Parashat Ki Tissá
Transcrição
Para a semana que termina em 16 Adar 5758 13 &14 Março 1998 Parashat Ki Tissá Resumo da Parashá M oshe conduz um censo, no qual cada meio-shekel doado por cada homem com idade acima de vinte anos é contado. Moshe é instruido a construir um lavatório de cobre sendo que o metal necessário seria doado pelas mulheres. A fórmula do óleo para unção sagrada é especificado e Hashem instrui par que Moshe utilize este óleo somente para ungir o Mishkan, seus utensílios, Aaron e seus filhos. Hashem seleciona Betsalel e Aholiav, para serem os artesões-mestres do Mishkan e de seus utensílios. O povo judeu é instruido a guardar o Shabat como um sinal eterno de que Hashem criou o mundo. Moshe recebe as Tábuas do Testemunho na qual estão gravados os dez mandamentos. Um grupo conhecido como "Erev-rav", que havia deixado o Egito juntamente com o povo judeu, quando começa a achar que Moshe estava demorando muito para descer do Monte Sinai, força Aaron a fazer um bezerro de ouro, para que o mesmo fosse adorado. Aaron porém, tenta retardar a confecção do bezerro de ouro. Hashem, ordena que Moshe retorne imediatamente ao povo, ameaçando inclusive de destruir a todos e iniciar uma nova nação a partir de Moshe. Quando Moshe vê o povo envolvido num verdadeiro festival de idolatria, quebra as Tábuas e destrói também o bezerro de ouro. Os Filhos de Levi voluntariam-se para punir os transgressores, executando 3.000 homens. Moshe sobe a montanha para rezar e pedir perdão para o povo e Hashem aceita suas orações. Moshe ergue o Mishkan, e a nuvem de Glória de Hashem retorna. Moshe pede à Hashem que lhe mostre as regras com as quais Ele conduz o mundo, sendo atendido porém, em somente uma pequena parte de seu pedido. Hashem instrui Moshe a esculpir novas Tábuas e revela o texto da prece que invocará Sua misericórdia. Idolatria, casamento misto, e mistura de leite e carne são proibidos. As leis de: Pessach, primogenitura, bikurim (primícias), Shabat, Shavuot, e Sucot são ensinadas. Quando Moshe desce da montanha com as segundas Tábuas, sua face apresentava luminosidade devido a seu contato com o Divino. Comentário da Parashá CORAÇÃO E PEDRA A próxima vez que você estiver na sinagoga, dê uma olhadinha para os Dez Mandamentos que estão acima do Aron HaKodesh. A parte superior das duas Tábuas são arredondadas. Por que os Dez Mandamentos possuem esta forma? Não existe uma fonte clássica judaica sequer, descrevendo a forma das Tábuas com a que estamos acostumados hoje em dia. Qual a origem para esta forma? Uma outra pergunta: Se os Filhos de Israel já haviam escutado os Dez Mandamentos, por que era necessário que estes Mandamentos estivessem esculpidos nas Tábuas? Não foi suficiente a extraordinária experiência de escutar Hashem falando? Quando os Dez Mandamentos foram esculpidos sobre as Tábuas, eles foram também "esculpidos" nos corações dos Filhos de Israel de forma que ali permanecessem para sempre, assim como uma escultura em pedra. Observe outra vez os Dez Mandamentos que estão acima do Aron HaKodesh. Sua forma arredondada na parte superior simboliza a forma do coração, o coração do judeu onde eles foram esculpidos há mais de três mil anos. RAYBAN ESPIRITITUAL "E viram os filhos de Israel o rosto de Moshe e que brilhava a pele do rosto de Moshe, e tornava a pôr Moshe o véu sobre seu rosto até entrar para falar com Ele."(34:35) Moshe tinha que usar um véu para poupar o povo judeu da vergonha de não poderem olhar para ele. Antes do pecado do bezerro de ouro, a Torá menciona que "a aparência da Glória de Hashem era como fogo ardente diante dos olhos dos Filhos de Israel". Após o pecado do bezerro de ouro, eles passaram a não poder sequer olhar para Moshe. Assim é a força e o poder do mal. Quando violamos a vontade de Hashem, estamos como que embaçando as janelas de nossas almas de forma que a luz não pode entrar. Temos que usar "óculos escuros espirituais" já que nossas almas não podem mais suportar a luz. Preparado pelas Instituições Or Sameach em Jerusalem, Israel Departamento Latino-americano ©1997 Or Sameach Internacional - todos os direitos reservados. Rashi, Be'er Moshe, e chumash da Artscroll Escrito e Recompilado por Rabi Yaakov Asher Sinclair Editor Responsável: Rabi Moshe Newman Tradução: Yehoshua Grankiewicz Revisão: Yaakov Orgler -Rehov Shimon Hatzadik 22, P.O.B. 18103, Jerusalem, Israel (972-2-581-0315 fax: 972-2-581-2890 : [email protected] -38 East 29th Street 8th floor, New York, NY 10016, USA (1-212-213-3100 fax:1-212-213-8717 : [email protected] or [email protected] -613 Clark Avenue West, Thornhill, Ontario L4J 5V3, Canada (1-905-886-5730 fax:1-905-886-6065 : [email protected] As publicações eletrônicas de Judaísmo podem ser dedicadas em memória de algum ente querido, ou celebrando alguma data especial. Para maiores detalhes favor entrar em contato conosco. Parashá Ki Tissá — 16 Adar 5758, 13 &14 Março 1998 Produção: Lev Seltzer "E no sétimo dia será sábado para descanso" Existem dois tipos de descanso. O primeiro, é aquele tipo de descanso devido ao cansaço. Uma chance para recarregar as baterias, para permitir que possamos continuar trabalhando, já que ninguém pode trabalhar indefinidamente. Todo mundo precisa de um intervalo, uma pausa. O segundo tipo é aquele descanso ao final de um projeto. A última demão de tinta. A última frase de uma novela. O último tijolo da nova casa. É então hora de dar um passo para trás e admirar a sua obra. Você sente a satisfação de ter completado seu projeto. Um momento para descansar e apreciar os frutos de seu trabalho. "Seis dias trabalharás e farás toda tua obra" Como é possível terminar toda uma obra em seis dias? Será que é possível construir-se toda uma casa em seis dias? A Torá nos ensina que quando chega o Shabat, mesmo se estivermos no meio de um projeto, devemos considerá- lo como estando totalmente terminado. Ou seja, no Shabat, devemos nos sentir como tendo aquele descanso e satisfação depois de um serviço bem feito e não simplesmente fazendo um intervalo para descansar. De certa forma, foi isto que Hashem fez quando o mundo tinha seis dias de existência. Ele olhou para a Criação e viu que estava terminada. O maior projeto de todos os tempos, os Céus e a Terra, estavam terminados. Nosso descanso no Shabat é uma comemoração daquele descanso. Esta é a diferença essencial entre o Shabat e a idéia secular de "um dia de descanso". O conceito secular de um dia de descanso, é de se ter um intervalo para retornar-se revitalizado para a nova semana de trabalho. O Shabat, por outro lado, não é como apertar-se o botão de pausa na vida. É a criação de um sentimento de que tudo na vida de uma pessoa está completo, restando apenas desfrutar o resultado de sua obra. Haftará: Melachim I 18:1-39 Um pouco antes do toque do shofar ao final de Yom-Kipur, repetimos as últimas palavras da Haftará desta semana sete vezes: "Hashem; Ele é o D'us". Eliahu HaNavi havia desafiado os profetas idólatras de ba'al para uma demonstração pública de Quem era o D'us verdadeiro e quem era simplesmente uma farsa. Quando ocorreu um milagre e Israel viu a verdade, eles exclamaram em uníssono: "Hashem; Ele é o D'us". A haftará refere-se à um dos piores reis de Israel - Achav. Sua rainha, Izavel, era idólatra, assassinou justos profetas e espalhou seus ídolos pelo palácio. Mesmo sabendo que estava colocando sua vida em perigo, Eliahu, foi bem sucedido em seu desafio à Achav e Izavel. O clímax de sua vitória ocorreu no Monte Carmel, onde ficou claro para todo o povo de Israel quem era D'us. A VOZ DA INDIFERENÇA "Até quando vacilareis entre duas opiniões? Se Hashem é o D'us, segui-o; se porém ba'al o é, segui-o."(18:21) Quando Moshe Rabeinu estava descendo do Monte Sinai com as Tábuas do Testemunho e os Filhos de Israel estavam ocupados fazendo o bezerro de ouro, Yehoshua tentou confortá-lo, dizendo "Uma voz de guerra há no acampamento". Queria dizer com isso que não era a totalidade do povo que havia sido contaminada pela idolatria : ainda existia uma batalha entre os que estavam adorando o bezerro de ouro e os fiéis à Hashem. Moshe respondeu para ele que não era "uma voz de gritos de poder e nem era uma voz de canto de fraqueza". Eu não escuto uma voz decisiva nem no lados dos adoradores do bezerro de ouro, nem do lado dos fiés à Hashem. Em uma batalha real, um lado ataca o outro. Parece que mesmo aqueles que não estavam adorando o bezerro de ouro, estavam sendo tolerantes, adotando uma posição de neutralidade. Estavam "abertos à ambas opiniões." Esta era a "voz do canto de fraqueza". Somente uma voz, nada mais; a voz da indiferença, desprovida de qualquer ação ou expectativa para melhorar a situação. Na luta contra a idolatria, seja qual for o tipo de ídolo adorado, somente a "voz do poder", deve ser ouvida, porque desta forma será impossível vacilar entre dois pensamentos. CANTADAS INTROSPECÇÕES SOBRE AS CANÇÕES DURANTE AS REFEIÇÕES DE SHABBOS ATRAVÉS DAS GERAÇÕES. YOM SHABATON EIN LISHKOACH “O SHABAT É UM DIA DE DESCANSO. . .” A pomba encontrou nele um lugar para descansar...e lá os exaustos descansarão. A seguir, são oferecidas duas interpretações para o simbolismo da pomba nesta canção: 1. A pomba que Noé enviou da Arca para verificar se as águas do dilúvio haviam baixado, encontrou lugar para pousar no Gan Éden em Shabat. De forma similar, aqueles que exauriram suas forças de tanto estudar Torá, também encontrarão descanso no Gan Éden. 2. A Shechiná – Presença Divina - não possui um lugar em que possa repousar durante tempos de exílio de Israel e encontra o mesmo somente em Shabat e Yom Tov. Parashat Ki Tissá 16 Adar 5758 — 13 &14 Março 1998 Judaísmo! Pode ser recebido através da InterNet. Para fazer sua assinatura, enviar a mensagem “sub judaismo-p {seu nome completo}” a [email protected] Esta publicação contém termos sagrados. Favor tratá-la com respeito.
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