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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE ARAÚJO
JORNAL VERNÁRIA
ABRIL 2014
N.º 8
FICHA TÉCNICA
Escola: Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo
Diretor: Alberto Rui Monteiro da Silva
Equipa Professores: Carla Álvares, Maria José Ramalho, Paula Lemos
Clube de Jornalismo: João Dinis Álvares, Roberto Manuel Santos, Cristian Rocha
Dias, Matilde Leonor Branco, André Silva Carvalho, Liliana Pinheiro Gonçalves,
Marina Valéria Branco, Suse Rita Vieira, Nelson Miguel Estêvão, Renato Gonçalves
Costa, Andreia Sofia Vieira, Daniel Silva Pereira, José Luís Brás, Juliana Soares
Ramalho, Rosa Soraia Gonçalves
Colaboradores: Fernando Gomes
Endereço: Rua Dra. Maria Júlia Alves Martins, 4850 - 549 VIEIRA DO MINHO
Telefone: 253 647 201 | Email: [email protected]
Grafismo: Clube de Jornalismo | Fotografia: Clube de Jornalismo
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EDITORIAL
Caros e caras leitores e leitoras cibernautas do Agrupamento de Escolas
Vieira de Araújo,… e não só!
À semelhança do que aconteceu há cerca de três meses, eis-nos, mais uma
vez, no momento da reedição de um novo número do Vernária que, a par com
outros meios de divulgação da vida do Agrupamento, pretende dar conta das
experiências dos diversos atores da nossa comunidade educativa (discentes, docentes e não docentes,
encarregados de educação, Associação de Pais, Câmara Municipal, Escola Segura, CAVA, GNR, Centro de
Saúde, entre outros) e, com isso, registá-las para a posteridade.
Este registo é sempre fruto do contributo dos atores antes referidos e tem sido levado à prática
pela equipa, cuja atitude laboriosa, incansável e estóica, tem resultado no magnífico trabalho que é agora e
mais uma vez soberbamente apresentado.
Apesar do momento ser diferente (2º período, carnaval, páscoa,…), os pressupostos do
Agrupamento mantêm-se e esses passam pela atenção ao momento conjuntural económico e social difícil
que o país (de uma maneira geral) e a nossa comunidade (em particular) atravessam. Como tal, a nossa
preocupação com as situações que possam indiciar alguma falta de condições básicas fundamentais para
que a nobre missão de aprender possa decorrer com normalidade, continua a constituir prioridade do
Agrupamento e da Direção Executiva, potenciando, dessa forma, a postura de extrema atenção para com os
alunos, já que são estes que (clichés à parte) a verdadeira prioridade da nossa ação.
Para terminar, reitero-vos os votos de um final de período sereno e feliz e que tal seja recheado
de bons momentos de lazer, descanso e, porventura, algum trabalho, para preparar o momento que se
avizinha a passos largos (3º período) e que se antevê muito breve, mas não menos rico em experiências e
sucessos.
O Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo
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NOTÍCIAS
Pré-escolar revive tradição dos reis
As tradições fazem parte da nossa cultura e das
nossas vidas. Infelizmente muitas delas, por força de
várias circunstâncias da vida, vão sendo deixadas ao
esquecimento, o que nos vai empobrecendo.
É como dizia Luther King “quem não preserva as
suas raízes compromete o seu futuro”. Felizmente que a
maioria das populações tem tido a preocupação de fazer
recolha e de manter viva a tradição de cantar os reis. As
crianças do pré–escolar da Escola Domingos de Abreu mais uma vez deram o seu contributo nesse sentido
e animaram as ruas de Vieira do Minho e foram cantar os reis aos seus familiares e amigos, que ficaram
felizes por ouvir os pequenos cantores.
Carmo Fernandes
Parlamento dos Jovens
Realizou-se no dia 20 de janeiro de 2014,
no Auditório Municipal de Vieira do Minho, a sessão
Parlamento dos Jovens – 1ª fase.
A Comissão Parlamentar de Educação,
Ciência e Cultura, em
face da atual crise
demográfica que se
faz sentir no País,
resultado em parte do
impulso sentido pelos jovens na procura da realização pessoal e profissional
noutros destinos, refletindo-se num movimento para o exterior com a
consequente problemática do envelhecimento da população nacional, nos
próximos anos, considera ser de particular interesse promover a reflexão
sobre o tema “Crise Demográfica: emigração, natalidade, envelhecimento ”.
Foram 5 as listas que apresentaram os seus pontos de vista
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relativamente aos temas propostos pela Comissão, defendendo as suas posições e apontando o dedo a
posições tomadas pela oposição.
Todos os trabalhos anteriores à sessão, foram coordenados pelo professor Joaquim Costa,
envolvendo todos os alunos que participaram ativamente e com pleno sentido de responsabilidade.
Na sessão de 20 de janeiro, a apresentação contou com a presença do Deputado, Nuno Reis, o
Presidente da Câmara de Vieira do Minho, António Cardoso, a Vereadora da Educação, Elsa Ribeiro, a
Presidente do Conselho Geral da EB/S Vieira de Araújo, Antonina Dias e o Diretor Rui Silva e a
Responsável pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude. Contou ainda com alguns convidados,
nomeadamente o Dr. Alfredo Ramalho e o Padre Luís Jácome.
3 VERSÕES:
“Vem Experimentar!” (1ª)
No dia 31 de janeiro, as turmas de 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias da EB/S Vieira de
Araújo, dirigiram-se à Universidade do Minho no âmbito das
disciplinas de Química, Física e Biologia.
A visita de estudo iniciou-se com a distribuição de três
grupos pelos departamentos a visitar.
O grupo direcionado ao laboratório de Química foi
convidado a realizar uma atividade prática com o objetivo de
diluir uma solução e comparar resultados entre grupos. O
valor obtido através do gráfico dos resultados foi,
aproximadamente, 1, o que é bastante favorável.
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Atividade terminada e ficha preenchida, foi hora de visitar a cantina da UM, para o almoço.
Na parte da tarde, os alunos concentraram-se num auditório para assistir a duas palestras:
“Manutenção da Informação Genética e a Sua Manipulação” e
“Nano Ciências e Nanotecnologia”.
A primeira, ligada à Biologia, abordava temas como a
divisão celular, as mutações, a clonagem e as formas de
manipulação genética.
A segunda palestra, apresentada pelo professor Carlos
Tavares,
divulgou aos alunos, algumas informações acerca das
novas tecnologias ligadas a todas as áreas do
conhecimento. Desde polímeros ao corpo humano, a
Nanotecnologia está associada a tudo, estando apoiado
nela, o futuro.
Após o término da palestra, os alunos
regressaram à escola.
Esta visita de estudo foi acompanhada pelos professores Júlia Rodrigues, Elisa Varanda, Miguel
Costa e Ana Cunha.
Renato Costa 12º B
Um dia à descoberta da ciência (2ª)
No dia 31 de janeiro realizou-se uma visita de estudo à Universidade do Minho, no âmbito das
disciplinas de Biologia, Química e Física, na qual participaram as duas turmas do 12º ano do curso de
Ciências e Tecnologias. Acompanhados pelos professores Miguel Costa, Ana Cunha, Júlia Rodrigues e Elisa
Varanda.
Quando chegamos fomos separados em grupos, de acordo com a escolha dos laboratórios,
previamente feita.
No meu caso, e dos meus 16 restantes colegas, fomos recebidos por uma professora da
universidade, a professora Teresa Almeida e dirigidos aos Laboratórios de Biologia. Procedemos então à
visita acompanhados pela professora Ana Cunha e pelo professor Miguel Costa, divididos em grupos de 4.
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Pudemos visitar 4 laboratórios: o Laboratório de Biologia Animal, o Laboratório de Biologia Vegetal,
o Laboratório de Microbiologia e o Laboratório de Genética. Em cada um destes laboratórios encontravamse presentes alunos que estavam a fazer Mestrado ou Doutoramento, e aproveitavam esse tempo para
investigar e aprofundar o seu conhecimento.
Foi-nos dada uma breve explicação sobre o funcionamento de cada laboratório e as matérias em
investigação. E, em alguns casos, foi-nos permitida uma visita mais pormenorizada aos laboratórios.
Após isto, juntamo-nos novamente com os restantes colegas e fomos almoçar à cantina.
Sensivelmente às 14.30, dirigimo-nos a um auditório
onde presenciamos duas palestras, dadas por dois professores
universitários. Uma sobre a Nanotecnologia e Nano ciência e
outra sobre a Manutenção da Informação Genética e a sua
manipulação.
Com esta visita de estudo, eu e o meu grupo de
colegas, que visitaram os laboratórios de Biologia, ficamos a
saber sobre que ramos se debruçam mais estes investigadores e, de facto, as células cancerígenas são
uma das grandes preocupações de muitos destes investigadores, mas não só. Pode afirmar-se que estes
jovens investigadores têm soluções que, graças á evolução tecnológica e na ciência, poderão vir a ser
postas em prática. O que será uma mais-valia para todos nós, no que diz respeito à nossa saúde e ao nosso
dia a dia. Por isso mesmo é que devíamos apostar mais nestas investigações e incentivar o trabalho destes
alunos que tanto se dedicam a novas curas e processos de tratamento, nas diferentes áreas.
Sónia Dias 12.º A
Microscópio Eletrónico (3ª)
Realizou-se, no passado dia de 31 de janeiro,
uma visita de estudo à universidade do Minho, tendo
os alunos a oportunidade de escolher o que queriam
visitar: laboratórios de biologia, física ou química. Eu
escolhi o laboratório de física.
Neste local, foi-nos apresentado o microscópio
eletrónico, comprado pela UM em 1992, custando
cerca de 750 mil euros à universidade. A
responsável, bem como a operadora do equipamento
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explicou o seu funcionamento básico e as suas capacidades, ao mesmo tempo que fazia uma comparação
microscópica no aparelho de um fio de cabelo encaracolado e de um liso, amostras estas retiradas de dois
alunos presentes.
A enorme capacidade do microscópio leva à possível visualização da amostra de diferentes ângulos,
movimentando-as para se observar do modo que se pretender, de variadas maneiras.
O seu funcionamento passa pela criação de um feixe de luzes que varre a amostra e possibilita a
sua visualização ao pormenor, podendo-se aumentar 200 vezes a amostra.
A encarregada referiu também
que o microscópio eletrónico é utilizado
para estudos, investigações e até
mesmo
pedidos
exteriores
à
universidade.
Foi uma ótima experiência e
abertura
de
conhecimentos,
percebendo-se
afinal
que
os
microscópios óticos da escola não são
tão potentes como pensava.
João Pereira, nº12 12ºB
PROJETO SOBE
Dando continuidade ao projeto iniciado no ano transato, a Biblioteca
Escolar em articulação com a Equipa da Saúde Escolar candidatou-se
novamente ao Projeto SOBE (Saúde Oral e Bibliotecas Escolares).
Sendo aprovado, o projeto permitiu a entrega dos kits de escovagem
a todos os alunos do 1.º ciclo e crianças do Pré-escolar, com o objetivo de
promover o hábito diário de escovagem dos dentes, em contexto escolar.
Desta forma pretende-se abranger toda a comunidade escolar com os kits e
condições idênticas para efetuar a escovagem diária.
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Como forma de complementar o encorajamento pela
higiene oral, foram realizadas sessões de leitura na
Biblioteca Escolar, nomeadamente das obras referenciadas
e aconselhadas pelo próprio Programa SOBE. Também
foram visualizados os filmes propostos pelo projeto, como
forma de mostrar aos mais pequenos os perigos associados
à falta de higiene oral.
A promoção do programa e das atividades realizadas
foi efetuada, periodicamente, no blogue da Equipa da Saúde
Escolar e nos meios de comunicação social local.
Maria José Ramalho
Crianças dos 4 anos EBDA realizam atividades de culinária
A partir da história do «Palhaço Risoleto», as crianças confecionaram biscoitos de massa folhada em
forma de caracóis do cabelo do palhaço. O carnaval foi bem mais docinho.
Quando ouviram a história do «Coelhinho vivinho», as crianças demonstraram interesse em
confecionar biscoitos em forma de ovos. A sala transformou-se numa pequena fábrica.
Todos deitaram mãos à obra e o forno elétrico não dava feito a sua cozedura. As crianças
modelaram vários ovos que depois contavam e colocavam no tabuleiro para cozer.
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No final, foi saborear os pequenos biscoitos e dar a provar aos nossos amiguinhos.
Proporcionaram-se várias experiências, bastante divertidas, que contribuíram para a aquisição de
competências correspondentes às várias áreas de conteúdo, com materiais facilmente acessíveis, que as
crianças usaram sem problemas, e conseguimos concretizar as suas ideias e intenções.
As educadoras Carmo e Alice
AGRADECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA RECOLHA DE TAMPINHAS PARA O JOÃO FILIPE
Em nome dos pais do Joãozinho queremos deixar o
agradecimento a todos que tornaram possível a aquisição da
cadeira auto especial para o pequeno João de seis anos,
melhorando assim a sua qualidade de vida, com a recolha de
tampinhas.
Este agradecimento dirige-se a toda a Comunidade Escolar
do Agrupamento de Escolas de Vieira de Araújo, assim como os professores mentores deste gesto de
solidariedade.
Este desafio mostra que é possível ajudar quem mais precisa com um gesto tão simples: recolher
tampas de plástico.
Profª Ana Paula Monteiro
Profª Maria José Ramalho
La Chandeleur (2 février)
La fête des crêpes!
Tous les 2 février se fête la Chandeleur. Elle évoque aujourd'hui la coutume des crêpes, mais la
fête de la Chandeleur est liée à la lumière, et officiellement à la "Purification de la Vierge".
Chandeleur vient de candela - la chandelle - reprise dans l'expression « Festa candelarum », fête
des chandelles.
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La forme et la couleur de la crêpe évoque le Soleil de retour après la nuit de l'hiver.
Pour assurer prospérité tout le long de l'année, il faut faire sauter les crêpes avec une pièce dans
la main. Une autre coutume dit qu'il faut faire atterrir la crêpe sur l'armoire et de l'y laisser toute l'année.
Phrases des différentes régions de France sur La Chandeleur :
De nombreux dictons autour de ce jour du 2 février fleurissent dans diverses régions de France. En
voici une sélection.
Dans le Gard :
Quand le soleil, à la Chandeleur, dit lanterne
Quarante jours après il hiverne
Dans le Nord :
Quand Notre-Dame de la Chandeleur luit
L'hiver de quarante jours s'ensuit
Dans les Hautes Pyrénées :
Lorsqu'à la Chandeleur le temps persiste au beau
Berger serre ton foin, fais paître ton troupeau
Dans le Vivarais :
Quand pour la Chandeleur le soleil est brillant
Il fait plus froid après qu'avant
Au Pays Basque :
À la Chandeleur verdure
À Pâques neige forte et dure
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En Bretagne :
A la chandeleur
Il fait jour à 6 heures
A chaque travailleur
Sauf au tailleur
Recette de la Pâte à crêpe
Liste des ingrédients
•
375g de farine
•
3 œufs
•
¾ de litre de lait
•
1 pincée de sel
•
1 cuillère d’huile
•
1 sachet de sucre vanillé
Temps de préparation 10 min - Temps de cuisson 3 min - 6 personnes
Dans un saladier,
•
versez et mélangez la farine, les œufs, l’huile, le sucre vanillé, la pincée de sel et le lait avec votre
fouet ;
•
Laissez reposer la pâte à crêpe si possible une heure ;
•
Faites chauffer une poêle, une fois chaude, versez un peu de beurre pour graisser la poêle ;
•
Versez une demi-louche de votre pâte à crêpe et faites cuire 1 à 2 minutes par face.
Élèves de la classe de 7èD: Carlos nº3, Cristiana nº6; Victor
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Champimóvel viajou até Vieira do Minho e nós viajamos até ele!
No passado dia 4 de fevereiro, envoltos num ambiente misterioso, após o fecho da cápsula,
viajamos no Champimóvel, na companhia do Champi. A aventura iniciou no cérebro. Quando demos conta,
estávamos a ver como vêem os nossos olhos. Cruzamo-nos
com neurónios e assistimos à transmissão do impulso
nervoso. Seguimos a viagem pela corrente sanguínea,
envolvidos por numerosos glóbulos vermelhos. Os glóbulos
brancos estavam em perigo. O vírus da SIDA estava a
atacá-los, colocando-os completamente à sua mercê. Os
efeitos que este vírus produziu no pâncreas também eram
nefastos. Deixou de produzir insulina. Era necessário
restituir as células pancreáticas o mais rapidamente possível, mas como?
As células estaminais eram a solução! Eram a solução também para a leucemia.
Células estaminais? Engenharia genética? Nanotecnologia? Química? Biologia? Física?
UFA! Que viagem alucinante!
Quando a cápsula se abriu e nos trouxe de novo à
realidade trazíamos uma certeza:
Muitos cientistas, espalhados pelo mundo inteiro,
oriundos de diferentes ramos do conhecimento, têm
contribuído para a extraordinária evolução da Ciência e
muitos mais serão necessários para continuar este
caminho. Quem sabe algum dos passageiros desta
cápsula?! Quem sabe?
A todos os que pelo mundo fora promovem este tipo de iniciativas um bem-haja!
Foi uma viagem muito divertida!
11º A
DESPORTO ESCOLAR
Ténis de Mesa
Iniciados Masculino
No âmbito do Desporto Escolar, a escola é representada por vários grupos/equipa, dos quais o
Ténis de Mesa do escalão de Iniciados Masculinos é da responsabilidade da professora Prazeres Rodrigues.
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Tentou-se acima de tudo, divulgar a modalidade e motivar os alunos para a sua prática, educar os
alunos para o Fair-Play, sabendo perder e respeitando os derrotados, criar condições para que os alunos
gostem cada vez mais da escola e possibilitar aos alunos situações que visem o desenvolvimento da sua
autonomia a nível desportivo, proporcionar aos nossos alunos momentos de convívio e confraternização em
ambiente desportivo de competição.
Assim, este grupo iniciou a competição no início no mês de janeiro, com a 1ª fase a começar no dia
onze de janeiro e a terminar no dia quinze de fevereiro onde a nossa escola obteve o 3º lugar.
Ainda inserido na 1ª fase houve uma competição individual no dia vinte e dois de fevereiro, onde
cada escola era representada por 4 alunos, e que se realizou na Escola Básica de Vila Verde.
A 2ª fase para disputar desde o 14º ao 16º lugar teve lugar na Escola Básica Dr. Francisco Sanches
em Braga, no dia dezanove de março, onde foram concentradas três jornadas, com a realização de vários
jogos.
Devemos realçar o exemplar comportamento dos alunos no decorrer dos treinos e dos jogos que se
realizaram aos sábados de manhã.
No seguimento destas vivências será importante referir que os nossos alunos se pautaram por
posturas corretas dentro e fora do campo, deixando uma boa imagem da Escola e do trabalho promissor
desenvolvido pelos professores responsáveis, e só por isso já valeu a pena.
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A todos os participantes os nossos PARABÉNS.
A professora responsável: Prazeres Rodrigues
Futsal
A equipa de Futsal masculino no escalão de infantis, terminou a primeira fase da competição de
desporto escolar a nível distrital tendo efetuado 6 jogos, tendo como adversárias as equipas que
representaram as escolas de Taíde e de Vila Verde.
Nesta primeira fase da competição a equipa que
representa a nossa escola ficou classificada em primeiro lugar
com 5 vitórias e 1 derrota. A equipa marcou 49 golos e sofreu
23.
Esta fase foi constituída por 4 grupos onde os
vencedores de cada grupo jogarão entre si a segunda fase para
apurar do 1º ao 4º lugar.
Os jogos da segunda fase terão lugar no dia 10 de maio
na escola de Silvares em Fafe, no dia 17 de maio na escola de
Pevidém em Guimarães e a última jornada será no dia 31 de
maio em Vieira do Minho.
Esta fase que terminou pautou-se pela correção entre
todos os participantes bem como o fair-play que esteve sempre
presente.
O responsável pela equipa: Bartolomeu Peixoto
KIOSQUE
Le 13 février 2014, notre classe de 7è D
a décoré le kiosque de Français avec l’aide de
notre professeur de Français. Avant ce travail
final, nous avons fait des recherches sur le Net
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pour trouver des informations sur la Saint Valentin, La chandeleur et le Carnaval.
Nous allons partager nos recherches avec vous dans le journal de l’école.
Soyez attentifs et bonne lecture !
La classe de 7èD
CORTA-MATO DISTRITAL – CLDE BRAGA
Decorreu no dia 14 de fevereiro o Corta-mato Distrital da
Coordenação Local do Desporto Escolar (Distrito de Braga). O local
escolhido foi, no seguimento dos últimos anos, o terreno anexo à
pista de Atletismo “Gémeos Castro”, em Guimarães, um local quase
perfeito para a prática desta variante do Atletismo – o corta-mato.
Não fora a forte chuva que nos deixou encharcados e seria um dia
perfeito.
A nossa escola fez-se representar por 23 atletas/alunos que, independentemente das
classificações, tiveram um comportamento exemplar, quer cívica, quer desportivamente.
No que diz respeito às classificações, temos que salientar o facto de termos obtido um pódio
coletivamente, no escalão feminino de Juvenis. Um feito difícil de alcançar tendo em conta a qualidade que
esta modalidade tem no nosso distrito. Resumidamente, passamos a apresentar todas as classificações e
tempos obtidos pelos nossos alunos:
Infantis masculinos, com 353 participantes
PEDRO SILVA – 90º (0:06:55); TIAGO FERREIRA – 125º (0:07:05); RODRIGO BRÁS – 196º (0:07:25);
LEANDRO SANTOS – 215º (0:07:30); FÁBIO REBELO – 290º (0:07:57). Equipa – 36º lugar
Infantis femininos, com 356 participantes
MARIAN SIMÕES – 322ª (0:09:45); ANA COSTA – 325ª (0:09:46); TAMARA ALVES – 327ª
(0:09:47); PAULA ROCHA – 349ª (0:10:36); NATALIA VIEIRA – 352ª (0:11:03). Equipa – 61º lugar
Iniciados masculinos, com 327 participantes
RAFAEL CARVALHO – 88º (0:11:13); NUNO CARVALHO – 138º (0:11:45); LUIS RODRIGUES – 263º
(0:13:52)
Juvenis masculinos, com 233 participantes
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JOÃO GONÇALVES – 181º (0:19:29)
Juvenis femininos, com 143 participantes
CRISTINA GONÇALVES – 38ª (0:14:23); ISABEL GONÇALVES – 40ª (0:14:37); ANGELA SILVA – 48ª
(0:15:01); MARIANA FONSECA – 52ª (0:15:09) EQUIPA – 3º LUGAR
Juniores masculinos, com 91 participantes
JOSÉ PEIXOTO – 57º (0:17:39); TIAGO LOBO – 58º (0:17:40); JOÃO PEREIRA – 69º (0:18:33)
Juniores femininos, com 57 participantes
BEATRIZ SOUSA – 49ª (0:18:24)
La fête de la Saint-Valentin
Le jour de la Saint-Valentin, le 14 février, est considéré dans de nombreux
pays comme la fête des amoureux. Les couples en profitent pour échanger des mots
doux et des cadeaux comme preuves d’amour ainsi que des roses rouges qui sont
l’emblème de la passion.
À l’origine une coutume païenne, cette fête a finalement été assimilée par l'Église catholique
romaine par la désignation de saint Valentin comme saint patron des amoureux. Le jour de la Saint-Valentin
n’aurait pas été associé avec l’amour romantique avant le haut Moyen Âge mais avec l'amour physique. La
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fête est associée à l’échange mutuel de « billets doux » illustrés de symboles tels qu’un cœur ou un
Cupidon ailé.
Quelques phrases pour les petits billets doux :
« Mon cœur ne bat que pour toi. »
« Je t'aime chaque jour davantage. »
« Tu es l'unique pensée de ma vie. »
« Tu es pour moi un monde que je ne peux expliquer ; je t'aime tous les
davantage. »
jours
« Un baiser sur ta bouche, un sur ton cœur. »
« Je suis tout à toi. »
« Tu es belle à croquer, je t'aime. »
Élèves de la classe de 7è D : Ana Carolina nº1 , Mariana Pereira nº13,Mariana Gonçalves nº 14, Natália nº 16
Coeur moelleux au chocolat
200 g de chocolat noir riche en cacao (72 %)
200 g de beurre
5 œufs
1 Cuillerée à soupe de farine (20 g)
200 g de sucre glace
Un peu de beurre et de farine pour le moule.
Préparation
●Préchauffer le four a 150 °C/th. 5. Beurrer et fariner un moule en forme de couleur.
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●Casser le chocolat en morceaux et le faire fondre au bain-marie ou aux micro-ondes avec le beurre en
morceaux. Délayer en une pâte onctueuse.
●Incorporer les oeufs entiers un à
Incorporer la farine, puis le sucre glace.
un
en
battant
la
pâte
au
fouet à
main.
Verser la préparation dans le moule en lissant la surface.
●Enfourner a mi-hauteur et laisser cuire 25 mn.
●Au sortir du four, laisser tiédir, puis démouler avec précaution (le gâteau est fragile) sur une assiette
plutôt que sur une grille : poser l'assiette sur le moule et retourner d'un coup sec.
●Remettre les gâteaux à l'endroit sur un plat garni d'un napperon en dentelle de papier en forme de
colleur.
Mettre au frais jusqu'au moment de servir, si possible le lendemain seulement.
Servir froid.
http://www.750g.com/coeur-moelleux-au-chocolat-r12959.htm#
Élève: Sandrina Bárbara nº20
CAMPANHA ANTI-BULLYING
(Bullying Awareness Week)
Na semana de 24 a 28 de
fevereiro, a turma D do 12º ano, do Curso
Profissional de Técnico de Higiene e
Segurança no Trabalho, em articulação com
as turmas A e B do 7º ano, desenvolveram
algumas
atividades
conducentes
à
sensibilização da comunidade educativa para
o problema do Bullying. No Canadá, por
exemplo, o Dia de Combate ao Bullying
celebra-se na última quarta-feira de
fevereiro, mas há outros países que o fazem
na segunda quinta-feira de setembro, ou a 7 de abril, como o Brasil, por exemplo.
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A par da divulgação de trabalhos efetuados pelas 3 turmas, no âmbito da disciplina de Inglês, e
contando com a colaboração de outros docentes do 12º D que disponibilizaram algumas aulas para conclusão
dos trabalhos, foi ainda, ao longo da semana, divulgado
um vídeo produzido pela turma do 12º ano sobre esta
temática, o qual teve um impacto muito positivo entre os
alunos dos diversos anos e ciclos de escolaridade.
Decorreu ainda uma breve representação, no dia 26 de
fevereiro, pelos alunos, no Polivalente e átrio da Escola,
que culminou com a distribuição de alguns panfletos
alusivos ao tema, produzidos pela turma do 12º D. Foi,
ainda, criado um blogue, pela mesma turma, onde toda a
comunidade escolar e civil poderá postar comentários sobre o assunto. VISITEM-NOS em:
www.antibullying12d.blogspot.pt
As turmas do 7º ano contribuíram também para a
efeméride com trabalhos seus, tendo a maioria dos alunos
envergado, ao longo da semana, uma T-shirt branca com os
dizeres “Stop Bullying!”.
A atividade saldou-se, no nosso entender, pela
positiva, pois todos os intervenientes, apesar do pouco tempo disponível, mostraram grande empenho e
dedicação, tendo conseguido passar a mensagem: DIZ NÃO AO BULLYING!
A turma do 12º D
Brincadeiras de Carnaval
“500 anos do Foral”
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…aproveitando o estrato social escolhido pela sala 3 do JI para as Comemoração dos “500 anos do
Foral” e desfile de Carnaval, fizemos uma sensibilização ao professor Figueira, principalmente através de
uma Madre Superior, para aguentar mais um bocadinho... aqui não falta a boa disposição!!!...
Sala 3 do JI Escola Básica Domingos Abreu – Prof. Manuela Marques
Recette des Beignets de Carnaval
Temps de préparation : 15 minutes
Temps de cuisson : 4 minutes
 Ingrédients (pour 30 gros beignets moelleux) :
- 4 œufs entiers
- 500 g de farine
- 5 cuillères à soupe de sucre
- 3 cuillères à soupe de crème épaisse
- 1 pincée de sel
- 150 g de beurre fondu refroidi
- 1 sachet de levure chimique
- parfum au choix
 Préparation de la recette :
Dans une terrine :
- Mélanger à l'aide d'une fourchette le beurre fondu refroidi + le sel + le sucre + parfum.
- Ajouter la crème et les œufs entiers 1 par 1 .
- Ajouter la farine tamisée additionnée de la levure.
- Pétrir le tout avec la main.
(La pâte ne doit pas coller aux mains.)
- Laisser reposer le temps de préparer l’huile de cuisson.
- Séparer la pâte en 4 boules et l’étendre avec un rouleau sur
une épaisseur de 3-4 mm (plus épais qu’une pâte à tarte).
Avec la roulette, dessiner des rectangles ou triangles et
faire
des
tresses
à
l’intérieur
des
formes.
- Plonger les beignets par petite quantité dans le bain d’huile
bouillante, les retourner pour qu'ils colorent des 2 côtés. Ne pas
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attendre qu'ils soient marrons mais seulement blonds.
(Les poser sur du papier absorbant et saupoudrer de sucre en poudre.)
Remarques: Ce n’est pas pour me vanter, mais tous ceux qui les ont goûtés, les ont trouvés géniaux. Pas
gras. Ils peuvent se congeler et être sorti pour le petit déjeuner ou le 4 heures. Chez nous, nous sommes
gourmands donc ils sont de bonne taille, tous gonflés…
Comptines
Voici le CARNAVAL
Voici le carnaval
Nous allons tous danser!
Voici le carnaval
Nous irons tous au bal
Et nous nous déguisons
Ensemble nous dansons
Et nous nous maquillons
Et nous nous déguisons
Voici le carnaval
Nous allons tous danser!
Voici le carnaval
Nous irons tous au bal.
CARNAVAL EST REVENU
Carnaval est revenu
L'avez-vous vu?
Il est passé dans la rue
Ni vu ni connu
Il porte un masque de carton
Et souffle dans un mirliton
Coiffé d'un chapeau biscornu
Mon p'tit bonhomme
À quoi joues-tu?
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L´histoire DU CARNAVAL
Le Carnaval est une période de divertissement pendant laquelle l'ordre établi
et la distribution des rôles sont renversés. Le roi devient un humble habitant,
le mendiant est sacré roi du Carnaval, chacun se promène masqué ou grimé, et
se cache derrière son masque pour faire ce qui lui est interdit en temps
normal. Les conventions et les règles sociales sont modifiées, bousculées et
oubliées pendant le Carnaval.
Le Carnaval précède le mercredi des cendres et le Carême. Le Carnaval se déroule en hiver (dans
l'hémisphère nord) mais sa date est mobile puisqu'elle dépend de la date de Pâques. Le Carnaval commence
le jour de l'Epiphanie, jour des Rois, et se termine le jour de mardi-gras veille du mercredi des cendres.
Le point culminant est le jour du mardi-gras. Selon les pays ou les régions le Carnaval court durant toute
cette période où il est limité sur une période donnée dans cet intervalle.
Élèves de la classe de 7èD: Ana Eduarda nº2 ; David nº 9; Cláudia nº 5; Telma nº 23; Telmo nº 24; Joel nº 8; Manuel João
nº 11; Catarina nº 4
Clube Amigos de Vieira realizou conferência escolar com Rui Moreira
No dia 13 de março, o Clube Amigos de Vieira (CAVA) realizou a X Conferência CAVA, no Auditório
Municipal de Vieira do Minho, que contou com Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, como
orador.
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Com o tema “Os Jovens e a Cidadania” em debate, a parceria do Agrupamento de Escolas Vieira de
Araújo com o CAVA permitiu aos alunos questionar Rui Moreira acerca da sua opinião em relação ao
assunto debatido, como a sua vida profissional e a
vitória histórica nas Autárquicas do Porto.
À chegada, orador convidado fez-se
acompanhar por Filipe de Oliveira, presidente do
CAVA, Rui Silva, presidente do Agrupamento de
Escolas Vieira de Araújo e António Cardoso,
presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho.
Após breve resumo da vida profissional de Rui
Moreira, deu-se início à série de perguntas
apresentadas pelos alunos de secundário da EB/S Vieira de Araújo.
Filipe de Oliveira considerou “o balanço da conferência muito positivo”. Foram “cerca de 300
pessoas, maioritariamente jovens analisaram os imensos desafios da cidadania, e sublinharam o facto de
esta implicar uma participação ativa, informada e responsável, ou seja, os vieirenses mostraram o seu
sentido cívico”. Acrescentou: “Rui Moreira, um orador credenciado, abordou o tema com uma pertinência
assinalável, realçando a importância de uma participação cívica e democrática”.
Depois de receber Alexandre Soares dos Santos, esta foi a décima conferência e contou com o alto
patrocínio do Presidente da República. O próximo evento do género contará com a presença de Diogo
Freitas do Amaral, ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros português, como orador para o tema “O Futuro
de Portugal”.
Renato Costa
A Semana da Leitura
Realizou-se entre 17 e 21 de março a Semana
da Leitura, com atividades articuladas entre
Bibliotecas Escolares e Biblioteca Municipal Padre
Alves Vieira.
Sendo o tema, deste ano, os 800 anos do
conhecimento dos primeiros escritos em Língua
Portuguesa, foram promovidas diversificadas
atividades que promoveram a Língua Portuguesa junto
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dos alunos dos vários níveis de ensino.
Entre as atividades realizadas deu-se especial enfoque à elaboração e leitura de poesias, uma vez
que no dia 21 de março se comemorava o Dia Mundial da Poesia.
Todas as escolas do Agrupamento Vieira de Araújo desenvolveram atividades, articulando entre
turmas e também com os encarregados de educação, que mais uma vez colaboraram para que estes dias
fossem ainda mais interessantes e enriquecedores. No Pré-escolar e 1.º ciclo, os encarregados de
educação participaram através da elaboração de livros, aproveitando material reciclado, e fazendo leituras
em salas de aula. Os trabalhos foram expostos para que toda a comunidade os pudesse apreciar. Os alunos
do 1.º ciclo elaboraram poesias para compor um Mural da Poesia, dedicado à Língua Portuguesa, lendo
depois essas poesias aos colegas de outras turmas, da respetiva escola.
No 2.º e 3.ºciclos foram feitas muitas leituras de fábulas, poesias, anedotas, receitas, contos e
apresentação de livros pelos alunos.
Algumas das leituras foram intercaladas
com momentos musicais, promovidos
pelos alunos do ensino articulado de
música. Foi igualmente apresentado o
livro da professora Ana Cunha, “Os
passageiros secretos do Beagle”, através
de uma sessão de sensibilização para a
importância da leitura e da escrita.
Realizou-se uma pequena feira do
livro, com obras da escritora Ana Maria
Magalhães, que visitou a biblioteca
escolar do Agrupamento de Escolas, no dia 26 de março, Dia do Livro Português.
No ensino secundário deu-se destaque à expressão oral da Língua Portuguesa, através de provas de
argumentação, em que os alunos tinham de argumentar sobre um tema escolhido aleatoriamente,
expressando os pontos a favor ou contra.
De realçar a estreita colaboração entre as bibliotecas escolares e municipal, tendo os colaboradores
da Biblioteca Municipal abrilhantado esta Semana da Leitura com a realização de um peça de teatro “João
trapalhão”, que muitas gargalhadas e aplausos arrebataram aos alunos das escolas do 1.º ciclo.
Maria José Ramalho
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Emílio Gomes - O Contador de Histórias
O título remete-nos para um mundo encantado e para
o maravilhoso. Leva-nos a pensar no fantástico e nos sonhos
que nutrimos diariamente, julgando que dias melhores virão
na companhia de seres extraordinários.
Deu-se o caso, já pelo segundo ano consecutivo, de
termos entre os convidados da Semana da Leitura, o Dr.
Emílio Gomes (ele não gosta do Dr., daí ser colocado
propositadamente), um homem, tal como os seres dos contos, verdadeiramente extraordinário!
E porquê? Simples! Porque sim. Os alunos sabem o motivo e os professores que assistiram também
sabem.
As sessões deste ano não versaram as histórias.
Versaram a capacidade argumentativa de cada um. Mais uma
vez os alunos, após cada apresentação, voltaram para o lugar
ainda a argumentar!
Dr. Emílio Gomes, faça favor de se desdobrar para
que possamos contar mais vezes consigo, sim? Obrigada pela
gentileza, simpatia, colaboração, … e devemos-lhe uns bons almoços !
Escritora Ana Maria Magalhães
No passado dia 26 de março, Dia do Livro Português, a Biblioteca Escolar da EB/S Vieira de Araújo
recebeu a visita da escritora Ana Maria Magalhães. Ela partilhou com alunos do 2.º ciclo as suas vivências
pessoais associadas ao ato de escrita, respondendo de forma muito pormenorizada às suas questões, que
esclareceram algumas curiosidades sobre a forma
como nasce um livro, os focos de motivação e a
dinâmica da escrita.
A autora teve a oportunidade de narrar
muitas das suas aventuras, concretizadas para
melhor conseguir transmitir aos leitores as
emoções e factos através das palavras. Cada uma
dessas aventuras explicava a escrita de uma obra,
escondendo muita dedicação na pesquisa histórica,
que fundamentava o enredo da narrativa.
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Os alunos adquiriram diversas obras da autora, na feira do livro que se realizou durante a Semana
da Leitura, aproveitando a sua presença para que lhe fossem rubricadas dedicatórias pessoais, e
certamente muito estimadas. Os livros mais procurados pelos alunos pertenciam à coleção “Uma aventura”.
A presença de escritores junto dos leitores é uma forma de aproximação entre os dois lados de
leitura, quem escreve e quem lê. Sendo, seguramente, também um modo de captar novos leitores, através
da transmissão de experiências e vivências pessoais, demonstrando o lado mais humano e pessoal do
escritor, cujo nome estamos habituados a ler na capa dos livros.
Maria José Ramalho
“Modelação Matemática”
palestrada por Ana Jacinta
Soares
Ana Jacinta Soares,
professora do Departamento de
Matemática e Aplicações da
Universidade do Minho, presidiu
a uma palestra na EB/S Vieira de
Araújo, no dia 27 de março, no
âmbito do projeto “A Minha
Escola de Ciências”.
A apresentação teve
lugar na Sala de Trabalho e dirigiu-se às duas turmas de Ciências e Tecnologias de 12º ano.
O início foi dado pelo professor Fernando Gomes. Depois de uma introdução teórica, a
palestrante usou o estudo de populações como exemplo da aplicação da Modelação Matemática.
Após esclarecimento de dúvidas, foi a vez de entregar os diplomas de participação por parte da
coordenadora do projeto na escola, professora Carla Silva. A sessão foi encerrada pela mesma, juntamente
com o professor representante do grupo de matemática, João Paulo Gonçalves.
Renato Costa e João Pereira
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DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL
No dia 2 de abril comemora-se em todo o mundo o nascimento de Hans Christian Andersen. A
partir de 1967, este dia passou a ser designado por Dia Internacional do Livro Infantil, chamando-se a
atenção para a importância da leitura e para o papel fundamental dos livros para a infância.
CARTA ÀS CRIANÇAS DE TODO O MUNDO
Os leitores perguntam muitas vezes aos escritores:
- Como é que escrevem as suas histórias? De onde vêm as ideias?
- Da minha imaginação- responde o escritor.
- Ah, sim.- dizem os leitores - Mas onde fica a imaginação, de que é que ela é feita?
- Bem... - diz o escritor - fica na minha cabeça, claro, e é feita de imagens e palavras e
memórias e vestígios de outras histórias e palavras e fragmentos de coisas e melodias e pensamentos e
rostos e monstros e formas e palavras e movimentos e palavras e
ondas e arabescos e paisagens e palavras e perfumes e
sentimentos e cores e ritmos e pequenos cliques e flashes e
sabores e explosões de energia e enigmas e brisas e palavras. E
fica tudo a girar lá dentro e a cantar e a parecer um caleidoscópio
e a flutuar e a pousar e a pensar e a arranhar a cabeça.
- Será que todos temos uma? -perguntam os leitores.
- Claro que todos temos uma imaginação: se assim não
fosse, não seríamos capazes de sonhar! Contudo, nem todas as
imaginações são feitas das mesmas coisas. A imaginação dos
cozinheiros tem sobretudo paladares, e a dos artistas mais cores e formas. Mas a imaginação dos
escritores está cheia de palavras.
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E nos leitores e ouvintes das histórias, as imaginações fazem-se
com palavras também. A imaginação do escritor trabalha e gira e molda
ideias e sons e vozes e personagens e acontecimentos numa história, e a
história é apenas feita de palavras, batalhões de rabiscos que marcham ao
longo das páginas. E depois chega o leitor e os rabiscos ganham vida.
Ficam na página, parecem ainda rabiscos, mas também brincam na
imaginação do leitor, e o leitor começa igualmente a desenhar e a rodar as
palavras de modo a que a história se crie agora na sua cabeça, tal como
tinha acontecido na cabeça do escritor.
- Os leitores têm também o seu papel... - dizem os leitores.
-Sim, o leitor é tão importante para a história como o escritor. Há apenas um escritor para cada
história, mas há centenas ou milhares ou mesmo milhões de leitores, na própria língua do escritor ou
traduzida para muitas línguas. Sem o escritor, a história nunca teria nascido; mas sem os milhares de
leitores em todo o mundo, a história não viveria todas as vidas que pode viver. Cada leitor de uma história
tem alguma coisa em comum com os outros leitores da mesma história. Separadamente, mas também em
conjunto, eles recriam a história do escritor com a sua própria imaginação: um ato ao mesmo tempo privado
e público, individual e coletivo, íntimo e internacional. Isto, deve ser aquilo que o ser humano faz melhor.
- Continuem a ler! -concluiu o escritor.
- Obrigado, por escrever e dar asas à sua e nossa imaginação!- agradeceram os leitores –
continue a dar vida a rabiscos que passam das páginas das histórias para as nossas cabeças onde ganham
vida e a tornam mais colorida!
Texto adaptado de Siobhán Parkinson Autora, editora, tradutora e distinguida com o Laureate na nÓg
(Children’s Laureate of Ireland).
EBDA - Paula Lemos
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Escola Básica de Rossas
Neste segundo período, neste estabelecimento de ensino, continuou-se a trabalhar em
articulação, as atividades e conteúdos específicos de cada grau de ensino.
Damos relevância a atividades de conservação da natureza, quer através de experiências de
sementeiras, nomeadamente de bolotas de carvalho alvarinho, quer de atividades de reflorestação em
conjunto com outros estabelecimentos de ensino.
O Jardim de Infância promoveu ainda uma visita de estudo à BRAVAL.
Salientamos ainda a vivência da Semana da Leitura com a participação ativa dos encarregados de
educação e também, para além de outras, leituras inter-tumas e inter-ciclos. Contámos também com a
visita do escritor Gil Rocha e do Teatro da Biblioteca Municipal.
Terminamos o período com uma atividade promovida e participada por toda a comunidade
educativa, que se traduziu na Comunhão Pascal.
Pré-escolar da Escola Básica de Rossas
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12ºA na Semana Interativa “Ciência em Movimento”
Decorreu na nossa escola, entre os dias 1 e 3 de abril, a Semana Interativa “Ciência em Movimento”
onde os alunos do 12º ano da turma A marcaram presença com atividades no âmbito da disciplina de
Biologia e Química.
Foi na sala A1 que os alunos mostraram os seus trabalhos de Biologia acerca da temática de
Educação para a Saúde. Com base em trabalhos desenvolvidos durantes as aulas, a turma apresentou e
explicou vários temas, nomeadamente: sistema reprodutor feminino e masculino, fecundação e gestação,
métodos contracetivos e diversidade sexual.
Os trabalhos foram expostos a várias turmas, com maior incidência nos alunos das restantes
turmas do 12º ano.
Os visitantes mostraram grande
interesse pelo tema, tendo colocado várias
questões e participado num jogo onde
responderam corretamente a várias perguntas
que lhe foram aplicadas. Durante as
apresentações às turmas, foram também
realizadas algumas atividades do programa
PRESSE, que está a ser implementado na nossa
escola.
Com a finalidade de apresentar algo diferente, no âmbito da disciplina de Química, foi realizada
uma atividade laboratorial em que o público alvo correspondeu a alunos do 2º e 3º ciclos, contando também
com alguns discentes do secundário.
Nesta experiência, a turma mostrou
um tema que começou a ser desenvolvido já há
alguns anos, no entanto, poucos conhecem as
suas aplicações. Trata-se da “Gastronomia
molecular”.
Durante a atividade, os alunos
puseram mãos à obra e juntaram a cozinha à
química, confecionando dois pratos alternativos
- salada de caviar e esparguete.
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Inicialmente os visitantes ficaram um pouco apreensivos e reticentes a este novo formato de
cozinha, no entanto, com o desenrolar da experiência, a curiosidade dos visitantes foi crescendo. Depois de
saborear as especialidades conseguidas no laboratório, ficaram muito entusiasmados e deliciados.
A turma aderiu a estas duas iniciativas com muito entusiasmo e dedicação. Depois de três dias
de Ciência com um balanço positivo, resta agradecer a todas as pessoas que nos visitaram e às professoras
que nos ajudaram na concretização deste trabalho.
Lúcia Sousa, 12ºA
“Portuguesa descobre como resolver problema crónico da falta de dadores de sangue” (tradução de artigo
científico - 11º A e B)
As turmas A e B do 11º ano, do Curso Científico-Humanístico, implementaram, aquando da
abordagem da temática “Bioethical issues,” na disciplina de Inglês, uma atividade de articulação entre esta
disciplina e a de Biologia e Geologia. Tal articulação teve por base uma notícia sobre o facto de Sandra
Pinho, uma cientista portuguesa do Albert Einstein College (Nova Iorque), ter liderado um trabalho de
investigação onde identificou em humanos uma população de células estaminais que pode acabar com a falta
de dadores de sangue e facilitar o tratamento de leucemias e anemias crónicas. Cada turma partiu da
leitura e interpretação do artigo científico que se segue, sob a orientação das docentes destas disciplinas,
atividade conducente à sua tradução (abaixo) para a língua inglesa.
QUEM SABE… NUM FUTURO PRÓXIMO, PODE SER UM DESTES NOSSOS “CIENTISTAS” A ENCABEÇAR
UMA DESCOBERTA DESTA MAGNITUDE!?!
WE WISH YOU GOOD LUCK!
“Uma população de células humanas capaz de expandir o número de células estaminais
hematopoiéticas 1) - que dão origem a todas as células do sangue, desde plaquetas a glóbulos vermelhos ou
brancos - acaba de ser identificada por Sandra Pinho. A descoberta tem o potencial de poder ajudar a
resolver o problema crónico de falta de dadores nos bancos sanguíneos, mas também os casos em que é
necessário transplantar diretamente as células estaminais hematopoiéticas, de forma a gerar de novo todas
as células do sangue, como acontece nas leucemias e nas anemias crónicas.
O estudo em que se baseou esta descoberta, em que Sandra Pinho surge como a principal autora,
foi publicado a 1 de julho de 2013 no "Journal of Experimental Medicine" (JEM) e está disponível no site
desta revista científica de referência internacional.
Limitações no uso em transplantes ou transfusões
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Embora todos tenhamos uma população de células estaminais hematopoiéticas na nossa medula
óssea, responsável por fabricar durante toda a vida as células sanguíneas necessárias à nossa
sobrevivência, esta é extremamente pequena, o que limita o seu uso em transplantes ou na criação de
populações sanguíneas para transfusões.
A alternativa seria descobrir como multiplicar estas células em laboratório e em 2010 o
laboratório de Sandra Pinho descobriu em ratinhos transgénicos 2) uma população de células estaminais
mesenquimais 3) com a capacidade de regular o funcionamento das células estaminais hematopoiéticas. As
células estaminais mesenquimais são capazes de se diferenciar em tecido ósseo, cartilagíneo ou adiposo.
Mas havia um problema adicional: a proteína que identificava esta nova população estava
localizada dentro das células. Ou seja, só se a proteína fosse marcada - tal como nos ratinhos transgénicos
- com um produto fluorescente, era possível identificar e isolar as células, o que impedia o seu uso em
humanos.
A alternativa era procurar outras moléculas à superfície da célula que identificassem a mesma
população de células estaminais, o que foi conseguido por Sandra Pinho e a sua equipa.
Capacidade para regular as células estaminais sanguíneas
Os cientistas identificaram uma série de novos marcadores que define essa população, o que já
lhes permitiu descobrir que esta também existe na medula óssea humana em contacto direto com as células
estaminais do sangue e, tal como em ratinhos, tem a capacidade de regular o funcionamento das células
estaminais sanguíneas.
E quando a população de células estaminais do sangue humanas, que foi expandida em laboratório
através de contacto com as células estaminais mesenquimais, é transplantada para ratinhos imunocomprometidos - isto é, ratinhos em que as células do sangue foram destruídas por radiação - elas
expandem-se e diferenciam-se.
Assim, estes ratinhos têm agora células sanguíneas humanas, provando que as células estaminais
assim obtidas são funcionais.
“Estes novos resultados são um primeiro passo importante no estudo da regulação das células
estaminais do sangue dentro da medula óssea", explica Sandra Pinho. "Além disso, no futuro, esperamos
conseguir em laboratório expandir o número de células estaminais do sangue em quantidades suficientes
para ajudar doentes hematológicos que necessitam de transfusões ou transplantes da medula óssea".»
In http://expresso.sapo.pt/portuguesa-descobre-como-resolver-problema-cronico-da-falta-de-dadores-desangue=f814762#ixzz2WblqgOjM
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1) Células que dão origem a todos os constituintes sanguíneos, isto é, podem-se diferenciar em todas as
células da linhagem sanguínea. As células estaminais hematopoiéticas são aquelas que têm tido maior
relevância a nível prático, particularmente em doenças nas quais é necessário regenerar o sistema
sanguíneo e imunológico do doente.
2) Organismos transgénicos são aqueles que receberam materiais genéticos de outros organismos,
mediante o emprego de técnicas de engenharia genética. A geração de transgénicos visa obter organismos
com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original.
3) Células estaminais mesenquimais (CEM) são células indiferenciadas, com capacidade de auto renovação
e uma capacidade proliferativa, ou seja, de multiplicação, muito elevada.
"Portuguese discovers how to solve chronic problem of shortage of blood donors"
Sandra Pinho, a Portuguese scientist from the Albert Einstein College (New York), led a
research in which she and her team identified in humans a population of stem cells that can put an end to
the shortage of blood donors and make the treatment of leukemia and chronic anemia easier.
«A population of human cells able to expand the number of hematopoietic stem cells - which give
rise to all the blood cells, from platelets to the red or white blood cells - has just been identified by Sandra
Pinho and her team. The discovery has the potential to help solving the chronic problem of the shortage of
donors in blood banks, but also cases where it is necessary to transplant directly hematopoietic stem cells
in order to regenerate all the blood cells, as usual in leukemia and in chronic anemia. The study on which
this finding was based, and in which Sandra Pinho emerges as the main author, was published on July 1st
2013 in the "Journal of Experimental Medicine" (JEM) but it is also available on the website of this journal
of international reference.
Limitations in the use in transplants or transfusions
Although everyone has a population of hematopoietic stem cells in our bone marrow, responsible
for producing blood cells necessary for our survival, this (population) is extremely small , which limits their
use in transplantation or in the creation of blood populations for transfusions.
The alternative would be to discover how to multiply these cells in the laboratory and in 2010
Sandra Pinho’s laboratory found in transgenic mice a population of mesenchymal stem cells with the ability
to regulate the functioning of hematopoietic stem cells . Mesenchymal stem cells are capable of
differentiating into bone, cartilage or adipose tissue. But there was a further problem: the protein that
identified this new population was located within the cells. That is, only if the protein was selected - such
as in transgenic mice - with a fluorescent product, would it be possible to identify and isolate the cells,
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which precluded their use in humans. The alternative was to seek other molecules at the cell surface to
identify the same population of stem cells, which was achieved by Sandra Pinho and her team.
Ability to regulate blood stem cells
Scientists have identified a number of new markers that define that population, which has
already enabled them to find that this is also present in human bone marrow in direct contact with the
blood stem cells and, as in mice, this is able to regulate the operation of blood stem cells.
And when the population of stem cells from human blood - which has been expanded in the
laboratory by contacting the mesenchymal stem cells - is transplanted into immuno-compromised mice that is, mice in which the blood cells were destroyed by radiation - they expand and differentiate
themselves.
Thus, these mice have now human blood cells, proving that stem cells thus obtained are
functional.
"These new findings are an important first step in the study of the regulation of blood stem cells
within the bone marrow," explains Sandra Pinho. "Furthermore, in the future, we hope to expand the
number of blood stem cells in laboratory in amounts that can help hematological patients requiring
transfusions and bone marrow transplantation."»
(in http://expresso.sapo.pt/portuguesa-descobre-como-resolver-problema-cronico-da-falta-de-dadoresde-sangue=f814762#ixzz2WblqgOjM)
1) Cells that give rise to all blood components, i.e., they may differentiate themselves into all blood cell
lineage. Hematopoietic stem cells are those that have had greater relevance at a practical level, particularly
in diseases in which it is necessary to regenerate the blood and immune system of the patient.
2) Transgenic organisms are those that received genetic material from other organisms, through the use
of genetic engineering techniques. The generation of transgenic seeks organisms with new or improved
features compared to the original organism.
3) Mesenchymal stem cells (MSC) are undifferentiated cells capable of self renewal and a very high
proliferative or multiplication capacity.
Turmas A e B do 11º ano (Curso Científico-Humanístico de Ciências e
Tecnologias)
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Missa no Centro Escolar do Cávado
No passado dia 4 de abril realizou-se a Comunhão Pascal no Centro Escolar do Cávado, na
freguesia de Louredo, com a presença do Senhor Bispo D. António Moiteiro, que se fez acompanhar dos
senhores padres José Alves, Luís Jácome
e padre Martinho.
A cerimónia foi preparada
pelos alunos, pessoal não docente e
docentes do Centro Escolar, com um
acompanhamento determinado e essencial
do pároco da freguesia.
Ao longo da semana, os alunos
ensaiaram os vários cânticos com o padre
Martinho e com o professor de educação musical, assim como as leituras que teriam de realizar na missa.
Os alunos desempenharam um papel fulcral durante a cerimónia, realizando as leituras e fazendo
oferendas, todas com um significado muito particular, associadas ao contexto onde se realizava a missa, a
escola.
Na missa estiveram presentes inúmeros encarregados de educação, que desta forma
demonstraram a importância da partilha e da fé em Jesus, que deve ser transmitida aos mais pequenos.
Também estiveram presentes o Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, prof. Rui Silva e o
Presidente da Câmara, Eng. António Cardoso.
Os alunos viveram este momento com grande dedicação e solenidade, revelando todo o respeito
pelo espaço e palavras proferidas pelo Sr. Bispo.
Centro Escolar do Cávado
MJ
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A Floresta Portuguesa
Um terço de Portugal é ocupado pela floresta. A floresta é uma fonte de emprego, exportações,
vendas, lazer, biodiversidade, sequestro de carbono, proteção de solo, regulação da qualidade e do ciclo
hídrico. Os incêndios atiçados pelo desordenamento são a soma de decisões erradas.
Quem gera a riqueza, pincela paisagens, alberga um sem-número de vidas, limpa os ares, purifica
águas, protege o solo, dá emprego, deslumbra turistas e enriquece a gastronomia é a floresta. Esta é a
resposta dos três pilares de desenvolvimento – economia, sociedade e ambiente.
Desde sempre, o terço de Portugal com florestas e bosques é um dos mais importantes recursos
naturais do país. Do fogo, abrigo e alimentação com que protegia as gentes de outrora, até à pasta de papel
ou até à cortiça que hoje alimentam uma fatia muito importante da nossa economia nacional, a floresta deu
o material que levou os portugueses a outras paragens.
De acordo com um gráfico relativo a 2010, algumas espécies de árvores estão a desaparecer, no
entanto outras ainda existem em grande quantidade. Os eucaliptos são os que existem em maior
quantidade, ocupando 26% da floresta. Os pinheiros-bravos e os sobreiros ocupam, ambos, 23% da área da
floresta. Em menor quantidade, existem as azinheiras, ocupando 11% da área florestal. De seguida, com 6%
de área existem os pinheiros mansos e as outras folhosas. Com uma percentagem de apenas 2% da área
florestal ficam as outras resinosas e os carvalhos. Quase a desaparecer, encontram-se os castanheiros
ocupando apenas 1% da área florestal.
Em tampos antigos, eram os Quercus que mandavam. Do nome comum, os carvalhos, os sobreiros
e as azinheiras. Ancestrais são os castanheiros, as cerejeiras-bravas, os loureiros, os teixos, as bétulas os
salgueiros, ao amieiros, entre muitos, muitos outros.
A necessidade de terras cultivadas e pastos deu o primeiro golpe de machado nessas florestas.
A floresta, no início do século XIX, já cobria 10% do país.
O sobreiro é uma espécie que resiste há séculos de extraordinária generosidade. Nela assenta
uma importante indústria nacional, a Amorim. O montado é muito mais que a cortiça, é a paisagem, é a
biodiversidade, é a proteção do solo, é o sumidouro de carbono e mais, muito, muito mais. Dá emprego a
1,8% da população ativa, um setor que representa quase 10% das exportações do país. As outras espécies
recém-chegadas ao país alimentam duas das fatias muito mais importantes no tecido empresarial de
Portugal. A paisagem florestal portuguesa que as pessoas conhecem tem leves resquícios do que já foi
antigamente. Para trás, muito para trás, ficou um cenário que hoje só podemos ver nas ilhas.
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As primeiras árvores e as primeiras florestas vêm do período geológico do Devónico, 409 a 363
milhões de anos antes da atualidade. Depois vieram florestas frondosas e vários grupos de fetos, estes
assim como as coníferas, serviram de pasto para os dinossauros herbívoros (comem erva), durante o
Mesozóico.
Quem cobria grande parte da Península Ibérica era a Laurisilva. Típica de um clima tropical e
húmido, hoje só resta uma floresta parecida nas ilhas, Madeira e Açores.
Os carvalhos, os amieiros, os choupos, os salgueiros, as aveileiras e os freixos começaram a
formar a floresta que hoje conhecemos por autóctone, estando a recuperar algum terreno.
Enquanto as mudanças decorriam, um novo povo apareceu nas paisagens que mais tarde ia ser
conhecido como os lusitanos. Os lusitanos eram um povo que vivia da caça, pesca, frutas, farinha de bolota,
castanhas e verduras.
A meio do século XX, apareceu outra espécie, o eucalipto, vindo da Austrália e da Tasmânia. O
eucalipto cria um excelente pasto para os incêndios, erro que o tempo está a tentar corrigir.
A acácia mimosa reproduz em pouco tempo e forma áreas povoadas que não permite o
desenvolvimento da vegetação natural.
A floresta portuguesa já evoluiu e transformou-se. Algumas vezes pelas mudanças naturais,
outras vezes pela habilidade do Homem. Algumas das paisagens mais bonitas do país são as florestas
portuguesas.
Aqui estão alguns cuidados que deves ter com a floresta:
• não deitar cigarros para a floresta porque podem estar mal apagados;
• não deitar lixo para o chão, mas deitá-lo no contentor mais próximo;
• não deitar foguetes perto das florestas, pois podem incendiá-las;
• não fazer fogueiras, principalmente entre 1 de junho e 30 de setembro;
• para fazer queimadas pedir uma autorização;
• se detetar algum incêndio, contacte imediatamente o 112
Texto de pesquisa efetuado por alunos da turma 4.ºC, da Escola Básica Domingos de Abreu
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O QUE É FEITO DE TI?
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O QUE É FEITO DE TI
PATRÍCIA PIRES
Olá a todos. Chamo-me Patrícia, sou flautista e estudo Música (e não, não é apenas um hobby).
Esta deve ser das primeiras coisas que
temos de explicar às pessoas quando nos
perguntam se fazemos mais alguma coisa
para além desta bela arte. Ser músico é ser
artista, é ser diferente, é ter de enfrentar
todos os dias as críticas, a concorrência, a
pressão, sob os olhares atentos de quem
percebe e/ou está na mesma área. É optar
por uma forma de vida diferente… e foi esta
a vida que escolhi. Já o meu 10ºano (no curso
de Ciências e Tecnologias, na Escola
Secundária Carlos Amarante) tinha começado,
quando resolvi, no final do 1º período pedir transferência para a Escola Secundária Francisco de Holanda,
para assim ser possível estudar no ensino articulado (com a Academia de Música Valentim Moreira de Sá Guimarães). O que é que me levou a tomar esta decisão? Não foi por não gostar do curso, (sempre gostei
muito de matemática, FQ, …), muito menos por não tirar boas notas (até era boa aluna  )mas sim por
não me sentir feliz, e querer investir, aprender e lutar para realizar um dos meus maiores sonhos numa
outra área, a Música. Era isto que queria para o meu futuro… mas não pensem que foi fácil mudar de
“rumo”.
O ensino especializado em Música no secundário é um pouco diferente do que a maior parte dos
alunos faz no ensino regular. Nós, estudantes de música, tínhamos as disciplinas básicas (português,
inglês, ed. física e filosofia) na Escola, e as disciplinas práticas e teóricas de música na Academia.
Podíamos até ter uma carga horária de aulas bastante reduzida, mas se juntarmos as horas diárias (3, 4,
5, …) que tínhamos de “perder” a estudar o nosso instrumento, pouco tempo livre restava. E assim se
passou o secundário… com imensos objetivos, um deles (o mais importante): entrar na Escola Superior
que queríamos. Tendo em conta que as vagas eram sempre escassas para tantos músicos, só nos restava
trabalhar ao máximo para tentar agradar aos professores nas provas de ingresso. Tive sorte, entrei na
escola que queria, das mais antigas do país nesta área, com os melhores professores, maestros
convidados, e uma boa orquestra. Ocupei uma das duas vagas que abriram no meu ano para a Licenciatura
em Música – Performance, variante Flauta Transversal. E foi assim que o destino me traçou a passagem
pela cidade Invicta, onde me encontro agora já no 2º ano, na Escola Superior de Música e Artes do
Espetáculo do Porto. Como já vivia fora de casa desde o 10º ano, não senti muita diferença na mudança
41
para a vida académica (ainda por cima sem as tão polémicas praxes, que a meu ver, ainda bem que não
existem cá. Mas isto já seria tema para outra conversa…).
Quando a Exmª Senhora Professora Carla Álvares me convidou para escrever um pouco sobre as
coisas que fiz desde que saí do Ciclo, pensei: “Yeah, fixe!! Mas por onde hei de começar?” Não foi fácil!
Ainda por cima a escrita nunca foi o meu forte .
Nestes últimos 5 anos, para além disto tudo que já referi, ainda participei em vários estágios de
orquestra, concursos, masterclasses, etc. Participei no Estágio da Orquestra sub-21 da Capital Europeia da
Cultura 2012, e cheguei a fazer reforço na Orquestra Estúdio. No ano passado tive o privilégio de tocar a
solo no “Encontro Nacional de Jovens Músicos” em Vieira do Minho (OBRIGADA PESSOAL!!), e ainda de
ganhar uma bolsa para um estágio na Alemanha, no “Ensemble-Akademie Freiburg”. Tentei sempre criar
contacto lá fora, porque gostava muito de ir estudar para o estrangeiro. Foi isso que me levou a participar
em Masterclasses, ir a Paris ter aula com o
professor do Conservatório Nacional, e ir a Basel,
à escola onde o meu irmão (também músico)
estuda atualmente.
Adoro viajar! Adoro aprender! Mas claro
está, não é tudo um mar de rosas… O ensino
especializado em Música, considerado, por muitos,
um ensino de luxo, fica demasiado dispendioso (a
começar pelo valor do instrumento). Por isso, tento
ao máximo pagar todos os extras com o meu próprio dinheiro para não sobrecarregar os meus pais. Como?
Com o dinheiro que ganho a tocar em bandas filarmónicas, e com as aulas que dou aos sábados.
É óbvio que por vezes paro para pensar se estou no caminho certo, se o estudo intensivo e
exaustivo compensará, e se o futuro me vai sorrir… vou continuar a lutar para isso! Porque apesar de
todas as dúvidas e de todos os obstáculos que se atravessam no caminho, sinto uma alegria enorme por
estar a fazer aquilo de que gosto, e por
não pensar na música apenas como um
trabalho, mas como uma forma de vida
diferente. Já dizia alguém: “Escolhe um
trabalho de que gostes, e não terás que
trabalhar nem um dia na tua vida.”
Queria aproveitar para
agradecer mais uma vez à prof. Carla
Álvares por se ter lembrado de mim,
bem como a todas aquelas pessoas
42
(professores, funcionários, alunos) que se atravessaram no meu caminho enquanto estudei em Vieira, e
contribuíram para que me transformasse numa pessoa melhor. Não posso deixar de agradecer, claro está,
aos meus pais, que apesar de tudo, agora compreendem esta vida, e ajudam-nos (tanto a mim como ao meu
irmão) a lutar para sermos cada vez melhores. Um grande OBRIGADA!
P.S. Lutem! Não desistam! Nunca!
Patrícia Pires
Patrick Rocha
Olá a todos, o meu nome é Patrick Rocha e não podia deixar
de iniciar esta rúbrica sem primeiro agradecer o convite que me foi
feito pela professora Carla Álvares. Confesso que para além de
professora e diretora de turma no meu 8º e 9º anos de escolaridade,
foi uma professora que me marcou muito. A minha turma desse tempo
era um pouco para o “rebelde” (risos), mas a professora Carla Álvares
tinha uma capacidade incrível para lidar connosco e com as situações
mais complicadas, e isso fez com que os alunos e a professora
criassem um forte respeito mútuo, compreensão e amizade.
Em relação ao meu percurso, terminei o secundário no ano
2006 e nessa fase encontrei-me dividido entre seguir para a
faculdade ou ingressar no mundo do trabalho. Ponderei muito e acabei
por optar pelo mundo do trabalho, um mês depois de acabar as aulas, encontrei logo emprego na Olirebe uma Indústria de Espumas na zona de Pepim (Cerdeirinhas). Estive nessa Empresa durante 3 anos e
apesar do cansaço e desgaste físico relacionado com as minhas funções, existia um ambiente de trabalho
fantástico entre todos os trabalhadores e entidades
patronais. Em março de 2008, recebi uma proposta
de trabalho para ingressar no Aquafalls SPA Hotel
que tinha abertura prevista para abril. Fui à
entrevista e fui admitido para rececionista do Hotel.
As condições de trabalho eram diferentes e em
termos financeiros teria mais regalias, foi nesse
sentido que me desvinculei da Olirebe e iniciei as
minhas funções no ramo hoteleiro. Numa fase inicial
estava contente com a mudança, tinha um bom ambiente de trabalho, tinha ótimos conhecimentos orais e
escritos de línguas estrangeiras e à vontade no diálogo com clientes, tudo isto fazia com que me sentisse
bem com as minhas funções. Mas o tempo foi passando e a política do Hotel estava em constantes
43
alterações, não existia consenso e isso fez com que a minha motivação no trabalho caísse a pique. As
políticas internas não iam ao encontro dos meus ideais e como já não “podia ser eu próprio”, em julho de
2012 decidi cessar as minhas funções nesta Empresa.
Sem emprego em vista, decidi investir numa formação que me permitisse fazer o que realmente
gostava e foi assim que iniciei um curso de treino e modificação comportamental de cães, baseado em
reforço positivo. Voltei aos livros e apliquei-me nos estudos. Numa primeira fase isto era apenas um
“hobby”, o intuito seria de obter formação suficiente para treinar o meu cão em casa, mas à medida que o
tempo foi avançando, fui ganhando cada vez mais interesse nesta área e comecei a frequentar seminários e
formações com grandes referências internacionais do treino e modificação comportamental. Os vizinhos
começaram a pedir os meus serviços
e o “feedback” era positivo. A partir
desse momento comecei a perceber
que isto poderia ir além de um
simples passatempo. Agora encontrome nessa transição de “hobby” para
“profissão”. Tenho um espaço em
Vieira do Minho e tenho a minha
Escola de treino e modificação
comportamental de cães em Amares.
Para além de clientes dos arredores,
tenho clientes que vêm de Vila Real,
Esposende, Famalicão, Barcelos para terem aulas comigo. Sinto-me um felizardo por fazer o que gosto e se
puder viver disto no futuro, melhor ainda .
A experiência de vida que tive, permite-me deixar um conselho aos atuais alunos, quando
optarem pelo curso que querem ingressar, façam essa escolha tendo em conta aquilo que realmente vos
motiva e não os €€€€€€€€€. Perspetivar um bom salário não é sinónimo de ser feliz, mas fazer o que
nos motiva e dá prazer é um grande passo para atingir a felicidade.
Patrick Rocha
https://www.facebook.com/patrickrochadogtrainer
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Elisabete Pinto
Que é feito de ti, Elisabete Pinto?
Já passaram uns anitos! Corria o ano escolar de
2002/2003, quando me vejo colocada em Vieira do Minho,
na Escola Secundária, hoje agrupada com a E.B. 2/3, mesmo
ali ao lado. Nesse ano, só lecionei francês a turmas dos 8º,
9º, 11º e 12º anos de escolaridade. Encontrei um grupo
disciplinar impecável, o das Línguas Estrangeiras, claro…
com uma ou outra exceção, mas já não interessa nada agora!
Não podemos gostar de todos os colegas nem todos eles de
nós, não é verdade? Nunca esquecerei a Odete e a sua
história de vida sofrida. Estava eu longe de pensar que iria
passar por uma experiência semelhante mas na primeira
pessoa… mas isto fica para daqui a pouco! Lembrar-me-ei sempre da “Nikes”, da Cristina Tinoco, da
Sofia, da Carla Álvares…e de muitos outros cujos nomes, agora, não me recordo. Dos rostos não me
esqueci.
Como esquecer os “malandrecos” dos alunos, sobretudo uma turma do 8º ano que me deu muito
que fazer! Tratava-se de alguma rebeldia por parte de um rapaz de cabelo encaracolado, famoso em toda a
escola e redondezas. Ele até era engraçado, o miúdo… só abria a boca no momento errado e saia
asneirada! Quando isso acontecia…lá nos dias menos bons do moço, uma parte da aula era gasta em
raspanetes… Nada de muito grave, comparando com o que se passa em muitas outras escolas, hoje em
dia.
O ano correu sem grandes sobressaltos, a não ser o gelo que apanhava na estrada de Braga para
Vieira do Minho. Uma manhã de inverno, a caminho da escola, após o cruzamento da Póvoa de Lanhoso,
numa curva, um “habilidoso” que seguia à minha frente, assustou-se com o gelo que atravessava a estrada
de um lado para o outro… travou e conseguiu continuar caminho. Eu apenas deixei o carro seguir caminho
e safei-me. Infelizmente, atrás de mim, vinha a Sofia que acabou por embater nos rails. Não se magoou
mas o carro ficou algo danificado. Que rica estrada!!!
Só posso dizer que gostei imenso de trabalhar em Vieira do Minho, por tudo, a escola, a direção,
os funcionários, os colegas e os alunos. Adorava almoçar com os colegas, no restaurante do parque de
campismo ou noutro mais junto à escola onde encontrávamos muitos alunos. Íamos variando, claro. Lembrome de boas conversas, boas risadas e bom trabalho de grupo. Foi sem dúvida um ano que me deixou muitas
saudades.
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Nos anos seguintes, percorri várias localidades: Vizela, Barcelos, Ribeirão, Póvoa de Lanhoso,
Famalicão e nos últimos anos já por Braga. Fui mantendo algum contacto com os colegas e com o famoso
Facebook, tudo se torna mais fácil…
2007 seria um ano de viragem para mim. Estava eu na E.B. 2/3 do
Cávado, já quase no final do ano letivo, quando soube que tinha um tumor
maligno na mama. Foi o início de uma luta que ainda não acabou. Fui operada, fiz
radioterapia, quimioterapia, hormoterapia e quando a “coisa” estabilizou, voltei
ao trabalho continuando a ser vigiada de perto, pois a doença é maldosa.
No ano seguinte, fui para a Escola Secundária de Maximinos onde
permaneci até 2010. Ano em que a doença voltou em força, fazendo grandes
estragos na coluna, no pulmão e no fígado. Pensei, na altura, é desta que vou
para o outro lado! Ainda não era para já! Fui submetida a uma cirurgia
complicada dado que tinha uma vértebra fraturada e corria o risco de ficar numa cadeira de rodas. Apesar
do grande sofrimento, as coisas correram da melhor forma… continuo a andar com placas e parafusos na
coluna… mas ando!
Lá começaram novamente os tratamentos, desta vez, mais agressivos, pois a doença tinha-se
espalhado silenciosamente e rapidamente. Foi do género, “vira o disco e toca o mesmo”: radioterapia,
quimioterapia… muita quimioterapia… muito sofrimento físico e psicológico… não sei como não fiquei
maluca… tenho que ser forte! Ai se tenho!
Passados alguns meses, após uma série de exames, observámos que as coisas tinham
estabilizado, as lesões pulmonares e hepáticas tinham desaparecido… as ósseas é outra história… essas
nunca mais desaparecem. É preciso mantê-las estáveis com o quê?? Pois alguma
quimio oral mais hormonoterapia e vigilância constante.
Desde então, não voltei a trabalhar, doença prolongada “oblige”!
E como não há duas sem três, em 2013, aparece nova lesão no fígado.
Que raiva, não tenho sorte nenhuma, pensei eu. Toca a estudar o caso e
procurar soluções. Mais uma cirurgia e não podia faltar a nossa “querida”
quimioterapia. Desta vez, tratava-se de uma lesão mais agressiva, daí ter que
fazer quimioterapia semanalmente… durante nove meses. Parei mesmo antes do Natal. Nem sei como
sobrevivi… mas aqui estou eu para contar a história. Claro que continuo com outros tratamentos mas a
esperança em viver ainda uns bons anos dá-me força para lutar e continuar. Como toda a gente, tenho dias
maus e outros melhores…não interessa, aqui estou… quero ver o meu filho de catorze anos tornar-se
num homem bom.
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Tento viver o melhor que posso a cada dia. Leio muito, vou “cuscando” no Facebook, sou mãe,
esposa e dona de casa… já é muito trabalho! Faço caminhadas, dou o meu apoio a português e francês a
miúdos que necessitam da minha ajuda… Tento ser boa para com os outros e manter-me positiva.
E assim passaram os anos desde que saí de Vieira do Minho… por estas bandas tenho andado e
por aqui vou continuando… a lutar.
Um abraço a todos.
Elisabete Maria Carpinteiro Pinto
José Maria Araújo
“Que é feito de ti?”
Ao desafio que a amiga Carla Álvares me lançou para a
rubrica “o que é feito de ti?”, do jornal da escola, aqui estou,
de pé e com um pouco de alma.
Não será um retrato de corpo inteiro, com
desnudamento total da alma, mas será uma pose “a la minute”,
de meio corpo, a preto e branco, parecida com aquelas que se
faziam antigamente, de frente a uma Kodak, em cujo caixote um
homem de bigode farfalhudo, cachimbo fumegante e vieirense de
gema, mas mouco como uma pedra, metia a cabeça e gritava:
olha o passarinho. Embora a preto e branco, tinha então a delícia
de estampar o momento para a persistência da memória. Será o caso!?
Aquando do convite, transmiti à Carla que, desde que larguei os manuais escolares, os testes, as
reuniões, etc., a minha vida, parafraseando Torga, tem sido “feita de pequenos nadas”. Limito-me a andar
por aí, sem solavancos dignos de relevo, uma espécie de Zé Ninguém, que só deseja que não o macem
muito, que lhe deixem ouvir a melodia sem contorno dos pássaros, que chilreiam nos carvalhos em redor da
casa do alto de S. Bento. Mas como insistiu, a amizade e a cumplicidade forjadas em tempo no espaço da
Escola não me permitiram fugir ao desafio, nem chutar para canto, em boa gíria futebolística.
Decorridos quatro anos, nesta nova etapa, a vida já não tem a rigidez dos compromissos do
passado, nem a escravatura dos horários profissionais que controlam irremediavelmente os passos do diaa-dia. O tempo é entregue, agora, às coisas menores da existência, desprezando aquelas que nada
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acrescentam à alma nem à tranquilidade do espírito. Tal como o poeta no poema Café, busco, no milagre de
cada manhã, soltar o rio que tenho na algibeira, vendo-o “correr da imaginação”. Também, ouvir a “melodia
sem contorno” neste “acaso de existir” que os dias me trazem, para me “iludir de um destino”. Aliás, até
pensei seriamente colocar, à entrada do meu portão azul, ao modo de João Sem Medo, a lapidar frase que
rezasse; “é proibida a entrada a quem não andar espantado de existir”. Máxima que serviria de poderoso
analgésico para resistir, com sabedoria epicurista e razoável estoicismo, ao ataque troikano, que veio poluir
a cama dos “nossos tão castos lençóis”. Neste labirinto em que se procura encontrar o exacto caminho da
existência, as saídas não são lógicas e lineares, bem pelo contrário, absurdas e kafkianas, no entanto uma
dose de ilusão, não desmedida como a de Ícaro, por isso vítima da sua própria ambição, é necessária,
quando assente no comezinho, porque nela reside muito da felicidade merecida.
Sem excluir a família de todas as horas, de todos os anseios e conivências, também são
companheiros neste “acaso de existir”, os amigos de fidelidade a toda a prova, rafeiros quod satis, o KáKá
e o Falcão, o “cocker” Nani e a “boxer” Natacha, todos eles
excessivamente zelosos em defender o território da nossa casa
comum e merecedores, por uma vez que seja, de serem referidos
neste apontamento.
Nos intervalos, ao cuidar da horta, das fruteiras, da relva
do jardim e das flores, a sabedoria da Natureza diz-me que as
correrias sem tino não levam a lado nenhum. O ritmo que ela empresta
às coisas é o melhor calmante natural, mesmo para aqueles dias em
que o céu não veste azul-ferrete e, caindo dos beirais, a melodia da
chuva também desenha uma atmosfera de estímulo, a pensar na
calmaria dos dias longos. Quadro este perfeito para leitura das novas
do dia, dos clássicos ou da escrita das “bagatelas da quinzena”, a
cujo compromisso me obriguei.
Uma vez por outra, sigo à risca o lema: “live to ride and ride to live”, que vem incrustado na
Harley das minhas cavalgadas e então vou estrada fora ao encontro do vento. Para as voltinhas caseiras,
tenho a Powabyke, alcoviteira das conversas sem fim, que a amizade dos amigos proporciona, à tarde, em
encontros fortuitos.
Esta é a desinteressante, talvez banal desobriga, até porque estamos em tempo quaresmal, de
um “eu” que vai no sentido do Sul, ao encontro do sol-posto, maravilhado com a essência na existência,
mas sempre sem se iludir do destino.
Já agora, aproveitando a boleia, desejo a todos os que foram colegas, demais professores,
funcionários e alunos uma Páscoa com cheirinho a amêndoa.
J M Araújo
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NB. Propositadamente, este texto não respeitou o novo acordo ortográfico.
Filipe de Oliveira
Antes de mais, quero agradecer o amável convite
da professora Carla Alvares, pessoa por quem tenho grande
estima, para responder ao seguinte repto: “O que é feito de
ti?”.
Na Escola B/S Vieira de Araújo, cresci e aprendi a
amar. Cresci no coração de uma Escola que aprendi a amar,
genuinamente.
O meu desejo é que, os actuais estudantes deste
estabelecimento de ensino sintam os afectos que ainda
irradiam os que por lá passaram.
Após estudar doze anos em Vieira do Minho, tinha
chegado a hora de iniciar o meu percurso académico, isto com 18 anos. Conforme era meu objectivo, conclui
uma Licenciatura Bietápica em Radiologia, no Instituto Superior de Saúde do Alto Ave.
Depois de quatro anos recheados de duras exigências, mas vivendo o verdadeiro espírito
académico, confesso-vos que passei uma das melhores fases da minha vida. Com a força de querer chegar
longe, ultrapassei as angústias e ansiedades.
Com quase 22 anos, entrei num dos maiores grupos privados de saúde – o Grupo Espírito Santo
Saúde. E, ao pertencer a uma equipa exigente e ambiciosa, o meu percurso profissional tem sido pautado
pela estabilidade e afirmação, daí querer continuar a pertencer a este Grupo, por muitos e bons anos.
Ao longo destes passos, nunca abandonei a terra que amo, onde nasci, cresci e ficarei. Aqui, em
Vieira do Minho, juntamente com um forte grupo de amigos, fundei o CAVA.
Tudo aconteceu em finais de 2005, tendo nascido uma colectividade que é uma referência no
associativismo em Portugal, com 638 sócios, e 75 iniciativas já organizadas, cinco das quais com o Alto
Patrocínio do Presidente da República, Cavaco Silva.
Desse modo, um dos sonhos já se concretizou: nasceu o “Núcleo de Desporto Adaptado do
CAVA”.
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As vitórias e conquistas dão-nos força e encorajam-nos, para o planeamento de projectos ainda
mais exigentes.
Um exemplo de um desafio extremamente aliciante é a parceria de inquestionável valor criada
com a Escola B/S Vieira de Araújo. Desta enriquecedora e benéfica união, já resultaram excelentes
actividades na área cultural e desportiva. Deixo, por isso, o meu agradecimento ao Director do
Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, Alberto Rui Silva, por toda a colaboração, empenho e enorme
dedicação que é fundamental para o sucesso desta aliança.
Tenho a certeza que, a educação é
a base para o desenvolvimento do nosso
concelho e, assim sendo, lutarei fortemente
para manter bem acesa a chama de uma
parceria que significa, acima de tudo, uma
enorme honra e responsabilidade para o
CAVA.
Procurando
manter
uma
participação cívica activa, estive, e estou,
envolvido em inúmeros “projectos”,
destacando os seguintes:
- Presidente do CAVA (Clube Amigos de
Vieira)
- Vice-presidente da AMADOS (Associação Minhota de Apoio ao Doente Oncológico de Senologia)
- Tesoureiro da APAV (Associação das Patinhas Abandonadas de Vieira)
- Comentador político na "Rádio Alto Ave" e jornais “Geresão” e "Notícias de Vieira"
- Presidente da Assembleia de Freguesia de Vieira do Minho
- Membro da Assembleia Municipal de Vieira do Minho
- Membro da Assembleia Intermunicipal da CIM do Ave
- Representante da Assembleia Municipal para o Conselho da Comunidade do Agrupamento de Centros de
Saúde Cávado II – Gerês/Cabreira
- Membro do Secretariado da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Vieira do Minho
- Ex. Administrador da Empresa Municipal: Vieira Cultura e Turismo E.M.
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- Ex. Presidente da Vieira Futsal
- Ex. Vice-Presidente do Vieira Sport Clube
Bem, uma coisa é certa: ainda falta fazer muito mais. Já dizia Albert Einstein: “A vida é como
andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio é preciso continuar em movimento”.
Sabem uma coisa?! Estudem e não desistam dos vossos sonhos… Acreditem!
Filipe de Oliveira
João Cunha
O que é feito de ti…
Chamo-me João Cunha e sou
professor de Física e Química. Fui
professor no Agrupamento de Escolas
Vieira de Araújo entre 2005 e 2010.
Nesse período de tempo tive oportunidade
de conhecer e trabalhar com assistentes
operacionais, alunos e professores
realmente fascinantes. Passado este
tempo, ainda constituem uma referência
pessoal e profissional.
Para além das aulas de Física e Química sempre tive oportunidade de desenvolver vários
projetos. Sempre tive o apoio da direção e de toda a comunidade escolar. A atividade que mais me marcou
foi sem dúvida a robótica. Foi na escola de Vieira do Minho que os alunos começaram a construir os
primeiros robots. Tudo se iniciou como uma brincadeira que rapidamente se tornou numa atividade com
grande valor pedagógico. Ao longo do tempo apercebi-me das diversas competências que podia desenvolver
nos alunos: espírito de grupo, interajuda, comunicação, respeito, partilha, colaboração, etc. Não posso
deixar de referir o apoio que sempre senti, por parte de todos, para concretizar as atividades e deste
modo representar Vieira do Minho e Portugal em competições internacionais. Foram realmente muitos os
apoios, mas, vou apenas destacar um, o nosso eterno amigo “Tó”.
Na Vernária n.º 7, janeiro de 2014, o antigo aluno, José Rodrigues, fez referência às
experiências vivenciadas na robótica e como isso o ajudou a encarar a vida e o emprego com maior
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seriedade e maior produtividade. O clube de robótica apenas foi o catalisador das ideias dos alunos
permitindo abrir portas de modo a que eles brilhassem. Por vezes as dificuldades eram muitas, mas com
persistência e principalmente resiliência é possível concretizar os nossos sonhos.
Desde a altura que deixei de lecionar no Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo passei por
várias escolas e sempre tive oportunidade de desenvolver trabalhos relacionados com a robótica educativa.
Em virtude de ter trabalhado numa escola que foi considerada inovadora pela Microsoft, como
tendo as melhores práticas educativas e que melhor aplica as novas tecnologias, tive conhecimento do
programa “Partners in Learning”. Um programa da Microsoft dedicado às escolas e aos professores de
todo o mundo. Um local de partilha de conhecimentos e de troca de novas experiências.
Recentemente tive oportunidade de participar no Fórum Mundial de educação da Microsoft.
Integrar a inovação e a criatividade em sala de aula através da tecnologia foi um dos objetivos do Fórum
Mundial de Educação da Microsoft. O evento juntou um grupo de elite de educadores de todo o mundo,
abordando a forma como alguns dos maiores desafios da educação podem ser resolvidos utilizando a
tecnologia.
Eu fui um dos 250 professores selecionados entre 23 000 candidatos de todo o mundo, tendo
levado a concurso um projeto na área da robótica educativa, aproveitando toda a minha experiência
adquirida nos diferentes clubes/projetos de robótica. O projeto tem como principais objetivos estimular e
incentivar os alunos para as disciplinas CTEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática) bem como a
comunicação, colaboração e espirito de equipa tendo em vista as competências para o século XXI.
Para além dos projetos individuais tive de desenvolver um novo projeto em menos de 24 horas,
Learn-a-thon. Os professores tinham de escolher um de
três temas para trabalhar que constituem desafios
mundiais: pobreza, igualdade de género e
sustentabilidade. O mais estimulante desta atividade foi
o facto de ter trabalhado com professores da África do
Sul, Brasil, Estados Unidos da América e Suíça, num
projeto sobre a irradicação da pobreza e que mereceu o
reconhecimento e na qual fui premiado.
Desde 2011 que projetos de professores
portugueses são considerados os melhores do mundo e
escolas nacionais estão entre as mais inovadoras do
planeta.
Para além das aulas de física e química,
atividades de robótica sou co-fundador de um projeto
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internacional de análise de aplicações Windows 8 para educação, o innteach (www.innteach.com). O
innteach conta com a colaboração de professores de todo o mundo. O blog está traduzido em 7 línguas e
tem sido um sucesso internacional com críticas muito positivas que nos levam a continuar o trabalho em
prol das escolas, dos professores e principalmente dos alunos.
João Cunha
Romeu Ribeiro
Foi no ano de 2004 que saí de Vieira do
Minho, tinha apenas 15 anos. Saí porque fui em busca
de um sonho, ser jogador profissional de futebol.
Ainda hoje tenho bem presente tudo aquilo por que
passei. Lembro-me da dificuldade que foi deixar para
trás todos os meus amigos e sobretudo os meus pais
e o meu irmão, mas já nessa altura a vontade de
vencer era tão grande que nada me fez recuar.
Fui para Lisboa, para o Sport Lisboa e
Benfica. A adaptação foi bastante difícil, não conhecia nada nem ninguém. Bem, com a exceção do André
Soares que também ingressou nesta aventura comigo, mas que só
chegou à capital um mês depois de eu lá estar. No entanto, como
sempre, tive a preciosa ajuda dos meus pais, que nas primeiras duas
semanas estiveram comigo em Lisboa para que não me faltasse nada. Ao
longo do primeiro ano, de duas em duas semanas, lá vinham eles ter
comigo, para me dar força e me verem jogar. São um grande exemplo
para mim. Sem dúvida nenhuma que foi graças a eles, ao meu irmão e à
minha namorada, que consegui lutar por este sonho.
Fui morar para o centro de estágio na zona de Benfica,
juntamente com mais 20 jogadores com idades entre os 15 e os 18
anos, tínhamos um senhor que cuidava de nós e mais duas empregadas
que nos tratavam da roupa e nos faziam as camas. Não eram as
melhores condições do mundo mas nunca ouvi ninguém queixar-se. Fui
para o Benfica representar o escalão de Juvenis B, ou seja, atletas com
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15/16 anos, mas como desde o início as coisas me correram tão bem passei imediatamente para o escalão
dos mais velhos, Juvenis A, onde estavam os atletas com 16 e 17 anos. Era o jogador mais novo da equipa,
mas mesmo assim acabei por fazer os jogos todos como titular e a jogar um bom futebol. Fui também
chamado à Seleção Nacional de sub-16, foi um enorme orgulho ser internacional pela primeira vez, poder
representar o meu país, cantar o Hino Nacional. Nunca irei esquecer este momento. Mais tarde, tornei-me
capitão das Seleções Nacionais de sub-17, 18, 19 e 20 e ainda joguei pelos sub-21, num total de 43
internacionalizações. Fui também chamado para representar Portugal na Seleção Europeia de sub-18. Na
altura fui o único Português a ser convocado o que me dá um grande orgulho.
Em 2007, já morando no Centro de Estágio do Seixal, alcancei, até então, o ponto mais alto da
minha carreira: representar o plantel principal do Sport Lisboa e Benfica na primeira liga Portuguesa e na
liga dos campeões. Jogar ao lado de grandes jogadores como o Rui Costa, David Luiz, Petit, Nuno Gomes foi
como um sonho tornado realidade.
Nos anos seguintes tive passagens pela segunda liga Portuguesa. Na época de 2008/2009
representei o Clube Desportivo das Aves e na época de 2009/2010 representei o Clube Desportivo
Trofense. Foram estes dois grandes clubes que me ajudaram muito no crescimento como jogador. Mesmo
com algumas dificuldades nunca deixaram que me faltasse nada. Deixei lá muitos amigos. Foi um grande
orgulho poder representá-los. Entre 2010 e 2013 vesti a camisola do Club Sport Marítimo e atualmente
encontro-me no Futebol Clube de Penafiel. Tenho feito um bom percurso, no entanto espero em breve
voltar à principal liga portuguesa. Sem dúvida que esse é o meu próximo grande objetivo!
Romeu Ribeiro
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PROSAS
POESIAS
HIBRIDISMOS
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PALAVRAS
Quero ser
Eu
Soltei as letras
Sem letras
Dos meus sonhos
Sem palavras
Não sei onde pairam
Simplesmente
Os sonhos e as letras
Eu
De palavras
Urge em mim a vontade de encontrar
Soltas
Letra a letra
Agarrar sonho por sonho
E com as palavras
Saborear palavra a palavra
Ouvir o bater do teu coração
E libertar a alma lusitana
Junto ao meu
Que o meu coração acorrenta…
No silêncio
Que só as palavras
Quero ser livre
Sabem escutar…
Soltar cada letra que há em mim
Ligar-me a ti
Por palavras
Bonitas
(Ana Cunha)
Tudo me corre mal….
Tenho amigos e amigas que me deixam… dou o meu apoio a toda a gente, dou confiança, mas a
maior parte deles desilude-me sempre.
Estou farta de sofrer…
Todos os dias choro… e o pior é que a pessoa que mais me apoiou quando eu estava mal, foi
para o céu… Sinto tanto a sua falta!
Neste momento, só me apetecia morrer. Dizem-me que isso é um disparate, mas ninguém
entende o que sinto.
Já me cheguei a cortar pela minha melhor amiga, pois eu acho que as promessas se cumprem
sempre, mas infelizmente nada disso está a acontecer.
Tanta gente me prometeu que ia ficar para sempre…foram os primeiros a ir embora…
Chega um ponto em que me canso de ser forte, apesar de eu nunca ter desistido de nada. Mas
chegou a altura de eu começar a olhar para mim e colocar os outros de parte.
Preciso de procurar a felicidade, ser livre, não posso chorar mais…
Prometi a mim mesma que não o iria fazer mais por quem não o merece…vou cuidar de mim, da
minha felicidade, procurar pessoas que me façam sorrir e não chorar. Prefiro que essas sejam poucas, mas
que sejam verdadeiras.
Eu devo mudar a minha vida, procurar um novo mundo, e vou lutar por isso.
O pior é que as pessoas que me fazem sorrir estão longe, umas em França e outras em Braga
(sei que não é muito, mas são na mesma 33 Km a mais), e as outras pessoas que já partiram. Sei que não
têm culpa disso, mas por vezes penso que a culpa é minha.
Penso que eu é que tenho de fazer tudo por elas, mas e quem é que faz por mim? Ninguém…
Diziam-me que os amigos eram melhores do que a família, mas isto? É só o que dizem da boca
para fora!
A família é a melhor coisa que pode existir no mundo, pois a família é quem mais nos apoia e nos
dá conselhos.
Mas como eu não quero que a minha família sofra, nunca lhes conto nada do que se passa
comigo. Ponho um sorriso na cara e faço de conta que não se passa nada. Por vezes, quando choro, eu digo
que são só dores de cabeça e nada mais, mas ao fazer isso eu estou a mentir a mim própria e ainda me
sinto pior.
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O meu mal é não conseguir dizer a verdade porque sei que se o disser, muita gente vai ficar a
sentir-se mal por eu me estar a sentir mal, e eu não quero isso.
Já passei noites acordada, sem conseguir dormir uma hora que fosse, a pensar em tudo…
Muitas das vezes eu descarrego nas pessoas que não devia, e isso é mau porque depois as
pessoas pensam mal de mim. Mas é porque elas não sabem o que se passa comigo.
Uma das coisas que mais odeio é que me mintam, prefiro que me contem a verdade mesmo que
magoe do que me façam promessas que depois não cumprem.
Acho que as pessoas não sabem quanto mal me fazem, pois eu apego-me sempre a elas e depois
acabam por me desiludir.
Deixam-me sempre sozinha mas também para que preciso desse tipo de pessoas? Nunca
deitaram uma lágrima por mim, nunca me fizeram um pedido de desculpas, e tenho de ser sempre eu a
rebaixar-me a esse ponto perante elas…
Por vezes eu digo coisas que magoam as pessoas e que apenas me saem da boca para fora, mas
tento sempre emendar isso.
Eu luto sempre pelas amizades, mas de que me serve lutar por elas se luto sozinha?
Começo a achar que não há ninguém que fique sempre ao meu lado. E vou deixar de fazer
promessas.
Eu dou a 2ª, 3ª, 4ª, 5ª oportunidade, mas para quê? Se sempre que me deixam me magoam?
Por que sofrer tanto? Eu tenho apenas 14 anos, acho que sou ainda nova de mais para sofrer…
Já cometi erros…Mas também…quem não comete?
Todo o ser humano erra…Sempre me disseram que é com os erros que se aprende.
Por exemplo: eu, na escola, estou-me sempre a rir e a tentar divertir-me, mas só serve para me
fazer de forte e para que não gozem comigo e não percebeçam que estou mal, mas depois chego a casa e
choro, choro… pena, pois isso só me prejudica a mim.
Deixei uma amiga de 13 anos e tal por uma de 5 meses e arrependi-me, pois a de 13 anos e tal
era verdadeira, porque sempre esteve comigo nos piores momentos.
Sinto saudades daquilo que era dantes, mas se fiquei assim, foi porque me deram motivos. O que
eu aprendi com as pessoas foi a ter o coração frio.
Quero voltar a ser aquela pessoa alegre que se ria por tudo e por nada. Voltar a ser feliz. Quero
voltar a ser aquilo que era mais ou menos há dois aninhos atrás.
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Muita gente me diz que já tenho maturidade de adulto, mas se a tenho é porque a vida me
pregou partidas…
Se há algo que odeio em mim, é o facto de ser uma conselheira para as pessoas. E sempre que
essas pessoas precisam de mim, eu estou lá, mas quando sou eu a precisar delas, elas fogem de mim a
sete pés, como se eu não existisse.
Só querem saber de mim quando precisam, e são, por isso, interesseiras…
Mas eu vou ser feliz… farto-me de fazer pelos outros o que eles não fazem por mim. Como se
diz? “ Princesa levanta a cabeça, senão a coroa cai”… pois é isso mesmo que eu vou fazer, apesar de não
ser nenhuma princesa, mas também não sou nenhuma otária que anda para aqui e só quando precisam dela
é que a procuram!... Para mim chega, fartei-me dessas pessoas…
Vou à procura da minha felicidade!!!
E de quem me queira fazer sorrir e não chorar!
«Vocês que são nada»
Por vezes pergunto-me como será a vida daqueles que não dão significado às coisas mais simples
da vida. Como será a vida daqueles que não reflectem e não tornam complexo o seu pensamento. O que
farão eles da vida? Eles que vão dando significado às coisas efémeras e estúpidas. Ainda se atrevem a
falar na amizade, no eterno, no amor e na paz. Que significarão tais valores para eles? Eles que não param
para pensar, ao invés, desperdiçam o tempo na felicidade fingida e suja.
Esses que de tão cheios de nada, a não ser falsidade e risos ocos, chegam a ter a mais profunda
da maldade. E como se não bastasse viverem na sua tristeza tão pouco sofrida, ainda fazem como que
seres puros e lutadores se desvaneçam e caiam ao duro golpe dessa monstruosa sua ignorância.
Vocês seus pedaços de vazio porco, que um dia se apercebam da vossa tão grande desgraça…
ou então morram! Morra apenas, se é que esse vosso existir seja chamado viver.
Liliana Gonçalves
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Terra mágica?
Hoje a minha disposição está um bocado diferente do habitual.
Dei por mim a olhar para a janela esta manhã. Dei por mim a apreciar esta terra. Ahhh, como é
linda esta terra.
Durante a manhã, há uma névoa que cobre toda a paisagem, como que a dar um abraço para
matar saudades, não querendo jamais largar toda esta beleza. E assim que esta névoa se dissipa
suavemente, começo a avistar os cumes dos montes, imensamente brancos da neve. Vejo as árvores, com
estas cores todas, com esta variedade. É uma vista fantástica! Sou abençoado por viver aqui, sinto-me
verdadeiramente abençoado. Esta visão matinal, este quase delírio - parece que esta terra irradia magia.
Sinto-me enfeitiçado, perdido com tudo isto.
Subitamente, virei a cara da janela, senti que era suficiente, e não pude deixar de conter um
sorriso nos lábios. Esperança, felicidade, boa disposição.
Magia.
Luís Costa, 12.º A
Com o Tempo...
Ela não era ninguém. Apenas um pedaço de fibra com mistura de esperança pelo corpo.
Tencionava ser algo para alguém, ser a água desejada pela flor que morria de sede de amor, de fome de
carinho, de fantasia de algo supremo. Ela era uma criança inocente que ainda batia palmas a cada
representação de amor, com um final feliz em que se esquecia o sofrimento e brindava-se ao desenlace de
uma história. Ela não era ninguém até que decidiu procurar à sua volta, até abrir um pouco o coração e
dedicar o melhor de si. E apareceu ele…
Ele fê-la rir, fê-la sentir segura de cada risada que deitava cá para fora, fê-la sentir
compreendida a cada dor que tencionava habitar dentro dela, fez com que ela apreciasse mais a beleza que
nem toda a gente queria ver dentro dela, fez-lhe sentir amada. Compreendida. Livre. Esperançosa. Ela dava
um passo em frente para os obstáculos e ele estava lá na primeira fila, ela sentia-se sozinha e ele
mostrava-lhe que ela apenas passava um mau bocado. Ela sorria a cada vez que o via longe…bem lá longe.
Porque ela decorou as suas formas, os seus traços, cada cicatriz, cada significado dos seus olhares,
decorou o bombardear e o ritmo do seu coração. Decorou a sua voz e cada vibração do seu corpo ao ouvi-lo
a sussurrar ao seu ouvido. Ela sorria sem pensar no que a esperava no dia seguinte. Ela não olhou para
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trás, deixou o seu modelo de felicidade para trás e seguiu aquilo que chamou de «destino», pois como dizia
Antoine de Saint-Exupéry «Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção».
O tempo, que para ela tinha parado, continuava a correr, e ela caiu na lama. Não o encontrou
perto dela, viu-o a distanciar de si, sem olhar para trás, sem se perceber que ela lhe entregou tudo e em
instantes ficou sem nada. Vazia. Fútil. Oca. Um vácuo. Ela levantou-se sem forças, com a cara encharcada
e tentou gritar pelo seu nome, tentou correr, tentou-se mexer, mas sem resultado. Chorou. Gritou.
Derramou. Implorou. Morreu e continua acordada. Enche-se de esperanças venenosas, de que tudo voltaria
a melhorar, de que tudo iria voltar a fazer sentido. Ela morreu. E acordou. Sabe que há sempre algo que
nos faz seguir para a frente. Ela aprendeu isso com ele. Aprendeu a sorrir acima de tudo e perdoar as
pessoas.
Ela ainda tem esperança. Esperança de sorrir com motivo. Ela ainda se acha uma boa pessoa. Ela,
apesar das quedas, levanta-se e sorri. Ela valorizou-se. Ela, bem…ela aprendeu isso com ele…
Suse Rita
O dia da mudança (dedicado ao 25 de abril de 1974)
Ouvem-se ao longe uns passos,
soldados se aproximavam.
Os mais ousados espreitavam,
interrogando-se vadiamente
o porquê de tanta gente.
Gritos de queda ao regime
e morte à tortura silenciosa
que tantas almas condenava.
Em brandos se suspirava
que havia de ser esse o dia!
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Até que se fez uma luz irradiante,
quando tu fiel e destemida amiga
ousas-te sair à rua.
Discursas-te então perante a multidão,
que pacientemente te escutava
deixando correr as lágrimas pelo rosto.
Desde então, teu símbolo é uma espingarda
nua com um cravo vermelho.
Cor essa de um povo guerreiro,
que num só coração ficou unido.
Oh Liberdade, Liberdade.
Tão lindo é o teu rosto, tão lindo é o teu hino!
Daniel Pereira
«A casa voltou a mim»
Ia, perdida, mas com rumo, andando na rua. Já não vou a casa há muito. Há 2000 km atrás, há
dois oceanos atrás, a 24h de avião atrás, a 2 casas atrás, a 5 gatos atrás (eles tiveram acidentes
variados, afinal não têm sete vidas), há 3 rapazes atrás. Há muito tempo. Mas hoje voltou aos bocados.
Senti-me como uma espécie de Maomé que não vai às montanhas, mas as montanhas vêm até ele.
Começou por uma sensação na barriga ao que perguntam «sentiste-te grávida» sempre que conto
isto a alguém. Mas não, não me senti grávida, se bem que não sei o que será…
Senti o Inverno na barriga a meio do verão no meio daquela ruela.
Notei que estava a andar demasiado depressa, eu que antes dava dois passos em 5 minutos,
agora dava três em 5 segundos.
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Notei que o Verão não era o mesmo para mim, agora o sol não me aquecia, queimava-me; O vento
não era o mesmo para mim, agora não me tocava, despenteava-me.
Lembrei-me de casa que agora não tinha. Lembrei-me de mim, que agora, já não sou.
Já não ia a casa há muito.
Há muitos “Maomés” de mim atrás.
Há muito que não ia a casa e por muito que eu gostasse que isso tivesse acontecido, a casa não
voltou a mim.
Liliana Gonçalves
Folha
Folha que caiu.
Não rima, não ri, nem chora.
Saiu de casa na aurora.
Se no chão permanece…
A ser pisada não demora!
Se voa…
Anda à toa!
Daniel Pereira
Dias bons não duram para sempre. Nem sempre o dia é bom.
Há momentos em que não nos é possível mostrar um sorriso. Sincero, é claro.
Todos temos um ponto fraco, os chamados “podres”, aquelas coisas que doem só de as ouvir. E,
às vezes, ouvir as pessoas que te eram mais próximas expô-los, como se precisassem de ser do
conhecimento público, dói ainda mais.
Mas neste momento a minha dor é outra. E claro, como sempre, visto a minha máscara de
felicidade e distribuo sorrisos e graçolas, tal como um palhaço. É aí que me escondo. Por trás do palhaço.
Por trás de mim. Eu sou o palhaço. É o que dou a entender. Certas pessoas conseguem compreender-me, e
algumas dessas, poucas, fartam-se. Não me importo. Sei como sou. É normal. Mas há sempre quem fique.
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Às vezes, é bom conhecer o palhaço. Outras vezes, não. Os palhaços, apesar de não parecer, também têm
tristezas. Nem sempre o dia é bom como já no início comentei.
E por trás de todos os sorrisos e piadas, há a dura realidade. É muito mais que uma tristeza. É
um desgosto, é raiva, é a pura loucura, uma chama cá dentro que me consome dos pés à cabeça num
suspiro lento, ofegante. Não mata mas desgasta, lentamente. E o palhaço sofre. Ah, o palhaço sou eu.
Acho que a chave para acabar com tudo isto é deixar de dar tudo como garantido. Porque quanto
mais pensámos que a pessoa lá vai estar por nós, ela acaba por se fartar e afasta-se. O palhaço entristece,
amua e chora no canto. Quando se esquece da pessoa, ela volta para o atormentar, perseguindo-o
psicologicamente. Essencialmente é um espetro, tu não queres que ela exista, mas está lá. Queres
esquecer, mas há uma parte de ti que insiste em lembrar-se dela todos os dias. E dói mais.
E em breve, esgotado, o palhaço desaparece. Parece que apareceu outro. Piadas novas e um
nariz maior. Engraçado… este parece feliz. Oh, espera, ele vai contar a história dele…
Luís Costa, 12.º A
Um homem também chora
Um homem também chora,
quando a chuva lhe traz o testamento
do cruel frio do tempo.
Um homem também chora,
quando uma ventania
lhe deixa a mortal monotonia.
Um homem também chora,
quando em desespero interno
o malévolo passado lhe deixa para sempre o inverno.
Porque um homem também chora,
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quando por devaneio lhe foge a vida
e um ponto final lhe encerra a hora.
Daniel Pereira
Insónia
Fazia uma da manhã no meu relógio que carregava no pulso. Hora de dormir para uns, hora de
despertar para outros. Ultimamente tenho encontrado refúgio na caneca com café que se encontra todas as
noites na minha secretária desarrumada, cheia de papelada. Por vezes, penso que não se trata apenas de
uma secretária, mas sim o reflexo de uma vida agitada que carrego. Tenho à minha frente um caderno e
uma caneta dependurada nos dedos prontos para serem utilizados a qualquer instante, mas não me sai nada
de jeito na mente. Começo a escrever, mas logo desisto daquilo que tinha planeado. Ultimamente é o que
eu tenho feito com os meus sentimentos. Sou uma pessoa complicada, sim, e não sou de querer sentir
alguma coisa a qualquer momento. Ando cansada e quase sem forças para me levantar da cama, conviver
com as pessoas. Por vezes um simples olá dá-me vontade de virar para as pessoas e exclamar “vocês
metem-me nojo. Sois um saco de lixo”, só quero fechar os olhos e não ser perturbada por ninguém. Mas aí
estaria a ser injusta para com aqueles que se interessam por mim, que não pensavam duas vezes para me
ajudar e que sobretudo me dão esperança quanto a existirem pessoas boas no mundo. As olheiras têm sido
marca de destaque no meu rosto, fruto das minhas insónias, fruto das noites em que me deito para pensar
e que quando dou conta mais uma noite de sono foi à vida. Recentemente, tenho preferido lamentar o
passado em vez de aproveitar o momento com aqueles que desejam o meu bem. Chego a casa e o meu dia
foi vazio, o que me faz sentir cansada de tudo.
São já três da manhã e a minha folha continua em branco. Passei mais duas horas a pensar
silenciosamente e decido ir para a cama. Optei por desistir. E não é o que tenho feito ultimamente? Aliás,
não é o que todas as pessoas fazem quando não encontram forças para lutar?...
Suse Rita
Blogue:
http://shelffeelings9.blogspot.pt/
«E que tudo vá…»
E que o sonho fosse
E que com ele também eu
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Que a imensidão fosse o espaço
E de espaço infinito o caminho
E de caminho eterno
De eterno – o objectivo.
Que eu fosse amor
E que amor me tivesse
Que eu fosse fluctícola,
fluctígena e flucticolor,
E que de tanto ‘flu’
que flutuasse
Se me amasse
Esse amor
que de tão puro acaba em Mar
E que o sonho fosse
Que eu fosse amor
Que eu fosse Mar.
Liliana Gonçalves
Hey Jupiter
You’re right
In the middle of the galaxy
Can you appear tonight
In the sky and shine bright to me?
In the liquid blackness
with your colorful skin
Making a difference at the galaxy
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Shine so we can all see
You could come along
with the stars
so we could chase you
inside our cars.
Lara 10º C
Cais
Fui ao cais ver-te partir,
Mas nunca o soubeste.
Daniel Pereira
Hey moon
You look so light
You're like a small balloon
I want to see you tonight.
Hey moon
Can I tell you a story?
I promise to do it soon
Now, I'll sing this melody
Moon, don't you like the blue of the morning?
I know that you have to go
And I have to say goodbye, darling
But at the end of the day
I open the window of my room
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To see you shine in your way
Mariana F. nº19 , Margarida Lopes nº3 , Dalila Machado nº8, Mariana V. nº20
Fingimento
A vida é uma peça de teatro
onde cada um reproduz aquilo que traz conveniência.
Há um palco, um público cego.
Gestos produzidos com demência.
Há uma cortina que esconde a faca
com o sangue quente e vivo da tragédia.
Há gargalhadas mudas,
ao som da surda comédia.
Há vénias, luzes, palmas.
Cenários monótonos e assassinos.
Fingimento.
Gritos e lágrimas de quem ri.
Risos falsos e incessantes de quem chora
Numa vida ensaiada…
sem propósito nem história.
Daniel Pereira
68
"Hey Sun.
93 million miles from the sun,
people get ready, get ready
cause here we go,
it's a light a wonderful light
over the head into your heart
Hey Rain, leave the sun alone
I want the perfect day
I don't need to come home
So please rain go away
Hey sun you must know, wherever I go
I need your light
to be ‘’all right. "
José Lemos
Chuva calma
Saí à rua perante a chuva calma que caía.
Li as suas páginas e no mesmo momento
folheei as suas palavras clementes
encharcadas de sinopses do tempo.
Daniel Pereira
Hey Moon
You shine like a Diamond in the sky
Without you I will die
You bright in the dark of the night
I would like to see you tonight
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Your bright make me blind
You change my mind
I use to see you as a cartoon
But now I know you are real, moon
At the night I go to my window
And I see your white face
I would like to be here, and not in another place.
10ºA
70
Hey Mars
I am visiting you
And not the sun
Because you remind me Winnie - The Poo
And that’s really fun!
Your color is red
And you are smaller than the Earth
Like my i-pad
To me at birth
You are made of rock
Full of holes
Like my hot spot
Or my favorite tools
Do you want to know my secret?
I wanted to bring you Bruno Mars
But I had to buy a ticket
And that is too expensive, my dear Mars.
Made by: Cassandra; Cristina; Manuel; Rita, 10ºA
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Já não vejo
Já não vejo o horizonte nem o futuro.
Mas não te culpo.
Daniel Pereira
A tua ausência
A tua ausência tornou
os dias surdos,
As paisagens mudas,
As horas loucas e desnudas.
Daniel Pereira
My short story
“My name is Samantha and I am sixteen years old. I’m here to tell you my story.
Well, when I was ten years old and my mother was run over. I had to live during two months with
my mom in the hospital. I was very young, and when a child lives without her mother, things become more
difficult.
Imagine living ( a certain way) “alone”. I had to do the house tasks alone, I had to study alone
when other children had their mothers’ help. I had to survive and as my father worked he couldn’t help me.
Now, my mother is fine, I have my mother at home. Can you imagine how much I am thankful to
God? As He let my mom in this world I can give Him the value He deserves. I always give her the love she
deserves too!
And you? Do you give people the value they really deserve?”
A short story, by Suse Rita
72
És
És o sono leve e incompleto que me consome,
Que me cava por dentro
Sem pudor.
És a lágrima da chuva que caiu e que agora escorre
Deixando-me na monotonia perene e incolor.
Daniel Pereira
A princesa da chuva
Era uma vez uma linda princesa
Que vivia no reino dos Reinetas
A rainha pediu para ela ser fadada
O rei concordou com a sua amada
A primeira fada fadou-a para ser muito boa
A segunda fadou-a para ela ser a mais bela
Mas a terceira primeiro quis almoçar
E com as jóias, o coche e o dinheiro quiseram ficar
A menina fez chichi no vestido dela
E passou a ser a princesa da chuva
Durante anos o reino ficou sem sol
A princesa decidiu fugir sem ninguém avisar
Para o deserto e campos foi tudo regar
Um dia houve um incêndio e ela foi ajudar
Turma 4.º Ano – Escola Básica de Rossas
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Poesias elaboradas após o estudo da obra “A PRINCESA DA CHUVA”, de Luísa Ducla Soares
A princesinha
No reino dos Reinetas
Nasceu uma princesa.
Seus pais eram reis
Os que tinham mais riqueza!
A rainha está grávida
Uma princesa nascerá.
O reino vai ficar feliz
E o rei sorrirá.
Lá vem a nossa princesa
Mas quem a quererá?
Ela é uma beleza
E sempre será.
Ama da minha filha
Ponha-lhe a fraldinha.
Oh, não! Que sarilho!
A princesa fez chichi no vestido da fadinha!
Princelinda, menina linda,
74
Portaste-te muito mal.
Mas a culpa foi da ama
Pois nunca se viu nada igual.
Coitada da princesa,
É a Princesa da Chuva.
Mas com aquela beleza
Vais ser muito sortuda.
Turma 4.º C – Escola Básica de Vieira do Minho
A Princesa da Chuva
Princelinda, Princelinda,
Aonde é que estás?
Foste para o deserto,
Quando voltarás?
Princesa da Chuva
Muitos campos regaste.
E com a tua água
Muita coisa lavaste.
O povo triste,
Porque a terra secou,
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Chamaram Princelinda,
Que logo o regou.
Ó princesa, princesinha,
Muito cavalgaste!
Desta forma amiguinha
O teu reino salvaste.
O teu reino ajudaste
Ó princesa Princelinda.
As plantas tu regaste,
Tornaste-te ainda mais linda!
Turma 4.º A – Escola Básica de Vieira do Minho
A Princesa da Chuva
Num belo reino distante
Filha de um rei de duma rainha
Nasceu uma princesa elegante
De nome Princelinda.
A pedido da rainha,
Três fadas a queriam fadar,
Mas em troca de grande proeza
Sua riqueza teria de entregar.
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Após grande negociação
A um acordo se chegou,
Fadada de boa e bela
Fez chichi, que confusão!
Para seu grande castigo
Princesa da Chuva ficou
E do seu reino se afastou.
Tudo regou com carinho,
Mas um incêndio alastrou,
No meio da confusão
O seu reino salvou.
Para tão grande nobreza,
Uma estátua surgiu,
No Reino das Reinetas
Todo o povo sorriu.
Turma 4.º A – Escola Básica de Vieira do Minho
A princesa da Chuva
A princesa Princelinda nasceu
Os reis ficaram felicíssimos.
As fadas ao reino chegaram
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E muitas exigências colocaram.
Antes de a princesa fadar
Elas pediram para almoçar.
A princesa fez chichi no vestido azul,
A fada ficou muito exaltada!
E fadou-a com uma maldição.
Onde estivesse, estaria sempre a chover.
A população do reino ficou desanimada.
Os pais dela ficaram com uma dor no coração.
Depois da princesa crescer
Numa noite chuvosa, decidiu fugir.
E o deserto todo a cavalo percorreu,
Até que um dia regressou ao palácio,
Para um incêndio apagar.
O reino estava muito diferente,
Sem dívidas para pagar
E teve um sol brilhante.
Todos ficaram felizes para sempre.
Turma 4.º D – Centro Escolar do Cávado
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Poesia dedicadas à Língua Portuguesa
Com a boca gosto de ler
Com as mãos gosto de escrever.
Com os ouvidos gosto de ouvir
Histórias que me fazem rir.
No caderno gosto de escrever
Textos maravilhosos.
Depois os vou ler
Porque ficaram famosos.
Quando leio poesia
As palavras fazem-me sorrir.
Pois têm muita alegria
As rimas que estou a ouvir.
Gosto de ir à biblioteca
Requisitar livros coloridos.
Alguns provocam uma soneca
E outros são muito divertidos.
Gosto de brincar com as palavras
que aprendi na escola.
As letras devem ficar agarradas
sem ser preciso meter cola.
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Turma do 2.º ano – Centro Escolar do Cávado
Poesia sobre a Língua Portuguesa
Com um sorriso nos lábios vou escrever
Um pequeno poema sobre a língua portuguesa.
Quando o terminar, está pronto para o ler.
Com muita atenção e clareza.
Na escola aprendo a bem falar
Esta língua tão especial.
Mas em casa devo estudar
Para não a escrever mal.
Na escola, temos de bem estudar
E também escrever bem o português.
Para com todos poder falar
Com clareza e nitidez.
Na escola somos um aprendiz
Da língua portuguesa.
Depois, o professor fica feliz,
Se já a sabemos ler com clareza.
4.º B- Domingos de Abreu
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Ler em português é genial
É a nossa língua do coração.
É um idioma mundial,
Falado sempre com emoção.
Ler textos faz-me descobrir
Uma grande diversidade
De palavras que posso ouvir
E escrever com mais facilidade.
Temos sempre um autor favorito
Que gostamos mais de ler.
Mas tudo que é português é bonito
Desde que o saibamos escrever.
4.º A- Domingos de Abreu
A nossa língua é sensacional
Com ela sinto imensa emoção.
É uma língua mundial
Que está dentro do nosso coração.
Quem bem escreve, bem sabe falar
Mas se pouco lês…
Tens problemas em estudar
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A nossa língua, o português!
Ler em português é essencial
Para muito bem poder falar.
A nossa língua é especial
Todos a adoramos escutar.
4.º C- Domingos de Abreu
Poesia em português
Também gostamos de brincar
Com a nossa língua materna.
Escrever as palavras a rimar
Para sempre ficar eterna.
A nossa língua é muito especial
Com ela escrevemos histórias de encantar.
Mas não é só em Portugal
Que as pessoas a podem falar.
A nossa língua tem palavras especiais
No dicionário vamos descobrir o seu significado.
Para não dar erros gramaticais
Temos de escrever com muito cuidado.
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O português está no meu coração
É a língua que aprendi a falar.
Devo escrever com atenção
Sempre que estou a estudar.
Turma do 3.º ano – Centro Escolar do Cávado
Poesia dedicadas à Língua Portuguesa
Ler é importante para aprender
Na escola temos uma biblioteca,
Onde podemos os livros ler
E melhor as palavras compreender.
Joel e Manuel (3.º C)
Com lápis e caneta nós vamos escrever
Uma poesia que todos vão ler.
Vamos ser poetas e poetisas
Que todos vão conhecer.
Leandro e Renata (3.º C)
Eu leio todos os dias um bocadinho
Em casa e na escola também.
Às vezes pego num pequeno livrinho
Para ler à minha mãe.
Mariana e Francisca (3.º C)
83
Na biblioteca escolar
Vamos aprender a ler.
Livros de encantar
Para melhor escrever.
César e Juliana (3.º C)
Adoro os livros
Das bibliotecas de Portugal
O livro dá-nos sorrisos
São um objeto especial.
Ler é saudável
E faz bem ao coração.
Faz-me sentir agradável
E ficar cheia de emoção.
Ariana (3.º B)
Adoro os livros de Portugal
Adoro os cadernos para amar.
A nossa língua é especial
Com ela gosto de estudar.
Valentina (3.º B)
Perfeitos são os livros
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Que adoro ler!
São lindos os livros
Que os poetas conseguem escrever!
Ler faz-me sentir alegre
Quando oiço a rimar.
Como é que o poeta o faz?
É fácil! Ele fá-lo a brincar!
Inês Silva (3.º A)
Ler é compreender
E dá-me alegria.
Vai-me ajudar
A aprender no dia-a-dia.
Vou ser um escritor
Na biblioteca inventar
Escrever livros de amor
Para as crianças emocionar.
Bárbara (3.º A)
Português é maravilhoso
Para escrever a rimar.
Com a poesia eu vou
Com as palavras brincar.
Ana Catarina (3.º A)
Escola Básica Domingos de Abreu
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Poesia dedicadas à Língua Portuguesa
Na escola, aprendemos a língua portuguesa
os nossos professores a ensinam a escrever.
A nossa língua tem uma grande beleza
que todos devemos bem aprender.
Ao falar português com alegria
Gosto muito de as palavras ouvir.
Os sons delas parecem ter fantasia
Que me fazem muitas vezes sorrir.
Da minha boca saem palavras
Que gosto muito de ouvir.
Algumas são mais complicadas
E o seu significado tenho de descobrir.
Ler é muito agradável
Pois aprendo coisas interessantes.
Também é saudável
Aprender coisas importantes.
Eu gosto de ler poesia
Porque me faz rir.
E me transmite alegria
Que muito gosto de ouvir.
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Na escola e em casa devo ler
Para muitas palavras aprender.
É importante muito estudar
Para muito bem falar.
Alunos do 2.º ano – Escola Básica de Rossas
Poesia dedicadas à Língua Portuguesa
Na biblioteca podemos requisitar
Livros com muita informação.
Devemos todos os estimar
E lê-los com imensa atenção.
A nossa língua é interessante
Deve ser muito bem falada.
Na escola é muito importante
Ser muito bem estudada.
A língua portuguesa faz-me sonhar
Quando leio livros de fantasia.
Alguns deles fazem-me pensar
E enchem-me de sabedoria.
Da minha boca saem lindas palavras
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Com sons da nossa língua adorável.
Às vezes leio histórias muito engraçadas
Porque ler é uma atividade saudável.
Ler é sinónimo de aprendizagem
Com textos em prosa ou em poesia.
Todos nos trazem uma mensagem
Com as palavras em harmonia.
Nos cadernos posso escrever
Lindas palavras a rimar, ou não.
Depois tenho de muito bem ler
O que escrevi com muita atenção.
De sorriso na boca vou falar
Sobre a língua de Portugal.
Adoro com as palavras brincar
Pois é uma língua especial.
Turma do 4.º ano – Escola Básica de Rossas
Poesia dedicadas à Língua Portuguesa
Na escola aprendo a ler
A língua portuguesa.
Também gosto de aprender
Pois a nossa língua é uma beleza.
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Quando lemos poesia
Fartamo-nos de sorrir.
As palavras têm fantasia
Quando as estamos a ouvir.
Na minha escola há uma biblioteca
Com muitos livros para ler.
Se o livro for complicado é uma seca
Mas se for interessante podemos aprender.
Com a boca podemos ler
E com as mãos escrever.
Com os ouvidos ouvir
E com o coração sentir.
Bons livros provocam melhores sorrisos
Porque são engraçados e divertidos.
As poesias têm palavras a rimar
Que nos fazem sonhar.
Eu gosto de ler em português
É uma língua muito especial.
Um livro de cada vez.
Escrito por alguém de Portugal.
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Eu gosto de ler poesia
Porque tem palavras a rimar.
Cheias de magia
e sons de encantar.
Turma do 3.º ano – Escola Básica de Rossas
Poesias realizadas, pelos alunos, depois de estudar a obra “Bichos, bichinhos e bicharocos” de Sidónio
Muralha.
O cão e o papagaio
O cão é nosso amigo
Tem pelo fofinho.
Quando lhe faço festas
Ele chega-me o focinho.
O cão tem quatro patas,
Anda sempre a caminhar.
Enquanto bebé
O leite da mãe vai mamar.
O papagaio tem penas
E duas asas para voar.
Repete o que nós dizemos,
Está sempre a papaguear.
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Há papagaios de várias cores
É amarelo o seu bico.
Gosta de comer sementes,
O seu almoço tem de ser rico.
Turma 2.º B – Centro Escolar do Cávado
O cão e o papagaio
O cão é um mamífero
O papagaio uma ave.
Os dois são animais
Quem é que não sabe?
O papagaio tem penas
É uma realidade.
O cão tem pelos
E é amigo de verdade.
O papagaio reproduz-se por ovos
Alimenta-se de grão.
Mas quem nasce da barriga da mãe
É o carnívoro, cão.
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O papagaio tem bico,
O cão tem focinho.
Ambos os animais
Precisam de carinho.
Turma 2.ºA – Escola Básica de Vieira do Minho
O meu cão vive numa casota
E o meu papagaio numa gaiola.
O meu cão é idiota
E o papagaio é muito janota
Gustavo – 2.º A – Escola Básica de Vieira do Minho
Tenho um cão
Chamado Bobi,
Vejo-lhe os dentes
Quando sorri.
Afonso – 2.º A – Escola Básica de Vieira do Minho
Os dois amigos
O cão e o papagaio são amigos
Eles foram passear
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Para o parque da cidade
E fartaram-se de brincar.
Depois viram um gato
A correr atrás de um rato.
Começaram a correr
Tropeçaram num sapato
E ficaram a tremer.
Mas depressa voltaram a saltar
Para os outros apanhar.
Assim acabou a brincadeira
Sem dizer nenhuma asneira.
Alunos do 2.º ano – Escola Básica de Rossas
S. Valentim
No dia de S. Valentim,
Com os afetos no ar
Os 3.ºanos do EBDA
Resolveram festejar.
Como não tinham que dar
Que decidiram fazer?
Uma cartinha engraçada
Todos quiseram escrever.
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Disseram o que pensavam
Com sentimentos e paixão
Ao colega ou à amada…
Abriram seu coração!
Ouviram música calma
E entoaram também.
Foi um dia especial
Este “de quem se quer bem!”
Turmas do 3.º ano – Escola Básica de Vieira do Minho
A floresta
A nossa floresta é muito verdejante
Tem ervas, plantas e animais
Ela dá-nos frutos, flores e outras coisas essenciais
Tudo o que ela nos oferece é importante
Todos nós a devemos proteger
Pois ela fornece-nos o oxigénio para respirar
E nela as pessoas gostam de passear
Sentir os cheiros e as cores sem estragar
A floresta é uma grande amiga
Por isso devemos dela cuidar
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A floresta é calma, cheirosa e saudável
É um local muito agradável
Para fazer piqueniques e caminhadas
No final, tudo devemos bem limpar.
Turma 4.º D – Centro Escolar do Cávado
As rimas e perguntas
Porque rimas rima com
Crias porque pão rima com
Cão porque papel rima com Joel?
Porque Marisa rima com
Pizza, porque Renata rima com
Nata, porque tolo rima com bolo,
Porque gato rima com rato?
Porque não rima com chão,
Porque botas rima com bolotas,
Porque cunhado rima com passado,
Porque razão rima com canção?
Há tantas rimas e nenhuma
resposta por a razão de rimarem.
Já comi um pão mas estou com
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O meu cão e já estou a rimar.
Renata Filipa Martins Canelas – 3.º C – Escola Básica de Vieira do Minho
A gruta azul
A gruta azul é um lugar bonito puro e sem poluição.
Naquele lugar não há visitantes poluidores. A gruta é grande, maravilhosa, é só dar alguns
passos e encontra-se um lago lindo, brilhante, onde se pode ver o por do sol. A Lua reflete-se no lago e o
lago fica mais bonito e transparente.
Entre as montanhas claras vê-se uma cidade maravilhosa.
E é assim a gruta azul.
Renata Filipa – 3.ºC – Escola Básica de Vieira do Minho
Os Reis Magos
Os três Reis Magos, Belchior, Gaspar e Baltazar, eram muito sábios, por isso, pacientemente,
observavam as estrelas.
De repente, encontraram uma estrela brilhante e rapidamente se lembraram que o novo Rei
nascera. Então, decidiram, lentamente, segui-la em camelos e passaram num castelo e perguntaram ao rei
se viu o Rei do povo dos Judeus. Esse rei ficou pensativo, pensava que ele era o único rei.
Os três Reis Magos seguiram o seu caminho e chagaram finalmente a Belém, onde encontraram o
Menino Jesus no estábulo. Gentilmente e cuidadosamente entregaram os seus três presentes: ouro,
incenso e mirra. Depois foram-se embora.
Luciana Campos – 4.º D – Centro Escolar do Cávado
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A maior flor do mundo
Um belo dia de sol, um homem apareceu, ou melhor, um autor, estva a observar um inseto,
quando de repente apareceu um carro, conduzido por um homem que trazia um rapaz com ele. De seguida,
o homem foi arrancar uma pequena árvore, enquanto o rapaz ia apanhar o tal inseto. E foram embora.
Quando entraram no carro, o menino fechou o inseto numa
caixa, com um ar engraçado.
Mal chegaram, o menino foi com o inseto para a rua,
espreitou-a e o inseto fugiu para um muro. Depois o rapaz foi atrás dele,
subiu o muro por um pau, e continuou a persegui-lo.
Foi pela floresta, até que foi dar a um rio, com as margens
diferentes, ganhou coragem e atravessou-o. Andou, andou e descobriu
uma flor quase a morrer, teve pena dela e quis ajudá-la, mas como?
Ele pensou em ir ao rio e regá-la, e assim foi. Mas ele só
trazia 3 gotas de cada vez, pois tinha que fazer uma concha com as mãos. Depois de sessenta gotas a flor
cresceu tanto que chegou quase até ao sol.
Mas, na aldeia dele, os pais estavam muito preocupados com o seu filho, e procuraram-no horas
e não o encontraram. Até que foram dar com ele debaixo da pétala da flor a dormir. Após ele acordar foi
para casa com os pais, acenando com a mão ao inseto, dizendo adeus.
Renata – Turma 3.º C – Centro Escolar do Cávado
Eu, pecador, me confesso…
Já o séc. XXI tem quinze anos de vida e não há maneira de se
encontrar o antídoto para reduzir ou eliminar o insucesso escolar.
Embora sejam já muitos os estudos feitos que procuram determinar e
explicar as causas do insucesso escolar, os estudiosos deste problema não são
unânimes quanto às possíveis causas do mesmo. Bem pelo contrário, há uma
grande diversidade de opiniões:
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- Uns apontam a origem socioeconómica e cultural da criança como fatores de insucesso;
- Outros culpabilizam a falta de compromisso dos pais e da comunidade educativa na vida ativa da
escola;
- Há quem responsabilize o “sistema” por não dar tempo para que se afiram os “frutos” de uma
reforma, para logo fazer outra;
- Existem aqueles que afirmam que o insucesso escolar aumentou na mesma proporção que
diminuiu a autoridade do professor;
- Há, ainda, os que atribuem culpas à massificação
do ensino (explosão sem condições adequadas).
Por mais teorias que existam, ao certo, nós
sabemos que o insucesso é um fenómeno complexo, que tem
manifestações a nível de escola e da sociedade através de
sintomas múltiplos e diversificados, cujas investigações têm
confirmado o velho adágio pedagógico: “ O êxito gera o êxito
e o fracasso de hoje gera o fracasso de amanhã”.
Sabemos, também, que a reação que nos últimos
anos se desencadeou no combate ao insucesso e de luta pelo
insucesso escolar ganharam contornos de desígnio nacional.
Daí que a gravidade e a extensão do problema solicitem,
efetivamente, uma mobilização ampla e uma conjugação de esforços diversificados.
Como tal, o professor que lida diariamente com este problema, que sabe da sua extensão e do
seu dramatismo, que está consciente de todas as componentes que estão em jogo neste problema (muitas
das quais exteriores à escola) deve interrogar-se seriamente sobre a sua implicação no insucesso.
Ao refletir sobre a “nossa” missão de educar, recordamos que o insucesso escolar é um tema de
capital importância nos domínios socioeducativos. De facto, o insucesso escolar parece converter-se num
dos problemas fundamentais do processo educativo. Daí que os diversos fatores que nele intervêm façam
com que o tema se revista de certa dificuldade, tanto na sua definição como no equacionamento dos
mesmos fatores que o condicionam.
É um fenómeno muito complexo que acontece em qualquer grau de ensino e que se manifesta,
quer a nível de escola, quer a nível da sociedade. Ela manifesta-se de formas múltiplas e diversificadas,
sendo as mais frequentes, as reprovações e o abandono escolar.
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O problema do fracasso escolar assume aspetos dramáticos, exigindo que o encaremos de frente,
atuando imediatamente, tomando-o muito a sério, enfrentando-o com imparcialidade.
Sendo uma questão demasiado séria, deve ser tratada por toda a comunidade escolar. Por isso, é
necessário, promover a participação de toda a escola, das autarquias, dos pais e da comunidade.
Debruçando-nos um pouco mais sobre a escola, podemos interrogar-nos sobre as condições em
que a educação é feita e em que a cultura é transmitida, aprendida e partilhada. Mas, mais do que
desculpabilizarmo-nos com as condições físicas do edifício, da sala de aulas, com a ausência de material
didático e das novas tecnologias, temos que olhar para nós próprios. É que o insucesso escolar pode
significar incapacidade dos professores, pode ter a ver com as relações entre professores, com a relação
professor/aluno ou com a relação professor/pais e encarregados de educação.
Tem sido na senda da despistagem do
divórcio entre a vida real e o, tantas vezes, utópico
conjunto de conteúdos educacionais que temos feito a
nossa “viagem”, na tentativa de descobrirmos a razão
do divórcio entre o professor, o aluno, a escola e,
sobretudo, os encarregados de educação.
Por mais leigos que sejamos “na matéria”,
mais ou menos, todos nós sabemos que educar
pressupõe sempre um objetivo e que o conceito de
objetivo está para o ato de educar da mesma forma que as flores estão para um jardim. É que educar,
como a própria etimologia da palavra bem o define, é conduzir, guiar para um fim. Logo, é impossível
falarmos de educação sem, primeiro, delinearmos o que se pretende atingir, qual a sua finalidade.
Tal como tudo o que existe – matéria orgânica ou inorgânica – em cada dia, em cada momento, é
diferente, assim acontece com os problemas da educação. Pois, como um facto humano que é, está em
constante mutação, provocada por múltiplos fatores: a evolução da ciência e da técnica, os novos contextos
socioculturais, a modificação dos estilos de vida, as novas perspetivas de futuro, etc., etc.
Cada vez mais, tenho a convicção de que o homem, como outrora afirmou Kant, é apenas o que é
pela educação. Daí que ela seja absolutamente necessária e conatural ao homem, que se pode definir como
um ser educando e educável. De contrário, quase não seria homem, pois nasce com potencialidades que não
se desenvolveriam sem a educação.
Agora o problema, o grande problema, reside em definir e praticar uma verdadeira educação!
Amadeu
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Abutres
Quando tudo parece calmo
os abutres esfaimados regressam à terra…
e devoram a carne já fria
dos filhos bastardos da guerra.
Daniel Pereira
Praia
A praia sentiu-se nua…
e deixou-se guiar pela luz da lua.
Daniel Pereira
Agradece-se a toda a comunidade os contributos enviados para o Jornal Escolar Vernária. A todos, o nosso
muito obrigado!
PRÓXIMA EDIÇÃO: JUNHO 2014
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