PTD do AVE 2015 - Vale do Ave Digital
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PTD do AVE 2015 - Vale do Ave Digital
PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE (Documento de fundamentação e suporte ao processo de contratualização nos termos do nº 3 do artigo 64º do Decreto-Lei nº 213/2007 de 17 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 74/2008 de 22 de Abril) Versão corrigida e aprovada em 07 de Novembro de 2008 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE MENSAGEM DO PRESIDENTE UMA NOVA APOSTA PARA UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DA SUB-REGIÃO O Agrupamento de Municípios do Ave, a que tenho a honra de Presidir, organizado na base das disposições legais constantes do Decreto-Lei nº 68/2008, de 14 de Abril, no âmbito da AMAVE – Associação de Municípios do Vale do Ave, mandou elaborar o PTD do AVE – Plano Territorial de Desenvolvimento do Ave, com vista a fundamentar as opções de desenvolvimento, desta Sub-Região, para a candidatura a apresentar, oportunamente, junto do ON.2 – Programa Operacional Regional do Norte, do QREN 2007-2013. O PTD do Ave foi elaborado pela Empresa QUATERNAIRE PORTUGAL, sob a coordenação do Senhor Professor António Figueiredo, com um forte envolvimento do Comité Técnico de Pilotagem constituído por Técnicos da AMAVE e de cada uma das Câmaras Municipais que integram a nova NUTS III AVE. A Proposta elaborada pela Equipa Técnica foi, entretanto, aprovada em reunião do Agrupamento de Municípios, realizada, para o efeito, na Sede da AMAVE, no dia 14 de Agosto de 2008. Sendo certo que teremos de ter, sempre que possível, acções de intercooperação com os Municípios de Santo Tirso, Trofa, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, no âmbito da Associação de Municípios do Vale do Ave, a verdade, no entanto, é que, é, precisamente, no quadro de referência desta nova situação de organização Sub-Regional, que o AVE está a dinamizar um conjunto de acções que, a nosso ver, constituirão uma nova oportunidade para uma nova estratégia de desenvolvimento dos Municípios do Ave. E isto, como também é evidente, para corresponder aos novos desafios que nos são lançados, pelo Governo, para a concretização de um Programa Intermunicipal de Desenvolvimento da Sub-Região do Ave. Para esse efeito, através do Correio Electrónico, foi feita uma importante divulgação do Plano de Acção 2007-2013 e do PAISCTP do AVE – Programa de Acção Integrada de Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade, com o sentido de se receberem contributos das Pessoas e das Entidades desta SubRegião. Todo este trabalho está inserido, naturalmente, numa estratégia alargada de desenvolvimento que pretende contribuir para se concretizar o objectivo geral “Vale do Ave 2015 - Região de Conhecimento e Inovação – Território de Responsabilidade Social”. O PTD do AVE vai, precisamente, nesse sentido. Na verdade, é de todos conhecido que o processo de desenvolvimento económico e social da Região do Vale do Ave esteve, sempre, intimamente, ligado à ÁGUA, ao Rio Ave e seus Afluentes, razão por que, a ÁGUA esteve, também, na base da evolução e posicionamento do aparecimento e crescimento da População local, bem como do Sector do Têxtil e do Vestuário, que marcaram, pela positiva e pela negativa, a vida das Gentes deste Espaço Territorial. Como é, também, do conhecimento geral, a AMAVE e os Municípios do Vale do Ave foram pioneiros na tomada de iniciativa em matéria de despoluição do Rio Ave e em matéria de Resíduos Sólidos Urbanos, com um enorme esforço de investimento de cada um dos Municípios, porque fizeram grandes opções em matéria de ambiente. Por outro lado, como toda a gente sabe, o VALE DO AVE teve, até há bem pouco tempo, um papel importante na Economia Regional e na Economia Nacional, com o Têxtil, o Vestuário, as Cutelarias e o Calçado, o que, nas exportações nacionais, representava, até há ainda pouco tempo, cerca de 33% das exportações portuguesas. O Vale do Ave, por razões diversas, nem sempre as melhores, é certo, foi, durante tempo de mais, um território fortemente dependente do Sector do Têxtil, do Vestuário, das Cutelarias e do Calçado e, embora 2 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE sendo um sector de mão-de-obra barata, foi responsável por garantir emprego para a generalidade da população activa. O Vale do Ave tem sido, sempre, ao longo dos anos, de uma total solidariedade para com o País, tendo chegado o momento de o País ser, agora, também, solidário para com o Vale do Ave. Na verdade, presentemente, com a globalização da economia, com a liberalização mundial do comércio, com a entrada da Índia e da China num mercado global, com total desrespeito pelas cláusulas sociais e ambientais, foi criada uma situação de concorrência desleal para com as regiões têxteis europeias, nomeadamente, o VALE DO AVE, o que, como é sabido, tem provocado o encerramento de empresas e arrastado para o desemprego quantidades demasiado elevadas de trabalhadores, nomeadamente gente nova, sem qualificações académicas e profissionais que, como se tem verificado, não encontram, com facilidade, um novo emprego! Perante aquela situação, e com o apoio determinante da Universidade do Minho, do CITEVE e outras Entidades, a Região está envolvida, e comprometida, numa aposta de mutação de paradigma, no seu processo de desenvolvimento económico e social, no contexto da economia regional, e respectivo enquadramento na economia nacional, tentando dar um passo seguro, de uma economia baseada em mão de obra barata, para um novo modelo de economia regional diversificada e sustentável, pelo que tem vindo a fazer um esforço no sentido da inovação. No entanto, como se compreenderá, este processo de inovação, absolutamente necessário para que se consiga dar um salto qualitativo, na economia da Região, tem vindo a provocar mais desemprego desqualificado, e, infelizmente, por falta de investimento adequado, não tem vindo a criar, até ao momento, postos de trabalho, nem para os desempregados, nem para os jovens que saem do Secundário ou dos Institutos Politécnicos e Universidades. Por outro lado, a Sub-Região do Ave enfrenta, neste novo contexto territorial, novos desafios com a integração dos Municípios de Cabeceiras e de Mondim de Basto, Com o PTD do AVE, e com a aprovação da nossa Proposta de Subvenção Global a ser contratualizada com a nova Comunidade Intermunicipal do Ave, esperamos ver criadas as condições necessárias para que, em 2015, a Sub-Região do Ave seja, de facto, uma Região de Conhecimento e Inovação – Território de Responsabilidade Social. Guimarães, 16 de Setembro de 2008. António Magalhães Presidente da AMAVE e Presidente do Agrupamento de Municípios da NUTS III AVE 3 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 0. Apresentação e estrutura do documento 1. Introdução 2. Estratégia integrada de desenvolvimento: objectivos e prioridades de intervenção 2.1. Elementos de diagnóstico estratégico 2.2. Visão, missão e apostas de desenvolvimento: contextualização 2.3. A Visão 2.4. Da Visão às missões 2.5. Apostas estratégicas e objectivos estruturantes 2.6. Apostas estratégicas e indicadores de resultado 2.7. Referenciais estratégicos globais para o domínio dos serviços colectivos territoriais de proximidade (SCTP) 2.8. Referenciais estratégicos sectoriais 3. Contextualização do PTD Ave 2015 na visão estratégica para a Região Norte 3.1. Nota preliminar 3.2. PTD Ave 2015: combater problemas nacionais e regionais à escala do território da NUTS iii 3.3. O PTD Ave 2015 no âmbito das agendas prioritárias do pacto regional de competitividade 4. Plano de investimentos 4.1. Fundamentação 4.2. Projectos estruturantes 4.3. Programação financeira (variante 1 – componente FEDER) 5. Plano de monitorização 5.1. Nota preliminar 5.2. Atribuições e composição da comissão de acompanhamento 5.3. Avaliação 5.4. Indicadores e metas de realização e resultado 6. Estrutura e modelo de gestão do PTD Ave 2015 7. Plano de divulgação e comunicação 7.1. Nota preliminar 7.2. Desenvolvimentos em torno do âmbito e dos pressupostos do plano de divulgação e comunicação da subvenção global 7.3. Desenvolvimentos operacionais Anexos Anexo nº 1 - plano de investimentos na variante 1 Anexo nº 2 - plano de investimentos na variante 2 5 7 14 14 20 22 27 32 38 41 45 68 68 69 74 78 78 87 89 91 91 92 93 94 101 120 120 121 124 128 129 4 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 0. APRESENTAÇÃO E ESTRUTURA DO DOCUMENTO O presente documento configura a resposta dos municípios da NUTS III Ave (na sua nova configuração) ao convite PDT/1/2008 emanado da ON2 – O Novo Norte – Programa Operacional Regional do Norte no âmbito do processo de contratualização de uma subvenção global, oportunamente definido nos termos do artigo 64º do Decreto-Lei nº 312/2007 de 17 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 74/2008 de 22 de Abril. O documento respeita fielmente as orientações de conteúdo estabelecidas pelo referido convite, apresentando a seguinte estrutura: - No capítulo primeiro (introdução), contextualiza-se a candidatura agora apresentada no âmbito do processo de planeamento estratégico que lhe deu origem e que tem o seu começo muito antes da publicação do referido convite; - No capítulo segundo, formula-se a estratégia integrada de desenvolvimento que enquadra o PTD Ave 2015, que extravaza claramente o âmbito da contratualização da subvenção global, explicitando os referenciais estratégicos que fundamentam a escolha dos projectos para as tipologias sugeridas; - No capítulo terceiro, formula-se um diagnóstico prospectivo do território construído em função dos resultados esperados, devidamente contextualizados na visão estratégica de desenvolvimento para o Norte de Portugal, mostrando que uma estratégia bem sucedida para o Ave será uma estratégia ganhadora para o Norte de Portugal e para o País; - No capítulo quarto, apresenta-se a proposta propriamente dita de plano de investimentos, enunciando os projectos estruturantes e ainda outros projectos de cariz municipal, que embora não sendo considerados estruturantes contribuem de uma forma clara para a coerência global face aos objectivos estruturantes definidos no capítulo segundo, sendo essa avaliação de coerência acompanhada de fichas de projecto (as fichas dos projectos estruturantes são apresentadas neste capítulo, as restantes são remetidas para o anexo e suporte informático) e de metas de realização e resultados; - O capítulo quinto está focado na apresentação de um plano de monitorização para a estratégia e investimentos propostos, tendo em conta a imperiosa 5 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE necessidade de salvaguardar ritmos de execução física e financeira da subvenção global; - O capítulo sexto apresenta uma proposta de estrutura e de modelo de gestão para a subvenção global; - O capítulo sétimo centra-se no plano de divulgação e comunicação do próprio processo de contratualização. Nos anexos 1 e 2 são apresentados os quadros financeiros globais e por entidade proponente (Município) para as variantes 1 e 2 (que serão explicitadas mais à frente), tendo em consideração apenas a componente de investimento elegível. O terceiro e último anexo diz respeito à listagem e respectiva codificação das fichas de projecto correspondentes à proposta do plano de investimentos da variante 1. Esta matriz permite uma rápida identificação das diversas fichas de projecto por tipologia e entidade proponente que acompanham este relatório em formato digital (ver cd anexo ao documento). Uma mensagem endereçada pelo Exmo. Senhor Presidente António Magalhães precede esta apresentação. 6 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 1. INTRODUÇÃO O Programa Territorial de Desenvolvimento (PTD) que se submete à apreciação da Comissão de Gestão do PO Norte 2007-2013 para efeitos do processo de contratualização com a associação de municípios da NUTS III Ave corresponde a uma forte tradição e a um longo processo de planeamento estratégico para este território. Tradição e prática de planeamento estratégico O território do Ave tem sido dotado de processos regulares de planeamento estratégico que têm acompanhado os sucessivos períodos de programação de Fundos Estruturais, tendo a preparação do QREN 2007-2013 seguido essa prática, dotando o território de um plano de acção para o mesmo período, destinado a dar corpo a um lema que foi ganhando forma e força no seio da associação de municípios – AVE território de inovação e de responsabilidade social. Esse exercício de planeamento estratégico visou ainda enquadrar estrategicamente a nova configuração da NUTS III Ave proposta pela CCDR-N, concretizada na entrada dos concelhos de Cabeceiras de Basto e de Mondim de Basto e na saída dos concelhos da Trofa e de Santo Tirso. Um novo enquadramento geo-estratégico para o Ave De facto, a nova composição da NUTS III implica a percepção de um novo referencial geo-estratégico para o Ave e para o papel que lhe cabe desempenhar no ordenamento territorial do Norte de Portugal (articulação com os trabalhos do PROT-Norte). A integração na NUTS III dos concelhos de Cabeceiras de Basto e de Mondim de Basto intensifica a articulação territorial do Ave com o Tâmega que é, como se sabe, um território de charneira com o interior Norte. Com as suas diferentes articulações, os concelhos de Fafe, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto asseguram ao Ave um conjunto muito diversificado de interacções com as diferentes vertentes do interior Norte. Aliás, com a nova configuração de acessibilidades, a saída internacional rodoviária mais relevante do território do Ave passará a ser concretizada através de Chaves, o que acentua a interacção com o 7 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE território do interior norte. Na nova configuração, o nó de Arco de Baúlhe passa a assumir na sub-região uma forte relevância, pois constitui o elo através do qual Cabeceiras de Basto está ligado a esse eixo de internacionalização rodoviária. Neste novo contexto, o encravamento de Mondim de Basto ficará resolvido com a a construção da recente e publicamente anunciada, pelo Governo, construção da ligação rápida à Via do Tâmega, que já liga Amarante a Celorico de Basto e vai ligar Celorico de Basto ao nó da A7 em Arco de Baúlhe. Nesse novo contexto, Mondim de Basto terá uma ligação rápida ao IP-4 e, também, uma ligação rápida ao Nó da A7 em Arco de Baúlhe. Aliás, a presença de Mondim de Basto na nova NUTS III constitui a expressão mais pertinente da nova ligação ao interior Norte, dada a forte representatividade deste concelho em termos do Alvão. Assim sendo, encontrada que está uma solução, a curto prazo, para a ligação de Mondim de Basto à A7 e ao IP-4, o único problema de rede viária que não tem, ainda, uma perspectiva de solução é a VIA DO AVE - Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, AVEPARK (Guimarães) – Nó da A7 e Nó da A11, em Silvares, Concelho de Guimarães. Convém evidenciar, neste momento, que esta VIA DO AVE é considerada verdadeiramente estruturante para a coesão da Sub-Região e é, como se compreende, absolutamente necessária para um normal e necessário desenvolvimento do AVEPARK – Parque de Ciência e Tecnologia. Com esta nova configuração de NUTS III, estão criadas as condições para que a diferenciação do papel de cada de um dos concelhos na nova geoestratégia possa ser estabelecida com maior clareza e com maior potencial de geração de projectos coerentes com o posicionamento estratégico de cada um. De qualquer modo, torna-se redutor limitar o papel do Ave ao de unidade territorial integrada no arco metropolitano da Região Norte, pois, embora o seu território de maior densidade se insira na coroa urbano-industrial que envolve o Grande Porto, a sua nova configuração de NUTS III abre-lhe mais e melhores perspectivas de inserção territorial. O estatuto de “porta de internacionalização” que Guimarães indiscutivelmente tenderá a assumir será completado entre os territórios de maior densidade industrial pela ligação mais próxima de Famalicão ao Grande Porto e ao coração metropolitano, gerando um modelo de centralidades complementares que pode revelar-se virtuoso 8 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE para a NUTS III. No plano de acção proposto para o período de 2007 a 2013 existem propostas que vão ao encontro dessa complementaridade de centralidades, que vão desde a cultura até à actividade industrial e de inovação. Por outro lado, a massa de concelhos identificada com a valorização dos recursos endógenos da ruralidade e da excelência ambiental e paisagística, a qual tem no concelho de Fafe uma charneira com os territórios de maior densidade e empreendimento industrial, vem dar à NUTS III um papel geo-estratégico na valorização desses territórios. A massa crítica de recursos endógenos para a valorização competitiva dos territórios de baixa densidade adquire com a nova configuração uma expressão mais significativa. Significa isto que a batalha da competitividade não se concretiza apenas para os concelhos em que a reconversão industrial é estritamente necessária. Ela perfila-se também a propósito da valorização da outra tipologia de recursos da região. Em resumo, a nova configuração da NUTS III determina um novo referencial geoestratégico para o Ave. Com a saída dos concelhos da Trofa e Santo Tirso reduzemse as tensões decorrentes da interacção com a dinâmica metropolitana. A complementaridade de centralidades entre Guimarães e Famalicão permite organizar os territórios de maior densidade industrial e de empreendimento. Torna-se mais clara a massa de territórios de mais baixa densidade e uma massa crítica mais relevante de recursos endógenos de património natural e ambiental, de paisagem, de ruralidade é passível de ser valorizada com ganhos de escala e complementaridade intermunicipal. O novo quadro de acessibilidades rodoviárias confirma, por um lado, a proximidade da região às principais portas de internacionalização metropolitana não rodoviária (aeroporto e porto de mar) e coloca, por outro, o Ave numa posição excelente de inserção nos eixos rodoviários de saída da Região. Esta última realidade reforça ainda a interacção da região com o interior norte, consolidando o seu papel de charneira, que é extensivo à Euro-região. À componente física e infraestrutural da inserção geo-estratégica da NUTS III Ave há que adicionar o potencial de internacionalização e de inserção em redes europeias que decorre das estratégias de algumas das instituições mais representativas com acção no território. A Universidade do Minho, outras instituições de inter-face com as 9 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE empresas como o CITEVE e os principais equipamentos culturais instalados no Ave completam virtuosamente esta inserção, assegurando ao Ave novas condições de visibilidade e de integração nas redes de conhecimento europeu. A problemática dos serviços colectivos territoriais de proximidade No primeiro semestre de 2007, a CCDRN desafiou as NUTS III da Região a definir um programa de acção para o domínio dos Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade (SCTP), segundo uma lógica de desenhar um contributo de alto valor acrescentado para a racionalização e qualificação dos serviços públicos locais, inicialmente destinado a constituir a base de um processo de contratualização no âmbito do PO Regional. Na sua nova configuração, a NUTS III Ave combina modelos de povoamento muito diversificados, continuando a integrar territórios em que os modelos da difusão e dispersão territoriais são predominantes e territórios em que a baixa densidade aconselha a concepção e montagem de uma outra tipologia de modelos de organização e prestação de serviços públicos locais. A proposta de uma estratégia para os SCTP foi entendida pelos municípios da nova NUTS III como uma oportunidade de criação de condições para uma mais forte intervenção de associações de desenvolvimento local, com experiência de cooperação entre os municípios e outros sectores da sociedade civil organizada do Ave, como o são a SOL DO AVE, a ADRAVE, a PROBASTO e as redes sociais que têm sido criadas a nível municipal. O potencial que estas associações revelam no sentido de prolongar a acção municipal numa lógica de concertação territorial é muito elevado, apresentando além disso uma forte experiência em matéria de proximidade de acção às populações, seja em territórios com predomínio do difuso, seja na vasta área de incidência rural. Para além disso, estando em curso no território do Ave outras iniciativas orientadas para a valorização da competitividade e inovação tecnológicas, centradas em instituições como o Ave Park e alguns institutos de excelência com origem na Universidade do Minho, os trabalhos do Programa de Acção Intermunicipal de Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade 2007-2010 apresentam uma forte complementaridade com tais iniciativas, na medida em que constituirá um instrumento 10 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE decisivo para o reforço da coesão na NUTS III. Como é sabido, um dos desafios do próximo período de programação residirá na procura e concretização de equilíbrios virtuosos entre os objectivos da competitividade (reforçados neste período) e os da coesão, revelando que estes últimos constituem uma condição indispensável para manter viva e solidária a cooperação inter-municipal no quadro da nova NUTS III. Com este enquadramento, devemos referir que, com a execução física e financeira do Projecto “Vale do Ave Região Digital”, co-financiado pelo ON, no âmbito do POS_C, foi recentemente criada a Régie Cooperativa VARD 2015 – Vale do Ave Região Digital, de que são Membros Fundadores a AMAVE, a Universidade do Minho, o Centro de Computação Gráfica de Guimarães e o AVEPARK – Parque de Ciência e Tecnologia, cooperativa esta que “tem por objecto promover a concepção, criação e gestão do Programa “Vale do Ave Região Digital”, com a constituição de uma Comunidade Digital, congregando todos os agentes, no sentido do desenvolvimento sustentado dos eixos sociais, económicos e culturais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos Cidadãos do conjunto dos Municípios do Vale do Ave.” Uma síntese virtuosa de processos de planeamento estratégico O PTD que agora é apresentado resulta, assim, de uma convergência virtuosa de diferentes mas complementares processos de planeamento estratégico, dos quais se destacam os seguintes: - Prática e tradição de planeamento estratégico e territorial associado à programação de Fundos Estruturais; - Concepção ascendente e participada por todos os municípios de uma abordagem ao QREN 2007-2013 subordinada ao lema: Ave 2015– território do conhecimento da inovação e de responsabilidade social, que procurou responder aos desafios de programação do QREN e das diferentes agendas do Norte 2015; - Elaboração participada de um Plano de Acção para esse mesmo período que criasse as condições de coesão para a nova configuração territorial da NUTS III Ave; 11 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Focagem desse plano de acção no domínio dos SCTP tendo em vista sobretudo os problemas de coesão do “novo” território do Ave, sobretudo as questões suscitadas pela baixa densidade à reorganização dos serviços públicos locais, preparando os municípios para os desafios e responsabilidades de um processo de contratualização; - Resposta e adaptação de todo o processo anteriormente desenvolvido ao Convite para apresentação de Propostas de Programas Territoriais de Desenvolvimento, que culmina na presente proposta de PTD para a NUTS III Ave. Deve ainda referir-se que, tal como os processos anteriormente referidos, a concretização do PTD Ave foi possível graças a um vigoroso processo de participação dos Municípios. A prática de funcionamento do Comité de Pilotagem iniciada com os trabalhos do PAISCTP Ave foi mantida e agilizada nesta fase, assegurando que um representante técnico de cada um dos Municípios (com amplo conhecimento integrado de todas as áreas de projecto) acompanhasse de perto o processo com reuniões semanais sistemáticas realizadas desde a abertura do convite anteriormente referido. Mais ainda, em reunião política realizada em 18 de Fevereiro de 2008 em Guimarães, presidida pelo Exmo. Senhor Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, com a presença dos Exmos. Secretários do Ordenamento do Território e das Cidades e do Desenvolvimento Regional, do Exmo. Senhor Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte e de todos os senhores Presidentes, todo o processo foi apresentado aos representantes do Governo, tendo sido sublinhada nessa reunião a exemplaridade do processo e a sua adequação aos objectivos da programação para o período em referência. Em articulação permanente com a programação estratégica no âmbito da NUTS II Norte de Portugal Todo este processo amplamente referenciado nas secções anteriores foi concretizado em permanente articulação com os trabalhos de reflexão estratégica coordenados pela CCDRN no âmbito da preparação do novo período de programação. 12 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Assim, os trabalhos de concepção do Plano de Acção Ave 2015 tiveram em conta o vasto material produzido pela CCDRN no quadro do Norte 2015, tendo sido elaborado como um contributo de uma NUTS III para a concretização das orientações delineadas nesse quadro de opções para a região. No desenvolvimento dos trabalhos do PAISCTP Ave e na sua transformação em PTD Ave 2015, tiveram-se em conta adicionalmente os seguintes elementos: - Estrutura e conteúdos do PO Regional Norte entretanto publicado; - Desenvolvimentos técnicos do projecto Norte 2015, designadamente a sua última versão Pacto Regional para a Competitividade do Norte de Portugal que formaliza as principais agendas de intervenção estratégica na Região com os correspondentes planos de acção; - Os trabalhos e materiais do PROT Norte já que o PTD constitui também um programa territorial, por isso necessariamente articulável com a estratégia de ordenamento do território regional. Desta articulação daremos conta no capítulo centrado no diagnóstico prospectivo e respectiva contextualização na visão estratégica de desenvolvimento da NUTS II. Concluindo Com todas estas circunstâncias, estão reunidas as condições para um processo de contratualização que constituirá seguramente um novo ciclo de afirmação e robustez do planeamento inter e supra-municipal neste território. 13 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 2. ESTRATÉGIA INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO: OBJECTIVOS E PRIORIDADES DE INTERVENÇÃO Elementos de diagnóstico estratégico Nos anexos que acompanham o DVD da presente candidatura reproduz-se o diagnóstico estratégico que completou os trabalhos de caracterização existentes sobre o território. Nas páginas seguintes, apresenta-se o SWOT que resulta desse diagnóstico estratégico. 14 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Actualização do conhecimento estratégico para a NUTS AVE 2006 – quadro SWOT Pontos Fortes Rede rodoviária existente e recentemente concluída proporcionando muito boas acessibilidades intra região e desta com o exterior (Porto, Espanha), solidificando o Ave o seu papel na Euro –Região, com ligações Norte – Sul (IP1/A3) e Litoral – Interior (IP9/A11 e IC5/A7); Rede ferroviária com melhoramentos recentes entre as áreas mais densamente povoadas da sub região e desta com o exterior (nomeadamente aglomeração metropolitana do Porto); Proximidade a importantes infraestruturas logísticas, como o Porto de Leixões, o aeroporto Francisco Sá Carneiro e as futuras plataformas logísticas Maia-Trofa e Chaves-Verin; Forte dinâmica demográfica, concentração urbana, crescimento populacional e seu rejuvenescimento, e número significativo de estudantes no ensino superior; Pontos Fracos Aumento dos níveis de envelhecimento da população, gerando pressão ao nível dos serviços sociais de apoio e saúde; Ainda sentidos défices de coesão intra territorial e de articulação entre os Municípios do Ave, nomeadamente os mais interiorizados; Alguma ainda presente sub-dotação e dispersão de equipamentos colectivos, nalguns casos sem respeito pelos limiares de uso e eficácia e com consequências na qualidade dos serviços prestados; Fraca capacidade hoteleira e de alojamento no território como um todo; Fraca dinâmica de criação de públicos para a Cultura (apesar do potencial emergente em Guimarães e Vila Nova de Famalicão); Défices ao nível de camas hospitalares e equipamentos de saúde; Dinâmicas urbanas assinaláveis de animação e qualificação nos principais centros urbanos (Guimarães e Vila Nova de Famalicão), nomeadamente cultural, associados à presença de importantes infraestruturas culturais (museus, teatros, “casas das artes”, eventos), com assinalável dinamismo e programação; Não obstante esforços recentes, a estruturação dos produtos turísticos e da oferta, e fraco nível de qualificação e competência da generalidade dos profissionais; Intervenções recentes ao nível da qualificação do ambiente urbano, ainda que com marcado foco infraestrutural; Elevados níveis de abandono escolar, de saída precoce e antecipada do sistema de ensino, associados a fortes índices de insucesso escolar; Capacidade estratégica instalada para a gestão de resíduos, abastecimento de água e saneamento de águas residuais, incluindo o tratamento de águas residuais industriais, em concertação intermunicipal; Alguma incapacidade de fixação da população jovem com formação média e superior, incluindo a formada no local e incapacidade de uma franja da população jovem aceder, com sucesso, a uma escolaridade básica de qualidade Dinâmicas empresariais de unidades do sector da transformação tradicionais e novos equipamentos; Défices de cobertura, qualidade e sustentabilidade económica dos serviços nos domínios de abastecimento de água, tratamento de águas residuais urbanas e industriais e valorização de resíduos; 15 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Pontos Fortes Potencial dos mercados naturais e valor dos ecossistemas na Região, bem como dos seus recursos endónegos, como por exemplo as áreas de montanhas ou os rios; Assinalável potencial patrimonial (nomeadamente do Centro Histórico de Guimarães), a que se juntam o potencial da arqueologia industrial, tradição cultural, etnográfica, gastronomia, artesanato, festas e romarias; Dotação significativa de Unidades de Turismo em Espaço Rural A mais forte presença relativa da indústria transformadora e manufactura da região Norte (sociedades e pessoal ao serviço), com muito forte abertura ao exterior, tradição e experiência de comércio internacional, com tradição de forte dinamismo e iniciativa empresarial privada, know how e conhecimento tácito acumulado; Dinâmicas empresariais emergentes de unidades de produção modernas e competitivas não só nos sectores têxtil e vestuário (lar, técnico, novos materiais), mas também nas metalurgias de base e produtos metálicos, equipamentos electrónicos e de óptica e precisão, farmacêutica, moldes e plásticos, com forte incorporação de tecnologia e cooperação inter institucional/investigação; Presença de centros de I&D de excelência associados à Universidade do Minho (claramente integrando o Sistema Nacional de Inovação), nomeadamente nos domínios das engenharias de materiais e polímeros, sistemas de produção e software (TIC), que originaram já alguns spin-offs e start ups de relevo, contribuindo para uma imagem, incipiente mas encorajadora, de diversificação económica; Presença de importantes centros tecnológicos e de formação profissional, como o CENFIM e o CITEVE, com casos bem sucedidos de investigação e desenvolvimento aplicado em sectores tradicionais, com ganhos de peso institucional, ao qual se junta uma vasta rede de Pontos Fracos Significativas perdas de água nos sistemas de abastecimento; Infra-estruturas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos pouco adequadas para responder às actuais necessidades e exigências ambientais; Défices ecológicos e paisagísticos em algumas zonas naturais; Défices ambientais que implicam avultados investimentos sem grande impacte ou visibilidade imediata na opinião pública; Elevado consumo energético e défice de produção de energia eléctrica através de fontes renováveis; Fraca capacidade de valorização e aproveitamento turístico de espaços naturais existentes, bem como de dinamização de recursos em produtos (nomeadamente turísticos); Défice de articulação entre as empresas e as instituições do Ensino Superior (não obstante alguns bons exemplos), a par da ainda deficiente penetração de tecnologias ambientais nas empresas; Insuficiente dinâmica de investimento empresarial na concepção e desenvolvimento de novos produtos (eco-eficiência, eco-design); Presença ainda dominante de Micro Empresas e PMEs de fraca capacidade inovadora e ainda forte mono-especialização. Bastante baixa produtividade do trabalho e ainda predomínio de mão de obra pouco qualificada e escolarizada; Sectores industriais tradicionais de muito forte abertura ao exterior ainda em significativo processo global de perda de competitividade (indústrias de têxteis e vestuário, nomeadamente confecção) e consequente destruição de emprego em sectores de monoespecialização sectorial, com impactos sociais crescentes; 16 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Pontos Fortes escolas profissionais de oferta diversificada e outros centros de Ensino Superior; Desenvolvimento nas Taipas do AVEPARK, parque de Ciência e Tecnologia, a dispor de serviços de apoio às empresas e a localizar entidades de formação e I&D e empresariais, com novo fôlego e equipa de gestão; Percepção positiva dos Municípios quanto ao potencial da Universidade do Minho e do AVEPARK ao serviço do Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento de processos de planeamento e participação social (redes sociais) em todos os Municípios do Vale do Ave; Presença e capacidade institucional e organizacional da Associação de Municípios AMAVE ao nível da gestão de projectos supra municipais e parcerias inter institucionais (com espaço de consolidação), com potencial para organizar mais sustentadamente os níveis de cooperação inter Municipal; Presença e relevante histórico de dinamização de redes transnacionais e internacionais de partilha de experiências e troca de conhecimento, por parte de diferentes actores e instituições presentes no território (Municípios, AMAVE, Universidade do Minho, CITEVE, ADRAVE, TECMINHO, AIMINHO, CCG,…), juntando-se a presença do CVR para projectos de índole ambiental; Pontos Fracos Emergência de graves situações de exclusão no território, nomeadamente toxicodependência e alcoolismo; Não obstante melhorias e exemplos demonstradores, défice de articulação entre as empresas e as instituições do Ensino Superior, a par de ainda deficiente penetração tecnológica nas empresas existentes; Falta de uma dinâmica significativa de investimento empresarial na concepção e desenvolvimento de novos produtos e de sistemas de promoção e comercialização; Famílias com rendimento inferior à média nacional e baixos salários, não obstante os elevados índices de poder de compra nos principais centros urbanos do Ave, nomeadamente Guimarães e Vila Nova de Famalicão; Fragilidade dos instrumentos de qualificação profissional dos jovens à entrada no mercado de trabalho e da qualificação profissional dos activos, bem como do reconhecimento das qualificações adquiridas por via profissional; Persistência de imagem associada ao declínio e crise industrial da região, apesar de melhorias significativas, nomeadamente por via de dinâmicas culturais de comtemporanedade e de lazer; Liderança e capacidade institucional e organizacional da AMAVE ao nível da gestão de projectos supra-municipais e inter-institucionais Visível robustecimento institucional recente, ao nível de qualificações e capacidades organizativas inter instituições. 17 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Oportunidades As prioridades políticas e financeiras para o período de programação 2007-2013 tendem a consubstanciar um apoio claro a domínios cruciais para o desenvolvimento do território do Vale do Ave (factores dinâmicos de competitividade, valorização do potencial humano, valorização territorial), quer ao nível de apoios sectoriais quer regionais; Organização dos grandes grupos económicos mundiais em modelos de outsourcing, por diferentes partes do mundo, abrindo possibilidades ao Vale do Ave de participar nas suas cadeias de valor em domínios de crescente excelência e know how adquirido; Inserção da Cooperação como um vector chave da politica de coesão europeia, assumindo um protagonismo mais assumido no período de programação 2007-2013; Maior selectividade e apoio manifestado pelo Governo Central a dar prioridade a projectos integrados de base territorial NUTSIII, organizados em torno de parcerias público privadas, bem como a eventual contractualização de medidas concretas de forte base territorial (Ex: Programa integrado para os serviços de proximidade – CCDRN; PROVERE – Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos); Proximidade da Aglomeração Metropolitana do Porto por via de boa acessibilidade, de relevo nomeadamente ao nível da entrada turística do Norte de Portugal, bem como aos centros de produção de I&D e conhecimento; A valorização crescente (no plano nacional e internacional) da importância do turismo, inclusivamente eco-turismo, nomeadamente em segmentos de turismo onde o Ave possui importantes recursos (cultural/patrimonial, ambiente, rural e aventura); Nomeração da Cidade de Guimarães para Capital Europeia da Ameaças Alteração recente do contexto territorial da NUTSIII, com riscos de fragmentação territorial e de dificuldade de articulação institucional. Tomada consolidada do mercado internacional de produtores de têxteis e vestuário de menor valor acrescentado por produtores de países emergentes e em forte crescimento (tais como Índia, China, Paquistão, Turquia), com impactos claros nas estratégias empresariais menos qualificadas no Vale do Ave, cuja destruição de emprego ameaça fortemente os níveis de equidade e inclusão social do território; Forte competição pelos países Asiáticos e do leste europeu pela localização de empresas multinacionais e suas fábricas (IDE), nomeadamente nos sectores automóvel e metalomecânico; O dinamismo demográfico, em cenários de baixo crescimento económico, poderá traduzir-se por uma força de trabalho excedentária, implicando elevados níveis de desemprego ou volumes significativos de migrantes; Crise dos sistemas de protecção social e constrangimentos financeiros colocados às autarquias poderão inviabilizar o necessário reforço da intervenção e a superação dos problemas resultantes da extenuação da capacidade de resposta das instituições locais, especialmente nos domínios cultural e social; Tendências de centralização da gestão dos programas e apoios ao nível da vertente Cooperação nos poderes e governos centrais; Inconstância e indefinição no que toca aos papeis a desempenhar pelas Associações de Municípios no quadro legal e territorial nacional, nomeadamente ao nível da transferências de competências do poder central e dos municípios; Relação custo-benefício do produto turístico pouco atractiva, se 18 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Oportunidades Ameaças Cultura 2012 atendermos a outros espaços geográficos e fileiras de produto concorrentes; Abertura crescente da população, nomeadamente jovem, aos factores de atracção relacionados com a cultura e eventos; Potencial para o crescimento do mercado da água e o desenvolvimento de parcerias publico-privadas; grícola, e para Aumento do grau de exigência do consumidor relativamente aos serviços e produtos; - Crescente valorização (no plano nacional e internacional) da importância do eco-turismo, nomeadamente em segmentos onde o Ave possui importantes recursos (cultural/patrimonial, ambiente, rural e aventura); Crescente procura de produtos associados a métodos de produção ecológica, com potencial de exploração no Vale do Ave; Apoio político ao reforço dos espaços e instrumentos de apoio científico e tecnológico e na preservação/melhoria das condições ambientais; Dificuldades no licenciamento e execução de projectos de índole ambiental potenciada, em diversos casos, por deficiente preparação/instrução dos processos; Insuficiente articulação entre instituições e fragilidades ao nível das intervenções ambientais; Tendência de aumento do risco de ocorrência de acidentes naturais e antropogénicos; Fortes investimentos em Vigo e Chaves-Verim, a par de boas acessibilidades poderão gerar deslocações de centros económicos e de produção, caso não acompanhados por factores de diferenciação própria no Vale do Ave; Actuações sectoriais, em matéria de emprego-formação-educação, sem a devida articulação inter-institucional e com fragilidades ao nível da territorialização das intervenções. Existência de abertura por parte das empresas para participar em redes de inovação e projectos integrados de desenvolvimento; Futura localização em torno da Universidade do Minho e do Pólo de Guimarães do Centro Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos, não obstante não seja clara a capacidade do músculo empresarial em se apropriar do novo conhecimento a produzir; Apoio político ao reforço dos espaços e instrumentos de apoio científico e tecnológico nacionais, onde a Universidade do Minho se posiciona, apesar de não ser totalmente clara a orientação da produção científica ao serviço das dinâmicas e capacidades empresariais instaladas no território. 19 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Visão, Missão e Apostas de Desenvolvimento: contextualização As dinâmicas de evolução entretanto observadas no território AVE (à luz da nova configuração da NUTS III), a intensificação dos constrangimentos externos colocados pelo processo de globalização, as presentes orientações políticas e o novo quadro estratégico de programação dos Fundos Estruturais em Portugal (QREN 2007-2013) conduziram a uma profunda revisão do quadro estratégico que orientou a programação no período de 2000-2006. A formalização do novo quadro estratégico teve ainda em conta o posicionamento já assumido por algumas instituições com intervenção relevante no território do AVE, com destaque para o pronunciamento da própria AMAVE. Assim, integraremos na formulação do quadro estratégico para o período 2007-2013 o objectivo definido pela AMAVE de transformar o Vale do Ave numa região do conhecimento e da inovação, na sua acepção mais lata, segundo um modelo de território de responsabilidade social. Com esta formulação, o território rejeita a dicotomia entre as questões da “competitividade” e da “coesão”. Ao contrário do observado em períodos de programação anteriores, nos quais a “coesão” tendeu a destacar-se, visa-se integrar essas duas componentes num todo coerente e dinâmico, de interdependência. Aliás, para além da necessária focagem nas questões da competitividade e da intensificação tecnológica das estratégias empresariais, será concedida especial importância às questões da valorização económica de recursos endógenos regionais. O quadro estratégico do PTD Ave 2015 2007 não visa apenas balizar a operação de contratualização conducente à definição de uma subvenção global para o território, mas complementarmente servir de quadro orientador para o território da NUTS III Ave inscrevendo-o nas opções estratégicas do QREN 2007-2013 e da programação dos Fundos Estruturais que lhe corresponde. O PTD integra um posicionamento do território face a toda a programação do QREN 2007-2013. O quadro proposto de orientações estratégicas é decomponível nos seguintes elementos essenciais: 20 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Uma proposta de VISÃO ou FINALIDADE orientadora do PTD Ave 2015 e a que este deve dar uma resposta coerente, susceptível de se constituir como ambição integradora dos objectos de intervenção das mais relevantes instituições com acção no território; A definição de MISSÕES DE REFERÊNCIA para o território do AVE, para a futura Associação de Municípios e para outras instituições com papel chave em levar a bom porto o processo de ajustamento em curso no território, bem como a definição de vocações diferenciadoras e competitivas no âmbito da estratégia global para os Municípios do AVE; Um conjunto de APOSTAS ESTRATÉGICAS DIFERENCIADORAS PARA O TERRITÓRIO AVE que corporizem a visão estratégica que norteia o PTD; Um VECTOR DE INDICADORES de metas/resultados que permita não só monitorar o cumprimento dos objectivos do PTD mas também a ajudar a perfilar as características desejadas para o território AVE 2015; Esquematicamente, veja-se a representação seguinte: 21 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Visão, missão e apostas estratégicas Actualização do conhecimento estratégico Referênciais estratégicos Vector de indicadores de monitorização Visão Horizonte 2013 Território; AMAVE; Instituições âncora; (...) Missão Apostas estratégicas Aposta A Aposta B Aposta N Domínios de fundamentação técnica A Visão Dada a tradição do planeamento estratégico no território do AVE, os planos de intervenção em períodos de programação anteriores e a emergência de conhecimento estratégico noutras instituições regionais a despertarem para o planeamento estratégico, os trabalhos do PTD Ave 2015 não construíram uma visão a partir do nada e do grau zero da intervenção. Tratou-se, pelo contrário, de construir um referencial para a evolução desejável do território do AVE e para as suas principais instituições que integre o potencial de aprendizagem acumulado até ao presente e, sobretudo, que dê resposta mais estruturante à evolução do contexto nacional e internacional entretanto observada. 22 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Na formulação da visão estratégica proposta aos agentes e actores com intervenção no PTD quatro ideias-chave foram consideradas, susceptíveis de ser entendidas como pressupostos da VISÃO formulada: - Primeiro, a dimensão da grande maioria dos problemas e constrangimentos a que o PTD Ave 2015 deve dar resposta é marcadamente nacional; por outras palavras, os combates a nível nacional e regional em domínios como o Plano Tecnológico, as Novas Oportunidades e a qualificação da sociedade portuguesa, o aproveitamento proactivo da Estratégia de Lisboa colocando-a ao serviço da mudança estrutural da economia portuguesa e a batalha da inclusão, entre outros, serão ganhos ou perdidos em função do modo como em certos territórios tais objectivos forem atingidos; o AVE é seguramente um território emblemático do êxito ou inêxito de tais apostas nacionais; em termos simples, dir-se-á que uma estratégia ganhadora para o Ave contribuirá fortemente para uma região Norte mais qualificada e competitiva e seguramente para a tão desejada mudança estrutural da economia portuguesa; - Segundo, o território do AVE vê no período actual agudizar-se um processo de ajustamento estrutural que vem de já há algum tempo, no âmbito do qual tem vindo a intensificar-se uma dualidade de estratégias empresariais e organizacionais, de respostas aos novos constrangimentos da globalização, de tipologias de emprego/desemprego; a percepção de que no AVE tendem a coexistir o que de melhor e de mais penalizador acontece na longa mudança a que a economia e sociedade portuguesas estão submetidas exige uma estratégia consequente; - Terceiro, as estratégias mais recentes dos actores e instituições mais dinâmicos do AVE permitem admitir como viável uma visão positiva e proactiva do ajustamento em curso; por outras palavras, é imperioso e fundamental não estigmatizar este território com o anátema de território de crise; das fraquezas forças, diz o povo e sabe o que diz; o longo e eventualmente penoso ajustamento em curso no território deve ser encarado pela imagem da iniciativa e das respostas em curso, pela chamada ao primeiro plano dos que ousaram inovar neste contexto, pela criatividade da resposta social inclusiva que a região vier a dar à reconversão do desemprego, pelos progressos na 23 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE qualificação das pessoas, pela valorização do património cultural e natural, enfim, pelos vectores de mudança que a crise induziu; - Por fim, a recomposição da NUTS III AVE chama de forma marcante à sua visão de desenvolvimento a valorização da actividade agricola e do desenvolvimento rural, tal como a necessidade de valorização económica de recursos endógenos de forte potencial no território. A necessidade crescente de valorização de recursos patrimoniais, culturais e naturais, como por exemplo as áreas de montanha, a floresta, os rios, as aldeias de tradição,…deverá estar compatibilizada com o binómio competitividade-coesão, esta última territorial e social. Neste contexto, propõe-se uma visão orientadora que, simultaneamente: - Seja ambiciosa e mobilizadora; - Integre diferentes vontades e iniciativas para diferentes níveis de desenvolvimento e organização; - Dê conta do processo de ajustamento em curso há longo tempo na região; - Valorize os traços diferenciadores do AVE e dos seus recursos no contexto nacional; - Responda coerente à nova composição da NUTS III. VISÃO: um objectivo global para o AVE 2013 QUALIFICAR E FIXAR O EMPREGO, A INICIATIVA E AS ORGANIZAÇÕES EM CONTEXTO DE COESÃO E DE VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO E DESENVOLVIMENTO RURAL 24 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Uma visão não se explica. É ou não reconhecida como rumo de intervenção futura. Nesse sentido, não importa justificar a sua formulação, mas tão só destacar aquilo que a individualiza. Assim, a visão proposta sustenta o seguinte: - O desafio maior que o AVE enfrenta é a qualificação do EMPREGO, o que pressupõe estratégias VIÁVEIS de procura de competências por parte das empresas e das organizações e de oferta compatível de qualificações por parte das instituições competentes; o futuro da iniciativa da região joga-se neste ajustamento; se o vencer, o AVE será pioneiro na resposta proactiva a um problema nacional: como passar de um paradigma de inclusão social baseado na espantosa capacidade de criação de emprego desqualificado para um outro, inclusivo pela qualidade do emprego criado e absorvido; - Trata-se, por isso, de concentrar os esforços e focar a intervenção na transição complexa que a região atravessa: passar de um paradigma com grande capacidade de criação de emprego, embora desqualificado, para um outro com capacidade de criar e fixar emprego mais qualificado; - A vertente de fixar emprego é vital que conste da visão, pois esse é o desafio principal dos territórios de menor densidade e maior ruralidade; a inexistência nesses territórios de manchas relevantes de declínio e reconversão industrial implica que a fixação de emprego em torno da valorização dos recursos endógenos pode ser concretizada com níveis mais elevados de qualificação; - A visão proposta coloca no centro da imagem a veicular dois valores fundamentais deste território: a iniciativa e a ideia de coesão social como recurso; - A visão proposta transmite ainda a ideia fundamental de que a qualidade de um território é também e fundamentalmente a qualidade das suas organizações e dos processos de interacção/cooperação entre as mesmas; daí que a capacitação das organizações seja hoje um vector fundamental da qualificação para o desenvolvimento e da sua sustentabilidade futura; 25 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - A força do referencial proposto tanto se aplica às parcelas mais dinâmicas do território do AVE como aos seus territórios mais carenciados, o que reafirma o seu carácter integrador da acção no seio da AMAVE. Neste contexto, a visão assegura uma centralidade à realidade rural que uma significativa parte da NUTS III AVE assume, nomeadamente após a sua nova configuração, bem como o património natural e ambiental, no sentido de proceder ao alargamento da base territorial de competitividade do AVE; - Ao nível do ambiente e recursos naturais, a visão partilhada para a Região do Vale do Ave é a de se assumir a qualidade ambiental como um activo estratégico para a excelência, elemento decisivo para a competitividade da Região e valorização da qualidade de vida das populações. Afigura-se essencial para o êxito da missão do Plano de Acção, articular a gestão dos recursos naturais com as intenções estratégicas do conjunto de parceiros socioeconómicos, no centro dos quais se encontram, de forma decisiva, os municípios; - O que importa aqui assinalar é a possibilidade de estabelecimento de complementaridades significativas entre os municípios de baixa densidade no que respeita a valorização de património ambiental e natural, criando condições para uma estratégia partilhada sem penalização da iniciativa municipal. 26 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Da visão às missões A VISÃO estratégica proposta pode ser declinada em missões claras e mobilizadoras não só para o território do AVE, mas também para as principais instituições de cuja estratégia e intervenções consequentes o êxito do PTD Ave 2015 é largamente tributário. Salienta-se a relevância de se atribuir ao território uma missão que o diferencie no contexto das estratégias territoriais do Norte de Portugal (um espaço diferenciado na estratégia NORTE 2015), que não é indissociável, como é óbvio, das missões que a cada instituição cabe assumir. Esquematicamente: 27 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE A VISÃO configura e implica uma MISSÃO para... VARD 2015 – VALE DO AVE REGIÃO DIGITAL Régie Cooperativa, criada por iniciativa da AMAVE, Universidade do Minho, CCG, e AVEPARK, tem por missão promover a concepção, criação e gestão do Programa “Vale do Ave Região Digital”, com a constituição de uma Comunidade Digital ...UM TERRITÓRIO em busca da qualificação: Um território de iniciativa, solidário mas também criativo no combate ao desemprego e à exclusão e à valorização dos recursos endógenos. ... a UNIVERSIDADE DO MINHO: Excelência científica e tecnológica a nível europeu e ibérico em domínios - chave e produção de conhecimento e competências para um território qualificado. ... o Centro de Computação Gráfica: AMAVE Desde 1986 a Associação de Municípios do Vale do Ave, estruturada e comprometida nas dinâmicas de desenvolvimento do Território da Bacia Hidrográfica do Ave, assume as dinâmicas do desenvolvimento sustentável, a organização e gestão do SIRVA - Sistema Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos, bem como a Despoluição do Ave, o CNO - Centro Novas Oportunidade VALE DO AVE, a Cooperação Transnacional (exemplo das (Regiões Têxteis Europeias) … ASSOCIATIVISMO EMPRESARIAL Promover estratégias de abordagem GLOBAL ao tecido de PME’s, dinamizando comportamentos de cooperação inter-empresarial e investimentos com maior conteúdo de emprego qualificado e de inovação, cabendo à ADRAVE estabelecer pontes com o associativismo de base sectorial … o CITEVE: Interface de transferência de tecnologia e qualificação, de apoio ao desenvolvimento das capacidades tecnológicas e factores de competitividade da indústria textil e de vestuário. Desenvolver como Centro de desenvolvimento tecnológico avançado inserido na rede de parceiros do ZGDV e pertencentes á rede INI-GraphicsNet projectos na área da percepção e visualização, contribuindo para a liderança nacional na investigação nesta área … o AVEPARK Dinamizar e organizar os processos de incubação, atracção e acolhimento de novas instituições e empresas de base tecnológica. … a Tecminho Como Interface Universidade empresa, gerar um espaço de participação entre a Universidade e o mundo empresarial, na perspectiva da qualificação e valorização empresarial …CENTRO DE VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS … a ADRAVE: Mobilizar conhecimento técnico e parcerias para a dinamização de objectivos estratégicos nos domínios da valorização do património histórico, cultural e industrial do Ave, do combate ao abandono e insucesso escolares e plataforma do movimento associativo empresarial na subregião. … a ACTE Como Associação Europeia, promover e defender os interesses das regiões europeias de característica monoindustrial semelhantes ao Ave, espaço de cooperação transnacional e de visibilidade da Região do AVE … a REDE SOCIAL do AVE: Transformar o AVE num território de referência para os domínios da economia social e das políticas de inclusão de nova geração serviços de investigação, análise científica e aplicação de soluções reais na área da valorização de resíduos. COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO AVE Em fase de constituição para o território da nova NUTS III AVE: racionalizar dinâmicas de desenvolvimento e de cooperação intermunicipal e interinstitucional, espaço de integração e articulação entre os municípios e as restantes instituições regionais, organizar, contratualizar e gerir Subvenções Globais. … as instituições de Desenvolvimento Local (ex: SOL DO AVE e PROBASTO): Instituições de referência nos domínios da qualificação inicial de adultos e jovens, da dinamização do desenvolvimento rural, da organização de serviços de proximidade e do empreendedorismo de necessidade a nível local. 28 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE VOCAÇÕES DIFERENCIADORAS E COMPETITIVAS NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA GLOBAL PARA OS MUNICÍPIOS DA NUTS AVE FAFE GUIMARÃES Uma plataforma giratória de qualidade, de transição para os territórios mais interiores e interacção rural-urbano, com valorização da floresta e da qualidade do espaço urbano Porta de internacionalização e excelência científica e tecnológica e de indústrias culturais para toda a Região VILA NOVA DE FAMALICÃO PÓVOA DE LANHOSO Modernização e diversificação industrial, com serviços de proximidade metropolitana e excelência cultural e gastronómica Excelência de hotelaria em espaço rural, design e criatividade na fileira da ourivesaria e desporto aventura VIEIRA DO MINHO VIZELA Espaço de referência para o turismo de natureza e em espaço rural, para a valorização da floresta e para as instituições de apoio ao desenvolvimento rural Valorização da individualidade do centro urbano em contexto de proximidade a Guimarães; referência para a hotelaria de saúde e bem-estar CABECEIRAS DE BASTO MONDIM DE BASTO Plataforma de acessibilidade ao Baixo Tâmega, de riqueza patrimonial (solares, rural, vinho), desporto natureza e capacidade de acolhimento empresarial. Espaço de valorização de recursos naturais e e articulação com os recursos de reservas e espaços de montanha (Alvão, Senhora da Graça) A missão proposta para o território consagra a aposta estratégica a prazo (2015) de transformar o Vale do Ave numa região do conhecimento e da inovação, assumindo-se entretanto como território de responsabilidade social. No contexto actual dos processos de ajustamento que atravessam o território do AVE, esta missão tem de ser traduzida numa imagem não estigmatizada, de território criativo e inovador, capaz de o fazer simultaneamente na inovação científica e 29 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE tecnológica de excelência à escala europeia, no combate à exclusão social e na valorização de recursos patrimoniais (incluindo culturais, rurais e de montanha). As intervenções de almofada social facilitadoras do processo de ajustamento assumem, neste contexto, um papel central. Em coerência com esta perspectiva, a missão da futura associação de municípios NUTS III consiste em assumir o papel de principal plataforma política de concertação entre os Municípios e de fundamentação técnica para a organização do processo de cooperação institucional entre instituições participadas pelos Municípios e instituições regionais com intervenção relevante no PTD. Mais ainda, em Parceria com a AMAVE, encontra-se em posição privilegiada para articular esforços de cooperação regional e inter-regional (não obstante a participação de outras instituições localizadas no território em outras redes autónomas de sua própria estratégia), capitalizando para a região a larga experiência da AMAVE em matéria de cooperação internacional; Para a AMAVE, agora transformada em Associação de Municípios de Fins Específicos, ficam algumas áreas específicas de intervenção, nomeadamente, entre outras, as dinâmicas do desenvolvimento sustentável, o CNO VALE DO AVE – Centro Novas Oportunidades e a Cooperação Transnacional, designadamente as questões ligadas ao desenvolvimento das Regiões Têxteis Europeias. À Universidade do Minho cabe a missão fundamental de reforçar a presença do território do AVE no sistema nacional de inovação e no espaço de excelência científica e tecnológica a nível europeu de modo a capitalizar para a região fundos de ciência e tecnologia extra-Fundos Estruturais. Complementarmente e em coerência com esta missão, cabe-lhe no âmbito da sua forte inserção no meio empresarial produzir conhecimento pertinente para um modelo de crescimento regional com maior conteúdo de emprego qualificado e de inovação tecnológica. Não ignorando o forte relacionamento empresarial que a Universidade do Minho tem vindo a capitalizar, e nomeadamente por via do interface de transferência de tecnologia TECMINHO, a operacionalização da visão estratégica AVE 2015 exige uma presença marcante do associativismo empresarial, apresentando liderança e representatividade de acções. A sub-região deverá catalizar a intervenção passada e projectos futuros da Associação Industrial do Minho, com parcerias com instituições originárias do Ave (ADRAVE) e alguns Municípios, num contexto de uma sub-região com forte atomização da iniciativa de associativismo empresarial, incluindo o de base 30 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE sectorial no textil e vestuário. O domínio de formação de activos com envolvimento da empresa e da concretização no AVE da estratégia de pólos regionais de competitividade deverão constituir a prioridade para estruturar e clarificar o tecido. A acção transversal da AIMINHO, contando com a ADRAVE enquanto plataforma do movimento associativo empresarial de base territorial da sub-região, deverá ser complementada por intervenções de matriz sectorial ao alcance de instituições como o CITEVE. Face à imperiosa necessidade de racionalizar o tecido das instituições locais, a ADRAVE, a REDE SOCIAL do Ave, a SOLDOAVE e a PROBASTO (juntamente com outras instituições de indole de intervenção semelhante, de matriz local – ex: Cooperativas Agrícolas, Empresas Municipais) devem prosseguir missões complementares com as anteriormente definidas: - A ADRAVE tem um campo fértil a explorar prolongando a ideia da qualificação à mobilização de conhecimento técnico e de parcerias locais para a valorização dos patrimónios histórico, cultural e industrial e do apoio a parcerias para o desenvolvimento económico e associativismo empresarial na sub-região (relevância, por exemplo, do projecto AVE COMPETE), podendo ter no associativismo de base local um espaço para a sua intervenção de coordenação; - A REDE SOCIAL tem um desafio mobilizador para toda a Região: transformar o AVE num território de referência das experiências de economia social e de valorização do seu contributo inovador para a inclusão social em processos intensos de mudança estrutural. - A SOLDOAVE, bem como a PROBASTO (no contexto dos novos Municípios da NUTS, Mondim de Basto e Cabeceiras de Basto) incorporam os desafios inerentes ao apoio ao desenvolvimento rural e inclusão por via da qualificação, nomeadamente em contexto de alargamento territorial desta problemática na NUTS, na qual as suas acções se devem reflectir abrangentemente; a contratualização das estratégias de intervenção susceptíveis de materializar as missões destas instituições deve processar-se mediante a apresentação dos seus planos de actividades com clarificação dos territórios em que incide e das instituições locais que serão envolvidas nesses programas; o reconhecimento por parte dos Municípios do papel que pode caber a estas associações é, assim, 31 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE indissociável da clarificação da incidência territorial dos seus projectos. Nesse contexto, parece claro que a Sol do Ave apresenta um potencial inequívoco e intervenção na implementação de projectos em mundo rural potenciadores do seu desenvolvimento sócio-económico e na valorização da economia social, capacitando agente e instituições locais nesse sentido. - A Régie Cooperativa VARD 2015, assume, por sua vez, na base de uma forte Parceria Regional, a missão de criar a Sub-Região Digital 2015. Apostas estratégicas e objectivos estruturantes As apostas estratégicas configuram simultaneamente os principais domínios de mudança e de intervenção que tornarão possível a convergência tendencial do território do AVE para a visão estratégica delineada para 2015. As prioridades que orientam a definição das apostas podem resumir-se em três eixos convergentes: – Tirar partido e dar expressão às experiências de inovação emergentes no território, designadamente em termos de diversificação empresarial e de investigação científica e tecnológica; – Minimizar a incidência da dualidade emergente no AVE, particularmente no plano social, combatendo os factores de vulnerabilização e exclusão; – Qualificar generalizadamente recursos para melhor os mobilizar em acções de valorização da diversidade do território e do sistema urbano, de uma nova cultura de contemporaneidade criadora de emprego mais qualificado e da generalização de novos factores de competitividade e valorização de recursos endógenos (naturais, rurais, patrimoniais). Os eixos enunciados convergem, como é fácil demonstrar, com a estrutura proposta para o QREN 2007-2013 e para a programação dos Fundos Estruturais: – Um eixo prioritário centrado nas dinâmicas empresariais e do sistema de inovação tecnológica (competitividade); 32 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE – Um outro centrado no domínio das qualificações (educação, formação, empregabilidade e desenvolvimento social – potencial humano); – Um eixo orientado para a valorização dos recursos territoriais e patrimoniais (incluindo naturais e ambientais) susceptível de alargar a base territorial da competitividade e de potenciar novas actividades criadoras de emprego mais qualificado (valorização do território), bem como de aposta nos domínios do desenvolvimento agrícola e rural (nomeadamente abordagem LEADER incluída na aplicação do FEADER em Portugal). A articulação das apostas com a estrutura por eixo do PO Regional pode também ser equacionada através do quadro seguinte, com articulação de grau 1 (mais importante) correspondendo à cor mais escura e articulação de grau 2 (menos importante) correspondente à cor menos carregada: 33 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS PTD AVE 2015 Competitividade, Inovação e Conhecimento Valorização Económica de Recursos Específicos EIXOS ON2 Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Qualificação do Sistema Urbano Governação e Capacitação Institucional A. Promover estratégias empresariais de diversificação e de maior conteúdo de emprego qualificado e inovação tecnológica B. Reforçar o AVE no Sistema Nacional de Inovação e na rede de centros de excelência científica e tecnológica europeia C. Colocar o AVE na frente dos processos de certificação e qualificação de população desempregada/ vulnerável ao processo de globalização, com vista ao reforço das oport. De reintegração prof. E dinamiz. De pequenas iniciativas empresariais D. Metas ambiciosas em matéria de combate ao insucesso e abandono escolares e de projectos territoriais de interacção entre a Escola e o meio 34 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS Competitividade, Inovação e Conhecimento EIXOS DO ON2 Valorização Valorização Económica e de Qualificação Recursos Ambiental e Específicos Territorial Qualificação do Sistema Urbano Governação e Capacitação Institucional E. Ave: um território de referência no plano nacional e europeu nos domínios da economia social e do seu contributo para a inclusão e qualificação de emprego F. Organização da oferta e dos recursos turísticos segundo uma lógica de produtos, de complementaridades inter-territoriais e de qualificação do emprego e do ambiente G. AVE: um território de referência na utilização das TIC na qualificação de população vulnerável ao desemprego, na interpretação do território e na valorização da cidadania participativa H. AVE: um sistema (rede) de centros urbanos ecosustentáveis, atractores da criatividade e socialmente coesos I. Qualificação do desenvolvimento agricola e florestal, valorização de activos naturais e tradicionais e desenvolvimento rural 35 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE O diagrama da página seguinte identifica as principais apostas estratégicas do Plano de Acção, por outras palavras os domínios de mudança e de intervenção que dão à VISÃO um conteúdo concreto, quantificável em metas e resultados a produzir e, por isso, susceptível de ser monitorado ao longo do período de concretização do PTD. 36 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE VISÃO AVE 2015 QUALIFICAR E FIXAR O EMPREGO, A INICIATIVA E AS ORGANIZAÇÕES EM CONTEXTO DE COESÃO E DE VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO E DO DESENVOLVIMENTO RURAL APOSTAS ESTRATÉGICAS A C Promover estratégias empresariais de diversificação e de maior conteúdo de emprego qualificado e inovação tecnológica Colocar o AVE na frente dos processos de certific. e qualific. de pop. desemp./ vulnerável ao proces. de globalização, com vista ao reforço das oport. de reintegração prof. e dinamiz. de pequenas iniciativas empresariais F H Organização da oferta e dos recursos turísticos segundo uma lógica de produtos, de complementaridades interterritoriais e de qualificação do emprego e do ambiente AVE: um sistema (rede) de centros urbanos ecosustentáveis, atractores da criatividade e socialmente coesos G I AVE: um território de referência na utilização das TIC na qualificação de população vulnerável ao desemprego, na interpretação do território e na valorização da cidadania participativa Qualificação do desenvolvimento agricola e florestal, valorização de activos naturais e tradicionais e desenvolvimento rural D B Reforçar o AVE no Sistema Nacional de Inovação e na rede de centros de excelência científica e tecnológica europeia Metas ambiciosas em matéria de combate ao insucesso e abandono escolares e de projectos territoriais de interacção entre a Escola e o meio E Ave: um território de referência no plano nacional e europeu nos domínios da economia social e do seu contributo para a inclusão e qualificação de emprego 37 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Apostas estratégicas e indicadores de resultado A VISÃO/FINALIDADE proposta para o território do Ave configura, para além de um conjunto de missões, um conjunto de apostas orientadoras da acção dos principais actores e instituições. O carácter diferenciador da VISÃO e das APOSTAS ESTRATÉGICAS avalia-se pelo carácter objectivo e mensurável das orientações propostas. Isto significa que o PTD deve dispor de um conjunto de indicadores de referência, susceptíveis de definir metas e simultaneamente resultados obtidos. Nas páginas seguintes, propõem-se alguns indicadores de referência das apostas estratégicas do PTD. 38 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS APOSTA A INDICADORES Nº e % de empresas referenciadas como empresas de base tecnológica (nível tecnológico médio e elevado – Classificação OCDE) Quota % de emprego e PIB em indústrias não pertencentes ao ramo têxtil vestuário Nº de start-up’s de base tecnológica incubados no AVE PARK e noutras instituições de incubação da região % de licenciados na população activa empregada no AVE % de activos empregados com 12º ano de escolaridade concluído % de investimento elegível ao PO COMPETITIVIDADE com origem no AVE no total do investimento elegível no PO % de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) estruturante localizado no território do AVE Evolução do número de empresas localizadas no AVE PARK Nº de doutorados inseridos em empresas % de financiamento de capital de risco absorvida no AVE APOSTA B % de actividades de I&D financiadas pela Fundação e Ciência e Tecnologia no território do Ave face ao total de financiamento nacional de actividades de I&D Ratio “I&D executada nas empresas do AVE/Total de despesas de I&D no AVE” % de Fundos do Programa Quadro Europeu de Ciência e Tecnologia mobilizados por Portugal com aplicação no AVE Número e % de investigadores em áreas de excelência científica europeia Patentes registadas por empresas, centros de investigação ou inter-faces Universidade-empresa do Ave por investigador APOSTA C % do investimento co-financiado pelo PO Qualificações no AVE face ao total do investimento do PO Nº de trabalhadores certificados com o equivalente ao 9º e ao 12º ano de escolaridade Nº de Centros de Certificação e Validação de Competências criados no período correspondente ao Plano de Acção % de estudantes envolvidos em novos cursos de Ensino Profissional nas Escolas do Ave % de jovens em idade escolar abrangidos em cursos de educaçãoformação 39 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS APOSTA C INDICADORES % de activos adultos envolvidos em cursos EFA % de activos em formação com envolvimento activo de empresas nos processos de formação APOSTA D Taxa de saída antecipada do sistema escolar para todos os concelhos do AVE Taxa de saída precoce do sistema escolar para todos os concelhos do AVE Taxas de reprovação por níveis de ensino para todos os concelhos do AVE % de população escolarizada abrangida por projectos territorializados de combate ao insucesso e abandono escolar APOSTA E % de população desfavorecida e em risco de exclusão social abrangida por intervenções para a empregabilidade dinamizadas por instituições de economia social % de população com perda de emprego no período do Plano de Acção reinserida em actividades de economia social % de trabalhadores desempregados envolvidos em cursos de educação – formação dinamizados por instituições de solidariedade social % de co-financiado contratualizado com as instituições da rede social do AVE no PO Qualificações % de emprego envolvido em actividades de economia social APOSTA F Investimento municipal consagrado à organização da oferta turística e à criação de condições para transformar recursos em produtos turísticos Quota de co-financiamento obtido pelo AVE nesta tipologia de projectos no PO Regional Nº de empresas e de empregos criados no domínio da animação turística Nº de projectos de criação de novas unidades de turismo rural Nº de eventos e participantes respeitantes a actividades de turismo científico Nº de rotas criadas como produtos turísticos na área do património industrial APOSTA G Nº de projectos e instituições com actividade representada e actualizada no AVE DIGITAL Nº de visitantes das Casas do Conhecimento em actividade % de desempregados envolvidos em acções de formação profissional destinadas a disseminar literacia básica em TIC % de agregados familiares com acesso a INTERNET de banda larga % de Escolas servidas por banda larga 40 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS APOSTA H INDICADORES Investimento municipal consagrado à valorização infra-estrutural, ambiental e cultural da rede de centros urbanos do AVE % de co-financiamento do PO Regional consagrado a este domínio de intervenção Nº de eventos na área cultural com expressão diferenciadora no plano nacional Emprego em actividades culturais por concelho do AVE % de jovens integrados em modalidades de ensino artístico APOSTA I Nº de projectos e volume de investimento co-financiado pelo FEADER no território do Ave Evolução da população residente de freguesias predominantemente rurais Nº de empregos permanentes criados no âmbito de iniciativas de desenvolvimento rural Referenciais estratégicos globais para o domínio dos serviços colectivos territoriais de proximidade (SCTP) Tal como foi oportunamente referido no capítulo introdutório, os trabalhos de elaboração do PTD foram objecto de uma focagem orientada para a problemática dos SCTP, na sequência de iniciativa promovida pela CCDRN no sentido de dotar o processo de contratualização de uma fundamentação de projectos nesse domínio. Entendeu-se, assim, que a grande virtualidade da elaboração de um PAISCTP consistia na identificação e desenho de tipologias de projectos ajustadas à natureza das carências e dos problemas estruturais dos territórios. As orientações de tipologia de projectos de investimento para o processo de contratualização haveriam, entretanto, de experimentar uma significativa alteração de tipologias, excedendo largamente os domínios anteriormente tipificados e introduzindo outros. Pode considerar-se que as intervenções em matéria de SCTP constituem um dos instrumentos estratégicos de concretização do PTD Ave 2015. A visão proposta para o território AVE 2015 pressupõe que, no período de vigência do PTD, o território mergulhe numa profunda transformação estrutural: passar de condições relativamente favoráveis de criação de emprego desqualificado para um outro modelo de crescimento capaz de criar emprego mais qualificado, embora não necessariamente aos mesmos ritmos. Esta transformação é complexa, exige tempo e será nos períodos de impacto inicial socialmente penosa. 41 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Neste contexto, a valorização dos serviços colectivos territoriais de proximidade assume um papel central nesta transformação estrutural, tanto mais que o período de aplicação e vigência do PTD se inscreve no período mais intenso de transformação do modelo de desenvolvimento económico da Região. Com base em diagnósticos suplementares constantes do anexo nº 2 (Relatórios do PAISCTP-Ave), construíram-se referenciais estratégicos para uma perspectiva de intervenção valorizadora dos SCTP, sempre na linha inicialmente formulada de equilíbrio entre objectivos de competitividade e coesão. Estes referenciais destinavam-se a enquadrar estrategicamente a tipologia de investimentos inicialmente estabelecida para o processo de contratualização e posteriormente alterada pelo aviso que configura a presente candidatura. Dada a sua importância, mesmo tendo em conta que alguns destes domínios deverão ser financiados não ao abrigo do processo de contratualização, mas sim segundo outras tipologias de projectos, foi decido pelos Municípios manter esses referenciais pois eles completam os referenciais mais gerais que são as apostas estratégicas do PTD Ave 2015. 42 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE REFERENCIAL 1 Contribuir à escala local e das competências municipais para a melhoria dos níveis de qualificação pré-escolar e escolar (ensino básico) da população jovem, proporcionando condições alternativas de inserção na vida activa. RACIONALIDADE E INCIDÊNCIA Sabe-se que o modelo de crescimento económico anterior foi largamente potenciado pela entrada na vida activa de jovens precocemente saídos do sistema educativo. Sabe-se ainda que a aprendizagem é um fenómeno cumulativo e que, por isso, as políticas públicas devem privilegiar a intervenção nos estádios educativos iniciais. O esforço realizado pelos municípios em matéria de Cartas Educativas coloca-os em excelentes condições para atacar este objectivo, por via de competências municipais que tendem a consolidar-se.r REFERENCIAL 2 REFERENCIAL 2 Configurar um processo de almofada social eficaz ao ajustamento estrutural que a Região está a atravessar e que irá intensificar-se nos próximos tempos RACIONALIDADE E INCIDÊNCIA Os serviços de proximidade nos domínios da acção social, da saúde e do desporto configuram um elevado potencial de inclusão social, valorizando preventiva e proactivamente o seu papel de regulação dos efeitos do desemprego estrutural e do longo processo de identificação de oportunidades de reinserção das populações atingidas, particularmente dos escalões etários mais elevados. 43 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE REFERENCIAL 3 Criar ao nível local condições de qualidade de vida e de fruição cultural compatíveis e potenciadoras de uma transformação decisiva nos níveis de urbanidade da Região RACIONALIDADE E INCIDÊNCIA A transformação do modelo de crescimento económico da Região passa também por uma revolução na urbanidade do território. Os domínios do ambiente e da valorização da cultura e do património constituem dois eixos fulcrais da recriação de um novo modelo de qualidade de vida, que combine urbanidade com a valorização de recursos locais. Complementarmente, a aposta numa política de transportes ao nível local, orientada para objectivos de urbanidade e sustentabilidade, procura recriar novas condições de mobilidade compatíveis com os já referidos objectivos de urbanidade sustentável para o território. REFERENCIAL 4 Capacitar os territórios de menor densidade demográfica da Região em termos de empreendimento e organização para uma mais eficaz valorização competitiva de recursos endógenos e níveis mais consistentes de coesão territorial. RACIONALIDADE E INCIDÊNCIA As políticas de inovação e competitividade tenderão no território do Ave a fazer emergir os seus activos mais dinâmicos, com grande relevo para as concentrações mais significativas de recursos tecnológicos e empresariais. É por isso relevante contrapor a esta tendência uma intervenção em matéria de desenvolvimento económico de proximidade que capacite os territórios menos densos e com menor capacidade de empreendimento e iniciativa para uma mais eficaz valorização competitiva de recursos endógenos. 44 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE REFERENCIAL 5 Potenciar a utilização de tecnologias de informação e comunicação na viabilização de novos modelos de prestação de serviços de proximidade e de valorização da cidadania. RACIONALIDADE E INCIDÊNCIA Trata-se de aproveitar plenamente o potencial de conhecimento, de investigação e de iniciativa existente na região do AVE no domínio das TIC no sentido de o colocar ao serviço da valorização de serviços de proximidade, disseminando novas combinações de reorganização “front-office” e “back-office” no âmbito de processos de reorganização administrativa já em curso. Pode considerar-se neste sentido um referencial transversal, embora orientado segundo princípios de criação de novas condições de cidadania. Referenciais estratégicos sectoriais 2.8.1. Educação As linhas de acção prioritárias previstas no PTD Ave 2015 para as questões da Educação incidem sobretudo no combate ao insucesso e abandono escolares, assim como na gestão integrada das questões educativas no Ave. Um dos eixos estruturantes no domínio do combate ao insucesso e abandono escolares passa pela melhoria das condições materiais para o ensino / aprendizagem, quer por via da racionalização da oferta de transportes escolares quer pelo reordenamento da rede escolar. Por outro lado, a implementação de estratégias de motivação para a aprendizagem revela-se essencial enquanto complemento à intervenção meramente material no domínio educativo. No âmbito das competências de intervenção definidas para os municípios, estas estratégias concretizam-se nomeadamente através da diversificação de actividades intra e extra curriculares devidamente orientadas para o sucesso dos percursos escolares dos jovens, entre outras iniciativas de projecto mais específicas abordadas no capítulo seguinte. As Cartas Educativas assumem aqui o protagonismo na identificação das necessidades de construção, ampliação, requalificação e reordenamento destes equipamentos. É notória a tentativa de concentração, racionalização e optimização 45 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE das redes de EB1 e JI, quer no que diz respeito à constituição dos agrupamentos verticais quer ao parque escolar. Aliás, é possível identificar um conjunto de preocupações comuns a todos os concelhos: - Concentrar os equipamentos existentes, nomeadamente através da construção de edifícios (EB1, JI e Centros Escolares EB1/JI) que concentrem as crianças de várias freguesias demograficamente menos densas, de forma a que em cada sala seja ministrado apenas um nível de ensino e a que as crianças vivenciem uma experiência de escolaridade mais gratificante; - Equipar os equipamentos existentes com as condições necessárias a um bom desempenho educativo, como biblioteca, cantina, sala polivalente, entre outros; - Aliviar os equipamentos em sobrelotação dos principais centros urbanos através da construção de novos edifícios, salas ou ampliação de equipamentos já existentes; - Reabilitar os edifícios em mau estado; - Reutilizar edifícios com vista à sua rentabilização e tendo em conta as características da procura e as necessidades (por exemplo, transformar EB1 em JI e vice versa); No entanto, os projectos previstos compreendem a resposta a todas as necessidades e têm como ambição proporcionar os espaços educativos ideais e as melhores condições de ensino/ aprendizagem, o que, na prática, resulta num conjunto de investimentos que vai muito além dos valores efectivamente disponíveis para a sua implementação. Por outro lado, o equipamento Jardim-de-infância está sub representado face ao Equipamento EB1 face às projecções de necessidades emitidas pela DREN e fundamentadas nos referenciais nacionais para o sector. O Programa Nacional de Requalificação da Rede Escolar de 1ª Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar, no âmbito do PO Norte do QREN, pretende, em sintonia com o Plano de Acção do Ave 2007-2013, a requalificação e modernização do respectivo parque escolar no sentido de assegurar as condições materiais indispensáveis à melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos. O seu Regulamento Específico define, concretamente, a atribuição de apoios às seguintes iniciativas: 46 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Construção / ampliação / requalificação de escolas básicas que integrem, preferencialmente, o 1º Ciclo do Ensino Básico e a Educação Pré-Escolar, na perspectiva de criação de Centros Escolares; - Eliminação de todos os regimes de funcionamento duplos; - Progressiva suspensão do funcionamento de Escolas do 1º CEB de reduzidas dimensões, designadamente as escolas com menos de 20 alunos; - Eliminação de todos os edifícios de construção precária. Simultaneamente, o Programa Nacional de Emprego 2005-2008 define como metas da taxa de cobertura em Educação Pré-Escolar 100% das crianças com 5 anos em 2009 e 90% das crianças entre os 3 e os 5 anos até 2010, pelo que se torna igualmente prioritário o alargamento da rede de equipamentos dirigidos às crianças com estas idades. Neste sentido, o Regulamento Específico de Requalificação da Rede Escolar 1º CEB e Pré-Escolar, em parceria com o PNE 2005-2008, estabelecem os referenciais estratégicos para as acções de ordem material a implementar neste parque escolar dos concelhos do Ave. Outro dos requisitos de financiamento, de acordo com o primeiro documento, é a prévia aprovação dos projectos em sede de Carta Educativa (devidamente homologada), assim como a apresentação da memória descritiva da respectiva intervenção, orçamentação por escola, cronogramas financeiro e de execução material e aprovação do Projecto Técnico por parte do Ministério da Educação. Paralelamente, o PO do Potencial Humano prevê no Eixo 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social uma tipologia de intervenção de promoção do sucesso educativo que tem por objectivos, entre outros, combater as saídas precoces do sistema educativo e melhorar os resultados alcançados pelos processos de ensino e de aprendizagem, o que se deverá traduzir no sucesso educativo dos alunos. Assim, os projectos de ordem imaterial que se pretendam constituir como estratégias de motivação para a aprendizagem obtêm aqui o seu enquadramento em termos de financiamento e estão explicitados no Capítulo 7. O cumprimento destes referenciais específicos no sector da Educação observam em conjunto o REFERENCIAL 1 que visa Contribuir à escala local e das competências municipais para a melhoria dos níveis de qualificação pré-escolar e escolar 47 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE (ensino básico) da população jovem, proporcionando condições alternativas de inserção na vida activa. No entanto, dadas a multiplicidade de projectos previstos para o 1º Ciclo do Ensino Básico e Jardim de Infância e a escassez de recursos financeiros disponíveis, torna-se essencial recorrer à projecção da população do grupo etário dos 5 aos 9 anos em 2020 à escala da freguesia de modo a ser possível aferir a sua relevância não a curto mas a médio prazo e estabelecer uma tentativa de critério objectivo de priorização. Nos concelhos de menor densidade populacional são considerados prioritários os projectos sedeados nas freguesias com maior incidência deste grupo etário. Neste sentido, as freguesias são catalogadas tendo em conta o número absoluto de residentes do grupo etário entre os 5 e os 9 anos previstos no cenário base explicitado noutro capítulo: A – entre 401 a 1049 crianças B – entre 251 e 400 crianças C – entre 116 e 250 crianças D – Entre 1 e 115 crianças E – 0 crianças 48 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 2.8.2. Ambiente Enquadramento As infra-estruturas e serviços de ambiente prestados à população são um típico exemplo de como o factor proximidade /acessibilidade pode ser fulcral para a eficiência do serviço e, numa perspectiva mais lata, para o desenvolvimento solidário e qualidade de vida das populações. Neste capítulo, definem-se linhas de acção para os serviços colectivos territoriais de proximidade da componente ambiental, mediante a caracterização da situação de referência, identificação de carências, confrontação com as metas e prioridades nacionais sectoriais e identificação de projectos de interesse intermunicipal ou regional. As áreas temáticas de Ambiente alvo de análise e programação foram as seguintes: Abastecimento de Água, Saneamento de Águas Residuais, Gestão de Resíduos, e Conservação e Valorização dos Recursos Naturais e Paisagísticos. A caracterização da situação de referência e a posterior identificação de projectos ao nível dos SCTP de Ambiente foram realizadas com base na informação recolhida através de inquérito, fichas de projecto e de carências nas Câmaras Municipais e Entidades Gestoras, bem como pelos diagnósticos e informação estatística assumida pelos documentos estratégicos sectoriais, nacionais ou regionais. Em anexo, encontram-se os quadros síntese da análise efectuada aos dados de base facultados para formulação da situação de referência. De acordo com as metas e objectivos de desenvolvimento definidos pelos referenciais estratégicos regionais e nacionais, definiram-se critérios de avaliação para atribuição de níveis de prioridade aos projectos, salvaguardando, assim, qualquer cenário financeiro que se desenvolva: - Grau de intervenção territorial ou âmbito intermunicipal dos projectos para a Região (podendo ser, no entanto, promovido por apenas um município); - Grau de cumprimento das metas estipuladas pelo referencial estratégico (ver referencial estratégico); - Tipologias de carências básicas específicas de cada município (ver situação de referência); - Grau de amadurecimento dos projectos; - Grau de prioridade municipal atribuída. 49 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE A definição de níveis de prioridade é apenas aplicada aos projectos elegíveis a candidatura ao PO Norte. No entanto, existem projectos enquadráveis nos critérios de elegibilidade de outros Programas Operacionais, que serão atempadamente referidos. No domínio temático Ambiente, o abastecimento de água, a drenagem e tratamento de águas residuais, a gestão de resíduos e a conservação e valorização dos recursos naturais e paisagísticos contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população e para o desenvolvimento sustentável. As metas de desempenho a estabelecer para os Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade podem ser balizadas por documentos estratégicos gerais e sectoriais, os quais, para o domínio do Ambiente, são apresentados na tabela seguinte. 50 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Tabela 6 – Referencial estratégico para os Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade no domínio ambiental Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade Referencial - Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR II) (2007 - 2013) Abastecimento de Água - Lei da Água (Decreto-Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro) - Programa Operacional da Região Norte (2007-2013) - Plano de Acção do Ave 2007-2013 - Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR II) (2007 - 2013) - Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-Pecuários e Agro-Industriais (ENEAPAI) (2007 – 2013) Saneamento de Águas Residuais - Programa Operacional da Região Norte (2007-2013) - Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave (SIDVA) - Plano de Acção do Ave 2007-2013 - Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU II) (2007 - 2016) e Plano de Intervenção para Resíduos Sólidos Urbanos e Equiparados (PIRSUE) Gestão de Resíduos - Estratégia Nacional para a Redução dos Resíduos Urbanos Biodegradáveis destinados aos Aterros (ENRRUBDA) 1 2 Objectivos e Metas - Nível de atendimento da população total: 95% - Nível de atendimento da população servida: 90% - Taxa de perdas de água no sistema: 15% (max.) - Taxa de análises conforme VP: 99% - Recuperação dos custos do serviço: 100% - Taxa de captações de água para consumo humano com perímetros de protecção definidos: 95% - Implementação da Administração de Região Hidrográfica do Norte (ARH-Norte); - Elaboração dos Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica e dos Planos de Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas. - Delimitação dos perímetros de protecção às captações de água, e zonas de infiltração máxima. - Acréscimo da população residente servida por sistemas públicos de abastecimento de água intervencionados: - Meta 2010: 385000 habitantes / 400 km construídos ou reabilitados - Meta 2015: 550000 habitantes / 600 km construídos ou reabilitados - Um sistema (rede) de centros urbanos eco-sustentáveis, atractores da criatividade e socialmente coesos. - Organização da oferta e dos recursos turísticos segundo uma lógica de produtos, de complementaridades interterritoriais e de qualificação do emprego e do ambiente. - Nível de atendimento da população total: 90% - Nível de atendimento da população servida: 85% - Taxa de população equivalente servida que cumpre termos da licença de descarga: 85% - Taxa de reutilização de águas residuais tratadas: 10% - Taxa de águas pluviais e de infiltração afluentes à rede de drenagem separativa: 20% - Adopção de soluções colectivas de tratamento (ou individuais caso se mostrem mais favoráveis); - Potenciação da utilização da capacidade de tratamento dos sistemas supra-municipais ou municipais de saneamento de águas residuais, após pré-tratamento adequado. - Adequado aproveitamento dos subprodutos resultantes do tratamento, através da implementação de infra-estruturas de valorização dos nutrientes e da matéria orgânica. -Acréscimo da população residente servida por sistemas públicos de drenagem de águas residuais intervencionados: - Meta 2010: 520000 habitantes / 440 km construídos ou reabilitados - Meta 2015: 1300000 habitantes / 1100 km construídos ou reabilitados - Solução integrada de drenagem e tratamento conjunto das águas residuais domésticas e industriais, que abrange, na Região do Ave, Vizela, Guimarães e Vila Nova de Famalicão. - Um sistema (rede) de centros urbanos eco-sustentáveis, atractores da criatividade e socialmente coesos. - Organização da oferta e dos recursos turísticos segundo uma lógica de produtos, de complementaridades interterritoriais e de qualificação do emprego e do ambiente. - Reforço da capacidade de TMB1 e valorização orgânica de RUB; - Reforço dos sistemas de recolha selectiva: - Meta: 500 hab.ecoponto-1 - Melhoria da eficiência de triagem dos resíduos; - Construção, ampliação e selagem de aterros; - Cancelamento das autorizações temporárias de deposição de RIB em aterros de RSU em 2009; - Estudo de viabilidade da introdução da política tarifária “PAYT”2; - Sensibilização e educação para a prevenção da produção de resíduos e boas práticas ambientais. - Taxa (em peso) de RUB destinados a aterro (relativamente à quantidade depositada em 1995): 2006: 75% 2009: 50% 2016: 35% Tratamento mecânico e biológico. “Pay-as-you-throw”. 51 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade Referencial - Gestão de embalagens e resíduos de embalagens: Decreto-Lei n.º 366A/97, de 20 de Dezembro, Decreto-Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho e Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio. - Plano Estratégico Sectorial de Gestão dos Resíduos Industriais (PESGRI) e Plano Nacional de Prevenção de Resíduos Industriais (PNAPRI) - Programa Operacional da Região Norte (2007-2013) - Estratégia Nacional para a Energia6 3 4 5 6 7 Objectivos e Metas A cumprir até 2011: - Taxa de valorização total de RE3: >60% - Reciclagem de RE: 55-80% - Reciclagem de RE de vidro: >60% - Reciclagem de RE de papel e cartão: >60% - Reciclagem de RE de plástico: >22,5% - Reciclagem de RE de metal: >50% - Reciclagem de RE de madeira: >15% - Criar condições para a redução da deposição de resíduos industriais em aterro / fomentar a prevenção, reciclagem e reutilização dos resíduos industriais; - Desenvolver acções necessárias para o licenciamento de aterro para resíduos industriais banais, perigosos e inertes. - Incentivar a colaboração dos agentes económicos produtores de resíduos industriais no uso dos melhores instrumentos legais de recolha, transporte e tratamento. - Procurar parcerias de actuação mediante articulação com entidades competentes (INR, IGAOT, IA, C.M., SEPNA) em matéria de fiscalização e inspecção das operações de gestão de resíduos industriais. - Incremento das acções de sensibilização e informação da sociedade civil, em particular das populações em áreas contaminadas ou com risco de contaminação por resíduos industriais. - Promover o preenchimento dos mapas de produção de resíduos industriais e implementação do SIRER4. - Acções de estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos. - Promoção da eficiência energética, através de investimentos no sistema de abastecimento de gás natural, redes de distribuição de electricidade. - Redução média do consumo de energia nos equipamentos apoiados (no âmbito de proj. piloto apoiados): - Meta 2010: 20%; - Meta 2015: 20%; - Apoio a projectos de utilização racional de energia e de produção de energia através de FER5; - Aumento do contributo das energias renováveis para 39% até 2010 relativamente ao consumo anual de electricidade; - Metas indicativas para a produção de energia eléctrica a partir de FER até 2010 relativo a 2001, em termos de potencia instalada: - Eólica: + 137% - Mini-hídrica: +86% - Biomassa: +114% - Biogás: +149% - RSU’s: +97% - Ondas: *7 - Fotovoltaica: +149% - Hídrica: +19% Resíduos de embalagens. Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos. Fontes de Energia Renováveis. Referente à Resolução do Conselho de Ministros n.º 63/2003, de 28 de Abril. Não existente em 2001. Prevê-se uma meta de 50 MW de potência instalada até 2010. 52 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade Referencial - Sistema Intermunicipal de Resíduos do Vale do Ave (SIRVA) - Plano de Acção do Ave 2007-2013 - Programa Operacional da Região Norte (2007-2013) Conservação e Valorização dos Recursos Naturais e Paisagísticos - Lei da Água (Decreto-Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro) - Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade - Plano Sectorial da Rede Natura 2000 8 Objectivos e Metas - Aquisição de viaturas de recolha selectiva de resíduos orgânicos, recolha selectiva multimaterial porta-a-porta, e recolha indiferenciada; - Edificação de cinco ecocentros; - Aumentar capacidade de armazenamento da estação de triagem; - Aquisição de plataforma de triagem com destroçador de monstros; - Construção de edifício de pré-tratamento de RSU’s; - Readaptação da Central de Valorização Orgânica (Compostagem); - Instalar unidade de destroçamento de resíduos verdes; - Sistema automático de granulagem, ensacagem e paletização de composto; - Instalar unidade de compactação de refugos; - Instalar unidade de tratamento de resíduos de construção e demolição; - Optimização dos aterros sanitários de Guimarães e Santo Tirso; - Construção de aterro sanitário em Fafe; - Selagem dos aterros sanitários; - Construção de edifício para recepção de visitantes, e realização de campanhas de sensibilização bem como um Parque Temático de Resíduos; - Um sistema (rede) de centros urbanos eco-sustentáveis, atractores da criatividade e socialmente coesos. - Gestão da orla costeira e dos recursos marinhos. - Promoção de iniciativas empresariais associadas ao uso económico do mar (desportos náuticos e náutica de recreio); - Valorização e gestão integrada de áreas protegidas ou classificadas e da Biodiversidade, envolvendo Sistemas de Incentivos de Promoção da Eficiência Empresarial Colectiva. Área classificada apoiada: - Meta 2010: 7% - Meta 2015: 25% - Ordenamento de áreas de exploração de recursos geológicos. - Projectos de melhoramento dos sistemas agro-florestais. - Implementação de políticas de protecção de uso do solo pelas actividades produtivas, utilizam sustentável de recursos naturais e protecção da paisagem (erosão, empobrecimento de matéria orgânica, perda de biodiversidade, contaminação e compactação). - Prevenção de riscos antropogénicos, através da implementação de ferramentas de gestão ambiental (p.e. normas ISO), e formação dos recursos humanos. - Valorização e gestão de áreas ambientais críticas. - Elaboração dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira e dos Planos de Ordenamento dos Estuários. - Conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas. - Conservação e reabilitação das zonas húmidas. - Medidas de protecção contra cheias, inundações e secas. - Medidas de protecção contra acidentes graves de poluição. - Constituir a Rede Fundamental de Conservação da Natureza e o Sistema Nacional de Áreas Classificadas. - Promover a valorização das áreas protegidas e assegurar a conservação do seu património natural, cultural e social. - Assegurar a conservação e a valorização do património natural dos sítios e zonas de protecção especial integrados no processo de REDE NATURA 2000. - Desenvolver acções específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como salvaguarda e valorização do património paisagístico. - Promover a educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade. - Assegurar a informação, sensibilização e participação do público. - Estabelecer regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais dos locais. - Estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função das respectivas características e prioridades de conservação8. - Definir medidas que garantam a valorização e a manutenção num estado de conservação favorável dos habitats e espécies. O próprio PSRN 2000 define quais as áreas de habitats com prioridade de acção. 53 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Serviços Colectivos Territoriais de Proximidade Referencial - Plano Nacional de Turismo de Natureza - Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde - Sistema Intermunicipal de Energia do Vale do Ave (SIEVA) - Plano de Acção do Ave 2007-2013 - Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural Objectivos e Metas - Compatibilizar as actividades de Turismo de Natureza com as características ecológicas e culturais de cada local. - Valorizar a recuperação e/ou conservação dos elementos do património construído existentes. - Incentivar práticas turísticas de lazer e recreio não nocivas para o meio natural. - Promover projectos e acções públicas e privadas que contribuam para a adequada visibilidade das Áreas Protegidas. - Fomentar actividades que contribuam para a sensibilização e educação ambientais. - Caracterização e desenvolvimento de orientações para os espaços verdes e equipamentos de desporto e lazer do município, até meados de 2011. - Implementação da Agência de Energia e Ambiente do Vale do Ave; - Unidade de valorização energética de resíduos (provavelmente via incineração); - Implementação de painéis fotovoltaicos nos locais de aterros selados e na própria CITRUS; - Aproveitamento energético a partir de biomassa (lamas de ETAR, e resíduos verdes); - Recolha de óleos vegetais usados e produção de biodiesel; - Execução de campanhas de sensibilização; - Qualificação do desenvolvimento agrícola e florestal, valorização de activos naturais e tradicionais e desenvolvimento rural. - Organização da oferta e dos recursos turísticos segundo uma lógica de produtos, de complementaridades interterritoriais e de qualificação do emprego e do ambiente. - Sustentação das explorações nos territórios mais desfavorecidos. - Sustentação de valores naturais e paisagísticos. - Valorização dos produtos de ambiente que possam ser transaccionáveis. - Orientação dos agentes produtores para a gestão sustentável dos recursos naturais. - Estímulo a comportamentos ambientais com efeitos positivos adicionais. - Correcção de problemas de natureza ambiental. - Actuação privilegiada em zonas de associadas a riscos de catástrofes naturais. - Utilização inovadora do património rural e natural. 54 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 2.8.3. Desenvolvimento económico de proximidade Esta componente de intervenção do PAISCTP-AVE 2007-2010 corresponde ao diferencial estratégico de “capacitar os territórios de mais baixa densidade demográfica da Região em termos de empreendimento e organização para uma mais eficaz valorização competitiva de recursos endógenos e níveis mais consistentes de coesão territorial”. Isto significa que o contributo da componente do desenvolvimento económico de proximidade para a estratégia global do PAISCTP-AVE assenta nos seguintes princípios fundamentais: - Deve constituir um instrumento de coesão territorial da Região, priorizando investimentos e intervenções nos territórios mais carenciados de iniciativa económica; - Deve contribuir decisivamente para a valorização competitiva de recursos endógenos; - Não pode circunscrever-se a uma dimensão infraestrutural, mas, pelo contrário, combinar essa dimensão com intervenções orientadas para a capacitação organizacional e para a formação de novos agentes empreendedores; - Deve tirar partido da dinâmica de empreendimento implantada nos territórios mais densos do Ave e da capacidade institucional e de produção de conhecimento aí localizada, promovendo parcerias e redes de cooperação com essas instituições. Ponderados os objectivos globais do PAISCTP-AVE e o papel que a componente de desenvolvimento económico de proximidade deve assumir uma concretização desses objectivos, considera-se que a escolha das tipologias pertinentes de projectos e a priorização dos mesmos deve ser regulada pelos seguintes objectivos operacionais: a) Reforçar a capacidade local de incubação de projectos de valorização competitiva e recursos endógenos Trata-se de dotar os territórios de baixa densidade do Ave de capacidade local de incubação de projectos orientados para a valorização competitiva, envolvendo preocupações de: - Aproveitamento de infra-estruturas existentes; 55 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Promoção de condições de formação para o empreendimento; - Criação de sinergias entre diferentes tipos de recursos endógenos, por exemplo, de produtos locais tradicionais e de actividades de turismo rural; - Criação de redes de consultores para acompanhamento e orientação de equipas de projecto; - Combinação de actividades de incubação com propósitos de localização de espaços de acolhimento empresarial de empresas de pequena dimensão. b) Promover e estruturar parcerias com instituições produtoras de conhecimento da Região consideradas pertinentes para a valorização competitiva de recursos endógenos, envolvendo nessas parcerias a participação de capacidade empresarial local. A valorização dos recursos endógenos nos territórios dotados de menor densidade de capacidade empresarial não é apenas penalizada por este facto, mas também pelo facto de tais territórios estarem afastados dos centros de produção de conhecimento mais apetrechados. Neste contexto, a promoção de parcerias com tais centros produtores de conhecimento deve ser apoiada como prática a disseminar, sobretudo pelo potencial de atracção e envolvimento de empresas e novos investimentos que representa. A concretização deste objectivo operacional passa por: - Identificar com rigor os produtos a valorizar; - Definir as operações de valorização de recursos endógenos que exigem a incorporação de conhecimento relevante; - Identificar as fontes de produção desse conhecimento, com prioridade para as instituições regionais do Ave, configurando por essa via o projecto de valorização e o projecto de parceria; - Identificar empresas susceptíveis de participar no projecto e a quota de responsabilidade que lhes cabe assumir no desenvolvimento do mesmo. 56 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE c) Promover processos inovadores de comercialização e distribuição de recursos endógenos A valorização competitiva de recursos endógenos enfrenta frequentemente dificuldades dado o fraco domínio observado das estruturas de comercialização e distribuição, tanto mais visível e acentuado quanto mais se procura mimeticamente optar por fórmulas tradicionais, incompatíveis com a singularidade dos produtos que se pretende valorizar. Este objectivo operacional corresponde a priorizar projectos que apresentem contributos relevantes e inovadores para a viabilização de formas alternativas de comercialização e distribuição de produtos endógenos, consideradas compatíveis com a especificidade de tais produtos. A concretização deste objectivo operacional passa por: - Privilegiar o uso de tecnologia de informação e comunicação devidamente combinadas com soluções organizativas de “back-office” que garantam fluidez e capacidade de resposta de resposta da oferta; - Viabilizar a presença de mostras representativas de produtos endógenos em centros interpretativos da região e em actividades de oferta turística compatíveis com marca “território”. - Promover projectos de comercialização e distribuição que valorizem complementaridades e sinergias entre diferentes famílias de produtos endógenos; - Conceber e operacionalizar projectos que combinem a valorização da cultura e património como activos específicos da Região com a criação de condições alternativas de comercialização e notoriedade de outros produtos locais, como, por exemplo, os articulados com a gastronomia. d) Organizar e operacionalizar acções exploratórias tendentes à promoção de parcerias público-privadas orientadas para a valorização competitiva de recursos endógenos. A promoção de parcerias público-privadas constitui uma das vias mais promissoras para a valorização competitiva de recursos endógenos em contextos sócio-institucionais em que a iniciativa privada é rarefeita e normalmente praticamente concentrada em actividades tradicionais, de baixo valor acrescentado e com baixo conteúdo de inovação. 57 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Neste contexto, as parcerias público-privadas tendem a promover o aparecimento de uma função empresarial colectiva, combatendo por essa via a escassez de empreendimento. Propõem-se que seja atribuída prioridade elevada ao apoio de acções exploratórias configuradas em estudos operacionais e de viabilidade de parcerias duradouras, que desemboquem em negócios viáveis. e) Apoiar a emergência de novos produtos no domínio do turismo rural, orientados para a valorização sinérgica e complementar de diferentes famílias de produtos endógenos. Pretende-se estimular a emergência de novas actividades de turismo rural susceptíveis de contribuir para a criação de novas condições de visibilidade e de notoriedade de produtos endógenos. Trata-se de conceber projectos que valorizem “marcas-território”, envolvendo complementaridades entre diferentes famílias de produtos endógenos. *** A componente de desenvolvimento económico de proximidade não foi plenamente acolhida nas tipologias de contratualização propostas pelo ON2, repartindo-se pela tipologia das áreas de acolhimento empresarial no âmbito do Eixo 1 e pela rubrica de acções integradas de valorização territorial no quadro do eixo 2. No primeiro caso, estamos perante essencialmente acções de (re) qualificação de áreas empresariais existentes, com predomínio de acções imateriais e de reorganização de serviços de acolhimento. A candidatura agora apresentada aposta, para além de alguns projectos municipais, numa candidatura supra-municipal liderada pela ADRAVE, o AVE COMPETE, que procura internalizar a componente imaterial de requalificação de áreas de acolhimento empresarial existentes. No caso das acções integradas de valorização territorial, está sobretudo em causa a valorização de activos específicos no território, com predomínio de acções promovidas pelos municípios com menor densidade demográfica e maior incidência de áreas rurais. 58 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE De qualquer modo, a componente de desenvolvimento económico de proximidade exigirá intervenções suplementares à subvenção global para garantir a sua plena concretização. 2.8.4. Transportes Referenciais de planeamento e política e objectivos específicos de suporte à priorização de projectos Os transportes desempenham um papel de charneira neste Programa enquanto elemento fulcral nas condições de acesso da população a toda a tipologia de serviços de proximidade (e/ ou vice-versa). Esta acessibilidade tem que ser entendida numa dupla perspectiva: por um lado na sua componente mais infra-estrutural, da acessibilidade física, enquanto elemento facilitador das condições de deslocação de pessoas e serviços e, por outro, na perspectiva dos serviços de transporte propriamente ditos, pressupondo componentes infra-estruturais, mas também imateriais e organizacionais. Este papel revela-se tanto mais importante num território afectado por processos de significativo despovoamento, especialmente em espaço rural (como foi possível constatar através das projecções demográficas para o Ave até 2020), fazendo apelo a novas modalidades de provisão de serviços colectivos, assentes mais na qualidade das condições de acesso/ acessibilidade e menos na multiplicação dispersiva de infraestruturas e equipamentos em espaços sem massa crítica de procura, que assegure o seu bom funcionamento e viabilidade. A tónica que se pretende acentuar neste Programa de Acção adquire um grau de importância significativo, uma vez que a emergência do novo período de programação para o período 2007-2013 advoga uma natureza diferenciada dos desafios de desenvolvimento para o domínio das acessibilidades e mobilidade: pretende-se passar progressivamente de uma politica de infra-estruturas para uma política de valorização do sistema de transportes. O racional desta mudança é compreensível. Sabe-se que continuam a observar-se limitações e carências de realizações infra-estruturais em algumas franjas do território da NUTS 3 do Ave. Sabe-se ainda que estas realizações condicionam a oferta (e eficiência) dos serviços de transporte. No entanto, a aposta na concretização de infra-estruturas 59 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE estruturantes não deve ser descontinuada. Deve ser antes entendida como indissociável de uma outra que passa decisivamente pela emergência de uma nova tipologia de intervenções que permitam investir na concepção e fundamentação de uma política inovadora de transportes para este território. Essa política deve envolver a viabilização de novos modelos de inter-modalidade, a compatibilização de lógicas de serviço público com objectivos de racionalização de infra-estruturas, a promoção de modelos supra-municipais para a gestão de transportes escolares, entre outras. Em simultâneo, será imprescindível fomentar e estruturar um pensamento técnico-político indutor de novas soluções organizacionais neste domínio. Porém, de acordo com os grandes referenciais metodológicos para o sector, é inequívoco que não existem soluções estandardizadas para a configuração de novos serviços de transporte, mas sim soluções ajustadas às especificidades e heterogeneidade de cada território. A proposta de objectivos específicos decorre de um conjunto de orientações de política e de planeamento de carácter nacional, regional e sectorial. Desde logo destacam-se o PNPOT e os primeiros contributos já divulgados do PROT-n (ainda em elaboração), bem como diversos documentos orientadores no domínio dos transportes que têm vindo a ser lançados pelo MOPTC para os diversos meios de transporte (apenas faltando conhecer aquele que diz respeito ao modo rodoviário). Simultaneamente, foram tidas em consideração as orientações e princípios de acção do Plano de Acção Ave 2007-2013. Como não podia deixar de ser, concedeu-se especial atenção aos Programas Operacionais com maior relevância no domínio dos transportes (destacando-se o ON.2 e o PO da Valorização Territorial) e aos Regulamentos Específicos já disponíveis que contemplem acções neste âmbito sectorial, nomeadamente: o Regulamente Específico (RE) para a Mobilidade Territorial, o RE para as Redes e Equipamentos Nacionais de Transportes e ainda os três RE para os três eixos da Política de Cidades POLIS XXI (Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano, Parcerias para a Regeneração Urbana e Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação). As operações a apoiar no âmbito destes regulamentos enquadram-se, na sua maioria, no Eixo 4 do ON.2 – Qualificação do Sistema Urbano, embora algumas das operações previstas em três destes regulamentos possam ainda aceder a co-financiamentos inscritos nos Eixos Prioritários I, VII e IX do PO da Valorização Territorial 60 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE (respectivamente, Redes e Equipamentos Nacionais de Transportes, Infra-estruturas para a Conectividade Territorial e Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional). Quer isto significar que as acções que podem ser enquadradas nestes instrumentos de financiamento transcendem uma simples candidatura à contratualização (no caso dos transportes, embora não enquadráveis no Eixo 3 do ON.2, constituem-se como um domínio relativamente ao qual os municípios e a AMAVE desejam contratualizar intervenções através do Eixo 4 do ON.2). Daí se ter optado por fazer uma distinção entre as propostas de projectos a englobar no PAISCTP e uma outra proposta de projectos de intervenção que corporize as oportunidades de co-financiamento identificadas no Plano de Acção Ave 2007-2013. Os objectivos específicos a adoptar no domínio sectorial dos transportes para este Programa de Acção para o Vale do Ave devem partir, não só das carências identificadas em sede de diagnóstico, mas também das orientações de política e de planeamento que emanam dos referenciais estratégicos agora enunciados. Importa referir que, de uma forma global, o contributo da componente dos transportes (de proximidade) para a estratégia global do PAISCTP Ave deverá assentar na prossecução de uma maior coesão territorial da Região (priorizando investimentos e intervenções nos territórios mais carenciados). Adicionalmente, não se deve circunscrever a uma dimensão infraestrutural, mas antes combinando esta componente com o investimento crescente na componente imaterial e organizacional. Assim, considera-se que a escolha das tipologias pertinentes de projectos e a priorização dos mesmos deve ser regulada pelos seguintes objectivos específicos: a) Progressão dos níveis de acessibilidade e segurança intra-regionais, articulando as redes nacional, regional e municipal com os eixos estruturantes Este objectivo visa a melhoria da conectividade entre as redes nacional, regional e municipal e os eixos estruturantes, de uma forma mais rápida e segura. A concretização deste objectivo específico passa pela seguinte tipologia de projectos: - Requalificação/ beneficiação de eixos viários (da rede principal ou secundária) definidos no PROT-n como prioritários a nível regional; 61 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Construção ou beneficiação de eixos ou troços de estrada com importância supramunicipal que contribuam para a organização de uma malha viária regional estruturada e coesa; - Intervenções que visem promover a segurança e reduzir a sinistralidade rodoviária (redução de pontos negros); - Beneficiação/ requalificação das acessibilidades a infra-estruturas aeroportuárias, logísticas e áreas de concentração empresarial. b) Desencravamento dos territórios mais marginais (com défices de acessibilidade significativos), através de uma política selectiva de requalificação e beneficiação da malha viária municipal/ local (de proximidade) Este objectivo enquadra todas as intervenções na rede viária de proximidade, possibilitando níveis de acessibilidade equitativos a todas as franjas do território do Ave. Privilegia-se o princípio da coesão territorial. A tipologia de projectos a enquadrar neste objectivo são as seguintes: - Construção, beneficiação ou conservação da rede viária municipal de capilaridade (e de proximidade), que poderá assumir a forma de um “pacote” alargado subregional de intervenções englobando as acções propostas pelos municípios que correspondam ao objectivo de integrar territórios mais isolados; - Intervenções que visem promover a segurança e reduzir a sinistralidade rodoviária (redução de pontos negros). c) Promoção da mobilidade urbana e o descongestionamento dos centros urbanos e suas periferias Para consolidar a sustentabilidade, a qualidade de vida e a competitividade dos principais centros urbanos é necessário melhorar a acessibilidade urbana (e nos território envolventes por eles organizados) e progredir na oferta dos serviços de transporte público urbano e interurbano. Serão considerados projectos das seguintes tipologias: 62 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Construção de variantes a centros urbanos que contribuam para o reordenamento dos diferentes níveis da rede viária; - Promoção da mobilidade sustentável e de modos de transporte alternativos, através da construção de redes de ecopistas, ciclovias, corredores pedonais e da implementação de programas que visem melhorar os níveis de acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida; - Renovação de material circulante de transporte, com vista à melhoria da eficiência energética das frotas das empresas municipais e serviços municipalizados de transporte de passageiros - Soluções inovadoras de transporte colectivo e micro-logística em meio urbano, como sistemas ferroviários ligeiros e ultra-ligeiros; - Intervenções que visem promover a segurança e reduzir a sinistralidade rodoviária intra-urbana, bem como sistemas de controlo de tráfego rodoviário e de passageiros; - d) Protecção contra o ruído gerado na rede rodoviária em meio urbano e suburbano Reforço da intermodalidade entre os diversos meios de transporte (rodoviários, ferroviário e formas ambientalmente mais sustentáveis – corredores cicláveis, vias pedonais, etc…) Visando o desenvolvimento sustentável do Vale do Ave e a eficiência do sistema global de transportes nesta região, este objectivo específico advoga a intermodalidade como processo para alcançar esta meta. Cabem neste objectivo operacional as variadas tipologias de projecto: - Planos e estudos intermunicipais estratégicos de transporte, designadamente os que fomentem a articulação entre os diferentes modos de transporte, a racionalização do sistema e a minimização dos custos de investimento e exploração; - Construção/ beneficiação de Centros Coordenadores de Transporte; 63 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Construção de parques de estacionamento que favoreçam a intermodalidade e a libertação de espaço público para modos de transporte mais sustentáveis ou a acessibilidade aos transportes públicos (por exemplo a criação de corredores “bus”); - Requalificação/ beneficiação de infra-estruturas de transporte ferroviário que englobem também sistemas inovadores de controlo de frequência, de cumprimento de horários e de material circulante, tornando-o um meio de transporte mais atractivo e competitivo; - e) Requalificação da rede secundária de aeródromos. Desenvolvimento de ofertas inovadoras e/ ou mais eficazes de transporte público e escolar em territórios de baixa densidade Finalmente, com este último objectivo específico pretende-se dotar os territórios com menores níveis de integração na região de acessibilidade às redes de transporte regionais, procurando e desenvolvendo soluções inovadoras e sustentáveis. A concretização deste objectivo passa por: - Elaboração de estudos ou planos integrados destinados a melhorar as condições de mobilidade em áreas rurais, articulada com o sistema global de transportes e acessibilidades da região; - Promoção de soluções inovadoras de transporte colectivo em áreas de baixa densidade, que contemplem, entre outros, estruturas de prestação de serviços de transporte público personalizado, utilização de colectiva de transporte público individual, racionalização da oferta de transportes públicos em articulação com a rede de transportes escolares, redes cicláveis, (…). *** A componente dos transportes só parcialmente foi acolhida nas tipologias de contratualização propostas aos municípios, pelo que dos objectivos anteriormente apresentados vingaram os seguintes domínios de projectos: intervenções em variantes 64 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE urbanas com reflexos na conectividade, operações pontuais de requalificação de estradas municipais e nacionais, prioridade às intervenções de supressão de pontos negros rodoviários, operações de mobilidade urbana sustentável e iniciativas pioneiras no desenvolvimento de soluções inovadoras para transportes em meio rural. 2.8.5. TIC de proximidade e modernização administrativa Este referencial configura uma perspectiva transversal de inovação no modo como a prestação de serviços de proximidade e a valorização associada da cidadania podem ser equacionadas sobretudo num território que apresenta níveis fortemente diferenciados de densidade e de iniciativa. Trata-se ainda de potenciar o elevado capital de recursos e de conhecimento existente na Região do Ave (Universidade do Minho), aliás materializado numa gama diversificada de projectos em curso, envolvendo o domínio das TIC. A criação, por via das TIC, de novas condições de prestação de serviços de proximidade, particularmente nos territórios mais rarefeitos e de mais baixa densidade, pode ainda constituir um veículo privilegiado de reforço da coesão intra-territorial. A concretização deste referencial passa pela formulação de projectos que respondam aos seguintes objectivos operacionais: a) Dotação dos territórios de mais baixa densidade no Ave de condições infraestruturais de rede de banda larga similares às existentes nos territórios demograficamente mais dinâmicos. Trata-se de assegurar uma condição necessária em termos infraestruturais, de modo a tornar possível a viabilização de um programa mais vasto AVE DIGITAL, que cubra com igualdade de oportunidades todo o território do AVE. É necessário, neste domínio, operacionalizar todas as diligências em curso no sentido de aproveitar infra-estruturas de banda larga já existentes, propriedade de empresas públicas ou público-privadas que, pelo seu insuficiente grau de aproveitamento possam ser utilizadas para esse objectivo, no âmbito de acordos e/ou protocolos territorializados. 65 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE b) Desenvolvimento de projectos demonstradores de novas soluções tecnológicas susceptíveis de assegurar uma dimensão supra-municipal e de acolher novas tipologias de serviços de proximidade, preferencialmente com génese supramunicipal. A concretização deste referencial estratégico exige um esforço deliberado e organizado de desenvolvimento de plataformas tecnológicas inovadoras, de natureza experimental, que possam funcionar como acções de demonstração de projectos “exemplares”, susceptíveis de ser configurados como “benchmarking” de iniciativas municipais. c) Conceber projectos em cooperação com serviços públicos desconcentrados e em articulação com processos de reorganização administrativa local (com alteração de estruturas de back-office) geradores de novas condições de acesso de populações a serviços públicos. Este objectivo operacional aponta para a dinamização de projectos que combinem processos de reorganização de serviços com criação de novas condições de acesso de cidadãos a esses serviços por via do recurso à utilização de TIC, combinando lógica de “front-office” e de “back-office”. d) Adaptação e/ou focagem de projectos em curso de modernização administrativa local segundo uma lógica de serviços de proximidade. A natureza inovadora da programação de proximidade exige que alguns dos municípios realizem processos de focagem e ajustamento de programas mais amplos de modernização e reorganização administrativas no sentido de orientar algumas das acções previstas para a lógica de serviços de proximidade. Neste contexto, considera/se a relevância do Programa VALE DO AVE REGIAO DIGITAL, bem como o PROGRAMA FORMAÇÃO AUTÁRQUICA 2015, documentos que se reconhece deverão balizar as opções de intervenção, no domínio da criação de uma Sub/Região Digital, com uma aposta forte na modernização dos Serviços Municipais, e da formação dos Trabalhadores dos Municípios e das Freguesias, para se conseguir uma Administração Autárquica Amiga do Cidadão. 66 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE *** Este objectivo foi largamente reconhecido nas tipologias de contratualização propostas, com representação no eixo 1 e no eixo 5, cabendo ao projecto VARD 2015 assumir a componente supra-municipal que marca a presente candidatura. 67 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PTD AVE 2015 NA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A REGIÃO NORTE Nota preliminar Tal como foi referido no capítulo introdutório deste documento, os trabalhos de planeamento que conduziram ao PTD Ave 2015 (que antecederam longamente o convite para a apresentação de PTD publicado pela CCDRN) acompanharam em permanência o desenvolvimento da visão estratégica para o Norte de Portugal construída no contexto da preparação da incidência do QREN na Região. O primeiro exercício que foi realizado consistiu na análise de complementaridades com os trabalhos do Norte 2015, realizado em simultâneo com a análise dos materiais preparados a nível nacional para a concepção do QREN. Seguiu-se a contextualização dos trabalhos do PTD 2015 no âmbito do PO Regional, entretanto publicado, e dos restantes programas do QREN, na sequência aliás das recomendações realizadas pelo Exmo. Senhor Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, que aconselhou os Municípios a elaborarem o seu PTD no quadro abrangente das oportunidades abertas pelo novo período de programação. Em simultâneo com a contextualização do PTD no âmbito do PO Regional, prosseguiram os trabalhos de ponderação atenta dos materiais publicados pela CCDRN em matéria do Pacto Regional para a Competitividade do Norte de Portugal (e das suas diferentes agendas, algumas das quais com forte interacção com as problemáticas centrais do PTD Ave 2015). Paralelamente, os Municípios do Ave participaram activamente, através da AMAVE, no estudo “Reinventar o Turismo no Minho”, significando essa participação que a valorização dos recursos turísticos da nova NUTS III está ponderada do ponto de vista de um destino turístico mais global, identificado com a procura de uma coerência para o Minho Turístico (NUTS III do Minho-Lima, do Cávado e do Ave). Por todas estas razões, pode concluir-se que os trabalhos de elaboração do PTD Ave 2015 foram desenvolvidos em coerência com a concepção e programação de uma visão estratégica para o Norte de Portugal, circunstância que evidencia, por um lado, o espírito 68 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE construtivo do associativismo inter-municipal no território do Ave e, por outro, traduz o facto das problemáticas de desenvolvimento do Ave serem questões centrais no desenvolvimento da Região e do próprio País. É este último ponto que desenvolveremos na secção seguinte. PTD Ave 2015: Combater problemas nacionais e regionais à escala do território da NUTS III Os trabalhos do PTD Ave 2015 e todo o processo de preparação do período de programação 2007-2013 foram conduzidos sob a percepção de que o território do Ave deveria promover a transformação do seu modelo de crescimento e acelerar o seu processo de ajustamento estrutural: de um período com forte capacidade de criação de emprego desqualificado e reprodutor das baixas condições de instrução da população activa deveria passar-se a um outro modelo caracterizado pela criação de emprego de emprego mais qualificado e com mais intensidade de conhecimento, embora a ritmos menos elevados. Mais ainda, foi reconhecido que essa transição, que está em curso, é lenta, socialmente penosa, exigindo por isso uma forte prioridade de intervenção nas condições de almofada social que é necessário criar para gerir em condições de coesão social aceitáveis esse ajustamento. Foi esse entendimento que presidiu à escolha do lema do novo período de programação: “Ave 2015 território de inovação e conhecimento e de responsabilidade social”. Mas acontece que o ajustamento estrutural para um novo modelo de crescimento constitui simultaneamente um problema regional (Norte de Portugal) e um problema nacional. Na verdade, o ajustamento de que se fala atinge uma faixa significativa do sistema produtivo nacional, o qual está fortemente representado no território da NUTS III. Daí a percepção de que ganhar esta batalha no Ave constituirá um contributo fundamental para ultrapassar essas questões a nível regional e nacional. O que é importante reconhecer é que esse ajustamento estrutural se concretiza no Ave numa situação global bastante diferente da que caracterizou a NUTS III em períodos de programação anteriores. De facto, a uma região estigmatizada na sua imagem pela situação global de crise industrial sucedeu uma outra, de natureza dual, em que as 69 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE experiências bem sucedidas de inovação e de ganhos de posição na economia global coexistem com processos de supressão de empregos e de ajustamento às oportunidades e ameaças da globalização. Ora, também aqui, temos uma convergência plena entre a situação actual vivida no Ave e a transição da economia regional do Norte. O PTD Ave 2015 e a sua extensão eminentemente municipal que a proposta de contratualização e de subvenção global constituem procuram situar intervenções que contribuam decisivamente para encontrar no território uma nova base de competitividade (o alinhamento com a primeira fase dos trabalhos do Norte 2015 é total), sempre com a ponderação dos níveis de coesão politicamente e socialmente aceitáveis. A agenda social não está representada na segunda fase dos trabalhos do Norte 2015, pois que se trata de um pacto para a competitividade, mas a NUTS III através da articulação do PTD com a agenda do potencial humano ao nível do QREN integra perfeitamente essa preocupação. A articulação com os trabalhos iniciais do Norte 2015 é manifesta, tendo em conta o seu objectivo global /visão e os seus principais objectivos estratégicos, tal como pode ser observado através do quadro seguinte: 70 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE NORTE 2015 – A Região Norte será, em 2015, capaz de gerar um nível de produção de bens e serviços transaccionáveis que permita recuperar a trajectória de convergência a nível Europeu, assegurando, de forma sustentável, acréscimos de rendimento e de emprego da sua população e promovendo, por essa via, a coesão económica, social e territorial Prioridade Estratégica Relevância no contexto do território Ave Forte Média Leitura e contributos do território à luz dos Objectivo Estratégicos Fraca A concentração no território do “core” nacional de sectores tradicionais (têxteis, vestuário e calçado) com fortes necessidades de incorporação de valor nas diversas fases do processo produtivo e incorporação de factores dinâmicos de competitividade (intensificação tecnológica e inovação, design, distribuição, comercialização, marca,…), com vista a assegurar/recuperar a sua competitividade nos mercados internacionais, não delapidando o capital de conhecimento tácito acumulado no território. Prioridade I: NORTE Promover Tecnológica Regional a da Intensificação Base Produtiva ITEC @ Presença assumida do território do Vale do Ave no Sistema Nacional de Inovação, não só pela presença dos centros de excelência de I&D da Universidade do Minho, pela localização do AVEPARK e do futuro Centro Europeu em Engenharia de Tecidos, mas também por alguns exemplos de empresas de excelência em termos de inovação e com fortes esforços de I&D e relacionamento com centros de investigação (que tendem a ultrapassar a escala sub regional do território Vale do Ave. Apesar de ainda incipiente, potencial de disseminação de spin-off’s e iniciativa em domínios de forte base tecnológica, quer de suporte à intensificação tecnológica da base produtiva existente quer de diversificação económica em sectores emergentes e de aposta na região Norte (spearhead), tais como TICs e electrónica, equipamentos de saúde, novos materiais. 71 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Relevância no contexto do território Ave Prioridade Estratégica Forte Média Leitura e contributos do território à luz dos Objectivo Estratégicos Fraca Necessidade de desenvolvimento/solidificação de parcerias público - privadas e privado-privado no sentido de rentabilizar externalidades resultantes do desenvolvimento de eficiência empresarial colectiva (partilha de conhecimento, infraestruturas, associativismo), apresentando visíveis lacunas derivadas da fragmentação empresarial e associativa e falta de capital social. Sendo um problema nacional, é particularmente visível no Vale do Ave e no universo da sua base empresarial. Logística e reforço da acessibilidade a mercados internacionais. Distribuição de energia. Prioridade II : Norte SCORE Assegurar, sustentadamente, competitividade regional a @ Fortes necessidade de combate ao abandono escolar, precoce e antecipado do sistema de ensino, a par da formação contínua, qualificação, certificação de competências e aprendizagem ao longo da vida. Não obstante as boas acessibilidades viárias actuais (Aes e Ics) intra e inter Vale do Ave, é ainda presente um défice de acessibilidade entre alguns pólos urbanos e intra centros urbanos sub regionais. Necessidades de reforço e intensificação das redes e infraestruturas de banda larga e acessibilidade digital, com algum atraso, no contexto de dificuldades de aprovação e andamento do projecto “Vale do Ave – Região Digital”, importante ao nível da dinamização infraestrutural e imaterial do acesso generalizado às TIC. Presença de centros urbanos e “cidades médias” consideráveis e estruturantes, com concentrações de terciário superior e com forte potencial económico e turístico (Guimarães e Vila Nova de Famalicão) cujo mote de intervenções futuras deverá assumir o seu papel e potencial de competitividade. 72 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Relevância no contexto do território Ave Prioridade Estratégica Forte Média Leitura e contributos do território à luz dos Objectivo Estratégicos Fraca Dinâmicas territoriais diferenciadas no interior do Vale do Ave, onde coexistem pólos urbanos estruturantes e de importante peso económico e demográfico, juntamente com centros da “rede complementar”, mais interiorizados e com fortes traços rurais e florestais Dificuldades ao nível do acesso a equipamentos sociais e serviços públicos nos territórios mais interiorizados e mais envelhecidos do Vale do Ave. Prioridade III : Norte EQUALITY Promover Territorial. a Inclusão Social e @ Níveis ainda crescentes de destruição de emprego com baixas qualificações e eminente intensificação de problemas de inclusão e equidade social, despoletando fortes necessidades de promoção de empregabilidade, inserção de desempregados, grupos de risco (toxicodependência, alcoolismo) Ainda significativos problemas ambientais na região, relacionados nomeadamente e ainda com a poluição do Rio Ave e alguma desqualificação territorial. Necessidades de valorização do potencial de recursos locais endógenos, como o artesanato, não só ao nível da dinamização económica mas também ao nível da empregabilidade, do combate à exclusão e envelhecimento activo. Necessidades de qualificação e organização de produtos turísticos numa lógica sub regional integrada, transformando recursos em produtos (ex: arqueologia industrial, recursos naturais e paisagísticos). 73 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE O PTD Ave 2015 no âmbito das agendas prioritárias do Pacto Regional de Competitividade No quadro seguinte, apresenta-se uma análise sucinta das interacções e complementaridades, graduadas consoante a sua importância em termos de cor mais escura e cor mais clara. Conforme é possível confirmar, as apostas do PTD e os referenciais estratégicos da intervenção no domínio dos serviços de proximidade alinham com as agendas prioritárias do Pacto Regional para a Competitividade, evidenciando que a abrangência do PTD é sensivelmente mais significativa do que a representada pelos domínios a submeter ao processo de contratualização. Continua, porém, a observar-se dificuldades de articulação na área social, já que o Pacto Regional para a Competitividade não pode, compreensivelmente, abranger essas matérias e essa problemática está fortemente representada na intervenção para a NUTS III Ave. 74 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS ESTRATÉGICAS PTD DO AGENDAS PRIORITÁRIAS DO PACTO REGIONAL PARA A COMPETITIVIDADE Inovação Internacionalização Clusters regionais Empregabilidade Energia Redes Regionais de Serviços de suporte à competitividade Região Sustentável A. Promover estratégias empresariais de diversificação e de maior conteúdo de emprego qualificado e inovação tecnológica B. Reforçar o AVE no Sistema Nacional de Inovação e na rede de centros de excelência científica e tecnológica europeia C. Promover estratégias empresariais de diversificação e de maior conteúdo de emprego qualificado e inovação tecnológica D. Metas ambiciosas em matéria de combate ao insucesso e abandono escolares e de projectos territoriais de interacção entre a Escola e o meio E. Ave: um território de referência no plano nacional e europeu nos domínios da economia social e do seu contributo para a inclusão e qualificação de emprego 75 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE APOSTAS ESTRATÉGICAS PTD AGENDAS PRIORITÁRIAS DO PACTO REGIONAL PARA A COMPETITIVIDADE DO Inovação Internacionalização Clusters regionais Empregabilidade Energia Redes Regionais de Serviços de suporte à competitividade Região Sustentá vel F. Organização da oferta e dos recursos turísticos segundo uma lógica de produtos, de complementaridades interterritoriais e de qualificação do emprego e do ambiente G. AVE: um território de referência na utilização das TIC na qualificação de população vulnerável ao desemprego, na interpretação do território e na valorização da cidadania participativa H. AVE: um sistema (rede) de centros urbanos ecosustentáveis, atractores da criatividade e socialmente coesos I. Qualificação do desenvolvimento agricola e florestal, valorização de activos naturais e tradicionais e desenvolvimento rural 76 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE REFERENCIAIS ESTRATÉGICOS NA ÁREA DOS SERVIÇOS DE PROXIMIDADE AGENDAS PRIORITÁRIAS DO PACTO REGIONAL PARA A COMPETITIVIDADE Inovação Internacionalização Clusters regionais Empregabilidade Energia Redes Regionais de Serviços de suporte à competitividade Região Sustentá vel 1. Contribuir à escala local e das competências municipais para a melhoria dos níveis de qualificação pré-escolar e escolar (ensino básico) da população jovem, proporcionando condições alternativas de inserção na vida activa. 2. Configurar um processo de almofada social eficaz ao ajustamento estrutural que a Região está a atravessar e que irá intensificar-se nos próximos tempos 3. Criar ao nível local condições de qualidade de vida e de fruição cultural compatíveis e potenciadoras de uma transformação decisiva nos níveis de urbanidade da Região 4. Capacitar os territórios de menor densidade demográfica da Região em termos de empreendimento e organização para uma mais eficaz valorização competitiva de recursos endógenos e níveis mais consistentes de coesão territorial. 5. Potenciar a utilização de tecnologias de informação e comunicação na viabilização de novos modelos de prestação de serviços de proximidade e de valorização da cidadania. 77 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 4. PLANO DE INVESTIMENTOS Fundamentação Nota preliminar O Plano de Investimentos que, de seguida, se apresenta, corresponde aos Objectivos do presente PTD do Ave 2015, nos Eixos de Intervenção que constam do Aviso publicado, para o efeito e que, como antes se referiu, resultam de um trabalho intenso, oportunamente, realizado, com a elaboração dos seguintes Documentos: - Plano de Acção do AVE 2007-2013; - PAISCTP do AVE; - AVE COMPETE – Estudo/Plano de Qualificação e Ordenamento Empresarial do Vale do Ave; - Programa VARD 2015 – Vale do Ave Região Digital; - Programa de Formação Autárquica 2015. Como foi devidamente evidenciado, o AVE pretende ser, em 2015, uma Sub-Região de Conhecimento e Inovação e um Território de Responsabilidade Social. Por isso, o enorme esforço que os Municípios do Ave pretendem fazer, quer com recursos próprios, quer com as oportunidades que os vários Programas do QREN lhes possa proporcionar, quer, ainda, com o recurso a PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADOS. Por forma a cumprir, por um lado, o que foi sugerido pelas orientações da Comissão Ministrial de Coordenação dos PO Regionais, e por outro aquilo que são as aspirações da NUTS III Ave e respectivos municípios, optou-se por apresentar o plano de investimentos em duas versões (de referir que neste capítulo será abordada apenas a primeira variante, atendendo somente aos valores de co-financiamento FEDER): 78 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - A variante 1 (ANEXO 1 a este documento) que corresponde a um modelo em que os projectos propostos a contratualização respeitam os limites impostos à NUTS III e aos municípios em termos de investimento elegível proposto pela Comissão; - A variante 2 (ANEXO 2 a este documento) que corresponde às efectivas necessidades de investimento definidas pelo PTD Ave 2015 e pelas carências identificadas e que ultrapassam os referidos limites, pelo que constituem uma base para uma negociação possível com a autoridade de gestão do ON2; essa ultrapassagem dos limites do investimento nelegível atribuído à NUTS III Ave respeita sobretudo aos eixos 3 e 4. No anexo nº3 a este documento, apresenta-se a síntese dos projectos apresentados correspondentes à variante 1 e a respectiva codificação. No DVD que acompanha a candidatura apresentam-se integralmente as fichas de projectos (estruturantes e todos os restantes) apresentadas pelas diversas entidades. Cabe ainda referir que, nos conteúdos imateriais dos eixos 1 e 5, a proposta de contratualização do AVE 2015 aposta sobretudo em projectos supra-municipais a promover e liderar pelo VARD 2015 com ampla participação dos municípios. Sabe-se ainda que a CCDRN optou por lançar o convite às propostas de contratualização segundo um modelo fixo de tipologias de projectos constantes dos diferentes eixos do PO Regional aplicável em todas as NUTS III potencialmente interessadas. Quer isto significar que foi necessário adaptar os trabalhos de fundamentação estratégica ao novo quadro de oportunidades de contratualização definido pela CCDRN, verificando em que termos as prioridades de intervenção estratégica definidas para o território do AVE têm acolhimento na tipologia de projectos por eixo do PO que a contratualização proporciona. Esse exercício é realizado através da elaboração de duas matrizes que constam das páginas seguintes, nas quais se identificam as complementaridades fortes e fracas que se verificam entre as tipologias da contratualização e, respectivamente, as apostas estratégicas do PTD Ave 2015 e os referenciais estratégicos para os serviços de proximidade. 79 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Conforme é fácil observar, os domínios da inovação e da excelência tecnológica, por um lado, e os da coesão social, por outro, constituem os domínios menos cobertos pelas oportunidades de contratualização. Daqui decorre a necessidade de monitorizar com atenção a participação do território noutros domínios do PO Regional e dos PO temáticos. TIPOLOGIAS CONTRATUALIZAÇÃO APOSTAS ESTRATÉGICAS DO PTD AVE 2015 A B C D E F G H I Áreas de Localização Empresarial Criação e divulgação de conteúdos e serviços online Acções integradas de valorização territorial Ciclo urbano da água Resíduos sólidos Requalificação da rede escolar de 1º Ciclo e Préescolar Variantes a centros urbanos Planos de mobilidade urbana sustentável Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Acções piloto de valorização integrada da rede e sistemas de transportes colectivos em meio rural Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Operações de racionalização dos modelos de organização e gestão da administração pública Operações no domínio da administração em rede Balcões multi-serviços móveis Projectos/ iniciativas inovadoras e de elevado efeito demonstrativo de valorização regional e local 80 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE TIPOLOGIAS REFERENCIAIS ESTRATÉGICOS NO DOMÍNIO DOS SERVIÇOS DE PROXIMIDADE CONTRATUALIZAÇÃO REFERENCIAL 1 REFERENCIAL 2 REFERENCIAL 3 REFERENCIAL 4. REFERENCIAL 5. Áreas de Localização Empresarial Criação e divulgação de conteúdos e serviços online Acções integradas de valorização territorial Ciclo urbano da água Resíduos sólidos Requalificação da rede escolar de 1º Ciclo e Préescolar Variantes a centros urbanos Planos de mobilidade urbana sustentável Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Acções piloto de valorização integrada da rede e sistemas de transportes colectivos em meio rural Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Operações de racionalização dos modelos de organização e gestão da administração pública Operações no domínio da administração em rede Balcões multi-serviços móveis Projectos/ iniciativas inovadoras e de elevado efeito demonstrativo de valorização regional e local 81 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Apresentam-se, de seguida, algumas notas de introdução às tipologias de projectos submetidas ao processo de contratualização e à sua articulação com os referenciais estratégicos do PTD Ave 2015, nos seus termos gerais e na focagem realizada para os serviços de proximidade. Operações no âmbito das áreas de localização empresarial (Eixo 1) Trata-se de uma tipologia fundamental sobretudo para os municípios com menor densidade de empreendimento industrial, só apresentando candidaturas os municípios com essas características, o que traduz a eficácia da concertação municipal que preside a esta proposta de contratualização. A qualificação e dotação de condições de gestão e de software de funcionamento destas áreas de acolhimento são, para estes municípios, peças fundamentais do que se designa neste trabalho de desenvolvimento económico de proximidade, dada a sua relevância para a criação de condições de fixação de emprego. Esta componente integra ainda uma candidatura de âmbito supra-municipal promovida pela ADRAVE (AVE Compete), circunstância que reforço o teor da concertação intermunicipal que preside à presente proposta. Como se poderá constatar no ponto 4.2 este é um dos projectos estruturantes do PTD do Ave 2015. A importância deste tipo de projectos justifica que os Municípios apostem na sua inclusão na primeira fase da programação 2008-2010 e não na segunda conforme a proposta inicial da CCDRN o sugere. Operações no âmbito da criação e divulgação de conteúdos e serviços on line (Eixo 1) Esta tipologia de projectos encaixa fortemente na aposta estratégica de transformar o Ave numa região de excelência em matéria de utilização das TIC e na sua utilização como 82 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE instrumento de criação de novas condições de prestação de serviços às populações designadamente em áreas de baixa densidade. A proposta de contratualização abrange uma forte componente de investimento supramunicipal potenciando a grande experiência da AMAVE nesta matéria, como é ilustrado pela candidatura aprovada ao SAMA. Convém referir que, por este facto, os municípios abdicaram de apresentar candidaturas, privilegiando a sua participação no projecto estruturante de âmbito supra-municipal Sociedade do Conhecimento – Especificidades locais, promovido pelo VARD 2015. Operações no âmbito das acções integradas de valorização territorial (Eixo 2) No âmbito da estratégia do PTD Ave 2015, estes projectos desempenham um papel essencial na promoção do desenvolvimento económico de proximidade e na valorização de activos específicos regionais que favoreçam a criação de novas condições de aglomeração de actividades económicas em territórios desprovidos de capacidade industrial. Trata-se, assim, de um conjunto de projectos focados no alargamento da base territorial de competitividade do território Ave, fazendo com que em 2015 outros territórios possam perfilar-se como áreas económicas competitivas, correspondendo à aposta do PO Regional ON2 na valorização de novos activos específicos (como por exemplo as actividades de ourivesaria e o recurso floresta). As candidaturas são apresentadas essencialmente por municípios com menor densidade de actividade e de emprego industrial, o que confirma o teor da concertação realizada. Talvez por isso se perceba que o investimento proposto para esta tipologia fica muito aquém da verba disponibilizada para esta NUTS. Operações no âmbito do ciclo urbano da água e dos resíduos sólidos (Eixo 3) 83 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Sobretudo no domínio do ciclo urbano da água, esta tipologia corresponde a um elevado esforço de investimento municipal neste território, orientado não só para complementar esforços realizados no domínio dos investimentos em alta, mas também para ir promovendo o grande esforço de urbanidade que o território necessita para alterar a sua imagem. Este esforço de investimento corresponde, por um lado, à necessidade de corrigir em termos de qualidade de vida indicadores de satisfação que se encontram ainda abaixo do aceitável e traduz, por outro, o lançamento de um novo ciclo de urbanidade, que faz parte intrínseca da visão para a Região, ultrapassando os estigmas de imagem que a dispersão, o difuso industrial e humano e a própria descoordenação do planeamento geraram no passado para este território. Compreende-se, por isso, que os investimentos apresentados excedam os limites do cofinanciamento previsto, mas trata-se de uma condição indispensável de alinhamento pela onda de inovação que a região está a promover nos domínios de base tecnológica. Operações no âmbito da requalificação da rede escolar do 1º ciclo e pré-escolar (Eixo 3) Trata-se de uma intervenção central na estratégia do PTD Ave 2015 tal como é reconhecido pela generalidade dos estudos e diagnósticos estratégicos disponíveis. A batalha da qualificação humana escolar é simultaneamente local, regional e nacional, pelo que se compreende a centralidade destes referenciais no PTD Ave 2015, correspondendo a um investimento de todos os municípios desde os de maior densidade demográfica até aos que têm em curso processos profundos de reorganização da rede escolar. Operações no âmbito de acções de promoção da mobilidade urbana (Eixo 4) 84 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Tal como se observa no domínio do ciclo urbano da água, também aqui se trata de criar condições para um novo ciclo de urbanidade, com evidência de que o território está empenhado em encontrar soluções de sustentabilidade para a mobilidade de pessoas. Observa-se pelas candidaturas apresentadas que está a emergir um novo ciclo de investimentos nesta matéria. Outro domínio que importa destacar é a componente da segurança rodoviária que constitui uma componente indispensável de um novo ciclo de urbanidade, sobretudo num território em que a densidade de fluxos intra-território e com o exterior é por demais conhecido. Operações no âmbito das acções piloto de valorização integrada da rede e sistemas transportes colectivos em meio rural (Eixo 4) O território do Ave responde selectivamente a esta nova tipologia de projectos, vertendo para o PTD Ave 2015 a perspectiva desenvolvida na focagem dos trabalhos de planeamento para as áreas de baixa densidade. A proposta de contratualização aposta sobretudo na extensão a nível de todos os municípios de uma experiência pioneira e piloto desenvolvida pelo Município de Fafe que assim confirma a sua missão de charneira entre os territórios industrialmente mais densos de Guimarães, de Vila Nova de Famalicão e de Vizela e os municípios de maior predominância rural de Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho. Operações no âmbito da qualificação dos níveis de serviço da rede de estradas nacionais e municipais (Eixo 4) 85 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE O território do Ave apresenta actualmente excelentes condições de conexão com os principais centros urbanos da Região Norte e com os principais eixos viários de conexão internacional da Região. Em estreita articulação com a tipologia de projectos respeitantes à mobilidade urbana sustentável, trata-se neste caso de gerar melhorias de serviço que permitam melhorar as condições de mobilidade intra-território, potenciando o esforço de investimento regional entretanto realizado. Trata-se de investimentos fundamentais para, progressivamente, o território passar de uma política de infra-estruturas viárias a uma política de transportes regionais, racionalizando o sistema de fluxos intra-território e promovendo a conectividade entre os territórios mais densos e os territórios de mais baixa densidade. Operações no âmbito da modernização do governo electrónico e da melhoria da relação das empresas e dos cidadãos com a Administração Desconcentrada e Local (Eixo 5) Trata-se de um domínio em que a proposta da contratualização investe sobretudo em projectos de natureza supra-municipal prolongando a experiência da AMAVE nestes domínios e potenciando sobretudo a criação do VARD 2015. Esta tipologia de projectos corresponde a um instrumento adicional na concretização da aposta estratégica do PTD Ave 2015 de transformar o AVE “num território de referência na utilização das TIC na qualificação de população vulnerável ao desemprego, na interpretação do território e na valorização da cidadania participativa” e do referencial estratégico de “potenciar a utilização de tecnologias de informação e comunicação na viabilização de novos modelos de prestação de serviços de proximidade e de valorização da cidadania”. É no seguimento desta estratégia que surge o projecto estruturante Modernização Administrativa 3, promovido pelo VARD 2015. 86 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Projectos /iniciativas inovadoras de elevado efeito demonstrativo de valorização regional e local em termos de capacitação institucional (Eixo 5) O PTD Ave 2015 aposta decisivamente em dois projectos de elevado potencial demonstrativo (considerados por isso estruturantes). Em primeiro lugar, pretende-se transformar em iniciativa supra-municipal o projecto apresentado pelo município de Guimarães na área do empreendedorismo social, que consubstancia a mobilização de conhecimento e experiência de promoção do empreendimento no AVE Park e na sua extensão a actividades social carenciadas de espírito de iniciativa. Em segundo lugar, o projecto de criação de Casas do Conhecimento em cada um dos Municípios, que constituem extensões da presença da Universidade do Minho no novo território do Ave, constitui na perspectiva da presente proposta, um instrumento de difusão de conhecimento a todo o território, respondendo por essa via ao desejado efeito de demonstração. Projectos estruturantes No ponto anterior fez-se referêcia, de forma sucinta, a alguns dos projectos considerados estruturantes neste Plano Territorial de Desenvolvimento do Ave 2015. No entanto, e por forma a cumprir os requisitos do convite, optou-se por apresentar neste capítulo autónomo os projectos estruturantes. Como se pode ver na tabela seguinte, foram considerados como projectos estruturantes, cinco iniciativas supramunicipais: três propostas do VARD 2015 em consonância com as asprirações municipais nos Eixos 1 e 5 (nomeadamente, nas tipologias de “criação e divulgação de conteúdos e serviços on-line” no Eixo 1, e “operações de racionalização dos modelos de organização e gestão da Administração Pública”, “operações no domínio da Administração em Rede” e “projectos/iniciativas inovadoras e de elevado efeito demonstrativo de valorização regional e local” no Eixo 5), uma proposta da ADRAVE, 87 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE assumida em conjunto com os Municípios e a AMAVE no projecto AVE COMPETE (preenchendo a tipologia “área de acolhimento empresarial” do Eixo 1) e uma última, proposta pelo Município de Guimarães, mas que foi acolhida como um projecto passível de replicação nos restantes municípios, podendo a sua promoção ficar a cargo da futura Comunidade Intermunicipal desta NUTS III (também enquadrado no Eixo 5, na tipologia “projectos/ iniciativas inovadoras e de elevado efeito demonstrativo de valorização regional e local”). Projectos estruturantes propostos no PTD Ave 2015 Eixo 1 Tipologia I.a.1 AVE COMPETE – Qualificar e Ordenar para Competir ADRAVE + AMAVE Eixo 1 Tipologia I.b.1 Sociedade do Conhecimento - Especificidades Locais VARD 2015 Eixo 5 Tipologia V.a.1 e 2 Modernização Administrativa - 3 VARD 2015 Eixo 5 Tipologia V.b.1 Casas do Conhecimento VARD 2015 Eixo 5 Tipologia V.b.1 Projecto ELO-V – Empreendedorismo Social CMG + Futura C.I. No DVD anexo a este documento (complemento ao Anexo 3) apresentam-se as fichas de projecto mais pormenorizadas, identificando a entidade responsável pelo arranque e execução, o custo, as fontes de financiamento, prazo de execução, bem como uma descrição mais pormenorizada do projecto. 88 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Programação financeira (variante 1) Neste ponto apresenta-se a proposta de programação financeira do PTD Ave 2015, levando em linha de conta apenas a variante 1, correspondente a um modelo em que os projectos propostos a contratualização respeitam os limites impostos à NUTS III e aos municípios em termos de co-financiamento FEDER proposto pela Comissão. O quadro financeiro é apresentado na sua forma global, abrangendo todos os investimentos elencados pelas diversas entidades que constituem esta NUTS III. No anexo 1 podem ser consultados os planos de investimentos por municípios (se bem, que nesses casos os quadros são apresentados não em valores de co-financiamento FEDER, mas sim na forma de investimento elegível). Como se pode constatar pela análise do quadro seguinte, o plano de investimentos cumpre de forma rigorosa o montante global de co-financiamento FEDER proposto pela Comissão (fica aquém em cerca de 200 €), isto se tivermos em consideração todas as tipologias, com execpção do sector das educação, que foi já assumido pela CCDR-n como um sector a acertar em sede de negociação suplementar. 89 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Programação financeira (para a variante 1) AVE GLOBAL Proposta para Subvenção Global (ON.2) Eixo Prioritário Objectivo Específico Promoção de acções colectivas de desenvolvimento empresarial I. Competitividade, inovação e conhecimento Promoção da economia digital e da sociedade do conhecimento Valorização de novos territórios de II. Valorização económica aglomeração de actividades de recursos específicos económicas III. Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial IV. Qualificação do Sistema Urbano V. Governação e Capacitação Institucional Tipologia/Sub-tipologia a contratualizar Valor FEDER a contratualizar até 2010 Valor FEDER a contratualizar entre 2010-2013 Total GLOBAL FEDER Projectos Municipais + VARD 2015 Variante 1 (FEDER) TOTAL 20082013 Até 2010 2010-2013 Diferença invest. municip/ prop.subvenção global (FEDER) Áreas de acolhimento empresarial I.a.1 0€ 1.797.490 € 1.797.490 € 1.797.508 € 285.657 € 1.511.851 € 18 € Criação e divulgação de conteúdos e serviços on-line I.b.1 4.793.306 € 2.396.653 € 7.189.958 € 7.190.030 € 4.999.106 € 2.190.924 € 72 € Acções integradas de valorização territorial II.a.1 2.995.816 € 2.995.816 € 5.991.632 € 4.747.010 € 2.366.087 € 2.380.923 € -1.244.622 € III.a.1 III.a.2 4.305.287 € 1.205.816 € 3.609.659 € 1.205.816 € 7.914.946 € 2.411.632 € 8.163.046 € 2.022.644 € 4.951.879 € 1.114.841 € 3.211.167 € 907.803 € 248.100 € -388.988 € III.a.3 33.794.317 € 0€ 33.794.317 € 39.983.042 € 39.104.542 € 878.500 € 6.188.725 € IV.a.1 IV.a.2 958.661 € 0€ 958.661 € 958.664 € 958.664 € 0€ 3€ 2.396.653 € 3.594.979 € 5.991.632 € 5.714.891 € 2.370.428 € 3.344.463 € -276.741 € 0€ 10.665.105 € 10.665.105 € 10.958.391 € 4.166.581 € 6.791.810 € 293.286 € 3.594.979 € 0€ 3.594.979 € 3.595.015 € 3.595.015 € 0€ 36 € 3.594.979 € 0€ 3.594.979 € 4.963.627 € 4.085.015 € 0€ 1.368.648 € 57.639.814 € 23.845.497 € 26.265.517 € 26.265.517 € 83.905.331 € 50.111.014 € 90.093.868 € 50.110.826 € 67.997.815 € 28.893.274 € 21.217.441 € 20.338.941 € 6.188.537 € -187 € Ciclo Urbano da água Resíduos sólidos Requalificação da rede escolar do 1º ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar Variantes a centros urbanos Planos de mobilidade urbana sustentável Promoção da Mobilidade Urbana Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Acções piloto de valorização integrada da rede de sistemas de transporte colectivo em meio rural Promoção da Conectividade do Intervenções estruturantes em cais fluviais e vias Sistema Urbano Regional navegáveis Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Modernização do Governo Electrónico Operações de racionalização dos modelos de organização e melhoria da relação das empresas e e gestão da Administração Pública; dos cidadãos com a Administração Operações no domínio da Administração em Rede Desconcentrada e Local Balcões multiserviços móveis Promoção da Capacitação Institucional Projectos/iniciativas inovadoras e de elevado efeito e de Desenvolvimento Regional e demonstrativo de valorização regional e local Local Qualificação dos serviços colectivos territoriais de proximidade Código IV.a.3 IV.a.4 IV.b.1 IV.b.2 IV.b.3 V.a.1 V.a.2 V.a.3 V.b.1 Total Total (s/ sector da Educação) 90 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 5. PLANO DE MONITORIZAÇÃO Nota preliminar Mantendo a linha de coerência com os princípios estabelecidos para o ON2 – O Novo Norte, o plano de monitorização da subvenção global deverá ser tributário do recurso combinado à utilização do sistema de indicadores de realização e resultado e de materiais decorrentes de exercícios de avaliação realizados sobre a execução, resultados e impactes da subvenção global. Quer isto significar que a subvenção global deverá dispor de um sistema de informação de suporte à actuação da sua estrutura técnica de apoio bem como à informação a prestar à sua Comissão de Acompanhamento, cuja composição será proposta no presente capítulo. A existência de um sistema de informação para a subvenção global não significa que ele se sobreponha ao sistema de informação do próprio ON2. Antes pelo contrário, consideramos que o sistema de informação da subvenção global deve usar preferencialmente o recurso ao sistema de informação do ON2, já que constitui uma extensão deste. Há, no entanto, razões para que a estrutura de apoio técnico da subvenção global desenvolva algum trabalho próprio, sobretudo porque a subvenção global constitui uma peça de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento para o Ave, sendo necessário monitorizar também as apostas estratégicas definidas para o PTD Ave 2015 e os referenciais estratégicos definidos para o domínio dos serviços de proximidade. Por isso, na secção 2.6, propusemos alguns indicadores necessários à monitorização do grau de concretização das apostas estratégicas do PTD Ave 2015, cuja construção exige a montagem de um sistema de informação complementar do ON2. Nestas condições, o presente capítulo do Plano de Monitorização integra os seguintes elementos: - Atribuições e proposta de composição da Comissão de Acompanhamento da subvenção global; 91 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Proposta de organização dos trabalhos de avaliação da subvenção global; - Articulação com o sistema de informação do ON2; - Proposta de indicadores e metas de realização e resultado para a subvenção global, designadamente ao nível de indicadores por eixo de intervenção. Atribuições e composição da Comissão de Acompanhamento Embora se admita que as atribuições da Comissão de Acompanhamento da subvenção global devam ser definidas em articulação com a Autoridade de Gestão do ON2, apresenta-se, de seguida, uma proposta preliminar de atribuições e de composição. Assim, a Comissão de Acompanhamento da subvenção global terá, pelo menos, as seguintes funções: - Analisar e emitir parecer sobre os relatórios anuais de execução e relatório final de execução da subvenção global; - Pronunciar-se sobre o grau de cumprimento dos objectivos estratégicos definidos para o PTD Ave 2015 em função do estado de concretização dos projectos submetidos ao processo de contratualização, tendo em conta as metas previamente definidas; - Pronunciar-se sobre os resultados de exercícios estratégicos e operacionais de avaliação realizados sobre a subvenção global; - Propor à Autoridade de Gestão do ON2 eventuais necessidades de revisão da proposta de contratualização, designadamente a preparação do ciclo de realização entre 2011 e 2013; - Emitir parecer sobre o grau de concretização do Plano de Comunicação da subvenção global. 92 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Em matéria de composição da Comissão de Acompanhamento da Subvenção Global Ave 2015, propõe-se a seguinte formulação preliminar (sujeita a acertos com a Comissão de Gestão do PO Regional ON2): - A Comissão é Presidida pelo Gestor da Subvenção Global por delegação do Gestor do PO Regional ON2; - Um elemento da Comissão de Gestão do ON2; - Um representante de cada um dos Municípios envolvidos, representados a nível técnico ou político; - Um representante de cada um dos serviços centrais desconcentrados relacionados com os domínios respeitantes às tipologias constantes do processo de contratualização, a definir após a assinatura do contrato de contratualização; - Dois representantes dos parceiros sociais com representação regional; - Dois representantes das instituições da sociedade civil envolvidas na concretização do PTD Ave 2015; - Um representante da autoridade de certificação do FEDER. Avaliação Independentemente da subvenção global AVE 2015 poder ser objecto de avaliação no âmbito da metodologia de avaliação global do ON2, propõe-se para a subvenção global as seguintes orientações nesta matéria: - Constituição de um painel de 3 avaliadores estratégicos e operacionais da evolução da subvenção global, que funcionará junto do Gestor e da Estrutura de Apoio Técnico; esse painel será composto por: um elemento a indicar pela Gestão da Subvenção global, um elemento a indicar pela CCDRN e outro pela Universidade do Minho; 93 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - Avaliação intercalar de execução correspondente ao período 2008-2010; - Avaliação final de execução 2008-2013; - Avaliação dos domínios que envolvem a intervenção do VARD 2015 no eixo 1 e no eixo 5 da contratualização, dado tratar-se de um domínio fortemente inovador. Indicadores e metas de realização e resultado Ao nível do acompanhamento estratégico, será de destacar o contributo a dar pelo sistema de indicadores de objectivo definido para o PTD do Ave. Este instrumento de suporte à monitorização do PTD permitirá, em diferentes momentos da execução, avaliar o grau de execução do PTD na sua globalidade, como efeito conjunto das realizações e resultados do processo de execução/implementação dos projectos de investimento, bem como o nível de alcance dos objectivos definidos e traduzidos em metas quantificadas a alcançar. Assim, a matriz de indicadores de objectivo constitui um compromisso da estrutura de gestão do PTD e, por isso, deve ser sustentada e qualitativamente definida, de forma a conter indicadores e metas fiáveis e credíveis. A melhor forma de garantir fiabilidade e credibilidade ao sistema de indicadores é defini-lo a partir da informação das fichas de projectos previstos no Plano de Investimentos, concretamente quanto aos indicadores de acompanhamento definidos e respectivas metas quantificadas. Por sua vez, ao nível dos projectos, o exercício de definição dos indicadores de acompanhamento e das metas a atingir atendeu aos seguintes aspectos e orientações gerais: definição clara do(s) indicador(es) mais relelevante(s) e adequados às actividades e objectivos específicos do projecto; 94 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE quantificação por via do estabelecimento de metas a atingir para um ou para ambos os períodos de programação (até 2010 e/ou até 2013), de acordo com a programação da execução do projecto, e ao sistema de indicadores de objectivo do PO Norte, definidos por Eixo Prioritário, bem como aos indicadores de acompanhamento integrados no SIGON2, enquanto referenciais a seguir, uma vez que contém os indicadores e as metas para os quais o PTD do Ave deve contribuir. A partir dos indicadores e metas da globalidade dos projectos foram seleccionados os indicadores mais pertinentes e representativos por tipologia de contratualização e o processo de quantificação das metas, nos dois períodos de programação, estabeleceu-se, sempre que possível, por agregação de valores dos projectos enquadráveis por tipologia. No quadro seguinte, apresenta-se a proposta de Sistema de Indicadores de Objectivo para a subvenção global AVE 20159 que atendeu aos aspectos anteriormente referidos. 9 No capítulo segundo, foi apresentada uma proposta de indicadores de monitorização das apostas estratégicas do PTD Ave 2015 no seu todo. 95 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE TIPOLOGIA Áreas de Localização Empresarial Criação e divulgação de conteúdos e serviços on-line Acções integradas de valorização territorial SISTEMA DE INDICADORES DE OBJECTIVO DO PTD DO AVE INDICADORES DE REALIZAÇÃO FÍSICA INDICADORES DE RESULTADO Metas Metas Designação Designação Até Até 2010 Até 2013 Até 2013 2010 Nº de acções colectivas de desenvolvimento empresarial apoiadas - 2 % empresas de base tecnológica face ao total de empresas instaladas nas ALE apoiadas m2 de área infraestruturada para acolhimento empresarial incluída em planos integrados - 2 658 879 Nº de projectos de promoção da economia digital 1 1 10 50 5 5 Nº de serviços criados no âmbito da Administração Local ao cidadão Nº de estudos realizados % micro e pequenas empresas apoiadas face ao total de empresas instaladas nas ALE Nº de campanhas realizadas 15 15 Nº de acções integradas de valorização económica de recursos endógeno 13 18 % de área ocupada nos espaços infraestruturados apoiados Nº de visitantes das páginas WEB criadas/actualizadas Nº de Empresas que recorreram aos serviços online disponibilizados Nº de exemplares distribuídos dos estudos realizados Nº de entidades empresariais envolvidas nas acções integradas de valorização económica de recursos endógenos - - - 60% 25 % 50% 20 500 41 000 35 60 300 300 25 30 Tipologias de projectos que concorrem para o alcance das metas definidas Projectos que visem a montagem e operacionalização de estruturas de apoio à gestão das ALE , proporcionando aos empresários um leque de valências inexistentes e aumentando a atractibilidade das ALE. Projecto estruturante: AVE COMPETE – Qualificar e Ordenar para competir; Projectos que visem o desenvolvimento de serviços de dinamização da Sociedade do conhecimento, intervindo ao nível do conhecimento e dos conteúdos. Projecto estruturante: VARD 2015- Especificidades locais; Projectos que visem a valorização de recursos específicos relevantes à implementação da estratégia, assentes nomeadamente em: Valorização económica, social e 96 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE TIPOLOGIA SISTEMA DE INDICADORES DE OBJECTIVO DO PTD DO AVE INDICADORES DE REALIZAÇÃO FÍSICA INDICADORES DE RESULTADO Metas Metas Designação Designação Até Até 2010 Até 2013 Até 2013 2010 Nº de programas de acção de desenvolvimento turístico apoiados Ciclo urbano da água 2 Km de rede de abastecimento intervencionados 27 65 Km de rede de drenagem de águas residuais intervencionados 115 236 Nº de estudos e projectos técnicos elaborados relativos ao ciclo urbano da água Nº de acções de sensibilização e estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos Resíduos sólidos - Nº de projectos de resíduos sólidos Nº de meios de reciclagem doméstica e recolha de óleo doméstico distribuídos (nº) 5 7 41 69 5 6 Nº de postos de trabalho criados nas acções integradas de valorização territorial 10 25 Acréscimo de população residente servida por sistemas públicos de abastecimento de água(nº) 15 000 27 000 Acréscimo de população residente servida por sistemas públicos de drenagem de águas residuais(nº) 10 600 29 490 112 530 627 520 25 50 Nº de pessoas abrangidas por acções de sensibilização e estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos Acréscimo de população servida por projectos de resíduos sólidos (%) 42 000 50 000 Tipologias de projectos que concorrem para o alcance das metas definidas cultural das vivências de montanha; Organização das áreas produtivas, para a valorização da paisagem rural e minimização do impacte visual das estruturas de produção e Promoção dos espaços rurais de vocação turística sustentada na coexistência de património natural, religioso e histórico-cultural; Projectos que visem aumentar as taxas de atendimento nos domínios do abastecimento público de água e do saneamento público de águas residuais, através, nomeadamente de: construção e beneficiação de redes; beneficiação das estações elevatórias de águas residuais e construção de novas estações elevatórias. Projectos que visem sensibilizar e melhorar os comportamentos ambientais dos municípes através, nomeadamente, da aquisição e disponibilização de equipamento de recolha selectiva e transporte de resíduos sólidos e da realização de acções de sensibilização direccionadas. 97 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE TIPOLOGIA SISTEMA DE INDICADORES DE OBJECTIVO DO PTD DO AVE INDICADORES DE REALIZAÇÃO FÍSICA INDICADORES DE RESULTADO Metas Metas Designação Designação Até Até 2010 Até 2013 Até 2013 2010 Requalificação da rede escolar de 1º Ciclo e Pré-escolar Nº de centros escolares do 1º ciclo e pré-escolar remodelados/ampliados Variantes a centros urbanos Km de novas variantes urbanas construídas (Km) Planos de mobilidade urbana sustentável Nº de projectos orientados para objectivos de sustentabilidade urbana Nº de projectos de qualificação de sistemas de transportes públicos de passageiros envolvendo novas condições de intermodalidade Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Nº de interfaces apoiados (abrigos e paragens) Nº de operações de tratamento de pontos negros rodoviários 25 - 64 Nº de alunos abrangidos por projectos de remodelação/ampliação de centros escolares do 1º ciclo e pré-escolar 5 811 1 População servida pelas novas variantes 4 7 População servida por projectos apoiados de sustentabilidade urbana 46 000 60 000 1 3 N.º de passageiros, por dia, nos interfaces apoiados(abrigos e paragens) 6 400 17 400 25% 50% 80 450 3 5 Redução da sinistralidade com os pontos negros suprimidos (%) - 12 000 Tipologias de projectos que concorrem para o alcance das metas definidas Projectos que visem a requalificação e modernização do parque escolar do 1º ciclo do EB e da educação préescolar, que possibilitem o reordenamento da rede educativa e contribuam para a melhoria da qualidade da aprendizagem. Contempla as seguintes tipologias de operações: a) construção de raiz de novos Centros Escolares, integrando preferencialmente o 1.º Ciclo e a Educação Pré-Escolar; b) ampliação/requalificação das Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e dos estabelecimentos de Educação Pré-Escolar, já existentes; 103 000 Projectos no domínio das acessibilidades e transportes e que promovam: a melhoria da circulação de pessoas e de mercadorias, a coesão territorial, a qualificação e integração de espaços, reforço da competitividade empresarial e a articulação urbana. 98 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE TIPOLOGIA Acções piloto de valorização integrada da rede e sistemas de transportes colectivos em meio rural Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Operações de racionalização dos modelos de organização e gestão da administração pública SISTEMA DE INDICADORES DE OBJECTIVO DO PTD DO AVE INDICADORES DE REALIZAÇÃO FÍSICA INDICADORES DE RESULTADO Metas Metas Designação Designação Até Até 2010 Até 2013 Até 2013 2010 Nº de projectos inovadores em matéria de disseminação de novas soluções de transportes colectivos em meio rural Kms de rede viária com qualificação dos níveis de serviço Nº de serviços criados para racionalização dos modelos de organização e gestão da administração pública Nº de centrais VOIP instaladas Operações no domínio da administração em rede Nº de pontos de acesso criados ao Data Center Nº de programas de software produzidos Balcões multiserviços móveis Nº de lojas do cidadão/centros multi-serviços apoiados Projectos/ iniciativas inovadoras e de elevado efeito demonstrativo de valorização regional e local Nº de projectos considerados de elevado efeito de demonstração de valorização regional e local Nº de projectos que envolvem a disseminação de actividades de empreendedorismo social - 1 153 168 2 2 - - 15 9 População servida pelas novas soluções de transportes colectivos Redução média do tempo de percurso em estradas nacionais e municipais qualificadas Nº de visitantes das páginas Web criadas e/ou actualizadas (nº) - 900 40% 40% 400 000 400 000 Nº de entidades interligadas por fibra ao datacenter - Nº de empresas com utilização dos serviços criados - Tipologias de projectos que concorrem para o alcance das metas definidas 9 4000 Projectos que visem uma Administração Pública mais eficiente e eficaz, através da qualificação e simplificação do atendimento dos serviços públicos aos cidadãos e às empresas, da racionalização dos modelos de organização e gestão da Administração Pública e da promoção da administração em rede. Projecto estruturante: Modernização Administrativa - VARD; 1 1 1 População servida pelas lojas do cidadão/centros multi-serviços apoiados 140 000 140 000 2 3 Nº de instituições envolvidas em projectos de demonstração de valorização regional e local 38 46 1 1 Nº de entidades abrangidas por projectos de disseminação de práticas de empreendedorismo social 11 11 Projectos que visem a implementação de iniciativas inovadoras para o desenvolvimento territorial e projectos inovadores com elevado efeito demonstrativo, que permitam a densificação e qualificação das redes 99 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE TIPOLOGIA SISTEMA DE INDICADORES DE OBJECTIVO DO PTD DO AVE INDICADORES DE REALIZAÇÃO FÍSICA INDICADORES DE RESULTADO Metas Metas Designação Designação Até Até 2010 Até 2013 Até 2013 2010 Nº de indivíduos abrangidos pelos projectos de capacitação de competências de empreendedorismo social Tipologias de projectos que concorrem para o alcance das metas definidas de instituições regionais de apoio ao desenvolvimento. 60 80 Projectos estruturantes: Casas do conhecimento; ELO-V – Empreendedorismo Social; 100 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 6. ESTRUTURA E MODELO DE GESTÃO DO PTD AVE 2015 A contratualização no âmbito do Programa Operacional do Norte consiste na possibilidade aberta pela Autoridade de Gestão do PO de, por período determinado, conceder à associação de municípios baseada na NUTS III Ave (organismo intermédio) a participação na gestão técnica, administrativa e financeira do respectivo PO. Essa participação consiste, concretamente, na atribuição aquela Associação de Municípios da responsabilidade de assegurar a gestão e a qualidade da execução do Programa Territorial de Desenvolvimento do Ave (organizado em subvenção global), de acordo com os princípios de boa gestão financeira. Tendo em conta que esta participação na gestão implica a transferência de competências da Autoridade de Gestão do PO para o organismo intermédio, importa que, na definição do modo de organização da estrutura de gestão e implementação do PTD, sejam tidos em conta os seguintes elementos: O DL nº 312/2007 de 17 de Setembro que define o Modelo de Governação do QREN e dos PO, sobretudo ao Artigo 46.º (Competência da autoridade de gestão dos PO regionais do continente) e aos Artigos 60º a 65º (Execução dos PO e delegação de competências das autoridades de gestão) que estabelecem a estrutura orgânica relativa ao exercício das funções de monitorização, de auditoria e controlo, de certificação, de gestão, de aconselhamento estratégico, de acompanhamento e de avaliação; O Regulamento geral do FEDER (e Fundo de Coesão) que regulam a sua aplicação em coerência com as disposições legais nacionais e comunitárias e salvaguarda da boa utilização do Fundo; As orientações da Comissão Ministerial de Coordenação dos PO Regionais; A programação do próprio PO Norte, que lhe servirá de referencial de enquadramento; 101 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE As orientações técnicas gerais e específicas já definidas ou que venham a ser definidas pela Autoridade de Gestão do PO, nomeadamente no que respeita às competências efectivamente delegadas na estrutura de gestão do PTD, aos instrumentos de acompanhamento partilhados, às normas e procedimentos de gestão e acompanhamento (normalização de práticas de gestão); Por sua vez, o Regulamento (CE) N.º1083/2006 de 11 de Julho que estabelece as disposições gerais do FEDER, FSE e do FC e, concretamente, o artigo 58.º que define os princípios gerais dos Sistemas de Gestão e de Controlo (SGC) e que refere que eles devem prever: A definição das funções dos organismos intervenientes na gestão e no controlo; O respeito do princípio da separação de funções entre e no interior desses organismos; Procedimentos para assegurar a correcção e regularidade das despesas declaradas; Sistemas fiáveis e informatizados de contabilidade, acompanhamento e informação financeira; Um sistema de informação e acompanhamento; Disposições para a verificação do funcionamento dos sistemas de gestão e de controlo; Sistemas e procedimentos que garantam uma pista de auditoria correcta; Procedimentos de informação e acompanhamento relativamente a irregularidades e à recuperação dos montantes indevidamente pagos. Assim, de acordo com este enquadramento, a estruturação da equipa, bem como a definição de funções e instrumentos para a gestão e acompanhamento do PTD do 102 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Ave deverá atender aos regulamentos, geral do Fundo e específicos do PO, e às orientações técnicas do PO Norte, no sentido de assegurar, com eficácia e qualidade e de acordo com regras e procedimentos normalizados, o cumprimento das tarefas delegadas de gestão e acompanhamento, estratégico e operacional. Competências delegadas pela Autoridade de Gestão do PO na EAT do PTD do AVE; Regulamento Geral FEDER; Regulamentos Específicos do PO e/ou de tipologias de investimento; Orientações técnicas gerais e específicas do PO e avisos de abertura de concursos à apresentação de candidaturas; Normalização de práticas de gestão e acompanhamento (PO Norte / PTD Ave): Gestão e acompanhamento do PTD e prestação de informação (ON2; IFDR; IGF) segundo regras e procedimentos normalizados ( formulários, prazos e especificações padronizadas). Instrumentos, normas e procedimentos de gestão e acompanhamento do PO (sistema de gestão e controlo) À data, encontrando-se a implementação do próprio PO Norte em fase de arranque, não se encontram ainda plenamente estabilizadas as normas, instrumentos e procedimentos de funcionamento da gestão e acompanhamento do Programa. Assim, a definição do modelo de gestão e acompanhamento do PTD, a seguir apresentada, atende às orientações actualmente existentes quer na legislação produzida, quer nos documentos relativos ao próprio PO Norte (Texto do Programa, concretamente o capítulo das Disposições de Implementação, Relatório de Execução de 2007 e Manual do Sistema de Gestão e Controlo, versão de 30/06/2008 disponibilizada a 8 de Agosto de 2008). 103 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Sendo a Autoridade de Gestão do PO responsável por assegurar a gestão e a qualidade da execução do Programa Operacional de acordo com os princípios de boa gestão financeira, segundo o DL n.º312/2007 compete-lhe um conjunto alargado de funções de gestão, acompanhamento e de controlo. No entanto, segundo este Decreto-Lei, aliás em consonância com o disposto no nº 2 do Artigo 59.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 e com as disposições dos artigos 42.º e 43.º do mesmo Regulamento, nem todas as competências da autoridade de gestão poderão ser objecto de delegação nos organismos intermédios. O quadro a seguir apresentado identifica as competências que poderão ser delegáveis na EAT do PTD do Ave. 104 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Competências delegáveis em organismos intermédios: Análise de confronto entre os Artigos 46.º e 61.º do DL n.º 312/2007 de 17 de Setembro Delegáveis na EAT do PTD do AVE Competências A autoridade de gestão dos PO regionais do continente é especialmente responsável pelo exercício das seguintes competências, através da comissão directiva mediante iniciativa de qualquer dos seus membros, em particular do presidente: a) Propor, no âmbito de cada tipologia de investimentos susceptível de financiamento pelo PO, regulamentos e aprovar orientações técnicas, administrativas e financeiras relativas às candidaturas a financiamento pelo PO, ao processo de apreciação das candidaturas e ao acompanhamento da execução das operações financiadas; Não b) Nas situações previstas na alínea e) do n.º 7 do artigo 40.º, propor a aprovação pela comissão ministerial de coordenação do PO das candidaturas a financiamento pelo PO que, reunindo condições de aceitabilidade, tenham mérito adequado a receberem apoio financeiro; Não c) Aprovar as candidaturas a financiamento pelo PO que, reunindo condições de aceitabilidade, tenham mérito adequado a receberem apoio financeiro; Sim d) Confirmar as decisões de aprovação dos organismos intermédios; Não e) Propor as tipologias de investimentos cujas candidaturas a financiamento pelo PO são objecto de apreciação de mérito com recurso a entidades externas; Não f) Elaborar e, após apreciação pela comissão ministerial de coordenação do PO e aprovação pela comissão de acompanhamento do PO, apresentar à Comissão Europeia os relatórios anuais e final de execução do PO; Não g) Fornecer às autoridades de certificação as informações que lhes permitam apreciar e transmitir à Comissão Europeia, nos termos regulamentares comunitários, as propostas relativas a grandes projectos; Não h) Submeter à apreciação da comissão técnica de coordenação do QREN propostas de revisão e de reprogramação do PO, eventualmente envolvendo reprogramações noutros PO; Não i) Assegurar o exercício das actividades necessárias no âmbito das candidaturas e execução dos projectos apoiados por programas de iniciativa comunitária ou por linhas orçamentais específicas do orçamento comunitário, designadamente nas situações em que se verifiquem complementaridades entre os referidos projectos e os que são financiados pelos respectivos PO; Não j) Elaborar e assegurar a execução do plano de comunicação do PO e garantir o cumprimento dos requisitos em matéria de informação e publicidade estabelecidos nos normativos comunitários e nacionais; Não 105 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Constituem competências da comissão directiva delegadas no respectivo presidente, sem prejuízo da possibilidade de subdelegação: a) Apreciar a aceitabilidade e o mérito das candidaturas a financiamento pelo PO, assegurando designadamente que as operações são seleccionadas em conformidade com os critérios aplicáveis ao PO; Sim b) Assegurar de que são cumpridas as condições necessárias de cobertura orçamental das operações; Sim c) Assegurar a organização dos processos de candidaturas de operações ao financiamento pelo PO; Sim d) Garantir o cumprimento dos normativos aplicáveis, designadamente nos domínios da concorrência, da contratação pública, do ambiente e da igualdade de oportunidades; Sim e) Assegurar a conformidade dos contratos de financiamento e dos termos de aceitação das operações apoiadas com a decisão de concessão do financiamento e o respeito pelos normativos aplicáveis; Sim f) Verificar que foram fornecidos os produtos e os serviços financiados; Sim g) Verificar a elegibilidade das despesas; Sim h) Assegurar que as despesas declaradas pelos beneficiários para as operações foram efectuadas no cumprimento das regras comunitárias e nacionais, podendo promover a realização de verificações de operações por amostragem, de acordo com as regras comunitárias e nacionais de execução; Sim i) Assegurar que os beneficiários e outros organismos abrangidos pela execução das operações mantêm um sistema contabilístico separado ou um código contabilístico adequado para todas as transacções relacionadas com a operação sem prejuízo das normas contabilísticas nacionais; Sim j) Assegurar a criação e o funcionamento de um sistema informatizado de recolha e tratamento dos registos contabilísticos de cada operação financiada pelo PO, bem como uma recolha dos dados sobre a execução necessários para a gestão financeira, o acompanhamento, as verificações, as auditorias e a avaliação, bem como para a monitorização estratégica, operacional e financeira do QREN; Não l) Criar e garantir o funcionamento de um sistema adequado e fiável de validação das despesas, e assegurar que a autoridade de certificação recebe todas as informações necessárias sobre os procedimentos e verificações levados a cabo em relação às despesas com vista à certificação; Não m) Participar na elaboração do plano global de avaliação do QREN e dos PO referido na alínea f) do n.º 1 do artigo 8.º e elaborar o plano de avaliação do PO; Não 106 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Constituem competências da comissão directiva delegadas no respectivo presidente, sem prejuízo da possibilidade de subdelegação: n) Assegurar que as avaliações operacionais do PO são realizadas em conformidade com as disposições comunitárias e com as orientações nacionais aplicáveis; Não o) Assegurar a criação e o funcionamento de um sistema de controlo interno que previna e detecte as situações de irregularidade e permita a adopção das medidas correctivas oportunas e adequadas; Não p) Assegurar a recolha e o tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução para a elaboração dos indicadores de acompanhamento e para os estudos de avaliação estratégica e operacional; Sim q) Elaborar a descrição do sistema de gestão e controlo interno do PO; Não r) Celebrar contratos de financiamento relativos às operações aprovadas e acompanhar a realização dos investimentos; Sim s) Transmitir os relatórios referidos na alínea f) do n.º 1, após aprovação, à Assembleia da República e ao Conselho Económico e Social; Não t) Praticar os demais actos necessários à regular e plena execução do PO. Não 107 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Em termos da definição do circuito financeiro e das respectivas funções a assegurar pela EAT do PTD do Ave, importa conhecer a decisão da Autoridade de Gestão quanto à articulação directa ou não do IFDR (Autoridade Nacional do FEDER – autoridade de certificação) com a EAT do PTD. Concretamente, importa saber se o IFDR fará transferências directas para o PTD do Ave, se a emissão da ordem de pagamento ao beneficiário, após verificação da elegibilidade e conformidade documental da despesa, será realizado pela EAT do Gestor do PO ou do PTD do Ave e se o IFDR fará transferências directas aos beneficiários para pagamento das despesas apresentadas e certificadas. Estas questões e outras adicionais foram objecto de um pedido de esclarecimento à Comissão Directiva da ON2, cuja resposta se aguarda. O exercício das funções delegadas na EAT do PTD do Ave deverá respeitar os regulamentos, as orientações técnicas, administrativas e financeiras e as disposições sobre apreciação de mérito aplicáveis ao próprio PO Norte. Por outro lado, para o processo de implementação do PTD é ainda exigido o exercício de funções pela EAT do PTD relativas à sua divulgação e processo de comunicação, resultantes concretamente do Plano de Comunicação a definir. Sinteticamente, daqui resulta o seguinte conjunto de funções de gestão e acompanhamento, estratégico e operacional, a assegurar pela EAT do PTD do Ave: 108 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Nível de Gestão e acompanhamento Tipologia de processo Tipologia de funções a desempenhar Participação no acompanhamento estratégico do PO Norte por via da presença do representante do PTD do Ave na Comissão de Acompanhamento da ON2 Estratégico Processo Global do PTD e articulação com a Autoridade de Gestão do PO Norte, IFDR e IGF Elaboração de pontos de situação do PTD solicitados pela Autoridade de Gestão do PO, nomeadamente a elaboração dos relatórios anuais de execução do PTD como contributo para o respectivo relatório anual do PO Participação nas iniciativas de verificação e controlo do IFDR (Autoridade Nacional de Certificação) e da IGF (Autoridade Nacional de Auditoria e Controlo) ao PTD do Ave Acompanhamento da execução do PTD suportado na utilização do Sistema de Informação de apoio à gestão do PTD (interface ao SIG ON2?), nomeadamente pelo acesso e disponibilização de dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução. O conteúdo informativo integrado no SI do PTD permitirá a quantificação do sistema de indicadores de acompanhamento, a realização de estudos de avaliação estratégica e operacional e o envio de informação periódica à Autoridade de gestão do PO e/ou à Autoridade Nacional do FEDER (IFDR) e/ou à IGF Apoio ao promotor para a elaboração de candidaturas Análise do processo de candidatura quanto ao grau de instrução e de preenchimento das condições de acesso e análise técnica da candidatura (apreciar a aceitabilidade e o mérito da candidatura à luz dos critérios fixados) Operacional Processo de Candidatura Organização dos processos de candidatura, desejavelmente com elevado grau de desmaterialização Acompanhamento do processo de candidatura suportado na utilização do Sistema de Informação de apoio à gestão do PTD (interface com o SIG ON2?) Elaboração do Formulário de Apreciação Técnica a apresentar ao gestor do PTD para apreciação e posterior envio à Autoridade de Gestão do PO para apreciação, no sentido da sua aprovação final 109 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Nível de Gestão e acompanhamento Tipologia de processo Tipologia de funções a desempenhar Elaboração do contrato de financiamento do projecto aprovado Verificação administrativa, física e financeira da execução dos projectos (verificação e controlo do cumprimento da execução física e do grau de cumprimento dos normativos contabilísticos e financeiros) Operacional Processo do Projecto Aprovado Verificação da elegibilidade das despesas apresentadas pelos promotores e gestão dos processos de pagamento (validação da despesa e dos documentos comprovativos e envio do processo para verificação final da EAT ON2, no sentido da emissão do pedido de pagamento ao beneficiário para o IFDR, acompanhamento dos processos de pagamento ao beneficiário por transferência directa do IFDR) Acompanhamento e análise técnica dos relatórios de execução dos projectos, assegurando a quantificação dos indicadores de acompanhamento (de realização e de resultado) Acompanhamento da execução do projecto suportado na utilização do Sistema de Informação de apoio à gestão do PTD (interface ao SIG ON2?) Para assegurar com eficácia e qualidade o exercício das funções delegáveis, a EAT do PTD do Ave deverá contar com a seguinte estrutura de recursos humanos: 110 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Descrição dos Recursos Humanos afectos ao PTD Tipologia de funções a desempenhar Gestão e acompanhamento estratégico do PTD e articulação com a Autoridade de Gestão do PO Norte, com a Autoridade Nacional do Fundo e com a IGF (auditoria e controlo do SGC do PTD) Elementos da EAT do PTD (cargo e nº de elementos) Perfil de qualificações e de experiência profissional Técnico superior; Gestor do PTD; 1 elemento Experiência em gestão e planeamento estratégico; Apoio transversal ao Gestor do PTD, nomeadamente na preparação das acções do IFDR e da IGF; Apoio ao Gestor do PTD na elaboração das candidaturas do PTD à Assistência Técnica do PO Norte; Eventual apoio ao Gestor do PTD na elaboração de pedidos de pagamento ao IFDR e gestão das 10 transferências do IFDR para os beneficiários; Elaboração de pontos de situação do PTD com base na análise e sistematização de informação financeira e física da execução do PTD; Coordenar e acompanhar a EAT do PTD do Ave; Técnico superior; Coordenador geral do PTD, ao nível estratégico e operacional; 1 elemento Experiência em Organizacao e gestão de projectos e candidaturas, planeamento e programacao operacional; Assegurar a articulação com a EAT do PO Norte; Utilização do SI do PTD; 10 A função de transferência directa ao beneficiário poderá ser exercida pela EAT do PTD, caso isso venha a ser previsto no contrato a estabelecer com a Autoridade de gestão do PO (necessidade de decisão quanto à delegação desta função). 111 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Descrição dos Recursos Humanos afectos ao PTD Tipologia de funções a desempenhar Apoio administrativo à globalidade da EAT do PTD Apoio ao promotor para a elaboração de candidaturas e sua correcta instrução (apoio à concepção do projecto de investimento nas suas diversas componentes, nomeadamente quanto à definição dos indicadores de acompanhamento, e apoio à compilação de toda a informação solicitada pelo processo concreto de candidatura, o que implica o conhecimento das orientações do FEDER, dos instrumentos de apoio financeiro do QREN e dos regulamentos específicos do PO ou da tipologia de investimento); Utilização do SI do PTD; Elementos da EAT do PTD (cargo e nº de elementos) Técnico administrativo de poio geral; 1 elemento Função a desempenhar pelos técnicos de acompanhamento de projectos referidos na célula seguinte Perfil de qualificações e de experiência profissional Técnico administrativo; Experiência em atendimento ao público; Técnico superior; Experiência em gestão e acompanhamento operacional; 112 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Descrição dos Recursos Humanos afectos ao PTD Tipologia de funções a desempenhar Análise do grau de instrução do processo de candidatura e do nível de preenchimento das condições de acesso e análise técnica da candidatura (apreciar a aceitabilidade e o mérito da candidatura à luz dos critérios fixados); Elaboração do Formulário de Apreciação Técnica; Elaboração de contratos de financiamento dos projectos aprovados; Acompanhamento técnico da execução dos projectos (acompanhamento quotidiano do promotor e da execução física e financeira do projecto, do projecto: internamente, através, por exemplo, da análise dos relatórios de execução dos projectos, e externamente no local de realização da operação); Elementos da EAT do PTD (cargo e nº de elementos) Técnicos para análise técnica das candidaturas e acompanham ento da execução física dos projectos; 2 elementos Perfil de qualificações e de experiência profissional Técnicos superiores; Experiência em gestão e acompanhamento operacional; Organização dos processos (dossiers informativos por projecto); Utilização do SI do PTD; Verificação da elegibilidade das despesas apresentadas pelos promotores e gestão dos processos de pagamento (validação da despesa e dos documentos comprovativos e verificação final da EAT ON2, no sentido da emissão da ordem de pagamento ao beneficiário para o IFDR, acompanhamento dos processos de pagamento ao beneficiário por transferência directa do IFDR); Verificação quotidiana da execução financeira dos projectos: internamente, através de verificação administrativa dos processos de pagamento e externamente, através da verificação contabilística e financeira no local de realização da operação/projecto Apoio contabilístico-financeiro; Utilização do SI do PTD para registo dos dados referentes à validação da despesa, pagamento e eventuais correcções e ajustes financeiros); Técnico para análise da elegibilidade das despesas e gestão e acompanham ento dos pedidos de pagamento dos projectos e Técnico de de Contabilidade e Finanças Públicas; 2 elementos Técnico superior: Experiência em gestão e acompanhamento financeiro de projectos cofinanciados; Técnico Superior: Experiência em Contabilidade e Finanças Públicas, elaboração de relatórios de execução financeira e preparação de pedidos de pagamento; 113 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Descrição dos Recursos Humanos afectos ao PTD Tipologia de funções a desempenhar Execução de acções de Divulgação e Comunicação no âmbito do PTD, articuladas com as acções de natureza idêntica desenvolvidas ao nível do PO Norte e ajustadas às diferentes fases do ciclo: lançamento, implementação e avaliação; Elementos da EAT do PTD (cargo e nº de elementos) Perfil de qualificações e de experiência profissional Subcontratação de serviço especializado - Assim, a estrutura de gestão do PTD do AVE proposta é constituída por 7 elementos. Com vista à demonstração da segregação de funções da EAT do PTD do AVE, apresenta-se de seguida, sob a forma de tabela e organograma, a afectação dos recursos humanos da estrutura de gestão e das respectivas funções às Unidades Orgânicas do modelo de gestão proposto. Designação da Unidade Orgânica Unidade de Gestão e Coordenação Global do PTD do Ave Identificação do responsável pela Unidade Gestor do PTD do AVE Funções desenvolvidas pela Unidade Gestão e acompanhamento estratégico do PTD e articulação com a Autoridade de Gestão do PO Norte, com a Autoridade NacionaL do Fundo e com a IGF (auditoria e controlo do SGC do PTD); Preparação e Acompanhamento das acções de verificação/controlo do PO Norte, do IFDR e da IGF; Elaboração das candidaturas do PTD à Assistência Técnica do PO Norte; Elaboração de pontos de situação do PTD com base na análise e sistematização de informação financeira e física da execução do PTD; Coordenação da EAT do PTD do Ave e acompanhamento operacional; 114 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Nº de elementos que compoêm a Unidade Assegurar a articulação com a EAT do PO Norte; Apoio administrativo à globalidade da EAT do PTD; Coordenador: 1 Técnico superior Coordenador geral do PTD, ao nível estratégico e operacional (recurso de apoio transversal) Técnicos Superiores: Assistentes Técnicos: 1 técnico administrativo de apoio geral à EAT do PTD do AVE (recurso de apoio transversal) Designação da Unidade Orgânica Unidade de Recepção e Selecção de Candidaturas e de Acompanhamento da Execução Física dos Projectos Identificação do responsável pela Unidade Coordenador geral do PTD do AVE Funções desenvolvidas pela Unidade Nº de elementos que compoêm a Unidade Apoio ao promotor para a elaboração de candidaturas e sua correcta instrução; Análise do grau de instrução do processo de candidatura e do nível de preenchimento das condições de acesso e análise técnica da candidatura (apreciar a aceitabilidade e o mérito da candidatura à luz dos critérios fixados); Elaboração do Formulário de Apreciação Técnica; Elaboração de contratos de financiamento dos projectos aprovados; Acompanhamento técnico da execução física dos projectos (acompanhamento quotidiano do promotor e da execução física do projecto: internamente, através, por exemplo, da análise dos relatórios de execução dos projectos, e externamente no local de realização da operação-verificação física regular); Organização dos processos (dossiers informativos por projecto); Coordenador: 1 Técnico superior Coordenador geral do PTD, ao nível estratégico e operacional (recurso de apoio transversal) Técnicos Superiores: 2 Técnicos superiores com experiência em gestão e acompanhamento operacional; Assistentes Técnicos: - 115 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Designação da Unidade Orgânica Unidade de Acompanhamento Financeira dos Projectos Identificação do responsável pela Unidade Coordenador geral do PTD do AVE Funções desenvolvidas pela Unidade Nº de elementos que compoêm a Unidade da Execução Verificação da elegibilidade das despesas apresentadas pelos promotores e gestão dos processos de pagamento (validação da despesa e dos documentos comprovativos e acompanhamento dos processos de pagamento ao beneficiário por transferência directa do IFDR); Verificação quotidiana da execução financeira dos projectos: internamente, através de verificação administrativa dos processos de pagamento e externamente, através da verificação contabilística e financeira no local de realização da operação/projecto; Apoio contabilístico-financeiro; Coordenador: 1 Técnico superior Coordenador geral do PTD, ao nível estratégico e operacional (recurso de apoio transversal) Técnicos Superiores: 2 Técnicos superiores (1 técnico com experiência em gestão e acompanhamento financeiro de projectos co-financiados e 1 técnico com experiência em contabilidade e finanças públicas) Assistentes Técnicos: - Organograma da estrutura de Gestão do PTD do AVE GESTOR do PTD do AVE Coordenador geral do PTD Unidade de Recepção e Selecção de Candidaturas e de Acompanhamento da Execução Física dos Projectos 2 técnicos superiores Apoio Administrativo geral Unidade de Acompanhamento da Execução Financeira dos Projectos 2 técnicos superiores 116 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Atendendo à explicitação efectuada das funções a assegurar pela EAT do PTD aqui proposta e no sentido da melhor percepção da tramitação dos processos de gestão e acompanhamento dos projectos a apoiar no âmbito do PTD do Ave, apresenta-se de seguida uma versão do fluxograma de operações. Este pretende identificar os diferentes circuitos e funções a desempenhar e a segregação exigida entre a selecção e acompanhamento físico das operações e o respectivo acompanhamento financeiro da execução. 117 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Tramitação do circuito da candidatura (apoio à formalização/recepção/análise técnica/aprovação do projecto/contrato/acompanhamento físico) A EAT do PTD do Ave, por solicitação do promotor pode reunir com este para análise e enquadramento prévio de uma intenção de investimento. Pretendese com este procedimento assegurar que a futura candidatura se apresenta bem instruída e reúne as condições de acesso exigidas Comunicação ao promotor informando-o que a candidatura não reúne as condições de acesso EAT do PTD PROMOTOR Formaliza candidatura de acordo com os elementos divulgados e necessários à sua devida instrução e submissão electrónica via SI do PTD do Ave (SIG ON2): -Formulário de candidatura; Declarações; anexos técnicos relativos a informações complementares do Projecto; anexos técnicos relativos à Entidade Executora; outros anexos. Recepção electrónica do processo de cândidatura EAT do PTD: técnicos responsáveis pela análise técnica das candidaturas Análise do grau de instrução do processo de candidatura e do nível de preenchimento das condições de acesso e análise técnica da candidatura; Utilização do SI do PTD; Parecer técnico remetido para apreciação do Gestor do PTD do Ave Candidatura não reúne as condições de acesso Candidatura reúne as condições de acesso Unidade de Gestão do PO Norte (UG) Proposta remetida ao Gestor do PO Norte e apreciação final deste Parecer técnico remetido para apreciação do Gestor do PTD do Ave Parecer Técnico Eventual pré-análise da candidatura, reunião com o promotor para proceder a pequenos ajustes e apresentação de candidatura reformulada; Análise da candidatura no sentido de apreciar a aceitabilidade e o mérito da candidatura à luz dos critérios fixados Comunicação formal das decisões da UG ao Gestor do PTD do Ave decisão da UG Candidatura aprovada – comunicação formal da decisão da UG ao promotor Candidatura não aprovada – comunicação formal da decisão da UG ao promotor EAT do PTD: técnicos responsáveis pela análise técnica das candidaturas e acompanhamento dos projectos Elaboração de contratos de financiamento dos projectos aprovados; Acompanhamento técnico da execução dos projectos (acompanhamento do promotor e da execução física do projecto: internamente, através, por exemplo, da análise dos relatórios de execução dos projectos, e externamente no local de realização da operação); Organização dos processos (dossiers informativos por projecto); Utilização do SI do PTD; EAT do PTD: técnicos responsáveis pela análise da elegibilidade das despesas e gestão dos pedidos de pagamento dos projectos (Início do circuito financeiro) 118 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Tramitação do circuito de pagamentos no âmbito da execução financeira do projecto A EAT do PTD do Ave, por solicitação do promotor pode prestar esclarecimentos sobre a elegibilidade das despesas a apresentar, bem com sobre o processo de instrução do pedido de pagamento à EAT do PTD EAT do PTD: técnicos responsáveis pela análise da elegibilidade das despesas e gestão dos pedidos de pagamento dos projectos EAT do PTD Beneficiário Formalização do processo de pedido de pagamento das despesas do projecto e sua submissão electrónica via SI do PTD do Ave (SIG ON2) para apreciação - Formulário do pedido de pagamento; - Documentos comprovativos da despesa realizada e paga; - outros anexos específicos; EAT do PO Norte responsável pelo acompanhamento financeiro dos projectos - Verificação da elegibilidade das despesas e dos documentos de despesa; - Emissão da Ficha de Análise do Pedido de Pagamento Recepção electrónica do processo de pedido de pagamento do promotor beneficiário - Verificação da elegibilidade das despesas apresentadas pelos promotores (automaticamente pelo SI e administrativamente) e gestão dos processos de pagamento; - Verificação final da EAT ON2 (ou directamente ao IFDR conforme decisão a tomar pela Autoridade de Gestão do PO Norte) no sentido da emissão da ordem de pagamento ao beneficiário para o IFDR Utilização do SI do PTD para registo dos dados referentes à validação da despesa e produção da Ficha de Análise do Pedido de Pagamento, pagamento e eventuais correcções e ajustes financeiros); ou IFDR - Certificação das despesas e dos documentos de despesa apresentados; - Transferência bancária directa ao beneficiário pagamento ao beneficiário por parte do IFDR Gestor do PO Norte Análise e envio da ordem de pagamento ao beneficiário para o IFDR IFDR - Certificação das despesas e dos documentos de despesa apresentados; - Transferência bancária directa ao beneficiário Beneficiário Recebimento da transferência monetária relativa às despesas apresentadas e certificadas 119 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 7. PLANO DE DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO Nota preliminar De acordo com o artigo 2º das normas de execução do regulamento (CE) nº 1083/2006, a elaboração do plano de comunicação cabe “à autoridade de gestão relativamente ao programa operacional pelo qual é responsável”. Ora, tendo em conta que a subvenção global que concretizará o processo de contratualização integra o próprio ON”, então o plano de divulgação e comunicação do PTD Ave 2015 deve articular-se fortemente com a própria comunicação a concretizar pelo ON2 – o Novo Norte. A leitura do relatório de execução 2007 do ON2 permite identificar as prioridades estabelecidas pela Autoridade de Gestão do ON2 para a formatação e desenvolvimento da comunicação do PO: - Diagnóstico e planeamento de comunicação; - Identidade corporativa (“branding”); - Comunicação WEB; - Comunicação pública de lançamento; - Comunicação mediática. Estes princípios orientadores de acção são extremamente úteis para que o plano de divulgação e comunicação da subvenção global, que há-de concretizar a presente proposta de contratualização, se ajuste às grandes linhas oportunamente definidas para o PO Regional. 120 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Desenvolvimentos em torno do âmbito e dos pressupostos do plano de divulgação e comunicação da subvenção global Princípios de elaboração Face a este contexto, o plano de divulgação e comunicação da subvenção global Ave 2015 terá de respeitar os seguintes princípios: - Coerência com o plano de comunicação do ON2 de modo a manter uma filosofia de comunicação comum, embora respeitando a especificidade dos públicos e do âmbito da subvenção global; - Ter em conta que a subvenção global constitui uma intervenção que faz parte de uma mais ampla estratégia de desenvolvimento de actividades no território do Ave, devendo essa complementaridade ser comunicada com clareza à região; - Potenciar que a estratégia de divulgação e comunicação da subvenção global possa corresponder a um instrumento de consolidação e coesão da nova NUTS III e da comunidade inter-municipal que há-de suceder à AMAVE na coordenação do processo, sem prejuízo do respeito pelo “branding” do ON” do qual a subvenção global constituirá uma emanação; - Tirar partido de todo o potencial de comunicação WEB que o VARD 2015 representará quando em funcionamento pleno, processo já ensaiado no quadro da divulgação dos trabalhos do PAISCTP Ave 2007-2013; este processo permitirá que cada município constitua ele próprio um espaço de divulgação e comunicação da subvenção global, completando as iniciativas desenvolvidas a nível supramunicipal orientadas para públicos melhor atingidos nessa perspectiva; - Não sobrecarregar a estrutura de apoio técnico de suporte à subvenção global com estrutura técnica permanente e especializada associada ao plano de divulgação e comunicação, optando por processos de externalização de serviços a entidades idóneas e profissionalmente reconhecidas na matéria. 121 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Conteúdos obrigatórios Em consonância com as exigências estabelecidas para o PO Regional, o plano de comunicação da subvenção global deve conter obrigatoriamente: - Os objectivos e os grupos-alvo da comunicação a realizar; - A estratégia e os conteúdos destinados a potenciais beneficiários, beneficiários e público em geral, realçando o valor acrescentado das iniciativas ao nível regional e local; - O orçamento indicativo para a execução do plano; - Os serviços responsáveis pela execução das medidas de informação e divulgação; - As modalidades de avaliação das medidas de informação e divulgação do ponto de vista do seu contributo para a explicitação da visibilidade e notoriedade da intervenção e do papel exercido pela Comunidade Europeia. Planeamento de comunicação Ainda em estreita consonância com a estratégia seguida pelo ON2 – O Novo Norte, a elaboração do plano de comunicação da subvenção global será precedida de um conjunto de acções destinadas a avaliar a informação existente sobre as acções desenvolvidas a nível supra-municipal pela actual AMAVE, entendida como experiência de referência para a intervenção da nova comunidade inter-municipal respeitante ao novo território da NUTS III Ave. Propõem-se, nesse sentido, duas iniciativas relevantes: - A realização de um “focus group” destinado a “fazedores de opinião” (opinionmakers), centrado na avaliação do potencial de informação existente sobre acções de âmbito supra-municipal desenvolvidas no passado recente, entendido como elemento produtor de informação essencial à elaboração do futuro plano de comunicação; 122 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE - A concepção e realização de um FÓRUM WEB através do VARD 2015 focado na informação existente no público em geral sobre intervenções supra-municipais e municipais com co-financiamento comunitário; este fórum será dinamizado a partir de divulgações iniciais realizadas pelos “opinion makers” presentes na primeira iniciativa, que utilizarão as suas próprias fontes de disseminação de informação na REDE para introduzir o fórum e para o divulgar junto dos seus próprios públicos. Estas duas iniciativas constituirão o material essencial para fundamentar o planeamento da comunicação a realizar, tendo em conta que a subvenção global vai concretizar-se numa nova configuração territorial de NUTS III, agora com uma maior extensão de territórios de baixa densidade do que na configuração à qual a actividade da AMAVE foi sistematicamente associada. Aposta na comunicação através da REDE O Relatório de Execução do ON2 correspondente ao ano de 2007 é claro quanto à relevância da componente de comunicação electrónica: “A componente electrónica – designadamente da que será desenvolvida através da Web – constituirá o eixo mais relevante de comunicação do ON2, uma espécie de canal prioritário ou axial de informação e ligação aos “públicos-alvo” do Programa”. No entendimento dos municípios promotores desta proposta de contratualização, o território do Ave reúne as condições adequadas para aplicar em extensão este princípio assumido ao nível do ON2, tirando sobretudo partido do projecto de consolidação do Ave Digital (VARD Ave 2015). O potencial do VARD decorre sobretudo do facto de ele centralizar no futuro iniciativas de governo electrónico e de contacto com as empresas e populações que lhe poderão assegurar uma forte ligação à população em geral. Acresce que, de acordo com algumas propostas de projectos submetidas ao processo de contratualização, o VARD assumirá ainda serviços especialmente destinados aos territórios de baixa densidade, pelo que reunirá as condições adequadas para assegurar essas funções de veículo central de comunicação electrónica. 123 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Acresce que os próprios municípios estão a realizar esforços consideráveis de modernização dos seus próprios portais de informação electrónica, reforçando o potencial de comunicação da subvenção global por essa via. Desenvolvimentos operacionais Públicos-alvo A subvenção global associada ao PTD Ave 2015 tem como públicos-alvo a população residente da NUTS III Ave abrangida pelos projectos candidatos a esta subvenção global no âmbito das diferentes tipologias que a corporizam. Há que distinguir, neste caso, entre os beneficiários promotores de projectos que são os próprios municípios, a futura comunidade inter-municipal da NUTS III, a Régie Corporativa VARD 2015 e a ADRAVE e os beneficiários representados pelas populações que irão ter acesso aos serviços que estes projectos irão proporcionar. No entender desta proposta, a política de comunicação terá de ser dirigida essencialmente à diversidade desses públicos, pois é em função desses que a divulgação da subvenção global como forma nova de co-financiamento comunitário deverá ser optimizada. É nessa população que estará em causa a notoriedade e visibilidade do valor acrescentado comunitário. Por isso, o trabalho a desenvolver em regime de externalização de serviços deverá tipificar os principais grupos de populações abrangidas pelas tipologias de projectos consideradas na proposta de contratualização. A título de exemplo, o projecto SAMA/1 –VARD que explicita a actuação em termos de modernização administrativa da intervenção do VARD Ave 2015 definiu no seu plano de comunicação as seguintes categorias de públicos-alvo: 124 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE CATEGORIAS DE PÚBLICOS-ALVO DO PROJECTO SAMA1/VARD “Clientes” – O público jovem constitui o principal alvo. uma vez que, pelos dados recolhidos através do Agente Móvel, é o público mais “disponível” para a aceitação das Novas Tecnologias no seu quotidiano. No entanto, é fundamental criar ferramentas direccionadas para um público mais sénior. Há várias razões que justificam esta opção: são um público que carece de formação em novas tecnologias, há vários serviços on-line (segurança social, Instituto de Emprego, Finanças, Câmaras Municipais), direccionados para um público mais velho, mas que muitas vezes não sabe usufruir dos serviços disponíveis. Além disso, é também o público mais adulto que tem necessidades de consultar os serviços on-line da Câmara Municipal. É necessário, portanto, prestar apoio e disponibilizar equipamentos para este público. A comunicação deverá ser clara e directa, sem mensagens subliminares ou conceitos demasiado técnicos. “Iniciadores” – São as pessoas que podem iniciar o processo de decisão de fidelização ao Projecto, mesmo que não tomem a decisão final, entenda-se, fidelização e participação, podemos definir os responsáveis/dirigentes por Associações, Escolas, Câmaras Municipais e Comunicação Social. É essencial desenvolver mecanismos de comunicação directa e pessoal com as Câmaras Municipais, através de Comunicados e Reuniões periódicas com os Técnicos de Informática, Vereadores e Presidentes de Câmara. Serão estes “líderes” que vão conhecer o desenvolvimento do Projecto em primeiro lugar e que poderão influenciar a população para a aceitação do Projecto. “Influenciadores” - Dirigentes associativos, professores, Presidentes de Câmara, técnicos superiores das áreas da Educação e comunicação social. Ferramentas de comunicação Para além da relevância que o plano deve conceder às ferramentas WEB, que deve ser considerada a plataforma de divulgação central, o trabalho a externalizar definirá os seguintes tipos de materiais: - Publicidade: Newsletter, Cartazes Publicitários (A3): institucional e de publicidade, Roll-up: institucional e publicidade, Ecrãs Públicos; Brochura com relatórios anuais de execução; - Marketing directo: avaliação da exequibilidade e das vantagens operacionais associadas a este tipo de material a realizar pela entidade a contratar; - Relações públicas: avaliação da exequibilidade e das vantagens operacionais associadas à utilização desta variável, em termos das relações com a 125 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Comunicação Social; - Merchandising: avaliação da exequibilidade e das vantagens operacionais associadas à utilização desta variável de interacção com os beneficiários directos dos projectos, tendo em vista a visibilidade da subvenção global. Outras acções de divulgação No âmbito da estratégia de comunicação delineada para a visibilização da subvenção global, propõem-se adicionalmente as seguintes acções: - Realização de um grande seminário de apresentação dos trabalhos da subvenção global, em estreita cooperação com os trabalhos do ON2 – O Novo Norte; - Realização de um seminário em cada um dos municípios da NUTS III (com periodicidade semestral) destinado a apresentar resultados semestrais e acumulados de execução e acompanhamento da subvenção global e resultados da experiência de gestão descentralizada da subvenção global sempre em estreita articulação com a monitorização de outras iniciativas previstas no PTD Ave 2015, candidatadas a outros programas que não o PO Regional; - Realização todos os anos de uma semana das questões europeias, destinada a dar conta da intervenção comunitária no Ave, semana que coincidirá com o hasteamento da bandeira da União Europeia prevista no artigo 7º das Normas de Execução do Regulamento (CE) nº 1093/2006; - Criação no âmbito da rede de relacionamentos internacionais actualmente existente na AMAVE de uma rede de intercâmbio de experiências em domínios de projectos constantes das tipologias de contratualização definidas neste documento, com integração dessa componente de benchmarking e de boas práticas nas iniciativas a promover durante a semana das questões europeias, definida no parágrafo anterior. 126 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE ANEXOS 127 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE ANEXO Nº 1 - PLANO DE INVESTIMENTOS NA VARIAcNTE 1 (investimento elegível) AVE GLOBAL Projectos Municipais + VARD 2015 Proposta para Subvenção Global (ON.2) Tipologia/Sub-tipologia a contratualizar Código Investimento a Total GLOBAL contratualizar até FEDER 2010 Investimento a contratualizar entre 2010-2013 Variante 1 (Investimento) Total GLOBAL Investimento TOTAL 2008-2013 Até 2010 2010-2013 Diferença proj. municip/ prop.subvenção global (Investimento) Áreas de acolhimento empresarial I.a.1 1.797.490 € 0,00 € 2.567.842,26 € 2.567.842,26 € 2.567.867,94 € 408.081,49 € 2.159.786,45 € 25,69 € Criação e divulgação de conteúdos e serviços on-line I.b.1 7.189.958 € 6.847.579,37 € 3.423.789,69 € 10.271.369,06 € 10.271.471,76 € 7.141.580,19 € 3.129.891,57 € 102,70 € Acções integradas de valorização territorial II.a.1 5.991.632 € 4.279.737,10 € 4.279.737,10 € 8.559.474,20 € 6.781.443,00 € 3.380.124,11 € 3.401.318,90 € -1.778.031,20 € Ciclo Urbano da água Resíduos sólidos Requalificação da rede escolar do 1º ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar Variantes a centros urbanos Planos de mobilidade urbana sustentável Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Acções piloto de valorização integrada da rede de sistemas de transporte colectivo em meio rural Intervenções estruturantes em cais fluviais e vias navegáveis Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Operações de racionalização dos modelos de organização e gestão da Administração Pública; Operações no domínio da Administração em Rede Balcões multiserviços móveis III.a.1 III.a.2 7.914.946 € 2.411.632 € 6.150.410,20 € 2.009.693,22 € 5.156.655,24 € 2.009.693,22 € 11.307.065,44 € 4.019.386,43 € 11.661.494,61 € 3.371.073,13 € 7.074.112,84 € 1.858.068,73 € 4.587.381,77 € 1.513.004,41 € 354.429,17 € -648.313,30 € III.a.3 33.794.317 € 48.277.595,71 € 0,00 € 48.277.595,71 € 57.118.630,84 € 55.863.630,84 € 1.255.000,00 € 8.841.035,13 € IV.a.1 IV.a.2 958.661 € 1.369.515,87 € 0,00 € 1.369.515,87 € 1.369.520,70 € 1.369.520,70 € 0,00 € 4,83 € 5.991.632 € 3.423.789,69 € 5.135.684,53 € 8.559.474,21 € 8.164.129,54 € 3.386.325,13 € 4.777.804,41 € -395.344,67 € 10.665.105 € 0,00 € 15.235.864,10 € 15.235.864,10 € 15.654.844,39 € 5.952.258,83 € 9.702.585,56 € 418.980,29 € 3.594.979 € 5.991.631,95 € 0,00 € 5.991.631,95 € 5.991.691,86 € 5.991.691,86 € 0,00 € 59,91 € 3.594.979 € 5.135.684,53 € 0,00 € 5.135.684,53 € 7.090.895,90 € 5.835.735,90 € 0,00 € 1.955.211,37 € 83.905.331 € 50.111.014 € 83.485.637,64 € 35.208.042 € 37.809.266,13 € 37.809.266 € 121.294.903,77 € 73.017.308 € 130.043.063,67 € 72.924.433 € 98.261.130,61 € 42.397.500 € 30.526.773,06 € 29.271.773 € 8.748.159,90 € -92.875 € Projectos/iniciativas inovadoras e de elevado demonstrativo de valorização regional e local efeito IV.a.3 IV.a.4 IV.b.1 IV.b.2 IV.b.3 V.a.1 V.a.2 V.a.3 V.b.1 Total Total (s/ sector da Educação) 128 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE ANEXO Nº 2 - PLANO DE INVESTIMENTOS NA VARIANTE 2 Eixo Prioritário Objectivo Específico Promoção de acções colectivas de desenvolvimento empresarial I. Competitividade, inovação e conhecimento Promoção da economia digital e da sociedade do conhecimento Valorização de novos territórios de II. Valorização económica aglomeração de actividades de recursos específicos económicas III. Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial IV. Qualificação do Sistema Urbano V. Governação e Capacitação Institucional Tipologia/Sub-tipologia a contratualizar Áreas de acolhimento empresarial I.a.1 Criação e divulgação de conteúdos e serviços on-line I.b.1 Acções integradas de valorização territorial II.a.1 Ciclo Urbano da água Resíduos sólidos Requalificação da rede escolar do 1º ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar Variantes a centros urbanos Planos de mobilidade urbana sustentável Promoção da Mobilidade Urbana Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Acções piloto de valorização integrada da rede de sistemas de transporte colectivo em meio rural Promoção da Conectividade do Intervenções estruturantes em cais fluviais e vias Sistema Urbano Regional navegáveis Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Modernização do Governo Electrónico Operações de racionalização dos modelos de organização e melhoria da relação das empresas e e gestão da Administração Pública; dos cidadãos com a Administração Operações no domínio da Administração em Rede Desconcentrada e Local Balcões multiserviços móveis Promoção da Capacitação Institucional Projectos/iniciativas inovadoras e de elevado efeito e de Desenvolvimento Regional e demonstrativo de valorização regional e local Local Qualificação dos serviços colectivos territoriais de proximidade Código III.a.1 III.a.2 Proposta para Subvenção Global (ON.2) Total GLOBAL Investimento Investimentos Municipais + VARD 2015 Variante 2 Diferença invest. Municipal + VARD 2015/ prop.subvenção global 12.839.211,31 € 13.627.606,36 € 788.395,05 € 8.559.474,20 € 6.522.262,64 € -2.037.211,56 € 63.604.047,59 € 102.221.780,64 € 38.617.733,05 € 25.164.854,19 € 38.579.457,90 € 13.414.603,71 € 10.271.369,06 € 12.266.996,33 € 1.995.627,27 € 120.438.956,35 € 173.218.103,87 € 52.779.147,52 € III.a.3 IV.a.1 IV.a.2 IV.a.3 IV.a.4 IV.b.1 IV.b.2 IV.b.3 V.a.1 V.a.2 V.a.3 V.b.1 Total 129 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE AVE GLOBAL Proposta para Subvenção Global (ON.2) Código Valor FEDER a contratualizar até 2010 Valor FEDER a contratualizar entre 2010-2013 Total GLOBAL FEDER Investimento a contratualizar até 2010 Variante 2 Investimento a contratualizar entre 2010-2013 Total GLOBAL Investimento TOTAL 2008-2013 Até 2010 2010-2013 Diferença invest. municip/ prop.subvenção global I.a.1 0,00 € 1.797.489,58 € 1.797.489,58 € 0,00 € 2.567.842,26 € 2.567.842,26 € 2.046.488,87 € 1.377.687,17 € 668.801,70 € -521.353,39 € I.b.1 4.793.305,56 € 2.396.652,78 € 7.189.958,34 € 6.847.579,37 € 3.423.789,69 € 10.271.369,06 € 11.581.117,49 € 9.416.831,78 € 2.164.285,71 € 1.309.748,43 € II.a.1 2.995.815,97 € 2.995.815,97 € 5.991.631,94 € 4.279.737,10 € 4.279.737,10 € 8.559.474,20 € 6.522.262,64 € 4.514.199,61 € 2.008.063,04 € -2.037.211,56 € III.a.1 III.a.2 4.305.287,14 € 1.205.815,93 € 3.609.658,67 € 1.205.815,93 € 7.914.945,81 € 2.411.631,86 € 6.150.410,20 € 2.009.693,22 € 5.156.655,24 € 2.009.693,22 € 11.307.065,44 € 4.019.386,43 € 24.550.763,20 € 784.286,00 € 15.859.083,55 € 449.378,00 € 8.691.679,65 € 334.908,00 € 13.243.697,76 € -3.235.100,43 € III.a.3 33.794.317,00 € 0,00 € 33.794.317,00 € 48.277.595,71 € 0,00 € 48.277.595,71 € 76.886.731,44 € 56.992.031,44 € 19.894.700,00 € 28.609.135,73 € IV.a.1 IV.a.2 958.661,11 € 0,00 € 958.661,11 € 1.369.515,87 € 0,00 € 1.369.515,87 € 12.853.572,71 € 11.112.144,14 € 1.741.428,57 € 11.484.056,84 € 2.396.652,78 € 3.594.979,17 € 5.991.631,95 € 3.423.789,69 € 5.135.684,53 € 8.559.474,21 € 12.582.262,64 € 10.801.762,20 € 1.780.500,44 € 4.022.788,43 € 0,00 € 10.665.104,87 € 10.665.104,87 € 0,00 € 15.235.864,10 € 15.235.864,10 € 13.143.622,55 € 8.133.637,91 € 5.009.984,64 € -2.092.241,55 € 3.594.979,17 € 0,00 € 3.594.979,17 € 5.991.631,95 € 0,00 € 5.991.631,95 € 6.703.119,00 € 2.190.148,16 € 4.512.970,84 € 711.487,05 € V.b.1 3.594.979,17 € 0,00 € 3.594.979,17 € 5.135.684,53 € 0,00 € 5.135.684,53 € 5.563.877,33 € 2.463.877,33 € 3.100.000,00 € 428.192,80 € Total 57.639.813,83 € 26.265.516,97 € 83.905.330,80 € 83.485.637,64 € 37.809.266,13 € 121.294.903,77 € 173.218.103,87 € 123.310.781,29 € 49.907.322,59 € 51.923.200,10 € IV.a.3 IV.a.4 IV.b.1 IV.b.2 IV.b.3 V.a.1 V.a.2 V.a.3 130 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE Quadro Financeiro Global – AVE Variante 2 – Valores FEDER Eixo Prioritário AVE GLOBAL Variante 2 (FEDER) Proposta para Subvenção Global (ON.2) Tipologia/Sub-tipologia a contratualizar Código Valor FEDER a contratualizar até 2010 Valor FEDER a contratualizar entre 2010-2013 Total GLOBAL FEDER TOTAL 2008-2013 Até 2010 2010-2013 Diferença invest. municip/ prop.subvenção global (FEDER) Áreas de acolhimento empresarial I.a.1 0,00 € 1.797.489,58 € 1.797.489,58 € 1.432.542,21 € 964.381,02 € 468.161,19 € -364.947,37 € Criação e divulgação de conteúdos e serviços on-line I.b.1 4.793.305,56 € 2.396.652,78 € 7.189.958,34 € 8.106.782,24 € 6.591.782,25 € 1.515.000,00 € 916.823,90 € II.a.1 2.995.815,97 € 2.995.815,97 € 5.991.631,94 € 4.565.583,85 € 3.159.939,72 € 1.405.644,12 € -1.426.048,09 € III.a.1 III.a.2 4.305.287,14 € 1.205.815,93 € 3.609.658,67 € 1.205.815,93 € 7.914.945,81 € 2.411.631,86 € 17.185.534,24 € 470.571,60 € 11.101.358,49 € 269.626,80 € 6.084.175,76 € 200.944,80 € 9.270.588,43 € -1.941.060,26 € III.a.3 33.794.317,00 € 0,00 € 33.794.317,00 € 53.820.712,01 € 39.894.422,01 € 13.926.290,00 € 20.026.395,01 € IV.a.1 IV.a.2 958.661,11 € 0,00 € 958.661,11 € 8.997.500,90 € 7.778.500,90 € 1.219.000,00 € 8.038.839,79 € 2.396.652,78 € 3.594.979,17 € 5.991.631,95 € 8.807.583,85 € 7.561.233,54 € 1.246.350,31 € 2.815.951,90 € 0,00 € 10.665.104,87 € 10.665.104,87 € 9.200.535,79 € 5.693.546,54 € 3.506.989,25 € -1.464.569,09 € 3.594.979,17 € 0,00 € 3.594.979,17 € 4.021.871,40 € 1.314.088,90 € 2.707.782,50 € 426.892,23 € V.b.1 3.594.979,17 € 0,00 € 3.594.979,17 € 3.894.714,13 € 1.724.714,13 € 2.170.000,00 € 299.734,96 € Total 57.639.813,83 € 26.265.516,97 € 83.905.330,80 € 120.503.932,21 € 86.053.594,28 € 34.450.337,93 € 36.598.601,41 € I II Acções integradas de valorização territorial III IV V Ciclo Urbano da água Resíduos sólidos Requalificação da rede escolar do 1º ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar Variantes a centros urbanos Planos de mobilidade urbana sustentável Qualificação do sistema de transportes públicos de passageiros Eliminação de pontos negros Acções piloto de valorização integrada da rede de sistemas de transporte colectivo em meio rural Intervenções estruturantes em cais fluviais e vias navegáveis Qualificação dos níveis de serviço da rede de EENN e EEMM Operações de racionalização dos modelos de organização e gestão da Administração Pública; Operações no domínio da Administração em Rede Balcões multiserviços móveis Projectos/iniciativas inovadoras e de elevado demonstrativo de valorização regional e local Total efeito IV.a.3 IV.a.4 IV.b.1 IV.b.2 IV.b.3 V.a.1 V.a.2 V.a.3 138.a 131 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE FICHA TÉCNICA 1. QUATERNAIRE PORTUGAL 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Dr. António Manuel Figueiredo – Coordenação Global Dr. Daniel Miranda – Coordenação Executiva Drª Ana Paula Guimarães – Trabalho de contacto com os Municípios da AMAVE Dr. Pedro Quintela - Trabalho de contacto com os Municípios da AMAVE Dr. José Portugal - - Trabalho de contacto com os Municípios da AMAVE Drª Lurdes Cunha – Articulação com as questões da Formação Dra. Lurdes Macedo - Articulação com as questões do emprego e da Formação Dra. Filipa César – Articulação com as questões da acção social Drª Isabel Leal – Sistemas de Informação e modelo de gestão Engº Sérgio Costa (SIMBIENTE) – Articulação com as questões do ambiente 2. AMAVE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Dr. António Magalhães – Presidente da AMAVE Manuel Ferreira – Coordenador Geral Fernando Borges – Coordenação Executiva Drª Venina Rodrigues – Organização da candidatura Dr. João Paulo Ribeiro – Coordenador Financeiro Dr. Geraldo Castro – Coordenação Executiva Financeira Dr. Domingos Silva – Planeamento e Desenvolvimento Regional Dr. Jerónimo Silva – VARD – Vale do Ave Região Digital 3. CÂMARAS MUNICIPAIS – COORDENAÇÃO POLÍTICA E TÉCNICA 1. Câmara Municipal de Vieira do Minho 1. Presidente da Câmara Municipal – Dr. Albino Carneiro 2. Engº António Campos 2. Câmara Municipal de Póvoa de Lanhoso 1. Presidente da Câmara Municipal – Sr. Manuel José Batista 2. Arq. Manuel Sousa 132 PTD do AVE 2015 PROGRAMA TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO DO AVE 3. Drª Marta Veloso 3. Câmara Municipal de Mondim de Basto 1. Presidente da Câmara Municipal – Sr. Fernando Pinto Moura 2. Drª Susana Mota 4. Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto 1. Vereador e Vice-Presidente da Câmara Municipal – Dr. Jorge Machado 2. Drª Irene Fontes 5. Câmara Municipal de Fafe 1. Vereador das Câmara Municipal – Engº Vitor Moreira 2. Dr. Joaquim Barbosa 6. Câmara Municipal de Guimarães 1. Vereador e Vice-Presidente da Câmara Municipal – Dr. Domingos Bragança 2. Drª Sónia Gonçalves 3. Drª Elsa Ferreira 7. Câmara Municipal de Vizela 1. Vereador da Câmara Municipal – Sr. Alberto Machado 2. Drª Cristina Castro 3. Drª Alda Margarida Abreu 4. Drª Madalena Ferreira Magalhães 8. Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão 1. Vereador da Câmara Municipal – Engº José Santos 2. Dr. Francisco Jorge 3. Celso Branco 133