lioteca - Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP

Transcrição

lioteca - Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP
,--------------------t
Centro de Rete c!l::i3 e Treinamento - DSTIAIOS
SECRETARIA
DE
LIOTECA
'-----------------....:1
A SAÚDE
DO
E
.",
Si -
I'
"
c.. ,-. ~·
(' /)",
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R"~ ~k~K\O l ..hlU" ,~ , L;? ú\309
tum: 2 e 4 . 42 a 61 ~ 2 9 J I 9 1 , ~/2 e 9" l3 \ \
•
FARMACODEPENDtNCIA
NELMA VALDRIGHI
SCAL!T
,
)
SETEMBRO /
CENTRO
DE REFER~NC1A
RUA ANTONIO
Mod, 6
CARLOS
.•
E 1'REILJ,r-íEJ;'1'O
-..A.IDS
N~'122
- CERQUEIRA
CESAR
- S~O PAULO.
Serviço
Gráfico
• DAS
88.
BIBLIOTECA
CRT··AIDS
FÀRMACODEPENDtNC
ftun W:·l}HiJ l:~~l~S.122 - m 01309
A
fOHtS: 2E H2Oô IJ 2 9 5 J 9 12 4/2 fi g. 7 311
.NELMA VALDRIGHl
A Fàrmacodependência
SCALET
vem assumindo proporções alar
mantes nos últimos anos, principalmente pela fácil aceitação e ampla
disseminação
entre os jovens. ~ considerada pela OMS ( Organização
Mundial de Saúde)
como uma " doença social epidêmica·", tamanha sua
extensão. Constitui
assim, um
erdadeiro desafio para todos aqueles
que se empenham na resolução desse problema.
Buscam-se, mais do que nunca, as motivações que l~
vam os jovens ao consumo das drogas, a uma " viagem"
muitas vezes
sem volta. Essas motivações, que aparecem sob a justificativa de:
Curiosidade
em experimentar novas sensações,
· Necessidade de auto - afirmação,
· Ser aceito e pertencer a um grupo,
· Prova de coragem,
· Contestação de Valores,
· O~~sição às exigências quotidianas,
· Falta de oportunidades, de perspectivas para
o
futuro,
· Fuga, diante de um mundo em rápida mutação,
· Alívio para o "stress", angústias, solidão, ten
sões,
· Perda da referência emocional, etc,
refletem o desajustamento
da estrutura subjetiva da personal~dade
,
como resultado de conflitos emocionais profundos (neuroses), ou
de
desorganização
de
constitucional
desordens mentais
( psicoses).
(personalidades psicopáticas), ou
.02.
Cla
e Olievcnstein, diretor
(;.0
C2r/c.rE:"
Medical Mar
mottan, de Paris, estabelece a seguinte equação: " O encontro do pro
duto, de uma personalidade e de um momento s6cio-cultural", pois
li
11 A droga existe sem o toxicômano.
O objeto droga, matéria inerte, existiu em todos
os
tempos, em todos os lugares;
2Q Diante deste obieto, a atitude do homem é variável
conforme o espaço,
ideologia, o lugar, o momento só
cio - cultural;
32 A momento sócio-cultural
igual, a atitude dos indi
víduos é variável, segundo a vulnerabilidade
pessoal
ligada à história própria do indivíduo diante dafalta,
42
Toda falta junto ao ser humano retorna a uma outra
falta arcaica, e é neste retorno que se situa a especificidade
da dependência humana"
J. Caruso Madalena refere: " Cameron, D.C.,
Drug Depcndcnce:
1970
insist
pendência,
some re earch issu s. BulI. WLD. Hlth.Org. 43:589,
em uma série de fatores influenciadores na farmacode-
pois não são somente as propriedades farmacodinãmicas
droga que estão em j5go.
I. Em relação às Drogas:
J • A
forma de dosagem da droga.
2 • A
potência da droga.
3.
dose tomada.
A
4. A via de administração.
5. A
frequência e duração do uso.
da
.03.
I•
m rll 9 o ao Ind1v!duol
1. A dotação genética.
2. O estado geral de saúde e nutrição.
3. A presença de doença intercorrente ou outras de
sordens.
4. As prévias experiências interpessoais e pessoais.
5. O grau de integração de atitudes culturais.
6. A intensidade de necessidades conscientes e incons
cientes para a segurança emocional, independência,
satisfação, reconhecimento e padrões usualmente em
pregados para satisfazer-se tais necessidades.
7. O auto-conceito,
incluindo a extensão àquele que o
convence de encontrar suas as~irações.
111. Em relaçlo
ao AmbienteI
1. o caráter, a força e a estabilidade da constitui ção familiar, das atitudes culturais e dos costumes~
2. A accessibilidade de drogas e de informações acerca
dos (:dilus da sua tomada.
3. O nível geral de tensões, particularmente o de natureza desestruturada, dentro e em meio dos grupos
sociais".
A repercussão que o uso da droga tem para o lado da sa~de
mental do usuário pode ser medida nas palavras de Marcos Mendonça
" A constatação de que o consumo diário de um cigarro de maconha des
trói o .cér bro em 25 anos~ de cocaína, em 12 anos~ de heroína em
08
anos, e de "CRAK" ( novo tipo de processamento da coca ) em apenas 3
anos".
Todos os aspectos ligados à Fàrmacodependência mais
que nunca devem ser considerados e os estudos aprofundados,
do
quando
.04.
se sabe que uma das formas de se adquirir
vés da via sanguínea,
o vírus da AIDS é atra
a que os usuários de drogas estão expos -
tos pelo uso comum de seringas e agulhas nas aplicações endovenosas.
.05.
DROGA, segundo a OMS, é toda substância ou produto que, administrado ao organismo vivo, produz modificações em uma ou mais de
suas,
funções.
r~o
é toda substância natural ou sintética capaz de dar origem
ao medicamento.
MEDICAMENTO
é o produto industrializado, ou seja, o fármaco em
sua
forma farmacêutica.
F~RMACODEPENDtNCIA,
na definição da OMS, é o estado psíquico e
vezes físico causado pela
as
interação entre um organismo vivo eum
fármaco, caracterizado por modificações do comportamento e por
ou,-
tras reações que compreendem sempre um impulso irreprimível por ,to
mar o fármaco em forma contínua ou periódica a fim de experim~ntar
seus efeitos psíquicos e, ~s vezes, para evitar o mal estar produzi
do pela sua privação.
TOLERÂNCIA
é a adaptação do organismo aos efeitos da droga, o que
acarreta a necessidade de aumentar a dose para'continuar obtendo re
sultados de igual grandeza.
TOLERÂNCIA CRUZADA é o fenômeno que cx:orrequando uma droga induz
tolerância a uma outra droga da mesma classe.
DEPENDtNCIA
FtSICA OU ADIçAO é um estado de adaptação biológica qUE
se manifesta por alterações fisiológicas mais ou menos intensas
quando se suspende bruscamente a drogà.
Si .:.• 1.)T"
L. F-:. ~
C: A
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RUA AHMlHtO C!hlU$. 1~2 • W 01309
fOHlS: 2f4·42n61 ~2951 91241Z~ 9·1311
• 06 •
DIP NDtNCIA PStQUICA OU HA!ITUA~O~ o uso compulsivo de uma droga
sem que haja dependência física; o indivíduo sente porém uma incon
t.r o Láv o1 necessidade de usar a droga.
stNDROME DE ABSTINtNCIA é um estado de adaptação biológica caracte
rizado pelo aparecimento de transtornos fisiológicos, de intensida
de variável, quando se sbprime
bruscamente a droga.
ABUSO é o consumo de uma droga de maneira excessiva, mesmo se usada esporádica ou contínuamente, incompatível ou sem relação
terapêutica médica habitual.
"':'
\
.:
;.-:'
com a
·07.
CLASSIFICA~O
I;
ESTIMULANTES
00
DAS
SISTEMA
DROGAS
MAIS
COMUNS
NERVOSO CENTRAL:
1. Anfetaminas
Anfetamina
(Benzedrina)
Dextroanfetamina
•
Metilanfetamina
(Dexedrina)
(Metedrina, Desoxyn)
Fenrnetrazina (Preludin)
2. Anoréticos.
3. Cocaína.
4. Alucinógenos
Maconha
L S D
Mescalina
Psilocibina
rr ,
OEPRESSORAS
00
SISTEMA
NERVOSO CEN'l'RAL:
1. ~lcool.
2. Barbitúricos.
3. Tranquilizantes.
4. Ópio e seus der iV'jdOE'Morfina
Heroína
Codeina
5. Inalantes.
l. DROGAS IS~X~IS
Anfetarnina ( "Bolinhas", na gíria
DO S.N.O.
r.
Provoca Dependência psíquica.
Não provoca dependência físic~.
Não provoca
síndrome de Abstinência.
Provoca tolerância.
Manifestações:
Tremor das mãos,
dante,
SUdorese Abun
Ressecamento da boca e nariz,
Arterial,
sismo,
Pupilas dilatadas,
Alteração Respiratória,
Inquietação.
Hipertensão
Insônia, 'Nervo
Blq;
__
IOTErA'
.
..•
~
L. •
.
CRT·· AIDS
nu~ l~irGHi;J CU~tL.j, :22 - CtP 01309
í um\ 2[ ~ 42 n 5 i ~2 95:' fi !2 -1n B9 - I3l
.08.
!
Se usadas em grandes doses pode acarretar transtor
nos mentais, com confusão, idéias de perseguição e alucinações.
Se em doses continuadas, provocam insônia, nervosismo, acentuada irritabilidade.
A suspensão brusca da droga pelo usuário não leva
ao síndrome de abstinência, mas é possível ocorrer ansiedade
e
grave depressão.
Como provoca tolerância, há o risco de haver intoxicação, às vezes grave, com coma e morte.
Muitas vezes o início do uso dessas drogas se
dá'
para combater o sono ( motoristas de caminhão, estudantes em vésperas de prova)
Anor'ticos
e a fadiga ( atletas ).
ou anorexigênicos, com efeitos farmacológicos semelha~
tes aos das anfetaminas, usados como moderadores do apetite:
Preludin
Cafilon
Lucofen
Anorexyl
Temiran
Minifage
Abulemin
Linix
Lipenam
Proporex
Inibex
Magrilax
Há anoréticos que são associados a barbitúricos:
Dexamyl
Ambar
Desbutal
ou com tranquilizantes:
Moderex
Fatinil
Entre outras drogas com açao semelhante à da,sanfetarninas, embora
não derivado da mesma, há o Ritalin
DROGAS ESTIMULANTES
('metilfenidato ) ~
DO S.N.C.
Alucinógenos:
MACONHA
:
obtida dos botões florais da Cannabis Sativa Linnét
murn nos países de clima temperado, nativa"
co
podendo também ser
cultivada. Atinge 01 a 03 m de altura~ folhas longas e estreitas.
O princípio ativo mais importante da planta é o tetrahidrocannabi
nol, cujos metabólitos são eliminados em grande parte' pelas fezes
e em pequenas quantidades pela urina.
S .i non Im.i a
de acordo com a gíria, ou da região onde a
é procedente ):
(
maconha
Marijuana
~â.nhamo
Diamba
Bhang
Ganja
Chanas
Baseado
Fininho
Pacau
Dólares
.09.
José Elias Murad
as mesmas
que
11
letras
a palavra
alguns
cravos
que cânhamo,
brasileiros,
oriundos
de comunicar,
da ~frica
SUfltoS referentes
droga:
a palavra
ti
sido introduzida
teriam,
maconha
diferente
no Brasil,
teria,
no Brasil
entre
e sem o conhecimento
à droga
Fatores
apenas
que assim
em segredo
que
apenas com disposição
que é usada
maconha,
autores
observa
tem
e
li,
segundo
pelos
es -
si, uma maneira
dos seus
senhores,
as
".
importantes
· Solo e clima
onde
relacionados
a planta
· Tempo de colheita
com a potência
da
foi cultivada.
e estocagem
· ~poca do uso
· Estado
de pureza
Os efeitos
da droga.
também
variam
de acordo
com a quantidade
consumida.
Comumente
rada
com tabaco;
garro
usada
de côr verde;
tem o odor
sob forma de cigarro,
pura
quando
fumado,
à palha
semelhante
dependêncla
· Não produz
síndrome
· Não produz
tolerância
dependência
Doses muito
o
ci
física.
de abstinência
psíquica.
elevadas
· O uso contínuo
ou sendo
sêca em combustão.
· Não produz
· Produz
aceso
ou mistu-
podem
levar a uma psicose
pode provocar
estados
tóxica.
crônicos
de ap~
tia e desinterêsse.
· Os efeitos
minutos
Embora
tretanto,
( o que
dois
ber
pGde
preferência
ser fumada,
os efeitos
a usar óculos
O usuário
água com
sentir
após
frequência.
necessidade
pode
A medida
muito
em média
e duram
dependam
entre
a
a boca
há
en
vermelhidão
dos olhos
e o aumento
da frequên-
seca, o que o leva a
que os efeitos
grande para
15 a 30
de 02 a 04 horas.
da dose utilizada,
escuros
sentir
ingerir
vão passando,
alimentos,
be
ele
dando
aos doces.
Com doses pequenas
inicial,
como
sensação
d~ bem
"num sonho",
- estar
do que ocorre
(meio cigarro)
caracterizada
há uma estimulação
por euforia,
loquacidade,
interior.
Com doses maiores
ção maior
aparecem
sinais que são constantes:
leva muitos
cia cardíaca.
da droga
no mundo
( 01 cigarro
exterior,
e meio
) há uma perce,Q
mas concomitantemente,há
.10.
uma
incoordenação
nêsse
da
tempo),
amnésia
temperatura
nas,
mucosas
lacunar
corporal,
do estado
o risco
de dirigir
para os fatos recentes~
fome insaciável,
e brônquios.
ço, exaltação
(daí
das extremidades
de ânimo,
diminuição
inflamação
Há também uma perda
das membra-
do sentido
das fantasias
co
e
carros
do espa-
senso da rea
lidade.
Com doses
nações,
ilusões,
inclusive
dias
delírios,
reações
e chegar
excessivas
despersonalização,
de pânico,
mesmo
o quadro
se, fumada
em "ocasiões
pas~
te que
de 01 a 03
da maconha
e, como
sempre,
está mui
em pequena
do-
em grupos
(é o
mais
( HAXIXE ) é a resina obtida
usada
no Oriente,
tem a cor café,
geralmente
e seu efeito
da planta
fumada
é 10 vezes
em pi
mais poten-
a maconha.
Jayme Regalo
rio de Webster,
adiantando
cipes
durar
pelo uso esporádico,
especiais"
HASHISH
Sativa);
a resina
podendo
excitação,
"gregária").
o
(Cannabis
as aluci
confusão,
ou "recreativo"
e é representado
'tipo da droga
surgem
a 07 dias.
O uso "social"
to difundido
(03 cigarros)
a palavra
haxixe
relata
que
assassino
deriva
justamente
ainda que entre
do Líbano,
" Velho
Pereira
Hassm
da Montanha
e então
os anos de 1.090 e 1.260,
- Ben -
Montanha
Iabak Homairi,
", fanatizava
pela
Príncipe
foi também uma outra
o dicioná
de haxixe
droga
por
fazendo-os
usar o
incitava-os
dos" axixinos
I:
,
um dos prín-
conhecido
seus soldados
sob o furor provocado
sassina to de seus inimigos.
sinos",
"Segundo
ao as
ou dos "assas-
denominação' atribuída
ao
11
Velho
da
11
Portanto,
de Hashish
I
Hashishinos,
vêm
" assass i rr''
"assassino".
L S D - 25
cid) Diethylamide
vado
li)
semisintético
drogas
( Ácido
lisérgico,
é a dietilamida
do fungo,
" Lysergic
do ácido lisérgico,
do ergot~
é um exemplo
alucinogenas.
Provoca
dependência
· Não provoca
dependência
· Provoca
tolerância
Provoca
tolerância
· Provoca
psíquica
síndrome
física
cruzada.
de abstinência.
Saure
(a-
um deri-
clássico
das
'f'
BISL!(_)-rCCA
C ~'l - .~:CJS;
"'
RUA QNiWD
Ut:ili~. 122 •
LiP OIJD
IDNtS: 2 e 4·4 2.~ F.: ',; ~3,1 fi 121/25 9 -)31
.11.
Encontrado como um liquido inodoro, sem côr e
Bem
sabor. ou também sob forma de pílulas, tabletes ou cápsulas. Comu
mente usado por via oral, pode também ser usado injetado. Como as
doses utilizadas são extremamente pequenas, elas são escondidas em
torrões de açúcar, caramelos, aspirina, no dorso de selos de correio, jóias, e também em biscoitos, bebidas, gelatinas, etc.
Uma dose não maior que a ponta de um alfinete prov2
ca os efeitos em 30 a 45 minutos após o uso, atingem o máximo
em
04 a 05 horas e duram entre 08 a 10 horas.
As alucinações são principalmente visuais, cinéti cas e auditivas. Ocorrem fenômenos de despersonalização,
sensações
de deformação corporal, sentimentos opostos e simultâneos, reações
autodestrutivas
imprevisíveis, com risco de suicídio, reações de
pânico, confusão.
Como é produzida frequentemente em laboratóris clan
destinos, há o perigo da "overdose".
Segundo alguns autores, o LSD pode acarretar uma
ruptura dos cromossomos, provocando alterações genéticas nos des cendentes.
S. T. P.
percarburant"
( 11 Serani ty
I
Tranquili
ty
I
Peacell),
au
o"
dos hippies norte americanos, é um derivado da anfe-
tamina (dimetoximetilanfetamina), menos potente que o LSD e mais
potente
que a mescalina.
MESCALINA é um alcalóide extraído de um cactus (Lophophora Williamsii) encontrado sobretudo nas regiões do planalto
central mexicano. Durante séculos foi usado em forma de ritual por
grupos indígenas do México, funéricaCentral e do sudeste dos D.S.A.
Usualmente
ingerido, mascado, ou utilizado em injeções.
Predominam no quadro mental que acarreta, as alucinações visuais
coloridas.
A ingestão do mescal produz uma sensação desagradável, com tontu ras e as vezes náuseas e vômitos, e após
surge um estado de eufo-
ria que Reko (in Estudo das Plantas Alucinatórias,
de Jayme Regal~
10 Pereira ) chega a comentar que: " o comedor de peyotl tem
em
primeiro lugar a ressaca e depois a embriaguez".
PSILOCIBlNA, é um alcalóide obtido de certos cogume
los ( Psilocybe ) do México e América Central~ sob a forma de pó,
ou como solução, o " chá - de - cogumelo ". Durante séculos
foi
.l2~
,
usada em ritos indígenas: em usos religiosos n50 parece levar'
.a
fàrmacodepend~ncia.
DROGAS DEPRESSORAS DO S.
N.
C.
Barbitúricoe, 's50 derivados do ácido barbitúrico ou malonil-uréia:
em doses baixas são sedativos, empregados para combater a ansiedade, e a insônia ( pelo seu efeito hipnótico)
e também no tratamen
to das Epilepsias.
Provocam dependência psíquica .
. Podem provocar dependência física.
Podem provocar tolerância.
. Podem provocar tolerância cruzada ( entre barbitúricos, e com se
..
'
dativos ) .
•/ Provocam síndrome de abstinência.
As bebidas alcoólicas potencializam sua ação.
A dose para ,se obter os efeit.o s.vde se j ado a'é mu
í
to próxima da dose letal.
Osíndrome
de abstinência que se instala à'
su-
pressão abrupta da droga é mais grave e perigoso queio pr ovocado
pelos derivados do ópio.
Em doses baixas ocorre depres~ã6'das funções
psíquicas,
sonolência
t
Ler.t
í
dâo
para reagir aos ,es,tímulo$externo's
,
Em doses maiores, nistagmo ,9isast~ía
,e at.axi
a
progressivas, confusão, desorientação, instabilidade emocional.
Em níveis,mais aLtos de intoxicação, rn i ose ,semi
coma, depressão respiratória ~ choque com midríase e ób ít.o.... .
A apar êncf.a
de embriaguês sem o hábi't,oa.LcoóLí>
,
.
\
"
co indica intoxicação por barbitúrico, embora 'a'presença, do 'hálito
alcoólico não a exclui, pois,pode oco rrer a .i.nqes
t ão dó l?arpi
túr:i:co com bebidas alcoólicas. Nesses casos, salvo tratamento médico
rápido e adequado, sobrevém a morte.
Os sintomas de abstinência começam 08 a,l2
h07
ras depois da última ingestão da droga: inquieta~ão, nervosismo
progressivo,
~
.
trefuores, náuseas e vômitos, ins&nia, deliriOs.Depóis
de 36 horas surgem convulsões, o que permite distinguir esta sín drome da dos opiáceos. Esses sintomas são muito graves e perigosos.
dado o risco eminente de morte.
.
,
.13.
CLASSIFICAçAO
DOS BARBlTORICOS:
De Ação longa:
Luminal
ou Gardendl.
Veron;ti.
De Açio ~i6:
Dial.
Butabarbital.
De Ação
curta:
Seconal
e
Nembutal'(pentobarbital
Atualmente
com os hipnóticos
sódico).
considera-se
não barbitúricos,
Doriden
como
( Glutemida
a dependência
também
o:
)
Mandrix
Mequalon
TRANQUILlZANTES,
Medicinã
substâncias
Podem
acarretar
Podem
levar
Podem
provocar
Diazepam
Temazepam
e como
em
em doses
sindrome
elevadas
deabs
e
haja
das mesmas.
( Lorax
( Mogadon,
( Serenium,
( Levanxol
).
).
Sonebon
).
Medazepol
( Drimuet~~;~~azepol
), planta
empregadas
anti--psicóticas.
ao clássico
continuamente
).
).
).
OPIO E SEUS DERIVADOS: O pó do'ópio
somniferum
largamente
física.
semelhantes
usadas
).
psiquica.
( VaI .i um , Diempax
Nitrazepam
Oxazepam
reações
brusca
Clordiazepóxido
Medazepam
depend~ncia
à dependência
quando
a snspensão
sintéticas,
à ansiedade
no combate
tinência
( Metaquaiona
muito
é obtido da papoula
comum na África
e no O'ri errt e ,
( Papaver
MOP.!'INA:
.14.
é- um estupefaciente forte depressor do S.N.C., com ação
analgésica extremamente potente e intensa ação hipn6tica.
Quando injetada sua
ação é 10 vezes superior à do 6pio ingerido.
' .
Produz dependência pSlqulca.
Produz dependência física.
Produz tolerância.
Produz síndrome de abstinência.
HEROfNA
( diacetilmorfina ).
Provoca dependência psíquica.
Provoca dependência física.
Provoca tolerância.
Provoca síndrome de abstinência dos mais graves que se conhece.
o usuário dessa droga pode calcular err&neamente
a potência da dose, oua
adquirí-la
dose ser mais pcrlerosa do que se julgou ao
( pois são comuns os casos de adulteração ), assim o ri~
co de overdose é frequente, e o quadro de Intoxicação aguda se mani
festa por: Náuseas, v&mitos, pupilas muito pequenas, secura da boca,
sudorese, baixa t.ernpe r
!..
\.<ri:'\
corporal, tremores, pulso .f raoo ,e lento,
respiração também lenta, sialorréia, câimbras, abalos musculares,
diarréias,
tenesmos vesical e retal, hipotensão arterial, acentuada
sonolência, etc. Pode evoluir com coma, insuficiência respiratória
e morte.
Os sintomas do Síndrome de Abstinência aparecem
geralmente 08 a 12 horas após a última dose, aumentam progressiva ~
mente e atingem o máximo em 36 - 72 horas.
A heroína impede a produção das endorfinas, anal
gésicos naturais do organismo, porque a própria droga os fornece.
Quando o heroin&mano suprime a droga, o organismo já não produz as
endorfinas como antes, o que explica as dores terríveis que elesen
te.
.15.
o
hcroinômano
delírios
p1
( Dolophinc
fy,i
((_1(',
COCAtNA,
~~
leva t.arnbórn
Bolívia
e Peru,
volvimento.
lisas
de agitação
psico-motora
e
terapêutica
vem apresentando
dependência,
países
da coca
clima
de substituição
limi tação
segundo
alguns
( Erythroxylon
da América
pois requer
Cresce
como
no seu
Coca
até cerca
de 1,50
Na região
dos Andes
e úmido
m de altura
em
autores.
Lam
), pla12
do Sul, principalmente
temperado
pa
para
da
seu desen
e tem as
folhas
ovaladas.
(>
hábito
~
ox t rai d a da folha
ta r.a ti va de alguns
cio,
) usada
dcpC'ndentes de heroína
C'~-
a crises
ainda
alucinatórios.
A Metadona
ró
é sujeito
de mascar
as folhas
o que provocaria,
a população
juntando-lhes
de forma mais
indígena
um pouco
lenta,
de óxido
a liberação
tem
o
de cál-
e absorção
1
do alca16i~e,
que em quantidades
a I t.r ra ôr- s mentais.
S(:llcadr.:'.H
Dessa
ç
si s t. ('rlc i<1 S,
corno a escalada
menores
religião
giosas
das ri'
dos
incas e está presente
e guerreiras.
!.'
As fQlhas
conseguem
de de -
vencer
re
a fome e a fadiga.
um papel
ainda
o risco
hoje
dessa planta
muito
importante
nas cerimônias
foram
usadas
na
reli-
comO moe-
Ic rma s de pagamento ..
Os usuários
m i ni'í-]
maneira
de montanhas,
A coca desempenhou
evitaria
,I:
usam
as seguintes
gírias
Farinha
Codorna
Farofa
Pó
"Brite"
Neve
para
deno-
Brilho
Apesar
COCi.1.111i)
{:-
f ac ilmr-n t.e
de suas propriedades
absovida
corno .i ria La n t e : ou pela via
pelas
vasoconstritoras
muc o sa s , daí ser usada
.i n t rave no sa , a "picada"
t,
a
também
que nas repeti
-.
.16 .
.ções desenha o "caminho de rato" nos antebraços, na gíria dos usuáI:
rios.
A cocaína tem o
ca,
aspecto de um p6 esponjoso,bran
inodoro, o qual pode ser adulterado juntando-5e-lhe bicarbonato
de sódio, ácido bórico, etc .
..Não provoca dependência física .
. Provoca dependência psíquica .
. Não provoca Síndrome de abstinência.
Provoca tolerância.
A cocaína produz às vezes sensações de grande fOE
ça muscular
e vivacidade mental, o que, em função de delírios perse
cutórios e de ciúmes, com alucinações visuais, táteis e auditivas P2
de levar o dependente .a cometer graves atos anti-sociais.
o uso continuado da droga é capaz de acarretar aI
terações em todos os setores sensoriais, produzindo alucinações vi suais do tipo liliputiano, intensa excitabilidade, euforia7 perda rá
pida do peso, palidez acentuada da face, debilidade física.
Se a dose consumida é excessiva ("overdose") chegase a lntoxicação aguda, cujo quadro é representado por febre, cala frios, náuseas, vômitos, dor abdominal, respiração irregular e rápida,
ô
epo i s fraca e lenta; podem advir convulsões, alterações circula
tórias graves, o coma e a morte.
Como a cocaína se desintegra rapidamente no organismo, podem ser usadas grande quantidades nas 24 horas; quando
doses relativamente pequenas e em
em
curtos intervalos de tempo, pode
chegar até 10 mg / dia.
Sendo a estimulação provocada pela cocaína muito
intensa, geralmente ela é consumida com outras drogas depressoras,c,2
mo bebidas alcoólicas, tranquilizantes, etc.
B I ~3t. i O T E C A
Cf.\1
.~IOS
RUa mONtO ~;:~ws. 1,2 • m 01309
fOHtS: 284-4206/3295/9124/289.7311
lNALANT1S
I
'.17.
Substâncias voláteis, usadas umas como anestésicos, ou
tras como solventes, como ingredientes de alguns tipos de cola, co
mo fluídos de limpeza, etc:
Lança Perfume (Cloreto de etila + clorofórmio) -"Cheirinho da 1016':'
Tetradoreto
de Carbono
Benzina
Gasolina
Tinner
Cola de sapateiro
Acetona
Cola de aeromodelismo,
etc ..
Provocam dependência psíquica.
· Algumas provocam tolerância.
• Não provocam o Síndrome de Abstinência propriamente dito, mas
a
supressão brusca da droga pode causar estados letárgicos, irrita
bilidade e depressão.
· Provocam tolerância cruzada com o álcool.
Os efeitos da droga surgem rapidamente, com sensação de formigamen
to, turvação da visão, excitação, hilaridade, coriza, má arti~ula~
ção das palavras, corno se a língua estivesse enrolada, perda·,
do .
equilíbrio e apagamento da consciência.
Alguns inalantes, incluindo-se o petróleo, benzeno e tetracloreto
de carbono podem determina ar o aparecimento de grave~ complicações
h:?páticas ou renais e ainda discrasias sanguíneas. Há possibilidade de acidentes fatais, como ,_morte por asf ixia, pois o indiv Lduo
pode perder a consciência quando estiver com a máscara aplicada
a
seu rosto.
Ot1l"J\AS DROGAS:
AR~ANI (
trihexifenidil
) é urnadroga
parassimpàticomimética,
do
tipo da atropina, usada em Medicina para a doença de Parkinson.
Em doses altas, cornode 20 a 25 comprimidos ou a ingestão de 01 vi
dro da solução pode desencadear reações semelhantes à dos alucinógenos, com confusão mental, alucinações, delírios e amnésia para a
crise.
.18.
AM!!NYL,
xarope usado como expectorante, contendo codeína,asso-
ciada a dois antí-histamínicos;
tas Binclli e outros.
há ainda o Eritós, Tussiflex,
o
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