Retículo Endoplasmático

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Retículo Endoplasmático
Retículo Endoplasmático
1 – Conceito – é um sistema submicroscópico, de canais anastomáticos ou unidades
intercomunicantes tridimensionais delimitados por membranas e que percorre todo citoplasma.
2 – Sinonímia – também chamado de retículo citoplasmático.
3 – Morfologia – o R.E. constituído de túbulos ou canalículos sáculos (cisternas), com partes
dilatadas ou vesículas.
4 – Estrutura Química – é na realidade um sistema de membranas de composição química
lipoprotéica semelhante à membrana plasmática.
5 – Fases – o R.E. apresenta duas fases que são:
5.1 – Fase Interna ou Lúmen ou Luz – é aquela que fica em contacto com as substâncias de
transporte
5.2 – Fase Externa – esta, mantém contato com o meio intracelular, isto é, com as substâncias
do hialoplasma.
6 – Tipos – se apresentam sob duas formas que são:
6.1 – Liso ou Agranular – não apresenta ribossomos aderidos ou ligados, isto é, possui toda a
sua superfície lisa.
6.2 – Rugoso ou Granular ou Ergastoplasma – possui ribossomos ligados ou aderidos as suas
membranas, isto é, possui toda a sua superfície rugosa como se fossem bordados.
7 – Funções do Retículo Endoplasmático:
7.1 – Exclusiva do R.E. Rugoso:
7.1.1 – Síntese Protéica – realizada pelos ribossomos aderidos.
7.2 – Predominantes do R.E. Liso:
7.2.1 – Metabólicas – estão relacionadas com o metabolismo das substâncias que são:
7.2.1.1 – Síntese de Lipídios – os principais são:
A – Síntese de Triglicerídeos – como já visto, são os lipídios de maior importância biológica.
B – Síntese de Esteróides – cerca de 50 esteróides diferentes, todos muito semelhantes em
estrutura, foram até agora isolados do córtex da adrenal de vários mamíferos. Alguns desses
esteróides representam, sem dúvida, etapas na síntese de vários hormônios, embora quase todos
tenham alguma atividade hormonal. Os esteróides são fabricados a partir do colesterol, isto é, nas
células animais. Os principais esteróis são: testosterona – hormônio sexual masculino fabricado
pelo R.E. das células dos testículos; progesterona – hormônio feminino fabricado pelas células
do ovário e da placenta; estradiol (17β–estradiol) – outro hormônio feminino fabricado pelas
células do ovário e responsável pelos caracteres sexuais secundários femininos; corticosteróides
ou corticóides – são esteróides fabricados pelo córtex da supra–renal (glândula), sendo os
principais: aldosterona, cortisona, cortisol (hidrocortisona). O mais conhecido de todos os
corticóides é a cortisona, que não é secretada pelo córtex da adrenal humana, mas produzido pelo
hepatócito (célula do fígado), através da degradação do cortisol (o mais importante
glicocorticóide do homem) e utilizado na formação de outros compostos similares.
7.2.1.2 – Síntese de Ácido L Ascórbico ou vitamina C – ocorre no R.E. liso das células de
frutas cítricas, tais como: laranja, limão, caju, goiaba, acerola, e outras.
7.2.1.3 – Glicogenólise – é a quebra ou degradação do glicogênio com posterior transformação
em glicose. Ocorre graças à ação da enzima glicose–6–fosfatase que se encontra presente nas
membranas do retículo endoplasmático. É interessante saber que a enzima responsável pela
síntese glicogênio é a UDPG (uridina difosfato glicose).
7.2.1.4 – Armazenamento – ocorre acumulação de substâncias em seus vacúolos e canalículos.
As substâncias armazenadas no retículo podem vir do meio intra ou extracelular. As que vêm do
meio externo, geralmente são proteínas que penetram juntamente com os líquidos durante a
pinocitose e que são armazenadas nas vesículas do retículo para posteriormente serem digeridas
pelos lisossomos. Do meio interno, as mais comuns são também proteínas, sintetizadas ao nível
de ribossomos e são acumuladas no lúmen reticular. Tanto as proteínas que ficam na célula
(proteínas de constituição celular), como aquelas que são exportadas (proteínas que saem da
célula) são armazenadas ao nível de R.E.
7.2.1.5 – Detoxicação ou Desintoxicação Celular – esta função é muito importante, sendo
realizada pelo R.E. das células hepáticas (do fígado). É realizada graças à capacidade que possui
o R.E. de fazer conjugações, oxidações, metilações, dessulfuração, desaminação, entre outras,
transformando uma substância tóxica, em inócua para o organismo. Veja o significado disto:
conjugações – é a combinação de uma substância com outra; oxidação – é a catabolização ou
destruição de uma substância através de uma série de reações, transformando–se em acetil–Co–A
que penetra no ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs), onde, através do oxigênio molecular será
transformada em CO2 e H2O; metilação – é a incorporação de um radical metil numa substância;
dessulfuração – é a subtração de enxofre de uma substância e desaminação – é a retirada de
radicais aminas de uma determinada substância.
7.2.1.6 – Inativação de Hormônios – os hormônios (independente do local da fabricação) são
degradados no R.E. das células do fígado (hepatócitos).
7.2.1.7 – Condutibilidade de Estímulos – é no R.E. onde se originam os impulsos celulares e
condução desses estímulos, principalmente em células musculares estriadas e neurais.
7.3 – Comuns ao R.E. Liso ou Rugoso:
7.3.1 – Transporte – funciona como vasto sistema circulatório intracelular, executando duas
importantes funções que são:
7.3.1.1 – Intercâmbio Entre o Meio Intra e Extra Celular – facilitando a comunicação entre
dois meios e deste modo, determinando a troca de substâncias.
7.3.1.2 – Circulação Intracelular – esta função tem como finalidade o transporte de substância
de uma região para outra célula.
7.3.2 – Regulação Osmótica – retirando substância do hialoplasma e concentrando no seu
interior, o retículo endoplasmático modifica a concentração citoplasmática e conseqüentemente,
sua pressão osmótica.
7.3.3 – Aumento da Superfície de Contacto – algumas enzimas celulares, ficam em associação
com as membranas, e como o retículo possui grande superfície de membrana, dá maior superfície
de contacto e desse modo, possibilita um aumento considerável das reações químicas.
8 – Origem – tanto o R.E. liso como o rugoso, são formados de membranas pré–existentes da
carioteca e da membrana plasmática.
Nota – este texto é, na realidade, uma breve introdução, por isso queremos esclarecer aos
interessados no assunto, que para obter o texto na íntegra (total), basta solicitá-lo, que
atenderemos todos os pedidos e enviaremos os mesmos pelos Correios e Telégrafos;
portanto, entre em contato conosco através dos nossos telefones ou e-mail.
À Direção.
Maceió, Janeiro de 2.012
Autor: Mário Jorge Martins.
Prof. Adjunto de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL).
Mestre em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Médico da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

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