o documento na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho

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o documento na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
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ESTUDO SIAL 2008
Oportunidades para Alimentos e
Bebidas na Europa
Segmentos:
Bebidas Destiladas
Café
Carnes ( Bovina, Suína e de Aves)
Chocolates, Balas e Confeitos
Frutas e Sucos de Frutas
Massas e Preparações Alimentícias
Produtos Orgânicos
Vinhos e Vermutes
Elaborado pelas:
Unidade de Inteligência Comercial
Apex-Brasil
Tel: +55 61 3426.0202
Fax: +55 61 3426.0263
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Todos os direitos reservados
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ESTUDO SIAL 2008
Oportunidades para Alimentos e
Bebidas na Europa
Segmentos:
Bebidas Destiladas
Café
Carnes ( Bovina, Suína e de Aves )
Chocolates, Balas e Confeitos
Frutas e Sucos de Frutas
Massas e Preparações Alimentícias
Produtos Orgânicos
Vinhos e Vermutes
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i
Alessandro G. Teixeira
PRESIDENTE DA APEX-BRASIL
Maurício Borges
DIRETOR DE NEGÓCIOS
Ricardo Schaefer
DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Ana Paula Repezza
Ex-Coordenadora da Unidade de Inteligência Comercial
Coordenadora da Unidade de Relações com Clientes
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Coordenador da Unidade de Inteligência Comercial (UIC)
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Mercados Regionais
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Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Autores: Maria Paula Velloso
Sophia Cavalcanti Costa
Apoio: Rafaela Albuquerque e Guilherme Lima
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Índice
1. Introdução.............................................................................................................................................................. 4
1.1.
Características da SIAL.................................................................................................................................. 4
1.2.
Metodologia ................................................................................................................................................. 5
2. Visão Geral da Europa para o setor de Alimentos e Bebidas ................................................................................. 6
2.1.
Projeções de consumo dos principais países europeus ............................................................................... 7
3. Comércio Exterior – Brasil e alguns países selecionados ....................................................................................... 9
4. Logística, Medidas Tarifárias e Não-Tarifárias e Distribuição .............................................................................. 10
4.1.
Logística...................................................................................................................................................... 10
4.2.
Barreiras Tarifárias, Não-tarifárias e Segurança Alimentar ........................................................................ 11
4.3.
Sistema de Transporte ............................................................................................................................... 12
4.4.
Perfil Varejista ............................................................................................................................................ 15
5. Oportunidades setoriais para Alimentos e Bebidas ............................................................................................. 16
5.1.
Bebidas Alcoólicas ...................................................................................................................................... 16
5.1.1.
Bebidas Destiladas ............................................................................................................................ 17
5.1.2.
Vinhos e Vermutes ............................................................................................................................ 26
5.2.
Café ............................................................................................................................................................ 35
5.3.
Carnes......................................................................................................................................................... 48
5.3.1. Carne Bovina ......................................................................................................................................... 49
5.3.2. Carne Suína............................................................................................................................................ 62
5.3.3. Carne de Aves ........................................................................................................................................ 67
5.4.
Chocolates, Balas e Confeitos .................................................................................................................... 77
5.5.
Frutas e Sucos de Frutas............................................................................................................................. 89
5.6.
Massas e Preparações Alimentícias .........................................................................................................105
5.7.
Produtos Orgânicos ..................................................................................................................................114
6. Conclusão ...........................................................................................................................................................118
Anexo 1 .....................................................................................................................................................................119
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1. Introdução
O estudo analisa oportunidades para os produtos brasileiros dos setores de Alimentos e Bebidas apoiados pela Apex-Brasil
que estarão presentes na Feira SIAL, na França, no período de 19 a 23 de outubro de 2008.
Os setores escolhidos foram frutas e sucos de frutas, café, carne bovina, carne de aves, carne suína, bebidas destiladas,
vinhos e vermutes, chocolates, balas e confeitos, massas e preparações alimentícias e produtos orgânicos, baseados na
classificação desenvolvida pela SECEX, listada no anexo 1.
Para cada setor, foram identificados os cinco principais mercados europeus, levando em consideração o aumento do
consumo do país nos últimos anos, a evolução das importações mundiais e das exportações brasileiras para a região.
Optou-se pelos países da Europa, incluindo o Leste Europeu, uma vez que o evento será realizado na França e que, de
acordo com o levantamento das edições anteriores da SIAL, 65% do público é europeu.
Nesse sentido, serão aqui apresentadas as principais oportunidades e tendências de consumo do mercado europeu, para
auxiliar na elaboração de estratégia de inserção nesses mercados.
1.1. Características da SIAL
A SIAL, “Salon International de l'Agroalimentaire 2008”, será realizada no período de 19 a 23 de outubro, em Paris. A feira
ocorre a cada dois anos e é reconhecida como uma das mais importantes feiras mundiais voltada ao setor de alimentos e
bebidas, antecipando tendências e mobilizando formadores de opinião do setor.
A última edição ocorreu em 2006 e, de acordo com dados da própria feira, estiveram presentes aproximadamente 5.300
expositores de 99 países. Já o público presente totalizou 140 mil visitantes de 191 países, sendo 45% franceses e 55%
estrangeiros. Além disso, estima-se que 1.400 jornalistas participaram da edição de 2006. De acordo com as estatísticas
obtidas durante o evento, 80% dos visitantes tem poder de decisão no processo de compra em seus países. Os gráficos
abaixo apresentam a participação por região dos visitantes da SIAL em 2006.
SIAL 2006 - Participação dos
visitantes
África; 5%
Ásia e
Oriente
Médio; 14%
Fonte: Site SIAL , Elaboração UIC Apex-Brasil
Trading; 5%
Oceania; 2%
América
Latina; 7%
América do
Norte; 7%
Europa (fora
EU); 12%
SIAL 2006 - Perfil dos visitantes
Serviços de
alimentação;
17%
Distribuidores
; 44%
União
Européia;
53%
Indústria de
alimentos;
34%
Fonte: Site SIAL , Elaboração UIC Apex-Brasil
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1.2. Metodologia
Para cada país, foram elaborados gráficos e tabelas que serão explicados, a seguir:
Gráfico: Matriz de Posicionamento
A Matriz de Posicionamento tem o objetivo de mostrar o posicionamento do Brasil frente aos dez principais países
concorrentes. Além de indicar a posição que cada país ocupa no mercado-alvo em análise, mediante o ranking destacado
entre parênteses junto ao nome de cada país, mostra o crescimento das exportações desses países e a variação da
participação de mercado (market share). O objetivo é visualizar não só a posição estática do último ano em análise, mas
também analisar como os países vêm se comportando na pauta de importações do mercado-alvo ao longo dos 5 anos, com
perda ou ganho de competitividade. Nos casos onde o Brasil não está entre os dez maiores fornecedores para o mercadoalvo, o país será incluído e destacada a sua posição no ranking.
A construção da Matriz de Posicionamento para os setores seguiu as seguintes padronizações:
Bolhas: representam os dez principais países fornecedores para o mercado-alvo daqueles setores
selecionados;
Tamanho da bolha: representa o total exportado em US$ por cada um dos 10 principais países
fornecedores para o mercado-alvo. Portanto, quanto maior a bolha, maior volume aquele país exporta
para o mercado-alvo;
Eixo X: representa a média do crescimento das exportações dos grupos de produtos dos setores
selecionados para o mercado-alvo entre 2002 e 2007;
Eixo Y: representa a variação da participação de mercado (market share) no mercado-alvo de cada país
fornecedor. Essa variação foi estabelecida como a diferença percentual da participação entre o último
ano (2007) e o primeiro ano (2002) do período em análise;
Valor de referência: ajuda a visualização do quanto representa o tamanho da bolha em US$.
Visualização de um exemplo de Matriz de Posicionamento:
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos
percentuais)
Matriz de Posicionamento de setor "A" no mercado-alvo "B"
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
6,0
eixo: Y
França (3) Bélgica (2)
4,0
Brasil (1)
2,0
Polônia (8)
Itália (6)
14%
18%
0,0
0%
-2,0
-4,0
10%
20%
República Tcheca (10)
30%
eixo: X
40%
Espanha (9)
Suíça (7)
Países Baixos (5)
-6,0
Irlanda (4)
-8,0
Valor de Referência = US$
100 mi
-10,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008
Tabela: Seleção de produtos com maior potencial para negócios
Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios, são pesquisados os produtos relacionados a cada setor, por
códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se pelo menos as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e
qualitativos:
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a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Crescimento das exportações brasileiras do produto para o mercado-alvo;
Crescimento das importações mundiais do produto pelo mercado-alvo;
Valor total das importações mundiais do produto pelo mercado-alvo;
Percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo;
Oscilação do valor das importações do produto pelo mercado-alvo, ao longo do período analisado;
Informações setoriais;
Contexto econômico mundial, brasileiro e do mercado-alvo.
Esses produtos são apresentados em uma tabela no final da seção de cada setor.
Gráfico dos Preços Médios
Para alguns setores foram elaborados gráficos de preços médios que consistem na comparação dos preços dos dez
principais países fornecedores para o mercado-alvo. O preço médio foi calculado dividindo valor das importações em dólar
pelo volume de importações (expressado em Kg ou Ton). O gráfico de preços médios não será apresentado quando as
unidades de medidas de volume forem diferentes, impossibilitando a comparação entre os países.
Tabela: Barreiras Tarifárias
Para cada setor foi elaborada uma tabela com as tarifas alfandegárias aplicadas pelo mercado-alvo para os 5 principais
fornecedores + Brasil. Vale destacar que nos casos que os países fornecedores estão localizados na União Européia, os
mesmos foram retirados da análise de barreiras tarifárias, pois o intercâmbio de produtos entre esses países beneficia-se
de tarifa de 0,00% (zero). Nesses casos, foram selecionados os principais países fornecedores para determinado mercadoalvo que não fossem membros da União Européia.
2. Visão Geral da Europa para o setor de Alimentos e Bebidas
Durante a leitura das informações contidas nesse estudo, deve-se ter em mente as divergências existentes entre os países
localizados na região da Europa. Mesmo com grandes diferenças geográficas, no entanto, ao analisar os padrões de
consumo nos países europeus foi possível observar tendências convergentes, na sua maior parte ligadas a fatores como: o
aumento da renda e qualidade de vida, a globalização e a exposição a uma variedade maior de alimentos e bebidas, bem
como forte penetração das grandes redes varejistas de países de alta renda em outros países.
Um dos primeiros aspectos observados é o declínio dos gastos com alimentos e bebidas à medida que a renda das famílias
aumenta. É comum que os países mais pobres apresentem maior percentual de seu consumo privado total com
alimentação, restando menos renda para outras atividades importantes, como saúde, educação e de lazer, por exemplo. No
caso dos países mais desenvolvidos, o percentual gasto com alimentação em relação ao consumo privado total é
relativamente menor, possibilitando gastos outros, como em atividades culturais e lazer. Isso é possível porque, apesar de
existir um percentual mínimo essencial destinado aos gastos com alimentação, a partir do aumento da renda dos
indivíduos, esses passam a destinar proporcionalmente menos de sua renda ao consumo de produtos alimentícios.
1
Nos gráficos abaixo, faz-se uma comparação do crescimento anual do PIB com a variação dos gastos com alimentos e
bebidas na Romênia e no Reino Unido. De acordo com o que foi mencionado acima, nota-se, por exemplo, que no período
de 2006-2007 o crescimento do PIB do Reino Unido foi de 3,1%, enquanto os gastos com alimentos registraram variação de
12,5%. No caso da Romênia, o aumento dos gastos com alimentação acompanha o crescimento do PIB. No último ano o PIB
cresceu 6,0%, enquanto os gastos com alimentação variaram 35,4%.
1
Trata-se aqui, do crescimento anual do PIB em US$.
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7
40
Romênia PIB vs Consumo de Alimentos e
Bebidas (%)
40
35
35
30
30
25
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07
Gastos com alimentos e bebidas (%)
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
PIB - %
Reino UnidoPIB vs Consumo de Alimentos e
Bebidas (%)
2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07
Gastos com alimentos e bebidas (%)
PIB - %
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Uma segunda tendência observada é o aumento da preocupação com a saúde, o que motivou o bom desempenho dos
produtos mais saudáveis, como produtos frescos, orgânicos e outros. Exigente, 90% dos consumidores europeus
consideram importante melhorar os hábitos alimentares, o que se reflete na busca por alternativas de boa qualidade e na
preocupação com os benefícios que os produtos podem proporcionar à saúde.
Essa preocupação com o bem-estar, alimentação saudável e prevenção de problemas de saúde deverá motivar crescimento
das vendas desses produtos da ordem de 10% nos próximos cinco anos, e as empresas que souberem comunicar as
qualidades de seus produtos deverão ter maior êxito no mercado europeu. Além disso, os consumidores se mostram
dispostos a pagar mais caro por esse tipo de mercadoria.
Outro ponto a ser observado é o ritmo de vida cada vez mais estressante em alguns países. Por essa razão, produtos de
conveniência e “comfort food” são uma tendência crescente e foram considerados importantes para 82% dos
consumidores europeus e americanos. Na Europa e América o consumo de produtos de rápido preparo e refeições
prontas deverão dobrar em dez anos.
Alimentos que se adequarem a questão da conveniência somada à saúde têm ótimo potencial e deverão dobrar até 2017.
Ainda, a globalização facilita o acesso a alimentos de culturas e sabores diferentes. Aliado a isso, os consumidores de hoje
estão procurando experiências mais intensas e se mostram mais dispostos a experimentar novos produtos.
2.1. Projeções de consumo dos principais países europeus
O gráfico a seguir apresenta as projeções da variação do PIB vs a variação do consumo privado dos principais países
europeus para o período de 2008 a 2012. No eixo “x” estão apresentadas as variações do PIB real e no eixo “y” as variações
do consumo privado. Nota-se que quanto maior for a variação do consumo privado em comparação a variação do PIB,
maior a necessidade do país em importar os produtos para consumo privado para suprir a sua demanda interna, como
ocorrerá com a Rússia, Ucrânia, Romênia e Lituânia.
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8
Projeções de consumo 2008-2012 - Europa
PIB x Consumo Privado
12,0
Variação do Consumo Privado (%) - 2008-2012
Rússia
10,0
Ucrânia
8,0
Romênia
Lituânia
6,0
Sérvia
4,0
Chipre
Eslovênia
França
Suécia
Letônia
Suíça
Áustria
Dinamarca
Alemanha Hungria
Irlanda
Países Baixos
Bélgica
Reino Unido
Espanha
Itália
Noruega
2,0
Eslováquia
Croácia
Polônia
Turquia
Estônia
Finlândia
Grécia
República Tcheca
Bulgária
0,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
Fonte: The Economist Intelligence Unit. Elaboração: UIC/Apex-Brasil
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Variação do PIB real (%) - 2008-2012
2
Nos próximos gráficos estão apresentadas as projeções da variação % das vendas de alimentos e bebidas não alcoólicas e
bebidas alcoólicas no varejo na Europa no período de 2008-2012. Como se pode perceber, os maiores crescimentos estão
nos países do Leste Europeu que enfrentaram no passado anos de estagnação econômica e agora vivenciam crescimento
da economia, o que reflete em um aumento do poder de compra da população, especialmente para produtos do setor de
alimentos e bebidas.
Ucrânia
Bielo-Rússia
Letônia
Rússia
Romênia
Lituânia
Turquia
Bulgária
Polônia
Croácia
Noruega
Portugal
Eslovênia
Estônia
Grécia
Eslováquia
Espanha
Suécia
República Tcheca
França
Bélgica
Hungria
Países Baixos
Dinamarca
Reino Unido
Itália
Finlândia
Áustria
Suíça
Alemanha
Irlanda
23,60%
14,02%
13,14%
13,10%
13,04%
9,80%
7,49%
7,21%
6,57%
6,47%
5,07%
4,40%
4,10%
4,05%
4,00%
4,00%
3,15%
3,15%
3,07%
3,05%
Projeção da variação % das vendas de
alimentos e bebidas não alcoólicas
no varejo: 2008-2011
Europa e Leste Europeu
2,87%
2,72%
2,52%
2,42%
2,22%
2,15%
1,92%
1,87%
1,37%
1,12%
-0,35%
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC Apex-Brasil
2
Nota: Refere-se à estimativa de aumento no total das vendas no varejo, sem considerar o efeito no aumento do preço ao longo dos anos.
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Ucrânia
Bielo-Rússia
Bulgária
Romênia
Estônia
Lituânia
Letônia
Rússia
Polônia
Noruega
Grécia
Hungria
Reino Unido
Croácia
Itália
Portugal
Bélgica
Irlanda
Dinamarca
França
Suécia
Finlândia
Eslovênia
Eslováquia
Áustria
Espanha
República Tcheca
Suíça
Alemanha
Países Baixos
Turquia
24,3%
15,6%
12,0%
11,4%
10,6%
10,4%
8,5%
8,2%
6,2%
6,1%
5,9%
Projeção da variação % das vendas de
de bebidas alcoólicas
no varejo 2008-2011
Europa e Leste Europeu
4,7%
4,4%
4,4%
4,2%
3,3%
3,0%
3,0%
2,9%
2,8%
2,6%
2,6%
2,6%
2,5%
1,6%
1,6%
1,1%
0,9%
0,6%
-0,2%
-2,9%
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC Apex-Brasil
3. Comércio Exterior – Brasil e alguns países selecionados
3
No período de 1999 a 2007 as exportações brasileiras de alimentos e bebidas para Europa aumentaram 146%. Nota-se que
o crescimento foi constante ao longo dos anos. Em 2007, o total exportado pelo Brasil desses produtos para a União
Européia totalizou US$ 14,3 bilhões. Vale destacar que esse grupo de produtos inclui itens manufaturados,
4
semimanufaturados e básicos, baseados nos setores SECEX .
Corrente Comercial Brasil x União Européia
Alimentos e Bebidas
US$ milhões
6.258
7.008
6.654
6.614
6.070
11.349
14.345
10.436
10.827
10.021
10.323
10.715
408
414
503
634
769
2003
2004
2005
2006
2007
8.694
7.068
15.113
8.285
5.823
5.640
435
430
414
394
1999
2000
2001
2002
Exp. Brasileiras
Imp. Brasileiras
Corrente Comercial
Fonte: GTIS - Elaboração UIC Apex-Brasil
3
Para esta análise foram considerados os 27 países da União Européia: Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia,
França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia,
Espanha, Suécia e Reino Unido.
4
Setores SECEX para Alimentos e Bebidas: Açúcar e álcool; Água mineral e refrigerantes; Bebidas destiladas; Cacau e prod. de confeitaria ; Café; Carne
bovina; Carne suína; Cereais em grão e esmagados; Cerveja; Chá, mate e especiarias; Chocolates; balas e confeitos; Demais carnes; Frutas; Leite e
laticínios; Gorduras e óleos animais e vegetais; Massas alimentícias e preparações alimentícias; Outros açúcares; Peixes e crustáceos; Preparações de
carnes, peixes e crustáceos; Sementes oleaginosas; Soja ; Sucos e Vinhos, vermutes e vinagres.
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10
Destino das exportações brasileiras de alimentos
e bebidas para os países da União Européia (27)
2007
Portugal
3%
Reino Unido
8%
Suíça
1%
Outros
9%
Países Baixos
28%
França
8%
Alemanha
13%
Bélgica
9%
Itália
9%
Espanha
12%
Fonte: GTIS, Elaboração UIC - Apex Brasil
Os principais destinos das exportações brasileiras para os
países da União Européia, em 2007, estão listados no
gráfico abaixo. Mais da metade (53%) das exportações
brasileiras se concentraram em três países: Países Baixos,
Alemanha e Espanha.
A situação do Leste Europeu é bem diferente do restante
da Europa. Se considerarmos o Leste Europeu, o país mais
representativo em termos de valor é a Rússia, uma vez
que a participação dos outros países em relação ao
fornecimento brasileiro é muito inferior. Em 2007, o Brasil
exportou US$ 3,21 bilhões do setor de alimentos e bebidas
para o mercado russo e importou do país US$ 7,3 milhões,
o que torna o Brasil superavitário em US$ 3,2 bilhões
neste setor.
4. Logística, Medidas Tarifárias e Não-Tarifárias e Distribuição
4.1. Logística
O
gráfico
a
seguir
apresenta o índice de
performance logística de
autoria do Banco Mundial
para os países da Europa.
O índice considera sete
critérios para criar um
ranking
dos
países:
aduana,
infra-estrutura,
facilidade de embarque,
serviços
logísticos,
facilidade
de
rastreamento,
custo
interno de logística e
tempo logístico. Para cada
um destes critérios, é
atribuída uma pontuação
de 1 (menos competitivo)
a 5 (mais competitivo).
Juntos,
os
critérios
compõem o Índice de
Performance
Logística,
cuja a pontuação máxima
é 5.
Índice de peformance logística dos Principais Países da Europa
Sérvia e Montenegro
Moldávia
Rússia
Macedônia
Bósnia e Herzegovina
Bielo-Rússia
Ucrânia
Lituânia
Bulgária
Romênia
Estônia
Letônia
Polônia
República Tcheca
2,31
2,37
2,43
2,46
2,53
2,55
2,78
2,87
2,91
2,95
3,02
3,04
3,13
Eslovênia
3,14
Hungria
3,15
3,15
Turquia
Grécia
Portugal
Espanha
Luxemburgo
Itália
França
3,36
3,38
3,52
3,54
3,58
3,76
Noruega
3,81
Finlândia
3,82
3,86
3,89
3,91
3,99
Dinamarca
Bélgica
Irlanda
Reino Unido
De acordo com este
ranking os Países Baixos
obtiveram
a
maior
pontuação na Europa, 4,18
pontos. Isso pode ser
explicado
pela
2,28
Suíça
Áustria
4,02
4,06
Suécia
4,08
Alemanha
4,10
Países Baixos
4,18
Fonte: Banco Mundial - Elaboração: UIC Apex-Brasil
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característica do país como re-exportador de produtos, especialmente alimentos e bebidas, para a região européia.
Em seguida, estão destacados os países, a saber: Alemanha (4,10 pontos), Suécia (4,08 pontos), Áustria (4,06 pontos) e
Suíça (4,02 pontos). Na mesma análise o Brasil obteve 2,75 pontos. Embora distante dos principais países europeus, o
desempenho do Brasil foi superior ao desempenho da Rússia (2,37 pontos), mercado selecionado para alguns produtos
brasileiros.
Os mercados dos Países Baixos, Alemanha, Reino Unido, França, Polônia e Rússia foram selecionados para o detalhamento
dos critérios que compõem o índice de performance logística, por serem identificados como mercados potenciais para
diversos setores apresentados nesse estudo.
Os dados do Brasil foram aduana (2,39 pontos), infra-estrutura (2,75 pontos), facilidade de embarque (2,61 pontos),
serviços logísticos (2,94 pontos), facilidade de rastreamento (2,77 pontos), custo interno de logística (2,58 pontos) e tempo
logístico (3,1 pontos).
Pontuação dos principais países europeus nos critérios que
compõem o Índice de Performance Logística
4,0 3,9
4,3 4,2 4,1
3,7
4,1 3,9 3,9
3,8
4,3 4,2 4,0
4,1 4,1 4,1
3,8
3,6
4,4 4,3 4,3
3,9
3,6
3,5
2,9
2,7
3,1
3,0
2,9
3,2
2,7
2,5
2,2
4,0
2,5
2,3 2,2 2,3
2,2
2,9
2,4
1,9
Aduanas
Infra-estrutura
Países Baixos
Facilidade de
embarque
Alemanha
Serviços logísticos
Reino Unido
Facilidade de
rastreamento
França
Custos de
logística interna
Polônia
Duração
Rússia
Fonte: Banco Mundial - Elaboração: UIC Apex-Brasil
4.2. Barreiras Tarifárias, Não-tarifárias e Segurança Alimentar
As barreiras tarifárias aplicadas pelos mercados europeus selecionados para o Brasil e os principais países fornecedores são
apresentadas em cada setor. Vale destacar, no entanto, que as tarifas existentes no comércio entre os países membros da
União Européia são de 0,00% (zero), o que se configura como uma desvantagem para os países exportadores não
pertencentes ao Bloco, como é o caso do Brasil.
Como este estudo aborda uma diversidade de setores e produtos, seria inviável analisar as barreiras tarifárias e nãotarifárias para todos os potenciais produtos brasileiros no mercado europeu. As informações referentes a barreiras
tarifárias e não-tarifárias, como certificações necessárias para exportar mercadorias, podem ser visualizadas na base de
dados TARIC, que congrega todas as medidas relacionadas ao assunto:
- http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds/cgi-bin/tarchap?Lang=PT
Informações atualizadas relativas à Segurança Alimentar - controles fitossanitários, embalagem e rotulagem de produtos, e
outros temas específicos - são disponibilizadas no site da União Européia:
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12
- http://ec.europa.eu/food/index_pt.htm
Outras informações podem ser obtidas através de consultas a Direção-Geral da Saúde e da Defesa do Consumidor da
Comissão Europeia:
- http://ec.europa.eu/food/index_pt.htm
4.3. Sistema de Transporte
Fator importante para aumentar a competitividade da indústria e serviços de um país, a infra-estrutura de transporte da
Europa Ocidental diverge bastante das condições encontradas no Leste Europeu, pois algumas ex-repúblicas soviéticas
passam por processo de transformação, sem ainda apresentar boas condições de infra-estrutura.
5
Nos países membros do EU-25, enquanto o transporte de bens cresceu a uma média de 2,8% a.a. no período de 1995 a
6
2005, o transporte de passageiros cresceu a 1,8% de 1995 a 2004. É interessante observar que a variação do transporte de
bens superou o aumento do PIB, em valor constante, que foi de 2,3% para esse grupo de países. No total, o PIB registrou
um acréscimo de 25% entre 1995 e 2005 e o transporte de bens acumulou variação positiva de 31%, como pode ser
observado no gráfico abaixo.
Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site:
http://ec.europa.eu/eurostat.
Os principais fatores responsáveis pelas mudanças que vêm ocorrendo no sistema de transportes europeus são as
alterações na estrutura e locais de indústrias manufatureiras, as transformações dos processos produtivos em detrimento
5
6
Para fins da análise o transporte de bens foi mensurado em toneladas por quilômetro.
No caso do transporte de passageiros, a medida usada é de passageiros por quilômetro.
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13
7
da crescente demanda por entregas “just in time” , aumento da demanda pela mobilidade de pessoal do setor de serviços
e maior número de pessoas com automóvel próprio, dentre outros.
No gráfico seguinte, nota-se a participação dos diferentes modais de transporte em relação ao total contabilizado em frete
no ano de 2005, para os países que compõem o EU-25. Percebe-se que 44,2% envolvem o transporte rodoviário, enquanto
39,1% correspondem ao modal marítimo. O transporte aéreo, ferroviário e aquaviário (sem o marítimo) têm pouca
representatividade.
Nesse contexto, a demanda tem impacto direto nas mudanças ocorridas no sistema de transportes e no conseqüente
aumento de participação do modal rodoviário, que registrou o maior crescimento dentre todos os modais: 37,9%. Tal
aumento segue tendências como a procura crescente pelos serviços “door-to-door” e “just-in-time”, anteriormente
comentado. Após o transporte rodoviário, o transporte marítimo registrou a segunda maior variação, 34,6%.
* Para o transporte aéreo e marítimo foram usados apenas os dados do tráfico intra-União Européia.
Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site:
http://ec.europa.eu/eurostat.
Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
A seguir, são apresentados os números de rodovias e ferrovias para os países que compõem o grupo EU-25 e Estados
Unidos. A União Européia possui uma das maiores redes de transportes do mundo, chegando a ultrapassar o número de
ferrovias dos Estados Unidos. A preponderância das ferrovias é uma realidade para maioria dos países europeus, como
exposto no gráfico abaixo, na comparação entre 2003 e 1995, É importante frisar que o leitor desse estudo deve levar em
consideração as dimensões territoriais dos países ao interpretar as diferenças apresentadas no mesmo.
No quesito rodoviário, a Europa também apresenta melhor infra-estrutura que os Estados Unidos se consideradas as
estradas, avenidas, rodovias estaduais e municipais. Todavia, os dados apresentados abaixo estão subdimensionados, pois
a classificação das estradas diverge entre os vários países europeus, não sendo possível uma mensuração acurada do
número de rodovias, em específico. Por este motivo, no gráfico a seguir os Estados Unidos apresentam um maior número
de rodovias em 2003. A comparação em 1995 não pode ser realizada, pois não existiam dados disponíveis do EUA, naquele
ano.
7
A expressão é usada para indicar quando o processo produtivo está planejado de modo a responder às demandas rapidamente, sem existir a
necessidade de qualquer estoque adicional. Produz-se o necessário, na quantidade necessária, no momento necessário.
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14
Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site:
http://ec.europa.eu/eurostat.
Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
A Alemanha apresenta a maior rede ferroviária com 36.054km, o que representa 18% do total do EU-25. A França e Polônia
vêm logo atrás da Alemanha, com 14,7% e 10%, respectivamente. Em termos de densidade da rede de infra-estrutura, no
entanto, a República Tcheca fica em primeiro lugar, com 122 km por 1000 km2, na frente da Bélgica e Luxemburgo com 115
km e 106 km. A Alemanha cai para quarta posição com 101 km.
Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site:
http://ec.europa.eu/eurostat.
Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
O declínio de 8% no número de ferrovias do bloco (EU-25) resultou de diminuições nas três principais redes ferroviárias da
Alemanha (12%), França (14%) e Polônia (24%). Em relação à rede rodoviária, também a Alemanha fica em primeira
posição, com uma participação de 21% no total dos países que compõem o EU-25. A França e Espanha ficam em segundo,
empatadas com 18%.
Em relação ao transporte, aéreo a situação não é muito diferente: a Europa possui um dos espaços aéreos mais ocupados
do mundo. Em 2004, os países membros da EU-25 tinham cerca de 370 aeroportos, dos quais 255 eram aeroportos com
fluxo de pessoas de pelo menos 150 mil passageiros, e 112 eram aeroportos grandes ou muito grandes com fluxo de pelo
menos 1,5 milhões de pessoas ao ano. Os aeroportos passam a ter papel mais importante para o transporte de
mercadorias, em especial para os produtos perecíveis, como as frutas, por exemplo. Alguns países europeus, seguindo a
tendência por produtos saudáveis, já apresentam demanda disposta a pagar mais caro pelos produtos mais frescos.
No caso da Polônia, o país se destaca pela sua localização, entre a Europa Ocidental e o Leste Europeu. Entretanto, o
sistema de transporte precisa de melhorias. Algumas cidades oferecem serviços de qualidade como é o caso de Cracóvia.
Todavia a malha ferroviária como um todo carece de grande reestruturação. Como o país é novo membro da União
Européia, seu governo sofre pressões do bloco para privatizar e reestruturar os serviços de transporte. Além disso, a
decisão da União das Associações Européias de Futebol (UEFA) de sediar a Euro 2012 na Polônia e Ucrânia deverá aumentar
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o fluxo de investimento externo para esses países, e conseqüentemente melhorias na malha ferroviária e rodoviária nos
próximos anos.
Para a maioria das ex-repúblicas soviéticas a situação da infra-estrutura de transporte é bem diferente. Na Rússia, após ser
negligenciada por duas décadas, a infra-estrutura do sistema de transportes russo passa por mudanças. Em 2006, os fretes
relacionados a todos os modais de transporte, com exceção dos oleodutos, movimentaram 2,100 bilhões de
toneladas/quilômetro, dos quais 90% correspondem ao transporte ferroviário. O sistema ferroviário soma 87.000 km de
comprimento, mas apenas metade funciona com energia elétrica e carece de modernização e reparações técnicas. Em 2001
foi lançado um programa com intuito de privatizar o sistema até o ano de 2010.
O sistema rodoviário, por sua vez, conta com 870.000 km de estradas (est. 2005), com apenas 738.000 km pavimentados,
número baixo em relação ao padrão ocidental. Em relação ao transporte aéreo, o número de passageiros aumentou
bastante, mas continua menor do que no período soviético, em virtude de crise aérea da aviação civil e fim dos subsídios
soviéticos. Ademais, existem no país 43 portos marítimos, cujos maiores são São Petesburgo, Kaliningrad, Novorossisk,
Sochi, Vladivostok, Nakhodka, Magadan e Petropavlovsk, que passam por expansão agressiva por causa dos interesses no
petróleo russo.
4.4. Perfil Varejista
Quando da comercialização de produtos alimentícios, tem-se que atentar para os melhores pontos de venda para cada tipo
de produto. A partir dos quadros seguintes, percebe-se a maior penetração das mercearias, tanto no Leste Europeu, como
na Europa Ocidental. Os supermercados, no entanto, estão mais presentes na Europa Ocidental, com 81.632
estabelecimentos registrados no ano de 2007.
Número de Lojas - Europa Ocidental
2007
500.000
433.702
450.000
425.978
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
75.881
91.286
81.632
32.150
5.254
101.190
41.410
6.701
2002
Hipermercado
Lojas de Desconto
Outros
2007
Supermercado
Mercearia
Fonte: Euromonitor. Elaboração:UIC-Apex-Brasil
2
A definição mais utilizada para supermercados é baseada na área do estabelecimento, que deve ter entre 400 e 2.500 m e
vender ao menos 70% de produtos alimentícios ou de uso cotidiano. As lojas com menos de 400 metros podem ser
classificadas como supermercados em países que, afora a dimensão do armazém, levam em consideração outros aspectos,
como o mix de produtos comercializados, o horário de funcionamento e o formato do estabelecimento. Como exemplo
tem-se Superettes na Itália e Tesco Metro, Spar no Reino Unido.
2,
Já os hipermercados são lojas com área maior que 2.500 m com pelo menos 35% da área destinada a produtos nãoalimentícios. Normalmente são localizadas em shoppings fora do centro urbano ou são lojas-âncora em shopping centers.
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16
2
As lojas de desconto, introduzidas inicialmente na Alemanha, com a Aldi, apresentam entre 300 e 900 m e armazenam no
máximo 1000 linhas de produtos, na sua maior parte mantimentos empacotados. As mercadorias são em sua maioria de
marca própria. Outros exemplos são o Lidl, Eda, etc.
As mercearias são as lojas de menor porte, também como lojas de bairro, e que se especializam na venda de poucos
produtos.
Na categoria “Outros” estão contemplados bazares, quiosques, vendedores de rua, clubes, lojas de departamento e as
vendas por meio de máquinas de refrigerantes e alimentos.
Nos gráficos expostos a seguir pode ser observado o crescimento dos Hipermercados e Lojas de desconto no Leste
Europeu, impulsionado pela forte penetração das grandes redes varejistas de países de alta renda. Além disso, o aumento
da renda per capita nos países do Leste Europeu tem contribuído para maiores gastos com alimentos por parte da
população, e, indiretamente, para os investimentos em novos pontos de venda.
Variação do Número de Lojas
Leste Europeu (2002-2007)
Mercearia;
0,2%
Variação do Número de Lojas
Europa Ocidental (2002-2007)
Outros;
2,5%
Outros;
11%
Hipermerca
do; 119%
Mercearia;
-2%
Hipermerca
do; 28%
Lojas de
Desconto;
172%
Supermerc
ado; 26%
Fonte: Euromonitor. Elaboração:UIC-Apex-Brasil
Lojas de
Desconto;
29%
Supermerc
ado; 8%
Fonte: Euromonitor. Elaboração:UIC-Apex-Brasil
5. Oportunidades setoriais para Alimentos e Bebidas
5.1. Bebidas Alcoólicas
O panorama abaixo retrata o consumo mundial de bebidas alcoólicas, onde estão incluídas cervejas, cidras, bebidas prontas
para beber com sabor, vinhos, uísques, conhaque, rum, tequila, licor e outros. Esses dados indicam a tendência de consumo
por região e países europeus o que auxiliará nas análises a seguir sobre bebidas destiladas e vinhos e vermutes.
De acordo com o gráfico abaixo, o consumo mundial de bebidas alcoólicas cresceu em média 4% nos últimos 5 anos. A
8
maior região consumidora de bebidas alcoólicas foi a Ásia, que totalizou, em 2007, 46,6 bilhões de litros. Todavia, o Leste
Europeu foi a região que apresentou o maior aumento de consumo destes produtos. No mesmo ano a região consumiu
8
Para elaboração dos gráficos foram considerados os seguintes produtos de bebidas alcoólicas: cervejas, cidras, bebidas prontas para beber com
sabor, vinhos, uísques, conhaque, rum, tequila, licor e outros.
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26,1 bilhões de litros, o que representou um aumento de 33% em relação à demanda de 2002. Esse fato pode ser explicado
pelo maior acesso aos produtos de consumo, após anos de estagnação econômica, aliado ao clima da região, que tem
invernos rigorosos com baixas temperaturas na maior parte do ano. Em relação à Europa Ocidental, o consumo
permaneceu estável. Em 2007, a região consumiu 27,1 bilhões de litros, valor apenas 1% maior do que o consumido no ano
anterior e 4% acima do consumo de 2002.
Evolução mundial de consumo de bebidas alcoólicas *
(milhões de litros)
200.000
150.000
100.000
50.000
Ásia
2002
2003
2004
Europa Ocidental
América do Norte
América Latina
2005
2006
Leste Europeu
2007
África e Oriente Médio
Oceania
Fonte: Euromonitor - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Na Europa Ocidental, o maior país consumidor de bebidas alcoólicas no período foi a Alemanha. Entretanto, o consumo em
2007 foi 2% inferior ao total de 2002, quando os alemães consumiram 8,4 bilhões de litros. Além desse país, destaca-se o
Reino Unido, França, Itália e Espanha. Em 2007, esses cinco países consumiram 74% do total da região. Desses, o Reino
Unido e a Espanha foram os países que apresentaram maiores taxas de crescimento de consumo, 13% em relação a 2002.
No Leste Europeu, o país de maior destaque é a Rússia, que totalizou 12,7 bilhões de litros consumidos em 2007,
aproximadamente 49% do total consumido na região. Esse valor representou um aumento de 27% em relação ao total
consumido em 2002 no país. Os demais países em destaque na região foram a Polônia, Ucrânia e Romênia, que obtiveram
um crescimento no consumo de 46%, 76% e 64%, respectivamente, em relação a 2002.
Consumo de Bebidas Alcoólicas na Europa Ocidental
(milhões de litros)
Consumo de Bebidas Alcoólicas no Leste Europeu
(milhões de litros)
10000
8000
6000
4000
2000
0
2002
2007
2002
2007
Fonte: Euromonitor - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil
5.1.1.
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
Bebidas Destiladas
9
Em 2007, o consumo mundial de bebidas destiladas representou 9% do total de bebidas alcoólicas. Da mesma forma que
bebidas alcoólicas, a Ásia foi a região que mais consumiu bebidas destiladas em 2007. Todavia, o consumo aumentou 3%
em relação a 2006 e 2% em relação a 2002. Ao contrário da demanda por bebidas alcoólicas, o Leste Europeu consumiu
mais do que Europa Ocidental. No último ano, o consumo foi de 2,9 bilhões de litros, enquanto que a Europa Ocidental
consumiu apenas 1,3 bilhão.
9
Para elaboração dos gráficos foram considerados os seguintes produtos de bebidas destiladas: uísques, conhaque, rum, tequila, licor e outros.
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18
consumo em '000 litros
Evolução do consumo de bebidas destiladas por região
14.000.000
12.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
2002
Ásia
América do Norte
Oceania
2003
2004
Leste Europeu
América Latina
2005
2006
2007
Europa Ocidental
África e Oriente Médio
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Na Europa Ocidental, os países que apresentaram maior consumo de bebidas destiladas foram a Alemanha, França, Reino
Unido e Espanha. O consumo permaneceu estável na maioria dos países, exceto na Alemanha e nos Países Baixos, que
apresentaram queda de 3% e 22%, respectivamente em relação a 2002.
No Leste Europeu, a demanda por bebidas destiladas atingiu 2,9 bilhões de litros em 2007. Esse valor representou 11% do
total de bebidas alcoólicas consumido na região. Nesse mesmo ano, o país que mais consumiu essas bebidas foi a Rússia,
1,9 bilhão de litros (66% do total da região). Todavia, a demanda do mercado russo foi 11% menor do que em 2002.
Consumo de Bebidas Destiladas na Europa
('000 litros)
Consumo de Bebidas Destiladas no Leste Europeu
('000 litros)
400.000
300.000
200.000
2002
100.000
2007
-
Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil
2.000.000
1.600.000
1.200.000
800.000
400.000
-
2002
2007
Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil
A tabela a seguir apresenta as importações mundiais de bebidas alcoólicas na região. Nota-se que os países que mais
consomem esses produtos são os que mais importam mundialmente também, como por exemplo, a Espanha, Alemanha,
França, Rússia e Reino Unido. Em 2007, esses países juntos foram responsáveis por 27% do total importado mundialmente
de bebidas destiladas.
Em 2007, os maiores destinos das exportações brasileiras de bebidas destiladas foram para França (US$ 2,04 milhões),
Alemanha (US$ 1,82 milhão) e Portugal (US$ 1,71 milhão). Em relação às maiores taxas de crescimento das exportações
brasileiras, a França foi o destino na Europa que mais cresceu no último ano, 47% em relação a 2006. E quando comparado
com o ano de 2002, o crescimento foi de 187%, quando o Brasil exportava para o país US$ 713,5 mil.
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19
SETOR - Bebidas Destiladas
País
Exportações
Importações Totais
Brasileiras 2007
2007 (US$ Milhões)
(US$ Milhões)
Espanha
Alemanha
França
Rússia
Reino Unido
Bélgica
Países Baixos
Itália
Grécia
Dinamarca
Estônia
Suécia
Portugal
Noruega
Finlândia
1.427
1.397
1.024
1.017
759
560
446
423
365
231
221
172
166
160
155
1,00
1,82
2,04
0,08
0,46
0,55
0,78
0,74
0,17
0,03
0,00
0,06
1,71
0,01
0,00
Crescimento
Importações
Mundiais
2002/2007
Crescimento
Exportações
Brasileiras
2002/2007
9%
10%
11%
35%
6%
27%
7%
8%
11%
18%
76%
11%
0%
18%
17%
15%
-10%
23%
-16%
1%
11%
9%
4%
55%
-13%
0%
13%
19%
-15%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Os gráficos a seguir apresentam a evolução das importações totais de bebidas destiladas dos principais importadores
mundiais desses produtos e também os principais destinos das exportações brasileiras desses produtos para a região. Com
relação às importações, vale destacar o rápido crescimento das importações russas e também o consistente crescimento
das exportações brasileiras para o mercado francês. Um fato importante a ser destacado é a perda de participação de
mercado do produto brasileiro na Espanha, que será explorado no tópico a seguir.
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Bebidas
Destiladas da Europa
2002
Espanha
Reino Unido
US$ Milhares
US$ Milhões
Principais Importadores de Bebidas Destiladas da Europa
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
2003
2004
Alemanha
Bélgica
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
2005
2006
França
Países Baixos
2007
Rússia
Itália
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
2002
2003
2004
França
Alemanha
Países Baixos
Itália
2005
Portugal
Bélgica
2006
2007
Espanha
Reino Unido
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Considerando o consumo, as importações mundiais e as exportações brasileiras para a região, os principais destinos com
maior oportunidade para os produtos brasileiros da categoria de bebidas destiladas são a Espanha, Alemanha, França,
Rússia e Reino Unido. Apesar de Portugal ser o 3º maior destino das exportações brasileiras e em 2007 totalizar US$ 1,7
milhão e as vendas brasileiras para o país crescerem anualmente 19% em média, esse país não foi selecionado para o maior
aprofundamento nas análises, pois as suas importações mundiais permaneceram estáveis nos últimos 5 anos. Em 2002, o
país importou US$ 168,5 milhões e US$ 166,4 milhões em 2007.
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20
•
Espanha
Em 2007, apesar de a Espanha ser o maior importador de bebidas destiladas na região, o Brasil ficou na 27ª posição no
ranking dos maiores fornecedores destes produtos para o mercado espanhol. Em 2002, o Brasil exportou apenas US$ 0,5
milhão. Em 2003 e 2004, a Espanha era o maior país comprador das bebidas destiladas brasileiras, onde o Brasil forneceu
US$ 2,8 milhões em cada ano. Em 2005, o total exportado foi US$ 0,7 milhão e nos últimos dois anos o Brasil exportou US$
1 milhão em cada ano.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
O Reino Unido continua sendo o principal fornecedor para a Espanha, apesar da perda de 6 pontos percentuais. Mesmo
assim, o país ainda fornece metade do total importado pelo mercado espanhol. Os demais países fornecedores para a
Espanha são França, Irlanda e Itália.
Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Espanha
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
4,0
República Dominicana (6)
2,0
0,0
-10%
Irlanda (3)
EUA (8)
Cuba (10)
França (2)
Itália (4)
Países Baixos (9)
10%
30%
Venezuela (5)
-2,0
50%
Brasil (27)
Bahamas (7)
-4,0
Valor de Referência = US$
250 mi
-6,0
50%
Reino Unido (1)
-8,0
O Brasil ficou na 27º
colocação no ranking de
fornecedores no último ano.
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
De acordo com a tabela a seguir, os principais produtos importados pelo mercado espanhol e que constaram na pauta
exportadora brasileira para a Espanha foram “Uísques”, “Cachaça e caninha” e “Outras bebidas alcoólicas”. Em 2007,
uísques representaram 36% do total importado pelo país. Todavia, o total importado pelo país ficou um pouco abaixo do
valor importado no ano anterior.
As exportações brasileiras desse setor para a Espanha ficaram concentradas principalmente nos produtos “cachaças e
caninha (rum e tafiá)”, 91% do total exportado para o mercado espanhol. Nota-se o aumento das exportações brasileiras
desses produtos. Em 2002, o Brasil exportou apenas US$ 312,2 mil. Já em 2007, o total exportado foi US$ 903,9 mil, o que
representou um aumento de 190% em relação ao ano de 2002. No entanto, em relação a 2006, não houve aumento das
exportações brasileiras desse produto.
Os demais produtos exportados pelo Brasil para o mercado espanhol tiveram uma baixa participação no total importado
pela Espanha. No caso de “Uísques”, as exportações brasileiras caíram 3%, em relação a 2006. No caso de “Outras bebidas
alcoólicas”, as exportações brasileiras cresceram 2.812%, quando o país exportou apenas US$ 1.199 em 2006. Vale
destacar, que em 2004, o Brasil exportou US$ 449,9 mil de outras bebidas alcoólicas, recorde no período de 2002 a 2007.
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21
SETOR: BEBIDAS DESTILADAS
SH6
Var. Exp.
Partic. das Exp.
Partic. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Brasileiras em
Brasileiras em
Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em
para o
relação às Imp.
relação às Exp.
Mercado-alvo alvo em 2007
2007 (US$)
Mercado-alvo Mundiais do Mercado- Totais do Brasil
2007/2006
(US$)
2007/2006
alvo 2007 (em valor) 2007 (em valor)
Descrição
220830
Uísques
518.361.440
220840
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
220890
Outras bebidas alcóolicas
-1%
58.426
-3%
0%
1%
278.080.130
-2%
184.826.902
370%
903.984
0%
0%
7%
34.909
2812%
0%
1%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo
mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
O quadro ao lado apresenta as tarifas alfandegárias aplicadas
pela Espanha para o setor de bebidas destiladas. Dos países
listados, apenas a República Dominicana e Bahamas são isentas
de tarifação para os produtos selecionados. No caso dos Uísques
(SH6 220830), todos os países selecionados, inclusive o Brasil, não
sofrem tarifação (alíquota zero). Para o produto cachaça e
caninha (rum e tafiá) SH6 220840, o Brasil sofre a mesma
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
tarifação de seus concorrentes. Vale destacar, que a maioria (99%
do total) das exportações da Venezuela deste setor está concentrada neste produto e sofre a mesma alíquota aplicada ao
Brasil (9,09%). Já para o produto outras bebidas alcoólicas (SH6 220890), apenas o Brasil e os Estados Unidos sofrem a
incidência da alíquota de 7,38%.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Espanha
BEBIDAS DESTILADAS
País
220830
220840
220890
Venezuela (5)
0,00%
9,09%
0,00%
República Dominicana (6)
0,00%
0,00%
0,00%
Bahamas (7)
0,00%
0,00%
0,00%
EUA (8)
0,00%
9,09%
7,38%
Brasil (27)
0,00%
9,09%
7,38%
•
Alemanha
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
De acordo com a Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Alemanha, os principais fornecedores para o país
foram o Reino Unido, França e Itália. Apesar, de permanecer na primeira colocação do ranking, o Reino Unido perdeu 3,9
pontos percentuais no fornecimento desses produtos para o mercado alemão, totalizando 19% de participação. Em 2007, o
Brasil exportou US$ 1,8 milhão e ficou na vigésima posição dos maiores fornecedores para a Alemanha. Todavia, as
exportações brasileiras desses produtos para a Alemanha caíram em média 10% ao ano, no período de 2002 a 2007.
Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Alemanha
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
4,0
França (2)
Espanha (7)
2,0
Itália (3)
Irlanda (6)
Brasil (20)
0,0
EUA (5)
Países Baixos (8)
-10%
Dinamarca (9)
10%
30%
México (10)
-2,0
Bahamas (4)
-4,0
19%
Reino Unido (1)
Valor de Referência = US$
250 mi
-6,0
O Brasil ficou
na 20º
colocação no ranking de
fornecedores no último ano.
-8,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
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22
Na tabela a seguir, foram selecionados os principais produtos importados pela Alemanha e que estiveram presentes na
pauta exportadora brasileira para o país. O produto “Uísques” foi o item de maior destaque dos produtos importados pela
Alemanha, 26% do total importado pelo país, ou seja, US$ 358,5 milhões em 2007. Esse valor representou um aumento de
22%, com relação ao ano anterior. O Brasil forneceu apenas US$ 118 mil desse produto.
O produto de maior destaque da pauta exportadora brasileira para o país foi a “Cachaça e caninha (rum e tafiá)”. Em 2007,
o Brasil exportou US$ 1,7 milhão, ou 93% do total exportado para o país nessa categoria de produtos. Vale destacar, que
apesar desse produto ser o principal item exportado para o país, o mesmo vem perdendo participação no mercado alemão.
Em 2002, o Brasil exportou US$ 3,1 milhões. Em 2007, o total exportado foi US$ 1,7 milhão. No período, as exportações
brasileiras caíram na média 12% ao ano. Já com relação ao último ano, a queda foi de 38%. Mesmo com a queda na
participação brasileira, este produto foi mantido na relação de oportunidades devido ao aumento de 48% das importações
mundiais da Alemanha, além de representar 12% do total exportado pelo Brasil para o mundo desse produto.
Em 2007, os principais fornecedores para a Alemanha dessa categoria de produtos (cachaça e caninha) foram Bahamas
(65% do total), Espanha (11%) e México (10,7%). Neste mesmo ano, a participação brasileira foi 1%. Em 2002, a
participação de Bahamas no total importado pela Alemanha era bem maior (86% do total), mas a demanda vem
aumentando ao longo dos anos e novos países fornecedores entraram nesse mercado.
SETOR: BEBIDAS DESTILADAS
SH6
Var. Exp.
Partic. das Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Imp. Mundiais do
Brasileiras Brasileiras em relação
Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em
para o
às Imp. Mundiais do
Mercado-alvo alvo em 2007
2007 (US$)
Mercado-alvo Mercado-alvo 2007
2007/2006
(US$)
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
220830
Uísques
358.543.157
22%
118.054
0%
0%
2%
220840
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
235.047.208
49%
1.684.976
-38%
1%
12%
220890
Outras bebidas alcóolicas
177.095.937
0%
17.987
-77%
0%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo
mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
As tarifas alfandegárias aplicadas pela Alemanha para as bebidas destiladas estão listadas na tabela ao lado. Os países da
União Européia fornecedores para o mercado alemão não sofem a tarifação. Bahamas, que fornece a mesma categoria de
produtos exportada pelo Brasil para a Alemanha (cachaça e caninha – rum e tafiá, SH6 220840) não sofre a incidência de
alíquota, enquanto que o produto brasileiro é tarifado em 9,09%. As exportações americanas para o mercado alemão estão
concentradas na categoria de produtos uísques (SH6 220830), 91% do total. Para esse produto, a Alemanha não aplica
tarifa para nenhum de seus países fornecedores.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha
BEBIDAS DESTILADAS
País
EUA (3)
Bahamas (4)
México (10)
Rússia (15)
Brasil (20)
220830
220840
220890
0,00%
9,09%
7,38%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9,09%
7,38%
0,00%
9,09%
5,17%
0,00%
9,09%
7,38%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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23
•
França
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Em 2007, os principais fornecedores de bebidas destiladas para a França foram Reino Unido, Itália, Estados Unidos e
Irlanda. Esses quatro países participaram com 81% do total importado pelo mercado francês. E, apesar da perda de 5
pontos percentuais no fornecimento desses produtos, o Reino Unido permanece o líder do ranking com 64% de
participação neste mercado. As exportações brasileiras cresceram 47% no último ano e 23% no período, classificando o
Brasil como 17º maior fornecedor desses produtos para o país.
Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a França
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
8,0
6,0
O Brasil ficou na 17º
colocação no ranking de
fornecedores no último ano.
Itália (2)
4,0
EUA (3)
Irlanda (4)
2,0
Alemanha (6)
Espanha (5)
Hungria (10)
Polônia (8)
0,0
-20%
0%
Países Baixos (7)
-2,0
20%
40%
60%
80%
100%
Brasil (17)
Suécia (9)
-4,0
64%
Reino Unido (1)
Valor de Referência = US$
250 mi
-6,0
-8,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
As principais oportunidades para os produtos brasileiros no mercado francês estão listadas na tabela abaixo. Em 2007, as
importações mundiais francesas do produto “cachaça e caninha” cresceram 28%, com relação ao ano anterior. Nesse
mesmo ano, as exportações brasileiras desse produto cresceram 56%. Quando comparamos o total exportado em 2007 vs.
2002, o crescimento é ainda maior, 498%, o que demonstra uma maior penetração do produto no mercado francês. Em
2007, a participação brasileira foi 4% do total importado desses produtos pela França. Nesse mesmo ano, os principais
concorrentes do Brasil no mercado francês para “cachaça e caninha” foram Alemanha (39% do total), Espanha (28%) e
Países Baixos (8%).
Dos mercados selecionados deste setor, a França foi o único país onde o produto “Uísque” foi o principal produto
exportado pelo Brasil para o país. Em 2007, o Brasil exportou US$ 1 milhão do total de US$ 738,7 milhões importados pela
França. Esse valor representou um aumento de 37% das exportações brasileiras, em relação ao ano anterior. Os principais
concorrentes do Brasil no mercado francês para esse produto foram o Reino Unido (82% do total), Estados Unidos (8%) e
Irlanda (3%).
SETOR: BEBIDAS DESTILADAS
SH6
Descrição
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
220830
Uísques
738.779.073
14%
1.063.661
37%
0%
220840
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
23.151.030
28%
896.753
56%
4%
15%
6%
220890
Outras bebidas alcóolicas
57.600.794
13%
84.319
96%
0%
2%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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24
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela França
BEBIDAS DESTILADAS
País
220830
220840
220890
EUA (3)
0,00%
9,09%
7,38%
Índia (13)
0,00%
9,09%
5,17%
Canadá (14)
0,00%
9,09%
7,38%
Cingapura (15)
0,00%
9,09%
7,38%
Brasil (17)
0,00%
9,09%
7,38%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Conforme já mencionado, os produtos comercializados entre os
países da União Européia não sofrem tarifação alfandegária, por isso
não foram incluídos na tabela abaixo, onde constam os quatro
maiores fornecedores para a França, exceto os países membros do
bloco. Para cachaça e caninha (rum e tafiá) SH6 220840, a tarifação
sofrida pelo Brasil é a mesma aplicada aos seus principais
concorrentes (9,09%). Já para outras bebidas alcoólicas, apenas a
Índia (5,17%) sofre tarifação inferior aos demais concorrentes,
incluindo o Brasil (7,38%).
Rússia
No último ano, os principais países fornecedores de bebidas destiladas para a Rússia foram a França, Reino Unido, Ucrânia
e Armênia. Estes países foram responsáveis por 76% do total importado pelo país. A Ucrânia apresentou um crescimento
médio de 95% ao ano e aumentou a sua participação de mercado em 17 pontos percentuais em comparação a 2002.
Naquele ano, o país exportou para a Rússia US$ 7,1 milhões (3% de participação de mercado). Já em 2007, a Ucrânia
exportou US$ 201,2 milhões (20% de participação de mercado), sendo mais da metade em exportações de “Vodka”.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Em 2007, o Brasil ficou na 37ª posição no ranking dos principais fornecedores para a Rússia. O único produto exportado
pelo Brasil para o mercado russo foi a “Cachaça e caninha (rum e tafiá)”. As exportações brasileiras desse produto
totalizaram US$ 75,6 mil. Todavia, a participação da “Cachaça e caninha” no total da pauta de importação russa ainda é
muito baixa, apenas 2,5% do total importado pelo país de bebidas destiladas. Os principais concorrentes do Brasil no
mercado russo para essa categoria de produtos são Porto Rico (65% do total), Cuba (12%) e Bahamas (7%).
Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Rússia
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
20,0
O Brasil ficou na 37º
colocação no ranking de
fornecedores no último ano.
16,0
Ucrânia (3)
20%
12,0
Reino Unido (2)
8,0
México (6)
20%
4,0
Porto Rico (10)
França (1)
Azerbaijão (7)
0,0
EUA (8)
0%
20%
28% 40%
-4,0
-8,0
60%
80%
100%
120%
Irlanda (5)
Finlândia (9)
Armênia (4)
Valor de Referência = US$
100 mi
-12,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
A tabela a seguir, apresenta o único produto exportado para o país no período de 2002 a 2007. Nota-se que as importações
mundiais da Rússia deste produto cresceram 111% de 2007 a 2006. Apesar do Brasil não ter exportado os produtos
“uísques”, “vodkas” e “outras bebidas alcoólicas” nos últimos anos e exportar esses produtos para os países vizinhos, a
importação mundial desses produtos para o mercado russo cresceram 108%, 33% e 41%, respectivamente.
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SETOR: BEBIDAS DESTILADAS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
220840
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
25.177.017
111%
75.679
0%
0%
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
1%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Rússia
BEBIDAS DESTILADAS
País
220840
França (1)
43,90%
Reino Unido (2)
43,90%
Ucrânia (3)
0,00%
Armênia (4)
0,00%
Irlanda (5)
43,90%
Brasil (37)
43,90%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
A análise, a seguir, apresenta as tarifas médias aplicadas pela Rússia para o
produto “cachaça e caninha (rum e tafiá)”. Os dados revelam que todos os
países listados sofrem restrições tarifárias, com exceção para os que fazem
10
parte da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) , que se beneficiam da
tarifa zero. Os países que não fazem parte da CEI são tarifados de acordo com
outros regimes. No caso ao lado, os países da União Européia (França, Reino
Unido, Irlanda) e o Brasil sofreram a mesma tarifação para esse produto
(43,90%).
Reino Unido
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Os principais países fornecedores de bebidas destiladas para o Reino Unido foram a Irlanda, França, Estados Unidos e Itália.
Em 2007, esses países forneceram 80% do total importado pelo Reino Unido. No último ano, o Reino Unido importou US$
759 milhões, o que representou uma queda de 4% em relação a 2006. Os principais produtos importados pelo país foram
“Licores” (32% do total) e “Uísques”
Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para o Reino Unido
(26% do total).
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
20,0
O Brasil ficou na 32º
colocação no ranking
de
16,0
fornecedores no último ano.
12,0
EUA (3)
Irlanda (1) 27%
8,0
Países Baixos (6)
26%
4,0
Suécia (5)
México (10)
Alemanha (7)
0,0
-20%
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
0%
-4,0
Itália (4)
20%
40%
60%
Espanha (9)
Jamaica (8)
-8,0
França (2)
No último ano, as exportações
brasileiras para o Reino Unido desse
setor totalizaram US$ 458,4 mil, o
que representou uma queda de 10%
em relação a 2006. O Brasil ficou na
37ª posição no ranking dos maiores
fornecedores de bebidas destiladas
para o Reino Unido e exportou
apenas “Cachaça e caninha (rum e
tafiá)” e “Outras bebidas alcoólicas”.
Valor de Referência = US$
100 mi
-12,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
10
A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) foi formada em 1991 com muitos países da antiga União Soviética. São eles: Armênia,
Azerbaijão, Bielo-Rússia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. Em 1993, os
países membros concordaram com a criação da União Econômica com livre circulação de bens, serviços, mão-de-obra e capital.
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26
A tabela abaixo apresenta os produtos exportados pelo Brasil do setor de bebidas destiladas. Em 2007, as importações
mundiais de “cachaça e caninha” sofreram uma queda de 71% em relação ao ano anterior. Já com relação às exportações
brasileiras desse produto, a queda foi de apenas 15%. O produto “outras bebidas alcoólicas”, a queda das importações
mundiais do Reino Unido foi de 10%. Apesar do baixo volume exportado pelo Brasil para o país desse produto, a variação
permaneceu estável. Os principais concorrentes do Brasil para o produto “cachaça e caninha” são a Jamaica (28% do total),
França (21%) e Barbados (12%). De acordo com a tabela abaixo, a participação brasileira no fornecimento desse produto foi
de 1% no ano de 2007.
SETOR: BEBIDAS DESTILADAS
SH6
Descrição
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
220840
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
29.564.893
-71%
435.528
-15%
1%
3%
220890
Outras bebidas alcóolicas
53.238.110
-10%
22.576
0%
0%
1%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
A tabela a seguir apresenta as tarifas aplicadas pelo Reino Unido para os seus principais fornecedores, exceto União
Européia e também o Brasil para os produtos identificados como oportunidade para o exportador brasileiro no país. Destes,
apenas a Jamaica possui preferência tarifária (alíquota zero). Para cachaça e caninha, a alíquota aplicada ao Brasil é a
mesma de seus concorrentes (9,09%). Já para outras bebidas alcoólicas, os Estados Unidos e Brasil sofrem a mesma
tarifação (7,38%), enquanto o México e África do Sul, a alíquota aplicada é menor (5,17%).
Tarifas Alfandegárias aplicadas pelo Reino Unido
BEBIDAS DESTILADAS
País
220840
220890
EUA (3)
9,09%
7,38%
Jamaica (8)
0,00%
0,00%
México (10)
9,09%
5,17%
África do Sul (15)
9,09%
5,17%
Brasil (32)
9,09%
7,38%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
5.1.2.
Vinhos e Vermutes
O consumo mundial de vinhos se manteve praticamente estável na comparação entre o ano de 2007 e o ano de 2006, o
que representou um aumento de apenas 1,7%. Nesse contexto, a Europa é a região que mais consome o produto no
mundo. Em 2007, foram consumidos 8,4 bilhões de litros apenas na Europa Ocidental, 46% do consumo mundial do
produto, que ultrapassou 18,4 bilhões de litros. O Leste Europeu vem logo em seguida com uma participação de 15%,
referente ao consumo de 2,7 bilhões de litros, o que contribuiu para que a região alcançasse o maior crescimento
acumulado em relação ao ano de 2002: 20%.
Na América Latina, o consumo apresentou pequena redução na comparação com 2002. Já o consumo norte-americano
experimentou variação de 17% em relação ao ano de 2002, com total consumido em 2007 em 2,3 bilhões de litros. Em
2007, a região asiática demandou 2,4 bilhões de litros de vinhos, o que representou um aumento de 16% em relação a
2002.
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27
consumo em milhões de litros
Evolução do consumo de Vinhos por região
20000
16000
12000
8000
4000
0
2002
Europa Ocidental
América do Norte
África e Oriente Médio
2003
2004
Leste Europeu
América Latina
2005
2006
Ásia
Austrália
2007
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Como anteriormente mencionado, a Europa Ocidental corresponde à região que mais consome vinhos no mundo, em parte
impulsionado pela tradição cultural e pela produção local. A Alemanha, França e Itália são os principais consumidores, no
entanto, esse primeiro país apresenta variação positiva na comparação com 2002 e também em relação ao ano de 2006, ao
contrário dos outros dois mercados.
Bem a frente dos outros países do Leste Europeu, a Rússia foi responsável por 40% do consumo regional. Entre 2002 e
2007, a demanda por Vinhos no país cresceu 34%. A taxa de crescimento anual de consumo é relativamente estável, com
média de 6% ano no período de 2002 a 2007. Apenas em 2006, verificou-se um decréscimo do consumo, -2%, em relação a
2005. Todavia, em 2007 o consumo cresceu 7%, significando uma retomada da taxa de crescimento anterior a queda de
2005.
Consumo de Vinhos na Europa Ocidental
(milhões de litros)
2000
1600
1200
800
400
0
Fonte: Euromonitor - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Consumo de Vinhos no Leste Europeu
(milhões de litros)
1200
900
2002
2007
600
300
2002
2007
0
Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil
No que tange as importações, o Reino Unido se destaca como o principal importador de Vinhos e Vermutes no mundo, com
valor total importado em 2007 de US$ 5,3 bi. Em seguida, tem-se a Alemanha, Bélgica, Países Baixos e a Suíça, que
somados ao Reino Unido corresponderam a 42% das importações mundiais totais desses produtos (ver quadro abaixo).
Em relação aos países europeus, o fornecimento brasileiro é baixo, mas vem apresentando um aumento significativo em
alguns países. O maior destino das exportações brasileiras deste setor em 2007 foi para os Países Baixos, US$ 365,8 mil,
seguido pela Alemanha com US$ 248,2 mil e Rússia US$ 173 mil.
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28
SETOR - Vinhos e Vermutes
Importações
Exportações
Totais 2007 (US$ Brasileiras 2007 (US$
Mil)
Mil)
País
Reino Unido
Alemanha
Bélgica
Países Baixos
Suíça
Rússia
França
Dinamarca
Suécia
Itália
Irlanda
Espanha
Noruega
Finlândia
Polônia
5.291.681
2.855.324
1.492.125
1.084.446
1.048.204
923.217
843.413
711.011
619.977
505.559
398.923
340.081
328.067
238.262
211.728
Taxa de crescimento
médio anual das
Importações
Mundiais 2002/2007
Taxa de crescimento
médio anual das
Exportações
Brasileiras
2002/2007
11%
9%
14%
10%
10%
23%
12%
11%
14%
18%
15%
32%
18%
16%
24%
62%
51%
-27%
131%
106%
55%
6%
1%
2%
69%
0%
0%
0%
-29%
0%
153,5
248,2
6,1
365,9
70,7
173,2
15,4
11,6
13,3
19,9
0,0
0,0
17,9
8,4
0,0
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
No gráfico abaixo, pode-se perceber a evolução das importações de Vinhos e Vermutes dos oito maiores importadores da
Europa. Rússia, Bélgica, Suíça e Reino Unido registraram os maiores crescimentos nos valores totais importados em 2007,
46%, 33%, 22% e 20%, respectivamente. No período anterior, 2005-2006, percebe-se certa estabilidade.
No que concerne às exportações brasileiras desses produtos, começa-se a perceber uma melhor participação do Brasil
como fornecedor de vinhos, com um crescimento das exportações mundiais de 288% em relação a 2002, passando de US$
2,5 milhões para US$ 9,8 milhões, em 2007. Os principais destinos das exportações brasileiras para a Europa foram Países
Baixos, Alemanha, República Tcheca e Portugal. Todavia, os maiores crescimentos foram Países Baixos (16.987%), Estônia
(1.080%) e Portugal (516%). Isto pode ser explicado pelo baixo volume exportado pelo Brasil para esses países em 2006.
Fica claro, por meio do gráfico das exportações brasileiras para Europa, o expressivo aumento do fornecimento brasileiro
para os países analisados, em especial, a partir de 2006, apesar de o valor exportado ser relativamente baixo. As
importações dos Países Baixos do Brasil, principal destino das exportações brasileiras, foram de US$ 365,9 mil, em 2007.
US$ Milhões
Principais Importadores de Vinhos e Vermutes na
Europa
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
-
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de
Vinhos e Vermutes na Europa
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
2002
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Reino Unido
Alemanha
Bélgica
Países Baixos
Suíça
Rússia
França
Dinamarca
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
2003
Países Baixos
Portugal
Suíça
2004
Alemanha
Rússia
Estônia
2005
2006
2007
República Tcheca
Reino Unido
Itália
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
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29
Os países selecionados para apresentar as maiores oportunidades para os produtos brasileiros foram o Reino Unido,
Alemanha, Países Baixos, Suíça e Rússia.
•
Reino Unido
Em 2007, as importações mundiais de vinhos e vermutes do Reino Unido totalizaram US$ 5,3 bilhões, o que representou
um aumento de 20% em relação ao ano anterior e 70% maior do que 2002. As exportações brasileiras para o mercado
inglês dessa categoria de produtos totalizaram US$ 153,5 mil, aumento de 188% em relação a 2006.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Vale destacar que o Brasil ficou na 44ª posição como fornecedor para esse mercado e que antes de 2005, o Brasil não
exportava absolutamente nada desses produtos para o Reino Unido. No último ano, os principais países fornecedores para
o Reino Unido foram a França, que possui 35% de participação de mercado e apresentou um crescimento de 2,5 pontos
percentuais em relação a 2002, Austrália com 18% de market share e Itália com 9%. A Austrália perdeu 2 pontos
percentuais e a Itália manteve a sua participação de mercado igual a 2002.
Matriz de Posicionamento de Vinhos para o Reino Unido
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
4,0
O Brasil ficou na 44ª
colocação no ranking de
3,0
fornecedores.
França (1)
35%
Irlanda (10)
Nova Zelândia (8)
2,0
Chile (5)
1,0
Itália (3)
0,0
-20%
0%
20%
Alemanha (9)
-1,0
40%
60%
80%
Espanha (4)
África do Sul (6)
-2,0
Austrália (2)
18%
EUA (7)
Valor de Referência = US$ 500
mi
-3,0
-4,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
De acordo com a tabela abaixo, as importações mundiais do Reino Unido ficaram concentradas nos produtos outros vinhos
com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 74% do total. As importações mundiais desse produto cresceram
19% em relação ao ano anterior. As exportações brasileiras desse produto para o mercado inglês aumentaram 293%. O
Brasil não tem tradição ainda no fornecimento de vinhos para o mercado inglês, no entanto, as exportações brasileiras
tiveram um crescimento médio de 62% no período de 2005 a 2007, quando o país passou a efetivamente a exportar para o
mercado inglês.
SETOR: VINHOS E VERMUTES
SH6
220421
220429
220410
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade =< 2 litros
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade > 2 litros
Vinhos espumantes e espumosos
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
3.835.347.820
19%
133.915
283%
0%
4%
319.727.524
18%
10.329
-31%
0%
2%
882.489.950
20%
9.260
161%
0%
5%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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30
Na tabela ao lado estão apresentadas as tarifas aplicadas pelo
Tarifas Alfandegárias aplicadas pelo Reino Unido
Reino Unido para os seus cinco principais países fornecedores não
VINHOS E VERMUTES
membros da União Européia e o Brasil. Os países que pertencem a
País
220421
220429
220410
5,64%
10,16%
11,17%
União Européia não sofrem incidência de tarifas. Todavia, as Austrália (2)
2,30%
3,87%
2,40%
tarifas aplicadas ao Brasil são as mesmas aplicadas à Austrália. Dos Chile (5)
África do Sul (6)
5,27%
8,33%
5,28%
países listados, o Chile é o país que possui tarifas reduzidas e EUA (7)
5,64%
10,16%
11,17%
aumentou o fornecimento de vinhos para o mercado inglês em Brasil (44)
5,64%
10,16%
11,17%
53%, em relação a 2006, além de aumentar 1 ponto percentual a Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
sua participação de mercado, quando comparada com o ano de 2002.
•
Alemanha
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Em 2007, os principais países fornecedores de vinhos para a Alemanha foram a Itália com participação de mercado de 35%,
França com 30% e Espanha com 14%. Com isso, 79% do total importado pelo país desses produtos, o que totalizou US$ 2,8
bilhões, estão concentrados nesses três países. O Brasil ficou em 44º lugar entre os fornecedores de vinhos para o
mercado alemão. Todavia, o Brasil vem apresentando crescimento na sua participação no mercado nos últimos anos. O
crescimento médio anual das exportações brasileiras para o país foi de 51%, sendo que o crescimento no último ano foi de
175%.
Matriz de Posicionamento de Vinhos para Alemanha
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
2,0
Espanha (3)
África do Sul (4)
Chile (5)
EUA (6)
1,0
Áustria (7)
Austrália (8)
Itália (1)
Dinamarca (9)
35%
0,0
0%
20%
O Brasil ficou na 44º colocação
no ranking de fornecedores.
40%
-1,0
30%
-2,0
França (2)
Valor de Referência = US$ 500
mi
-3,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Em 2007, de acordo com a tabela abaixo, o principal produto importado pelo mercado alemão foi outros vinhos com
capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421 - 61% do total) e que teve um aumento das importações de 8% em
relação ao ano anterior. Essa mesma categoria de produtos foi responsável por 91% do total exportado pelo Brasil no
último ano para a Alemanha. Esse valor representou um aumento nas exportações brasileiras de 154%, em relação a 2006.
Outra categoria de produtos que apresentou um elevado crescimento foram os vinhos espumantes e espumosos (SH6
220410), 998% em relação a 2006, quando o Brasil exportou apenas US$ 928. Vale destacar que em 2002 e 2003, o Brasil
não era conhecido como fornecedor desses produtos e não exportou esses produtos para o mercado alemão.
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31
SETOR: VINHOS E VERMUTES
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
(US$)
2007/2006
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
220421
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade =< 2 litros
1.736.993.123
8%
226.650
154%
0%
7%
220429
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade > 2 litros
463.601.222
23%
11.402
0%
0%
2%
220410
Vinhos espumantes e espumosos
503.687.969
-1%
10.192
998%
0%
5%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha
VINHOS E VERMUTES
País
Itália
França
Espanha
África do Sul
Chile
Brasil
220421
0,00%
0,00%
0,00%
5,27%
2,30%
5,64%
220429
220410
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
8,33%
5,28%
3,87%
2,40%
10,16%
11,70%
De acordo com a tabela ao lado, os concorrentes do Brasil fora da União
Européia no mercado alemão, África do Sul e Chile, sofreram a aplicação de
tarifas menores do que as aplicadas ao Brasil, nos produtos exportados
pelo Brasil para o mercado alemão no setor de vinhos.
•
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
Países Baixos
Em 2007, as importações mundiais de vinhos totalizaram US$ 1,08 bilhão, o que representou um aumento de 16% em
relação a 2006 e 61% maior do que o total importado em 2002. Os principais países fornecedores para os Países Baixos
foram a França, Alemanha, Itália e Espanha com participação de mercado de 37%, 10%, 9% e 8%, respectivamente.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
No último ano, as exportações brasileiras para os Países Baixos totalizaram US$ 365,9 mil, o que representou um aumento
médio anual de 131%, no período de 2004 a 2007. Nos anos de 2002 e 2003, não foram registradas exportações desse setor
para esse mercado.
Matriz de Posicionamento de Vinhos para os Países Baixos
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
6,0
O Brasil ficou na 24º colocação no
ranking de fornecedores, com
uma taxa de crescimento médio 4,0
anual das exportações de 131%,
no período em análise.
Alemanha (2)
Itália (3)
França (1)
Chile (5)
2,0
Argentina (10)
Austrália (7)
0,0
-20%
0%
-2,0
-4,0
-6,0
20%
Portugal (8)
40%
Espanha (4)
África do Sul (6)
Valor de Referência = US$
250 mi
EUA (9)
-8,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
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32
Assim como é característico em outros mercados europeus, as importações mundiais dos Países Baixos ficaram
concentradas na categoria de produtos outros vinhos com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 80% do total.
Nesse último ano, as exportações brasileiras também ficaram concentradas nessa categoria de produtos, 99,6% do total. A
taxa de crescimento das exportações brasileiras desses itens para o mercado exposta abaixo pode ser explicada devido à
baixa penetração brasileira nos anos anteriores. Antes de 2006, o Brasil não exportava outros vinhos para o país. Naquele
ano, o Brasil exportou apenas US$ 2.000 e em 2007, as exportações brasileiras totalizaram US$ 364,7 mil. Vale destacar, a
baixíssima penetração de vinhos espumantes e espumosos brasileiros no mercado. Todavia, percebe-se o aumento
significativo de 41% no total importado pelo país em 2007, quando foram comprados US$ 138,2 milhões (13% do total).
SETOR: VINHOS E VERMUTES
SH6
220421
220410
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Brasileiras
Imp. Mundiais do
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
para o
Mercado-alvo em
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
(US$)
2007/2006
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade =< 2 litros
Vinhos espumantes e espumosos
863.883.364
14%
364.751
138.271.869
41%
1.100
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
19118%
0%
12%
353%
0%
1%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
As tarifas aplicadas pelos Países Baixos estão destacadas no quadro ao lado. Os principais países fornecedores para o
mercado são da União Européia, o que explica a inexistência de alíquota a ser aplicada nestes países. Destaca-se o
crescimento das exportações chilenas para o mercado. Em 2002, o
Tarifas Alfandegárias aplicadas pelos Países Baixos
Chile exportou US$ 25,5 milhões de vinhos e vermutes. No último
VINHOS E VERMUTES
ano, o total exportado pelo Chile foi US$ 68,4 milhões, o que
País
220410
220421
220429
Chile (5)
2,40%
2,30%
3,87% representou um aumento de 168% em relação a 2002. A principal
África do Sul (6)
5,28%
5,27%
8,33% categoria de produtos exportada pelo Chile foi outros vinhos com
Austrália (7)
11,17%
5,64%
10,16%
capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 94% do total. As
EUA (9)
11,17%
5,64%
10,16%
Brasil (24)
11,17%
5,64%
10,16% tarifas aplicadas aos produtos chilenos são bem inferiores às
aplicadas para os produtos brasileiros.
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Suíça
Em 2007, as importações mundiais da Suíça totalizaram US$ 1,04 bilhão, o que representou um aumento de 23% em
relação ao ano anterior e 60% superior a 2002. Os principais países fornecedores foram a França, Itália, Espanha e Estados
Unidos. Apesar de a França continuar liderando o ranking para o mercado suíço em 2007, o país perdeu 6 pontos
percentuais de participação quando comparado com o seu desempenho em 2002. Enquanto isso, a Itália aumentou a sua
participação em 3 pontos percentuais no mercado suíço, totalizando 32% de market share. O crescimento das exportações
italianas para o mercado foi superior a o total exportado pelo seu principal concorrente a França. Apesar, de estarem na 8ª
e 10ª posição no ranking de países fornecedores para a Suíça, respectivamente, a Áustria e o Reino Unido aumentaram as
suas exportações para a Suíça nos últimos anos.
As exportações brasileiras para o mercado suíço cresceram 106% na média nos últimos cinco anos. No entanto, vale
destacar que no ano de 2006, o total exportado pelo Brasil sofreu um aumento significativo e pontual que não se repetiu
em toda a série de exportações coletadas. Nesse ano, o Brasil exportou US$ 306 mil para a Suíça. Já em 2007, o total
exportado foi US$ 70,7 mil em vinhos e vermutes. Mesmo assim, o patamar atingido em 2007 foi bem superior aos anos
anteriores, exceto 2006.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
33
Matriz de Posicionamento de Vinhos para a Suíça
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
6,0
Itália (2)
O Brasil ficou na 27º colocação no
4,0
ranking de fornecedores.
32%
Áustria (8)
Portugal (6)
0,0
-20%
Austrália (7)
Alemanha (4)
Espanha (3)
2,0
Reino Unido (10)
Chile (9)
0%
20%
40%
EUA (5)
-2,0
Valor de Referência =
US$ 250 mi
-4,0
38%
-6,0
França (1)
-8,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Em 2007, as importações mundiais da Suíça de vinhos e vermutes ficaram concentradas na categoria de produtos outros
vinhos em recipientes com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 69% do total, o que representou um
aumento de 25% em relação ao ano anterior. Essa foi a única categoria exportada pelo Brasil em 2007. A variação negativa
apresentada no quadro abaixo para as exportações brasileiras em relação a 2006 acontece pelo mesmo motivo explicado
no tópico anterior.
SETOR: VINHOS E VERMUTES
SH6
220421
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
2007/2006
Descrição
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade =< 2 litros
725.326.126
25%
70.716
Partic. das Exp.
Partic. Exp.
Brasileiras em
Brasileiras em
relação às Imp.
relação às Exp.
Mundiais do
Totais do Brasil
Mercado-alvo 2007
2007 (em valor)
(em valor)
-77%
0%
2%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
As tarifas alfandegárias aplicadas pela Suíça estão listadas no quadro
ao lado. Os principais países fornecedores para o mercado suíço estão
na Europa e possuem preferências tarifárias (tarifa 0%). Para os
Estados Unidos, 4º maior fornecedor, a tarifa aplicada é um pouco
superior (5,23%) a aplicada ao Brasil (4,77%) para a principal categoria
de produtos exportada pelos Estados Unidos para o mercado suíço,
“Outros vinhos em recipientes com capacidade menor ou igual a 2
litros”.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Suiça
VINHOS E VERMUTES
País
EUA (5)
Austrália (7)
Chile (9)
África do Sul (11)
Brasil (27)
220421
5,23%
5,23%
5,23%
4,77%
4,77%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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34
•
Rússia
No último ano, as importações mundiais de vinhos e vermutes da Rússia totalizaram US$ 923,2 milhões, o que representou
um aumento em termos de valor de 46% em relação a 2006 e 186% em relação a 2002, que representou uma variação
positiva de 34% em volume, na comparação 2007/2006. Os principais países fornecedores para o mercado russo foram
Itália, França, Espanha e Bulgária, que juntos foram responsáveis por 70% do total importado.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Em 2007, a Itália aumentou a sua participação de mercado em 18 pontos percentuais em relação a 2002, quando o país era
o 3º maior fornecedor para Rússia e a França estava em 2º lugar no ranking. Naquele ano, o principal fornecedor de vinho
para a Rússia era a Moldávia, que detinha 44% de market share e exportava para o país essencialmente “Outros vinhos em
recipientes não superiores a 2 litros” (SH6 220421). O país permaneceu líder no ranking até 2005. Em 2006, estava entre os
5 principais fornecedores e em 2007 caiu para 24ª colocação. Com isso, o mercado ficou aberto para uma maior penetração
da Itália, França e Espanha. O Brasil só começou a exportar vinhos e vermutes a partir de 2005 e obteve um crescimento
médio anual de 55% de 2005 a 2007. No último ano, as exportações brasileiras para a Rússia atingiram US$ 173 mil.
Matriz de Posicionamento de Vinhos para a Rússia
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
18,0
O Brasil ficou na 35ª colocação no
ranking de fornecedores, com um
crescimento médio anual das
exportações para Rússia de 55%,
no período em análise.
15,0
12,0
Itália (1)
27%
13%
França (2)
9,0
Bulgária (4)
21%
6,0
Espanha (3)
Argentina (5)
Brasil (35)
3,0
Chile (6)
Ucrânia (8)
Portugal (9)
Alemanha (7)
0,0
0%
20%
40%
60%
Uzbequistão (10)
-3,0
80%
100%
Valor de Referência = US$
100 mi
-6,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Ainda nesse ano, 48% das importações mundiais russas de vinhos e vermutes ficaram concentradas em “Outros vinhos em
recipientes com capacidade inferior a 2 litros” (SH6 220421), cujo crescimento foi 40% no último ano. Já as exportações
brasileiras, também concentradas nesses produtos, cresceram 32%.
SETOR: VINHOS E VERMUTES
SH6
220421
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por
adição de álcool, em recipientes com
capacidade =< 2 litros
439.445.323
40%
173.160
32%
0%
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
6%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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35
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Rússia
VINHOS E VERMUTES
País
220421
Itália
França
Espanha
Bulgária
Argentina
Brasil
20,00%
20,00%
20,00%
20,00%
20,00%
20,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
De acordo com o quadro acima, para o único produto exportado pelo Brasil, “Outros vinhos em recipientes com capacidade
inferior a 2 litros” (SH6 220421), as tarifas aplicadas pela Rússia são as mesmas para os 5 principais países fornecedores,
bem como para o Brasil (tarifa 20%).
5.2. Café
O consumo mundial de café totalizou 3,9 milhões de toneladas em 2007. A Europa Ocidental, América Latina e América do
Norte se destacam como as principais regiões consumidoras desse produto no mundo, com participação de 30%, 23% e
19%, respectivamente. O continente europeu consumiu 1,6 milhões de toneladas, ou seja, 42% do consumo mundial. O
gráfico abaixo apresenta a evolução do consumo mundial de café que totalizou 3,5 milhões, em 2002. No ano seguinte, o
consumo permaneceu estável em relação a 2006.
As regiões que obtiveram maior crescimento no consumo de café foram a Ásia, o Leste Europeu e a América Latina, 33%,
22% e 15%, respectivamente, em relação a 2002.
A Europa Ocidental permaneceu estável em relação à demanda de café, em termos de volume. Em 2002, o consumo dos
países dessa região foi de 1,15 milhão de toneladas e em 2007 totalizou 1,16 milhão. Todavia, no período ocorreu uma
valorização consistente no preço médio do café na região. Em 2002, o preço médio de consumo do café na região foi US$
8,10, enquanto que em 2007, o preço médio foi US$ 11,50, representando um aumento de 42%. Essa tendência pode ser
explicada devido a valorização desse produto no mercado mundial, além do aumento do consumo da linha de produtos
premium.
Total em toneladas
Evolução do consumo de café por região
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
2002
Europa Ocidental
Leste Europeu
Oceania
2003
2004
2005
América Latina
África e Oriente Médio
2006
2007
América do Norte
Ásia
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Na Europa, os países que mais se destacaram no consumo de café em 2007 foram Alemanha, França, Itália e Países Baixos.
No entanto, o consumo na Alemanha, França e Espanha foram 5%, 3% e 14% inferiores ao total consumido em 2002,
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36
respectivamente. O gráfico abaixo apresenta a comparação do consumo desse produto entre os principais países da Europa
Ocidental. Em 2007, a Alemanha consumiu 326,3 mil de toneladas de café, sendo 82% café fresco e 18% café instantâneo.
Os países que apresentaram maior crescimento no consumo em volume foram a Turquia (149%), Portugal (20%) e Irlanda
(19%), mas não estão presentes no gráfico, pois os seus consumos não foram superiores a 18 mil toneladas em 2007.
Consumo de café dos principais países da Europa
Ocidental
Consumo de café dos principais países do Leste Europeu
360.000
270.000
2002
180.000
2007
90.000
-
Total em toneladas
Total em toneladas
Conforme mencionado, o Leste Europeu está entre as regiões que apresentaram grande crescimento médio de consumo de
café no período. A Polônia e a Rússia merecem atenção especial, uma vez que foram os países que mais consumiram o
produto em 2007. Além disso, o preço médio desse produto foi acrescido em 78 % na Rússia, influenciado pelo aumento do
consumo. A Ucrânia foi o país que apresentou o maior crescimento, 116% em relação a 2002.
120.000
80.000
2002
40.000
2007
-
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
O quadro abaixo apresenta os quinze maiores importadores europeus de café. Alemanha, França e Itália representam 27%
do total importado pelo mundo. O crescimento médio anual das importações mundiais por estes países foi bem
homogêneo, com variação média anual de 18% a 24%. Já com relação às exportações brasileiras de café para a região, os
destinos com maior crescimento médio no fornecimento foram Rússia (33%), Países Baixos (31%) e Polônia (30%).
SETOR - Café
País
Alemanha
França
Itália
Reino Unido
Bélgica
Espanha
Países Baixos
Rússia
Áustria
Polônia
Suécia
Suíça
República Tcheca
Finlândia
Dinamarca
Importações Totais
2007 (US$ milhões)
3.097,77
1.331,88
1.147,96
731,96
706,87
696,13
668,20
603,69
449,29
392,07
366,42
350,63
223,39
207,15
200,22
Exportações
Brasileiras 2007
(US$ milhões)
713,30
107,99
379,84
76,15
191,86
108,61
101,36
108,23
7,53
16,33
92,86
11,89
2,92
71,11
28,78
Taxa de Crescimento
Médio Anual das Imp
Mundiais 2002/2007
22%
18%
22%
19%
18%
24%
19%
22%
28%
19%
18%
23%
23%
19%
18%
Taxa de Crescimento
Médio Anual das Exp
Brasileiras 2002/2007
20%
18%
26%
25%
27%
16%
31%
33%
8%
30%
22%
9%
-20%
23%
6%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Em 2007, os oito principais importadores europeus de café foram Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Bélgica, Espanha,
Países Baixos e Rússia, que movimentaram US$ 8.9 bilhões no ano. Esse montante representou 44% do total importado
pelo mundo de café. A Alemanha importou do mundo US$ 3 bilhões em 2007 e suas importações mundiais cresceram 18%
em relação a 2006 e 168% em relação a 2002. Apesar de a Rússia aparecer na 8ª posição do ranking de importadores da
Europa em 2007 (US$ 603,6 milhões), o crescimento das importações mundiais atingiram 42% em relação ao ano anterior e
167% em relação a 2002.
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37
Com relação aos destinos das exportações brasileiras para o continente europeu, o país de maior destaque foi a Alemanha
que adquiriu do Brasil US$ 713,3 milhões em 2007 deste produto. Esse valor representou um aumento de 9% em relação
ao ano anterior. Nota-se que em 2003, a demanda alemã pelo produto brasileiro apresentou um pequeno declínio, com
retomada do crescimento ao longo dos últimos quatro anos. Em 2007, a demanda pelo café brasileiro aumentou
significativamente no Leste Europeu, especialmente na Rússia, onde teve crescimento de 36% na comparação com o ano
anterior, e na Eslovênia, 38%. Todavia, o Brasil exportou mais para a Eslovênia do que para a Rússia em 2007.
800
US$ Milhões
US$ Milhões
Principais Importadores de Café na Europa
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
2002
Alemanha
Bélgica
2003
2004
França
Espanha
2005
2006
Itália
Países Baixos
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
2007
Reino Unido
Rússia
Principais destinos das exportações brasileiras de
café para Europa
600
400
200
2002
Alemanha
Espanha
2003
2004
Itália
Rússia
2005
Bélgica
França
2006
2007
Eslovênia
Países Baixos
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
11
De acordo com dados da ABIC , o Brasil é o maior produtor e exportador desses produtos no mundo. No passado, o país
era reconhecido apenas como exportador de commodities. A partir de 2002, no entanto, o Brasil vem aumentando a sua
participação no mercado com os cafés industrializados, onde os seus principais concorrentes são a Alemanha e Itália. O
Brasil aprendeu com os seus concorrentes a agregar valor ao café brasileiro e hoje exporta para os principais países
consumidores na Europa, Ásia, África, América do Norte e América Latina.
A expectativa de crescimento das exportações brasileiras de café torrado e moído em 2008 é bem alta. Segundo
levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações brasileiras desses produtos atingiram
76,4 mil sacas, no valor de US$ 20,4 milhões no primeiro semestre de 2008. As exportações do segundo trimestre de 2008
foram maiores 26% no volume exportado e 20% na receita em relação ao primeiro trimestre de 2008. Os principais
destinos desses produtos brasileiros no mercado internacional foram Estados Unidos, Itália, Argentina, Japão e Ucrânia.
Vale destacar que as análises, a seguir, contemplam o setor de café como um todo, ou seja, o “Café não torrado, não
descafeinado” (café verde) e também os processados, com maior agregação de valor e onde o Brasil espera aumentar cada
vez mais a sua participação no cenário internacional. Por isso, os mercados que atualmente importam grande quantidade o
café verde brasileiro não foram desprezados nas análises.
Para seleção dos mercados mais atrativos para a exportação de café, algumas variáveis foram consideradas como o total
importado em US$, o total exportado em US$ pelo Brasil para os mercados e a evolução do consumo de café nos países.
Com isso, os cinco mercados mais atraentes foram Alemanha, França, Reino Unido, Bélgica e Polônia.
•
Alemanha
12
Hábitos de consumo
O consumo do café clássico de filtro na Alemanha vem diminuindo ao longo dos anos. Nota-se um aumento da demanda de
café pelo público jovem alemão que prefere os cafés expressos cremosos produzidos nas lojas especializadas de café. Essas
lojas especializadas foram importadas da cultura americana de beber café. Outra preferência observada é o consumo de
café com menos cafeína, seguindo tendência mundial de preocupação com saúde, por isso, o público jovem alemão prefere
o café mais leve e cremoso. Atualmente, as vendas de café expresso tradicional correspondem a um terço do consumo
desse tipo de café na Alemanha. Já o café expresso leve e cremoso corresponde a mais da metade das vendas.
11
12
ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café
Fonte: Euromonitor
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38
13
Em 2006, segundo Deutscher Kaffeeverband existiam no país 1.200 lojas especializadas de café na Alemanha (coffeeshops). Em 2007, o McDonald’s dobrou o número de lojas no país, totalizando 400 até o final daquele ano. A Tchibo opera
com 500 lojas no país. A Starbucks fechou o ano de 2007 com aproximadamente 120 estabelecimentos no mercado
alemão. E a loja de café pioneira na Alemanha, Balzac Coffee, aumentou de 26 para 40 lojas no final de 2007.
Mesmo com a valorização do preço do café verde arábico e robusto no cenário mundial, o preço do café para o consumidor
final permaneceu estável até a metade de 2007. Essa estabilidade pode ser explicada, em parte pela concorrência entre os
fabricantes de café com as marcas próprias dos principais varejistas na Alemanha, especialmente, o da rede Aldi. Em 2007,
as marcas próprias corresponderam a 23% das vendas em valor de café no país. O principal fabricante é a Kraft que possui
também 23% de participação de mercado, a Tchibo possui 17% e, Melitta, 12%.
Outra tendência observada no país é o consumo de café em casa, onde os alemães vivem a experiência de beber café em
máquinas modernas de preparo doméstico, que simulam o café expresso em porções individuais, o que atrai,
principalmente, o público jovem de até 40 anos. Estima-se que foram vendidas 5 milhões de máquinas de café na
Alemanha até a metade de 2007. As vendas de café para esse segmento cresceram 300% em valor em 2004 e foram
responsáveis por 10% das vendas no varejo em 2007. O principal fabricante das máquinas de café na Alemanha é a Phillips,
que foi a pioneira ao lançar em 2002 a máquina de café expresso com a marca Senseo, com design moderno e prático. Os
principais varejistas que vendem os acessórios necessários para as máquinas de café são o Saturn e o Media Market, eles
expõem os produtos perto dos caixas para que o consumidor possa adquiri-los com maior facilidade.
Importações alemãs vs Exportações brasileiras
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Apesar do crescimento das exportações brasileiras, de acordo com o gráfico abaixo, o Brasil vem perdendo market share
para o Vietnã, que é o segundo maior fornecedor de café para este país. A Alemanha utiliza o café importado do Brasil e
Vietnã para re-exportação do seu produto blended. Nas análises a seguir, a Alemanha estará presente como um dos
principais países fornecedores para os vizinhos europeus. Em 2007, a participação brasileira no total importado deste
produto pela Alemanha foi 23%, enquanto o Vietnã, que está na segunda posição, possui 13% do mercado. Em 2007, o
Vietnã ganhou 8 pontos percentuais em relação a 2002.
Matriz de Posicionamento de Café na Alemanha
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
10,0
13%
8,0
Vietnã (2)
6,0
4,0
Indonésia (10)
Áustria (7)
2,0
Bélgica (8) Países Baixos (9)
Honduras (5)
Peru (4)
Itália (6)
0,0
0%
10%
-2,0
Colômbia (3)
-4,0
20%
23%
30%
40%
50%
60%
Brasil (1)
Valor de Referência =
US$ 100 mi
-6,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
As exportações brasileiras para a Alemanha de café totalizaram US$ 713,3 milhões em 2007, o que representou um
aumento médio anual de 20% no período de 2002 a 2007. O “Café não torrado, não descafeinado” (090111) é o item mais
13
Deutscher Kaffeeverband: Associação Alemã de Comércio de Café
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39
importado pela Alemanha (76% do total) e também é o mais exportado pelo Brasil para o país (96% do total). Para este
produto, as exportações brasileiras representam 29% do total importado pelo país e a Alemanha é o principal destino das
exportações brasileiras (20% do total). Todavia, não foi identificado como oportunidade no quadro abaixo, pois o produto
apresenta baixo valor agregado.
Conforme já mencionado anteriormente, nota-se o elevado crescimento das exportações brasileiras do “Café torrado, não
descafeinado”, As exportações brasileiras cresceram 201% em relação ao ano anterior, quando o Brasil exportou apenas
US$ 32,9 mil.
SETOR: CAFÉ
SH6
Var. Imp.
Var. Exp.
Partic. das Exp.
Imp. Mundiais
Exp. Brasileiras
Mundiais do
Brasileiras
Brasileiras em relação
para o
do Mercadopara o
às Imp. Mundiais do
Mercadoalvo em 2007
Mercado-alvo
alvo
Mercado-alvo Mercado-alvo 2007 (em
em 2007 (US$)
(US$)
2007/2006
2007/2006
valor)
Descrição
090121
Café torrado, não descafeinado
346.461.059
29%
99.004
210111
Extratos, essências e concentrados de café
275.522.853
13%
26.149.040
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
201%
0,03%
0,37%
-9%
9%
5%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
O preço médio praticado para o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), pelo Brasil ficou no mesmo patamar do
preço médio dos fornecedores desse produto para o mercado alemão. Em 2007, o Brasil ficou na 13ª posição entre os
principais fornecedores desses produtos para a Alemanha. Até 2006, o principal fornecedor deste produto para o país era a
Itália. Em 2007, a Áustria que estava em segundo lugar passou a ser o principal país fornecedor de café torrado para o
mercado alemão.
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 090121 - Café torrado, não descafeinado
Principais fornecedores para Alemanha
20.000,00
16.000,00
US$/T
12.000,00
8.000,00
4.000,00
0,00
2002
2003
1. Áustria
5. Bélgica
8. França
2004
2. Itália
Média Geral
9. Polônia
2005
3. Países Baixos
6. Reino Unido
10. Espanha
2006
2007
4. República Tcheca
7. Suíça
13.Brasil
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
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40
Para o segundo principal produto exportado pelo Brasil (SH6 210111 – extratos, essências e concentrados de café), a tarifa
aplicada ao Brasil é maior do que os demais concorrentes, exceto Vietnã, que possui a mesma tarifação que o Brasil. Em
2007, nessa categoria de produtos, os principais países fornecedores foram a Bélgica, Países Baixos e Reino Unido que
possuem preferências tarifárias por serem países membros da União Européia. Para o “Café torrado, não descafeinado”,
ocorre a mesma situação, os principais países fornecedores para o mercado alemão são da União Européia (Áustria, Itália,
Países Baixos, República Tcheca e Bélgica), que não sofrem tarifação (alíquota zero).
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha
CAFÉ
País
090121
210111
Brasil (1)
2,60%
9,00%
Vietnã (2)
2,60%
9,00%
Colômbia (3)
0,00%
0,00%
Peru (4)
0,00%
0,00%
Honduras (5)
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
França
14
Hábitos de consumo
Os fabricantes de café estão cada vez mais divulgando os benefícios do consumo de café, pois o consumidor francês
15
acredita que o consumo excessivo de café poderá prejudicar a sua saúde. Com isso, a ASIC e os fabricantes estão
trabalhando em conjunto para fortalecer a imagem do café no mercado francês com enfoque especial no efeito
antioxidante que o produto possui.
Ao contrário do que acontece na Alemanha, a utilização de máquinas de café está mais voltada aos escritórios, restaurantes
e lojas de café. O público francês não enxerga a qualidade do café de máquina individual para uso doméstico e prefere
consumi-lo nas lojas especializadas. As vendas de café instantâneo foram as que mais cresceram no varejo, todavia, o total
movimentado em volume ainda é muito baixo, cerca de 7% do total consumido pela França (181,6 milhões de toneladas)
corresponde ao café instantâneo.
O consumidor francês percebe o café torrado arábico de melhor qualidade e com um sabor mais agradável do que as
outras variedades. Por isso, verificou-se aumento das vendas em valor de 5% e em volume de 1%. Essa foi a única categoria
de café torrado que apresentou algum crescimento em volume, em 2007. Nesse mesmo ano, o consumo de café nas lojas
especializadas como Starbucks e McCafé aumentou, especialmente pela tendência do francês de criar ocasiões de consumo
de café na rua, enquanto lê um livro ou espera por algum compromisso.
Os principais fabricantes de café na França são Kraft Foods, líder com 37% de participação no território francês, e com
portfólio diversificado nas principais categorias de café. O seu principal produto é o Carte Noire, que possui 17% de market
share. Douwe Egberts é o segundo competidor que vem aumentando a sua participação de mercado. Em 2007 obteve 22%
de market share. As marcas próprias foram responsáveis por 14% das vendas em 2007. De acordo com os dados expostos,
o setor de café na França é dominado por empresas multinacionais. Para que um pequeno fornecedor se destaque é
necessário que o mesmo invista em nichos de mercados diferenciados, especialmente voltados para produtos orgânicos.
Para o mercado francês, é preciso oferecer produtos de alta qualidade em termos de sabor além de inovar nas embalagens,
bem como informar os atributos para a saúde do produto, como por exemplo, o efeito antioxidante. Duas marcas italianas
que tinham uma posição de destaque na França, Lavazza e Segafredo, perderam participação de mercado em 2007. Isso
ocorreu, porque essas marcas italianas não estavam atingindo as expectativas do público francês em relação à embalagem,
inovação e sabor.
14
15
Fonte: Euromonitor
ASIC - Association for Science and Information on Coffee
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41
Importações francesas vs Exportações brasileiras
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
O principal país fornecedor de café para a França é a Alemanha. Em 2007, a participação alemã no total importado deste
setor pela França foi 19%. Neste mesmo ano, o Brasil foi o 4º maior fornecedor com 10% de participação no total das
importações francesas desse produto. O gráfico a seguir, apresenta os dez maiores fornecedores de café para a França.
Matriz de Posicionamento de Café na França
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
10,0
8,0
Suíça (3)
6,0
Alemanha (1)
4,0
Espanha (7)
2,0
Vietnã (6)
Itália (5)
0,0
Colômbia (9)
0%
Países Baixos (8)
10%
20%
-2,0
30%
Reino Unido (10)
40%
50%
60%
Bélgica (2)
-4,0
Brasil (4)
Valor de Referência =
US$ 100 mi
-6,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Em 2007, a França foi o segundo maior importador de café na região européia (US$ 1,3 bilhão) e o 7º maior destino das
exportações brasileiras. No ano em questão, o Brasil exportou para o país US$ 107,9 milhões, o que representou uma
queda de 4% em relação a 2006, apesar das importações mundiais francesas destes produtos crescerem 19%. No caso de
“Café não torrado, não descafeinado" (SH6 090111), as exportações brasileiras representaram 19% do total importado pela
França em 2007.
Nota-se que o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121) representou 40% do total importado pela França em 2007.
Apesar das exportações brasileiras para o mercado francês crescerem na média anual 18%, essa categoria de produtos
sofreu queda de 92% no último ano, pois o Brasil atendeu uma demanda muito alta no mercado francês em 2006, o que
distorceu a tendência de vendas.
SETOR: CAFÉ
SH6
Descrição
090121 Café torrado, não descafeinado
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
519.661.686
16%
12.886
-92%
0,00%
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
0,05%
Extratos, essências e concentrados de
210111
142.699.034
-1%
541.879
-81%
0%
0%
café
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Para o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), os principais países fornecedores foram Suíça, Bélgica, Itália e
Alemanha e para os “Extratos essenciais e concentrados de café” (SH6 210111), os principais fornecedores foram
Alemanha, Espanha, Reino Unido e Bélgica. A Alemanha está presente como um dos principais fornecedores para a maioria
dos produtos importados pela França, fato que explica a sua posição de liderança no ranking apresentado no gráfico da
Matriz de Posicionamento.
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42
A tabela a seguir apresenta as tarifas alfandegárias aplicadas pela França para os principais produtos dessa categoria
exportada pelo Brasil. Os países listados concorrentes do Brasil foram selecionados de acordo com a Matriz supracitada.
Apenas o Brasil possui tarifa para exportações de café para a região, exceto para o “Café não torrado, não descafeinado”
(SH6 090111), principal produto da pauta exportadora para o mercado francês.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela França
CAFÉ
País
090121
210111
Brasil (4)
2,60%
9,00%
Vietnã (6)
0,00%
0,00%
Colômbia (9)
0,00%
0,00%
Etiópia (11)
0,00%
0,00%
Peru (12)
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Reino Unido
No último ano, as importações mundiais de café totalizaram US$ 731,9 milhões, o que representou um aumento de 17%
em relação a 2006. Embora o país seja o 4º maior importador de café da região, o Reino Unido é o 13º destino das
exportações brasileiras.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos
percentuais)
O gráfico abaixo apresenta a Matriz de Posicionamento do setor de café no Reino Unido. Apesar de a Alemanha ser o
principal fornecedor de café para o país, em 2007 obteve 21% de participação de mercado, a mesma perdeu 8 pontos
percentuais no período de 2007 vs. 2002. Este fato explica o aumento da participação de mercado de seus concorrentes, o
que inclui o Brasil, que aumentou o seu market share em 2 pontos percentuais em comparação com 2002. Em 2007, a
participação brasileira no fornecimento para o Reino Unido foi de 12%. Os Países Baixos e Colômbia também aumentaram
o seu market share em 2,1 e 1,6 pontos percentuais, respectivamente.
Matriz de Posicionamento de Café no Reino Unido
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
6,0
Vietnã (5)
Países Baixos (3)
4,0
Brasil (2)
Bélgica (7)
2,0
Colômbia (4)
Itália (6)
Suíça (10)
0,0
0%
-2,0
França (8)
12%
20%
40%
60%
80%
100%
Irlanda (9)
-4,0
Valor de Referência = US$
100 mi
-6,0
Alemanha (1)
-8,0
21%
-10,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008
Em 2007, o Brasil exportou para o país US$ 76,1 milhões, concentrados especialmente nas categorias de produtos
“Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) e “Café não torrado e não descafeinado” (SH6 090111). Nota-se
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43
que os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) representaram 52% do total importado pelo país. Vale
destacar, que dos países listados, o Reino Unido foi o único país em que a principal categoria de produtos exportada pelo
Brasil foi os “Extratos de café’ e não o “Café não torrado e não descafeinado” (produto básico). A participação das
exportações brasileiras no total importado pelo país para esses 2 produtos foi de 17% e 13%, respectivamente
SETOR: CAFÉ
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
Extratos, essências e concentrados de
café
231.187.474
21%
39.857.421
46%
17%
8%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
210111
Para a análise dos preços médios praticados pelos principais países fornecedores para o Reino Unido, foi selecionado o
produto mais significativo da pauta exportadora brasileira dessa categoria de produtos para o mercado inglês. Neste caso,
o Brasil aparece como o 3º maior fornecedor para o país. O preço médio praticado pelo Brasil para os “Extratos, essências e
concentrados de café” (SH6 210111), foi US$ 5.384 por tonelada e os principais concorrentes do Brasil foram a Alemanha e
Países Baixos, com preços médios praticados de US$ 12.043 a tonelada e US$ 11.144 a tonelada, respectivamente.
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 210111 - Extratos, essências e concentrados de café
Principais fornecedores para o Reino Unido
45.000
40.000
35.000
US$/Ton
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2002
1. Alemanha
5. França
8. Colômbia
2003
2004
2. Países Baixos
Média Geral
9. Polônia
2005
3. Brasil
6. Equador
10. Irlanda
2006
2007
4. Espanha
7. Suíça
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
•
Bélgica
Em 2007, a Bélgica foi o 3º maior destino das exportações brasileiras que totalizaram US$ 191,8 milhões no ano em
questão. Esse valor representou um aumento de 24% em relação ao ano anterior e 233% em relação a 2002. As
importações mundiais de café somaram US$ 706,8 milhões, o que representou um aumento de 7% em relação ao ano
anterior e de 27% em relação a 2002.
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44
A Bélgica atua como distribuidor para os principais países da Europa. Mesmo assim, esse país foi considerado para a análise
mais aprofundada, pois mesmo atuando como distribuidor, o consumo no mercado belga aumentou 10% em relação a
2002. Na função de distribuidor para a Europa, a Bélgica busca atender as demandas européias e com isso, os produtos
brasileiros precisam estar disponíveis nesse mercado. Em 2007, os principais compradores de café da Bélgica foram França
(37%), Países Baixos (21%), Alemanha (19%) e Reino Unido (6%).
O gráfico a seguir apresenta a Matriz de Posicionamento de café na Bélgica. Mais uma vez, o Brasil aparece como o
principal país fornecedor para o mercado belga. Em 2007, a participação brasileira foi de 16%. Esse valor representou um
aumento de 2 pontos percentuais com relação ao ano de 2002. Os principais concorrentes do Brasil no mercado belga
foram a Alemanha (15% de market share), Colômbia (8%) e Países Baixos (7%). Vale destacar, que destes, apenas os Países
Baixos apresentaram crescimento de participação de mercado (1,1 ponto percentual).
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Em 2002, a Alemanha era o principal país fornecedor de café para o mercado belga. Na época, o país tinha 16% de
participação de mercado. Nesse mesmo ano, a França era o 2º maior país fornecedor para o mercado belga (14% de market
share). Em 2007, a França tinha apenas 6% de participação de mercado, tornando-se o 5º principal exportador para o país.
Assim, o Brasil se consolidou como o principal fornecedor de café para o mercado belga.
Matriz de Posicionamento de Café na Bélgica
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
4,0
Brasil (1)
Vietnã (6)
Peru (7)
Suíça (10)
16%
2,0
Etiópia (9)
Honduras (8)
0,0
-20%
0%
Colômbia
(3)
-2,0
20%
15%
-4,0
40%
Países Baixos (4)
60%
80%
Alemanha (2)
Valor de Referência =
US$ 100 mi
-6,0
França (5)
-8,0
-10,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
O produto da pauta importadora belga com maior representatividade é o “Café não torrado, não descafeinado” (SH6
090111) que correspondeu a 64% do total importado pelo país e 93% do total exportado pelo Brasil. Em 2007, a
participação brasileira na demanda belga por esse produto foi 39%. O segundo produto mais importante da pauta
importada foi o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121). Nesse caso, a participação brasileira foi muito pequena,
0,1% do total importado pelo país.
Os principais países fornecedores para o mercado belga do “Café torrado, não descafeinado” foram Países Baixos,
Alemanha, França, Suíça e Itália. Por fim, os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) representaram 11%
do total importado pela Bélgica e o Brasil forneceu 18% do total importado pelo país. Apesar da pequena redução no
fornecimento desse produto pelo Brasil em 2007 (queda de 7% em relação a 2006), na média, essa categoria de produtos
cresceu 217% no período de 2002 a 2007. Em 2002, o Brasil era o 10º principal país fornecedor para a Bélgica de “Extratos e
essências e concentrados de café’. Já em 2007, passou a ser o 4º principal país fornecedor. Os concorrentes do Brasil nesses
produtos foram Alemanha, França e Países Baixos.
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45
SETOR: CAFÉ
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
Mercado-alvo
2007 (US$)
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
090121 Café torrado, não descafeinado
115.460.846
13%
62.463
57%
0,1%
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
0,2%
Extratos, essências e concentrados de
74.923.818
2%
13.239.573
-7%
18%
3%
café
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
210111
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 210111 - Extratos, essências e concentrados de café
Principais fornecedores para a Bélgica
18.000
15.000
US$/Kg
12.000
9.000
6.000
3.000
0
2002
1. Alemanha
Média Geral
2003
2. França
2004
2005
3. Países Baixos
4. Brasil
6. Espanha
7. Equador
2006
2007
5. Colômbia
8. Reino Unido
10. Suíça
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
O gráfico acima apresenta a evolução dos preços médios praticados pelos principais fornecedores de “Extratos, essências e
concentrados” (SH6 210111), o Brasil foi 4º maior fornecedor para o mercado belga. No entanto, o preço médio praticado
pelo Brasil na Bélgica para esse produto foi bastante inferior aos preços médios praticados pela Alemanha, França e Países
Baixos.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Bélgica
CAFÉ
País
090121
210111
Brasil (1)
2,60%
9,00%
Colômbia (3)
0,00%
0,00%
Vietnã (6)
2,60%
3,10%
Peru (7)
0,00%
0,00%
Honduras (8)
0,00%
0,00%
As tarifas alfandegárias aplicadas pela Bélgica para os
principais produtos importados do setor de café estão listadas
na tabela ao lado. Para o produto “Café não torrado, não
descafeinado” (SH6 090111), principal produto exportado para
o mercado belga, o Brasil possui a mesma tarifa dos seus
principais concorrentes (tarifa zero). O mesmo não ocorre para
o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), tarifa 2,6% e
“Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111)
com tarifa de 9% aplicada ao Brasil.
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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46
•
Polônia
Em 2007, as importações mundiais de café da Polônia totalizaram US$ 392 milhões, o que representou um aumento de 5%
em relação a 2006 e 141% em relação a 2002. No último ano, os principais países fornecedores para o mercado polonês
foram a Alemanha (35% do total), Hungria (12%) e Vietnã (7%). Tanto a Alemanha quanto a Hungria aumentaram a sua
participação no mercado polonês em 12 e 10 pontos percentuais, respectivamente. Já o Vietnã perdeu oito pontos
percentuais.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
No mesmo ano o Brasil exportou US$ 16,3 milhões de café para o mercado polonês, o que representou um aumento médio
de 30% no período de 2002 a 2007. O Brasil manteve a sua posição no ranking como 6º principal fornecedor para a Polônia,
todavia, aumentou em 1 ponto percentual a sua participação nesse mercado. Como a demanda por este produto na
Polônia vem aumentando nos últimos anos, esta é uma excelente oportunidade para o exportador oferecer o café
brasileiro.
Matriz de Posicionamento de Café na Polônia
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
Alemanha (1)
14,0
Hungria (2)
35%
24%
10,0
6,0
Colômbia (7)
2,0
-20%
Itália (8)
-2,0 0%
Equador (5)
Reino Unido (4)
Laos (10)
20%
Brasil (6)
40%
60%
80%
República Tcheca (9)
-6,0
Vietnã (3)
Valor de Referência =
US$ 50 mi
-10,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Os principais produtos importados no último ano pelo mercado polonês estão listados na tabela abaixo. Apesar de
apresentar queda de 30% em relação a 2006, os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) foram
mantidos, pois as importações mundiais deste produto cresceram 8%, além de ter maior valor agregado. O mesmo ocorreu
com o “Café torrado, não descafeinado”, caso em que as exportações brasileiras para o mercado polonês caíram 27% e as
importações mundiais cresceram 4%.
SETOR: CAFÉ
SH6
210111
Descrição
Extratos, essências e concentrados de
café
090121 Café torrado, não descafeinado
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
159.672.604
8%
7.342.292
-30%
5%
2%
90.576.691
4%
31.034
-27%
0%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Vale destacar que as exportações brasileiras para o mercado polonês totalizaram US$ 6 milhões de janeiro a junho de 2008,
o que representou um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isto reforça que este mercado é
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47
muito interessante devido ao aumento da demanda do polonês por café e o Brasil deveria aumentar a oferta do café
torrado ou processado de maior valor agregado.
Os gráficos a seguir apresentam o desempenho dos preços praticados pelos principais países fornecedores para o mercado
polonês. Nota-se que para os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111), os preços médios praticados pelo
Brasil foram os mais baixos do período desde 2004. Os principais concorrentes para este produto são Alemanha, França e
Países Baixos. Conforme mencionado anteriormente, o total exportado pelo Brasil para o mercado polonês do “Café
torrado, não descafeinado” (SH6 090121) foi muito baixo, o que pode distorcer a análise do preço médio praticado. Os
principais concorrentes do Brasil para este produto foram: Alemanha, Itália e República Tcheca.
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 210111 - Extratos, essências e concentrados de café
Principais fornecedores para a Polônia
18.000
15.000
US$/Ton
12.000
9.000
6.000
3.000
0
2002
2003
2004
2005
2006
1. Alemanha
2. Hungria
3. Reino Unido
4. Equador
Média Geral
6. Brasil
7. Israel
8. França
2007
5. Colômbia
10. Espanha
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 090121 - Café torrado, não descafeinado
Principais fornecedores para a Bélgica
40.000,00
30.000,00
US$/Ton
20.000,00
10.000,00
0,00
2002
2003
1. Alemanha
5. Hungria
8. Áustria
2004
2. Itália
Média Geral
9. Países Baixos
2005
3. República Tcheca
6. Bélgica
10. Reino Unido
2006
2007
4. Suíça
7. Dinamarca
18. Brasil
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
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48
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Polônia
CAFÉ
País
090121
210111
Vietnã (3)
2,60%
3,10%
Equador (5)
0,00%
0,00%
Brasil (6)
2,00%
9,00%
Colômbia (7)
0,00%
0,00%
Laos (10)
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
Com relação às tarifas alfandegárias aplicadas pela Polônia para o setor
de café, o único produto que o Brasil possui igualdade de condições
tarifárias perante os concorrentes é o “Café não torrado e não
descafeinado” (SH6 090111), pois é aplicada alíquota zero. O Brasil
possui vantagem perante o Vietnã para o “Café torrado, não
descafeinado” (SH6 090121), mas possui desvantagem perante os
demais (Países da União Européia, Equador, Colômbia e Laos). Já para
os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111), o Brasil
possui desvantagem perante os seus concorrentes (Países da União
Européia, Vietnã, Equador, Colômbia e Laos).
5.3. Carnes
A região da Ásia e Pacífico se destaca pelo consumo de carnes em geral, que em 2007 alcançou 112,12 milhões de
toneladas, correspondendo a 48% do consumo mundial de carnes. A China é o país que mais consome carnes no mundo.
Em 2007, seu consumo alcançou 84,9 milhões de toneladas, mais do que o dobro consumido na América Latina.
Mesmo com uma participação bem menos significativa que a da região asiática, a América Latina ficou em segundo lugar,
com 31,53 milhões de toneladas consumidas no mesmo ano (gráfico que segue). Essa Região conseguiu registrar um
aumento do consumo de aproximadamente 15% de 2002 a 2007, fechando o último ano com participação de 14% no
consumo mundial total de carnes, em volume. Todavia, no último ano, 2007, o crescimento foi de 2%.
Evolução do Consumo de Carne por Região
por Volume (1000 ton)
250000
Europa Ocidental
200000
América do Norte
África e Oriente
Médio
América Latina
150000
100000
Leste Europeu
50000
Australásia
0
Ásia e Pacífico
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Em parte pela menor densidade demográfica, com 24,8 milhões de habitantes, a Australásia (Nova Zelândia e Austrália)
apresenta o menor consumo entre as regiões, 2,6 milhões de toneladas em 2007, com um crescimento de 1,5% em relação
ao ano anterior.
As Regiões da América do Norte e Europa Ocidental apresentam quantidade consumida semelhante em 2002: 26,6 milhões
de toneladas e 26,0 milhões, e em 2007 alcançaram 28,9 e 26,9 milhões de toneladas, respectivamente.
Na Europa Ocidental, a Alemanha, França e Itália se destacam como os maiores consumidores de carnes. No entanto,
apresentam relativa estabilidade em relação ao consumo, com uma pequena queda no consumo francês e italiano entre
2007 e 2006 de 0,4% e 3,0%, respectivamente.
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49
Portugal, Grécia e Reino Unido apresentaram o maior aumento de consumo na comparação 2007/2002, 17,53 %, 15,04 % e
16
14,68 %. As importações dos três países de “Carnes e miudezas comestíveis ”, em 2007, foram de: US$ 992,3 milhões;
US$ 1,3 bilhões; e, US$ 5,9 bilhões, respectivamente.
Consumo de Carne na Europa Ocidental
5
4
3
2
2002
1
2007
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
2002
2007
Outros
Suíça
Dinamarca
Bélgica
Áustria
Países Baixos
Grécia
Portugal
Turquia
Espanha
Itália
Reino Unido
França
0
Alemanha
Milhares de Toneladas
6
Milhares de toneladas
Consumo de Carne no Leste Europeu
7
6
5
4
3
2
1
0
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Em relação ao Leste Europeu, como se pode observar no gráfico acima, destaca-se crescimento de 16,1% do consumo na
região na comparação entre 2007/2002, que se deve, em especial, pelo maior consumo russo.
A Rússia foi o quinto maior importador mundial de carnes em 2007, posição assumida em 2006, abaixo do Japão, Reino
Unido, Alemanha e Itália. As importações totais de “Carnes e miudezas comestíveis” do país alcançaram US$ 5,1 bilhões no
último ano, com crescimento de 13% em relação ao ano anterior. No entanto, a variação é mais expressiva na comparação
2007/2004, quando se observa um crescimento de 127% das importações.
A Romênia e Ucrânia também apresentaram um forte aumento do consumo. As importações, entretanto, apesar de
experimentarem taxa média anual de crescimento de 39% e 24% entre 2002 e 2007, alcançaram US$ 741,5 milhões e
US$ 163,8 milhões, nessa ordem, no último ano.
Um aspecto a ser destacado é a preocupação crescente do mercado com o uso correto do meio-ambiente e com os surtos
de doenças, aumentando a exigência de certificações. Por isso, a implantação por parte dos produtores brasileiros de
medidas de controle e erradicação de doenças como a febre aftosa e a brucelose, e a apresentação de certificações
sanitárias, bem como de certificados de origem, tornam-se ferramentas decisivas quando da comercialização do produto.
5.3.1. Carne Bovina 17
O quadro abaixo demonstra os quinze principais importadores europeus de carne bovina. A Itália lidera o ranking, com
importações mundiais que totalizaram US$ 2,7 bilhões, em 2007, seguida pela Rússia e França, com US$ 1,9 bilhões, cada.
Em relação à taxa de crescimento médio anual das importações mundiais entre 2002 e 2007, destaca-se a situação de
economias em rápido desenvolvimento como a Rússia e a Polônia, que apresentaram expressivo crescimento médio no
período. A Rússia registrou uma taxa de crescimento médio anual de 24% em valor, nesse período, enquanto a Polônia
alcançou 98%, apesar de suas importações serem bem menos significativas que as russas.
16
17
Referente aos produtos compreendidos no Capítulo 02 da codificação de produtos adotada pela SECEX/MDIC.
Nesse caso está sendo considerada tanto a carne bovina “in natura”, bem como miúdos e processados de carne bovina.
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50
SETOR - Carne Bovina
País
Itália
Rússia
França
Reino Unido
Alemanha
Países Baixos
Espanha
Grécia
Dinamarca
Portugal
Suécia
Bélgica
Áustria
Suíça
Irlanda
Taxa Anual de
Taxa Anual de
Exportações
Crescimento das
Importações Totais 2007
Crescimento Médio das
Brasileiras 2007 (US$
(US$ Milhões)
Importações Mundiais Exportações Brasileiras
Milhões)
2002/2007
2002/2007
2.743,1
282,6
16%
30%
1.899,8
975,3
24%
84%
1.894,6
37,4
19%
23%
1.634,6
282,0
12%
13%
1.537,8
141,3
23%
25%
1.445,1
352,9
19%
24%
931,5
48,2
20%
4%
570,2
7,4
15%
26%
539,1
17,8
19%
47%
491,5
30,0
19%
28%
408,3
64,5
23%
39%
324,5
12,2
22%
17%
152,7
0,0
24%
-34%
143,6
45,6
25%
24%
119,6
20,6
30%
21%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
No gráfico que segue, podemos observar as linhas de evolução das importações mundiais de carne bovina dos oito
principais importadores europeus em 2007: Itália, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Espanha e Grécia,
nessa ordem. Juntos, esses oito países corresponderam a 47% das importações mundiais do produto.
A Rússia se destaca dos demais pelo ritmo de crescimento de suas importações. Em 2002, o país detinha 4% de participação
nas importações mundiais de carne bovina, alcançando 7% em 2007. A Itália tem crescido em um ritmo mais lento, sua
participação passou de 9% a 10%, no último ano. Paralelamente, países como o Japão têm perdido mercado.
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de
Carne Bovina na Europa
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
-
2.500
US$ Milhões
US$ Milhões
Principais Importadores de Carne Bovina da
Europa
2.000
1.500
1.000
500
-
2002
Itália
Alemanha
2003
2004
França
Países Baixos
2005
2006
Rússia
Espanha
2007
Reino Unido
Grécia
2002
2003
2004
2005
2006
Rússia
Países Baixos
Itália
Reino Unido
Alemanha
Suécia
2007
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
No que tange as exportações brasileiras de carne bovina, o Brasil apresentou crescimento de 11,9% em 2007, similar ao
aumento das importações mundiais do produto que foram de 12,4%. Em países como a Rússia, por exemplo, as
exportações brasileiras apresentaram uma taxa de crescimento médio anual de 84% no período de 2002 a 2007, acima da
taxa de crescimento médio anual das importações do país que foi de 24%. O percentual referente à média de crescimento
das exportações brasileiras foi de 275% para a Polônia, 47% para a Dinamarca e 40% para a Noruega.
De acordo com o gráfico acima, pode-se perceber alguns pontos em que a curva das exportações brasileiras com inclinação
mais brusca, em especial, 2003 e 2006. Em 2003, a gripe do frango impulsionou as importações de carne. Dentre os
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51
maiores problemas relacionados à tentativa de suspensão da compra de carne bovina pela União Européia, a falta de
certificação e informações sobre rastreamento de origem do gado brasileiro, são os fatores que mais preocupam os
importadores europeus. Paralelamente, tem se que atentar para o intuito da Irlanda de expandir suas vendas de carne no
mercado europeu, que pode impactar no rechaço ao produto brasileiro.
18
Em setembro de 2008 , as fazendas habilitadas à exportação de carne bovina totalizavam 250 propriedades. A liderança é
do Estado de Minas Gerais com 148 propriedades. Em segundo lugar está o Mato Grosso com 36 fazendas habilitadas,
acompanhado por Goiás, terceiro Estado com mais fazendas, somando 33 propriedades. O Rio Grande do Sul habilitou duas
novas fazendas e agora soma 18 propriedades, enquanto o Espírito Santo manteve as mesmas 15 fazendas. Em São Paulo
foi aprovada uma fazenda.
O crescimento da economia mundial associado à recente “suspensão” das importações européias de carne brasileira,
implicou em conseqüente menor oferta do produto no mercado europeu, que associada à maior demanda, fez com que a
Europa recorresse a outros mercados para abastecer seu mercado interno. Nesse contexto, o preço da carne bovina no
mercado internacional foi inflacionado, o que acabou por beneficiar o Brasil indiretamente. O setor enfrenta,
nacionalmente, dificuldades em função da escassez de gado e seus altos preços. Graças a estratégias comerciais de
consolidação de novos mercados de exportação e posicionamento em mercados crescentes, com exportações para países
africanos, árabes, para a China (via Hong Kong) e Rússia, empresas têm aumentado suas exportações.
O preço da tonelada de carne bovina exportada pelo Brasil subiu cerca de 7% sobre o valor negociado em 2006, na
comparação com 2007. O valor da carne bovina “in natura”, por exemplo, passou da média de US$ 2.558,00 a tonelada
para US$ 2.711,00.
Em virtude da inviabilidade de analisar todos os países da Europa Ocidental e do Leste Europeu, foram escolhidos alguns
países a serem alvo de uma análise mais aprofundada. A seleção se pautou na análise do consumo, importações mundiais
e exportações brasileiras para a região. A seguir, serão estudados os seguintes países: Itália, Rússia, Reino Unido,
Alemanha e Países Baixos.
•
Itália
Em 2007, a Itália foi responsável por 11% das importações de carne bovina no mundo, em termos de valor. Essa
participação no mercado global de carne bovina tem se mostrado estável desde 2004, demonstrando que o crescimento
das importações italianas desse produto acompanhou o crescimento das importações mundiais do produto.
No ano de 2002, as importações italianas foram acrescidas em 44% em valor, seguida por um aumento de 36% em 2003,
quando passa a crescer a um ritmo mais ameno (média de 15% de 2004-2006). No último ano, 2007, o valor das
exportações aumentou 3%, enquanto o volume importado caiu 6%, em razão da valorização do preço da carne bovina no
mercado internacional, como mencionado anteriormente.
As exportações brasileiras apresentaram desempenho positivo, crescendo 5% em 2007, acima das importações italianas do
produto. Apesar de ter caído em relação ao ano anterior, quando um aumento expressivo foi obtido 46%.
Na quarta colocação, atrás dos Países Baixos, França e Alemanha, classificou-se o Brasil. No entanto, a taxa de crescimento
médio anual das exportações brasileiras de carne bovina para a Itália foi bem maior que a desses três países, 31,9%, como é
possível notar por meio da Matriz de Posicionamento abaixo, além do ganho de 5,2 pontos percentuais em relação ao seu
market share no mercado de carne bovina. É importante observar o posicionamento de concorrentes como a Argentina e a
Irlanda, com crescimentos semelhantes ao brasileiro, apesar das exportações serem inferiores.
18
No dia 08 de setembro de 2008 foi divulgada a inclusão de novas propriedades dentre as fazendas habilitadas para exportar carne
bovina, totalizando 250 propriedades.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
52
Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para a Itália
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
9,0
Brasil (4)
O Brasil ficou na 4º colocação no
ranking de fornecedores, com
exportações de US$ 282,5 mi, no
período em análise.
6,0
Polônia (7)
Irlanda (5)
3,0
Países Baixos (1)
Bélgica (9)
Argentina (8)
22,5%
Áustria (6)
0,0
0%
10%
20%
Dinamarca (10)
-3,0
30%
40%
50%
França (3)
60%
Valor de Referência = US$ 250
mi
-6,0
16,1%
Alemanha (2)
-9,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Para fins do estudo, foram destacados a seguir alguns produtos considerados prioritários na pauta de exportação brasileira,
bem como na de importação do país em estudo.
SETOR: CARNE BOVINA
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de bovino, desossadas, frescas ou
refrigeradas
Outras peças de bovino, não desossadas,
020220
congeladas
Carnes de bovino, desossadas,
020230
congeladas
Preparações alimentícias e conservas, de
160250
bovinos
020130
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
593.387.486
14%
88.865.560
14%
15%
11%
7.692.191
12%
79.307
0%
1%
1%
236.706.465
14%
150.757.147
-3%
64%
6%
68.330.347
6%
41.932.826
16%
61%
6%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
14.000
12.000
10.000
8.000
US$/Ton
O produto “Carnes de bovino, desossadas,
frescas ou refrigeradas”, correspondente ao SH6
020130, teve suas importações acrescidas em
14% no último ano, alcançando US$ 593,4
milhões. As exportações brasileiras no período
foram de US$ 88,9 milhões, o que garantiu ao
Brasil uma participação de 15% em relação às
importações mundiais do produto pela Itália e
de 11% em relação às exportações brasileiras
totais desse produto.
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6 - 020130 - Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas
Principais fornecedores para Itália
6.000
4.000
O gráfico ao lado revela a evolução dos preços
médios anuais dos principais fornecedores de
carne bovina à Itália. Como se pode observar, a
Argentina fecha o ano de 2007 com o maior
valor para a tonelada dentre os fornecedores
analisados, US$ 11.740,07, aumento de 28% em
2.000
0
2002
2003
1. Irlanda
5. Países Baixos
8. França
2004
2. Argentina
Média Geral
9. Polônia
2005
3. Brasil
6. Dinamarca
10. Reino Unido
2006
2007
4. Alemanha
7. Áustria
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados.
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53
relação ao preço registrado no ano anterior. A tonelada brasileira foi vendida a US$ 7.684,60 em 2007, 9% mais cara do que
o valor de 2006, abaixo do preço médio mundial, US$ 9.058,66, com variação positiva de 15%, no período.
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6 - 020230 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas
Principais fornecedores para Itália
Em relação ao SH6 020230, “Carnes de bovino,
desossadas, congeladas”, produto mais exportado
pelo Brasil em 2007, US$ 150,7 milhões, a taxa de
crescimento médio anual de 2002 a 2007 das
importações italianas mundiais do produto alcançou
18%. Nesse caso, a participação brasileira nas
importações italianas mundiais do produto foi de
64%, mas de apenas 6% em relação às exportações
totais do Brasil.
14.000,00
12.000,00
10.000,00
US$/Ton
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
2002
2003
1. Brasil
5. França
8. Irlanda
2004
2005
2. Países Baixos
Média Geral
9. Espanha
2006
3. Alemanha
6. Argentina
10. Nova Zelândia
2007
4. Uruguai
7. Áustria
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Em 2007, o preço médio da tonelada brasileira desse
produto caiu 1,2%, alcançando US$ 4.303,90,
próximo ao valor médio comercializado no mundo,
US$ 4.769,81. A Nova Zelândia, por sua vez,
apresentou o maior valor para o produto dentre os
países expostos no gráfico, US$ 11.629,52/tonelada,
16% maior que o valor do ano anterior.
Com relação às tarifas alfandegárias médias aplicadas pela Itália aos seus cinco principais fornecedores, os países membros
da União Européia se beneficiam de tarifa zero. No caso Brasileiro as tarifas são altas, mas ainda assim alguns produtos
brasileiros conseguem ter forte penetração no país, o que deve estar ligado à sua qualidade. O exame dos dados acima
revela que Países como a Argentina, Uruguai e Estados Unidos recebem tarifação semelhante à aplicada ao Brasil.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Itália
CARNE BOVINA
País
Brasil (4)
Argentina (8)
Uruguai (15)
EUA (19)
Azerbaijão (22)
020130
93,70%
93,70%
93,70%
93,70%
93,70%
020220
98,27%
98,27%
98,27%
98,27%
98,27%
020230
143,27%
143,27%
143,27%
143,27%
143,27%
160250
51,95%
51,95%
51,95%
51,95%
51,95%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Rússia
Diferentemente das tradicionais economias européias de crescimento relativamente estável, a Rússia se configura como
um país oportuno para o setor de carnes bovinas, por ser uma economia em crescimento, o que torna mais fácil a expansão
das vendas e ganho de participação.
A Rússia, no ano de 2007, classificou-se como o quarto maior importador de carne bovina do mundo, atrás dos Estados
Unidos, Itália e Japão. As importações totais desses produtos totalizaram US$ 1,9 bi, em 2007, das quais 51% advêm de
produtores brasileiros, o que classifica a Rússia como o maior comprador de carne bovina do Brasil, seguida pelos Países
Baixos e pelo Egito.
Na matriz a seguir pode ser observado o expressivo desempenho brasileiro, com taxa média anual de crescimento das
exportações para o mercado de 84%, de 2002 a 2007, paralelamente a um ganho de 53,4 pontos percentuais no período.
Em segundo lugar está a Argentina, apesar de sua participação ser muito inferior à brasileira, 15,9%, no último ano.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
54
Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para a Rússia
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
70,0
A Lituânia ficou na 7º colocação
no ranking de fornecedores, com
exportações de US$ 40,7 mi, no
período em análise,
50,0 e valores dos
eixos (X; Y) iguais a 260,9%; 2,1.
Brasil (1)
30,0
51%
Argentina (2)
Paraguai (3)
16%
10,0
Irlanda (9)
Itália (10)
-30%
Austrália (8)
Uruguai (5)
-10%
-10,0
10%
30%
50%
70%
Alemanha (6)
90%
110%
130%
Valor de Referência = US$ 300
mi
Ucrânia (4)
-30,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
O produto mais exportado pelo Brasil para o mercado russo são as carnes bovinas congeladas, de codificação 020230. As
exportações brasileiras alcançaram US$ 966,4 milhões em 2007, correspondendo a 61% das importações totais russas do
produto.
SH6
020230
020622
Descrição
Carnes de bovino, desossadas,
congeladas
Fígados de bovino, congelados
Preparações alimentícias e conservas, de
160250
bovinos
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
Mercado-alvo
2007 (US$)
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
1.597.058.016
5%
966.459.324
30%
61%
36%
68.952.206
40%
3.671.538
67%
5%
50%
4.079.505
114%
429.813
3898%
11%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Outro produto em que o Brasil apresentou um aumento significativo das exportações no último ano, 67%, foi o SH6
020622, referente a “Fígados de bovino, congelados”, cujo valor total exportado em 2007 foi de US$ 3,6 milhões.
O alto crescimento das exportações brasileiras do SH6 160250, “Preparações alimentícias e conservas, de bovinos”, deve-se
a não exportação em 2002 e 2003 e ao baixo valor exportado em 2006, US$ 10.750,00, o que acabou por distorcer o
crescimento e elevar a média da variação.
No gráfico que segue, apresenta-se a variação do preço médio para o principal produto importado pela Rússia, SH6 020230.
Em 2006, alguns aspectos contribuíram para a valorização do produto, como a menor oferta internacional, explicando o
aumento do preço do produto. Destaca-se a valorização do produto italiano, espanhol e belga, dos quais os dois primeiros
fecharam o ano de 2007 com um valor bem maior que o praticado no mercado internacional. Por outro lado, foi registrada
a queda de preço em vários países, como Austrália, Alemanha, Uruguai, dentre outros, seguindo a evolução da média geral
de preços do produto (linha tracejada). O produto brasileiro ficou em US$ 2,36/kg, similar ao preço médio internacional.
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55
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6 - 020230 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas
Principais fornecedores para Rússia
3,50
3,00
2,50
US$/Kg
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
2002
2003
2004
2005
2006
2007
1. Brasil
2. Argentina
3. Paraguai
4. Uruguai
5. Alemanha
Média Geral
6. Irlanda
7. Austrália
8. Itália
9. Espanha
10. Bélgica
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Com relação às tarifas alfandegárias médias aplicadas aos fornecedores de carne à Rússia, apenas a Ucrânia, por fazer parte
da Comunidade de Estados Independentes, beneficia-se de tarifa de 0,00%. Os outros países analisados concorrem com o
Brasil em condição de igualdade com relação a essa barreira, como se pode perceber pela tabela abaixo.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia
CARNE BOVINA
País
Brasil
Argentina
Paraguai
Ucrânia
Uruguai
020230
020622
160250
15,32%
14,60%
25,54%
15,32%
14,60%
25,54%
15,32%
14,60%
25,54%
0,00%
0,00%
0,00%
15,32%
14,60%
25,54%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Reino Unido
Os principais fornecedores de carne bovina para o Reino Unido são a Irlanda, o Brasil, os Países Baixos e o Uruguai. Em
2007, as exportações apenas da Irlanda corresponderam a uma participação de 53%, enquanto o Brasil ficou com 18,1%,
com exportações que totalizaram US$ 296,7 milhões. É importante observar que o crescimento médio anual das
exportações dos três principais fornecedores é muito semelhante, mas a Irlanda registrou variação média do market share
de 4,27 pontos percentuais no período de 2002 a 2007, enquanto o Brasil variou quase 2 pontos, como se pode ver na
Matriz de Posicionamento que segue. Argentina e Namíbia perderam participação no período analisado.
As restrições da União Européia à carne bovina impactaram o mercado internacional de tal forma que países cujas
exportações eram pouco expressivas, aumentaram seus embarques. No caso do Uruguai, além de usufruir das restrições à
carne brasileira, o país contou com a limitação das vendas externas de carne da Argentina e segundo o INAC, Instituto
Nacional de Carne, cortes nobres, como filé mignon chegaram a valorizar três vezes mais que o produto brasileiro,
alcançando US$ 33 mil/tonelada, enquanto o máximo conseguido no produto brasileiro foi de US$ 20 mil. Nesse contexto,
frigoríficos brasileiros instalados no Uruguai tem se beneficiado, como é o caso do Bertin e Marfrig19.
19
Dados divulgados pela INAC e Valor Econômico, http://www.aveworld.com.br/index.php/documento/4351.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
56
Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para o Reino Unido
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
8,0
O Brasil ficou na 2º colocação no
ranking de fornecedores, com
exportações de US$ 296,7 mi, em
6,0
2007.
Irlanda (1)
53%
Brasil (2)
4,0
18,1%
2,0
Alemanha (5)
Uruguai (4)
-8%
-4%
Namíbia (8)
0,0Botsuana (9)
0%
Austrália (7)
4%
8%
12%
Bélgica (10)
-2,0
Argentina (6)
16%
20%
Países Baixos (3)
Valor de Referência = US$
250 mi
-4,0
-6,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Os principais SH6´s importados pelo Reino Unido são “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas” – 020130 e
“Preparações alimentícias e conservas de bovinos” – 160250. O primeiro produto movimentou US$ 844,8 milhões de
dólares em 2007, valor 7% maior que no ano anterior, enquanto o segundo foi de US$ 383,4 milhões, com variação positiva
de 10 %. Para o primeiro produto o Brasil forneceu 8% das importações totais pelo Reino Unido, no entanto, vem perdendo
mercado; as exportações caíram 12% no último ano, em termos de valor. Já para o produto 160250 as exportações
brasileiras em 2007 corresponderam a 42%, da importações mundiais do país, registrando crescimento de 16% em 2007.
SETOR: CARNE BOVINA
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de bovino, desossadas, frescas ou
refrigeradas
Carnes de bovino, desossadas,
020230
congeladas
Outras miudezas comestíveis de bovino,
020629
congeladas
Preparações alimentícias e conservas, de
160250
bovinos
020130
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
844.832.507
7%
65.185.801
-12%
8%
8%
204.965.305
1%
54.191.272
-53%
26%
2%
6.322.461
1%
84.919
-24%
1%
0%
383.368.527
10%
162.455.275
16%
42%
23%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
O gráfico demonstra que os preços de “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas” vêm subindo. No ano de
2007, o Uruguai e a Argentina obtiveram o maior preço por tonelada, US$ 8.810,00 e US$ 8.795,00, respectivamente. O
preço do produto brasileiro valorizou 52% de 2005 a 2006, a maior valorização dos produtos analisados, seguido pelo
produto argentino que valorizou 23%.
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57
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6- 020130 - Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas
Principais fornecedores para Reino Unido
Na passagem de 2007 a situação mudou
um pouco, as exportações brasileiras
caíram 13% em volume, mas quando o
produto estava valorizado e por isso
correspondeu a uma que da de apenas
2% nas exportações totais para o Reino
Unido.
10.000,00
9.000,00
8.000,00
7.000,00
6.000,00
US$/Kg
5.000,00
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
2002
2003
2004
1. Irlanda
5. Austrália
8. Argentina
2005
2. Brasil
Média Geral
9. Alemanha
2006
3. Países Baixos
6. Namíbia
10. Dinamarca
2007
4. Uruguai
7. Botsuana
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-160250 - Preparações alimentícias e conservas, de bovinos
Principais fornecedores para Reino Unido
7.000,00
6.000,00
5.000,00
US$/Ton
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
2002
1. Brasil
5. Uruguai
8. Países Baixos
2003
2004
2005
2. Irlanda
Média Geral
9. Alemanha
2006
3. Argentina
6. França
10. Polônia
2007
4. Bélgica
7. Dinamarca
Com relação ao produto 160250 –
“Preparações alimentícias e conservas,
de bovinos” a Bélgica e a Polônia
fecharam o ano de 2007 com o maior
preço médio por tonelada, US$ 5.053,11
e US$ 5.238,97. O preço médio do
produto exportado pelo Brasil para o
Reino Unido foi US$ 2.797,58 a
tonelada, abaixo do preço médio
mundial. O Brasil obteve 43% de
participação em 2007 em relação ao
valor total importado pelo Reino Unido.
As tarifas médias aplicadas pelo Reino
Unido aos seus principais fornecedores
não variam muito e beneficiam os países
membros da União Européia, aos quais a
tarifa aplicada é de 0,00%. Os produtos
brasileiros são taxados com tarifas altas,
como se pode observar no quadro
abaixo. Tarifas de igual valor são
aplicadas a países como o Uruguai, a
Argentina, dentre outros. A Namíbia,
como signatária do Acordo de
Economic
Cooperação
Econômica,
Partnership Agreement (EPA), firmado
entre Países Africanos e a União
Européia, usufrui de tarifa zero.
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido
CARNE BOVINA
País
Brasil (2)
Uruguai (4)
Argentina (6)
Austrália (7)
Namíbia (8)
020130
020230
020629
160250
93,70% 143,27% 225,16%
51,95%
93,70% 143,27% 225,16%
51,95%
93,70% 143,27% 225,16%
51,95%
93,70% 143,27% 225,16%
51,95%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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58
•
Alemanha
Os principais fornecedores de carne bovina para Alemanha foram os Países Baixos, a Argentina, a França e o Brasil. Juntos,
os dois primeiros fornecedores correspondem a 48,3% das importações totais do produto pela Alemanha. O Brasil, na
quarta colocação, exportou US$ 141,3 milhões em 2007, correspondendo a uma participação de 9%. No entanto, de acordo
com a Matriz de Posicionamento exposta abaixo, é possível perceber que houve uma variação negativa de um ponto
percentual na participação brasileira no mercado alemão, na comparação 2007/2002, enquanto a Itália, Polônia e Áustria
vêm ganhando market share nesse período.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para a Alemanha
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
10,0
O Brasil ficou na 4º
colocação no ranking
de fornecedores, com
exportações de US$
141,3 mi, em 2007.
8,0
6,0
Argentina (2)
Polônia (5)
4,0
Itália (6)
22,2%
2,0
Áustria (8)
Uruguai (9)
Dinamarca (10)
Bélgica (7)
0,0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
-2,0
Brasil (4)
-4,0
Valor de Referência = US$ 250
mi
França (3)
-6,0
26,1%
-8,0
Países Baixos (1)
-10,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Os produtos mais importados pela Alemanha são: “Carnes de bovinos, desossadas, frescas ou refrigeradas” e “Carnes de
bovinos, desossadas, congelas”, que coincidem com os produtos mais exportados pelo Brasil para o mercado. O primeiro
registrou crescimento das exportações brasileiras de 36% em 2007, bem acima do crescimento das importações mundiais
do produto pela Alemanha, que foi de 18%, impactando na maior participação brasileira no fornecimento deste.
Em relação ao segundo produto, SH6 020230, as exportações brasileiras foram acrescidas em 10%, enquanto as
importações mundiais aumentaram 3%, demonstrando, novamente, um bom desempenho do produto brasileiro.
SETOR: CARNE BOVINA
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de bovino, desossadas, frescas ou
refrigeradas
Carnes de bovino, desossadas,
020230
congeladas
Preparações alimentícias e conservas, de
160250
bovinos
020130
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
892.796.455
18%
104.195.384
36%
12%
13%
167.279.815
3%
21.332.521
10%
13%
1%
86.541.559
13%
15.704.800
10%
18%
2%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
A partir do gráfico apresentado em seguida, podemos observar a evolução dos preços médios nos principais mercados
importadores de carne “in natura”. Os produtos de codificação 020130 que mais valorizaram preço/tonelada, na passagem
de 2007, foram os advindos da Argentina e Uruguai, com valorização no último ano de 21% e 18%, e preços médios anuais
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59
de US$ 11.238,68 e US$ 10.844,69. A tonelada do produto brasileiro tem um preço médio inferior, fechando 2007 a US$
7.982,77/ tonelada, e valorizou 8% no mesmo período.
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020130 - Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas
Principais fornecedores para Alemanha
12.000,00
10.000,00
US$/Ton
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
2002
2003
1. Argentina
5. Itália
8. Áustria
2004
2. Países Baixos
Média Geral
9. Polônia
2005
3. Brasil
6. Bélgica
10. Dinamarca
2006
2007
4. França
7. Uruguai
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
As tarifas médias aplicadas pela Alemanha aos países membros da União Européia são de 0,00%, bem como a tarifa
20
aplicada a alguns países africanos que possuem acordos comerciais com o bloco, como é o caso de Namíbia e Botsuana .
De acordo com a tabela ao lado, os concorrentes latino-americanos do Brasil no mercado alemão, sofreram a aplicação de
tarifas alfandegárias iguais às aplicadas ao Brasil para os produtos do setor de carne bovina apresentados: SH6 020130,
020230 e 160250.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha
CARNE BOVINA
País
Argentina (2)
Brasil (4)
Uruguai (9)
Botsuana (12)
Namíbia (15)
020130
93,70%
93,70%
93,70%
0,00%
0,00%
020230
143,27%
143,27%
143,27%
0,00%
0,00%
160250
51,95%
51,95%
51,95%
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Países Baixos
Como pode ser observado ao longo desse estudo, os Países Baixos estão entre os maiores importadores europeus de
carnes em geral, o que se deve ao fato de o país funcionar como um distribuidor, comprando de outros países e
redistribuindo na região. As exportações de carne bovina para o mercado movimentaram, em 2007, US$ 352,9 milhões,
correspondendo a 24% das importações mundiais desse país neste período, que alcançaram US$ 1,44 bilhão.
O segundo maior fornecedor é a Alemanha, com uma participação de 18,4% em 2007, cujo produto mais fornecido é SH6
020120 - “Outras peças de bovino, não desossadas, frescas ou refrigeradas”, o qual correspondeu em 2007 a 56% das
importações. A participação alemã, no entanto, vem caindo, como pode ser observado na Matriz de Posicionamento.
A boa performance da Polônia deve ser ressaltada. Apesar do valor das exportações representarem um valor mais baixo,
essas cresceram 111% de 2005-2006 e 5% no período seguinte (2006-2007), registrando exportações para os Países Baixos
de US$ 120,1 milhões, em 2007.
20
Muitos países africanos são beneficiados pro regimes tarifários ou acordos comerciais específicos para comercialização de seus produtos com a Europa.
As tarifas e regimes podem ser consultados por meio do site da União Européia: http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds/cgi-bin/tarchap?Lang=PT.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
60
Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para os Países Baixos
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
7,0
Brasil (1)
5,0
A Polônia está em 5º lugar no
ranking de fornecedores de carne
bovina para os Países Baixos, com
exportações de US$ 120,1 milhões e
uma taxa de crescimento médio
anual de exportações de 249,5%,
no período de 2002 a 2007.
24,6 %
Áustria (7)
3,0
1,0
Irlanda (3)
Uruguai (9)
França (10)
-1,0 0%
10%
20%
30%
Argentina (6)
-3,0
40%
50%
60%
Reino Unido (8)
Bélgica (4)
-5,0
Valor de Referência = US$ 250
mi
-7,0
18,4 %
Alemanha (2)
-9,0
-11,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Foram selecionados alguns produtos do setor de carnes bovinas, levando-se em consideração as exportações brasileiras,
importações mundiais e evolução das duas variáveis nos últimos cinco anos, para serem apresentados em seguida:
SETOR: CARNE BOVINA
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de bovino, desossadas, frescas ou
refrigeradas
Carnes de bovino, desossadas,
020230
congeladas
Preparações alimentícias e conservas, de
160250
bovinos
020130
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
606.516.340
23%
199.158.115
19%
33%
26%
200.882.103
21%
110.125.802
27%
55%
4%
91.936.696
3%
43.168.935
1%
47%
6%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Em relação ao SH6 020130 – “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas”, as importações mundiais dos Países
Baixos aumentaram 23% no último ano, enquanto as exportações brasileiras do produto para o mercado-alvo cresceram
19%, alcançando US$ 199,16 milhões. Já em relação ao SH6 020230 – “Carnes de bovinos, desossadas, congeladas”, as
exportações brasileiras foram acrescidas em 27%, ultrapassando o crescimento das importações mundiais dos Países Baixos
do produto, 21%, e demonstrando ganho de mercado por parte dos produtos brasileiros, que nesse caso corresponderam a
quase 55% das importações.
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61
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020130 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas
Principais fornecedores para os Países Baixos
16.000,00
Para o produto brasileiro de codificação SH6 020130,
descrito ao lado, o preço médio alcançado em 2007 foi
de US$ 7.986,35/tonelada, acima do preço médio
mundial, US$ 6.087,08/tonelada.
14.000,00
12.000,00
O produto australiano fechou o ano com o maior valor
por tonelada, após dois anos sem registro de
exportações (2005 e 2006). Já o produto alemão
mantém preço médio relativamente estável e muito
baixo, US$ 2.602,53/tonelada em 2007, ou seja, mais
competitivos. O país vem aumentando suas
exportações desde 2003, mas perde participação a
cada ano.
US$/Ton
10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
2002
2003
2004
1. Brasil
5. Bélgica
8. Reino Unido
2. Irlanda
Média Geral
9. EUA
2005
2006
3. Argentina
6. Polônia
10. Austrália
2007
4. Alemanha
7. Uruguai
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020230 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas
Principais fornecedores para os Países Baixos
Com relação ao SH6 020230 – “Carnes de bovino,
desossadas, congeladas”, os preços médios por
tonelada no último ano variaram de US$ 3.244,39 a
US$ 7.497,22.
12.000,00
10.000,00
Destaca-se o produto uruguaio que, conforme
anteriormente mencionado, têm ganhado mais espaço
entre os países europeus. O preço médio por tonelada
foi de US$ 7.497,22, o mais alto entre aqueles países
analisados. O preço médio do produto brasileiro ficou
pouco acima do preço médio mundial, US$ 5.789,37.
US$/Ton
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
2002
1. Brasil
5. Bélgica
8. Áustria
2003
2004
2. Alemanha
Média Geral
9. Espanha
2005
2006
3. Irlanda
6. Argentina
10. França
2007
4. Uruguai
7. Reino Unido
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Para a análise das barreiras tarifárias foram considerados apenas os principais países fornecedores para o Reino Unido,
exceto os países da União Européia que se beneficiam de tarifa zero. No quadro abaixo é possível verificar as tarifas médias
aplicadas ao Brasil, iguais às tarifas alfandegárias aplicadas à Argentina (sexto maior fornecedor), ao Uruguai (nono
fornecedor), aos Estados Unidos (décimo segundo fornecedor) e Austrália (décimo quarto fornecedor).
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelos Países Baixos
CARNE BOVINA
País
Brasil (1)
Argentina (6)
Uruguai (9)
EUA (12)
Austrália (14)
020130
93,70%
93,70%
93,70%
93,70%
93,70%
020230
143,27%
143,27%
143,27%
143,27%
143,27%
160250
51,95%
51,95%
51,95%
51,95%
51,95%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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62
5.3.2. Carne Suína
A carne suína é a carne mais consumida no mundo, segundo a FAO. Entre os quinze principais importadores de carne suína
na Europa, destaca-se o Reino Unido, a Alemanha, a Itália, a Rússia e a França nos primeiras posições. Em países como a
Espanha, o consumo atinge 66 kg por habitante/ano, enquanto no Brasil a realidade de consumo anual é bem diferente, 1213kg por habitante, dos quais apenas 3 kg equivalem à carne fresca, pois o restante corresponde a enlatados e conservas.
Já o consumo brasileiro de carne de frango e de carne bovina per capita varia entre 35-40 kg/ ano para cada tipo.
Assim como nas importações de carne bovina, os oito principais importadores europeus de carne suína somam 47% das
importações mundiais do produto, participação expressiva. As exportações brasileiras para esses países, contudo, não são
significativas, com exceção da Rússia, onde corresponderam a 35% das importações totais do produto, em 2007, apesar do
impacto causado pelo fato do Estado de Santa Catarina, maior produtor do país, não ter fornecido para a Rússia, em virtude
de restrições sanitárias. Registrou-se, também, significativa expansão das vendas para países do mercado asiático.
Após o recorde de exportações em 2005, a crise desencadeada pela redescoberta de febre aftosa no Brasil, em 2006,
impactou a comercialização do produto no mercado internacional, inclusive em parte do ano de 2007. Alguns estados onde
foram encontrados os focos da enfermidade continuaram com a expansão de suas vendas dificultada nesse último ano.
Ademais, o Brasil continuou como um dos maiores exportadores de carne suína do mundo e apresentou um crescimento
de 18,3% na comparação com o ano 2006. Além disso, o Estado de Santa Catarina foi reconhecido como área livre de febre
aftosa, o que deve facilitar o ganho e abertura de novos mercados, e a valorização do produto. A desvalorização do dólar
em relação ao real e o aumento do preço dos grãos diminuem a rentabilidade das exportações.
Outro aspecto a ser informado é que a preocupação com a origem, qualidade e sanidade dos produtos, é, muitas vezes,
decisiva nas negociações. Logo, a falta de certificação sanitária é um empecilho na expansão das exportações brasileiras.
SETOR - Carne Suína
País
Importações Totais
2007 (US$ Mil)
Reino Unido
Alemanha
Itália
Rússia
França
Países Baixos
Polônia
Grécia
Romênia
Suécia
Bélgica
Portugal
Áustria
República Tcheca
Dinamarca
2.869.041
2.540.986
2.427.866
1.892.940
1.418.668
669.040
599.359
508.249
465.125
437.651
415.780
395.294
387.111
367.878
363.325
Taxa Anual de
Taxa Anual de
Exportações
Crescimento das
Crescimento das
Brasileiras 2007 (US$
Importações Mundiais Exportações Brasileiras
Mil)
2002/2007
2002/2007
0
13%
0%
147
8%
-52%
0
11%
13%
665.838
21%
12%
159
12%
-62%
155
19%
-57%
0
52%
-22%
0
12%
10%
0
32%
-3%
0
19%
0%
0
11%
-9%
0
13%
0%
0
19%
0%
0
49%
0%
43
22%
-7%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
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63
Já os países europeus que apresentaram os maiores valores importados no último ano, registraram variação das
importações de carne suína mais amena, como Itália (1%), França (7%) e Reino Unido (9%). A Alemanha e a Grécia
vivenciaram declínio das importações no último ano da ordem de 25 e 16%, respectivamente. A evolução das importações
de carne suína dos principais compradores europeus pode ser acompanhada pelo gráfico que segue.
Economias como a Rússia, com crescimento médio anual das importações de carne suína de 21%, Polônia (52%), República
Tcheca (49%) e Romênia (32%), apresentaram as variações mais expressivas no período de 2002 a 2007.
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Carne
Suína na Europa
US$ Milhões
US$ Milhões
Principais Importadores de Carne Suína na Europa
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
2002
Reino Unido
França
2003
2004
Alemanha
Países Baixos
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
2005
Itália
Polônia
2006
2007
Rússia
Grécia
1.000
800
600
400
200
2002
Rússia
Georgia
2003
2004
Ucrânia
Sérvia
2005
Albânia
2006
2007
Moldova
Turquia
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Pode-se observar uma evolução semelhante das exportações brasileiras para os países europeus pelas linhas de tendência
expostas acima. Observa-se, no entanto, crescimento expressivo com ápice em 2005 das exportações brasileiras para
Rússia, quando se inicia uma queda do fornecimento brasileiro até 2006 e retomada do crescimento em ritmo mais lento.
Em 2007, dos quinze principais importadores europeus o Brasil exportou apenas para cinco deles, cujas exportações, em
termos de valores, foram pouco significativas, com exceção das exportações para a Rússia.
Em virtude da inviabilidade de analisar todos os países da Europa Ocidental e do Leste Europeu, foram escolhidos alguns
países a serem estudados com maior detalhe: Rússia e Ucrânia. A seleção se pautou na análise do consumo, importações
mundiais e exportações brasileiras para a região. Outros grandes importadores de carnes suínas poderiam ser estudados
com profundidade, no entanto, verificou-se grande disparidade entre os dados quantitativos disponibilizados por esses
países em comparação aos dados publicados pelo Brasil. Por esse motivo, apenas a Rússia e a Ucrânia foram escolhidos
para maior detalhamento.
•
Rússia
O Brasil é o maior fornecedor de carnes suínas para a Rússia. Em 2007, suas exportações caracterizaram 35,2% do total
importado pela Rússia, somando US$ 665,8 milhões. No ano de 2005 as exportações brasileiras do produto registraram
aumento de 75%, com queda de 23% no ano seguinte e retomada de crescimento de 8%, em 2007. A queda das
exportações brasileiras no ano de 2006 se deu em outros países e teve como principal motivo os surtos de febre aftosa,
fato mencionado anteriormente.
A partir da Matriz de Posicionamento exposta a baixo é possível perceber que a participação das exportações brasileiras
nas importações de carnes suínas da Rússia caiu quase dezoito pontos percentuais na comparação entre 2007 e 2002.
Situação semelhante aconteceu com a China, cujas exportações para o mercado-alvo caíram onze pontos percentuais. Por
outro lado, países como os Estados Unidos, Dinamarca, Canadá e Espanha têm aumentado suas participações.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
64
Matriz de Posicionamento de Carne Suína para a Rússia
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
15,0
EUA (3)
Dinamarca (2)
10,0
Alemanha (5)
5,0
Canadá (4)
Espanha (6)
13,1%
França (9)
Bélgica (7)
0,0
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
-5,0
Finlândia (10)
Países Baixos (8)
-10,0
Valor de Referência = US$ 250
mi
-15,0
35,2%
Brasil (1)
-20,0
-25,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Os produtos que o Brasil mais fornece para o mercado russo são o SH6 020321 – “Carcaças e meias-carcaças de suínos,
congeladas” e o SH6 020329 – “Outras carnes de suíno congeladas”. As exportações do primeiro produto somaram
US$ 102,9 milhões em 2007, representando 15,6% do total exportado para Rússia. Registrou-se, no entanto, queda de 17%
nas exportações brasileiras nesse ano. A Polônia e a Noruega também perderam espaço em relação ao fornecimento,
enquanto a República Tcheca e a Espanha ganharam mercado.
Além do produto acima mencionado, o Brasil se destaca como principal exportador do produto de SH6 020329, que teve
44% das importações russas supridas por produtos brasileiros, movimentando US$ 531,5 milhões, mais de metade do valor
exportado pelo Brasil no ano de 2007. Países como Dinamarca, Canadá, EUA e Espanha, apresentam-se como fornecedores
importantes, após o Brasil. Todavia, no último ano, as exportações do Canadá mantiveram-se praticamente estáveis e o
fornecimento dinamarquês caiu 7,62%, enquanto a Espanha e os Estados Unidos registraram variações positivas
expressivas de 124,3% e 18,2%.
SETOR: CARNE SUÍNA
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
SH6
Descrição
020319
Outras carnes de suíno, frescas ou
refrigeradas
48.178.677
51%
554.026
0%
1%
83%
020322
Pernas, pás e pedaços de suínos, não
desossados, congelados
159.716.418
19%
27.362.447
30%
17%
59%
020329
Outras carnes de suíno, congeladas
1.219.331.577
16%
531.544.868
13%
44%
55%
020641
Fígados de suíno, congelados
35.027.544
38%
1.564.910
51%
4%
79%
021019
Outras carnes de suíno, salgadas ou em
salmoura, secas, defumadas
1.837.916
16%
438.152
0%
24%
17%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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65
A análise detalhada de preços se dará com base em dois
produtos chaves exportados pelo Brasil para o mercado
russo, a saber: o SH6 020321 – “Carcaças e meiascarcaças de suínos, congeladas” e o SH6 020329 – “Outras
carnes de suíno congeladas”. No primeiro caso, o produto
cujo preço médio anual por quilograma teve maior
valorização em 2007, dentre os países analisados no
gráfico que segue, foi o espanhol, alcançando US$
2,83/kg, seguido pelo produto belga a US$ 2,76/kg. O
produto mais econômico foi o de origem alemã,
comercializado a US$ 2,29/kg.
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020329 - Outras carnes de suíno, congeladas
Principais fornecedores para Rússia
3,00
2,50
US$/Ton
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
2002
2003
1. Brasil
5. Espanha
8. Países Baixos
2004
2. Dinamarca
Média Geral
9. Bélgica
2005
3. Canadá
6. Alemanha
10. Irlanda
2006
2007
4. EUA
7. França
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
O produto brasileiro fechou o ano de 2007 com um preço
médio de US$2,66/kg, valorizando 5,9% em relação ao
ano anterior. Os produtos espanhóis e belgas
experimentaram maior valorização: 9,9 % e 16,3 %,
respectivamente.
Entre os países informados no gráfico abaixo, o preço médio anual por quilograma do produto de classificação 020321
variou entre US$ 1,30 (Bélgica) e US$ 2,18 (França).
O produto brasileiro teve preço médio anual de
US$ 1,97/kg, valorizando 16% em relação ao ano de
2006. Países como a Austrália, Dinamarca e Países Baixos
deixaram de exportar, enquanto os Estados Unidos, a
República Tcheca e a Espanha vêm aumentando o
fornecimento para a Rússia, por isso a instabilidade de
suas exportações, conforme gráfico abaixo.
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020321 - Carcaças e meias-carcaças de suíno, congeladas
Principais fornecedores para Rússia
2,50
2,00
US$/KG
1,50
1,00
0,50
0,00
2002
2003
1. Brasil
4. Finlândia
6. Bélgica
9. Uruguai
2004
2. Alemanha
5. Espanha
7. Paraguai
10. EUA
País
Brasil (1)
EUA (3)
Canadá (4)
Uruguai (18)
Chile (24)
2005
2006
2007
3. França
Média Geral
8. República Tcheca
Abaixo, foram listadas as tarifas alfandegárias médias
aplicadas aos principais fornecedores de carne suína
para Rússia. Com exceção dos países latino-americanos,
em condições de igualdade com o Brasil por receberem
mesma tarifação, estão os Estados Unidos (terceiro
maior fornecedor para o mercado russo de carne suína)
e o Canadá (quarto maior fornecedor) com tarifas
médias mais altas.
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia
CARNE SUINA
020319
020322
020329
020641
35,24%
42,07%
40,64%
16,62%
46,98%
56,10%
54,18%
22,16%
46,98%
56,10%
54,18%
22,16%
35,24%
42,07%
40,64%
16,62%
35,24%
42,07%
40,64%
16,62%
021019
11,25%
15,00%
15,00%
11,25%
11,25%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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66
•
Ucrânia
Variação do market-share no mercado-alvo 2005/2007 (pontos
percentuais)
O Brasil é o maior exportador de carne suína para Ucrânia, responsável por 96,2% de seu fornecimento no ano de 2007. Por
meio da Matriz de Posicionamento abaixo, pode-se facilmente perceber o bom desempenho brasileiro no período de 2005
a 2007, com ganho de 44 pontos percentuais. O segundo maior fornecedor é a frança, com exportações de US$ 907,1 mil.
Enquanto o produto brasileiro continuou a ganhar espaço, os produtos da China, Polônia e Bielorússia perderam parcelas
do mercado ucraniano.
Matriz de Posicionamento de Carne Suína para a Ucrânia
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
70,0
As exportações brasileiras de
carne suína para Ucrânia
somaram US$ 93,9 milhões,
em 2007.
50,0
96,2%
Brasil (1)
30,0
Seychelles (7)
Dinamarca (10)
Hungria (9)
Países Baixos (4)
Rússia (3)
10,0
Espanha (5)
França (2)
-100%
-80%
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
-10,0
Belarus (8)
Alemanha (6)
-30,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2005/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
O produto de classificação SH6 020329 – “Outras carnes de suíno congeladas” fornecido pelo Brasil corresponde a 99,6%
das importações ucranianas. As exportações brasileiras cresceram 42% no último ano ganhando o mercado ocupado pelos
produtos da China, entre outros países. Por sua vez, as importações mundiais do produto pela Ucrânia aumentaram 256%.
SETOR: CARNE SUÍNA
SH6
Descrição
020329 Outras carnes de suíno, congeladas
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
relação às Imp.
Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
50.639.330
256%
50.416.450
42%
99,6%
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
5%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Em relação ao preço médio anual de comercialização do produto SH6 020329, o produto mais valorizado e o menos
valorizado são fornecidos pela Europa. O menor preço médio anual do produto por quilograma foi do produto alemão, US$
2,29/kg, enquanto o espanhol foi o mais caro, comercializado a US$ 2,83/kg. O produto brasileiro registrou preço médio
anual de US$ 2,66/kg, acima do preço médio internacional (US$ 2,54/kg), com valorização de 5,8% no último ano.
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67
1,50
Na tabela exposta em seguida podem ser observadas
as tarifas alfandegárias médias aplicadas pela Ucrânia
aos seus principais fornecedores de carne suína,
especificamente o produto SH6 020329. É importante
ressaltar que apesar do produto brasileiro estar em
desvantagem em relação aos produtos da Rússia e
Bielorússia que se beneficiam de menores tarifas, o
Brasil detém 96% de participação no mercado.
1,00
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Ucrânia
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020329 - Outras carnes de suíno, congeladas
Principais fornecedores para Ucrânia
3,00
2,50
US$/KG
2,00
País
Brasil (1)
França (2)
Rússia (3)
Bielorússia (8)
Hungria (9)
0,50
0,00
2002
2003
1. Brasil
5. Espanha
8. Países Baixos
2004
2. Dinamarca
Média Geral
9. Bélgica
2005
3. Canadá
6. Alemanha
10. Irlanda
2006
2007
4. EUA
7. França
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
CARNE SUINA
020329
71,48%
71,48%
0,00%
0,00%
71,48%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
5.3.3. Carne de Aves
A procura por hábitos alimentares mais saudáveis elevam o consumo de carnes brancas, como as carnes de aves. As
exportações mundiais brasileiras de carnes de aves caíram cerca de 8% em 2006, mas aumentaram 45% em 2007, fechando
esse último ano em US$5 bilhões, ultrapassando o valor exportado em 2005 em 33%.
Dentre as quinze principais economias européias importadoras de carne de aves, destaca-se a Irlanda, Áustria, Romênia,
Suíça e Grécia, com crescimento médio anual das exportações brasileiras de carnes de aves superiores a 40%, de 2002 a
2007.
SETOR - Carne de Aves
País
Importações Totais
2007 (US$ milhões)
Reino Unido
2.477,53
Alemanha
1.890,96
Rússia
1.093,23
Países Baixos
1.049,17
França
898,24
Bélgica
552,63
Espanha
446,23
Irlanda
356,54
Áustria
346,57
Dinamarca
260,27
Suécia
233,75
Romênia
217,28
Suíça
211,66
Grécia
191,79
Itália
183,60
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Exportações
Brasileiras 2007
(US$ milhões)
109,96
309,79
312,82
547,21
46,84
6,58
95,09
21,00
0,28
5,32
0,51
50,29
39,09
9,61
27,85
Taxa de Crescimento Taxa de Crescimento
Médio Anual das Imp Médio Anual das Exp
Mundiais 2002/2007 Brasileiras 2002/2007
15%
11%
6%
16%
22%
13%
20%
16%
12%
21%
19%
30%
8%
14%
16%
-3%
16%
12%
29%
24%
22%
26%
49%
42%
30%
-2%
57%
63%
41%
11%
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68
No que concerne às importações mundiais do produto, identificou-se aumento médio anual de 30% na Romênia, 22% na
França, 20% na Espanha e 21% na Dinamarca. Em alguns casos, a variação das exportações brasileiras é superior ao
crescimento mundial das importações dos países, com o Brasil aumentando sua participação nessas economias, como é o
caso da França, Espanha e Países Baixos, por exemplo.
Por meio do gráfico que segue, pode-se notar o bom desempenho do Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. As
importações desses três países entre 2007 e 2006 foram acrescidas, em valor, de 17%, 21%, 47% e 31%, nessa ordem.
Todavia, em 2007 os maiores importadores europeus de carnes de aves foram Reino Unido (US$ 2,5 bi), Alemanha (US$ 1,9
bi), Rússia (US$ 1,0 bi) e os Países Baixos (US$ 1,0 bi), conforme tabela acima.
Principais Importadores de Carne de Aves na Europa
2.500
US$ Milhões
US$ Milhões
3.000
2.000
1.500
1.000
500
2002
2003
2004
Reino Unido
Alemanha
França
Bélgica
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
2005
2006
2007
Rússia
Países Baixos
Espanha
Irlanda
600
500
400
300
200
100
-
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Carne de
Aves na Europa
2002
2003
2004
Países Baixos
Rússia
Espanha
Romênia
2005
2006
Alemanha
França
2007
Reino Unido
Suiça
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
No gráfico anterior, pode-se perceber a evolução dos principais compradores de carne de aves do Brasil. Como
anteriormente mencionado, o ano de 2006 é marcado por uma queda de 8% no valor das exportações totais do Brasil, que
em volume correspondeu a uma variação negativa de 4,5%. O comprometimento do desempenho exportador brasileiro
esteve diretamente ligado a dois fatores: aos focos de gripe aviárias em países europeus e asiáticos, como Japão, Hungria,
Coréia do Sul, entre outros, e à conjuntura cambial desfavorável. A descoberta de novos surtos do vírus impactou em ações
de empresas brasileiras, diminuindo a receita de algumas empresas.
O ano de 2007 representa uma guinada, com excelente desempenho das exportações brasileiras de carne de aves, que
cresceram 45% em valor e de 16% em volume. Nesse ano, países como a Itália, a França e a Espanha registram aumentos
expressivos no valor de suas importações advindas do Brasil: 248%, 121% e 111%, respectivamente. É possível observar o
crescimento por meio das linhas das importações dos principais compradores, anteriormente expostas.
As carnes de frango industrializadas e salgadas são as mais vendidas em termos de volume, e por serem produtos mais
desvalorizados não correspondem à maior receita das exportações do segmento de carnes de aves. Segundo dados da ABEF
(Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos), a comercialização do frango inteiro aumentou 23% em
volume, em relação a 2006, com concentração das exportações brasileiras no Oriente Médio, Venezuela, Rússia e Angola.
Já as exportações de cortes de frango cresceram 12% em termos de volume e foram destinados a mercados asiáticos, como
Japão e Hong Kong, e à União Européia, principalmente para os Países Baixos e a Alemanha. As exportações brasileiras
para os Países Baixos e para a Rússia corresponderam, em 2007, a 52% e 29% do total importado, respectivamente.
•
Reino Unido
As importações do Reino Unido de Carnes de Aves aumentaram em valor 17%, no ano de 2007. Na análise do período de
2002 a 2007, a taxa de crescimento médio anual das importações do país foi de 15%. Na Matriz de Posicionamento abaixo,
estão expostos os dez principais fornecedores de carnes de aves para o país.
No último ano, os Países Baixos foram os maiores fornecedores, com uma participação de 36,5% equivalente a US$ 911,2
mi, seguidos pela Tailândia, com 14,9% (US$ 371,9 mi). No entanto, que os Países Baixos vêm perdendo market share,
enquanto a Tailândia, Hungria, Irlanda e Polônia vêm ganhando mais mercado, no período analisado. O Brasil ocupou a
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69
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
oitava posição, com exportações que alcançaram US$110 mi, segundo estatísticas brasileiras, mas os produtos brasileiros
têm perdido espaço no Reino Unido.
Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para o Reino Unido
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
10,0
Tailândia (2)
14,9%
Polônia (6)
5,0
Alemanha (5)
Irlanda (3)
Itália (10)
Hungria (9)
0,0
-20%
-10%
0%
10%
20%
Brasil (8)
30%
40%
Bélgica (7)
50%
60%
70%
80%
90%
100%
110%
120%
130%
36,5%
-5,0
Países Baixos (1)
França (4)
Valor de Referência = US$ 250
mi
-10,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
Os produtos de SH6 020714 - “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados” e
SH6 160232 - “Preparações alimentícias e conservas de galos e galinhas” são os mais importados pelo Reino Unido do
mundo e também os mais fornecidos pelo Brasil para o país, apesar das exportações brasileiras do SH6 020714 registrarem
queda de 26% em 2007, enquanto o Reino Unido aumentou em 9% as importações desse item. Com o segundo produto a
situação foi diferente, houve um crescimento das exportações brasileiras da ordem de 113%, conforme indicado na tabela
abaixo, bem acima do aumento das importações totais do Reino Unido, que foi de 21%, totalizando US$ 695,4 milhões, em
2007.
SETOR: CARNE DE AVES
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Brasileiras para
Imp. Mundiais do
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
o MercadoMercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
alvo
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(US$)
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de galos e galinhas da espécie
020712 doméstica não cortadas em pedaços,
congeladas
Pedaços e miudezas comestíveis de
020714 galos e galinhas da espécie doméstica,
congelados
Carnes de peruas e de perus, da espécie
020727 doméstica, em pedaços e miudezas
comestíveis, congeladas
160232 Preparações alimentícias e conservas de
galos e de galinhas
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
33.899.748
42%
5.480.468
125%
16%
0%
524.732.877
9%
43.188.903
-26%
8%
2%
36.654.965
24%
3.545.388
0%
10%
3%
695.373.867
21%
52.932.224
113%
8%
13%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados
publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie
doméstica, congelados
Principais fornecedores para Reino Unido
Nos quadros ao lado é possível acompanhar
a evolução dos preços médios de
comercialização do produto referente a
“Pedaços e miudezas comestíveis de galos e
galinhas da espécie doméstica, congelados”.
O preço médio anual da tonelada variou
entre US$ 3.133,16 (produto brasileiro) e
US$ 5.349.75 (produto dinamarquês), no
ano de 2007. O produto brasileiro registrou
o menor preço médio entre os analisados,
fechando esse ano a US$ 3.133,16/tonelada,
bem abaixo do preço médio internacional
que foi de US$ 4.114,20/tonelada, apesar de
apresentar aumento de 21% na comparação
com o ano anterior.
6.000,00
5.000,00
US$/Ton
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
2002
2003
1. Países Baixos
5. França
8. Polônia
2004
2005
2. Dinamarca
Média Geral
9. Itália
2006
3. Chile
6. Alemanha
10. Bélgica
2007
4. Irlanda
7. Brasil
Fo n te: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-160232 - Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas
Principais fornecedores para Reino Unido
7.000,00
6.000,00
Em relação ao produto de classificação SH6
160232, o produto brasileiro foi vendido ao
preço médio de US$ 2.992,66/tonelada. O
produto húngaro foi comercializado pelo
maior valor, como é possível notar pelas
linhas de evolução do quadro seguinte: US$
6.038,71/tonelada.
5.000,00
US$/Ton
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
2002
2003
1. Tailândia
5. Brasil
8. Hungria
2004
2005
2. Países Baixos
Média Geral
9. Bélgica
2006
3. Irlanda
6. Alemanha
10. Portugal
2007
4. França
7. Polônia
Para análise das tarifas alfandegárias, foram
selecionados os principais fornecedores de
Carnes de Aves para o Reino Unido,
expostos na tabela que segue. Os países da
União Européia não estão apresentados por
se beneficiarem da tarifa intra-bloco de zero
(0,00%). Como se pode notar, o Brasil
encontra-se em condição de igualdade com
os fornecedores não membros da União
Européia, sendo aplicadas tarifas de mesmo
valor.
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido
CARNE DE AVES
País
Tailândia (2)
Brasil (8)
Chile (12)
Argentina (15)
Israel (22)
020712
020714
020727
160231
160232
31,44%
44,88%
44,54%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
0,04%
13,97%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Alemanha
As importações de carne de aves da Alemanha alcançaram US$ 1,9 bi em 2007, dos quais 6,4% foram supridos com
produtos brasileiros, o que garantiu ao Brasil a terceira posição como fornecedor, atrás da Polônia e dos Países Baixos. Mais
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71
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
uma vez os Países Baixos têm perdido participação, assim como a França, enquanto o Brasil, a Polônia, a Áustria e Portugal
ganharam mercado no período de 2002 a 2007 (vide Matriz de Posicionamento).
Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para a Alemanha
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
20,0
15,0
Polônia (2)
17,0%
10,0
Portugal registrou uma taxa de
crescimento médio anual de suas
exportações para o país de 204,2%,
de 2002 a 2007, e variação do
market share de 4,4 pontos
percentuais. Suas exportações
foram US$ 83,3 mi, em 2007.
Brasil (3)
16,4%
Reino Unido (10)
5,0
Áustria (6)
Itália (7)
Tailândia (9)
0,0
-30%
-20% -10%
0%
Hungria (5)
-5,0
França (4)
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
-10,0
100%
110%
120%
130%
Valor de Referência = US$ 250
mi
21,5% Países Baixos (1)
-15,0
-20,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Os produtos mais importados pelos alemães são os mesmos apresentados na análise do Reino Unido: 020714 - “Pedaços e
miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados” e SH6 160232 - “Preparações alimentícias e
conservas de galos e galinhas”, conforme tabela a seguir. Já os produtos de maior fornecimento brasileiro foram os de
codificação SH6 020714 e o SH6 160231 – “Preparações alimentícias e conservas de peru”, que juntos corresponderam a
71% das exportações brasileiras para esse mercado. As exportações brasileiras do primeiro produto se mantiveram
estáveis, enquanto para o último produto houve crescimento significativo das exportações brasileiras de 38%,
correspondendo a 47% de participação em relação as exportações totais do Brasil do produto em valor.
SETOR: CARNE DE AVES
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de galos e galinhas da espécie
doméstica não cortadas em pedaços,
congeladas
Pedaços e miudezas comestíveis de galos
e galinhas da espécie doméstica,
congelados
Carnes de peruas e de perus, da espécie
doméstica, em pedaços e miudezas
comestíveis, congeladas
24.740.698
11%
2.528.847
229.400.090
15%
100.257.144
160231
Preparações alimentícias e conservas de
peru
160232
Preparações alimentícias e conservas de
galos e de galinhas
020712
020714
020727
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
168%
10%
0%
101.495.887
0%
44%
4%
58%
15.894.405
-6%
16%
12%
199.746.678
17%
117.607.207
38%
59%
47%
354.357.866
10%
71.897.505
8%
20%
18%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Em relação à Alemanha, foi analisado o comportamento do preço médio de dois produtos: SH6 – 160231 “Preparações
alimentícias e conservas de peru” e SH6 – 020714 “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie
doméstica, congelados”.
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72
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-160231 - Preparações alimentícias e conservas de peru
Principais fornecedores para Alemanha
8.000,00
7.000,00
6.000,00
5.000,00
US$/Ton
Para o primeiro deles, observou-se que o produto
brasileiro fechou o ano de 2007 com o preço médio de
comercialização da tonelada de US$ 2.696,23,
configurando-se como o produto menos valorizado, como
se pode observar no gráfico abaixo. No entanto, a
quantidade exportada pelo Brasil é muito maior que o
volume exportado pelo outros países. Apenas em 2007,
foram fornecidas 52 mil toneladas do produto pelo Brasil,
enquanto o segundo maior fornecedor para Alemanha,
Israel, exportou apenas 03 mil toneladas. O produto belga
apresentou
a
tonelada
de
maior
valor,
US$5.898.59/tonelada.
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie
doméstica, congelados
Principais fornecedores para Alemanha
0,00
2002
4.500,00
2003
1. Brasil
5. Chile
8. Itália
4.000,00
2004
2. Israel
Média Geral
9. Hungria
2005
3. França
6. Polônia
10. Bélgica
2006
2007
4. Países Baixos
7. Áustria
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
3.500,00
US$/Ton
3.000,00
2.500,00
2.000,00
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
2002
2003
1. Países Baixos
5. Dinamarca
8. Áustria
2004
2. Brasil
Média Geral
9. Espanha
2005
2006
3. Portugal
6. Polônia
10. Chile
2007
Para o segundo produto em análise a situação brasileira é
um pouco diferente, o preço do produto nacional ficou
acima do preço médio internacional, em 2007, fechando o
ano a US$ 2.788,54 a tonelada, valorizando 20% em relação
ao preço médio comercializado no ano anterior. O produto
chileno é o mais valorizado, comercializado a US$
4.221,55/tonelada.
4. Argentina
7. França
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Na tabela apresentada abaixo, podem ser observadas as tarifas alfandegárias aplicadas aos principais fornecedores de
carnes de aves pela Alemanha. Os países da União Européia se beneficiam de tarifa zero. No caso do Brasil a situação é
semelhante a da Tailândia, Israel e Argentina, com tarifas de mesmo valor, como pode ser notado pela tabela que segue.
Apesar de se posicionar na décima quinta colocação no ranking de fornecedores de carnes de aves para o mercado alemão,
o Chile sofre aplicação de tarifas mais competitivas que o Brasil.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha
CARNE DE AVES
País
Brasil (3)
Tailândia (9)
Israel (13)
Argentina (14)
Chile (15)
020712
020714
160231
160232
31,44%
44,88%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
0,04%
13,97%
31,44%
44,88%
0,04%
13,97%
31,44%
44,56%
0,00%
9,87%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Rússia
O caso russo é diferente dos países anteriores, pois o maior exportador não se trata de um país europeu e sim dos Estados
Unidos, com um fornecimento de carnes de aves equivalente a 53,2% do total importado pelo país (Rússia). Em 2007, as
exportações norte-americanas de carnes de aves destinadas à Rússia somaram US$ 636,2 milhões, com um ganho de sete
pontos percentuais de market share no período de 2002 a 2007, conforme Matriz de Posicionamento exposta em seguida.
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73
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
O Brasil exportou US$ 312,8 milhões no mesmo ano, garantindo a segunda posição como fornecedor, apesar de ter
registrado leve queda de meio ponto percentual em sua participação. A Alemanha e a Argentina, em terceiro e décimo
lugar no ranking de fornecedores, respectivamente, ganharam mercado no período.
Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para a Rússia
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
15,0
EUA (1)
10,0
53,2%
5,0
França (4)
Brasil (2)
Bélgica (5)
0,0
Canadá (6)
Reino Unido (9)
-30%
-20%
Países Baixos (7)
-10%
Argentina (10)
0%
-5,0
Alemanha (3)
28,6%
10%
20%
30%
40%
Finlândia (8)
Valor de Referência = US$ 250
mi
-10,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
O Brasil é um importante fornecedor par o mercado russo, fato que pode ser facilmente percebido quando analisadas as
participações do fornecimento brasileiro em relação às importações totais da Rússia na tabela abaixo. Como se pode
observar, o Brasil é responsável pelo fornecimento de 73% do SH6 020712, 25% do SH6 020714 e 44% do SH6 160232.
Além disso, as exportações brasileiras dos dois primeiros itens cresceram acima das importações mundiais.
Em relação ao SH6 020714, os EUA, o Brasil, a Alemanha e a Bélgica são grandes fornecedores. Com o SH6 020712 a
situação é diversa, os Estados Unidos caem para a 14º colocação entre os fornecedores e o Brasil é o maior fornecedor para
o mercado russo, seguido pela França, Alemanha, Argentina e Lituânia. Já o SH6 160232, quarto produto mais importado
pela Rússia, tem como fornecedores a França, o Brasil, o Reino Unido, a Dinamarca e os Países Baixos, em ordem
decrescente, e os Estados Unidos caem para a oitava posição.
SETOR: CARNE DE AVES
SH6
020712
020714
160232
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
Carnes de galos e galinhas da espécie
doméstica não cortadas em pedaços,
congeladas
Pedaços e miudezas comestíveis de galos
e galinhas da espécie doméstica,
congelados
89.213.065
22%
65.175.953
64%
73%
5%
867.625.636
16%
217.240.821
45%
25%
8%
Preparações alimentícias e conservas de
galos e de galinhas
36.146.604
113%
15.936.532
73%
44%
4%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Ao contrário das situações encontradas nos países da Europa Ocidental, o Brasil se destaca na comparação com os
principais fornecedores russos por apresentar o produto mais valorizado. É a partir de 2006 que a tonelada do produto
brasileiro começa a valorizar significativamente, com aumento do preço médio da tonelada de 48%, em 2006, e de 9%, em
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74
2007. Apesar da valorização do produto, o país conseguiu expandir sua participação nas vendas para o mercado russo. O
preço médio anual da tonelada brasileira do SH6 –
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie
020714 foi de US$ 1.284,43, enquanto o menor preço
doméstica, congelados
Principais fornecedores para Rússia
comercializado foi de US$551,33/ tonelada, referente
ao produto do Reino Unido.
1,40
1,20
Em relação às tarifas alfandegárias aplicadas pela
Rússia aos seus principais fornecedores de carnes de
aves, é possível perceber que o Brasil se encontra em
situação vantajosa, uma vez que se beneficia de
menores tarifas para os três produtos analisados no
quadro abaixo.
US$/KG
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia
0,00
2002
2003
1. EUA
5. França
8. Finlândia
2004
2005
2. Brasil
Média Geral
9. Argentina
2006
3. Alemanha
6. Países Baixos
10. Reino Unido
CARNE DE AVES
2007
País
4. Bélgica
7. Canadá
Fo nte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
020712
020714
160232
49,69%
74,26%
46,52%
37,27%
55,70%
34,89%
49,69%
74,26%
46,52%
49,69%
74,26%
46,52%
49,69%
74,26%
46,52%
EUA
Brasil
Alemanha
França
Bélgica
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Espanha
A Espanha é o sétimo maior importador europeu de carnes de aves e o quinto maior destino das exportações brasileiras do
produto. Em 2007, foi responsável pela importação de US$ 446,2 milhões, dos quais 21,3% advieram do Brasil, segundo
maior fornecedor para o país, após a França que obteve uma participação de 35,3%.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
A Alemanha, Portugal e Polônia apresentaram variação positiva de market share na comparação 2007/2002, enquanto a
França perdeu participação apesar de seu alto valor de exportações. O Brasil ganhou quase um ponto percentual de
participação no período, como é possível perceber na Matriz de Posicionamento abaixo.
Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para a Espanha
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
15,0
Alemanha (3)
10,0
Portugal (5)
5,0
Reino Unido (6)
Brasil (2)
Polônia (9)
20,8%
0,0
0%
-5,0
-10,0
Itália (7)
10%
20%
30%
Bélgica (8)
Países Baixos (4)
35,3%
França (1)
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Valor de Referência = US$ 250
mi
-15,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Os principais produtos exportados pelo Brasil para o mercado espanhol foram o SH6 020714 - “Pedaços e miudezas
comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados” e o SH6 160231 - “Preparações alimentícias e conservas
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75
de peru”. O Brasil apresentou aumento expressivo das exportações dos produtos elencados na tabela abaixo, no ano de
2007.
SETOR: CARNE DE AVES
SH6
020712
020714
020727
160231
160232
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Brasileiras em
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras
Imp. Mundiais do
relação às Imp.
Mundiais do para o Mercadopara o
Mercado-alvo em
Mundiais do
Mercado-alvo alvo em 2007
2007 (US$)
Mercado-alvo
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de galos e galinhas da espécie
doméstica não cortadas em pedaços,
congeladas
Pedaços e miudezas comestíveis de galos
e galinhas da espécie doméstica,
congelados
Carnes de peruas e de perus, da espécie
doméstica, em pedaços e miudezas
comestíveis, congeladas
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
23.812.502
48%
5.665.796
122%
24%
0%
113.068.499
61%
63.647.909
119%
56%
2%
25.349.938
14%
6.185.554
189%
24%
5%
Preparações alimentícias e conservas de
peru
27.506.224
66%
11.410.386
55%
41%
5%
Preparações alimentícias e conservas de
galos e de galinhas
36.469.932
15%
8.110.450
121%
22%
2%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Com exceção dos países pertencentes à União Européia,
que se beneficiam de tarifa de 0,00% para exportação
de carnes de aves, as tarifas aplicadas aos principais
fornecedores do produto para o mercado espanhol são
iguais para Brasil, Argentina, Israel, Chile, entre outros
países, como se nota pela tabela ao lado. Como as
exigências de certificações diferem para cada país, é
importante consultar o site da União Européia com
informações sobre as barreiras tarifárias e não tarifárias
exigidas pelos países membros, para maior
21
detalhamento .
•
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Espanha
CARNE DE AVES
País
Brasil (2)
Argentina (10)
Israel (11)
Chile (14)
Tailândia (19)
020712 020714 020727 160231 160232
31,44% 44,88% 44,54%
0,04% 13,97%
31,44% 44,88% 44,54%
0,04% 13,97%
31,44% 44,88% 44,54%
0,04% 13,97%
31,44% 44,88% 44,54%
0,04% 13,97%
31,44% 44,88% 44,54%
0,04% 13,97%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
Países Baixos
Os Países Baixos ocupam posição estratégica na Europa, funcionando como porta de entrada e centro de distribuição de
inúmeras mercadorias, incluindo os produtos brasileiros. Por esse motivo, pode-se incorrer em divergências com relação às
informações estatísticas que o país importador e o país exportador divulgam, já que muitas vezes os produtos que entram
pelos portos dos Países Baixos e são contabilizados como exportações para esse local, ainda estão a caminho de centros
consumidores em outros mercados.
No caso das carnes de aves é possível perceber certa disparidade entre os dados disponibilizados pelo Brasil e pelos Países
Baixos. Por esse motivo, para elaboração das tabelas e gráficos apresentados e para efeito comparativo entre os países,
serão analisados os dados de importação divulgados pelos Países Baixos.
De acordo com os Países Baixos, as exportações brasileiras representaram 28,3% do total importado de carnes de aves,
seguido pela Bélgica, Alemanha e Tailândia. O Brasil, no entanto, ganhou onze pontos percentuais de market share, de
2002 a 2007, seguido pela Polônia que ganhou dois pontos percentuais e aumentou sua participação. As taxas de
21
Referido site: http://ec.europa.eu/taxation_customs/common/databases/index_en.htm
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76
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
crescimento anual médio das exportações da Polônia e de Portugal no mesmo período ficaram acima dos 50%. Já a Bélgica,
Alemanha, Reino Unido França e Itália apresentaram menor participação em 2007 na comparação com 2002, como se pode
notar através da matriz.
Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para os Países Baixos
Dez Principais Fornecedores
2002/2007
20,0
Brasil (1)
15,0
28,3%
10,0
Reino Unido (5)
5,0
Itália (10)
Polônia (7)
Tailândia (4)
Portugal (8)
Argentina (9)
0,0
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
20,4% Bélgica (2)
França (6)
-5,0
Alemanha (3)
Valor de Referência = US$ 150
mi
-10,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Na tabela que segue, elencaram-se produtos considerados importantes quando analisado o fornecimento brasileiro para os
Países Baixos e o crescimento das importações pelo mercado-alvo. O produto de código SH6 020712 registrou um
crescimento expressivo das exportações brasileiras para o país, em virtude do valor exportado no ano de 2006 ter sido
muito baixo. Já o produto SH6 020727 - “Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas
comestíveis, congeladas” registrou um aumento das exportações brasileiras de 146% em resposta às importações mundiais
dos Países Baixos que cresceram 180% no mesmo ano, e garantindo ao Brasil 10% desse mercado. O fornecimento
brasileiro é ainda mais significativo para o SH6 020714, quando corresponde a 41% do total importado pelos Países Baixos,
e de 38% para o produto SH6 160232.
SETOR: CARNE DE AVES
SH6
020712
020714
020727
160232
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Carnes de galos e galinhas da espécie
doméstica não cortadas em pedaços,
congeladas
Pedaços e miudezas comestíveis de galos
e galinhas da espécie doméstica,
congelados
Carnes de peruas e de perus, da espécie
doméstica, em pedaços e miudezas
comestíveis, congeladas
Preparações alimentícias e conservas de
galos e de galinhas
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
18.645.130
44%
2.314.911
628%
12%
0%
268.722.352
1%
110.452.946
-25%
41%
4%
52.753.272
180%
13.963.757
146%
26%
10%
365.186.442
23%
138.700.895
6%
38%
34%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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77
O gráfico ao lado apresenta a evolução dos preços médios
anuais de dois produtos pertencentes ao setor de carnes de
aves. A tonelada do produto de classificação SH6 020714
variou de US$ 1.110,84 (produto belga) a US$ 4.588,35
(produto chileno). O produto brasileiro de mesma codificação
fechou o ano de 2007 com preço médio de US$
2.901,46/tonelada e seu fornecimento correspondeu a 41%
do total importado pelos Países Baixos, o que garantiu ao
Brasil o primeiro lugar no ranking de fornecedores.
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie
doméstica, congelados
Principais fornecedores para Países Baixos
5.000,00
4.500,00
4.000,00
3.000,00
2.500,00
2.000,00
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
2002
2003
1. Brasil
5. Polônia
8. Chile
2004
2. Reino Unido
Média Geral
9. Itália
2005
2006
3. Bélgica
6. Argentina
10. Portugal
Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007
SH6-160232 - Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas
Principais fornecedores para Países Baixos
2007
4. Alemanha
7. França
7.000,00
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
6.000,00
Em relação ao produto - SH6 160232, o Brasil também se
destaca como principal fornecedor para os Países Baixos,
com preço médio anual de US$ 2.864,54 por tonelada e
participação de 38% em relação às importações totais
desse produto. A Polônia apresentou o produto mais caro
dentre os países analisados no gráfico, com o preço da
tonelada de US$ 6.027,74, no mesmo ano.
5.000,00
US$/Ton
US$/Ton
3.500,00
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
2002
2003
2004
A exceção dos países beneficiados com aplicação de tarifa
1. Brasil
2. Tailândia
5. Alemanha
Média Geral
de 0,00% em virtude de pertencerem a União Européia,
8. Polônia
9. Grécia
grandes fornecedores como Brasil, Tailândia e Argentina,
estão em condição de igualdade por sofrerem aplicação de tarifas de igual valor (tabela seguinte).
2005
3. Bélgica
6. Argentina
10. Bulgária
2006
2007
4. França
7. Reino Unido
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelos Países Baixos
CARNE DE AVES
País
Brasil (1)
Tailândia (4)
Argentina (9)
Chile (12)
Israel(24)
020712
020714
020727
160232
31,44%
44,88%
44,54%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
13,97%
31,44%
44,88%
44,54%
13,97%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
5.4. Chocolates, Balas e Confeitos
22
O gráfico abaixo demonstra a evolução do consumo mundial de produtos de confeitaria . Em primeiro lugar, está a Europa
Ocidental com consumo de 3,8 milhões de toneladas desses produtos, ou seja, 28% do total consumido no mundo. Tal
consumo representou aumento de apenas 1% em relação a 2006 e 7% em relação a 2002. Em seguida estão a América do
Norte (3 milhões de toneladas) e a Ásia (2,5 milhões). O Leste Europeu, que está em 4º lugar no ranking, consumiu 1,9
milhões de toneladas em 2007, o que representou um aumento de 26% em relação a 2002.
22
Para elaboração dos gráficos foram considerados os seguintes produtos de confeitaria: chocolate e açúcar confeitado e gomas de mascar.
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Total '000 toneladas
78
15.000
Evolução do consumo de produtos de confeitaria*
por região
12.000
9.000
6.000
3.000
2002
Europa Ocidental
Leste Europeu
Oceania
2003
2004
2005
América do Norte
América Latina
2006
2007
Ásia
África e Oriente Médio
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Em 2007, a Alemanha e o Reino Unido foram os dois países que mais consumiram esses produtos na Europa, 1,05 milhão
de toneladas e 966 mil toneladas, respectivamente. Esses dois países foram responsáveis por 53% do total consumido na
região. Todavia, a demanda por esses produtos sofreu pequena queda no consumo se comparada a 2002, quando foi
consumido 1,06 milhão de toneladas na Alemanha. Já no Reino Unido, o consumo em 2007 foi 12% superior ao do ano de
2002. A França, Itália e Espanha também aumentaram o consumo nos últimos anos, 2%, 9% e 25%, respectivamente, em
relação a 2002.
No Leste Europeu, a Rússia é responsável por 57% do total consumido pela região. O crescimento desse consumo foi
bastante acelerado. Em 2002, o país consumiu 888 mil toneladas, enquanto que em 2007, o país atingiu a marca de 1,1
milhão de toneladas de consumo, o que representou um aumento de 24%. A Ucrânia e a Polônia são também importantes
na região. Os dois países tiveram um aumento no consumo de 38% e 34%, respectivamente.
Consumo de produtos de confeitaria * dos principais
países da Europa Ocidental
900
600
300
0
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
2002
2007
'000 toneladas
'000 toneladas
1200
1200
Consumo de produtos de confeitaria * dos
principais países do Leste Europeu
900
600
300
2002
2007
0
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
A seguir, são apresentados os quinze maiores importadores europeus do setor de chocolates, balas e confeitos, bem como
dados da exportação brasileira para esses mercados, taxas de crescimento médio anual das importações mundiais do
mercado e taxas de crescimento médio anual das exportações do Brasil para cada país analisado.
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79
SETOR - Chocolates, Balas e Confeitos
País
Reino Unido
Alemanha
França
Países Baixos
Bélgica
Rússia
Espanha
Áustria
Suécia
Polônia
Irlanda
Dinamarca
República Tcheca
Portugal
Noruega
Importações Totais
2007 (US$ mil)
1.884.463
1.875.584
1.841.134
931.205
794.910
594.292
557.195
504.581
467.390
396.818
386.374
369.881
364.305
272.587
251.633
Taxa de Crescimento
Exportações Brasileiras
Médio Anual das Imp
2007 (US$ mil)
Mundiais 2002/2007
678,83
652,90
67,16
606,34
1.220,55
769,91
1.752,67
42,72
186,74
1.330,58
41,15
2,93
239,44
1.470,37
0,00
16%
10%
12%
15%
13%
22%
16%
14%
10%
28%
13%
13%
25%
13%
13%
Taxa de Crescimento
Médio Anual das Exp
Brasileiras 2002/2007
12%
8%
-4%
16%
-9%
-9%
54%
0%
65%
37%
-28%
-36%
16%
15%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Por meio do gráfico abaixo, nota-se que em 2002, o Reino Unido era o 3º maior importador dos produtos contemplados no
setor “Chocolates, balas e confeitos”. Ao longo dos últimos anos, o país foi aumentando a sua participação nas importações
mundiais e em 2007, foi quem mais importou. A Alemanha foi o segundo maior importador, com um crescimento médio
anual de 10% no período de 2002 a 2007.
Em 2007, os principais destinos das exportações brasileiras foram Espanha, Portugal, Polônia e Rússia. No entanto, as
exportações para o mercado russo tiveram um excelente desempenho em 2005, mas nos anos seguintes sofreram uma
queda média de 49%. Em 2005, a Rússia importou do mundo US$ 372,8 milhões e o Brasil exportou para esse mercado US$
2,5 milhões. Naquele ano, os principais fornecedores para o mercado russo foram Ucrânia, Alemanha, Polônia e Países
Baixos, sendo o Brasil o 17º fornecedor. Em 2007, as importações mundiais da Rússia totalizaram US$ 594,2 milhões, o que
representou um aumento de 59% em relação a 2005. Nesse ano, os principais fornecedores foram a Polônia, a Ucrânia, a
Alemanha e a Itália.
O Brasil foi o 25º fornecedor para o mercado russo. A perda de participação de mercado dos produtos brasileiros pode ser
explicada, em parte, pelo melhor desempenho da China. Em 2005, o país foi o 21º fornecedor para a Rússia e em 2007, já
estava em 10º lugar no ranking dos fornecedores para o mercado russo. As exportações chinesas para esse mercado estão
concentradas na categoria “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), que é o principal produto exportado
pelo Brasil para a Rússia nos últimos anos.
Após análise das importações mundiais, exportações brasileiras e aumento no consumo, os mercados que serão analisados
a seguir serão: Reino Unido, Alemanha, Espanha, Portugal e Polônia. Vale destacar, que para esse setor, apesar da Ucrânia
não estar entre os principais importadores mundiais e não estar presente nos principais destinos das exportações
brasileiras, o país apresentou aumento de 38% no consumo em relação a 2002. Além disso, as barreiras existentes no
mercado europeu são muito altas o que motiva o empresário buscar mercados emergentes do Leste Europeu como a
Polônia e Rússia, para aumentar a participação brasileira no cenário internacional.
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80
Principais Importadores de chocolates, balas e confeitos
na Europa
Principais destinos das exportações brasileiras de
chocolates, balas e confeitos para Europa
1.500
US$ Milhares
US$ Milhões
2.000
1.000
500
2002
Alemanha
Bélgica
2003
França
Itália
2004
2002
2003
2004
Espanha
Portugal
Reino Unido
Alemanha
2005
2006
2007
Reino Unido
Países Baixos
Espanha
Áustria
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
•
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
2005
2006
2007
Polônia
Rússia
Países Baixos
Bulgária
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Reino Unido
No último ano, o Reino Unido importou US$ 1,9 bilhão de chocolates, balas e confeitos, o que representou um aumento
médio de 16% no período. Os principais fornecedores foram Alemanha, Bélgica, França e Irlanda, responsáveis por 57% do
total fornecido para o mercado. Em 2002, a Irlanda era o principal fornecedor para o Reino Unido, mas perdeu 8 pontos
percentuais no último ano, absorvidos pelos concorrentes. A Itália também aumentou a sua participação em 2 pontos
percentuais e obteve um crescimento médio anual de 30% no período.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos
percentuais)
Em 2007, as exportações brasileiras totalizaram US$ 678,8 mil, o que representou uma queda de 12% em relação ao ano
anterior, mas também um aumento de 78% em relação a 2002. No último ano, o Brasil foi o 39º colocado no ranking dos
fornecedores para o mercado inglês e as exportações brasileiras cresceram na média do período 12%.
Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos no Reino Unido
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
6,0
França (3) Bélgica (2)
4,0
Polônia (8)
Alemanha (1)
Itália (6)
14%
2,0
18%
0,0
República Tcheca (10)
0%
-2,0
10%
20%
30%
40%
Espanha (9)
Suíça (7)
-4,0
Países Baixos (5)
O Brasil ficou na 39ª colocação no
ranking de fornecedores, com um
crescimento médio anual das
exportações para o país de 12%,
no período em análise.
-6,0
Irlanda (4)
-8,0
Valor de Referência =
US$ 100 mi
-10,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008
Na tabela abaixo estão apresentadas as importações mundiais do Reino Unido e as exportações brasileiras para o mercado
em SH6. As principais oportunidades para os empresários brasileiros são “Outros chocolates e preparações alimentícias
contendo cacau” (SH6 180690). No último ano, as exportações brasileiras dessa categoria de produtos cresceram 37% em
relação a 2006 e totalizaram US$ 345,2 mil, e foi responsável por mais da metade das exportações brasileiras para o
mercado inglês. Outra categoria que cresceu muito no último ano foi “Chocolate e outras preparações alimentícias com
cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus” (SH6 180631), 42%, quando o Brasil exportou US$ 18.032. Já para os “Outros
produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), as exportações brasileiras totalizaram US$ 187,1 mil, no mesmo
patamar do ano anterior.
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81
Vale destacar, a inversão do fornecimento pelo Brasil no que tange os produtos desse setor. Em 2002, “Outros produtos de
confeitaria, sem cacau” (SH6 170490) corresponderam a 75% das exportações brasileiras totais desse setor para o Reino
Unido. Em 2007, a participação dessa categoria de produtos caiu para 28%. Em contrapartida, a categoria “Outros
chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690) teve sua participação elevada de 13%, em 2002, para
51%, em 2007.
SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau
485.437.063
21%
187.178
0%
0,04%
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
0,14%
Outros chocolates e preparações alimentícias
622.913.166
19%
345.256
37%
0,06%
0,40%
180690
contendo cacau
Chocolate e outras preparações alimentícias com
180631
249.079.278
11%
18.032
42%
0,01%
0,14%
cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 180690 - Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau
Principais fornecedores para o Reino Unido
O gráfico abaixo apresenta a evolução dos
preços médios praticados pelos principais
fornecedores do produto SH6 180690.
Conforme já mencionado, as exportações
brasileiras ficaram concentradas no item
“Outros chocolates e preparações
alimentícias, contendo cacau”. Os preços
médios praticados pelo Brasil foram
superiores aos praticados pela Alemanha
(1º ranking) e Países Baixos (3º ranking),
mas inferiores aos preços praticados pela
Bélgica (2º ranking).
12.000
10.000
US$/Ton
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2002
2003
1. Alemanha
5. Itália
8. Irlanda
2004
2. Bélgica
Média Geral
9. EUA
2005
2006
3. Países Baixos
6. Suíça
10. Eslováquia
2007
4. França
7. Polônia
35. Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas
pelos países para mensurar suas exportações e
importações, podem existir divergências nos dados
publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo
Brasil.
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido
CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS
País
EUA
Turquia
China
Canadá
Brasil
170490
19,19%
1,51%
15,77%
19,19%
19,19%
180690
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
180631
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
No gráfico ao lado, expõe-se as tarifas alfandegárias
aplicadas aos principais fornecedores de Chocolates, balas
e confeitos para o Reino Unido, afora os países membros
da União Européia que são beneficiados com tarifação de
0,0%. A condição do Brasil é semelhante a do Canadá e a
dos Estados Unidos, com aplicação de tarifa de 19,19%
para o produto SH6-170490 e de 0,00% para os demais
produtos. À China é aplicada tarifa um pouco inferior,
15,77% para o produto SH6-170490. Já a Turquia encontrase em situação privilegiada, em virtude de ser taxada em
1,51% para esse mesmo item.
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82
•
Alemanha
No último ano, as importações mundiais da Alemanha desse setor foram US$ 1,8 bi e os principais países fornecedores de
chocolates, balas e confeitos para o país foram Bélgica (24% do total), Países Baixos (19%) e França (10%). Nota-se que,
enquanto a Bélgica aumentou em 7 pontos percentuais sua participação em relação a 2002, seus principais concorrentes
perderam participação neste mercado. A França, no que tange as exportações francesas desse setor para o mercado
alemão, além de perder 14 pontos percentuais, caiu em média 10% ao ano de 2002 a 2007. A principal categoria
responsável pelo decréscimo das exportações francesas para o mercado alemão foi “Chocolate e outras preparações
alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus” (SH6 180632). Em 2002, a França era praticamente a
única fornecedora desses produtos para a Alemanha. Já em 2007, caiu para 4ª posição no ranking, com Suíça, Áustria e
Bélgica elevando suas participações. Em 2007, as exportações brasileiras totalizaram US$ 652 mil, com crescimento médio
anual de 8% no período de 2002 a 2007.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos
percentuais)
Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos na Alemanha
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
12,0
Bélgica (1)
8,0
24%
Suíça (4)
Polônia (7)
4,0
Espanha (8)
Reino Unido (9)
0,0
-10%
0%
10%
Itália (6)
30%
Brasil (47)
República Tcheca (10)
-4,0
-8,0
20%
Áustria (5)
Países Baixos (2)
França (3)
-12,0
Valor de Referência = US$
100 mi
10%
-16,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008
As principais oportunidades para os produtos brasileiros desse setor estão listadas na tabela abaixo. Vale destacar que a
categoria mais exportada pelo Brasil para o mercado alemão foi “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490),
92% do total. Apesar da queda no último ano do fornecimento brasileiro para a Alemanha de “Outros chocolates e
preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690), o produto foi selecionado no quadro abaixo, pois é o principal
item importado pelo país (35% do total), além de ter apresentado crescimento de 22% em relação a 2006 e de 65% em
relação a 2002. Os principais países fornecedores desse produto para o mercado alemão foram Bélgica, França e Países
Baixos.
SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Outros chocolates e preparações alimentícias
contendo cacau
Chocolate e outras preparações alimentícias com
180631
cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus
180690
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
491.515.488
7%
602.431
40%
0,12%
0,44%
663.515.463
22%
15.164
-53%
0,00%
0,02%
208.365.369
19%
4.893
183%
0,00%
0,04%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
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83
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 170490 - Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Principais fornecedores para a Alemanha
O gráfico abaixo apresenta os preços médios
praticados para o principal produto
exportado pelo Brasil para a Alemanha (SH6
170490). Os maiores fornecedores foram
Bélgica, Países Baixos e Espanha. Os preços
médios do produto brasileiro estão bem
abaixo da concorrência.
8.000
7.000
6.000
US$/Ton
5.000
4.000
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos
países para mensurar suas exportações e importações, podem
existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e
naqueles divulgados pelo Brasil.
3.000
2.000
1.000
0
2002
2003
1. Bélgica
5. Suíça
8. Irlanda
2004
2. Países Baixos
Média Geral
9. Dinamarca
2005
3. Espanha
6. Polônia
10. Áustria
2006
2007
4. Reino Unido
7. República Tcheca
46. Brasil
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha
CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS
País
Turquia (13)
Rússia (16)
China (19)
Tailândia (20)
Brasil (47)
170490 180690 170410 180632 180631
1,51%
0,00%
6,23%
0,00%
0,00%
15,77%
0,00%
2,73%
0,00%
0,00%
15,77%
0,00%
2,73%
0,00%
0,00%
15,77%
0,00%
2,73%
0,00%
0,00%
19,19%
0,00%
6,23%
0,00%
0,00%
Em relação às barreiras tarifárias, o Brasil é o país que se
encontra em situação de maior dificuldade dentre os
países analisados no quadro ao lado. Afora os itens em
que sofre tarifação de 0,00%, em condição de igualdade
com os outros países, o produto brasileiro é taxado em
19,19% para o SH6-170490 e 6,23% para o SH6-180631,
as maiores tarifas aplicadas para os países em estudo.
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Espanha
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos na Espanha
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
12,0
Itália (4)
8,0
Alemanha (2) França (1)
4,0
20%
0,0
-10%
5%
Suíça (8)
16%
-4,0
Reino Unido (5)
Brasil (15)
Portugal (10)
20%
35%
Áustria (7)
Países Baixos (6)
Bélgica (3)
-8,0
Valor de Referência =
US$ 50 mi
50%
Em 2007, as importações mundiais espanholas
de chocolates, balas e confeitos totalizaram
US$ 557,1 milhões, o que representou um
aumento de 12% em relação ao ano anterior.
Os principais fornecedores desses produtos
para o mercado espanhol foram França,
Alemanha, Bélgica e Itália. O país que mais
ganhou participação de mercado, 07 pontos
percentuais em relação a 2002, foi a Itália.
Naquele ano, a participação italiana no
mercado espanhol foi 8%. Já em 2007 atingiu
15%.
No último ano, as exportações brasileiras desse
setor atingiram US$ 1,75 milhão. Esse valor
-16,0
representou um aumento de 42% em relação a
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
2006 e 763% em relação a 2002, o que tornou o
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Brasil o 15º país fornecedor para o mercado
espanhol, com crescimento médio anual de 54% no período de 2002 a 2007. Em 2002, o Brasil era o 26º fornecedor para o
-12,0
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84
mercado espanhol de chocolates, balas e biscoitos. Apesar, da pequena participação no mercado espanhol (0,3%), os
produtos brasileiros desse setor estão ganhando cada vez mais mercado na Espanha.
A tabela abaixo apresenta as principais oportunidades para os produtos brasileiros no mercado espanhol. Os “Outros
chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690) e “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6
170490) foram os que apresentaram maior crescimento médio no período, 89% e 39%, respectivamente. Em 2002, as
exportações brasileiras para o mercado espanhol dos “Outros chocolates contendo cacau” (SH6 180690) totalizaram US$
15.000,00, enquanto em 2007 totalizaram US$ 361.352,00. As importações totais da Espanha desse produto cresceram
25% em relação a 2006 e representaram 37% do total importado da categoria. Já as importações espanholas totais de
“Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490) sofreram redução de 4% em relação a 2006, mas houve
crescimento das exportações brasileiras de 13%. Esse produto foi responsável por 56% do total exportado pelo Brasil desse
setor para a Espanha.
SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
(US$)
2007/2006
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
180690
Outros chocolates e preparações alimentícias
contendo cacau
207.943.157
25%
361.352
459%
0,17%
0,42%
180632
Chocolate e outras preparações alimentícias com
cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus
141.065.103
17%
23.756
355%
0,02%
0,10%
97.581.877
-4%
975.653
13%
1,00%
0,72%
170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Chocolate e outras preparações alimentícias com
180631
32.318.389
12%
4.276
0%
0,01%
0,03%
cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus
Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de
170410
8.957.088
-27%
387.331
30%
4,32%
1,09%
açúcar
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Os gráficos acima apresentam a evolução dos preços médios praticados pelo Brasil, bem como os dez principais países
fornecedores para a Espanha para os produtos “Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau” (SH6
180690), “Outros produtos de confeitaria, com cacau” (SH6 170490) e “Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de
açúcar” (SH6 170410). No caso do primeiro produto (SH6 180690), o Brasil foi o 23º país fornecedor e apresentou o menor
preço médio para esse produto, em linha com os preços praticados por Portugal. No caso do segundo produto (SH6
170490), o Brasil foi o 12º país fornecedor para o mercado espanhol e apresentou o menor preço praticado no período.
Com relação ao terceiro produto (SH6 170410), os produtos brasileiros ficaram na 9ª posição no ranking e apresentaram o
menor preço médio praticado no período.
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 180690 - Outros chocolates e prep. alimentícias, contendo cacau
Principais fornecedores para a Espanha
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 170490 - Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Principais fornecedores para a Espanha
40.000
10.000
8.000
30.000
20.000
US$/Ton
US$/Ton
6.000
4.000
10.000
2.000
0
2002
2003
1. Itália
5. Países Baixos
8. Reino Unido
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
2004
2. França
Média Geral
9. Suécia
2005
2006
3. Bélgica
6. Portugal
10. Dinamarca
2007
4. Alemanha
7. Suíça
23. Brasil
0
2002
2003
1. Alemanha
5. Bélgica
8. Suécia
2004
2. França
Média Geral
9. Áustria
2005
3. Itália
6. China
10. Irlanda
2006
2007
4. Países Baixos
7. Reino Unido
12. Brasil
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
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85
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 170410 - Gomas de mascar, sem cacau, mesmo sem revest. de cacau
Principais fornecedores para a Espanha
O Brasil sofre aplicação das maiores tarifas alfandegárias
pela Espanha para os produtos SH6-170490 e SH6-170410,
ficando em situação de desvantagem. Em relação aos
produtos SH6-180690, SH6-180632, SH6-180631, o Brasil
encontra-se me situação de igualdade com os outros países,
uma vez que os produtos brasileiros são taxados em 0,00%,
assim como os demais.
15.000
12.000
US$/T
9.000
6.000
3.000
0
2002
2003
1. Reino Unido
5. China
8. Países Baixos
2004
2. Colômbia
Média Geral
9. Brasil
2005
3. Rússia
6. Portugal
10. Dinamarca
2006
2007
4. França
7. Alemanha
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Espanha
CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS
País
China
Colômbia
Rússia
México
Brasil
170490
15,77%
8,32%
15,77%
3,04%
19,19%
180690
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
170410
2,73%
0,00%
2,73%
2,73%
6,23%
180632
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
180631
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Polônia
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos
percentuais)
No último ano, as importações mundiais de chocolates, balas e confeitos da Polônia totalizaram US$ 396,8 milhões, o que
representou um aumento de 21% em relação a 2006 e 238% em relação a 2002. Isto reflete o aumento de consumo dessa
categoria de produtos no país, devido à maior abertura do mercado polonês para produtos estrangeiros nos últimos anos.
Os principais países fornecedores para a Polônia em 2007 foram Alemanha, República Tcheca, Itália e Países Baixos. A
Alemanha forneceu 48% do total importado pelo país desse setor. Dos 10 principais países fornecedores, destaca-se a
Lituânia que praticamente não exportava
em 2002 e em 2007 exportou US$ 11
Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos na Polônia
Dez Principais Fornecedores + Brasil
milhões, o que representou um
2002/2007
crescimento médio anual de 317% no
8,0
período.
Alemanha (1)
6,0
48%
República
Tcheca (2)
4,0
2,0
Lituânia (8)
Itália (3)
França (5)
Áustria (10)
0,0
-5%
Bélgica (6)
Brasil (24)
45%
Espanha (9)
16%
95%
145%
195%
245%
295%
-2,0
Países Baixos (4)
-4,0
Eslováquia (7)
Valor de Referência =
US$ 50 mi
-6,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Em 2002, o Brasil não fornecia nenhum
produto deste setor para o mercado
polonês. A partir do ano seguinte, as
exportações brasileiras totalizaram US$
276 mil. No último ano, as exportações
brasileiras atingiram US$ 1,3 milhão, o que
representou um aumento de 19% em
relação a 2006 e 381% em relação a 2003,
quando o Brasil passou a exportar esses
produtos para a Polônia. Em 2007, o Brasil
foi o 24º principal exportador para a
Polônia.
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86
O principal produto importado pela Polônia, e de maior valor agregado, foi “Outros chocolates e preparações alimentícias
contendo cacau” (SH6 180690). Este representa 32% do total importado pela Polônia desse setor e obteve um aumento de
28% em relação a 2006. A participação brasileira ainda é muito baixa e as exportações brasileiras desses produtos ficaram
no mesmo nível que em 2006. O segundo produto mais importado pela Polônia foi “Outros produtos de confeitaria, sem
cacau” (SH6 170490), que correspondeu a 26% do total importado e apresentou um crescimento de 32%. Todavia, as
exportações brasileiras caíram 23% em relação a 2006. As “Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar”
(SH6 170410) foram os produtos mais exportados pelo Brasil no período e apresentaram um crescimento de 73% em
relação ao ano anterior. O aumento das exportações brasileiras no período de 2003 a 2007 pode ser explicado pelo
desempenho das vendas brasileiras desse produto. No entanto, as importações mundiais da Polônia tiveram uma pequena
queda em relação a 2006 (-6%).
SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
SH6
180690
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Outros chocolates e preparações alimentícias
contendo cacau
170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
128.377.477
28%
14.250
0%
0,01%
0,02%
103.272.263
32%
501.214
-23%
0,49%
0,37%
Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de
170410
5.364.518
-6%
815.115
73%
15,19%
2,30%
açúcar
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Os gráficos abaixo apresentam os preços médios praticados pelos principais países fornecedores de chocolates, balas e
confeitos para o mercado polonês. No caso dos “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), os preços
praticados pelo Brasil ficaram bem abaixo dos demais concorrentes. Todavia, o volume exportado pelo Brasil para a Polônia
foi muito baixo.
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 170490 - Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Principais fornecedores para a Polônia
6.000
US$/Ton
4.500
3.000
1.500
0
2002
2003
1. Alemanha
5. Espanha
8. Hungria
2004
2. Itália
Média Geral
9. Equador
2005
2006
3. República Tcheca
6. Bélgica
10. Turquia
2007
4. Países Baixos
7. Irlanda
24. Brasil
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Já para as “Gomas de mascar, sem cacau, sem revestimento de cacau” (SH6 170410), o Brasil foi o segundo principal país
fornecedor para a Polônia e o preço médio praticado pelo Brasil foi US$ 2.782 a tonelada.
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87
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 170410 - Gomas de mascar, sem cacau, mesmo sem revest. de cacau
Principais fornecedores para a Polônia
12.000
US$/T
9.000
6.000
3.000
0
2002
2003
1. Reino Unido
5. Hungria
8. Países Baixos
2004
2. Brasil
Média Geral
9. República Tcheca
2005
3. Espanha
6. França
10. Eslovênia
2006
4. Turquia
7. Alemanha
2007
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Com relação aos concorrentes do Brasil, os preços desse produto brasileiro foram 62% inferiores aos preços praticados pelo
Reino Unido, principal fornecedor de gomas de mascar para o mercado polonês, mas 14% e 12% maiores do que os da
Turquia e Hungria, 4º e 5º maiores fornecedores do produto para a Polônia.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Polônia
CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS
País
Turquia
Equador
Colômbia
Costa do Marfim
Brasil
180690
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
170410
6,23%
0,00%
0,00%
0,00%
6,23%
170490
1,51%
8,32%
8,32%
0,00%
19,19%
No caso da Polônia, a Costa do Marfim se beneficia com as
menores tarifas, 0,00%, bem como os países membros da
União Européia.
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Portugal
Em 2007, os principais países fornecedores para Portugal foram Espanha, Alemanha, França e Países Baixos. Juntos foram
responsáveis por 81% do total importado pelo mercado português, que totalizou US$ 273,7 milhões. Vale destacar que a
Espanha ganhou 6 pontos percentuais de participação no mercado com relação a 2002. O aumento dessa participação
ocorreu devido à perda de participação da França. Em 2002, o país tinha 13% de market share e em 2007 a participação da
França caiu para 9%. No último ano, as importações portuguesas totais desse setor representaram um aumento de 25% em
relação a 2006.
No último ano, o Brasil foi o 14º fornecedor para Portugal, quando o país exportou US$ 1,4 milhão. As exportações
brasileiras cresceram 26% em relação a 2006 e 102% em relação a 2002. Embora, com um volume baixo de exportação para
o país, a Áustria foi o fornecedor que apresentou o maior crescimento médio no período analisado (2002-2007), 39%.
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88
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos em Portugal
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
9,0
Espanha (1)
7,0
49%
5,0
3,0
Alemanha (2)
Bélgica (5)
1,0
Suíça (9)
Países Baixos (4)
Áustria (10)
17%
Grécia (7)
-1,0 0%
10%
Itália (6)
Brasil (14)
20%
30%
-3,0
40%
Valor de Referência = US$
50 mi
França (3)
-5,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
O quadro abaixo apresenta as principais oportunidades para os produtos brasileiros em Portugal. Em 2007, as exportações
brasileiras ficaram concentradas em “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690), 81% do
total, que possui maior valor agregado. As exportações brasileiras desse produto cresceram no mesmo patamar das
importações totais portuguesas para esse produto, 20%. Todavia, a participação brasileira no total importado foi de
aproximadamente 1%.
O crescimento das exportações brasileiras para os demais produtos (SH6 180652 e SH6 170410) no último ano foi bastante
agressiva, 117% e 123%, respectivamente. Para o último produto (SH6 170410), o Brasil passou de 12º principal fornecedor
em 2002 para o mercado português para 5ª colocação no ranking desse produto em 2007. Os principais concorrentes
brasileiros dessa categoria de produtos são Grécia, Portugal, Colômbia e Alemanha.
SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Brasileiras
Imp. Mundiais do
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
(US$)
2007/2006
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
180690
Outros chocolates e preparações alimentícias
contendo cacau
146.201.446
24%
1.131.823
20%
0,77%
1,32%
180632
Chocolate e outras preparações alimentícias com
cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus
42.502.192
21%
86.270
117%
0,20%
0,36%
Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de
8.993.442
13%
127.305
123%
1,42%
0,36%
açúcar
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
170410
Os preços médios praticados pelo Brasil nas categorias com maior valor agregado (SH6 180690 e 180632) estão
apresentados nos gráficos abaixo. Para “Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau” o Brasil foi o 7º
principal fornecedor em 2007 com preços praticados bem abaixo dos demais concorrentes, exceto Alemanha.
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89
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 180690 - Outros chocolates e prep. alimentícias, contendo cacau
Principais fornecedores para Portugal
Evolução dos preços médios 2002 - 2007
SH6 - 180632 - chocolates e outras prep. alimentícias com cacau não recheadas em
tabletes, barras e paus
Principais fornecedores para Portugal
12.000
10.000
9.000
8.000
6.000
US$/Ton
US$/Ton
6.000
4.000
3.000
2.000
0
2002
2003
1. Espanha
5. Bélgica
8. Reino Unido
2004
2. Alemanha
Média Geral
9. Suíça
2005
2006
3. França
6. Países Baixos
10. Dinamarca
2007
4. Itália
7. Brasil
0
2002
2003
1. Espanha
5. Suíça
8. Áustria
2004
2. Alemanha
Média Geral
9. Eslováquia
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
2005
3. França
6. Reino Unido
10. Itália
2006
2007
4. Bélgica
7. Países Baixos
19. Brasil
Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Já para os chocolates e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas em tabletes, barras e paus o Brasil foi o
19º principal fornecedor, e os preços médios brasileiros também ficaram bem abaixo dos demais concorrentes.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas por Portugal
CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS
País
Colômbia
Brasil
Argentina
Turquia
Canadá
180690
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
170410
0,00%
6,23%
2,73%
6,23%
6,23%
180632
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
5.5. Frutas e Sucos de Frutas
Para identificar o perfil de consumo de frutas por região, seja in natura ou processadas, foram criados gráficos separados,
pois a unidade informada no Euromonitor difere nos dois casos. Em relação às frutas o consumo foi analisado em ‘000
toneladas e para os sucos em milhões de litros.
Em 2007, o consumo mundial de frutas totalizou 318 milhões de toneladas. De acordo com o gráfico abaixo, a Ásia foi a
região que mais consumiu frutas frescas no mundo, 54% do total. A China e a Índia foram os países que mais consumiram
esses produtos no ano em questão, 23% e 12%, respectivamente, do total mundial. Este fato pode ser explicado devido ao
elevado número de habitantes nos dois países e dependendo da fruta, torna-se um item extremamente barato e básico
para consumo nas refeições da população. Em segundo lugar, encontra-se a América Latina (15% do total). Em 2007, a
população brasileira foi responsável por 7% do total de frutas consumidas mundialmente. Esse valor representa quase
metade de todo o consumo da América Latina.
Quando os dados de frutas processadas (sucos de frutas) são analisados, o cenário fica um pouco diferente. Em 2007, o
consumo mundial de sucos de frutas atingiu 50 bilhões de litros. A Ásia permanece como a região mundial que mais
consumiu esse produto em 2007, 30% do total. Em seguida, aparece a Europa Ocidental, América do Norte, Leste Europeu
e por fim a América Latina, que no caso de frutas foi o 2º maior mercado consumidor. Nota-se um aumento do consumo
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90
dos sucos industrializados nos últimos anos, principalmente pela entrada de novos produtos e pela conveniência, no caso
do público que não quer perder tempo para fazer o suco caseiro.
Evolução do consumo de suco de frutas por região
consumo em milhões de litros
consumo em '000 toneladas
Evolução do consumo de frutas por região
320.000
280.000
240.000
200.000
160.000
120.000
80.000
40.000
2002
2003
2004
2005
Ásia
América Latina
África e Oriente Médio
América do Norte
Oceania
2006
2007
Europa Ocidental
Leste Europeu
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
2002
Ásia
Leste Europeu
Oceania
2003
2004
2005
Europa Ocidental
América Latina
2006
2007
América do Norte
África e Oriente Médio
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Consumo de frutas dos principais países da Europa
Ocidental
'000 toneladas
9.000
6.000
2002
3.000
2007
-
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
consumo em milhões de litros
No último ano, o consumo de frutas e sucos de frutas na Europa Ocidental totalizou 39,3 milhões de toneladas e 10,5
bilhões de litros, respectivamente. Da mesma maneira que ocorreu no consumo mundial, alguns países que apresentaram
um elevado consumo de frutas in natura ficaram em posição inferior no que tange o consumo dos processados, em 2007
(Ex.: Turquia). Os países que mais consomem sucos de frutas são a Alemanha, Reino Unido e França, sendo que a Alemanha
consumiu 5% menos do que o ano de 2002 e o Reino Unido teve um aumento no consumo de sucos de frutas de 40%.
Outro destaque é o caso da Turquia, que em 2002 consumiu 293 milhões de litros e em 2007 totalizou 592 milhões de
litros.
Consumo de suco de frutas dos principais países da Europa
Ocidental
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
-
2002
2007
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
-
Consumo de frutas dos principais países do Leste
Europeu
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
2002
2007
consumo em milhões de litros
'000 toneladas
Em 2007, o consumo no Leste Europeu foi de 11,9 milhões de toneladas de frutas e de 6 bilhões de litros de sucos de frutas.
A Rússia foi o principal país consumidor de frutas e também de sucos de frutas. Em 2007, o consumo de frutas foi 51%
maior que em 2002 e no caso de sucos de frutas o aumento foi de 74%. A Polônia foi o segundo maior consumidor nos dois
segmentos e a Ucrânia ficou em terceiro lugar. Em 2002, a população ucraniana consumiu 213 milhões de litros e em 2007
passou para 575 milhões de litros.
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
-
Consumo de sucos de frutas dos principais países do
Leste Europeu
2002
2007
Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil
Para a análise dos dados estatísticos em valor (US$), listados abaixo, foram considerados as frutas e sucos de frutas
conjuntamente. Os principais países importadores da região para estes setores foram Alemanha, Reino Unido, Países
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91
Baixos e França. Juntos, foram responsáveis por 39% das importações mundiais desses produtos que totalizaram no último
ano US$ 77,2 bilhões. Nota-se que a maioria dos quinze maiores importadores europeus apresentou crescimento médio
anual na faixa de 11% a 17% no período de 2002 a 2007, com exceção da Rússia e a Polônia que registraram 34% e 21%,
respectivamente.
Em 2007, as exportações brasileiras totais de frutas e sucos de frutas totalizaram US$ 3,3 bilhões em 2007. Deste total, 28%
foram frutas e 72% sucos de frutas. Para esses quinze principais mercados europeus o Brasil exportou 2,1 bilhões desses
produtos, ou seja, 64% do total das exportações brasileiras destes setores. As exportações brasileiras para esses quinze
mercados também obtiveram um excelente desempenho no período de 2002 a 2007 com taxas médias de crescimento
entre 11% e 68%. Da mesma forma que ocorreu com as importações mundiais, os mercados que o apresentaram maiores
taxas de crescimento médio das exportações brasileiras no período foram a Rússia e Polônia, 81% e 185%,
respectivamente. O Brasil é o maior exportador de sucos de frutas do mundo. Em 2007, as exportações brasileiras
corresponderam a 17% do total exportado de sucos, o que totalizou US$ 2,4 bilhões. O suco de laranja foi principal item
comercializado pelo Brasil, 93% do total exportado pelo país.
SETOR - Frutas e Sucos de Frutas
País
Alemanha
Reino Unido
Países Baixos
França
Bélgica
Rússia
Itália
Espanha
Polônia
Áustria
Suécia
Suiça
Dinamarca
Noruega
Portugal
Importações Totais Exportações Brasileiras
2007 (US$ mil)
2007 (US$ mil)
9.169.413
6.338.893
5.496.052
5.149.460
4.662.393
4.094.642
2.778.063
2.134.819
1.464.967
1.401.916
1.154.701
1.011.806
806.559
692.322
646.735
37.947
226.360
793.796
18.485
808.707
8.216
34.590
55.326
1.695
167
5.877
74.306
4.485
6.151
25.366
Taxa de Crescimento
Médio Anual das Imp
Mundiais 2002/2007
11%
14%
15%
12%
15%
34%
12%
17%
21%
17%
14%
10%
14%
17%
11%
Taxa de Crescimento
Médio Anual das Exp
Brasileiras 2002/2007
22%
31%
11%
31%
18%
81%
27%
37%
185%
68%
25%
42%
47%
35%
17%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Os gráficos abaixo apresentam a evolução das importações dos principais mercados europeus e também dos principais
destinos das exportações brasileiras para a região. A Alemanha se destaca como o principal país comprador de frutas e
sucos de frutas da Europa. Em 2007, o país importou US$ 9,1 bilhões desses produtos, sendo 81% frutas in natura e 19%
sucos de frutas, pois utiliza as frutas importadas para comercialização e também para produção dos sucos voltados ao
consumo interno e externo.
Os principais mercados importadores dos sucos e frutas brasileiros foram Bélgica, Países Baixos e Reino Unido. Em 2007,
esses países foram responsáveis por 56% do total exportado pelo Brasil. No entanto, na seleção e análise dos principais
mercados para o exportador brasileiro na região, os Países Baixos não foram considerados por atuarem como redistribuidores dos produtos na região, ou seja, importam grande quantidade desses produtos não só do Brasil como do
mundo e re-exportam para os principais compradores europeus.
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92
Principais Importadores de frutas e sucos de frutas
na Europa
Principais destinos das exportações brasileiras de
frutas e sucos de frutas para Europa
10.000
800.000
US$ Milhares
US$ Milhões
8.000
6.000
4.000
2.000
600.000
400.000
200.000
-
2002
Alemanha
Bélgica
2003
2004
Reino Unido
Rússia
2002
Bélgica
Espanha
2005
2006
2007
Países Baixos
França
Itália
Espanha
2003
2004
Países Baixos
Alemanha
2005
2006
2007
Reino Unido
Suiça
Itália
Portugal
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Em 2007, os Países Baixos importaram do mundo US$ 5,5 bilhões destes produtos (80% frutas e 20% processados). Nesse
mesmo ano, os Países Baixos exportaram para o mundo US$ 5 bilhões (72% frutas e 28% processados). O gráfico a seguir
apresenta os principais países compradores dos Países Baixos destes produtos em 2007. Vale destacar que os itens mais
importantes da pauta importadora de frutas e sucos de frutas dos Países Baixos são os mesmos da pauta exportadora deste
setor para os mercados europeus (uvas, laranjas, maçãs e sucos de laranja).
Exportações de frutas e sucos de frutas dos Países Baixos
2007 - US$ 5 bilhões
Outros
Itália
Espanha
Suécia
Rússia
Bélgica
Reino Unido
França
Alemanha
Frutas
Sucos de frutas
-
500
1.000
1.500
2.000
US$ Milhões
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil
De acordo com dados do IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas, aproximadamente 70% das exportações brasileiras ocorrem
por meio marítimo. Cada vez mais a tecnologia vem sendo usada em benefício da manutenção do frescor das frutas,
especialmente durante a logística de distribuição, o que permite um maior aproveitamento dos produtos e a garantia da
qualidade para o cliente final. O transporte aéreo é utilizado, na maioria das vezes, para movimentar frutas mais sensíveis
como figos, morangos e caquis.
No último ano, as exportações brasileiras totais de frutas e sucos de frutas somaram US$ 3,3 bilhões, o que representou um
aumento de 45% em relação a 2006 e 125% em relação a 2002. Quando analisados separadamente, as exportações
brasileiras totais cresceram 32% (frutas frescas) e 51% (frutas processadas) em relação a 2006. Vale destacar que esse
aumento só foi possível devido ao maior investimento na produção local para oferecer produtos diversificados e atender a
demanda externa. Exemplos bem sucedidos foram as variações dos tipos de melões ofertados e também das uvas sem
caroço. Além das frutas processadas, o Brasil oferece também a fruta minimamente processada, que permite aos países
importadores que as utilizem para a fabricação dos sucos no mercado local. Atualmente, o consumidor moderno demanda
praticidade e evita gastar muito tempo no processamento dos alimentos.
Os principais concorrentes do Brasil no setor de frutas e sucos de frutas são os países localizados no Hemisfério Sul, que
apresentam o mesmo período de safra e por isso concorrem diretamente com a produção brasileira. Vale destacar que esta
ampla concorrência não ocorre de forma integral. Alguns países ou blocos oferecem preferências tarifárias em
determinados períodos do ano. É justamente nesta época que os países aproveitam para aumentar a sua participação de
mercado.
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93
Concorrentes do Brasil nas Exportações de Frutas frescas
Maçãs
África do Sul, Nova Zelândia, Chile, Argentina
Melão
Espanha, Costa Rica, México, Guatemala, Honduras, Peru
Banana
Equador, Costa Rica, Colômbia, Guatemala, Jamaica, Honduras, Panamá, Filipinas
Uva
Lima Ácida
Manga
Papaia
Abacaxi
Chile, África do Sul, México, Itália, USA
México
México, Peru, Equador, Costa Rica, África do Sul, Venezuela
México, Belize, Costa Rica, Equador, República Dominicana, Havaí
Costa Rica, Honduras, México, África do Sul, Costa do Marfim, Equador, Gana
Fonte: IBRAF – Elaboração UIC, Apex-Brasil
É importante ressaltar que o Brasil é o 3º maior produtor de frutas, atrás da China e Índia, que não são concorrentes diretos
do produto brasileiro. Em 2007, o Brasil foi o 6º maior exportador de frutas e sucos de frutas para o mundo.
Os mercados dos Países Baixos e Bélgica não foram aprofundados e sim os seus principais mercados compradores na
Europa. A seguir, seguem as análises para o Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e Polônia.
•
Reino Unido
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Em 2007, os principais fornecedores de frutas e sucos de frutas para o Reino Unido foram a Espanha, Países Baixos, África
do Sul e França. Esses quatro países foram responsáveis por 36% do total importado pelo país. O país que perdeu maior
participação foi a França (4 pontos percentuais), absorvida por outros mercados. No último ano, o Brasil aumentou em 1
ponto percentual a sua participação, na comparação com o ano de 2002, quando o país exportou US$ 58 milhões. Em 2007,
as exportações brasileiras de frutas e sucos de frutas para o Reino Unido somaram US$ 226 milhões, o que significou um
aumento de 289% em relação a 2002.
Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para o Reino Unido
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
3,0
O Brasil ficou na 8º
colocação no ranking
de fornecedores, com
exportações de US$
226 mi, em 2007.
2,0
1,0
Brasil (8)
Bélgica (7)
Países Baixos (2)
Costa Rica (10)
Alemanha (6)
Itália (5)
0,0
0%
5%
EUA (9) 10%
15%
20%
25%
30%
-1,0
Espanha (1)
-2,0
África do Sul (3)
-3,0
-4,0
França (4)
Valor de Referência = US$
250 mi
-5,0
-6,0
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Na tabela abaixo, estão apresentadas as principais oportunidades para os produtos brasileiros do setor de frutas e sucos de
frutas no Reino Unido. O principal produto brasileiro exportado foi “Outros sucos de laranjas, não fermentados” (SH6
200919), 36% do total. Vale destacar que no último ano o crescimento das exportações foi de 44%, e se comparado com o
ano de 2002, o crescimento foi de 990%. Conforme já mencionado, os Países Baixos atuam como distribuidores na região, e
são os maiores compradores do produto brasileiro (69% do total). Para que o Brasil possa aumentar ainda mais a sua
participação no mercado do Reino Unido, é preciso descentralizar as exportações e aumentar a exportação direta para o
mercado. Nota-se também as oportunidades para os melões frescos (SH6 080719), uvas frescas (SH6 080610) e maçãs
frescas (SH6 080810), que obtiveram crescimento de 41%, 87% e 79%, respectivamente. Embora, com pequena
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94
participação nas importações mundiais de sucos de frutas, as exportações brasileiras de sucos de laranjas, congelados e não
fermentados (SH6 200911) cresceram 597% no último ano.
SETOR: FRUTAS E SUCOS
SH6
200919
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Brasileiras
Imp. Mundiais do
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
para o
Mercado-alvo em
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
(US$)
2007/2006
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Outros sucos de laranjas, não
fermentados
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
369.424.949
23%
81.878.812
44%
22%
17%
080719 Melões frescos
189.018.589
13%
41.498.610
41%
22%
32%
080610 Uvas frescas
613.041.438
9%
41.153.226
87%
6,7%
24,3%
080810 Maçãs frescas
637.255.500
11%
11.184.293
79%
2%
16%
080550 Limões e limas, frescos ou secos
95.610.096
13%
6.117.604
3%
6%
15%
101.845.610
19%
6.052.085
15%
6%
3%
39.611.794
29%
4.285.293
18%
11%
34%
254.036.672
17%
3.834.361
48%
2%
20%
105.456.960
31%
2.041.421
597%
2%
0%
10.713.409
13%
695.383
23%
6%
87%
080420 Figos frescos ou secos
19.518.853
15%
544.528
1164%
3%
8%
081090 Outras frutas frescas
65.828.184
29%
414.194
175%
1%
20%
Sucos de outras frutas ou de produtos
200980
hortícolas, não fermentados
96.496.735
14%
200.864
67%
0%
0%
1.859.814
-20%
177.989
44%
10%
20%
40.593.776
28%
155.127
112%
0%
6%
080132
Castanha de caju, fresca ou seca, sem
casca
080711 Melancias frescas
080510 Laranjas frescas ou secas
Sucos de laranjas, congelados, não
200911
fermentados
Outras frutas conservadas
081290
transitoriamente, mas impróprias para
080590 Outros cítricos frescos ou secos
080232 Nozes frescas ou secas, sem casca
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Para a análise das barreiras tarifárias foram considerados apenas os principais países fornecedores para o Reino Unido,
exceto os países da União Européia que são isentos de tarifação (tarifa zero).
Produtos brasileiros com vantagem perante os concorrentes
•
080232: Nozes frescas ou secas, sem casca: Estados Unidos.
•
080420: Figos frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080590: Outros cítricos frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080610: Uvas frescas: Estados Unidos.
•
080711: Melancias frescas: Estados Unidos.
•
080719: Melões frescos: Estados Unidos.
•
081090: Outras frutas frescas: Estados Unidos.
•
081290: Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado:
Estados Unidos.
Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes
•
•
•
•
080810: Maçãs frescas: África do Sul, Estados Unidos e Costa Rica.
200911: Sucos de laranjas, congelados, não fermentados: Estados Unidos.
200919: Outros sucos de laranjas, não fermentados: Estados Unidos.
200980: Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados: Estados Unidos.
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95
Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes
•
080232: Nozes frescas ou secas, sem casca: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile.
•
080420: Figos frescos ou secos: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile.
•
080510: Laranjas frescas ou secas: Países da União Européia, África do Sul, Estados Unidos, Costa Rica e
Chile.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile.
•
080590: Outros cítricos frescos ou secos: Países da União Européia, Costa Rica, África do Sul e Chile.
•
080610: Uvas frescas: Países da União Européia, Costa Rica, África do Sul e Chile.
•
080711: Melancias frescas: Países da União Européia, Costa Rica, Chile e África do Sul.
•
080719: Melões frescos: Países da União Européia, Costa Rica, Chile e África do Sul.
•
080810: Maçãs frescas: Países da União Européia e Chile.
•
081090: Outras frutas frescas: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile.
•
081290: Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado:
Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile.
•
200911: Sucos de laranjas, congelados, não fermentados: Países da União Européia, África do Sul, Costa
Rica e Chile.
•
200919: Outros sucos de laranjas, não fermentados: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica
e Chile.
•
200980: Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados: Países da União Européia,
África do Sul, Costa Rica e Chile.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pelo Reino Unido
FRUTAS E SUCOS
África do
Costa
Brasil (8) EUA (9)
Chile (11)
Produtos Sul (3)
Rica (10)
80232
0,00%
1,60%
5,10%
0,00%
0,00%
80420
1,20%
3,30%
6,80%
0,00%
0,00%
80510
20,92%
21,65%
21,15%
21,15%
13,45%
80550
14,11%
15,65%
16,63%
13,43%
8,63%
80590
3,20%
9,30%
12,80%
0,00%
3,20%
80610
2,63%
8,97%
12,47%
0,00%
1,20%
80711
1,40%
5,30%
8,80%
0,00%
0,00%
80719
1,40%
5,30%
8,80%
0,00%
0,00%
80810
14,28%
14,28%
14,28%
14,28%
11,00%
81090
1,25%
4,85%
8,00%
0,00%
0,00%
81290
1,31%
5,32%
8,78%
0,00%
0,74%
200911
11,91%
29,69%
29,69%
8,35%
20,15%
200919
11,98%
41,55%
41,55%
17,90%
32,15%
200980
5,41%
24,25%
24,25%
3,83%
10,90%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
França
No último ano, as importações mundiais francesas de frutas e sucos de frutas totalizaram US$ 5,1 bilhões. Os principais
países fornecedores foram Espanha, Países Baixos, Bélgica e Itália que participaram com 64% do total importado pelo
mercado francês. Todavia, a Espanha e a Itália perderam 2 e 1 ponto percentual em relação a 2002. Em 2007, o Brasil foi o
21º principal fornecedor para a França com crescimento médio anual no período de 31%. O Brasil pode aumentar a
participação neste mercado, principalmente se conseguir atingir diretamente o mercado francês que tem como seus
principais fornecedores os Países Baixos e a Bélgica.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
96
Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a França
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
4,0
O Brasil ficou na 21º
colocação no ranking
de fornecedores, com
exportações de US$ 18
mi, em 2007.
3,0
2,0
Bélgica (3)
Países Baixos (2)
12%
Alemanha (5)
1,0
EUA (8)
0,0
Turquia (9)
0%
Itália (4)
5%
Brasil (21)
Israel (6)
Camarões (10)
10%
15%
20%
25%
30%
-1,0
Marrocos (7)
33%
-2,0
35%
Vale destacar que a Espanha não é
um concorrente direto do Brasil no
mercado francês. O principal produto
espanhol exportado para a França são
as tangerinas, mandarinas e outros
(SH6 080520), que representaram em
2007, 21% do total exportado para o
país no setor de frutas e processados.
Esse
produto
não
é
muito
representativo no total exportado
pelo Brasil para o mundo, apenas
0,12% do total do setor de frutas e
processados.
Valor de Referência = US$
250 mi
Espanha (1)
As principais oportunidades para os
produtos brasileiros para o mercado
-4,0
francês estão listadas abaixo. O maior
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil
volume exportado para o país de
produtos brasileiros está concentrado nas frutas frescas (maçãs, goiabas, figos e mamões).
-3,0
SETOR: FRUTAS E SUCOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Brasileiras
Imp. Mundiais do
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
para o
Mercado-alvo em
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
080810 Maçãs frescas
166.846.041
35%
5.474.408
216%
3%
8%
Goiabas, mangas e mangostões, frescos
080450
ou secos
102.489.980
35%
3.519.073
29%
3,4%
3,9%
080420 Figos frescos ou secos
42.889.531
13%
2.229.651
146%
5%
34%
080720 Mamões (papaias) frescos
8.535.719
25%
2.180.317
168%
26%
6%
080550 Limões e limas, frescos ou secos
124.691.342
29%
681.338
224%
1%
2%
080440 Abacates frescos ou secos
203.378.452
15%
356.456
24%
0%
20%
3.618.201
35%
236.942
23%
7%
27%
130.253.611
17%
220.652
155%
0%
2%
6.476.594
5%
148.243
20%
2%
12%
081090 Outras frutas frescas
102.769.581
39%
111.404
630%
0%
5%
081010 Morangos frescos
251.156.238
15%
85.732
53%
0%
74%
080590 Outros cítricos frescos ou secos
Outras frutas congeladas, não cozidas ou
081190
cozidas em água ou vapor, mesmo
Cascas de cítricos, de melões ou de
081400
melancias, frescas, secas, congeladas ou
Tangerinas, mandarinas, satsumas;
407.318.428
23%
3.828
308%
0%
0%
clementinas "wilkings" e outros cítricos
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
080520
Vale destacar a baixa penetração das exportações de sucos de frutas para o mercado francês, as mesmas são atendidas
pelos Países Baixos, Espanha, Alemanha e Bélgica e que poderia ser suprida pelos sucos de frutas brasileiros. Em 2007, a
França importou do mundo US$ 1 bilhão, o que representou 20% do total importado pelo mercado francês de frutas e
sucos de frutas.
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Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil.
97
Para a análise das barreiras tarifárias aplicadas pela França estão destacados a seguir os produtos brasileiros com
vantagem, condições de igualdade e desvantagem perante os principais fornecedores destes produtos para o mercado
francês.
Produtos brasileiros com vantagem perante os concorrentes
•
080420: Figos frescos ou secos: Israel e Estados Unidos.
•
080440: Abacates frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e
semelhantes, frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080590: Outros cítricos frescos ou secos: Estados Unidos.
•
081010: Morangos frescos: Estados Unidos e Israel.
•
081090: Outras frutas frescas: Estados Unidos e Israel.
•
081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de
açúcar ou de outros edulcorantes: Israel e Estados Unidos.
•
081400: Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas, secas, congeladas ou conservadas
temporariamente: Israel e Estados Unidos.
Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes
•
080440: Abacates frescos ou secos: Países da União Européia, Israel, Marrocos, Camarões.
•
080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: Países da União Européia, Israel, Marrocos,
Estados Unidos e Camarões.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Israel.
•
080590: Outros cítricos frescos ou secos: Marrocos.
•
080720: Mamões (papaias) frescos: Países da União Européia, Israel, Estados Unidos, Marrocos e
Camarões.
•
080810: Maçãs frescas: Israel, Marrocos e Estados Unidos.
•
081010: Morangos frescos: Marrocos.
•
081400: Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas, secas, congeladas ou conservadas
temporariamente: Países da União Européia, Marrocos e Camarões.
Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes
•
080420: Figos frescos ou secos: Países da União Européia, Marrocos e Camarões.
•
080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e
semelhantes, frescos ou secos: Países da União Européia, Israel, Marrocos e Camarões.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Marrocos e Camarões.
•
080590: Outros cítricos frescos ou secos: Países da União Européia, Israel e Camarões.
•
080810: Maçãs frescas: Países da União Européia e Camarões.
•
081010: Morangos frescos: Países da União Européia e Camarões.
•
081090: Outras frutas frescas: Países da União Européia, Marrocos e Camarões.
•
081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de
açúcar ou de outros edulcorantes: Países da União Européia, Marrocos e Camarões.
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98
País
80420
80440
80450
80520
80550
80590
80720
80810
81010
81090
81190
81400
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela França
FRUTAS E SUCOS
Israel (6)
Marrocos (7) EUA (8) Camarões (10)
0,00%
6,80%
0,00%
6,80%
0,00%
0,00%
4,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
11,20%
6,25%
16,00%
0,00%
15,65%
9,74%
16,63%
0,00%
6,40%
9,30%
12,80%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
14,28%
14,28%
14,28%
0,00%
11,20%
7,70%
11,20%
0,00%
6,24%
3,26%
8,00%
0,00%
13,85%
5,87%
17,13%
0,00%
1,60%
0,00%
1,60%
0,00%
Brasil (21)
3,30%
0,00%
0,00%
12,50%
15,65%
9,30%
0,00%
14,28%
7,70%
4,85%
9,15%
0,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Alemanha
As importações mundiais alemãs totalizaram US$ 9,1 bilhões em 2007. Os principais países fornecedores para o mercado
alemão foram os Países Baixos, Espanha, Itália e Bélgica, que representaram 56% do total importado destes setores no
último ano. Da mesma forma que informado para o mercado francês, a Espanha também perdeu participação no mercado
alemão, 3 pontos percentuais em relação a 2002. A Itália e a França também perderam participação na Alemanha, 3 pontos
percentuais cada um desses mercados. Parte desta perda foi absorvida pelos Países Baixos, que aumentaram a participação
de mercado em 3 pontos percentuais.
Vale destacar que a Espanha não é um concorrente direto do Brasil no mercado alemão. O principal produto espanhol
exportado para a Alemanha são as tangerinas, mandarinas e outros (SH6 080520), que representaram em 2007, 24% do
total exportado para o país no setor de frutas e processados. . Este produto não é muito representativo no total exportado
pelo Brasil para o mundo, apenas 0,12% do total do setor de frutas e processados.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
O Brasil manteve a sua participação no mercado alemão e obteve um crescimento médio anual de 22% no período de 2002
a 2007. No último ano, as exportações brasileiras destes setores para a Alemanha totalizaram US$ 37,9 milhões e o país foi
o 18º principal fornecedor para este mercado.
Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a Alemanha
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
5,0
Países Baixos (1)
4,0
18%
3,0
2,0
Bélgica (4)
Turquia (5)
Áustria (9)
EUA (7)
1,0
Polônia (6)
0,0
0%
5%
10%
15%
Colômbia (10)
20%
Brasil (18)
25%
-1,0
França (8)
-2,0
-3,0
-4,0
Itália (3)
Valor de Referência = US$ 250
mi
14%
Espanha (2)
-5,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
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99
Da mesma maneira que ocorreram com as importações francesas de produtos brasileiros do setor de frutas e sucos de
frutas, os principais produtos brasileiros exportados para o mercado alemão ficaram concentrados nas frutas frescas
(melões, uvas frescas, abacaxis frescos ou secos e maçãs frescas). Para o produto bananas frescas ou secas, principal
produto importado pela Alemanha (11% do total), as exportações brasileiras aumentaram 32% em relação a 2006. Vale
destacar, que em 2002 o Brasil exportava muito pouco deste produto para o mercado alemão: US$ 19 mil.
Os mamões (papaia) frescos apresentaram um aumento de 68% em relação às exportações brasileiras no ano anterior, com
participação de 14% no total importado pelo mercado alemão deste produto. Os limões também apresentaram um
crescimento de 80% em relação a 2006, e quando comparado com 2002, o Brasil praticamente não exportava limões para o
mercado alemão.
As principais oportunidades do setor de frutas para os produtos brasileiros estão listadas na tabela abaixo.
SETOR: FRUTAS E SUCOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
Mercado-alvo
2007 (US$)
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
080719 Melões frescos
115.959.859
0%
5.207.118
87%
4%
4%
080610 Uvas frescas
612.104.851
12%
5.191.457
324%
1%
3%
080430 Abacaxis frescos ou secos
176.740.183
15%
4.647.400
216%
3%
26%
080810 Maçãs frescas
622.048.434
3%
4.359.703
24%
1%
6%
080300 Bananas frescas ou secas
1.034.433.597
19%
3.633.951
32%
0%
8%
080720 Mamões (papaias) frescos
16.901.208
22%
2.414.537
68%
14%
7%
080550 Limões e limas, frescos ou secos
155.754.737
22%
1.674.368
80%
1%
4%
73.303.036
28%
1.417.260
47%
2%
2%
080420 Figos frescos ou secos
48.098.080
29%
1.242.316
244%
3%
19%
Outras frutas congeladas, não cozidas ou
081190
cozidas em água ou vapor, mesmo
253.825.245
10%
971.248
112%
0%
7%
080711 Melancias frescas
106.497.005
-21%
668.304
20%
1%
5%
080450
Goiabas, mangas e mangostões, frescos
ou secos
Sucos de laranja não congelados, com
29.094.558
18%
341.335
146%
1%
0%
200912
valor brix =< 20
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Vale destacar que o produto sucos de laranjas congelados, não fermentados (SH6 200911) não foi destacado como
oportunidade, pois as exportações brasileiras deste produto para o mercado alemão totalizaram US$ 2,3 milhões, o que
representou uma queda de 30% em relação a 2006. No entanto, as exportações deste produto nos últimos cinco anos
aumentaram em média 22%. Em 2002, o Brasil exportou apenas US$ 852 mil deste produto para a Alemanha. Em 2007, os
principais países fornecedores de sucos de laranjas congelados para o mercado alemão foram Países Baixos (59% do total) e
Bélgica (37% do total).
A vantagem, igualdade e desvantagem dos produtos brasileiros para o mercado alemão em relação à questão tarifária
estão listadas abaixo. Foram considerados os principais concorrentes do Brasil, afora os países da União Européia, quando a
tarifa aplicada é igual a zero.
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100
Produtos brasileiros com vantagem perante os concorrentes
080300: Bananas frescas ou secas: Estados Unidos.
•
080420: Figos frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080430: Abacaxis frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Estados Unidos.
•
080610: Uvas frescas: Estados Unidos.
•
080711: Melancias frescas: Estados Unidos.
•
080719: Melões frescos: Estados Unidos.
•
081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de
açúcar ou de outros edulcorantes: Estados Unidos.
Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes
•
080300: Bananas frescas ou secas: China e Irã.
•
080420: Figos frescos ou secos: China e Irã.
•
080430: Abacaxis frescos ou secos: China e Irã.
•
080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: Países da União Européia, Estados Unidos,
Colômbia, China e Irã.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: China e Irã.
•
080610: Uvas frescas: China e Irã.
•
080711: Melancias frescas: China e Irã.
•
080719: Melões frescos: China e Irã.
•
080720: Mamões (papaias) frescos: Países da União Européia, Estados Unidos, Colômbia, China e Irã.
•
080810: Maçãs frescas: Estados Unidos, Colômbia, China e Irã.
•
081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de
açúcar ou de outros edulcorantes: China e Irã.
•
200912: Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20: Estados Unidos.
Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes
•
080300: Bananas frescas ou secas: Países da União Européia e Colômbia.
•
080420: Figos frescos ou secos: Países da União Européia e Colômbia.
•
080430: Abacaxis frescos ou secos: Países da União Européia e Colômbia.
•
080550: Limões e limas, frescos ou secos: Países da União Européia e Colômbia.
•
080610: Uvas frescas: Países da União Européia e Colômbia.
•
080711: Melancias frescas: Países da União Européia e Colômbia.
•
080719: Melões frescos: Países da União Européia e Colômbia.
•
080810: Maçãs frescas: Países da União Européia
•
081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de
açúcar ou de outros edulcorantes: Países da União Européia e Colômbia.
•
200912: Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20: Países da União Européia, Colômbia,
China e Irã.
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101
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha
FRUTAS E SUCOS
País
080300
080420
080430
080450
080550
080610
080711
080719
080720
080810
081190
200912
EUA (7)
23,26%
6,80%
5,80%
0,00%
16,63%
12,47%
8,80%
8,80%
0,00%
14,28%
17,13%
12,20%
Colômbia (10)
12,59%
0,00%
0,00%
0,00%
13,43%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
14,28%
1,26%
0,00%
China (11)
Irã (13)
20,92%
3,30%
2,30%
0,00%
15,65%
8,97%
5,30%
5,30%
0,00%
14,28%
9,15%
8,50%
20,92%
3,30%
2,30%
0,00%
15,65%
8,97%
5,30%
5,30%
0,00%
14,28%
9,15%
8,50%
Brasil (18)
20,92%
3,30%
2,30%
0,00%
15,65%
8,97%
5,30%
5,30%
0,00%
14,28%
9,15%
12,20%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Rússia
Em 2007, as importações russas de frutas e sucos de frutas totalizaram US$ 4 bilhões, o que representou um aumento de
25% em relação a 2006. Os principais países fornecedores para o mercado russo foram o Equador, Turquia, China e
Argentina. O Equador permaneceu como principal país fornecedor. Todavia, o país perdeu aproximadamente 6 pontos
percentuais em relação a 2002. O principal produto exportado pelo Equador para o mercado russo foi banana (99% do
total). A perda da participação do Equador pode ser explicada pelo fornecimento exclusivo de bananas para a Rússia. Com o
passar dos anos, o mercado russo diversificou as suas importações, quando passou a comprar mais maçãs, laranjas, uvas e
peras de outros países.
Conforme já mencionado anteriormente, a população russa aumentou o consumo de frutas em mais de 50% em relação a
2002. Isto explica o aumento das importações destes produtos, pois o país não é capaz de suprir a demanda interna com a
produção local. Além disso, as condições climáticas do país não favorecem a agricultura que responde por apenas 5% do
PIB.
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
No último ano, as exportações brasileiras destes setores totalizaram US$ 8,2 milhões, o que representou um aumento
médio no período de 2002 a 2007 de 81%. Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar as
importações e exportações, no caso da Rússia, ocorreram muitas divergências nos dados de importação reportados pelo
país em comparação com os
Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a Rússia
dados de exportação do Brasil.
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
Esta divergência pode ser
explicada em parte, pela a
4,0
China (3)
compra de produtos brasileiros
Turquia (2)
O Brasil ficou na 20º
Bélgica (9)
colocação no ranking
10%
dos principais países re2,0
de fornecedores.
Irã (7)
distribuidores da região. A
Argentina (4)
Uzbequistão
(5)
categoria de produtos que
Polônia (8)
0,0
reflete esta distorção é sucos
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Brasil (20)
de laranjas, congelados, não
Marrocos (6)
Espanha (10)
-2,0
fermentados (SH6 200911). Em
2007, a Rússia informa que
-4,0
importou US$ 53 milhões deste
produto brasileiro (76% do
Valor de Referência = US$ 250
13%
mi
total), enquanto o Brasil
-6,0
Equador (1)
informa que exportou apenas
US$ 849 mil.
-8,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
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102
De acordo com os dados de exportação brasileira para o mercado russo, as principais oportunidades estão destacadas no
quadro a seguir. As “Castanhas de caju, fresca ou seca, sem casca“ (SH6 080132) representaram 50% do total exportado
pelo Brasil em 2007, bem como 20% do total importado destes produtos pela Rússia. Para este produto, as exportações
brasileiras podem crescer ainda mais, uma vez que, as importações totais russas cresceram 32%. As categorias que
apresentaram maior crescimento foram uvas frescas e laranjas frescas. Os produtos listados abaixo representam 27% do
total importado pela Rússia dos setores de frutas e sucos de frutas.
SETOR: FRUTAS E SUCOS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
21.033.218
32%
4.149.729
5%
20%
2%
080610 Uvas frescas
412.810.229
20%
1.045.637
402%
0%
1%
080510 Laranjas frescas ou secas
298.997.881
6%
805.408
5363%
0%
4%
Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas
080520 "wilkings" e outros cítricos híbridos e
semelhantes, frescos ou secos
340.988.256
27%
637.345
211%
0%
15%
080122 Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca
3.265.421
116%
507.100
291%
16%
5%
080450 Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos
5.109.069
58%
28.274
55%
0,6%
0,0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Os “Sucos de laranja congelados, não fermentados” (SH6 200911) não foram selecionados como oportunidade, pois de
acordo com os dados de exportação brasileira, este item apresentou queda de 69% em relação a 2006. Todavia, os dados
reportados pela Rússia informam um crescimento de 11% em relação a 2006. Os produtos listados abaixo foram
importados pelo mercado russo e não foram destacados no quadro acima, ou porque o Brasil não exportou ou porque as
exportações brasileiras apresentaram um decréscimo em relação a 2006. Vale destacar que embora seja baixa a
participação brasileira existe uma grande oportunidade nestes produtos para o Brasil, uma vez que o país já exporta para a
região.
SETOR: FRUTAS E SUCOS
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
SH6
Descrição
080300
Bananas frescas ou secas
586.503.777
22%
-
-
-
-
080810
Maçãs frescas
452.994.096
29%
28.224
0%
0%
0%
080550
Limões e limas, frescos ou secos
134.262.404
11%
-
-
-
-
081090
Outras frutas frescas
131.768.014
6%
-
-
-
-
200911
Sucos de laranjas, congelados, não
fermentados
90.259.420
5%
849.553
-69%
1%
0%
200979
Outros sucos de maçã, não fermentados
72.766.697
30%
-
-
-
-
22.288.528
78%
-
-
-
-
5.224.793
56%
-
-
-
-
200919
200912
Outros sucos de laranjas, não
fermentados
Sucos de laranja não congelados, com
valor brix =< 20
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
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103
Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes
•
080122: Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca: China, Argentina e Marrocos.
•
080132: Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca: Países da União Européia, China, Argentina,
Uzbequistão e Marrocos.
•
080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: China, Argentina e Marrocos.
•
080510: Laranjas frescas ou secas: China, Argentina e Marrocos.
•
080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e
semelhantes, frescos ou secos: China, Argentina e Marrocos.
•
080610: Uvas frescas: China, Argentina e Marrocos.
Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes
•
080122: Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca: Países da União Européia e Uzbequistão.
•
080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: Países da União Européia e Uzbequistão.
•
080510: Laranjas frescas ou secas: Países da União Européia e Uzbequistão.
•
080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e
semelhantes, frescos ou secos: Países da União Européia e Uzbequistão.
•
080610: Uvas frescas: Países da União Européia e Uzbequistão.
País
080122
080132
080450
080510
080520
080610
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Rússia
FRUTAS E SUCOS
China (3) Argentina (4) Uzbequistão (5) Marrocos (6)
3,75%
3,75%
0,00%
3,75%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
5,62%
5,62%
0,00%
5,62%
4,11%
4,11%
0,00%
4,11%
6,67%
6,67%
0,00%
6,67%
3,75%
3,75%
0,00%
3,75%
Brasil (30)
3,75%
0,00%
5,62%
4,11%
6,67%
3,75%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Polônia
Em 2007, as importações mundiais de sucos e frutas da Polônia totalizaram US$ 1,5 bilhão, o que representou um aumento
de 33% em relação a 2006 e 161% em relação a 2002. Os principais países fornecedores para o mercado polonês foram a
Espanha, Países Baixos, Alemanha e Itália, que supriram 63% do total importado por esse mercado. Da mesma forma que
ocorreu com a Alemanha e França, a Espanha perdeu participação também na Polônia. Essa perda foi absorvida pelos
Países Baixos e Alemanha, que praticamente não exportaram para o mercado polonês em 2002.
No último ano, as exportações brasileiras somaram US$ 1,7 milhão para a Polônia. Vale destacar que as exportações
brasileiras desses produtos para o mercado polonês eram pouco significativas em 2002, o que explica o aumento médio de
185% das exportações brasileiras de frutas e sucos para o mercado.
Após o fim do comunismo e abertura do mercado para os produtos estrangeiros, os hábitos de consumo dos poloneses
modificaram-se, influenciados pelos mercados ocidentais. O país consome muita fruta, especialmente nas refeições. O
jantar é a principal refeição do polonês que inclui carnes, frutas e verduras. Apesar de a Polônia produzir frutas e verduras,
a produtividade do setor é baixa, sendo necessária a importação de outros mercados.
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104
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a Polônia
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
20,0
O Brasil ficou na 36º
colocação no ranking
de fornecedores,
15,0 com
crescimento médio de
185% no perído
Países Baixos (2)
Alemanha (3)
9,9%
10,0
Bélgica (5)
Itália (4)
5,0
Turquia (6) Ucrânia (7)
República Tcheca (9)
0,0
-50%
França (10)
50%
0%
-5,0
Grécia (8)
23,3%
100%
150%
Espanha (1)
200%
250%
Valor de Referência = US$ 250
mi
-10,0
-15,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Atualmente, a pauta exportadora de sucos e frutas brasileiras para o mercado polonês ainda não é muito diversificada. Os
principais produtos exportados pelo Brasil foram “Melões frescos e sucos de laranja, congelados não fermentados”. Os
produtos listados abaixo representam 90% do total exportado pelo Brasil para a Polônia e apenas 4% do total importado
destes setores pelo país.
SETOR: FRUTAS E SUCOS
SH6
Descrição
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
080711 Melancias frescas
31.209.789
0%
137.946
37%
0%
1%
080719 Melões frescos
6.342.252
35%
997.487
72%
16%
1%
Sucos de laranjas, congelados, não
200911
6.167.356
62%
402.103
599%
6,5%
0,0%
fermentados
Sucos de outras frutas ou de produtos
200980
18.211.511
92%
1.139
0%
0%
0%
hortícolas, não fermentados
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Conforme mencionado, a Polônia é um mercado potencial para frutas e sucos e deveria ser melhor explorado pelos
exportadores brasileiros destes setores. Apesar de ainda não exportar os produtos listados abaixo para a Polônia, foram
identificados produtos relevantes na pauta importadora desse país, nos quais o Brasil poderá obter vantagem competitiva,
uma vez que, já os exporta para a região européia. O produto “Outros sucos de laranja não fermentados” (SH6 200919) foi
selecionado, pois, apesar da pequena redução nas importações totais deste produto em relação a 2006 (-3%), obteve um
crescimento médio anual no período de 2002 a 2007 de 62%.
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105
SETOR: FRUTAS E SUCOS
SH6
080300
080610
080510
080550
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
Bananas frescas ou secas
195.490.084
15%
-
-
-
-
Uvas frescas
165.122.855
40%
-
-
-
-
Laranjas frescas ou secas
80.227.378
31%
-
-
-
-
Limões e limas, frescos ou secos
86.545.622
34%
-
-
-
-
Outros sucos de laranjas, não
65.324.327
-3%
fermentados
200919
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo
mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil.
Com relação aos produtos atualmente comercializados pelo Brasil para o mercado polonês do setor de frutas e sucos, o
Brasil não possui condições de vantagem perante os principais países fornecedores para a Polônia. Abaixo, segue a análise
para estes produtos.
Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes
•
•
080711: Melancias frescas: China e Argentina.
080719: Melões frescos: China e Argentina
Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes
•
080711: Países da União Européia, Chile e Equador.
•
080719: Melões frescos: Países da União Européia, Chile e Equador.
•
200911: Sucos de laranjas congelados, não fermentados: Países da União Européia, China, Chile,
Equador e Argentina.
•
200980: Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados: Países da União Européia,
China, Chile, Equador e Argentina.
Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Polônia
FRUTAS E SUCOS
País
080711
080719
200911
200980
China (11)
Chile (12)
Equador (14)
Argentina (15)
Brasil (36)
5,30%
5,30%
25,92%
17,40%
0,00%
0,00%
20,15%
10,90%
0,00%
0,00%
8,35%
3,83%
5,30%
5,30%
25,92%
17,40%
5,30%
5,30%
29,69%
24,25%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
5.6. Massas e Preparações Alimentícias
O consumo mundial de massas e preparações alimentícias aumentou 1% em 2007, em termos de volume, mesmo
percentual atingido em 2006. Nesse contexto, a Europa Ocidental se destaca por representar 26% do consumo total, apesar
de ter registrado um decréscimo de 0,3% no consumo de 2006. Em seguida vem a África e Oriente Médio, com consumo de
25%. No caso da região da Ásia e Pacífico, apesar do consumo haver variado positivamente 14%, quase metade do
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106
consumo da Europa Ocidental, a região vem apresentando o maior crescimento anual. Nos últimos três anos o crescimento
do consumo esteve acima dos 5,0%, superior ao das outras regiões. Atrás da Ásia, têm-se a África e Oriente Médio, a
Oceania e a América Latina, com crescimentos de 2,8%, 2,1% e 1,2%, respectivamente. A América do Norte registrou queda
no consumo de 4,5%, no mesmo período.
Evolução do consumo de Massas e preparações
alimentícias*- (´000 ton)
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Europa Ocidental
África e Oriente Médio
América Latina
Ásia e Pacífico
Leste Europeu
América do Norte
Oceania
Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Nos gráficos que seguem é possível observar o consumo, em volume, de massas e preparações alimentícias nos principais
mercados da Europa Ocidental e no Leste Europeu. Na Europa Ocidental, por exemplo, fica claro o potencial da Turquia,
maior consumidor (11,2 milhões de toneladas), com um crescimento acumulado expressivo de 8%, em 2007, perdendo
apenas para a Suíça que apresentou 9% no mesmo ano. O consumo da Alemanha foi o segundo maior em 2007, 6,4 milhões
de toneladas.
No caso do Leste Europeu, a Rússia está bem à frente dos outros países, com um consumo de 7,8 milhões de toneladas em
2007, enquanto o segundo lugar no ranking dos consumidores, a Romênia, registrou um consumo bem menor: 1,9 milhões
de toneladas. No último ano, o crescimento do consumo foi muito suave, com pequena queda para a maioria dos países
europeus. Os países que apresentaram maior crescimento do consumo foram a Macedônia (5%), Eslováquia (3%), Suíça
(2%), Áustria (2%), Ucrânia (1%) e Turquia (1%).
Consumo de Massas e Preparações Alimentícias na
Europa Ocidental* (´000 ton)
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Consumo de Massas e Preparações Alimentícias no
Leste Europeu* (´000 ton)
2002
2007
10000
8000
6000
4000
2000
0
2002
2007
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Nos quadros abaixo, expõe-se as linhas de evolução dos principais importadores dos produtos do setor de massas e
preparações alimentícias da Europa, assim como os principais destinos das exportações brasileiras para a Região. Os
principais importadores europeus de massas e preparações alimentícias são: Alemanha, Reino Unido, França, Países Baixos,
Espanha, Bélgica, Itália e Áustria.
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107
A Alemanha é o maior importador da Europa, com importações que totalizaram US$ 8,2 bilhões em 2007. Logo atrás ficam
o Reino Unido e a França, que a partir de 2006 aumentam o ritmo das importações, alcançando, no último ano da análise,
7,6 bilhões e 7,0 bilhões e crescimentos de 24% e 19% em 2007, respectivamente.
Dentre os principais destinos europeus das exportações brasileiras, destacam-se os Países Baixos, cujo crescimento das
exportações foi de 209% no último ano, seguindo tendência constatada nos anos anteriores. As exportações totalizaram
US$ 43,6 bilhões em 2007. A Alemanha também apresentou um expressivo crescimento das importações do Brasil desse
setor, 19%.
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Massas e
Preparações Alimentícias na Europa
10.000
50.000
8.000
40.000
US$ Milhares
US$ Milhões
Principais Importadores de Massas e Preparações Alimentícias da
Europa
6.000
4.000
2.000
30.000
20.000
10.000
-
2002
2003
Alemanha
Espanha
Itália
2004
2005
Reino Unido
Países Baixos
Rússia
2006
2002
2007
França
Bélgica
2003
2004
2005
2006
2007
Países Baixos
Alemanha
Rússia
França
Espanha
Itália
Suíça
Reino Unido
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil
De acordo com os dados expostos na tabela abaixo, dos quinze maiores importadores europeus de massas e preparações
alimentícias do Brasil, apenas a Áustria apresentou uma queda nas importações brasileiras desses produtos. A Dinamarca,
que por não estar entre os oito maiores importadores da Europa não apareceu nos gráficos com as linhas de tendência
acima, aumentou em 48% suas importações do Brasil, percentual que foi de 238% no ano anterior, bem acima do
crescimento das importações mundiais do país.
SETOR - Massas e Prep. Alimentícias
País
Alemanha
Reino Unido
França
Países Baixos
Espanha
Bélgica
Itália
Áustria
Suécia
Rússia
Suíça
Dinamarca
Irlanda
Portugal
Grécia
Importações Totais 2007
(US$ Mil)
Exportações
Brasileiras 2007
(US$)
8.183.373.269
7.566.808.658
6.959.060.595
3.308.071.993
3.399.026.652
3.146.434.233
3.140.758.621
2.047.678.705
1.705.693.173
1.919.747.731
1.392.035.583
1.307.659.704
1.457.817.942
1.047.993.540
916.604.635
16.774.085
4.643.428
7.783.312
43.561.525
6.789.350
3.664.152
5.414.110
116.063
190.824
11.338.681
4.955.334
1.355.139
176.648
3.910.537
768.102
Taxa Anual de
Taxa Anual de
Crescimento das
Crescimento das
Importações Mundiais Exportações Brasileiras
2002/2007
2002/2007
11%
45%
15%
28%
13%
42%
13%
83%
16%
47%
12%
27%
16%
14%
19%
-8%
16%
40%
24%
43%
14%
78%
17%
148%
15%
12%
15%
7%
18%
67%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Considerando o consumo, as importações mundiais e as exportações brasileiras para a região, foram destacadas cinco
mercados para serem analisados com mais detalhe, são eles: Alemanha, Reino Unido, Espanha, Países Baixos, Rússia e
Bélgica.
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108
•
Reino Unido
A partir da leitura da Matriz de Posicionamento é possível perceber o significativo crescimento das exportações brasileiras
para esse mercado, bem acima dos dez principais fornecedores do Reino Unido dos produtos que compõem o setor de
massas e preparações alimentícias. O Brasil fechou o ano de 2007 com exportações desse setor para o Reino Unido que
totalizaram US$ 4,6 milhões de dólares, 49% superior ao ano de 2006.
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Os Países Baixos são os principais fornecedores para o Reino Unido, com participação de 15,2% nas importações totais no
ano passado, seguidos pela Alemanha (13,4%) e Itália (12,2%). Vale destacar o bom desempenho dinamarquês, com
acréscimo de 2,94 pontos percentuais de market share no período de 2002-2007. O Brasil, apesar de ter registrado taxa
média de crescimento anual das exportações para o Reino Unido de 37%, no período de 2002-2007, não registrou
significativa variação do market share no mercado-alvo. Além disso, países como a Bulgária, Chile, Ucrânia e Lituânia vêm
aumentando bastante as suas exportações para o Reino Unido, mas o valor total exportado ainda é pouco expressivo, de
modo que não os confere aumento substancial na participação no mercado.
Dentre os produtos contemplados no setor de massas e preparações alimentícias exportados pelo Brasil para esse país,
abaixo estão relacionados cinco que se configuram como oportunidades, o que não exclui a viabilidade de outros produtos.
O produto de codificação SH-200899, “Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou conservadas” apresentou
crescimento das exportações brasileiras de 216%, correspondendo a US$ 377,1 mil exportados pelo Brasil para o Reino
Unido no ano de 2007, contra US$ 119,2 exportados no ano anterior. Para o item “Bolachas e biscoitos adicionados de
edulcorantes” o Brasil também teve bom desempenho, com crescimento do valor comercializado de 105%, apesar da
participação brasileira ainda ser pouco significativa. Já para o produto SH6- 210220 – “Leveduras mortas e outros
microorganismos monocelulares mortos”, as exportações brasileiras equivaleram a 12% do total importado pelo Reino
Unido, mas o Brasil não acompanhou o crescimento das importações desse produto, apesar de ter crescido a uma taxa de
45%.
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109
SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
210690
Outras preparações alimentícias
210220
Leveduras mortas e outros
microorganismos monocelulares mortos
200899
200799
190531
1.194.525.168
55%
176.390
30.318.185
61%
113.513.241
82.903.086
367.134.555
32%
Outras frutas e partes de plantas,
preparadas ou conservadas
Geleias, doces, purês e "marmelades", de
outras frutas
Bolachas e biscoitos adicionados de
edulcorantes
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
9678%
0%
0%
3.669.278
45%
12%
9%
34%
377.119
216%
0%
2%
17%
75.233
56%
0%
1%
45.248
105%
0%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido
MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS
País
Brasil
China (12)
EUA (9)
Tailândia (13)
Turquia (14)
200799
29,29%
25,79%
25,79%
25,79%
0,00%
200899
16,32%
12,03%
12,03%
12,03%
7,11%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
210220
5,36%
1,92%
1,92%
1,92%
0,28%
210690
4,46%
3,81%
3,81%
3,81%
0,00%
Em relação às barreiras tarifárias, a exceção dos países
membros da União Européia que se beneficiam de tarifa zero,
foram analisados quatro países não-membros do bloco que
mais fornecem produtos do setor massas e preparações
alimentícias para o Reino Unido mais o Brasil. Dentro desse
grupo, o Brasil apresenta a maior desvantagem, pois as tarifas
aplicadas ao país são as maiores em todos os quatro produtos
estudados, conforme tabela ao lado.
Espanha
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais)
Destaca-se o papel da França e Irlanda como maiores fornecedores de produtos do setor de massas e preparações
alimentícias para Espanha, com participações de 19,3% e 17,1% em 2007, respectivamente. A França, no entanto, ganhou
dois pontos percentuais de market share no período de 2002-2007, enquanto a Irlanda perdeu dois pontos percentuais no
mesmo período, como se pode
Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para a Espanha
perceber por meio da matriz
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
exposta abaixo. É interessante
6,0
observar o ganho de participação
O Brasil ficou na 27º
colocação entre os
França (1)
da China, que em 2007
fornecedores de
4,0
Massas e Preparações
aumentou suas exportações para
Alimentícias para o
19,3%
China (9)
país, em 2007.
Portugal (7)
2,0
o mercado espanhol em 81%. O
Países Baixos (5)
Brasil (27)
produto
brasileiro
tem
0,0
desempenho semelhante ao
0%
10% Peru (10)
20%
30%
40%
Bélgica (6)
encontrado no Reino Unido, com
-2,0 Reino Unido (8)
Alemanha (3)
taxa de crescimento médio anual
Itália (4)
17,1%
-4,0
Valor de Referência = US$ 300
das exportações de 35%, apesar
Irlanda (2)
mi
de
sua
participação
ter
-6,0
continuado estável.
-8,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
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110
Na tabela que segue, observam-se os principais produtos exportados pelo Brasil. O item de SH6-210690, “Outras
preparações alimentícias”, é o mais exportado, movimentando US$ 4,9 milhões em 2007. Já o produto SH6-200799,
“Geléias, doces, purês e ‘marmelades’, de outras frutas”, conta com participação brasileira em relação às importações
mundiais do mercado-alvo de 2%, equivalente a exportações totais de US$ 289,4 mil em 2007, valor 155% maior do que o
exportado no ano anterior. Esse produto, apesar de ter sofrido pequena queda das importações mundiais da Espanha no
último ano, apresentou taxa de crescimento médio anual das importações de 38%, no período de 2002 a 2007. Para o
produto “Palmitos preparados ou conservados”, SH6-200891, cujas exportações brasileiras caíram em 2007, houve
crescimento das importações mundiais da ordem de 35%. O Brasil perdeu um pouco de espaço, enquanto a Costa Rica,
Equador e Peru aumentaram seu fornecimento para Espanha.
SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS
SH6
200799
210610
200891
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Geleias, doces, purês e "marmelades", de
outras frutas
Concentrados de proteínas e substâncias
protéicas texturizadas
Palmitos preparados ou conservados
210220
Leveduras mortas e outros
microorganismos monocelulares mortos
210690
Outras preparações alimentícias
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
17.835.817
-4%
289.419
155%
2%
3%
61.855.815
22%
250.738
112%
0%
0%
10.319.188
35%
245.087
-8%
2%
2%
6.813.766
8%
397.171
-20%
6%
1%
978.657.755
7%
4.934.555
20%
1%
2%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Espanha
MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS
País
Brasil (44)
China (9)
Peru (10)
Tailândia (15)
Turquia (13)
200799
200891
210220
210610
210690
29,29%
10,00%
5,36%
12,80%
4,46%
25,79%
3,50%
1,92%
12,80%
3,81%
6,18%
0,00%
0,00%
12,80%
2,32%
25,79%
3,50%
1,92%
12,80%
3,81%
7,11%
0,00%
0,00%
0,00%
2,32%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
As tarifas aplicadas ao Brasil pelo Espanha são semelhantes
àquelas cobradas pelo Reino Unido, como anteriormente
mencionado, em virtude de serem ambos membros da União
Européia. No caso do Brasil, dentre os países e produtos
analisados na tabela ao lado, sofre aplicação das maiores tarifas.
O Peru e a Turquia recebem aplicação de tarifas bem inferiores.
Rússia
Com relação à Rússia, a China é atualmente o maior fornecedor de massas e preparações alimentícias com participação de
9,4% em 2007, e ganho de cinco pontos percentuais de market share entre 2002-2007, acima dos outros países presentes
na matriz. A Alemanha e a Ucrânia vêm em seguida com participações de 8,3% e 7,4%, respectivamente. No caso da
Alemanha, no entanto, apesar de ter aumentado suas exportações desses produtos, acompanhando o crescimento das
importações do mercado russo, apresenta participação estável nos últimos cinco anos. O Brasil ficou na 34º posição, com
exportações desse setor para o mercado russo no valor de US$ 11,3 milhões em 2007 e uma taxa de crescimento médio
anual dessas exportações de quase 30%, para o período de 2002 a 2007. No entanto, o acréscimo nas exportações
brasileiras não configurou diferença expressiva na sua participação.
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Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
111
Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para a Rússia
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
8,0
China (1)
O Brasil ficou na 34º colocação
entre os fornecedores de Massas
e Preparações Alimentícias para
o país, com exportações de
US$ 11,3 mi, em 2007.
6,0
4,0
9,4 %
Ucrânia (3) 7,4 %
Alemanha (2)
8,3 %
2,0
Países Baixos (5)
0,0
-2,0
Itália (7)
Espanha (10)
5%
10%
15%
20%
25%
Hungria (6)
30%
35%
40%
45%
50%
Brasil (34)
EUA (9) França (8)
-4,0
Polônia (4)
-6,0
Valor de Referência = US$
100 mi
-8,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Para os produtos apresentados abaixo, o Brasil tem melhor representatividade no fornecimento de dois itens: SH6-190220,
“Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo”, e SH6-200819, “Outras frutas de casca rija
e outras sementes, preparadas ou conservadas’, cujas participações no mercado russo foram de 89% e 11%,
respectivamente, em 2007. No caso do primeiro produto descrito, o Brasil compete com o Cazaquistão, Itália e Alemanha,
já com relação ao segundo produto a Turquia, a Lituânia, a Itália e o Vietnã são competidores fortes.
SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS
SH6
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
190220
Massas alimentícias recheadas, mesmo
cozidas ou preparadas de outro modo
190590
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
4.630.221
82%
4.121.621
73%
89%
82%
Outros produtos de padaria, pastelaria
ou da indústria de biscoitos, mesmo com
adição de cacau
89.086.720
64%
1.625.113
80%
2%
10%
200799
Geleias, doces, purês e "marmelades", de
outras frutas
85.617.000
34%
439.243
399%
1%
4%
200819
Outras frutas de casca rija e outras
sementes, preparadas ou conservadas
28.898.678
31%
3.196.491
50%
11%
32%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Quanto ao produto SH6-200799, a variação das exportações brasileiras para o mercado alvo em 2007 foi de 399% por que o
valor exportado no ano de 2006 foi relativamente baixo, US$ 88 mil, se comparado aos US$ 440 mil exportados no ano
posterior. Os principais fornecedores desse produto para o mercado
russo são a China, o Chile e a África do Sul.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia
MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS
Em relação ao mercado russo, apenas os países membros da
Comunidade dos Estados Independentes (CEI) beneficiam-se da
alíquota zero, como a Ucrânia. Aos outros países são impostas
barreiras tarifárias mais altas, conforme quadro ao lado.
País
Brasil (34)
Alemanha (2)
China (1)
Ucrânia (3)
EUA (9)
190220
190590
200799
200819
15,00%
19,27%
11,25%
11,25%
15,00%
19,00%
15,00%
15,00%
15,00%
19,27%
11,25%
11,25%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
15,00%
19,27%
15,00%
15,00%
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
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112
•
Bélgica
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
Diferentemente dos países já analisados no que concerne o setor de massas e preparações alimentícias, o mercado belga
têm permanecido relativamente estável, em termos de fornecimento, o que pode ser observado na Matriz de
Posicionamento exposta em seguida. Os seis principais fornecedores desses produtos para a Bélgica praticamente não
ganharam ou perderam participação nos cinco anos analisados, além de haver acompanhado o crescimento das
importações mundiais belgas do setor, crescendo a taxas muito semelhantes à taxa mundial de importações do mercadoalvo. Os Países Baixos são uma exceção, pois perderam três pontos percentuais de market share. Outro ponto a ser
destacado é o bom desempenho exportador da Polônia, Suécia e Brasil, que apresentaram taxa de crescimento médio
anual das exportações no período de 2002 a 2007 de 103%, 29% e 47%, respectivamente, acima da média de crescimento
anual das importações belgas. No entanto, como o valor exportado é relativamente menor que o dos grandes
fornecedores, o acréscimo exportado em valor implicou em ganho suave de participação no mercado.
Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para a Bélgica
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
8,0
6,0
O Brasil ficou na 30º colocação
entre os fornecedores de Massas
e Preparações Alimentícias para
o país, com exportações de
US$ 3,7 milhões, em 2007.
França (1) 28,1 %
Reino Unido (5)
4,0
2,0
0,0
-10%
Turquia (7)
Suécia (9)
Brasil (30)
EUA (10)
0%
10%
20%
-2,0
30%
40%
Alemanha (3)
50%
Polônia (8)
60%
70%
80%
90%
100%
110%
Espanha (6)
-4,0
-6,0
Itália (4)
Valor de Referência = US$ 150
mi
Países Baixos (2)
24,9 %
-8,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Dentre os produtos que compõem o setor de massas e preparações alimentícias, foram selecionados três itens
considerados como oportunidades em virtude da análise quantitativa. O primeiro deles, SH6-200799, “Geléias, doces, purês
e ‘marmelades’, de outras frutas”, cujo valor exportado pelo Brasil em 2006 foi US$ 11,9 mil passou para US$ 106,7 mil no
ano seguinte, o que significou aumento de 795%.
SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
Mercado-alvo em
para o
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
SH6
Descrição
200799
Geleias, doces, purês e "marmelades", de
outras frutas
49.628.061
25%
106.694
795%
0%
1%
210220
Leveduras mortas e outros
microorganismos monocelulares mortos
13.288.669
13%
2.872.458
49%
22%
7%
210690
Outras preparações alimentícias
413.675.652
17%
85.914
-16%
0%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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113
No que tange o produto SH6-210220, as exportações brasileiras corresponderam a uma participação de 22% no mercado
belga, com crescimento em valor de 49% no último ano. Para o SH6-210690, “Outras preparações alimentícias”, a situação
foi diferente, pois as exportações do Brasil caíram 16%, movimentando US$ 85,9 mil em 2007. Mercados como Alemanha e
Reino Unido, vêm ganhando participação.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Bélgica
MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS
País
Brasil (34)
Turquia (7)
EUA (10)
Suíça (11)
China (17)
200799
210220
210690
29,29%
5,36%
4,46%
7,11%
0,00%
2,32%
29,29%
5,36%
4,46%
0,00%
2,68%
0,00%
25,79%
1,92%
3,81%
Como país membro da União Européia, assim como o Reino Unido,
Espanha e Alemanha, a Bélgica dá preferência aos países membros desse
bloco, com barreiras tarifárias de ordem 0,00%. Como pode ser notado na
tabela abaixo, a Suíça se beneficia com tarifas bem inferiores às aplicadas
aos outros países na maioria dos produtos. O Brasil fica prejudicado pela
aplicação de tarifas mais altas, que impacta na competitividade de seus
produtos.
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
•
Alemanha
Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos
percentuais)
O fornecimento de massas e produtos alimentícios para Alemanha foi mais dinâmico do que na Bélgica. O principal
fornecedor do setor, os Países Baixos, aumentaram suas exportações no ano de 2007 em 7%, abaixo do crescimento das
importações mundiais alemãs desses produtos, caindo três pontos percentuais de market share na comparação entre
2002-2007 e fechando esse ano com participação de 17,1%. Já a Polônia registrou uma taxa de crescimento médio anual
das exportações no período de 2002 a 2007 de 32%, bem acima da média mundial, com ganho de dois pontos percentuais
de participação. Áustria, Irlanda, Suíça e Turquia também ganharam market share, mas em menor proporção que a Polônia,
como pode ser visto na Matriz de Posicionamento que segue. A Alemanha aumentou suas importações do Brasil em quase
20%, mas o volume exportado é ainda pequeno em comparação aos principais fornecedores, por esse motivo não
representou ganho expressivo de market share.
Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para Alemanha
Dez Principais Fornecedores + Brasil
2002/2007
6,0
O Brasil exportou US$ 16,7
milhões de massas e
preparações alimentícias para
Alemanha, em 2007.
Irlanda (4)
4,0
Polônia (9)
Espanha (10)
Suíça (7)
2,0
Turquia (8)
Itália (2)
14,8%
0,0
-20%
0%
Bélgica (5)
20%
Áustria (6)
Brasil
40%
-2,0
Países Baixos (1)
-4,0
17,1%
França (3)
Valor de Referência = US$ 500
mi
-6,0
-8,0
Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Entre os produtos mais exportados pelo Brasil para o mercado alemão contemplados no setor de alimentos e bebidas,
destacam-se o SH6-210610 “Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas” e o SH6-210390 “Maionese e
outros condimentos e temperos compostos”. Em ambos os casos as exportações do Brasil cresceram acima de 130% no
último ano, conforme dados divulgados na tabela a seguir. Para o primeiro produto, as exportações representaram uma
participação de 34% no mercado, enquanto foi de 1% para o SH6-210390.
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114
SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS
SH6
200899
210390
210610
210690
Partic. das Exp.
Var. Exp.
Var. Imp.
Exp. Brasileiras
Brasileiras em
Imp. Mundiais do
Brasileiras
Mundiais do para o Mercadorelação às Imp.
para o
Mercado-alvo em
Mercado-alvo alvo em 2007
Mundiais do
2007 (US$)
Mercado-alvo
2007/2006
(US$)
Mercado-alvo 2007
2007/2006
(em valor)
Descrição
Outras frutas e partes de plantas,
preparadas ou conservadas
Maionese e outros condimentos e
temperos compostos
Concentrados de proteínas e substâncias
protéicas texturizadas
Outras preparações alimentícias
158.573.827
21%
295.494
233.990.987
18%
30.745.301
1.657.688.667
Partic. Exp.
Brasileiras em
relação às Exp.
Totais do Brasil
2007 (em valor)
9%
0%
2%
2.923.493
133%
1%
24%
19%
10.498.014
185%
34%
13%
9%
657.623
17%
0%
0%
Fonte: GTIS
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados
pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha
MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS
País
Brasil (46)
Turquia (8)
Suíça (7)
China (11)
Tailândia (17)
200899
16,32%
0,28%
11,55%
12,03%
12,03%
210390
3,85%
0,00%
0,00%
2,10%
2,10%
210610
12,80%
0,00%
4,27%
12,80%
12,80%
210690
4,46%
2,32%
0,00%
3,81%
3,81%
Mais uma vez o Brasil fica em situação desvantajosa, pois sofre
aplicação de tarifas superiores às demais expostas na tabela. A
Turquia, como pode ser visto no quadro ao lado, beneficia-se com
tarifas inferiores. Já a China e a Tailândia estão em situação
semelhante, sofrendo aplicação de tarifas de mesmo valor
percentual.
Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil
5.7. Produtos Orgânicos
A busca por uma vida mais saudável é uma tendência crescente no mundo atual, principalmente nos países desenvolvidos e
nas classes de renda média a superior. É justo nesse contexto que produtos relacionados ao bem-estar e à saúde humana
se constituem como uma forte alternativa, principalmente, por ser um mercado bastante competitivo.
Nos últimos anos, a procura por produtos orgânicos cresceu de tal forma que a demanda acima da oferta chegou a
provocar crises de abastecimento em algumas regiões, como na América do Norte e em países europeus. As vendas
23
mundiais de alimentos e bebidas orgânicos alcançaram US$ 38,6 bilhões de dólares em 2006 . Categorias de produtos
24
como os alimentos fortificados, funcionais e orgânicos tiveram um excelente desempenho, com taxas de crescimento que
alcançaram 50-70%, em termos globais, em 2005.
Nos quadros expostos em seguida, é possível notar a distribuição de terras destinadas à agricultura orgânica e a quantidade
de fazendas por continente. É interessante observar que, em 2006, a Oceania correspondeu a 42% das terras destinadas ao
cultivo orgânico no mundo e apresentou apenas 1% das fazendas denominadas orgânicas. A Europa vem em segundo lugar
com 24% das terras cultivadas voltadas aos produtos orgânicos e 28% das fazendas. Já a América Latina apresenta o maior
número de fazendas orgânicas, 32%, que representaram 16% das terras destinadas a esse objetivo em âmbito
internacional.
23
Segundo dados do Organic Monitor.
24
Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 80 e sua definição pode
variar entre os países. No entanto, segundo definição bastante aceita, para ser considerado como produto funcional, o alimento ou
bebida deve ser benéfico a uma ou mais funções alvo no corpo humano, de modo que seja importante tanto para o bem-estar e a saúde,
como para redução do risco de doenças. Além disso, deve se apresentar na forma de alimento comum e poder ser consumido na
alimentação cotidiana. No Brasil, a regulamentação é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que em 1999 publicou
resoluções relacionadas aos alimentos funcionais: Resolução ANVISA/MS n.17/99, n. 18/99 e n. 19/99, obtidas através do site:
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno.htm.
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Fazendas orgânicas por continente
(2006)
Distribuição global das terras
destinadas à agricultura orgânica
por continente (2006)
16%
1%
24%
África
32%
África
Oceania
10%
42%
Oceania
1%
Europa
América do Norte
América do Norte
7%
Europa
Ásia
Ásia
13%
América Latina
24%
América Latina
28%
2%
Fonte: FiBL Survey 2008. Elaboração:UIC, Apex-Brasil
Fonte: FiBL Survey 2008. Elaboração:UIC, Apex-Brasil
O apelo a hábitos alimentares saudáveis impacta inclusive no funcionamento de importantes multinacionais que não
necessariamente tem seus produtos associados a alimentos saudáveis. Assim, grandes empresas, como a Coca-Cola,
PepsiCo, Nestlé, por exemplo, reformularam suas estratégias para atingir o novo mercado em expansão, lançando produtos
adicionados com vitaminas, produtos diet, light e outros. As transformações corporativas se deram por diversos motivos,
dentre eles pela alta competitividade do mercado de alimentos e bebidas, pela epidemia da obesidade, pela forte atuação
da media e possibilidade de diferenciar o produto em um mercado estagnado.
O fornecimento de carnes orgânicas e de produtos de consumo diário é o mais afetado pelas crises de abastecimento, com
importações provenientes, em sua maioria, da Austrália, Nova Zelândia e América Latina.
No quadro baixo estão os dez países que apresentam mais terras destinadas à agricultura orgânica do mundo, em 2006,
quando foram registrados 12,3 milhões de hectares com essa finalidade na Austrália. O Brasil estava na oitava posição, com
0,9 milhões de hectares voltados ao cultivo orgânico.
Dez países com mais terras destinadas ao
cultivo orgânico (2006)
Reino Unido
Milhões de Hectares
0,6
0,8
0,9
0,9
0,9
1,1
1,6
2,2
2,3
Alemanha
Brasil
Espanha
Uruguai
Itália
USA (2005)
12,3
0
5
10
Argentina
15
Fonte: FiBL Survey 2008. Elaboração:UIC, Apex-Brasil
China
Austrália
No gráfico abaixo, pode-se observar as exportações mensais de produtos orgânicos do Brasil, de agosto de 2006 a maio de
2008, que somaram US$ 22,4 milhões em todo o período.
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116
Exportação Brasileira de Produtos Orgânicos
(Ago/2006 a Maio/2008)
2.500
3.000
US$ Milhares
2.000
1.500
1.500
1.000
Kg Milhares
2.500
2.000
1.000
500
500
0
0
Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
US$ FOB
Volume (Kg)
Em maio de 2008, as exportações alçaram o valor mensal mais alto, US$ 2,13 milhões de dólares, 132% maior que o mês
anterior (abril) e 254% maior que o mês de maio de 2007. Ademais, na comparação de jan/maio 2007 com o mesmo
período do ano posterior, 2008, houve um crescimento de 18%.
Ao contrário do que se pode pensar, no entanto, o mês em que houve maior venda em termos de volume, foi setembro de
2006, quando foram exportadas 2,6 mil toneladas, demonstrando a valorização dos produtos orgânicos.
Entre os principais compradores de produtos orgânicos brasileiros na Europa, destacam-se a Holanda, Suécia, Reino Unido
e França, para os quais o Brasil exportou no período de ago/2006 a maio/2008 US$ 7,5 mi, US$ 2,6 mi, US$ 1,8 mi e US$ 1,7
mi, respectivamente. Juntos, os países são destino de 61,8% das exportações brasileiras de orgânicos.
Principais Destinos das Exportações Brasileiras de
Prod. Orgânicos (Ago/2006 a Maio/2008)
Holanda
28%
34%
Suécia
Reino Unido
1%
Franca
3%
Dinamarca
Alemanha
3%
3%
Noruega
12%
8%
8%
Itália
Outros
Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Abaixo foram listados os quinze principais produtos exportados pelo Brasil, que correspondem a 98% da nossa pauta
exportadora. Os produtos com soja em sua composição (farinha, óleo, etc) são os mais exportados.
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SETOR: PRODUTOS ORGÂNICOS
NCM
Descrição
Volume
exportado (Kg)
Valor exportado
(US$)
Ago/2006 a Maio/2008
Partic. Exp. Brasileiras em
relação às Exp. Totais de
Orgânicos do Brasil 2007
(em valor)
1
Outs.Açucs.ñ Citad.Ant.e Sacarina
17019900
Quim./Pura
9.827.525
4.658.839,00
21%
2
12010090 Outras Especies De Soja Mesmo Triturada
5.949.135
3.857.404,00
17%
3
23040090
5.674.040
3.689.365,00
16%
3.567.760
2.204.411,00
10%
3.975.869
1.940.299,00
9%
1.317.140
1.329.430,00
6%
143.950
1.029.760,00
5%
209.377
977.919,00
4%
760.000
686.998,00
3%
768.152
664.164,00
3%
174.000
370.640,00
2%
4
12081000
5
17011100
6
15071000
7
18040000
8
09011110
9
23040010
10 08045020
Outros Residuos Da Extracao Do Oleo
D/Soja
Farinha De Soja
Acucar D/Cana Bruto S/Aromatiz.Ou
Corante
Oleo De Soja Em Bruto, Mesmo
Degomado
Manteiga, Gordura E Oleo, De Cacau
Cafe Nao Torrado,Nao Descafeinado,Em
Grao
Farinhas E "Pellets" Da Ext.Do Oleo De
Soja
Mangas Frescas Ou Refrigeradas
11 18050000 Cacau Po,S/Acucar Ou Outro Edulcorante
12 18031000 Pasta De Cacau Nao Desengordurada
Cogumelos "Agaricus" Secs,
13 07123100
Mmo.Cortad.Etc.
Outs.Prod.D/Origem
14 05119999
Animal,Improp.P/Alim.Hum.
15 11081400 Fecula De Mandioca
TOTAL
56.100
258.675,00
1%
1.665
148.355,00
1%
240.000
141.600,00
1%
189.000
110.841,00
0%
32.853.713
22.068.700,00
98%
Fonte: MDIC/SECEX
Elaboração: UIC, Apex-Brasil
Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir
divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil.
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118
6. Conclusão
A Europa Ocidental é um mercado exigente, seja pelos inúmeros requisitos a serem cumpridos, seja pelo número
crescente de regulamentos impostos aos países exportadores não membros da União Européia. Existe uma forte
preocupação com a segurança alimentar, e as ações na área de sanidade e rastreabilidade têm enorme importância para os
países do bloco, como se vivencia em relação à cadeia da carne bovina e suína.
Para o sucesso na comercialização dos produtos na região é muito importante acompanhar as principais tendências de
demanda do setor alimentício, como: a preocupação com a saúde, a procura por produtos de conveniência e que
economizem tempo, com embalagens reutilizáveis, e a busca por novas experiências sensoriais. Dessa forma, o empresário
brasileiro pode se beneficiar da grande variedade de produtos nacionais naturais e exóticos, atentando sempre para os
requisitos sanitários, normas de embalagens e rotulagem nos mercados europeus. O consumo de produtos orgânicos, por
exemplo, cresce a um ritmo acelerado na maioria dos países desenvolvidos.
Um segundo ponto importante é o investimento em marketing e promoção desses produtos, muitas vezes
desconhecidos nos mercados estrangeiros. Na Alemanha, por exemplo, os produtos brasileiros são normalmente
encontrados em pequenas vendas especializadas, ou em compra on-line, voltados para atender a demanda de brasileiros
que vivem no exterior. Supermercados comuns ou gourmets normalmente disponibilizam apenas produtos como: cachaça,
frutas tropicais e carnes bovinas ou de aves. Um caso atual é o da cachaça brasileira, pouco conhecida na Alemanha,
mercado que mais importa cachaça da Europa. O produto conhecido é a caipirinha, vendida na maioria dos bares e festas,
principalmente no verão.
Ademais, devido à forte competitividade no mercado europeu ocidental, torna-se relevante apostar na inovação e na
demanda de nichos específicos, levando em consideração os hábitos culturais. Um exemplo é o setor de chocolates e
produtos de confeitaria. Apesar de ser um setor de entrada mais complicada, devido à alta qualidade e relativo baixo custo
de produtos oriundos da Itália (massas), Bélgica, Suíça, França (chocolates, biscoitos, produtos de panificação), a confeitaria
brasileira pode adotar uma postura diferenciada, desenvolvendo produtos específicos, baseado no paladar e tendência em
curso nesses países, como pensar na adoção de pedaços de frutas exóticas aos chocolates.
No Leste Europeu a realidade é bem diferente da Europa Ocidental. Parte dos países, como a Polônia (hoje membro da
U.E.), Ucrânia, Turquia e Rússia, encontram-se em fase de crescimento e transformação econômica, com aumentos
significativos do Produto Interno Bruto e da renda per capita. Logo, configuram-se como países oportunos para exportação
de produtos pela menor competitividade a ser encontrada, o que facilita a entrada de mercadorias brasileiras.
Todavia, a tendência é que os mercados do Leste Europeu sigam as exigências da Europa Ocidental, tornando-se
importante para o exportador brasileiro atentar para os mesmos fatores listados acima e basear-se nessas tendências ao
definir suas estratégias de posicionamento e inserção de seus produtos, para, assim, obter sucesso nas negociações com
esse mercado.
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119
Anexo 125
Setor - Bebidas Destiladas
SH6
220820
220830
220840
220850
220860
220870
220890
Descrição
Aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas
Uísques
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
Gim e genebra
Vodca
Licores
Outras bebidas alcóolicas
Setor - Café
SH6
090111
210111
090121
210112
090112
090122
090190
Descrição
Café não torrado, não descafeinado
Extratos, essências e concentrados de café
Café torrado, não descafeinado
Preparações à base de extratos, essências e concentrados de café
Café não torrado, descafeinado
Café torrado, descafeinado
Cascas, películas de café e sucedâneos do café
Setor - Carnes de Aves
SH6
020711
Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigerada
020712
Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas
020713
Pedaços e miudezas comestíveis, de galos e galinhas da espécie doméstica, frescos ou refrigerados
020714
Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados
020724
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas
020725
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, congeladas
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, frescas ou
refrigeradas
020726
020727
020732
020733
020734
020735
020736
160210
160231
160232
160239
25
Descrição
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas
Carnes de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas, não cortadas em pedaços,
frescas ou refrigeradas
Carnes de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas cortadas em pedaços,
congeladas
Fígados gordos comestíveis, de patos ou gansos, da espécie doméstica, frescos ou refrigerados
Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos ou galinhas d'angola, das espécies domésticas,
frescas ou refrigeradas
Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas,
congeladas
Preparações alimentícias homogeneizadas de carnes, miudezas ou sangue
Preparações alimentícias e conservas de peru
Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas
Preparações alimentícias e conservas de patos, gansos e galinhas d'angola
Fonte: MDIC/Secex. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.
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120
Setor - Carne Bovina
SH6
020110
020120
020130
020210
020220
020230
020610
020621
020622
020629
021020
160250
Descrição
Carcaças e meias carcaças de bovino, frescas ou refrigeradas
Outras peças de bovino, não desossadas, frescas ou refrigeradas
Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas
Carcaças e meias-carcaças de bovino, congeladas
Outras peças de bovino, não desossadas, congeladas
Carnes de bovino, desossadas, congeladas
Miudezas comestíveis de bovino, frescas ou refrigeradas
Línguas de bovino, congeladas
Fígados de bovino, congelados
Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas
Carnes de bovinos, salgadas ou em salmoura, secas ou defumadas
Preparações alimentícias e conservas, de bovinos
Setor - Carne Suína
SH6
020311
020312
020319
020321
020322
020329
020630
020641
020649
Descrição
Carcaças e meias-carcaças de suíno, frescas ou refrigeradas
Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, frescos ou refrigerados
Outras carnes de suíno, frescas ou refrigeradas
Carcaças e meias-carcaças de suíno, congeladas
Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados
Outras carnes de suíno, congeladas
Miudezas comestíveis de suíno, frescas ou refrigeradas
Fígados de suíno, congelados
Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas
021011
Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados
021012
021019
160241
160242
160249
Barrigas e peitos, entremeados, de suíno, salgados ou em salmoura, secos ou defumados
Outras carnes de suíno, salgadas ou em salmoura, secas, defumadas
Preparações alimentícias e conservas de pernas e respectivos pedaços, de suínos
Preparações alimentícias e conservas de pás e respectivos pedaços, de suínos
Outras preparações alimentícias e conservas de suínos, incluídas as misturas
Setor - Chocolates, Balas e Confeitos
SH6
170490
180690
170410
Descrição
Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau
Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar
180632
Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus
180631
Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus
180620
180610
Outras preparações alimentícias com cacau, em blocos ou barras, com peso > 2kg
Cacau em pó, com adição de açúcar ou outros edulcorantes
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121
Setor - Frutas
SH6
200919
080719
080610
080300
080810
080450
080510
080720
080550
080132
200911
080711
080122
080520
Descrição
Outros sucos de laranjas, não fermentados
Melões frescos
Uvas frescas
Bananas frescas ou secas
Maçãs frescas
Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos
Laranjas frescas ou secas
Mamões (papaias) frescos
Limões e limas, frescos ou secos
Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca
Sucos de laranjas, congelados, não fermentados
Melancias frescas
Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca
Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes,
frescos ou secos
081290
Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado
080232
080590
080420
080430
Nozes frescas ou secas, sem casca
Outros cítricos frescos ou secos
Figos frescos ou secos
Abacaxis frescos ou secos
Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou
de outros edulcorantes
Outras frutas frescas
Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados
Ameixas e abrunhos, frescos
Abacates frescos ou secos
Uvas secas
Suco de abacaxi (ananás) com valor brix =< 20
Framboesas, amoras e amoras-framboesas, frescas
Cocos frescos, mesmo sem casca ou pelados
Pêras e marmelos frescos
Outros sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados
Airelas, mirtilos e outras frutas gênero vaccinium, frescos
Pêras e outras frutas secas
Outros sucos de maçã, não fermentados
Suco de uvas (inclusive os mostos de uvas) com valor brix =< 30
Cocos secos, mesmo sem casca ou ralados
Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca
Outras frutas de casca rija, frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas
Tâmaras frescas ou secas
081190
081090
200980
080940
080440
080620
200941
081020
080119
080820
200969
081040
081340
200979
200961
080111
080121
080290
080410
Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil.
122
Setor - Frutas
SH6
080530
081110
080930
081010
200912
200939
200990
Descrição
Limões e limas, frescos ou secos
Morangos congelados, não cozidos ou cozidos em água ou vapor, mesmo adicionados de açúcar ou de
outros edulcorantes
Pêssegos, incluídos os "brugnons" e as nectarinas, frescos
Morangos frescos
Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20
Outros sucos de outros cítricos, não fermentados
Misturas de sucos, não fermentados
Setor - Massas e Preparações Alimentícias
SH6
190110
190120
190190
190211
190219
190220
190230
190240
190300
Descrição
Preparações para alimentação de crianças acondicionadas para venda a retalho
Misturas e pastas, para preparação de produtos de padaria, pastelaria
Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte sem
cacau ou contendo menos de 40% de cacau en peso
Massas alimentícias, não cozidas nem recheadas, contendo ovos
Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo
Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo
Outras massas alimentícias
"Couscous"
Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de féculas, em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas
semelhantes
190410
Produtos à base de cereais, obtidos por expansão ou por torrefação (por exemplo: flocos de milho)
190420
190430
190490
190510
190520
190530
190531
190532
190540
Preparações alimentícias obtidas de flocos de cereais e misturas
Trigo burgol ("bulgur")
Outros cereais em grãos, pré-cozidos ou preparados de outro modo
Pão denominado "knackebrot"
Pão de especiarias
Bolachas e biscoitos, adicionados de edulcorantes, "waffles"
Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes
"waffles" e "wafers"
Torradas, pão torrado e produtos semelhantes torrados
190590
Outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de biscoitos, mesmo com adição de cacau
200110
200120
Pepinos e pepininhos, preparados ou conservados em vinagre ou em ácido acético
Cebolas preparadas ou conservadas em vinagre ou em ácido acético
Outros produtos hortícolas, frutas e outras partes comestíveis de plantas, preparados ou conservados
em vinagre ou em ácido acético
200190
200210
200290
200310
200320
200390
200410
Tomates inteiros ou em pedaços, preparados ou conservados em vinagre ou em ácido acético
Sucos de tomates e outros tomates preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido
acético
Cogumelos preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético
Trufas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou em ácido acético
Outros cogumelos, preparados ou conservados, exceto em vinagre ou ácido acético
Batatas preparadas ou conservadas, congeladas, exceto em vinagre ou ácido acético
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123
Setor - Massas e Preparações Alimentícias
SH6
200510
200520
200540
Descrição
Outros produtos hortícolas preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético,
congelados
Produtos hortícolas homogeneizados, preparados ou conservados, não congelados
Batatas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou ácido acético, não congeladas
Ervilhas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou ácido acético, não congeladas
200551
Feijão em grão, preparado ou conservado, exceto em vinagre ou ácido acético, não congelado
200559
Outros feijões preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético, não congelados
200560
200570
200580
Aspargos preparados ou conservados, exceto em vinagre ou ácido acético, não congelados
Azeitonas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou ácido acético, não congeladas
Milho doce, preparado ou conservado, exceto em vinagre ou ácido acético, não congelado
Outros produtos hortícolas preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético, não
congelados
Produtos hortícolas, frutas e cascas, conservados em açúcar
Preparações homogeneizadas de frutas, obtidas por cozimento
Doces, geleias, "marmelades", purês e pastas de cítricos
Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas
Amendoins preparados ou conservados
Outras frutas de casca rija e outras sementes, preparadas ou conservadas
Abacaxis preparados ou conservados
Cítricos preparados ou conservados
Pêras preparadas ou conservadas
Damascos preparados ou conservados
Cerejas preparadas ou conservadas
Pêssegos preparados ou conservados
Morangos preparados ou conservados
Palmitos preparados ou conservados
Misturas de frutas preparadas ou conservadas
Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou conservadas
Extratos, essências, concentrados de chá ou mate e preparações à base destes produtos
Chicória torrada e outros sucedâneos torrados do café e respectivos extratos, essências e
concentrados
Leveduras vivas
Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos
Pós para levedar, preparados
Molho de soja
"Ketchup" e outros molhos de tomate
Farinha de mostarda e mostarda preparada
Maionese e outros condimentos e temperos compostos
Preparações para caldos e sopas; caldos e sopas preparados
Preparações alimentícias compostas, homogeneizadas
Sorvetes, mesmo contendo cacau
Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas
Outras preparações alimentícias
Brotos de Bambu não congelados/conservados vin. Ácid. acético
Outros produtos hort. não congelados/conservados vin./ác.acético
200490
200590
200600
200710
200791
200799
200811
200819
200820
200830
200840
200850
200860
200870
200880
200891
200892
200899
210120
210130
210210
210220
210230
210310
210320
210330
210390
210410
210420
210500
210610
210690
200591
200599
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Setor - Vinhos e Vermutes
SH6
220410
220430
Descrição
Vinhos espumantes e espumosos
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em
recipientes com capacidade =< 2 litros
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em
recipientes com capacidade > 2 litros
Outros mostos de uvas
220510
Vermutes e outros vinhos de uvas frescas, aromatizados, em recipientes com capacidade =< 2 litros
220590
220600
220900
Outros vermutes e vinhos de uvas frescas, aromatizados
Sidra e outras bebidas fermentadas e misturas de bebidas fermentadas
Vinagres e sucedâneos obtidos a partir do ácido acético, para uso alimentar
220421
220429
Setor - Produtos Orgâncios
Os Produtos Orgânicos não possuem codificação específica de acordo com o Sistema Harmonizado.
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