82 - Across

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nº 82 - 17 de Dezembro de 2010
Venha sentir Macau!
II
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EsPecial viagens
17 de Dezembro 2010
É única e tem personalidade própria!
Será difícil encontrar no mundo uma cidade, cuja dimensão é tão inversamente
proporcional ao tamanho do seu património, da sua cultura e à diversidade
das atracções que oferece, como Macau.
Esta cidade é um desses lugares exíguos
no Mapa, mas que ao vaguearmos pelas
suas ruas, travessas, largos e becos, sen-
timos quão grande a alma deste povo foi,
que da convivência de mais de 400 anos
entre a cultura portuguesa e chinesa,
tão sabiamente soube observar-se, adaptar-se e tolerar-se, daí resultando uma
identidade própria e única, que constitui uma explêndida experiência para o
visitante.
Macau é hoje a simbiose perfeita entre o
legado arquitectural europeu mais bem
consolidado e conservado em toda a China, designado por “O Centro Histórico
de Macau” e a sua parte moderna, que
exibe lindos edifícios, amplos espaços e
magníficos jardins, sempre com a água
por perto.
Um pouco da sua história…
A origem da palavra Macau está associada a duas interpretações distintas: se
para os chineses - Macau (Ou Mun), significa A porta da Baía, já para os portugueses, parece estar relacionada com o culto
à deusa Á-Má, que é venerada em todo o
sul da China e a quem foi erguido, em
sua honra, um templo à entrada do Porto Interior. Passando a partir de então,
esse local, a ser conhecido por Á-Má-Gao.
Macau goza, sem dúvida, de uma localização privilegiada junto à entrada do
Rio das Pérolas, a jusante da província
de Guangzhou (Cantão), e sempre foi,
ao longo dos séculos, uma porta facilitadora das trocas comerciais e culturais,
entre o Oriente e o Ocidente.
Devido a esta característica, quando os
portugueses chegaram a Macau entre
1554 e 1557, estabeleceram aí, com o
acordo dos Mandarins locais, um importante e lucrativo entreposto comercial
que promoveu de forma indelével o comércio entre a China, o Japão, a Índia e
a Europa.
Macau teve assim, o papel de – porta aberta da China para o exterior –
constituindo-se como o local de cruzamento das culturas ocidentais com as
orientais.
Talvez por isso, Macau foi desde cedo
escolhido pelos missionários, para a difusão da Fé Cristã, das ciências e da concepção ocidental do mundo e da vida em
terras do Extremo Oriente.
Como corolário desse investimento, aí
foi fundado no séc. XVI o famoso “Colégio de S. Paulo”, que é hoje considerado pelos historiadores, como tendo sido
a primeira “universidade” em moldes
ocidentais, criada na Ásia Oriental. Tendo sido vários os vultos históricos que
passaram por lá, tal como Mateus Ricci
e Francisco Xavier entre tantos outros
que, através das suas actividades contribuíram para um efectivo diálogo inter-civilizacional, que constituiu, desde
sempre, uma das principais características desta terra.
A época dourada dos portugueses na Ásia
desvaneceu-se com a emergência de rivais como os holandeses e ingleses, que
passaram a deter o domínio das rotas comerciais. Contudo, os chineses optaram
por continuar a fazer trocas comerciais
com os europeus através de Macau.
Desta forma e ao longo de mais de um
século, a britânica Companhia das Índias
Orientais, entre outros, abriram as suas
lojas em Macau, em locais de prestígio. À
medida que o comércio chinês com a Europa crescia, os comerciantes europeus
usavam igualmente Macau como local de
abrigo e de entretenimento.
Depois, com a criação de Hong Kong, na
sequência do advento da vitória inglesa
na primeira Guerra do Ópio em 1841,
Macau perdeu muita da sua importância comercial, pois que o grosso dessa
actividade foi transferido para a outra
margem do Delta do Rio das Pérolas.
Hong Kong desde cedo ganhou estatuto e importância, tornando-se um dos
principais centros financeiros mundiais, deixando Macau num estado de
semi-letargia, do qual só acordaria há
algumas décadas. De qualquer forma,
Macau continuou a gozar de uma atmosfera multicultural, o que lhe grangeou a preferência de viajantes, escritores e artistas.
Já nos tempos modernos, Macau desenvolveu indústrias como os têxteis,
produtos electrónicos e brinquedos,
bem como uma indústria de turismo de
nível mundial, oferecendo uma grande variedade de hotéis, resorts, infraestruturas desportivas, restaurantes e
casinos. Porém, tal como no passado,
a economia de Macau permanece muito ligada a Hong Kong e à província de
Guangdong.
Todavia, Macau sempre soube manter
uma atmosfera única que a diferencia
das regiões visinhas e por isso, é hoje,
como ao longo dos séculos, uma harmoniosa mistura entre as culturas chinesa
e portuguesa, levada a cabo de forma pacífica pelas suas gentes, na base da qual
está uma sábia forma de vida.
A partir de 1999, Macau passou a ser uma
Região Administrativa Especial da República Popular da China, estatuto que, de
acordo com a vontade da sua população e
dos seus líderes, irá manter durante pelo
menos 50 anos e lhe confere um elevado
grau de autonomia na gestão dos seus assuntos, exceptuando os relacionados com
a defesa e a política externa. A manutenção dessas características sociais e económicas, está em linha com o princípio
“um país, dois sistemas”, e por essa razão,
praticamente toda a legislação existente
antes de 1999 foi mantida, com pequenas
ressalvas na parte que contrariava a Lei
Básica Chinesa.
A pequena Região Administrativa Especial, com apenas 29,5 quilómetros quadrados de área, é constiuída pela península de Macau, Ilhas de Taipa e Coloane,
mas continua a crescer em tamanho –
com mais terra ganha ao mar – e em
número e diversidade de atracções. Na
cidade respira-se uma atmosfera cosmopolita e glamourosa, aliada a uma forma única de vida, onde, como sempre, a
Europa encontra a Ásia e onde as duas
comunidades mais representativas, a
chinesa e a portuguesa, encontram um
tolerante estilo de vida, em partilha e
trocas mútuas.
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III
Locais para ver e recordar…
Durante centenas de anos, este pequeno
pedaço de terra sustentou um processo
de simbiose e intercâmbio de culturas
que moldaram a sua própria identidade.
“O Centro Histórico de Macau” é exemplo disso, e constitui um testemunho
vivo de assimilação e coexistência continuada das culturas orientais e ocidentais no decorrer de um capítulo único
da história, representando o pluralismo
cultural Oriente-Ocidente coroado de
êxito, como ref lexo da presistente abertura da civilização chinesa ao inf luxo
de conceitos culturais ocidentais no
decorrer daquele período, e é fruto do
respeito e tolerância mútua existente
entre culturas e civilizações diferentes.
A conservação do “Centro Histórico de
Macau” tem sido crucial para a população não apenas pela plenitude das suas
infra-estruturas arquitectónicas e urbanas, mas também pelo facto de que
estas retiveram o seu espírito e funções
originais até aos nossos dias.
Talvez por isso, “O Centro Histórico de
Macau” foi inscrito na Lista do Património Mundial em 2005, tornando-se no 31º
sítio designado como Património Mundial
na China. Este reconhecimento internacional irá ajudar a fomentar a consciencialização da comunidade e a nutrir
a apreciação dos valores patrimoniais,
influenciando positivamente programas
futuros de desenvolvimento urbano, que
serão levados a cabo em sintonia com a
conservação do património.
Este legado arquitectónico está entrelaçado no tecido urbano original da cidade e inclui ruas e praças que merecem
uma visita atenta, tais como o Largo da
Barra, o Largo do Lilau, o Largo de Santo
Agostinho, o Largo do Senado, o Largo
da Sé, o Largo de S. Domingos, o Largo
da Companhia de Jesus e o Largo de Camões. Percorrendo estas praças e as ruas
adjacentes, o feliz visitante descobrirá
uma sucessão de mais de vinte monumentos muito bem conservados, que
nos remetem, aqui e ali, para memórias
distantes que ilustram uma época gloriosa da história que nos uniu.
Igreja de S. Domingos
Largo do Senado
Edifício do antigo Leal Senado
Comece por sentir a magia do Largo
do Senado, que pulsa ao ritmo de tudo
o que acontece de mais relevante na
cidade. Este lindíssimo largo, bem no
coração de Macau, está rodeado de
edifícios em estilo neo-clássico pintados em tons pastel, que recriam uma
ambiência mediterrânica de grande
harmonia e onde encontrará espaços
tão emblemáticos como, o antigo Senado e o Templo de Sam Kai Vui Kun,
com o ondular da calçada portuguesa
a seus pés.
Estando aí, não perca a oportunidade
de visitar o Edifício do antigo Leal
Senado construído em 1784, que albergou a primeira câmara municipal de Macau, função que ainda hoje mantém. O
nome “Leal Senado” deriva do título “Cidade do Nome de Deus de Macau - Não
Há Outra Mais Leal”, concedido pelo rei
português D. João IV em 1654. Depois,
subindo ao primeiro andar, encontrará
um agradável jardim no páteo posterior
e um salão nobre que dá acesso a uma
exuberante biblioteca, em madeira, ricamente decorada ao estilo da biblioteca do
Convento de Mafra.
A dois passos dali, fica a Igreja de S. Domingos fundada em 1587 por três padres
dominicanos oriundos de Acapulco. Foi
aqui que foi publicado o primeiro jornal
português em solo chinês, “A Abelha da
China”, em 12 de Setembro de 1822. A
torre sineira, situada na parte posterior
do edifício, foi modificada para permitir
a instalação de um pequeno Museu de
Arte Sacra, que conta com um espólio de
cerca de 300 artefactos.
Bem perto tem a Santa Casa da Misericórdia, instituição fundada em 1569
pelo primeiro Bispo de Macau que seguiu
o modelo de uma das organizações de
caridade mais proeminentes e antigas
de Portugal, tendo sido responsável pela
fundação em Macau da primeira clínica
de estilo ocidental e de outras estruturas
sociais de cuidados de saúde, que ainda
funcionam nos nossos dias.
Santa Casa da Misericórdia
Um olhar atento aos seus museus…
Macau tem cerca de duas dezenas de
museus, abrangendo um vasto leque de
interesses. Visitar alguns dos seus mais
emblemáticos museus, significa ficar a
conhecer melhor a sua história, a sua
arte, as suas tradições e os seus costumes. É este passado, sobretudo de convivência luso-chinesa que constitui o seu
capital cultural, que se vê reflectido no
seu património, sabiamente coligido e
exposto nos seus vários museus e monumentos. Convidamo-lo a visitar o Museu
de Arte de Macau, edifício de 5 pisos,
com 4.000 metros quadrados de área expositiva, onde poderá apreciar pintura e
cerâmica chinesas. Outro igualmente interessante, é o museu dos bombeiros que
exibe mais de 700 peças que ilustram de
forma ímpar a evolução desta meritória actividade. Já a Casa Memorial Dr.
Sun Yat Sem, considerado como “Pai da
Nação”pelos chineses, mostra-lhe alguns
dos documentos mais significativos que
estiveram na origem da revolução republicana chinesa. Uma visita obrigatória
é, igualmente, ao Museu de Macau, que
está localizado na Fortaleza do Monte e
que possui um vasto espólio de objectos
de valor histórico e cultural. As “CasasMuseu da Taipa”, são por si só uma
atracção, porque exibem uma vila típica
característica da arquitectura macaense,
de matriz portuguesa. Sugiro ainda, uma
visita ao Museu Natural e Agrário onde
poderá apreciar um conjunto de alfaias,
utensílios e figurinos de agricultores,
que dão a conhecer ao visitante como
era a vida campesina de outros tempos,
só para mencionar alguns.
IV
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Continue, há ainda muito para ver…
Sé
Ruínas de S. Paulo
Não é conhecida a data de construção
da Igreja da Sé, mas o seu restauro terá
acontecido em 1763. A fachada principal
do edifício, é composta por duas torres
gémeas e o seu exterior, encontra-se revestido com reboco cinzento (mais conhecido por Shanghai plaster), o que
lhe confere uma aparência monolítica e
austera.
Deslocando-se um pouco para Norte,
bem no coração da cidade antiga, encontrará o que simbolicamente funciona como o altar da cidade, as Ruínas de
S. Paulo que são o que resta da fachada
da antiga Igreja da Madre de Deus, construída entre 1602 e 1640 e das ruínas do
Colégio de S. Paulo, que lhe ficam contíguas e cujos espaços originais, foram
destruídos por um incêndio em 1835.
Estes dois edifícios em conjunto com a
Fortaleza do Monte, eram todos construções jesuítas e eram identificados
como a “Acrópole” de Macau. Os vestígios arqueológicos do antigo Colégio
de S. Paulo são um testemunho do que
foi em tempos a primeira universidade
de modelo ocidental do Extremo Oriente.
Suba vagarosamente as escadas de acesso,
e sinta a magia do lugar e o peso da sua
história que se cruza também com a nossa.
Inverta a marcha e rume a sul, detendose um pouco a apreciar a Igreja de Santo
Agostinho, que inicialmente foi fundada por padres agostinhos espanhóis em
1591 e mantém a tradição de organizar
uma das procissões mais populares da
cidade – a Procissão de Nosso Senhor dos
Passos (Via Crucis) - que reune milhares
de crentes.
Ali bem perto está o Teatro D. Pedro V
construído em 1860, que não pode deixar de visitar. Trata-se do primeiro teatro
de estilo ocidental construído na China,
com capacidade para 300 espectadores
e que perdura até aos nossos dias, como
um dos maiores expoentes de arquitectura da época, onde se continuam a realizar
importantes celebrações públicas.
Igreja de Santo Agostinho
Um passeio pelos seus jardins…
Os chineses sempre foram conhecidos pela
sua paciência e o modo como constroem os
seus jardins é exemplo disso. Conseguem
criar verdadeiros templos ao ar livre, locais
coloridos e serenos, que no nosso imaginário nos lembram o éden e que utilizam para
descansar, contemplar ou para a prática da
dança dos leques, “tai chi”, ou ainda, para
se exercitarem no canto de árias de ópera
chinesa. Por tudo isso, uma visita aos mais
bonitos jardins é muito recomendada. O Jardim Lou Lim Ieoc, construído no século XIX
em estilo Suzhou, é talvez o mais chinês de
todos os jardins de Macau e por reunir todas
essas características, é muito popular entre
os habitantes locais. Outro jardim a não
perder, pela sua aura histórica, que se sente
ao longo dos muitos caminhos bordejados
por árvores do Pagode e por uma luxuriante vegetação tropical é o Jardim e Gruta de
Camões, aí encontrará muitos Macaenses a
passear os seus passarinhos em gaiolas ricamente ornamentadas. Visite ainda o Jardim
da Flora, que se encontra na base da Colina
da Guia, suba depois de teleférico pelo lado
da Avenida Sidónio Pais até ao topo da Colina, e daí aprecie a bonita paisagem. Quando
chegar ao jardim, encante-se com os mamíferos, as aves e os insectos, próprios desta
zona do globo.
Teatro D. Pedro V
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Igreja e Seminário de S. José
O Seminário de S. José foi fundado em
1728 e em conjunto com o Colégio de S.
Paulo, constituía a principal base de implementação do trabalho missionário na
China, no Japão e na região. O seminário
de S. José tinha um currículo académico
equivalente ao de uma universidade e,
em 1800, a Rainha D. Maria I atribuiulhe o título real de “Casa da Congregação das Missões”. Já a Igreja de S. José
Igreja de S. Lourenço
que lhe fica adjacente, foi construída
em 1758 e constitui um modelo exemplar de arquitectura barroca na China,
conforme é referido no Atlas Mundial
de Arquitectura Barroca, publicado
pela UNESCO em 2001.
Continuando a descer em direcção a
sul, não muito longe do teatro D. Pedro
V, encontrará a Igreja de S. Lourenço,
uma das três mais antigas de Macau
que, foi construída pelos jesuítas em
meados do século XVI e em consequência das obras efectuadas em 1846, exibe
um muito bem cuidado estilo neoclássico de inspiração barroca, que se explica
pelo facto desta igreja estar integrada
num dos bairros mais abastados da cidade. A sua escadaria principal, com vista
directa sobre o mar, albergava outrora
as famílias dos marinheiros portugueses
que, ali aguardavam o seu regresso, razão pela qual é também conhecida por
Feng Shun Tang (Igreja dos Ventos de
Navegação Calma).
Continuando para sul, situado na encosta da Colina da Barra, vai encontrar
o antigo Quartel dos Mouros, hoje sede
da Capitania dos Portos de Macau. Este
edifício distintamente neoclássico, com
alguns elementos arquitectónicos de influência Mughal, foi construído em 1874
para alojar um regimento indiano oriundo de Goa, que vinha reforçar o corpo da
polícia de Macau.
Visita obrigatória é ao Templo de A-Má
que já existia antes do estabelecimento da cidade de Macau. É composto por
vários pavilhões que são dedicados à
veneração de diferentes divindades, formando um complexo único, o que faz do
Templo de A-Má um caso exemplar da
cultura chinesa inspirada pelo confucionismo, tauismo, budismo e por múltiplas
crenças populares.
Por último, para terminar com chave de ouro o curto périplo pelos sítios
mais emblemáticos de “O Centro Histórico de Macau”, visite a Fortaleza
da Guia, que vale bem a pena pelo seu
significado e localização. Esta fortaleza
foi construída entre 1622 e 1638. No
seu interior encontra-se a Capela da
Guia, que foi originalmente estabelecida por freiras clarissas, que residiam
no local, antes de fundarem o Convento de Santa Clara. As pinturas murais
da capela, ilustram temas ocidentais e
chineses, de inspiração religiosa e mitológica, que constituem um exemplo
perfeito da dimensão multicultural de
Macau. O Farol da Guia, que se localiza
no perímetro da fortaleza, cuja construção data de 1865, foi o primeiro farol
moderno erguido na costa chinesa. E
para que retenha na sua memória todo
o esplendor deste legado luso-chinês,
lembro-lhe que a Fortaleza, a Capela e
o Farol, são símbolos do passado marítimo, militar e missionário de Macau.
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Quartel dos Mouros
Templo de A-Má
Fortaleza da Guia
Não perca algumas das mais típicas atracções...
Como forma de dar a conhecer os mais
subtis aspectos da riqueza e diversidade
cultural de Macau, são organizados roteiros de experiências típicas em que os turistas podem participar.
Assim, para ficar a conhecer melhor a cultura chinesa, comece a manhã com uma
lição de Tai Chi num dos seus encantadores jardins, ou tome parte numa sessão
de aprendizagem de caligrafia chinesa, ou
ainda, inicie-se na arte do minucioso corte
de papel, formando elaborados desenhos.
Depois, participe numa tradicional cerimónia do chá e termine o seu dia com uma delicada e revigorante sessão de reflexologia.
Como sabe, existem vários casinos em
Macau e na Taipa, que oferecem a maior
variedade de jogos do mundo, tais como o
baccarat, blackjack, roleta e fan-tan entre
tantos outros. Logo, ir a Macau e não experimentar uma das suas maiores atracções seria uma pena. Assim aventure-se
num destes jogos, ou se preferir, divirta-se
jogando nas máquinas, ás quais, as gentes
da terra chamam de “tigres esfomeados”.
Depois, para se despedir de Macau, faça um
passeio exótico de riquexó, o meio de transporte mais romântico da cidade. E então
sim, poderá apreciar o encanto da paisagem
e sentir uma enorme vontade de voltar!
V
VI
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Escolha onde ficar…
Macau possui um excepcional parque de
mega hotéis e resorts que tem crescido exponencialmente nos últimos anos e onde as
marcas de luxo têm vindo a apostar cada vez
mais, cativando um crescente público que
visita Macau em turismo ou em actividades
profissionais.
A maioria situa-se em edifícios novos,
mas há alguns em edifícios de traça neoclássica com centenas de anos que foram
restaurados para o efeito.
Há aliás alojamentos de diversos tipos,
que o visitante poderá escolher de acordo com as suas preferências pessoais e
orçamento: hotéis de cinco, quatro e
três estrelas de cadeias internacionais,
pousadas portuguesas e também pensões. Com mais de seis dezenas de hotéis, de diferentes categorias, dispersos
Cirque du Soleil e The House of Dancing Water
Duas atracções imperdíveis!
ZAIA é o espectáculo do Cirque du Soleil
em permanência no Venetian Macao, Cotai Strip Hotel, que o guindará para um
mundo imaginário, repleto de actuações
surpreendentes, capazes de despertar em
si as mais sublimes emoções.
A Cidade dos Sonhos é o empreendimento mais recente de Macau, que inclui hotéis como o Hard Rock Hotel, o Crown
Towers Hotel, o Grand Hyatt Macau, um
mega Casino e dois teatros o “The Bubble” e o “Dragon Theater” no qual está
em cena o show “The House of Dancing
Water”, cuja super produção ascendeu
a 250 milhões de dólares americanos e
que constitui o maior espectáculo do
mundo feito com água, com cenas de
acrobacia e dança, a par de elementos
cénicos desenhados com fogo, luzes e
água. Verdadeiramente fascinante!
pela cidade de Macau, ilhas de Taipa, Coloane e Cotai - área de aterros artifíciais
entre as ilhas de Taipa e Coloane, a oferta é vasta e capaz de satisfazer um crescente e exigente número de hóspedes.
Os Spas em Macau são uma das mais requisitadas e serenas atracções, e os novos
hotéis apresentam-nos cada vez mais inovadores e sofisticados, oferecendo tratamentos de assinatura e onde o ocidente
vai copiar o que de mais recente esta actividade tem.
A parte moderna de Macau é um daqueles lugares cintilantes e encantadores,
que fervilham de actividade 24 horas
por dia, com as salas de jogo nos hotéis
e casinos a abarrotar de gente a tentar a
sua sorte, ou em animados bares até altas
horas da madrugada.
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A maioria dos grandes hotéis de luxo
deixou de ser apenas o lugar eleito onde
se vai dormir, para se tornarem no lugar
a visitar por excelência, com ofertas tão
variadas quanto inovadoras. O feliz visitante, mesmo que tenha optado por uma
acomodação mais frugal, poderá usufruir
da maioria das facilidades que os megahotéis oferecem, tais como Casinos, Spas,
centros comerciais com luxuosas lojas
das mais conceituadas marcas mundiais,
restaurantes, de fusão ou internacionais,
salas de cinema e espectáculos públicos
de livre acesso.
As cadeias hoteleiras internacionais aqui
instaladas, estão cada vez mais centradas na satisfação do cliente e aliam o tradicional bem receber/estar com a oferta
de um crescente número de atraccções,
que deixam o incauto turista em êxtase.
Inspirados nos seculares mitos e tradições
do povo Macaense, exibem espectáculos
sobre a famosa “Árvore das Patacas”, sobre a abóbada celeste e os símbolos do zodíaco chinês.
Os jardins que rodeiam estes hotéis são
igualmente imponentes, com lagos artificiais magistralmente iluminados onde em
horário pré-defenido exibem espectáculos
cibernéticos, de água, luz e côr, que os turistas não se cansam de fotografar e filmar.
Por tudo isto, Macau é hoje considerado
o lugar ideal como destino de férias, não
só pela sua diversidade, mas também
porque tem grangeado a preferência de
um número crescente de visitantes que
em Novembro de 2010, já totalizavam
cerca de 22,7 milhões.
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VIII
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As melhores condições para eventos…
Macau é apontado como o mais excitante
e novo destino da moda para organização
de eventos internacionais, em toda a Ásia.
Nunca antes em toda a Ásia houve tão
grande investimento, em tão curto espaço de tempo e em tão grande escala, em
infra-estruturas, alojamento, entretenimento e atracções como em Macau nos
últimos dez anos.
A este facto, não é alheia a localização
privilegiada de Macau e do seu Aeroporto Internacional, que está a escassas 3 a
5 horas de distância dos maiores e mais
populosos centros financeiros de toda a
Ásia, onde a taxa de crescimento económico, em alguns deles, ronda os 10% ao
ano, elegendo de forma irredutível Macau como a melhor relação qualidade/
preço, a mais adequada e a mais vibrante
escolha na hora de organizar um evento
de grandes dimensões seja ele uma feira,
um salão internacional, uma reunião, um
mega-concerto ou uma prova internacional desportiva, continuando esta cidade
pela excelência das suas infra-estruturas,
qualidade hoteleira e diversidade cultural
e de entretenimento, a ser a porta aberta
do continente asiático para o Mundo.
As ligações aéreas são facilitadas por 13
companhias internacionais, entre as quais
(Air Macau, Eva Air, Philippines Airlines,
Cebu Pacif Air, Shanghai Airlines, Xiamen
Airlines, Shenzlen Airlines, Tiger Airways,
Air Asia, TransAsia and Jetstar Asia Airways) que ligam Macau aos principais
destinos na Ásia. Por outro lado, carreiras
regulares em ferry-boat, fazem a ligação
entre Macau e Hong Kong, à distância de
apenas 1 hora e a 45 minutos do seu Aeroporto Internacional.
Macau está cada vez mais presente nos roteiros dos maiores nomes da música, das
grandes produções internacionais e dos
mais emblemáticos eventos desportivos.
Por tudo isto, este é o momento certo para
visitar ou eleger Macau como o local ideal
para organizar o seu próximo evento.
Se os aspectos da cultura e tradições o fascinam, parta à descoberta dos segredos
desta cidade percorrendo as suas ruas, as
suas praças, vendo os seus monumentos
ou visitando os seus mercados tradicionais.
E na hora da diversão, Macau é sem margem para dúvidas, uma cidade excitante e
luxuosa, com as melhores, mais aclamadas e premiadas produções de espectáculos do Mundo.
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Ano Novo Chinês
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IX
Procissão do Senhor dos Passos
As festividades que fazem pulsar Macau…
Grande Prémio de Macau
Festividade do Barco Dragão
Festival de Á-Má
As festividades de Macau são o reflexo de séculos de convivência e intercâmbio entre a
cultura portuguesa e chinesa, com algumas
nuances de cariz internacional.
E para que tenha mais uma razão para visitar Macau ou ficar por lá mais algum tempo, vou enumerar-lhe aqui as principais festividades do ano 2011:
A comemoração do Ano Novo Chinês é
o mais significativo evento para a população local e vai decorrer nos primeiros
dias de Fevereiro. Ao longo de dez dias
há festa na rua, incluindo danças do dragão e do leão, espectáculos de música e
dança. Visitam-se os templos, a família e
os amigos, e as crianças recebem “lai-sis”
(envelopes vermelhos com “dinheiro da
sorte”).
A Procissão do Senhor dos Passos é a festividade católica mais antiga de Macau e terá
lugar nos dias 12 e 13 de Março. A imagem
do Senhor carregando a cruz é levada pelo
centro histórico da cidade, em procissão
solene e venerada por todos os fiéis à sua
passagem.
A Páscoa festeja-se nos dias 22 e 23 de
Abril e é uma festa muito importante
para a comunidade cristã. As igrejas
são decoradas a rigor e as lojas vendem
ovos de chocolate e o tradicional folar
português.
A 25 de Abril realiza-se o Festival de Á-Má
para prestar homenagem à Deusa Á-Má,
uma das mais veneradas pelos pescadores.
É uma forma de agradecer a sua protecção
aos marinheiros e à forma como acalma as
tempestades.
A Festa do Dragão Embriagado (Tchôi
Long Chit) é talvez a festividade mais misteriosa do calendário anual e realiza-se a 10
de Maio. Consiste num cortejo que parte do
Templo de Kuam Tai em direcção ao Porto
Interior e em cada paragem, bebe-se, bebese até cair… em homenagem a um homem
que venceu um dragão demoníaco, graças à
coragem que o álcool lhe deu.
Uma tradição das gentes locais é a Procissão
de Nossa Senhora de Fátima a 13 de Maio.
Esta procissão comemora o milagre da aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos a 13 de Maio de 1917, em Portugal.
A colorida Festividade do Barco Dragão
(Tung Ng), realiza-se a 6 de Junho e presta
homenagem à integridade moral do poeta
Wat Yuen (Qu Yuan), que se afogou em protesto contra a corrupção do governo. É um
evento de corridas de Barcos Dragão que reúne equipas locais e do estrangeiro.
O Concurso Internacional de Fogo-deArtifício de Macau, realiza-se a 10, 12, 17 e
24 de Setembro e termina a 1 de Outubro. É
um concurso pirotécnico internacional, que
tem vindo a ganhar fama e um número crescente de concorrentes, que exibem as suas
capacidades artísticas nos céus de Macau.
Entre 7 de Outubro e 6 de Novembro, decorre o 25º Festival Internacional de Música
de Macau. Todos os anos este festival traz
a Macau algumas das melhores orquestras,
cantores, coros e músicos do Ocidente e do
Oriente. O programa inclui música clássica
e moderna e culmina com a apresentação de
um espectáculo de ópera.
O 58º Grande Prémio de Macau que terá lugar
entre 17 e 20 de Novembro, consiste numa série de corridas de automóveis e motos em circuito citadino, e é talvez o evento mais conhecido a nível internacional. Representa o clímax
do calendário da Fórmula 3, cujos vencedores
seguem muitas vezes para a Fórmula 1.
Embora a maoria da população não seja cristã, a 24 e 25 de Dezembro as iluminações e
presépios alusivos ao NATAL tomam conta
de Macau. As igrejas enchem-se para a Missa
do Galo, à meia-noite do dia 24 de Dezembro, e a cidade fica particularmente diferente com a Europa a pairar no ar!
Festa do Dragão Embriagado (Tchôi Long Chit)
X
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Os sabores da sua gastronomia…
E a viagem ficará por certo mais rica, se lhe
acrescentarmos, os cheiros, as cores e os
sabores da cozinha Macaense, que é bem o
reflexo da longa experiência multicultural
da comunidade e do seu actual estilo de vida
cosmopolita.
Ao longo dos séculos, Macau desenvolveu a
sua própria culinária que combina elementos da cozinha portuguesa, chinesa, indiana,
ou mesmo malaia, conhecida por culinária
Macaense.
A essência dos sabores locais, vê-se hoje amplamente reconhecida nas páginas da recente edição do Guia Michelin de 2011, dedicado
a Hong Kong e Macau, que dos 38 restaurantes seleccionados de Macau, envolvendo 14
cozinhas diferentes, atribui três estrelas ao
restaurante Robuchon a Galera de cozinha
francesa contemporânea, duas estrelas aos
restaurantes: The Eight - Tim’s Kitchen e Zi
Yat Heen, o primeiro de cozinha chinesa e os
dois seguintes de cozinha cantonense.
Enquanto que a atribuição de uma estrela,
recaiu sobre os restaurantes: Aurora – II
Teatro – Jade Garden – Lei Garden e Wing
Lei, dos quais, os primeiros dois são de cozinha italiana, o seguinte de cozinha típica
de Xangai e os dois últimos, são de cozinha
cantonense.
E para ter uma visão mais ampla da riqueza desta gastronomia, comece por visitar
o mercado que se situa perto do Largo do
Senado. Aí poderá encontrar uma grande
variedade de peixes e mariscos vivos, que o
cliente escolhe no acto da compra, porque
como saberá, os chineses não têm por tradição comprar peixes ou animais já mortos
ou a dormir, como usam dizer. A qualidade
da carne e a variedade e frescura dos frutos e vegetais nos seus tons vibrantes, vão
incentivá-lo a experimentar a comida tradicional macaense que sendo uma cozinha
de fusão repleta de misturas aromáticas é,
mesmo assim, muito influenciada pela cozinha cantonense. Os restaurantes da Rua
do Almirante Sérgio ou da Rua das Lorchas
no Porto Interior, constituirão uma boa
escolha. A zona do Nape, Taipa e o centro
da cidade são igualmente bons locais para
pedir uma “Sopa de barbatana de tubarão”,
“Porco agridoce”, “Carne com legumes” ou
“Peixe ao vapor”, que são alguns dos pratos
mais conhecidos da cozinha cantonense.
Experimente ainda a massa chinesa, em
Macau conhecida por “Fitas” e o arroz cujos
ingredientes são a verdadeira atracção da
cozinha macaense.
Para pratos mais exóticos experimente os
restaurantes da Rua da Felicidade, paralela
à Avenida Almeida Ribeiro, nos quais, cobras, sapos, enguias, tubarões e tartarugas,
são expostos à entrada da porta, para que o
cliente escolha.
Especialmente apreciado por visitantes estrangeiros e um dos favoritos na região do
sul da China é o “Dim Sum”, uma refeição
que é constituida por vários mini-pratos
confeccionados com ingredientes à escolha
do cliente (camarão, galinha, porco, vaca,
cogumelos, rebentos de bambu e feijão) e é
servido em pequenas porções, que chegam
à mesa em cestinhos de bambu ou travessas
de porcelana e que deverá ser acompanhado
com chá de jasmim ou vermelho. “Linguado
à Macau”, “Porco Balichão” e para terminar
“Jagra de Ovos”, são outras tantas sugestões
que lhe deixo da cozinha Macaense.
Em Macau poderá ainda apreciar cozinha tipicamente portuguesa em restaurantes situados nas imediações do Templo de Á-Má, no
centro da cidade e nas Ilhas da Taipa e Coloane, que se adaptam a todos os orçamentos.
O “Caldo Verde e Ameijoas”, acompanhados de chouriço e azeitonas, “Cozido à
Portuguesa”, a “Carne Porco à Alentejana”
as “Sardinhas Assadas” e o “Bacalhau” são
pratos particularmente famosos e, ainda
mais, quando acompanhados por vinhos do
Dão, Borba ou Ribatejo, que também constam das cartas de vinhos. Não foram igualmente esquecidas as doces tentações das
sobremesas conventuais, e caso não resista
às saudades da amada pátria, delicie-se com
as “Barrigas de Freiras”, “Papos de Anjos” e
“Toucinho do Céu”.
A cozinha chinesa de elevada qualidade está
igualmente muito bem representada em
Macau e está presente em restaurantes espalhados por toda a cidade e ilhas.
Há restaurantes abertos 24 por dia para poder apreciar a cozinha de outras partes do
mundo, como sejam, a italiana, a francesa, a
americana, a brasileira, a japonesa, a coreana, entre tantas outras.
Já vê, a cidade não dorme!
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XI
Na hora das compras…
Macau é o lugar ideal para comprar a bom
preço, quase todo o tipo de artigos. Além de
uma grande variedade de artesanato da China e de outros países asiáticos, encontrará
têxteis variados, nomeadamente em caxemira e seda.
Trabalhos em ouro ou com pedrarias estão à
venda em joalharias de grande reputação, na
maioria dos hotéis, assim como na Avenida
Almeida Ribeiro e Avenida Horta e Costa, a
preços muito competitivos já que são artigos
não taxados. Aconselha-se porém, a comparação de preços antes de fazer uma compra
de valor avultado, bem como a pedir a garantia e o recibo. Além disso, poderá sempre
fazer a encomenda de jóias elaboradas com
desenhos e composições a seu gosto pessoal,
que estarão prontas muito rapidamente.
Macau sempre foi um lugar de eleição para
residência de artistas, que escolhiam a cidade como local de inspiração e que muito
regularmente expõem as suas obras. As galerias de arte de Macau são por isso muito
animadas, veja-se a galeria de exposições
temporárias do IACM ou a galeria da Casa
Garden. Para quem estiver interessado em
pinturas mais antigas, deve percorrer toda a
zona da Rua de S. António.
Se estiver à procura de mobílias em estilo
chinês e antiguidades genuínas, poderá
encontrá-las em lojas situadas em redor das
Ruínas de S. Paulo.
As porcelanas e a cerâmica fina são igualmente muito procuradas pelos turistas e
poderá adquiri-las em lojas de confiança
que estejam identificadas com o logotipo
de “Loja Certificada”, aí poderá encontrar serviços de chá ou mesmo serviços de
mesa em estilo chinês (Cantão ou Bago de
Arroz). Pode mesmo mandar fabricar um
serviço com desenho personalizado a seu
gosto e a loja encarrega-se de lho enviar
para o seu país.
Os artigos electrónicos são outro dos produtos cujas lojas são muito concorridas e
constituem uma verdadeira atracção para
os turistas, que ali vão encontrar as últimas
criações das marcas mais famosas da Europa, Japão e Estados Unidos.
As lojas francas e armazéns disponibilizam
produtos de grande qualidade e das melhores marcas internacionais, como sejam,
roupas, tecidos da Ásia (sedas, linhos, etc.),
cosméticos, sapatos e outros artigos de couro, que podem ser encontrados no Grand
Canal Shoppes no Venetian Macau, no Hotel
Four Seasons, no New Yaohan, na Doca dos
Pescadores e na Avenida da Praia Grande. As
grandes lojas de luxo com artigos de marcas
internacionais que são uma perdição para os
amantes do shopping, estão localizadas nas
arcadas comerciais dos hotéis, como o Hotel
Lisboa, o Landmark, o Sintra, o Mandarim
Oriental e o Wynn Macau, entre outros.
Como vê, fazer compras em Macau além de
um prazer, pode ser uma preciosa aventura
se tiver tempo ainda de se embrenhar nas
típicas “Feiras da Ladra” e mercados nocturnos que exibem a céu aberto, velharias
e produtos raros de coleccionismo que são
um verdadeiro apetite para os apaixonados
por estes assuntos.
Informações úteis…
Macau com uma população de 542.200 habitantes, 94 por cento dos quais de etnia chinesa e 6 por cento de outras nacionalidades, incluindo os portugueses, situa-se na costa Sudoeste da China a Oeste do Delta do
Rio das Pérolas, na província de Guangdong, a 60 quilómetros de Hong Kong e a 145 de Cantão.
Macau constitui-se como uma zona Administrativa Especial da República Popular da China e tem uma área total de 29,5 quilómetros quandrados, que incluem a Península de Macau (9,3 Km2), as Ilhas
de Taipa (6,8 Km2), Coloane (7,6 Km2) e a zona do aterro - Cotai (5,8 Km2).
Como ir
Não existem ligações aéreas directas entre Portugal
e Macau. No entanto, no aeroporto internacional
de Macau operam 13 companhias aéreas, regionais
e internacionais que voam para o resto da China,
Taiwan, Coreia e Sudoeste Asiático. A solução é viajar para Hong Kong via outra cidade europeia. Uma
vez em Hong Kong, mantém-se como passageiro
em trânsito, podendo apanhar o turboject directamente do aeroporto para Macau. Outra solução é
fazer o trajecto de helicóptero.
Requisitos de entrada
Os cidadãos portugueses não necessitam de visto para entrar em Macau, bastando-lhes estar
munidos de passaporte com pelo menos seis
meses de validade, sendo concedido um visto
de 90 dias à chegada. Porém, se a sua viagem
incluir a intenção de dar um salto até à China,
aí sim, terá que obter o visto em Portugal junto
da respectiva embaixada.
Outras informações
As línguas oficiais, o Chinês e o Português, são faladas principalmente em organismos públicos e
usadas em documentos oficiais, mas o Cantonense é a mais falada em todo o território. Já no turismo e comércio, a mais usada é a língua inglesa.
O clima de Macau é subtropical, com temperaturas médias da ordem dos 20º e elevados níveis de humidade, sendo o Outono (Outubro a
Dezembro) a estação mais agradável.
A moeda oficial em Macau é a Pataca (MOPS), dividindo-se em 100 avos. Correspondendo um Euro
a 11,50 Patacas. Porém, moeda estrangeira e cheques de viagem, podem facilmente ser trocados e
os cartões de crédito aceites.
Por último e não menos importante, conte com
uma diferença horária de oito horas a mais, entre
Portugal e Macau.
XII
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PUB
Centro de Promoção e Informação Turística de Macau
Av. 5 de Outubro, 115 r/c
1069-204 LISBOA
Tel. 21 793 65 42
Fax 21 796 09 56
E-mail: [email protected]
www.macautourism.gov.mo

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