organizadores

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organizadores
 Wantuelfer Gonçalves e
Haroldo Nogueira de Paiva
-organizadores-
1985-1986
APRESENTAÇÃO
Este livro contempla os resumos monográficos de graduação do Departamento de Engenharia
Florestal, correspondentes aos anos de 1985 e 1986. É o terceiro em ordem de lançamento, mas é,
na verdade, o primeiro já que nossos arquivos, ou pelo menos o que pudemos resgatar, começam
pelo ano de 1985.
Como dissemos nas apresentações dos volumes anteriores, os textos aqui apresentados são, em
sua maioria, os originalmente escritos por seus autores e revisados por seus orientadores.
Entretanto, pelo fato de algumas monografias não apresentarem extratos, alguns textos foram
escritos a posteriori pelos atuais alunos da disciplina, a quem apresentamos nossos
agradecimentos. Assim, salvo estes poucos casos fortuitos, nosso trabalho foi o de meramente
organizar, alterando, quando muito, apenas a formatação.
Os organizadores
Viçosa, julho de 2011.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
RESUMOS MONOGRÁFICOS DO
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
(1985 – 1986)
Wantuelfer Gonçalves e
Haroldo Nogueira de Paiva
-organizadores-
Viçosa, Minas Gerais
Julho de 2011
SUMÁRIO
Atratividade de iscas granuladas formicida pela Saúva-limão, Atta sexdens rubropilosa, Forel.
Hymenoptera: Formicidae. - 1
Comparação de produtos alternativos aos produtos clorados em termonebulização para o combate
à saúva (Atta spp). - 1
Emprego industrial da oleoresina produzida por coníferas. - 1
Aldrinização em Plantios Florestais. - 2
Avaliação da Eficiência do uso do Fenvarelato (Belmark) contra a “lagarta parda” do Eucalipto
Thyrinteine arnobia, Stoll, 1782. (Lepidoptera. Geometridae). - 2
Métodos de Combate a Saúvas. - 2
Avaliação do potencial energético da madeira de Cecropia sp., (“Embaúba”). - 3
Cultura do Caju (Anarcadium occidentale L.). - 3
Situação atual da cultura do Jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All.). - 4
Cultura de tecidos e suas potencialidades para a eucaliptocultura. - 4
Seleção de espécies aptas para revestimento de taludes da região de Viçosa-MG. - 4
Proposição de um delineamento experimental de hidrossemeadura para áreas degradadas. - 5
Planejamento de um centro de visitantes para o parque florestal estadual do Rio Doce. - 5
A ciclagem dos nutrientes e o manejo intensivo da floresta. - 5
Evolução sintomatológica da seca de ponteiros do Eucalipto no Vale do Rio Doce – MG
(SPEVRD). - 6
Controle do Eriococcus araucariae em Araucaria excelsa. - 6
Madeiras Brasileiras Usadas na fabricação de lápis. - 7
Avaliação do potencial energético da madeira de “Pimenteira” (Xylopia sericea St. Hill). - 7
Avaliação do potencial energético da madeira da “Quaresminha” (Miconia candolleana Trian.). 7
Condução de brotações de Eucalyptus spp. - 8
Controle de qualidade na produção de mudas de Eucalyptus spp por semeadura direta. - 8
Viabilidade técnica e econômica do uso de diferentes substratos na produção de mudas de
Eucalyptus grandis por semeadura direta em tubetes. - 9
Estudos de substratos na produção de mudas de Eucalyptus grandis por enraizamento de estacas
em tubetes plásticos. - 9
Utilização de diferentes substratos na produção de mudas de Eucalyptus grandis através do
Sistema Plantágil. - 10
Técnicas mais utilizadas em anatomia para preparação de madeiras para exame microscópico. - 10
Consórcio silvipastoril: vantagens e desvantagens. - 12
Considerações gerais sobre os sistemas agroflorestais. - 12
Isolamento, vantagens e métodos de inoculação de fungos ectomicorrízicos em Pinus spp. - 13
Recuperação conservacionista com crindiúva (Trema micrantha Blume): uma proposta para teste
de germinação. - 13
Efeito do uso de cinzas na regeneração de matas secundárias: um delineamento experimental em
proposição. - 14
Avaliação de um forno de alvenaria, para produção de carvão vegetal, tipo “rabo quente” com
tiragem central. - 14
Plano de manejo de fauna para a Mata da Estação de Tratamento de Água (E.T.A.) da
Universidade Federal de Viçosa. - 15
Proposição de métodos de corte para povoamentos de eucaliptos plantados para fins energéticos. 15
Alguns aspectos da exportação de produtos florestais. - 16
Urucum, uma alternativa para os corantes sintéticos. - 16
Avaliação preliminar da produção e decomposição de litter em floresta secundária em ViçosaMG. - 16
O Bambu. - 17
Controle da produtividade da mão-de-obra em fazenda florestal de Eucalyptus spp para produção
de carvão vegetal. - 17
Alguns aspectos sobre a cultura do guaraná (Paullinia cupana). - 18
Situação atual do palmito (Euterpe edulis). - 18
Implantação de seringais. - 18
Urucum, uma cultura com possibilidades de expansão. - 19
A Cultura da Jojoba (Simmondsia chinensis). - 19
Espécies do gênero Hevea. - 20
Quantificação da ocorrência de seca de ponteiro em povoamentos de Eucalyptus saligna
pertencentes á DURATEX S.A. na região de Lençóis Paulista, SP. - 20
Eficiência comparativa de formicidas termonebulígenos no controle de saúvas. - 21
Algumas informações sobre a Cassia macranthera D. C. - 21
O Palmiteiro. - 21
Principais espécies arbóreas frutíferas nativas do cerrado. - 22
Avaliação do potencial de controle biológico do Podisus nigrolimbatus (Hem. : Pentatomidae). 22
Avaliação da manta orgânica em diferentes espécies de Eucalyptus. - 23
Planejamento de um viveiro de mudas orientado à visitação pública. - 23
Algumas considerações culturais sócios econômicos da carnaúba. - 24
Acúmulo e dinâmica de material orgânico na Mata do Paraíso, MG. - 24
O peso da semente de Canudo de Pito (Mabea fistulifera M.) e sua porcentagem de germinação. 24
Descrição macroscópica e usos de espécies utilizadas na micro-região de Viçosa. - 25
Instalação de abrigo para a paca (Agouti paca) na mata da estação de tratamento de água da
Universidade Federal de Viçosa. - 25
Estabelecimento de um sistema silvo-pastoril para pequenas e médias propriedades rurais da Zona
da Mata Mineira. - 25
Importância socioeconômica do carvão vegetal para o estado de Minas Gerais. - 26
O Pequi (Caryocar brasiliense Camb.). - 26
Castanha do Brasil – alguns aspectos silviculturais. - 26
Propriedades físicas e mecânicas de Dendrocalamus giganteus (Bambu-gigante). - 27
Avaliação mecânica da madeira laminada de Dendrocalamus giganteus. - 27
A Cortiça. - 28
Estudo da biologia de Oxydia sp (Lepidóptera: Geometridae), desfolhadora de Eucalipto. - 28
Preservação de madeiras. - 28
Conservação genética do gênero Eucalyptus, no Brasil. - 29
Produção de mudas cítricas. - 29
Descrição anatômica do bambu. - 29
Cultura de tecidos de Eucalyptus. - 30
Principais árvores de interesse medicinal. - 30
Decomposição foliar de seis espécies de Eucalyptus. - 31
Confecção de vigas laminadas de Dendrocalamus giganteus e sua avaliação por meio de testes
mecânicos. - 31
Seleção de árvores matrizes em plantações de Eucalyptus spp. - 32
Sugestões de uso para as áreas verdes do Condomínio Acamari. - 32
Efeito da temperatura sobre os produtos da carbonização da cápsula de “cotieira” (Joannesia
princeps, Vell). - 32
Processamento integral do coco babaçu. - 33
Determinação do Índice de Desenvolvimento de Margem (DL) das lagoas do Parque Florestal
Estadual do Rio Doce – MG. - 34
Insetos daninhos à seringueira (Hevea brasiliensis) no Brasil. - 34
Avaliação quantitativa de quatro métodos de preservação em Dendrocalamus giganteus Munro. 34
Agrofloresta: uma alternativa para o uso da terra na Zona da Mata Mineira. - 35
Estudo do sistema radicular de três espécies de eucalipto na região baixa do médio Rio Doce. - 35
Alcatrão vegetal: “Energia Alternativa”. - 35
Animais em extinção. - 36
Equação para estimar volume de bambu Dendrocalamus giganteus (bambu gigante). - 36
Estudo de um método de avaliação do material lenhoso no cerrado brasileiro. - 36
Mapeamento da exposição solar do Parque Florestal Estadual do Rio Doce. - 37
Urucum e suas utilidades. - 37
Algumas considerações sobre adaptação de plantas a ambientes de deficiência hídrica. - 37
Práticas culturais em seringueira, após plantio. - 38
Biologia floral, reprodução e síndrome de polinização da Cássia macranthera DC
(Caesalpinaceae). – 38
O capitalismo e o meio ambiente. - 38
A cultura do guaraná, Paullinia cupana. - 38
Aspectos da segurança do trabalho na Universidade Federal de Viçosa. - 39
Aspectos da associação micorrízica. - 39
Cultura da Bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). – 39
1 RESUMOS 1985-1
ROCHA, André Luiz Corrêa. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1985. Atratividade de iscas granuladas formicida pela Saúva-limão, Atta sexdens
rubropilosa, Forel. Hymenoptera: Formicidae. Orientador: Prof. Sebastião Bastos Nogueira.
Este trabalho, realizado em terrenos da Universidade Federal de Viçosa, teve como objetivo o
desenvolvimento de métodos que contribuíssem para o conhecimento da atratividade de iscas com
novas formulações e/ou iscas desconhecidas do mercado de Minas Gerais, utilizadas no combate à
saúva-limão (Atta sexdens rubropilosa). Utilizando placas de isopor, foram distribuídos
casualmente os cinco tipos de iscas a serem testadas, em 10 repetições cada e sendo a Isca Mirex
usada como padrao em todos os ensaios. Os testes realizados revelaram que as iscas AMDRO
(amidinohydrazonas), DINAGRO (nova fórmula), BERLIMED (bendiocarb 0,5%) e BERLIMED
(bendiocarb 0,25%) mostraram, em cada ensaio, ótimos resultados de atratividade, quando
comparados à isca padrão.
SILVA, Manoel Carlos Eugênio. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
julho de 1985. Comparação de produtos alternativos aos produtos clorados em
termonebulização para o combate à saúva (Atta spp). Orientador: Prof. Sebastião Bastos
Nogueira.
O objetivo deste trabalho foi testar produtos alternativos aos clorados no combate à saúva (Atta
spp.) Para tal, montou-se um experimento comparando a eficiência de um único inseticida
fosforado orgânico, e de três substâncias fungicidas, a serem comparados com um inseticida
clorado. Os formigueiros tratados foram localizados nos arredores da casa de vegetação da
CENIBRA Florestal, no município de Belo Oriente, MG. Foram utilizados quatro tratamentos
com cinco repetições cada. Para todas as repetições aplicou-se a dosagem de 2 CC por m² de terra
solta de formigueiro. Os resultados obtidos foram aquém dos esperados, com os produtos
mostrando baixa eficiência.
TEIXEIRA, Jesus Lelis. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Emprego industrial da oleoresina produzida por coníferas. Orientador: Prof. Ricardo
Marius Della Lucia.
A oleoresina é um líquido viscoso, que exsuda de certas coníferas, quando estas estão feridas.
Apresenta uma fração volátil, a terebentina, e uma fixa, o breu. A terebentina é utilizada na
2 fabricação de inseticidas do tipo hexacloro-canfeno; adesivos, obtidos através de substâncias
terpênicas; detergentes e produtos de limpeza; vernizes, esmaltes e produtos farmacêuticos. O
breu é empregado na produção de borracha sintética, goma de mascar e agentes de flotação, mas a
maior parte da produção nacional é utilizada pelas indústrias de papel, na forma de cola de breu e
pelas indústrias de tintas e adesivos. Pode ser utilizado ainda na obtenção de graxas de sapato,
inseticidas e fogos de artifício.
CASTRO, Evandro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Junho de 1985,
Aldrinização em Plantios Florestais. Orientador: Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
O Objetivo deste trabalho é mostrar o efeito da toxidade do Aldrin ao homem e animais e também
o prejuízo que este causa ao meio ambiente. Por isso, demonstramos varias técnicas do uso do
produto para aplicarmos em plantios florestais, quando houver necessidade do uso, pois, há
técnicas que podem acarretar um menor dano ao meio ambiente, e um eficiente controle do
cupim.
NEGRIS, Argilano. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa. Junho de 1985.
Avaliação da Eficiência do uso do Fenvarelato (Belmark) contra a “lagarta parda” do
Eucalipto Thyrinteine arnobia, Stoll, 1782. (Lepidoptera. Geometridae). Orientador: Prof.
Norivaldo dos Anjos Silva.
O Presente trabalho teve como objetivo testar a eficiência do Fenvarelato (Belmark) no controle
da “lagarta parda” do Eucalipto, Thyrinteine arnobia, Stoll, 1782. Foram realizados testes de
laboratório com Belmark 30 CE e de campo com o Belmark 2,5 UBV, aplicado por avião. Os
resultados mostram que para se obter uma mortalidade de 80 a 90% para o III instar há a
necessidade de se aplicar 125 e 250g p.a./ha; 18,5 e 31g p.a./ha; 8,3 e 13,3g p.a./ha, avaliados
respectivamente 24, 48 e 72 horas após o tratamento. Para o II instar as mesmas mortalidades são
obtidas com 87,0 e 145,0g p.a./ha; 52,8 e 88,0g p.a./ha; 29,0 e 49,0g p.a./ha. O que revela uma
maior quantidade do produto para atingir a mesma mortalidade em instares maiores. No campo,
para obter as mesmas mortalidades de lagartas predominantemente do III instar são necessárias
24,5 e 41,0g p.a./ha; 9,3 e 13,0g p.a./ha, quando avaliados 24 e 48 horas respectivamente após o
tratamento.
RIVELLI, Vicente Silveira. Monografia de Graduação. Universidade federal de Viçosa. Junho de
1985. Métodos de Combate a Saúvas. Orientador: Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
Este trabalho teve como principal objetivo fazer uma avaliação critica dos métodos de combate a
saúvas em condições de uma empresa florestal. Para isto foram realizados três métodos usuais de
combate, que apresentaram resultados satisfatórios, mas cada um com seus limites e restrições de
aplicações. No método mecânico que é um método destrutivo foi utilizado apenas um enxadão
como ferramenta, mostrando-se bastante eficiente, pois uma vez que se mata a rainha todo o
sauveiro morrerá. Este método deve ser aplicado apenas 90 a 120 dias após as revoadas dos
formigueiros. O Combate com isca torna-se muito simples por não utilizar nenhuma ferramenta
ou qualquer outro aparelho, e também tem grande facilidade uma vez que dispensa a limpeza da
área. O método das iscas tem como fator limitante a restrição à época de combate, pois não pode
3 ser aplicado em qualquer época do ano, e nem mesmo a qualquer hora do dia. O
Termonebulizador apresentou melhor rendimento, e se torna o método mais apropriado nestas
condições uma vez que poderá ser utilizado em qualquer época do ano, em vários tipos de
vegetação, solo, topografia, dispensando medições da área do viveiro.
AMARAL, Marcos Albuquerque. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1985. Avaliação do potencial energético da madeira de Cecropia sp., (“Embaúba”).
Orientador: Prof. Osvaldo Ferreira Valente.
O objetivo deste trabalho foi determinar o poder calorífico da madeira de Cecropia sp., segundo
dois teores de umidade em base seca, a 0% e 30%, respectivamente, e comparar esses resultados
com os poderes caloríficos das madeiras de Xylopia sericea St Hill e Miconia candolleana trian,
para os mesmos teores de umidade em base seca. Através de um calorímetro adiabático,
avaliaram-se os poderes caloríficos superiores da madeira de Cecropia sp segundo dois teores de
umidade, em base seca. Por meio de fórmula, foi calculado o poder calorífico inferior para as
mesmas umidades. O poder calorífico superior da madeira de Cecropia sp a 0% e 30% de teor de
umidade em base seca, foi 4407 Kcal/Kg e 3521 Kcal/Kg, respectivamente. O poder calorífico
inferior segundo os mesmos teores de umidade foi 4083 Kcal/Kg e 2320 Kcal/Kg,
respectivamente. Os poderes caloríficos superiores e inferiores da madeira de Cecropia sp em
relação às madeiras de Miconia candolleana trian e Xylopia sericea St Hill segundo os dois teores
de umidade, em base seca, foram menores. Pelos resultados, verifica-se, que a Cecropia sp. não
compete em termos energéticos, mas isso não invalida a hipótese do seu uso na geração de
energia, pois outras qualidades silviculturais podem suplantar economicamente as espécies citadas
para comparação, mesmo quando analisada como um recurso energético, justificando, portanto,
estudos mais aprofundados de outras características que possibilitem melhor o seu emprego
técnico e econômico.
PEREIRA, Laélio Bento. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, agosto de
1985. Cultura do Caju (Anarcadium occidentale L.). Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O caju pertence à família Anarcadiaceae e tem como nome científico Anarcadium occidentale.
Originário do nordeste brasileiro, de regiões com temperaturas entre 22 a 32 oC e umidade relativa
entre 70 a 80%, justamente observada na área de maior densidade de plantio. Próxima dos 80% a
umidade relativa é nociva, sendo prejudicial também por favorecer o aparecimento de doenças
fúngicas. No Brasil sua exploração é feita em maior escala nos estados nordestinos, dos quais o
Ceará participa com 70% da produção e 90% da capacidade instalada. O presente trabalho teve
por objetivo fazer o levantamento de todas as informações referentes ao cajueiro na literatura
disponível quanto às suas características dendrológicas: nomes vulgares, folhas, flores, fruto,
porte da árvore, madeira, distribuição geográfica, floração e frutificação; o estudo de variedades
de espécies relacionando-as aos aspectos culturais, preparo de solo, espaçamento, plantio,
adubação, desbrota e tratos culturais. Também foi realizado um estudo sobre as principais pragas
e doenças que o atingem, bem como a colheita e produção, finalizando com a utilização que a
espécie possui comercialmente.
4 SANTANA, Dalva Luis de Queiroz. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
agosto de 1985. Situação atual da cultura do Jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr.
All.). Orientador: Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
A exploração do jacarandá-da-bahia tem sido intensiva, levando-o a uma estágio de quase
extinção e praticamente sem se ter dados sobre o seu cultivo. De acordo com a área plantada,
1200ha até 1979, espalhada por todo território, mesmo que em fase experimental, já temos uma
quantia razoável de indivíduos plantados, o que seria perfeitamente possível a realização de
estudos mais detalhados sobre o seu cultivo. A espécie Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. apresenta
potencial para plantios puros na região amazônica, mas para sua região de ocorrência natural,
Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, não se pode afirmar o mesmo pois a pesquisa é
incipiente. Evidencia-se a necessidade de estudos sobre a melhoria da forma, procedência, coleta
e beneficiamento de sementes, produção de mudas e plantio, espaçamentos adequado, tratos
culturais, desrama, desbaste, exploração racional e controle de pragas. Observa-se o efeito danoso
dos insetos no tronco, galhos, folhas e frutos sendo que pouco existe de quantificação e nada
sobre o controle. Deixamos nossa contribuição listando mais oito insetos da família
cerambycidae, catalogados no museu da U.F.V. Viçosa. Para que esta e outras espécies não
entrem em colapso total é que se exige a atenção dos pesquisadores, tendo em vista o alto
potencial econômico e biótico de nossas florestas.
GOMES, Grace Miranda. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, agosto de
1985. Cultura de tecidos e suas potencialidades para a eucaliptocultura. Orientador: Prof.
Acelino Couto Alfenas.
No Brasil, a maioria dos reflorestamentos, tem como ponto principal a produção de madeira como
matéria prima para carvão vegetal e celulose, o que é realizado com espécies de rápido
crescimento, fácil adaptação aos variados tipos de solo, clima e versatilidade da madeira à
indústria. Com a utilização do eucalipto, os trabalhos de melhoramento genético vêm sendo
dirigidos para aprimorar os indivíduos destinados à produção de sementes. A propagação do
eucalipto é usada para produzir melhores fenótipos e plantios em massa de genótipos
selecionados, realizados através de enxertia, enraizamento de estacas, alporquia ou
micropropagação vegetativa. O objetivo deste trabalho foi levantar os fundamentos e aspectos
relacionados à cultura de tecidos da eucaliptocultura, baseando-se em consultas bibliográficas.
Para tanto abordam-se os fundamentos da cultura de tecido, os meios de cultura utilizados, os
estágios vegetativos das plantas em propagação, a organização necessária de um laboratório e as
principais espécies de Eucalyptus cultiváveis por micropropagação, além de discutir a situação
atual do ramo.
RIGONI, Jane. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de 1985.
Seleção de espécies aptas para revestimento de taludes da região de Viçosa-MG. Orientador:
Prof. James Jackson Griffith. Co-Orientador: Profa. Maria das Graças Moreira Ferreira.
A alteração de áreas naturais por obras de terraplanagem é um dos problemas mais sérios do uso
da terra. Os cortes e aterros conseqüentes de tais obras, tipicamente deixam os solos expostos a
intempéries, provocando a erosão e assoreamento, pondo em risco as áreas adjacentes e o valor
estético da paisagem. É necessário procurar fórmulas adequadas não só para impedir a
5 progressão das conseqüências diretas deste impacto, mas também solucionar os problemas
secundários daí advindos. A melhor maneira de minimizar estes efeitos em longo prazo seria
recompor a vegetação. O grande problema consiste em determinar as espécies vegetais
potencialmente capazes de sobreviver às condições adversas do meio a que serão submetidas.
Portanto a seleção destas espécies deveria considerar as condições ecológicas do local modificado
e as características das plantas lá encontradas. Esta seleção exige um levantamento desta
vegetação, que ocorre naturalmente nestas áreas alteradas, já que seu crescimento espontâneo e
sobrevivências nestas condições drásticas já comprovam sua viabilidade como candidata para
recomposição vegetal do local, e é nisto que consiste este trabalho.
O objetivo deste estudo é
a seleção preliminar de espécies que ocorrem naturalmente em taludes na região de Viçosa-MG,
através de um levantamento fitossociológico das mesmas, que fornecerão as possíveis espécies
indicadoras para o revestimento de superfícies alteradas por obras de terraplanagem.
JUSTO, Marcos Rodolfo Schan. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1985. Proposição de um delineamento experimental de hidrossemeadura para áreas
degradadas. Orientador: Prof. James Jackson Griffith.
O Brasil possui reservas minerais de importância mundial. A mineração tem grande peso sobre a
economia brasileira. Só em 1981 o faturamento líquido das empresas deste setor somou 449,8
bilhões de cruzeiros, com 64839 pessoas empregadas. Com a atual política governamental de
incentivo à auto-suficiência e às exportações, a exploração e produção de minério estão em fase
de plena expansão. Este trabalho tem como objetivo definir um experimento com
hidrossemeadura, que seria implantado em uma área minerada e onde se estudaria o efeito de
diferentes métodos de operação do equipamento e de preparo do solo sobre eficiência da técnica.
RAMBALDI, Denise Marçal. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1985. Planejamento de um centro de visitantes para o parque florestal estadual do Rio
Doce. Orientador: Prof. James Jackson Griffith.
Pertencente ao Instituto Estadual de Florestas-MG, o Parque Florestal Estadual do Rio Doce
representa a pequena área remanescente da Floresta Tropical Atlântica; de rara beleza e
exuberância o Parque oferece oportunidades recreacionais e científicas insubstituíveis por sua
riqueza de recursos naturais. As considerações e sugestões apresentadas no presente trabalho
visam colaborar para que haja um melhor aproveitamento destes recursos através de um
planejamento racional e ecológico. Devido à acentuada demanda pela área de recreação do
Parque, este trabalho propõe o estabelecimento de um programa de interpretação, que criará novas
opções para os visitantes. Dada a falta atual de um local apropriado que funcionaria como sede
deste programa, será dada maior atenção neste trabalho, ao projeto e usos de um centro de
visitantes que é um recurso muito eficaz na interpretação de áreas silvestres.
CABRAL, Fernando César Pires. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1985. A ciclagem dos nutrientes e o manejo intensivo da floresta. Orientador: Profa.
Maria das Graças Moreira Ferreira.
6 Este trabalho mostra a importância da ciclagem dos nutrientes para a continuidade da produção
florestal e o efeito de certas práticas de manejo intensivo sobre o equilíbrio do ciclo. Foram
examinados a utilização dos resíduos de exploração, o aumento da densidade de plantio e redução
dos ciclos de corte e a adubação em florestas de Pinus spp. E Eucalyptus spp. A ciclagem dos
elementos minerais constitui o meio pelo qual as florestas naturais conseguem se manter
indefinidamente. A quantidade de elementos que deixa o sistema é um ponto crítico do ciclo dos
nutrientes das florestas comerciais, sendo em grande parte influenciado pela intensidade do
manejo adotado. A utilização de resíduos como fonte de energia provoca um aumento na
exportação dos nutrientes. Com a redução dos ciclos de corte, árvores cada vez mais jovens são
colhidas, sendo estas grandes acumuladoras de nutrientes. O aumento da intensidade de plantio,
outra prática comum a florestas energéticas, eleva a produção de biomassa por área e a exportação
dos seus nutrientes. Maior eficiência na utilização de nutrientes deve ser característica desejada
em programas de melhoramento. A exportação de resíduos, juntamente com maior densidade de
plantio e menor ciclo de corte aumentam a degradação da qualidade do sítio. Solos florestais, por
si só, não conseguem manter vários ciclos de uma floresta produtiva. Por isso, a importância da
adubação. Fica clara a necessidade de maiores estudos sobre a dinâmica dos minerais, para que
possamos equilibrar o ciclo dos nutrientes nas florestas implantadas e com isso garantir a
continuidade da atividade florestal.
CARVALHO, Pedro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de 1985.
Evolução sintomatológica da seca de ponteiros do Eucalipto no Vale do Rio Doce – MG
(SPEVRD). Orientador: Prof. Francisco Alves Ferreira
A seca de ponteiros do Eucalipto no Vale do Rio Doce (SPEVRD) passou a ser considerada
importante desde 1974, pelo professo Francisco Ferreira, da UFV, quando se iniciaram inspeções
periódicas de sua incidência. Dentro deste contexto, este trabalho visou registrar a evolução
sintomatológica, registrar o ciclo da doença e propor métodos de avaliação da SPEVRD. O
experimento foi instalado em Ipatinga-MG, utilizando Eucalyptus citriodora, E. grandis, E.
robusta, E. torelliana e E. urophylla, em quatro locais topográficos de um terreno, visando
registrar a sintomatologia da SPEVRD. Foram feitas três avaliações visuais, de janeiro a maio de
1985. Puderam-se enquadrar as plantas em oito padrões sintomatológicos, com base nos terços
basal, mediano e apical da copa, que se apresentavam sadios ou fortemente atacados pela
SPEVRD. Registrou-se a baixada 2 como de alta incidência da doença e sua encosta
correspondente de baixa incidência. Todas as espécies apresentaram sintomas da doença. Os
registros confirmam o surto de SPEVRD esperado no segundo ano de idade das plantas.
FREITAS, Jaime Anísio. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Controle do Eriococcus araucariae em Araucaria excelsa. Orientador: Prof. Norivaldo
dos Anjos Silva.
Neste trabalho se propôs a determinação da eficiência da Calda Viçosa, Benomil, Óleo mineral e
Calda Viçosa + Óleo Mineral no controle de Eriococcus araucariae e sua conseqüência, a
fumagina. O trabalho foi realizado num plantio de Araucaria excelsa, no município de Viçosa,
onde se obteve os seguintes resultados respectivamente: Óleo Mineral 92,4%; Benomil +Óleo
Mineral 87,7%; Calda Viçosa + Óleo Mineral 78,7%; Calda Viçosa 50,1% e Benomil 36,7%, no
controle do Eriococcus araucariae.
7 FARIA, Denise Mattos Procópio. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1985. Madeiras Brasileiras Usadas na fabricação de lápis. Orientador: Prof. Ricardo
Marius Della Lucia.
Um grande volume de madeira é consumido na produção de lápis, devido a sua imensa utilidade.
Além da quantidade, a qualidade da madeira é importante, pois o lápis exige qualidades
específicas para que seja de boa utilidade. O objetivo deste trabalho foi estudar as características
anatômicas comuns entre as espécies usadas na fabricação de lápis, relacioná-las com seu
comportamento, para que no futuro outras espécies possam ser utilizadas. As principais espécies
utilizadas na fabricação de lápis são: Açoita-cavalo (Luehea spp.), Bicuiba (Virola spp.), Caixeta
(Tabebuia cassinoides), Castelo (Gossypiospermum praecox), Genipapo (Genipa americana),
Jequitibá-branco (Cariniana legalis), Jequitibá-rosa (Cariniana estrellensis), Paratudo (Tabebuia
caraiba), Pau-roxo (Peltogyne paradoxa), Peroba-d’água-amarela (Tetrorchidium rubrivenium),
Pinheirinho (Podocarpus spp.), Pinho-do-Paraná (Araucaria angustifolia) Ucuuba-branca (Virola
surinamensis) e Vinhático (Plathymenia foliosa). Essas espécies apresentam as seguintes
características em comum: baixa densidade, leveza e firmeza, estrutura fina e uniforme, veio
retilíneo, superfícies lisas e pouco ásperas, paredes celulares mais finas. São madeiras com poros
pequenos a médios e pouco numerosos, exceto A.angustifolia e Podocarpus spp., que não
possuem poros. A.angustifolia apresenta diferença marcante entre lenho inicial e tardio, e também
cheiro característico, que são características indesejáveis.
CARDOSO, José Marcio. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Avaliação do potencial energético da madeira de “Pimenteira” (Xylopia sericea St.
Hill). Orientador: Prof. José Gabriel de Lelles.
A lenha tem grande participação no consumo de energia no país. Em face disso, avaliou-se, por
meio de um calorímetro adiabático, o poder calorífico da madeira de “Pimenteira”, que é uma
espécie que se destaca na Região da Zona da Mata – MG. Obteve-se para as umidades de 0% e
30% em base seca, os valores de 4.609 Kcal/Kg e 3.574 Kcal/Kg, respectivamente, para o poder
calorífico, superior. Para as mesmas umidades, determinou-se o poder calorífico inferior, cujos
valores são: 4.285 Kcal/Kg e 2.362 Kcal/Kg, respectivamente. Esses valores foram maiores do
que os obtidos das madeiras de “Quaresminha” e “Embaúba”.
DANTAS, Paulo Henrique de Souza. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1985. Avaliação do potencial energético da madeira da “Quaresminha” (Miconia
candolleana Trian.). Orientador: Prof. José Gabriel de Lelles.
A atual crise energética desperta o interessa para a reutilização mais intensa da madeira como
fonte de energia. Para esta finalidade, características como poder calorífico, análise elementar,
análise imediata, teor de umidade e densidade, são fatores específicos importantes. O presente
trabalho teve como objetivo determinar o poder calorífico da madeira de Quaresminha
(M.candolleana), a influência da umidade no poder calorífico e avaliar o potencial energético da
espécie. Os poderes caloríficos médio, superior e inferior, em teores de umidade em base seca
igual a 0% e 30%, obtidos da madeira da quaresminha foram: 4.476, 4.152, 3.541 e 2.336
8 Kcal/kg, respectivamente. Esses valores refletem o efeito negativo do teor de umidade no poder
calorífico da madeira. Comparando o poder calorífico médio superior da quaresminha, bem como
o peso específico relativamente alto, com espécies tidas como energéticas (Eucalyptus sp. E
Piptadenia rigida Benth.), verifica-se, a principio, um indicativo da potencialidade da espécie
como fonte de energia.
AZEVEDO, Alan de Souza. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Condução de brotações de Eucalyptus spp. Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
Os trabalhos feitos até o momento sobre condução de florestas de eucalipto por talhadia,
trouxeram a luz os principais fatores que influenciam o desenvolvimento dessas florestas. Cabe
aos trabalhos que sucedem focalizar detidamente cada um desses fatores, separadamente ou em
conjunto, a fim de se chegar a soluções mais acabadas e duradouras sobre o assunto em questão.
Foi mostrado que a capacidade de brotação varia muito com a espécie de eucalipto, devendo-se
adotar uma técnica de condução das brotações coerente com a espécie ou grupo de espécies
cultivadas. Há necessidade de se selecionar dentro de cada espécie e procedência, indivíduos
superiores quanto à capacidade de regeneração, havendo uma produção superior de madeira com
excelente qualidade e alta taxa de sobrevivência das cepas. A limpeza das cepas é prática
recomendável na condução de brotações de eucalipto quando se tem por finalidade aumentar a
taxa de sobrevivência das cepas. Deve ser uma operação mais econômica possível, não devendo
ser utilizado o fogo, uma vez que foi mostrado ter efeitos danosos ao solo e provoca um aumento
no percentual de falhas de brotações. A altura de corte e o diâmetro basal dos fustes por ocasião
da exploração, deverão ser os mais indicados pela pesquisa para a espécie cultivada, por serem
fatores que afetam a sobrevivência e desenvolvimento das brotações. O manejo das florestas de
eucalipto conduzidas por talhadia, deve ser feito de modo a associar qualidade final desejável da
madeira produzida e diâmetro das cepas que resultem maiores sobrevivência e desenvolvimento
possíveis da brotação. Atualmente, a idade mais adequada de desbrota parece ser a de 15 meses
após o corte, como foi mostrado no presente trabalho, proporcionando melhor seleção; maior
desenvolvimento dos brotos; maiores facilidades e rendimentos operacionais de desbrota em
relação a idades mais avançadas. O número de brotos por cepa deve ser condizente com a
finalidade da madeira produzida em talhadia, porque como foi mostrado, o volume produzido
cresce com o número de brotos por cepa. A ferramenta mais usual para operação de desbrota tem
sido a foice, normal ou modificada. Porém a foice é uma ferramenta um tanto limitada quanto ao
rendimento e qualidade de corte da operação de desbrota, sendo interessante testar serras
circulares motorizadas, à semelhança da usada em Portugal para desbrotas com idades mais
avançadas. Procurou-se nesta pesquisa bibliográfica, levantar uma questão fundamental para o
bom desenvolvimento da silvicultura no Brasil, especialmente em se tratando da cultura do
eucalipto. Acrescenta-se ainda, que há necessidade de um volume bem maior de trabalhos sobre o
assunto, procurando elucidar dúvidas e resolver problemas que não foram abordados, ou não
foram suficientemente estudados.
VIEIRA, José Sobrinho Silva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1985. Controle de qualidade na produção de mudas de Eucalyptus spp por semeadura
direta. Orientador: Prof. José Mauro Gomes.
9 Desenvolveu-se um controle de qualidade para a produção de mudas de Eucalyptus spp,
padronizando as operações do viveiro e permitindo, com isso, que sejam feitas avaliações
objetivas de parâmetros considerados importantes. Foram avaliadas quatro operações a serem
realizadas no viveiro, cujas metodologias adotadas buscam ser práticas e objetivas. Avalia-se,
inicialmente, cada operação e posteriormente todo o viveiro, que pode ser classificado como
ótimo, muito bom, bom, regular, ruim e péssimo. As amostragens utilizadas nas avaliações, feitas
ao acaso, serão por m2 de canteiro e variáveis de acordo com o tamanho do viveiro. Este trabalho
é um estudo apenas inicial, estando sujeito a mudanças e aperfeiçoamentos. Para tanto, é de
grande importância que seja implantado e testado em empresas florestais, para que seus resultados
possam ser comparados e discutidos.
COELHO, Flávio Leão. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Viabilidade técnica e econômica do uso de diferentes substratos na produção de
mudas de Eucalyptus grandis por semeadura direta em tubetes. Orientador: Prof. José Mauro
Gomes.
Este trabalho teve o objetivo de estudar a viabilidade técnica e econômica da utilização de
diferentes substratos no crescimento em altura de mudas de Eucalyptus grandis em tubetes.
Utilizou-se o delineamento estatístico em blocos casualizados e teste de médias por Scott-Knott.
De acordo com os dados obtidos, pôde-se concluir que o uso da matéria orgânica deve ser
implementado na produção de mudas de eucaliptos, por ser de fácil obtenção, promover um bom
crescimento das mudas e um bom sistema radicular; a moinha de carvão é essencial na mistura
com materiais orgânicos e deve ser utilizada; aconselha-se na produção de mudas, a mistura de
80% de composto orgânico com 20% de moinha de carvão por produzir uma boa muda a um
menor custo; aconselha-se o tratamento do composto orgânico com brometo de metila na dose de
20cc por m2 de composto numa espessura de mais ou menos 30 cm; caso alguma empresa queira
trabalhar com a vermiculita, esta deverá ser misturada com 40% de material orgânico, devendo-se
fazer aplicações parceladas de micro elementos, principalmente boro e zinco.
HORA, Leda Maria da. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Estudos de substratos na produção de mudas de Eucalyptus grandis por enraizamento
de estacas em tubetes plásticos. Orientador: Prof. José Mauro Gomes. Co-orientador: Prof.
Laércio Couto.
Foi realizado um teste com diversos materiais (moinha de carvão, vermiculita, casca de arroz,
turfa, composto orgânico, casca de eucalipto decomposta e serragem) e mistura deles com
substrato para enraizamento de estacas de Eucalyptus spp. diretamente em tubetes plásticos, na
tentativa de encontrar um substrato técnica e economicamente viável na substituição da
vermiculita pura, reduzindo assim o custo de produção das mudas. Foi feita uma avaliação aos 90
dias após estaqueamento. Os dados desta avaliação foram devidamente analisados, permitindonos chegar a algumas conclusões. Existem nove tratamentos que foram considerados viáveis,
sendo que, destes, o de maior viabilidade foi o obtido com a mistura de 60% de moinha de carvão
com 40% de casca de eucalipto decomposta. De um modo geral, os melhores resultados foram
obtidos com mistura de moinha de carvão com composto orgânico ou casca de eucalipto. A
vermiculita também mostrou bons resultados em mistura com composto orgânico e casca de
eucalipto, sendo usada em baixa porcentagem.
10 TORRES, Maria Rita. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1985. Utilização de diferentes substratos na produção de mudas de Eucalyptus grandis
através do Sistema Plantágil. Orientador: Prof. José Mauro Gomes.
Este trabalho foi realizado no viveiro de pesquisas florestais do Departamento de Engenharia
Florestal da UFV, e teve como objetivo o estudo de diferentes substratos na produção de mudas
de Eucalyptus grandis usando como recipiente o Sistema Plantágil, avaliando o uso deste sistema.
Foram analisados 52 tratamentos (mistura de substratos) com seis repetições, tendo sido feita
aplicação de micro nutrientes na metade das repetições. O parâmetro de avaliação foi altura aos
50, 70 e 90 dias de idade, sendo as médias analisadas pelo teste Scott-Knott ao nível de 5% de
probabilidade. O melhor crescimento em altura das mudas foi obtido com o tratamento 6, tendo o
mesmo apresentado alguns inconvenientes, não sendo considerado o mais adequado para a
produção das mudas. O substrato que apresentou ser mais promissor na produção de mudas de
Eucalyptus grandis foi o composto orgânico em mistura com outros substratos, principalmente
com a moinha de carvão. O Sistema Plantágil apresentou inúmeras desvantagens na produção de
mudas de Eucalyptus grandis: reduzido volume de substrato que não foi suficiente para o bom
crescimento das mudas; pequena profundidade do recipiente, promovendo um desbalanceamento
entre raiz e parte aérea; penetração das raízes na parede que separa uma muda da outra, por esta
ser muito porosa e fina, dificultando a retirada da muda e danificando as bandejas, reduzindo o
seu tempo de durabilidade; as raízes de algumas mudas não chegavam a sair do recipiente, estas
se apresentavam voltadas para cima ao encontrar ranhuras no fundo. Apesar do Sistema Plantágil
não ter proporcionado um bom crescimento das mudas de Eucalyptus grandis, não devem ser
descartadas as possibilidades de seu uso para a produção de mudas de outras espécies. A baixa
resposta obtida com a aplicação de micro nutrientes no crescimento das mudas, para a maioria dos
tratamentos testados, sugere que novos trabalhos sejam conduzidos para verificar o ocorrido.
Caso alguma empresa queira trabalhar com vermiculita, aconselha-se o uso desta em mistura com
material orgânico, principalmente com o composto orgânico.
BARROSO, Wilson Antônio da Silva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de
Viçosa, junho de 1985. Técnicas mais utilizadas em anatomia para preparação de madeiras
para exame microscópico. Orientador: Prof. Roberto da Silva Ramalho.
As várias técnicas utilizadas são muito eficientes obtendo-se com elas resultados satisfatórios, o
que proporcionará posteriormente uma análise microscópica facilitada e confiável, fornecendo
também ótimas micrografias para ilustrações das descrições do lenho das madeiras. Foi feita uma
descrição geral das várias técnicas mais utilizadas, evidenciando-se as de dois Institutos que
realizam estudos anatômicos de madeiras: Setor de Anatomia do Departamento de Engenharia
Florestal da Universidade Federal de Viçosa e Setor de Anatomia do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro. Não houve praticamente muita diferença entre essas duas instituições no que tange às
técnicas utilizadas. Além disso, foram mencionadas outras técnicas que apesar de proporcionarem
bons resultados não são, ou são pouco utilizadas pelos anatomistas, talvez pelo seu custo elevado
ou pela demora na obtenção dos cortes prontos para exame microscópico. Todas as técnicas aqui
citadas são de capital importância para observação das características anatômicas das madeiras a
serem descritas, características estas que muitas vezes são exclusivas de determinada espécie
11 vegetal e que servem, em muitos casos particulares, para descrever e até separar espécies que são
fenológica, dendrológica e sistematicamente semelhantes, porém anatomicamente diferentes.
Elaborando-se e tentando-se padronizar técnicas que sejam simples, de fácil execução e não sejam
onerosas, o trabalho de laboratório será facilitado, proporcionando maior rapidez na descrição das
características anatômicas das incontáveis espécies arbóreas que compõem a exuberante floresta
de nosso país.
12 RESUMOS 1985-2
FERREIRA, Vilmar. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro de
1985. Consórcio silvipastoril: vantagens e desvantagens. Orientador: Prof. Laércio Couto.
A utilização da consorciação silvipastoril já vem ocorrendo há muito tempo. Entretanto, a maneira
como tem sido implementada por pequenos proprietários e empresas florestais ainda se mostra
bem rudimentar, consistindo apenas na introdução de animais no meio dos plantios já instalados.
Nesta consorciação os plantios fornecem, a partir de seu sub-bosque herbáceo, alimento e abrigo
aos animais. Não existe qualquer técnica de manejo ou coleta de dados para posterior análise de
custo e benefício neste tipo de consórcio, o que mostra a necessidade de estudos neste tipo de
atividade. A partir do exposto no decorrer deste trabalho nota-se uma série de vantagens na
adoção do sistema, que sugerem que a utilização de consórcios silvipastoris em grandes projetos
florestais pode ser visto como uma técnica economicamente viável. Uma série de desvantagens
também foi verificada, onde as principais estão na ausência de informações a respeito, mas que ao
mesmo tempo apontam uma grande oportunidade de desenvolvimento para o campo da ciência
florestal.
PASSOS, Carlos Alberto Moraes. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Considerações gerais sobre os sistemas agroflorestais. Orientador: Prof.
Laércio Couto.
Os problemas causados pela má utilização do solo têm aumentando devido à necessidade de
produzir alimentos e matérias-primas. A situação é agravada nas regiões tropicais pelas suas
condições climáticas, políticas e econômicas. As áreas florestais têm diminuído com a abertura de
novas fronteiras agrícolas ao mesmo tempo em que decresce o potencial produtivo destes solos.
Diante deste quadro, a busca de técnicas que possibilitem produzir, sobre uma mesma área,
diferentes tipos de produtos, seguindo o princípio do rendimento sustentado, é cada vez mais
urgente. Os sistemas agroflorestais, através da estratificação da vegetação, permitem a utilização
de uma maior porcentagem de energia solar incidente sobre o solo. Esta estratificação nada mais é
do que uma tentativa de simular as relações ecológicas encontradas nas florestas. Diversas
vantagens ecológicas podem ser verificadas com o uso destes sistemas. As principais
desvantagens são a complexidade a respeito do estudo destes sistemas e a relativa falta de estudos
a respeito deste assunto. Diante do que foi exposto, espera-se uma maior cooperação entre
13 profissionais de áreas correlatas, para o desenvolvimento de sistemas produtivos que satisfaçam
objetivos que vão além do lucro imediato.
CALEGÁRIO, Natalino. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1985. Isolamento, vantagens e métodos de inoculação de fungos ectomicorrízicos em
Pinus spp. Orientador: Prof. Acelino Couto Alfenas.
Para se conseguir uma máxima eficiência da simbiose é necessário isolar, identificar e inocular os
fungos em diversas espécies de Pinus, a fim de que se possa conhecer o verdadeiro potencial de
micorrização do fungo. A inoculação deve ser realizada tanto em laboratório como em condição
de campo. Existem vários métodos de isolamento, contudo deve-se usar o que possa dar melhores
resultados. Um método muito usado é o isolamento a partir de basidiocarpos. O inconveniente é
que nem todos os fungos ectomicorrízicos produzem basidiocarpo. Também se pode isolar a partir
de ectomicorrizas, sendo que a dificuldade de isolamento é o principal inconveniente. As
ectomicorrizas são indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento de espécies do gênero
Pinus. Entretanto, a formação destes fungos depende de diversos fatores que devem ser estudados
para uma melhor utilização desta associação. As técnicas de inoculação destes fungos em culturas
de Pinus podem ser feitas de diversas formas, onde cada uma delas apresenta vantagens e
desvantagens quanto à praticidade e eficiência do método. Dentre as técnicas de inoculação, o
método de inóculo vegetativo aparece como o mais seguro em termos de conhecimentos das
espécies envolvidas, onde se deve dar a este método destacada importância em universidades,
instituições de pesquisa e em empresas florestais dedicadas à exploração de espécies do gênero
Pinus.
LOBATO, José Norberto. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1985. Recuperação conservacionista com crindiúva (Trema micrantha Blume): uma
proposta para teste de germinação. Orientador: Prof. James Jackson Griffith.
Uma superfície degradada, resultante de mineração, tanto causa impacto visual no sentido
negativo, como provoca intensa erosão, arrastando partículas às redes fluviais assoreando-as ou
contaminando a água. O restabelecimento de uma cobertura vegetal seria o único método capaz
de controlar os problemas mencionados. A espécie sugerida para estudo tem uma série de
vantagens que a levou ser considerada como potencial para restabelecimento vegetal das áreas
mencionadas. É pouco exigente em termos de fertilidade, apresenta rápido crescimento, forma
aglomerados densos em pouco tempo, ainda condiciona o desenvolvimento da fauna, fornecendoa alimento. O presente trabalho propõe um experimento fatorial aplicado a um delineamento
inteiramente casualizado, de forma proporcionar a avaliação do tratamento das sementes,
substratos e interação entre eles. Visando atingir o objetivo, foi usado o modelo Yijk = m + Ai +
bj + (AB)ij + Cijk e tomadas as percentagens de germinação de cada parcela, para que pudesse
proceder os cálculos e análises. Uma vez obtidos os dados experimentais, estes seriam divulgados
e analisados em outra monografia subseqüente, bem como a forma e local do teste aplicado.
Estará aqui constituindo apenas a primeira etapa. Outras deverão seguir, propondo novos
experimentos e avaliando-os. Basicamente deverá seguir um estudo do crescimento e
sobrevivência na área a ser reabilitada. O estudo de espécies para recuperação de áreas
degradadas é de grande relevância tendo em vista a consciência, de alguns segmentos, da
14 necessidade de tal atitude. Algumas empresas, por pressão popular ou iniciativa própria, já estão
trabalhando no particular sentido. A pesquisa, nesse campo de ação, também é de grande valor,
pois muito irá contribuir para a seleção de espécies que realmente atendam níveis de
recomposição satisfatórios dentro de curto prazo, conciliando a exploração mineral à minimização
dos traumas ecológicos, adequando-os às nossas necessidades.
KASAI, Márcia Yoshie. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, janeiro de
1986. Efeito do uso de cinzas na regeneração de matas secundárias: um delineamento
experimental em proposição. Orientador: Prof. James Jackson Griffith.
O conhecimento da estrutura e função da floresta nativa contribuirá sobremaneira para que nossas
espécies arbóreas sejam exploradas em todas as suas possíveis utilizações, gerando preceitos
técnicos capazes de beneficiar economicamente a atividade silvicultural do país. Particularmente
no caso das matas secundárias pertencentes à Universidade Federal de Viçosa, qualquer tentativa
em acelerar sua regeneração seria bem acolhida devido ao número de informações que uma
floresta madura tem condições de oferecer às atividades educacionais, de pesquisa e extensão que
constituem as bases desta instituição de ensino. Propõe-se a aplicação de três níveis de cinzas
(oriundas de caldeiras da própria universidade) em três posições topográficas visando observar
qual o efeito na regeneração natural de florestas. O modelo matemático que melhor descreveria
este efeito seria: Yijk = u + ti + bi+ eijk, em que os tratamentos seriam comparados através do
teste de Tuckey. Concluído o experimento, estudos paralelos deveriam ser conduzidos buscando
enriquecer o conteúdo do trabalho. Por exemplo, poderia ser feito um levantamento
fitossociológico da área experimental, determinando-se o índice de valor de importância (I.V.I.)
das espécies, como fez RIGONI (1985). Aquelas cujas I.V.I. fossem superiores poderiam
constituir-se nas unidades de observação, as quais teriam os volumes medidos, em substituição do
cálculo do volume de todas as parcelas. Simultaneamente, análise das potencialidades
tecnológicas deveria ser efetuada, bem como as descrições anatômica e dendrológica das espécies
consideradas. E, assim por diante, uma série de outros trabalhos poderiam fornecer elementos
confiáveis para que a Engenharia Florestal possa enfrentar aquele que talvez seja o seu maior
desafio, o manejo das florestas nativas.
MENDES, José Geraldo. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1985. Avaliação de um forno de alvenaria, para produção de carvão vegetal, tipo “rabo
quente” com tiragem central. Orientador: Prof. José Gabriel de Lelles
O forno “rabo quente” tem sido tradicionalmente usado para carbonização de madeira,
principalmente na região do cerrado. Na sua forma original ele não tem chaminés para retirada
dos gases. Os objetivos do trabalho foram: testar o comportamento de um forno “rabo quente”,
adaptado com uma chaminé simples de tiragem central e fazer uma pré-experimentação para
definir metodologias a serem utilizadas em um futuro trabalho para testar o comportamento de um
forno “rabo quente” com esta adaptação. A um forno “rabo quente” de 3,20m de diâmetro e
2,20m de altura total, foi adicionada uma chaminé com tiragem central. Foram feitas cinco
repetições de carbonização no forno adaptado. A madeira utilizada foi de Eucalyptus sp., com
idade de 20 anos e diâmetro médio de 17cm. Para cada repetição foram determinadas a umidade e
densidade básica da madeira enfornada, e do carvão foram feitas a análise química imediata e
15 avaliação dos rendimentos gravimétricos da carbonização em base seca. Em todas as repetições o
rendimento gravimétrico sempre foi maior do que o rendimento gravimétrico em forno
convencional, o qual foi afetado pela formação de ticos e pela umidade da madeira que estava um
pouco elevada. O que poderia ter atuado em favor do rendimento gravimétrico seria a densidade
básica um pouco alta, devido à idade da madeira. Pelos resultados obtidos conclui-se que
realmente a adição de uma chaminé com tiragem central a um forno “rabo quente” aumenta o
rendimento gravimétrico. Considerando que este foi um trabalho de pré-experimentação para
definir uma metodologia adequada para uma posterior avaliação, pode-se dizer que o uso de uma
madeira homogênea quanto à espécie, umidade, idade, bases em bisel e dimensões adequadas, são
de grande importância na avaliação deste forno com chaminé.
DOMINGUES, Adilson Lima. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Plano de manejo de fauna para a Mata da Estação de Tratamento de
Água (E.T.A.) da Universidade Federal de Viçosa. Orientador: Prof. não legível. Coorientador: Prof. Lauro Gontijo.
O manejo da Fauna Silvestre é a ciência e a arte de fazer alterações no “habitat”, a fim de manter
as populações de fauna em níveis desejáveis, para recreação, turismo, divertimento estético e
outros, sendo o principal objetivo preservar, em geral, as espécies, para que elas não se extingam,
com prejuízo da comunidade. O objetivo deste trabalho foi fornecer água de qualidade e em
quantidade suficientes à fauna existente na mata da Estação de Tratamento de Água da
Universidade Federal de Viçosa (UFV), devido a sua carência, evitando assim que haja o
deslocamento desses animais até a represa da UFV e a outros locais que os coloque em perigos
constantes e possa reduzir ou eliminar a grande riqueza de fauna existente na mata. Para resolver
o problema da carência de água e, consequentemente, aumentar a capacidade de sustentação do
solo (C.S.S.) na mata, optou-se pelo seu bombeamento a partir da Estação de Tratamento de Água
da UFV, com uma canalização ao longo de 1400 metros, instalação de bebedouros (reservatórios
artificiais de água) em pontos estratégicos da área e suplementação de água de boa qualidade. O
mesmo permitirá um aumento da capacidade de sustentação do solo na mata, diminuindo a
barreira existente, imposta pelo meio ambiente.
BARROS JÚNIOR, Walter. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Proposição de métodos de corte para povoamentos de eucaliptos
plantados para fins energéticos. Orientador: Prof. Amaury Paulo de Souza.
Foram avaliados alguns métodos de estudo sobre o tempo, produtividade e racionalização das
operações de corte em povoamentos de eucalipto, com objetivo de propor um método de corte que
atenda às diversas situações nesta etapa da colheita, tendo assim maneiras de cortar florestas a um
preço conveniente e a um grau de organização que satisfaça as várias etapas subseqüentes. O
método foi proposto para florestas plantadas para fins energéticos, tendo uma subdivisão para
terrenos planos e ou acidentados, sendo que o primeiro possui duas variações: épocas secas ou
chuvosas. Entre outros pontos, foi dada atenção aos ventos predominantes; à presença de oficina
mecânica ambulante para reparos, limpeza das toras e preservação das cepas remanescentes,
danos causados por caminhões e máquinas que farão extração de lenha.
16 TORCHETTI, Ademir José. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Alguns aspectos da exportação de produtos florestais. Orientador: Prof.
Antônio Alberto Alessandro de Barros.
O desenvolvimento florestal no Brasil é feito com muitas dificuldades econômicas que a
conjuntura mundial impõe ao país e por suas próprias características. Contudo, as exportações
apresentam incremento com o correr dos anos. O setor florestal hoje é uma atividade apresentada
como uma importante alavanca da economia através dos produtos industriais que o setor origina
para o consumo interno e externo. Nesse sentido a atividade florestal vem criando divisas e
demonstrando o seu poder de fixar o homem na terra, reduzindo os efeitos danosos da migração
desordenada para grandes centros urbanos já incapazes de absorver novos contingentes de mãode-obra. O setor florestal vem criando condições para uma mobilização econômica permanente
em regiões menos favorecidas, porque não gera os efeitos redutores da entressafra. O setor
florestal vem crescendo de forma contínua. Todavia, está longe de ter destaque nas exportações,
pois há muito que fazer: apoio do governo, incremento de pesquisas e melhora da infra-estrutura.
PEREIRA, Maria da Consolação. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Urucum, uma alternativa para os corantes sintéticos. Orientador: Prof.
Roberto da Silva Ramalho.
Apesar das dificuldades de utilização do urucum como matéria prima, mesmo ele existindo em
quase todos os estados brasileiros, não se encontram plantações organizadas, ainda que ele seja
um recurso renovável e apresente benefícios cientificamente comprovados. Para isso é preciso
pesquisar mais o produto, com o apoio do governo, visto que a iniciativa privada não possui
recursos para tal.
ARAÚJO, Mauro Seródio Silva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Avaliação preliminar da produção e decomposição de litter em floresta
secundária em Viçosa-MG. Orientador: Profa. Maria das Graças Ferreira Reis.
O objetivo deste trabalho foi fazer uma avaliação preliminar da produção e decomposição do litter
em floresta secundária localizada no Paraíso, em Viçosa – MG. O litter foi coletado em
armadilhas de 1m2, feitas de armação de madeira e com tela de nylon, colocadas a 30 cm do solo.
Onze dessas foram distribuídas ao acaso em cada uma das áreas em estudo (baixada e encosta). A
coleta consistiu em litter composto por folhas, galhos, ramos pequenos, flores e frutos. O passo
seguinte foi determinar o peso seco; as amostras foram moídas para análise química dos seguintes
elementos: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Verificou-se que houve maior
produção de litter na baixada, pelo maior desenvolvimento das espécies naquela posição e,
também, com maior presença de água e nutrientes. A queda da quantidade variou com a estação
do ano, durante período de temperatura e precipitação mais elaevadas. Já para os nutrientes, os
elementos mais abundantes foram o Ca e N, seguidos por K, Mg e P. O teor de nutrientes também
sofre variação estacional, assim como a biomassa. Conclui-se que o litter seja analisado para cada
fração separadamente, empregando-se para isto amostras maiores que 1m2 para coleta de galhos.
Considerando que a taxa de decomposição foi lenta, sugere-se, portanto, que a observação dela se
estenda para mais um ano com um período de decomposição maior.
17 ROCHA, José Carlos de Oliveira. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. O Bambu. Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O bambu é uma planta bastante versátil, prestando-se para diferentes utilidades, tais como:
formação de cerca-viva, quebra vento, represamento de água, entre outras. É uma planta nativa do
sudoeste da Ásia e Japão, que pertence à família Gramineae, dentro da monocotiledônea.
Basicamente sua estrutura é feita de tecido parenquimatoso, vasos e fibras. São distribuídos
longitudinalmente em relação ao eixo do colmo, numa completa ausência de raios. Já sua
composição química varia com as espécies, lugares e procedências. Espécies exóticas adaptadas
ao Brasil: Bambusa tultoide, Bambusa tulda, Bambusa vulgaris, Dendrocalamus gigantescus e
Phyllodtachys sp. O florescimento é variável. Florescem e produzem frutos, sem, contudo,
morrer; outras florescem e morrem; a grande maioria nunca foi vista florescer. A formação e a
condução desta cultura é muito simples. Desenvolve-se em solos de média fertilidade e, inclusive,
em solos ácidos, não havendo necessidade de calagem. Não há necessidade de replantio, pois a
rebrota vem com facilidade, economizando mão-de-obra. Os dados obtidos em Trinidad revelam
que B. vulgaris produziu cerca de 20t/há/ano. Os ataques provocados ao bambu são poucos,
geralmente por Estigema serrensis, Cyrtotrachelis longipes. O bambu teria grande utilidade se
plantado para formação de matas ciliadas, protegendo os rios de assoreamento por erosão das
encostas. Conclui-se que se deve procurar difundi-lo mais no meio rural, pois suas utilidades são
muitas e podem gerar riquezas para os produtores e para o país.
SOUZA, Rodolfo Neiva de. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Controle da produtividade da mão-de-obra em fazenda florestal de
Eucalyptus spp para produção de carvão vegetal. Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O objetivo real deste trabalho é propor uma alternativa que venha a dinamizar todo o processo
operacional ligado à área de campo. Foram vistas, basicamente, as atividades incluídas nas áreas
de implantação florestal, manutenção florestal, exploração florestal e produção de carvão. As
operações de implantação consistem em: roçar e queimar, encoivarar manualmente e queimar,
descoivarar, construção de aceiros, destocar colonião, alinhar e marcar, covear, construção de
cercas, plantar manualmente e replantio. Para a manutenção florestal o trabalho propõe as
seguintes atividades: combate a formigas, capina manual, batida de manutenção e conservação
manual de aceiro. A atividade de exploração florestal traz o seguinte: colheita de lenha, baldeação
de lenha, transporte de lenha e estradas. E para a última, produção de carvão, tem-se:
carvoejamento e transporte de carvão. O rendimento operacional foi expresso em h/ha, h/km e
h/st. As tarefas de 1 a 13, descritas na tabela, experimentam valores de 1 homem/1h/1ha. Os itens
de 14 a 18, na mesma tabela, perfazem um total de 56h/semanais/homem. E o item 19,
carvoejamento, merece atenção especial por apresentar uma complexidade grande e subatividades envolvidas, tendo impossibilidade de medir com exatidão o rendimento operacional.
Para se manter o controle e desenrolar das operações foram feitos relatórios, os quais serão
preenchidos pelos feitores para avaliar o andamento do serviço. Conclui-se que não há dúvidas da
necessidade de se manter um controle sobre o andamento das atividades em uma propriedade
florestal. Para isto, é necessário todo um estudo de rendimento e aplicação de relatórios de campo.
18 BERING, Sebastião Carlos. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Alguns aspectos sobre a cultura do guaraná (Paullinia cupana).
Orientador: Prof. Laércio Couto.
A cultura do guaraná despertou, nos últimos anos, um surto de interesse, devido ao crescente
incremento dos preços obtidos, em face de uma demanda cada vez mais insatisfeita.
Incontestavelmente, uma das mais promissoras culturas, característica amazonense, está o guaraná
a exigir cuidados especiais da parte dos organismos responsáveis, notadamente no campo da
pesquisa e fomento. É o guaraná quase que inteiramente respondendo pela economia de um dos
mais importantes municípios do amazonas que é Maués. Está sendo olhado com muito interesse,
não só por parte dos agricultores, como também do governo. O objetivo deste trabalho foi mostrar
aspectos da cultura do guaraná, tais como exigências edafoclimáticas e tratos culturais
necessários, bem como aspectos econômicos relacionados à cultura. A metodologia utilizada para
realização da pesquisa foi principalmente consulta à literatura e experiências próprias.
SILVA, Wilson. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro de 1985.
Situação atual do palmito (Euterpe edulis). Orientador: Prof. Laércio Couto.
O palmito como alimento é conhecido desde épocas remotas. Os índios foram os primeiros
consumidores desse vegetal, pois já o empregavam em sua alimentação na época do
descobrimento do Brasil. Desde então, até o presente, o palmito vem ocupando lugar de destaque
não só na cozinha brasileira como na estrangeira, graças principalmente ao “flavor” delicado e
“sui-generis” que apresenta. O objetivo deste trabalho foi fazer uma análise da situação da cultura
do palmito no cenário nacional. A metodologia utilizada para realização da pesquisa foi
principalmente consulta à literatura e experiências próprias. Através da pesquisa, pode-se concluir
que o palmito é uma grande alternativa a desempenhar papel importante na balança econômica
brasileira. O Brasil é um dos poucos países que apresenta condições privilegiadas para a
exploração da cultura. A demanda do palmito é muito grande, destacando-se como fonte de
alimento, tanto na culinária nacional quanto na internacional.
OLIVEIRA, Paulo Roberto. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1985. Implantação de seringais. Orientador: Prof. Laércio Couto.
A conquista do espaço amazônico, a partir do século passado, está ligada à descoberta da
seringueira (nome vulgar de uma planta pertencente ao gênero Hevea, da família Euphorbiaceae,
nativa da região amazônica, que produz látex, do qual se extrai a borracha natural). O
desenvolvimento uniforme de um seringal plantado é um fator essencial para um mais rápido
retorno econômico e amortização dos custos de implantação. O objetivo deste trabalho foi enfocar
os procedimentos para a implantação de seringais da maneira mais economicamente viável,
buscando maior retorno econômico. A metodologia utilizada para realização da pesquisa foi
principalmente consulta á literatura e experiências próprias. Através da pesquisa, pode-se concluir
que um fato de grande importância para a implantação de seringais é a determinação da densidade
de plantio, pois tanto plantios com maior número de árvores por hectare quanto plantios com
menor número de árvores por hectare apresentam vantagens e inconvenientes.
19 RESUMOS 1986-1
KRUGER, Wallace. Monografia de Graduação. Universidade federal de Viçosa, junho de 1986.
Urucum, uma cultura com possibilidades de expansão. Orientador: Prof. Arlindo de Paula
Gonçalves.
Atualmente há relativo interesse pelo cultivo de urucum em algumas regiões do norte e nordeste
do Brasil. Devido à regular procura por sua semente pelo mercado brasileiro e estrangeiro o
cultivo de urucum pode ser considerado um sistema bastante animador para a balança econômica
do país, sendo que os técnicos dessa cultura não duvidam que ela ainda possa ser acrescida,
dobrada ou triplicada em terras do Brasil, com mercado certo e compensador. O fácil cultivo,
além da grande demanda de mercado e a diversidade de usos a que se destina o cultivo do
urucum, faz com que esta cultura tenha uma enorme capacidade de expansão.
FUGITA, Armando Mamoru, Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1986. A Cultura da Jojoba (Simmondsia chinensis). Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
A jojoba (Simmondsia chinensis (Link) Schneider) é um arbusto que ocorre naturalmente no
deserto de Sonora, situado a sudoeste dos Estados Unidos e noroeste do México. Sua semente
possui alto teor de óleo, cerca de 50%, que pode ser facilmente obtido através de prensagem e de
onde podem ser derivados muitos produtos de importância econômica. O fruto da jojoba pode ser
totalmente aproveitado, a cera líquida pode ser utilizada na produção de cosméticos,
medicamentos, etc. A cera hidrogenada pode ser usada em polidores, papel carbono, etc. O óleo
sulfurizado pode ser usado em vernizes, tintas para impressão, etc. Devido às suas características
químicas e físicas, o óleo de jojoba pode ser utilizado como lubrificante para máquinas que
trabalham sob alta temperatura e pressão em substituição ao óleo de baleia. A torta da jojoba
pode ser utilizada como ração animal. Além disso, o óleo pode ser usado como óleo de cozinha e
a cultura deste arbusto possibilita a produção de excelente mel. O objetivo deste trabalho é indicar
as diretrizes para o cultivo correto da jojoba em escala comercial, mostrar o potencial desta
cultura, bem como compreender fundamentos da silvicultura e aspectos do ciclo de vida desta
oleaginosa, relacionados à botânica, utilização, solo e clima, plantio, adubação, pragas e doenças,
produtividade, colheita, e armazenamento, além de indicar as perspectivas atuais para a utilização
de alguns subprodutos advindos desta planta. Para isto foi realizada uma ampla pesquisa
bibliográfica. A jojoba apresenta alta variabilidade genética, o que possibilita a obtenção de
20 grandes resultados na realização do melhoramento genético desta espécie. O estabelecimento de
plantações comerciais de jojoba não exige novos métodos agrícolas ou equipamentos
especializados. Devido ao seu local de origem, esta planta é adaptada a défcit hídrico e solos
arenosos. Portanto, pode se adaptar muito bem ao semi-árido brasileiro, e, devido à multiplicidade
de aplicações usuais e potenciais de seus produtos, poderá se constituir em uma alternativa
econômica muito importante.
COSTA NETO, Francisco. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Julho de
1986. Espécies do gênero Hevea. Orientador: Prof. Roberto da Silva Ramalho.
As seringueiras, como são conhecidas vulgarmente, pertencem à família Euphorbiaceae e ao
gênero Hevea. Este gênero é classificado em árvores (ou arbustos) de folhas compostas,
trifoliadas, monóicas, frutos de cápsula tricoca, com deiscência. O gênero está distribuído pela
região Amazônica em mata pluvio tropical. São conhecidas onze espécies do gênero: Hevea
guianensis Aubl., H. benthamiana Muell. Arg., H. paludosa Ule., H. brasiliensis (Will. Ex A. Juss)
Muell. Arg., H. spruciana (Benth) Muell. Arg., H. pauciflora (Spruce ex Benth.) Muell. Arg., H.
nitida Mart. Ex. Muell. Arg., H. rigidifolia (Spr. Ex Benth) Muell. Arg., H. camporum Ducke, H.
microphylla Ule., H. carmagoana Pires. A maior produtora de borracha é conhecida por H.
brasiliensis, esta espécie distingue de H. pauciflora, pois perdem as folhas em certas épocas do
ano, em plantações. A última espécie a ser descoberta foi a H. carmagoana, abundante na ilha do
Marajó, Pará. A heveicultura nacional sofre um entrave em sua expansão, por causa do “mal das
folhas”, causado pelo fungo Microcyclus ulei, porém possui grande importância econômica para o
Brasil, que já foi o maior produtor e exportador de borracha natural do mundo.
GONÇALVES, Augusta Rosa. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1986. Quantificação da ocorrência de seca de ponteiro em povoamentos de Eucalyptus
saligna pertencentes á DURATEX S.A. na região de Lençóis Paulista, SP. Orientador: Prof.
Laércio Couto.
A DURATEX S.A. é uma empresa brasileira que utiliza o sistema de manejo, onde são deixadas
árvores remanescentes em seus povoamentos comerciais de Eucaliptus sp. Porém, nos últimos
anos, tem se observado nestas árvores a ocorrência de sintomas de seca de ponteiro dois ou três
anos após o corte das arvores adjacentes. Como este fenômeno vem ocorrendo em grandes
extensões de terra na região de Lençóis Paulista e se manifestando nas melhores árvores do
povoamento, as perdas em crescimento das mesmas são consideráveis. O presente trabalho teve
como objetivo a quantificação da ocorrência de seca de ponteiro nos povoamentos de Eucaliptus
saligna da DURATEX S.A. em Lençóis Paulista, São Paulo. Tentou-se ainda, correlacionar a
ocorrência do fenômeno com alguns fatores ambientais, tais como: solo, clima, topografia e
presença de matas ciliares. Para estimar o número de árvores de povoamento que apresentava os
sintomas de seca de ponteiro, foi realizado um levantamento de campo, onde este consistiu
basicamente em se percorrer duas entre cada dez ruas ao longo de todo talhão com finalidade de
se levantar 20% das árvores remanescentes de cada talhão selecionado para o levantamento.
Como o problema atinge um grande número de árvores, causando redução da área fotossintética,
há perda considerável no incremento em volume, o que exige maior empenho para descobrir as
suas causas e seria necessário efetuar um levantamento em uma área maior e com isso obter
dados mais confiáveis.
21 ANTONIOL, Luiz Orlando. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Julho de
1986. Eficiência comparativa de formicidas termonebulígenos no controle de saúvas.
Orientador: Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
O objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência dos formicidas termonebulígenos Malagof e
Sumigof, cujos elementos ativos são Malathion 15% TN e Fenitrothion 15% TN respectivamente.
Os experimentos foram conduzidos em duas áreas de pastagem com declividades acentuadas,
localizadas no município de Visconde do Rio Branco – MG. Em cada área foram tratados 10
sauveiros escolhidos ao acaso. Os sauveiros com área média de 26,39 m² foram tratados com
Malathion 15% TN e naqueles com área média de 41,60 m² aplicou-se fenitrothion 15% TN.
Ambos os produtos foram aplicados em um dia ensolarado com auxílio de um termonebulizador
Yanmar KT-30, cuja vazão de descarga foi de 7,43 ml/min para Malafog e 11,88 ml/min para
Sumigof. Os formicidas foram aplicados em um e dois olheiros em cada metade dos sauveiros de
ambas as áreas. Na aplicação em dois olheiros o tempo de injeção do produto foi igual para cada
olheiro. A avaliação foi realizada após 30 dias da instalação do experimento. Os sauveiros sem
movimento de formigas em qualquer panela foram considerados mortos; os amuados foram
aqueles em que o movimento foi mínimo e os ativos aqueles com grande movimentação de
formigas. Ambos os produtos não provocaram a morte de nenhum sauveiro, sendo que o Malagof
provocou amuamento de 40% das colônias e o Simigof causou um amuamento de 80% das
colônias com aplicação em um olheiro. Os resultados revelaram ineficiência dos produtos no
combate das formigas do gênero Atta.
DANTAS, Carlos Eduardo de Souza. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
julho de 1986. Algumas informações sobre a Cassia macranthera D. C. Orientador: Prof.
Roberto da Silva Ramalho.
O Fedegoso (Cassia macranthera D. C.) é uma espécie pertencente à família Leguminosae
Caelsalpinioidea D. C., apresenta um pequeno porte podendo atingir de 10-15 m de altura. Ocorre
nos estados do sudeste do Brasil e pode ocorrer no Mato Grosso do Sul. Essa espécie é muito útil
para arborização de praças, ruas e rodovias devido a grande beleza de sua florada. Em relação à
madeira não parece apresentar características desejáveis para sua utilização, devido à falta de
brilho e desenho decorativos. A produção de mudas é prejudicas pela dormência de suas
sementes.
GUMIER, Eduardo Luís. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1986. O Palmiteiro. Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O desenvolvimento da cultura do palmiteiro (Euterpe edulis e Euterpe oleracea) é um desafio aos
técnicos, uma vez que o quadro atual é desestimulador. A exploração dessa cultura é feita de
forma irracional, ocasionando gradativamente a eliminação de nossas reservas naturais. O
palmiteiro é pouco exigente em relação à fertilidade do solo e exigente ao sombreamento e
umidade do solo podendo ser associado a outras culturas que lhe forneçam sombreamento. A
palmeira juçara (Euterpe edulis) é de grande aceitação no mercado interno e externo, e sua
ocorrência se estende do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul. A palmeira açaí (Euterpe oleracea)
22 possui a capacidade de depois de ser cortada originar de três a quatro brotos, e sua ocorrência
abrange os estados do Pará e Amazonas. Devido à carência de estudos detalhados sobre a espécie
e seu cultivo, faz-se necessário um maior estudo sobre as espécies e seu cultivo nas instituições de
pesquisa.
FARIA, Sebastião Donisete. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Junho
de 1986. Principais espécies arbóreas frutíferas nativas do cerrado. Orientador: Prof. Renato
Mauro Brandi.
A presente monografia teve como objetivo descrever as principais espécies arbóreas frutíferas
nativas do cerrado em seus aspectos mais importantes como tamanho da árvore; distribuição
geográfica da espécie; descrição das folhas, frutos, sementes, tronco; épocas de florescimento e
frutificação e o uso dos frutos. As espécies descritas nesse trabalho são: Articum (Annona
crassiflora Mart.), Pimenta do Campo (Xylopia aromatica (Lam.) Mar.), Pequi (Caryocar
brasiliense Comb.), Jatobá (Hymenea stigonocarpa Mart.), Murici (Byrsonima verbascifolia (L.)
Rich). Foi enfatizado o uso dos frutos para alimentação humana. Essas espécies também podem
ser utilizadas para alimentação e abrigo de animais e aves. Algumas além do fruto, apresentam
madeira de boa qualidade.
BARCELOS, José Antônio Vieira. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1986. Avaliação do potencial de controle biológico do Podisus nigrolimbatus (Hem.
: Pentatomidae). Orientador: Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
O controle biológico é uma alternativa vantajosa para o controle de pragas. Consiste no uso de
inimigos naturais, com o objetivo de manter um equilíbrio dos níveis populacionais dos insetos,
no ambiente. O controle químico tem sido a prática mais usada no controle de pragas agrícolas e
florestais. Mas, muitas destas pragas desenvolvem resistência aos inseticidas, resultando em
dosagens maiores, prejudicando o meio ambiente e causando desequilíbrio. Portanto, o controle
biológico além de ser vantajoso economicamente, é efetivo e não é uma ameaça ao meio
ambiente. Para execução desta técnica é importante conhecer o ciclo de vida do predador, da
praga e de seus hospedeiros naturais. No controle biológico das pragas desfolhadoras do
eucalipto, merece destaque o sub-gênero Podisus sp., por ter sido encontrado em várias regiões do
país e também como inimigo natural da Thyrinteína arnobia, considerada uma das pragas mais
vorazes do eucalipto. O trabalho avaliou o potencial do controle biológico do Podisus
nigrolimbatus, sob condições ambientais. Este foi conduzido no laboratório de Entomologia
Florestal da Universidade Federal de Viçosa. Os percevejos foram criados em placas de Petri de
plástico e transparente, com 10 cm de diâmetro e 2 cm de altura, alimentados com mel de abelha a
20% durante o primeiro instar e com lagartas de T. arnobia nos demais instares. As avaliações
foram feitas com base na quantidade de lagartas predadas, sendo que a lagarta considerada
predada não apresenta sinais de movimento. A quantidade de lagartas fornecidas foi o suficiente
para ter sempre lagartas vivas em disponibilidade. Portanto, em média, cada percevejo consumiu
no II, III, IV e V instar, respectivamente, 1.4, 4.1, 3.9 e 9.3 lagartas, e na fase adulta cada
percevejo consumiu 20 lagartas. Durante o ciclo de vida de cada percevejo, foi constatada uma
predação média de 38,7 lagartas de T. arnobia. No I instar não houve predação de nenhuma
lagarta pelo P. nigrolimbatus, afirmando o que diz ser fitófago nesse estágio de desenvolvimento.
23 Graças a resultados como este é que estão sendo estimuladas investigações mais detalhadas do
controle biológico no Manejo Integrado de Pragas.
SANTOS, Carlos Eduardo L. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, julho
de 1986. Avaliação da manta orgânica em diferentes espécies de Eucalyptus. Orientador:
Profa. Maria das Graças Ferreira Reis
A implantação de florestas energéticas surgiu como alternativa à crise do petróleo. As principais
espécies utilizadas são do gênero Eucalyptus. Os ecossistemas tropicais têm a particularidade de
acumular grande parte de nutrientes no litter produzido por galhos finos, folhas e cascas. Há então
grande discussão sobre a utilização dessa manta com fins energéticos, haja vista que há
exportação de nutrientes do sistema, afetando o equilíbrio e sua sustentabilidade. Considerando a
importância da manta orgânica na liberação de nutrientes, este trabalho teve como objetivo avaliar
os vários componentes da manta orgânica em povoamentos de Eucalyptus spp. A manta orgânica
é uma camada superior constituída por materiais orgânicos, que se compõe de material recémcaído, ligeira ou profundamente decomposto denominada litter. É importante na proteção e
conservação do solo e ciclagem de nutrientes. Os estudos foram feitos em um experimento de
competição instalada em viçosa, de onde foram escolhidas as 7 espécies de maior crescimento em
diâmetro, com a idade de 11,5 anos aproximadamente. Para a seleção de espécies foram utilizadas
parcelas de 25 árvores (5 fileiras de 5 árvores) e medidas somente as nove árvores centrais. Foi
medido o DAP e calculadas as médias por espécie. A coleta da manta florestal foi feita na área
correspondente às nove árvores centrais. O material coletado foi colocado em sacos e levados
para laboratório para determinação de peso fresco e peso seco depois de passar por estufa a 72ºC
por 72 horas. Dentre os diferentes componentes, as folhas apresentaram maior biomassa. Os
menores valores foram observados para E.deanei e E.grandis enquanto E. andrewsii e E.pilularis
apresentaram os valores mais elevados. A predominância de folhas é de grande importância
porque é um componente que possui concentração de nutrientes mais elevada. Foi observado um
acúmulo de biomassa total na manta florestal de 13.800 a 26.000 kg/ha. Conclui-se então que os
resíduos de folhas, galhos e casca são a principal fonte de reciclagem dos nutrientes da planta, e a
produção desta biomassa é considerável nos povoamento de eucaliptos.
MENDES, Ana Maria Brandão. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
Julho de 1986. Planejamento de um viveiro de mudas orientado à visitação pública.
Orientador: Prof. James Jackson Griffith.
Os parques florestais cumprem um papel de preservação ambiental, além de servirem como local
de lazer para seus visitantes. Para isto, é interessante que um parque apresente o maior número de
opções recreativas e educativas possível, dentro de suas limitações.
Este trabalho apresenta
uma proposta de implantação de um viveiro de mudas orientado à visitação no Parque Florestal
Estadual Rio Doce, com base no interesse demonstrado por seus visitantes no atual viveiro, na
comercialização das mudas, e na possibilidade de oferecer, desta forma, mais um recurso para
interpretação ambiental no P.F.E.R.D. Foram realizadas análises dos fluxos operacionais e de
visitação que podem ocorrer em viveiros deste tipo, de forma a criar uma maior compatibilidade
entre estes fluxos.
24 OLIVEIRA, Aníbal de. Monografia de Graduação, Universidade Federal de Viçosa, julho de
1986. Algumas considerações culturais sócios econômicos da carnaúba. Orientador: Prof.
Renato Mauro Brandi.
O presente trabalho tem por objetivo o estudo da carnaúba (Copernicia cerifera) considerando
aspectos sociais e econômicos. A carnaúba ocorre principalmente no Nordeste do Brasil, e é quase
sempre a única fonte de renda para famílias residentes em áreas produtoras de cera de carnaúba.
No entanto esse produto vem perdendo seu valor ao longo dos anos o que faz surgir a necessidade
de criação de um Centro Nacional de Pesquisas de Palmáceas visando fomentar a produção e
exportação desse produto de modo a promover o desenvolvimento nordestino nesse sentido e
ampliar divisas para o nosso país.
CARIAS, José Ramon. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1986. Acúmulo e dinâmica de material orgânico na Mata do Paraíso, MG. Orientador: Profa.
Maria das Graças Ferreira Reis.
O presente estudo teve como objetivo avaliar a dinâmica de material orgânico morto, bem como,
o seu acúmulo em uma mata natural secundária, denominada Mata do Paraíso, relacionado com a
ciclagem de nutrientes na área. Para determinar a medida da taxa de decomposição da matéria
orgânica foi utilizado o método do cálculo do quociente de decomposição. O quociente de
decomposição é determinado através da relação existente entre o material que cai (litter) e a
manta orgânica presente. As informações sobre a quantidade de litter foram obtidas em trabalho
anterior realizado na mesma área em estudo e para a amostragem da manta orgânica, foram
coletadas, ao acaso, três amostras de 20 x 50 cm em cada uma das três parcelas de 200 m², em
duas condições topográficas, baixada e encosta. O material coletado foi seco em estufa a 80 ºC e
determinados o peso seco de folhas e galhos separadamente. Os valores da quantidade de manta
florestal foram maiores em condições de baixada (3.1870 kg/ha) do que encosta (2.6182 kg/ha). O
quociente de decomposição é maior na baixada (0,44), implicando na taxa de decomposição
maior na baixada. Isto se deve as melhores condições de umidade e fertilidade presente na
baixada que favorecem o desenvolvimento de organismos do solo que atuam na decomposição da
matéria orgânica. O desvio padrão dos resultados de amostragem para galhos foi maior do que os
desvios para folhas, isto porque a queda de folhas ocorre de forma uniforme, enquanto que os
galhos apresentam queda direcionada, acarretando num maior desvio entre as amostras. Os
resultados mostram uma taxa de decomposição distinta entre baixada e encosta, com valores
inferiores às outras florestas.
MELLO, Paulo de Tarso. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Julho de
1986. O peso da semente de Canudo de Pito (Mabea fistulifera M.) e sua porcentagem de
germinação. Orientador: Prof. José Flávio Cândido.
O presente trabalho foi realizado em viçosa, Minas Gerais, no laboratório de sementes, do
departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa. O mesmo foi realizado
com o objetivo de se verificar a relação entre o peso das sementes e a qualidade das mesmas, para
a espécie canudo de pito, Mabea fistulifera M. para isso as sementes foram separadas em três
categorias de peso e posteriormente submetidas aos testes, de porcentagem de germinação e
coeficiente de velocidade de emergência. Os resultados obtidos mostraram-se satisfatórios, quanto
25 à porcentagem de germinação, somente para sementes pesadas. Sementes pesadas e médias, não
diferiram quanto ao coeficiente de velocidade de germinação, o que faz do uso de sementes
médias, para a produção de mudas, uma opção em relação à disponibilidade de sementes. Por
terem apresentado baixa porcentagem de germinação e coeficiente de velocidade de emergência,
as sementes leves devem ser descartadas, pois são de qualidade inferior.
PRATES, Gláucia Aparecida. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, julho
de 1986. Descrição macroscópica e usos de espécies utilizadas na micro-região de Viçosa.
Orientador: Prof. Roberto da Silva Ramalho.
O presente trabalho realiza um levantamento da preferência de madeiras amazônicas nas serrarias
da micro-região de Viçosa e a identificação correta dos nomes científicos através da anatomia
específica das espécies (estudo anatômico). Faz-se um estudo profundo das espécies com
potencial madeireiro para a região visto que sua comercialização vem sendo dificultada devido ao
desconhecimento - não há pesquisas de mercado - e a produção fica restrita a pedidos não sendo
formados estoques, o que impede o planejamento da produção e o controle de qualidade. Com
estas informações os proprietários de serrarias da região, ao comprar madeiras da Amazônia,
saberão quais têm a maior receptividade do comprador, devido às melhores características como
resistência, acabamento, facilidade de trabalho e beleza.
ALBUQUERQUE, Eduardo. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1986. Instalação de abrigo para a paca (Agouti paca) na mata da estação de tratamento
de água da Universidade Federal de Viçosa. Orientador: Prof. Elmar Alfenas Couto
O Principal objetivo deste trabalho foi a instalação de abrigos na mata da estação de tratamento de
água da Universidade Federal de Viçosa, com a finalidade de suprir em parte a falta de um dos
elementos básicos limitantes ao desenvolvimento da paca. Foram instalados quatro abrigos do
tipo subterrâneo utilizando, um tambor de latão com 48 cm de diâmetro e 86 cm de altura,
manilhas de 8 polegadas de diâmetro e britas n° 1 em cada um. Com a instalação dos abrigos na
área, estamos procurando perpetuar as pacas lá existentes, que são uma parte da nossa herança
natural.
MIRANDA, Luiz Henrique Ferraz. Monografia de Graduação, Universidade Federal de Viçosa,
Junho de 1986. Estabelecimento de um sistema silvo-pastoril para pequenas e médias
propriedades rurais da Zona da Mata Mineira. Orientador: Prof. Laércio Couto.
Este trabalho teve por objetivo estudar a viabilidade dos estabelecimentos de um sistema de
consorciação silvo-pastoril envolvendo eucaliptos e bovinocultura, para a otimização no uso das
áreas amorradas da Zona da Mata. Para isto foram avaliadas espaçamentos dos eucaliptos,
implantação e manutenção da floresta, desbastes, utilização da madeira alem de outros benefícios
como diminuição da erosão em áreas amorradas, como na área da pesquisa. No componente
forrageira, os sistemas de pastejo, zoneamento ecológico e a gramínea, capim gordura, foram os
fatores avaliados. Para o componente bovino, avaliaram-se as idades de introdução dos animais
nas áreas reflorestadas e a qualidade do pasto para recebê-los.Um povoamento florestal pode ser
manejado de modo a favorecer a formação de pastagens em substituição ao seu sub-bosque de
26 consorcio silvo-pastoril. Sendo reconhecida a competição entre as atividades de reflorestamento e
pecuária quanto ao uso do recurso terra, seria recomendável a adoção do sistema estudado de
forma a otimizar a utilização de suas terras amorradas.
SILVA, Antonilmar Araújo Lopes da. Monografia de Graduação. Universidade Federal de
Viçosa, junho de 1986. Importância socioeconômica do carvão vegetal para o estado de
Minas Gerais. Orientador: Prof. Hércio Pereira Ladeira.
A produção de carvão representa uma das principais soluções para os problemas da escassez de
energia e dos altos preços dos derivados do petróleo. Além de sua grande utilização nas indústrias
siderúrgicas, sendo fonte redutora no processo de fabricação do ferro gusa. A utilização do carvão
vegetal como combustível sólido, representa grande potencial para o País, visto que a implantação
de 12 milhões de hectares de plantações florestais homogêneas de eucalipto, tecnicamente bem
manejadas, tem condições de suprir 40% das nossas necessidades de energia previstas para 1986
(SILVEIRA, 1982). Minas Gerais apresenta condições ecológicas extremamente favoráveis ao
cultivo do eucalipto, além da vasta experiência com o carvão vegetal. O estado abriga as maiores
áreas de plantios de florestas e o maior parque siderúrgico do país, que o principal consumidor do
carvão vegetal. Parte do o setor siderúrgico mineiro ainda utiliza o carvão mineral, que é
importado do país. Porém, as práticas silviculturais vêm tornando o carvão vegetal mais rentável e
atrativo a essas empresas. Assim a troca de matriz redutora destas indústrias poderá acarretar em
grande aumento ao setor florestal mineiro gerando empregos e renda a diversos municípios.
O setor das indústrias de carvão vegetal é hoje de muita importância para Minas Gerais, tanto
economicamente como socialmente, pois traz divisas para o País e emprega milhares de pessoas.
É um setor em franco crescimento e sem dúvida, em um futuro próximo, ocupará um lugar de
destaque no mercado brasileiro.
PEREIRA, Anderson Tadeu Gomes. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho 1986. O Pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O presente trabalho é um estudo do Pequi (Caryocar brasiliense Camb.), visando elucidar
informações dendrológicas, dispersão geográfica, condições edafo-climáticas, propagação,
produção de mudas e formação de pomar, fitossanidade e utilizações sobre a espécie. Observou-se
que tanto pelo fruto quanto pela madeira, o pequi (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie que
merece estudos mais profundos, pois mesmo sendo de crescimento lento, a espécie é adaptável em
condições de cerrado, onde sua ocorrência é endêmica.
ALMEIDA, Márcio de F. M. de. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1986. Castanha do Brasil – alguns aspectos silviculturais. Orientador: Prof. Renato
Mauro Brandi.
A castanha-do-Pará, que por determinação do ministério da agricultura, passou a chamar-se
Castanha do Brasil, é um dos produtos preciosos e valorizados na Amazônia. A castanha do
Brasil, nativa da região amazônica, representa uma riqueza e um monopólio natural, pela ausência
de merecido apoio e bem organizada propaganda, visando difundir seu consumo no país. Vive,
hoje, completa e caprichosa dependência do importador estrangeiro (ALMEIDA, 1963). As
27 excelentes perspectivas que a Castanha do Brasil representa para economia nacional, não só
quanto ao seu consumo interno “in natura” ou para industrialização, mas, ainda, e principalmente,
como fonte de divisas, justifica a elaboração de estudos para a política de valorização dessa
importante atividade extrativa que representa uma parcela econômica para alguns Estados do
norte brasileiro (Brasil, 1972). No decorrer deste trabalho, procurou-se colocar em evidência
alguns aspectos relacionados com a Castanha do Brasil. Como produto quase exclusivo de
exportação, grande gerador de divisas para o país, ainda hoje constitui uma das colunas de
sustentação da economia amazônica, que tem na indústria extrativa o principal campo de
atividade de sua população rural.
SMITH, Edmundo Bernardo Silva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
Junho de 1986. Propriedades físicas e mecânicas de Dendrocalamus giganteus (Bambugigante). Orientador: Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
O bambu é uma planta que possui as mais variadas utilidades, como por exemplo: condutores de
água, tutor em culturas, na construção de cercas, na indústria moveleira,em drenagem de áreas,
quebra-vento, entre outros. Este trabalho teve por objetivo caracterizar as propriedades físicas e
mecânicas da “madeira” de Bambu-gigante (Dendrocalamus giganteus), uma planta originária da
Malásia que possui grandes dimensões, podendo atingir 36 metros de altura e 25 centímetros de
diâmetro a 1 metro do solo. Sendo assim, a proposta mostra que foram avaliadas essas
propriedades com os respectivos resultados dos testes realizados como: densidade básica, teor de
umidade, contração volumétrica, compressão paralela e flexão estática. Pelos resultados
encontrados para o Bambu-gigante, quando comparado às outras espécies nativas, vemos que ele
tem uma gama de utilização nas construções rurais ou na indústria moveleira. No entanto, deve-se
dar continuidade aos estudos a respeito das propriedades mecânicas e físicas do Bambu-gigante
como, por exemplo, a resistência ao cisalhamento.
SILVA, João Flávio da. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, agosto de
1986. Avaliação mecânica da madeira laminada de Dendrocalamus giganteus. Orientador:
Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
A madeira de Dendrocalamus giganteus, uma gramínea originada da Malásia, conhecida por
bambu gigante, vem sendo utilizada em muitos países há séculos no meio rural, seja na
construção de cercas, de canais de irrigação, de suporte para culturas e até mesmo em
alimentação. Mas a madeira de D. giganteus, para alguns usos, apresenta um grande
inconveniente por apresentar o colmo oco. Desta forma, seria de grande utilidade se o problema
do colmo fosse contornado, já que aumentaria em muito as formas e locais onde ela poderia ser
empregada. O objetivo deste trabalho é a avaliação do comportamento mecânico de vigas
laminadas de Dendrocalamus giganteus, construídas pensando na possibilidade de utilização da
madeira desse gênero na forma de vigas compactadas. As madeiras laminadas foram coladas em
forma de viga; testadas quanto ao cisalhamento, resistência à flexão no limite de
proporcionalidade, módulo de elasticidade e resistência à compressão, no laboratório de
propriedades físicas e mecânicas da madeira da Universidade Federal de Viçosa. O tipo de
adesivo utilizado foi cola de resina resorcinol. Notaram-se valores bastante significativos sobre a
resistência à compressão, módulo de elasticidade, resistência ao cisalhamento, quando
28 comparados com algumas madeiras nacionais comumente usadas, como o cedro, Freijó,
Eucalyptus saligna, canela amarela e outras; ficando inferiores os valores de resistência à flexão.
MACIEL, Antônio da Silva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Julho de
1986. A Cortiça. Orientador: Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
Nas últimas décadas, o Brasil sofreu um desenvolvimento tecnológico fazendo com que houvesse
uma expansão no setor florestal e um destaque desta economia. Apesar deste crescimento, este
setor ainda não se sustenta em nosso país, necessitando de altas taxas de importação de produtos
como o papel, celulose, resinas e outros. A evolução deste setor se dá também pela implantação
de espécies de eucaliptos e pinus que são fontes de matéria-prima para a obtenção destes
produtos. O eucalipto permite a obtenção de carvão e papel em 6 ou 7 anos, ou seja, além de
fornecer a matéria ele maximiza a produção com o seu rápido desenvolvimento, considerando que
as nossas espécies apresentam um ciclo de corte muito longo. O presente trabalho tem por
finalidade mostrar de uma maneira concisa, as principais espécies corticeiras nacionais e
européias, assim como todas as etapas de produção de cortiça. Conclui-se que o país terá por
muito tempo ainda que importar este produto, porquanto apesar de possuir uma grande variedade
de espécies corticeiras, a cortiça que produzem é de qualidade bastante inferior àquela produzida
pela espécie européia, tendo assim seu uso restrito a algumas aplicações.
ALVES, Antônio de Pádua. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Junho de
1986. Estudo da biologia de Oxydia sp (Lepidóptera: Geometridae), desfolhadora de
Eucalipto. Orientador: Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
Um surto desse desfolhador, em nível epidêmico foi detectado em maio de 1985, em povoamento
de eucalipto, na região de Alagoinhas-Ba. O inseto estava presente em uma área de 250ha de
Eucalyptus cloeziana, sendo que destes, 80 a 100ha se encontravam com um desfolhamento
variando de 50 a 100% da copa viva das plantas. Esta pesquisa teve como objetivo, o estudo da
biologia dessa espécie e a mesma teve lugar em laboratório de Entomologia da Universidade
Federal de Viçosa, em sala fechada, a uma temperatura de 25 ± 1°C e fotoperíodo artificial de 10
horas. Pelos resultados obtidos, conclui-se que se trata de uma espécie muito prolífera, onde a
fêmea põe em média 2376 ± 228,25 ovos, distribuídos em 7,58 ± 0,6 posturas, sendo que houve
uma variação de 5 a 2098 ovos por postura. A fertilidade dos ovos apresentada foi de 75,08 ±
3,35% e o período embrionário obtido foi de 9,83 ± 0,09 dias. As fases jovens de lagarta, précrisálida e crisálida, duraram 48,93 ± 0,29 dias, 2,81 ± 0,11 dias e 20,86 ± 0,21 dias,
respectivamente.
PEREIRA, José Jonas. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, Junho de
1986. Preservação de madeiras. Orientador: Prof. Benedito Rocha Vital.
O tratamento das peças de madeira com substâncias preservativas pode ser feito através de
processos que envolvam ou não pressão artificial. Os processos que envolvem pressão são mais
eficientes, pois possibilitam uma penetração uniforme e profunda dos preservativos na madeira, o
que confere maior proteção. Estes processos, porém, são caros e a sua utilização só é justificada
para fins industriais, pois necessitam de equipamentos sofisticados. Os processos que envolvem
29 pressão são: Processo da célula-cheia ou BETHEL e Processo da célula-vazia, segundo LOWRY
e segundo RUEEPING. Na aplicação das substâncias preservativas é preciso seguir certas normas,
como as da ABNT, que determinam a quantidade mínima do produto na peça. A eficiência do
tratamento depende tanto do preservativo quanto do método de aplicação utilizado e pode variar
de local para local, conforme variem as condições de solo, clima e precipitação.
LOPES, Helton Vieira da Silva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
junho de 1986. Conservação genética do gênero Eucalyptus, no Brasil. Orientador: Prof.
Ismael Eleutério Pires.
O gênero Eucalyptus spp, importante economicamente para nosso país, é plantado atualmente em
larga escala por empresas de reflorestamento e possui necessidade de sua conservação para a
manutenção da variabilidade genética natural destas espécies. O objetivo deste trabalho é o
levantamento das formas de conservação existentes e a determinação da que melhor se adeqüe às
condições brasileiras. A conservação “ex-situ”, através da implantação de populações base para
este gênero no Brasil, se destacou como a forma mais adequada para tornar o país auto-suficiente
em material genético, sendo necessária a preservação deste em quantidades suficientes para as
futuras exigências.
NETTO, Antonio José. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, julho de
1986. Produção de mudas cítricas. Orientador: Prof. Francisco Carlos Carvalho da Silva.
A produção de mudas cítricas é uma atividade bastante exigente em técnicas, necessitando de
tempo e trabalho para se produzir boas mudas, o que vem justificar que a compra de mudas de
alta qualidade possibilita o maior sucesso na exploração, tendo arvores resistentes a doenças,
frutos de qualidade superior que atendam as exigências do consumidor. Esse trabalho teve como
objetivo mostrar as técnicas de produção de mudas cítricas e um breve planejamento de um
viveiro a fim de esclarecer possíveis dúvidas quanto a produção de mudas cítricas. Na produção
de mudas de alta qualidade o produtor terá que dispor de tecnologia, muito trabalho e capital
suficiente para esperar o retorno que irá acontecer após dois anos depois de iniciada a atividade.
SILVA, Marcio Lopes da. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho de
1986. Descrição anatômica do bambu. Orientador: Prof. Roberto da Silva Ramalho. Coorientador: Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
O bambu pertence à família das gramíneas e conta com aproximadamente 45 gêneros e 1000
espécies espalhadas pelo mundo. Milenarmente é utilizado como material de construção, para
cestos e vasilhas, embarcações, instrumentos musicais, etc. Assim como outras monocotiledôneas
lenhosas, alcançam alturas e desenvolvimento total consideráveis, sem ocorrer um crescimento
secundário. O estudo anatômico das monocotiledôneas é de grande importância e aplicação.
Particularmente para o bambu, a anatomia tem uma importância considerável, pois ocorrem
espécies que demoram 50 anos para florescer. A partir daí, entram em senescência,
impossibilitando a sua classificação através de sistemas florísticos. O presente trabalho tem como
objetivo descrever macro e microscopicamente a espécie descrita, o Dendrocalamus sp. e também
auxiliar nas possíveis explicações dos resultados obtidos nos estudos das propriedades físicas e
30 mecânicas da referida espécie, os quais foram conduzidos paralelos a este trabalho. A madeira do
bambu é constituída por um parênquima abundante, fibras e vasos, formando uma estrutura
compacta, porém de pouca espessura, devido à ausência de medula. Aqui não ocorrem raios como
nas dicotiledôneas. Suas fibras possuem características peculiares, apresentando-se desde curtas
até longas, estreitas e médias e espessas, permitindo aplicações interessantes para o bambu.
GONÇALVES, Maria Rosa. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1986. Cultura de tecidos de Eucalyptus. Orientador: Prof. Acelino Couto Alfenas.
Este trabalho teve como objetivo explicar o que é e como se faz a cultura de tecidos no gênero
Eucalyptus. Nele são descritas as diferentes etapas para a cultura “in vitro”, descrevendo os meios
de cultura usuais, bem como as condições de cultivo. O trabalho menciona, também, as vantagens
e desvantagens desta prática e a literatura corrente. Ao final, propõe um laboratório, descrevendo
sua organização e estabelecendo uma planta modelo para o funcionamento. Lista as espécies de
eucalipto já propagadas em todo o mundo e dá conta da situação atual desta técnica.
MARQUES, Luiz Fernando. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, junho
de 1986. Principais árvores de interesse medicinal. Orientador: Prof. Arlindo de Paula
Gonçalves.
Tem-se presenciado uma procura constante por produtos naturais para tratamento de doenças e
alimentação. Quer seja pelo preço dos remédios, quer seja pela procura de produtos mais
saudáveis, é o que tem acontecido. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão
bibliográfica de algumas espécies arbóreas de interesse medicinal, descrevendo-lhes as
características, a área de ocorrência e os principais empregos no tocante à saúde. As espécies
descritas neste trabalho são: abacate, aroeira, barbatimão, caroba, cruili, cumaru, gameleira
branca, graviola, jatobá, juazeiro, mutamba, pau d’alho, pau d’óleo, purga de leite, sapucaia,
tamarindo e tatajuba.
31 RESUMOS 1986-2
YAHATA, Hally Massahiro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Decomposição foliar de seis espécies de Eucalyptus. Orientador: Profa.
Maria das Graças Ferreira Reis.
As seguintes espécies de Eucalyptus foram selecionadas a partir do Ensaio de Procedência do
PRODEPEF para o desenvolvimento do presente trabalho: E. grandis, E. saligna, E. cloeziana, E.
pilularis, E. deanei, E. andreweii. Foram coletadas folhas verdes da parte inferior da copa, que
após pesadas foram colocadas em recipientes de tela de nylon, para serem instalados no campo,
na região de Viçosa, no período de 13/06 a 13/11/1986. O trabalho teve como objetivo principal o
de observação de diferenças na decomposição foliar entre as espécies mencionadas. Apesar do
período do experimento ter sido aparentemente curto (5meses), e ter sido instalado na época mais
seca do ano, pôde-se observar que a decomposição foliar é variável entre as seis espécies de
Eucalyptus estudadas. É recomendado repetir o experimento em locais sombreados e campo
aberto, em diferentes estações do ano e procurar comparar eucalipto versus mata nativa.
OLIVEIRA, Horades José de. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Confecção de vigas laminadas de Dendrocalamus giganteus e sua
avaliação por meio de testes mecânicos. Orientador: Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
Neste trabalho utilizaram-se lâminas de Dendrocalamus giganteus para confecção de vigas,
visando uma futura utilização deste material. As lâminas foram preparadas no laboratório de
Propriedades Físicas e Mecânicas da Madeira, e a cola utilizada foi a resina resorcinol com o
nome comercial de CASCOPHEN RS. As vigas foram submetidas a testes mecânicos de
resistência à flexão, obtendo também a resistência à flexão no limite de proporcionalidade e
módulo de elasticidade. Os valores encontrados foram satisfatórios, quando comparados com
algumas madeiras nacionais bastante utilizadas.
32 GUIMARÃES, Heuzer Saraiva. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Seleção de árvores matrizes em plantações de Eucalyptus spp.
Orientador: Prof. Ismael Eleotério Pires.
O propósito de um programa de melhoramento é possibilitar o agrupamento e cruzamento de
indivíduos superiores, buscando a cada geração a elevação das qualidades características de
interesse. Este trabalho mostra os métodos práticos de seleção empregados por algumas empresas
de reflorestamento, procurando fazer as recomendações para aperfeiçoamento desses métodos. O
primeiro método, a seleção inicial ou primeira seleção de árvores matrizes é visual; o segundo
método, também visual, consiste em percorrer todo o talhão antes do corte, observando as alturas
dominantes e o terceiro método seria a comparação de árvores matrizes em povoamentos e
primeira e segunda gerações. Todos os métodos atendem os objetivos das empresas que os
empregam.
PIMENTA, Alexandre Santos. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Sugestões de uso para as áreas verdes do Condomínio Acamari.
Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O objetivo deste trabalho foi servir de base para projetos de arborização e paisagismo a fim de se
chegar a melhor estratégia para uso das áreas verdes do Condomínio Acamari. Para elaboração do
trabalho foram utilizados mapas das áreas verdes internas e externas, consulta ao histórico do
bairro e de seus moradores. O espaço verde total foi dividido e estudado em duas partes, uma
interna e outra externa, pois ambas apresentavam condições de solo, vegetação e relevo distintas.
Foi elaborada uma ficha de avaliação contendo vários aspectos ligados ao bairro para cada
representante do grupo de residências, de maneira a refletir de forma aproximada a opinião de
cada componente do grupo. A partir destas análises foram propostas diferentes alternativas. Para a
área externa, recomendou-se o plantio de espécies nativas e exóticas já com mais de 1,30 m de
altura, sadias, com diferentes texturas e coloração, em combinação com frutíferas; com o
propósito de fornecer suporte para a avifauna. Para a arborização da área interna foi idealizado
uma combinação de arbustos e flores ao longo de todo o bairro, dando ênfase a entrada do mesmo
e o cuidado com a rede elétrica. Outro ponto levantado foi a pavimentação dos passeios da via de
acesso de ambos os lados.
COSTA, Edson Geraldo Ribeiro da. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Efeito da temperatura sobre os produtos da carbonização da cápsula de
“cotieira” (Joannesia princeps, Vell). Orientador: Prof. Luiz Clairmont de Lima Gomes.
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de diferentes temperaturas sobre os rendimentos
dos produtos da carbonização da cápsula de cotieira (Joannesia princeps, Vell). Procedeu-se a
carbonização da cápsula de cotieira, em retorta elétrica, com recuperação de alcatrão, segundo
quatro tratamentos: A = 350º C, B = 450º C, C = 550º C e D = 650º C, com três repetições,
obedecendo-se o princípio da casualização e estabelecendo-se para cada tratamento uma marcha
de carbonização. Avaliaram-se os rendimentos gravimétricos, em carbono fixo e em líquido
condensado, em base seca; procedeu-se a análise química imediata e determinaram-se as
densidades verdadeira e aparente, porosidade e o poder calorífico superior da cápsula, a 0% de
umidade. Para o teor de umidade da cápsula, a média dos resultados foi de 11,57% para todos os
33 quatro tratamentos. A análise química imediata revelou para os tratamentos A, B, C e D,
respectivamente, os seguintes resultados: para o teor de carbono fixo: 62,39 %; 69,85 %; 76,87 %
e 81,82 %; para os rendimentos gravimétricos, em carbono fixo e em liquido condensado;
39,53%, 24,67% e 22,03%; 28,87%, 20,16% e 24,30%; 26,47%, 20,27% e 28,80%; 29,67%;
24,28% e 28,21%; para as densidades aparente e verdadeira: 0,41 e 1,42; 0,42 e 1,42; 0,42 e 1,45;
0,42 e 1,49; para a porosidade: 71,29%; 70,44%; 71,0% e 71,29%, sendo o poder calorífico
superior da cápsula, a 0% de umidade, igual a 4.573,69 Kcal/Kg. Os valores obtidos dos
rendimentos gravimétricos, em carbono fixo e do líquido condensado, foram analisados
estatisticamente e as médias comparadas pelo teste de Tuckey. Observou-se que a média do
rendimento gravimétrico pra o tratamento “A” difere dos demais. As médias do rendimento em
carbono fixo, dos tratamentos “A” e “D”, diferiram dos tratamentos “B” e “C” e, as médias do
rendimento em líquido condensado, dos quatro tratamentos, não diferiram entre si. Constatou-se
que os rendimentos gravimétricos em carbono fixo, são reduzidos inicialmente, com o aumento da
temperatura e tendem a se elevar novamente. O rendimento em líquido condensado apresentou
uma discrepância em relação aos resultados previstos teoricamente, provavelmente devido à
deficiência no sistema de recuperação de condensados acoplado à retorta. De acordo com os
resultados finais obtidos, o teor de umidade permaneceu constante para os quatro tratamentos; o
teor de cinzas apresentou uma variação, devido provavelmente à contaminação das cápsulas. O
rendimento do líquido condensado, a porosidade e a densidade verdadeira aumentaram com a
elevação de temperatura, o inverso ocorreu com os materiais voláteis. A densidade aparente,
praticamente permaneceu constante com a elevação e temperatura e, o poder calorífico superior
está dentro das médias para a madeira de forma geral.
SANT’ANNA, Cleverson de Mello. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Processamento integral do coco babaçu. Orientador: Prof. Laércio Couto.
O trabalho teve como objetivo destacar a importância da industrialização integral do coco do
babaçu, para as regiões produtoras e para todo o Brasil. O trabalho se baseou nos aspectos
botânicos, ambientais, silviculturais e fitossanitários da cultura do babaçu. O processo de
exploração tradicional do babaçu ainda é primitivo em muitos locais do país. Neste, os cocos são
coletados no chão, logo após sua maturação, sendo posteriormente quebrados através de
machados ou toretes de madeira, principalmente por mulheres e crianças. Dos frutos são extraídas
as amêndoas (de valor comercial) que correspondem a 7% do peso total do coco, o restante (93%)
corresponde à casca, que é abandonada no local ou é utilizada como combustível residencial. Na
indústria, o coco é quebrado mecanicamente e comercializado inteiro. Os principais problemas
encontrados na sua industrialização são: a dureza do endocarpo e a variação no tamanho, peso e
formato encontrados. Através do processo industrial, é extraído óleo e resíduo da amêndoa. O
óleo é utilizado para a fabricação de sabão, margarina, “gordura de coco”, detergentes
biodegradáveis e cosméticos. Já o resíduo, em forma de torta ou farelo, é utilizado como ração
animal. O epicarpo, que corresponde a 11% do peso da casca é utilizado principalmente como
combustível primário; carvão fino, podendo este ser briquetado para uso siderúrgico ou para
preparação de carvão ativado; produção de fibras e aglomerados; produção de furfural; álcool
metílico e etílico. Do mesocarpo (23% do peso da casca) pode-se produzir farinha amilácea “in
natura”; amido pré-gelatinizado, glicose e álcool etílico. A maior parte da casca (59%)
corresponde ao endocarpo, que pode ser utilizado como carvão de ótima qualidade, com teor de
carbono fixo superior a 85%, ausência de fósforo, traços de enxofre e 8.000 Kcal/Kg; gases da
pirogenação; produção de furfural; álcool metílico e álcool etílico. A grande dificuldade
34 encontrada no processamento integral do coco babaçu é a falta de equipamentos capazes de
descascar, quebrar e separar os componentes. Porém, há perspectiva de crescimento de produção
em diversas regiões do país, agregando mão-de-obra das comunidades locais e fixando o homem
no campo.
CASTRO, Elmar Andrade de. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Determinação do Índice de Desenvolvimento de Margem (DL) das lagoas
do Parque Florestal Estadual do Rio Doce – MG. Orientador: Prof. Paulo Sant’Ana e Castro.
O objetivo deste trabalho foi determinar o índice de desenvolvimento de margem de 37 lagoas
localizadas na área delimitada pelo Parque Florestal Estadual do Rio Doce – MG para fornecer
alguns subsídios para a realização do plano diretor do Parque. Foram utilizados um mapa
planialtimétrico em escala 1:20000 e fotos aéreas em preto e branco na escala de 1:32500 num
total de 36 pares. A leitura da área e perímetro das lagoas foram obtidos através de planímetro e
curvímetro, respectivamente. Os dados foram computados e foi calculado o índice de
desenvolvimento de margem, que indica o grau de irregularidade da linha de margem, através da
relação entre o perímetro da lagoa e o perímetro de uma circunferência que tenha a mesma área da
lagoa. Os índices de desenvolvimento de margem obtidos das 37 lagoas estão em torno de 1,2 a
4,7, demonstrando a variação de forma entre as lagoas. Maior índice pode ser considerado como
uma maior interação com o meio ambiente, mas outras variáveis e índices devem ser considerados
de modo a corroborar essa situação.
GOMES JÚNIOR, Felogômino. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Insetos daninhos à seringueira (Hevea brasiliensis) no Brasil. Orientador:
Prof. Norivaldo dos Anjos Silva.
A seringueira está passando de mera cultura extrativista para grandes plantações. Devido ao fato
de ser da família Euphorbiaceae, produtora de látex e ter ciclo de vida perene, apresenta sérios
problemas com insetos daninhos. O objetivo deste trabalho foi listar os principais insetos
daninhos à seringueira no Brasil. Para cada inseto, foram feitas a sua caracterização geral, a
descrição do comportamento daninho, as formas de controle (biológico, químico, integrado e
cultural), localização das plantas atacadas e as precauções necessárias ao se fazer o controle.
Como insetos daninhos mais importantes destacam-se: a “mosca branca” (Aleurodicus cocois), a
lagarta “Pararama” (Premolis semirufa), a lagarta ‘Mandarová” (Erinnyis ello e Erinnys alope), a
formiga cortadeira (Acromyrmex spp. E Atta sp.), os cupins (nasutitemus sp., Coptotermus sp.), a
lagarta rosca (Agrotis sp.). A importância desses insetos advém da capacidade e potencial em
atacar a seringueira, destacando-se alguns destes com o aparecimento em surtos e outros, o ano
todo. Independente da espécie daninha, o mais eficiente é o controle preventivo e fiscalizações
das plantações.
MIRANDA, Rogério Carneiro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Avaliação quantitativa de quatro métodos de preservação em
Dendrocalamus giganteus Munro. Orientador: Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
35 Trabalhou-se com corpos de prova do bambu e quatro métodos de preservação utilizando cloreto
de zinco cromatado, dado ser hidrossolúvel e se aplicar bem aos quatro métodos. O objetivo deste
trabalho foi determinar quais seriam os métodos mais eficientes, atingindo valores de retenção
desejáveis. Os resultados obtidos mostraram que o método de célula cheia foi o mais eficiente,
com níveis de retenção variando entre 20-25 kg/m3, em função do tempo; célula vazia em um
tempo, mostrou valores ótimos de 16 kg/m3, e os métodos de imersão vertical e imersão
horizontal, se mostraram pouco eficientes, nos tempos tratados com valores próximos a 1-2
kg/m3. O nível estipulado como ótimo para a avaliação eram 16 kg do preservativo por m3 do
bambu.
COIMBRA, Ronaldo de Azevedo. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Agrofloresta: uma alternativa para o uso da terra na Zona da Mata
Mineira. Orientador: Profa. Rita de Cássia Gonçalves Borges.
Este trabalho consta de uma revisão bibliográfica sobre os sistemas agroflorestais. Procurou-se
identificar na literatura, alguns modelos possíveis de serem implantados na Zona da Mata de
Minas Gerais. Foram citados os sistemas agrissilviculturais, sistema Taungya, formação de
cercas-vivas, quebra-ventos, e sistemas silvipastoris, suas vantagens e desvantagens bem como
sua função. O desenvolvimento dos sistemas agroflorestais iria possibilitar um aumento na oferta
de madeira, bem como diversificação da produção rural.
RIBEIRO, Silvana Lages. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1986. Estudo do sistema radicular de três espécies de eucalipto na região baixa do médio
Rio Doce. Orientador: Profa. Rita de Cássia Gonçalves Borges.
O presente trabalho tem como objetivo verificar a distribuição do sistema radicular de três
espécies de eucalipto, para que se estabeleçam relações entre as características topográficas e a
produtividade. A partir de 25 cm, a profundidade do solo exerce importante influencia na
uniformidade da distribuição do sistema radicular, de maneira diferente para cada espécie
reduzindo a quantidade e o peso das raízes de modo geral. Porém foi observado que o E. grandis
possui sistema radicular mais superficial que o E. torelliana e o E. urophylla. No entanto, parece
não haver correlação positiva entre o volume da parte aérea e o peso do sistema radicular, para as
três espécies estudadas.
PINTO, Antônio Eduardo Terra. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Alcatrão vegetal: “Energia Alternativa”. Orientador: Prof. Osvaldo Ferreira
Valente.
O objetivo deste trabalho foi descrever o alcatrão vegetal como uma fonte de energia alternativa.
O trabalho abordou os seguintes tópicos: produtos da carbonização da madeira, princípios físicoquímicos dos processos de recuperação do alcatrão, processos de recuperação do alcatrão, alcatrão
vegetal como combustível. Os testes de queima mostram que é um combustível de boa qualidade
e o fato de ser líquido e ter baixo teor de enxofre o indica para aplicações nobres, como sua
utilização em fornos siderúrgicos. A recuperação do alcatrão é uma atividade altamente
36 interessante para as indústrias de carvoejamento e acredita-se que seja paulatinamente
incorporada às carvoarias tradicionais.
ANTUNES, Elizabete Martins. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Animais em extinção. Orientador: Prof. Elmar Alfenas Couto.
Este trabalho teve como objetivo expor os fatores relacionados com a extinção das espécies
faunísticas, apresentar a lista oficial dos animais ameaçados de extinção no Brasil e propor
medidas de preservação e proteção a serem adotados pelos órgãos governamentais. O trabalho foi
baseado em consultas bibliográficas. A extinção constitui um fenômeno natural e decorre da
transformação das espécies e da seleção natural, através da competição, diminuição do potencial
genético e pequenas modificações ambientais no decorrer dos anos. Atualmente ocorre um
aceleramento desse processo natural através da intervenção do homem, levando à extinção várias
espécies. Uma maior fiscalização no cumprimento da lei n° 5.197 de Proteção à Fauna, além da
criação de um número maior de Estações Ecológicas visando o desenvolvimento de programas de
conservação da natureza, podem servir como medidas de proteção e preservação das espécies
faunísticas.
CASTRO, Evaristo Mauro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Equação para estimar volume de bambu Dendrocalamus giganteus
(bambu gigante). Orientador: Prof. Ricardo Marius Della Lucia.
Este trabalho teve como objetivo analisar equações para estimar o volume de material lenhoso e
volume externo de bambu (Dendrocalamus giganteus). Distinguindo-se o tipo de volume a ser
estimado, várias equações foram avaliadas, fazendo-se o uso de técnicas de regressão linear
utilizando programas estatísticos de computação. Baseando-se na precisão do ajustamento
refletido no coeficiente de determinação e erro padrão residual foi possível escolher a equação
que melhor se ajustou aos dados, apresentando soluções eficientes para o objetivo proposto.
Foram analisados modelos volumétricos em função da altura e diâmetro verificando-se que
somente o DAP afetava significativamente os resultados.
VEIGA, Fábio de Alencastro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Estudo de um método de avaliação do material lenhoso no cerrado
brasileiro. Orientador: Prof. João Carlos Chagas Campos.
O objetivo desse trabalho foi propor uma metodologia que possibilite a quantificação do material
lenhoso presente no cerrado brasileiro, tanto para lenha para produção de carvão, como para
estudo de biomassa. A amostragem simples estratificada foi o método de amostragem utilizado,
baseado nas variações que ocorrem na vegetação do cerrado. Através desse método foi possível
identificar três tipos característicos de vegetação, Cerradão, Cerrado e Cerrado ralo, formando três
estratos. A obtenção do volume total das árvores foi feita através de cubagem rigorosa do fuste,
copa e galhos. A CAP e a altura foram as variáveis independentes que mais se relacionaram com
o volume total e do fuste, já o DAP apresentou maior influência sobre o volume da copa. A
utilização de um manejo adequado através de inventários e métodos silviculturais permite que
explorações futuras desta vegetação sejam mais racionais e econômicas.
37 BENATTI, Luiz Augusto Cândido. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Mapeamento da exposição solar do Parque Florestal Estadual do Rio
Doce. Orientador: Prof. James Jackson Griffith.
O objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios para o plano diretor do Parque Estadual Florestal
do Rio Doce, através do mapa de exposição solar do parque. O mapeamento solar do PFERD foi
realizado com bases no mapa planialtimétrico do parque. O mapa está na escala de 1:20000, com
curvas de nível de 20 em 20 metros, e foi elaborado pelo Instituto de Geociências Aplicadas de
Minas Gerais. O Mapa final ficou em fase de acabamento. Como resultado foi apresentada apenas
a parte do mapa que foi analisada e digitalizada. O mapa de exposição solar do PFERD é
importante para o plano de manejo do parque no sentido de indicar quais áreas críticas, relativas à
exposição solar, que devem ser levadas em consideração no processo de planejamento do parque.
SILVA, Márcio Antônio da. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Urucum e suas utilidades. Orientador: Prof. Renato Moura Brandi.
Neste trabalho objetivou-se levantar dados a respeito do Urucum (Bixa orellana), considerando-se
a sua utilização, em especial de seu corante natural. Para isso foi feito uma revisão de literatura
sobre o assunto. Com a recomendação da FAO, sobre o perigo do uso dos corantes sintéticos,
podendo estes ser cancerígenos, vê-se uma crescente demanda aos corantes naturais, havendo uma
grande ampliação da cultura do urucum, com um mercado bem promissor. Apesar de não
existirem muitos plantios organizados no Brasil, brasileiros e pesquisadores começam a se
conscientizar de sua importância, e o cultivo do urucum tem sido alvo de estudos e pesquisas, e a
tendência é que aumente no país. Os benefícios proporcionados por esta cultura, em conjunto de
mais pesquisar sobre o produto, poderão diminuir a importação de produtos sintéticos.
MEDINA, Maria do Livramento Lima Moeda. Monografia de Graduação. Universidade Federal
de Viçosa, dezembro de 1986. Algumas considerações sobre adaptação de plantas a
ambientes de deficiência hídrica. Orientador: Prof. Geraldo Gonçalves dos Reis.
O objetivo deste trabalho foi discutir a relação entre a resistência à seca e algumas adaptações em
plantas superiores a ambientes de deficiência hídrica. Para isso foi realizada uma revisão
bibliográfica a respeito. De um modo geral todas as plantas possuem adaptações para resistirem à
seca. Tais adaptações estão relacionadas ao ambiente em que se encontram. Assim, uma planta
terá estrutura xeromórfica mais resistente se o ambiente ao qual estiver sujeita for de estresse
hídrico severo. Estas plantas se adaptam e reproduzem em tais ambientes de uma maneira que
outras, não xeromórficas, conseguem. Porém sua produção é muito pequena, quando comparada a
uma planta de ambiente úmido produz em condições ótimas. Recomendam-se estudos na área de
melhoramento florestal, no sentido de aumentar a produção das plantas resistentes à seca. Aquilo
que realmente adapta a vegetação ao ambiente é seu comportamento, e não sua fisiologia.
38 CAETANO, José Carlos Santos. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. Práticas culturais em seringueira, após plantio. Orientador: Prof. Renato
Mauro Brandi.
Desde o replantio, passando pelas várias etapas das práticas culturais vistas até atingirmos um
seringal apto à sangria, muito capital é investido para isso. Diante desta situação, devemos
trabalhar com pessoas especializadas fazendo as técnicas adequadas. Qualquer dúvida encontrada
pelos seringalistas, deve ser sanada por pessoas entendidas no assunto, pois se trata realmente de
uma planta sensível e que seu futuro é mostrado pelos bons ou maus tratos feitos no presente.
Com o grande investimento as práticas culturais têm de ser feitas com a máxima atenção, sempre
que preciso for, pois assim teremos um retorno do capital aplicado o mais rápido possível, sendo
que isto é o objetivo maior de qualquer empresa ou seringalista em questão.
LEITE, Hélio Garcia. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro de
1986. Biologia floral, reprodução e síndrome de polinização da Cássia macranthera DC
(Caesalpinaceae). Orientador: Prof. Waldomiro Nunes Vidal. Co-orientadora: Profa. Maria
Rosária Rodrigues Vidal.
Visando obter subsídios para o manejo no paisagismo e na apicultura, além de entomologia e
biossistemática do gênero, foi feito um trabalho procurando concentrar informações básicas sobre
a espécie C. macranthera. Este trabalho se estendeu desde março de 1984 até agosto de 1986.
Foram feitos testes de campo e de laboratório, visando conhecer profundamente a morfologia
floral externa, desde o botão floral até o início da frutificação. Observações constantes foram
feitas no campo e em laboratórios, para conhecer o mínimo indispensável sobre a relação insetoplanta, principalmente com referência à polinização e reprodução. Esta leguminosa se reproduz
por processos endogâmicos, e/ou alógamos, sendo polinizada por insetos vibradores.
FORZANI, José Roberto Ribeiro. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa,
dezembro de 1986. O capitalismo e o meio ambiente. Orientador: Prof. Antônio Alberto
Alessandro de Barros.
O trabalho que realizamos foi no sentido de estudar as conseqüências da industrialização
implementadas pelo capitalismo sobre o meio ambiente. Desenvolvemos desta forma, estudos que
nos ajudaram a compreender que a predação que temos no meio é mero acaso, ocorre na maneira
como ocorre devido às relações que o capitalismo exige para se manter. Procuramos mostrar que
existem diferenças entre os países desenvolvidos e os do Terceiro Mundo no que se toca a
predação da natureza. De maneira geral, este trabalho também procura esclarecer as
conseqüências que temos com a população, no que é lógico, é afetada juntamente com o meio,
pelo sistema econômico vigente.
MARETTO, Luis Carlos. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1986. A cultura do guaraná, Paullinia cupana. Orientador: Prof. Renato Mauro Brandi.
O presente trabalho é uma revisão bibliográfica sobre a cultura do guaraná. Procurou-se enfocar
alguns aspectos mais importantes sobre o histórico do guaraná, importância econômica, produção
39 de mudas, sobre a forma de implantação de um guaranazol como vem sendo feito em sua região
de origem que é a Amazônia. É considerada, ainda, a forma de beneficiamento das frutas e as
principais pragas e doenças da cultura.
MAIA, Vera Izes Santos. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1986. Aspectos da segurança do trabalho na Universidade Federal de Viçosa. Orientador:
Prof. Amaury Paulo de Souza.
Foram obtidos dados de acidentes, junto a 42 setores da universidade, visando a avaliação do
nível de segurança do trabalho na instituição. Foram avaliadas as porcentagens de acidentes em
função de quatro parâmetros: idade do acidentado, dia da semana, tempo efetivo de trabalho e a
parte do corpo atingida. Foram avaliadas, através de coeficientes, a freqüência e gravidade dos
acidentes. A partir desses coeficientes podemos avaliar se estão sendo eficientes os serviços de
segurança do trabalho, que são assim considerados, quando esses coeficientes apresentam valores
inferiores a 40, para o coeficiente de freqüência e a 1000, para o coeficiente de gravidade.
Os resultados obtidos na universidade apresentaram-se satisfatórios, uma vez que os coeficientes
se encontram abaixo do limite estabelecido.
PÉREZ, Xiomara Enith Arrocha. Monografia de Graduação. Universidade Federal de viçosa,
dezembro de 1986. Aspectos da associação micorrízica. Orientador: Profa. Rita de Cássia
Gonçalves Borges.
As associações micorrízicas são benéficas ao crescimento das árvores. Elas aumentam a
superfície da área das raízes, proporcionando maior absorção de água e nutrientes. Aumentam a
longevidade das raízes infectadas, ampliando suas funções, e, as protegem contra infecções
patogênicas. As micorrizas são classificadas de acordo com o arranjamento das hifas das células
do córtex da raiz. São divididas em ectomicorrizas, endomicorrizas e ectoendomicorrizas. As
ectomicorrizas podem ser facilmente constatadas em condições de campo. As endomicorrizas não
são visualmente constatáveis em exames visuais de raízes no campo. A inoculação de
ectomicorrizas se dá através do inoculo produzido naturalmente ou artificialmente. Entre vários
tipos de inóculos destacam-se o de solo, o constituído de esporo e o vegetativo. A dependência de
muitas plantas em relação às micorrizas é tão grande que estas não crescem e não sobrevivem na
ausência desta associação.
BARBOSA, Fábio Lúcio. Monografia de Graduação. Universidade Federal de Viçosa, dezembro
de 1986. Cultura da Bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). Orientador: Prof. José Flávio
Cândido.
A bracatinga é uma alternativa viável para o florestamento e/ou reflorestamento, devido ao seu
rápido crescimento e potencial energético. Nas áreas de ocorrência natural, quando forem abatidas
ou queimadas, ocorre uma germinação intensa que pode ser manejada por um raleio, deixando as
melhores plantas de acordo com a finalidade do manejo. Para cultivo da bracatinga fora de sua
área de ocorrência natural, devem-se fazer inoculações de Rhizobium com estirpes selecionadas já
disponíveis. Recomendamos o seu plantio em solos de textura argilosa, relevo de ondulado a
montanhoso (500 – 1.500 m de altitude), climas pluviais temperados, precipitações
40 uniformemente distribuídas com 1000 – 2000 mm de chuva. Parece que Minas Gerais, excluindo
o norte, seria uma região com boa expectativa e também, no Estado de São Paulo. Para
propagação da espécie, a melhor alternativa seria a por meio de mudas, apesar de o semeio direto
no campo também ter o seu valor como propagação. Na formação de mudas, precisamos
determinar o tamanho ótimo das mudas para o seu transplante. Devemos, a partir da integração de
empresas florestais e pequenos agricultores aliados aos incentivos do IBDF e Secretaria de
Agricultura, intensificar as pesquisas para fornecer subsídios técnicos para todas as fases de
produção, baseado, se possível em resultados já obtidos.
41 AUTORES
Ademir José Torchetti ‐ 16 Adilson Lima Domingues ‐ 15 Alan de Souza Azevedo ‐ 8 Alexandre Santos Pimenta ‐ 32 Ana Maria Brandão Mendes ‐ 23 Anderson Tadeu Gomes Pereira ‐ 26 André Luiz Corrêa Rocha ‐ 1 Aníbal de Oliveira ‐ 24 Antonilmar Araújo Lopes da Silva ‐ 26 Antônio da Silva Maciel ‐ 28 Antônio de Pádua Alves ‐ 28 Antônio Eduardo Terra Pinto ‐ 35 Antonio José Netto ‐ 29 Argilano Negris ‐ 2 Armando Mamoru Fugita ‐ 19 Augusta Rosa Gonçalves ‐ 20 Carlos Alberto Moraes Passos ‐ 12 Carlos Eduardo de Souza Dantas ‐ 21 Carlos Eduardo L. Santos ‐ 23 Cleverson de Mello Sant’Anna ‐ 33 Dalva Luis de Queiroz Santana ‐ 4 Denise Marçal Rambaldi ‐ 5 Denise Mattos Procópio Faria ‐ 7 Edmundo Bernardo Silva Smith ‐ 27 Edson Geraldo Ribeiro da Costa ‐ 32 Eduardo Albuquerque ‐ 25 Eduardo Luís Gumier ‐ 21 Elizabete Martins Antunes ‐ 36 Elmar Andrade de Castro ‐ 34 Evandro Castro ‐ 2 Evaristo Mauro Castro ‐ 36 Fábio de Alencastro Veiga ‐ 36 Fábio Lúcio Barbosa ‐ 39 Felogômino Gomes Júnior ‐ 34 Fernando César Pires Cabral ‐ 5 Flávio Leão Coelho ‐ 9 Francisco Costa Neto ‐ 20 Gláucia Aparecida Prates ‐ 25 Grace Miranda Gomes ‐ 4 Hally Massahiro Yahata ‐ 31 Hélio Garcia Leite ‐ 38 Helton Vieira da Silva Lopes ‐ 29 Heuzer Saraiva Guimarães ‐ 32 Horades José de Oliveira ‐ 31 Jaime Anísio Freitas ‐ 6 Jane Rigoni ‐ 4 Jesus Lelis Teixeira ‐ 1 João Flávio da Silva ‐ 27 José Antônio Vieira Barcelos ‐ 22 José Carlos de Oliveira Rocha ‐ 17 José Carlos Santos Caetano ‐ 38 José Geraldo Mendes ‐ 14 José Jonas Pereira ‐ 28 José Marcio Cardoso ‐ 7 José Norberto Lobato ‐ 13 José Ramon Carias ‐ 24 José Roberto Ribeiro Forzani ‐ 38 José Sobrinho Silva Vieira ‐ 8 Laélio Bento Pereira ‐ 3 Leda Maria da Hora ‐ 9 Luis Carlos Maretto ‐ 38 Luiz Augusto Cândido Benatti ‐ 37 Luiz Fernando Marques ‐ 30 Luiz Henrique Ferraz Miranda ‐ 25 Luiz Orlando Antoniol ‐ 21 42 Manoel Carlos Eugênio Silva ‐ 1 Márcia Yoshie Kasai ‐ 14 Márcio Antônio da Silva ‐ 37 Márcio de F. M. de Almeida ‐ 26 Marcio Lopes da Silva ‐ 29 Marcos Albuquerque Amaral ‐ 3 Marcos Rodolfo Schan Justo ‐ 5 Maria da Consolação Pereira ‐ 16 Maria do Livramento L. M. Medina ‐ 37 Maria Rita Torres ‐ 10 Maria Rosa Gonçalves ‐ 30 Mauro Seródio Silva Araújo ‐ 16 Natalino Calegário ‐ 13 Paulo de Tarso Mello ‐ 24 Paulo Henrique de Souza Dantas ‐ 7 Paulo Roberto Oliveira ‐ 18 Pedro Carvalho ‐ 6 Rodolfo Neiva de Souza ‐ 17 Rogério Carneiro Miranda ‐ 34 Ronaldo de Azevedo Coimbra ‐ 35 Sebastião Carlos Bering ‐ 18 Sebastião Donisete Faria ‐ 22 Silvana Lages Ribeiro ‐ 35 Vera Izes Santos Maia ‐ 39 Vicente Silveira Rivelli ‐ 2 Vilmar Ferreira ‐ 12 Wallace Kruger ‐ 19 Walter Barros Júnior ‐ 15 Wilson Antônio da Silva Barroso ‐ 10 Wilson Silva ‐ 18 Xiomara Enith Arrocha Pérez ‐ 39
43 ORIENTADORES
Acelino Couto Alfenas – 4, 13, 30 Amaury Paulo de Souza – 15, 39 Antônio Alberto Alessandro de Barros – 16, 38 Arlindo de Paula Gonçalves – 19, 30 Benedito Rocha Vital ‐ 28 Elmar Alfenas Couto – 25, 36 Francisco Alves Ferreira ‐ 6 Francisco Carlos Carvalho da Silva ‐ 29 Geraldo Gonçalves dos Reis ‐ 37 Hércio Pereira Ladeira ‐ 26 Ismael Eleutério Pires – 29, 32 James Jackson Griffith – 4, 5, 13, 14, 23, 37 João Carlos Chagas Campos ‐ 36 José Flávio Cândido – 24, 39 José Gabriel de Lelles – 7, 14 José Mauro Gomes – 8, 9, 10 Laércio Couto – 9, 12, 18, 20, 25, 33 Lauro Gontijo ‐ 15 Luiz Clairmont de Lima Gomes ‐ 32 Maria das Graças Ferreira Reis – 16, 23, 24, 31 Maria das Graças Moreira Ferreira – 4, 5 Maria Rosária Rodrigues Vidal ‐ 38 Norivaldo dos Anjos Silva – 2, 4, 6, 21, 22, 34 Osvaldo Ferreira Valente – 3, 35 Paulo Sant’Ana e Castro ‐ 34 Renato Mauro Brandi – 3, 8, 17, 19, 21, 22, 24, 26, 32, 37, 38 Ricardo Marius Della Lucia – 1, 7, 27, 28, 29, 31, 34, 36 Rita de Cássia Gonçalves Borges – 35, 39 Roberto da Silva Ramalho – 10, 16, 20, 21, 25 Sebastião Bastos Nogueira ‐ 1 Waldomiro Nunes Vidal ‐ 38

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