mesopotâmia proto-dinástica

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mesopotâmia proto-dinástica
instituto de filosofia e ciências humanas . departamento de história . setor de história antiga
antiga I . turma b . 2010/I . mesopotâmia proto-dinástica . p. I
H U M
03034
.
HISTÓRIA ANTIGA I
professor anderson zalewski vargas . turma b . 2010/I
MESOPOTÂMIA PROTO-DINÁSTICA (2900-2350 a.C.)
(ou Pré-dinástico ou Dinástico primitivo)
FASE JEMDET-NASR (3100 – 2900): Mesopotâmia plenamente urbana, dividida entre
diversas cidades-Estado (Uruk, Ur, Kish, Assur, Nippar....).
Tendências – fracionamento;
- unificação imperial (em geral, efêmeras);
- fortalecimento da “autoridade real laica”, distinta da
sacerdotal.
COMO?
Problema - caráter predominantemente arqueológico das fontes;
- caráter de fontes como a “Lista real sumeriana”: a “realeza
que desceu dos céus”.
O que pode ter ocorrido....
1º - Realeza eletiva e temporária
- Conselho de Notáveis
- Assembleia de Notáveis
2º - Predomínio da autoridade político-religiosa (pois não há palácios desde
nos estratos arqueológicos mais antigos);
3º - Progressivo desenvolvimento de um novo gênero de autoridade, com
chancela divina, mas com qualidades humanas excepcionais.
A terminologia indígena da autoridade...
“EN” = “grande sacerdote”, em URUQUE (já em UR é o título da sacerdotisa
de NANNA-SIN, Deus da Lua );
“ENSI” = “governador”, “príncipe”, “artífice do Deus”, em LAGASH;
“LUGAL” = “grande Deus”, “rei”, em UR e KISH.
no III milênio, há vestígios arqueológicos de grandes complexos
palaciais em KISH, ERIDU, MARI e UR.
antiga I . turma b . 2010/I . mesopotâmia proto-dinástica . p. II
A cidade-estado mesopotâmica:
- núcleo urbano - muralhas
- Palácio (“É-GAL”; “É-KALLUM”) “GRANDE ORGANIZAÇÃO
- Templo (“É”; “BITUM”).
“INSTITUIÇÃO TOTAL”
- “cidade externa” – zonas de residências;
- estábulos;
- campos;
- hortas;
- pomares.
- porto (residência dos estrangeiros);
- cidades menores, submetidas
- aldeias – locus da produção primárias: marior fonte do excedente
“EXPLORAÇÃO”
justificativas
“ritual”: a entrega de trabalho e de produtos pertencia ao ciclo, necessário,
de oferendas aos deuses;
“mitológica”: a realeza era criação divina;
*primeiro momento: divino: criação e invenção
*segundo momento:
inteligência
humano:
mortalidade,
doenças,
reprodução,
As tarefas da realeza :
- justiça;
- defesa externa;
- comunicação e satisfação dos Deuses;
- construção e manutenção dos templos;
- obras atinentes à irrigação e demais trabalhos “públicos”.
antiga I . turma b . 2010/I . mesopotâmia proto-dinástica . p. III
BIBLIOGRAFIA
EDZARD, Dietz Otto. La epoca protodinastica. IN: CASSIN, E.(org.), BOTTÉRO, J.(org),
VERCOUTER, J.(org). Los imperios de antiguo oriente. I. Del paleolítico a la mitad del
segundo milenio. 23 ed. Madrid: Siglo XXI, 1993.
LIVERANI, Mario. El antiguo oriente. Historia, sociedade y economia . Barcelona: Crítica,
1995. Cap. 6 – La mesotamia protodinastica.
A ESTÓRIA DE UMA ESCOLHA
“Dizem os nativos de Poso, um distrito da região central da ilha de Célebes [atual
Indonésia], que no princípio o céu estava muito próximo à terra, e que o Criador, que nele
vivia, costumava entregar suas dádivas aos homens baixando-as à terra na extremidade
de uma corda. Certo dia ele baixou à terra uma pedra; nosso primeiro pai e nossa primeira
mãe não quiseram aceita-la e chamaram seu Criador, em altos brados: ‘Que vamos fazer
com esta pedra? Daí-nos outra coisa”. O Criador aquiesceu e começou a puxar a corda
para cima; a pedra subiu e subiu até desaparecer. Logo a corda começou a descer do céu
novamente e, desta vez, havia uma banana presa à sua extremidade. Nossos primeiros
pais correram e apanharam a banana. Então uma voz bradou do céu: “Por terdes
escolhido a banana, a vossa vida será como a dela. Quando a bananeira produz frutos o
caule morre; assim também vós morrereis e vossos filhos tomarão o seu lugar. Tivésseis
escolhido a pedra, vossa vida seria como a vida da pedra, imutável e imortal”. O homem e
a mulher lamentaram a escolha fata, mas era tarde demais; e assim foi que, pela ingestão
de uma banana, a morte chegou ao mundo.”1
Cabeça de mármore feminina de Uruk.
Originalmente os olhos e sobrancelhas tinham incrustações coloridas e, provavelmente, a
cabeça era colocada sobre corpo de madeira.
Disponível em sítio com imagens destinadas ao uso em sala de aula: Images from history.
www.hp.uab.edu/image_archive/index.html Acesso em 04 de abr. 2007.
1
Fonte: A. C. Krujit APUD ELIADE, Mircea. O conhecimento sagrado de todas as eras.
São Paulo: Mercuryo, 1995. p. 96

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