Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 345 – junho 2015

Transcrição

Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 345 – junho 2015
Fotos: Marques Valentim
Concursos de Manobras
Liga aposta
na descentralização
Páginas 16, 17, 18 e 19
Junho de 2 0 1 5 E dição : 345 A no : XXXII 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva
25 novos PEM
Ficam a faltar 21
Página 7
Presidente da LBP quer mais
Fotos: Marques Valentim
“Os Bombeiros devem ser tratados à medida do que é
a sua prestação na sociedade portuguesa”
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VIGILÂNCIA MÉDICA SEGUE A PASSO CERTO
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JUNHO 2015
Quem é o chefe da viatura
H
Foto: CMPalmela
H
á uma cultura de base,
uma prática consolidada, uma questão perfeitamente definida e sedimentada quando um grupo ou
equipa de bombeiros entra
numa viatura de bombeiros
para responder a um pedido
de socorro.
À frente, ao volante, vai o
motorista, cujo papel está definido e é determinante, não
só na mobilidade do veículo
mas, também, como sabemos, como pivot, quer na operação com a bomba, controlo
do funcionamento da mesma
e das reservas de água recorrendo a apoio externo de outra viatura tanque ou ligação a
hidrante, quer com outros
equipamentos instalados na
mesma viatura.
Ao lado do motorista, como
também sabemos, vai o chefe
da viatura, a quem cabe definir os termos e a estratégia da
intervenção, incluindo cumprir
e fazer cumprir as regras de
segurança e da eficácia no socorro.
Atrás, vão os restantes ope-
racionais, a quem cabe dar
forma a essa estratégia executando todas as manobras
necessárias ao êxito da intervenção, a partir do local onde
a viatura seja posicionada
pelo motorista por decisão do
chefe da viatura.
Aqui, directamente, não há
nem se vislumbram quaisquer
interferências externas, salvo
a interligação com outras
equipas de bombeiros quando
se trate de acção conjunta. De
qualquer modo, trata-se de
um “reino” onde não cabe
nem tem lógica intervir de
fora seja quem for.
Tudo isto parece óbvio, escorreito e perfeitamente legí-
timo. O que está em causa é o
socorro e há estruturas próprias dos bombeiros para o
executar.
Mas quando tentamos aplicar, decalcar este modelo tão
simples, tão directo e lógico
ao funcionamento e à articulação dos bombeiros com o Estado e, em especial, com a
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) é que as coisas se complicam.
Nunca estará em causa a
necessidade de articular, como
é óbvio, esse funcionamento.
Mas já subsistem sérias dúvidas que a articulação identificada como tal tenha precisamente esse sentido e significado.
Para que haja uma verdadeira articulação entre entidades, incluindo com os bombeiros, importa que resulte de
um posicionamento em pé de
igualdade numa lógica de confluência para um objectivo comum e com as ferramentas e
as competências específicas
de cada um. É assim que os
bombeiros se querem posicionar na estrutura da proteção
civil. Mas há uma lógica viciada, de curto-circuito, que faz
deles os principais operacionais mas que não reconhece
nem legitima uma verdadeira
cadeia hierárquica, ao contrário do que acontece, por
exemplo, com a Direcção Nacional da PSP, o Comando-Ge-
ral da GNR, a Direção do
INEM, a Direção da Cruz Vermelha, ou até as Forças Armadas.
Os Bombeiros são a única
entidade que, no presente,
concorre para o objectivo comum mas não consegue liderar operacionalmente as suas
estruturas como acontece
com as referidas entidades.
O comandamento autónomo dos bombeiros parece absolutamente lógico mas tarda
em acontecer não obstante a
defesa dessa legitimidade pela
Liga dos Bombeiros Portugueses, sufragada em Congresso
e repetida à exaustão, antes,
e desde então, pelo presidente do conselho executivo.
A realidade está no facto
dos Bombeiros pretenderem
ter a primeira e a última palavra hierarquizada sobre a sua
estrutura e funcionamento,
qual organização de uma
qualquer viatura de socorro.
Mais simples será difícil de explicar.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
JORNAL@LBP
VIEIRA DE LEIRIA
Sensibilidade e bom senso
“Soldados da
Paz” continua
á muito que deixou de causar
surpresa a presença nas mulheres nos quartéis, nos mais distintos teatros de operações, nas
mais diversas missões de socorro
e proteção. Contudo, só agora começam a ganhar expressão as direções no feminino.
De norte a sul do País, elas já
estão na primeira linha das estruturas operacionais e, a pouco e
pouco, vão ocupando também a
cadeiras da presidência dos vários órgãos
sociais, assumindo merecido protagonismo
nas equipas que dinamizam as associações
humanitárias, detentoras de corpos de
bombeiros.
Embora recusem criar destrinça, as dirigentes acabam por reconhecer uma diferença, sobretudo, de “estilo”, elas são mais
maternais no trato, colocam sensibilidade
nas atitudes e consolidam com bom senso
as posições assumidas.
Em Chaves, ou na Amora, só para citar
alguns exemplos, porque felizmente outros
existem, as presidentes são figuras presentes, que tratam pelo nome cada um dos
bombeiros, que lhes conhecem as histórias
de vida, que se preocupam com a “floresta”, não descurando cada uma das árvores
que lhe dão vida.
Num destes dias tivemos a oportunidade
de conversar com a presidente da Câmara
de Tomar, que também, assume com orgulho, uma ligação afetiva com os “seus”
bombeiros municipais, que ultrapassa em
muito a união ou a confiança institucional
exigida à responsável máxima pela proteção civil do concelho.
Curiosamente, é mais descontraída a
forma como “elas” hoje geram o que, no
passado, foi um feudo “deles”. Ainda que
inseridas em equipas maioritariamente
masculinas, as dirigentes brilham e contribuem para mais uma importante mudança
no setor.
No vasto e heterogéneo movimento do
voluntariado, as mulheres há muito que
têm uma posição de destaque, obra feita,
conquistas asseguradas, pelo que estava
na hora de abrir as associações humanitárias a novas dialéticas, até porque os corpos de bombeiros há muito o fizeram e com
resultados muito positivos. Já há mesmo
quem considere que o futuro próximo poderá trazer uma mudança ainda mais radical, consubstanciada em contingentes
maioritariamente femininos.
Sem tiques ou preconceitos feministas,
importa reforçar que as mulheres não são
melhores, nem piores que os homens nesta
missão, são, tão só, diferentes e essa diversidade de pensamento, de posicionamento ou de ideologia, só pode mesmo
acrescentar valor à causa!
Sofia Ribeiro
S. BARTOLOMEU DE MESSINES
N
Nova edição
do boletim
a sua última edição, referente ao passado
mês de maio, a newsletter da Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários de São
Bartolomeu de Messines retoma a “Missão eletrão” e a oportunidade de recolha de eletrodomésticos, lâmpadas usadas e pilhas para serem recicladas. Assim, os bombeiros dão o seu
contributo para a defesa ambiental e, também,
estão atentos aos apoios que a empresa “Amb3E” poderá também proporcionar-lhes em
função do volume de objetos recolhidos.
No mesmo boletim dão conta do recebimento de equipamentos para proteção individual
dos bombeiros no combate a incêndios em espaço natural e lançam mais uma vez o alerta
para a proibição de fazer queimas e queimadas
entre 1 de julho e 30 de setembro.
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria prossegue a edição do
seu boletim “Soldados da Paz” com mais uma edição referente ao primeiro trimestre do corrente
ano. Nela dá conta da comemoração do seu 68º
aniversário, inclui uma entrevista ao novo pároco
da Vieira, padre Miguel Sottomayor, dá conta da
homenagem feita ao +único bombeiro fundador
vivo, faz um retrato circunstanciado da fanfarra,
continua a dar a conhecer os elementos do corpo
de bombeiros, faz um balanço do papel da mulher
na proteção civil, dá conta doas mais de 4 mil intervenções efetuadas em 2014 e explicadas pelo comandante Rui Silva e, por último, dá conta da partida de um grande amigo dos bombeiro “O Fogo”,
recolhido e adotado pelos Voluntários de Vieira de
Leiria em 2005 e que a partir daí nunca mais deixou
o quartel.
3
JUNHO 2015
E
stão realizados mais dois Concursos de
Manobras, para Bombeiros e para Cadetes,
cumprindo-se uma tradição antiga e arreigada, de são convívio e competição leal e aberta que, pela primeira vez, se cumpriu em terras
açorianas.
Tratou-se de mais uma jornada importante
de demonstração de conhecimentos e agilidade
em equipa em que a Liga dos Bombeiros Portugueses mais uma vez apostou, inclusive no
apoio à deslocação das equipas, e que, desta
feita, contou com o inexcedível apoio do Serviço
Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e do próprio Governo Regional.
Contámos mais uma vez com um apreciável
número de equipas, homens e mulheres que
vestem de bombeiro que aproveitaram mais
esta oportunidade para interagirem em competição saudável que mereceu a atenção das mui-
Foto: Marques Valentim
Desenvolver é valorizar
tas pessoas que acompanharam o desenrolar
dos concursos. A todas as equipas não podemos
também deixar de associar os dirigentes e elementos de comando que as prepararam, treinaram e acompanharam e o Júri, cujo mérito e
dedicação tem sido exemplar ao longo dos
anos.
Os Concursos de Manobras estão, sem dúvida, para ficar, não só como tradição e ponto de
encontro entre bombeiros, mas também como
demonstração que, também através da competição, é possível conviver, demonstrar “fair-play” e camaradagem e lutar por resultados.
Com base nessa postura cívica, tão bem demonstrada pelos bombeiros portugueses, por
que não, no futuro, pensar em complementar e
enriquecer as disciplinas e provas tradicionais
dos atuais concursos com outras igualmente
suscetíveis de competição. Lembre-se, por
exemplo, o domínio do trauma, do salvamento
em grande ângulo, o resgate em todas as suas
expressões, incluindo o realizado em estruturas
colapsadas, ou até o próprio mergulho.
Tenho pensado muito nisso, como forma de
valorizar, enriquecer e atualizar as formas de
demonstração de maestria dos bombeiros nos
diferentes domínios.
As disciplinas que compõem atualmente te os
Concursos deverão, sem dúvida, manter-se. Por
um lado, fazem parte de um repositório inesquecível de técnicas e procedimentos operacionais que a história e a eficácia perpetuaram até
hoje. Por outro, são uma demonstração de são
convívio, fair-play e cidadania que constitui um
verdadeiro sinal de contradição com o que hoje
habitualmente se vê associado à competição. E,
ainda, por que dá azo a que se associem novas
modalidades e disciplinas igualmente demons-
trativas das capacidades dos bombeiros nos
dias de hoje.
Tenho recebido também muitas sugestões
positivas nesse sentido. Mas essa mudança, ou
adição, melhor dizendo, exige um consenso
alargado, demonstrativo da vontade dos bombeiros e da importância que atribuem para que
isso possa vir a acontecer.
A Liga dos Bombeiros Portugueses está,
como sempre, disponível para liderar um processo desse tipo. Aliás, na senda das muitas
mudanças que fomos introduzindo no setor com
determinação mas também com o bom-senso
que sempre se impõe. Sempre na defesa da
identidade cultural e social dos bombeiros portugueses, dos seus símbolos, das suas estruturas e da sua preparação para a missão. Identidade e cultura de que os Concursos fazem inquestionavelmente parte.
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JUNHO 2015
BIG/LBP
Presidente defende três EPI por bombeiro
ninguém lhes tivesse batido à
porta”. Iniciativa que começou
tendo como objetivo os Voluntários de Carregal do Sal e de
que, por decisão do próprio
banco, a disponibilidade total
da LBP e o empenhamento e o
elo de ligação estabelecido pelo
comandante dos Bombeiros de
Carregal do Sal, Miguel Ângelo.
Em contraponto, o comandante Jaime Soares lamentou
PESTANA/LBP
A
Descontos em hotéis
empresa “Pestana Management” e a Liga dos Bombeiros Portugueses assinaram um
protocolo através do qual os dirigentes, bombeiros e familiares passam a beneficiar de condições especiais de acesso às
unidades hoteleiras daquele
grupo.
O protocolo abrange os órgãos sociais, bombeiros, colaboradores das associações e corpos de bombeiros, cônjuges e descendentes bem como os órgãos sociais e colaboradores da LBP, cônjuges e descendentes.
O acesso em condições especiais e preferenciais às unidades hoteleiras do Grupo Pestana
abrange as unidades da “Pestana Hotels & Resorts”, das Pousadas de Portugal e do “Luxury
Hotels”.
As condições estão descriminadas no anexo ao
protocolo celebrado entre as duas entidades e inserido no sítio da LBP.
HERÓIS CM 2015
s leitores do jornal “Correio
da Manhã” elegeram o
bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Peniche, José Santos,
com o primeiro lugar da categoria “Heróis CM com Farda”. A
entrega do prémio contou com
a presença do presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime
Marta Soares, também enquanto membro do Júri.
José Santos salvou uma mulher de morrer afogada que tinha caído ao mar junto ao antigo cais de pesca de Peniche. O bombeiro atirou-se às águas logo que se apercebeu do que havia
ocorrido, sendo depois apoiado pelos seus colegas.
O prémio, com um valor pecuniário de 1000
euros, foi entregue na gala promovida pelo “CM”
Foto: Vítor Mota/CM
O
Eleito operacional de Peniche
e pela CMTV” em 7 de junho passado nos jardins
do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras.
O segundo lugar do prémio “Heróis CM com
Farda” foi para os Bombeiros Voluntários de Albufeira e o terceiro para o tripulante do salva-vidas
de Ferragudo, Pedro Cardoso
os atrasos verificados nos processos de concurso lançados
através das CIM, iniciados em
2013 sem que, até agora, mesmo assim todos estejam concluídos e os equipamentos entregues aos bombeiros. “Não
quero criar polémica mas também posso deixar de dizer o
que é correto”, frisou aquele
responsável.
A propósito, o presidente da
LBP defendeu a necessidade de
dotar cada bombeiro de três EPI
e referiu que a confederação já
defendeu isso junto do Governo
solicitando que esse desiderato
seja uma realidade dentro de
três a quatro anos.
“Os poderes instituídos não
fazem favor nenhum em garantir aos bombeiros os equipamentos”, sublinhou o comandante Jaime Soares.
O administrador do BIG, Paulo Figueiredo quis sublinhar” o
envolvimento dos portugueses
nesta campanha, permitindo
que o dinheiro angariado tenha
revertido para a produção de
305 equipamentos de segurança individual”.
Fazendo um balanço positivo
da iniciativa, o responsável do
BIG não deixou de referir que
“também estamos conscientes
de que é preciso dar continuidade a esta iniciativa, envolvendo
a sociedade civil e as nossas
instituições para este problema
no futuro”.
A escolha das 61 associações
de bombeiros contempladas
com os equipamentos resultou
de um sorteio realizado em outubro do ano transato e cujos
resultados o “BP” divulgou: 16
da Zona Norte, 15 da Zona Centro Norte, 11 do Centro Sul, 17
do Sul, Ribeira Grande dos Açores e Câmara de Lobos da Madeira.
FARDAMENTOS
O
LBP apela às associações
fornecimento de fardamentos através do respetivo departamento da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) passa
a estar sujeito a novas regras.
O conselho executivo da LBP
decidiu estabelecer um conjunto de regras para os futuros fornecimentos de fardamentos às
associações e corpos de bombeiros. Assim, o pagamento no
acto da compra beneficiará de
um desconto de 3 por cento.
Os fornecimentos a crédito,
com limite de 60 dias sem juros, podem ser feitos desde que
as associações não tenham dívidas pendentes à LBP. Após os
60 dias serão aplicados juros à
taxa legal em vigor.
Às Associações que tenham
dívidas pendentes sem acordo
de pagamento só serão fornecidos fardamentos a pronto.
Relativamente às dívidas
pendentes ficou estabelecida
uma nova metodologia. Assim,
a dívida até 6 meses fica sujeita
Foto: Marques Valentim
presidente da Liga dos
Bombeiros
Portugueses
(LBP) enalteceu o esforço desenvolvido pelo Banco BIG e o
exemplo dado à sociedade,
para que 61 corpos de bombeiros voluntários tenham passado
a dispor de 305 equipamentos
de proteção individual para
combate a incêndios em espaço
natural (EPI) obtidos a partir da
campanha lançada por aquela
instituição bancária “Vamos
proteger quem nos protege”.
O comandante Jaime Marta
Soares falava na cerimónia de
entrega dos equipamentos,
realizada no quartel dos Bombeiros Voluntários de Fátima no
final de maio, na presença de
Paulo Figueiredo, administrador
do BIG, Nazareno do Carmo,
vice-presidente do Município de
Ourém, do presidente e comandante dos Voluntários de Fátima, bem como dirigentes e elementos de comando das 61 associações abrangidas.
O presidente da LBP não quis
deixar de identificar a iniciativa
do BIG, “como uma atitude de
grande nobreza pela forma espontânea como surgiu sem que
Fotos: Marques Valentim
O
a um prazo de 15 dias para a
sua liquidação ou apresentação
de plano de pagamentos acrescido dos respetivos juros de lei.
No caso das dívidas superiores a 6 meses ficam sujeitas ao
pagamento imediato acrescido
de juros de mora. Neste caso,
os devedores deverão ser informados de que passados quinze
dias após a notificação terá lugar a cobrança coerciva.
Esta nova metodologia fica a
dever-se ao facto do Departamento de Fardamentos da LBP
ter acumulado ao longo de anos
dívidas provenientes de fardamentos às associações e corpos
de bombeiros a que urge por
cobro. Inclusive, porque os fornecedores exigem à LBP pagamentos a 60 dias, o que torna a
situação insuportável do ponto
de vista financeiro.
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JUNHO 2015
MAI DETERMINA INQUÉRITO
A
Kamov a conta gotas
ministra da Administração Interna determinou,
no passado dia 20 de junho, à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito relacionado com os problemas que estão
na base da inoperacionalidade
dos cinco helicópteros pesados
Kamov. A decisão surge depois
da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ter detetado
problemas “graves no estado
das aeronaves”, que ditaram “a
impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição
de serem operados”, durante o
processo de transferência dos
Kamov da Heliportugal para a
Everjets, a empresa que ganhou o concurso público de
operação e manutenção dos
aparelhos para os próximos
quatro anos. Em nota tornada
pública, Anabela Rodrigues referiu que “considerando a gravidade de tais factos, bem como
das suas consequências em termos financeiros e de disponibilidade destes meios aéreos”, a
ministra determinou, por proposta do secretário de Estado
da Administração Interna, João
Almeida, que a IGAI abrisse inquérito”. O inquérito vai incidir
sobre “as circunstâncias descritas e apuradas durante o processo de consignação dos meios
aéreos próprios pesados do Estado, tendo em vista o apuramento de responsabilidades a
que haja lugar nesse âmbito”.
No comunicado, o MAI adianta
que, em resultado de concurso
público internacional, a operação e manutenção da frota de
meios aéreos próprios pesados
do Estado foi adjudicada a um
novo operador, sendo o processo de transferência “necessariamente precedida de receção
das aeronaves da empresa anteriormente responsável pela
sua manutenção para a Autoridade Nacional de Proteção Civil”. Durante este processo, foram verificadas “uma série de
não conformidades graves no
estado das aeronaves”, adianta
o ministério. Num comunicado
divulgado no dia anterior a esta
decisão politica, a ANPC informou que apenas um dos cinco
helicópteros Kamov da frota do
Estado está operacional, situação que leva a ANPC a admitir
finalmente que não garante a
entrada de outras duas aeronaves no dispositivo de combate a
incêndios deste ano. “Neste
momento está apenas em condições de plena operacionalidade um dos cinco Kamov da frota
do Estado”, referiu a ANPC,
adiantando que duas aeronaves
vão ser reparadas num “curto
espaço de tempo” e as outras
duas requerem intervenções
mais profundas, “não sendo
possível garantir a sua entrada
no atual dispositivo”. Para compensar a falta destes meios, a
Proteção Civil sublinhou que foram adotadas medidas alternativas que “passam pela antecipação da entrada de meios aéreos no dispositivo, nomeadamente helicópteros ligeiros e
aviões bombardeios médios”.
Segundo a ANPC, todos os
aparelhos “inspecionados necessitaram ou necessitam de
intervenções técnicas”.
Na reação a todo este caso, a
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) veio a publico “lamentar” toda esta situação,
lembrando que o Governo prometeu um dispositivo área de
49 aeronaves para apoio aos
operacionais no terreno. Admitindo que “alguma falhou”, a
Liga congratulou-se com a decisão de abertura de um inquérito, sublinhando que fica a
aguardar com “expectativa” os
resultados, admitindo a sua
“preocupação” face a uma situação que pode ter efeitos
“negativas” na operacionalidade do dispositivo de combate a
incêndios. “Todos sabemos que
os meios aéreos desempenham
um papel fundamental no apoio
aos operacionais e não queremos sequer pensar que os
meios prometidos não vão estar
disponíveis”, referiu o presidente da LBP Jaime Marta Soares,
para quem é preciso ir “ao fundo” desta questão e perceber
quais as motivações que estiveram na origem de um negócio
que já se provou foi ruinoso
para o Estado. “Sempre afirmamos que a compra destas aeronaves foi um erro lamentável,
por vários motivos”, concluiu o
dirigente.
Os timings de uma decisão
política
Com a extinção da Empresa
de Meios Aéreos (EMA) em ou-
SETÚBAL
Federação ganha sede
A
Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal comemorou o 40º aniversário e obteve a
primeira sede própria na Travessa da Estalagem
nº7, no Seixal, graças ao apoio da Câmara Municipal do Seixal.
Antes da cerimónia de inauguração decorreu
uma cerimónia em formatura na Praça Primeiro
de Maio, durante a qual a Federação e a Autarquia celebraram um protocolo e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), representada pelo seu
vice-presidente Rodeia Machado, condecorou a
Câmara do Seixal com a medalha de serviços distintos grau prata, por proposta da Federação.
No final, realizou-se um desfile apeado e moto-
rizado e, após a inauguração, decorreu um almoço convívio que juntou todos os participantes
presentes nas comemorações.
tubro do ano passado, a ANPC
ficou responsável pela gestão
dos contratos de operação e
manutenção dos meios aéreos
próprios do Estado. Na altura,
foram várias as vozes que se levantaram para dizer que o calendário “apertado” de todo
este processo poderia por em
causa o grau de prontidão dos
meios. Depois de algumas semanas de silêncio, e já em plena Fase Bravo, a ANPC acabou
por confirmar este cenário, ao
dizer que a inoperacionalidade
das aeronaves ficava a dever-se
ao processo de transferência
dos russos Kamov, iniciado em
março, para a empresa Everjets. E é nesta altura que tudo
se adensa. Durante o processo
de consignação, explicou a
ANPC foram detetadas “não
conformidades graves no estado das aeronaves”, que ditaram
“a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena
condição de serem operados”.
Sabe-se agora que a ANPC decidiu fazer uma avaliação técni-
ca ao estado das aeronaves
com o objetivo de dar garantias
ao novo operador, uma avaliação não independente e que
deixou de fora a entidade que
regula o sector, a Autoridade
Nacional de Aviação Civil
(ANAC). Todos este processo
que vai agora auditado, resultou num confronto acesso de
posições entre as duas empresas envolvidas e a ANPC, que
admite mesmo recorrer a tribunal para ser ressarcida dos
“prejuízos” causados ao Estado.
A somar a tudo isto, dois dos
cinco helicópteros Kamov precisam de intervenções profundas avaliadas em quatro milhões de euros. O presidente da
ANPC já disse publicamente
que “não sabe” onde vai ser
possível ir buscar o dinheiro.
Grave Pereira não sabe também quando poderão vir a estar disponíveis estas aeronaves
para missões de combate a incêndios. A única certeza é que
a Fase Charlie começa a 1 de
julho com um dispositivo anunciado pelo Governo de 49 aeronaves.
PC
6
JUNHO 2015
Pesquisa/Texto:
Luís Miguel Baptista
Contributos para a história da formação (II)
O
s progressos não deixam de se
fazer sentir. Os bombeiros portugueses são os primeiros a tratar em público de um assunto que, nas
décadas de 30 e 40, causa enorme
apreensão na Humanidade, pelo risco
iminente de conflitos armados: a guerra química.
O Comandante Álvaro Valente, autor
de um trabalho de fundo sobre o mesmo tema, escreve em Dezembro de
1934, no Boletim da Confederação:
“(...) os nossos serviços são duma
tal vastidão, demandam uma soma de
conhecimentos tão extensa e complicada, que estamos sempre a aprender.”
Na primeira metade dos anos 40,
Lisboa vive apreensiva. No contexto da
II Guerra Mundial, o exército alemão planeia a
invasão da Península Ibérica. Entre Portugal e Espanha, celebra-se um pacto de neutralidade. Esforços diplomáticos desviam as atenções da presumível força invasora. Mas a neutralidade de
Portugal apresenta-se dúbia. As relações estabelecidas com todos os países envolvidos no conflito
tornam o país vulnerável a um ataque-surpresa
de qualquer parte. A situação exige cautela, razão pela qual se realizam, em Lisboa, exercícios
de defesa passiva antiaérea. Nas ruas, instalam-se abrigos e postos de socorros, enquanto os
vidros das janelas dos edifícios ostentam a colagem de fitas de papel a fim de evitar mal maior
produzido por possíveis estilhaços. A organização
de exercícios não se circunscreve a Lisboa. Um
pouco por todo o país simulam-se cenários de
guerra e dão-se ensinamentos às populações sobre medidas de protecção. A participação dos
bombeiros torna-se evidente, intervindo ao lado
da aviação nacional.
Simultaneamente, a ameaça de guerra também atormenta os responsáveis dos bombeiros,
sobretudo, prevendo que, em caso de ataque retaliatório, não existem condições para adequada
prestação de socorro. Atenta à vida do país e às
suas eventuais incidências na missão do bombeiro, no final do ano de 1940, a Liga, denuncia,
através do seu Boletim, num artigo intitulado “Os
Bombeiros e a Guerra”, da autoria de Carlos
Queiroz:
“No incêndio vulgar, digamos, assim, o nosso
bombeiro está preparado e instruído para se defender da derrocada que o fogo provoque; mas
ainda não o está para a que fôr produzida por
algum elemento explosivo que de cima venha. O
nosso bombeiro sabe bem o que há-de fazer a
quando do rescaldo e da remoção dos escombros
do tempo de paz: mas ainda não está treinado
convenientemente a fazer tudo isto por forma a
poder recolher com a maior segurança os corpos
das vítimas que necessitem de ser hospitalizados
ou levar para a morgue os que tombarem para
todo o sempre, quando isto se dê em período de
guerra.”
A LBP está identificada com a realidade dos
bombeiros em Portugal. Este facto, associado ao
conhecimento técnico que detém da situação,
confere-lhe autoridade suficiente para sugerir,
em defesa dos bombeiros e do interesse nacional:
“(...) é indispensável que o nosso bombeiro tenha a seu lado os carros auto-macas suficientes,
como também que os mesmos estejam em estado de não permitir que fiquem pelo caminho e,
mais ainda, que esteja provido de máscaras
apropriadas para se defender da fumosidade e matérias deletérias.
Se voltarmos as nossas vistas para
o que se passa com as corporações de
fora de Lisboa, então o quadro é desolador e isso resultante das deficiências
materiais. Algumas corporações fazem
quási o impossível para se poderem
manter, devido à exiguidade dos seus
recursos.
Em resumo: Se amanhã as corporações forem chamadas a prestar os
seus socorros em emergência que imponha o alargamento da sua esfera de
acção, só se poderá contar com a dedicação e intrepidez dos seus bombeiros, por isso que o material e apetrechamento de que dispõem não lhes
permitirá ir mais além do que hoje podem fazer.
Nestas condições, é de esperar que
as Câmaras Municipais, cônscias da
responsabilidade que sôbre elas impende no serviço de incêndios, envidem os seus melhores esforços no
sentido de provêr as corporações com
o material necessário a bem poderem
cumprir a sua altruista missão.”
Em 8 de Maio de 1945, é anunciado
o fim da guerra, em consequência da
rendição alemã. Portugal sai intacto do conflito.
Os bombeiros registam, apenas, a habitual prestação de serviços. Mas novos desafios não deixam
de continuar a colocar-se à instrução do bombeiro.
Retomada a normalidade no curso de vida, é
aguardada a chegada dos anos 50. Desenvolvidos
conhecimentos técnicos oriundos do estrangeiro,
traduzidos para português e publicados no Boletim da Liga, influem na formação de uma nova
consciência. Fala-se da espuma e da neve carbónica, dos pronto-socorros com brigadas especializadas, dos bombeiros-paraquedistas, dos produtos incombustíveis, incomburentes, dos variados
e complexos sistemas de construção, dos fenómenos eléctricos, químicos, meteorológicos e climatéricos. Espalha-se a ideia de que “é preciso estudar e aprender sempre” e insiste-se na criação de
escolas destinadas a formar elementos de comando. Urge mudar as mentalidades, conforme faz
entender o Comandante Álvaro Valente, em Maio
de 1949, num artigo de opinião :
“Há quem suponha, dentro da nossa classe,
que tudo e nada precisa aprender.
Há quem defenda o critério de que o estudo da
construção civil é para arquitectos e engenheiros,
o da electricidade para os electricistas, o da química é para os analistas, e assim por diante, não
sendo necessário ao bombeiro mais do que a velha teoria das velhas instruções.”
Tudo evolui à volta do bombeiro e já nada é
como antes:
“Com uma agulheta, alimentada por uma bomba braçal, o bombeiro procurava espalhar a água,
operando desta forma mecânica e fisicamente, arrefecendo o meio e abafando as chamas com uma
forte nuvem de anidrido carbónico. Hoje, com
uma agulheta alimentada por uma moto-bomba,
a maioria dos Bombeiros apenas lança a água
para as chamas, não procurando espalhá-la.”
As vantagens das novas teorias tendem a dar
melhor preparação ao bombeiro e fazer do combate a incêndios “um problema
científico”. Por essa razão, defende-se que sejam instruídos
conhecimentos de Física, Química, Electricidade, Construção Civil, Hidráulica e, até, Meteorologia, além de outros considerados de carácter especializado.
Num tempo ainda marcado pelo
reconhecimento de que “a grande escola do bombeiro está nos
fogos”, tenta-se contrapor e
afirmar, nos princípios e na acção, que “a escola dos fogos
precisa de ser coadjuvada, esclarecida, aperfeiçoada e com-
pletada com as instruções teóricas e com os exercícios práticos”.
A complementar a nova filosofia, é defendida
igualmente a realização de concursos entre corpos de bombeiros, com o intuito de “aumentar
conhecimentos e cimentar o brio e aquele estímulo que obriga os Bombeiros a adestrarem-se
cuidadosamente”.
O futuro dos bombeiros portugueses, nas suas
várias vertentes, domina o pensamento de todos
quantos se revêem na actividade prosseguida
pela LBP e incita a procura de soluções para inevitáveis problemas. Os 20 anos passados sobre a
data da fundação da Liga exigem maior responsabilidade na conservação dos êxitos alcançados
em tão significativo período, fornecendo aos corpos de bombeiros condições que mantenham estabilidade funcional. Assim traduz o arrojado
ponto de vista defendido pelo Comandante Álvaro
Valente, em 1952: a criação de uma escola de
comandos, a funcionar junto da LBP, com corpo
docente, programa de cursos, instalações e orçamento. Isto porque, na sua opinião, “(...) é necessário não esquecer que a chamada «velha
guarda» - composta de legítimas glórias -, vai a
desaparecer pelo tempo e pelo esgotamento natural, e que, para o seu lugar, não podem forjar-se ao acaso e sem probabilidades de êxito dos
que a substituirão.”
A ideia de criação de uma escola de bombeiros
vai levar mais de 20 anos a consolidar-se. Na segunda metade da década de 70, no âmbito da
profunda reestruturação operada na orgânica dos
Serviços de Incêndios, despoletada pela Liga, começa a falar-se na Escola Nacional de Fogo. O
assunto não mais deixa de estar adormecido, impondo-se cada vez mais pela sua necessidade.
Excertos do capítulo “Instruindo o Bombeiro”,
do livro “75 Anos a Construir Futuro”,
comemorativo dos 75 Anos da Liga dos
Bombeiros Portugueses, da autoria de Luís
Miguel Baptista
7
JUNHO 2015
25 NOVOS PEM
Ficam a faltar 21 concelhos
O
Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM) vai abrir, já no próximo mês de julho, o maior número de Postos PEM desde
há cinco anos a esta parte. Com a abertura deste
novos postos, e segundo dados do Instituto, ficam
a faltar 21 concelhos para que o país fique totalmente coberto com estas unidades sedeadas nos
corpos de bombeiros. Dos novos postos que vão
ser abertos em julho, sete já estavam previstos
no plano de 2014, mas acabaram por transitar
para este ano. Quinze estavam calendarizados
para abrir este ano e, finalmente, há outros três
postos PEM que o INEM antecipa e que estavam
incluídos no plano de 2016. Assim, e feitas as contas, o INEM passa a ter 300 PEM em 257 dos 278
concelhos de Portugal continental. Na reação a
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) sublinha
que este reforço vai ajudar, embora sublinhe que
esta é uma “medida tardia”, porque ainda faltam
ambulâncias em cerca de 20 municípios. “Há um
conjunto de meios que já deviam ter sido distribuídos em 2014”, lembrou Jaime Marta Soares,
recordando a existência de um protocolo assinado
entre a Liga e o INEM para que os 308 municípios
portugueses possuam uma ambulância.
Jaime Soares sustentou que o protocolo está
longe da sua concretização, considerando que as
ambulâncias que vão ser entregues este ano estão dentro daquilo que ficou estabelecido. “Esperamos que o ritmo seja mais rápido, para poder
concluir este processo de uma ambulância de
emergência em cada município instalada no corpo de bombeiros”, sublinhou.
O INEM anunciou este mês que vai investir, até
ao fim do ano, cerca de 22 milhões de euros em
mais de 50 novos meios de socorro e emergência
médica. O Instituto precisou que se trata de duas
novas viaturas de emergência e reanimação
(VMER), sete ambulâncias de suporte imediato
de vida, 13 ambulâncias de emergência médica,
cinco motos de emergência e 25 postos de emergência médica. O INEM justifica que o investimento inicial é de cerca de 3,5 milhões de euros,
a que acresce o custo operacional anual de 19
milhões.
Jaime Marta Soares lembrou ainda que a Liga
insiste em rever o protocolo com o INEM, uma
vez que considera que há situações incluídas no
documento que “estão desajustadas da realidade
e da evolução do dia-a-dia, da sociedade e dos
próprios bombeiros”. O responsável lembrou
também que os bombeiros são “um parceiro essencial” do INEM, já que segundo este “80 por
cento da atividade do instituto é desenvolvida pelos corpos dos bombeiros, nomeadamente dos
voluntários”.
PC
25 novos PEM
St.ª Marta do Penaguião (Vila Real) *
Tarouca (Viseu) *
Vila Nova de Cerveira (Viana do Castelo) *
Ribeira de Pena (Vila Real)
Sabrosa (vila Real)
Tabuaço (Viseu)
Armamar (Viseu)
Boticas (vila Real) **
Meda (Guarda) **
Sernancelhe (Viseu) **
Penalva do Castelo (Viseu) *
Carregal do Sal (Viseu) *
Nelas (Viseu)
Alvaiázere (Leiria)
Pampilhosa da Serra (Coimbra)
Vila de Rei (Castelo Branco)
São Brás de Alportel (Faro) *
Sobral de Monte Agraço (Lisboa) *
Setúbal (Setúbal)
Mação (Santarém)
Castro Verde (Beja)
Redondo (Évora)
Portel (Évora)
Vidigueira (Beja)
Alandroal (Évora)
* Previsto no Plano de 2014
** Antecipados do Plano de 2016
O
Programa prossegue
a passo certo
programa de vigilância médica dos bombeiros reivindicado
pela Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) e apoiado pelo Ministério da Administração Interna (MAI)
prossegue neste momento a
passo certo, tendo já abrangido mais de 8 mil elementos dos corpos de bombeiros inscritos.
A princípio, o programa
abrangeu apenas os bombeiros do continente mas, a
instâncias da LBP, nomeadamente do seu presidente,
comandante Jaime Marta
Soares, junto do então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e
com a sua adesão total, foram criadas as condições
junto dos respetivos Governos Regionais e
Serviços Regionais de Proteção Civil e Bombeiros, para que os operacionais da Madeira
e Açores passassem também a usufruir
dele. No caso da Madeira, o programa já
abrangeu 338 bombeiros. No caso dos Açores, já incluiu 600 elementos.
A vigilância médica dos bombeiros era
um tema abordado em todos os encontros
nacionais de bombeiros, previsto até na
própria lei mas que não havia sido possível
até 2013 tirar do papel e por no terreno.
Garantido o apoio do MAI, a LBP avançou
com o programa a nível continental e, pouco depois, conseguiu torná-lo extensível
aos bombeiros da Madeira e dos Açores.
A execução do programa tem permitido
concretizar o controlo médico, incluindo
uma bateria de exames que, noutras circunstâncias, porventura, não permitiria a
deteção ou despistagem de
muitas situações clínicas.
A par do bom andamento
do programa, contudo, tem-se vindo a verificar um volume indesejável de faltas às
consultas e exames, cerca de
255. O resultado disso é que,
tratando-se da segunda falta, nos termos contratuais o
valor é cobrado (37,5 euros)
sem que tenha servido de
qualquer valia para o próprio
bombeiro e para a sua associação.
A LBP, por isso, apela para
que se evitem essas situações. No caso da primeira
falta nada é cobrado e procede-se à segunda marcação
mas, falhada esta, o prejuízo
daí resultante não só não beneficia ninguém como consome desnecessariamente a dotação prevista.
Por distritos, o programa de vigilância já
abrangeu 555 bombeiros em Aveiro, 149 em
Beja, 454 em Braga, 205 em Bragança, 208
de Castelo Branco, 469 de Coimbra, 249 de
Évora, 110 de Faro, 199 da Guarda, 508 de
Leiria, 401 de Lisboa, 136 de Portalegre, 720
do Porto, 425 de Santarém, 370 de Setúbal,
103 de Viana do Castelo, 345 de Vila Real e
353 de Viseu.
Foto: Marques Valentim
VIGILÂNCIA MÉDICA DOS BOMBEIROS
REVIVER MAIS
“Ao Encontro
dos Bombeiros Portugueses”
R
eunido recentemente, o Conselho de Administração Executivo (CAE) da Reviver Mais – Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses aprovou, por
unanimidade, o regulamento do concurso para a elaboração
do cartaz promocional da instituição, subordinado ao tema
“Ao Encontro dos Bombeiros Portugueses”.
Proposta pelo secretário do CAE, José Manuel Neto, a iniciativa corresponde ao Plano de Atividades para 2015 e integra-se nas comemorações do 13.º aniversário da associação.
O concurso, objetivado pela promoção e divulgação da
“Reviver Mais”, junto das estruturas dos bombeiros portugueses, através da realização de um cartaz promocional,
destina-se a “bombeiros pertencentes a qualquer um dos
quadros dos corpos de bombeiros; estagiários e cadetes devidamente inscritos nos corpos de bombeiros; membros dos
órgãos sociais das associações humanitárias de bombeiros,
no pleno exercício das suas funções; sócios da Reviver Mais”.
De acordo com o regulamento, cujo articulado será tornado público brevemente, “pretende-se selecionar uma imagem gráfica dinâmica que, além de arrojada e atual, contemple, obrigatoriamente, os seguintes elementos: bombeiros portugueses; humanismo; solidariedade; protecção social; logotipo da Reviver Mais.”
De referir ainda que, mediante proposta do vice-presidente, comandante QH França de Sousa, também aprovada por
unanimidade, serão atribuídos prémios pecuniários aos três
primeiros classificados.
8
JUNHO 2015
BARCELINHOS
Foto: Marques Valentim
Comandante
condecorado
em Espanha
FÉNIX DE HONRA PARA EX-AUTARCA
A
Almada rendida no Dia do Bombeiro
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) distinguiu a ex-presidente
da Câmara Municipal de Almada
(CMA), Maria Emília de Sousa, com a
segunda mais alta condecoração da
Confederação: a Fénix de Honra.
O galardão foi entregue no dia 7
de junho, por ocasião das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro,
em cerimónia solene realizada na
Praça São João Baptista, que contou
com a presença de muitas personalidades locais e também ligadas ao setor dos Bombeiros e Proteção Civil.
Coube ao presidente do Conselho
Executivo da LBP, Jaime Marta Soares, proceder à imposição da insígnia, convidando para o acompanhar
no ato, além de representantes de
entidades com quem a antiga edil
cooperou, os presidentes da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal, respetivamente, José Manuel
Maia e Joaquim Miguel Judas.
Antes, porém, o mesmo responsável teceu rasgados elogios em torno
do perfil e do desempenho autárquico de Maria Emília de Sousa, apontando esta como sendo “um verdadeiro exemplo das virtualidades do
Poder Local”.
“Maria Emília de Sousa é merecedora do nosso profundo reconhecimento, porquanto ao garantir sempre, o mais adequado apoio aos
bombeiros do seu concelho, contribuiu, simultaneamente, para o reforço da operacionalidade dos bombeiros portugueses”, referiu Jaime Marta Soares.
O presidente aproveitou ainda o
momento para deixar uma palavra
de serenidade acerca de diferentes
problemáticas que parecem inquietar
o , com destaque para a Lei de Financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros, considerando que
o desconhecimento dos factos, evi-
denciado com regularidade por alguns responsáveis, tende a deturpar
a mais-valia proporcionada pela futura legislação.
Para Jaime Marta Soares, “não é
uma lei perfeita e muito menos corresponde ao modelo perfilhado e
proposto, ao Governo, pela Liga dos
Bombeiros Portugueses. Não é a lei
que nos tirará da situação de sufoco,
mas representa a solução que foi
possível encontrar, num contexto
muito difícil, para não prejudicar
mais o financiamento das nossas estruturas. A Liga, infelizmente, não
governa o país e muito menos tem
capacidade para legislar, pelo que
esta é, apenas, uma fase do longo e
difícil trabalho que, neste e noutros
domínios, ainda temos pela frente”.
Durante a mesma cerimónia foram
entregues medalhas municipais a
elementos dos três corpos de bombeiros do concelho e subscritos os
protocolos no âmbito dos apoios municipais para renovação da frota automóvel, melhoramentos nas instalações operacionais e aquisição de
equipamentos.
As comemorações do Dia Municipal
do Bombeiro terminaram com a deposição de uma coroa de flores no
Monumento ao Bombeiro, na Praça
Comandante José Braz.
O
comandante dos Bombeiros Voluntários
de Barcelinhos vai ser condecorado pela
Proteção Civil de Espanha, ANAV em cerimónia a realizar naquele país em julho.
A condecoração pretende distinguir colaboração prestada pelo comandante José António
Beleza depois de várias trocas de experiências entre as duas entidades ocorridas nos últimos anos, tendo por base as afinidades
morfológicas dos dois territórios no contexto
rural e florestal.
Para a Proteção Civil Espanhola, a forma
como o distinguido “ tem estruturado e formado o corpo de bombeiros Voluntários de
Barcelinhos é considerado um exemplo que
ultrapassa fronteiras, nomeadamente no contexto europeu”
A ANAV reforça a sua decisão na colaboração prestada pelo comandante Beleza, não só
na zona da Galiza, mas noutras zonas de Espanha.
ALERTA VERMELHO
PARA A SEGURANÇA
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
N
Prémio de Boas Práticas ANPC 2015
Como identificar a candidatura de uma boa prática do meu corpo de bombeiros
o seguimento dos contactos estabelecidos
por vários Corpos de Bombeiros à Divisão de
Segurança, Saúde e Estatuto Social da DNB da
ANPC é notório o interesse que esta iniciativa
despoletou a nível nacional, bem como a existência de algumas dúvidas quer sobre a identificação de uma boa prática, quer sobre os procedimentos associados à submissão de uma
candidatura.
5. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DA BOA PRÁTICA PARA O FUTURO
Evidência de que a Boa Prática apresentada
não foi uma ação isolada, mas uma mudança de
práticas de segurança e saúde ocupacional com
reflexo na cultura do próprio CB.
Áreas de candidatura ao prémio
O fluxograma com a apresentação das várias
etapas desde a submissão da candidatura ao
anúncio do vencedor do Prémio de Boas Práticas ANPC 2015 está representado na seguinte
figura.
Importa realçar que o Júri irá selecionar os
três CB´s finalistas com base no formulário de
candidatura e respetiva documentação de apoio
remetida. Posteriormente irá realizar uma visita
de avaliação aos três CB´s finalistas, para recolha de informação adicional e decisão sobre o
CB vencedor.
Existem seis áreas temáticas que permitem a
candidatura ao Prémio Boas Práticas ANPC
2015: Segurança Rodoviária; Intervenção Pré-Hospitalar; Transporte de Doentes; Incêndios
Florestais; Incêndios Urbanos e Industriais e
Instalações de Corpos de Bombeiros. Assim, um
Corpo de Bombeiros (CB) pode fazer apenas
uma candidatura a uma das áreas, bem como
fazer seis candidaturas (uma por cada área temática).
Como identificar uma boa prática de
segurança e saúde ocupacional
No site da ANPC (www.prociv.pt) são disponibilizados exemplos de boas práticas nas várias
áreas temáticas. A melhor forma de analisar se
uma boa prática em vigor no seu CB reúne as
condições necessárias para submeter uma can-
Processo de submissão da candidatura e
definição do vencedor do prémio
didatura é validar cada uma das etapas do processo de submissão.
1. PROBLEMA IDENTIFICADO
Descrição de como, quando e sob que forma
surgem perigos/riscos e seus efeitos e consequências (eventuais problemas de saúde, doenças, acidentes, repercussões nas operações,
etc.). A descrição deve ser clara, de modo a que
todos aqueles que acedem à informação possam compreender os motivos das medidas tomadas.
2. PARTICIPAÇÃO DO QUADRO DE COMANDO E DO QUADRO ATIVO NA BOA PRÁTICA
Evidência de que a implementação da Boa
Prática envolve os elementos do Quadro de Comando e o maior número possível de elementos
do Quadro Ativo, de forma a contribuir para
uma cultura de segurança e saúde ocupacional
no CB.
3. SOLUÇÃO IMPLEMENTADA
Descrição clara das medidas tomadas, que
deve ser de fácil compreensão, de modo a permitir ao leitor ficar com uma ideia explícita da
solução adotada.
4. EFICÁCIA DOS RESULTADOS
Descrição dos resultados mensuráveis e
também de quaisquer benefícios “não mensuráveis”. Por exemplo, redução da incidência de
sintomas de doença, melhor ambiente de trabalho, melhoria das condições de trabalho sob
o ponto de vista ergonómico e/ou económico,
eficácia das operações de socorro, etc. Tal poderá incluir os custos e benefícios humanos,
sociais e económicos, e os resultados positivos.
Dúvidas e esclarecimentos sobre o
Prémio Boas Práticas ANPC 2015
A Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto
Social da Direção Nacional de Bombeiros
(ANPC) está à disposição através do telefone
214 247 100 ou do endereço eletrónico dsses@
prociv.pt.
9
JUNHO 2015
2.º DESFILE DE VIATURAS CLÁSSICOS DE BOMBEIROS
O
Famalicão foi museu vivo
centro da cidade de Famalicão foi convertido,
no dia 7 de junho, num
autêntico museu vivo dos bombeiros, onde puderam ser apreciadas algumas das suas mais
importantes relíquias do domínio automóvel.
Assistido por milhares de
pessoas, ali teve lugar o 2.º
Desfile de Viaturas Clássicas de
Bombeiros de Portugal, integrado nas comemorações dos 125
anos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de
Famalicão (AHBVF), bem como
na programação das Festas Antoninas 2015.
De acordo com a organização, que se empenhou ao máximo, esmerando-se em todas as
vertentes, tratou-se do evento
do género que, até hoje, no espaço europeu, reuniu maior número de veículos clássicos de
bombeiros.
Desde os pronto-socorros
até às ambulâncias, passando
pelos transportes de pessoal e
auto comandos, de diferentes
marcas, modelos e épocas,
desfilaram 83 exemplares, em
representação de 45 corpos de
bombeiros, de Norte a Sul do
país.
Um veículo, Packard, dos
Bombeiros Voluntários de Famalicão, minuciosamente recuperado, conforme todos os seus
aspetos originais, recebeu o
prémio destinado ao melhor
restauro. Por sua vez, o prémio
para a viatura mais antiga foi
atribuído aos Bombeiros Voluntários de Penafiel, que se apresentaram com um Lancia, de
1917.
Várias entidades convidadas
assistiram ao desfile, entre as
quais o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de
Famalicão, Ricardo Mendes, o
comandante operacional distrital de Braga, Hercílio Campos, e
o presidente da Federação de
Bombeiros do Distrito de Braga,
Fernando Vilaça.
A iniciativa deixou patente a
especial capacidade de organização e mobilização da AHBVF,
afirmando ao mesmo tempo
que os bombeiros são, tam-
bém, a nível nacional, uma expressão de cultura, o que justifica, cada vez, mais o incentivo
à preservação e divulgação do
seu património histórico.
As fotos publicadas falam por
si.
10
JUNHO 2015
CACILHAS
Estabilidade garante crescimento
Estabilidade é imagem de marca da centenária Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, que se
distingue não só pelas instalações de excelência, o apetrechado
parque de viaturas, o efetivo numeroso e preparado, mas
também porque goza de uma confortável situação financeira,
para além de ser um exemplo notável da vitalidade do
voluntariado.
Aos 124 anos e já pensar nas comemorações 125.º aniversário,
direção e comando recebem o Jornal Bombeiros de Portugal,
para uma visita guiada que vale a pena acompanhar.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
S
ão elucidativos os números que permitem traçar
o perfil da Associação
Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Cacilhas, e que
se revelam importantes para
atestar da grandiosidade desta
instituição que conta com 54
funcionários, 118 operacionais, apoiados por 44 viaturas,
mais duas embarcações e
duas motas de água. Para
além do quartel-sede, o corpo
de bombeiros tem ainda uma
secção destacada, devidamente equipada, na Costa da Caparica.
A estabilidade tem permitido o crescimento, essa é, pelo
menos, a convicção de Clemente Mitra, o carismático
presidente, que durante 22
anos assumiu a estrutura de
comando, e que, também, por
isso conhece como ninguém, a
instituição a que está, afetivamente, “preso” há 45 anos.
Estas ligações longas e estreitas são, aliás, apanágio
desta numerosa e unida família, a prová-lo apenas 11 comandantes em (quase) 125
anos de história.
Também o comandante Miguel Dias tem já 25 anos de
ligação à casa e outros tantos
à causa. Filho de bombeiro,
nasceu bombeiro, e aos 13
anos já estava no quartel, de
onde não mais saiu.
Esta é uma dupla de sucesso que fala a mesma linguagem, que se entende nas prioridades, no que de facto pode
beneficiar a associação, o
quartel, mas, sobretudo, os
operacionais que o servem
com profissionalismo e muita
entrega.
“Nem sempre estamos de
acordo”, confidencia o comandante, para depois esclarecer:
“A nossa principal preocupação é, sempre, a associação,
por isso as cedências de uma
ou de outra parte acontecem
naturalmente”.
Na mesma linha de pensamento, o presidente considera
que o comando “só pede o que
é realmente necessário”, assim sendo “resta à direção na
medida das suas possibilidades, atender às solicitações”.
Esta sintonia perpassa os
meros atos de gestão, estes
dois homens são conduzidos
pela ambição de servir melhor
o próximo, e esse desígnio
passa, também, pela valorização de cada um dos bombeiros, para que no teatro de
operações cumpram exemplarmente a sua missão e só a
formação e o treino podem garantir a qualidade do socorro
prestado, como acentua o comandante, referindo ainda
que, as lacunas que possam
existir da parte das entidades
responsáveis por área, “são
complementadas com ações
internas e instrução”.
Num território com muitos
riscos e mais de 100 mil habitantes, não há margem para
improvisos, pelo que comando
e direção decidiram investir na
criação de equipas especiais,
para responder a situações de
maior especificidade, como o
resgate em grande ângulo ou
o salvamento marítimo. Já
este ano, foi criada uma brigada que, de bicicleta, assumirá
ações de vigilância e patrulhamento nas áreas balneares, na
Costa da Caparica e, também,
apoio a alguns eventos na área
de atuação dos Voluntários de
Cacilhas.
“Estamos, também, a todos
os níveis, muito bem equipados” faz questão de salientar
Miguel Silva, dando conta de
recentes e avultados investi-
mentos em equipamentos de
proteção individual, “um esforço da direção que ascende aos
70 mil euros”.
Também no parque de viaturas nada parece faltar:
“Temos viaturas para as diferentes áreas, mas na verdade nunca estamos, verdadeiramente, satisfeitos com que
temos”, refere o responsável
operacional, dando conta de
“necessidade” de renovação
do material de desencarceramento.
“Estamos atentos às janelas
de oportunidade, aguardamos,
agora, o novo quadro comunitário de financiamento, para
definir a estratégia de investimento para os próximos anos”,
adianta Clemente Mitra.
“Só uma excelente relação
entre direção e comando permite esta realidade, até porque nem sempre há sensibilidade, ou recursos, para responder às constantes necessidades dos quartéis”, sublinha
Miguel Silva.
Ao jeito de “cereja no topo
do bolo”, esta dinâmica e saudável instituição ainda pode
contar com o voluntariado,
uma fonte importante para a
sobrevivência destas instituições que, por aqui, não secou,
bem pelo contrário. A escola
de infantes e cadetes é uma
verdadeira mina de onde “brotam” bombeiros, assegurando
que o futuro não está comprometido, está, antes, salvaguardado.
É, assim, com sentido de
missão cumprida que a associação prepara já as comemorações do 125.º aniversário. O
programa ainda não está fechado, mas ao jornal Bombeiros de Portugal direção e comando anunciaram que as comemorações têm início em setembro e que se prolongam
até ao fim de semana de 16 e
17 de janeiro de 2016. Entre
outras iniciativas, estão programados um desfile de fanfarras na Costa da Caparica,
uma exposição das velhas glórias da associação numa das
áreas mais nobres de Cacilhas,
e ainda um seminário e a recriação da mudança do velho
quartel, “a passo de corrida”
da Rua Cândido dos Reis, para
o novo e imponente quartel,
que aconteceu há, precisamente, um quartel de século.
O quartel aberto à população e
sessão solene serão outros dos
momentos altos dos festejos.
JUNHO 2015
11
12
JUNHO 2015
BARREIRO
s comemorações do Dia Municipal do Bombeiro do Barreiro, realizadas ao longo do
mês de maio, terminaram numa
cerimónia de condecorações
realizada no Largo do Mercado
Municipal 1.º de maio, no Barreiro. Este ano foram homenageados 19 soldados da paz.
Com a medalha de bons serviços e dedicação, 10 anos, foram distinguidos, da Associação
Humanitária Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de
Salvação Pública, Ivo Cardoso e
Ana Paula Henriques, bombeiros de 2.ª, e Ricardo Valentim,
bombeiro 3.ª. da Associação
Humanitária Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, Sérgio
Velhas, bombeiro de 2.ª, e Sónia Martins, Jorge Costa, Luis
Portugal e Tierri de Alzamora,
bombeiros de 3.ª, e o estagiário
Domingos Castro.
Com a medalha de 15 anos
foram distinguidos, da Associação do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, Milton Duarte e
Vera Solposto, bombeiros de
1ª, André Mendes, bombeiro
2.ª, Paulo Firme, Hélder Conceição, Manuel Frederico, bombeiros 3.ª , e Nuno Costa, bombeiro 1.ª, dos Voluntários do
Sul e Sueste, Fernando Santos
e Marco Alferes, bombeiros de
3.ª.
A medalha de 25 anos foi
atribuída ao bombeiro dos Voluntários do Barreiro – Corpo de
Salvação Pública, Carlos Manuel
Fotos: CMB
A
Um mês de comemorações
Antunes Ribeiro da Silva, subchefe.
Findas as condecorações seguram-se as intervenções por
parte dos Comandantes das
duas corporações de Bombeiros
do Concelho, encerrando a cerimónia o Presidente do Município, Carlos Humberto de Carvalho.
José Figueiredo, comandante
dos Bombeiros Voluntários do
Barreiro-CSP referiu o importante papel dos bombeiros em
todas as ocorrências do dia-a-dia, sendo certo que quando os
bombeiros são chamados já alguma coisa correu mal. Revelou
que em 2014 foram registadas
5 850 saídas ao serviço do
INEM e que este número é um
forte indicador de que este ano
não deverá ser melhor. Este ano
já registaram cerca de 500 saídas de emergência mensais.
Alertou, ainda, para o verão
quente que se aproxima. Na
sua opinião, o lema dos bom-
beiros está a ser alterado. Ao
invés de «Vida por Vida», José
Figueiredo defende que deve
ser «Bombeiro Seguro – Bombeiro Salva».
Acácio Coelho, comandante
dos Bombeiros Voluntários do
Sul e Sueste, manifestou o seu
contentamento pela existência
destas comemorações que visam enaltecer o bombeiro barreirense. No caso da sua corporação, o comandante Acácio
Coelho informou que “em 2014
transportámos quase 41 mil e
quinhentos não urgentes, cumprimos 820 mil quilómetros,
sempre com pessoal devidamente credenciado e qualificado a bordo das nossas viaturas,
garantindo, assim, o socorro
eficiente e de qualidade”.
O investimento em formação
foi salientando por este dirigente que a considera imprescindível à função do bombeiro dos
nossos dias.
A finalizar, o presidente da
Câmara Municipal, Carlos Humberto de Carvalho referiu o aumento das iniciativas que este
ano integraram as comemorações do Dia Municipal do Barreiro e que o transformaram quase num mês, entre ações de
sensibilização, de prevenção e
de demonstração de meios, dirigidas a várias faixas etárias da
população do Concelho.
Carlos Humberto de Carvalho
agradeceu, em seu nome, e em
nome da Câmara Municipal, “a
dedicação e o voluntariado permanente ao nosso serviço” e
acrescentou que no contexto do
concelho, tal como é pensado
no presente e para o futuro, os
seus pilares de desenvolvimento passam pela Proteção Civil.
“A plataforma logística, portuária, industrial e tecnológica que
queremos construir no concelho
do Barreiro obrigará a novas
soluções ao nível das medidas
de segurança praticadas atualmente”.
PALMELA
A
s comemorações do Dia Municipal do Bombeiro no Concelho de Palmela, o 15º realizado até à data, que decorreram
ao longo do mês de maio, encerraram numa sessão solene
realizada no quartel dos Bombeiros de Águas de Moura, corporação que centralizou, este
ano, a organização da efeméride.
Na cerimónia, estiveram presentes o presidente da direção
da Associação Humanitária de
Bombeiros de Águas de Moura,
António Braz, a comandante
distrital de operações de socorro
de Setúbal, Patrícia Gaspar, Carlos Caçoete, da Assembleia Municipal de Palmela, o presidente
da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, Maria Adelaide Benedito, da União de Freguesias de Poceirão e Marateca,
o presidente da assembleia geral da Associação Humanitária
de Bombeiros de Águas de Moura, José Cardoso, o comandante
Paulo Vieira, em representação
da Liga dos Bombeiros Portugueses e o comandante do Corpo de Bombeiros de Águas de
Moura, Rui Laranjeira.
Reconhecer publicamente a
coragem e o espírito de missão
dos bombeiros do concelho, re-
Dia Municipal com postal evocativo
forçar os laços de cooperação e
amizade entre as três corporações (Palmela, Pinhal Novo e
Águas de Moura) e aprofundar a
cultura de segurança no território foram os objetivos centrais
desta iniciativa, que ficou marcada pelo lançamento de um
postal comemorativo do 15.º
Dia Municipal do Bombeiro pelos
Correios de Portugal, com uma
tiragem de três mil exemplares.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de
Palmela mostrou-se satisfeito
com a aposta na criação da Academia de Proteção Civil, que desenvolveu, até ao momento
ações formativas para duas centenas de pessoas, nomeadamente para a comunidade educativa e autarquias. Sublinhou,
também, a intenção de aprofundar as relações de cooperação
com as entidades nacionais, em
matéria de proteção civil, «para
conseguir novas formas de financiamento para obras e equipamentos das três associações». Álvaro Amaro sublinhou,
ainda, o lançamento do livro comemorativo “Caminhos que
convergem – o Município de Palmela e os seus Bombeiros”, a
participação das escolas nos
seis simulacros realizados ao
longo do mês e a atribuição,
pela primeira vez, este ano, de
uma medalha municipal de
comportamento exemplar aos
bombeiros do concelho que,
cumprindo 15, 20 ou 25 anos de
serviço, se tenham distinguido
pelo zelo, dedicação e comportamento exemplar no exercício
da sua missão.
13
JUNHO 2015
FAFE
Um presente que honra o passado
Há 125 anos ao serviço das populações, a
Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Fafe é exemplo de que
respeitando o passado e honrando a
herança dos antepassados, é possível
responder às exigências do presente e aos
desafios do futuro.
Um quartel moderno e operacional, e
infraestruturas associativas de excelência,
são o cartão-de-visita desta instituição
voltada para exterior, muito próxima da
população que serve.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
E
m dias de festa, “é da tradição”, como refere o 2.º
comandante Gilberto Gonçalves, os bombeiros brindam a
população com um animado reportório musical. O sistema de
som instalado no alto da casa
escola debita temas populares
que animam, e conferem um
peculiar colorido, a esta cidade
do distrito de Braga.
Os forasteiros são recebidos
em instalações de excelência,
que surpreendem até quem já
conhece muitas dezenas de associações por todo o País, por
uma comitiva afável constituída
pelo presidente João Pedro Frazão, o vice-presidente Artur
Coimbra e ainda o 1.º secretário, Rui Malheiro, o tesoureiro
Jorge de Sousa e o vogal Avelino Novais Freitas, a que se juntam o 2.º comandante e o adjunto Paulo Ferreira. É esta coesa e “musculada” equipa que dá
a conhecer cada um dos espaços desta enorme casa, episódios da sua história e os projetos para o futuro.
O quartel é o espelho da operacionalidade, que no, entanto,
não belisca o conforto dos bombeiros que ali cumprem a sua
missão, nem tão pouco o bom
gosto. João Frazão conta aos
jornalistas que o complexo
inaugurado em 1984, foi totalmente requalificado e reinaugurado em 2013.
A ideia era dar uma “merecida refrescadela” às instalações,
mas fundos comunitários abriram portas a uma “intervenção
mais profunda”. Cerca de 700
mil euros permitiram, não só
modernizar todo o complexo,
como aumentar significativamente “os níveis de funcionalidade e de operacionalidade”
como salienta o 2.º comandante, com ganhos para a resposta
dada às populações e com inúmeros benefícios, que se traduzem em pequenos, mas “merecidos” luxos, para os mais 80
homens e as mulheres que servem os mais de 50 mil habitantes do concelho de Fafe.
Esta preocupação com os voluntários é reconhecida e até
mesmo compensada com entrada de novos bombeiros, indispensáveis para reforçar o
efetivo, mas sobretudo para garantir a sua renovação.
“As exigências da nova legislação, a falta de incentivos e a
emigração tornam mais difícil o
processo de captação de novos
bombeiros”, declara Gilberto
Gonçalves e neste aspeto, a estrutura de comando e dirigentes unem-se nos receios, até
porque a componente voluntária “ainda pesa bastante” na
prontidão e na qualidade do socorro prestado à comunidade.
Assim sendo, com o intuito de
despertar o interesse pela causa nos mais jovens, surgiu o
projeto da Escola de Infantes e
Cadetes, que é já uma aposta
ganha, pois muito tem contribuído para despertar “vocações” nomeadamente nos elementos que integram a equipa
de manobras, que na sua maioria já assumiram um compromisso de futuro com os Voluntários de Fafe, conforme testemunhou a equipa do Jornal
Bombeiros de Portugal, há poucos dias nos Concurso Nacionais de Manobras, que este ano
se realizaram nos Açores, onde
com esforço e sentido de responsabilidade estes “bombeiritos” honraram o estandarte da
centenária instituição.
A formação do corpo de bombeiros constitui outra das prioridades desta equipa, que muito
tem investido na preparação
dos operacionais, até porque
“um corpo de bombeiros que
não esteja bem formado não
pode prestar um bom serviço”,
como defende o responsável
operacional.
“Nos últimos cinco anos, tem
sido forte a aposta na formação, tentamos aproveitar todas
as oportunidades” adianta João
Frazão, que fala com orgulho de
um “bem preparado corpo de
bombeiros”, considerando, contudo, que há ainda muito a fazer nesta área. Gilberto Gonçalves vai mais longe e revela que
a sede de conhecimento dos
Voluntários de Fafe esbarra, na
inação da Escola Nacional de
Bombeiros e da Autoridade Nacional de Proteção Civil que
“não dão respostas às solicitações”.
No decorrer de uma visita ao
parque de viaturas, os responsáveis da instituição revelam
que a direção, desde que tomou
posse, em 2009, estabeleceu
como prioridade a renovação de
viaturas.
“Todos os anos adquirimos
um carro novo, ou em segunda
mão”, refere o presidente da direção, dando ainda conta, da
substituição das ambulâncias
de socorro que acusavam maior
desgaste e da recente adaptação de um Veiculo Ligeiro de
Combate a Incêndios.
E embora - é sabido - os comandos nunca estejam satisfeitos com os equipamentos de
que dispõem, Gilberto Gonçalves reconhece que “de uma forma geral”, também, nesta vertente “os Bombeiros de Fafe estão bem”.
Toda esta dinâmica e o ímpeto de crescimento carecem de
receitas para satisfazer todas
as necessidades e os compromissos assumidos com as mais
de duas dezenas de funcionários e fornecedores.
Trabalho e alguma imaginação são os trunfos desta equipa, que para além dos serviços
prestados à população e várias
entidades, não descura o trabalho associativo com a dinamizam um conjunto amplo de atividades e a rentabilização de
várias áreas do quartel.
Durante “quase 30 anos” o
Estúdio Fénix foi um polo cultural de referência no concelho,
mas com a inauguração de
novo e moderno equipamento
municipal, esta sala deixou de
ter procura, perdeu público,
“perdeu utilidade”, uma inevitabilidade que levou a associação
a repensar o conceito. O espaço
foi completamente remodelado,
e recolocado ao serviço da cultura e das artes, albergando,
hoje, a Escola de Bailado de
Fafe, uma ocupação que muito
dignifica esta casa.
Para autonomia financeira e a
estabilidade económica também contribui a “grande parceria” com Câmara Municipal de
Fafe, que vai muito para além
do protocolo de financiamento
de uma Equipa de Intervenção
Permanente (EIP).
“O relacionamento com a autarquia não podia ser melhor. É
bom hoje, tal como foi no passado e certamente será no futuro”, assegura o presidente, que
diz ficar “surpreso” com os municípios que não estabelecem
como prioridade o apoio aos
corpos de bombeiros.
Regista, ainda, com natural
satisfação a proximidade com a
junta de freguesia de Fafe,
sempre disponível a colaborar,
bem como e com as empresas
da região que quando contatadas, dizem presente:
“Não andamos de mão estendida, mas quando solicitamos
algo, os empresários não nos
fecham a porta, aliás nunca saímos de uma empresa com as
mãos vazias, não obstante a
crise”, afiança.
Gilberto Gonçalves faz ainda
questão de salientar o apoio da
população e das comunidades
de emigrantes em França e na
Suíça “incansáveis” no apoio
aos bombeiros da sua terra Natal, nomeadamente Manuel Pinto Lopes, que “ao longo dos
anos tem vindo a patrocinar
equipamentos necessários para
o corpo de bombeiros”. Esta
onda de solidariedade traduz-se
ainda em algumas das viaturas
que servem no quartel e em
Equipamentos de Proteção Individual para os operacionais.
Em ano de grandes comemorações, está previsto o lançamento de um livro, da autoria
de Artur Coimbra, com o intuito
de celebrar a história desta instituição fundada a 19 de março
de 1890.
Também para breve, porque
o presente deve honrar o passado e dignificar o trabalho dos
pioneiros, a associação está determinada na construção de um
centro de treinos, mais um projeto arrojado, que carece apenas de luz verde da autarquia, e
que seria talvez o melhor presente que os Voluntários de
Fafe poderiam aspirar neste
125.º aniversário.
14
JUNHO 2015
AML ENTREGA EPI
SABUGAL
R
Presidente da LBP insiste
no Portugal 2020
Bombeiros
recebem equipamentos
Fotos: Marques Valentim
Fotos: Marques Valentim
ealizou-se no passado dia 1
de junho, no Soito, concelho
do Sabugal, a cerimónia oficial
de entrega de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) para
combate a incêndios florestais,
aos 24 corpos de bombeiros da
área territorial da Comunidade
Intermunicipal Beiras e Serra da
Estrela (CIMBSE).
A sessão presidida, pelo secretário de Estado da Administra
Interna, João Almeida, contou
ainda com as presenças, entre
outras individualidades, dos presidentes da Câmara Municipal
do Sabugal, António dos Santos
Robalo, e da CIMBSE, Vítor Pereira, o vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros
Portugueses, Rui Rama da Silva,
presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda, Paulo Amaral, dirigentes e responsáveis operacionais das associações humanitárias
beneficiadas.
O secretário de Estado não escondeu “as dificuldades inesperadas deste
processo”, mas que acabou “da melhor forma” e “ainda antes da fase mais
crítica dos incêndios florestais”.
O governante salientou que globalmente as candidaturas assumidas pelas comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas a nível nacional
envolverem verbas na ordem de 7.5 milhões de euros, representando apenas uma parte “de um total de 20 milhões de euros que até ao final deste
ano serão investidos pelo Estado, com recurso a fundos comunitários, em
equipamentos de proteção individual, uma verba que “permitirá equipar, a
cem por cento, os bombeiros portugueses”.
Na sessão, o presidente da Câmara do Sabugal destacou o trabalho de
cooperação e coesão que viabilizou esta candidatura da Comunidade Intermunicipal, que permitirá “valorizar a ação” dos operacionais no combate
aos fogos florestais.
Já Vitor Pereira, referiu-se aos reveses de um processo que “poderia ter
sido concluído o ano passado”, mas que voltou à estaca zero, com a fusão
de duas comunidades intermunicipais.
Ainda assim, defendendo que “mais vale tarde que nunca”, o presidente
da CIMBSE congratulou-se com o facto dos bombeiros de 15 concelhos dos
distritos da Guarda e Castelo Branco “terem o equipamento que os proteja
na sua nobre missão de defender as pessoas e os bens”.
Registe-se que os equipamentos, que resultam de um investimento superior a 340 mil euros, foram adquiridos no âmbito de uma candidatura
promovida pela CIMBSE ao Programa Operacional Valorização do Território
(POVT) do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
No total foram entregues 3500 peças entre botas, calças dolmens, cógulas capacetes e luvas.
Sofia Ribeiro
“O
s bombeiros continuam a precisar de quartéis, a necessitar de
recuperá-los, continuam a precisar de
equipamentos e, por isso, o Portugal
2020 necessita de ter uma percentagem destinada aos bombeiros à dimensão daquilo que nestes 7 anos
possa contemplar as suas grandes dificuldades”, defendeu o presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)
durante a sessão promovida pela Área
Metropolitana de Lisboa (AML) para
entrega de equipamentos de proteção
individual (EPI).
Foram entregues EPI a metade dos
efetivos de bombeiros existentes na
AML, ou seja, a 2330 elementos, englobando 1700, de 46 associações de
bombeiros do distrito de Lisboa e do
Regimento Sapadores Bombeiros de
Lisboa e 630, de 16 associações da
Península de Setúbal e da Companhia
de Sapadores de Setúbal.
Na sua intervenção, o comandante
Jaime Marta Soares, dirigindo-se à
responsável do POVT presente, enfatizou ainda que “as dificuldades dos
bombeiros não são eles que as criam,
acontecem porque todos os dias eles
estão atentos para defender as vidas e
os haveres das populações, substituindo o Estado, no fim de contas,
substituindo os poderes públicos instituídos, com um exército de mais de 30
mil mulheres e homens que são o
principal agente de proteção civil em
Portugal”, que “precisa de ferramentas
que alavanquem uma boa prestação
de socorro, é tão só isso que se pretende”, ou seja, “os bombeiros precisam de ser tratados à medida do que
é a sua prestação na sociedade portuguesa”.
O presidente da LBP defendeu a necessidade futura de aligeirar os procedimentos burocráticos para a obtenção de EPI. “Não ponho em causa que
os responsáveis das áreas metropolitanas e das CIM não se tenham empenhado para que as coisas andassem,
não ponho isso minimamente em causa, mas o que é verdade é que os
bombeiros estiveram à espera dois
anos”.
O comandante Jaime Soares lembrou que a LBP entrou neste processo
desde o início e que, desde logo, pediu
“que fosse tratado de forma expedita”.
Perante o secretário de Estado da
Administração Interna, João Almeida,
que presidiu à cerimónia, o comandante Jaime Soares propôs ao governante
uma alteração à lei “para que esta burocracia administrativa em situações
de emergência possa ser tratada de
outra forma”, lembrando que “nós respeitamos a lei, quem somos nós, LBP,
para não a respeitar mas não podemos
deixar de levantar a nossa voz contra
esta burocracia excessiva”.
Conforme referiu o primeiro secretário Metropolitano, Demétrio Alves, o
processo de obtenção dos EPI envolveu um investimento superior a um
milhão de euros, 85 por cento dos
quais coberto pelo POVT, 7,5 por cento
pela ANPC e os restante 7,5 pelos 18
municípios da AML.
A sessão, realizada no salão nobre
do Edifício Mascarenhas, sede da AML,
em Lisboa, contou também com as
presenças, do presidente do Conselho
Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta,
do diretor nacional de bombeiros da
ANPC, Pedro Lopes, do comandante
de Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, da
comandante operacional distrital de
Setúbal, Patrícia Gaspar, do comandante distrital de Lisboa, Carlos Mata,
do segundo comandante do Regimento de Sapadores de Lisboa, da responsável pela área operacional para a
prevenção e gestão de riscos do POVT,
Isabel Martins, para além de presidentes de câmaras municipais, representantes de autarquias, dirigentes e elementos de comando das associações e
corpos de bombeiros abrangidos.
DAFUNDO
VILA DAS AVES
Falecimento do comandante Garrido
O adeus ao “eterno comandante”
U
ma verdadeira moldura humana,
composta por bombeiros, antigos
combatentes e amigos, acompanhou o
funeral do comandante do Quadro de
Honra (QH) Sílvio Garrido falecido em
circunstâncias trágicas.
O extinto exerceu a atividade de
bombeiro desde 1963 nos Bombeiros
Voluntários de S. Paulo de Luanda, Angola. Era um operacional de primeira
linha, foi considerado pelo seu comando como um bombeiro exemplar e foi
Condecorado pela sua corporação e
corporações congéneres e por diversas
instituições nacionais e estrangeiras.
Cumpriu o serviço militar nas tropas
paraquedistas e, regressado a Portugal, foi um dos fundadores da Associação de Bombeiros Ultramarinos (Nabul) e fez parte do grupo de trabalho
que, com o apoio da Liga dos Bombeiros Portugueses, conseguiu o reconhecimento como bombeiros de pleno direito aos operacionais que serviram no ex-Ultramar.
O comandante Garrido era, atualmente, o presidente da mesa da assembleia
geral da NABUL, vice-presidente da mesa da assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, e seu comandante do QH.
F
aleceu, no dia 8 de junho, Belmiro
Vieira, o “eterno comandante” dos
Bombeiros Voluntários de Vila das
Aves.
Deixa saudade “a dedicação que o
comandante Belmiro Vieira sempre
aplicou às nobres causas e, nomeadamente, uma das mais importantes da
sua vida: os Bombeiros das Aves”,
como salienta Carlos Fernandes, presidente da instituição, contudo, fica o
exemplo de um homem integro justo e
abnegado.
A vida desta figura carismática confunde-se com a da própria associação
onde assumiu as funções de comandante em julho de 1987, quando a instituição tinha apenas cinco anos atividade, grandes dificuldades e onde tudo
fazia falta.
Em 17 anos de trabalho “Belmiro
Vieira dando o corpo e a alma àquilo de
que mais gostava para lá da sua querida família, e com o seu espírito lutador,
o seu saber, a sua inigualável presença
e inconfundível voz de comando, con-
seguiu colocar as bombeiras e os bombeiros das Aves ao nível dos melhores
entre os melhores, no socorro prestado
às nossas populações”, conforme recorda o presidente da direção .
Registe-se que, recentemente, já
afastado das lides operacionais, Belmiro Vieira entendeu continuar a colaborar com a associação, integrando a
equipa da direção.
Foi breve o mandato que exerceu
mas sempre frutuoso, marcado pela
“excelência e pela entrega”, que servem, agora, de estímulo para quem
assume os destinos da instituição.
”Em nome de todos os atuais diretores, do comando, de todo o corpo
de bombeiros e da fanfarra, posso e
devo, publicamente afirmar, que muito aprendemos com o Sr. Comandante. Os nossos sinceros agradecimentos por tudo que sempre deu aos
bombeiros e à sociedade civil. O seu
exemplo continuará, certamente, a
marcar o futuro desta associação”, assinala, emocionado, Carlos Fernandes.
No adeus a este homem bom marcaram presença, entre outros individualidades, autarcas, dirigentes da
Liga dos Bombeiros Portugueses e da
Federação dos Bombeiros do Distrito
do Porto e representantes das várias
associações concelhia, por onde Belmiro Vieira cumpriu uma exemplar missão cívica, reconhecida por todos os
avenses.
15
JUNHO 2015
PORTALEGRE
Voluntariado dá exemplo no Alentejo
Complexa a missão da nova direção da
Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Portalegre, ainda assim,
nada que assuste uma motivada equipa
determinada em restituir à instituição a
estabilidade roubada pela conjuntura.
Trabalho, trabalho e ainda mais trabalho,
são palavras de ordem nesta instituição que
tem como património maior mais de uma
centena homens e mulheres que honram a
farda que envergam, que cumprem com
brio, rigor e profissionalismo o lema “vida
por vida”.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
centenária
Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portalegre enfrenta dias difíceis. A
crise, as novas regras do serviço de transporte de doentes
não urgentes e os incumprimentos de entidades várias,
nomeadamente da câmara municipal empurraram a instituição para uma situação complicada.
“Esta é, de facto, mais uma
das associações que vive com
dificuldades, não tanto pela incapacidade de gerar rendimentos, mas porque perdeu alguns
dos suportes financeiros”, revela Adriano Capote, que depois
de alguns anos arredado da instituição regressou em janeiro,
determinado em devolver-lhe
estabilidade.
E assim em “jeito de bola de
neve”, à impiedosa quebra de
receita do serviço de transportes de doentes não urgentes,
seguiu-se uma substancial redução do subsídio protocolado
com a Câmara Municipal de
Portalegre, verba que, entretanto, deixou de ser pago. Em
pouco tempo acabou a associação por entrar em incumprimento com os seus fornecedores.
Confrontada com este cenário, resta à nova equipa arregaçar as mangas e trabalhar, re-
negociar dívidas, instituir novas
regras de gestão, cortar na despesa e aumentar a receita, enfim “arrumar a casa”, para que
2016 seja o ano da inversão de
ciclo, conforme revela ao jornal
Bombeiros de Portugal o presidente da direção.
O projeto tem ainda outras
variantes, “ideias” e soluções
imaginativas, como dá conta o
dirigente que negoceia com as
Águas de Portalegre a cobrança
da quotização dos associados e
que se prepara, também, para
avançar com o projeto “Adega
do Ano” chamando os produtores de vinhos, as marcas da região e cooperativas e adegas
tradicionais a apoiar este processo de reestruturação.
“A ideia é fazer a recolha de
duas garrafas por ano, uma de
vinho branco e outra de tinto,
de cada um dos produtores e ao
fim de cinco anos criar um
grande evento para leiloar essa
garrafeira que, certamente, se
distinguirá pela qualidade do
produto”, adianta Adriano Capote, certo de desta forma conseguirá assegurar receita para
associação ao mesmo tempo
que promove a região e abre as
portas do quartel à comunidade, que por agora se mantém
arredada da realidade dos seus
bombeiros. Desta forma, o responsável tenta, ainda “contra-
riar a implementação de uma
taxa de municipal de proteção
civil com a qual diz não concordar.
A operação é delicada, tanto
mais porque não pode, em caso
algum, comprometer a operacionalidade do corpo de bombeiros, que é aliás o património
mais importante e valioso da
instituição.
Mais de 120 operacionais
cumprem com esmero, dedicação e profissionalismo a missão
de proteger e salvar vidas. Num
concelho com cerca de 23 mil
habitantes, são várias as solicitações e pronta a resposta e
ainda que o comandante João
Batista se bata pela criação de
uma Equipa de Intervenção
Permanente, os voluntários ain-
da têm uma enorme responsabilidade na qualidade do socorro prestado às populações mesmo fora da sua área de intervenção, em todo o distrito de
Portalegre e até mesmo no vizinho de Castelo Branco, no apoio
a outros corpos de bombeiros,
sobretudo no combate aos fogos florestais.
Adriano Capote fala com orgulho deste efetivo que, afiança, se distingue no teatro de
operações, sendo muitíssimo
considerado pelos congéneres,
um estatuto só possível com
uma forte aposta na preparação
dos operacionais que comando
e direção não descuram. Formação e treino são assim prioridades.
Recursos humanos não faltam e a renovação do corpo de
bombeiros ocorre naturalmente, as escolas não tem muitos
recrutas, mas novos elementos
vão chegando ao quartel, a sua
maioria encaminhados pela fanfarra da associação, que recebe
muitas crianças, que com o
tempo e a proximidade com a
realidade dos bombeiros vão
ganhando o gosto pela causa.
A disponibilidade destes homens e mulheres é impressionante, garante o comandante
que, ainda hoje, ao contrário do
que acontece por todo o País,
pode recorrer à sirene com a
garantia de um imediato reforço de meios no quartel.
Bem instalados, num quartel
que tem vindo a adaptar-se às
crescentes necessidades deste
enorme contingente que, no verão, na designada “época de incêndios”, se agiganta. Este corpo de bombeiros dispõe ainda
de um “razoável” parque de
viaturas, onde apenas falta um
Veículo Urbano de Combate a
Incêndios de menores dimensões para acorrer ao núcleo antigo da cidade.
O projeto de reestruturação
está em marcha e direção e comando acreditam que terá êxito, até porque os alentejanos
não se vergam às dificuldades,
tanto mais quando em causa
está o futuro de uma instituição
que é uma referência, não só a
nível local, mas também, a nível nacional, um estatuto alcançado a pulso e sustentado por
uma história rica, que importa
preservar e continuar a escrever.
16
JUNHO 2015
CONCURSOS NACION
Liga aposta, com êxito
Ponta Delgada acolheu, nos dias 13 e 14 de
junho, os Concursos Nacionais de
Manobras, uma organização da Liga dos
Bombeiros Portugueses que reuniu nos
Açores mais de 400 participantes.
Assim, pela primeira vez, estas provas
deixaram o território continental, para
gáudio das equipas insulares que ano após
ano se superam, para alcançar os lugares
cimeiros nas classificações.
Durante dois dias, os bombeiros levaram
festa a S. Miguel, que tão bem soube
receber estes especiais visitantes.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
C
erca de 400 bombeiros
“invadiram” a Ilha de S.
Miguel que este mês de
junho recebeu os Concursos
Nacionais de Manobras 2015 –
34.º de Bombeiros e 33.º Cadetes – uma iniciativa da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP) e
que este ano contou com o
apoio do Serviço Regional de
Proteção Civil e Bombeiros dos
Açores (SRPCBA).
As provas reuniram um total
de 32 equipas, sendo cinco de
profissionais, 15 de voluntários
O
(seniores masculinos e femininos) e 13 de cadetes (masculinos, femininos e mistos), incluindo seis da ilha anfitriã, em
representação de 21 associações e corpos de bombeiros de
todo o País.
Ainda antes do arranque da
competição, que dentro do estádio é levada muito a sério, era
grande a festa em Ponta Delgada, com o convívio e a boa disposição a marcarem a passagem deste enorme grupo por
terras açorianas.
O sábado 13 de junho foi reservado a treinos que já faziam
antever os elevados níveis de
adrenalina que, no dia seguinte,
iriam beneficiar e noutros casos
prejudicar as provas de cada
uma das equipas. Os vencedores da edição de 2014, queriam
segurar o lugar alcançado no
Seixal, mas a restantes formações prometiam não dar tréguas. Estavam assim reunidas
as condições para uma competição renhida, mas sempre cordial e marcada pelo fair-play,
assumida desde logo pelas equipas que o ano passado alcançaram a vitória, nas diferentes
classes nomeadamente os Vo-
SRPCBA ao serviço
dos “melhores do mundo”
Serviço Regional de
Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) é o departamento que
depende da Secretaria Regional da Saúde e que tem
como atribuições orientar,
coordenar e fiscalizar, a nível da Região Autónoma
dos Açores, as atividades
de Proteção Civil e dos Corpos de Bombeiros, bem
como assegurar o funcionamento de um sistema de
transporte terrestre de emergência médica,
de forma a garantir, aos sinistrados ou vítimas
de doença súbita, a pronta e correta prestação
de cuidados de saúde.
Neste sentido, é, necessariamente, estreita
e ligação com os cerca de 800 operacionais e
forte o apoio deste organismo aos 17 corpos
de bombeiros voluntários
da região, tanto ao nível
dos equipamentos como na
vertente formativa, até
porque o grau de exigência
é grande, tendo em conta o
risco sísmico da região,
onde também as derrocadas e as inundações, são
perigos reais que podem, a
qualquer momento, colocar
à prova a preparação dos
operacionais e a prontidão
e eficácia dos meios.
Só assim é possível garantir que “os Bombeiros dos Açores são os melhores do mundo”,
como faz questão de acentuar o presidente da
SRPCBA, até porque para além dos meios disponibilizados e da preparação, este contingente agiganta-se pelo “espírito de união e de
equipa que une todos os operacionais”.
luntários da Ribeira Grande, de
Paço de Sousa, Loures, os Sapadores no Porto, mas também os
cadetes da Ri¬beira Grande, da
Rebordo¬sa e do Cartaxo.
Tudo em aberto e em clima de
festa, ao final do dia, dezenas
de entidades juntaram-se aos
bombeiros no Complexo Desportivo das Laranjeiras para a
sessão de abertura destes campeonatos, ocasião para Jaime
Marta Soares, presidente do
Conselho Executivo da LBP manifestar satisfação e agradecer o
acolhimento açoriano.
Igual a si próprio, o presiden-
te da confederação, começou
por elogiar o trabalho dos “homens e mulheres trajam de soldados da paz”, declarando que
“Portugal tem, hoje, os melhores bombeiros, voluntários e
profissionais do mundo”, agentes fundamentais na estrutura
de proteção civil e que dão garantias, no que o socorro diz
respeito, aos governantes locais, regionais e nacionais.
O presidente da Liga justificou depois a “descentralização”
desta evento que em mais de 30
anos nunca tinha saído do continente, com o reconhecimento
do contributo dos Açores para o
sucesso desta iniciativa dando
conta das honrosas prestações
das “empenhadas e bem treinadas e preparadas equipas de Ribeira Grande e Ponta Delgada”,
que muito dignificam os concursos, dentro e fora de portas, nomeadamente na Europa.
“Estes concursos não são
apenas para consumo interno,
escolhem os que vão, lá fora,
dignificar Portugal e honrar as
bandeiras da Liga e da pátria”,
referiu.
Perante uma imponente formatura, Jaime Marta Sores, falou dos crescentes níveis de
preparação e de formação dos
bombeiros portugueses que importa, contudo, “aumentar e incentivar”.
Apesar dos receios dos dirigentes do setor, o presidente
considerou que o “voluntariado
em Portugal está bom e recomenda-se”, registando a importância destes campeonatos para
sensibilizar os mais jovens para
o lema “vida por vida” que norteia os bombeiros.
Desejando que o palco escolhido este ano sirva de “incentivo para que, no futuro, sejam
muito mais equipas das ilhas”, o
comandante Jaime Marta Soares, considerou a importância
de despertar a “vontade competitiva” da Madeira, por agora,
ainda arredada destas provas.
Depois de dar conta da complexidade logística desta operação, das muitas dificuldades impostas por um país em dificuldades, nada, nem a crise fez recuar a organização, relevando o
esforço das associações locais,
17
JUNHO 2015
NAIS DE MANOBRAS
o, na descentralização
o apoio do Governo Regional, o
envolvimento, a competência e
o profissionalismo do presidente
SRPCB, as valiosas parcerias
com a Câmara Municipal de
Ponta Delgada e com a Federação dos Bombeiros dos Açores e
a prestimosa colaboração de
Vasco Garcia, presidente da direção dos Voluntários de Ponta
Delgada, que mereceu rasgados
elogios e um sentido agradecimento do presidente da LBP.
As palavras finais foram uma
vez mais para os bombeiros.
Jaime Marta Soares não escondeu “o orgulho, por mais uma
vez, ficar provado que tudo o
que os bombeiros são chamados a fazer, fazem bem e com
qualidade”.
Luís Mendes Cabral, começou
por dar as boas-vindas aos participantes, em nome do presidente do Governo Regional,
“uma saudação afetiva pela
presença nos Açores, mas, sobretudo, pelo que os bombeiros
representam para a região e
para o País”. Depois, o Secretário Regional da Saúde dos Açores, com a tutela de Proteção
Civil, já em nome próprio, falou
da “enorme satisfação em receber os concursos” recordando o
desafio que a região “agarrou
de forma aguerrida”.
Deixou agradecimentos à autarquia de Ponta Delgada envolvida no projeto desde inicio e
salientou trabalho do SRPCBA,
em articulação com as associações da ilha de S. Miguel e terminou a sua intervenção desejando “sorte” às equipas em
competição e convidando os visitantes a usufruírem de “tudo
de bom e de belo que a ilha tem
para oferecer”.
Marcaram ainda presença
nesta cerimónia, entre outras
individualidades o Diretor Regional do Desporto, António da
Silva Gomes; o vereador da
Saúde da Câmara Municipal de
Ponta Delgada, Pedro Azevedo;
o inspetor regional de bombeiros, Rodrigo Mira; o vice-presidente do Conselho Executivo da
Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Adelino Gomes e os vogais major José Fernandes e comandante José Requeijo; o presidente da Federação dos Bombeiros dos Açores,
Manuel Silvestre e, ainda, os
comandantes da Zona Naval e
da Zona Militar, respetivamente, contra-almirante António
Cândido e o major-general Cardoso Lourenço.
O domingo ficou, então, reservado para as competições e
para algumas surpresas, sobretudo para as equipas açorianas,
nomeadamente Ribeira Grande
que, este ano, apenas venceu a
prova feminina de seniores e
deixou escapar o primeiro lugar
nas restantes categorias, como
que confirmando que “santos
da casa não fazem milagres”.
Mais uma vez, o Batalhão de
Sapadores do Porto levou a melhor ao Regimento de Lisboa,
numa sempre acesa competição, que o público e as restantes equipas acompanharam
com muito interesse.
Assim sendo, a vitória este
ano premiou o esforço das formações seniores masculinas de
Ourém (A) e Marco de Canave(continua na página seguinte)
CLASSIFICAÇÕES
Seniores
Voluntários Masculinos (A): Ourém, 1.º; Ribeira Grande,
2.º; Rebordosa, 3.º; Fátima, 4.º; Paço de Sousa, 5.º; Ponta
Delgada, 6.º; Montemor-o-Novo, 7.º; Marco de Canaveses,
8.º; Loures, 9.º. Voluntários Femininos: Ribeira Grande, 1.º;
Ourém, 2.º; Loures, 3.º.
Voluntários Masculinos (B): Marco de Canaveses, 1.º; Paço
de Sousa, 2.º; Ourém, 3.º.
Profissionais (A): Sapadores Porto, 1.º; Sapadores Coimbra,
2.º; Sapadores Lisboa, 3.º.
Profissionais (B): Sapadores Porto (1.º); Sapadores Lisboa,
2º.
Cadetes
Masculinos/Mistos
Freamunde, 1.º; Rebordosa, 2.º; Fafe, 3.º, Cartaxo, 4.º;
Matosinhos-Leça, 5.º; Ribeira Grande, 6.º, Campo de Ourique,
7.º; Sintra, 8.º, Torrejanos, 9.º; Oliveira de Frades (10.º).
Femininos
Rebordosa, 1.º; Freamunde, 2.º.
18
JUNHO 2015
(continuação da página anterior)
ses (B) e a feminina da Ribeira
Grande, e Na categoria dos profissionais, os Sapadores do Porto (A e B) reconfirmaram o titulo. Nos cadetes brilharam a
equipa masculina Freamunde, a
feminina da Rebordosa, o grupo
misto de Fafe
Registe-se a equipa masculina da Ribeira Grande e a feminina da Rebordosa serão as representantes portugueses 20ºs
Concursos Internacionais de
Cadetes, que, este ano, se realizam em Opole, Polónia, de 19
a 26 de julho.
O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros, Capitão José António
Oliveira Dias, um dos “padri-
E
nhos” desta edição dos concursos, que acompanhou tanto os
treinos, como as provas, revelou ao Jornal Bombeiros de Portugal estar a concretizar um
“sonho antigo”, pois, embora a
decisão de levar as provas aos
Açores tenha sido anunciada há
cerca de um ano, no decorrer
das comemorações do 135.º
aniversário dos Voluntários de
Ponta Delgada, muito trabalho
foi desenvolvido anteriormente.
“Era de elementar justiça
trazer este grande evento à Região Autónoma dos Açores, à
casa dos campeões nacionais”
revelou, valorizando os resultados obtidos ao longo dos anos
pelas equipas dos Voluntários
da Ribeira Grande.
Confidenciou que, em 2013,
acompanhou as equipas dos
Açores aos concursos de manobras, em Fátima e deixou-se tocar pela “envolvência, a alegria,
o espírito de camaradagem de
entreajuda entre bombeiros”. E
assim, foi ainda no continente
que se propôs levar à ilha estas
provas, que, afinal, tamanha
importância têm para os bombeiros açorianos.
Recusando falar de custos,
encargos, despesas ou até investimentos, José Dias, salientou, contudo, que “o Serviço
Regional de Proteção civil assumiu, na totalidade, com a maior
satisfação, esta organização”,
marcada por uma logística
complicada, mas que, ainda as-
Mais de meia centena em festa
sta experiência foi vivida,
intensamente, pelos mais
novos, até porque para muitos foi a primeira vez que
deixaram os pais, ou viajaram de avião, e também por
isso, jamais, esquecerão
esta enorme aventura.
A alegria contagiante de
cerca de meia centena de
crianças, deu um colorido diferente às provas, uma inesperada animação, para qual
contribuiu muito o grupo de
Freamunde sempre o mais
efusivo e animado. O Rodrigo, aos 13 anos, já decidiu
que quer ser bombeiro, e
para isso trabalha “há três
anos” nas escolinhas dos Voluntários de Fafe. Estreou-se, este ano, nas competições de manobras nos Açores e, ainda a gerir os “nervoso miudinho”, mostrou-se,
contudo, satisfeito com o 3.º
lugar alcançado e feliz pela
experiência vivida na curta
passagem por S. Miguel. Mais experiente nestas andanças, Cristina, aos 14 anos é “já é a
quarta vez” que participa nas provas e, talvez
por isso, faça uma análise mais crítica da
prestação da equipa que poderia “ter sido melhor”, já a viagem aos Açores não poderia ter
sido mais “espetacular”. As bonitas paisagens
da ilha conquistaram a cadete fafense, que
ainda no Complexo das Laranjeiras, já se
mostrava triste pela partida, antecipada por
compromissos escolares, o que aliás aconteceu com todos que segunda-feira (dia 15) teriam que fazer exame de português de 9.º
ano.
Marta, tem 15 anos e integra o grupo de
cadetes de Sintra há mais seis, e, á conversa
com os jornalistas considerou “muito positiva”
a estada nos Açores, sobretudo, pelo convívio
sim, se pautou pelo “sucesso”,
conforme considerou este responsável.
“Gerir a componente logística
foi o maior desafio, mas essa,
também, foi prova superada,
correu tudo bem, está toda a
gente satisfeita”, reforçou.
Também, em declarações ao
jornal Bombeiros de Portugal, o
presidente da Federação dos
Bombeiros dos Açores, Manuel
Soares Silvestre não escondeu
a satisfação em receber o evento que acredita poderá “trazer
um novo alento aos bombeiros
da região autónoma” e despertar nos mais jovens interesse
pela causa, até porque torna-se
cada vez mais difícil “garantir
aos quartéis novos voluntários”.
I
e pela partilha, contudo confidenciou que esperava “um bocadinho melhor” do que o 8.º
lugar alcançado nas provas, nada que tenha
esmorecido a determinação desta futura bombeira que nos garantiu que “para o ano Sintra
obterá um melhor resultado”, uma convicção,
aliás, partilhada por Mariana, que, embora integre a equipa há menos tempo, já sofre com
“as falhas” que, assegurou, serão corrigidas
com treino e persistência.
Ainda muito jovens, estas duas “bombeiritas” sonham um dia envergar a farda de bombeiro, provando que, de facto, as escolas de
infantes e cadetes, podem mesmo ser uma
garantia de renovação dos quartéis, da mesma forma, os concursos de manobras são um
relevante estímulo para os mais jovens, que
importa impulsionar.
“Esperamos que para o ano
mais equipas açorianas possam
participar nos concursos nacionais” são os votos deste dirigente federativo, determinado em
fomentar a dinamização de provas regionais, que permitam ampliar o número de corpos de
bombeiros do arquipélago em
competição.
Entusiasmo e orgulho sobravam a Vasco Garcia, o presidente da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Ponta Delgada, que assumiu
com brio e esmero o papel de
anfitriã dos concursos de manobras. Foi neste quartel que os
participantes fizeram as refeições e encontraram apoio e
orientação durante a estada em
S. Miguel
Em declarações ao nosso jornal, o também vice-presidente
do conselho fiscal da LBP, mostrou-se satisfeito com o trabalho
desenvolvido, mas sobretudo
“muito honrado” em ter contribuído para a descentralização
deste evento.
Em fim de festa, nota positiva
para esta mega organização da
Liga dos Bombeiros Portugueses
que, pela primeira vez, se testou
fora dos limites do continente e
ousou cruzar o Atlântico, para
mais uma bem-sucedida edição
dos Concurso Nacionais de Manobras.
Em jeito de “nota de rodapé”
ficam os agradecimentos ao Professor Vasco Garcia, ao comando
e aos bombeiros de Ponta Delgada, ao responsáveis do SRPCBA,
bem como à equipa de júris desta prova que tudo fizeram para
apoiar o trabalho da equipa do
Jornal Bombeiros de Portugal
que se deslocou aos Açores.
A todos um enorme “obrigada”!
Comissão e júri nacional
ntegraram a comissão dos Concursos Nacionais de Manobras, os
comandantes Adelino Gomes e José
Requeijo, ambos elementos do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, sendo o júri do Núcleo de Manobras constituído por:
Aníbal José Reis Luis, Antero Teixeira Leite, António Gil dos Santos, António Joaquim Freitas, António José
da Costa Pereira, António Manuel de Lima,
Carla Alexandra Ferreira, Carlos Emanuel Antunes, Ernesto Santos Marques, Fábio Caria,
Francisco Caldeira, João Paulo Lopes, José
Morais Duarte. José Augusto Antunes, José
Carlos Pereira, José Fernando Barrela Caria,
José Manuel de Jesus Laranjeira, José Maria
Pinto, Lourenço Louro Domingues, Luis Manuel Nobre, Luis Manuel Recto, Manuel Leal
dos Santos, Marco Jorge Domingos, Maria Celeste Veloso, Maria de Fátima Veloso, Mário
Maia Moreira, Nuno Filipe Marques, Paulo Valadas, Soraia Rocha Domingues e Vítor Manuel Ribeiro
19
JUNHO 2015
CONCURSOS NACIONAIS DE MANOBRAS 2015
As equipas
20
“B
JUNHO 2015
PAÇO DE ARCOS
PAMPILHOSA
Bombeiros criam Bike Rescue Patrol
Quartel com muita atividade
ike Rescue Patrol” é a designação de uma nova
equipa especial dos Bombeiros
Voluntários de Paço de Arcos ao
serviço da população.
Com a criação deste grupo de
salvamento e patrulhamento
em bicicleta, pretende a associação “reforçar a imagem de
um Corpo de Bombeiros, investir na proximidade” e ao mesmo
tempo incentivar os operacionais a ”manter a condição física”, tudo isto enquanto asseguram ações de prevenção e patrulhamento.
Este projeto assenta na mobilidade de duas bicicletas todo-o-terreno, devidamente equipadas material de primeiros socorros e suporte básico de vida,
para responder a situações de
menor gravidade, mas em contacto permanente com a Central de Operações de Socorro
dos Bombeiros Voluntários de
Paço de Arcos.
A “Bike Rescue Patrol, foi
pensada para assegurar a primeira intervenção até á chegada de outros meios, sobretudo
em áreas onde se aglomerem
grande número de pessoas, nomeadamente nas zonas balneares. ”, A equipa, constituída por
dois bombeiros efetua a prevenção e o patrulhamento, aos
fins de semana e feriados, no
ara além da normal atividade do Corpo de
Bombeiros da Pampilhosa, as últimas semanas
foram marcadas pela ocorrência de incêndio florestais e urbanos, ainda antes do início da designada “época critica”.
A registar o incêndio que deflagrou, no passado dia 24 de maio, na cozinha de um 2.º andar de
um apartamento na Rua Fialho de Almeida.
Esta ocorrência, da qual não resultaram feridos, apenas danos materiais mobilizou seis operacionais apoiados por duas viaturas e ainda a
GNR da Mealhada que tomou conta da ocorrência.
Ainda neste dia, os bombeiros da Pampilhosa
participaram ainda, com um veículo de combate
e cinco operacionais, nas operações de extinção
de incêndio em Ferreirinhos, no concelho de Anadia.
No dia 27 de maio, os bombeiros voluntários
da Pampilhosa foram acionados para a localidade
de Canedo, após a colisão entre um autocarro de
transporte escolar e um ligeiro.
Deste acidente resultaram dois feridos ligeiros,
os condutores dos veículos que, depois de imobilizados e avaliados pelas equipas pré-hospitalares, foram transportados ao Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra por ordem do CODU.
Estiveram presentes no local três ambulâncias
apoiadas por sete operacionais, bem como militares da GNR da Mealhada
Este corpo de bombeiros esteve ainda envolvido no combate às chamas, no dia 31 de maio, na
localidade de Silvã, freguesia de Casal Comba, na
Mealhada, onde estiveram oito operacionais
apoiados por três veículos dos Voluntários da
Pampilhosa e ainda uma outra viatura e cinco elementos dos Voluntários da Mealhada.
FAMALICÃO
passeio marítimo de Oeiras, e
nas zonas de lazer da área de
intervenção dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos.
Este projeto é patrocinado
pela União das Freguesias de
Oeiras e São Julião da Barra,
Paço de Arcos e Caxias, e pelo
Bar Tô na Onda, na Marina de
Oeiras, que garante o fornecimento das refeições aos bombeiros desta equipa.
ÁGUAS DE MOURA
Treino para equipas de posto de comando
R
ealizou-se, recentemente,
nas instalações dos Bombeiros de Águas de Moura o primeiro treino operacional, deste
ano, de equipas de posto de comando (EPCO) do distrito de
Setúbal.
Esta ação visou preparar os
elementos de comando e oficiais bombeiros do distrito na
operacionalização e gestão de
postos de comando em ocorrências que ultrapassem a fase
II do sistema de gestão de operações (SGO), com recurso a
emergências simuladas.
N
Operação bem sucedida
a manhã de 14 junho, os Bombeiros Voluntários de Famalicão receberam um pedido de
socorro para resgatar uma vítima de sexo feminino que se encontrava num poço com cerca de 20
metros de profundidade na Rua do Cardal, freguesia de Bente. De imediato, foram enviados
para o local uma equipa de salvamento e uma
outra de emergência pré-hospitalar.
Ao chegarem ao teatro de operações os bombeiros encontraram uma mulher com 65 anos,
consciente e dentro da água, mas em grandes
dificuldades, já em estado de hipotermia. Perante
este cenário os operacionais, rapidamente, desceram ao poço para salvar a senhora, que depois
de estabilizada foi transportada ao hospital de Famalicão.
Para além dos homens e meios do corpo de
bombeiros, estiveram também no local a VMER
Famalicão e efetivos Guarda da Nacional Republicana.
BARREIRO
A
AMARANTE
U
P
Resgatado homem de poço
m homem de 68 anos foi resgatado com vida de um poço com
15 metros de profundidade e quatro
de água por uma equipa dos Bombeiros Voluntários de Amarante.
Até que foi dado o alarme para os
bombeiros, Joaquim Silva permaneceu mais de uma hora no interior do
poço localizado na Travessa Burgada de Cima, em Fregim, Amarante.
Joaquim Silva sofreu a queda quando tentava consertar o motor do
poço. A mulher encontrou-o, já em dificuldades,
e pediu auxílio.
“Comecei a ouvir gritos que o senhor Silva tinha caído ao poço e fui logo a correr e quando
cheguei, ele estava a segurar-se a um tubo”, relatou vizinho, que ainda atirou uma escada, presa
por uma corda, à qual a vítima se agarrou. “Ele
dizia que não aguentava mais, mas dei-lhe força
e estive sempre a conversar com ele”, acrescentou.
Joaquim Silva, que está reformado, manteve-se sempre consciente até à chegada dos Bombeiros de Amarante. Os seis bombeiros que acorreram, apoiados por duas viaturas, conseguiram
resgatá-lo do poço numa operação que durou 20
minutos. O homem foi assistido pelos médicos da
VMER do Vale do Sousa e levado ao hospital de
Penafiel, com sinais de hipotermia e escoriações.
Teve alta e regressou a casa durante a tarde do
mesmo dia.
Nas escolas para sensibilizar
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do
Sul e Sueste – Barreiro tem
dado continuidade ao trabalho
de sensibilização da comunidade escolar da sua zona de intervenção para as regras de prevenção e socorro e o cumprimento dos planos internos de
segurança dos estabelecimentos de ensino. Recentemente,
prosseguiu esse trabalho, integrando-o no programa comemorativo do Dia Municipal do
Bombeiro.
Esse programa incluiu deslocações dos bombeiros a várias
escolas, para ações de sensibilização, demonstrações de salvamento e desencarceramento e
até um simulacro de explosão.
O périplo teve início com um
simulacro a envolver a autoescada para resgatar um aluno
com mobilidade reduzida na Escola Básica do 1.º Ciclo Professor José Joaquim Rita Seixas,
um simulacro de incêndio na
cozinha seguido de explosão de
produtos reagentes no laboratório da Escola Secundária de Santo André,
ações de sensibilização e demonstrações, na Escola Básica da Cidade Sol e na Escola Básica EB1/
Jardim de Infância de Penalva, em Santo António
da Charneca, na Escola Básica 1.ª Ciclo Fidalgui-
nhas com Jardim de Infância, na União das Freguesias do Barreiro e Lavradio, no Jardim de Infância da Fonte do Feto e na Escola Básica 2/3
com Secundário de Santo António, Freguesia de
Santo António da Charneca.
21
JUNHO 2015
VIEIRA DE LEIRIA
Bombeiros preparados para resgates no mar
A
uma mota de água, com os
apoios da população, e recebeu outra de oferta de um benemérito, Sr. Rui Jorge, de
Porto de Mós, que há vários
anos tinha sido socorrido de
um acidente de viação ocorrido na área de intervenção desta corporação.
Apesar de o socorro a vítimas no mar ser da responsabilidade da Capitania da Nazaré,
o facto de esta unidade se encontrar entre trinta minutos a
uma hora da Praia da Vieira,
motivou esta aposta da corporação.
De acordo com o comandante dos Bombeiros de Vieira
de Leiria, Rui Silva, desta forma, a intervenção da corporação torna-se agora mais rápida por causa das motas de
água, aumentando assim as
probabilidades de socorro das
vítimas.
“Saindo do quartel, em 7 a
10 minutos, colocamos uma
mota na água. No verão serão
cerca de dois minutos porque
as motas ficarão aqui preposicionadas na Praia da Vieira”,
disse.
O objetivo dos Bombeiros
de Vieira de Leiria passa por
garantir a segurança no mar
de banhistas e pescadores da
tradicional Arte Xávega. Apesar de nos últimos dez anos
não terem ocorrido vítimas
mortais na Praia da Vieira,
houve vários acidentes no
mar.
“Ainda há pouco tempo tivemos uma situação com seis
pescadores. Ainda não tínhamos a mota de água e fomos
apoiados por outra corporação. Mas são situações que
acontecem, porque estas pessoas acabam muitas vezes por
ultrapassar os limites da segurança”, referiu o comandante
Rui Silva.
O simulacro envolveu a participação de vários meios dos
bombeiros (duas motas de
água, duas ambulâncias, uma
viatura de comando, uma viatura de apoio logístico), 30
operacionais e, por se tratar
de um domingo, contou com a
presença de centenas de pessoas que nesse dia se encontravam na Praia da Vieira.
O Núcleo de Resgate Aquático conta neste momento com
18 elementos, duas motas de
água e um barco de resgate.
Foto: Artur Granja/NRA
queda ao mar de seis
pescadores de uma embarcação da tradicional
Arte Xavega foi o cenário que
os Bombeiros Voluntários de
Vieira de Leiria prepararam
para testar num simulacro os
novos meios disponíveis do
Núcleo de Resgate Aquático
desta corporação.
A 14 de junho, dia que dava
inicio à Abertura da Época Balnear, o simulacro consistiu em
dois exercícios: o primeiro em
resgatar dois banhistas e o segundo em retirar do mar seis
pescadores, testando, desta
forma, a capacidade de resposta a naufrágios que ocorrem principalmente na aproximação e na saída dos barcos
junto à praia.
Para acelerar o tempo de
resposta a acidentes no mar, a
corporação re-estruturou o
Núcleo de Resgate Aquático
em 2014 e comprou este ano
PORTIMÃO
Equipa de mergulho em treino conjunta nos Açores
U
ma equipa de seis mergulhadores e
um condutor de embarcação de socorro da Brigada de Salvamento Aquático (BSA) dos Bombeiros de Portimão
rumaram aos Açores a bordo de um
avião C-130 da Força Aérea Portuguesa
(FAP), com o intuito de participar num
treino conjunto com equipas congéneres daquela região Autónoma.
Esta iniciativa que contou com o
apoio do Serviço Regional de Proteção
Civil e Bombeiros dos Açores permitiu
estreitar as relações técnico-operacionais entre equipas congéneres dos CB e
proporcionar, no âmbito do plano de for-
mação e instrução desta unidade especializada, o treino num ambiente diferente do que habitualmente acontece,
desafiando as competências dos seus
operacionais.
Esta foi ainda a oportunidade igualmente uma oportunidade de partilha de
conhecimentos numa área que requer
uma evolução permanente na procura
de maior eficiência no desempenho desta missão.
O efetivo regressará ao continente no
próximo dia 08 de Junho, após 6 dias de
práticas de mergulho em buscas subaquáticas e salvamento aquático.
22
JUNHO 2015
PAÇO DE SOUSA
O
Fogos florestais em exercício
s Bombeiros Voluntários
de Paço de Sousa realizaram no passado mês de maio
um exercício de fogos florestais no Lugar da Pegadinha
em Lagares, “com o objetivo
de preparar a época florestal”.
Esta ação envolveu a Proteção Civil da Câmara Municipal de Penafiel (GTF), GIPS
da GNR, Sapadores Florestais, Afocelca, Bombeiros Voluntários de Cête, Penafiel e
Entre-os-Rios.
No final os intervenientes
fizeram um balanço deste
BAIÃO
N
“Prevenir para Proteger”
o passado mês maio, o Corpo de Bombeiros de Baião
promoveu o II Fórum Local –
Prevenir para Proteger, este ano
subordinado ao tema da Segurança Rodoviária». Este evento
anual surgiu da vontade de
aproximação e envolvimento
dos voluntários com a comunidade, nomeadamente ao nível
da promoção da resiliência dos
seus cidadãos e do reforço de
comportamentos seguros dos
seus operacionais.
O evento deste ano contou
com a presença dos oradores,
treino que permitiu preparar
os operacionais para o combate aos fogos florestais.
Paulo Fonseca em representação da Prevenção Rodoviária
Portuguesa (PRP), Helena Sacadura Botte da Associação para a
Promoção da Segurança Infantil
(APSI), Ana Paula Rocha, enfermeira tripulante da VEMER Aveiro representante do Instituto Nacional de Emergência
Médica (INEM) e Emanuel Sardo Fidalgo, adjunto de comando
dos Bombeiros Voluntários de
Baião.
As temáticas apresentadas
foram diversas como “Prevenção Rodoviária”, “Transporte de
Crianças em Automóveis Ligeiros e Ambulâncias”, “O Acidente
na A25 de Agosto de 2010. Lições Aprendidas” e “Segurança
na Condução com Neve”. As
apresentações tiveram um duplo propósito de (in)formar os
operacionais, nomeadamente
os bombeiros e elucidar os cidadãos, reforçando os comportamentos seguros durante a condução na estrada. Este momento de discussão permitiu a veiculação de conhecimento, mas
sobretudo o diálogo entre técnicos, operacionais e cidadãos.
BARREIRO
VIEIRA DO MINHO
E
lementos de vários corpos de bombeiros do
país participaram num curso de formação de
especialização de desencarceramento organizado pelos Bombeiros Voluntários do Sul e
Sueste, do Barreiro, com o apoio da Associação
Nacional de Salvamento e Desencarceramento
(ANSD), ministrado pelos técnicos espanhóis,
António Esteban Ortiz e Benigno Gomez Saéz.
Entretanto, na sequência da aprovação do
relatório e contas do exercício de 2014, os
Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, divulgaram um conjunto de dados significativos que
Preservação de vestígios
O
Corpo de Bombeiros de Vieira do Minho realizou recentemente, no âmbito das comemorações dos 75 anos daquela Associação de Bombeiros Voluntários, um “workshop” subordinado ao
tema “Crimes de Cenário - o papel dos primeiros
intervenientes institucionais na preservação dos
vestígios”.
O encontro destinou-se aos bombeiros dos CB
dos municípios abrangidos pela jurisdição do Departamento de Investigação Criminal de Braga da
PJ, correspondente aos distritos de Braga e Viana
do Castelo, mais as corporações de Felgueiras,
Lixa (distrito do Porto) e Mondim de Basto (distrito de Vila Real), para além de outros CB convidados.
Formação
em desencarceramento
caracterizam a atividade do seu corpo de bombeiros.
Assim, ao longo de 2014 participaram em
11.384 horas de formação certificada, 5.934
horas de instrução, 64.479 horas de piquete,
95 simulacros e 81.892 horas de serviço operacional.
No ano transato, os Voluntários de Sul e
Sueste percorreram mais de 820 mil quilómetros, tiveram 2.465 emergências pré-hospitalares, 171 incêndios e mais de uma centena de
acidentes diversos.
Em pareceria, na organização do evento, esteve, desde a primeira hora, a Escola de Polícia Judiciária, de Loures, que fez deslocar até ao Minho
três investigadores docentes daquela instituição
de ensino/formação, entidade que certificará a
formação de seis horas a todos os participantes
num total de 151 elementos.
O encontro, que se iniciou com uma sessão
onde estiveram presentes representantes do Município, da Polícia Judiciária, da ANPC, da LBP e da
AHBVVM, incluiu também uma componente prática desenvolvida no anfiteatro natural do Parque
dos Moinhos, onde foi feita a análise do comportamento do fogo num incêndio em veículo, seu
combate e leitura de vestígios a preservar.
CANTANHEDE
N
o II Fórum da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC), estiveram em debate as implicações da opção pela atividade de bombeiro. Vários especialistas que trabalham diariamente com bombeiros
e corporações, mas também bombeiros e seus
familiares, falaram sobre o que significa ser bombeiro, tanto a nível pessoal, como familiar e social.
O encontro “Ser Bombeiro: Envolvimento Social, Familiar e Psicológico” contou com a participação de Prof. Doutor Carlos Fernandes, do Departamento de Psicologia da Universidade de
Aveiro, do psicólogo Fernando Ferreira, de Liliana
“Ser Bombeiro” em fórum
Santos e Sara França, bombeiras, psicólogas e
voluntárias nas Equipas de Apoio Psicossocial da
ANPC e, ainda de Filipa Araújo e de Paulo Saraiva,
psicólogos voluntários desta associação.
Associaram-se, também, a esta iniciativa o comandante Paulo Tavares, dos Bombeiros Voluntários de Côja, Maria da Conceição Raimundo e
Dora Torres, respetivamente viúva e filha do
bombeiro Fausto, falecido em serviço em 1982.
O Fórum contou ainda com os depoimentos do
chefe Carlos Reis, do bombeiro João Pedro Oliveira e do enfermeiro e bombeiro José Reis, todos
dos Voluntários de Cantanhede, e ainda de Artur
Fernandes, elemento dos órgãos Sociais da instituição desde 1982 e, atualmente, presidente do
Conselho Fiscal.
O ambiente intimista e de partilha que se criou
potenciou a participação de vários elementos da
assistência, o que muito enriqueceu esta iniciativa.
No final, o balanço não poderia ter sido mais
positivo.
Ao todo, assistiram ao II Fórum da AHBVC quase uma centena de pessoas, número bastante
significativo tendo em conta as várias iniciativas
dirigidas a bombeiros que decorreram em simultâneo noutros pontos do país. Estiveram representadas as corporações de Soure, Penacova,
Côja, Mira, Miranda do Corvo, Condeixa e Peniche, para além da corporação de Cantanhede.
23
JUNHO 2015
SINTRA
“Esta é uma instituição saudável, ativa, pujante”
A Associação Humanitária de Sintra
assinalou no dia 24 de junho o 125.º
aniversário, uma efeméride merecedora de
uma enorme comemoração, até porque
motivos para festejar não faltam a uma
intuição que não soçobrou a crises, nem à
crise, mercê de uma laboriosa equipa, que,
todos os dias, se entrega de “corpo e alma
“ às coisas da causa.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
ultimar os preparativos
para as comemorações
do 125.º aniversário, os
responsáveis da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sintra, cedem ao desafio do Jornal Bombeiros de
Portugal e, época propícia a todos balanços, dão a conhecer
uma instituição que “está bem”,
mas que aspiram “fique ainda
melhor”.
“Esta é uma associação saudável, ativa, pujante”, faz questão de referir o presidente da
direção, José Bento Marques,
ressalvando que, embora, “a situação financeira não seja excecional, é razoavelmente,
boa… pelo menos equilibrada”.
Para esta realidade concorre
“uma gestão muito rigorosa de
recursos”.
“Só damos passos à medida
das nossas pernas, não cedemos a loucuras “, sublinha salvaguardando que “a segurança,
a formação e a valorização dos
bombeiros” são sempre prioridade, porque só assim é possível “servir bem, cada vez melhor as populações”.
A associação dispõe de excelentes condições de espaços
amplos e operacionais que respondem às exigências de um
corpo de bombeiros com mais
de 90 elementos, ainda que a
forma circular no imóvel inaugurado 1994, não só causa
mais do que estranheza, como
alguns constrangimentos.
“Este é um quartel inspirado
num modelo alemão, que ao
tempo seria um “must” mas
que, hoje, não fará muito sentido. Um imóvel redondo para
bombeiros não é funcional”,
considera José Bento Marques,
falando das várias intervenções
no complexo, nomeadamente a
remoção do revestimento exterior em azulejo, que a “pouco e
pouco, à medida das possibilidades de tesouraria”, está a ser
substituindo “por barramento
diferente, que não exige tanta
manutenção”.
“Quando a obra para o homem morre”, declara o dirigente, dando conta de investimentos vários na renovação, requalificação e adaptação das instalações, visando dar condições
de trabalho aos homens e mulheres que garantem o socorro
num território exigente e diferenciado.
Numa área de 192 quilómetros quadrados, onde residem
cerca de 50 mil habitantes, os
Bombeiros de Sintra são confrontados com vários cenários
com especial enfoque para as
sensíveis zonas de área florestal os núcleos urbanos, um peculiar centro histórico, e ainda
zonas rurais e uma parcela sensível no litoral.
“A nossa formação assenta
nas vertentes em que estamos
mais envolvidos, nomeadamente, os fogos florestais, os incêndios urbanos, acidentes e socorro pré-hospitalar, ainda, assim, e tendo em conta as especificidades da nossa área de
intervenção não descuramos
outras áreas, nomeadamente o
salvamento em grande ângulo,
salvamento em montanha,
mergulho”, declara o comandante Francisco Rosa.
Aliás nesta matéria, nada é
menosprezado, assim para
além do plano anual imposto
pela Autoridade Nacional de
Proteção Civil, os Voluntários de
Sintra investem “em ações internas específicas, devidamente orientadas pelos chefes de
equipa”.
Em matéria de viaturas e dos
múltiplos equipamentos que
suportam e facilitam a atividade
dos operacionais, o comandante afiança “não existirem grandes lacunas”, embora, conside-
re a necessidade de avançar
com o processo de renovação
de alguns veículos “mais antigos, com muitos quilómetros
percorridos e de manutenção
dispendiosa”.
“Temos aproveitado todas a
oportunidades para modernizar
o parque de viaturas e para adquirir todos os outros equipamentos”, acrescenta, Bento
Marques dando conta, ainda, de
alguns apoios externos nomeadamente das juntas de freguesia de Sintra e de S. João das
Lampas-Terrugem, sempre disponíveis para apoiar e patrocinar as atividades e projeto da
instituição. O aniversário da
instituição não foi esquecido,
sendo que as duas autarquias
fizerem chegar ao quartel ofertas no valor global que ascende
aos 30 mil euros.
“Recebemos da União de Fre-
guesias de Sintra 89 novos armários, um apoio financeiro
para a renovação da casa-escola, já de S. João das Lampas
chegou uma verba de 15 mil
euros para comparticipar a
compra de uma nova ambulância e um autocarro, que servirá,
por exemplo para apoiar a atividade da fanfarra”.
Também “a Câmara Municipal
de Sintra cumpre a sua parte,
paga o que tem a pagar em termos de pessoal, e apoia a atividade do corpo de bombeiros
com um subsídio anual no valor
de 110 mil euros”, salienta o
presidente, muito embora se
revele crítico em relação aos
critérios de equidade aplicados,
que “não beneficiam da mesma
forma as nove corporações do
concelho”.
No trabalho reside o sucesso
desta casa, ainda que comando
e direção façam questão de
destacar a genericidade e disponibilidade de “algumas empresas e amigos”, nomeadamente de Carlos Morais, “um
homem que muito tem dado
aos Voluntários de Sintra, mas
também aos outros bombeiros
do concelho”.
Para além destes contributos,
e para lá da atividade operacional e dos serviços que presta, a
associação ainda conta com a
quotização de cerca sete mil associados e com a rentabilização
de alguns equipamentos, nomeadamente o restaurante, o
ginásio, o centro médico e a
piscina, agora entregues a gestão privada.
Num projeto aparentemente
consolidado existem, contudo,
pontos críticos que direção e
comando tentam eliminar, ainda que lutar contra inevitabilidades com a “crise de voluntariado”, se revele inglório e preocupante, porque em causa está
a sobrevivência destas instituições. Para mitigar esta situação, direção e comando apostaram, em boa hora, na criação
das escolas de infantes e cadetes, que por agora são mesmo a
única fonte de angariação de
novos bombeiros.
“Todos os 11 elementos desta última recruta vieram das escolinhas”, refere o comandante,
ainda assim esperançoso que
no futuro as opções de quem
tutela o setor possam inverter o
fenómeno de abandono dos
quartéis.
Por enquanto, um corpo de
bombeiros muito jovens, com
uma média de idades que não
ultrapassa os 26 anos, dá garantias de prontidão e de qualidade no serviço prestado às populações. Deste efetivo, Francisco Rosa faz questão de salientar o trabalho das “23
bombeiras” que dentro e fora
do quartel vão fazendo a diferença:
“As mulheres são mais cumpridoras, revelam disponibilidade, não fogem ás responsabilidades, não se escudam em desculpas”, destaca o responsável
operacional.
Na sala de direção juntam-se
à conversa os dirigentes João
Macedo e José Fernandes Barata, também eles preocupados
com o futuro destas instituições, mas que ainda assim não
desarmam, pois a história e
todo o trabalho desenvolvido
nos últimos 125 anos em prol
das populações, não permitem
recuos, até porque o empenho,
a entrega e a dedicação à causa
há muito abriram as portas do
futuro aos Bombeiros Voluntários de Sintra.
24
JUNHO 2015
CASCAIS
Homenageado o subchefe Firmino Soares
A
Foto: Carlos Santos
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Cascais optou por um modelo
apenas interno para comemorar
o seu 129º aniversário.
No domingo, 22 do corrente,
iniciou o programa com a habitual romagem ao talhão da Associação no cemitério da Guia,
em Cascais, realizou um desfile
apeado e motorizado pelo centro da Vila, cativando a atenção
dos milhares de pessoas que
àquela hora passavam no local e, no quartel,
procedeu a uma breve cerimónia de promoção
de bombeiros e uma homenagem ao subchefe
Firmino Soares.
Antes do almoço convívio houve ainda a oportunidade de ver atuar o Grupo Cénico da Associação recriando a coreografia com que participou no encontro de marchas populares realizado
no dia 13 de junho no centro de Cascais. Foi uma
intervenção muito aplaudida pelas mais de 100
pessoas presentes.
Os três estagiários promovidos a bombeiros
de 3.ª são, Marcelo Branco Silva, Tomás Santos
e Filipe Martins.
A homenagem ao subchefe Firmino Soares
traduziu-se na distinção com o crachá de ouro da
Liga dos Bombeiros Portugueses pelos trinta e
cinco anos de serviço e muito esforço desenvolvido em prol da instituição ao longo desse tempo.
Do registo de Firmino Soares constam sete
louvores, um deles alusivo à sua intervenção nas
cheias de 1983, foi instrutor de várias recrutas e,
dada a sua ligação à atividade piscatória, foi
sempre um elemento devotado aos socorros a
náufragos. A distinção foi-lhe entregue pelo co-
VENDAS NOVAS
Quartel recebe equipamentos em dia de festa
O
dade dos fundos do programa
comunitário 2020 para que os
Voluntários de Vendas Novas
possam avançar com a construção de um novo quartel,
“velha aspiração de todos”, até
porque as atuais instalações “já
não oferecem grandes condições de operacionalidade”. O
dirigente destacou ainda o trabalho desenvolvido no sentido
de equilibrar financeiramente a
associação, falou das “dificuldades” com que se bate a insti-
Foto: Vitor Neves
mandante distrital de operações de socorro de
Lisboa da ANPC, Carlos Mata, e pelo comandante
municipal, Pedro Mendonça, em representação
do presidente da Câmara Municipal, a convite do
dirigente da confederação, Rui Rama da Silva.
Apesar da doença, com que luta denodadamente, o subchefe Firmino Soares fez questão
de receber a condecoração de
pé e perante os seus companheiros em formatura geral.
A cerimónia contou ainda
com a presença do presidente
da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Morais
Soares.
Na véspera, sábado, a Associação organizou mais uma exposição de meios estáticos e
atividades, nomeadamente de
“mass training” que juntou dezenas de pessoas junto aos paços do concelho, e participou
numa missa evocativa dos
bombeiros, dirigentes e associados falecidos.
secretário de Estado da Administração Interna, João
Almeida, e o presidente da Liga
dos Bombeiros Portugueses
marcaram presença nas nas
comemorações do 89.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Vendas Novas,
As cerimónias tiveram início
com o hastear da Bandeira Nacional, ao que se seguiu a romagem ao cemitério em homenagem aos bombeiros e diretores já falecidos.
Em dia de festa, foram vários os bombeiros agraciados
com a medalha de Assiduidade
da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Na ocasião, a associação
Operation Florian representada
por Mike Thomas e Davide Costa, presentearam o corpo de
bombeiros com equipamentos
NOMEX.
Na sua alocução o presidente
da direção, destacou a necessi-
tuição. e dos desafios e exigências lançados ao corpo de bombeiros confrontado com a expansão da
área de
desenvolvimento industrial e
dos perigos que decorrem do
Parque Industrial, da A6 e do
caminho de ferro, e que impõem investimentos em equipamentos, viaturas e recursos
humanos.
No final da sessão, os convidados tiveram oportunidade de
visitar uma exposição de Laurentino Ratão, bombeiro do
Quadro de Honra.
Associaram-se, também, às
comemorações, entre outras
invisualidades, o responsável
máximo da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major-general Francisco Grave Pereira, o edil de Vendas Novas, Luís
Dias, o CADIS, comandante
Elísio Oliveira, o CODIS, comandante José Ribeiro, e Inácio Esperança, presidente da
Federação dos Bombeiros do
Distrito de Évora,
ARRUDA DOS VINHOS
Viatura recuperada com apoio dos bombeiros
O
126º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos ficou assinalado pela inauguração de uma viatura VOPE oferecida pela Rede Elétrica Nacional
(REN) e a apresentação de outra, para combate a incêndios urbanos (VUCI) que, já sendo propriedade da instituição, encontrava-se
fora de serviço e foi totalmente recuperada com as verbas obtidas
pelos bombeiros em iniciativas realizadas para o efeito.
Durante a sessão solene, presidida pelo secretário de Estado da
Administração Interna, João Almeida, que se seguiu à inauguração
das duas viaturas, decorreu a entrega de várias condecorações,
com destaque para a atribuição do crachá de ouro e a medalha de
serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), respetivamente, ao comandante do Quadro de Honra (QH)
Quirino Vitorino Lopes e bombeiro de 3.ª do QH José Conceição
Marques.
O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares convidou
o secretário de Estado e as restantes entidades presentes a acompanhá-lo na entrega das duas distinções.
A sessão solene contou ainda com as presenças, do presidente
da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Rijo, a presiden-
te da Assembleia Municipal, Catarina Gaspar, do comandante António Gualdino, em representação da Federação de Bombeiros do
Distrito de Lisboa, do comandante distrital de operações de socorro
de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, anfitreados, pelo presidente da
assembleia-geral da Associação, Rui Santos Silva, pelo presidente
da direção, José Seixas, pelo comandante Acácio Raimundo e pelos
restantes elementos dos órgãos sociais.
As comemorações do 126º aniversário dos Voluntários de Arruda
dos Vinhos incluíram também a tradicional romagem ao cemitério
local e um almoço de confraternização entre todos os presentes.
25
JUNHO 2015
LEIRIA
Novos recrutas novos bombeiros e viatura
A
ESMORIZ
O
Presidente anuncia saída em 2016
presidente da direção e comandante do Quadro de Honra da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Esmoriz, Jacinto Oliveira, anunciou a sua saída do cargo em fevereiro de
2016 durante as comemorações da instituição
promovidas recentemente. Essa decisão, segundo o próprio, prender-se-á com o rumo que a
proteção civil está a tomar no nosso país.
O programa comemorativo arrancou com o tradicional desfile pelas localidades da zona de intervenção daquele corpo de bombeiros. De seguida, celebrou-se uma missa na igreja
matriz de Esmoriz em memória dos associados, diretores e bombeiros já falecidos e realizou-se a romagem ao cemitério local.
A sessão de entrega de
condecorações da Associação e da Liga dos Bombeiros
Portugueses, onde esta esteve representada pelo vogal do conselho executivo,
comandante José Morais, foi
muito participada por familiares e amigos dos bombeiros. De seguida procedeu-se à inauguração de novas
viaturas e equipamentos
sempre com o destaque
para os beneméritos e
apoiantes que proporcionaram esse momento, quer no
caso do novo gerador,
apoiado por Manuel Marques, quer para a nova ambulância de socorro, com
apoio de Laura Francisco e filhos em homenagem a Luis Pinho, apoio para um novo veículo de
intervenção nas praias e também a ajuda de Óscar e Maria Zélia Rola para a segunda fase de um
veículo especial multiusos. Aliás, pouco depois,
foram descerradas as fotos deste casal no salão
nobre da Associação.
Depois, seguiu-se também a entrega de medalhas a dirigentes e a associados.
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Leiria comemorou recentemente o 31.º aniversário, desta feita de forma diferente, ao fazê-lo em plena Praça Goa Damão
e Diu permitindo uma maior interação com a população. População que respondeu muito favoravelmente concentrando-se
em grande número no local do
evento, correspondendo ao
convite dos bombeiros.
Após a receção às entidades
convidadas seguiu-se a apresentação dos novos recrutas, o
juramento de novos bombeiros,
a atribuição de condecorações e
a bênção de uma nova viatura,
um veículo todo terreno (VTTF),
autotanque indispensável para
colmatar as necessidades operacionais sentidas pelo corpo de
bombeiros.
O comandante Adelino Gomes, vice-presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), presente na cerimónia, conduziu a
atribuição da medalha de serviços distintos
grau prata da LBP ao bombeiro de 1.ª Joaquim José Pereira Moital.
Durante a sessão foram também entregues medalhas de assiduidade da LBP, de 5
anos, aos bombeiros de 3.ª, Maraia Fernanda Alves, Marta Mira e Tânia Duarte, de
10 anos, à oficial bombeira Célia Baptista,
aos bombeiros de 1.ª, Ana Rita Magalhães,
Filipe Neves, João Carlos Reis, e Tiago Ferreira, aos bombeiros de 2.ª Leonel Almeida, Simão Marques e Tony Barros.
As medalhas de assiduidade da LBP, 15 anos,
foram entregues aos bombeiros de 1.ª, Carlos
Rosa, João Paulo Teixeira, Rafael Pedrosa, Raquel
Ferreira e Sandra Monteiro, medalhas de 20
anos, ao dirigente Artur Pereira Gomes, e de 25
anos, ao oficial bombeiro principal Paulo Pedrosa,
ao chefe Basílio Crasto e ao subchefe Filipe Oliveira.
As medalhas de bons serviços prestados (bron-
ze) foram atribuídas aos bombeiros de 3.ª, Bruno
Santos, Dário Brites, Diana Brites, Edite Filipe,
João Antunes, Luís Teixeira e Tiago Reis e, (prata), aos bombeiros de 2.ª, César Neves e Mário
Coelho, e de 3.ª, Filipe Antunes, Inês Rodrigues,
Marta Alves, Nadiya Tiyechko, Pedro Reis, Ricardo Silva, Sébastien David, Vitor Neves e Vitor
Baltazar.
No final da sessão solene ao ar livre decorreu o
desfile apeado.
PAREDES
Inaugurado veículo único
N
em a intensa chuva que se
fez sentir no dia 14 de retirou brilho às comemorações do
aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Paredes.
À imagem de anos anteriores, a Associação comemorou o
seu aniversário fora de portas,
deslocando-se a Bitarães, anterior freguesia do concelho e
que, após a reorganização administrativa, foi integrada na
Freguesia de Paredes.
Das comemorações destaca-se a inauguração de um novo
veículo, “Esarco 6x6”, único no
país, que ao fim de seis anos de
processos de homologação e legalização pode agora juntar-se
aos veículos operacionais do
corpo de bombeiros.
Este veículo único, tem motorização Perkins a gasóleo e
uma cilindrada de 2500 cc. A
suspensão é independente às 6
rodas. O veículo foi equipado
com tanque de água de 1200 litros e destina-se essencialmente a apoio a operações de rescaldo mas também ataque, libertando assim os veículos florestais para outras operações.
Apadrinhou este veículo o ami-
go da Associação, tenente coronel Neves.
O Aniversário ficou também
marcado pela presença do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) professor José Miranda, que foi
portador do crachá de ouro (3º
entregue na Associação) desta
vez destinado ao chefe Manuel
Garcês, que vê assim reconhecida a sua notável carreira e dedicação ao serviço dos bombeiros.
Não estando no programa
das comemorações, as cerimónias contaram com a visita do
bispo auxiliar da Diocese do
Porto, D. António Taipa, que teceu um forte elogio à coragem,
altruísmo e espírito humanitário
dos Bombeiros.
Pelo serviço que a Associação
tem prestado no apoio pré hospitalar na peregrinação a Fátima, há mais de 20 anos, a Obra
de Caridade ao Doente ao Paralítico, OCDP, ofereceu um monitor de parâmetros vitais.
Na sua intervenção, Manuel
Fernando Rocha, vereador da
Proteção Civil da Câmara Municipal de Paredes, abordou o
tema do concurso para a aquisi-
ção da plataforma mecânica
para esta Associação, dada
como certa pelo poder central,
nomeadamente secretários de
Estado e ministro da Administração Interna, e que há mais
de dez anos é esperado.
A propósito, “torna-se impossível perceber, ser o próprio
Estado, no caso e em concreto
a ESPAP, Entidade de Serviços
Partilhados da Administração
Pública a desperdiçar verbas
existentes e consignadas para
esse fim e burocratizar o sistema de tal forma que se torna
igualmente impossível perceber a atitude passiva da tutela”
Para os Voluntários de Pardes, “será caso para questionar, afinal para além dos bombeiros quem defende os legítimos interesses das Associações
e por consequência o bem-estar e a segurança das populações”.
26
JUNHO 2015
BOTICAS
Nova estrutura no aniversário
A
Associação
Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Boticas comemorou, no dia
24 de maio, o seu 44º Aniversário, numa festa marcada pela
presença de um grande número de convidados, entre bombeiros, familiares, membros de
corporações vizinhas e representantes das instituições e organismos da proteção civil, casos do comandante operacional
distrital de Operações de Socorro (CODIS), Álvaro Ribeiro,
e dos representantes da Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP) vogal do conselho executivo comandante José Requeijo, e da Federação Distrital dos
Bombeiros de Vila Real.
O dia de aniversário ficou so-
bretudo marcado pela tomada
de posse do novo comandante
do corpo ativo, Carlos Gomes,
e do adjunto de comando, Vítor
Fernandes, bem como pela
atribuição, por parte da LBP e
sob proposta da direção da Associação, do crachá de ouro ao
chefe Manuel Bernardo, como
reconhecimento pelos seus 41
anos ao serviço dos Bombeiros.
Aliás, como o próprio Presidente da Câmara e Presidente da
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Boticas, Fernando Queiroga, referiu, “este é já o terceiro crachá
de ouro dos Bombeiros de Boticas, o que é motivo de grande
satisfação para Boticas”, recordando que, anteriormente ao
chefe Manuel Bernardo, este
crachá, que é a máxima distinção entregue pela Liga de Bombeiros Portugueses, já havia
sido atribuído aos ex-comandantes Celso Sequeira e Arnaldo Machado.
Facto marcante nas comemorações deste 44º aniversário foi também a bênção, logo
após a missa comemorativa, de
duas novas viaturas, uma ambulância e uma viatura de
transporte de doentes não urgentes, adquiridas “a expensas
próprias da Associação e sem
ter sido necessário recorrer a
qualquer empréstimo bancário
para o efeito”, lembrou Fernando Queiroga, apontando tal feito como “um sinal da boa ges-
tão levada a cabo nos Bombeiros, que permite aproveitar da
melhor forma todas as economias e dar-lhes o destino apropriado, sem entrar em loucuras
nem ostentações”.
A festa contou, como habitualmente, com o tradicional
desfile apeado e motorizado pelas ruas de Boticas e com uma
homenagem prestada a todos
os bombeiros junto ao Monumento ao Bombeiro, na rotunda
do Largo Conde de Vila Real.
O dia festivo terminou com a
realização de um almoço convívio no Pavilhão Multiusos,
onde, mais uma vez, não faltou
o bolo de aniversários nem os
parabéns cantados à associação.
MOITA
A
s comemorações do 82º aniversário da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários do Concelho da
Moita tiveram início no dia 13 com a
reunião de cerca de 250 sócios, a
quem a instituição quis prestar-lhes
tributo, entregando-lhes os emblemas
de 25 e 50 anos de associado.
No dia seguinte, domingo, o programa teve início com formatura para o
hastear das bandeiras, seguindo-se romagem ao cemitério para reverenciar
os bombeiros falecidos. No regresso ao
quartel os bombeiros percorreram algumas ruas da Vila da Moita, assinalando a festa do aniversário com as sirenes das viaturas.
À tarde, após a receção às entidades
convidadas, procedeu-se ao desfile
dos bombeiros, à deposição de uma
coroa de flores no monumento ao
bombeiro e à bênção de uma nova viatura pelo pároco da Moita, padre Sílvio,
apadrinhada pelo chefe QH Joaquim
José Galó.
Seguiu-se a inauguração da galeria
de fotos dos antigos presidentes. Segundo o atual presidente, Manuel Oliveira Filipe, “a AHBVCM ao inaugurar
esta galeria de presidentes, está a dar
um rosto e a reconhecer o trabalho cívico que ao longo de 82 anos foi feito
por pessoas, que viram no voluntariado uma maneira de ajudar e cooperar
com seu semelhante, a abnegação,
dedicação, liderança e altruísmo que
norteou estes homens trouxeram-nos
até aos dias de hoje com uma obra que
todos os sócios e pessoas em geral se
Comandante Picado recebe crachá de ouro
revêm na obra material
hoje aqui edificada, mas
também nos serviços
prestados por esta Associação à comunidade”.
Após a homenagem
realizou-se a sessão solene, com a intervenção,
em primeiro lugar, do
presidente da assembleia geral para saudar
todos os presentes e, em
segundo lugar, falou o
presidente da direção,
que agradeceu o apoio da autarquia,
destacando o facto de o seu presidente
ser acessível à Associação, sublinhando que, “disso são exemplo os subsídios possíveis, o apoio dado ao corpo
de bombeiros na criação dos GPI que
veio permitir e garantir um socorro
mais eficaz ”.
Seguiram-se, o juramento de bandeira e a imposição de insígnias a 3 novos bombeiros, Leandro Vinagre, Romeu Oliveira e Bruna Colaço, e a pro-
moção a subchefe o bombeiro António
Condeça.
A imposição de condecorações deu
seguimento ao programa da sessão,
primeiro as da Associação, a 45 bombeiros, e depois as da Liga de Bombeiros Portugueses, com as quais foram
condecorados 18 bombeiros, assiduidade grau cobre, prata e ouro. Foram
também condecorados 5 elementos
dos órgãos sociais e o comandante.
Seguiram-se os discursos, do co-
mandante Carlos Picado,
que expressou, “o apreço deste comando, às direções que ao longo destes anos têm trabalhado
connosco, em espírito de
equipa
manifestando
sempre a preocupação
de nos poder satisfazer,
as nossas pretensões, o
que nem sempre se tem
tornado possível”, do
presidente da Federação
de Bombeiros do Distrito
de Setúbal, comandante José Raimundo, do presidente da Junta de Freguesia da Moita, João Miguel, e do segundo comandante operacional de Setúbal
da ANPC, Rui Costa.
O vice-presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Adriano Capote,
terminou a sua intervenção com “uma
palavra de apreço muito especial ao
comandante Carlos Picado”, divulgou a
atribuição do crachá de ouro pela Liga
de Bombeiros Portugueses àquele ele-
mento e convidando o presidente da
Câmara da Moita, Rui Garcia, a acompanhá-lo na sua imposição.
Por último, o presidente da Câmara
Municipal manifestou profundo apreço
pelo trabalho desenvolvido por todos
os elementos do corpo ativo, “que com
profissionalismo, entrega e dedicação
têm contribuído de forma decisiva para
a resposta imediata e melhoria das
condições de segurança e socorro da
nossa população” e fez ainda um agradecimento especial ao comandante Picado pelo trabalho desenvolvido, que
“conseguiu gerar novas vontades e imprimir mais dinâmica nesta associação, de que são exemplo os novos elementos do corpo de bombeiros
Em sequência, a Câmara Municipal
agraciou 8 bombeiros com medalhas
por 10 e 20 anos de serviços prestados
ao concelho
27
JUNHO 2015
FANHÕES
Agraciado subchefe Oliveira
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Fanhões, Loures, aproveitou a
comemoração do seu 87.º aniversário para prestar homenagem ao subchefe Rui Manuel
Moreira Oliveira. Este, por proposta dirigida à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), foi
distinguido com a medalha de
serviços distintos grau ouro da
confederação.
A distinção foi entregue durante a sessão solene
realizada no quartel pela presidente da Assembleia
Municipal de Loures, Fernanda Santos, por convite
do representante da LBP, António Marques, secretário adjunto da mesa dos congressos.
As comemorações do 87.º aniversário dos Vo-
luntários de Fanhões tiveram lugar no último dia do mês de maio
passado e começaram cedo, cerca das 8h30, com a formatura do corpo de bombeiros e banda de música para o hastear da bandeira
e desfile em direção ao edificio sede.
Seguiu-se a missa na igreja de S. Saturnino, em
Fanhões, e a romagem ao cemitério local, próximo
do quartel.
LORDELO
O
s Bombeiros Voluntários de
Lordelo celebraram, no
passado dia 16 de maio, o seu
45.º aniversário e assinalaram
também a data com a atribuição do crachá de ouro da Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP) ao subchefe Fernando
Ângelo Barros.
Em dia de festa foram ainda
condecorados 68 elementos do
corpo ativo, “não só pelos anos
de serviço, mas também por
mérito próprio”, como referiu o
comandante Pedro Alves. Foram de incentivo e agradecimento as palavras dirigidas ao
corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Lordelo durante a
celebração do 45.º aniversário
da corporação. Pedro Alves, o
comandante lembrou as conquistas dos últimos anos, caso
da criação das camaratas femininas, da remodelação da central de comunicações e das camaratas masculinas, a admissão de novos operadores e a
aquisição de viaturas, entre as
quais um VUCI (Veículo Urbano
de Combate a Incêndios), “um
carro que nos fazia falta” sa-
Condecorações em dia de aniversário
lientou o comandante. Pedro
Alves elogiou ainda o trabalho
dos seus efetivos, merecedores das condecorações nesse
dia realizadas. “Nestes seis
anos de comando é para mim
uma grande honra condecorar
o corpo ativo, não só pelos
anos de serviço, mas por mérito próprio”, frisou, acrescentando que a vocação e o empenho dos seus elementos, facilita a sua tarefa enquanto comandante.
O comandante José Morais,
membro do conselho executivo
da LBP, e comandante da corporação da cidade de Paredes,
elogiou o trabalho do corpo ativo lordelense, deixando ainda
uma palavra ao Governo e aos
governantes, sobre a lei de financiamento das associações,
criticando o facto da Associação Nacional de Municípios não
se ter associado a esta discus-
são e pedindo que esta seja
criada e que dela façam parte
as autarquias. “Lamentamos
que a Associação Nacional de
Municípios não faça parte desta Lei de Financiamento e, assim, cada autarquia irá decidir
por si que apoio dar às associações humanitárias”, referiu,
pedindo a Pedro Mendes, vice-
-presidente da autarquia paredense, para que transmitisse
esta posição à Associação Nacional de Municípios e o desejo
de que no futuro ela possa vir
a fazer parte desta lei. Pedro
Mendes garantiu que a autarquia estará com as associações
neste caminho e garantiu à
corporação aniversariante que
estará atento às suas necessidades e sonhos e prometeu,
ainda antes do seu 50.º aniversário, a concretização de
um deles, a ampliação das instalações.
Em dia de festa a associação
recebeu um presente da Fundação A Lord, de Lordelo, que
vai oferecer à corporação 35
casacos florestais de proteção
individual.
Foi ainda possível ver a fanfarra na formatura, constituída
por elementos do corpo ativo e
quadro de honra, e que após
cerca de 10 anos de paragem e
quando já se pensava que seria o seu fim definitivo, marcou
a presença neste dia de aniversário.
OVAR
Presidente deixa associação ainda este ano
O
secretário de Estado da Administração Interna, João
Almeida, presidiu às comemorações do 119.º Aniversário da
Associação Humanitária de
Bombeiros de Bombeiros Voluntários de Ovar durante as
quais foram condecorados,
com o crachá de ouro da Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP), o vice-presidente da direção Manuel Gaspar Valente e
o presidente da assembleia-geral João Natária, e com a medalha de serviços distintos grau
prata o tesoureiro José Augusto
Almeida. A entrega das distinções foi orientada pelo secretário da mesa dos congressos da
LBP, comandante do QH António Valente, presente na cerimónia.
As comemorações iniciaram-se em 22 de maio, com a realização de um simulacro no Hospital de Ovar, que pretendeu
recriar, em cenário tão próximo
da realidade quanto possível, o
deflagrar de um incêndio resultante de um curto-circuito.
A componente festiva do
119.º Aniversário teve lugar no
dia seguinte, com as tradicionais cerimónias em parada e
sessão solene. Novidade, foi o
desfile de viaturas antigas dos
Voluntários Ovar pelo centro da
cidade.
Momento importante das comemorações foi, também, a
inauguração de uma ambulância de transporte de doentes
não urgentes (ABTM04), que
permitirá praticar um melhor
serviço num segmento muito
especifico da atuação da Associação. A obtenção da viatura
resultou da colaboração da
FLEX2000 e de um apoio extraordinário da Câmara Municipal de Ovar.
A sessão solene ficou marcada pelos discursos das personalidades que compuseram a
Mesa de Honra e pela homenagem aos dirigentes mais antigos dos atuais órgãos sociais
da Associação.
Em relação aos discursos
destaque para o do Secretário
de Estado, João Almeida, que
valorizou o trabalho dos bombeiros e abordou a importância
questão do financiamento dos
Corpos de Bombeiros e deu
vital relevância ao reforço de
financeiro das Associações de
Bombeiros.
Palavras emocionadas do
presidente da direção, Dinocrato Formigal , que relembrou
que irá deixar o cargo em dezembro próximo e que não tenciona recandidatar-se. Na sua
intervenção aproveitou para
agradecer todos os apoios recebidos, quer os institucionais
quer os da população e empresas locais.
O vice-presidente da Câmara
Municipal, Domingos Silva, em
representação do presidente
Salvador Malheiro, destacou a
importância das corporações
concelhias de bombeiros e do
seu papel desempenhado junto
das populações locais. Aproveitou ainda o momento para pedir ao presidente Dinocrato que
reconsidera-se na questão da
recondução no cargo.
As comemorações tiveram o
seu epílogo com um convívio
entre corpos sociais, convidados, bombeiros, associados e
comunicação social.
28
JUNHO 2015
AJUDA
Previsto regresso às origens
FIGUEIRÓ DOS VINHOS
Comemorado 80.º aniversário
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, comemorou
o seu 80.º aniversário no passado dia 24 de maio.
Na sessão solene do octogésimo aniversário a sessão solene,
que foi presidida pelo secretário
de Estado do Ordenamento do
Território e da Conservação da
Natureza,
Miguel de Castro Neto, foram
empossados, no cargo de comandante do corpo de bombeiros, Paulo Renato Nogueira e,
como adjuntos de comando,
Jorge Martins e Daniel Batata.
Foram ainda agraciados com
medalhas de assiduidade e dedicação da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) diversos elementos do corpo ativo, destacando-se a atribuição do crachá
de ouro da LBP ao bombeiro de
3.ª António Leal e ao subchefe
Carlos Vieira, cuja entrega coube ao comandante Mário Cerol,
membro do conselho executivo
da LBP.
Foram ainda atribuídas medalhas de quadro de honra da LBP,
ao comandante Joaquim Pinto, e
ao adjunto de comando António
Teixeira, que cessaram funções
e passaram para o quadro e
honra a 31 de janeiro último.
A
Por decisão da assembleia
geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Figueiró dos Vinhos, foram
distinguidos ainda, com o título
de sócio honorário, o comandante Joaquim Pinto Ascensão
Martins, e como sócios beneméritos, Luís Manuel Rafael Silveirinha e o comendador Jorge da
Conceição Lopes.
As cerimónias encerraram
com um desfilo apeado e motorizado pelas ruas da vila de Figueiró dos Vinhos, seguindo-se
de um almoço de confraternização entre bombeiros, dirigentes
e convidados.
Associação dos Bombeiros Voluntários da Ajuda conta celebrar o seu próximo aniversário,
em 2016, já em novas instalações, mesmo que
provisórias, na sua freguesia de origem, na Ajuda, em Lisboa.
Os Bombeiros da Ajuda foram ali fundados no
século dezanove nos anexos do palácio real, tendo como presidente honorário o próprio príncipe
D. Afonso.
O desejo foi manifestado, quer pela presidente
da direção, Maria Luísa Vicente Mendes, quer
pelo comandante António Joaquim Barbio Lesia,
no decorrer da sessão solene do 135º aniversário
comemorado recentemente nas atuais instalações, na Praça da Alegria, em pleno centro de
Lisboa. A propósito, foi destacado o apoio dado
para tal mudança pelo vereador da proteção civil
da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, a
presidir à cerimónia.
Antes da sessão solene procedeu-se à inauguração de três viaturas, uma ambulância de socorro, outra de transporte de doentes oferecida pelos Voluntários de Odivelas, e um VETA e à deposição de um coroa de flores ofertada pela delegação dos bombeiros alemães de Glinde, também
presente.
Na sessão solene procedeu-se à entrega de
crachás de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), ao comandante António Lesia, ao segundo-comandante António Mourinha, ao bombeiro de 2.ª Albino Batista e ao bombeiro de 2.ª
QH Amadeu Silva.
Foram ainda entregues medalhas de assiduidade da LBP a vários bombeiros, nomeadamente,
de 25 anos, ao segundo-comandante António
Mourinha, ao chefe Mário Castanheira, ao subchefe Vitor Pedro, ao bombeiro de 1.ª José Levita
e ao bombeiro de 2.ª Albino Batista, e de 20 anos
ao subchefe Jorge Bessa.
Foram também promovidos três estagiários, a
oficial bombeiro de 2.ª, Rosimeire Dias Santos, e
a bombeiro de 3.ª, Luciano Rodrigues e Carina
Gamito.
Foram ainda entregues várias distinções da Associação a colaboradores e apoiantes, feita uma
homenagem ao chefe Gomes e ao subchefe Humberto, e outra aos Bombeiros Voluntários de Odivelas, nomeadamente ao seu comandante, Carlos Diniz. O bombeiro José António Levita recebeu a medalha de bons serviços da Associação,
ouro, e outros catorze elementos foram distinguidos com a mesma medalha, grau cobre.
A sessão solene, presidida pelo vereados Carlos Castro, e orientada pelo presidente da assembleia-geral, José Castelo, contou também com as
presenças, do vogal do conselho executivo da
LBP, Rama da Silva, do comandante do Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, do vice-presidente da Federação de
Bombeiros de Lisboa, comandante Manuel Varela, e do ex-comandante distrital da ANPC e conselheiro da LBP, Moreira Vicente.
Destaque para a boa prestação da fanfarra dos
Bombeiros Voluntários da Pontinha, já presença
habitual nos aniversários dos Voluntários da Ajuda.
COIMBRÕES
A
Associação
Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Coimbrões celebrou, no dia
20 de maio, o seu 109.º aniversário. As festividades tiveram início no próprio dia com o
hastear de bandeiras de manhã, seguindo-se à noite uma
sessão solene precedida de
uma formatura para receção
das entidades convidadas. No
domingo seguinte, realizou-se
uma missa de efeméride pelas
personalidades já desaparecidas desta instituição.
A sessão solene comemorativa do 109º aniversário da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Coimbrões teve lugar no dia 20
de maio e representou o mo-
Bombeiros assinalam 109 anos de serviço à população
mento alto das festividades.
Presidida pelo presidente da
assembleia geral da associação, Rui Aguiar, a cerimónia
teve como convidados, José
Guilherme Aguiar, vereador da
Câmara Municipal de Vila Nova
de Gaia, também em representação do seu presidente,
José Miranda, vice-presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses, José Oliveira e Silva,
presidente da Federação dos
Bombeiros do Distrito do Porto,
Mário Reis, da Junta de Freguesia de Santa Marinha e S.
Pedro da Afurada, em representação do presidente e Maria
José Gamboa, presidente da
Junta de Freguesia de Canide-
lo, que se juntaram aos órgãos
sociais da Associação, ao comando, aos associados e aos
bombeiros na celebração do
aniversário da instituição.
No decorrer da solenidade,
foram condecorados os bombeiros com atividade regular
de 5, 10, 15, 20 e 25 anos, e
foi entregue ao comandante
cessante, Manuel Martins da
Silva, a título de reconhecimento pelos serviços prestados à associação, uma salva de
prata comemorativa.
Teve ainda lugar, antes da
sessão solene, uma cerimónia
de descerramento das fotografias dos novos elementos do
Quadro de Honra, incluindo a
do comandante Manuel Martins
da Silva.
No domingo seguinte, dia 24
de maio, realizou-se uma missa
na Igreja de Coimbrões e uma
deslocação ao cemitério de
Santa Marinha, em homenagem
aos fundadores, diretores e
bombeiros já desaparecidos.
Artur Esteves
29
JUNHO 2015
CASCAIS
O
CANHA
Quatro viaturas no aniversário
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canha, Montijo, associou a inauguração de quatro viaturas às comemorações do seu
32.º aniversário. Tratou-se da inauguração de um
veículo ligeiro de combate a incêndios (VLCI) adquirido com o apoio de três herdades locais, um
veículo de florestal de combate a incêndios (VFCI)
obtido com o apoio do Município do Montijo, uma
ambulância de transporte e um veículo de serviço
geral, adquiridos pela própria instituição. Esta última viatura destina-se a reforçar o transporte de
crianças com necessidades especiais.
Durante a sessão solene comemorativa decorreu também a promoção a bombeiro de 2.ª dos
voluntários Mário Pardal, Jorge Dionísio e Maria
Costa.
Procedeu-se também à atribuição de medalhas
de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), de 20 anos, aos bombeiros de 2.ª, Luís
Travassos e António Manuel Veríssimo, ao bombeiro de 3.ª, Joaquim Veríssimo, e ao bombeiro de
1.ª Bruno Padilha. Foram também entregues medalhas relativas a 15 anos de serviço, aos bombeiros de 1.ª, Carina Nunes, Alfredo Silva, David Travassos, aos bombeiros de 2.ª, Sérgio Amado, Oc-
távio Cananó e Carlos Rodrigues, e ao bombeiro
de 3.ª Bruno Custódio. Foram ainda entregues
medalhas de 5 e 10 anos a respetivamente, 4 e 3
bombeiros.
A necessidade de um piquete de primeira intervenção marcou especialmente a intervenção do
comandante Urbano Emídio, replicada depois pelo
representante da LBP durante a sua intervenção.
O comandante lembrou que “as zonas rurais como
Canha não devem ter tratamento diferente de outras” sublinhado a preocupação com uma população local envelhecida e com a riqueza florestal do
concelho.
A sessão solene foi presidida pelo presidente da
Câmara do Montijo, Nuno Canta, e contou com as
presenças, da deputada à Assembleia da República, Mercês Borges, da presidente da Assembleia
Municipal, Maria Amélia Antunes, do vogal da LBP,
Rama da Silva, do vice-presidente da Federação
de Bombeiros do Distrito de Setúbal, comandante
Carlos Picado, do segundo comandante distrital
da ANPC, Rui Costa, do presidente e vice presidente da direção, António Henriques e Adelino
Santos, e dos presidentes, da Freguesia de Canha
e da União de Freguesias de Pegões.
Bebés começaram a festa
s bebés, entre os 6 e os 36
meses, acompanhados pelos pais dentro de água, assinalaram o arranque da festa
que assinalou a conclusão de
mais uma época do complexo
de piscinas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais. Ao contrário do que acontece nas aulas normais, em que cada
criança só se faz acompanhar
por um adulto, neste dia os
bebés fizeram-se acompanhar
por ambos os pais e, nalguns
casos, em alternativa, pelos
avós. Neste grupo compareceram 25 famílias.
Neste dia, em detrimento de
uma aula “normal” procurou-se proporcionar a brincadeira
entre pais e filhos, estimular
os afetos, a cumplicidade entre bebé, pai e mãe.
No caso das crianças entre
os 3 e os 6 anos, no denominado nível de natação: Adaptação Ao Meio Aquático.
A piscina foi dividida estrategicamente em 8
partes, a que chamaram estações, e em cada
uma delas as 50 crianças presentes realizaram
um exercício aquático.
Para as crianças entre os 6 e os 11 anos, que
treinaram ao longo dos últimos meses duas das
principais técnicas de natação “crol” e “costas”
(nível de aprendizagem 1), foram feitas pequenas estafetas e foi realizado um amigável e
muito animado jogo de polo aquático. Para finalizar, brincaram, como os restantes, com os diversos insufláveis espalhados pela piscina.
“Em suma, procurou-se proporcionar um dia
diferente, em que através de uma forma mais
lúdica, os meninos pudessem mostrar as suas
habilidades/aprendizagens que adquiriram ao
SUL E SUESTE
O
VILA NOVA DE TAZEM
N
CANTANHEDE
XIV Feira Pedagógica do Barreiro
Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste participou ativamente na XIV Feira Pedagógica do Barreiro, que decorreu no Parque da Cidade e no Auditório Municipal Augusto
Cabrita de 28 de maio a 1 de junho,.
Numa parceria em regime de rotatividade com o Corpo
de Bombeiros de Salvação Pública, foi possível manter permanentemente no recinto do certame um veículo operacional durante todos os períodos de abertura, permitindo, assim, que os visitantes, em especial as crianças, pudessem
contactar com os meios utilizados pelos bombeiros nas
suas missões de socorro.
Peregrinação ao santuário de Fátima
o âmbito das comemorações do 50.º aniversário, a
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vila
Nova de Tazem, promoveu uma
peregrinação ao Santuário de
Fátima organizada.
Este ato de fé teve grande
valor emocional para o grupo,
também porque o andor foi, em
dois momentos distintos da celebração, por bombeiros do
quartel de Vila Nova de Tazem,
que também colaboram na distribuição da Sagrada Comunhão.
“Este foi para todos um acontecimento que nos marcou e
que ficará para sempre guardado na nossa memória e no nosso coração”, regista fonte desta
instituição.
longo dos últimos meses” informou a responsável pelo complexo dos Bombeiros de Cascais,
Susana Neves.
No final, os mais novos fizeram também uma
demonstração de “Krav Maga” nos jardins do
complexo.
O
Bombeiros no Dia da Criança
s Bombeiros de Cantanhede voltaram a participar na
Festa da Criança, evento organizado pela autarquia, tendo
como cenário o Parque S. Mateus.
No dia 6 de junho, os Voluntários estiveram representados
nesta iniciativa com uma exposição dos meios de salvamento
- aquáticos e de grande ângulo
- e com um veículo de combate
a incêndios.
Os mais novos tiveram, assim, a oportunidade de conhecer de perto cada um dos equipamentos, simular a condução
dos veículos e até fazer festinhas ao Fire, o cão labrador que
é a mascote dos Bombeiros de
Cantanhede. Os mais interes-
sados puderam ainda visitar o
quartel.
CACILHAS
A
Escola de cadetes aprende
Escola de Infantes e Cadetes dos Bombeiros
Voluntários de Cacilhas continua a crescer e a
progredir em conhecimentos.
Na edição de maio do boletim informativo da
instituição é dado destaque, desta feita, à instrução da Escola com a Equipa de Salvamento em
Grande Ângulo.
“Os nossos pequenos bombeiros efetuaram diversas manobras de salvamento a vítimas e experimentaram o auto salvamento”, explicou-nos
o comandante Miguel Silva que, em jeito de balanço referiu-nos que “tendo em conta as atividades relacionadas com este tipo de manobras, o
empenho e motivação foram notórios, tendo-se
verificado a participação de todos os elementos”.
30
JUNHO 2015
AGUALVA CACÉM
Bombeiros dão o nó
VILA MEÃ
combate a incêndios, viatura que depois transportou o casal para o copo de água.
A grande família dos bombeiros de Portugal
está, assim, uma vez mais de parabéns.
CANTANHEDE
U
N
Cerca de uma centena em passeio
o dia 13 de junho, realizou-se o III Passeio
de Motorizadas e Motos dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã e nem o estado do tempo assustou os quase 100 participantes.
Este passeio convívio foi abrilhantado pelas
Demonstração na Feira do Vinho
ma equipa de bombeiros estagiários dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede efetuou, na Feira do Vinho, na Cordinhã, uma demonstração das
técnicas utilizadas na imobilização e transporte de uma vítima
inconsciente para uma unidade
de saúde.
No exercício, a vítima, um indivíduo do sexo masculino, teria caído inconsciente na via pública por causas desconhecidas.
Chegados ao local, os três novos elementos da corporação
de Cantanhede procederam à primeira abordagem à vítima e à verificação dos sinais vitais,
imobilizaram a vítima e conduziram-na para a
ambulância que, numa situação real, a transportaria para uma unidade de saúde.
O exercício foi apoiado pela mais recente am-
OURÉM
O
bulância dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, a ABSC 06, adquirida em dezembro último.
No final, o veículo esteve em exibição, permitindo
aos visitantes da Feira do Vinho conhecer o interior desta viatura especial para cuidados intensivos.
Mais um encontro de fanfarras
s Bombeiros Voluntários de Ourém realizaram o 6.º Encontro de
Fanfarras no passado dia 21 de junho
com 10 formações participantes, incluindo a da casa.
O desfile, muito concorrido de público como aconteceu também com as
edições anteriores, teve início na Rua
Nossa Senhora de Fátima, seguindo
pela Avenida D. Nuno Álvares Pereira
e terminou na zona fronteira do quartel.
Marcaram presença neste encontro
as fanfarras de bombeiros voluntários, de Oliveira
do Hospital, de Leiria, de Estarreja, de Alcochete,
Nazaré, Alcanena, Lagares da Beira, Maia e a dos
anfitriões.
O encontro constitui sem dúvida mais uma manifestação da capacidade de mobilização entre
bombeiros que, conforme a organização, tem
vindo a crescer de ano para ano.
FAFE
ANIVERSÁRIOS
2 de julho
Bombeiros Voluntários de Alhandra . . . . . 115
Bombeiros Voluntários de Carcavelos
– S. Domingos Rana . . . . . . . . . . . . . . . 104
Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . . 65
Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . . 38
4 de julho
Bombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . 111
5 de julho
Bombeiros Voluntários
de Linda-a-Pastora . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . 38
6 de julho
Bombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . . 134
Bombeiros Voluntários
de São Pedro do Sul . . . . . . . . . . . . . . . 130
7 de julho
Bombeiros Voluntários
de Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . . 102
8 de julho
Bombeiros Voluntários de Benavente . . . . 130
Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . 79
9 de julho
Bombeiros Voluntários de Alijó . . . . . . . . . 83
12 de julho
Bombeiros Voluntários
de Matosinhos Leça da Palmeira . . . . . . . 142
Bombeiros Voluntários de Freamunde . . . . 84
13 de julho
Bombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . . 91
Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . . 33
15 de julho
Bombeiros Voluntários de Santo Tirso . . . 137
Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . 90
18 de julho
Bombeiros Voluntários
de Cercal do Alentejo . . . . . . . . . . . . . . . 40
belas paisagens do Douro, desde a Barragem
do Carrapatelo até Pias (Ponte do Rio Bestança), passando por Porto Antigo, Pala, Paredes
de Viadores e Alto da Senhora da Graça em
Vila Caiz.
Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . . 36
19 de julho
Bombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . . 130
Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . . 138
Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . 85
Bombeiros Voluntários da Golegã . . . . . . . 72
Bombeiros Voluntários
de Águas de Moura . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
22 de julho
Bombeiros Voluntários de Madalena . . . . . 35
Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . . 22
23 de julho
Bombeiros Voluntários
Sul e Sueste, Barreiro . . . . . . . . . . . . . . 121
24 de julho
Bombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . . 188
Bombeiros Voluntários de Lagos . . . . . . . 129
Bombeiros Voluntários
de Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . . 34
O
desfile de fanfarras organizado pelos Bombeiros Voluntários de Fafe contou com a
partiicpação de onze agrupamentos dos distritos de Braga,
Vila Real, Porto e Coimbra.
Com início na Rua Ferreira de
Castro e atravessando a Arcada, o evento passou para a Avenida 5 de Outubro, onde estava
instalado a tribuna.
A abrir os músicos dos Bombeiros de Soure, seguidos pelos
de Vizela, Riba de Ave, Santo Tirso (Tirsenses),
Cabeceiras de Basto (Cabeceirenses), Fão, Vila
do Conde, Famalicão (Famalicenses), Viatodos,
Vila Real (Cruz Branca) e, a fechar, a fanfarra anfitriã de Fafe.
Bombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . . 30
Bombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . . 124
Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . 88
29 de julho
Bombeiros Voluntários de Mougadouro . . . 83
Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . . 28
30 de julho
Bombeiros Voluntários de Mangualde . . . . 86
Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . . 76
31 de julho
Bombeiros Municipais de Santarém . . . . . 185
Fonte: Base de Dados LBP
O desfile terminou em frente ao quartel dos
Voluntários de Fafe, onde após a chegada da fanfarra anfitriã, foi servido um jantar. No final a organização distribuiu lembranças a todos os participantes.
ESTREMOZ
25 de julho
26 de julho
Desfile é sucesso
D
Fanfarra reativada
epois de um ano inatividade, a Fanfarra da Associação Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Estremoz reapareceu no passado dia 10 de junho, como a estrela maior de
uma arruada que animou as
principais artérias desta cidade
alentejana.
Registe-se que esta apresentação pública serviu também
para a assinalar o 33.º aniversário deste agrupamento que,
agora surge renovado, e deter-
Foto: José Silva
O
bombeiro de 3.ª de Agualva Cacém, Hugo
Graça e da bombeira de Montelavar, Cláudia
Augusto, “deram o nó” no passado dia 2 de maio.
O noivo chegou à igreja num veículo urbano de
minado a representar e a honrar o nome da instituição.
As comemorações culmina-
ram num lanche convívio que
reuniu todos os elementos da
fanfarra.
31
JUNHO 2015
O
CASCAIS
PAÇO DE SOUSA
Marcha dá nas vistas
Mais de 700 apoiam bombeiros
Grupo Cénico da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Cascais deu nas vistas no
desfile das marchas populares do concelho de Cascais
realizadas na noite de 13 de
junho último.
Em estreia naquelas andanças, os elementos que
compõem o Grupo Cénico
não deixaram os créditos
por mãos alheias e, como já
fazem há muitos anos nas
representações de teatro
de revista, desta feita brilharam perante os milhares
de pessoas que acompanharam o desfile pelo centro da Vila de Cascais e no
largo fronteiro aos paços de
concelho.
Durante várias semanas
ensaiaram no próprio quartel da Associação num dos
parques de viaturas de socorro, animando também
os moradores do Bairro da
Assunção contíguo.
O
s Voluntários de Paço de Sousa, promoveram, no dia 7 de junho, um passeio de BTT e
uma Caminhada Solidária, reunindo mais de 700
pessoas unidas no apoio aos bombeiros.
A adesão da população sensibilizou operacionais e dirigentes desta instituição que muito
agradecem “aos participantes e patrocinadores, e
em especial a todos os amigos desta Associação
que colaboraram para que o evento fosse um sucesso”.
Em comunicado os Bombeiros de Paço de Sousa adiantam a intenção de repetir a iniciativa,
mas ainda “com muitos mais participantes”.
ALFÂNDEGA DA FÉ
Jogo solidário garante novo equipamento
C
em junho de 1995
om o objetivo de angariar
fundos para a aquisição de
um novo monitor de sinais vitais e diverso material de imobilização, como por exemplo,
planos duros e colares cervicais, a secção desportiva dos
Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé organizou, no
passado dia 10 de Junho, vários jogos de futebol de salão.
Intitulada de “Jogo Solidário”
esta atividade contou com a
presença das equipa dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, Guarda
Nacional Republicana, veteranos do Palmeiras
Futebol Clube e uma equipa de amigos da instituição.
Foram convidados a marcar presença nesta
ação os jogadores de futebol de salão, Arnaldo
Pereira e Mário Freitas e Pizzi, que por ter convocado para a Seleção Nacional acabou por faltar
ao encontro.
Arnaldo Pereira e Mário Freitas trouxeram ainda mais alguns amigos da modalidade que em
muito valorizaram o evento.
Depois de contabilizados os donativos da Câ-
P
mara Municipal, bem como das juntas de freguesia do concelho, do comércio local e da população, a receita proveniente das entradas no pavilhão e exploração de bar, foi entregue ao presidente da direção dos Voluntários de Alfândega
da Fé, um cheque no valor de 3500 euros.
A secção desportiva, na qualidade de promotora da iniciativa, não esquece os agradecimentos aos dois atletas, que desta forma provaram
que “o desporto e seus intervenientes também
se encontram disponíveis para ajudar os bombeiros portugueses nas mais diversas atividades”.
Como conviver com uma realidade
assaram-se meses que não escrevia para o
Jornal Bombeiros de Portugal. Esta situação,
deveu-se principalmente a uma certa inércia da
minha parte e também porque sinto um certo
vazio e uma certa injustiça em relação à realidade dos Bombeiros por parte e por quem de
direito tem a responsabilidade sobre os nossos
Bombeiros.
Senão vejamos; as notícias do Jornal Bombeiros de Portugal têm menos importância para
os governantes e mesmo para alguns Bombeiros, do que os jornais desportivos, A Bola, Record, O Jogo ou mesmo o diário Correio da Manhã.
“Os Bombeiros salvaram vidas”, lê-se no Jornal Bombeiros de Portugal. E daí? Resposta clara; não fizeram mais do que a sua obrigação.
“Os médicos salvaram uma vida”, lê-se na
primeira página do Correio da Manhã e é notícia
de abertura na CMTV. São uns heróis. Então
não é para isso que eles estudam e existem?
Não senhor. Eles são uma raça superior, uma
raça ariana. Então e os Bombeiros? Esses são
uma raça inferior, são os Judeus do sistema de
saúde.
“Os Bombeiros fizeram um parto dentro
duma ambulância”, lê-se no Jornal Bombeiros
de Portugal. E daí? A mesma resposta; não fizeram mais do que a sua obrigação.
“Parto de gémeos a bordo de aeronave da
Força Aérea Portuguesa nos Açores”, lê-se na
primeira página e é notícia de abertura na
CMTV. São uns heróis, mesmo com o esquecimento que na aeronave seguia uma equipa médica civil e foram os mesmos que efetuaram o
parto. Então e os Bombeiros? Os fatos de voo
da Força Aérea são mais completos e mais visíveis para a população do que as fardas azuis
dos Bombeiros.
Nos jornais desportivos, lê-se diariamente
artigos sobre grandes heróis nacionais que ganham milhões anualmente, os jogadores e treinadores de futebol. Será que esses também
salvam vidas humanas? Certamente que sim,
as suas.
Estes são apenas dois casos mais atuais. Poderia enumerar outros tantos e muitos mais
mas fico-me apenas por estes exemplos que
penso traduzirem o sentido de injustiça e falta
de sensibilidade para com aqueles que no dia-a-dia salvam vidas, correndo riscos pessoais e
surpresa das surpresas, a custo 0.
Será que os componentes da textura do corpo humano dos Bombeiros é diferente de outras classes sociais? Ou será simplesmente que
a responsabilidade dos Bombeiros perante a
sociedade é diferente de outras classes sociais?
O que me leva a pensar, ou os Bombeiros são
uma classe de pessoas diferente da maioria das
classes de pessoas ou, desculpem são uma
anormalidade funcional dentro da normalidade
de outras classes.
São estas e outras situações que me trazem
sentimentos de revolta e de injustiça.
Embora tenha o maior respeito pelos profissionais de saúde, sejam eles civis ou militares,
tenho muito mais respeito pelos Bombeiros
porque infelizmente esses só são heróis na comunicação social, a título póstumo.
Luís Picanço
(Comandante do Corpo de Bombeiros
Voluntários de Angra do Heroísmo)
32
JUNHO 2015
AMIANTO
Liga diz que 3 milhões não chegam
REUNIÃO COM FEDERAÇÕES
LBP insiste contra
imposto sobre VDTD
conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)
reuniu-se recentemente com as federações distritais de bombeiros nas Caldas Rainha.
O encontro, que decorreu nas instalações da associação de bombeiros voluntários locais serviu para fazer um ponto de situação
relativo a várias matérias do universo dos bombeiros.
O presidente do conselho executivo da LBP, comandante Jaime
Marta Soares, aproveitou para abordar o contexto da Lei do Financiamento, em fase de discussão na Assembleia da República, e
também dar a conhecer os contactos realizados junto de várias
entidades a favor da exclusão do imposto sobre veículos no caso do
VDTD.
Como é sabido, a situação de eventual taxação sobre o veículo
dedicado ao transporte de doentes (VDTD) está a criar um verdadeiro sufoco às associações de bombeiros a braços com a necessidade de se equiparem com esse tipo de viaturas.
Conforme explicou o presidente da LBP, conforme a confederação tem insistido a vários níveis do Governo, basta tão-somente
uma aclaração da legislação já que, não obstante a denominação
da viatura já não ser a de ambulância, na prática, a sua função é
similar. Foi necessário transcrever para a legislação nacional o
normativo europeu sobre o assunto, que deixou cair a designação
de ambulância por não dispor de maca. Contudo, a VDTD destina-se exclusivamente ao transporte de doentes, logo, deve estar
sujeito a isenção relativamente ao imposto automóvel.
A reunião serviu também para a indicação dos presidentes de
federação que irão fazer parte da Comissão Nacional da Revisão
dos Estatutos da LBP. No Agrupamento Norte ficam, Aveiro como
efetivo e Vila Real como suplente. O Agrupamento Centro Norte é
representado por Viseu (efetivo) e Coimbra (suplente), o Agrupamento Centro Sul por Leiria (efetivo) e Santarém (suplente), o
Agrupamento Sul por Évora (efetivo) e Setúbal (suplente) e o
Agrupamento do Algarve pela Federação de Faro.
A
Foto: Marques Valentim
O
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) considera “insuficiente” o valor
que o Governo vai disponibilizar para
as obras de requalificação de quartéis, verbas que poderão ser utilizadas na remoção
das coberturas com amianto.
No início do mês de junho, o secretário
de Estado da Administração Interna, João
Almeida, anunciou que vai ser publicado
um aviso para candidaturas a fundos comunitários de projetos de requalificação de
quartéis de bombeiros.
O programa em causa irá disponibilizar
um total de 3 milhões de euros.
“Não tendo, desta vez, a possibilidade de
construir novos edifícios, isso permitirá requalificar um número importante de quartéis”, referiu o governante. Apesar deste
anúncio, e segundo contas feitas já esta no
pela LBP, só para retirar e tratar o amianto
de todos os quartéis onde ele existe seriam
precisos 5,5 milhões.
Segundo a Liga, há 130 quartéis de bombeiros onde este material cancerígeno foi
utilizado nas coberturas, um total de 100
mil metros quadrados que o presidente da
Liga, Jaime Marta Soares, quer ver substituídos.
A questão que se coloca agora é perceber
se as associações humanitárias têm dinheiro para a avançar com os concurso aos fundos comunitários já que as obras a financiar
não serão cobertas a 100 por cento.
Recorde-se que o antigo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, tinha
prometido uma cobertura financeira de 100
por cento para a retirada do amianto nos casos mais urgentes, posição que foi, entretanto, alterada com a explicação, por parte
da Autoridade Nacional de Proteção Civil, de
que não há dinheiro para estas intervenções.
PC
LOUVOR/REPREENSÃO
À operadora turística holandesa (TUI) por
ter feito justiça ao vir elogiar a resposta dos
serviços de emergência portugueses (bombeiros e INEM) no apoio às vítimas de recente
acidente rodoviário na A22, no Algarve, todas
holandesas.
A todos os que, na prática, estão a obstar à
normalidade da utilização da frota dos helicópteros estatais Kamov no combate a incêndios florestais, face à inoperacionalidade da
maioria deles e dificuldade em contar com os
restantes para esse fim.
A Crónica
do bombeiro Manel
A
Chamar as coisas pelos nomes
s palavras humanitários e voluntários parecem andar em maré
de azar entre nós. É que cada vez
mais ouvimos falar de corpos de
bombeiros seguidos da denominação
da terra onde existem e sobre o resto pelos vistos não se fala.
Será que anda aí uma onda de
vergonha ou menos interesse, ou
menos respeito por aquilo que no
fundo mais diz às nossa associações,
que é o serem humanitárias e compostas por voluntários?
A ANPC também ajuda por que
passa a vida a escrever e a falar do
corpo de bombeiros de aqui ou dali.
Amigos, na verdade tais corpos de
bombeiros não existem, ou melhor,
existem mas só quando associados à
respetiva associação quando falamos
obviamente de voluntários. O corpo
de bombeiros não é da terra mas é
da Associação. E a Associação é que
é desta ou daquela terra.
Amigos, por mais que alguns persistam no erro, que na verdade é um
erro, nada muda. Nós também não
chamamos à fanfarra apenas fanfarra cá da terra. Chamamos fanfarra
da associação de bombeiros da terra. Chamamos grupo de teatro ou
de cantares cá da terra? Chamamos
grupo de teatro ou de cantares da
associação de bombeiros cá da terra.
Amigos, não haja vergonha nem
preconceitos em falar a verdade. Deixem-se de modernices que querem
passar a esponja pela nossa história
e fazer crer aquilo que nem somos.
Nós somos é humanitários, sem dúvida, e voluntários, acima de tudo.
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