o documento na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
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1 INDIA Estudo de oportunidade 2008 Elaborado pela: Unidade de Inteligência Comercial - [email protected] Apex-Brasil Tel: +55 61 3426.0202 Fax: +55 61 3426.0263 www.apexbrasil.com.br Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. 2 Índia Estudo de oportunidade 2008 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. i Alessandro G. Teixeira PRESIDENTE DA APEX-BRASIL Maurício Borges DIRETOR DE NEGÓCIOS Ricardo Schaefer DIRETOR DEPLANEJAMENTO E GESTÃO Ana Paula L. A. Repezza Coordenadora da Unidade de Inteligência Comercial (UIC) EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL COLABORAÇÃO Mercados Regionais e Centros de Negócios Unidade de Comunicação e Marketing Unidade de Gestão do Conhecimento Unidade de Imagem e Acesso a Mercados Unidade de Inteligência Competitiva Unidade de Projetos SEDE Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco B, Edifício CNC, 10 º andar. CEP 70.041-902 Brasília – DF Tel. 55 (61) 3426.0202 Fax. 55 (61) 3426.0263 E-mail: [email protected] Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. ii © 2008 Apex-Brasil Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Autor: Suelma Rosa dos Santos Apoio: Rafaela Albuquerque Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 3 Índice 1 Introdução ............................................................................................................................... 5 2 Objetivo ................................................................................................................................... 5 3 Perfil da Índia ........................................................................................................................... 5 4 Visão do mercado .................................................................................................................... 7 4.1 Organização político-administrativa.................................................................................... 7 4.2 Economia ............................................................................................................................. 8 4.3 Investimento ...................................................................................................................... 11 4.4 Setores econômicos........................................................................................................... 12 4.4.1 Agricultura ......................................................................................................................... 12 4.4.2 Mineração .......................................................................................................................... 12 4.4.3 Indústria ............................................................................................................................. 13 4.4.4 Serviços .............................................................................................................................. 14 4.4.5 Consumo ............................................................................................................................ 16 4.4.6 Características regionais .................................................................................................... 18 5 Zonas de livre comércio, antigas zonas de processamento de exportações ........................ 19 6 Logística e canais de distribuição .......................................................................................... 21 6.1 Distribuição e varejo na Índia ............................................................................................ 23 7 Tarifas alfandegárias e barreiras não-tarifárias .................................................................... 23 8 Participação em acordos multilaterais e regionais de comércio .......................................... 24 9 Importações indianas ............................................................................................................ 25 10 Comércio Brasil – Índia .......................................................................................................... 26 11 Oportunidades no comércio de bens por Entidade .............................................................. 28 11.1 11.1.1 11.2 11.2.1 Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) ................... 29 Principais Oportunidades .............................................................................................. 31 Associação dos Fabricantes de Produtos Médicos e Odontológicos (ABIMO) ................. 32 Principais Oportunidades .............................................................................................. 34 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 4 11.3 Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (ASSINTECAL) ................................................................................................................................. 34 11.3.1 11.4 11.4.1 11.5 11.5.1 11.6 Principais oportunidades ............................................................................................... 36 SINDIMADEIRA ................................................................................................................... 37 Principais oportunidades ............................................................................................... 38 Associação Brasileira da indústria de Rochas Ornamentais (ABIRROCHAS) ..................... 39 Principais oportunidades ............................................................................................... 40 Sindicato da Indústria de Artefatos de metais não-ferrosos do Estado de São Paulo (SIAMFESP) .................................................................................................................................... 41 11.6.1 11.7 11.7.1 Principais oportunidades ............................................................................................... 42 Associação brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL)....................................... 43 Principais oportunidades ............................................................................................... 44 Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (ANFACER) ...................... 45 11.7.2 11.8 Principais Oportunidades .............................................................................................. 46 BIOCOMBUSTIVEL .............................................................................................................. 46 12 Setores de serviços ................................................................................................................ 47 12.1 SOFTEX ............................................................................................................................... 48 12.2 Metodologia de análise dos dados de serviços ................................................................. 50 13 Metodologia das matrizes ..................................................................................................... 53 13.1 Matriz de atratividade ....................................................................................................... 53 13.2 Matriz de posicionamento................................................................................................. 54 14 Considerações finais .............................................................................................................. 55 15 ANEXOS .................................................................................................................................. 56 Anexo I – Principais acordos em vigor entre Índia e Brasil ............................................... 56 Anexo II – Contatos importantes ....................................................................................... 57 Anexo III – Acordos de livre comércio da Índia ................................................................. 58 Anexo IV – lista de importadores ...................................................................................... 59 1 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 5 Introdução A elaboração do presente estudo enquadra-se no contexto da Missão Empresarial à Índia, nos dias 25 e 26 de março de 2008, realizada pela Apex-Brasil, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Câmara de Comércio Brasil-Índia. Liderada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, a missão teve por objetivos a realização de negócios e a busca de parcerias estratégicas. A seleção de setores econômicos presentes no estudo decorre da participação de associações empresariais setoriais na referida missão e das oportunidades de negócio na Índia levantadas in loco, a saber: máquinas e equipamentos; equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos; móveis e artefatos de madeira; pisos e revestimentos; eletro-eletrônicos; software e componentes para couro e calçados. A seleção ocorreu, portanto, com base em informações qualitativas coletas no mercado indiano. Assim, partindo das sugestões de setores brasileiros com oportunidades na Índia, o presente estudo buscou avaliar por meio de dados quantitativos, estatísticas de comércio e dados macroeconômicos, e qualitativos, estudo de comportamento de consumo e oportunidade de negócio de empresas especializadas. 2 Objetivo Este estudo objetiva identificar oportunidades de negócios para os produtos brasileiros no mercado indiano, com base em setores pré-selecionados, com vistas a estimular a ampliação da pauta de exportação de produtos brasileiros para aquele país. 3 Perfil da Índia Área e localização Área de 3.287.263 km2, incluindo a região de Kashmir administrada pela índia, no sudeste do continente asiático. Principais cidades Bombaim, Ahmadabad, Bangalore, Calcutá (Kolkata), Déli, Hyderabad, Kanpur, Madras (Chennai), Pune (Poona), Nagpur, Lucknow e Jaipur Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 6 População (2007)1 Estimativa de 1,12 Bilhões habitantes2 Bombai 16,4 milhões Calcutá 13,2 milhões Déli 12,8 milhões Madras 6,4 milhões Dados sócio-econômicos (2007) Moedas3 : Rúpia Indiana (1 USD = 40 INR) PIB per capita a preços correntes1: US$ 977,73 PIB per capita a preços correntes em rúpias1: $ 40.440,33 PIB a preços correntes1: US$ 1,09 bilhão PIB a preços correntes em rúpias1: $45,4 Bilhões Crescimento do PIB1: 9,2% Investimento direto estrangeiro (2006)4– IED: 16,8 bilhões Índice de desenvolvimento humano (2005)5: 0,619 Principais setores da economia (est 2007)6 Indústria: % do PIB: 28,4 Serviços: % do PIB: 55,0 Agricultura: % do PIB: 16,6 Total importado (2006)7 U$S 172.876.303.284, 00 Total exportado (2006) U$S 121.259.266.476, 00 Principais países fornecedores (2006): China (9,0%), Arábia Saudita (2,6%), Estados Unidos (5,7%), Suíça (4,5%), Emirados Árabes (4,3%). Principais países de destino (2006): Estados Unidos (15,2%), Emirados Árabes (9,5%), China (6,4%), Cingapura (5,6%), Reino Unido (4,3%). Moeda local: Rupia (Rs).A taxa de câmbio média em 2006 foi de Rs 44,25/ 1 US$. 1 FMI – Fundo Monetário Internacional. Census of India X-rates (consulta em 23/04/2008) 4 Euromonitor 5 PNUD 6 The Economist Intelligence Unit 7 GTIS 2 3 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 7 4 4.1 Visão do mercado Organização político-administrativa A Índia, democracia parlamentarista e federalista, com 28 estados, 7 territórios da União, 593 Distritos e 5.463 Sub-distritos. Marcado pelo multiculturalismo, no país, convivem 15 diferentes línguas oficiais e 844 dialetos. O hindu é a língua falada por 45% da população. O inglês, herança da colonização britânica, permanece como idioma para comunicações oficiais e para as relações de negócio. Da mesma forma que convivem várias línguas, existem muitas religiões, segundo a distribuição na tabela 1. 8 De regime parlamentar, o país possui uma Presidente, senhora Shrimati Pratibha Devisingh Patil, eleita em 2007, com a função de chefe de Estado e comandante das forças armadas. Ademais, possui um Vice Presidente, senhor Mohammad Hamid Ansari, ex-diplomata, eleito pelo Congresso Nacional indiano. O Congresso Nacional indiano é composto por duas câmaras: a Lok Sabha, membros eleitos pelo povo, espécie de Câmara dos Deputados, e a Rajya Sabha, com membros nomeados e Composição religiosa indiana % da população Hindus 80,50% Mulçumanos Cristãos Sikhs Budistas Jainistas Outras religiões Religião não declarada 13,40% 2,30% 1,90% 0,80% 0,40% 0,60% 0,10% Tabela 1 Fonte: Census of India Elaboração: UIC membros eleitos, espécie de Senado. Ambas as Câmaras e as assembléias legislativas estaduais, elegem o presidente para um período de cinco anos. O Primeiro Ministro, com a efetiva responsabilidade de chefe de Governo, é selecionado pela Lok Sabha. No poder desde 2004, o atual Primeiro Ministro, senhor Manmohan Singh, do partido INC, goza de prestígio nacional, internacional e reconhecimento no meio acadêmico. Ex-ministro das finanças indiano, no período de abertura econômica entre 1991 e 1994, quando assumiu o poder atraiu a confiança do investidor internacional por causa de suas promessas de aprofundar as reformas econômicas e políticas. 8 Dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 8 4.2 Economia O ano de 1991 constitui-se ponto de inflexão na economia indiana em função das reformas econômicas para o desenvolvimento do país, pois PIB (% variação real) estabeleceram os fundamentos do atual crescimento indiano. O fato de o Primeiro Ministro 8,4 8,3 2003 2004 9,2 9,4 8,0 7,9 7,5 7,5 2007 2008* 2009* 2010* indiano ter sido responsável pelas mudanças na política econômica gera confiança na capacidade do governo de 2005 * Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit aprofundar políticas públicas capazes de estimular a 2006 Figura 1 Fonte: EIU Elaboração: UIC economia indiana. Em menos de duas décadas, o país passou PIB indiano de economia agrária e fechada PIB Nominal (US$ por PPC) PIB (US$) para um alto crescimento e grande atratividade de investimentos, ainda que a $3.082,19 $3.389,67 $3.822,25 pobreza e a má distribuição de renda permaneçam. O crescimento médio $4.311,73 $4.776,91 $596,10 $692,74 $805,58 $922,28 $1.124,70 2003 2004 2005 2006 2007 da economia superior a 8% ao ano, nos últimos cinco anos, levou os investimento e bancos o de Figura 2 Fonte: EIU Elaboração: UIC relatório “Tracking the growth of India’s middle class” da McKinsey Global Institute (MGI) a estabelecerem previsões de que a média anual do crescimento econômico, até 2012, deva permanecer em torno de 9%. O produto interno bruto indiano, segundo estimativas da The Economist Intelligence Unit (EIU), Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 9 continuará acima dos 7%, Renda, demanda e consumo indiano observado na figura 1, o que Renda pessoal disponível real (% variação) permitirá a contínua incorporação Consumo privado (% variação real) Demanda doméstica (% variação real) da população menos favorecida 10,4 ao grupo de consumo. O rápido 7,8 7,4 crescimento 6,9 9,1 8,3 5,4 9,0 6,7 econômico aliado ao aumento classe média indiana, 8,9 6,2 6,0 e 2003 2004 2005 2006 2007 principais mercados 7,9 7,9 8,1 7,5 6,4 6,7 7,66,7 2008* 2009* 2010* * Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit conduzirá o país ao grupo dos cinco 8,3 4,4 3,4 populacional expande o tamanho da 10,7 Figura 3 Fonte: EIU Elaboração: UIC consumidores, nas estimativas da Mckinsey. A condição para que tal cenário concretize-se é Participação dos setores no PIB indiano a Indústria/PIB (%) Agricultura/PIB (%) Serviços/PIB (%) permanência do processo de abertura, garantido pelo quadro 52,9 53,7 54,1 54,6 55,0 55,5 56,1 56,9 político apresentado. 26,1 27,5 27,6 27,9 28,4 28,8 28,9 28,9 20,9 18,8 18,3 17,5 16,6 15,8 15,0 14,2 2004 2005 2006 2007 2008* 2009* 2010* A taxa real da renda pessoal, deduzida dos impostos, 2003 apesar da queda entre 2006 e * Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit 2007, tende a crescer, se permanecer o atual crescimento Figura 4 Fonte: EIU Elaboração: UIC médio da economia. De igual forma, a demanda doméstica e o consumo privado seguirão trajetória positiva. A redução da pobreza, o aumento da urbanização e o crescimento econômico estimularam a expansão da classe média, que já constitui 318 milhões de habitante hoje. As previsões econômicas e demográficas do governo sugerem que chegarão a 523 milhões em 2025. No tocante aos setores da economia, observado na figura 4, a participação da agricultura segue curva descendente na participação do PIB, explicado pela pequena competitividade indiana neste setor, e também pelo crescimento acentuado do setor de tecnologia e outsourcing em serviços. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 10 Apesar variação de real a das Importação de bens e serviços (% variação real) importações de bens e serviços terem decrescido nos últimos Importação de bens e serviços/PIB anos, continuou positiva e acima Importação de bens e serviços (% variação real) 25,8 26,1 26,4 26,0 25,8 14,5 13,8 14,1 14,9 2007 2008* 2009* 2010* 23,3 20,0 dos 10%. Mais importante, 16,0 a relação importações indicam entre e o as 16,8 12,3 PIB 10,3 11,4 crescente dependência de 2003 2004 2005 2006 importações no mercado. Os dados indicam que o aumento importações ao * Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit Figura 5 Fonte: EIU Elaboração: UIC das Investimento fixo bruto (IFB) relaciona-se crescimento Investimento fixo bruto/PIB da 31,80 economia e ao nível de atividade Investimento fixo bruto (% variação real) de 28,06 24,85 33,00 33,80 34,70 11,00 11,00 2009* 2010* 29,49 26,32 manufaturados, que teve variação real de 10% em 9 2007 . Nota-se na linha ascendente da participação do investimento fixo bruto (IEB) no PIB, aumento do 15,29 13,06 2003 14,62 15,70 12,10 11,77 2004 2005 2006 2007 2008* * Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit Figura 6 Fonte: EIU Elaboração: UIC investimento interno no setor produtivo. Dessa maneira, as oportunidades de exportações para aquele mercado relacionam-se, principalmente, aos investimentos interno no setor produtivo. 9 EIU Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 11 Conforme será apresentado na seção que trata especificamente das importações indianas, os principais produtos da pauta são relacionados ao crescimento do setor produtivo. Petróleo, máquinas e motores e insumos como minerais ferrosos e não ferrosos dominam a agenda. 4.3 Investimento A competitividade indiana baseia-se na forte capacidade no setor de tecnologia da informação, no crescimento demográfico que, ao contrário do padrão chinês, permitirá nos próximos anos que a força de trabalho cresça mais que a dependência pela previdência e a estabilidade da política democrática. Esses três aspectos geram ambiente favorável à atração de ambiente. Nota-se na figura 7 que a entrada de investimentos externos segue forte trajetória de crescimento. O crescimento relaciona-se, principalmente, aos resultados do setor de serviço, segundo o balanço de pagamento publicado pelo Banco Central indiano. A partir de 2006, os investimentos diretos superaram os investimentos de portfólio demonstrando o aumento da presença de empresas estrangeiras no país. Ademais do significativo crescimento dos investimentos externos, as tradicionais baixas taxas de poupança e investimento interno foram revertidas. Entre 2006 e 2007, de acordo com a The Economist Intelligence Unit o investimento doméstico bruto cresceu 32,4%. Esses dados são confirmados quando confrontados com o nível de investimento privado no país. Os números indicam alta taxa de investimento das empresas na produção. Esse quadro confirma a tendência de crescimento das importações de máquinas e equipamentos nos setores industriais mais pujantes. Os indianos aspectos indicam, macroecômicos portanto, Investimento direto externo forte Entrada de investimento direto externo tendência de atração de investimentos. Saída de investimento direto externo De igual forma, o investimento interno $22.000,00 $23.000,00 $23.500,00 $19.800,00 também aumenta na proporção do $17.460,00 crescimento econômico. Assim, do ponto $15.000,00 de vista de mercado para os produtos brasileiros, pode-se inferir que $12.000,00 o $5.771,00 $6.663,00 $9.023,00 $13.000,00 $10.000,00 $4.323,00 aumento dos investimentos externos e do investimento doméstico estimulará a $1.879,00 $2.179,00 $2.487,00 2003 2004 2005 2006 2007 importação de bens de capital. 2008* 2009* 2010* * Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit Figura 7 Fonte: EIU Elaboração: UIC Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 12 4.4 4.4.1 Setores econômicos Agricultura O setor agrícola representa 14% do PIB e 60% do emprego da força de trabalho indiana. O processo de migração do meio rural para o urbano não reflete o crescimento econômico e nem a velocidade de urbanização do país. Ao contrário de outros países da região, a transição dos trabalhadores da agricultura para outros setores é lenta. O crescimento do setor, em 2006, de 2.7% em relação ao ano anterior, preocupa as autoridade governamentais. A revolução verde que aumentou a produtividade de algumas regiões é pressionada pelo crescimento dos outros setores, o que diminui a atratividade da agricultura para novos investimentos, quando comparado à indústria e a serviços. Apesar de algumas áreas do país terem incorporado tecnologia na produção, apenas 1/3 das plantações são irrigada. Em número, as unidades produtivas de pequeno porte são maioria, porém em volume de produção, as unidade com maior aporte tecnológico são mais representativas. A política agrícola apoia os produtores de cereais, que têm tornado-se cada vez menos competitivos. De acordo com a EIU, o país possui potencial para a exportação de arroz, algodão, frutas e flores, entretanto, não o tem explorado totalmente. 4.4.2 Mineração Ainda que seja pouco representativo no total da economia, a Índia possui minas de minério de ferro, bauxita, mica, manganês, dolomite, fósforo e outros. A produção poderá mudar o perfil a partir da nova legislação estabelecida, em 2007, que liberaliza a extração no país permintindo a entrada de agentes privados externos. Em minério de ferro, o país possui a quinta maior reserva e é o terceiro maior produtor, segundo dados da EIU. As principais empresas indianas são Mittal steel e Tata steel. O minério é consumido internamente, em siderurgias locais, além de exportado, principalmente para os países asiáticos. Também importante produtor de bauxita com significativa produção de alumínio também para para consumo e exportação. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 13 4.4.3 Indústria Produção industrial (% variação) A produção industrial indiana cresce a taxa de 10% 8,47 7,91 2004 2005 10,55 10,40 2006 2007 6,56 ano, desde 2005. O setor industrial, em expansão, ainda permanece pequeno, motivo pelo qual o governo realiza 2003 políticas de estímulo à produção industrial e atração de Figura 8 Fonte: EIU. Elaboração: UIC. investimento direto externo. Número de Fábricas por sub-setor Segundo dados do Ministry of Commerce and 70 Industry indiano10, a somente o aumento do setor 150 Reciclados Outros produtos minerais industrial será capaz de absover a mão-de-obra que entra 3053 Madeira e produtos de madeira anualmente no mercado de trabalho, cerca de 10 2960 Agricultura e atividades relacionadas milhões11. O setor tem que cresce em taxas de 15 a 17% 200 2293 para que atinja proporções relevantes de participação do 991 PIB. 3135 Legislações governamental em que reduzem vário sub-setores a regulação têm 1001 investimentos produtivos, conforme demonstram os 2686 dados de crescimento de IDE na seção de investimentos. 3397 Radio, televisãoe equipamentos de telecomunicação Móveis e afins Moda e acessórios Outras indústrias 5120 Contudo, a indústria de base continua prioritariamente Couro e afins Instrumentos de precisão e equipamentos médicos Publicações, impressões e atividades relacionadas Papel e produtos de celulose 3763 atraido Equipamentos computacionais e de escritório 3201 Tabaco e produtos relacionados nas mãos do Estado. Produtos de metáis manufaturados 8138 Os setores industriais com mais rápido Borracha e produtos de plástico 7225 crescimento são ferro, têxteis, automotivo e hardware de Equipamentos elétricos e aparatos 3923 computadores. Em têxteis, o país é produtor de algodão, 1987 juta e seda e possui mão-de-obra qualificada barata, o que Produtos minerais não metálicos 13223 Máquinas e equipamentos 9387 motivou o governo a estabelecer metas de 8% de Têxteis 13521 participação indiana nas exportações mundiais. No setor 3093 automotivo, há duas companias indianas de carro e, após 990 www.commerce.nic.in 11 EIU Carvão, petróleo e combustível nuclear Químicos e outro produtos químicos 10747 6736 10 Veículos automotores, trailers e semitrailers Alimentos e bebidas 25363 mudança na legislação que passou a permitir a investimentos externos de até 100% da planta fabril, as Outros equipamentos de transporte Metais básicos Figura 9 Fonte: Ministry of Statistics and Programme Implementation, Índia. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 14 principais marcas internacional iniciaram atividade de produção voltadas para o mercado interno em expansão e para exportação. Por fim, o setor de hardware tradicionalmente fechado com tecnologia própria, recentemente, abriu-se para investimentos externos, mudando o perfil e o nível tecnológico da produção 12. 4.4.4 Serviços O setor mais dinâmico da economia indiana, tanto no que tange o mercado interno quanto o externo, possui a menor capacidade de absorção da mão-de-obra excedente anual indiana. Os subsetores que mais crescem internamente são os serviços de telecomunicações, serviços de tecnologia da informação, serviços de transporte aéreo, serviços financeiro, varejo e construção. Apenas nos anos 2000, o governo indiano permitiu a entrada de marcas de varejo internacional Receita de exportação de serviços da Índia TRANSPORTES 1998 1999 2000 VIAGENS 2001 2002 Empresas de TI na Índia OUTROS SERVIÇOS 2003 2004 2005 2006 USD 58,79 Empresas estrangeiras 40% USD 42,62 USD Bilhões Empresas indianas 60% USD 27,74 USD 12,09 USD 9,66 USD 11,25 USD 13,90 USD 16,42 USD 8,93 USD 6,97 USD 6,17 USD 7,49 USD 2,95 USD 3,01 USD 3,46 USD 3,20 USD 3,10 USD 4,46 USD 7,63 USD 4,37 USD 5,72 USD 1,77 USD 1,84 USD 1,98 USD 2,05 USD 2,47 USD 3,02 Figura 11 Fonte: FMI. Elaboração: UIC. Figura 10 Fonte: Mckinsey. Elaboração: UIC. naquele mercado. O varejo ainda continua pequeno e desorganizado no país. Segundo estudo da At Kearney, de 2005, a Índia situa-se em primeiro lugar como país em que mais expande o setor de varejo no mundo. O crescimento do setor aéreao relaciona-se ao aumento no turismo e à expansão das exportações pelo modal aéreo. Uma vez que o turismo tem ampla capacidade de efeitos multiplicadores na economia, o setor cria oportundiades para vários setores de serviços relacionados, como alimentação fora de casa, hospitalidade e afins. O setor de tecnologia da informação (TI), cresce a taxas de 50% ao ano desde 1993. Dentro de TI, descam-se os setores de offshoring e desenvolvimento de softwares, com maior particição do offshoring. 12 EIU Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 15 O offshoring ou outsurcing emprega força de trabalho de menor qualificação em atividades como call center e outros serviços de back-offices. O desenvolvimento de software e gestão de TI requer mão-de- obra mais qualificada e 70% de suas exportações destinam-se ao mercado estadunidense e 25% à Europa13. Por fim, o setor de construção cresce por volta de 10% ao ano e representa 40% dos gastos do governo14. O aumento relaciona-se à urbanização, do ponto de vista demográfico. Por um lado, o crescimento da demanda decorre da unidade residencial, por outro, a necessidade e o efetivo gasto governamental na infra-estrutura do país. 13 14 EIU Idem Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 16 4.5 Consumo Idade média da população (anos) A população indiana cresce a altas taxas e será a maior do mundo em 15 anos, segundo projeções do Census of India. O aumento 23.3 24.3 2000 2005 28.6 27 25.6 populacional está sendo acompanhado de redução de pobreza. Esses dados que combinados indicam crescente mercado consumidor. Mais da metade dos indianos têm idade inferior a 25 anos. Nas atuais proporções de 2010 2015 2020 Figura 12. Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC. crescimento populacional, em 2020, prevê-se que a Gastos com consumo por setor em US$ Bilhões a maioria da população será de jovem em idade de $19.2 trabalho. $16.3 $11.6 Simultaneamente ao crescimento $12.3 $10.9 $9.7 populacional, há o aumento dos aglomerados $10.4 $8.8 urbanos, que segundo relatório do Euromonitor $16.3 $11.5 $15.0 $8.5 $27.0 $29.4 $21.1 $37.3 $13.4 2026. Bebidas alcóolicas e tabaco $32.0 $24.9 $7.7 $8.2 $18.5 $17.6 $13.0 “India future demographic”,, variará em 26% até Gastos domésticos $0.04 Vestuário e calçado $0.04 $34.4 $17.9 A conjugação de variáveis demográficas, econômicas e sociais indicam redução da pobreza, $50.9 $30.6 $48.0 $26.7 $35.6 principalmente rural. Entre 2000 e 2005, a Serviços médicos $45.1 $41.9 Habitação $31.7 população vivendo abaixo da linha de pobreza caiu Transporte de 30,2% para 21,8%, na área rural, enquanto no mesmo período houve redução de apenas quatro $170.8 $162.6 pontos percentuais nas aglomerações urbanas, $152.1 $146.6 Alimento e bebidas não alcóolicas $145.5 $134.3 Comunicação afirma relatório “Slow decline in urban poverty in India” da Euromonitor. Lazer O mercado consumidor indiano para produtos brasileiros divide-se em dois níveis. No primeiro nível, o país necessita de insumos para alimentar o crescimento econômico e o desenvolvimento da produção industrial e agrícola, $2.5 $3.7 $6.0 $2.8 $4.0 $6.6 $3.1 $4.4 $7.6 $3.4 $4.9 $8.1 $3.7 $5.3 $3.9 $5.6 $8.7 $9.4 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Educação Figura 13 Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 17 além do setor de serviços. No segundo, o país é importante mercado consumidor, em virtude do aumento da classe média e do forte crescimento populacional. Ao mesmo tempo em que os dados macroeconômicos e demográficos sustentam a argumentação da relevante demanda interna, cabe recorda que não existe uma Índia, mas vários países em um só. A variedade religiosa e de língua demonstra a exitência de culturas regionais dentro do país. Não obstante tal multiculturalismo, o país foi ex-colônia britânica absovendo um pouco da cultura ocidental. Por esse motivo, pode-se indicar uma maior abertura e interesse pelo estilo de consumo ocidental, principalmente, entre os jovens e os regressos de experiência no exterior. A expansão da classe média e a geram pressões de demanda urbanização por infra-estrutura e fase da expansão da até 2020, espera-se a camadas mais pobres, média baixa. Na de consumo da classe espera-se atinja 523 Atualmente, a classe média indiana possui 318 milhões de pessoas. Em 2025, será de 523 milhões. mudará de nível para alimento. Na primeira classe média indiana, incorporação das ampliando-se a classe segunda fase, o padrão média, que,em 2025, milhões de pessoas, o padrão classe média alta, indica o relatório “Tracking the growth of India’s middle class”. As mudanças na demanda por vestuário e alimento já são observados, com aproximação, nos grande centros, a hábitos mais ocidentais. Ainda que seja tentadora a demanda por produtos têxteis, não se pode esquecer que o país possui 4% da participação do mercado mundial, que o plano de atração de investimentos prioriza a instalação de fábricas intensivas em mão-de-obra (incluindo o setor têxtil) e que o mercado doméstico é dominado pelos produtores indianos. No que tange alimento, a produtividade indiana aumentou, mas a pressão demográfica exigirá a ampliação das áreas cultivadas, desse grande produtor de alimentos. Conforme nota-se na figura 13, os gastos com saúde e educação aumentaram e continuarão crescendo na mesma proporção da incorporação das classes menos favorecidas no mercado de consumo. Nesse setores, espera-se que cresça a demanda por maior número de hospitais, clínicas, postos médicos, escolas, cursos complementares e universidades. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 18 4.6 Características regionais Número de fábricas por estado na Índia em 2005 A Índia, Estado federalista, divide-se em 28 Estados. A & N. Island Tamil Nadu, Maharashtra, Gujarat e Karnataka são os mais Pondicherry urbanizados. As distâncias internas são grandes. Entre Deli e Tamil Nadu Bombaim, por exemplo, há 1400 km. principais aglomerações urbanas são Bombaim, Ahmadabad, Bangalore, Calcutá (Kolkata), Déli, Hyderabad, Kanpur, Madras (Chennai), Pune (Poona), Nagpur, Lucknow e Jaipur. Goa 5493 Himachal 518 7596 Karnataka 15572 Andhra Pradesh 18912 Dadra & N Haveli 1059 Daman & Diu 1681 Andhra Pradesh, Kamatka, Goa, Kerela, Tamil Nadu, West Chandigarh, 21053 Maharashtra O Estados de Gujarat, Maharastra, Daman e Diu, Punjat, 619 Kerala Com distribuição da população em todo o território, as bengal, 21 Pradesh, 13603 Gujarat Arunachalpradesh e Mizoram, segundo a Mckinsey, possuem Tripura 275 economias mais dinâmicas e pujantes. Desses, detacam-se como estados industriais: Tamil Nadu e Maharashtra. Gujarat e Maharashtra crescem em média de 6 e 9%, respectivamente. As principais indústrias de propriedade privada estão na região de Bombaim e Maharashtra, ao redor Manipur 55 Nagaland 113 Bihar Rajasthan corredor bangalore (em Karnataka) até Chennai (em Tamil Delhi Nadu). Essa regiões concentram cerca de 80% do PIB indiano, Haryana O desenvilmento de softwares concentra-se em cidades com Chennai, Bangalore, Boimbaim e Hyderabad. 9582 Uttar Pradesh de Deli, incluindo Haryana e Uttar Pradesh, em Gujarat, no segundo a EIU. 1674 5740 3156 4339 Uttar-anchal 752 Chandigarh 287 7575 Punjab Himachal Pradesh 653 Jammu & Kashmir 424 Figura 14 Fonte: Ministry of Statistics and Programme Implementation. Elaboração: UIC Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 19 5 Zonas de livre comércio, antigas zonas de processamento de exportações Um dos primeiros países asiáticos a se utilizar das Zonas de processamento de exportações, ainda na década de 1960, a Índia lançou, em 2000, o novo plano de atração de investimentos transformado Zonas de Processamento de Exportações em Zonas Econômicas Especiais (ZEE). Entre 2000 e 2006, esse plano funcionou ao amparo da política de comércio exterior com base em incentivos fiscais e sob a égide de regulamentações mais flexíveis do que o resto do país. A partir de 2006, constituíram-se zonas econômicas especiais efetivas. De acordo com o Ministry of Commerce and Industry indiano, existem 811 unidade de operação nas oito/ zonas especiais. As zonas especiais indianas são: Kandla and Surat (Gujarat), Cochin (Kerala), Santa Cruz (Mumbai– Maharashtra), Falta (West Bengal), Chennai (Tamil Nadu), Visakhapatnam (Andhra Pradesh), NOIDA (Uttar Pradesh) e Nanguneri e Tirunelveli (Tamil Nadu). Os objetivos de constituir tais zonas foram aumentar a atividade econômica, promover a exportação de bens e serviços, criar oportunidades de trabalho e desenvolver a infraestrutura. As facilidades oferecidas pelo governo são: 0% de alíquota de importação sem, alíquota zero de imposto de renda de exportação nos primeiros cinco anos e 50% nos cinco subseqüentes, empréstimos facilitados para até US$ 500 milhões, isenção de impostos sobre a venda de produtos, desembaraço aduaneiro simplificado e outros. Ano Taxa de crescimento 2003-2004 39% 2004-2005 32% 2005-2006 25% 2006-07 52% Tabela 2 – crescimento das zonas de processamento de exportações Fonte: Ministry of Commerce and Industry Elaboração: UIC Índice de performance logística (ILP) 61 -Brasil 39 -Índia 38 -República Tcheca 37 -Eslovênia 36 -Bahrain 35 -Hungria 34 -Turquia 33 -Israel 32 -Chile 31 -Tailândia 30 -China 29 -Grécia 28 -Portugal 27 -Malásia 26 -Espanha 25 -Coréia do Sul 24 -África do Sul 23 -Luxemburgo 22 -Itália 21 -Taiwan. China 20 -Emirados Árabe Unidos 19 -Nova Zelândia 18 -França 17 -Austrália 16 -Noruega 15 -Finlândia 14 -Estados Unidos 13 -Dinamarca 12 -Bélgica 11 -Irlanda 10 -Canadá 9 -Reino Unido 8 -Hong Kong. China 7 -Suíça 6 -Japão 5 -Áustria 4 -Suécia 3 -Alemanha 2 -Países Baixos 1 -Cingapura 2.75 3.07 3.13 3.14 3.15 3.15 3.15 3.21 3.25 3.31 3.32 3.36 3.38 3.48 3.52 3.52 3.53 3.54 3.58 3.64 3.73 3.75 3.76 3.79 3.81 3.82 3.84 3.86 3.89 3.91 3.92 3.99 4.00 4.02 4.02 4.06 4.08 4.10 4.18 4.19 Figura 15 Fonte: World Bank Elaboração: UIC Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 20 O crescimento das zonas de exportação é muito superior à média nacional, conforme observa-se na tabela 2. As Zonas Especiais aprovadas concentram-se nos setores de têxteis, couro e calçado, componentes de automóveis, máquinas e equipamentos, elétricos e eletrônicos, intensivos em mão-deobra. São exemplos de empresas que se beneficiam da existência de tais zonas: Nokia (telecomunicação), Flextronics eletronics hardware (tecnologia), Hyderabad Gems (jóias) e Andhra Pradesh (calçados). As zonas também envolvem os setores de serviços. Segundo o Ministry of Commerce and Industry, até abril de 2008, 1277 unidades estão em operação nas Zonas Especiais com cerca de 60 mil pessoas empregadas. As zonas especiais possuem restrições à exportação de alguns produtos, tais como: ouro, peles e afins. Foram banidos das lista de exportação produtos como: flora e fauna selvagem, madeira tropical e produtos de madeira. Finalmente, há também produtos cuja exportação é autorizada por agências específicas, como petróleo e derivsados, minério de ferro, bauxita e manganês e outros. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 21 6 Logística e canais de distribuição A infra-estrutura logística, frequentemente descrita como limitadora do crescimento indiano, ocupa, segundo o índice de peformance logística do Banco Mundial o 39º lugar do ranking, acima do Brasil que se localiza na 61º lugar. O governo indiano anunciou vários projetos de infra-estrutura, com investimento de 3.6% do PIB. O objetivo é atribuir maior sustentabildiade ao crescimento do país. Comparados Brasil e Ìndia, para facilitar a compreensão da realidade logística daquele mercado, percebe-se que os indianos recebem melhores notas em todos os critérios avaliados pelo Banco Mundial; desembaraço aduaneiro, infra-estrutura, facilidade de embarque, serviços logísticos, facilidade de rastreamento, custos de logística interna e tempo de distribuição. O sistema ferroviário indiano caracteriza-se por ser o mais extenso do mundo, com 63 mil km de extensão, herança da ocupação britânica. Os preços do transporte de passageiros são subsidiados pelos elevados custos de frete ferroviário. Em 2005, o setor de frete sofreu mudanças na legislação permitindo investimento privado e estrangeiro. Ao contrário da ampla malha ferroviária, as rodovias indianas constituem rede limitada. Não obstante a menor capilaridade, as rodovias são responsáveis pelo transporte de 70% da carga e 85% dos passageiros, segundo dados da EIU. Os 12 principais portos movimentam 75% da carga marítima indiana e 90% a carga de iimportação e exportação. O tempo de permanência do navio caiu de 8.5 dias, em 97, para 3,5 dias, em 2007. Para melhorar a infra-estrutura portuária, o governo criou o Maritime States Development Council (MSDC) O transporte aéreo de passageiros cresce com base nos vôos de baixo custo, que permite às classe média emergente substitur o transporte terrestre em suas viagems. Cerca de 50% do mercado de transporte aéreo, é dominado pela empresa que surgiu da fusão de duas empresas: Indian e Air India. Esse modal é pouco utilizado para transporte de cargas. Desde 2006, o principais aeroportos estão sendo modernizados. O sistema de telecomunicações, na esteira do crescimento do setor de TI, apresenta expansão marcante. Em 2004, já existiam 45 milhões de telefones celulares. Em decorrência da infra-estrutura de telecomunicação e expansão do acesso à internet, o comércio eletrônico passou de 70 bilhões de rupias para 92 bilhões entre o período de 2006/2007 e 2007/2008, afirma o relatório “Country Commerce India”, da The Economist intelligence Unit. Os preços de conexão à internet têm caído, na medida em que aumenta o número usuários, que já atingiu 40 milhões, segundo a National Association on Software and Service Companies (NASSCOM). Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 22 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 23 6.1 Distribuição e varejo na Índia O setor de distribuição na Índia cresceu, entre 1998 e 2006, a taxas médias anuais 6%. No entanto, caracteriza-se ainda por organizar-se nuclearmente. A maior parte dos 12 milhões de pontos de venda pertencem a pequenos proprietários seguindo os costumes locais de vender produtos de naturezas diversas, as kiranas. A organização do setor de distribuição indiano acompanha a abertura econômica e as reformas políticas que se seguiram. Desde 1991, as lojas de grande porte começam a aumentar no principais centros urbanos. As pioneiras foram Vivek, VGP e Nilgiri. De pois da abertura, outro nomes surgiram: Tata e Raheja. No setor de alimentos, cadeias estrangeiras passaram a atuar naquele mercado recentemente, a saber: Metro, Spar (franquia), Shoprite (franquia) e Wal-mart (franquia, com franqueador master o grupo Bharti indiano). No setor de vestuário, marcas estrangeiras entraram no país pela modalidade de licenciamento ou franquias: Lacoste, Benetton, Arrow, Mango, Morgan, Adidas, Nike e outros, segundo o Technopark e o national Council of Applied Economic Research. 7 Tarifas alfandegárias e barreiras não-tarifárias De acordo com a legislação aduaneira indiana, a maior parte das tarifas são ad valorem. Os impostos totais que incidem sobre os produtos importados são a soma das tarifas de importação e dos impostos sobre venda de mercadorias que vigoram também para produtos locais. As tarifas de importação sofreram ajuste no exercício do ano fiscal 2006-2007. Cabe ressaltar que o ano fiscal indiano começa em 1º de abril e termina 31 de março. As tarifas de importação variam de acordo com o produto e são mencionadas na seção que trata de cada setor. Ainda que para a maior parte desses produtos não seja necessário licença de importação, existem limites e regras, como demanda de licença para a importação de animais, aviões, objetos antigos, armas, aves, alguns produtos químicos, alguns equipamentos de comunicação, explosivos, peixes, insumos nucleares, substância destruidoras da camada de ozônio, plantas, sementes e carnes. Para evitar o desabastecimento, o governo indiano ainda impõe tarifas de exportação a alguns produtos, tais como, cabras, ovelhas e couro bovino. Em compensação, desde 2005, retirou os impostos de exportação que incidiam sobre produtos alimentares. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 24 Por fim, ressalta-se que as zonas econômicas especiais prevêem a isenção de impostos de importação para insumos das indústrias. Essa zonas criam oportunidade de competição sem as distorções impostas por tarifas de importação. O objetivo é prover maior competitividade das exportações indianas. 8 Participação em acordos multilaterais e regionais de comércio O Ministry of Commerce and Industry estabele legislação específica a respeito das importações de produtos. Membro fundador do General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do General Agreement on Trade in Service (GATS), em 2001, o país eliminou as últimas retrições dos compromisso multilaterais. Membro da Associação para a Cooperação Regional no Sul da Ásia15, juntamente com Paquistão, Sri lanka, Nepal, Maldivas, Butão e Afeganistão, desde a fundação em 1985. As partes da Associação, em 1996, consideraram possibilidade de torná-la uma área de livre comércio. O de Livre Ásia16, que 2006, mas ainda na negociação de como lista A Índia é país membro da OMC, do GATT, do GATS, da SAARC, da SAFTA e da EAC. de a acordo que criou a Área comércio do Sul da entrou em vigor em apresenta dificuldades temas sensíveis tais exceção de produtos, regras de origem, assistência técnica e mecanismos de compensação para os países de menor desenvolvimento relativo. A despeito dos temas sensíveis, pretende-se aprofundar as relações intragrupo para o nível de União Aduaneira (com tarifas externas comuns e alíquota zero entre os membros) em 2015 e União Econômica em 2020. Os países membros são A Índia pertence também à Comunidade do Leste Asiático17, que engloba a Associação das Nações do Sudeste Asiático18 mais a Índia, a China, o Japão, a Coréia do Sul, a Austrália e a Nova Zelândia, conhecida por ASEAN + 6, cujo objetivo é promover a cooperação econômica entre os membros. 15 South Asian Association for Regional Co-operation (SAARC) South Asia Free Trade Area (SAFTA) 17 East Asia Community (EAC) 18 Association of South-East Asian Nations (ASEN) 16 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 25 9 Importações indianas As importações indianas aumentam no ritmo do crescimento da economia, da produção industrial, da agricultura, dos serviços e da expansão da classe média. Por um lado, a pauta de importação é explicada pela demanda por insumos e equipamentos para o crescimento industrial. Por outro, pelo aumento do mercado de consumo, por causa dos aspectos demográficos e da redução da pobreza. Observa-se na tabela de principais setores importados pela Índia que a ênfase na pauta está nos produtos necessários ao crescimento econômico do país. A política comercial indiana, que estabelece Zonas Econômicas Especiais, prioriza setores econômicos intensivos em mão-de-obra, como mencionado na seção específica sobre o tema. Reflete-se na pauta de importação indiana a estratégia governamental de incentivas importação de produtos e equipamentos que alimentem os setores econômicos. Principais Setores Importados pela Índia Imp. indiana do Mundo Setor Exp. Brasil para Índia Var. Média Repres. (2001-2006) 2006 28,6% 100% Total 2006 Var. Média Repres. (US$ mil) (2001-2006) 2006 936.586 37,7% 100% Part. do Brasil nas importações mundiais da Índia (%) Total Total 2006 (US$ mil) 172.876.303 Subtotal 146.793.105 31,6% 85% 659.981 76,8% 70% 0,45% Petróleo 61.493.098 31% 35,57% 200.220 428% 21,4% 0,33% Metais e pedras preciosas 21.439.594 17% 12,40% 7.795 29% 0,8% 0,04% Máquinas e motores 17.533.291 33% 10,14% 79.788 37% 8,5% 0,46% Materiais elétricos e eletro-eletrônicos 14.024.484 37% 8,11% 30.579 17% 3,3% 0,22% Produtos químicos 9.636.381 24% 5,57% 54.461 26% 5,8% 0,57% Produtos metálurgicos 7.588.139 41% 4,39% 89.532 64% 9,6% 1,18% Produtos minerais 5.695.015 49% 3,29% 162.530 60% 17,4% 2,85% Metais não ferrosos 3.480.567 31% 2,01% 13.804 47% 1,5% 0,40% Instrumentos de precisão 3.108.051 22% 1,80% 15.819 26% 1,7% 0,51% Plásticos e suas obras 2.794.485 31% 1,62% 5.453 34% 0,6% 0,20% 0,54% Fonte GTIS Elaboração UIC Apex-Brasil Tabela 3 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Após o petróleo, os setores mais importadores são, principalmente, os setores exportadores indianos ou os setores de fornecimento de equipamentos necessários ao processo produtivo. Conforme pode-se constatar na figura 17 dos setores mais importadores da Índia em 2006. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 26 Setores mais importados pela Índia - 2006 35,6% Petróleo Metais e pedras preciosas Máquinas e motores 15,1% Materiais elétricos e eletro-eletrônicos Produtos químicos Produtos metálurgicos 12,4% Produtos minerais 1,6% 1,8% 2,0% 3,3% Metais não ferrosos Instrumentos de precisão 10,1% 4,4% Plásticos e suas obras 8,1% 5,6% Fonte: GTIS/GTA. Elaboração: UIC - Apex-Brasil. Outros Figura 16 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC 10 Comércio Brasil – Índia Com algumas peculiaridades, sem diferir muito da pauta geral de importação indiana, os produtos exportados pelo Brasil acompanham, principalmente, as demandas do setor produtivo indiano. Ademais, encontram-se dois itens de alimentos na pauta, soja e produtos orgânicos. Principais Setores Brasileiros Exportados para a Índia Exp. Brasil para a Índia Setor Imp. Indiana do Mundo Part. do Brasil nas importações mundiais da Índia (%) Total 2006 (US$ mil) 936.586 Var. Média (2001-2006) 28,6% Repres. 2006 100% Total 2006 (US$ mil) 172.876.303 Var. Média (2001-2006) 37,7% Repres. 2006 100% 933.205 69,1% 100% 119.634.011 34,0% 69% 0,78% Petróleo 200.220 428,0% 21,4% 61.493.098 31% 35,6% 0,33% Produtos minerais 162.530 60,3% 17,4% 5.695.015 49% 3,3% 2,85% Produtos orgânicos 107.281 -1,7% 11,5% 823.562 16% 0,5% 13,03% Soja 106.817 -2,6% 11,4% 792.918 23% 0,5% 13,47% Produtos metálurgicos 89.532 64,0% 9,6% 7.588.139 41% 4,4% 1,18% Aviões 82.925 -12,0% 8,9% 1.466.513 59% 0,8% 5,65% Máquinas e motores 79.788 37,0% 8,5% 17.533.291 33% 10,1% 0,46% Produtos químicos 54.461 25,8% 5,8% 9.636.381 24% 5,6% 0,57% Materiais elétricos e eletro-eletrônicos 30.579 17,4% 3,3% 14.024.484 37% 8,1% 0,22% Borracha e suas obras 19.071 74,4% 2,0% 580.609 26% 0,3% 3,28% Total Subtotal 0,54% Fonte: GTIS Elaboração UIC Apex-Brasil Tabela 4 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 27 Matriz de atratividade para setores Mercado-alvo: Índia Crescimento médio das importações mundiais do setor pelo mercado-alvo 2001/2006 100% Crescimento (x;y) Cereais: 19%; 112% Fumo: 192%; 45% Petróleo: 428%; 31% Valor de Referência = US$ 5 bi 80% Produtos minerais Móveis 60% Adubos e Fertilizantes Calçados e suas partes Material Esportivo Produtos metalúrgicos 40% Obras e suas pedras Cerâmicos Materiais não f errosos 20% Materiais elétricos e eletroeletrônicos Máquinas e motores Plásticos e suas obras 0% 0% Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil 20% 40% 60% Crescimento médio das exportações brasileiras do setor para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 17 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 80% 100% Copyright © 2008 Apex-Brasil 28 A matriz de oportunidades acima apresentada, descreve, conforme explicado detalhadamente na seção de metodologia, os setores cujo crescimento médio das exportações brasileiras e das importações mundiais indianas são simultaneamente positivos. Isso significa que, nesses setores aumenta tanto a demanda indiana por produtos quanto há capacidade brasileira para provê-los. A próxima seção trata de apenas parte das oportunidades efetivas no mercado indiano, pois restringe-se aos setores selecionados com base nos dados qualitativos leantados pela Missão Comercial realizada em março de 2008, com recorte específico para as entidades setoriais que atuam na promoção do comércio exterior em parceria com a Apex e que dela participaram. 11 Oportunidades no comércio de bens por Entidade Os setores abaixo analisados possuem pequena participação no mercado indiano. Esse fato deriva do pequeno fluxo de comércio entre os países, do desconhecimento do mercado e das distâncias que geram limitações logísticas. O setor representado pela ASSINTECAL possui a maior participação naquele mercado, porém chega apenas a 0,6% do total das importações indianas. Do ponto de vista do crescimento no mercado, a ABIMO e a ABIROCHA destacam-se com 32% de variação cada uma entre 2005 e 2006. Considerado o total das importações indianas, o setor representado pelo SINDMADEIRA decresceu as importações, porém as exportações brasileiras cresceram. US$ Importação indiana do mundo Exportação do Brasil para a Índia 2006 (US$ Mil-FOB) Grupos gestores Exportação brasileira para o mundo Var. % 05/06 Part. do Brasil nas imp. indianas (%) 2006 118.308.269.477 22,6% 0,5% 14.715.318.782 15,6% 0,3% Total 2006 (US$ CIF) Var. % 05/06 Total 2006 (US$ FOB) 936.585.582 172.876.303.284 24,9% 42.424.921 14.530.839.276 52% Entidade Máquinas e Equipamentos ABIMAQ 26.048.570 7.425.781.778 25% 4.756.241.681 14% 0,4% Tecnologia e Saúde ABIMO 6.450.826 4.172.854.614 224% 3.040.029.861 32% 0,2% Moda ASSINTECAL 6.466.914 1.112.842.240 18% 1.034.818.225 12% 0,6% SINDIMADEIRA 838.596 496.366.956 -3% 2.475.315.125 4% 0,2% ABIROCHAS 266.494 116.340.414 38% 1.045.239.463 32% 0,2% SIAMFESP 874.392 687.571.383 54% 778.533.588 30% 0,1% ABIMOVEL 1.067.194 429.614.518 48% 1.155.544.836 -1% 0,2% ANFACER 411.935 89.467.373 42% 429.596.003 14% 0,5% Casa e Construção Civil METAIS Fonte: GTIS/GTA. Elaboração: UIC/Apex Brasil.NÃO-FERROSOS 0 Tabela 5 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 29 11.1 Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) A pequena participação brasileira no setor de máquinas e equipamentos é refletida pelo 26º lugar no total das importações indianas. Abaixo, na matriz de posicionamento dos produtos promovidos pela Apex das empresas associadas da ABIMAQ, observa-se os principais países fornecedores. Os países produtores de máquinas e equipamentos de alta qualidade, produtos necessário aos ganhos de competitividade da indústrisa indiana, destacam-se nas primeiras colocações: Alemanha, Suíça, Estados Unidos e afins. Ao mesmo tempo, os países membros de associações de comércio a que pertence a Índia e países traders da região concorrem com esse países mais renomados no setor pela mesma fatia do mercado. Matriz de Posicionamento da ABIMAQ na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil 10% Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 China (2) Valor de Referência = US$ 500 mi 7% Alemanha (1) 4% Itália (7) Coréia do Sul (5) Cingapura (6) 1% 0% Brasil (26) 20% 40% 60% Suíça (10) -2% Reino Unido (8) Malásia (9) EUA (3) Japão (4) -5% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 18. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 30 O Brasil, conforme observa-se na próxima matriz de posicionamento, compete com outro grupo de países, circunscritos à sua faixa de exportações, a saber: Bélgica, Canadá e Dinamarca. Esses países encontram-se em uma faixa sem cobertura de acordos de comércio, distantes geograficamente do país, mas com produtos de qualidade. Matriz de Posicionamento da AQUIMAQ na Índia Fornecedores com market-share entre 0,5% e 1,5% 2001/2006 0,7% Valor de Referência = US$ 50 mi Suécia (16) 0,5% Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 Austrália (17) Países Baixos (15) 0,3% Áustria (19) Espanha (20) Canadá (23) 0,1% Dinamarca (22) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% -0,1% Bélgica (25) -0,3% Brasil (26) -0,5% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 19 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 31 11.1.1 Principais Oportunidades Dentro dos setor 14 produtos destacam-se efetivamente. Todos apresentam tarifa alfandegária semelhante de 15%, com a ressalva de que, para as Zonas Econômicas Especiais, há a possibilidade de alíquota zero de importação se a empresa compradora for uma empresa exportadora indiana localizada nessas zonas. US$ Principais oportunidades da ABIMAQ na Índia SH6 Descrição Imp. tot. da Índia 2006 Exp. brasileira Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2006 2005 indianas 2006 281820 Óxidos de alumínio, exceto corindo artificial 146.003.654 6.991.376 721710 Fios de ferro ou aços não ligados , não revestidos, mesmo polidos 3.730.887 2.397.428 841221 Motores hidráulicos, de movimento retilíneo (cilindros) 6.060.172 841480 842290 Outras bombas de ar, coifas aspirantes para extração ou reciclagem Partes de máquinas e aparelhos da posição 8422 - Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) - 4,8% 15,00% 997.203 140% 64,3% 20,00% 704.772 424.291 66% 11,6% 15,00% 92.961.098 226.177 104.593 116% 0,2% 15,00% 25.996.730 221.816 152.589 45% 0,9% 15,00% 982.248 240.088 3.223 7349% 24,4% 15,00% 12.408.623 2.356.380 1.299.213 81% 19,0% 15,00% 843359 Outras máquinas e aparelhos para colheita 844180 Outras máquinas e aparelhos para o trabalho da pasta de papel, do papel ou cartão 845710 Centros de usinagem, para trabalhar metais 172.673.440 288.751 115.243 151% 0,2% 15,00% 847420 Máquinas e aparelhos para esmagar , moer ou pulverizar substâncias minerais sólidas 70.020.139 560.026 449.175 25% 0,8% 15,00% 848180 Torneiras e outros dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes 275.757.551 1.075.885 677.420 59% 0,4% 15,00% 73.656.748 2.025.581 863.921 134% 2,8% 15,00% 134.374.411 3.567.425 1.901.329 88% 2,7% 15,00% 183.778.622 2.876.447 2.008.851 43% 1,6% 15,00% 18.074.144 1.780.449 314.357 466% 9,9% 15,00% 848310 848340 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos(cames) e virabrequins(cambotas) e manivelas Engrenagens e rodas de fricção , eixos de esferas ou de roletes; caixas de transmissão, redutores, multiplicadores e variadores de velocidade 848390 Partes de árvores de transmissão , manivelas, mancais e demais produtos da posição 8483 870829 Outras partes e acessórios de carroçarias (incluídas as cabinas) para veículos automóveis das posições8701 a 8705 Fonte: GTIS e Market Access Map /ITC. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tabela 6 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 32 11.2 Associação dos Fabricantes de Produtos Médicos e Odontológicos (ABIMO) Na área de instrumentos de precisão, mais especificamente, instrumentos médicos, odontológicos, laboratoriais e afins o Brasil ocupa modesto 45º lugar no mercado indiano. Os principais fornecedores nesses setor constitui grupo heterogêneo que pode ser sub-dividido em três: (a) Japão, Alemanha e Estados Unidos, (b) Emirados Árabes, Arábia Saudita, Irã e Argélia e (c) Cingapura, Coréia do Sul e China. No primeiro sub-grupo, estão os principais cometidores mundiais. O segundo merce detalhamento qualitativo com foco em análise de concorrência, com base em estudo específico, pois não há muito dados disponíveis. E o terceiro, é composto por países vizinhos e membros de acordos comerciais. Matriz de Posicionamento da ABIMO na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil 25% Valor de Referência = US$ 500 mi Cingapura (1) Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 20% 15% Argélia (5) Coréia do Sul (3) 10% Emirados Árabes Unidos (7) Arábia Saudita (10) 5% Irã (9) Brasil (45) 0% -50% 0% 50% 100% 150% 200% 250% 300% China (6) -5% Japão (8) Alemanha (4) -10% EUA (2) -15% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 20. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. O grupo que concorre diretamente com o Brasil, não diferentemente do anterior, também é bastante heterogêneo. Irlanda, Finlândia, Áustria, Espanha, no sub-grupo de países europeus. Arábia Saudita, Iêmen, Irã e Indonésia, países mulçumanos, mais próximos que os Europeus. E o Brasil como único fornecedor da América Latina. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 33 Matriz de Posicionamento da ABIMO na Índia Fornecedores com market-share médio entre 0,2% e 0,6% 2001/2006 5,0% Valor de Referência = US$ 50 Mi Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 Iran (9) 4,0% Arábia Saudita (10) 3,0% Iêmen (11) 2,0% Indonésia (16) Rússia (26) 1,0% Sri Lanka (40) Israel (39) Austria (48) Irlanda (34) 0,0% -30% 20% Brasil (45) -1,0% 70% Finlândia (35) 120% 170% 220% 270% 320% Espanha (33) Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 21. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Segundo questionário de análise SWOT aplicado à representante da ABIMO, a força do produto brasileiro situa-se na qualidade equivalente aos produtos japoneses, alemães e americanos, com preço inferiores. Essa característica do produto, aliada à forma indiana de fazer negócio, que prefere o estabelecimento de parcerias de longo prazo a contrato de compra e venda, pode redundar em parcerias de longo prazo com possibilidade de posicionamento das marcas brasileiras naquele país. Ademais, durante a Missão, ainda segundo o representante da Associação, os empresários indianos apresentaram grande receptividade aos produtos brasileiros. Por fim, a oportunidade de negócio pode ser facilitada pela simpatia entre as culturas e as posições de países emergentes de ambos. No entanto, deve-se destacar alguns pontos de constrangimentos à presença brasileira naquele mercado, ainda segundo as resposta da ABIMO ao questionário. Os países concorrentes ganham em tempo de trânsito e custo de frete, dada a proximidade geográfica relativa quando comparada a distância entre a Índia e o Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 34 11.2.1 Principais Oportunidades Abaixo, lista-se os produtos com maiores oportunidades dentro do setor. US$ Principais oportunidades da ABIMO na Índia SH6 Descrição 370790 Outras preparações químicas (fixadores, reveladores) para usos fotográficos 392690 Outras obras de plásticos 841989 Outros aparelhos e dispositivos para tratamento de matérias por meio de operações que impliquem mudança de temperatura 901831 Imp. tot. da Índia 2006 Exp. brasileira para a Índia 2006 Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2005 indianas 2006 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) 20.831.079 254.040 269.766 -6% 1,2% 15,00% 230.795.410 199.705 88.876 125% 0,1% 15,00% 94.311.423 137.340 5.382 2452% 0,1% 15,00% Seringas, mesmo com agulhas, para uso médico, cirúrgico, odontológico ou veterinário 28.160.542 304.583 104.848 190% 1,1% 15,00% 901832 Agulhas tubulares de metal e agulhas para suturas, para uso médico, cirúrgico, odontológico ou veterinário 14.267.892 1.231.963 788.687 56% 8,6% 15,00% 901841 Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentários 464.149 174.459 139.423 25% 37,6% 15,00% 901849 Outros instrumentos e aparelhos para odontologia 9.994.225 1.363.198 1.563.803 -13% 13,6% 15,00% 901890 Outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia ou veterinária 295.949.668 1.365.211 874.702 56% 0,5% 15,00% 901920 Aparelhos de ozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia e outros de terapia respiratória 12.502.881 578.512 748.125 -23% 4,6% 15,00% 902139 Válvulas cardíacas, lentes intraoculares e outros artigos e aparelhos de prótese, inclusive partes e acessórios 13.721.607 357.935 312.786 14% 2,6% 15,00% 940210 Cadeiras de dentista, para salões de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, e suas partes 7.084.263 336.000 493.701 -32% 4,7% 15,00% Fonte : GTIS e Market Access Map /ITC . Elaboração : UIC APEX -Brasil Tabela 7 11.3 Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (ASSINTECAL) No setor de componentes de calçados, houve variação positiva de 12%, entre 2005 e 2006, nas exportações brasileiras para a Índia, entre tanto a participação de mercado é pequena, apenas 0,4%. Para compreender esses dados, deve-se levar em consideração a produção local de couro e componente para calçados e a política industrial de aumento de indústria intensivas em mão-de-obra, incluíndo a indútria de calçados. As importações indianas nos produtos desse setor servem de complemento à produção local. A variação de 12% acompanha a expansão industrial, mas a produção local impõe limites à possibilidade de crescimento do total das importações indianas e, por conseguinte, nas exportações brasileiras. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 35 Para ilustrar a política industrial indiana, recorda-se a seção sobre as Zonas Econômicas Especiais em que se menciona o fato de não ser permitida a exportação de couro e peles. A motivação do governo é incentivar nas zonas especiais, para gerar melhores efeitos na pauta de exportação indiana, produtos de maior valor agregado e de atrair investimento produtivos em unidades fabris, cuja produção seja intensiva em mão-de-obra. Matriz de Posicionamento da ASSINTECAL na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil 15% Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 China (1) Valor de Ref erência = US$ 10 mi 10% EUA (2) Alemanha (3) 5% Hong Kong (4) Cingapura (10) Taiwan (8) 0% 0% Japão (7) 10% 20% Brasil (27) 30% 40% 50% 60% Itália (6) -5% Reino Unido (9) Coréia do Sul (5) -10% -15% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 22. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Entre os principais países exportadores estão os competidores de classe mundial, os vizinhos e os membros de associações de comércio das quais a Índia faz parte. Próximos ao 27º lugar do Brasil, na figura 24, estão os países europeus de qualidade a que se aproxima o produto brasileiro e fornecedores africanos. Segundo questionário de análise SWOT submetido à associação, a distância geográfica, as diferenças culturais, os concorrente já estabelecidos no mercado e o custo de internalização do produto dificultariam a aceitação do produto brasileiro. No entanto, vale recordar que as zonas especiais possuem tarifas alfandegárias diferenciadas, o que constitui recorte específico dentro do mercado indiano. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 36 Matriz de Posicionamento da ASSINTECAL na Índia Fornecedores com market-share médio entre 0,2% e 0,6% 2001/2006 0,5% Valor de Referência = US$ 5 mi Áustria (25) Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 0,3% Portugal (32) Tanzânia (36) Suécia (30) Filipinas (33) 0,1% Dinamarca (29) 0% 10% 20% -0,1% Brasil (27) Zimbábue (34) África do Sul (28) 40% 30% Arábia Saudita (38) Finlândia (31) -0,3% Nepal (22) Canadá (23) -0,5% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 23. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. 11.3.1 Principais oportunidades Abaixo, principais oportunidade na Índia dentro do setor. US$ Principais oportunidades da ASSINTECAL na Índia SH6 Descrição Imp. tot. da Índia 2006 Exp. brasileira para a Índia 2006 Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2005 indianas 2006 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) 320120 Extrato tanante de mimosa 11.411.777 4.209.852 3.789.194 11% 36,9% 15,00% 380993 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do couro 15.140.056 326.431 218.707 49% 2,2% 15,00% 560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25g/m2 e =< 70g/m2 6.684.369 131.585 4.380 2904% 2,0% 15,00% 560394 Outros falsos tecidos, de peso > 150g/m2 14.381.181 454.202 316.608 43% 3,2% 15,00% 640699 Outras partes de calçados, de outras matérias 34.219.736 996.643 827.119 20% 2,9% 15,00% Fonte : GTIS e Market Access Map /ITC . Elaboração : UIC APEX - Brasil Tabela 8 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 37 11.4 SINDIMADEIRA No setor de madeiras, o Brasil ocupa 47º lugar no mercado. Os principais fornecedores indianos são países africanos e da Ásia e Oceania, que possuem vantagens reais em custo de frete e tempo de trânsito fato muito relevante para a composição final de preço no mercado de destino. Matriz de Posicionamento da SINDIMADEIRA na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 20% Valor de Ref erência = US$ 50 mi 15% Malásia (2) China(3); 10% Benin (10) Equador (8) 5% Gabão (5) Togo (9) Brasil (47) 0% -50% 0% 50% Gana (6) -5% 100% 150% Nova Zelândia (7) -10% Myanmar (1) -15% Costa do Marf im (4) -20% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 24. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Ao observar-se os concorrentes diretos brasileiros, exceto Hong Kong que serve de entreposto logístico, que não se trata efetivamente de país produtor, percebe-se grande diversidade entre os fornecedores. Os países europeus focalizam produtos com valor agregado mais elevado, com incorporação de manufatura, enquanto os outros focalizam produtos de menor valor final. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 38 Matriz de Posicionamento da SINDIMADEIRA na Índia Fornecedores com market-share entre 0,1% e 0,5% 2001/2006 0,6% Valor de Referência = US$ 1 Mi Tailândia (22) Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 0,4% Suécia (34) Sri Lanka (40) 0,2% França (39) África do Sul (87) Hong Kong (43) El Salvador (33) 0,0% -30% -10% Espanha (49) 10% 30% 50% Emirados Árabes Unidos (46) -0,2% Venezuela (41) Brasil (47) -0,4% Canadá (38) -0,6% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 25. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. 11.4.1 Principais oportunidades A seguir, os três produtos com oportundiades para o Brasil dentro do setor de madeira na Índia. US$ Principais oportunidades da SINDIMADEIRA na Índia SH6 Descrição Imp. tot. da Índia 2006 Exp. brasileira para a Índia 2006 440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6mm 13.294.174 118.345 440890 Folhas para folheados e para compensados, de outras madeiras, de espessura =< 6mm 4.321.723 506.267 440920 Madeira de não coníferas, perfilada 4.162.171 200.489 Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2005 indianas 2006 57.748 66.650 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) 105% 0,9% 15,00% - 11,7% 15,00% 201% 4,8% 15,00% Fonte : GTIS e Market Access Map /ITC . Elaboração : UIC APEX - Brasil Tabela 9 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 39 11.5 Associação Brasileira da indústria de Rochas Ornamentais (ABIROCHAS) Entre os dez primeiros fornecedores indianos misturam-se países que extraem e países que incorporam valor no processo de manufatura. O Brasil ocupa 24º posição. Próxima à posição brasileira estão países com características bastante heterogênea. Matriz de Posicionamento da ABIROCHAS na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 25% Valor de Ref erência = US$ 10 mi 20% Sri Lanka (2) 15% 10% Egito (4) China (7) 5% Noruega (8) Arábia Saudita (9) Irã (10) 0% 0% 50% Omã (6) -5% 100% 150% 200% Brasil (24) Turquia (3) -10% -15% Itália (1) -20% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 26. . Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Destaque para a capacidade brasileira de superar vantagens competitivas dos países próximos à sua posição no ranking de importações indianas. De um lado, estão as vantagens de proximidades geográfica ou facilidade de acesso pelo Oceano Pacífico de alguns países. De outro, as vantagens criadas por acordos comerciais regionais. Entre ambos os grupos, o Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 40 Matriz de Posicionamento da ABIROCHAS na Índia Fornecedores com market-share médio entre 0,05% e 0,15% 2001/2006 0,5% Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 Valor de Referência = US$ 100 mil Brasil (24) 0,3% Canadá (27) Áustria (43) Rússia (39) Malásia (30) 0,1% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140% 160% 180% -0,1% Coréia do Sul (40) Bélgica (41) Austrália (34) Tailândia (47) Suíça (45) -0,3% -0,5% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 27. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. 11.5.1 Principais oportunidades Entre os produtos exportados pelo Brasil, os maiores destaques seguem abaixo. US$ Principais oportunidades da ABIROCHAS na Índia SH6 Imp. tot. da Índia 2006 Descrição 251611 Granito em bruto ou desbastado 251612 Granito, cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular Exp. brasileira Exp. brasileira Crescimento para a Índia 2006 para a Índia 2005 das exp. 05/06 Part. do Brasil nas imp. indianas 2006 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa ) 4.546.605 52.423 6.923 657% 1,2% 15,00% 391.459 197.587 9.548 1969% 50,5% 15,00% Fonte: GTIS e Market Access Map /ITC. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tabela 10 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 41 11.6 Sindicato da Indústria de Artefatos de metais não-ferrosos do Estado de São Paulo (SIAMFESP) Entre os produtos de metais não ferrosos, o Brasil ocupa a 32º posição no mercado. A China além de ocupar o segundo lugar no mercado segue com crescimento médio superior à 80%. Os produtos chineses além do baixo custo, favorecem-se da proximidade geográfica. Em primeiro, porém com crescimetno inferior ao chinês, encontra-se a Alemanha. Apesar de terem posicionamento de mercado bem diferente, os dois países concorrem diretamente pelo primeiro lugar no mercado indiano, uma vez que a diferença é muito pequena. Matriz de Posicionamento da SIAMFESP na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil 20% Valor de Referência = US$ 50 mi China (2) Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 15% 10% Alemanha (1) 5% França (8) Taiwan (9) Tailândia (10) Brasil (32) 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Coréia do Sul (6) Reino Unido (7) -5% Itália (4) Japão (5) EUA (3) -10% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 28. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. No grupo de participação de mercado próximo ao Brasil, encontram-se os países vizinhos da Índia, os países do leste europeu, Israel e África do Sul. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 42 Matriz de Posicionamento da SIAMFESP na Índia Fornecedores com market-share entre 0,1% e 0,5% 2001/2006 1,0% Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 Indonésia (26) Valor de Referência US$ 1Mi África do Sul (31) 0,5% Eslovênia (33) Brasil (32) República Tcheca (28) 0,0% -20% 0% 20% 40% Israel (34) 60% 80% 100% 120% Sri Lanka (36) Polônia (40) -0,5% Nepal (48) -1,0% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 29. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. 11.6.1 Principais oportunidades Abaixo, os principais produtos brasileiros do setor na Índia. US$ Principais oportunidades da SIAMFESP na Índia SH6 761699 830160 830210 848120 848180 Descrição Outras obras de alumínio Partes de cadeados ou fechaduras, de metais comuns Dobradiças de qualquer tipo (incluídos os gonzos e as charneiras), de metais comuns Válvulas para transmissões óleo-hidráulicas ou pneumáticas Torneiras e outros dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes Imp. tot. da Índia 2006 Exp. brasileira para a Índia 2006 Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2005 indianas 2006 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) 19.355.444 144.670 13.846 945% 0,7% 15,00% 9.351.754 238.684 92.177 159% 2,6% 15,00% 10.419.221 301.697 156.761 92% 2,9% 15,00% 11.111.963 154.781 148.181 4% 1,4% 15,00% 275.757.551 1.075.885 677.420 59% 0,4% 15,00% Fonte : GTIS e Market Access Map /ITC . Elaboração : UIC APEX - Brasil Tabela 11 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 43 11.7 Associação brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL) Ao observar a matriz de posicionamento de mercado do setor de móveis brasilerios na Índia, notase o 43º lugar que o Brasil oculpa. O principal player do mercado é a China, com vantagens geográficas e de formação de preços. Tailândia, Cingapura, Coréia do Sul e Malásia possuem vantagens locacionais e estrutura de hub, além de serem membros de associações às quais a Índia pertence. Matriz de Posicionamento da ABIMÓVEL na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 30% Valor de Ref erência = US$ 50 mi China (1) 20% 10% Malásia (2) Brasil (43) Taiwan (10) Cingapura (8) Tailândia (5) Reino Unido (9) 0% -30% -10% 10% 30% 50% 70% 90% Coréia do Sul (7) Alemanha (3) EUA (4) Itália (6) -10% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 30. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. No grupo de market share próximo ao Brasil, chama a atenção a heterogeniedade. Existem países europeus com características similares como Finlândia, Dinamarca e Noruega. Há países com proximidade geográfica como Nepal e Filipinas. E por fim, a Turquia. Para detalhar esse grupo que concorre diretamente com o Brasil, recomenda-se a realização de levantamento qualitativo in loco. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 44 Matriz de Posicionamento da ABIMÓVEL na Índia Fornecedores com market-share médio entre 0,1% e 0,6% 2001/2006 1,0% Dinamarca (20) Finlândia (21) Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 Valor de Referência = US$ 1 mi 0,5% Nepal (46) Turquia (30) 0,0% -30% -10% 10% 30% 50% 70% Noruega (41) República Tcheca (32) Filipinas (36) -0,5% Brasil (43) -1,0% -1,5% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 31 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. 11.7.1 Principais oportunidades As oportunidades por produto dividem-se em móveis e parte de móveis indica-se na tabela abaixo. US$ Principais oportunidades da ABIMOVEL na Índia SH6 Descrição Imp. tot. da Índia 2006 Exp. brasileira para a Índia 2006 Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2005 indianas 2006 830210 Dobradiças de qualquer tipo (incluídos os gonzos e as charneiras), de metais comuns 10.419.221 301.697 156.761 842139 Outros aparelhos para filtrar ou depurar gases 60.479.630 118.843 166.720 940190 Partes de assentos 14.211.128 259.088 8.087 940350 Móveis de madeira para quartos de dormir 12.659.682 65.635 940360 Outros móveis de madeira 40.031.751 212.572 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) 92% 2,9% 15,00% -29% 0,2% 15,00% 3104% 1,8% 15,00% - - 0,5% 15,00% - - 0,5% 15,00% Fonte : GTIS e Market Access Map /ITC . Elaboração : UIC APEX - Brasil Tabela 12 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 45 Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (ANFACER) Entre os fornecedores da Índia no setor de revestimento cerâmico, o Brasil figura no grupo dos 10 principais fornecedores. Apesar de valor total de exportações, muito inferior à China, o Brasil segue crescendo no mercado indiano a taxas superiores do crescimento chinês. O crescimento médio das exportações brasileiras são inferiores apenas ao crescimento das exportações da Malásia e da Espanha para o mercado indiano. Matriz de Posicionamento da ANFACER na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 25% China (1) Crescimento:(x;y;tamanho) Malásia : 761,4%; 2,7%; US$ 342 mil 20% Valor de Ref erência = US$ 10 mi 15% 10% Vietnã (9) Itália (3) Bangladesh (8) 5% Espanha (2) Tailândia (7) 0% 0% 20% 40% 80% 100% 120% Brasil (10) -5% -10% 60% Sri Lanka (6) Emirados Árabes Unidos (4) -15% -20% Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 32 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 46 11.7.2 Principais Oportunidades Os dois produtos com maior destaque no setor cerâmico estão listados abaixo com as tarifas alfandegárias. US$ Principais oportunidades da ANFACER na Índia SH6 Imp. tot. da Índia 2006 Descrição Exp. brasileira para a Índia 2006 Exp. brasileira Part. do Brasil Crescimento para a Índia nas imp. das exp. 05/06 2005 indianas 2006 Tarifas alfandegárias aplicadas ao Brasil pela Índia (estimativa) 690790 Outros ladrilhos e artigos semelhantes, de cerâmica, não vidrados nem esmaltados 37.909.844 62.253 134.961 -54% 0,2% 15,00% 690890 Outros ladrilhos e artigos semelhantes, de cerâmica, vidrados ou esmaltados 28.092.115 349.682 356.734 -2% 1,2% 15,00% Fonte : GTIS e Market Access Map /ITC . Elaboração : UIC APEX - Brasil 11.8 BIOCOMBUSTIVEL No setor de biocombustível, os dados de exportação brasileira para o mercado indianos não correspondem ao registros indianos de importação de biocombustíveis do Brasil. Os registro de exportação no Brasil são muito superiores aos registro de importação na Índia, que apresentam números desprezíveis. Não foi possível encontrar explicação para tal situação estatística até o presente momento. Por causa dessa situação, utilizou-se os dados indianos, que tornam comparáveis os valores entre o Brasil e os outros países, no entanto, essa opção sub-dimensiona a participação brasileira. Variação do market-share no mercado-alvo 2001/2006 Matriz de Posicionamento do Setor de BIOCOMBUSTÍVEL na Índia Dez Principais Fornecedores em 2006 + Brasil Valor de Ref erência = US$ 10 mi 10% França (3) 5% Cingapura (6) Japão (7) Alemanha (1) Suíça (8) 0% 0% Itália (10) 20% 40% 60% Brasil (24) -5% Reino Unido (4) -10% EUA (2) Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2001/2006 Figura 33. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 47 12 Setores de serviços A Índia figura entre os dez principais Importação e exportação de serviços indianos países exportadores de serviços. O acentuado Receita de exportações de serviços Despesas de importação de serviços crescimento, observado ao lado, contínuo das exportações indianas demonstra a fortaleza do país. A figura abaixo apresenta matriz com a corrente de comércio entre o Brasil e a Índia. No eixo “x” estão listadas as taxas de crescimento médias das exportações brasileiras de serviços para a Índia. No eixo “y”, 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 2009* 2010* encontram-se as taxas de crescimento médias das importações mundiais de serviços da Índia. O tamanho da bolha representa o valor total Tabela 13 Fonte: EIU. Elaboração: UIC. *Dados estimados pela The Economist Intelligence Unit. Valores em USD milhões importado pela Índia no ano de 2006. As oportunidades de exportação de serviços situam-se, principalmente, nos setores de serviços de construção e outros serviços empresariais. Matriz Corrente de Comércio - Índia x Brasil Crescimento das importações mundiais de serviços da Índia 2000-2006 - Fonte: FMI 50% Serviços de Comunicação Serviços de Construção 40% Outros serviços empresariais Valor de Referência - US$ 15 bilhões Serviços de Computação e informação 30% Serviços de Seguros Transporte Royalties e Licenciamentos 20% Viagens Serviços Pessoais, Culturais e de recreação 10% Serviços Financeiros 0% -10% Serviços Governamentais 0% 10% 20% 30% 40% 50% -10% Fontes: Bacen e FMI. Elaboração: UIC APEX-Brasil Crescimento das exportações de serviços brasileiros para Índia 2000-2006 - Fonte: Bacen Figura 34. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 48 12.1 SOFTEX Não há registro de exportação brasileira de serviços computacionais e de informação para a Índia no balanço de serviços do Banco Centrla brasileiro. Do ponto de vista estritamente de exportações, não se pode mencionar a efetiva existência de oportunidade para serviços de tecnologia da informação para o Brasil. EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SERVIÇOS PARA A ÍNDIA (USD Milhões) 2002 2003 2004 2005 2006 Serviços de Construção $0,00 $0,00 $4,18 $8,99 $26,45 Outros serviços empresariais $1,29 $2,14 $0,00 $2,96 $5,00 Serviços Governamentais $1,04 $1,17 $1,06 $1,13 $2,16 Total $2,33 $3,31 $5,24 $13,08 $33,61 Tabela 14. Fonte: BACEN. Elaboração: UIC. A Índia não é mercado consumidor de serviços computacionais e de informação. Conforme observase nas figuras 36 e 37, as importações de serviços computacionais são pequenas quando comparadas às exportações. Isso porque a Índia é um país exportador de serviços computacionais,. O registro de despesas com importações de serviços computacionais e de informação no balanço de serviços indiano correspondem, principalmente, a remessas de comércio intrafirma. Exportações de serviços Importações de serviços USD Milhões Exportação indiana de serviços computacionais e de informação Importação indiana de serviços computacional e de informação Exportações indianas totais de serviços Importações indianas totais de serviços $63.537,00 $75.354,00 $47.989,00 $55.831,00 $35.641,00 $38.281,00 $16.684,00 $17.337,00 $19.478,00 $4.727,00 $7.407,00 $8.889,00 2000 2001 2002 $19.187,00 $20.099,00 $21.039,00 $23.902,00 $22.005,00 $11.876,00 $16.344,00 2003 Figura 35. Fonte: FMI. Elaboração: UIC. 2004 2005 $24.878,00 $29.186,00 $577,00 $911,00 $905,00 $686,00 2006 2000 2001 2002 2003 $932,00 $1.566,00 $2.199,00 2004 2005 2006 Figura 36. Fonte: FMI. Elaboração: UIC. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 49 Se considerada a possibilidade de quarterização do outsourcing brasileira para a Índia, deve-se recordar as características do setor de serviço de TI naquele país. Dividido em dois grupos, conforme tratado na seção sobre serviços na economia indiana, (a) offshoring ou outsourcing e (b) desenvolvimento de software, o grupo mais representativo do setor é o offshoring composto de outsourcing com call center e outros serviços de back-offices. Os autores do livro "Offshoring in India: Opportunities and Risks” indicam que o sucesso O crescimento da demanda mundial por outsourcing é maior do que a capacidade indiana de atendê-la. indiano sustenta-se em três eixos: capital humano, a língua inglesa e o aproveitamento sinérgico dos setores domésticos baseados em conhecimento. Não obstante essa conjugação de forças, a capacidade indiana de atender a demanda mundial por offshoring é limitada pela infra-estrutura insuficiente, pelo aumento do custo da mão-de- oobra, pela alta rotatividade dos empregados entre as empresas por busca de melhores salários e pela emigração. A expansão indiana decorreu do aquecimento do setor de outsourcing que começa a reavaliar o real impacto da terceirização no setor de tecnologia da informação em termos de qualidade e custo. O relatório da Mckinsey “Assessing Brazil’s offshoring prospects” afirma que as vantagens competitivas brasileiras em offshoring a forte infra-estrutura de telecomunicações, mercado interno atrativo para TI e custos relativamente baixos. Enquanto as desvantagens seriam: o pequeno número de pessoas que falam inglês e a falta de experiência internacional dos trabalhadores brasileiros. Frente a esse cenário e ganhos de competitividade do setor no Brasil e os limites da capacidade indiana de atender a demanda mundial, evidencia-se oportunidade para o Brasil no gap entre oferta indiana e demanda mundial. As estratégias para ocupar essa lacuna podem ser variadas, incluindo a quarterização brasileira em complemento aos serviços indianos, porém do ponto de vista do posicionamento país como provedor de serviços de TI e de marca das empresas brasileiras, seria exportação direta de serviços de outsourcing. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 50 12.2 Metodologia de análise dos dados de serviços A metodologia adotada pela Unidade de Inteligência Comercial da Apex-Brasil para mensurar a corrente de comércio de serviços em seus estudos baseia-se nos setores contemplados nos itens do balanço de serviços da 5ª edição do Manual de Balanço de Pagamento do Fundo Monetário Internacional (FMI), denominado Extended Balance of Payments Services Classification (EBOPS). Essa escolha fundamenta-se na harmonização dos dados do balanço de pagamentos dos países membros do FMI, de acordo com o Art. VIII, seção 5, do Convênio Constitutivo do Fundo. A partir de janeiro de 2001, o Banco Central Brasileiro passou a divulgar os dados do balanço de pagamentos brasileiro de acordo com o manual do FMI. A fonte primária desses dados é o contrato de câmbio firmado pelas empresas brasileiras prestadoras de serviços no ato do recebimento da remessa. Dessa maneira, os dados brasileiros estão restritos aos setores em que o Regulamento do Mercado de Câmbios e Capitais Internacionais (RMCCI), de 2005, que permite a classificação como setor exportador de serviços. O manual supracitado é utilizado pelos países membros do Fundo e por organizações regionais e internacionais, como, Statistical Office of the European Communities, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as Nações Unidas e o Banco Mundial. Com isso, os dados tornam-se confiáveis e é possível comparar as transações correntes dos países, que registram o intercâmbio entre residentes e não residentes no balanço de serviços. 1. Transportes 1.1. Transporte Marítimo 1.1.1.Passageiros de transportes marítimos 1.1.2.Cargas de transporte marítimo 1.1.3.Outros transportes marítimos Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 51 2. 3. 4. 5. 6. 1.2. Transporte aéreo 1.2.1.Passageiros de transportes aéreos 1.2.2.Cargas de transportes aéreos 1.2.3.Outros transportes 1.2.3.1. Passageiros de outros transportes 1.2.3.2. Cargas de outros transportes 1.2.3.3. Outros de outros transportes 1.2.4.Transporte espacial 1.2.4.1. Transporte ferroviário 1.2.4.2. Cargas de transporte ferroviário 1.2.4.3. Outros de transporte fero viário 1.2.5.Transporte Rodoviário 1.2.5.1. Passageiros de transporte rodoviário 1.2.5.2. Cargas de transporte rodoviário 1.2.5.3. Outros de transporte rodoviário 1.2.5.4. Transportes por vias navegáveis interiores 1.2.5.5. Carga de transporte por vias navegáveis interiores 1.2.5.6. Outros transportes por vias navegáveis interiores 1.2.6. Transporte por tubulação 1.2.7.Outros serviços de apoio e auxiliar ao transporte. Viagens 2.1. Viagem de negócios 2.1.1.Gastos de trabalhadores sazonais e fronteiriços 2.1.2.Outros relacionados à viagem de negócios 2.2. Viagens Pessoais 2.2.1.Gastos relacionados à saúde 2.2.2.Gastos relacionados à educação 2.2.3.Gastos relacionados às viagens pessoais 2.3. Outros serviços comerciais 2.4. Outros serviços Serviços pessoais, culturais e recreativos 3.1. Serviços audiovisuais e conexos 3.2. Outros serviços pessoais, audiovisuais e recreativos 3.2.1.Serviços de educação 3.2.2.Serviços de saúde 3.2.3.Serviços de esporte 3.2.4.Outros serviços pessoais, culturais e recreativos Serviços governamentais 4.1. Embaixadas e consulados 4.2. Organismos e unidades militares 4.3. Outros serviços governamentais Serviços de comunicação 5.1. Serviços de correio e mensagens 5.2. Serviços de telecomunicações Serviços de construção 6.1. Construção no estrangeiro Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 52 6.2. Construção no país 7. Serviços de seguro 7.1. Seguros de vida e fundos de pensão 7.2. Seguros de transporte de cargas 7.3. Outros seguros diretos 7.4. Resseguros 7.5. Serviços auxiliares 8. Serviços financeiros 9. Serviços computacionais e de informação 9.1. Serviços de informática 9.2. Serviços de informação 9.2.1.Serviços de agências de notícias 9.2.2.Outros serviços de provimento de informação 10. Royalties e direitos de licença 10.1. Franquias comerciais e direitos similares 10.2. Outros royalties e direitos de licença 11. Serviços relacionados ao comércio 11.1. Comércio internacional e outros serviços relacionados ao comércio 11.1.1. Outros serviços relacionados com comércio 11.2. Serviços de arrendamento operacional 11.3. Serviços empresariais, profissionais e técnicos variados 12. Serviços empresariais, profissionais e técnicos (jurídicos, contábeis, de assessoramento administrativo e de relações públicas) 12.1. Serviços jurídicos 12.2. Serviços contábeis, de auditoria e assessoria tributária 12.3. Serviços de consultoria em administração, gestão e relações públicas 12.4. Serviços de engenharia consultiva e de arquitetura 12.5. Publicidade, pesquisa de mercado e pesquisas de opinião pública 12.6. Pesquisa e desenvolvimento 12.7. Serviços agrícolas e de mineração no local 12.8. Tratamento de dejetos e descontaminação 12.9. Serviços agrícolas e de mineração no local 12.10. Outros serviços empresariais 12.11. Serviços prestados entre empresas relacionadas Cabe ressaltar ainda, que a origem das transações relacionadas ao comércio não significa o local efetivo da prestação de serviços. Trata-se, de fato, do local de origem do pagamento. Pode ocorrer a intermediação financeira em terceiros países no comércio entre o país contratante e o país prestador dos serviços. Na maioria das vezes, esses países são utilizados porque oferecem privilégios tributários, sigilo bancário ou livre conversibilidade de moedas. O país de origem das remessas também pode ser distinto do país onde o serviço será prestado, pois o país contratante pode utilizar a sede ou escritório em país próximo ao local da realização do serviço para firmar o contrato e realizar pagamento. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 53 De acordo com o General Agreement on Trade in Services (GATS) existem quatro modalidades de prestação de serviços (1) comércio transfronteiriço, (2) consumo no exterior, (3) presença comercial e (4) movimento temporário de pessoas físicas. Para fins desse estudo, a modalidade (1) estará presente na maioria das análises de trocas relacionadas ao comércio de serviços. 13 Metodologia das matrizes Com o objetivo de facilitar a visualização das principais oportunidades de negócios na Índia, bem como saber a posição que o Brasil ocupa nas importações indianas de cada segmento, foram adotados gráficos em formas de bolhas, denominados pela Unidade de Inteligência Comercial de matrizes. As matrizes utilizadas são de dois tipos: Matriz de Atratividade e Matriz de Posicionamento. 13.1 Matriz de atratividade A construção da matriz de atratividade para as entidades seguiu as seguintes padronizações: 1. Bolhas: representam grupos de produtos criados por meio de SH6 fornecidos por cada entidade participante de Missão à Índia. Esses grupos receberam os nomes de cada entidade, totalizando 8 bolhas19: ABIMÓVEL, SINDIMADEIRA, ABIROCHAS, ABRAVA, ANFACER, SIAMFESP, ABIMAQ, ABIMO e Biocombustível; 2. Eixo X: representa a média geométrica do crescimento das exportações dos grupos de produtos das entidades brasileiras para o mercado-alvo entre 2001 e 2006; 3. Eixo Y: representa a média geométrica do crescimento das importações totais do mercado-alvo dos grupos de produtos criados para as entidades brasileiras entre 2001 e 2006; 4. Tamanho de cada bolha: representa o total importado pelo mercado-alvo daquele grupo de produtos. Portanto, quanto maior a bolha, maior o tamanho do mercado potencial; 5. Valor de referência: serve para que seja mais fácil visualizar o quanto representa o tamanho da bolha em US$ e 6. Linha de crescimento médio das importações: é a média geométrica das importações mundiais de todos os setores do mercado-alvo. 19 Os grupos criados, com seus respectivos SH6 estão disponíveis no Anexo desse estudo Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 54 De acordo com esta metodologia, quanto mais alto e mais à direita um setor estiver, maior a sua atratividade no mercado indiano, devendo-se ainda observar o tamanho da bolha para se conhecer o volume total de importações no último ano. 13.2 Matriz de posicionamento A Matriz de Posicionamento tem o objetivo de mostrar o posicionamento do Brasil frente aos dez principais países concorrentes. Além de indicar a posição que cada país ocupa no mercado indiano, mediante o ranking destacado entre parênteses junto ao nome de cada país, mostra o crescimento das exportações desses países e a variação do market share. O objetivo é visualizar não só a posição estática do último ano em análise, mas também analisar como os países vêm se comportando na pauta de importações do mercado-alvo ao longo dos 5 anos, com perda ou ganho de competitividade. A construção da matriz de atratividade para as entidades seguiu as padronizações abaixo: 1. Bolhas: representam os dez principais países fornecedores para a Índia daqueles produtos dos grupos criados acima; 2. Eixo X: representa a média do crescimento das exportações dos grupos de produtos das entidades brasileiras para o mercado-alvo entre 2001 e 2006; 3. Eixo Y: representa a variação da participação de mercado (market-share) na Índia de cada país fornecedor. Essa variação foi estabelecida como a diferença percentual da participação entre o último ano (2006) e o primeiro ano (2001) do período em análise. 4. Tamanho de cada bolha: representa o total exportado por cada um dos 10 principais países fornecedores para o mercado-alvo. Esse valor corresponde apenas aos produtos constantes na pauta de cada entidade. Portanto, quanto maior a bolha, maior volume aquele país exporta para a índia e 5. Valor de referência: serve para que seja mais fácil visualizar o quanto representa o tamanho da bolha em US$. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 55 14 Considerações finais O estudo observou a existência de dois conjuntos de oportunidades de exportação a partir das variáveis econômicas: exportação de insumos e equipamentos para as indústrias indianas, cuja produção cresce a altas taxas, e exportação de produtos de consumo, no intuito de atender a crescente demanda interna daquele mercado. Exceto no setor de revestimento cerâmico, em que o Brasil já se posiciona entre os 10 principais forncedores, o mercado indiano ainda permanece desconhecido para o empresário brasileiro, com participação de nossos produtos baixa. É dificuldade recorrente, na colocação de produtos brasileiros no mercado indiano, a distância, que eleva o custo de frete e o tempo de trânsito, impactando sobremaneira o preço final do produto. Ademais, a proximidade do mercado indiano com a China impede a competição por preço de qualquer fornecedor brasileiro. O crescimento econômico e o aumento da produção industrial criam demandas por insumos e equipamentos que geram oportunidade para os produtos brasilerios. No entanto, os produtos que efetivamente podem ganhar participação no mercado indiano são aqueles com qualidade reconhecida ou com caracteristicas que os peculiarizam. Por fim, no tocante aos setores estudados, as oportunidade observadas concentram-se principalmente nos produtos de empresas da ABIMAQ, ABIMO, ABIRROCHAS, ANFACER, SIAMFESP e ABIMÓVEL. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 56 15 ANEXOS • Anexo I – Principais acordos em vigor entre Índia e Brasil Acordos em vigor Acordo de Cooperação Cultural Acordo de Comércio com a Índia Acordo sobre Cooperação nos Campos da Ciência e Tecnologia. Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Previnir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda. Memorando de Entendimento Relativo a Consultas sobre Assuntos de Interesse Comum Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação nos Campos da Ciência e Tecnologia, sobre Cooperação Científica e Tecnológica no Setor Ferroviário. Declaração Conjunta sobre a Agenda Brasil-India para Cooperação Científica e Tecnológica. Declaração Conjunta sobre o Termo de Referência para a Constituição do Conselho Comercial IndoBrasileiro. Agenda Comum para o Meio Ambiente. Ajuste Complementar ao Acordo de Comércio sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias Memorando de Entendimento sobre Cooperação entre as Academias Diplomáticas de Ambos os Países. Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação nos Campos da Ciência e Tecnologia, na Área de Saúde e Medicina. Memorando de Entendimento referente à Cooperação Tecnológica na Área de Mistura de Etanol Memorando de Entendimento que Estabelece uma Comissão Mista de Cooperação Política, Econômica, Científica, Tecnológica e Cultural. Acordo sobre Cooperação em Assuntos Relativos à Defesa Acordo sobre Isenção de Vistos para Portadores de Passaportes Diplomáticos, Oficiais e de Serviços. Programa Executivo Cultural para os anos 20062006 Programa de Intercâmbio de Cooperação no Campo da Educação Memorando de Entendimento para Cooperação na Área de Assentamentos Humanos Memorando de Entendimento com vistas à Implementação das "Semanas de Cultura Brasileira na Índia" e das "Semanas de Cultura Indiana no Brasil" Memorando de Entendimento sobre a Luta Contra a Fome e a Pobreza Memorando de Entendimento sobre a Cooperação em Esportes e Assuntos de Juventude Memorando de Entendimento sobre Cooperação no Setor de Infra-Estrutura Data de celebração Entrada em vigor 23/9/1968 3/2/1968 15/7/1970 13/10/1969 22/7/1985 24/1/1990 26/4/1988 11/3/1992 22/2/1992 22/2/1992 15/9/1993 15/9/1992 27/1/1996 27/1/1996 27/1/1996 27/1/1996 27/1/1996 27/1/1996 2/7/1997 3/8/1997 5/5/1998 5/5/1998 5/5/1998 5/5/1998 8/4/2002 28/2/2006 22/8/2002 22/8/2002 1/12/2003 27/12/2006 25/1/2004 17/11/2004 2/2/2006 2/2/2006 1/2/2006 1/2/2006 12/9/2006 12/9/2006 12/9/2006 12/9/2006 18/2/2008 18/2/2008 18/2/2008 18/2/2008 18/2/2008 18/2/2008 Figura 37 Fonte: Ministério das Relações Exteriores. Elaboração: UIC Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 57 • Anexo II – Contatos importantes Do Brasil na Índia Embaixada do Brasil em Nova Deli 8, Aurangzeb road. New Delhi – 110011, India Tel.: (91 11) 2301-7301 Fax: (91 11) 2379-3684 E-mail: [email protected] SECOM, Nova Deli. 8, Aurangzeb Road 110011. New Delhi Telefone: 91 11 2301-7301 Fax: 91 11 2379-3684 e-mail: [email protected] Web site:: www.brazilembassy.in Chefe: Conselheiro Luis Antonio Balduino Consulado geral do Brasil em Bombaim Unit Nos.113&114, Free Press House, 11th Floor Free Press Journal Marg Nariman Point Mumbai - 400 021 India Tel:(91 22) 22834467 e 22834469 Direto Cônsul-Geral: 91 22 228 34466 Direto Vice-Cônsul: 91 22 228 34478 Celular de Serviço: 91 9820686143 Geral: 9122 228 34468 Sala de comunicações: 9122 66103768 Da índia no Brasil Embaixada da República da Índia SHIS QL 8 conjunto 8 casa 1 – Lago Sul CEP: 71.620-285 – Brasília / DF Caixa Postal 11/1097 Tel: (61) 3248-4006 Fax: (61) 3248-7849 / 5486 Site: www.indianembassy.org.br E-mail: [email protected] Expediente: segunda a sexta-feira das 8h30 às 17h Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 58 • Anexo III – Acordos de livre comércio da Índia Designação do Acordo India EU Trade and Investment Agrement TIA India Pakistan Trading Arrangement India-Bhutan Trade Agreement India-Bangladesh Trade Agreement India Chile PTA India-US Trade Policy Forum Joint Statement Asia Pacific Trade Agreement (APTA) India-EU Strategic Partnership Joint Action Plan CECA between The Republic of India and the Republic of Singapore Framework agreement with Chile India-Korea Joint Study Group Framework Agreement with GCC States India-MERCOSUR PTA Framework Agreement with Thailand Framework Agreement with ASEAN India-Afghanistan PTA India-United States Commercial Dialogue India-Sri Lanka FTA India-Mongolia Trade Agreement India-Nepal Trade Treaty India-China Trade Agreement India-Maldives Trade Agreement India-Korea Trade Agreement India-Ceylon Trade Agreement India-Japan Trade Agreement País parceiro União Européia Paquistão Butão Bangladesh Chile Estados Unidos Países membros Estados Unidos Cingapura Chile Coéria do Sul Países mebros Páises membros Tailândia Países membros Afeganistão Estados Unidos Sri Lanka Mongólia Nepal China Maldivas Coréia do Sul Ceilão Japão Figura 38 Fonte: Ministry of External Affairs, índia. Elaboração: UIC Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 59 • Anexo IV – Lista de importadores Máquinas e Equipamentos Falcon Industries Endereço: Ludhiana 141003 [Índia] Tefefone: +91 161 2490877 Fax: +91 161 2503156 Kaniphnath Import Export Endereço: Pune 411038 [Índia] Tefefone: +91 20 25286907 Fax: +91 20 25285180 ASB International Pvt. Ltd. Endereço: Thane 421506 [Índia] Tefefone: +91 251 2621802 Fax: +91 251 5693183 Welspring Universal Endereço: New Delhi 110064 [Índia] Tefefone: +91 11 28116214 Fax: +91 11 28115247 Upkar International Pvt. Ltd. Endereço: Phagwara 144401 [Índia] Tefefone: +91 1824 261915 Fax: +91 1824 264916 Kay Jay Chill Rolls Pvt. Ltd. Endereço: Panchkula 134113 [Índia] Tefefone: +91 172 2591209 Fax: +91 172 2568156 New Era Machines Pvt. Ltd. Endereço: Ludhiana 141010 [Índia] Tefefone: +91 161 2510777 Fax: +91 161 2510776 KEMIKORP Endereço: Hyderabad 500016 [Índia] Tefefone: +91 40 23755051 Fax: 0 Hind Hydraulics & Engineers Endereço: Faridabad 121005 [Índia] Tefefone: +91 129 2230041 Fax: +91 129 4029003 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 60 Móveis e artigos de Madeira Welspring Universal Endereço: New Delhi 110064 [Índia] Tefefone: +91 11 28116214 Fax: +91 11 28115247 Modular Trends Endereço: Hyderabad 500034 [Índia] Tefefone: +91 40 64577799 Fax: 0 Bantia Furnitures Endereço: Secunderabad 500003 [Índia] Tefefone: +91 40 27841585 Fax: +91 40 27715216 Mamran Ltd Endereço: New Delhi 110005 [Índia] Tefefone: +91 11 25766492 Fax: +91 11 25740746 Vallabhji Bhikha & Co. Endereço: Mumbai 400002 [Índia] Tefefone: +91 22 22084972 Fax: +91 22 22088324 Elof Hansson (India) Pvt. Ltd. Endereço: Chennai 600028 [Índia] Tefefone: +91 44 24315110 Fax: +91 44 24315116 Advance Decor (India) Pvt. Ltd. Endereço: New Delhi 110065 [Índia] Tefefone: +91 11 26327485 Fax: +91 11 26327486 JPS Impex Pvt. Ltd. Endereço: Gurgaon 122001 [Índia] Tefefone: +91 124 2210175 Fax: +91 11 25845330 Ethnic Vibes Endereço: New Delhi 110029 [Índia] Tefefone: +91 11 26105616 Fax: +91 11 26187462 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 61 The Orient Color Crafts Endereço: Sivakasi 626123 [Índia] Tefefone: +91 4562 220656 Fax: +91 4562 223296 Jumbo Konverters Endereço: Navi Mumbai 400706 [Índia] Tefefone: +91 22 27710145 Fax: +91 22 27706910 Cerâmicas Mill Max Tools Pvt Ltd. Endereço: Navi Mumbai 400701 [Índia] Tefefone: +91 22 27782221 Fax: +91 22 27782223 Glow Paints Endereço: Hyderabad 500016 [Índia] Tefefone: +91 92468 77669 Fax: 0 Jaggi & Jaggi Machine Tools Endereço: Mumbai 400059 [Índia] Tefefone: +91 22 28591441 Fax: +91 22 28591442 Gokul Eximp Endereço: Mumbai 400049 [Índia] Tefefone: +91 22 56923698 Fax: +91 22 26246667 Rochas ATS Business Services Pvt. Ltd. Endereço: New Delhi 110025 [Índia] Tefefone: +91 93507 04503 Fax: +91 11 26332749 Rena'sance Exim Traders Pvt. Ltd. Endereço: Chennai 600010 [Índia] Tefefone: +91 44 42178490 Fax: +91 44 42178310 K. Girdharlal Endereço: Mumbai 400004 [Índia] Tefefone: +91 22 23637896 Fax: +91 22 23676795 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 62 Manzoor & Company Endereço: Jaipur 302001 [Índia] Tefefone: +91 141 2319925 Fax: +91 141 2375278 Prince Parmar Impex Endereço: Thane 401202 [Índia] Tefefone: +91 250 2349989 Fax: +91 250 2349989 Artigos de couro Harisons International Endereço: New Delhi 110088 [Índia] Tefefone: +91 11 27470894 Fax: +91 11 27471875 Suhail Mudasser Leather Industry Endereço: Warangal 506012 [Índia] Tefefone: +91 870 2424330 Fax: +91 870 2565939 Pacific Exports Endereço: Kanpur 208010 [Índia] Tefefone: +91 512 2461103 Fax: +91 512 2461082 Aggarwal Attachi House Endereço: Delhi 110051 [Índia] Tefefone: +91 11 23674757 Fax: +91 11 23522747 Sumitra Enterprises Endereço: New Delhi 110092 [Índia] Tefefone: +91 11 22025622 Fax: +91 11 22025622 Prince Parmar Impex Endereço: Thane 401202 [Índia] Tefefone: +91 250 2349989 Fax: +91 250 2349989 Suhail Mudasser Leather Industry Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 63 Endereço: Warangal 506012 [Índia] Tefefone: +91 870 2424330 Fax: +91 870 2565939 Surinder Singh Associates Endereço: New Delhi 110015 [Índia] Tefefone: +91 11 25421790 Fax: +91 11 25422968 Prince Parmar Impex Endereço: Thane 401202 [Índia] Tefefone: +91 250 2349989 Fax: +91 250 2349989 Metais não-Ferrosos TMA International Endereço: New Delhi 110003 [Índia] Tefefone: +91 11 24622782 Fax: +91 11 41025267 Tinita Engineering Pvt. Ltd. Endereço: Navi Mumbai 400701 [Índia] Tefefone: +91 22 27644040 Fax: +91 22 27644045 ASB International Pvt. Ltd. Endereço: Thane 421506 [Índia] Tefefone: +91 251 2621802 Fax: +91 251 5693183 Indigold Refineries Ltd. Endereço: Mumbai 400001 [Índia] Tefefone: +91 22 32969908 Fax: +91 22 28573973 Pankaj Industries Endereço: Mumbai 400004 [Índia] Tefefone: +91 22 22422017 Fax: +91 22 22426693 Satellite Metals & Tubes Ltd Endereço: Mumbai 400004 [Índia] Tefefone: +91 22 56362133 Fax: Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 64 Shree Hari Groups of Companies Endereço: Mumbai 400709 [Índia] Tefefone: +91 22 27835103 Fax: +91 22 27835105 Comet Exports Endereço: Moradabad 244001 [Índia] Tefefone: +91 591 2414503 Fax: +91 591 2414502 Tata International Ltd. (Minerals GBU) Endereço: Kolkata 700071 [Índia] Tefefone: +91 33 22833483 Fax: +91 33 22881559 Demais Empresas Vivek International Products Peera Garhi, Rohtak Road New Delhi - 110041, Delhi Índia Telefone : +91 11 25267149 [mais ] Fax : +91 11 25251242 Website: www.vivekinternational.tradeindia.com Asiatic Industries Plot No. 1505, Phase I GIDC, Naroda Ahmedabad - 382330, Gujarat Índia Telefone : +91 79 22823163 Fax : +91 79 22820121 Website: http://www.asiaticr.com Premsons Plastics Pvt. Ltd. 221, A To Z Industrial Estate Lower Parel Mumbai - 400013, Maharashtra, Índia Telefone : +91 22 24942893 Fax : +91 22 24931187 Website: http://www.premsons.biz Tata International Ltd. Block A, Shivsagar Estates Dr. Annie Besant Road, Worli Mumbai - 400018, Maharashtra, Índia Telefone : +91 22 66652200 - 10 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. 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