Julho de 2014 - PANATHLON Club São Paulo

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Julho de 2014 - PANATHLON Club São Paulo
PANATHLON
CLUB SÃO PAULO
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40 ANOS!
Entramos na fase da comemoração do
"quarentenale"
do Panathlon Club São
Paulo, data que será triplamente
festejada: em agosto e em outras duas
ocasiões no mês de setembro.
A primeira ocorrerá em 7 de agosto, no
Salão Franco Montoro da Assembléia
legislativa, que tem o apoio da Comissão
de Assuntos Desportivos e da FEDEESP.
As outras duas serão em 11 de setembro
e 17 de setembro. A do dia 11 será uma
o MELHOR
homenagem do poder legislativo
municipal e a outra corresponde ao
convivio mensal no Clube Esperia.
As primeiras demonstrações de apreço
aos 40 anos já estão chegando, como
demonstram a confirmação do
Secretário Municipal de Esportes Celso
Jatene e do esportista Jaime Franco,
que representará Marco Polo Dei Nero,
presidente da Federação Paulista de
Futebol.
DOS ÚLTIMOS TEMPOS
Um dos melhores convívios de todos os tempos foi realizado no mês de junho. Não
percam o noticiário completo sobre o Dia Olímpico nas páginas internas.
Na foto acima, os que se destacaram na festa.
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PANATHLON CLUB SÃO PAULO
40 ANOS DE PANATHLETISMO
Quando o século 20 entrava no seu
segundo quartel, fundou-se em Veneza,
na Itália, o Panathlon Club, entidade que
pretendia reunir uma vez por mês os
esportistas da cidade para falar sobre o
Esporte.
No começo era apenas um convivio de
amizade, tanto que o seu "slogan" - Ludis
lungit - precedeu o nome atual. Logo mais
cada reunião tinha um conferencista,
adquirindo assim um cunho de maior
estrutura.
Com a fundação de outros clubes além das
fronteiras do norte da Itália, o Panathlon
tornou-se internacional, espalhando o
nosso movimento gradativamente para os
demais continentes.
O Conselho Internacional, no inicio,
estabeleceu como objetivo a Ação. Não
adiantava absorver todo o saber dos
palestrantes dos convívios e não
transformar as ideias apresentadas em
atividade.
Mais tarde, com a decadência do
procedimento de dirigentes e praticantes
no esporte, o Panathlon também voltouse para a ética e o "fair play".
Surgiram assim os quatro pilares que
sustentam o movimento panathlético:
Amizade, Cultura, Ação e Ética ou Fair
Play.
O panathletismo chegou à América do Sul
por intermédio da Argentina, que foi a
.pioneira. Seus principais dirigentes
provinham dos esportes aquáticos. Logo
após foram fundados os clubes do Chile ,
tendo como presidente Hernam Munhoz
Segura (presidente do Comitê Olimpico
Andino); do Peru, por influência de
Sebastian Salinas Abril (presidente da
Ordem de Los Caballeros de La Natación
Sudamericana); do México, com a
cooperação de Javier Ostos Mora, que
mais tarde tornou-se presidente da FINA.
No Brasil, entre várias pessoas
convidadas, somente uma aceitou a dificil
e trabalhosa incumbência: o prof.
Henrique Nicolini, que era membro do
conselho técnico de natação da
Confederação Brasileira de Desportos
(CBD), entidade eclética que entre outras
modalidades superintendia o Futebol, o
Atletismo e a Natação.
A fundação do clube de São Paulo foi
realizada no dia 7 de agosto de 1974, na
Rua Frei Caneca, na então sede da
Federação Paulista de Basquete. Os sócios
fundadores foram Henrique Nicolini,
eleito primeiro presidente, Marcello de
Castro Leite, do Sesi, Sérgio Blumer
Bastos, médico do Corinthians, Oswaldo
Caviglia, presidente da Federação Paulist
de Basquete, Fábio Lazzari, membro da
área de promoções da Secretaria
Municipal de Esportes e posteriormente
presidente da Federação Paulista de
Handebol, Walter Abrahão, destacado
cronista esportivo, Mário Xavier, dirigente
da natação corinthiana, além dos
jornalistas Flávio lazzetti e José
Antoniade Inglez.
O Panathlon São Paulo concretizou um
calendário de grandes acontecimentos,
entre os quais a escolha do "Destaque
Esportivo do Ano", a comemoração do Dia
Olimpico, a solenidade do "Bosque da
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PANATHLON CLUB SÃO PAUL
Fama", em parceria com a SEME,onde
cada grande simbolo do esporte é
homenageado com o plantio de uma
árvore.
Pelos principios panathléticos, ~cada
associado possui um amigo em uma das
quase 300 cidades sede de um clube
Panathlon nos cinco continentes, podendo
assim participar de reuniões e assembleias
internacionais.
Dois brasileiros já se tornaram vicepresidentes internacionais: o prof.
Henrique Nicolini e atualmente o Cel.
Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho.
O prof. Nicolini é um dos três membros de
honra do Panathlon International. Os
demais são o advogado italiano Antonio
Spallino e o esportista suíço Jean Presset.
O presidente atual do PI é o jornalista
Giacomo Santini, ex membro do Senado
da Itália.
Espera-se grande presença nestes três
eventos comemorativos que não são só do
clube de São Paulo, mas de todo o Brasil.
Henrique Nicolini
Expediente:
Textos
.Fotografia
HENRIQUE NICOLlNI
LlLLlAN NICOLlNII
Arte e montagem
Impressão
GEORGIOS HATZIDAKIS
SOLANGE VIVEIROS
Rua Estela, 140
DATAS COMEMORATIVA
o Panathlon
Club São Paulo
está completando 40 anos
de existência no dia 7 de
agosto com três
solenidades:
- A primeira, no Auditório
Franco Montoro da
Assembléia Legislativa, no
próprio dia 7, que contará
com a parceria da FEDEESP
(Federação do Esporte
Escolar), encerrando-se com
um coquetel.
- A segunda comemoração
será realizada no dia 11 de
setembro, no salão nobre
da Câmara Municipal, uma
iniciativa do vereador
Toninha Paiva.
- A tercei ra terá lugar no
convivia de 17 de
setembro, dentro dos
padrões das celebrações
anteriores, no Clube Esperia
(com música ao vivo) .
Anotem e compareçam!
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10 coNVÍVIo
Na foto, o voieibotista
ANTERIOij
Domingos Maracanã portando a chama olimpica na abertura da
solenídode.
o convívio
de junho ultrapassou em nível cultural, presença do auditório e entusiasmo
geral todas as reuniões que prestigiaram o Olimpismo e que vinham sendo realizadas há
mais de 10 anos.
Programada como uma rotineira comemoração, o Dia Olímpico que acontece
tradicionalmente no convivio de junho foi desta vez uma festa inesquecível. A começar
pela frequência, que reuniu mais de 60 participantes, entre os quais panathletas,
convidados, otírnpícos, homenageados e autoridades.
A emoção começou com a solenidade de abertura, com o cerimonial olímpico
protagonizado pelo atleta Domingos Lampariello Netto (Maracanã), medalha de prata na
modalidade de voleibol em 1984, em Los Angeles.
No percurso, a tocha passou entre as fileiras de mesas, ao som de música tão estimulante
que transformou em apoteose os primeiros instantes da saudação aos homenageados.
Falando-se em figuras olímpicas presentes, tivemos neste convivio enorme contingente de
destaques, entre os quaís:
- Domingos Maracanã (voleibol) - medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles
(84)
- Henrique Guimarães (judô) - medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta (96)
- Manoel dos Santos Junior (natação) - medalha de bronze nos Jogos Olimpicos de Roma
(60), recordista mundial, 100m livres (61)
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- Carlos Domingos Massoni (basquete) - medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma
(6) e Tóquio (64), campeão mundial (63)
- Paulo Sevciuc (técnico de voleibol) - participou como atleta dos Jogos de Munique (72) e
como treinador em Moscou (80)
- Yumi Yamamoto Sawasato (arbitragem de ginástica artística feminina) - participou
de 4 Jogos Olímpicos, recebeu o prêmio de melhor árbitra do mundo da Federação
Internacional de Ginástica
- Aderval Arvani (voleibol) - disputou os Jogos Olímpicos de Munique (72)
- Henrique Nicolini (jornalismo) - cobriu 4 Jogos Olímpicos, Munique (72), Los Angeles
(84), Seul (88) e Barcelona (92)
- Nestor Soares Públio (ginástica) - primeiro árbitro brasileiro de ginástica a atuar em
Jogos Olímpicos (Moscou/1980)
- Fernando Telles Ribeiro (saltos ornamentais) - participou dos Jogos Olímpicos de
Melbourne (56) e Roma (60), campeão mundial dos Jogos Olímpicos Masters (EUA - 1998)
Após o acendimento da píra, o presidente Georgios Hatzídakís ofereceu um diploma a cada
figura olimpica presente e o mestre de cerimônias, Niomar Cyrne Bezerra, falou sobre a
significação daquela solenidade.
A seguir, Lauret Godoy, uma das maiores conhecedores do Olimpismo e do esporte grego
(sem citarmos Santos Dumont e outros temas culturais), discursou sobre a importância do
Dia Olímpico. Sua participação foi tão entusiástica que decidimos apresentá-Ia na íntegra e
anexa a este boletim.
Na segunda parte, o presidente Georgios fez a apresentação do programa "Atleta na
escola", desenvolvido pela Confederação Brasileira de Atletismo, e que é exemplo de uma
campanha do Panathlon em parceria com a Assembléia Legislativa para o retorno da
prática de esportes nos estabelecimentos de ensino de nosso Estado (e, se possível,
estendendo-se para todo o pais).
A PALESTRA DO DIA OLÍMPICO
A palestra da panathleta Lauret Godoy, a maior especialista em
Olimpismo do Brasil, acendeu a chama do entusiasmo do último
convívio.
Seu valor é tão grande que provocou a decisão de publicá-Ia na
íntegra, apesar da extensão do te~to. Assim a mensagem da
Laurete chegará a todos os leitores do boletim que não tiveram a
oportunidade de participar do convívio de junho.
Eis o texto nas próximas páginas:
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DIA OLíMPICO - PANATHLON - 2014
Lauret Godoy
A comemoração do Dia Olímpico pelo
Panathlon Clube de São Paulo é sempre
motivo de festa e alegria. É a confirmação da
imortalidade do espírito olímpico, pairando
sobre aqueles que fazem do esporte uma
atividade promotora da saúde, alegria e
fratern idade.
Essa iniciativa honra o movimento
promotor da paz, que surgiu na Grécia dos
sábios e filósofos, dos mitos e alegorias, da
prática esportiva utilizada como elemento
educador e socializador. Um espírito que se
materializou em 776 a.C., quando ocorreu o
registro público do nome de Corebus,
primeiro vencedor do torneio que era
realizado para honrar Zeus, dono e senhor
do Olimpo, imagem da justiça e da razão, da
ordem e da autoridade, virtudes que
marcavam a esplendorosa festa.
A partir dessa data, a cada quatro anos os Jogos eram realizados em Olímpia. E o festival
esportivo-religioso que durante muitos anos teve apenas uma prova de corrida, atingiu o
apogeu com disputa de outras atividades, enfraqueceu, começou a decair e após mais de
600 anos de realização ininterrupta, foi extinto em 393 da Era Cristã.
A partir de então, o esporte saiu da cena maior durante 1500 anos. Até que, em 23 de junho
de 1894, na Sorbonne, Universidade de Paris, o maior festival esportivo da Antiguidade foi
renovado, graças ao empenho de Pierre de Fredy, posteriormente Barão de Coubertin. E, a
exemplo do que ocorrera na Grécia Antiga, o movimento que nasceu fraco, fortaleceu-se e
atingiu patamares incríveis em diversos setores de atividades, apesar de ter enfrentado dua
guerras mundiais.
A segunda delas, considerada a maior e mais devastadora guerra da história da
Humanidade, mudou a feição do mundo e matou grandes nomes do esporte internacional.
Porém, o espírito olímpico sobreviveu!
Londres ainda guardava vestígios dos vários bombardeios que sofrera, mas sediou os Jogos
de 1948. Vinte e três países disputaram o torneio de Basquetebol. Dirigentes brasileiros não
queriam que a equipe fosse levada a Londres. O Brasil não conseguira vencer o
campeonato sul-americano realizado no Rio de Janeiro em 1947, e, por certo, faria péssima
figura na Olimpíada. Porém, duas pessoas empenharam-se e lutaram pela ida dos
brasileiros: Paulo Martins Meira e Sylvio de Magalhães Padilha, este, o brasileiro que viveu o
espírito olímpico com maior intensidade, foi o carro-mestre do esporte amador no país e é
Presidente de Honra do Comitê Olímpico Brasileiro. A equipe de Basquetebol embarcou e
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os dez jogadores treinados por Moacyr Daiuto, professor de projeção internacional, escritor
e panathleta da primeira hora, representaram a maior glória da delegação brasileira nos
Jogos de Londres.
A festa esportiva que congregou atletas do mundo inteiro em Londres mostrou a força do
esporte. Inspirados por essa evidência, esportistas italianos, no ano de 1951, em Veneza,
criaram o Clube Panathlon, cujo lema é LUDIS IUNGIT - O Esporte Une. A nova associação
espalhou-se pelo mundo e, no ano de 1974, graças ao empenho e luta de Henrique Nicolini,
que contou com o apoio de vários outros entusiastas do esporte, foi criado o Panathlon Club
São Paulo. Dele, até hoje, o Professor Nicolini continua sendo a alma e o coração.
Voltando aos Jogos de Londres, na equipe brasileira de Basquetebol estavam Alberto
Marson e o panathleta Alexandre Gemignani. Quando em 1998 o Panathlon Club São Paulo
realizou pela primeira vez a cerimônia do Dia Olímpico, Alexandre Gemignani acendeu a pir
olímpica. Em 2001 a honra coube a Alberto Marson. Foram os basquetebolistas que mais
participaram dessa festiva cerimônia; em 2003, Amaury Passos, o "Mão Santa" da sua
época; em 2008 Edson Bispo dos Santos e, nos anos de 2005 e 2009 o panathleta Carlos
Massoni, o Mosquito, que sempre prestigia os jantares desta entidade.
Na infância, Mosquito sentia desejos de dedicar-se ao Futebol, mas o pai não queria, de
jeito nenhum. Então, por livre e espontânea pressão paterna, o jovem se dedicou ao
Basquetebol e foi o armador da mais vitoriosa seleção de Basquetebol do Brasil. Jogou
Basquete dos 10 aos 40 anos de idade e, ao abandonar o esporte de competições, deixou o
registro de participação em 99 jogos e 495 pontos marcados em seleções nacionais.
Mosquito integrou as equipes que obtiveram medalha de bronze nos Jogos de Roma, em
1960 e Tóquio, 1964.
Os Jogos de 1952 foram realizados em Helsinque. O Brasil brilhou no campo e pista com
Adhemar Ferreira da Silva que obteve medalha de ouro no Santo Triplo e, na piscina, a
grande façanha foi do panathleta Tetsuo Okamoto. Na infância era franzino e chamado de
Tachinha. Segundo suas próprias palavras, era apenas cabeça e esqueleto, daí o apelido.
Sofria de asma e, com a Natação encontrou a cura dos seus males respiratórios. Nas
piscinas do Vara Clube de Marília, treinava sozinho várias horas por dia. Piscina de 25
metros, água-fria e ele superava o desânimo declamando mentalmente poesias que
proporcionavam força moral. E lá ia ele, nadando e recitando: Não chore meu filho, não
chore que a vida é luta renhida, viver é lutar. A vida é um combate, que aos fracos abate e
aos bravos e fortes só sabe exaltar. Em Helsinque Tetsuo foi o terceiro colocado nos 1500
metros Nado Livre, conquistando a primeira medalha olímpica da Natação brasileira.
50 anos após essa fantástica participação, no ano de 2002 foi Tetsuo Okamoto quem
acendeu a pira nas comemorações do Dia Olímpico do Panathlon Club São Paulo.
Oito anos após o feito de Okamoto, outro nadador brasileiro subiu ao pódio olímpico. Desta
vez, para receber medalha de bronze na prova de 100m Nado Livre. O panathleta Manoel
dos Santos Júnior nasceu em Guararapes, mas entrou em contato com a Natação aos 10
anos de idade, quando foi estudar como interno no Colégio Koelle de Rio Claro, famoso por
possuir uma das melhores equipes de Natação do Estado de São Paulo. Aos 15 anos de
idade o talento explodiu para o esporte, porque seu tempo começou a baixar
consideravelmente, nas diversas provas que disputava. Passou, então, a caminhar em
direção ao sucesso. Foi em ~inoru Hirano, do Clube Internacional de Regatas de Santos,
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que Manoel encontrou o apoio técnico, moral e espiritual que precisava para se transformar
em uma das maiores figuras da Natação brasileira. Hirano era engenheiro agrônomo. Fazia
criação de peixes e possuía vários aquários em casa. Observava, analisava, estudava a
maneiras dos peixes nadarem e tirava conclusões sobre aspectos que considerava
importantes e que poderiam influenciar melhora no deslizamento de Manoel na água.
Transmitia as conclusões ao nadador, que as colocava em prática, sempre com muito
sucesso. Manuel também treinava sozinho em piscina de água fria e, graças a um
permanente condicionamento mental, lutava contra a fome, a preguiça e o cansaço. Em
Roma obteve medalha de bronze nos 100m Nado livre. No ano seguinte, em setembro de
1961 tornou-se recordista mundial da especialidade. Sentiu a importância do que havia feito
quando, ao girar o mapa mundi pensou: - Puxa, sou o primeiro em tudo isso aqui... O
panathleta Manoel dos Santos acendeu a pira na cerimônia do Panathlon, nos anos de 2007
e 2011.
A escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 1968 gerou muita conversa e descontentamento,
por causa da altitude da Cidade do México. E foi lá que um atleta natural da cidade de lins
conquistou medalha de prata no Atletismo Olímpico. Na infância, Nélson Prudêncio corria 8
km que separavam o sítio onde morava, da escola primária que frequentava. Aos 20 anos
de idade foi visitar uma pista de Atletismo em Jundiaí e interessou-se pelo Salto em
Extensão. Aceitando sugestão do treinador tirou os sapatos e, descalço, deu um salto triplo.
Gostou do que fez e passou a dedicar-se a essa prova com sucesso. Difícil era conciliar os
treinamentos. Trabalhava como torneiro-mecânico durante o dia, à noite estudava
Contabilidade e treinava de madrugada. Quatro anos mais tarde integrou a delegação de
Atletismo aos Jogos de Cidade do México. Certa noite, foi ao teatro assistir a um espetáculo
musical de Duke Ellington e, no foyer, havia uma Exposição de desenhos infantis. Segundo
suas palavras: - Vi em um pódio, um criou linho de camiseta amarela. Identifiquei-me com
ele na hora e falei para o Clóvis Nascimento, que era meu treinador: vou ganhar uma
medalha nestes Jogos. E ganhou, realmente. Conquistou prata, saltando 17,27m, a melhor
marca da sua carreira. Prudêncio dói o único sul-americano a obter medalha no Atletismo da
Cidade do México. Em Munique, quatro anos depois, conquistou bronze. Mais tarde
estudou Educação Física, fez pós-graduação em nível de Mestrado pela USP e, no ano de
2007 acendeu a pira na cerimônia do Panathlon.
Na Olimpíada de Munique, Chiaki Ishii conquistou a primeira medalha do Judô brasileiro.
Em 1996, nos Jogos de Atlanta, outro judoca brasileiro subiu ao pódio olímpico para receber
medalha de bronze. Foi ele Henrique Guimarães, que iniciou a prática do esporte aos quatro
anos de idade. Disputou também as Olimpíadas de Sidney e Atlanta. Ao abandonar as
competições passou a dedicar-se ao projeto social que idealizou sob o título VOCÊ QUER,
VOCÊ PODE, que atende crianças carentes. Além de aulas e treinos de Judô, elas recebem
bolsas de estudos e possibilidade de emprego. Nessa prova social ele conquista medalha d
ouro, por se tratar de um projeto campeão de fraternidade. Foi o judoca Henrique
Guimarães, a grande figura da cerimônia do Dia Olímpico do Panathlon em 2006.
Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984; o Voleibol brasileiro brilhou em terras da
Califórnia. Nossos jogadores tinham como rivais os jogadores dos Estados Unidos, que há
oito anos viviam em uma mesma comunidade, treinando e tendo como patrono Magnum, o
famoso ator do seriado da televisão americana. Nossos jogadores conquistaram medalha de
prata e, embora perdendo o ouro, os brasileiros fizeram uma tremenda batucada em Long
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Beach, na frente do ginásio, provocando enorme surpresa entre os americanos, que não
entendiam como era possível perder a medalha de ouro e continuar festejando. Coisas de
brasileiros! Nessa equipe da geração de prata do Voleibol brasileiro estava o jogador
Montanaro, que foi quem acendeu a pira na cerimônia do Panathlon no ano de 2010.
Domingos Maracanã, da mesma equipe, é quem acende a pira nesta noite de 2014.
Por inspirar-se nos jogos da Grécia Antiga, onde a presença feminina era proibida, Pierre de
Coubertin era radicalmente contra a participação das mulheres em Jogos Olímpicos. Mas o
passar do tempo mostrou que elas também mereciam brilhar na bonita festa do esporte
internacional. E, graças a essa inclusão, o basquetebol feminino do Brasil brilhou nos Jogos
de Atlanta em 1996, ao conquistar medalha de prata. Quatro anos mais tarde, as meninas
obtiveram bronze nos Jogos de Sidney. Na equipe estava uma das melhores jogadoras que
o Brasil já revelou: Adriana Aparecida dos Santos, que prestigiou a festa do Panathlon e
acendeu a pira nas festividades de 2012. Palavras de Adriana: - Acredite no seu sonho e
corra atrás dele, seja ele o que for. Dificuldades existirão sempre, mas as alegrias
compensarão.
Os verdadeiros vencedores pensam e agem como Adriana.
E assim, anualmente, o Panathlon Club São Paulo mantém viva a chama do esporte
olímpico, com esta bonita cerimônia que reverencia esportista do passado que tiveram a
glória de representar o Brasil no maior evento esportivo de todos os tempos.
Nesta noite devemos render homenagem a todos eles, também aos panathletas que honra
o lema LUDIS IUNGIT e agradecer, principalmente, ao querido professor Henrique Nicolini,
campeão olímpico do jornalismo, que é responsável pela fundação do Panathlon Club no
Brasil, idealizador e incentivador desta bonita festa que comprova a imortalidade do espírito
olímpico.
.
CONCURSO NACIONAL DE DESENHO
o Concurso Nacional de Desenho neste ano foi um tanto prejudicado devido à
realização da Copa do Mundo, pois este evento internacional antecipou o término do
período escolar no primeiro semestre.
Entretanto, houve boa acolhida por parte dos clubes do interior que enviaram um
número considerável de trabalhos (embora eles não pudessem ser inscritos em
Rapallo, pois foram entregues após a data de encerramento da etapa internacional).
Um fato que deve ser ressaltado é que praticamente todos os trabalhos entregues
cumpriram os objetivos prescritos pelo concurso: defesa da ética no esporte e o
combate ao racismo.
Os alunos foram divididos em duas categorias e foram inscritos no total 116
trabalhos. Participaram estudantes de Ribeirão Preto, Piracicaba e Taubaté (que
também encaminhou um trabalho de Mogi das Cruzes).
A Comissão Avaliadora vai se reunir no dia 05 de agosto e a premiação dos melhores
desenhos ocorrerá no convívio programado para o dia 17 de setembro.
O Concurso Nacional conta com o apoio da FEDEESP - Federação do Desporto
Escolar do Estado de São Paulo.
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PANATHLON CLUB SÃO P
I PELOS CLUBES
JUNDIAI
o presidente do clube, Júlio Lamarca, nos informa
que o Panathlon de Jundiaí visitou o Panathlon e o
Rotary Clube de Cosmópolis.
Na oportunidade, o Panathleta Hélio Mafia falou e
apresentou aos presentes um pouco da história dos
Mundiais de Futebol.
Contando um pouco da sua vivência no futebol
profissional, Mafia interagiu com todos, relembrando
datas e resultados conquistados pela seleção
brasileira, mostrando todo o seu conhecimento na
área.
Os amigos presentes ao evento tiveram a
oportunidade de trocar informações e relembrar os
bons tempos do Futebol Arte.
***
O Panathlon Jundiai realizou, no último dia 2 de
julho, o "1° Encontro de Gerações do Tênis de
Campo".
O encontro aconteceu no espaço Memorial da sede
de campo do Clube Jundiaiense, onde grande
número de atletas e apaixonados pela modalidade
vivenciaram momentos especiais. Os jovens tiveram
a oportunidade de trocar experiências com tenistas
de outras gerações.
***
MOCOCA
No convívio de junho o Panathlon Club Mococa
entregou o "Prêmio Panathlon" ao associado Vitor
Queranza por seu desempenho como atleta master.
O homenageado vem há tempos se destacando em
sua especialidade, o pedestrianismo, participando
de importantes eventos como os campeonatos sulamericanos realizados em 92, na Venezuela, em
93, no Uruguai, em 94, na Colômbia, e em 95, na
Argentina.
Em 2013 foi campeão estadual, campeão do Troféu
Brasil e participou do campeonato mundial master
realizado em Porto Alegre.
RECIFE
O presidente Fortunato Russo, do Panathlon Recife
mandou um e-mail ao clube de São Paulo
'
justificando-se por sua possível ausência na
solenidade que será efetuado no dia 7 de agosto,
na Assembléia Legislativa.
Como esta efeméride também será comemorada no
dia 11 de setembro (na Câmara Municipal) e no dia
17 de setembro (no convívio mensal), esperamos
contar em uma destas datas com o prestígio do
presidente Fortunato ou de representantes da Terra
do Galo da Madrugada.
***
Informou-nos José Pinto Lapa, da "velha guarda" do
Panathlon do Recife, que os dois candidatos a
governador pelo Estado de Pernambuco
apresentam em seu programa eleitoral um grande
apoio ao esporte. Um deles, Paulo Câmara, realizou
uma reunião com todos os segmentos esportivos do
Estado, à qual o Panathlon esteve presente,
representado pelo panathleta Carlos Falcão.
Um dos comprometimentos deste candidato é
regulamentar um fundo para o esporte, mediante
um mecanismo de incentivo fiscal (ISS).
O outro postulante a governador, Armando
Monteiro, também se reunirá com o setor esportivo
de Pernambuco com o mesmo objetivo, em data a
ser marcada neste mês de agosto.
,
MAIS UM TITULOI
Logo a nossa panathleta Maria Dulce vai
precisar comprar uma casa maior para
abrigar os prêmios de seu relicér-ic que
aumenta a cada semana.
Desta vez chegaram à sua exposição
pessoal duas medalhas de ouro obtidas
no Torneio Internacional de Voleibol
Master de Águas de São Pedro que se
realiza anualmente naquela cidade
turística.
I
A equipe de Maria Dulce sagrou-se
campeã nas categorias de mais de 55
anos e de 60 anos.
Parabéns à nossa panathleta campeã!
11
PANATHLON CLUB SÃO PAUL
CONCURSO INTERNACIONAL DE ARTES GRÁFICAS
Na primeira semana de julho foi realizada a reunião de avaliação do Concurso
Internacional de Artes Gráficas, referente ao período 2013/2014.
O prof. Nicolini, após mais de uma década, desta vez não presidiu a reunião da comissão
julgadora por atividades e compromissos que tinha no Brasil. Esta comissão estava
renovada.
n;;;r;;:;;;;m:;;;;;;:;;:,
Neste ano, na fase internacional, foram
apresentados 159 trabalhos, representando 12
estabelecimentos de ensino.
A Bélgica inscreveu aproximadamente 300
trabalhos, mas eles não foram admitidos por
estarem em desacordo com o regulamento (fora da
medida regimental).
O concurso deste ano apresentou um
considerável número de escolas que estavam
concorrendo pela primeira vez e o nível das obras
foi muito melhor do que o dos anos anteriores.
O resultado final foi o seguinte:
Rebecca MONTAGNARO
SEÇÃOELABORAÇÃONO COMPUTADOR
1 premio
Valentina EUA - Liceo Artistico Emanuele Luzzati - Chiavari (GE)
2 o premio
Giulia POLLESEL- "ISIS" Amedeo Voltejo Obici -Oderzo (TV)
3 o premio
Rebecca MONTAGNARO - Liceo Artistíco Sabatini / Menna - Salerno
0
Prêmio Especial em memória de Siropietro Quaroni
Alessia NAPOUTANO - Istituto Tecnico Grafica e Comunicazione Olga Fiorini
Busto Arsizio
SEÇÃOPINTURA
1 premio
Danae TALARICO - Liceo Artistico Michelangelo - Como
2 o premio
Smith Guido Parco Marcos - Colegio America La Victoria - Lima - Peru
3 o premio
Tommaso PARRAVICINI- Liceo Artistico Preziosissimo Sangue - Monza
0
Prêmio Especial em memória de Siropietro Quaroni
Margherita RIGAMONDI- Liceo Artístico Preziosissimo
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PANATHLON CLUB SÃO PAUL
o CHURRASCO
DE JULHO
De acordo com a tradição, não é realizado convívio no mês de julho. Ele é substituído
por
um churrasco que se efetua no sítio do prof. Henrique Nicolini, fundador e primeiro
presidente do Panathlon Club São Paulo.
O evento ocorreu em Terra Preta, Distrito de Mairiporã, com a presença de diversos
outros clubes do Distrito.
Desta vez, devido a compromissos do Campeonato do Mundo e com a maioria dos
associados de São Paulo em viagem, o coeficiente dos membros do clube fundador foi
diminuto.
A quantidade dos associados do clube de Taubaté (17) e de Santos (10) ajudou a formar
um quórum relevante para a festa, que contou ainda com a presença de panathletas de
Ribeirão Preto, São José dos Campos e outros. '
Na ocasião foi plantado um pé de café, o primeiro de uma plantação do ouro negro e que
levará o nome de grandes personalidades e representantes
local.
de clubes que visitarem o
Esta é uma ideia do panathleta santista Vitorino Ramos, que se comprometeu a conseguir
todas as mudas necessárias para levar avante este projeto.
Na foto, parte dos panathleras e convidados que prestigiaram o encontro realizado
no dia 19 de julho.

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