SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
LAR FABIANO DE CRISTO
Rua dos Inválidos, 34 – 7 o andar – Centro
20231-044 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
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Sábado, 26/3/2005 - no 1930
SOCIEDADES ESPÍRITAS
D.Villela
O mais completo compêndio até hoje
escrito sobre mediunidade é, sem dúvida,
“O Livro dos Médiuns”, publicado em 1861,
no qual novamente se evidencia o notável
senso pedagógico de seu autor, Allan Kardec. A obra foi dividida em duas partes, contendo a primeira algumas Noções Preliminares com vistas ao estudo cuidadoso da
fenomenologia, realizado na segunda, ao
longo de 28 capítulos.
Conquanto o Espiritismo estivesse
com apenas quatro anos de existência,
preocupou-se o Codificador em oferecer diretrizes para a organização e o funcionamento dos grupos que começavam a surgir, o que fez no capítulo 29, incluindo ainda no capítulo 30, como sugestão, o regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que ele fundara e dirigia.
O capítulo 31 é dedicado à apresentação de 35 comunicações, algumas seguidas de comentários feitos por Kardec, recebidas sobretudo na Sociedade de Paris
mas também em outros grupos, por meio da
psicografia, amplamente utilizada na época
para a instrução dos adeptos, de vez que a
literatura doutrinária existente consistia
apenas em “O Livro dos Espíritos” e nos
números da “Revista Espírita”, fundada em
1858. E é inevitável, então, o paralelo com
as boas obras didáticas que, após a teoria,
apresentam exemplos e exercícios para
melhor entendimento do assunto. Esse material foi reunido sob quatro grandes títulos: “Acerca do Espiritismo”, “Sobre os médiuns”, “Sobre as Sociedades Espíritas” e
“Comunicações apócrifas”.
Embora o tempo decorrido, a leitura de
tais comunicados é interessantíssima, tanto por refletirem a situação naquele período, mas, igualmente, e sobretudo, por sua
atualidade, apesar dos 144 anos que nos
separam de sua publicação. Dentre eles, 13
se referem especialmente aos grupos espíritas e dizem, resumidamente, o seguinte:
- As atividades deveriam se iniciar sempre com uma prece.
- O objetivo não era aumentar inconsideradamente o número de seguidores, fran-
queando as reuniões a qualquer pessoa mas
apenas às que se mostrassem sinceramente interessadas em se instruir.
- Durante as reuniões, a recepção de
mensagens e seu estudo posterior deveriam realizar-se em clima de atenção e respeito, sendo a convivência baseada na cordialidade fraterna.
- Não deveria haver rivalidade entre os
grupos mas, pelo contrário, estudo e intercâmbio do material que cada um obtivesse.
- A Casa Espírita é o local mais apropriado para o exercício da mediunidade, que
deve servir a muitos e não apenas ao seu
portador.
As atividades espíritas cresceram consideravelmente – sobretudo em nosso país
– e se diversificaram (evangelização, promoção social, etc.), mas essas diretrizes
permanecem válidas sendo, mesmo, reiteradas pelos mensageiros do bem, tanto para
o trabalho em geral como para o exercício
mediúnico.
É oportuno, assim, concluirmos recordando as palavras incisivas que Fénelon,
conhecido orientador espiritual, nos dirigiu
naquela ocasião: “(...) Estais convencidos
de que o Espiritismo acarretará uma reforma moral. Seja, pois, o vosso grupo o primeiro a dar exemplo das virtudes cristãs,
visto que, nesta época de egoísmo, é nas
Sociedades Espíritas que a verdadeira caridade há de encontrar refúgio.
Tal deve ser, meus amigos, um grupo
de verdadeiros espíritas...” (mensagem 21).
◊
“O Livro dos Médiuns” (capítulo 31,
mensagens 16 a 28).
MEDICINA E ESPIRITUALIDADE
NA UNIVERSIDADE
A Universidade Federal do Ceará tornou-se o primeiro estabelecimento de ensino superior, no Brasil, a incluir em sua grade curricular do Curso de Medicina a disciplina opcional de Medicina e Espiritualidade, após a sua aprovação no Departamento de Morfologia e no Conselho de Graduação. A iniciativa partiu da professora
Eliane Oliveira, adjunta de Histologia e
Embriologia Humanas e coordenadora da
disciplina Medicina e Espiritualidade, do
Departamento de Morfologia daquela instituição. A professora Eliane Oliveira é médica especialista em Patologia Tropical pela
UFC, especialista em Pediatria com habilitação em Neonatologia, pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Médica
Brasileira, e em Oftalmologia, pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Associação Médica Brasileira, além do título de
Mestre em Cirurgia, pela UFC.
Em entrevista concedida ao jornal “Folha Espírita”, informou que dois módulos
de seis meses já foram realizados em 2004,
com palestras, vivências, apresentações de
vídeo e algumas reflexões. A disciplina incluiu, em sua grade, temas como “Paradigma
da integralidade e espiritualidade”, com
abordagens sobre a visão do ser humano
integral e multidimensional; “Paradigma
quântico”, que desmantelou o paradigma
cartesiano-mecanicista e o materialismo,
proporcionando aos alunos uma nova visão do mundo; “Relação médico-paciente”,
com reflexão sobre a habilidade de comunicação humanizada; e outros temas como
“Saúde e fé”, “Oncologia e espiritualidade”,
“O despertar da espiritualidade em situações de risco”, “Medicina e espiritualidade”,
“Autocuidado”, “Tanatologia e experiência
de quase-morte”. Este último tema foi o que
mais empolgou os alunos, suscitando reflexões sobre o fato de estarmos conectados com outras dimensões e como necessitamos de sabedoria espiritual.
As palestras são ministradas por professores da universidade e profissionais
convidados, especialistas em Imunologia,
Oncologia, Cirurgia, Psiquiatria e Psicoterapia Transpessoal, Psicologia, Cardiologia
e Parapsicologia. “Todos com a nossa colaboração e coordenação” – afirmou Eliane
Oliveira. O aproveitamento dos 45 participantes dos dois primeiros módulos de 2004,
cursando do 5o ao 7o semestre do curso médico “foi bastante positivo”, como avaliou
a professora. Sobre a possibilidade do
entrosamento com outras universidades
para a implantação de um projeto semelhante, declarou a entrevistada que tem notícias
de um movimento, nesse sentido, na Universidade Federal de Pernambuco, acrescentando que pretende desenvolver um trabalho semelhante junto às escolas médicas.
Nos Estados Unidos, as faculdades de medicina de Harvard, Stanford, Duke, John
2
Hopkins e Columbia, entre outras, têm cursos sobre “Espiritualidade e cura”, que tendem a ser um dos mais populares do currículo. “Em momento oportuno – acrescentou – pretendemos promover intercâmbio
com alguns desses serviços”.
Perguntada se houve alguma orientação direta da Espiritualidade para a criação
dessa cadeira, explicou a professora Eliane
que “em abril de 2003, foi criado o Núcleo
de Estudos Espírita-Cristão Chico Xavier,
no Departamento de Morfologia, com a
colaboração do professor Alan Marcos Neves da Silva, atual chefe do setor, fato comunicado, por escrito, à Dra. Marlene Nobre, presidente das Associações MédicoEspíritas do Brasil e Internacional”. E acrescentou: “Dela recebemos um exemplar do
seu magnífico livro ‘O clamor da vida’, com
dedicatória nos incentivando à criação da
cadeira de Medicina e Espiritualidade. Na
qualidade de representante do Departamento de Morfologia, no Conselho de Graduação, temos acompanhado as mudanças no
currículo médico, com a criação de disciplinas opcionais. Percebemos, então, que o
momento propício para o nosso objetivo,
havia chegado. Desse modo, a Dra. Marlene diretamente inspirou a criação da disciplina Medicina e Espiritualidade, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal
do Ceará”.
Em seus planos para o futuro, a professora Eliane informou que foi aprovada
para cursar o Doutorado, a partir de 2005,
na Faculdade de Educação, com o projeto
de trabalho na linha espiritualidade. E concluiu: “Pretendemos estudar a dimensão
espiritual dentro do paradigma da Integralidade no curso médico, como uma contribuição para a superação do modelo biomédico, na educação médica. Percebemos, nitidamente, a atuação do Plano Espiritual
Superior na realização da disciplina e na
pós-graduação. Agradecemos de coração
a Jesus, o Médico Divino, pela oportunidade, e rogamos que Ele nos inspire e aben-
çoe, para que possamos ser úteis em nosso
aprendizado”.
A íntegra da entrevista pode ser lida na
edição fevereiro do jornal “Folha Espírita”,
publicação da FE Editora Jornalística, Av.
Pedro Severino Jr., 325 – CEP 04310-060 São
Paulo, SP – telefax (11) 5585-1977 –
www.folhaespirita.com.br.
INTERNACIONAIS
• BÉLGICA
A “Union Spirite Belge” (União Espírita Belga) promoverá uma série de palestras
e seminários que terão como convidado especial o expositor brasileiro Sérgio Thiesen,
do Rio de Janeiro. Thiesen falará nas cidades de Bruxelas, Liège e Luxemburgo sobre
temas variados. Depois, seguirá para Zurich
e Winterthur, na Suíça, onde realizará seminário sobre o tema “A medicina do espírito”
e permanecerá até o dia 5 de abril, quando
retorna ao Brasil.
Outras informações sobre a programação, diretamente com a “Union”: 43, Rue
Maghin – B-4000 Liège – Bélgica – tel. 04
227-6076 – [email protected].
• ITÁLIA
Premonições, vidências, experiências
de quase-morte, desdobramentos, visões e
demais fenômenos relacionados com a
mediunidade estão incluídos, para estudos
e debates, no calendário de trabalhos do
Centro de Estudos Parapsicológicos de Bolonha. As palestras e painéis estarão a cargo de conhecidos pesquisadores italianos,
e os eventos terão a supervisão da “Fondazione Biblioteca Bozzano De Boni”, com as
seguintes datas: 16 de abril, 7 e 21 de maio,
sempre às 16 horas.
Outros detalhes, com Piero Cassolli: Via
Vicolo Bolognetti, 2 – 40123 Bolonha –
Itália – telefone 051 6143104 – correio eletrônico [email protected].
• PORTO RICO
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
Cesar Soares dos Reis
Editores:
Danilo Carvalho Villela
Eloy Carvalho Villela
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Rua dos Inválidos, 34 - 7o andar
Centro - CEP 20231-044
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Tel. (21) 2242-8872
Fax (21) 3806-8649
Brasil
O movimento espírita porto-riquenho a
cada dia se consolida mais. Já existem seis
instituições voltadas ao estudo do Espiritismo no país e na parte de imprensa, um
órgão de divulgação doutrinária, a “Revista
Unión Espiritista”, editada pela “Unión
Espiritista – Escuela de Consejo Moral de
Puerto Rico”. Para saber mais sobre as atividades espíritas em Porto Rico, basta entrar em contato com a “Unión Espiritista”,
pelo seguinte endereço postal: P.O. Box
360592 San Juan – Porto Rico – 00936-0592
– telefone (787) 751-4872.
◊
“Recorda: toda criatura neste mundo
tem um recado a dizer. Aquilo que fazes é a
notícia de tua presença.”
“Gotas de Paz”
Emmanuel
NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
É MELHOR FALAR A VERDADE
A recomendação contida no oitavo
mandamento – “não levantarás falso testemunho” – não é, em muitas ocasiões, observada, mas sua aplicação prossegue
como excelente recurso para a manutenção
da saúde física e mental. É o que se pode
concluir através da reportagem “Ninguém
vive sem mentir”, do médico e jornalista
científico Ulrich Kraft, reproduzida no Brasil
pela revista “Viver mente & cérebro”, do
mês de outubro.
A reportagem mostra o lado positivo
de se falar a verdade, ao expor o resultado
de um estudo coordenado por Daniel
Langleben, da Faculdade de Medicina da
Pensylvania, nos Estados Unidos. Ele descobriu que quando uma pessoa mente há
um aumento na atividade cerebral em duas
regiões específicas: o giro do cíngulo anterior e o córtex pré-frontal. Ambas regiões
têm papel preponderante na determinação
dos conteúdos da memória que chegam à
consciência. “Está claro que para dizer uma
mentira precisamos reprimir alguma coisa.
Essa coisa há de ser, então, a verdade” –
afirma Langleben, que descobriu também
que nenhuma alteração é registrada no cérebro quando se fala a verdade. Esse dado
levou o autor da reportagem à seguinte
conclusão: “É de se supor, portanto, que a
honestidade constitua, por assim dizer, o
estado cognitivo normal. Em outras palavras: cada violação do oitavo mandamento
exige esforço adicional dos neurônios. O
cérebro precisa, antes, impedir que se diga
a verdade”.
∗
Esclarecem os amigos espirituais que
a mentira vai, pouco a pouco, deixando de
fazer parte do comportamento da criatura à
medida que ela vai amadurecendo espiritualmente. Explicações mais detalhadas a
respeito estão disponíveis na vasta literatura espírita, em páginas como a do livro
“Nas pegadas do Mestre”, de Vinícius, intitulada “A verdade”:
“A verdade não é aquilo que nos convém, nem o que nos interessa, nem o que
nos é afim, nem mesmo aquilo que podemos aceitar com simpatia.
A verdade é o que é: a realidade viva e
crua, consoante a revelação, que os fatos
atestam tantas vezes se apele para seu
testemunho.
A verdade é, muitas vezes, aquilo que
não queremos que seja; aquilo que nos
desagrada; aquilo com que antipatizamos;
aquilo que nos prejudica o interesse, nos
abate e nos humilha; aquilo que nos parece
extravagante, e até mesmo aquilo que não
cabe em nós.
A verdade não se acomoda ao homem,
nem às coisas desta vida. O homem é que
se há de acomodar a ela, se a quiser conhecer e possuir.
3
A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais
se amolda.
Quem desconhece a verdade é indigno
da mesma verdade, porque só a desconhecem aqueles que a rejeitam. E homens há
que tão repetidamente a têm repudiado que
acabam por não saber mais o que ela seja,
como sucedeu a Pilatos.
A sociedade é composta de Pilatos em
sua maioria, originando-se daí as intermináveis controvérsias e querelas em torno
das questões claras e simples.
Os homens perderam a noção da verdade; tantas vezes a sacrificaram em prol
de seus mesquinhos interesses. Não obstante, o mundo precisa da verdade, e sem ela
não pode passar.
Os homens empregam mil engenhos e
mil artifícios para sustentar o regime da mentira, cujos proventos imaginam fruir; mas
as coisas se vão complicando de tal maneira, que num dado momento não haverá mais
engenho nem artifício capaz de suster a falsa situação em que se colocam; tal é a origem das grandes comoções sociais.
A verdade, às vezes, custa tudo o que
possuímos. Tal é a interpretação das palavras do grande Mestre da Verdade: – Quem
não abre mão de tudo quanto tem, não pode
ser meu discípulo.”
LIVRO É NOTÍCIA
RECORDAÇÕES DA
MEDIUNIDADE
Yvonne do Amaral Pereira (1900-1984)
é, reconhecidamente, uma das grandes médiuns do século XX. Portadora de faculdades diversas, que incluíam vidência, audiência, psicofonia, psicografia e desdobramento, trabalhou intensamente na seara do
bem, deixando-nos ainda 16 obras de excepcional valor doutrinário, das quais 13
editadas pela Federação Espírita Brasileira.
Acerca de sua atuação nessa área, foi
incomum o processo de elaboração daqueles livros, que não foram recebidos através
de psicografia, psicofonia, audiência ou
outra forma de ditado. Comumente, durante as horas do repouso noturno e sob a
supervisão de seus orientadores espirituais, entrava ela em desdobramento consciente sendo por eles levada a visitar ambientes e presenciar cenas nos dois planos
da vida, que depois registrava sob a inspiração daqueles benfeitores, compondo contos ou narrativas romanceadas de grande
beleza, onde figuravam igualmente comentários e informações de cunho doutrinário.
Em outras ocasiões, sua excepcional sensibilidade lhe permitia perceber problemas e
características espirituais de pessoas ou
ambientes dos quais se aproximava, o que,
por vezes, destinava-se à sua instrução,
porém, mais freqüentemente à tarefa socorrista que ela realizava amorosamente.
E foram justamente experiências deste
tipo que – sempre por iniciativa da espiritualidade amiga – ela reuniu em “Recorda-
ções da mediunidade”, publicado em 1966,
onde figuram episódios vividos pela própria médium, de recordações de vidas passadas, materializações, tratamento de obsessões e premonição, entre outros.
Mencione-se, igualmente, que em várias oportunidades essa atividade foi realizada em favor de ex-suicidas dada a especial aptidão de Yvonne Pereira (ela própria
também suicida em existência anterior) para
atender a tais companheiros.
Entre muitos registros interessantíssimos vamos mencionar, por questão de espaço, apenas dois que apresentamos a
seguir.
Renascendo numa família espírita de
condições muito modestas, Yvonne Pereira passou, contudo, sua infância e mocidade em casas espaçosas como costumavam
ser as residências do interior dos Estados
do Rio de Janeiro e Minas Gerais nas primeiras décadas do século passado. Seus
pais praticavam espontaneamente a Lei de
Caridade reservando por isso dois aposentos simples para acolher mendigos e pessoas sem lar, que eram tratados com respeito e consideração. Por vezes, famílias encontradas ao desabrigo na estação ferroviária foram acolhidas, assim permanecendo até ser providenciado trabalho para o
chefe e moradia para o grupo. Nessas ocasiões, os filhos deviam servir tais hóspedes pedindo, inclusive, a bênção pela manhã e à noite aos mais velhos, consoante o
costume patriarcal. Essa familiaridade com
as pessoas de condições humildes foi extremamente útil para o seu trabalho futuro,
permitindo-lhe aproximar-se, com facilidade, de encarnados e desencarnados que
vivenciavam aquela condição.
Em outra passagem, após informar ser
descendente, pelo lado paterno, de índios
goytacazes (sua bisavó paterna pertenceu
a essa tribo), conta-nos ela como foi, por
diversas vezes, ajudada por uma entidade
que se apresentava com características indígenas e que, posteriormente, surpreendeu-a com a informação de que não era um
espírito em fase primária de evolução, pois
já vivera entre os civilizados, tendo, inclusive, ligações pessoais com ela, sendo, contudo, obrigado a renascer entre os silvícolas
devido a graves deslizes que cometera.
A introdução e os dez capítulos que
compõem a obra são, todos, plenos de interesse, prendendo a atenção do leitor pela
riqueza de conteúdo e pelo agradável estilo, quase coloquial com que aquela trabalhadora – sempre com cristalina humildade
– descreve suas experiências na seara do
bem, na qual ela soube se manter e movimentar tão valorosamente.
“Recordações da mediunidade”, com
nova apresentação gráfica, formato
14x21cm, 254 páginas e bela capa, é uma
publicação do Departamento Editorial da
FEB, Rua Souza Valente, 17 – São Cristóvão – CEP 20941-040 – Rio de Janeiro, RJ –
tel. (21) 2187-8268 – [email protected].
Pode ser encontrada também na Livraria da
Federação, Av. Passos, 30, no Centro do
Rio, telefone (21) 3970-2066. Preço: R$ 20,00.
RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE
Existe a religiosidade. Existem as religiões. Religiosidade é um atributo do ser
humano. É um processo de resposta à imantação com que Deus nos atrai para Ele.
Religiões são construções humanas.
Procuram expressar as religiosidades do ser,
mas, de tal maneira ficam marcadas pelas
exterioridades que, muitas vezes, perdem os
referenciais da religiosidade.
Religiões são, em quase tudo, mecanismos externos do ser.
Religiosidade é, sempre, expressão da
interioridade essencial da criatura que anseia pelo grande encontro com o Criador.
Por isso sempre haverá religiões diferentes na Terra. Porque as pessoas encontram-se em estágios distintos para expressarem a sua religiosidade.
A Doutrina Espírita é um apelo à religiosidade. Ensina a encontrar o Pai em tudo
e em todos, o que nos leva a uma atitude de
reverência perante a vida.
A religião espírita, portanto, será sem
atavios, sem aquilo que marcou de maneira
tão profunda as religiões de todos os
tempos.
A beneficência significa “fazer o bem”,
é o caminho para que o Bem seja a realidade
de todos nós.
A atitude do espírita é essa busca incessante das oportunidades do Bem para
que pensamentos, palavras e ações sejam
expressões de busca do Pai em nós, expressões de verdadeira e profunda religiosidade.
Aproveitemos, irmãos, as oportunidades de contato com a Criação. Aproveitemos as relações com todos os nossos irmãos para que, incondicionalmente, a religiosidade seja a expressão do Bem, como
procura efetiva de toda a nossa vida.
Com votos de paz, um amigo espiritual.
*
Página mediúnica recebida em reunião
no mês de fevereiro na sede da CAPEMI,
no Rio de Janeiro, com a presença de diretores e conselheiros da Casa.
MOVIMENTO ESPÍRITA
• “TERCEIRA REVELAÇÃO”
Veiculado aos sábados pela emissora
CNT, das 8 às 8h30min, o programa “Terceira Revelação”, produção da Federação Espírita Brasileira, está sendo transmitido também via Embratel. Para assistir basta sintonizar pela antena parabólica o canal entre
os números 10 e 14, no horário das 11h30min
às 12 horas. No programa, apresentado pela
jornalista Cláudia Brasil, há entrevistas, dicas de leitura, reportagens e um quadro
sobre o Evangelho no Lar.
Para saber quais são os canais da CNT
nos estados brasileiros é só acessar a página www.cnt.com.br/canais.
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• EVENTOS EM SERGIPE
• CD: “NA LUZ DA INSPIRAÇÃO”
• HOMENAGENS A PEIXOTINHO
O escritor e expositor espírita Izaías
Claro pronunciará conferências e seminário em Sergipe, nos dias 2 a 4 de abril próximo. Os eventos, promovidos pela Associação de Divulgadores do Espiritismo de
Sergipe, fazem parte das comemorações do
cinqüentenário do Centro Espírita Antônio
de Pádua, que estará realizando, concomitantemente, o 13o Encontro Confraternativo
de São Cristóvão. A primeira conferência,
dia 2, sábado, focalizará o tema “As potências da alma”, no Grupo Espírita Irmão Fego,
às 19h30min, Rua Vereador João Claro, 261
– bairro Siqueira Campos, em Aracaju. No
dia 3 (domingo), das 8 às 17 horas, será
realizado no Centro Espírita Antônio de
Pádua, na cidade de São Cristóvão, seminário sobre o tema “Depressão – uma
doença ou falta de conhecimento espiritual?”. Ainda no domingo, o expositor fará
uma palestra sobre “Educação espiritual”,
a partir das 19h30min, no Grupo Espírita Trabalhadores do Bem, Rua Ribeirópolis, 547
fundos, bairro Cirurgia, em Aracaju. No dia
4 (segunda-feira), a conferência será pronunciada na sede da OAB de Sergipe, das
9 às 12 horas, para advogados, promotores, juízes, estudantes de Direito e o público em geral, sobre o tema “União civil –
homoafetivas – algumas reflexões”.
Informações, com a ADE, pelo correio
eletrônico [email protected] ou na
página www.ade-sergipe.com.br.
Os seus textos já são conhecidos no
meio literário espírita pela maneira de transmitir as mensagens do Evangelho, com leveza e ao alcance de todos. Therezinha Oliveira é, por isso, uma apreciada escritora,
autora de diversos livros e expositora das
mais requisitadas para eventos espíritas, na
atualidade. Agora, surge também como cantora, no CD “Na luz da inspiração”, ao som
dos arranjos de Ulisses Vedovello. Ela declama, ainda, poemas que falam das preciosas “bem-aventuranças” e canta com carinho o “Pai Nosso”, cuja letra, de autoria do
suave Rabi da Galiléia, coloca o coração em
sintonia com o Criador. São 16 faixas de canções e mensagens, com as quais Therezinha
Oliveira cria um oásis de paz, precioso ao
repouso das mentes atribuladas pela correria do dia-a-dia. O CD, uma produção de
Oceano Vieira de Melo, da Vídeo Spirite, em
sua primeira edição de 2004, comemora o
ano do bicentenário do Codificador, com
os direitos autorais cedidos ao Centro Espírita Allan Kardec, instituição responsável pela Editora Allan Kardec, à qual devem
ser encaminhados os pedidos. Endereço:
Av. Theodureto de Almeida Camargo, 750 –
Vila Nova – CEP 13075-630 Campinas, SP –
telefax (19) 3241-1222 e discagem gratuita
0800 770 5990 – www.allankardec.org.br.
Preço: R$ 16,00. O CD já está disponível
também nas livrarias das Casas Espíritas.
• PRAÇA CAIRBAR SCHUTEL
Criado em 30 de outubro, “A caminho
da Luz” até hoje continua encabeçando a
lista dos programas de rádio mais ouvidos
no chamado Brejo paraibano. Coordenado
e apresentado pela equipe de divulgadores
do Lar Espírita Maria de Nazaré (LEMN),
vai ao ar semanalmente, no horário das 12
às 13 horas, com transmissão pela Rádio
Liberdade de Bananeiras. O programa é uma
verdadeira tribuna, onde são tratados, com
enfoque espírita, assuntos da atualidade e
respondidas as dúvidas dos ouvintes, que
podem participar ao vivo, por telefone.
Os contatos com o “A caminho da luz”
devem ser feitos no LEMN, Rua Dr. Antônio Coutinho, 42 – CEP 58220-000 Bananeiras, PB, onde também são realizadas reuniões para estudo da Doutrina todas as quintas-feiras e sábados, às 15 horas, e, quinzenalmente, aos sábados, às 10 horas.
Natural de Pacatuba, Ceará, Francisco
Peixoto Lins, o Peixotinho, partiu do plano
físico em 1966, com pouco mais de 60 anos
de idade, deixando seu nome gravado nas
páginas da História do Espiritismo como
exemplo no exercício da mediunidade com
Jesus. Possuidor de uma faculdade raramente vista de efeitos físicos, também
atuava no campo da psicografia, vidência e
psicofonia. Doava-se, ainda, e de forma
igual, à tarefa do receituário mediúnico, através da qual recebia fórmulas homeopáticas
que ajudaram em inúmeras curas. Peixotinho
também teve participação ativa no movimento espírita, fazendo parte da fundação de
instituições, como o Grupo Espírita Pedro,
de Macaé (RJ), o Grupo Espírita André Luiz,
do Rio de Janeiro, e do Grupo Espírita
Aracy, de Campos dos Goytacazes (RJ),
onde viveu seus últimos dias como encarnado. Contribuições da mesma forma valorosas foram prestadas por ele junto a uma
série de Casas Espíritas espalhadas por esse
extenso país.
Por esses, entre outros motivos, é que
instituições de diversas partes do Brasil
estão programando atividades para comemorar o centenário de nascimento desse
conhecido trabalhador. As próximas ocorrerão no dia 29 de março, na Federação Espírita do Estado do Espírito Santo (Rua Álvaro Sarlo, 35 – Ilha Santa Maria – CEP
29040-400 Vitória, ES – tel. (27) 3222-2117);
dia 18 de abril, na Federação Espírita do
Estado do Rio de Janeiro (Rua Coronel Gomes Machado, 140 – Centro – CEP 24020062 Niterói, RJ – tel. (21) 2620-3663); dia 20
de agosto, na União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (Rua dos
Inválidos, 182 – Centro – CEP 20231-048
Rio de Janeiro, RJ – tel. (21) 2224-1244), com
exposição de fotos e sessão de autógrafo
com autores; e nos dias 9 a 11 de dezembro,
na Confraternização dos Espíritas do Estado do Rio de Janeiro, que acontecerá no
Riocentro, com exposição sobre Peixotinho.
Além desses eventos, o Clube de Arte
do Lar Fabiano de Cristo está preparando
uma fita de vídeo sobre Peixotinho, cujo lançamento o SEI em breve irá anunciar.
A capital paulista conta, agora, com
uma praça pública com o nome de Cairbar
Schutel, um dos grandes vultos do Espiritismo brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro,
em 22 de setembro de 1868, aos 17 anos
mudou-se para São Paulo, localizando-se
na cidade de Piracicaba, posteriormente em
Araraquara e, depois, em Matão, onde se
fixou como farmacêutico. Levado, por curiosidade, a conhecer o Espiritismo, aprofundou-se na Doutrina, fundando o Centro
Espírita Amantes da Pobreza, em 1905, o
primeiro em toda aquela zona paulista. Em
seguida, fundou o jornal “O Clarim” e, em
1925, lançou a “Revista Internacional do
Espiritismo”, periódicos que circulam até
hoje. Polemista emérito, jamais se curvou
às injunções e às perseguições que, naqueles tempos, se moviam contra o Espiritismo. Criou a Empresa Editora O Clarim, que
publicava o jornal e a revista, editando, ainda, livros de sua autoria e de outros escritores espíritas. Cairbar Schutel é conhecido nos meios espíritas como o Apóstolo de
Matão, sendo sua memória cultivada com
carinho e admiração.
A praça, com o seu nome, com área de
130x30 metros, é bastante arborizada, localizando-se na Rua General Taborda, em área
residencial do Jardim Bonfiglioli, região da
Cidade Universitária e Instituto Butantã,
sendo entrecortada pela Rua Dr. Dalmo de
Godoy.
• NAS ONDAS DO RÁDIO
• MUDANÇA NO ENDEREÇO
A União Espírita de Pernambuco sofreu
pequena alteração em seu endereço, devido à mudança na numeração das caixas
postais estabelecida pelos Correios de Recife. Assim, junto ao endereço da União (Rua
Coronel Urbano Ribeiro de Sena, 144 –
Fundão – CEP 52221-000 Recife, PE), devese acrescentar também “caixa postal 472”.
O procedimento vale também para a correspondência remetida à redação do jornal
“Pernambuco Espírita”, editado pela instituição.
• CAPEMI
Através do Instituto CAPEMI de Ação
Social são investidos recursos em projetos sociais, que hoje assistem 96 mil pessoas carentes em todo o Brasil. Na sua área
empresarial, a CAPEMI também se destaca, oferecendo proteção familiar, através
de planos de pecúlio para toda a família,
coerentes com as possibilidades do
associado.
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De seg. a sexta-feira, das 8 às 17 horas
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