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brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 1 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 1 RUI PAIVA Diário dos sonhos diurnos na transição dos séculos DESENHO 2105 www.rui-paiva.com Exposição patente de 8 de Abril a 13 de Maio de 2005 Rua Barata Salgueiro 36, Lisboa 1 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 2 Desenho em Tela, Mar. 2005 13 x 18 cm 2 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 3 Tinta da China, 2004 9 x 20.3 cm Diário dos sonhos diurnos na transição dos séculos Os desenhos de Rui Paiva, um autor do final do século XX e início do seguinte, desencadeiam em nós, observadores deles tão afastados mas habituados a tantos e tantos espectáculos, uma pluralidade de sentimentos contraditórios: estranheza e familiaridade, reconhecimento imediato e vontade de reflexão. A sua simplicidade, que parece evidente, é, por isso mesmo, desconcertante no contexto em que se apresenta; a sua profusão que aparece infinita, é, por isso mesmo, excessiva num tempo que já era de repetições e serialização. Multiplicados por centenas de folhas soltas de todos os tipos e por dezenas de cadernos de desvairados tamanhos, cores, gramagens e texturas de papel os desenhos de Rui Paiva crescem, saem das pastas que os prendem, escorregam do pano da pequena mesa de jogo para os bancos chineses e para as cadeiras forradas, soltam-se aos esticões das espirais dos cadernos deixando a esvoaçar pequenos fragmentos de papel, espalham-se nos tapetes pelo chão, desejam subir pelas paredes carregadas de pinturas antigas, fixam-se nos tectos de estuque fugindo aos livros empoeirados que, nas estantes, os olham lúbricos… Quando finalmente encontram uma longa parede branca e se acalmam, quando param, quando se reagrupam, esses desenhos, formam pequenas manchas expectantes, alinham-se uns ao pé dos outros, sussurram pequenas histórias sem nexos claros, como quem representa discretos teatros sem guião. Olhamos para eles e eles para nós, aproximamo-nos com cautela, não vão eles fugir de novo, e mostramonos dispostos a perceber o que, de tão longe, nos querem dizer, o que há tanto tempo têm para nos mostrar. Pegamos num, viramo-lo, fazemos uma pilha com imagens que julgamos sequenciais, mas mal voltamos as costas eles mudam de sítio, boicotam as arrumações, procuram a sua própria lógica, troçam de nós… Podemos estar convencidos de que a sua mensagem é algo simples, fácil, quase naïf. O traço é, geralmente, uma linha clara que, por vezes se enrola, que escurece e se ensombra, mas que, outras mais vezes ainda se desenrola numa continuidade labiríntica, serpenteante, também ela tendencialmente infinita, padronizável. É bom que nos desenganemos - estes desenhos não são simples exercícios de ócio, são tudo menos distraídas composições inconscientes realizadas durante uma reunião maçadora ou uma longa conversa telefónica. Resultam de um constante labor, iniciado 3 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 4 “No Jardim dos Tornados”, 2005 Tinta da China, 15 x 20 cm na adolescência, e que Rui Paiva manteve com grande constância formal, temática e de intensidade de trabalho - essa persistência permitiu-lhe apurar, ao longo dos anos, a capacidade de, sendo extremamente simples, ter capacidade para tratar dos assuntos da humanidade em geral e em particular. A guerra, a fome, a corrupção, os jogos políticos, as relações humanas têm assim duas dimensões: uma universal outra aplicada a casos concretos da sua vida por muitas terras repartida (episódios relacionados com a vida pública de Moçambique, Macau e Portugal, episódios da política internacional, por exemplo). Um vasto contacto (juvenil) com a realidade cultural africana e, mais fortemente (por contactos prolongados na idade adulta), com a cultura chinesa, são elementos complementares essenciais ao seu entendimento. Através de pequenos sinais repetidos, ou ligeiramente alterados, usando soluções previsíveis ou imprevisíveis Rui Paiva foi construindo uma teia de discursos cerrados sobre o real - uma das originalidades desse discurso é, precisamente, cruzar o destino crítico e o onírico. É essa dimensão que nos permite alongar a visão para além deles mesmos, falar com eles vê-los passear pela cidade, desarrumar a casa… Num canto, perto de um rodapé ou de uma sanca muito alta, um ou dois desenhos soltam ainda a suas estridentes cores. Aqui, juntam-se grandes complicações: maquinarias onde o biológico (humano e animal) e o mecânico se cruzam em hibridismos biónicos invasores do espaço limitado do papel e da ilimitada imaginação nossa e do autor. Ali, o desenho esvazia-se de pesos e gestos, as formas mal afloram a pele do papel e o que nos mostram são composições de exacerbado lirismo onde as coisas da natureza (nuvens) ou as coisas da indústria (aviões) se tornam pessoas mostrando a delirante imaginação das formas e as possibilidades da sua metamorfoses. 4 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 5 “As Sereias”, 2005 Tinta da China 15 x 20 cm Cada um dos elementos de qualquer um destes desenhos, de qualquer uma das fases ou temas desenvolvidos, tem um sentido claro e obscuro, cada imagem é e não é fechada sobre si própria, porque se basta mas porque depois reaparece aqui e ali, hoje e amanhã, agora e logo. Cai um desenho da parede e num livro aberto as folhas começam a mexer-se sozinhas passando cada vez mais rápida e ruidosamente e vemos passar diante dos nossos olhos o que poderiam ser todos os desenhos do mundo. É imediata a associação, nestas imagens, com o referencial de formas popularizadas no século XX como surrealistas. E não sendo o autor surrealista, por descoincidência histórica, relativização do credo e moderação das opções de vida, diremos então que tais formas são, nele, surrealizantes. O modo como Rui Paiva recria a realidade cultural massificada do surrealismo permite-lhe, aliás, evitar estereótipos: o que aproveitou do surrealismo foi mais do que uma receita formal, mais do que um modo de desfigurar, acoplando e/ou metamorfoseando, as formas estabilizadas do real. O que importa considerar é algo de mais profundo: a liberdade da crítica e o desmando do sonho. Rui Paiva gere a vontade de mudar o real instalando nele a possibilidade ou a dimensão dupla do onírico - sonho sardónico e sonho lírico. Ano após ano, dia após dia, desenho atrás de desenho ele foi constituindo assim um verdadeiro diário de sonhos, imagem de rara claridade no tempo que lhe coube viver: comentários ao quotidiano mais abstracto e ao quotidiano mais concreto e projectos de fugas (mergulhos e voos) para fora dele. A evocação da água e do ar não é, nesta estratégia, uma simples metáfora - é um material e um resultado de trabalho. Lisboa, 1 de Abril de 2105 João Pinharanda 5 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 6 Tinta da China, 1971 15 x 21 cm 6 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China, 1971 20 x 21 cm 7 18:59 Page 7 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 8 Tinta da China, s/ data (Anos 70) 21 x 21,8 cm 8 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China, Jul. 1974 19,3 x 15 cm 9 18:59 Page 9 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 10 Tinta da China, Lx. Jan. 1984 29,3 x 21 cm 10 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China e Colagem, Lx. Dez. 1983 23,8 x 28 cm 11 18:59 Page 11 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 12 “Macau Superstar” Out. 1989 Tinta da China, 28 x 23 cm 12 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China, Set. 1989 28 x 23 cm 13 18:59 Page 13 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 14 Tinta da China, Jun. 1980 21 x 21 cm 14 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China, Jan. 1984 21 x 29,3 cm “Equilíbrio Prestável” Out. 1989 Tinta da China, 23 x 28 cm 15 18:59 Page 15 06/22/2005 18:59 Tinta da China, Abr. 1980 21 x 29,3 cm brochuraOK Page 16 16 Canetas de Cor, Set. 1973 21 x 30 cm brochuraOK 17 06/22/2005 18:59 Page 17 brochuraOK 06/22/2005 18:59 Page 18 “Redes Espaciais”, Out. 89 Tinta da China 23 x 28 cm Tinta da China e Aguarela, Lx. Out. 1982 15 x 21 cm 18 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China e Aguarela, Lx. Dez. 1982 15 x 21 cm “A Invenção da Canoa”, “Lx. Dez. 1982 Tinta da China e Aguarela, 15 x 21 cm 19 18:59 Page 19 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 20 Canetas de Cor, Jan. 1974 20 x 29,3 cm 20 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 21 Série “A Mulher e a Flor”, Lx. Jan. 1984 Tinta da China e Aguarela 29,93 x 20,8 cm Série “A Mulher e a Flor”, Lx. Jan. 1984 Tinta da China e Aguarela 29,93 x 20,8 cm 21 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 22 Canetas de Cor, Nov. 1974 18 x 13 cm 22 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 23 “Jornal Va Kio”, Jul. 22-25, 1980 30 x 20 cm “Jornal Va Kio”, Jul. 22-25, 1980 30 x 20 cm 23 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 24 “Se eu pudesse voar”, Macau Capa do Livro de Desenhos, 79-82 29,8 x 20,8 cm 24 brochuraOK 06/22/2005 “História de Ginseng Sin San” 29,8 x 20,8 cm 25 19:00 Page 25 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 26 “Jornal Va Kio”, Jul. 22-25, 1980 30 x 20 cm “Jornal Va Kio”, Jul. 22-25, 1980 30 x 20 cm 26 brochuraOK 06/22/2005 “Diálogo de Surdos”, Lx. 1983 Tinta da China e Canetas de Cor 20,8 x 29,93 cm 27 19:00 Page 27 06/22/2005 19:00 Série “Máquinas de Guerra”, Lx. Fev. 1984 Tinta da China e Aguarela 20,8 x 29,93 cm brochuraOK Page 28 28 Série “Sociedade e Espectáculo”, Jan. 1984 Tinta da China e Aguarela 20,8 x 29,93 cm brochuraOK 29 06/22/2005 19:00 Page 29 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 30 Série “Sociedade e Espectáculo”, Jan. 1984 Tinta da China e Aguarela 20,8 x 29,93 cm 30 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Série “Máquinas de Guerra, Lisboa”, Out. 1987 Tinta da China e Pastel 20,8 x 29,93 cm 31 Page 31 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 32 Série “Sociedade e Espectáculo”, Lx. Out.1982 Tinta da China e Aguarela 21 x 15 cm 32 brochuraOK 06/22/2005 “Metamorfoses” Jan. 1984 Tinta da China, 21 x 29,3 cm 33 19:00 Page 33 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 34 “O Sorriso da Paz”, Lx. Dez. 1982 Tinta da China e Aguarela, 15 x 21 cm Tinta da China, Lx. Nov. 1982 15 x 21 cm 34 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Tinta da China e Aguarela, Lx. Jan. 1983 15 x 21 cm Tinta da China e Aguarela, Lx. 10 Jan. 1983 15 x 21 cm 35 Page 35 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 36 Série “Arquitecturas - Ruralismo Urbano” Tinta da China, Fev. 1984 21 x 29,3 cm Série “Arquitecturas - Ruralismo Urbano” Tinta da China, Fev. 1984 21 x 29,3 cm 36 Tinta da China, H.K 93.– 28 Nov. 1993 15 X 23cm brochuraOK 37 06/22/2005 19:00 Page 37 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 38 “Ai Ambiente, Ambiente”, 2005 Tinta da China 15 x 20 cm 38 brochuraOK 06/22/2005 “One Bird Show”, 2005 Tinta da China 15 x 20 cm 39 19:00 Page 39 06/22/2005 19:00 Page 40 Tinta da China, 2004 9 x 20,3 cm brochuraOK 40 06/22/2005 19:00 Page 41 Tinta da China, 2004 9 x 20,3 cm brochuraOK 41 06/22/2005 19:00 Page 42 Tinta da China, 2004 15 x 20 cm brochuraOK 42 06/22/2005 19:00 Page 43 Tinta da China, 2004 15 x 22 cm brochuraOK 43 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 44 Tinta da China, 2005 15 x 20 cm 44 brochuraOK 06/22/2005 Tinta da China, 2005 20 x 15 cm 45 19:00 Page 45 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 46 Fotografia de João Paiva DADOS BIOGRÀFICOS Nasce em Moçambique, licenciando-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia, em Lisboa, onde vem a ser monitor e Assistente por vários anos (76-79), deslocando-se para Macau em 1979. Nesta localidade do Oriente, o convívio com artistas chineses tem resultados profícuos, levando-o a expor em diversas cidades asiáticas. Edita um livro de desenhos, de pendor neo-surrelista, assim como ilustra livros de poesia e ensaio de diversos poetas e escritores locais, vendo desenhos seus serem publicados em diversos jornais chineses e portugueses. • Realiza Cursos de Experiências Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), Lisboa, entre 1984 e 1986. • Lança o seu site, www.ruipaiva.com, em Novembro de 1998, e mais recentemente www.rui-paiva.com; • Edita 3 serigrafias, sendo outra editada em 2004 pelo Centro Português de Serigrafia; • Em 2003 é o responsável pela organização / montagem da exposição de Júlio Resende em Paris, na Embaixada e Consulado Portugueses, a 10 de Junho. • Actualmente é: - Presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Nacional de Belas Artes; - Gestor do Património Artístico de um grande grupo financeiro privado. PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS • 2005 Abril: «Diário dos sonhos diurnos na transição dos séculos” Março : «Fenêtre du monde: visions d'une imagination vagabonde”; Maio: «Reciclagem dos Sentidos »; • 2004 “Galeria Minimal, Porto; • 2002 “Window of The World. Translucent Images.” no CCB, Lisboa; • 2002 “Janela do Mundo. Imagens Translúcidas” no Museu Nogueira da Silva, em Braga; • 2000 “Paisagens no Olhar”, Galeria Santiago em Palmela; • 1999/2000 “Latitudes do Sonho” no Convento das Inglesinhas, ISEG, ao Quelhas; • 1998 “Realidade Solta”, Palácio da Independência, Lisboa • 1994/5 “Nine Dreams”, Association of Fine Arts, HO CHI MINH CITY, Vietname; • 1993 “Recent Paintings” na Wattis Fine Arts Galery, Hong Kong; • 1993 “Ilusão Submersa II” Galeria Ygrego, Lisboa; • 1992 “Ilusão Submersa”, Pavilhão do Jardim LOU LIM IEOC, em Macau; • 1991 “Compreender o Verde” no remodelado Edifício de S. Rafael, Macau; • 1991 “Sépias e Sanguíneas do Deserto”: Galeria da Livraria Portuguesa, IPOR, Macau, (Intervenções mediáticas simultâneas em diversos meios de comunicação de Macau, sobre a mediatização da Guerra do Golfo); • 1990 “Aguarelas”, Galeria Asiatrade em Macau. 46 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 47 EXPOSIÇÕES COLECTIVAS MAIS IMPORTANTES • 2004 Galeria 57, Leiria; Salão de Outono, Galeria de Arte do Casino Estoril; Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes, com participações neste certame desde 1988; • 2003 Exposição de Múltiplos da SNBA, Agosto - Setembro; Salão de Outono, Galeria de Arte do Casino Estoril, Novembro - Janeiro; • 2002 “Visões da China: Da interioridade ao Olhar de Quem Descobre” Colectiva organizada na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa e pelo Centro de Estudos Chineses ; Exposições Colectivas da Galeria 9Arte em Lisboa e Porto; • 2001 Exposição Primeiro Prémio Internacional de Pintura de Macau, Macau; • 1997 “Obras Sobre Papel”, SNBA, 1997; • 1994 Exposição conjunta com outro pintor na Galeria Ygrego, Lisboa; • 1993 I Bienal de Arte de Macau, com mostras em Macau, Lisboa, Porto e Amagasaki no Japão; Colectiva de Desenhos na Galeria da Livraria Portuguesa em Macau; 5th Aniversary, Wattis Fine Arts de Hong Kong; • 1992 IV Exhibition - Federation of Asian Art Association , ( com o Círculo dos Amigos da Cultura - CAC), Coreia do Sul; • 1991 5th Asia International Art Exhibition (organizada pelo CAC), Kuala Lumpur, Malásia; I Bienal do Sabugal, Sabugal; • 1990 Galeria do Leal Senado de Macau (a convite do CAC); VII Colectiva dos Artistas de Macau; Exposição Conjunta com Rui Calçada Bastos, na Galeria Asiatrade em Macau; • 1988 Arte Jovem Salão Primavera do Casino Estoril; • 1985 Atelier Livre de João Vieira. COLECÇÕES ONDE ESTÁ REPRESENTADO Millennium BCP (Colecções BPA e BCP); Fundação Oriente; Banco Português de Gestão; Grupo Caixa Geral de Depósitos; Deloitte & Touche; Instituto Internacional de Macau; Governo da Região Administrativa Especial de Macau; Wattis Fine Arts Galery de Hong Kong; Academia/ Museu de Belas Artes de Ho Chi Minh City, no Vietname; Casa Museu Nogueira da Silva em Braga; Inúmeras Colecções Privadas. Lisboa, 8 de Abril de 2005 CONTACTOS www.rui-paiva.com email: [email protected] Tlm.: 965408360 47 Fotografia de Margarida Paiva brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 48 Ficha Técnica Edição Rui Paiva Organização da Exposição João Pinharanda e Rui Paiva Texto João Pinharanda Concepção do Livro Rui Paiva Fotografias do Artista Margarida Paiva e João Paiva Trabalho Digital Carlos Machado Apoios e SNBA Capa Desenho de Rui Paiva Tinta da China 18x30 cms Pré - impressão e Impressão DPI Tiragem: 1000 exemplares Copyright@2005 - Rui Paiva 48 brochuraOK 06/22/2005 19:00 Page 49