presidida pelo vereados Carlos Castro, e orientada pelo presidente da assembleia-geral, José Castelo, contou também com as presenças, do vogal do conselho executivo da LBP, Rama da Silva, do comandante do Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, do vice-presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante Manuel Varela, e do ex-comandante distrital da ANPC e conselheiro da LBP, Moreira Vicente. Destaque para a boa prestação da fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Pontinha, já presença habitual nos aniversários dos Voluntários da Ajuda. COIMBRÕES A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões celebrou, no dia 20 de maio, o seu 109.º aniversário. As festividades tiveram início no próprio dia com o hastear de bandeiras de manhã, seguindo-se à noite uma sessão solene precedida de uma formatura para receção das entidades convidadas. No domingo seguinte, realizou-se uma missa de efeméride pelas personalidades já desaparecidas desta instituição. A sessão solene comemorativa do 109º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões teve lugar no dia 20 de maio e representou o mo- Bombeiros assinalam 109 anos de serviço à população mento alto das festividades. Presidida pelo presidente da assembleia geral da associação, Rui Aguiar, a cerimónia teve como convidados, José Guilherme Aguiar, vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, também em representação do seu presidente, José Miranda, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, José Oliveira e Silva, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, Mário Reis, da Junta de Freguesia de Santa Marinha e S. Pedro da Afurada, em representação do presidente e Maria José Gamboa, presidente da Junta de Freguesia de Canide- lo, que se juntaram aos órgãos sociais da Associação, ao comando, aos associados e aos bombeiros na celebração do aniversário da instituição. No decorrer da solenidade, foram condecorados os bombeiros com atividade regular de 5, 10, 15, 20 e 25 anos, e foi entregue ao comandante cessante, Manuel Martins da Silva, a título de reconhecimento pelos serviços prestados à associação, uma salva de prata comemorativa. Teve ainda lugar, antes da sessão solene, uma cerimónia de descerramento das fotografias dos novos elementos do Quadro de Honra, incluindo a do comandante Manuel Martins da Silva. No domingo seguinte, dia 24 de maio, realizou-se uma missa na Igreja de Coimbrões e uma deslocação ao cemitério de Santa Marinha, em homenagem aos fundadores, diretores e bombeiros já desaparecidos. Artur Esteves 29 JUNHO 2015 CASCAIS O CANHA Quatro viaturas no aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canha, Montijo, associou a inauguração de quatro viaturas às comemorações do seu 32.º aniversário. Tratou-se da inauguração de um veículo ligeiro de combate a incêndios (VLCI) adquirido com o apoio de três herdades locais, um veículo de florestal de combate a incêndios (VFCI) obtido com o apoio do Município do Montijo, uma ambulância de transporte e um veículo de serviço geral, adquiridos pela própria instituição. Esta última viatura destina-se a reforçar o transporte de crianças com necessidades especiais. Durante a sessão solene comemorativa decorreu também a promoção a bombeiro de 2.ª dos voluntários Mário Pardal, Jorge Dionísio e Maria Costa. Procedeu-se também à atribuição de medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), de 20 anos, aos bombeiros de 2.ª, Luís Travassos e António Manuel Veríssimo, ao bombeiro de 3.ª, Joaquim Veríssimo, e ao bombeiro de 1.ª Bruno Padilha. Foram também entregues medalhas relativas a 15 anos de serviço, aos bombeiros de 1.ª, Carina Nunes, Alfredo Silva, David Travassos, aos bombeiros de 2.ª, Sérgio Amado, Oc- távio Cananó e Carlos Rodrigues, e ao bombeiro de 3.ª Bruno Custódio. Foram ainda entregues medalhas de 5 e 10 anos a respetivamente, 4 e 3 bombeiros. A necessidade de um piquete de primeira intervenção marcou especialmente a intervenção do comandante Urbano Emídio, replicada depois pelo representante da LBP durante a sua intervenção. O comandante lembrou que “as zonas rurais como Canha não devem ter tratamento diferente de outras” sublinhado a preocupação com uma população local envelhecida e com a riqueza florestal do concelho. A sessão solene foi presidida pelo presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, e contou com as presenças, da deputada à Assembleia da República, Mercês Borges, da presidente da Assembleia Municipal, Maria Amélia Antunes, do vogal da LBP, Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, comandante Carlos Picado, do segundo comandante distrital da ANPC, Rui Costa, do presidente e vice presidente da direção, António Henriques e Adelino Santos, e dos presidentes, da Freguesia de Canha e da União de Freguesias de Pegões. Bebés começaram a festa s bebés, entre os 6 e os 36 meses, acompanhados pelos pais dentro de água, assinalaram o arranque da festa que assinalou a conclusão de mais uma época do complexo de piscinas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais. Ao contrário do que acontece nas aulas normais, em que cada criança só se faz acompanhar por um adulto, neste dia os bebés fizeram-se acompanhar por ambos os pais e, nalguns casos, em alternativa, pelos avós. Neste grupo compareceram 25 famílias. Neste dia, em detrimento de uma aula “normal” procurou-se proporcionar a brincadeira entre pais e filhos, estimular os afetos, a cumplicidade entre bebé, pai e mãe. No caso das crianças entre os 3 e os 6 anos, no denominado nível de natação: Adaptação Ao Meio Aquático. A piscina foi dividida estrategicamente em 8 partes, a que chamaram estações, e em cada uma delas as 50 crianças presentes realizaram um exercício aquático. Para as crianças entre os 6 e os 11 anos, que treinaram ao longo dos últimos meses duas das principais técnicas de natação “crol” e “costas” (nível de aprendizagem 1), foram feitas pequenas estafetas e foi realizado um amigável e muito animado jogo de polo aquático. Para finalizar, brincaram, como os restantes, com os diversos insufláveis espalhados pela piscina. “Em suma, procurou-se proporcionar um dia diferente, em que através de uma forma mais lúdica, os meninos pudessem mostrar as suas habilidades/aprendizagens que adquiriram ao SUL E SUESTE O VILA NOVA DE TAZEM N CANTANHEDE XIV Feira Pedagógica do Barreiro Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste participou ativamente na XIV Feira Pedagógica do Barreiro, que decorreu no Parque da Cidade e no Auditório Municipal Augusto Cabrita de 28 de maio a 1 de junho,. Numa parceria em regime de rotatividade com o Corpo de Bombeiros de Salvação Pública, foi possível manter permanentemente no recinto do certame um veículo operacional durante todos os períodos de abertura, permitindo, assim, que os visitantes, em especial as crianças, pudessem contactar com os meios utilizados pelos bombeiros nas suas missões de socorro. Peregrinação ao santuário de Fátima o âmbito das comemorações do 50.º aniversário, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem, promoveu uma peregrinação ao Santuário de Fátima organizada. Este ato de fé teve grande valor emocional para o grupo, também porque o andor foi, em dois momentos distintos da celebração, por bombeiros do quartel de Vila Nova de Tazem, que também colaboram na distribuição da Sagrada Comunhão. “Este foi para todos um acontecimento que nos marcou e que ficará para sempre guardado na nossa memória e no nosso coração”, regista fonte desta instituição. longo dos últimos meses” informou a responsável pelo complexo dos Bombeiros de Cascais, Susana Neves. No final, os mais novos fizeram também uma demonstração de “Krav Maga” nos jardins do complexo. O Bombeiros no Dia da Criança s Bombeiros de Cantanhede voltaram a participar na Festa da Criança, evento organizado pela autarquia, tendo como cenário o Parque S. Mateus. No dia 6 de junho, os Voluntários estiveram representados nesta iniciativa com uma exposição dos meios de salvamento - aquáticos e de grande ângulo - e com um veículo de combate a incêndios. Os mais novos tiveram, assim, a oportunidade de conhecer de perto cada um dos equipamentos, simular a condução dos veículos e até fazer festinhas ao Fire, o cão labrador que é a mascote dos Bombeiros de Cantanhede. Os mais interes- sados puderam ainda visitar o quartel. CACILHAS A Escola de cadetes aprende Escola de Infantes e Cadetes dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas continua a crescer e a progredir em conhecimentos. Na edição de maio do boletim informativo da instituição é dado destaque, desta feita, à instrução da Escola com a Equipa de Salvamento em Grande Ângulo. “Os nossos pequenos bombeiros efetuaram diversas manobras de salvamento a vítimas e experimentaram o auto salvamento”, explicou-nos o comandante Miguel Silva que, em jeito de balanço referiu-nos que “tendo em conta as atividades relacionadas com este tipo de manobras, o empenho e motivação foram notórios, tendo-se verificado a participação de todos os elementos”. 30 JUNHO 2015 AGUALVA CACÉM Bombeiros dão o nó VILA MEÃ combate a incêndios, viatura que depois transportou o casal para o copo de água. A grande família dos bombeiros de Portugal está, assim, uma vez mais de parabéns. CANTANHEDE U N Cerca de uma centena em passeio o dia 13 de junho, realizou-se o III Passeio de Motorizadas e Motos dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã e nem o estado do tempo assustou os quase 100 participantes. Este passeio convívio foi abrilhantado pelas Demonstração na Feira do Vinho ma equipa de bombeiros estagiários dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede efetuou, na Feira do Vinho, na Cordinhã, uma demonstração das técnicas utilizadas na imobilização e transporte de uma vítima inconsciente para uma unidade de saúde. No exercício, a vítima, um indivíduo do sexo masculino, teria caído inconsciente na via pública por causas desconhecidas. Chegados ao local, os três novos elementos da corporação de Cantanhede procederam à primeira abordagem à vítima e à verificação dos sinais vitais, imobilizaram a vítima e conduziram-na para a ambulância que, numa situação real, a transportaria para uma unidade de saúde. O exercício foi apoiado pela mais recente am- OURÉM O bulância dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, a ABSC 06, adquirida em dezembro último. No final, o veículo esteve em exibição, permitindo aos visitantes da Feira do Vinho conhecer o interior desta viatura especial para cuidados intensivos. Mais um encontro de fanfarras s Bombeiros Voluntários de Ourém realizaram o 6.º Encontro de Fanfarras no passado dia 21 de junho com 10 formações participantes, incluindo a da casa. O desfile, muito concorrido de público como aconteceu também com as edições anteriores, teve início na Rua Nossa Senhora de Fátima, seguindo pela Avenida D. Nuno Álvares Pereira e terminou na zona fronteira do quartel. Marcaram presença neste encontro as fanfarras de bombeiros voluntários, de Oliveira do Hospital, de Leiria, de Estarreja, de Alcochete, Nazaré, Alcanena, Lagares da Beira, Maia e a dos anfitriões. O encontro constitui sem dúvida mais uma manifestação da capacidade de mobilização entre bombeiros que, conforme a organização, tem vindo a crescer de ano para ano. FAFE ANIVERSÁRIOS 2 de julho Bombeiros Voluntários de Alhandra . . . . . 115 Bombeiros Voluntários de Carcavelos – S. Domingos Rana . . . . . . . . . . . . . . . 104 Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . . 65 Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . . 38 4 de julho Bombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . 111 5 de julho Bombeiros Voluntários de Linda-a-Pastora . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . 38 6 de julho Bombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . . 134 Bombeiros Voluntários de São Pedro do Sul . . . . . . . . . . . . . . . 130 7 de julho Bombeiros Voluntários de Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . . 102 8 de julho Bombeiros Voluntários de Benavente . . . . 130 Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . 79 9 de julho Bombeiros Voluntários de Alijó . . . . . . . . . 83 12 de julho Bombeiros Voluntários de Matosinhos Leça da Palmeira . . . . . . . 142 Bombeiros Voluntários de Freamunde . . . . 84 13 de julho Bombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . . 91 Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . . 33 15 de julho Bombeiros Voluntários de Santo Tirso . . . 137 Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . 90 18 de julho Bombeiros Voluntários de Cercal do Alentejo . . . . . . . . . . . . . . . 40 belas paisagens do Douro, desde a Barragem do Carrapatelo até Pias (Ponte do Rio Bestança), passando por Porto Antigo, Pala, Paredes de Viadores e Alto da Senhora da Graça em Vila Caiz. Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . . 36 19 de julho Bombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . . 130 Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . . 138 Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . 85 Bombeiros Voluntários da Golegã . . . . . . . 72 Bombeiros Voluntários de Águas de Moura . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 22 de julho Bombeiros Voluntários de Madalena . . . . . 35 Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . . 22 23 de julho Bombeiros Voluntários Sul e Sueste, Barreiro . . . . . . . . . . . . . . 121 24 de julho Bombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . . 188 Bombeiros Voluntários de Lagos . . . . . . . 129 Bombeiros Voluntários de Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . . 34 O desfile de fanfarras organizado pelos Bombeiros Voluntários de Fafe contou com a partiicpação de onze agrupamentos dos distritos de Braga, Vila Real, Porto e Coimbra. Com início na Rua Ferreira de Castro e atravessando a Arcada, o evento passou para a Avenida 5 de Outubro, onde estava instalado a tribuna. A abrir os músicos dos Bombeiros de Soure, seguidos pelos de Vizela, Riba de Ave, Santo Tirso (Tirsenses), Cabeceiras de Basto (Cabeceirenses), Fão, Vila do Conde, Famalicão (Famalicenses), Viatodos, Vila Real (Cruz Branca) e, a fechar, a fanfarra anfitriã de Fafe. Bombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . . 30 Bombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . . 124 Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . 88 29 de julho Bombeiros Voluntários de Mougadouro . . . 83 Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . . 28 30 de julho Bombeiros Voluntários de Mangualde . . . . 86 Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . . 76 31 de julho Bombeiros Municipais de Santarém . . . . . 185 Fonte: Base de Dados LBP O desfile terminou em frente ao quartel dos Voluntários de Fafe, onde após a chegada da fanfarra anfitriã, foi servido um jantar. No final a organização distribuiu lembranças a todos os participantes. ESTREMOZ 25 de julho 26 de julho Desfile é sucesso D Fanfarra reativada epois de um ano inatividade, a Fanfarra da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Estremoz reapareceu no passado dia 10 de junho, como a estrela maior de uma arruada que animou as principais artérias desta cidade alentejana. Registe-se que esta apresentação pública serviu também para a assinalar o 33.º aniversário deste agrupamento que, agora surge renovado, e deter- Foto: José Silva O bombeiro de 3.ª de Agualva Cacém, Hugo Graça e da bombeira de Montelavar, Cláudia Augusto, “deram o nó” no passado dia 2 de maio. O noivo chegou à igreja num veículo urbano de minado a representar e a honrar o nome da instituição. As comemorações culmina- ram num lanche convívio que reuniu todos os elementos da fanfarra. 31 JUNHO 2015 O CASCAIS PAÇO DE SOUSA Marcha dá nas vistas Mais de 700 apoiam bombeiros Grupo Cénico da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais deu nas vistas no desfile das marchas populares do concelho de Cascais realizadas na noite de 13 de junho último. Em estreia naquelas andanças, os elementos que compõem o Grupo Cénico não deixaram os créditos por mãos alheias e, como já fazem há muitos anos nas representações de teatro de revista, desta feita brilharam perante os milhares de pessoas que acompanharam o desfile pelo centro da Vila de Cascais e no largo fronteiro aos paços de concelho. Durante várias semanas ensaiaram no próprio quartel da Associação num dos parques de viaturas de socorro, animando também os moradores do Bairro da Assunção contíguo. O s Voluntários de Paço de Sousa, promoveram, no dia 7 de junho, um passeio de BTT e uma Caminhada Solidária, reunindo mais de 700 pessoas unidas no apoio aos bombeiros. A adesão da população sensibilizou operacionais e dirigentes desta instituição que muito agradecem “aos participantes e patrocinadores, e em especial a todos os amigos desta Associação que colaboraram para que o evento fosse um sucesso”. Em comunicado os Bombeiros de Paço de Sousa adiantam a intenção de repetir a iniciativa, mas ainda “com muitos mais participantes”. ALFÂNDEGA DA FÉ Jogo solidário garante novo equipamento C em junho de 1995 om o objetivo de angariar fundos para a aquisição de um novo monitor de sinais vitais e diverso material de imobilização, como por exemplo, planos duros e colares cervicais, a secção desportiva dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé organizou, no passado dia 10 de Junho, vários jogos de futebol de salão. Intitulada de “Jogo Solidário” esta atividade contou com a presença das equipa dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, Guarda Nacional Republicana, veteranos do Palmeiras Futebol Clube e uma equipa de amigos da instituição. Foram convidados a marcar presença nesta ação os jogadores de futebol de salão, Arnaldo Pereira e Mário Freitas e Pizzi, que por ter convocado para a Seleção Nacional acabou por faltar ao encontro. Arnaldo Pereira e Mário Freitas trouxeram ainda mais alguns amigos da modalidade que em muito valorizaram o evento. Depois de contabilizados os donativos da Câ- P mara Municipal, bem como das juntas de freguesia do concelho, do comércio local e da população, a receita proveniente das entradas no pavilhão e exploração de bar, foi entregue ao presidente da direção dos Voluntários de Alfândega da Fé, um cheque no valor de 3500 euros. A secção desportiva, na qualidade de promotora da iniciativa, não esquece os agradecimentos aos dois atletas, que desta forma provaram que “o desporto e seus intervenientes também se encontram disponíveis para ajudar os bombeiros portugueses nas mais diversas atividades”. Como conviver com uma realidade assaram-se meses que não escrevia para o Jornal Bombeiros de Portugal. Esta situação, deveu-se principalmente a uma certa inércia da minha parte e também porque sinto um certo vazio e uma certa injustiça em relação à realidade dos Bombeiros por parte e por quem de direito tem a responsabilidade sobre os nossos Bombeiros. Senão vejamos; as notícias do Jornal Bombeiros de Portugal têm menos importância para os governantes e mesmo para alguns Bombeiros, do que os jornais desportivos, A Bola, Record, O Jogo ou mesmo o diário Correio da Manhã. “Os Bombeiros salvaram vidas”, lê-se no Jornal Bombeiros de Portugal. E daí? Resposta clara; não fizeram mais do que a sua obrigação. “Os médicos salvaram uma vida”, lê-se na primeira página do Correio da Manhã e é notícia de abertura na CMTV. São uns heróis. Então não é para isso que eles estudam e existem? Não senhor. Eles são uma raça superior, uma raça ariana. Então e os Bombeiros? Esses são uma raça inferior, são os Judeus do sistema de saúde. “Os Bombeiros fizeram um parto dentro duma ambulância”, lê-se no Jornal Bombeiros de Portugal. E daí? A mesma resposta; não fizeram mais do que a sua obrigação. “Parto de gémeos a bordo de aeronave da Força Aérea Portuguesa nos Açores”, lê-se na primeira página e é notícia de abertura na CMTV. São uns heróis, mesmo com o esquecimento que na aeronave seguia uma equipa médica civil e foram os mesmos que efetuaram o parto. Então e os Bombeiros? Os fatos de voo da Força Aérea são mais completos e mais visíveis para a população do que as fardas azuis dos Bombeiros. Nos jornais desportivos, lê-se diariamente artigos sobre grandes heróis nacionais que ganham milhões anualmente, os jogadores e treinadores de futebol. Será que esses também salvam vidas humanas? Certamente que sim, as suas. Estes são apenas dois casos mais atuais. Poderia enumerar outros tantos e muitos mais mas fico-me apenas por estes exemplos que penso traduzirem o sentido de injustiça e falta de sensibilidade para com aqueles que no dia-a-dia salvam vidas, correndo riscos pessoais e surpresa das surpresas, a custo 0. Será que os componentes da textura do corpo humano dos Bombeiros é diferente de outras classes sociais? Ou será simplesmente que a responsabilidade dos Bombeiros perante a sociedade é diferente de outras classes sociais? O que me leva a pensar, ou os Bombeiros são uma classe de pessoas diferente da maioria das classes de pessoas ou, desculpem são uma anormalidade funcional dentro da normalidade de outras classes. São estas e outras situações que me trazem sentimentos de revolta e de injustiça. Embora tenha o maior respeito pelos profissionais de saúde, sejam eles civis ou militares, tenho muito mais respeito pelos Bombeiros porque infelizmente esses só são heróis na comunicação social, a título póstumo. Luís Picanço (Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo) 32 JUNHO 2015 AMIANTO Liga diz que 3 milhões não chegam REUNIÃO COM FEDERAÇÕES LBP insiste contra imposto sobre VDTD conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reuniu-se recentemente com as federações distritais de bombeiros nas Caldas Rainha. O encontro, que decorreu nas instalações da associação de bombeiros voluntários locais serviu para fazer um ponto de situação relativo a várias matérias do universo dos bombeiros. O presidente do conselho executivo da LBP, comandante Jaime Marta Soares, aproveitou para abordar o contexto da Lei do Financiamento, em fase de discussão na Assembleia da República, e também dar a conhecer os contactos realizados junto de várias entidades a favor da exclusão do imposto sobre veículos no caso do VDTD. Como é sabido, a situação de eventual taxação sobre o veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD) está a criar um verdadeiro sufoco às associações de bombeiros a braços com a necessidade de se equiparem com esse tipo de viaturas. Conforme explicou o presidente da LBP, conforme a confederação tem insistido a vários níveis do Governo, basta tão-somente uma aclaração da legislação já que, não obstante a denominação da viatura já não ser a de ambulância, na prática, a sua função é similar. Foi necessário transcrever para a legislação nacional o normativo europeu sobre o assunto, que deixou cair a designação de ambulância por não dispor de maca. Contudo, a VDTD destina-se exclusivamente ao transporte de doentes, logo, deve estar sujeito a isenção relativamente ao imposto automóvel. A reunião serviu também para a indicação dos presidentes de federação que irão fazer parte da Comissão Nacional da Revisão dos Estatutos da LBP. No Agrupamento Norte ficam, Aveiro como efetivo e Vila Real como suplente. O Agrupamento Centro Norte é representado por Viseu (efetivo) e Coimbra (suplente), o Agrupamento Centro Sul por Leiria (efetivo) e Santarém (suplente), o Agrupamento Sul por Évora (efetivo) e Setúbal (suplente) e o Agrupamento do Algarve pela Federação de Faro. A Foto: Marques Valentim O Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considera “insuficiente” o valor que o Governo vai disponibilizar para as obras de requalificação de quartéis, verbas que poderão ser utilizadas na remoção das coberturas com amianto. No início do mês de junho, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, anunciou que vai ser publicado um aviso para candidaturas a fundos comunitários de projetos de requalificação de quartéis de bombeiros. O programa em causa irá disponibilizar um total de 3 milhões de euros. “Não tendo, desta vez, a possibilidade de construir novos edifícios, isso permitirá requalificar um número importante de quartéis”, referiu o governante. Apesar deste anúncio, e segundo contas feitas já esta no pela LBP, só para retirar e tratar o amianto de todos os quartéis onde ele existe seriam precisos 5,5 milhões. Segundo a Liga, há 130 quartéis de bombeiros onde este material cancerígeno foi utilizado nas coberturas, um total de 100 mil metros quadrados que o presidente da Liga, Jaime Marta Soares, quer ver substituídos. A questão que se coloca agora é perceber se as associações humanitárias têm dinheiro para a avançar com os concurso aos fundos comunitários já que as obras a financiar não serão cobertas a 100 por cento. Recorde-se que o antigo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, tinha prometido uma cobertura financeira de 100 por cento para a retirada do amianto nos casos mais urgentes, posição que foi, entretanto, alterada com a explicação, por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil, de que não há dinheiro para estas intervenções. PC LOUVOR/REPREENSÃO À operadora turística holandesa (TUI) por ter feito justiça ao vir elogiar a resposta dos serviços de emergência portugueses (bombeiros e INEM) no apoio às vítimas de recente acidente rodoviário na A22, no Algarve, todas holandesas. A todos os que, na prática, estão a obstar à normalidade da utilização da frota dos helicópteros estatais Kamov no combate a incêndios florestais, face à inoperacionalidade da maioria deles e dificuldade em contar com os restantes para esse fim. A Crónica do bombeiro Manel A Chamar as coisas pelos nomes s palavras humanitários e voluntários parecem andar em maré de azar entre nós. É que cada vez mais ouvimos falar de corpos de bombeiros seguidos da denominação da terra onde existem e sobre o resto pelos vistos não se fala. Será que anda aí uma onda de vergonha ou menos interesse, ou menos respeito por aquilo que no fundo mais diz às nossa associações, que é o serem humanitárias e compostas por voluntários? A ANPC também ajuda por que passa a vida a escrever e a falar do corpo de bombeiros de aqui ou dali. Amigos, na verdade tais corpos de bombeiros não existem, ou melhor, existem mas só quando associados à respetiva associação quando falamos obviamente de voluntários. O corpo de bombeiros não é da terra mas é da Associação. E a Associação é que é desta ou daquela terra. Amigos, por mais que alguns persistam no erro, que na verdade é um erro, nada muda. Nós também não chamamos à fanfarra apenas fanfarra cá da terra. Chamamos fanfarra da associação de bombeiros da terra. Chamamos grupo de teatro ou de cantares cá da terra? Chamamos grupo de teatro ou de cantares da associação de bombeiros cá da terra. Amigos, não haja vergonha nem preconceitos em falar a verdade. Deixem-se de modernices que querem passar a esponja pela nossa história e fazer crer aquilo que nem somos. Nós somos é humanitários, sem dúvida, e voluntários, acima de tudo. [email protected] FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal