Herbalife Fitness Manual
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Herbalife Fitness Manual
Herbalife Fitness Manual Atenção Este manual não tem o propósito de diagnosticar ou tratar qualquer enfermidade ou doença. Tem a única intenção de servir como uma fonte de informação sobre programas de fitness e a nutrição da Herbalife. Os produtos e programas mencionados neste manual não estão sendo representados pela Herbalife Internacional ou seus assessores nutricionais e científicos como sendo tratamentos médicos ou curas nem mesmo são eles considerados substitutos de diagnósticos médicos corretos ou tratamentos. Este manual serve como um guia à ciência da nutrição e fitness por trás dos produtos e programas da Herbalife. A informação contida nesse manual não abrange todas as possibilidades de uso, ações, precauções, efeitos colaterais e interações. Não serve como conselho médico para problemas individuais. A responsabilidade por ações ou omissões individuais, baseados no conteúdo deste manual, é expressamente vedada. 1º Edição, 2006, Herbalife Internacional, Inc. Direitos Autorais: David Heber, M.D., Ph.D. Chairman, Conselho Científico e Nutricional da Herbalife Carta aos Distribuidores da Herbalife e seus Clientes Querido Distribuidor da Herbalife/Cliente, Todos os seres humanos são geneticamente programados para serem ativos e, nossa moderna sociedade, com suas conveniências, reduziu a quantidade de atividade física diária que todos nós vivenciamos. Aqui, na América, nós estamos gastando duas vezes mais tempo em nossos carros e a média das pessoas gastam sete horas por dia assistindo televisão. Esses hábitos de inatividade estão espalhando-se pelo mundo. Um dos resultados dessas mudanças é que a obesidade é o problema nutricional número um do mundo atualmente. O aumento das atividades físicas é claramente uma parte fundamental da solução. Há inúmeros benefícios ao estar com o peso ideal incluindo a manutenção da massa muscular e a saúde dos ossos, bem como, a manutenção do metabolismo. A falta de atividades físicas leva à perda gradual de massa muscular com a idade, o que é considerado uma parte “normal” do envelhecimento. No entanto, estar inativo não é necessariamente parte do processo de envelhecimento e acomodar pode levar às conseqüências negativas na saúde. Há coisas simples, fáceis e rápidas que você pode fazer para diminuir, parar ou até mesmo reverter o declínio da perda de massa muscular e fitness com o envelhecimento que lhe fará sentir melhor e mais forte todos os dias. Este manual te ajudará a começar, não importa qual seja o seu nível de fitness. O atleta de fim de semana será beneficiado por este manual, mas você também se beneficiará se estiver sentado em seu sofá pensando em entrar em forma. Este manual foi desenvolvido para lhe dar um entendimento básico de nutrição e fitness. Nós incluímos referências científicas para que caso você queira poderá investigar melhor a ciência por de trás desse manual. Entretanto, isto não é necessário e você encontrará todas as informações que você necessita aqui. Se há muita informação para você apenas pule para as partes que lhe interessam. A Herbalife Internacional é uma empresa de capital aberto listada na Bolsa de Nova Iorque, líder em nutrição e perda de peso por 25 anos, com dois bilhões em receitas, convida você anualmente para se tornar um “produto do produto” e abraçar nossa filosofia fitness. Não vá tão rápido. Como nosso fundador Mark Hughes disse “Simplesmente melhore um pouco todos os 2 dias.” Certamente, nosso CEO Michael O. Johnson é um modelo de alimentação saudável e fitness que exemplifica a "missão por nutrição" da Herbalife. Com atletas ao redor do mundo estabelecendo o ritmo, você pode fazer parte da nutrição e do programa de fitness da Herbalife agora em qualquer nível. Este manual de fitness é baseado em conceitos desenvolvidos por David Heber, M.D., Ph.D, Professor de Medicina e Saúde Pública na UCLA e Diretor do Centro de Nutrição Humana na Escola de Medicina David Geffen na UCLA. Dr. Heber é Chairman do Conselho de Nutrição e do Conselho Científico da Herbalife Internacional e dirige um grupo internacional de assessores médicos e científicos. O Vice Presidente dos Assuntos Médicos e Vice Chairman do Conselho Nutricional, Dr. Luigi Gratton MD, MPH estará trabalhando com um número de membros do nosso Conselho Nutricional experts em nutrição e fitness. Como um atleta e professor, Dr. Gratton tem um entendimento profundo dos conceitos presentes nesse manual através de uma perspectiva teórica e prática. Ele estará levando esta informação ao redor do mundo como um recurso inestimável para todos os distribuidores e clientes da Herbalife. Este programa inovador, oferecido a você por uma indústria líder, com 26 anos de história em nutrição, e baseado na melhor ciência disponível em alimentação e fitness, lhe ajudará fornecendo um programa abrangente para apoiar seus planos de fitness. Sintam-se livres para nos contatar com qualquer dúvida pelo endereço de e-mail: [email protected]. Você poderá encontrar mais informações sobre os produtos e programas da Herbalife em: www.Herbalife.com. Atenciosamente, Luigi Gratton, MD, MPH Vice Presidente, Assuntos Médicos e Educação Vice Chair, Conselho Médico David Heber, MD, PhD, FACN Chairman, Conselho Médico e de Nutrição 3 O nome e os títulos do Dr. Heber são apenas para o propósito de identificação, a Universidade não aprova produtos e serviços específicos como uma questão de política. 4 Índice Seção 1. Introdução A. Filosofia e a História da Herbalife Internacional B. Nutrição Celular C. Como “fitness” se relaciona a Nutrição Celular? D. Como “fitness” se relaciona aos Programas ShapeWorks da Herbalife? Seção 2. Contexto 5 1. Introdução A. A Filosofia e a História da Herbalife Internacional A Herbalife Internacional é a única empresa que tem a missão mundial de mudar as vidas das pessoas através da melhora de seus estilos de vida, saúde nutricional e controle de peso. Esta companhia, que agora é negociada na Bolsa de Nova Iorque, é a maior fabricante de substitutos de refeições no mundo com mais de um milhão de distribuidores independentes em mais de 60 países. Como a Herbalife cresceu a essa posição como uma líder internacional em nutrição? A Herbalife foi fundada em 1980 por Mark Hughes. Naquela época, este indivíduo notável estava apenas com seus vinte e poucos anos mas ele tinha a paixão de trazer soluções saudáveis de perda de peso ao mundo desde quando sua mãe morreu por complicações ao fazer uso de remédios de emagrecimento. No seu primeiro ano de negócio, ele foi capaz de vender um milhão de dólares em substitutos de refeições, do porta-malas do seu carro, ao oferecer às pessoas a oportunidade de perder peso e ao mesmo tempo ganhar dinheiro ajudando terceiros. No entanto, a empresa deu as pessoas mais que uma chance de ganhar dinheiro. Mark Hughes inspirava as pessoas a mudar para o melhor em muitos aspectos. Ele as ensinava a falar em público ao serem reconhecidas. Ele as ensinou a treinar outras pessoas a fazerem o mesmo trabalho e, então, aprender sobre o negócio e a ter habilidade de liderança no processo. O problema crítico em gerenciamento de peso é aderência à dieta e à mudança do estilo de vida. Nas nossas melhores universidades, a média de perda de peso alcançada é de cinco por cento do peso inicial. Com índices de desistência, dos ensaios clínicos, de 20 a 40 por cento após um ano. No entanto, nesses ensaios há sempre indivíduos que fazem muito melhor que a média e aqueles que ganham peso apesar de receberem todas as ferramentas de nutrição e estilo de vida para obterem sucesso. A principal diferença entre aqueles que obtiveram sucesso e aqueles que falharam é encontrada em suas motivações pessoais e na capacidade de mudarem-se. 6 Através do trabalho árduo e contato pessoal, distribuidores independentes da Herbalife sobem pelos primeiro degraus ao ajudar seus familiares e amigos e, então, desenvolver a habilidade de iniciar um pequeno negócio. Através de treinamentos eles podem alcançar posições de liderança na companhia como no Time de Presidentes e Membro do Clube de Chairmans. Esses indivíduos com habilidades de negócio inatas geralmente têm pouco ou nenhuma educação formal ou fracassaram em outros negócios antes de virem para a Herbalife. Contudo, combinaram os resultados dos produtos, reconhecimentos e senso de comunidade. A Herbalife ajudou inúmeros indivíduos a mudarem o estado de saúde através da perda de peso duradoura e manutenção. Neste processo, a Herbalife desenvolveu um exército de mais de um milhão de agentes de mudança pelo mundo, e uma das mais poderosas armas de guerra contra a epidemia da obesidade mundial. A Herbalife Internacional foi adquirida da propriedade de Mark Hughs em 2003 pelas firmas de investimentos bancários Whitney and Golden Gate e é liderada pelo CEO Michael O. Johnson, chefe anterior da Disney Internacional e o Presidente Gregory Probert. O diretor da Comissão científica Steven Henig, Ph.D, tem vinte anos de história no ramo de alimentação incluindo as posições com Con-Agra, Ocean Spray, e POM Wonderful e era membro do Conselho de Administração do Instituto Internacional de Ciências da Vida (ILSI). Um conselho com doze prestigiosos membros é liderado por David Heber, MD, Ph.D, FACP, FACN Professor de Medicina e Saúde Pública e diretor do Centro de Nutrição Humana da UCLA. Dr. Louis Ignarro, vencedor do Prêmio Nobel em 1998 em Medicina e Fisiologia é um dos membros do Conselho. Sob a liderança do Dr. Heber, Dr. Luigi Gratton, MD, MpH, um instrutor clínico em Medicina na UCLA administra um grupo mundial formado por físicos altamente qualificados com atuais ou antigas afiliações universitárias que trabalha com o treinamento de distribuidores da Herbalife com abordagens baseadas na ciência de gerenciamento do peso e nutricional. B. Nutrição Celular Uma boa nutrição inicia-se no nível celular. Os nutrientes não devem apenas ser entregues mas eles necessitam chegar às células apropriadas do corpo. Esses são os princípios básicos da nutrição celular. Nutrição celular é a filosofia prioritária da Herbalife Internacional. Uma parte totalmente 7 voltada para a Nutrição Celular e os Fundamentos da Nutrição Humana está incluída na seção seguinte. Atualmente, por todo o mundo, as pessoas estão tendo que lidar com a carência de nutrientes vitais que suas células precisam para uma boa saúde. Isto ocorre até mesmo em países que o sobrepeso e a obesidade são comuns. Nos últimos 100 anos, a dieta humana mudou drasticamente para maneiras que não combinam com os nossos genes. Nossas células são adaptadas em um ambiente pobre em calorias, rico em substâncias bioativas de frutas coloridas e vegetais, e rico em fibras dietéticas e proteínas saudáveis provenientes de plantas. Nossos genes não mudam rápido suficiente através da evolução a ponto de permitir que fossemos capazes de nos adaptar nos últimos 100 anos a uma dieta carente em nutrientes essenciais. Por exemplo, humanos e morcegos que se alimentam de frutas desistiram da maquinaria celular para produzir vitamina C, pois ambas as dietas são originalmente ricas em vitamina C adquirida das plantas. Infelizmente, muitos indivíduos nos Estados Unidos não comem nem mesmo um pedaço de fruta durante o dia todo e, portanto não recebem vitamina C suficiente para uma ótima saúde. Eles normalmente conseguem obter uma pequena quantidade (20 miligramas) necessária para prevenir o escorbuto através de alimentos fortificados, mas não o suficiente para conseguirem os benefícios antioxidantes dessa vitamina essencial. Similarmente, muitos caminhos promovem a retenção de calorias quando comida em excesso é ingerida. O principal elemento para obter uma composição corporal bem sucedida não é simplesmente comer menos mas comer mais comida certa. Uma significante prova científica sustenta uma dieta rica em proteína e pobre em calorias incluindo substitutos alimentares tais como os ShapeWorks Fórmula 1 da Herbalife fortificados quando necessário com pó de proteína para fornecer proteína adicional para ajudar no controle da fome e sustentar o ganho de massa muscular com exercícios. Substitutos ShapeWorks tomados duas vezes ao dia permitem a perda de peso enquanto que a substituição de uma refeição diária ajuda a manter o peso. Substitutos funcionam estruturando uma dieta em que o saudável shake fornece um melhor controle da fome e uma maior quantidade de proteína auxilia no ganho de massa magra corporal ao contrário dos alimentos normalmente ingeridos durante as refeições. No entanto, esses shakes são 8 tomados com pelo menos uma refeição saudável ao dia, e a Herbalife inclui um plano de alimentação saudável e colorido, recomendando sete porções de frutas e legumes por dia. Há anos fora ensinado nas faculdades de Medicina que temos tudo que precisamos nos quatro grupos alimentares básicos. Porém, isso não é verdade. Pesquisas significantes revisadas nesse manual demonstram que a maioria dos americanos não está absorvendo o que eles precisam de suas dietas e os suplementos nutricionais são uma estratégia de prevenção útil para a população em geral. É óbvio, suplementos nutricionais funcionam melhor quando usados juntamente com uma dieta saudável e qualidade de vida. Suplementos ajudam você a obter vitaminas, minerais, proteínas e outros nutrientes frequentemente faltosos nas dietas modernas. Suplementações, incluindo suplementos de multivitaminas, de proteínas, de mineral individual e vitaminas, fornecidos sozinhos ou em combinação, tanto quanto vegetais, aminoácidos e outros suplementos estão sendo usados por milhões de consumidores ao redor do mundo. A Herbalife Internacional tem fornecido suplementos nutricionais para mais de um milhão de distribuidores em 64 países e está fazendo uma contribuição positiva à vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Com mais de 27 anos de experiência em fornecimento dos melhores suplementos nutricionais disponíveis no mercado, a Herbalife está mudando a saúde do mundo uma pessoa de cada vez. C. Como “fitness” se relaciona com o ShapeWorks Program da Herbalife? Nos últimos 27 anos, a Herbalife Internacional tornou-se a fabricante líder em substitutos alimentares para uma nutrição saudável e controle de peso. O objetivo do controle de peso é atingir e manter, não somente um peso saudável, mas também, uma forma saudável. A forma é crítica para alcançar os objetivos saudáveis de controle de peso pois inclui o conceito de uma distribuição de gordura corporal, otimizando a massa magra e entrando em um nível considerável de fitness. Forma significa tanto a forma corporal quanto “entrar em forma” portanto, fornece uma ferramenta valiosa para 9 comunicar os benefícios de uma dieta saudável e estilo de vida independente do peso corporal. Não é simplesmente o peso corporal que determina saúde mas a qualidade dos tecidos corporais em termos de massa magra versus gordura. Simplesmente porque alguém está sobrepeso, peso ideal, ou desnutrido, não quer dizer que ele esteja em um equilíbrio nutricional. Perda de peso pode levar a perde de massa magra o que ocorre quando há fome não suplementada e dietas hipocalóricas que são deficientes em proteína. Uma pesquisa científica está demonstrando que o aumento do fornecimento de proteína para aproximadamente um grama por pound de massa magra (29 por cento da taxa metabólica restante) fornece um melhor controle da fome e mantem melhor a massa magra corporal que a quantidade normalmente recomendada de proteína, a qual é de aproximadamente 15 por cento do total de calorias absorvidas. Adicionando à pesquisa feita na UCLA a qual forma a base dos programas ShapeWorks, estudos recentes na Austrália e em Colorado demonstram que o aumento da proteína pode ser especialmente útil para a promoção de perda de peso em indivíduos obesos pré-diabéticos que demonstram resistência a insulina. A Herbalife sempre está fazendo estudos no Brasil, Alemanha e Coréia. Fitness faz parte da Herbalife, porque exercícios ajudam a manter um peso corporal saudável. Durante a perda de peso, exercícios têm um efeito mínimo em acelerar o emagrecimento. No entanto, é um dos hábitos mais importantes para ajudá-lo a manter um peso por um longo período. Aqui estão os pilares do nosso programa nutricional incluindo fitness: Pilares do nosso Programa: I. Perder gordura/Manter músculos enquanto você. aumenta energia e controla a fome – ShapeWorks, PPP, Chá Verde, Chá de Ervas, Multivitaminas. II. Aumentar sua energia – Liftoff, Niteworks III. Proteger suas células através de uma nutrição balanceada – Herbalifeline, Chá Verde, concentrado de Aloe 10 IV. Adquirir e manter a forma Muitos americanos ingerem muito pouca proteína e têm uma vida sedentária. Resultando na perda de músculos e o aumento de gordura ou obesidade sarcopênica. Tentativas de uma rápida perda de peso ao comer menos das suas comidas prediletas resultam em uma deficiência de múltiplos nutrientes geralmente incluindo proteína. Quando nessa comum condição a massa magra se torna deficiente e a porcentagem de gordura corporal é alta (acima de 30 por cento) apesar do Índice de Massa Corporal (IMC). Similarmente, levantadores de peso podem estar acima do peso com um alto IMC, mas ter uma porcentagem de gordura corporal normal. O peso alto é devido ao aumento do tecido muscular, e eles requerem o aumento da proteína baseados na massa magra para controlar a fome e manter os músculos. A porcentagem, na qual o peso é perdido, é uma função de quanto déficit calórico você cria daqueles que são necessários para manter um peso atual. Para o déficit de cada 500 calorias por dia criado por restrição calórica, aumento de atividades físicas ou uma combinação dos dois haverá a perda de um Pound (453,59 gramas) por semana. O uso de proteína aumentada não faz com que a perda de peso seja mais rápida mas resulta em uma melhor manutenção da massa magra na mesma proporção da perda de peso quando comparada com o uso de uma menor quantidade de proteína. Inanição é o resultado extremo no qual um Pound da proteína corporal é perdida a cada 4 pounds de perda de peso. Com exercícios e o aumento de proteína durante a perda de peso, é possível minimizar a perda de massa magra. Algumas mulheres magras ganharão peso quando ingerirem proteína adequada devido a um aumento de massa magra. Elas podem não ficar felizes com isso e será uma escolha delas manter-se com uma quantidade menor de massa magra. No entanto, para manter a porcentagem de gordura em um nível saudável essas mulheres terão que queimar calorias diariamente com exercícios aeróbicos e prestar uma atenção cuidadosa na alimentação para minimizar o consumo calórico total. A baixa quantidade muscular significa que elas precisarão de menos calorias para manter-se em uma forma pequena. Consistência em manter um programa simples é a chave para a perda de peso progressiva. A mistura de Chá da Herbalife – Limão e Hibisco tomado quente ou frio é um importante adjuvante para perda de peso usando ShapeWorks. 11 * 1 pound é igual a 1 libra que é igual a 453,6 gramas. Ele fornece energia durante o fim da tarde ou qualquer hora que seja necessário. Quando indivíduos estão sobrepeso ou obesos, a atividade do sistema nervoso simpático é aumentada. Baixa energia e fadiga são reclamações comuns durante a dieta e a mistura de Chá da Herbalife (Herbalife Tea Mix – Lemon & Hibiscus) pode ajudar no aumento de energia durante o dia. O último ingrediente secreto neste programa é o cuidado que cada distribuidor da Herbalife fornece aos seus clientes. A Herbalife Internacional fornece muitos recursos na forma de panfletos e materiais educacionais e, também, informações que podem ser obtidas através de um download para ajudar os distribuidores a fornecerem o melhor cuidado aos seus clientes. Além dessas fontes, o Departamento Médico mantém um e-mail para perguntas e indagações podem ser feitas por telefone através do Call Center da Herbalife. 2. Contexto I. Fundamentos de Fitness Há muitos benefícios ao ter um estilo de vida saudável e ativo incluindo exercícios regulares como os seguintes: Os Benefícios da Atividade Física e Exercícios ! Diminuição da perda de massa livre-de-gordura associada com a perda de peso ! Melhora na Gasto manutenção de perdadas de peso Energético Atividades Físicas ! Melhora da saúde cardiovascular e metabólica, independente da perda de peso. Muitas atividades do cotidiano queimam calorias e essas calorias podem ser benéficas na manutenção de um peso corporal saudável. A energia usada em várias formas de exercícios e atividades físicas está sendo mostrada a seguir. 12 São necessárias muitas atividades físicas para queimar calorias suficientes para fazer diferença na perda de peso. A atividade física como motrada no quadro abaixo não aumenta a porcentagem de perda de peso, mas é uma estratégia importante na manutenção da perda de peso por um longo período. Atividade Física Normalmente Não Acelera A Perda De Peso Em Dietas Induzidas Em Curto Prazo 13 Relação entre a Atividade Física e a Manutenção da Perda de Peso Considerável Atividade Física é Necessário para a Manutenção da Perda de Peso Como está sendo mostrado acima, você precisa de 200 minutes por semana (o que é apenas 30 minutes por dia) Para manter a perda de peso. Porque é necessário tanto exercício para manter o peso e porque os exercícios não 14 ajudam na perda de peso, em um curto período, induzida por dietas? Abaixo discutimos o gasto energético e o metabolismo nos exercícios anaeróbicos e aeróbicos onde a resposta será fornecida. II. Utilização de combustível durante os exercícios Músculos esqueléticos exigem energia para relaxarem. Contração é um processo automático que ocorre quando os canais do cálcio são abertos resultando na ligação do cálcio com a troponina. A proteína de troponina inibe o movimento das fibras de actina e miosina. Portanto, quando a troponina se torna inativa pelo cálcio, os músculos contraem. O fato de a energia ser necessária para relaxar os músculos é mais bem ilustrado pelo rigor mortis quando as pálpebras continuam abertas. Você deve se lembrar dos filmes ocidentais quando os olhos do vilão são fechados pelo xerife depois dele ter sido morto. Na maioria das circunstâncias, gordura e carboidratos são os combustíveis utilizados durante a prática de exercícios. O grau no qual cada combustível age como fonte de energia principal ou secundária e a eficiência com a qual a energia é utilizada dependem da nutrição prévia do atleta e a intensidade e duração dos exercícios. Em baixos níveis de exercícios prolongados a maioria da energia precisa vir da gordura e menos energia precisa vir de carboidratos. Em uma intensidade maior carboidrato tem um papel fundamental, mas é limitado em sua duração de ação. A proteína tem um papel menor quando a utilização de energia ocorre em alto nível, mas uma ingestão protéica adequada é essencial para a manutenção da massa magra para permitir um desempenho físico. 15 Energia é extraída de alimentos no corpo ao converter energia química armazenada nas ligações químicas em ligações de fosfato de alta energia em ATP (Adenosina tri-fosfato). Esta ligação de alta energia pode ser usada em inúmeras reações bioquímicas como um combustível com a conversão de ATP para ADP (Adenosina difosfato). Se ADP começa a acumular nos músculos uma enzima é ativada para quebrar a fosfocreatina ou creatina fosfato (PCr) com o objetivo de restaurar os níveis de ATP (PCr + ADP = ATP + Cr). A creatina liberada dessa reação é convertida em creatinina e excretada na urina. O armazenamento de PCr é extremamente limitado e poderia suportar apenas os níveis de ATP dos músculos por aproximadamente 10 segundos se não houvesse outras fontes de ATP. Como ATP é fornecido por outros meios, PCr acaba sendo uma fonte de energia maior no primeiro minuto de exercício árduo. PCr tem uma maior vantagem ao ser localizada nos músculos por poder restaurar-se rapidamente e manter os níveis de ATP para exercícios intensos como sprinting, pular, levantar e lançar peso. III. Metabolismo Aeróbico e Anaeróbico Com esforço moderado o carboidrato submete-se ao metabolismo aeróbico. Sob essas condições, o oxigênio é usado e o carboidrato passa por ambas, o Ciclo de Embden-Meyerhoff do metabolismo anaeróbico no qual glicose é convertida em lactato, mas, antes da conversão de piruvato a lactato, o piruvato incorpora o Ciclo de Krebs na mitocôndria onde a fosforilação oxidativa resulta no máximo de extração de energia de cada molécula de glicose. Se há oxigênio disponível em abundância e os exercícios são de intensidade baixa a moderada, o piruvato a partir de glicose é convertido em dióxido de carbono e água na mitocôndria. Aproximadamente 42 ATP equivalentes podem ser produzidas através de uma única molécula de glicose comparado com apenas 4 ATP no metabolismo anaeróbico. Uma célula muscular tem certa quantidade de ATP flutuando ao seu redor que pode ser usada imediatamente mas não toda, apenas o suficiente para durar aproximadamente três segundos (veja a figura abaixo). Para reabastecer rapidamente os níveis de ATP as células musculares contêm compostos de fosfato de alta energia chamados de fosfocreatina ou creatina fosfato. Os grupos de fosfato são removidos da fosfocreatina por uma enzima chamada creatina quinase, e são transferidos a ADP para formar ATP. A célula transforma ATP em ADP e o “composto de phosphagen” (composto 16 de fosfato de alta energia) rapidamente transforma a ADP de volta a ATP. Como o músculo continua a trabalhar, os níveis de creatina fosfato começam a diminuir. Juntos, os níveis de ATP e de creatina fosfato, são chamados de “Sistema Phosphagen”. Este Sistema pode fornecer as necessidades energéticas ao trabalho muscular em um ritmo elevado, mas apenas por 8 a 10 segundos. O metabolismo aeróbico abastece energia mais devagar que o metabolismo anaeróbico, mas pode ser sustentado por longos períodos, acima de cinco horas. A maior vantagem do menos eficiente caminho anaeróbico é que ele fornece ATP no músculo mais rapidamente ao utilizar glicogênio muscular local. Com exceção do PCr, este é o caminho mais rápido para reabastecer os níveis de ATP muscular. Glicólise anaeróbica fornece a maioria de energia à prática intensa de exercícios de curta duração variando de 30 segundos a 2 minutos. As desvantagens do metabolismo anaeróbico é que ele não pode ser mantido por longas horas, pois o acúmulo de ácido lático nos músculos diminui o pH e desativa enzimas fundamentais na via glicolítica levando a fatiga. O ácido lático liberado pelos músculos pode ser retomado pelo fígado e convertido em glicose novamente (Ciclo de Cori) ou pode ser usado como um combustível pelo músculo cardíaco diretamente ou aos músculos esqueléticos menos ativos, com exceção dos músculos ativamente contraídos. Glicogênio muscular é o combustível de hidrato de carbono (carboidrato) preferível para eventos que duram menos de duas horas para os metabolismos aeróbico e anaeróbico. A prostação do glicogênio muscular causa fatiga e está associado a um acúmulo de lactato muscular. A produção de lactato aumenta continuamente mas fisiologistas definiram um ponto no qual a respiração muda como resultado de um desequilíbrio ácido (acidose 17 metabólica) chamado de limiar anaeróbico. A condição e nutrição do atleta determinarão quanto trabalho poderá ser desempenhado em um exercício específico antes da fatiga instalar-se. Isto pode ser medido diretamente ou indiretamente. Uma medida indireta usa um aparelho ergométrico ou escada de acordo com um protocolo padrão e o pulso é medido. O atleta mais condicionado pode produzir a mesma quantidade de trabalho com uma pulsação menor. Esta determinação indireta indica que a pulsação é proporcional ao consumo de oxigênio. Por outro lado, o consumo de oxigênio pode ser medido diretamente durante a prática de exercícios. Uma esteira motorizada é geralmente usada para aumentar a intensidade de exercícios até a fatiga acontecer. A quantidade de oxigênio consumida antes a exaustão é o máximo de oxigênio captado ou VO2max (V - volume por hora, O 2 oxigênio, Max máxima). A intensidade do exercício pode ser expressa como uma porcentagem de VO2max. Baixa intensidade como caminhada rápida seria de 30 a 50% de VO2Max. Cooper pode demandar 50 a 80% de VO2max dependendo da intensidade, e sprints pode exigir de 85 a 150% de VO2max (sendo que os 50% adicionais são fornecidos pela produção energética anaeróbica de curto prazo). É possível construir um estoque de glicogênio antes dos exercícios para melhorar a desempenho. Com exercícios que duram mais que 20 a 30 minutos, a glicose no sangue se torna importante como um combustível para evitar um colapso de glicogênio muscular. Aeróbica e treino de resistência levam a um aumento no estoque de glicogênio, triglicerídeos, enzimas oxidativas, e o aumento do número e tamanho de mitocôndrias. As enzimas oxidativas, envolvidas na oxidação da glicose no Ciclo de Krebs, e a lipase de lipoproteína, necessária para converter triglicerídeos em ácidos graxos, são aumentadas por treinamentos. Este não é um efeito geral, mas é específico do tipo muscular e fibra muscular usados para exercícios. As fibras musculares de contração lenta são utilizadas em atividades aeróbicas prolongadas, enquanto que as fibras musculares de contração rápida são usadas para atividades pouco intensas. A fatiga que se desenvolve com exercícios intensos pode estar relacionada com tipos específicos de fibras. Em exercícios prolongados de 60 a 75 por cento de VO2max fibras tipo I (vermelha, contração lenta) e tipo IIa 18 (vermelha, contração rápida) são recrutadas durante os primeiros estágios de exercícios, mas a medida que a intensidade aumenta as fibras tipo IIb (brancas, contração rápida) devem ser recrutadas para manter a mesma intensidade. É necessário um maior esforço mental para recrutar as fibras tipo IIb e elas produzem ácido lático. A medida que os níveis de glicogênio caem nas fibras musculares vermelhas, elas confiarão mais na gordura. Como a gordura é menos eficiente que carboidratos, a intensidade diminuirá (o ritmo cairá). No extremo oposto do espectro, durante exercícios leves, como uma boa caminhada, músculos queimam gordura como combustível porque o fornecimento de ATP gerado da gordura é adequado para manter a intensidade. Como mencionado anteriormente neste curso, ácidos graxos estão prontamente disponíveis do armazenamento de gordura e a taxa de lipólise é três vezes a taxa de ácidos graxos liberados em repouso de modo que ácidos graxos possam ser fornecidos rapidamente em uma proporção maior durante índice de baixos níveis de exercícios. Então, enquanto a gordura não é muito útil para um curto período, exercício intenso, é uma grande vantagem para exercícios cada vez mais prolongados especialmente quando é mantido um nível de baixa ou moderada intensidade. A vantagem da gordura como combustível é que ela fornece extensa reserva de calorias em uma forma facilmente portátil. Como a gordura não é hidratada ela pesa muito menos por unidade calórica que a proteína e o carboidrato (9cal/g de gordura vs. 4cal/g de carboidrato e proteína). Quando se compara o número de ATP produzido por átomo de carbono, a gordura também é mais eficiente. Uma molécula de glicose, que possui seis átomos de carbono, produz 36 a 38 ATP em média fornecendo a proporção de 8.2 ATP/carbono. No entanto, o carboidrato é mais eficiente que a gordura quando a quantidade de ATP produzida por unidade de oxigênio consumida é considerada. Seis moléculas de oxigênio são necessárias para metabolizar glicose com seis carbonos produzindo 36 ATP (proporção 6 ATP/molécula de oxigênio), enquanto que 26 moléculas de oxigênio são necessárias para produzir 147 ATP de uma molécula de ácido graxo de 18 carbonos (5.7 ATP/molécula de oxigênio). Portanto, para um atleta de desempenho é importante manter a borda da eficiência fornecida pelo carboidrato enquanto o glicogênio está disponível nos músculos. Sob condições normais de exercícios, a proteína apenas fornece aproximadamente 6% da energia necessária. Com exercícios de alta resistência e intensidade, a produção de 19 glicose a partir de aminoácidos pode ser significante, acima de aproximadamente 10 a 15% do total de energia necessária. A única comida que fornece energia para exercícios de alto ritmo e curta duração é o carboidrato, enquanto que exercícios aeróbicos estáveis e lentos usam todos os três combustíveis preliminares mas, primeiramente, gordura e carboidrato. Avaliação e Prescrição de Exercícios e Atividades Físicas ! ! ! ! Preparação médica e psicológica Limitações Físicas Atividades atuais Barreiras às atividades Desenvolver um plano de atividade física 1. Começar a atividade vagarosamente e gradualmente aumentar a atividade aeróbica planejada para 200 min/semana 2. Aderência ao Exercício Físico : atividade programada x estilo de vida atividade caseira x atividade no local múltiplas seqüências de exercícios curtos x seqüência de um longo exercício A Prescrição de Exercício: Quanto exercício é suficiente? A aplicação prática do conhecimento acima esbarra em duas categorias: primeira, a prescrição da quantidade adequada de exercícios para otimizar o desempenho, e segundo, o uso de dieta, hormônios e farmacológicos ergogênicos para melhorar a desempenho. O segundo tópico será coberto mais tarde no curso, mas esta breve introdução para exercitar a prescrição é fornecida como um contexto para o seu próximo exercício de auto-avaliação. Treinamento Cardiovascular 20 Um programa incremental gradual de exercícios enfatizando fitness cardiovascular é a base de todos os programas de exercícios. Exercícios vigorosos envolvem riscos mínimos para indivíduos saudáveis mas podem ser arriscados para aqueles que não têm o hábito de se exercitarem ou para os sedentários dedicados. Esses indivíduos deveriam checar com seus médicos primeiro assim como todos aqueles acima de 35 anos, ou com problemas médicos como artrite, hipertensão, falta de ar, diabetes, obesidade, ou histórico familiar de problemas cardíacos. Uma prescrição básica envolve uma sessão de alongamentos e dez minutos de aquecimento com baixa intensidade para aumentar a circulação sanguínea e minimizar o risco de ferimento. Então, exercícios para aumentar a energia muscular, resistência e flexibilidade são feitos. Estes devem ser feitos em uma intensidade adequada para aumentar os batimentos cardíacos para uma zona de treinamento a qual é de 60 a 90% da máxima freqüência cardíaca ajustada pela idade (FCM = 220 – idade). Eu geralmente começo os indivíduos em 50 a 60% da FCM (Freqüência Cardíaca Máxima) e, então, mantenho-os na zona de treinamento. Para perda de peso, sessões prolongadas em 70% da FCM são eficazes na queima de gordura, enquanto níveis mais elevados de exercício induzem o músculo a hipertrofia. Dez minutos de descanso são necessários para minimizar câimbras e ferimentos musculares ao final de cada sessão. Componentes da Fitness Flexibilidade – habilidade para dobrar-se sem machucar-se o que depende da elasticidade dos músculos, tendões, ligamentos e juntas. Alongar-se por pelo menos 10 segundos com uma tensão gradual melhorará a flexibilidade. Força – a habilidade de trabalhar contra a resistência. A força de alguns grupos musculares particulares pode ser aumentada através de um cuidadoso pesado treinamento de resistência com 60 a 80% de uma única repetição no máximo com três seqüências de 8 a 12 repetições. Resistência – a habilidade de suportar esforços acima de certo período de tempo. Alta repetição de exercícios como apoio, levantamento e abdominais aumentam a resistência. 21 Resistência Cardiovascular – a habilidade do sistema cardiovascular de suportar esforços acima de certo período de tempo. Isto deve envolver grandes grupos musculares e estar entre 60 a 90% da FCM. A Prescrição de Exercícios Uma prescrição básica envolve uma sessão de alongamentos e dez minutos de aquecimentos de baixa intensidade para aumentar a circulação sanguínea e minimizar o risco de ferimentos. Os exercícios devem ser feitos em uma intensidade adequada para aumentar a freqüência cardíaca a uma zona de treinamento, a qual é de 60 a 90% da máxima freqüência cardíaca ajustada de acordo com a idade (FCM = 220 – idade). Para perda de peso, sessões prolongadas de 70% da FCM são efetivas em queima de gordura, enquanto que níveis mais altos de exercícios induzem o músculo a hipertrofia. Observação: Um descanso de dez minutos é importante para minimizar câimbras e ferimentos musculares ao final de cada sessão. Quantas Calorias são Queimadas? O esforço pode ser quantificado como Equivalente Metabólico (MET), que é uma proporção da energia que está sendo queimada e aquela consumida em repouso. Um indivíduo em descanso queima 1Cal/kilo/hora (dependendo da quantidade de massa magra) e está proporção é um MET. Por isso, uma mulher de 50Kg estaria gastando aproximadamente 10 METs se ela estivesse em uma aula de exercícios aeróbicos pesados gastando 500 Cal/hora. 500 calorias/hora = 10 METs 1 Cal x 50 kg Treinamento Básico de Força Nos últimos 15 anos, melhores programas de treinamento de força foram desenvolvidos a medida que os cientistas aprendiam mais sobre como 22 maximizar a construção muscular em longo prazo. Estudos mostraram que durante as primeiras doze semanas o conselho geral de fazer três seqüências de 8 a 10 repetições de exercícios de levantamento de peso de 60 a 80% do máximo de peso que você pode levantar, tem um resultado melhor que programas científicos. A diferença aparece quando você olha os resultados após seis meses a um ano entre treinamentos padrões e treinamentos periódicos de resistência – onde exercícios diferentes com intensidades diferentes e números diferentes de repetições são usados juntos com descanso diferente e períodos de recuperação. Individualização é um princípio de treinamento assim como julgar as exigências metabólicas e protéicas. A realização de testes básicos (baseline), para avaliar a força do seu músculo, é necessária para determinar quais grupos musculares precisam de fortalecimento. O próximo passo é determinar os objetivos realistas, específicos e individuais. Então, sua expectativa de melhora pode ser moldada em termos de tempo e volume muscular final ou força desejada. Movimentos específicos e tarefas treinam grupos musculares envolvidos naqueles movimentos complexos. O tipo de fibra muscular recrutada ao movimento também depende de quanto peso externo está sendo levantando. Exercícios de resistência com baixo peso e altas repetições recrutam as fibras musculares de contração lenta, tipo I, enquanto exercícios mais pesados recrutam fibras musculares de contração rápida, tipo II. Você não deve sentir dor durante a prática de seus exercícios, mas você precisa estimular seus músculos a crescerem, ao aumentar constantemente as exigências que você faz aos seus músculos em cada sessão. As fibras distendem-se na fase de relaxamento de um exercício de flexão de bíceps. Então, a seqüência de tempo deveria ser de dois segundos durante a ascensão e de quatro segundos, mais vagarosos e controlados, durante a desaceleração. Para outros exercícios para cima e para baixo ou laterais você precisa decidir qual é o movimento excêntrico para o músculo que você está tentando treinar, Nas poucas últimas repetições você deve sentir uma ligeira queimada no movimento excêntrico. O termo para isso é sobrecarga progressiva e simplesmente significa que se você estava confortável fazendo dez repetições de um determinado 23 exercício, agora faça onze. A maneira de medir cientificamente é usar o Teste de 1 Repetiçã Máxima (Medida de Força Muscular) ou 1RM. Os pesos externos que você pode fazer cinco repetições são chamados de 5RM, e o peso de dez repetições é chamado de 10RM e assim por diante. O Sistema RM tem sido usado há mais de 50 anos para descrever as intensidades dos exercícios de resistência. Usando este Método DeLorme e Watkins em um famoso estudo documentou-se a importância do exercício resistido progressivo para construir músculos quadríceps com o propósito de reabilitar militares com ferimentos no joelho. Um treinamento RM de 8 a 10RM é o nível comum usando pela maioria dos praticantes, mas para que haja uma melhora progressiva é necessário variação e é onde o treinamento periódico é usado. As várias intensidades para tipos diferentes de dias de treinamento estão listadas a seguir: Muito pesado: desenvolvimento máximo da força de 1RM de 3 a 5 seqüências de 2 a 4 repetições e descanso de 4 minutos ou mais entre as seqüências. Moderado: desenvolvimento da força, aumento do tamanho do músculo e um pouco de resistência ao fazer três seqüências de 8 a 10 repetições com 2 a 3 minutos de descanso entre as seqüências Treinamento Poderoso: desenvolvimento da força mecânica máxima em um exercício que trabalha múltiplas juntas assim como jogar uma bola medicinal fazendo 3 a 6 seqüências de 3 repetições de 30 a 50% da 1RM com 3 a 4 minutos de descanso entre as seqüências. Muito leve: para desenvolver a resistência de músculos locais faça dois sets de 15 a 17 repetições com menos de um minuto de descanso entre eles. Alto ácido lático: para desenvolver tolerância ao acúmulo de ácido lático nos músculos, o que normalmente causa fatiga e dor, pratique três sets de 8 a 9 repetições com apenas 1 a 2 minutos de descanso. Treinamentos periódicos, em um horário semanal de quatro dias, poderiam consistir na variação de pesado (3 a 5RM) a moderado (8 a 10RM) a leve (12 a 15RM) em sucessivas segundas e quintas. Enquanto que nas Terças e Sextas você treinaria com uma carga moderada de 8 a 10 repetições. Se mais repetições que as desejadas possam ser alcançadas a resistência pode ser 24 aumentada para a próxima sessão. Quando estes exercícios foram testados em mulheres, com idade de universitárias, contra simplesmente irem a academia três dias alternativos na semana fazendo de 8 a 10 repetições, houve uma clara vantagem para o método periódico, mas essa vantagem não foi realizada até os seis meses. Em 12 semanas, ambos os métodos funcionaram. Para a maioria dos atletas, variar a rotina ao usar estratégias diferentes em dias diferentes reduz o tédio e tende a mantê-los envolvidos no programa de treinamento. Este modelo foi provado ser superior a usar a mesma máxima repetição em todos os dias de exercício. Suas seqüências deveriam ser supervisionadas individualmente para ter certeza que você está fazendo cada exercício corretamente na seqüência acima. A “Faculdade Americana da Medicina de Esportes” (ACSM) certifica instrutores saudáveis e em forma e estas deveriam ser as exigências mínimas para o treinador que você escolher. Você também deveria pegar recomendações pessoais com qualquer profissional que você consultar. Controle do Metabolismo Protéico Muscular A área de nutrição esportiva e estratégias anabólicas extraem sua lógica da fisiologia da fome revisada anteriormente e na interdependência de combustíveis durante os exercícios aeróbicos e anaeróbicos já discutidos. Há duas áreas amplas que serão discutidas: 1) Ergogênicos, os quais são substâncias apregoadas para realçar a desempenho; 2) Anabolizantes, os quais são substâncias responsáveis na construção muscular. As razões para as várias abordagens serão revisadas, mas deveria ser enfatizado que há muito campo para futuras pesquisas e contribuições nessa área. 1.Ergogênicos A base para aumentar a energia e o desempenho é seguir uma dieta balanceada aliada as recomendações dietéticas dadas ao público em geral. Por causa da importância da carga de carboidratos como enfatizado embaixo, e 25 porque há adequada armazenagem de gordura para exercícios, muitos atletas preferem substituir uma dieta comum de 25% de gordura, 50% de carboidratos e 25% de proteína para uma de 60% de carboidrato, 15% de gordura e 25% de proteína nos dias de treinamento e desempenho. Esta recomendação dietética fornece proteína adequada no nível de 1 g/lb de massa magra. Inúmeros estudos demonstram que esta é uma quantidade adequada de proteína que pode ser mantida constante, com exigências maiores de energia, com tanto que seja fornecida a quantidade adequada de carboidrato. Isto faz sentido, pois a proteína é raramente utilizada como combustível em exercícios. Além disso, a maioria dos tabletes de aminoácido fornece pouca proteína para ser uma fonte significante de proteína de alta qualidade, o que é mais facilmente derivado de ovo branco, soja e leite de proteína. Como citado anteriormente, em exercícios de intensidade moderada com duração de 4 a 6 horas, 60 a 70% do combustível queimado é gordura. Exercitar-se de 10 a 15 minutos não queima uma quantidade significante de gordura. A curta prática de exercícios de alta intensidade queima primeiramente carboidratos e exige um grande armazenamento de glicogênio nos músculos. Treinar causa um aumento na capacidade da mitocôndria para a oxidação da gordura, o que poupa a utilização de glicogênio. Portanto, o atleta treinado queimará gordura em longo prazo com exercícios de intensidade moderada, mas também terá que ter certeza que o armazenamento de glicogênio está repleto. Tudo que diz respeito a ergogênicos não se aplica aos atletas de final de semana, mas ao atleta treinado de alto desempenho onde a diferença no humor, na energia e as mínimas diferenças no metabolismo podem ser os 0.3 segundos de diferença entre uma medalha de ouro e de prata nas Olimpíadas. Como a maioria desses efeitos são minúsculos, eles são difíceis de ser demonstrados em um experimento científico padrão usando sujeitos comuns que não são atletas treinados. A. Água e Bicarbonato É recomendado que 0.4 a 0.6 litros de água gelada sejamos ingeridos 15 a 20 minutos antes dos exercícios (1). Típicas perdas insensíveis de água em um atleta no total de 2.4 litros por dia. Também é recomendado que 0.5 a 2.0 26 litros/hora sejam ingeridos na maioria parte das atividades físicas. Em performances de alta resistência é recomendado que 3.0 litros/hora sejam ingeridos. Desidratação leva a decrescente capacidade aeróbica (2). Bicarbonato é uma proteção importante que pode neutralizar ácidos orgânicos acumulados de um colapso protéico, e também ajuda a neutralizar ácido lático liberado do músculo durante a glicólise anaeróbica. Quando o ácido lático é combinado com o bicarbonato, dióxido de carbono e água são formados. O dióxido de carbono é excretado pelos pulmões. Ao aumentar a concentração de bicarbonato no sangue, a capacidade de proteção do ácido lático é aumentada. B. Repondo Carboidratos Foi previamente recomendado que um plano de três dias fosse usado para repor o armazenamento de glicogênio (3-5), mas durante os dias de descanso anteriores a um evento é agora recomendado que 65-70% de carboidrato seja ingerido como discutido anteriormente. Muitos atletas também aumentam o carboidrato bem antes de um evento. Este carregamento préexercício depende do período restante até o exercício, e variará de 1 a 4 gramas de carboidrato/kilo como mostra a seguir (6): Exemplo: atleta de 64kg – 1 hr. Antes do exercício: 64g. de carboidrato 2 hr. Antes do exercício: 128g. de carboidrato 3 hr. Antes do exercício: 192g. de carboidrato 4 hr. Antes do exercício: 256g. de carboidrato Durante os exercícios é recomendado que 15 a 30gm/meia hora seja ingerido (7,8). A depleção mais rápida de glicogênio ocorre imediatamente depois da prática dos exercícios. Esperar de 2 a 3 horas depois dos exercícios para ingerir carboidratos reduz a proporção da repleção de glicogênio, enquanto que ingerir de 50 a 75 gramas de carboidrato dentro de 30 minutos seguido de 50 a 75g cada duas horas pode ajudar a aumentar a repleção de glicogênio (9). C. Aminoácidos de Cadeia Ramificada Os aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina) têm um papel essencial no metabolismo. Alanina é um dos aminoácidos mais 27 importantes usada na síntese da glicose entre refeições ou no estado de jejum através do ciclo de alanina (veja abaixo). Alanina fígado para formar glicose NH2 removido para formar piruvato no processo então, piruvato para glicose pela gliconeogênese Glicose formada pela Alanina é, então, utilizada, liberando piruvato. Piruvato músculo onde se ganha NH2 para formar Alanina novamente. BCAA doa este NH2 através da ação de oxidase de uma enzima específica dos aminoácidos de cadeia ramificada a qual utiliza somente estes três aminoácidos. Durante a prática de exercícios intensos, com o aumento da utilização de glicose os níveis de BCAA caem. A queda pode ser prevenida através da alimentação ou infundindo o BCAA, mas os efeitos na performance são menores. Um segundo efeito relatado por atletas é em prevenir a depressão ou a queda no humor, o que ocorre quando os níveis de glicose no sangue caem. O mecanismo para esse efeito tem haver com o transporte de triptofano ao cérebro por um Sistema Transportador de Aminoácidos Neutros que transportam valina e triptofano ao líquido cefalorraquidiano. Com a ingestão de carboidratos há um aumento nos níveis de insulina o que leva ao aumento no transporte de triptofano e na síntese de serotonina. Esta teoria é à base da Carbohydrate Craver’s Diet por Judith J. Wurtman, baseada em pesquisas feitas em animais pelo seu marido Richard Wurtman at M.I.T. Os efeitos do triptofano e os efeitos de um copo quente de leite ao sono são baseados no mesmo conceito. Triptofano Triptofano Serotonina Transporte Comun de Proteínas Valina Valina Outros Metabólicos 28 D. Fosfato Quando a glicose é utilizada nas células, o primeiro passo bioquímico é a fosforilação. Em pacientes diabéticos, que estão fora do controle e recebem insulina, baixos níveis de fosfato podem ser resultados a medida que os altos níveis de glicose no sangue são levados as células. Ao menos que fosfato seja fornecido, esses diabéticos terão baixos níveis de fosfato levando à ruptura dos glóbulos vermelhos do sangue. Sais de fosfato nos atletas são necessários, também, para aumentar a utilização de glicose para a síntese de glicogênio, a qual necessita de fosforilação. E. Carnitina Carnitina é sintetizada de dois aminoácidos (lisina e metionina) por duas enzimas hidroxilase que contêm ferro-ferroso e ácido L-ascórbico. É achada no coração, músculos esqueléticos e outros tecidos onde ocorre a oxidação de ácido graxo. Cartinina é necessária para transportar qualquer ácido graxo de cadeia de carbono de comprimento maior que 8-10 à mitocôndria onde é oxidada a dióxido de carbono e água com a produção de energia. Uma vez que durante a prática pesada de exercícios a gordura é o combustível preliminar, isto é tomado para aumentar a utilização de gordura e poupar o glicogênio estocado. F. Glutamina A glutamina é o aminoácido mais abundante no corpo, e constitui mais de 60% dos aminoácidos livres intracelulares nos músculos esqueléticos. A glutamina tem um papel fundamental em inúmeros processos metabólicos incluindo na transferência de nitrogênio, na síntese de amônia renal, neoglicogênese hepática e na síntese de glicogênio hepático. Níveis circulantes de glutamina podem regular a síntese e o colapso da proteína muscular. A glutamina é um substrato importante para as células que crescem em cultura, para proliferar linfócitos e para as células do trato gastrintestinal. Combinações de glutamina, aminoácidos de cadeias ramificadas e carnitina são ingeridas por alguns atletas baseados no raciocínio acima. Os resultados são pobremente documentados. 29 2. Anabolizantes Agentes anabolizantes são designados a causar hipertrofia muscular (aumenta o tamanho mas não os números de células musculares) com um aumento na força muscular. A. Insulina – conduz a captação de aminoácidos e a síntese protéica, mas esta não é uma estratégia prática pois quando a insulina é administrada ocorre a diminuição da quantidade de insulina liberada pelo pâncreas dentro da corrente sanguínea. B. Hormônio do Crescimento – aumenta a síntese muscular protéica ao aumentar os níveis do fator de crescimento insulina símile-1 (IGF1, insulin-like growth factor-1). IGF-1 é chamado também de somatomedin. A arginina e a insulina liberam o hormônio do crescimento, mas apenas em doses altas. Portanto, enquanto a suplementação com arginina pode melhorar o fitness ao aumentar a produção de óxido nítrico, a arginina não aumentará a massa muscular. C. Andrógenos Anabólicos – formas sintéticas de testosterona que são mais potentes. Estas são ilegais para atletas usarem e o uso deles é controlado por médicos pois eles podem ter sérios efeitos colaterais. Eles são mais efetivos em adolescentes, crianças ou em mulheres que precisam construir seus músculos. Em homens, altas dosagens de testosterona foram provadas construir músculos. Esta pode ser uma estratégia importante e efetiva para os idosos, mas não é uma boa idéia para atletas competitivos. Produtos que Contêm Café e Cafeína para Atletas A cafeína faz com que as células de gordura liberem mais ácidos graxos a corrente sanguínea em descanso e, portanto, são impulsionadores de energia para atletas praticantes. A maioria dos órgãos reguladores do mundo reconheceu a segurança da cafeína. Além dos seus efeitos metabólicos, a cafeína aumenta o alerta mental e isto pode, claramente, ter um efeito positivo em um desempenho atlético. 30 O que é cafeína? Cafeína é uma substância que ocorre naturalmente, encontrada nas folhas, sementes ou frutas de pelo menos 63 espécies de plantas mundiais. A cafeína, também conhecida por trimetilxantina, cofeína, teína, mateína, guaranina, methyltheobromine e 1,3,7-trimetilxantina, é uma alcalóide de xantina encontrada naturalmente em comidas como grãos de café, chá, nozes kola, erva-mate, bagas de guaraná e (em pequenas quantidades) no cacau. Para a planta, a cafeína age como um pesticida natural pois paralisa e mata os insetos que tentam alimentar na planta. As principais propriedades farmacológicas da cafeína são: uma ação estimulante no sistema nervoso central com efeitos psicotrópicos e estimulo na respiração, um aumento do ritmo cardíaco e um ligeiro efeito diurético. Estrutura Química da Cafeína As fontes mais comuns de cafeína são o café, o chá, alguns refrigerantes e o chocolate. A quantidade de cafeína em produtos alimentícios varia dependendo da quantidade, do tipo do produto e do método de preparo. Com chás e cafés, a variação vegetal também afeta o teor de cafeína. Café é a principal fonte de cafeína nos EUA. Uma xícara de oito ounces de café (nos Estados Unidos um ounce equivale a, aproximadamente, 29,573 mililitros) tipicamente tem 85 miligramas (mg) de cafeína; uma porção de oito ounces de chá fabricado tem 40 mg; refrigerantes que contêm cafeína têm em média 24mg por porção de oito ounces; e um ounce de leite de chocolate tem 6mg. 31 Consumo de Café Dados publicados mostram que o nível de consumo de cafeína per capita para adultos é de aproximadamente 200mg diariamente. Uma criança média consome muito menos cafeína, apenas um quarto da cafeína consumida por adultos. Para crianças e adultos jovens, as primeiras fontes de cafeína são o chá e os refrigerantes. Enquanto que, para adultos a absorção de cafeína vem principalmente do café. Alimentos e bebidas derivadas do grão do café, nozes Kola e folhas de chá geralmente contêm alguma cafeína. Cafeína também é adicionada a algumas comidas e bebidas pra dar sabor. Ela contribui para o sabor final daquelas comidas nas quais é adicionada. A Segurança da Cafeína Em 1958, Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration – FDA) classificou a cafeína como Geralmente Reconhecida Como Segura (Generally Recognized as Safe – GRAS). Em 1987, o FDA reafirmou sua posição que uma porcentagem normal de cafeína absorvida não aumentava o risco à saúde. Além disso, a Associação Médica Americana e a Sociedade América do Câncer têm declarações confirmando a segurança do consumo moderado de cafeína. Uma quantidade normal de cafeína para ser constituída depende do indivíduo. A sensibilidade à cafeína depende de muitos fatores, incluindo a freqüência e a quantidade de ingestão regular, massa corporal e condicionamento físico. Numerosos estudos mostram que uma quantidade moderada de cafeína, aproximadamente 300 miligramas por dia, é segura para a maioria dos adultos. Crianças consomem aproximadamente 35 a 40 miligramas diariamente. Dependendo da quantidade de cafeína ingerida, pode ser um ligeiro estimulante ao sistema nervoso central. Embora, às vezes, a cafeína seja considerada “viciante”, o consumo moderado é seguro e não deveria ser 32 classificado com drogas de abuso (aditivas). Frequentemente, pessoas que dizem ser viciadas em cafeína tendem a dizer o termo “frouxamente”, como dizem eles são “’viciados” em corrida, em trabalho ou em televisão. Quando o consumo regular de cafeína é parado repentinamente, alguns indivíduos podem sofrer ligeiros sintomas como dor de cabeça, fatiga e moleza. Estes efeitos são geralmente apenas temporários e acabarão em um ou dois dias. Uma quantidade moderada de cafeína é seguro para a maioria das pessoas. Alguns indivíduos podem ser sensíveis à cafeína e sentirão os efeitos em doses menores que indivíduos que são menos sensíveis. Gravidez e envelhecimento podem afetar a sensibilidade de um indivíduo à cafeína. Não há qualquer evidencia que a presença de cafeína em bebidas seja desidratante. Qualquer efeito diurético é mais provavelmente compensado pela quantidade total de fluído fornecido pela bebida. Pesquisas não encontraram evidencia alguma que o uso de cafeína em alimentos e bebidas seja prejudicial à saúde. Assim como com todos os alimentos e bebidas, familiares deveriam usar o bom senso ao dar às suas crianças porções normais de alimentos e bebidas cafeínadas. Não há evidencia que a cafeína esteja associada ao comportamento hiperativo. De fato, a maioria dos estudos bem conduzidos mostra que não há efeito algum de alimentos que contêm cafeína, ou qualquer comida e bebida em geral, na hiperatividade ou déficit de atenção em crianças. Provas científicas sugerem que crianças não são mais sensíveis aos efeitos da cafeína que adultos. Hoje, a maioria dos médicos e pesquisadores concorda que é perfeitamente seguro para mulheres grávidas o consumo de cafeína. Foi mostrado que o consumo diário acima de 300mg/dia não tem conseqüências adversas durante a gravidez. No entanto, é sábio para mulheres grávidas o consumo moderado de todos os tipos de comida e bebida. 33 O peso da pesquisas científicas indica que o consumo moderado de cafeína não afeta a fertilidade ou causa efeitos colaterais à saúde da mãe ou o filho. Comidas e bebidas que contêm cafeína, com moderação, podem ser apreciadas durante o período de amamentação. Estudos mostram que, embora a cafeína seja transmitida ao bebê através do leito materno, a quantidade é mínima e não têm efeito sobre o bebê. A Academia Americana de Pediatras e os pesquisadores de um estudo publicado no Jornal Americano de Nutrição Clínica confirmam que o consumo de cafeína em quantidades normais não tem efeito sobre o bebê. Orientações Alimentares para Treinamentos Exercícios exigem dietas diferentes dependendo do objetivo do atleta. Uma dieta moderada a alta em carboidratos é usada em exercícios aeróbicos e corredores de resistência. Neste tipo de dieta, o carboidrato deveria ser de aproximadamente 55 a 70% do total de calorias, sendo que o atleta de resistência deveria ingerir o valor mais elevado. A absorção de gordura será, então, reduzida de típicos 36% do total de calorias para 15 a 30%. A proteína perfazerá o resto com aproximadamente 10 a 15% do total de calorias. Múltiplas porções de frutas, vegetais, cereais e grãos, ao invés de açúcar simplesmente, ajudarão a manter os armazenamentos de glicose, evitar hipoglicemia e manter níveis totais de energia. Isto resultará em uma típica aparência magra dos corredores de longa distância com relativa baixa muscular e massa gorda. No entanto, estes atletas terão um menor gasto energético que os atletas musculares e, então, será mais difícil manter o peso se eles desviarem-se para uma dieta de alto teor de gordura/calorias. Muitas mulheres buscam as características da aparência das modelos “nunca muito magra, nunca muito rica”. É o luxo da nossa moderna era da nutrição, antibióticos, suplementos alimentares e saneamento, onde esses indivíduos podem sobreviver sem morrer de uma doença infecciosa. Eles geralmente comem salada sem frango, pulam o café da manhã e comem pequenas refeições nos jantares. Este comportamento está relacionado com a “compulsão alimentar” quando eles perdem o controle. É interessante que aquelas sociedades com alta incidência de obesos também têm alta incidência de distúrbios alimentares, como a bulemia e a anorexia. 34 Para planos de fortalecimento muscular, atletas deveriam consumir de 1.0 a 1.5 gramas de proteína por kilo por dia (0.5 a 0.7 gramas por pound). Isso está ligeiramente superior à cerca do dobro da RDA por proteína de 0.8g/kg/dia. Isto pode ser facilmente alcançado ao comer alimentos normais sem o uso de suplementos protéicos. Por exemplo, 80 gramas de proteína poderiam ser obtidos a partir de 4 onças de frango, 3 onças de atum, e 3 copos de leite sem-gordura (desnatado) por dia. Sendo que, a proteína encontrada nos grãos e vegetais não está incluída. Se você é um vegetariano, é possível obter as proteínas de que necessita na soja e em outras proteínas vegetais de alta qualidade através da combinação de leguminosos (feijão) e de arroz ou de milho. Os aminoácidos nestes alimentos estão complementarmente aumentando o valor biológico das proteínas. Alternativamente, pode-se comer proteína de soja, a qual é a única proteína completa de planta no mundo. Proteína de soja isolada está disponível, a qual fornece a proteína de soja sem sua gordura natural. Tofu tem cerca de 40% de gordura, Tofu lite tem cerca de 30% de gordura. E sobre a dieta "Zona"? Este plano é baseado em conceitos emprestados de várias fontes, incluindo uma interpretação errada de literaturas sobre a diabete. É, basicamente, uma dieta de 30% de proteína, 30% de gordura, 40% de carboidratos. Ela funciona ao causar a perda de peso à aqueles indivíduos que possuem alta massa muscular, já que organiza o plano alimentar. Ela não funciona para indivíduos com baixa massa muscular, já que os 30% de gordura estão associados a demasiadas calorias para permitir a perda de peso. Nos seres humanos, é difícil separar gordura e calorias (com exceção da gordura artificial não-metabolizável, Olestra). Esta dieta e o plano “Met-Rx” anterior a isso, aumentou a importância do aumento da proteína na dieta. Muitas pessoas na tentativa de perder peso, cometeram o erro de reduzir a ingestão de proteína dietética, o que ocasionou a perda de peso e músculo e uma diminuição no metabolismo (obesidade “sarcopenia”). Ao aumentar a ingestão protéica e aumentar a consciência sobre resistência pesada (construção muscular ou muscle-building), assim como exercícios aeróbicos, essas dietas influenciam o comportamento dietético do público. Para maximizar a desempenho, os atletas geralmente esforçam-se para atingir o melhor tamanho corporal específico de esportistas, composição corporal e uma mistura de estoques energéticos. Sempre a procura da “dieta perfeita”, muitos atletas experimentam, por tentativa e erro, dietas padrões 35 para suas necessidades próprias, ou que lhes custaram uma vantagem competitiva. Enquanto deve haver alguma variação por esporte, falando no geral, atletas necessitam de aproximadamente 15% de calorias de proteína, ao redor de 25% de gordura, sendo que as calorias restantes são fornecidas por carboidratos. Para aqueles atletas com uma demanda energética extraordinária, a contribuição relativa pode ser mudada, tal que os carboidratos poderiam suprir acima de 70% do total de calorias. O número total de calorias consumida também precisa ser considerado, e é altamente variável dependendo do tamanho do corpo, sexo e o esporte praticado. O gasto calórico através de exercícios foi relatado ser tão alto quanto 12.000kcal por dia. Indivíduos com altos gastos por esporte, tais como natação ou corrida, podem ter dificuldade em manter seu peso ideal e experienciar uma perda de peso gradual ao longo de uma temporada. Os atletas devem ter como objetivo atingir a ingestão de carboidratos para satisfazer as necessidades de combustíveis do seu programa de treinamento e otimizar a restauração do armazenamento de glicogênio muscular entre os exercícios. O objectivo mais importante da periodização da ingestão diária de carboidrato seria o de assegurar níveis elevados de glicogênio muscular no início das sessões de treinamento pesado. Os atletas tipicamente desenvolvem 2-4 sessões pesadas de treinamentos por semana. Para aumentar os altos níveis de glicogênio muscular, os atletas deveriam comer um total de 7-12 gramas de carboidrato/kilo de massa corporal durante a recuperação de sua última sessão de treinamento. O período de recuperação não deveria ser menor que 24 horas. No entanto, durante as 24 horas anteriores ao treinamento de exercícios moderados a baixos, seria satisfatório aos atletas comerem de 5-7 gramas de carboidrato/kg. Se o glicogênio muscular não for totalmente restaurado e o atleta sentir uma ligeira sensação de fatiga residual, ele deve abster-se de exercitar muito intensamente. A quantidade calórica ingerida por um atleta deveria, de modo geral, ser compatível ao seu gasto energético para minimizar a fome e o estresse. As flutuações na ingestão de carboidratos podem ser compensadas pelas flutuações inversas em calorias provenientes de gordura e/ou proteínas. Assim, no dia anterior a um treinamento leve , os atletas escolherem comer uma quantidade moderada de carboidratos (5g/kg), eles podem aumentar, adequadamente, a sua ingestão de gordura saudável ou proteína magra. Além 36 de lhes fornecer uma dieta variada para satisfazer gostos, a gordura em excesso pode ajudar a elevar a concentração dos triglicérides intramuscular (Coyle et al., 2001), uma fonte de combustível muscular; a proteína extra também pode ser benéfica periodicamente. Existem tantas abordagens quanto ao teor de carboidratos em uma dieta quanto o de abordagens referentes à periodização semanal e mensal da intensidade do treino. No entanto, o aspecto mais importante é que atletas de resistência não deveriam exercitar-se nas 20-24 horas anteriores a uma sessão de treinamentos pesados, e deveriam consumir 7-12 gramas de carboidratos/kg de peso corporal durante este tempo. Muitos atletas tentam reduzir a gordura corporal tanto quanto seja apropriado ao seu esporte em particular. Portanto, o simples aconselhamento para comer uma dieta rica em carboidratos é visto com preocupações que isto possa levar a um balanço energético positivo e ao ganho de gordura corporal. Em um atleta, que pesa 65kg (143lb), uma ingestão diária de 7-12 gramas de carboidratos/kg de peso corporal representaria 455-780 gramas, resultando de 1820-3120kcal. Esta é a quantidade de carboidrato necessária para recuperar plenamente glicogênio muscular. No entanto, esta quantidade de carboidrato pode representar uma quantidade relativamente pequena ou grande das necessidades diárias de energia de um atleta, dependendo do esporte. Por exemplo, para atletas que depletaram o estoque de glicogênio muscular com intervalos breves, de treinamento de alta intensidade, um balanço energético positivo durante a recuperação pode ser suscitado com 712 gramas de carboidrato/kg de peso corporal. Por outro lado, em um treinamento ciclístico de 4-6 horas por dia, esta quantidade de carboidrato, enquanto suficiente para a reconstituição glicogênica, pode representar apenas metade do consumo de energia total necessária para um balanço energético. Por essas razões, seria melhor expressar as necessidades individuais de carboidratos em gramas/dia ao invés de expressá-la em porcentagem de calorias, o que varia muito. Em todos, com uma pequena exceção, a contribuição da proteína como uma fonte de energia durante os exercícios varia de 2-10% do total do gasto energético. Isto variará dependendo do tipo de exercício, sua duração, intensidade e a dieta anterior do indivíduo. Exercícios regulares de resistência resultam na oxidação de vários aminoácidos, e uma baixa ingestão 37 de energia e carboidratos aumenta as necessidades totais de proteína. Entretanto, com uma quantidade adequada de calorias e carboidratos, exercícios de resistência leve a moderados têm pouco impacto nas necessidades protéicas dietéticas. Em atletas, que treinam força, uma quantidade maior de proteína pode ser necessária devido a uma perda de aminoácidos, no processo catabólico, associada a um treinamento de resistência. Ao mesmo tempo, estudos também mostram que treinamentos de força podem aumentar a eficiência do uso de proteína dietética. Dada a necessidade energética, relativamente alta, de um atleta, porém, aqueles que consomem até 15% do total de calorias proveniente da proteína consumirão uma quantidade total superior a 100 gramas por dia para dar suporte ao crescimento muscular e a recuperação. Nutrição Antes e Depois de Eventos A refeição pré-evento serve para dois propósitos. Primeiro, faz com que o atleta não sinta fome antes e durante o evento, e segundo, mantém um ótimo nível de glicose no sangue para o trabalho dos músculos. A ingestão de carboidratos logo antes de exercitar-se pode ajudar a restaurar os níveis de glicogênio hepático, que poderia ser resultado, por exemplo, depois de um jejum noturno. Permitido por preferências pessoais e hábitos, a refeição anterior ao evento deveria ser alta em carboidratos, baixa em gordura e fibras e facilmente digerida. Antes dos exercícios, os atletas deveriam consumir 1-4 gramas de carboidrato por kilo (5.2 gramas de carboidrato por pound) uma a quatro horas antes de exercitar-se. Para evitar “aflição gastrintestinal”, o carboidrato presente na refeição deveria ser reduzido quanto mais perto do evento for consumido. Por exemplo, 1gm carboidrato/kg seria apropriado imediatamente antes dos exercícios, enquanto que 4gm/kg poderia ser seguramente consumida 4 horas antes dos exercícios. Refeições líquidas têm um tempo menor de esvaziamento gástrico e são recomendadas a refeições sólidas se forem consumidas perto da competição. Formula 1 com a adição de frutas, como uma xícara de bagas e uma banana fornecerão 300 calorias ou 75 gramas de carboidratos com a soma do que é encontrado na Formula 1, o que é de aproximadamente 20 gramas de carboidrato. Isto fornece mais que 1gm/kg para a maioria dos atletas e pode 38 ser seguramente consumido 2 horas antes dos exercícios para uma máxima nutrição dos músculos. Preparando-os com saudáveis níveis de carboidrato e aminoácidos para evitar um esgotamento muscular. Durante os exercícios, os atletas deveriam consumir 30-60 gramas de carboidratos a cada hora (120 a 240 calorias de carboidrato por hora). Como, ambos, carboidratos e fluidos são necessários durante os eventos, bebidas esportivas podem ir longe no fornecimento de uma quantidade adequada de carboidratos e fluidos. Comidas típicas que são usadas durante eventos longos incluem bebidas esportivas, géis de carboidrato, barras energéticas, “bagels”, “gingersnaps” e bananas. Um produto excelente de hidratação é o Chá Concentrado de Ervas, o qual melhorará o breakdown de células adiposas fornecendo energia a medida que você se exercita. Seja cuidadoso ao usar conforme indicado no rótulo pois muito Chá de Ervas causa rápida pulsação e ansiedade. Este é um simples resultado da estimulação do cérebro e do sistema nervoso pela cafeína natural concentrada no Chá de Ervas. Recuperação Nutricional A recuperação das atividades intensas exige nutrientes que reabastecerão os estoques de glicogênio muscular e da água corporal, e que ajudarão na reposição eletrolítica e de triglicérides nos músculos esqueléticos. Uma dieta correta é essencial para uma recuperação rápida e efetiva, e para um ótimo desempenho no próximo evento ou prática esportiva. Durante uma competição ou prática pesada, um indivíduo que pesa de 130 a 160 “pounds” poderia perder o seguinte: ! Água: 2.000 ml (1.000 a 3.500 ml) – dependendo do esforço. Atletas ativos precisarão de mais água, enquanto que uma pessoa comum deve precisar de 4 copos a mais por dia. ! Cloreto de Sódio: 5gm ! Glicogênio Muscular: 200gm (150-250gm) ! Glicogênio Hepático: 50gm ! Triglicerídeo Intramuscular: 75gm (50-100gm) ! Triglicerídeos no Tecido Adiposo: 50gm 39 Para a recuperação de glicogênio muscular, o consumidor médio que praticou atividade aeróbica por 30 minutos precisa, simplesmente, de água para hidratar-se e um shake Fórmula 1. No entanto, o seguinte regime é recomendado à atletas muito ativos em competições, que se exercitam pelo menos uma hora por dia: ! Dentro dos 15 minutos posteriores aos exercícios, coma 50-100 gramas de carboidratos, rapidamente absorvidos, com 10-20 gramas de proteína. Uma refeição excelente para a recuperação é o Fórmula 1 feito com Yogurt, leite ou leite de soja com a adição de uma colher de proteína (Performance Protein Powder – PPP) e uma fruta. ! Continue a comer 50 a 100 gramas de carboidrato mais 10 a 20 gramas de proteína a cada 2 horas até a próxima refeição completa. Portanto, você pode tomar outro shake, se necessário, até sua próxima refeição. ! Para o dia, coma de 400 a 800 gramas de carboidrato. A quantidade exata variará de acordo com a duração e a intensidade do treino. É válido escolher carboidratos ricos em nutrientes e adicionar outros alimentos às refeições e lanches de recuperação para fornecer uma boa fonte de proteína e outros nutrientes. Estes nutrientes podem ajudar em outros processos de recuperação e, no caso da proteína, podem promover uma reposição glicogênica adicional quando a ingestão de carboidratos não for ideal ou quando lanches freqüentes não forem possíveis. A síntese do glicogênio muscular é duas vezes mais rápida se o carboidrato for consumido imediatamente após os exercícios, ao contrário de se esperar várias horas, e uma rápida taxa de síntese pode ser mantida se o carboidrato for consumido em intervalos regulares. A síntese de glicogênio é realçada quando há a combinação de carboidrato e proteína, e esta combinação também estimula o transporte de aminoácidos, a síntese protéica e o reparo do tecido muscular. Pesquisas também sugerem que a performance aeróbica seguida do descanso está relacionada ao grau de reposição do glicogênio muscular. Quando o período entre os exercícios físicos for menor que oito horas, o atleta deve começar a ingestão de carboidratos logo após o primeiro treino para maximizar o tempo efetivo de recuperação entre as sessões. Pode haver algumas vantagens na ingestão de carboidratos, como uma série de lanchinhos durante o início da fase de recuperação, mas durante períodos mais longos (24 h) o atleta deve seguir um padrão e o tempo das refeições e lanches 40 ricos em carboidratos de acordo com aquilo que é prático e confortável para a sua situação individual. Alimentos ricos em carboidrato com um índice glicêmico moderado a elevado proporcionam uma fonte de carboidrato prontamente disponível para a síntese de glicogênio muscular, e devem ser as principais escolhas de carboidratos nas refeições de recuperação. Embora haja interesse de recuperação dos estoques de triglicerídeos intramusculares entre as sessões de treinamento, não há provas de que dietas ricas em gorduras e restritas em carboidratos aumentam o desempenho. Supõe-se que, dada a quantidade de triglicerídeos armazenada no tecido adiposo, a gordura dietética provavelmente não é essencial para a recuperação dos exercícios. No entanto, o aumento da oxidação da gordura corporal, característica de atletas de “endurance”, é derivado quase que exclusivamente do triglicerídeo intramuscular. A fim de restaurar integralmente o triglicerídeo intramuscular, atletas não devem seguir uma dieta extremamente baixa em gordura, mas são aconselhados a consumir 20% de suas calorias em gorduras e óleos mais saudáveis como o azeite, as nozes e o abacate. Fluidos e Eletrólitos Durante atividades vigorosas, o calor que é produzido é dissipado pelo processo de transpiração. No entanto, a longo-prazo, a transpiração extensiva pode levantar desafios significantes aos atletas no que diz respeito ao saldo líquido. Sem um controle efetivo, os atletas irão desgastarse prematuramente, e a medida que a desidratação progride, exaustão de calor, câimbras e insolação podem ser resultados. Além da temperatura do ar, outros fatores ambientais como a umidade relativa, o movimento do ar e a escolha das roupas podem modificar a quantidade da perda de suor. O valor da perda incorrida durante a prática, em um ambiente quente, é primeiramente dependente da intensidade e duração dos exercícios. Em condições morna a quente, atletas adultos perdem entre 1 a 2,5 litros de suor por hora durante competição ou treinamento intenso, e pode aumentar para mais de 3,5 litros por hora em competições de atletas da classe mundial em condições muito quente e úmida. Perdas nesta escala não podem ser mantidas por muito tempo e, embora as taxas de esvaziamento gástrico tendem a aproximar as perdas de suor para 41 permitir a reposição de fluidos, apenas aproximadamente metade da perda do suor é voluntariamente substituída durante os exercícios. Atletas que estão acostumados a treinar em climas quentes e estão aclimatados devem suar mais que aqueles que não estão, o que dá ao atleta uma vantagem termorregulatória, porém mais suor também implica em maiores desafios no que diz respeito a ingestão de fluido. Contudo, os níveis de suor variam amplamente entre esportes e dentro dos esportes (posição jogada), e mesmo em populações de atletas relativamente homogenias, tal que a variabilidade de transpiração individual pode ser significativa. A desidratação de 2% da massa corporal durante os exercícios em um ambiente quente visivelmente atrapalha o desempenho de resistência (exercícios aeróbicos contínuos com mais de 60 minutos de duração), enquanto que perdas similares em um ambiente temperado terão um efeito menor; em ambientes frios, a desidratação de 2% pode ser tolerada. Todavia, ao exercitar em qualquer tipo de clima os atletas devem prestar atenção nas perdas líquidas e substituí-las adequadamente, mesmo que eles não sintam que seu desempenho esteja prejudicado. Quando o índice de água corporal é diminuído, há um aumento nos batimentos cardíacos e uma diminuição no volume sistólico é observada, indicando um aumento na tensão cardiovascular. Se os exercícios ocorrerem em lugares quentes, então o débito cardíaco pode não ser capaz de ser mantido em um nível que permita que os exercícios continuem. Além dos efeitos no desempenho, sinais de desidratação incluem perda de apetite, diminuição na freqüência urinária, aumento na concentração da urina, um aumento de esforço percebido durante a atividade física. Além da água, sódio e cloreto são os principais íons perdidos durante a transpiração. As concentrações da perda de eletrólitos são variáveis, com alguns atletas bem condicionados e bem aclimatados capazes de conservar mais sódio. As concentrações de sódio e cloreto também variam com a proporção da transpiração; se a freqüência aumenta , a concentração de sódio e cloreto geralmente aumenta. Potássio e magnésio também são perdidos pela transpiração, mas as perdas são tipicamente muito menores, com atletas perdendo 3-10 vezes mais sódio que potássio durante os exercícios. 42 Sem a reposição adequada, a perda de eletrólitos pode levar a reidratação incompleta, pior desempenho e câimbras musculares relacionadas ao calor e pode fazer com que o atleta tenha um risco maior de desenvolver uma exaustão térmica. Câimbras musculares ocasionadas pelo calor podem ocorrer durante exercícios prolongados, especialmente se houve uma perda anterior de fluidos e sódio. Água irá restaurar fluidos, mas sal dietético deve ser aumentado para reabastecer eletrólitos perdidos. Os atletas não deveriam restringir o sal de sua alimentação e boas fontes de sódio, cloreto e potássio incluem suco de tomate, sucos e sopas de legumes misturados, os quais também fornecem fluidos. Enquanto que para a maioria das pessoas a sede pode fornecer o sinal adequado para manter as necessidades de hidratação, deve ser aconselhável as pessoas fisicamente ativas a beber água com certa programação, e acompanhar seu peso antes e após o evento para substituir as perdas adequadamente. No entanto, muitos atletas começam a competição ou o treinamento desidratados em algum grau, então o déficit de água corporal pós-exercícios pode ser ainda pior que o indicado pela diferença do peso corporal pré e pós-evento. Além disto, a sede não é uma resposta rápida indicadora da perda de água corporal, e pode haver um déficit de fluidos de mais de 1 litro antes da sede ser distintamente percebida. Ao mesmo tempo, os atletas devem estar atentos que beber a mais pode diluir o sódio do corpo, levando a hiponatremia. Quando as orientações de reidratação são seguidas, os riscos são mínimos, mas alguns atletas e seus treinadores assumem que “se um pouco é bom, mais é melhor” em relação a reposição de fluido. Hiponatremia ocorre quando a concentração de sódio no sangue cai para níveis anormalmente baixos, causando inchaço no cérebro que pode levar a convulsões, coma e até mesmo a morte. Beber mais fluidos que a quantidade perdida no suor é um fator de risco para a hiponatremia, mas isto também pode ocorrer durante exercícios prolongados como um resultado de uma alta perda de sódio pela transpiração. Também, a substituição padrão recomendada de fluidos pode não ser adequada para aqueles que se dedicam a atividade física vigorosa, especialmente em altas temperaturas, ou aqueles que tendem a transpirar pesadamente mesmo em temperaturas moderadas, ou os chamados “salty sweaters” com maiores perdas de sódio pela transpiração que o normal. Os sintomas da hiponatremia podem ser sutis, e 43 podem parecer com de doenças relacionadas aos exercícios, o que complica o diagnóstico e o tratamento. Faculdade Americana de Recomendações de Medicina do Esporte: Antes da Atividade ou Competição: ! Beba líquidos adequados durante as 24 horas anteriores ao evento, especialmente durante a refeição anterior ao exercício ! Bebe aproximadamente 500ml de água (ao redor de 17 onces) ou uma bebia esportiva nas últimas duas ou três horas anteriores aos exercícios ! Dez a vinte minutos antes de começar os exercícios, outros 10 onces de água ou bebidas esportivas é aconselhável. Durante a Atividade ou Competição: ! 6-12 onces a cada 20 minutos durante a atividade para facilitar a hidratação ! Os líquidos devem ser mais frios que a temperatura ambiente e aromatizados para aumentar a palatabilidade e promover a substituição de líquidos. Durante a Atividade que Duram Mais de Uma Hora: ! Os substitutos de fluidos devem conter a concentração de 4 a 8% de carboidratos ! Os eletrólitos deveriam estar na solução para aromatizar e para reduzir o risco de hiponatremia. Exercícios Seguintes: ! Para cada pound de peso perdido, consuma duas xícaras (16 ounces) de água ou uma bebida esportiva. Bebidas cafeinadas devem ser evitadas pois elas aceleram a perda de fluidos. Bebidas Esportivas ! Beber um líquido que seja de 125 a 150% da perda de fluido é geralmente suficiente para promover a hidratação completa. Bebidas esportivas são formuladas para fornecer carboidratos para energia, eletrólitos e fluidos para promover a hidratação. No geral, elas são recomendadas quando a duração do exercício for exceder uma hora. Estas bebidas têm um sabor sutil e um gosto ligeiramente adocicado para encorajar 44 os atletas a ingerirem mais líquidos, e a concentração de carboidratos é formulada para maximizar a absorção do líquido (menos que 10% de concentração de carboidrato) enquanto minimiza a crise gástrica, que pode ocorrer através de líquidos com maior concentração de carboidratos. Sucos de fruta e refrigerantes são fontes concentradas de carboidratos e podem diminuir o esvaziamento gástrico. Além disto, a frutose nos sucos de fruta e em alguns refrigerantes está associada a um esvaziamento gástrico mais lento. Bebidas esportivas são adocicadas com glicose, maltodextrina, sacarose ou xarope de milho com alto teor de frutose. Atletas Vegetarianos Há um crescente interesse nos potenciais benefícios para a saúde de uma dieta a base de plantas. Dependendo de quanto restrita a dieta é, um desequilíbrio nutricional pode ocorrer, o que poderia afetar o desempenho. De modo geral, dietas vegetarianas, que são bem planejadas e apropriadamente suplementadas, deveriam sustentar eficazmente o desempenho na maioria dos esportes, contanto que a ingestão protéica seja adequada. Encontrar os requisitos protéicos para um treinamento de resistência pode representar um desafio para o atleta vegetariano, com maiores desafios para os veganos. Vegetarianas sofrem o risco de adquirirem uma deficiência de ferro, o que poderia delimitar o desempenho de resistência, e os vegetarianos, como um grupo, tem uma menor concentração de creatina nos músculos comparados com onívoros, o que pode afetar o desempenho supramáximo de exercícios. Alguns atletas adotam dietas vegetarianas como uma estratégia de controle de peso, e os treinadores deveriam estar atentos, pois um atleta que esteja seguindo uma dieta vegetariana, particularmente se estiver acompanhado de uma perda de peso indevida, pode sinalizar um transtorno alimentar. Atividades físicas aumentam as necessidades protéicas em diversos graus dependendo do tipo e da quantidade das atividades. Recomendações típicas são de 1,2 a 1,4 g/kg/d para atletas de resistência, e acima de 1,7g/kg/d para atletas que treinam a força e a resistência. Vegetarianos que consomem produtos lácteos, ovos e ovos brancos, e misturas complementares de plantas com alto valor biológico deveriam ser capazes de suprir as necessidades protéicas. No entanto, aqueles que seguem uma dieta vegana terão uma ingestão limitada de aminoácidos que contêm enxofre. A ingestão protéica 45 entre vegetarianos é menor que entre os onívoros, embora eles estejam acima do RDA (Recommended Dietary Allowance ou Recomendações Dietéticas). Por causa da exigência, relativamente alta, de energia em atletas é possível em uma dieta, com uma porcentagem calórica relativamente baixa de proteína, fornecer quantidades adequadas de proteína quando a ingestão energética for alta. Vários micronutrientes têm o potencial de influenciar o desempenho atlético, particularmente o ferro e a vitamina B12. Dietas vegetarianas não contêm nenhuma forma de ferro heme. A forma de absorção de ferro não-heme é reforçada por fatores de produtos de origem animal, e inibida por ácido fítico em grãos inteiros, legumes, lentilha e nozes o que pode formar a base para uma dieta vegetariana. Este fatores podem resultar em um nível de hemoglobina reduzido, ainda dentro dos limites normais, o que poderia afetar a performance negativamente devido ao transporte reduzido de oxigênio. Vegetarianos que excluem todas as proteínas animais não têm uma fonte confiável de vitamina B12 se eles não usarem alimentos fortificados ou suplementos. Ao longo do tempo, a ingestão inadequada pode levar a anemia macrocítica, a qual está associada com o reduzido transporte de oxigênio. Suplementos e alimentos fortificados são aconselháveis sob estas circunstâncias. Tríade da Atleta e Anorexia Atlética Em alguns esportes, atletas com baixo peso corporal têm certa vantagem em relação aos seus oponentes. Esses esportes incluem: saltos de esqui, ciclismo em estrada, escalar, ginástica e corridas de longa distância. No entanto, esta vantagem pode ser tornar uma desvantagem quando o baixo peso pode estar associado com riscos de saúde. Os atletas podem ser muito restritivos com a ingestão de calorias e/ou exercitarem-se a mais para alcançar ou manter um peso e massa gorda baixos. Em atletas femininas, transtornos alimentares, conjugada com um atraso no início da menarca ou irregularidade menstrual e diminuição da densidade óssea com uma freqüência elevada de lesões são marcas distintivas da Tríade da atleta feminina. Atletas femininas correm mais risco de sofrem transtornos alimentares e problemas associados a saúde porque elas participam de esportes nos quais um baixo peso é favorecido, tais como: balé, 46 ginástica e patinação artística. Sobre o controle dos pais e treinadores associado com uma isolação social, resultado do excesso de treinos, o risco de Tríade pode ser aumentado. A verdadeira incidência de Tríade é difícil de constatar pois frequentemente passa despercebida. Foi relatado que transtornos alimentares entre atletas do sexo feminino na fase universitária variam de 15 a 62%, amenorréia foi relatada em acima de 66% das atletas, comparado com apenas 5% ou menos da população em geral. Características comuns de indivíduos que desenvolvem a Tríade incluem uma personalidade perfeccionista, comportamentos de autocrítica, baixa alto-estima e sintomas depressivos, e os indivíduos podem ter fraturas por estresse sem nenhuma mudança significante nos treinamentos, ou fraturas múltiplas ou recorrentes. Pacientes com a Tríade apresentam sintomas como intolerância ao frio, fatiga, depressão, anemia, pele seca, constipação, decrescente habilidade de concentração e delírio. Restrição alimentar, treinamentos intensos e uma significante perda de massa gorda pertubam o equilíbrio hormonal natural, levando à amenorréia. Com níveis baixos de estrogênio e a pobre ingestão dietética de cálcio, os indivíduos ficam propensos a fraturas por estresse e osteoporose. Este problema é particularmente importante pois indivíduos com Tríade geralmente estão na idade que eles deveriam estar atingindo o pico de massa óssea. Obstáculos que devem ser superados incluindo opiniões: 1) a perda do ciclo menstrual regular significa que a atleta está treinando na intensidade apropriada; 2) uma porcentagem muito baixa de massa gorda é a chave para uma performance excelente; 3) o peso ideal para a aparência é o mesmo peso ideal para a performance. O time de tratamento geralmente consiste em um médico de cuidados primários, assim como um psicólogo e um dietista; e a família, técnicos e treinadores precisam estar envolvidos no plano de tratamento. A Anorexia Atlética (AA) é diferenciada de um transtorno alimentar em que a redução da massa corporal e/ou a perda de massa gorda são baseadas na performance e não na aparência ou preocupação excessiva com a forma 47 corporal. Isto não quer dizer que uma preocupação excessiva com o corpo não vai surgir. Na verdade, isso normalmente ocorre quando atletas comparam os seus níveis de gordura corporal com outros atletas que podem ser mais bem sucedidos. Indivíduos com AA geralmente iniciam a dieta e/ou treinamento excessivo (overtraining) voluntariamente ou em resposta a recomendações de treinadores ou técnicos. A perda de massa corporal e a ciclagem de peso são, também, características da AA. Uma outra distinção de outros transtornos alimentares é que hábitos alimentares associados com a AA não devem ser detectados no final da carreira de um atleta. Todavia, os sintomas da AA certamente podem sobrepor aqueles da anorexia nervosa. Medição e Interpretação da Composição Corporal Composição Corporal Classificação de Indivíduos Obesos de Acordo com a Massa Corporal Magra: Obesidade = Excesso de Gordura Corporal (Gordura Corporal > 20% em homens, > 30% em mulheres) Obesidade Sarcopênica (massa magra reduzida) Obesidade Normal (proporcional) Obesidade Hipermuscular (massa magra aumentada) O aumento da massa magra, assim como da massa gorda, é vista em indivíduos obesos. Em 1964 a Forbes relatou que houve um aumento do tecido magro em crianças obesas em comparação com aquelas não-obesas (2). Drenick, utilizando o potássio corporal total, verificou um aumento no tecido magro em adultos obesos (3). A Webster mediu a composição corporal de 104 mulheres obesas e de peso normal por densitometria (4). Eles relataram que o excesso de peso corporal dos obesos em relação aos não-obesos consistiu de 22 a 30% de tecido magro e de 70% a 78% de tecido adiposo. A Forbes e a Welle (5) analisaram dados da massa magra em indivíduos obesos coletados em seus laboratórios ou publicados na literatura. Seus próprios dados demonstraram que 75% da população obesa teve uma proporção de massa magra que excedeu 1 desvio padrão (DP), e que mais da metade ultrapassou 2 DP. Uma revisão literária apoiou estas observações e determinou que a massa magra corporal pudesse representar aproximadamente 29% do excesso de peso em pacientes obesos. Um aumento proporcional da massa magra de 48 aproximadamente 25% é considerado normal. Ambos os desvios, acima e abaixo, dessa quantidade de massa magra, são observados em estudos clínicos baseados em diversas etiologias listadas a seguir (ver Tabela Dois abaixo). Um exemplo de dados coletados na Clínica de Alto Risco de Câncer da Mama da UCLA é demonstrado na tabela Três abaixo. Tabela Dois Etiologias da Obesidade Sarcopenia e Hipermuscular Obesidade Sarcopenia Obesidade Hipermuscular Uso crônico de corticóides Aparecimento de obesidade grave na Infância Prolongada inatividade ou repouso Utilização de anabolizantes andrógenos Hipogonadismo Hiperandrogenismo em Mulheres Hipopituitarismo Atlética (por exemplo: futebol, luta, levantamento de pesos) Doenças Neuromusculares Genética Menopausa e Hipogonadismo Relacionado a idade Genética Tabela Três Massa Corporal e a Porcentagem da Gordura Corporal em Mulheres com Alto Risco de Câncer de Mama (De Heber et. Al. American Journal of Clinical Nutrition, 1996). Perda de Peso Prevista através da Massa Corporal Magra A massa magra é clinicamente importante por dois motivos. Primeiro, a massa corporal magra prediz o gasto energético e, assim, a taxa prevista de perda de peso em uma determinada dieta com restrição calórica (10). Em segundo lugar, a massa corporal magra pode ser utilizada para diagnosticar a redução ou o aumento da massa magra. No primeiro caso, o aumento da 49 massa magra pode ser utilizado para calcular um “peso-alvo” mais adequado do que seria previsível a partir de tabelas de peso corporal ideal. Naqueles indivíduos com reduzida massa magra, um programa de treinamento aeróbio e de forte resistência pode ser iniciado para fornecer um aumento de massa magra e gasto energético. Em ambos, obesos e indivíduos com massa magra diminuída, há uma relação linear (Sterling-Pasmore Equation) da massa magra e do gasto energético (cerca de 13,8 Kcal / dia / lb de massa magra). Isso representa aproximadamente 90% do gasto energético total em um indivíduo obeso sedentário, e fornece uma boa estimativa clínica de manutenção de calorias em minha experiência clínica. Ciência Básica por trás da Bioimpedância O princípio por trás da análise da impedância bioelétrica é que o tecido adiposo do corpo não conduz impulsos elétricos tão bem quanto a massa magra, como os músculos que consistem em 70% de água. Enquanto há muitas maneiras para medir a bioimpedância, o método mais aceito mundialmente envolve a colocação de eletrodos, similares aqueles usados para se obter o eletrocardiograma. Estes são colocados em pontos definidos no braço e na perna. Separando os eletrodos a uma distância, baseada na altura do indivíduo que é fornecida ao computador no analisador, é possível ao analisador de bioimpedância medir quantitativamente as características elétricas o corpo. Podendo ser usada para calcular a massa corporal magra e massa gorda como descrito abaixo: O Medidor de Impedância é um simples circuito elétrico com as seguintes características: Resistor (em freqüências altas e baixas) Entrada Saída Resistor e Condensador (gama média de freqüências) Este tipo de circuito tem uma freqüência dependente da impedância baseada na resistência e capacitância (reatância) dos elementos do circuito, que são a massa magra e o tecido adiposo neste caso. Quando a freqüência é aumentada o circuito age mais como uma simples resistência, e a eletricidade viaja através do circuito facilmente. Em baixas freqüências ele age mais como um capacitor até a 0 Hz (ciclos/seg.) não existe um fluxo e a 50 impedância aproxima da infinidade. Todos os analisadores da Bioimpedância utilizam de uma equação como a mostrada abaixo. O analisador de impedância biodinâmica, em especial, utiliza quatro conjuntos de equações para ser capaz de predizer massa magra com constantes diferentes para diferentes tipos de corpos. MCM = (Ht AX 2) + (BX Wt) + (CX Idade) + (DXR) + E Onde: MCM = Ht 2 massa corporal magra = A altura ao quadrado, em unidades, quer a máquina lê cm. ou polegadas Wt = peso em libras ou kg Idade = idade em anos desde que a massa corporal magra tende a diminuir com a idade R = Bioimpedância em ohms A reactância não é utilizada mas por convenção a bioimpedância é lida a 50 Hz. Algumas máquinas de freqüência variável estão disponíveis para representar água extracelular e intracelular através da medição da impedância em diferentes freqüências. Dados fornecidos por um fabricante na correlação com Pesagem Subaquática (Bioanalogics, Inc.) Resultados Clínicos Homens Mulher Percentual de gordura corporal 4.337.1 12.045.5 R correlação 0,98 0,96 VER (% de gordura corporal) 1,50% 1,62% Dimensão da 198 226 51 amostra Problemas Potenciais na Utilização Clínica de Bioimpedância Durante a primeira semana de restrição calórica, há uma perda excessiva de peso corporal, de tecido magro e gordo, devido a uma diurese. Se os pacientes são medidos na sua primeira visita e, em seguida, semanalmente é possível encontrar pacientes que, aparentemente, estão ganhando gordura como eles perdem peso utilizando bioimpedância. Como a massa magra é avaliada com base na água corporal e muscular, a perda de água leva a uma aparente diminuição da massa magra, que na maioria dos casos ultrapassa a perda de gordura na primeira semana de dieta levando a um aumento na porcentagem de gordura corporal (11). Tenho achado a medição por bioimpedância mais útil na primeira visita para avaliar o tipo de obesidade (normal, diminuição da massa magra, aumento da massa magra, ou de má distribuição de gordura), e não útil para múltiplas determinações seriadas. Na verdade, eu explico aos pacientes que a máquina não é exata o suficiente para pegar as pequenas mudanças, e demora repetindo a medição até que o paciente tenha atingido um peso próximo ao “peso-alvo”. Um segundo problema potencial é a ênfase excessiva na exatidão quantitativa da avaliação da gordura corporal. Pequenas mudanças não podem ser medidos através deste dispositivo. É importante realçar este fato aos pacientes. As mudanças observadas no percentual de gordura muitas vezes não impressionam tanto os pacientes como a razão da alteração absoluta em massa gorda em libras em comparação com mudanças na massa magra. Pesquisa futura Deveria haver normas estabelecidas para calibrar máquinas de diferentes fabricantes. Existe um certo número de laboratórios que têm vários métodos para medir a composição corporal, incluindo o potássio corporal total, pesagem subaquática, TOBEC, DEXA e diluição com deutério. Cada um deles tem desvantagens e pontos fortes, mas nenhum é o “padrão de ouro”. O único método perfeito é a análise da carcaça que pode ser feito apenas uma vez. A tabela abaixo mostra os métodos e os princípios subjacentes a sua determinação. Eles correlacionam uns com os outros mas não dão exatamente as mesmas medidas da composição do corpo. 52 Potássio Corporal Total Varredura de Dexa TOBEC Peso Subaquático Diluição com Deutério BOD POD Detecta a deteriorização natural do K39 no corpo a partir do potássio supostamente existente no músculo. Supõe-se que a concentração de potássio no corpo é constante – o que não é sempre verdade na má-nutrição. A gordura corporal atenua os sinais, tão pobres, na obesidade. A Absortometria Radiológica do corpo, na tabela de varredura, supões a diferente densidade do músculo e da gordura. O corpo passa por um campo magnético enfraquecendo-o proporcional à condutibilidade do corpo. O peso subaquático comparado com no solo é uma função da densidade corporal. O ar aprisionado nos pulmões afeta a densidade. Volume exato de deutério diluído na água corporal. O volume de água não é exatamente igual a massa magra – problemas similares a bioimpedância. Deslocamento do ar em uma câmara fechada com escala no assento. Problemas similares aos da bioimpedância. Fundamentos da Nutrição Celular As dietas são constituídas por inúmeros tipos de alimentos em porções variadas, que são preparadas de muitas maneiras diferentes, mas, finalmente, a finalidade dos alimentos é contribuir com energia para dar suporte às necessidades básicas de energia celular. Como esta energia é fornecida como alimentos, que são compostos de macronutrientes básicos – proteína, carboidrato e gordura – tem um papel fundamental na determinação do impacto no padrão alimentar sobre a saúde e a doença. Em cada categoria de macronutrientes, há diferenças marcantes no modo como diferentes fontes de alimentos são digeridas, absorvidas e metabolizadas. Torna-se crucial entender o impacto das fontes alimentares específicas desses macronutrientes. 53 Os alimentos podem ser agrupados de acordo com seu índice de macronutrientes combinado com seu uso tradicional em uma culinária étnica ou social geográfica. Agrupamentos alimentares tais como os quatro grupos alimentares básicos (1. Frutas e Legumes; 2. Grãos e cereais; 3. Lacticínios e 4. Carne, feijão, nozes e queijo) classificam alimentos de composição muito diferente juntos. Assim como, carne vermelha e peixe do mar ou muffins e pão de grãos inteiros. No entanto, considerações da estrutura química, digestibilidade, metabolismo e funcionalidade contribuem para, o que é chamado de a qualidade da dieta total, assim como, para os macronutrientes individuais. A Qualidade da Dieta: Bom x Ruim A qualidade dos macronutrientes na dieta, como a relação dos ácidos graxos n-3 e dos ácidos graxos n-6 ou dos grãos inteiros e dos grãos refinados, complica as considerações básicas dos efeitos da dieta sobre a incidência de doenças crônicas e os esforços para organizar intervenções dietéticas destinadas a reduzir risco. Além disso, uma consideração importante é a presença de fitoquímicos em frutas, verduras e grãos inteiros, levando à sua designação, em alguns casos, como os "Alimentos funcionais". O termo “alimento funcional” indica a presença de substâncias bioativas que afetam a fisiologia ou a biologia celular e molecular. O termo “qualidade” implica em um julgamento de valor que está sendo nivelado de encontro a um determinado alimento. Embora exista uma classificação hierárquica das gorduras, carboidratos e proteínas comuns à literatura de prevenção das doenças, os mecanismos, que são a base das diferenças entre os alimentos que fornecem proteína, gordura, e carboidratos à dieta, são simplesmente analisados à luz de princípios fundamentais da nutrição. Em conjunto, estes aspectos dos alimentos contribuem para a avaliação da qualidade da dieta. Os alimentos de menor qualidade são chamados de "junk food”, pois eles têm alta densidade energética (calorias) mas pouca densidade nutricional (por exemplo, batata frita). Tem sido dito que não existe “junk food” mas simplesmente "junk diets." Obviamente, se é combinado suficiente “junk food”, resulta-se em uma “junk diet”. 54 Energética e Obesidade Entre as espécies, animais com uma menor área superficial, como os ratos, queimam mais energia em repouso por unidade de massa corporal do que grandes mamíferos, como os elefantes. As crianças têm taxas metabólicas mais elevadas por unidade de massa corporal do que adultos. Dentro da mesma espécie, pode haver variações significativas nas taxas metabólicas. Por exemplo, o rato de laboratório sedentário e overfed (superalimentados) têm uma taxa metabólica mais elevada do que o rato de deserto que está mais bem adaptado à fome (Kalman e outros, 1993). A eficiência energética pode variar bem entre os seres humanos. Há evidências de que um adulto pósobeso pode ter um metabolismo mais lento do que um indivíduo, do seu mesmo tamanho, que jamais fora obeso. No entanto, o impacto do excesso de energia é modulado pela localização do excesso de gordura corporal e seus efeitos sobre hormônios e citocinas inflamatórias. Portanto, enquanto o balanço energético é fundamental, não é suficiente para uma compreensão dos efeitos da nutrição ao risco de doenças. Como a obesidade resulta de um desequilíbrio da ingestão e do gasto energético, determinados fatores dietéticos foram identificados como elementos que contribuem para a obesidade. Estes incluem gorduras processadas ocultas em alimentos, açúcar refinado adicionado aos alimentos e, uma dieta com uma alta carga glicêmica (GL) rica em carboidratos refinados. Consequentemente, a qualidade da dieta, em termos da densidade de nutrientes, pode contribuir à tendência de um padrão alimentar que promova o desenvolvimento da obesidade em indivíduos geneticamente suscetíveis. Alimentos de baixa densidade energética incluem todas as frutas e legumes, geralmente, devido ao seu alto índice de água. Alimentos com alta-densidade energética incluem carnes vermelhas, gorduras, queijos, bolos, biscoitos, sorvetes, salgadinhos, alguns sucos de frutas e grãos refinados. Proteína e Seu Papel Na Nutrição Celular As proteínas estão envolvidas no crescimento, reparação e substituição dos tecidos e servem numerosas funções no organismo como enzimas, anticorpos, hormônios, são reguladoras do equilíbrio líquido e do ácido-base e, como parte integrante da maioria das estruturas corporais incluindo a pele, os 55 músculos e os ossos. Dentro de cada célula, há um processo contínuo de síntese e de desagregação das proteínas no corpo, referida como proteínas turnover. A taxa de degradação/renovação (“turnover”) da proteína afeta a massa protéica do órgão, do tamanho do corpo e, por último as exigências de proteína e de aminoácidos do organismo (Matthews, 1999; Fuller, 2000). Os aminoácidos são as unidades básicas no metabolismo protéico e, todos têm a mesma estrutura básica com um átomo de carbono central com um hidrogênio, o grupo amina, e um grupo carboxila ligado a ele. Preso ao quarto local no átomo de carbono está uma cadeia lateral distinta, que define o aminoácido. As células ligam estes aminoácidos em uma variedade infinita para criar proteínas que se transformam metabolicamente em compostos essenciais. Qualidade Protéica Existem 21 aminoácidos nas proteínas humanas, e 12 destes são sintetizados pelo corpo e são, portanto, conhecidos como aminoácidos não-essenciais. Os nove aminoácidos restantes (histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina,triptofano e valina) ou não são produzidos pelo nosso organismo ou não são produzidos em uma quantidade suficiente para satisfazer as nossas necessidades e são, assim, denominados aminoácidos essenciais. O equilíbrio adequado e a ingestão suficiente de aminoácidos essenciais, juntamente com um montante adequado de nitrogênio para a produção de aminoácidos não-essenciais, são necessários para uma nutrição protéica adequada (Berdanier, 2000). A fim de fabricar proteínas, as células necessitam de todos os aminoácidos necessários juntamente com os amino grupos com adequada quantidade de nitrogênio para a produção dos aminoácidos não-essenciais. A composição de aminoácidos de um alimento pode variar amplamente, e determina a qualidade nutricional da proteína dietética. Os alimentos que contêm aminoácidos essenciais em níveis que facilitem o crescimento e reparo dos tecidos são conhecidos como proteínas completas e são oferecidos na dieta por fontes animais e pela proteína de soja. 56 Existem várias maneiras de medir a qualidade protéica. Mais comumente, o termo valor biológico é usado, o qual é uma medida da eficiência de uma determinada proteína no apoio as necessidades do organismo. As proteínas completas têm um alto valor biológico, que é uma expressão da quantidade de nitrogênio absorvida em relação à quantidade de nitrogênio retido pelo corpo. Todas as fontes de proteína são comparadas com o ovo branco, que fornece a proteína mais completa e tem o mais alto valor biológico de 100, indicando que 100% do nitrogênio absorvido é retido. Uma baixa concentração de um ou mais aminoácidos essenciais em um alimento abaixa seu valor biológico. Com a exceção da soja, a maioria das proteínas vegetais é deficiente em um ou mais aminoácidos essenciais e são, portanto, consideradas incompleta. No entanto, o valor biológico das proteínas incompletas pode ser melhorado, através da combinação de duas proteínas que são complementares de modo que aqueles aminoácidos essenciais faltosos ou inexistentes em uma proteína são fornecidos pela outra quando elas forem combinadas. Desta forma, as duas proteínas complementares juntas fornecem todos os aminoácidos essenciais nas proporções ideais para o uso humano de proteína (Lappe, 1971; Kreutler e Czajka-Narins, 1987; Matthews, 1999). Por exemplo, a combinação de milho (limitado em lisina) com feijão (limitado em metionina) resulta em uma combinação alimentar de alta qualidade protéica. Assim, a exigência adequada de aminoácidos essenciais pode ser encontrada, em uma dieta vegetariana, através da mistura de alimentos compostos de aminoácidos complementares (Lappe, 1971; Comissão da Dieta e Saúde, 1989; Berdanier, 2000). 57 Alguns Fatos Sobre Aminoácidos Há vinte e um aminoácidos comuns (não-essenciais) e nove aminoácidos essenciais. Aminoácidos essenciais são aqueles que não podem ser sintetizados de outros aminoácidos, mas precisão ser consumidos na nossa dieta. A maneira comum que um aminoácido não-essencial é formado é pelo metabolismo de outros aminoácidos. Todos os aminoácidos têm uma estrutura básica de um grupo amina O Abastecimento Unidos O pode uma média de é a (NH2) e um grupo Alimentar carboxílicodos ou Estados ácido (COOH). quefornecer define sua identidade 102g de proteína por pessoa por dia abaixo: (Pesquisa Nacional de o Consumo cadeia lateral denominada R no diagrama Alimentar, 1984). O consumo diário atual varia de 88 a 92g para homens e de 63 a 66g para mulheres (McDowell 1994). Os produtos animais R – C – Ce– outros, O–O–H fornecem 75% dos aminoácidos essenciais no fornecimento alimentar, seguido de produtos lácteos, produtos a base de cereais, ovos, legumes, frutas e vegetais (McDowell e outros, 1994). A Dose Diária Recomendada NH2 (DDP) de proteína de alto valor biológico para adultos, baseada no peso corporal,aminoácidos é de 0,8g/kg (Conselho Nacional de Pesquisa, 1989) ou 0.36g/lb. Alguns são chamados de condicionalmente essenciais, poisNoeles entanto, DDP é estabelecida para atender as necessidades de um uma grupotaxa devem sera consumidos na diéta durante o crescimento para fornecer populacional definido ao invés as não-essenciais necessidades individuais. um não de crescimento adequada, masdeseindicar tornam em adultosEmque recente estudo aUmrespeito das Referências Dietéticas Ingestão,para a o estão crescendo. destes aminoácidos é a histidina, que de é essencial Variação Aceitável Distribuição de não. Macronutrientes (ADMR) foi crescimento de ratos, de mas para ratos adultos A maioria dos dados a respeito estabelecida em dos 10-35% do total calorias proteína. “ADMR” de é um da essencialidade aminoácidos sãodeobtidas em da ratos, onde a A eliminação definida como a variação aceitável ingestão deseproteína associadoécom um único aminoácido é uma maneira dededeterminar este aminoácido essencial. riscoexemplo, reduzidolisina de doenças crônicas enquanto absorção de Por e treonina não podem ser fornece feitas a a partir de outros nutrientes essenciais (Barr e eoutros, Esta variação aminoácidos pela trasaminação devem 2003). ser incluídas na diéta. foi amplamente estabelecida para que a absorção de outros macronutrientes na dieta esteja em uma variação aceitável. Aminoácidos Essenciais Aminoácidos Não-essenciais Necessidades Protéicas Histidina Alanina Há muitas condições em que proteína extra é necessária, incluindo os Arginina períodos Isoleucina de crescimento, gestação, lactação, força intensa e treinamento de Leucina Asparaginina nos idosos resistência e outras formas de atividade física e, possivelmente, (CampbellLisina e outros, 1994). Além disso, há pesquisasAspartato recentes sobre o papel Metionina Cistina da proteína na regulação do equilíbrio energético de longo termo, manutenção Ácido Glutãmico do peso Fenilanina corporal e saciedade (veja o Papel na Saciedade, abaixo). Treonina Glutamina IngestãoTriptofano Protéica Adequada Prolina Valina Serina Taurina Dada a variação das necessidades de proteína em todo o ciclo da vida, há uma 58 ingestão individual adequada que existe baseada na massa magra e nos níveis de atividade. Contudo, consumos adequados são difíceis de determinar baseados nas bases científicas existentes em nutrição. Em 1977, Garza estudou um pequeno número de voluntários saudáveis e descobriu que 0,8 g / kg / dia resultou num saldo positivo de nitrogênio. Estudos subseqüentes em atletas de “endurance” descobriram que mais que 1 g / kg / dia eram exigidos para o saldo positivo de azoto (Tarnopolsky, 2004), e estudos em levantadores de peso indicaram que mais que 2 g / kg / dia eram necessários para alcançar um saldo positivo de azoto (Tarnopolsky e outros, 1992). Portanto, enquanto o DRI, que é o mesmo da DDR, é fixado em 56 g / dia para os homens coerentes com o estudo de 1977, o intervalo admissível de ingestão de macronutrientes é amplo (10-35% das calorias totais), permitindo alguns ajustes individuais para a absorção adequada para controlar a fome e fornecer sustentação ao tecido magro. Papel da Proteína na Saciedade Em comparação com carboidratos ou gorduras, a proteína fornece um forte sinal para o cérebro para satisfazer a fome. Enquanto o mecanismo de ação é desconhecido, foi sugerido que um único aminoácido ou péptidos pequenos entram no cérebro para eliciar os seus efeitos e vários aminoácidos, incluindo o triptofano, a fenilalanina e a tirosina, foram teorizados a afetar os mecanismos do controle da fome logo que estes atravessam a barreira hematoencefálica. Pequenas diferenças nas taxas nas quais as proteínas liberam aminoácidos na corrente sanguínea também podem afetar a saciedade. Nos indivíduos que consomem refeições hiperprotéicas em comparação com as refeições hiperglicídicas ingeridas à vontade, uma redução voluntária no consumo de energia foi observada. Pesquisadores nos Países Baixos (Westerterp-Plantenga e outros, 1999) estudaram os efeitos da proteína nas percepções da fome ao estudar dois grupos de indivíduos em uma câmara de energia sob condições controladas por mais de 24 horas. Alguns indivíduos foram alimentados com dietas normocalóricas, que eram hiperprotéica/hiperglicídica (proteína/carboidrato/gordura, percentagem de calorias 30/60/10) ou hiperlipídica (proteína/carboidrato/gordura, a percentagem de calorias 10/30/60). Foi relatada, significativamente, mais saciedade por indivíduos nas dietas hiperprotéica/hiperglicídica. Ao mesmo tempo, a fome, o apetite, 59 vontade de comer, e uma quantidade estimada de alimentos ingeridos foram, significantemente, menores neste grupo, com menos fome durante e após as refeições hiperprotéicas. O nível de proteína na dieta também pode ter um impacto sobre a manutenção do peso corporal após a perda de peso. Depois de seguir uma dieta, muito baixa em calorias, por quatro semanas, os indivíduos que consumiram 20% a mais de proteína do que os controlados (15% x 18% de energia) apresentaram uma reconquista do peso corporal 50% menor, consistindo apenas em massa corporal livre de gordura, com a saciedade aumentada e uma diminuição na eficiência energética durante um período de manutenção de 3 meses (Westerterp-Plantenga e outros, 2004). Estudos semelhantes relataram uma perda de peso e de gordura maior em indivíduos que consumiram uma dieta hiperprotéica em comparação com uma dieta controlada (25% vs. 12% de energia a partir de proteínas), devido a uma redução no consumo calórico diário de aproximadamente 16% (Skov e outros, 1999) e uma melhor utilização da gordura corporal com a manutenção da massa magra em indivíduos, que consumiram 32% de energia proveniente das proteínas, em comparação com os controlados, que consumiram 15% das calorias como proteína (Layman e outros, 2003). Um estudo similar, que comparou dietas com 15% contra 30% de calorias, descobriu que enquanto a perda de peso nos dois grupos foi similar ao longo das seis semanas de experimentação, a satisfação dietética foi significativamente maior naqueles que consumiram dieta hiperprotéica (Johnston e outros, 2004). Uma meta-análise de estudos (Eisenstein e outros, 2002) concluiu que, em média, dietas hiperprotéicas eram associadas com um decréscimo de 9% no consumo calórico total. Embora o papel da proteína, em afetar o consumo calórico total e na regulação do peso corporal em comparação com as necessidades de carboidratos e gorduras, precise de uma investigação mais aprofundada, as evidências são fortes de que a proteína influencia os mecanismos de sinalização da fome no cérebro, induz termogênese, e contribui para a construção e manutenção da massa magra. Gorduras na Nutrição Celular As gorduras são um subconjunto da família dos lipídios, que inclui triglicerídeos (óleos e gorduras), fosfolipídios e esteróis. As gorduras 60 desempenham um papel extremamente importante no equilíbrio energético permitindo um armazenamento eficiente de calorias no tecido adiposo. É possível para o homem mítico de 70Kg transportar 130.000 calorias em 13,5 kg de tecido adiposo em comparação com apenas 54.000 calorias armazenadas como proteína em um peso equivalente de tecido magro. Este armazenamento eficiente é realizado tanto pela grande parte de água excluída do tecido adiposo quanto pelo armazenamento de energia nas ligações químicas de ácidos graxos de cadeia muito longa . Os típicos ácidos graxos encontrados na gordura digerida e armazenada, variam entre 16 e 22 carbonos de comprimento. Os triglicerídeos são a principal forma de gordura na dieta e a forma mais importante de armazenamento de gordura no corpo, são compostos por uma molécula de glicerol com três de ácidos graxos apensas. As principais fontes de gordura na dieta são carnes, produtos lácteos, aves, peixes, nozes e óleos vegetais e gorduras utilizados em alimentos processados. Hortaliças e frutas contêm apenas pequenas quantidades de gordura portanto, os óleos vegetais apenas são fontes de gordura devido ao processamento dos vegetais. Os óleos e gorduras mais comumente usados como óleos de salada, óleos alimentares, encurtamentos e margarinas, nos Estados Unidos, incluem soja, milho, algodão, semente de palma, amendoim, azeitona, canola (colza modificada geneticamente para diminuir o teor de ácido erúcico), cártamo, girassol, coco, dendê, sebo, e banha. Estes óleos contêm variadas composições de ácidos graxos, que têm propriedades fisiológicas particulares. As gorduras armazenadas nos tecidos refletem em certa medida as gorduras na dieta. Os seres humanos sintetizam gorduras saturadas (por exemplo, o ácido palmítico) dos carboidratos, mas as gorduras polinsaturados essenciais (linoleico e linolénico) devem ser ingeridas através de uma dieta e o equilíbrio dessas gorduras e dos seus produtos metabólicos refletem na ingestão dietética a curto e em longo prazo. Existe uma correlação estatisticamente significante mas pobre entre os perfis do ácido graxo no tecido adiposo e na ingestão dietética de ácidos graxos avaliado em um questionário de freqüência alimentar (Londres e outros, 1991). As membranas de glóbulos vermelhos mudam a sua composição em cerca de 3 semanas. No entanto, é claramente possível alterar a quantidade de ácidos graxos nos tecidos (Bagga e outros, 1997), e o total quantitativo de ácidos graxos pode ser alterado por uma intervenção dietética. A qualidade das 61 gorduras na dieta é definida pela taxa dos ácidos graxos, que pode ser medida no plasma e nos tecidos. Classificação e Estrutura dos Ácidos Graxos Os ácidos graxos são compostos orgânicos que possuem uma cadeia de carbono com hidrogênios unidos em uma extremidade e um grupo ácido na outra. Ocorre naturalmente que, os ácidos graxos, em sua maioria, têm um número par de carbonos em sua cadeia, acima de 24 carbonos no comprimento, com 18 cadeias de carbono os ácidos graxos mais abundantes no abastecimento alimentar. Ácidos graxos saturados são completamente saturados com hidrogênios. Esses ácidos graxos que faltam dois átomos de hidrogênio e que contêm uma ligação dupla são ácidos graxos monoinsaturados, e os ácidos graxos poliinsaturados contêm duas ou mais ligações duplas na cadeia de carbono. O grau de saturação influência a textura das gorduras portanto, em geral, os óleos vegetais poliinsaturados são líquidos na temperatura ambiente e as gorduras mais saturadas, a maioria das quais são gorduras animais, são sólidas. Alguns óleos vegetais, como o óleo de coco e o da semente de palma, são altamente saturados e os óleos líquidos podem ser hidrogenados na presença de um catalisador de níquel para produzir uma gordura mais firme. 62 A nomenclatura dos ácidos graxos é baseada na localização das ligações duplas: um ácido graxo ômega-3 tem em sua primeira ligação dupla três carbonos a partir do metilo e da cadeia de carbono. Da mesma forma, um ácido graxo ômega-6 tem em sua ligação dupla seis carbonos a partir do final do metilo. Os ácidos graxos são também denotados pelo comprimento da cadeia de carbono, bem como pelo número de ligações duplas neles contidos, de tal forma que um ácido linoleico é um ácido graxo 18:2 que contêm 18 carbonos e duas ligações duplas. O corpo humano requer ácidos graxos e pode fabricar todos, menos dois ácidos graxos essenciais: ácido linoléico e ácido linolênico (18:3). (Veja Figura 1, abaixo). O ômega-3 possui propriedades anti-inflamatórias, antiarrítmicas, antitrombóticas e foi provado que reduz o risco de morte súbita causada por arritmias cardíacas e diminui a mortalidade por todas as causas em pacientes com doença coronariana. Inversamente, o ômega-6, obtido na dieta principalmente pelos óleos vegetais como o milho, cártamo, girassol e algodão, é pró-inflamatório e pró-trombótico. Peixes e óleos de peixes são as fontes mais ricas dos ácidos graxos ômega 3 icosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) e também estão presentes em algas. Folhas verdes, nozes, sementes e soja contêm ácido graxo ômega-3 alfa-linolénico (AHA). Nos Estados Unidos, o aumento do consumo de ômega-6 através de óleos vegetais e de animais alimentados com grãos, conduziu a um aumento drástico na proporção do ômega-6 para o ômega-3 na dieta em uma estimativa de 1:1 no início das dietas humanas para uma proporção superior de 10:1 atualmente (Simopoulos, 2001). Uma ótima maneira de reduzir inflamações nas juntas é diminuindo a sua dieta lipídica total e suplementando, com aproximadamente 3 gramas por dia, com óleo de peixe como o Herbalifeline. Ácidos Graxos como Sinais Celulares Cada vez mais evidências de animais e estudos in vitro indicam que o ácido graxo ômega-3 especialmente os ácidos graxos de cadeia longa poliinsaturados EPA e DHA, presentes nos peixes e óleos de peixes, inibem a carcinogênese (Karmali et al., 1984; Lindner, 1991; Rose et al., 1991; Tsai et al., 1998; Boudreau et al., 2001; Narayanan et al., 2001). Vários mecanismos 63 moleculares foram propostos para as influências no processo, incluindo a supressão da síntese dos eicosanoides derivados do ácido araquidônico (Okuyama et al., 1996; Rose e Connolly, 1999) e influências na atividade dos fatores de transcrição, expressão gênica e os caminhos da transdução do sinal (Bartsch et al., 1999). Os receptores ativados por proliferadores de peroxissoma (PPARs; , , ) são ativados pelos ácidos graxos poliinsaturados, eicosanóides e diversos ligantes sintéticos (Willson et al., 2000). Coerentes com seus padrões de expressões distintas, experiências com gene-knockout revelaram que cada subtipo de PPAR desempenha uma função específica no equilíbrio dos ácidos graxos incluindo o breakdown dos ácidos graxos ou a estimulação do metabolismo dos ácidos graxos no interior das células do corpo. Carboidratos na Nutrição Celular Assim como acontece com as proteínas e gorduras, pode-se considerar a qualidade dos carboidratos baseando-se nas fontes dos mesmos (frutas, legumes ou cereais integrais vs. grãos refinados e açúcares simples) e sua digestibilidade (fibras solúveis vs. insolúveis). Uma abordagem quantitativa para a análise da dieta de carboidratos foi desenvolvida baseada no índice glicêmico (IG) e na carga glicêmica (CG) como discutido a seguir. Açucares e Amidos Carboidratos simples estão presentes em alimentos como monossacarídeos ou dissacarídeos e estão naturalmente presentes em alimentos como frutas e leite. Glicose, frutose e galactose são os monossacarídeos mais comuns na dieta humana e combinam-se para formar o dissacarídeo sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose), e maltose (glicose + glucose). Os oligossacarídeos são curtas cadeias 3-10 moléculas de açúcar e, as mais comuns, a rafinose e a stachiose são encontrados em feijões, ervilhas e lentilhas. Polissacarídeos são amidos que contêm mais de 10 moléculas de açúcar, encontrados no trigo, arroz, milho, aveia, legumes e tubérculos. Os amidos formam longas cadeias que são ou retas (amilose) ou ramificadas (amilopectina). Amilose e amilopectina ocorrem em uma proporção de cerca de 1: 4 em alimentos vegetais. Enquanto há vários fatores dietéticos que contribuem para a obesidade, uma 64 dieta padrão que é rica em açúcares e amidos é considerada um fator de risco para a obesidade, onde uma elevada ingestão de polissacarídeos nãoamido na forma de fibra alimentar é considerada protetora (Swinburn et al., 2004). A típica dieta ocidental é rica em amido e açúcares, que são digeridos e absorvidos rapidamente resultando em uma alta carga glicêmica e uma procura maior de secreção de insulina. Isto, por sua vez, promove a oxidação pós-prandial de carboidratos em detrimento da oxidação de gordura. Tanto os estudos agudos (Ludwig e outros, 1999; febbraio e outros, 2000) e de curto prazo (Howe e outros, 1996; Agus e outros, 2000) indicam que um padrão alimentar que produz uma resposta glicêmica alta afeta o apetite e promove o armazenamento corporal de gordura. No entanto, as dietas baseadas em alimentos ricos em fibras, que produzem uma baixa resposta glicêmica, podem aumentar o controle de peso porque eles promovem saciedade, minimizam a secreção de insulina pós-prandial e mantêm a sensibilidade à insulina (Brand-Miller et al. 2002). Esta opinião é corroborado por vários estudos de intervenção em seres humanos em que dietas com restrição energética, baseadas em alimentos com baixo índice glicêmico, produziram uma perda de peso maior do que dietas equivalentes baseadas em alimentos com alto índice glicêmico. Estudos realizados em animais, em longo prazo, demonstraram que as dietas baseadas em amidos com alto índice glicêmico promovem ganho de peso, adiposidade visceral e maiores concentrações de enzimas lipogênicas do que dietas isoenergéticas com baixo índice glicêmico, que controlam os macronutrientes. (Veja a seguir uma explicação completa do índice glicêmico e da carga glicêmica). Fibras Solúveis e Insolúveis As fibras dietéticas insolúveis, como a celulose e as ligninas não são digeridas no intestino e passam intactas nas fezes. Estas fibras prendem a água e aumentam a massa fecal, e aceleram o tempo de passagem no trato gastrintestinal, promovendo, assim, regularidade. Carboidratos solúveis, como a pectina, gomas, e -glucanas são digeridos por bactérias no cólon. Estas fibras retardam a absorção de glicose e são capazes de vincular ácidos biliares no trato gastrintestinal, reduzindo, assim, os níveis de colesterol sérico. Os homens antigos comeram uma grande quantidade de fibra, estimado em mais de 50 gramas por dia, enquanto que os seres humanos modernos consomem, em média, 10 a 15 gramas por dia. 65 Comer frutas e vegetais, grãos inteiros e adicionar fibras a um objetivo de 25 gramas por dia ajudarão controlar a absorção de glicose e fornecer à dieta total uma carga glicêmica saudável. Os suplementos de fibras como os da Herbalife podem ajudá-lo a atingir este objetivo. Índice Glicêmico e Carga Glicêmica Abordagens convencionais para o emagrecimento centraram-se na diminuição de gordura na dieta devido à sua alta densidade calórica. No entanto, a relação entre a gordura alimentar e a obesidade tem sido posta em dúvida por várias razões. Foi mostrado que o baixo teor de gordura nas dietas apenas produz uma modesta perda de peso e estudos epidemiológicos prospectivos não foram capazes de correlacionar, consistentemente, a ingestão de gordura dietética com o peso. Apesar de uma diminuição no consumo de gordura, como uma porcentagem de calorias totais, e a disponibilidade generalizada de alimentos com baixo teor de gordura e de alimentos sem gordura, a prevalência da obesidade nos Estados Unidos aumentou dramaticamente desde a década de 1970 (Putnam e Allshouse, 1999). Ao mesmo tempo, o consumo de carboidrato aumentou, e a maior parte deste aumento foi na forma de amidos refinados e doces concentrados com um alto índice glicêmico e/ou carga glicêmica. Em 1981, Jenkins apresentou o índice glicêmico como um sistema para classificar os alimentos que contêm carboidratos com base em seus efeitos sobre a glicemia pós-prandial. A resposta glicêmica a ingestão de 50 gramas de carboidratos disponíveis a partir do teste alimentar é comparada com a resposta a partir da ingestão de 50 gramas de um alimento tido como referência, a glicose ou o pão branco, e o índice glicêmico é expresso como a área sob a curva da resposta glicêmica, para o teste os alimentos foram divididos pela área sob a curva padrão, multiplicada por 100. No entanto, a quantidade de carboidrato em 50 gramas de um determinado alimento vai variar dependendo do alimento, e esta constatação levou à introdução do conceito da carga glicêmica. Esta é uma expressão do índice glicêmico dos alimentos multiplicado pelo teor de carboidrato no alimento, e leva em conta a diferença da concentração de carboidrato entre os alimentos (Liu, 1998). Alimentos com um alto índice mas com um teor relativamente baixo de carboidratos totais, como as cenouras, têm uma baixa carga glicêmica. Em 66 geral, frutas, vegetais sem amido, nozes e leguminosas têm um baixo índice glicêmico. (Veja Tabela 1, abaixo). O problema com o Índice Glicêmico é que ele apenas detecta a qualidade do carboidrato mas a quantidade não. O valor do IG apenas diz a velocidade com que um carboidrato em particular transforma-se em açúcar. Não diz quanto daquele carboidrato existe em uma porção de um determinado alimento. É necessário saber as duas coisas para entender o efeito de um alimento sobre o nível de açúcar no sangue. O exemplo mais famoso é o da cenoura. A forma de açúcar na cenoura tem um índice glicêmico alto mas o teor de carboidrato da cenoura é baixo portanto, não são adicionadas muitas calorias. Uma baixa carga glicêmica (CG) é menor que 16, e foi descoberto que está é a variável mais importante nos estudos das populações e de seu risco de doença crônica. Você não será capaz de alimenta-se apenas de alimentos com baixa CG mas é importante saber ambas, a carga glicêmica e as calorias que o alimento fornece. O problema com a CG é que comidas gordurosas que possuem muitas calorias têm um índice glicêmico menor. Mesmo assim, estes alimentos podem adicionar calorias à dieta apesar de terem um baixo índice glicêmico. Índice Glicêmico, Carga Glicêmica e Calorias O IG, a CG e o total de calorias dos alimentos estão listados aqui. O IG é dos alimentos baseados no índice de glicose – onde a glicose está defina como igual a 100. A outra é a CG, a qual é o índice glicêmico dividido por 100, multiplicado pela quantidade de carboidratos disponíveis (ex.: carboidratos menos fibras) em gramas. (A coluna “Tamanho da Porção (g)” é o tamanho da porção em gramas para calcular a carga glicêmica.) Salvo menção em contrário, cada um dos valores do IG mostrados abaixo são baseados nos 120 estudos das literaturas profissionais referencidas no American Journal of Clinical Nutrition, Julho de 2002. 67 Alimentos com Baixo IG < 55 e Baixa CG < 16 Calorias Mais Baixas (110 calorias por porção ou menos) GI GL Calorias Maça Banana Cerejas Toranja Kiwi Mango Laranja Pêssego Ameixas Morangos Suco de Tomate 40 52 22 25 53 51 48 42 39 40 38 6 12 3 5 6 14 5 7 5 1 4 75 90 85 75 45 110 65 70 70 50 40 Maioria do outros Vegetais <20 <5 40 Leite sem-gordura 32 4 90 Calorias Moderadas (110 a 135 calorias por porções ou menos) Suco de maça Suco de uva Pêra Ervilhas Suco de abacaxi Pão de grãos inteiros Leite de soja GI GL Calorias 40 48 33 48 46 51 44 12 9 10 3 15 14 8 135 115 125 135 130 120 130 68 Altas Calorias (160 a 300 calorias por porção) GI Cevada Feijão preto Feijão Garbanzo Uvas Feijão Lentilhas Soja Inhame 25 20 28 46 23 29 18 37 GL 11 8 13 13 10 7 1 13 Calorias 190 235 285 160 210 230 300 160 Alimentos com Alto IG (>55) mas Baixa CG (< 16) Damascos Suco de laranja Mamão Abacaxi Abóbora Filamentos de trigo Aveia tostada Melancia GI GL 57 57 60 59 75 75 74 72 6 15 9 7 3 15 15 7 Calorias 70 110 55 75 85 110 110 50 Baixo IG e Baixo CG – Mas Altas Calorias e Gorduras Cajus Sorvete Sorvete pouco calórico Amendoins Pipoca GI GL Calorias 22 38 37-50 14 54 4 10 13 1 15 395 360 220 330 345 69 Batata frita Leite integral Pudim de baunilha Frutas iogurte Iogurte de soja 54 27 44 31 50 15 3 16 9 13 345 150 250 200 + 200 + Alto IG > 55 Alta CG > 16 Inclui Alimentos Desencadeadores, Hipercalóricos Batata cozida Arroz Integral Cola Milho Corn chips Corn flakes Suco de Cranberry (airela) Creme de trigo Croissant Batata frita Mac Cheese Aveia Pizza Pretzels Raisin Bran Passas Crackers Waffles Pão branco Arroz branco GI GL Calorias 85 50 63 60 63 92 68 74 67 75 64 75 60 83 61 66 74 76 73 64 34 16 33 20 21 24 24 22 17 25 46 17 20 33 29 42 18 18 20 23 220 215 200 130 350 100 145 130 275 515 285 140 300 115 185 250 155 150 160 210 70 A ingestão de refeições com alto IG/CG inclui uma seqüência de mudanças hormonais, incluindo um aumento na proporção de insulina em relação ao glucagon, o que limita a disponibilidade de combustíveis metabólicos no período pós-prandial e promove o armazenamento de nutriente (Ludwig, 2002), e é esperado estimular a fome e promover a ingestão alimentar. Estudos a respeito de alimentações feitas em curto prazo demonstraram uma menor saciedade e uma maior ingestão alimentar voluntária após o consumo de refeições com alto IG quando comparado com refeições com baixa CG (Ludwig et al., 1999), por exemplo, a demonstração da saciedade prolongada depois do consumo de um purê de feijão com baixo IG X um purê de batata com um alto IG (Leathwood and Pollett, 1998). A perda de peso em um baixo teor calórico, o reduzido teor de gordura dietética pode ser aumentado se a dieta também tiver um baixo IG (Slabber et al., 1994) e mesmo no caso da ingestão energética não ser restrita, dietas com baixo IG e / ou baixa CG mostraram produzir uma maior perda de peso do que dietas convencionais com baixo teor de gordura (Ebbeling et al., 2003). Além disso, foi relatado que indivíduos que consomem uma dieta com baixo IG ad libitum, sofreram uma experiência espontânea da redução de 25% na ingestão calórica, com reduções significativas do peso corporal e das circunferências da cintura e quadril quando comparados com as dietas controladas (Dumesnil et al., 2001). Alimentos Funcionais Os alimentos funcionais contêm substâncias bioativas e têm efeitos na saúde e na função fisiológica que vão além da mera prestação de calorias. Enquanto muito dos alimentos comentados acima se enquadram nessa definição (por exemplo, ácidos graxos n-3), os alimentos revisados nesta seção têm recebido atenção como alimentos e ingredientes alimentares para a saúde. Eles estão contidos em produtos da Herbalife. Por exemplo, proteína de soja é um dos principais ingredientes do ShapeWorks ™ Fórmula 1 Protein Drink Mix utilizado no ShapeWorks ™ e o pó de proteína (Protein Powder) é feito de proteína de soja e proteína do soro do leite. 71 Proteína da Soja A proteína de soja é a proteína de mais alta qualidade encontrada no reino vegetal, e é comida por dois terços da população do mundo. O interesse na proteína de soja e na prevenção do câncer aumentaram através da observação de substâncias químicas que ocorrem naturalmente dentro da proteína da soja, chamadas de isoflavonas, capazes de inibir o crescimento de ambos, do estrogênio-receptor positivo e de células negativas do câncer de mama in vitro (Peterson e Barnes 1996). Além disso, estudos de populações que comem a proteína de soja indicaram que elas tinham menor incidência de câncer de mama e outros tipos comuns de câncer do que populações como a dos Estados Unidos onde alimentos a base da soja eram raramente ingeridos. Esses estudos forneceram apenas evidencias solidárias ao papel positivo dos alimentos a base da soja, pois as dietas das populações que comem mais proteína de soja também eram mais ricas em frutas, legumes, cereais e grãos inteiros em comparação com a dieta nos E.U.A. A proteína de soja naturalmente contém isoflavonas, principalmente a Daidzaina e a Genisteina, as quais são chamadas de fitoestrogênios. Eles são geralmente encontrados em alimentos ligados aos açúcares chamados glicosídeos e estes fitoestrogênios atuam como estrógenos muito fracos ou anti-estrogênios similares ao raloxifeno. Quando as primatas têm uma menopausa cirúrgica induzida e recebem estradiol isoladamente ou em combinação com isoflavonas de soja, as isoflavonas antagonizam as ações do estradiol na mama e útero, mas demonstram os efeitos benéficos do estrogênio nas atividades ósseas, em lipídios e no cérebro. Essas observações são explicadas pela existência de dois receptores de estrogênio chamados alfa e beta. As isoflavonas de soja vinculam com uma afinidade muito baixa (de 1 / 50.000 a 1 / 100.000 a afinidade do estradiol) ao receptor alfaestradiol mas combinam igualmente bem ao receptor beta-estradiol (Clarkson et.al 2001). As isoflavonas da proteína de soja demonstraram influenciar não só os hormônios sexuais e a atividade biológica mas, também, as enzimas intracelulares, a síntese de proteínas, o fator da ação do crescimento, a proliferação celular maligna, diferenciação e angiogênese, fornecendo fortes evidências de que essas substâncias podem ter um papel protetor do câncer (Kim et al., 2002). 72 A ingestão de alimentos a base da soja também demonstraram efeitos benéficos às doenças cardiovasculares embora, dados ligando diretamente a ingestão de soja a desfechos clínicos de doenças cardiovasculares têm sido escassos. Um estudo recente entre os participantes do Shanghai Women’s Health Study, uma população com base em estudo de coorte prospectivo de aproximadamente 75.000 mulheres chinesas, documentou uma relação entre a ingestão de alimentos a base de soja e o risco de doença cardíaca coronária, fornecendo provas diretas que o consumo de alimentos de soja pode reduzir o risco de doença cardíaca coronária em mulheres (Zhang et al., 2003). Frutas, Hortaliças e Grãos Ricos em Fotoquímicos Devido ao fato de frutas e vegetais serem ricos em água e fibras, incorporálos a dieta pode reduzir a densidade energética, promover a saciedade e diminuir a ingestão calórica e, ao mesmo tempo, oferecer fitonutrientes. Poucas intervenções são dirigidas especificamente ao consumo de frutas e vegetais e a perda de peso, mas existem indícios de que a recomendação para aumentar esses alimentos e diminuir, simultaneamente, a ingestão total de energia é uma estratégia eficaz de gestão de peso. A obesidade embora muitas vezes considerada sinônimo de supernutrição, é mais corretamente descrita como supernutrição de calorias mas desnutrição de muitas vitaminas, minerais e fitonutrientes essenciais. Este aumento na incidência da obesidade tem sido associado com um aumento na incidência de doença cardíaca, câncer de mama, câncer de próstata, câncer de cólon, em comparação com populações que têm um padrão alimentar constituído de menos carne e mais frutas, legumes, cereais e grãos inteiros. A ingestão de 400 a 600 g / dia de frutas e legumes está associada a uma incidência menor de muitas formas comuns de câncer, doença cardíaca e muitas doenças crônicas do envelhecimento (Temple, 2000; Willett, 1994; Willett, 1995). As formas comuns de câncer, incluindo o câncer de mama, cólon e próstata, são as resultado da interação genético-ambiental. A maioria dos cânceres têm alterações genéticas nas células somáticas, o que leva a um crescimento desregulado através da ativação dos oncogenes ou inativação dos genes supressores tumorais. Os radicais reativos de oxigênio são tidos como 73 causadores de danos às estruturas biológicas e às moléculas, incluindo lipídios, proteínas e o DNA, e não existe evidências de que os antioxidantes podem impedir esse dano. Frutas e legumes fornecem milhares de fitoquímicos à dieta humana e muitos destes são absorvidos pelo corpo. Embora estes sejam antioxidantes comuns, com base em sua capacidade de prender o oxigênio singlete, eles foram demonstrados cientificamente ter muitas funções para além da antioxidação. Estes fitoquímicos podem interagir com o anfitrião para conferir um benefício preventivo ao regulamentar as enzimas importantes em metabolizar xenobióticos e cancerígenos, modulando os receptores nucleares e a células sinalizadoras de proliferação e de apoptose, e agir indiretamente através de ações antioxidantes que reduzem a proliferação e protegem o DNA de danos (Blot et al., 1993). Os fitoquímicos encontrados em frutas e legumes demonstram interações sinérgicas e aditivas através dos seus efeitos na expressão gênica, antioxidação e na ação das citocinas. As frutas e legumes são de 10 a 20 vezes menos densas do que os grãos, fornecem quantidades maiores de fibra dietéticas em comparação com os grãos refinados, fornecem um equilíbrio entre o ômega-3 e ômega-6 e um rico fornecimento de micronutrientes. Vários estudos têm buscado caracterizar os padrões dietéticos e relacionar estes padrões com o peso corporal e outros parâmetros nutricionais. Um estudo prospectivo de 737 mulheres não-obesas no Framingham Offspring /Spouse Cohort explorou a relação entre os padrões dietéticos e o desenvolvimento do sobrepeso ao longo de um período de 12 anos. Os participantes foram agrupados em um dos cinco padrões dietéticos no início do estudo, que incluía um padrão de coração saudável (baixo teor de gordura, nutricionalmente variado), alimentação light (menor ingestão de calorias, mas proporcionalmente mais gordura e menos micronutrientes), bem como um padrão alimentar moderado e com uso de vinho, um padrão alto em gorduras e um padrão de calorias vazias (ricos em doces e gorduras, e pobres em frutas e legumes). As mulheres no grupo de coração saudável consumiram mais porções de frutas e legumes do que as mulheres em cada um dos outros quatro grupos. Ao longo dos 12 anos, 214 casos de excesso de peso foram desenvolvidos nesta coorte. Comparado com as mulheres no grupo de coração saudável, as mulheres no grupo de calorias vazias estavam com um risco 74 significativamente mais elevado para o desenvolvimento de sobrepeso (RR1.4, 95% CI) (Quatromoni et al., 2002). Em uma outra análise de padrões dietéticos, entre 179 adultos rurais mais velhos, os do grupo de alta densidade de nutrientes (maior ingestão de legumes verdes escuros e amarelos, cítricos, melões, bagas e outras frutas e legumes) apresentaram um menor consumo energético e uma circunferência menor da cintura do que aqueles do grupo de baixa densidade de nutrientes (maior ingestão de pães, doces, sobremesas, carnes processadas, ovos, gorduras e óleos). Aqueles com um padrão de baixa densidade de nutrientes tinham duas vezes mais chances de serem obesos (Ledikewe et al., 2004). Observações similares foram relatadas utilizando dados do Canadian Community Health Survey de 2000 a 2001. O hábito de comer frutas e vegetais foi positivamente relacionado a ser fisicamente ativo e não ser sobrepeso (Perez, 2002). Em um ensaio clínico controlado, as famílias com pais obesos e crianças nãoobesas foram randomizados em um programa detalhado de gerenciamento de peso que incluiu incentivo para aumentar o consume de frutas e vegetais ou diminuir a alta ingestão de alimentos ricos em gorduras e açúcar. Ao longo do período de um ano, os pais do grupo de maior consumo de frutas e vegetais mostraram um aumento significante no decréscimo em porcentagem do excesso de peso do que no grupo que tentava reduzir gordura e açúcar (Epstein et al., 2001). As recomendações alimentares atuais do NCI (National Cancer Institute) enfatizam o aumento do consumo de frutas e produtos hortícolas a partir de diversas fontes, tais como frutas cítricas, vegetais crucíferos e vegetais verdes e amarelos (Steinmetz e Potter, 1991). O processo de selecionar alimentos por cor foi estendido em um livro para o público em sete grupos diferentes baseando seu conteúdo em uma família fotoquímica primária onde há evidências de uma potencial prevenção do câncer. 75 Porque se preocupar com a composição da dieta? A premissa é simples: dieta é um fator etiológico importante das doenças crônicas. Produtos químicos dietéticos alteram a expressão dos genes e até mesmo do próprio genoma. A variação genética pode explicar por que duas pessoas podem comer exatamente a mesma dieta e responder muito diferentemente. A genômica nutricional enfatiza as interações nos níveis celulares e moleculares estudados através dos sistemas biológicos. Os produtos Herbalife fornecem não somente um balanço dos macronutrientes, mas também vitaminas e minerais críticos para a saúde como comentado na próxima seção. Palestra 8 Preocupações Nutricionais dos Atletas Uma nutrição adequada é uma das partes essenciais do programa de treinamento do atleta. As principais áreas de preocupação são: 1) Consumir a quantidade de calorias suficiente para suportar a performance; 2) Consumir a quantidade correta de macronutrientes antes, durante e depois dos exercícios e 3) hidratação adequada. Há outras preocupações para certos grupos populacionais tais como os atletas vegetarianos ou veganos, ou atletas femininos – particularmente aquelas que competem em esportes que foca o peso ou a construção muscular, como patinação artística ou ginástica. 76