31/12/2011Download - Crédit Agricole Brasil SA

Transcrição

31/12/2011Download - Crédit Agricole Brasil SA
Banco Crédit Agricole Brasil S.A.
CNPJ nº 75.647.891/0001-71
Relatório da Administração
Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à vossa apreciação os Balanços Patrimoniais, as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, acompanhados das Notas Explicativas,
do Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria e do Relatório dos Auditores Independentes.
A Diretoria
Demonstrações do Resultado
Balanços Patrimoniais
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010
e Semestre findo em 31 de dezembro de 2011
(Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação)
31 de Dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
Ativo
Circulante
Disponibilidades
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Aplicações no mercado aberto
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
Carteira própria
Vinculados a prestação de garantias
Instrumentos financeiros derivativos
Relações interfinanceiras
Depósitos no Banco Central
Correspondentes
Operações de crédito
Operações de crédito - setor privado
(–) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Outros créditos
Carteira de câmbio
Rendas a receber
Negociação e intermediação de valores
Diversos
Outros valores e bens
Despesas antecipadas
Realizável a longo prazo
Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
Carteira própria
Instrumentos financeiros derivativos
Operações de crédito
Operações de crédito - setor privado
Outros créditos
Rendas a receber
Diversos
Outros valores e bens
Despesas antecipadas
Permanente
Investimentos
Participações em coligadas e controladas
No país
Outros investimentos
Imobilizado de uso
Imobilizações de uso
(–) Depreciações acumuladas
Diferido
Gastos de organização e expansão
(–) Amortizações acumuladas
Total do ativo
2011
1.737.834
2.033
659.657
659.657
–
169.009
100.078
31.130
37.801
2.841
2.841
–
67.938
68.569
(631)
836.164
704.362
595
1.357
129.850
192
192
164.788
56.131
54.987
1.144
17.343
17.343
91.294
–
91.294
20
20
7.410
6.027
5.897
5.897
130
1.357
4.202
(2.845)
26
3.099
(3.073)
1.910.032
2010
1.685.385
3.939
832.128
829.093
3.035
87.345
26.639
48.645
12.061
1.342
1.324
18
151.785
152.273
(488)
608.663
535.992
756
851
71.064
183
183
128.187
2.434
–
2.434
36.917
36.917
88.836
253
88.583
–
–
13.723
12.211
12.081
12.081
130
1.457
4.190
(2.733)
55
3.099
(3.044)
1.827.295
Passivo
Circulante
Depósitos
Depósitos à vista
Depósitos interfinanceiros
Depósitos a prazo
Outros depósitos
Captações no mercado aberto
Carteira de terceiros
Recursos de aceites e emissão de títulos
Recursos de letras de crédito agricola
Relações interdependências
Recursos em trânsito de terceiros
Obrigações por empréstimos
Empréstimos no exterior
Instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados
Carteira de câmbio
Sociais e estatutárias
Fiscais e previdenciárias
Negociação e intermediação de valores
Dívidas subordinadas
Diversas
Exigível a longo prazo
Depósitos
Depósitos a prazo
Instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Fiscais e previdenciárias
Dívidas subordinadas
Resultados de exercícios futuros
Patrimônio líquido
Capital
De domiciliados no exterior
Reservas de lucros
Ajuste de avaliação patrimonial
2011
1.096.260
113.636
3.373
3.032
107.231
–
–
–
113.229
113.229
1.835
1.835
424.223
424.223
8.902
8.902
434.435
57
367.756
33.921
15.862
930
66
15.843
81.072
58.139
58.139
1.266
1.266
21.667
2.916
18.751
808
731.892
684.495
684.495
47.397
–
2010
989.040
58.682
3.971
2.958
39.654
12.099
100.040
100.040
52.818
52.818
1.082
1.082
550.593
550.593
3.606
3.606
222.219
175
149.049
49.381
14.419
3.841
53
5.301
107.560
89.956
89.956
307
307
17.297
643
16.654
723
729.972
684.495
684.495
45.493
(16)
Total do passivo
1.910.032
1.827.295
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 e Semestre findo em 31 de dezembro de 2011 (Em milhares de reais)
Saldos em 31 de dezembro de 2009
Aumento de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Lucro líquido do exercício
Constituição/reversão de reservas
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Saldos em 31 de dezembro de 2010
Ajustes de avaliação patrimonial
Lucro líquido do exercício
Constituição de reservas
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Saldos em 31 de dezembro de 2011
Saldos em 30 de junho de 2011
Lucro líquido do exercício
Constituição de reservas
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Saldos em 31 de dezembro de 2011
Capital social
319.356
365.139
–
–
–
–
–
684.495
–
–
–
–
–
684.495
684.495
–
–
–
–
684.495
Reservas de lucros
Reserva de
capital
Reserva legal
397
4.462
–
–
–
–
–
–
(397)
2.422
–
–
–
–
–
6.884
–
–
–
–
–
1.904
–
–
–
–
–
8.788
–
6.884
–
–
–
1.904
–
–
–
–
–
8.788
Reserva
estatutária
26.675
–
–
–
11.934
–
–
38.609
–
–
–
–
–
38.609
38.609
–
–
–
–
38.609
Ajuste de avaliação
patrimonial
(11)
–
(5)
–
–
–
–
(16)
16
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Lucros acumulados
19.826
–
–
48.438
(13.959)
(21.535)
(32.770)
–
–
38.093
(1.904)
(22.746)
(13.443)
–
19.332
18.761
(1.904)
(22.746)
(13.443)
–
Total
370.705
365.139
(5)
48.438
–
(21.535)
(32.770)
729.972
16
38.093
–
(22.746)
(13.443)
731.892
749.320
18.761
–
(22.746)
(13.443)
731.892
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
1. Contexto operacional
O Banco Crédit Agricole Brasil S.A., é um banco múltiplo, autorizado a operar nas carteiras comercial, de
investimento, de crédito, financiamento e investimento e em operações de câmbio, subsidiária direta do
Crédit Agricole Corporate and Investment Bank - France (75,5%) e do Crédit Agricole Corporate and
Investment Bank Global Banking (24,5%), com sede na França.
As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no
mercado financeiro nacional e internacional. Certas operações têm a co-participação ou a intermediação de
instituições ligadas ao Grupo Crédit Agricole. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e
os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade e a
razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente.
No relatório de 23 de janeiro de 2012, a agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve as notas
atribuídas ao Banco Crédit Agricole Brasil S.A., conforme abaixo:
• Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’; Perspectiva Estável;
• Rating Nacional de Curto Prazo ‘F1+(bra)’ (F1 mais(bra)).
2. Apresentação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que
incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações Lei 6.404/76, alterações
introduzidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09 e normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF.
Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, algumas
normas e suas interpretações foram emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as quais
serão aplicáveis as instituições financeiras somente quando aprovadas pelo BACEN. Os pronunciamentos
contábeis já aprovados pelo BACEN são:
Resolução nº 3.566/08 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos;
Resolução nº 3.604/08 - Demonstração do Fluxo de Caixa;
Resolução nº 3.750/09 - Divulgação sobre Partes Relacionadas;
Resolução nº 3.823/09 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes;
Resolução nº 3.973/11 - Evento Subsequente;
Resolução nº 3.989/11 - Pagamento Baseado em Ações; e
Resolução nº 4.007/11 - Dispõe sobre registro contábil e evidenciação de políticas e contábeis, mudança de
estimativa e retificação de erros.
Atualmente, não é possível estimar quando o BACEN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do
CPC e, nem tampouco, se a utilização dos mesmos será de forma prospectiva ou retrospectiva.
As estimativas contábeis são determinadas pela Administração, considerando fatores e premissas
estabelecidas com base em julgamento. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem
as provisões para ajuste dos ativos ao valor provável de realização ou recuperação, as provisões para perdas,
as provisões para contingências, marcação a mercado de instrumentos financeiros, os impostos diferidos,
entre outros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores
divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as
estimativas e premissas pelo menos semestralmente.
3. Sumário das principais práticas contábeis
a) Apuração do resultado
As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência, observando-se o critério pro-rata dia
para as de natureza financeira.
As receitas e despesas de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto
aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas com operações com o exterior, as quais são
calculadas com base no método linear.
As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas
correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos.
As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data
do balanço.
b) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional e moeda estrangeira
e, quando aplicável, operações que são utilizadas pela instituição para gerenciamento de seus compromissos
de curto prazo - com prazo igual ou inferior a 90 dias entre a data de aquisição e a data de vencimento.
O caixa e equivalentes de caixa do Banco são representados por: saldos em poder de bancos e aplicações.
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o caixa e equivalentes de caixa estavam assim compostos:
2011
2010
Caixa e saldos em bancos-moeda nacional
898
1.144
Caixa e saldos em bancos-moeda estrangeira
1.135
2.795
Aplicações financeiras de curto prazo (nota 4)
659.657 829.093
Caixa e equivalentes de caixa
661.690 833.032
c) Aplicações interfinanceiras de liquidez
São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço,
deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável.
d) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
De acordo com o estabelecido pela Circular nº 3.068 de 8 de novembro de 2001, do Banco Central do
Brasil, os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira são classificados em três categorias distintas,
conforme a intenção da Administração, quais sejam:
• Títulos para negociação;
• Títulos disponíveis para venda; e
• Títulos mantidos até o vencimento.
Os títulos para negociação são apresentados no ativo circulante, independentemente dos respectivos
vencimentos. Compreende os títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente
negociados. São avaliados pelo valor de mercado, sendo o resultado da valorização ou desvalorização
computado ao resultado.
Os títulos disponíveis para a venda representam os títulos que não foram adquiridos para frequente
negociação. São utilizados, dentre outros fins, para reserva de liquidez, garantias e proteção contra riscos.
Os rendimentos auferidos segundo as taxas de aquisição, bem como as possíveis perdas permanentes são
computados ao resultado. Estes títulos são avaliados a mercado, sendo o resultado da valorização ou
desvalorização contabilizado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido (deduzidos os
efeitos tributários), o qual será transferido para o resultado no momento da sua realização.
Os títulos mantidos até o vencimento referem-se aos títulos adquiridos para os quais o Banco tem a
intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de
aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos. Caso apresentem perdas permanentes, estas são
imediatamente computadas no resultado.
Os instrumentos financeiros derivativos compostos por operações de futuros, operações a termo e
operações de swap são contabilizados de acordo com os seguintes critérios:
• operações de futuros - o valor dos ajustes diários são contabilizados em conta de ativo ou passivo e
apropriados diariamente como receita ou despesa;
• operações a termo - pelo valor final do contrato deduzido da diferença entre esse valor e o preço à vista
do bem ou direito, reconhecendo as receitas e despesas em razão da fluência dos contratos até a data do
balanço;
• operações de swap - o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo,
respectivamente, apropriados como receita ou despesa pro rata até a data do balanço.
As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, a valor de
mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue:
• instrumentos financeiros derivativos não considerados como hedge - em conta de receita ou despesa, no
resultado do período;
• instrumentos financeiros considerados como hedge - são classificados como hedge de risco de mercado
ou hedge de fluxo de caixa.
Os instrumentos financeiros derivativos destinados a hedge e os respectivos itens objeto de hedge devem
ser ajustados ao valor de mercado, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços.
Os hedges de risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação
no valor de mercado do item objeto de hedge. Sua valorização ou desvalorização deve ser registrada à
adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.
Os hedges de fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado.
A valorização ou desvalorização da parcela efetiva deve ser registrada em contrapartida a conta destacada
do patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários. A parcela não efetiva do hedge, quando aplicável,
é reconhecida diretamente ao resultado do período.
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Banco não possui instrumentos financeiros derivativos destinados a
hedge de fluxo de caixa.
e) Depósitos e captações no mercado aberto
Os depósitos a prazo e as captações no mercado aberto estão registrados pelos seus respectivos valores,
acrescidos dos encargos contratados proporcionais ao período decorrido da contratação da operação até a
data do balanço.
f) Operações de crédito e provisão para crédito de liquidação duvidosa
As operações de crédito, nas suas diversas modalidades estão registradas ao valor principal, incorporando
os rendimentos auferidos até a data do balanço em razão da fluência dos prazos das operações.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa em operações de crédito é efetuada pela administração
para concluir quanto ao valor necessário a ser provisionado, constituída com base na análise dos riscos de
realização de créditos, em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas, caso a
caso, levando em conta a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à
operação, aos devedores e aos garantidores, bem como as diretrizes estabelecidas pela Resolução nº 2.682,
de 21 de dezembro de 1999.
g) Redução do valor recuperável de ativos não financeiros - (Impairment)
É reconhecida uma perda por impairment se o valor de contabilização de um ativo excede seu valor
recuperável. Perdas por impairment são reconhecidas no resultado do período.
Os valores dos ativos não financeiros são revistos anualmente, exceto créditos tributários, que são revistos
semestralmente.
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 não foram identificados ativos não financeiros com indicação de perda
por impairment.
h) Investimentos
Os investimentos em empresas controladas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial.
Os demais investimentos são avaliados ao custo e ajustados por provisão para perdas, quando aplicável.
i) Imobilizado e diferido
Correspondem aos direitos que tenham como objeto bens corpóreos e incorpóreos que são destinados à
manutenção das atividades da Instituição ou exercido com essa finalidade.
O ativo imobilizado (bens corpóreos) e o diferido (bens incorpóreos) estão registrados pelo valor de custo.
A depreciação do ativo imobilizado é calculada pelo método linear às taxas de 20% a.a. para veículos e
sistemas de processamento de dados e 10% a.a. para os demais itens. A amortização do ativo diferido é
calculada pelo método linear à taxa de 20% a.a..
O saldo do ativo diferido foi constituído de custos e despesas de aquisição e desenvolvimento logiciais
utilizados em processamento de dados e gastos com benfeitorias em imóveis alugados de terceiros
incorridos até 30 de setembro de 2008.
j) Obrigações em moedas estrangeiras
As obrigações em moedas estrangeiras estão atualizadas às taxas oficiais de câmbio, vigentes nas datas dos
balanços.
k) Imposto de renda e contribuição social
A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre os rendimentos tributáveis,
acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 no exercício. A contribuição
social é calculada sobre o lucro líquido ajustado conforme legislação em vigor à alíquota de 15%.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos (ativo e passivo) são calculados sobre adições
temporárias, prejuízo fiscal e base negativa acumulados. Os créditos tributários sobre adições temporárias
serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões pelas quais foram constituídas.
Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo
com a geração de lucros tributáveis, observando o limite de 30%. Os créditos tributários são baseados nas
expectativas atuais de realização e considerando os estudos técnicos e análises da administração.
l) Operações de câmbio
As operações são demonstradas pelos valores de realização, incluindo os rendimentos e as variações
cambiais (em base pro-rata dia) auferidas e provisão para perdas nos termos da Resolução nº 2.682, do
Banco Central do Brasil.
m) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes e obrigações legais são
efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução nº3.823 de 16 de dezembro de 2009 e Carta
Circular nº 3.429 de 11 de fevereiro de 2010 do BACEN, obedecendo aos seguintes critérios:
• Contingências ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência
de evidências que propiciem a garantia de sua realização; sobre as quais não cabem mais recursos.
• Contingências passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de
assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou
administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os
montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. As contingências passivas classificadas
como perda possível são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aquelas classificadas como
perda remota não requerem provisão, nem divulgação.
• Obrigações, legais, fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo
contestadas a legalidade ou a inconstitucionalidade de alguns tributos (ou impostos e contribuições).
O montante discutido é quantificado e registrado contabilmente.
n) Demais ativos e passivos circulantes
São apresentados pelos seus valores de realização ou liquidação na data do balanço.
4. Aplicações interfinanceira de liquidez
a) Aplicações no mercado aberto - Operações compromissadas
2011
2010
Posição bancada
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
281.952
80.483
Letras do Tesouro Nacional - LTN
27.513 608.425
Notas do Tesouro Nacional - NTN
350.192
40.145
659.657 729.053
Posição financiada
Letras do Tesouro Nacional - LTN
– 100.040
Total
659.657 829.093
No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o resultado com operações compromissadas foi de
R$ 81.989 (R$ 69.947 em 2010).
Aplicações em depósitos interfinanceiros
2011 2010
Vencimento até 360 dias
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Vinculado a crédito rural
– 3.035
No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o resultado com aplicações em depósitos interfinanceiros
de liquidez foi de R$ 25 (R$ 143 em 2010).
Valor nominal
dos contratos
Contratos de swap designados como hedge de risco de mercado
(Pré vs CDI)
Total contratos de swap a pagar
Contratos de swap
(Eur vs CDI)
(Usd vs CDI)
Total contratos de swap a pagar
Contratos de swap
(USD vs LIBUSD)
(LIBUSD vs USD)
Total contratos de swap a receber
Contratos a termo
Compra a termo de moeda - NDF
Venda a termo de moeda - NDF
Total contratos a termo
2011
Valor nominal
dos contratos
Valor
contábil
2010
Valor nominal
dos contratos
Receitas de intermediação financeira
Operações de crédito
Resultado de operações com títulos e valores mobiliários
Resultado com instrumentos financeiros derivativos
Resultado de operações com câmbio
Despesas de intermediação financeira
Operações de captações no mercado aberto
Operações de empréstimos, cessões e repasses
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Resultado bruto de intermediação financeira
Outras receitas (despesas) operacionais
Receitas de prestação de serviços
Despesas de pessoal
Outras despesas administrativas
Despesas tributárias
Resultado de participações em coligadas e controladas
Outras receitas operacionais
Outras despesas operacionais
Resultado operacional
Resultado não operacional
Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações
Imposto de renda e contribuição social
Provisão para imposto de renda
Provisão para contribuição social
Ativo fiscal diferido
Participações dos empregados
Lucro líquido do semestre/exercícios
Lucro líquido por ação - R$
2º semestre
Exercício
2011
2011
2010
165.979 182.111 489.129
23.164
43.041
28.560
48.353 106.015
93.583
23.735 (12.340) (38.456)
70.727
45.395 405.442
(113.723) (78.089) (396.770)
(18.390) (35.372) (21.554)
(95.602) (42.574) (386.846)
269
(143)
11.630
52.256 104.022
92.359
(29.445) (48.897) (15.474)
3.300
8.608
19.416
(20.936) (40.201) (27.127)
(6.787) (10.971)
(9.822)
(2.758)
(5.942)
(7.530)
(2.869)
(6.184)
3.273
733
7.631
7.373
(128)
(1.838)
(1.057)
22.811
55.125
76.885
70
120
328
22.881
55.245
77.213
(3.463) (16.006) (22.577)
(3.099) (11.152)
(8.510)
(1.890)
(6.730)
(4.836)
1.526
1.876
(9.231)
(657)
(1.146)
(6.198)
18.761
38.093
48.438
0,002031 0,004123 0,005243
Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Método Indireto
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010
e Semestre findo em 31 de dezembro de 2011
(Em milhares de reais)
2º Semestre
Exercício
2011
2011
2010
Lucro líquido do semestre/exercício
18.761
38.093
48.438
Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao caixa líquido
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(269)
143 (11.630)
Participações nos lucros
657
1.146
6.198
Provisão para gratificação
4.575
6.075
–
Reversão de participações nos lucros
–
(2.385)
(3.259)
Provisões para IR e CS diferidos
(1.526)
(1.876)
9.231
Reversão de provisão - outras
(103)
(2.034)
–
Provisão para contingências fiscais e trabalhistas
241
366
158
Reversão de provisões para contingências fiscais e trabalhistas
8
(30)
–
Marcação a mercado de TVM e derivativos
329
3.522
(5.334)
Depreciação e amortização
230
454
487
2.869
6.184
(3.273)
Resultado de participações
Lucro ajustado do semestre/exercício
25.772
49.658
41.016
Variação de ativos e passivos
(Aumento) redução em aplicações interfinanceiras de liquidez
–
3.035
(1.019)
(Aumento) redução em TVM e instrumentos financeiros
derivativos (ativos/passivos)
(61.232) (132.613)
55.617
(Aumento) redução em relações interfinanceiras (ativos e passivos)
(1.494)
(1.499)
(1.279)
(Aumento) redução em operações de créditos
1.778 103.280 (29.821)
(Aumento) redução em outros créditos
(112.086) (228.571) (251.911)
(Aumento) redução em outros valores e bens
94
(30)
(104)
(Redução) aumento em relações interdependências
(ativos e passivos)
(6.084)
753 (175.203)
(Redução) aumento em outras obrigações
283.066 223.672
44.383
(Redução) aumento em recursos de
aceites e emissão de títulos (LCA)
37.604
60.411
52.818
333
85
446
(Redução) aumento em resultado de exercícios futuros
141.979
28.523 (306.073)
Caixa líquido proveniente (aplicado)
nas atividades operacionais
167.751
78.181 (265.057)
Atividades de Investimento
Dividendos recebidos de coligadas
–
488
6.324
Aquisição de imobilizado de uso
(92)
(513)
(363)
Alienação de investimentos
–
–
1.555
107
188
26
Alienação de imobilizado de uso
Caixa líquido proveniente (aplicado)
nas atividades de investimento
15
163
7.542
Atividades de financiamento
(Redução) aumento em obrigações por empréstimos e repasses
(227.023) (126.370) 214.870
(Redução) aumento em depósitos
10.105
23.137 (13.064)
(Redução) aumento em captação no mercado aberto
(100.001) (100.040)
55.034
Aumento de capital
–
– 365.139
– (46.413) (20.219)
Dividendos e juros sobre o capital próprio
Caixa líquido proveniente (aplicado) nas atividades
de financiamento
(316.919) (249.686) 601.760
(149.153) (171.342) 344.245
Aumento/(redução) líquido em caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no início do período
810.843 833.032 488.787
661.690 661.690 833.032
Caixa e equivalentes de caixa no final do período
(149.153) (171.342) 344.245
Aumento/(redução) líquido em caixa e equivalentes de caixa
5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativo­s
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a carteira de títulos e valores mobiliários classificada de acordo com
as categorias estabelecidas na regulamentação vigente estava assim composta:
a) Títulos e valores mobiliários
a.1) Composição por classificação
2011
2010
Custo (i) Mercado Custo (i) Mercado
Carteira própria
98.969
100.078
26.639
26.639
Títulos para negociação
98.969
100.078
10.496
10.496
Letras do Tesouro Nacional - LTN
98.969
100.078
10.496
10.496
Títulos disponíveis para venda
–
–
16.143
16.143
Letras do Tesouro Nacional - LTN
–
–
16.143
16.143
Cotas de Fundos de Investimentos
54.987
54.987
–
–
Títulos disponíveis para venda
54.987
54.987
–
–
Cotas de Fundos FIDC - Sr.
46.771
46.771
–
–
Cotas de Fundos FIDC - Jr.
8.216
8.216
–
–
Vinculados à prestação de garantias
31.097
31.130
48.672
48.645
Títulos disponíveis para venda
–
–
48.672
48.645
Letras do Tesouro Nacional - LTN
–
–
48.672
48.645
Títulos para negociação
31.097
31.130
–
–
Letras do Tesouro Nacional - LTN
31.097
31.130
–
–
Total
185.053
186.195
75.311
75.284
(i) Inclui rendimentos
a.2) Composição por prazo de vencimento
2011
2010
De 3 a 12 meses
131.208
26.589
De 1 a 3 anos
54.987
48.695
Total
186.195
75.284
a.3) Composição por emissor
2011
2010
Títulos de Renda Fixa
Títulos públicos
Letras do Tesouro Nacional
131.208
75.284
Títulos Privados
Cotas de Fundos de Investimentos FIDC
54.987
–
Total
186.195
75.284
No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o resultado de operações com títulos e valores mobiliários
foi de R$ 12.028 (R$ 23.493 em 2010).
O valor de mercado dos títulos públicos é apurado segundo divulgações nos boletins diários informados
pela ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
b) Instrumentos financeiros derivativos
Os principais instrumentos financeiros derivativos utilizados são: swaps, termos e futuros. A partir da
vigência da Circular nº 3.082, pode-se optar pela aplicação da contabilização particular nos casos em que
os instrumentos financeiros derivativos são utilizados para proteção das variações no valor de mercado ou
no fluxo de caixa da instituição (hedge accounting).
Os instrumentos derivativos são utilizados prioritariamente para compensar variações de posições
comerciais assumidas, para proteção em estruturas de hedge, bem como para oferecer aos clientes a
possibilidade de proteção a variações econômicas indesejadas oriundas de sua natureza operacional.
Hedge contábil
A política de utilização de hedge é alinhada aos limites de exposição a riscos do Grupo Crédit Agricole.
Sempre que operações gerarem exposições que poderão resultar em flutuações relevantes no resultado
contábil da instituição, o que poderia comprometer os limites operacionais. A cobertura do risco é efetuada
por instrumentos financeiros derivativos, observadas as regras legais estabelecidas para a qualificação de
hedge contábil, de acordo com a Circular nº 3.082 do Banco Central do Brasil.
Para proteger o risco de mercado contra a exposição à taxa de juros pré-fixada, em 10/03/2009 o Banco
negociou contratos de swap a vencer entre 2012 e 2013 com valor nominal dos contratos no total de
R$ 12.031 que gerou ajuste negativo a valor de mercado registrado no resultado no valor de R$ 168
(positivo de R$ 154 em 2010). O item objeto de hedge representado por uma operação de crédito no
montante de R$ 16.064 (R$ 19.444 em 2010) (nota 7) também possui vencimentos entre 2012 e 2013,
garantindo a efetividade desejada da cobertura do risco..
O monitoramento da efetividade do hedge, que mensura a neutralização pelos instrumentos derivativos
dos efeitos das flutuações de mercado sobre os itens protegidos, é efetuado mensalmente. A efetividade
apurada para cada unidade de hedge está dentro do intervalo estabelecido pela Circular nº 3.082 do
Banco Central.
O diferencial a liquidar das operações de swap contratadas no montante de R$ 634 (R$ 467 em 2010), está
registrado no passivo pelo valor de mercado.
As operações com instrumentos financeiros derivativos em aberto, em 31 de dezembro de 2011 e 2010,
estavam assim distribuídas:
2011
2010
Custo valor a
Valor contábil a
Valor nominal
Custo valor a
Valor contábil a
receber/(pagar)
receber/(pagar)
dos contratos
receber/(pagar)
receber/(pagar)
12.031
12.031
(466)
(466)
(634)
(634)
20.456
20.456
(621)
(621)
(467)
(467)
124.427
33.678
158.105
18
(1.599)
(1.581)
308
(1.430)
(1.122)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
237.450
237.450
474.900
17
1
18
(855)
1.144
289
–
–
–
–
–
–
–
–
–
441.559
107.502
549.061
38.464
(5.330)
33.134
34.914
(4.670)
30.244
90.539
207.804
298.343
(3.352)
13.218
9.866
(3.446)
14.495
11.049
têm a seguinte composição com base no valor nominal dos contratos:
Valor
contábil
Contratos de futuros (i)
Ajuste diários - posição comprada
1.116.851
(606)
654.191
(3.316)
DI1
934.562
9
309.722
7
USD
89.192
(201)
4.602
(39)
DDI
93.097
(414)
339.867
(3.284)
Ajuste diários - posição vendida
334.070
1.033
242.986
327
DI1
45.992
(7)
192.167
(45)
USD
81.853
381
50.819
372
DDI
206.225
659
–
–
(i) Os ajustes diários, de contratos futuros, a receber no valor de R$ 1.049 (R$ 379 em 2010) e a pagar no
valor de R$ 622 (R$ 3.368 em 2010), encontram-se registrados na rubrica de Negociação e Intermediação
de Valores.
As operações são custodiadas na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros ou na CETIP
S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.
A determinação dos valores de mercado de tais instrumentos financeiros derivativos é baseada nas cotações
divulgadas pelas bolsas especializadas, e em alguns casos, quando da inexistência de liquidez ou mesmo de
cotações, são utilizadas estimativas de valores presentes e outras técnicas de precificação.
Foram adotadas as seguintes bases para determinação dos preços de mercado:
- Futuros e termos: cotações de mercado divulgadas pelas Bolsas;
- Swaps: o fluxo de caixa de cada uma de suas partes foi descontado a valor presente, conforme as
correspondentes curvas de juros, obtidas com base nas taxas de juros da BM&FBOVESPA.
Os instrumentos financeiros derivativos referentes às operações de swaps, termos e futuros por vencimento
Até 3
meses
Compensação
Contratos de swap c/ garantia
Contratos de swap s/ garantia
Contratos de termo
Contratos de futuros
Total
Patrimonial - mercado
Contratos de swap
- Diferencial a pagar
- Diferencial a receber
Contratos de termo
- Diferencial a receber
- Diferencial a pagar
Contratos de futuros
- Diferencial a receber
- Diferencial a pagar
Total
2011
De 3 a 12 De 1 a
Meses
3 anos
Total
3.290
80.334
247.001
1.187.545
1.518.170
3.452
77.770
302.060
244.052
627.334
5.289
474.900
–
19.324
499.513
12.031
633.004
549.061
1.450.921
2.645.017
(2.163)
–
(147)
965
(1.266)
1.144
(3.576)
2.109
4.831
(4.615)
32.005
(1.977)
–
–
36.836
(6.592)
516
(616)
(2.047)
533
(2)
31.377
–
(4)
(126)
1.049
(622)
29.204
continua
Banco Crédit Agricole Brasil S.A.
CNPJ nº 75.647.891/0001-71
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
2010
De 1 a De 3 a
3 anos 5 anos
12.031
–
24.054
–
69.700
1.020
105.785
1.020
Até 3
De 3 a 12
meses
Meses
Compensação
Contratos de swap
3.920
4.505
Contratos de termo
52.925
221.364
Contratos de futuros
570.545
255.912
Total
627.390
481.781
Patrimonial - mercado
Contratos de swap
- Diferencial a pagar
(70)
(90)
Contratos de termo
- Diferencial a receber
–
9.101
- Diferencial a pagar
(486)
–
Contratos de futuros
- Diferencial a receber
378
–
- Diferencial a pagar
(1.955)
(1.032)
Total
(2.133)
7.979
No exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o resultado de
financeiros derivativos foi de:
9. Outros créditos - Diversos
Total
20.456
298.343
897.177
1.215.976
(307)
–
(467)
2.434
–
–
–
11.535
(486)
–
1
379
(382)
–
(3.369)
1.745
1
7.592
operações com instrumentos
2011
2010
Futuros
(25.317)
(88.810)
Swap
(6.600)
6.383
Termo
19.577
43.971
Total
(12.340)
(38.456)
6. Gerenciamento de riscos
Risco de crédito
Em uma operação financeira, o Risco de Crédito está relacionado com o risco da contraparte não ter
capacidade de cumprir suas obrigações contratuais, em especial pagamento de principal e juros nos prazos
predeterminados, ou ainda as garantias prestadas por esta contraparte não forem suficientes para cumprir
tais obrigações, gerando assim alguma perda para o Banco.
O Banco possui políticas de avaliação e gerenciamento de risco de crédito que estão em conformidade com
as normas internacionais do grupo Crédit Agricole e com a regulamentação vigente do Banco Central do
Brasil.
As políticas observam riscos relativos à concentração, concessão, exigência de garantias e prazos que não
comprometam a qualidade esperada da carteira, a qual é periodicamente avaliada pela alta administração.
O processo decisório é fundamentado através de Comitês e a estrutura de Análise e Gerenciamento de
Risco de Crédito é composta por Diretoria específica, sendo que o Banco possui sistemas e ferramentas
próprias de análise, mensuração e classificação dos riscos por qualidade (rating), submissão e aprovação
que, em conjunto com normas e procedimentos internos, minimizam os riscos operacionais inerentes à
atividade.
A política com a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de crédito encontra-se disponível no site
www.ca-cib.com.br.
Risco de mercado
As perdas potenciais advindas de variações em preços de ativos financeiros, taxas de juros, moedas e índices
são monitoradas diariamente em relação aos limites operacionais atribuídos para a sensibilidade aos fatores
de risco, Valor em Risco (VaR) e testes de estresse. Adicionalmente, são realizadas simulações e projeções
de fluxos futuros para avaliação da mudança relativa à exposição ao risco.
A metodologia adotada para o cálculo do Valor em Risco utiliza simulação histórica, considerando 252 dias
de dados de retornos dos fatores de risco e grau de confiança de 99%, com um dia de holding period.
O teste de estresse é efetuado levando-se em consideração as variações severas de mercado. O teste de
aderência (back-testing) do modelo de Valor em Risco é efetuado através da comparação aos resultados
efetivamente auferidos.
Além das ferramentas tradicionais de risco de mercado, o Banco usa o instrumental de ALM (gerenciamento
de ativos e passivos). Essa ferramenta possibilita ter-se uma visão do impacto de variações de taxas de juros
no balanço do Banco e avaliar as interdependências entre as variações de taxa de juros e o volume dos
ativos e passivos do Banco.
Os limites aprovados pelo Comitê de Risco de Mercado são revisados, no mínimo, anualmente.
A política com a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de mercado encontra-se disponível no
site www.ca-cib.com.br.
Fatores de risco de mercado
Os principais fatores de risco de mercado presentes no balanço são: taxa de juros prefixada, taxa de juros
vinculada aos índices SELIC, DI, exposição a variação cambial de moedas, libor, eulibor e cupom cambial.
O cálculo do valor de mercado segue critérios estritos de independência da área de Market Risk com relação
à coleta de preços referenciais de mercado e construção da estrutura a termo das diversas taxas de juros.
De modo genérico, o valor de mercado é a melhor estimativa do valor presente de um fluxo de caixa. Uma
vez possuindo os fluxos de caixa de toda a Instituição e os vários preços/estruturas de taxa de juros, efetuase o cálculo do valor de mercado.
Risco de liquidez
Risco de liquidez é relacionado ao descasamento da estrutura de ativos e passivos com relação aos fluxos
efetivos de pagamento destes. O controle de risco de liquidez é efetuado por meio da análise estática da
estrutura de descasamentos do Banco, especialmente no curto prazo. São efetuadas simulações desta
estrutura com estimativas de renovação de carteiras. Em paralelo, são analisados mensalmente indicadores
de liquidez oriundos dos saldos de contas do balanço. Por último são também efetuadas análises de cenário
de estresse voltado especificamente para liquidez.
Risco operacional
Definido pela Resolução 3.380 do Banco Central do Brasil de 29 de junho de 2006, como o risco de perda
resultante de falha ou inadequação de processos internos, sistemas, comportamento humano, ou ainda,
proveniente de eventos externos, que podem ocorrer em qualquer etapa de um processo operacional de
uma instituição financeira.
A área de Controles Permanentes e Risco Operacional do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. integra a
Diretoria de Risco e Controles Permanentes, sendo responsável pelas atividades de mapeamento dos
processos operacionais, identificação, avaliação e mitigação dos riscos identificados, além de exercer
controles permanentes sobre as demais áreas.
Através de reuniões regulares, a alta administração do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. discute os riscos
operacionais assim como as consequentes ações a serem implementadas, quando necessário.
A política com a descrição detalhada da estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se
disponível no site www.ca-cib.com.br.
7. Operações de crédito
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, as operações de crédito estão compostas como segue:
2011
2010
Empréstimos
69.678
169.900
Empréstimos-objeto de Hedge (nota 5b)
16.064
19.444
Títulos e créditos a receber (nota 9) (i)
202.044
146.397
Rendas a receber sobre adiantamentos concedidos (nota 8)
3.094
2.989
Adiantamentos sobre contratos de câmbio (nota 8)
300.713
401.992
Total
591.593
740.722
Marcação a mercado do objeto de hedge
168
(154)
591.761
740.568
Circulante
500.248
625.059
Realizável a longo prazo
91.513
115.509
(i) Corresponde a nota de crédito de exportação (NCE) e a cédula de crédito bancário.
a) Composição da carteira por nível de risco
2011
Nível de
Valor da
provisão %
provisão
Nível
A vencer
Total
AA
A
B
Total
489.760
77.702
24.299
591.761
489.760
77.702
24.299
591.761
Nível
A vencer
Total
AA
644.492
A
94.447
B
1.629
Total
740.568
b) Movimentação da provisão para devedores duvidosos
644.492
94.447
1.629
740.568
Saldo no início do exercício
Constituições
Reversões
Saldo no final do exercício
c) Por setor de atividade
Setor privado
Rural
Indústria
Comércio
Serviços
Pessoas físicas
Total
d) Por faixa de vencimento
Até 3 meses
De 3 meses a 1 ano
De 1 ano a 3 anos
Total
8. Carteira de câmbio
Ativo
Direitos sobre vendas de câmbio
Câmbio comprado a liquidar
Rendas a receber sobre adiantamentos de contratos de câmbio (nota 7)
Total
Passivo
Câmbio vendido a liquidar
Obrigações por compras de câmbio
(–) Adiantamentos sobre contratos de câmbio (nota 7)
Total
–
0,5%
1%
–
388
243
631
Nível de
provisão %
Valor da
provisão
–
0,5%
1%
–
472
16
488
2011
488
720
(577)
631
2010
12.118
1.074
(12.704)
488
2011
23.354
248.275
231.373
87.959
800
591.761
2010
16.920
265.627
274.275
183.372
374
740.568
2011
253.731
247.870
90.160
591.761
2010
349.773
276.238
114.557
740.568
2011
182.351
518.917
3.094
704.362
2010
76.255
456.748
2.989
535.992
193.880
474.589
(300.713)
367.756
72.794
478.247
(401.992)
149.049
Circulante
Impostos e contribuições a compensar
Créditos tributários (nota 24b)
Adiantamentos e antecipações salariais
Valores a receber de sociedades ligadas (nota 11a)
Títulos e créditos a receber (nota 7)
Outros
Realizável a longo prazo
Créditos tributários (nota 24b)
Impostos e contribuições a compensar
Devedores por depósito em garantia (i)
Títulos e créditos a receber (nota 7)
2011
2010
28
–
456
856
127.874
636
129.850
6.057
6.590
4.477
74.170
91.924
(i) Os devedores por depósitos em garantia correspondem, substancialmente, a depósitos
referentes à defesa de processos judiciais envolvendo o Banco (nota 20).
10. Investimentos em controladas e coligadas
Crédit
Crédit Agricole
Agricole
Corporate Finance do
Brasil S.A.
Brasil - Consultoria
DTVM (i)
Financeira Ltda. (ii)
44
3.867
–
2.492
63.938
723
71.064
324
2.427
3.373
82.459
88.583
judiciais
Total
Capital social em 31 de dezembro de 2011
109.060
8.750
Ações/quotas possuídas (quantidades)
5
699.993
Patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2011
1.676
5.897
Lucro/(prejuízo) líquido
Exercício de 2011
(15.264)
(6.184)
Participação em 31 de dezembro de 2011
0,000001%
99,999%
Resultado de equivalência
–
(6.184) (6.184)
Exercício 2011
Valor do investimento baseado na equivalência em
–
5.897
5.897
31 de dezembro de 2011
(i) Coligada.
(ii) Controladas.
11. Transações com partes relacionadas
a) Empresas controladas e ligadas
No exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os saldos das transações entre partes relacionadas,
são os seguintes:
2011
2010
Ativo/
Receitas/
Ativo/
Receitas/
(Passivo) (Despesas) (*) (Passivo) (Despesas) (*)
Disponibilidades
Crédit Agricole CIB - Paris
613
–
1.116
–
Valores a receber sociedades ligadas
Ca Corporate Finance do Brasil
126
1.414
126
1.085
Crédit Agricole CIB - New York
–
(11)
1.371
7.966
Crédit Agricole Brasil S.A. DTVM
500
3.659
722
7.845
Crédit Agricole CIB - Paris
–
1.057
121
272
Newedge
230
1.195
152
1.205
Outros créditos
Credit Agricole CIB - London
171.777
4.346
74.476
(686)
Depósitos à vista
Ca Corporate Finance do Brasil
(153)
–
(9)
–
Crédit Agricole Brasil S.A. DTVM
(70)
–
(90)
–
Indosuez W. I. C. S. (Brazil) DTVM
(72)
–
(72)
–
Depósitos interfinanceiros
Indosuez W. I. C. S. (Brazil) DTVM
(3.032)
(323)
(2.958)
(231)
Depósitos a prazo
Ca Corporate Finance do Brasil
(2.611)
(422)
(7.992)
(471)
Operações compromissadas
Crédit Agricole Brasil S.A. DTVM
–
(11.575) (100.040)
(8.537)
Valores a pagar sociedades ligadas
Crédit Agricole CIB - Paris
(2.415)
(2.415)
–
(2.881)
Dívida subordinada
Crédit Agricole CIB - Paris
(18.817)
(2.670)
(16.707)
189
Empréstimos no exterior
Crédit Agricole CIB - New York
(424.223)
(474.563) (550.593)
(385.013)
Outras obrigações
Crédit Agricole CIB - London
(180.753)
(14.988)
(72.794)
–
(*) O resultado das operações realizadas em moeda estrangeira inclui a variação cambial do exercício.
As transações entre partes relacionadas foram realizadas de acordo com os prazos e condições usuais de
mercado, considerando a redução de risco nas mesmas.
b) Remuneração do pessoal - chave da administração
A remuneração total do pessoal - chave da administração para o exercício findo em 31 de dezembro de
2011 foi de R$ 8.005 (R$ 8.580 em 2010), a qual é considerada benefício de curto prazo.
12. Depósitos e captações no mercado aberto
À vista e
Captações no
outros
mercado aberto
Interfinanceiros
A prazo
2011
2010
2011
2010
2011
2010
2011
2010
Sem vencimento
3.373 16.070
–
–
–
–
–
–
Até 3 meses
–
–
3.032
2.958
14.324
7.020
– 100.040
De 3 a 12 meses
–
–
–
–
92.907
32.634
–
–
De 1 a 3 anos
–
–
–
–
58.139
86.424
–
–
De 3 a 5 anos
–
–
–
–
–
3.532
–
–
Total
3.373 16.070
3.032
2.958 165.370 129.610
– 100.040
13. Obrigações por empréstimos
2011
2010
Até 3 meses
231.871
364.062
De 3 a 12 meses
192.352
186.531
Total
424.223
550.593
As obrigações por empréstimos no exterior referem-se à captação de linhas para financiamento às
exportações junto ao Grupo Crédit Agricole (nota 11a), remuneradas por taxas e condições de mercado.
14. Recursos de aceites e emissão de títulos
2011
2010
Até 3 meses
109.117
18.570
De 3 a 12 meses
4.112
34.248
Total
113.229
52.818
Os recursos de aceites e emissão de títulos referem-se à emissão de Letras de Crédito Agrícola (LCA).
15. Outras obrigações
a) Fiscais e previdenciárias
2011
2010
Circulante
15.862
14.419
Impostos e contribuições a recolher
10.752
7.019
Impostos e contribuições sobre os lucros
5.110
7.400
Exigível a longo prazo
2.916
643
Impostos e contribuições a recolher
1.962
–
Provisão para riscos fiscais (nota 23b)
954
643
Total
18.778
15.062
b) Sociais e estatutárias
Em 31 de dezembro de 2011, o montante de R$ 33.921 (R$ 49.381 em 2010) está composto por R$ 1.144
(R$ 6.198 em 2010) referente ao programa para participação dos resultados conforme o acordo coletivo da
categoria, R$ 13.443 (R$ 24.878 em 2010) referentes a dividendos a distribuir e R$ 19.334 (R$ 18.305 em
2010) de juros sobre capital próprio.
c) Dívida subordinada
A dívida subordinada no valor de R$ 18.817 (R$ 16.707 em 2010), firmada com Crédit Agricole Corporate
and Investment Bank - France em 25 de maio de 2005, cujo vencimento é junho de 2015, está sujeita a
encargos financeiros de taxa Libor mais juros, que são pagos trimestralmente.
d) Diversas
2011
2010
Valores a pagar - ligadas (nota 11a)
2.415
–
Despesas com pessoal
11.101
2.247
Despesas administrativas
1.735
1.776
Outros valores a pagar
592
1.278
Total
15.843
5.301
16. Capital social e dividendos
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o capital social de R$ 684.495 está representado por 9.238.140.142
ações sem valor nominal, sendo 8.667.807.956 ações ordinárias e 570.332.186 ações preferenciais, sem
direito de voto.
A destinação dos lucros é de no mínimo 10% para dividendos e/ou remuneração de juros sobre capital
próprio limitado à variação da TJLP ou 50% do lucro disponível, o que for menor.
Foi deliberada através de AGE, em 16 de dezembro de 2011, a distribuição de juros sobre capital próprio,
calculados de acordo com os dispositivos da Lei nº 9.249/95, no montante de R$ 22.746 (R$ 21.535 em
2010), e dividendos no montante de R$ 13.443 (R$ 24.878 em 2010).
17. Receita de prestação de serviços
2011
2010
Prestação de serviços - ligadas (nota 11a)
4.446
12.004
Fianças prestadas
1.300
755
Serviços de custódia
289
492
Rendas de garantias prestadas
1.229
945
Comissão de colocação de títulos
891
4.616
Comissão assessoria financeira
32
–
Rendas de outros serviços
421
604
Total
8.608
19.416
18. Outras receitas operacionais
2011
2010
Recuperação de encargos e despesas
373
13
Reversão de provisão - PLR
2.385
3.259
Variações monetárias
2.785
3.455
Variações monetárias (nota 11)
26
–
Reversão de provisão
2.033
555
Outras rendas operacionais
29
91
Total
7.631
7.373
19. Outras despesas operacionais
2011
2010
Despesas com atualizações de provisões
(372)
(770)
Variações monetárias serviços
(116)
(275)
Juros/multas s/ impostos
(1.313)
(3)
Outras despesas operacionais
(37)
(9)
Total
(1.838)
(1.057)
20. Outras despesas administrativas
Prestação de serviços - ligadas (nota 11a)
Reembolso por despesas administrativas - ligadas (nota 11a)
Processamento de dados
Aluguéis
Serviços técnicos
Comunicação
Depreciação e Amortização
Manutenção
Viagens
Material
Publicações
Água, energia e gás
Transportes
Serviços de terceiros
Serviços do sistema financeiro
Outras despesas administrativas
Total
21. Despesas de pessoal
Honorários
Proventos
Encargos
Benefícios
Outras
Total
22. Despesas tributárias
2011
(4.879)
5.415
(2.040)
(656)
(2.984)
(862)
(454)
(491)
(859)
(161)
(291)
(133)
(143)
(85)
(1.180)
(1.168)
(10.971)
2010
(2.881)
6.369
(1.935)
(1.177)
(3.685)
(863)
(555)
(617)
(771)
(211)
(560)
(138)
(164)
(188)
(1.279)
(1.167)
(9.822)
2011
(5.428)
(20.966)
(9.439)
(3.532)
(836)
(40.201)
2010
(4.054)
(12.730)
(6.368)
(3.167)
(808)
(27.127)
2011
2010
ISS
(221)
(489)
COFINS
(4.588)
(4.612)
PIS
(745)
(613)
Outras despesas tributárias
(388)
(1.816)
Total
(5.942)
(7.530)
23. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias
a) Ativos contingentes
O Banco possui registrado em seu ativo o montante de R$ 2.505 (R$ 2.427 em 2010), referente ao PIS
recolhido a maior no exercício de 1995, cuja decisão foi favorável ao Banco no Supremo Tribunal de Justiça
e R$ 4.081 referente a compensação de créditos decorrentes do recolhimento indevido da alíquota
excedente de 0,5% do Finsocial, no período de setembro 1989 a março 1993, com os valores devidos a
título de CSSL.
b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais
As provisões para processos fiscais e previdenciários são representadas por processos judiciais e
administrativos de tributos federais e são compostos por obrigações legais e passivos contingentes.
Em 31 de dezembro de 2011, o Banco mantém o montante de R$ 954 (R$ 643 em 2010) registrado como
provisão para contingência; montante este que julgado suficiente pela Administração para cobrir eventuais
perdas.
A movimentação das provisões para contingências no exercício está abaixo apresentada:
Fiscais
Saldo no início do exercício
643
Constituições
366
Pagamentos
(25)
Reversões/realizações
(30)
Saldo no final do exercício
954
c) Passivos contingentes classificados como perdas possíveis
Não há passivos contingentes classificados como perdas possíveis em 31 de dezembro de 2011 e 2010.
d) Órgãos reguladores
Não existem processos administrativos em curso por parte do Sistema Financeiro Nacional que possam
impactar representativamente o resultado e as operações do Banco.
24. Imposto de renda e contribuição social
a) Composição das despesas com impostos e contribuições
a.1) Demonstrativo de imposto de renda e contribuição social
2011
2010
Despesa de imposto de renda - corrente
(11.152)
(8.510)
Despesa de contribuição social - corrente
(6.730)
(4.836)
Ativo fiscal diferido de imposto de renda
1.173
(5.709)
Ativo fiscal diferido de contribuição social
703
(3.522)
(16.006)
(22.577)
2011
2010
Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações
55.245
77.213
Imposto de renda - Alíquotas de 15% e 10% (i)
(13.787)
(19.279)
Contribuição social - Alíquota de 15%
(8.287)
(11.582)
Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:
6.068
8.284
Provisão juros sobre capital próprio
9.098
8.614
Participação nos lucros
2.284
2.479
Provisão para gratificações
(2.430)
–
Equivalência patrimonial
(2.474)
1.309
Outras adições
(410)
(4.118)
Imposto de Renda e Contribuição Social do exercício
(16.006)
(22.577)
(i) Aplica-se a alíquota adicional de 10% sobre o lucro excedente a R$ 240 no exercício.
b) Créditos tributários
Os créditos tributários de impostos e contribuições foram constituídos sobre diferenças temporariamente
indedutíveis.
Em atendimento ao requerido pela Resolução nº 3.059 de 20 de dezembro de 2002, alterada pela
Resolução nº 3.355 de 31 de março de 2006, ambas do Banco Central do Brasil, o incremento, reversão ou
a manutenção dos créditos tributários deverá ser avaliada periodicamente, tendo como parâmetro a
apuração de lucro tributável para fins de imposto de renda e contribuição social em montante que justifique
os valores registrados.
Os créditos tributários apresentaram a seguinte movimentação:
Descrição
Saldo 2010 Constituições Realizações
Saldo 2011
Imposto de renda - Diferenças temporárias
Provisão para créditos
de liquidação duvidosa
122
36
–
158
Marcação a mercado TVM e derivativos
184
323
–
507
Participações no lucro
1.549
–
(1.263)
286
Gratificação
–
2.046
–
2.046
Outras adições e exclusões
764
25
–
789
Total
2.619
2.430
(1.263)
3.786
Contribuição social - Diferenças temporárias
Provisão para créditos
de liquidação duvidosa
73
22
–
95
Marcação a mercado TVM e derivativos
111
193
–
304
Participações no lucro
930
–
(758)
172
Gratificação
–
1.227
–
1.227
Outras adições e exclusões
458
15
–
473
Total
1.572
1.457
(758)
2.271
A realização dos créditos tributários está estimada da seguinte forma:
2011
2012
2013
Total
Imposto de renda
Diferenças temporárias
3.563
223
3.786
Valor presente
3.206
180
3.386
Contribuição social
Diferenças temporárias
2.137
134
2.271
Valor presente
1.923
108
2.031
Total diferenças temporárias
5.700
357
6.057
Total valor presente
5.129
288
5.417
2010
2011
2012
Total
Imposto de renda
Diferenças temporárias
2.417
202
2.619
Valor presente
2.155
160
2.315
Contribuição social
Diferenças temporárias
1.450
122
1.572
Valor presente
1.293
96
1.389
Total diferenças temporárias
3.867
324
4.191
Total valor presente
3.448
256
3.704
A Administração, com base nas suas projeções de resultados, entende que irá auferir resultados tributáveis
em até dois anos para absorver os créditos tributários registrados nas demonstrações financeiras.
Essa estimativa é periodicamente revisada, de modo que eventuais alterações na perspectiva de recuperação
desses créditos sejam tempestivamente consideradas nas demonstrações financeiras. O valor presente do
crédito tributário é estimado em R$ 5.417 utilizando a taxa média de custo de captação estipulada para os
respectivos períodos.
25. Avais, fianças e garantias concedidas a terceiros
A responsabilidade por avais, fianças e garantias concedidas a terceiros, em 31 de dezembro de 2011,
montam a R$ 263.013 (R$ 270.424 em 2010).
26. Limites operacionais
O índice da Basiléia do conglomerado Crédit Agricole para 31 de dezembro de 2011 é de 27,04% (38,83%
em 2010), e o quadro abaixo demonstra a apuração do Patrimônio de Referência Exigido - PRE pela nova
fórmula de cálculo:
2011
2010
Risco de crédito
282.382
200.305
Risco de taxas de juros
4.649
1.872
Risco operacional
17.154
14.010
Patrimônio de referência exigido (PRE)
304.185
216.187
Patrimônio de referência
747.789
763.086
Risco da carteira Banking
1.792
1.469
Margem de patrimônio
441.812
545.430
27. Outras Informações
Em atendimento à Circular nº3.477/2099 do Banco Central do Brasil, as informações relativas à Gestão de
Riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE), e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) do
conglomerado Crédit Agricole, estão disponíveis no site www.ca-cib.com.br.
A Diretoria
José Luiz Gonzaga - CRC 1SP 132371/O-5
Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria
Os membros efetivos do Comitê de Auditoria do Banco Crédit Agricole Brasil S.A., instituído por
dispositivo estatutário, em conformidade com a Resolução 3.198 de 27 de maio de 2004 do Banco Central
do Brasil, tem na designação de suas atividades a supervisão e avaliação do desempenho da auditoria
interna, do desempenho e independência dos Auditores Independentes, de auxiliar na estruturação,
desenvolvimento e eficácia dos Controles Internos, além da análise e avaliação das demonstrações
contábeis incluindo-se notas explicativas.
O Comitê de Auditoria pôde verificar que os trabalhos desenvolvidos pelas Auditorias Internas e Externas
possuem transparência e qualidade, constataram a exatidão de todos os elementos apreciados e que as
demonstrações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, refletem,
adequadamente, a situação patrimonial, a posição financeira e as atividades desenvolvidas no período,
onde não foram identificados descumprimentos das práticas contábeis adotadas no Brasil.
São Paulo, 26 de março de 2012
Comitê de Auditoria
Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras
Aos
Administradores e acionistas do
Banco Crédit Agricole Brasil S.A.
Examinamos as demonstrações financeiras do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. (“Banco”),
que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do
resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data,
assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações
financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante,
independente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos Auditores Independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em
nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas
requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada
com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de
distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito
dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados
dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas
demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos,
o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das
demonstrações financeiras do Banco para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco.
Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade
das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações financeiras em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. em
31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício
findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
São Paulo, 27 de março de 2012
ERNST & YOUNG TERCO
Eduardo Braga Perdigão
Auditores Independentes S.S.Contador
CRC-2SP015199/O-6CRC-1CE013803/O-8-“S”-SP

Documentos relacionados

31/12/2012Download - Crédit Agricole Brasil SA

31/12/2012Download - Crédit Agricole Brasil SA O ativo imobilizado (bens corpóreos) e o diferido (bens incorpóreos) estão registrados pelo valor de custo. A depreciação do ativo imobilizado é calculada pelo método linear às taxas de 20% a.a. pa...

Leia mais

31/12/2013Download - Crédit Agricole Brasil SA

31/12/2013Download - Crédit Agricole Brasil SA Operações de crédito - setor privado

Leia mais

Banco Crédit Agricole Brasil S.A.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Diversos Outros valores e bens Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos O...

Leia mais