Pediatrics Magnetoencephalographic patterns of epileptiform activity
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Pediatrics Magnetoencephalographic patterns of epileptiform activity
Pediatrics Magnetoencephalographic patterns of epileptiform activity in children with regressive autism spectrurm disorders Lewine, Jeffrey et al Pediatrics, v. 104, n.3, p.405-18, 1999 Chave IQB: 4PED009 EPILEPSIA E AUTISMO: INTERSECÇÕES Relata-se que um terço das crianças diagnosticadas com distúrbios do espectro autista (ASD) teve um desenvolvimento precoce normal seguido por uma regressão autista entre as idades de 2 e 3 anos. Esse perfil clínico encontra um paralelo na síndrome de LandauKleffner (LKS), um distúrbio de linguagem adquirido (afasia) que, acredita-se, seja causado por atividade epileptiforme. Dada a observação adicional de que um terço das crianças autistas sofre uma ou mais convulsões até a adolescência, a atividade epileptiforme pode ter um papel causal em alguns casos de autismo. O objetivo do estudo consistiu em comparar e contrastar padrões de atividade epileptiforme em crianças com regressão autista versus LKS clássica para determinar se há uma sobreposição neurobiológica entre essas condições. Levantou-se a hipótese de que muitas crianças com ASDs regressivos demonstrariam atividade epileptiforme em um padrão multifocal que inclui as mesmas regiões do cérebro envolvidas na LKS. A magnetoencefalografia (MEG), um método não-invasivo para identificar zonas de eletrofisiologia cerebral anormal, foi utilizada para avaliar padrões de atividade epileptiforme durante o estágio III do sono em 6 crianças com LKS clássica e 50 crianças com ASDs regressivos com início entre 20 e 36 meses de idade (16 com autismo e 34 com distúrbio difuso do desenvolvimento do contrário não especificado). Enquanto 5 das 6 crianças com LKS haviam sido diagnosticadas anteriormente com convulsões parciais complexas, um distúrbio de convulsão clínico havia sido diagnosticado em somente 15 das 50 crianças com ASD. Entretanto, todas as crianças nesse estudo já haviam demonstrado, ocasionalmente, comportamentos irregulares (por ex.: piscar rápido, segurar as orelhas com as mãos, episódios não provocados de choro e/ou momentos passageiros de olhar fixo) os quais, se fossem demonstrados por uma criança normal, poderiam ser indicativos de um quadro epileptiforme subclínico. Os dados da MEG foram comparados com dados da eletroencefalografia (EEG) registrados simultaneamente e com dados de EEGs clínicos anteriores de 1 hora e/ou 24 horas, quando disponíveis. A modelagem espaço-temporal com múltiplos dipolos foi usada para identificar pontos de origem e propagação dos transitórios epileptiformes. A MEG de todas as crianças com LKS demonstrou envolvimento epileptiforme primário ou secundário da região intra/perisilviana esquerda e todas, exceto uma, demonstraram comprometimento adicional da região silviana direita. Em todos os casos de LKS, a atividade epileptiforme independente além da região silviana esteve ausente, embora a propagação da atividade para as regiões frontal e parietal tenha sido vista ocasionalmente. A MEG identificou a atividade epileptiforme em 41 das 50 (82%) crianças com ASDs. Em contraste, o EEG simultâneo revelou atividade epileptiforme em somente 68%. Quando a atividade epileptiforme estava presente nos ASDs, as mesmas regiões intra/perisilvianas epileptiformes na LKS eram ativas em 85% dos casos. Enquanto que a atividade primária fora das regiões silvianas não foi vista em nenhuma das crianças com LKS, 75% das crianças com ASD com atividade epileptiforme demonstraram zonas não-silvianas adicionais de atividade epileptiforme independente. Apesar da natureza multifocal da atividade epileptiforme nos ASDs, a intervenção neurocirúrgica voltada para o controle levou à redução das características autistas e melhora nas aptidões lingüísticas em 12 dos 18 casos. Esse estudo demonstra que existe um subgrupo de crianças com ASDs que demonstra atividade epileptiforme clinicamente relevante durante o sono de onda lenta, e essa atividade pode estar presente mesmo na ausência de um distúrbio clínico de convulsão. A MEG mostrou uma sensibilidade significativamente maior a essa atividade epileptiforme do que o EEG simultâneo, o EEG clínico de 1 hora e o EEG clínico de 24 horas. O padrão epileptiforme multifocal identificado na MEG nos ASDs inclui, tipicamente, as mesmas regiões cerebrais perisilvianas identificadas como anormais na LKS. Quando a atividade epileptiforme está presente nos ASDs, as estratégias terapêuticas (drogas antiepilépticas, esteróides e até neurocirurgia) voltadas para o seu controle podem levar a uma melhora significativa na linguagem e nas características autistas.