5. - Instituto Geoc

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5. - Instituto Geoc
SUMÁRIO
14
A Credit Performance é a primeira e única
revista especializada na indústria brasileira
de crédito e cobrança. A publicação é
idealizada pela CMS People do Brasil,
promotora dos mais importantes eventos
deste mercado em 12 países, e conta com
o apoio do Instituto GEOC e da Serasa
Experian. Com periodicidade trimestral
e tiragem de quatro mil exemplares, a
revista oferece conteúdo especialmente
desenvolvido para os executivos líderes de
grandes corporações e empresas da área.
Distribuição exclusiva e gratuita.
Se cobrança é resultado,
a solução é Localcred.
Conselho Editorial:
Adilson Melhado, Cícero de Toledo
Piza Filho, Cláudio Kawasaki, Estefânia
Shiromoto, Fernanda Bortolussi, João
Leme, João Paulo de Mattos, Juliana
Azuma, Luciana Felletti, Luis Barbuda, Pablo
Salamone, Silvina Virga, Victoria Iturrieta
Redação e produção:
Burson-Marsteller Brasil
Diretor de redação:
Pedro Corrêa
Editora e jornalista responsável:
Luciana Morassi (MTB 4.765)
Colaboraram nesta edição:
Ana Elisa Ventura, Daniele Garcia, Mariana
Loiola, Mariana Hansen e Christiane
Marcondes Alves de Brito
E-mail da redação:
[email protected]
Diagramação e Produção Gráfica:
Grecco Comunicação
Responsável Comercial:
Madleine Rose M. Sprocatti
[email protected]
Tel. (11) 3868-2883/ 3865-7013
Credit Performance, a revista da indústria de
crédito e cobrança
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Endereço na internet:
www.creditperformance.com.br
Credit Performance® é uma publicação da
CMS People. Todos os direitos reservados,
proibida a reprodução total ou parcial sem
prévia autorização
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CAPA
Mais consciência
na hora de gastar
EDITORIAL
ENtrevista
Diversificação e depósitos em
moeda local sustentam bancos
da AL durante a crise
Análise Setorial
Juros sob controle podem
garantir patamares equilibrados
de crescimento no setor
Caso de sucesso
Incorporação abre caminho para
novos negócios
Indicadores
Banco Central puxa o freio para
conter inflação
Idéias e Tendências
Fraude, um mal para empresas
e consumidores
Novidades
Líderes se reúnem em Lisboa;
Serasa Experian abre
megastore de certificação
digital da América Latina
Prêmio Líderes
Reconhecimento aos destaques
Opinião
Eficiência na cobrança.
Qual o segredo?
Tendência
Vantagens para a empresa e
para os consumidores
Destaques
Promotores de crédito se reúnem
em encontro inédito no país
Pelo mundo
Bogotá: cidade de contrastes
sofisticação & luxo
Velas ao mar
Aconteceu no mercado
Credit & Marketing
Vision: transformando
dados em informação
Ponto de vista
O mercado de crédito no Brasil:
o que esperar de 2010
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | Associada ao:
Certificação:
EDITORIAL
A Celso Marcon
Advogados Associados,
mudou de nome e
de marca.
Essa mudança aconteceu para que pudéssemos acompanhar a grande evolução dessa sociedade de
advogados nos últimos anos e, principalmente, para transmitir aos nossos clientes, parceiros e
colaboradores o que a LC Marcon Advogados Associados representa no mercado de assessoria jurídica e
recuperação de crédito: confiança, segurança e qualidade em seus negócios.
- Mais de 2400 colaboradores; 28 filiais distribuídas nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste;
- Em breve, a inauguração de um novo site, com capacidade para cerca de 1100 pontos de acionamento
em Vila Velha/ES.
Um novo nome e uma nova marca,
mas com a experiência que você já conhece.
| JUNHO
Empresa
Parceira.2010 | CREDIT PERFORMANCE
(55 27) 2123 7300 - www.lcmarcon.adv.br
Credit Performance, a revista do mercado de crédito e cobrança no Brasil. Para visualizar apresentações e notícias acesse www.creditperformance.com.br.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | ENTREVISTA
Divulgação
ENTREVISTA
Segredo para crescer
está nas pessoas e processos
bem estruturados
Christiane Marcondes Alves de Brito
Especial para a revista Credit Performance
A
afirmação é de Ricardo Marino, diretor executivo da área de pessoas e unidades
externas do Itaú Unibanco. Responsável pela integração de diferentes culturas
no processo de fusão que deu origem ao maior banco do Hemisfério Sul, Marino acumula também o papel de mentor estratégico das ações de expansão na América
Latina. Acompanhe aqui entrevista exclusiva na qual o executivo aponta os desafios
e as oportunidades do grupo no cenário econômico atual. O crédito imobiliário – segundo analistas do grupo – deve crescer acima dos 40%, acompanhando o recente
crescimento desse segmento, acentuado, embora ainda pequeno nos valores absolutos
em relação ao PIB brasileiro.
No fechamento do 1º trimestre de 2010,
o Itaú Unibanco integra o ranking dos
maiores bancos do mundo por valor de
mercado, segundo a Bloomberg. Soma,
em dezembro de 2009, 4.896 agências
e postos de atendimento bancários,
operacionalizados por um grupo de
101.640 funcionários.
Até o final de 2010, planeja abrir aproximadamente 150 agências em todo o país
e continua investindo fortemente para
aproveitamento das oportunidades de
crescimento da economia brasileira nos
próximos anos.
A América Latina, fronteira já desbravada
e conquistada, é o outro mercado de oportunidades que a instituição quer ampliar
e consolidar. Pessoas e processo de fusão
bem alicerçado serão pilares dessa expansão anunciada, segundo Ricardo Marino,
diretor executivo da área de pessoas e unidades externas.
Marino é engenheiro pela Universidade
de São Paulo, com MBA no MIT Sloan
| JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
School of Management e Mestrado na
Harvard Business School, EUA. Iniciou
sua carreira no Banco Credit Comerciale
of France (CCF) e trabalhou também no
Banco de Investimentos Garantia (CSFB)
e Goldman Sachs em Nova York.
Levou essa bagagem para o Itaú, onde – antes de assumir o atual papel estratégico de
consolidação do grupo na AL – coordenou a
criação da divisão de Business Intelligence da
Itaucard, a Mesa de Clientes da Tesouraria,
a área de crédito do Mercado Empresas e a
área de Crédito Imobiliário. A experiência lhe
dá a certeza: “O crédito imobiliário alicerçará
o crescimento no setor de crédito e cobrança
no Brasil dos próximos dez anos.”
O executivo, que também responde pelas
operações da América Latina (Argentina,
Chile, Uruguai e Paraguai) do Itaú Unibanco, acredita que pessoas e equipes motivadas são “fundamentais para a identificação das melhores práticas e a construção
de um novo, e ainda melhor, banco onde
se trabalhar”. Acompanhe a seguir entrevista exclusiva.
O fato de as economias
latino-americanas, em geral,
possuírem um setor bancário
diversificado, com a presença
também de instituições
públicas fortes, mostrou-se
uma vantagem na crise”.
Ricardo Marino,
diretor executivo da área de pessoas e
unidades externas do Itaú Unibanco
Credit Performance – O Itaú saiu, sem
dúvida, fortalecido da crise internacional de 2008. Como você vê os bancos
da América Latina após a crise financeira internacional?
Ricardo Marino – A crise, claramente,
ainda não terminou. Mas é fácil perceber que a América Latina tem conseguido
atravessá-la com, relativamente, poucos
problemas. A solidez de seus sistemas
bancários é um dos motivos. Basta ver
que o crédito bancário internacional para
a região continuou a crescer, ainda que
num ritmo mais lento. No final de março
deste ano, o saldo total de haveres dos
bancos estrangeiros na Europa emergente, na Ásia emergente e no Oriente Médio
caiu drasticamente, desde o princípio da
crise, em meados de 2007, e até se tornou negativo – isto é, os bancos liquidaram empréstimos. Já na América Latina,
houve uma desaceleração do crescimento, mas o crédito para a região continuou
crescendo, mesmo num ritmo muito mais
baixo do que antes da crise. Credit Performance – Na sua opinião, o
que diferencia os bancos da AL no cenário global, garantindo vantagens no
enfrentamento da recente crise?
Ricardo Marino – Além dos fatores macroeconômicos determinantes, como taxa
de câmbio flutuante, disciplina fiscal, regulação mais rigorosa e saldo credor em reservas internacionais, o ambiente bancário
na América Latina é diferente por contar
com a presença forte de bancos estrangeiros e internacionais, e, ao mesmo tempo,
com uma base de depósitos em moeda
local preponderante. A captação de depósitos em moeda local permitiu aos bancos
estrangeiros instalados na região continuar emprestando mesmo no auge da crise,
logo após a quebra do Lehman Brothers,
no final de 2008. Empréstimos de bancos
estrangeiros denominados e lastreados em
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | ENTREVISTA
O VISUAL É NOVO
MAS A QUALIDADE E
COMPETÊNCIA SÃO AS
MESMAS DE SEMPRE.
A J. A . Rezende conquistou a
credibilidade e a confiança de seus
clientes, provendo os melhores
resultados em recuperação de
créditos.
Carteira do Itaú Unibanco
deve crescer 20% em 2010
O movimento de aumento do poder aquisitivo de
todas as classes sociais é acompanhado de perto
pelo Itaú Unibanco, que oferece produtos específicos para suprir as necessidades crescentes de cada
perfil de cliente. Para isso, desenvolve linhas de
crédito acessíveis com o objetivo de atender cada
segmento social e suas particularidades.
Atento também e comprometido com a educação
financeira, o banco busca ampliar a conscientização de seus públicos a respeito do emprego adequado do dinheiro e dos serviços, contribuindo
com o desenvolvimento econômico sustentável de
longo prazo do país e de sua população. Nesse
sentido, o Itaú Unibanco tem ampliado sua oferta de crédito ao consumidor e às empresas. Em
especial, vem beneficiando pequenas e médias
com produtos e taxas competitivos. Em 2010, sob
um cenário de crescimento do PIB estimado entre
5,5% e 6%, prevê crescimento médio de aproximadamente 20% na carteira de crédito, excluindo-se o segmento de grandes empresas.
A proposta é ampliar em 20% os financiamentos a
pequenas e médias empresas, e entre 16% e 17%
para pessoas físicas entre 16% e 17%. O crédito
imobiliário deve crescer acima dos 40%, acompanhando o recente crescimento desse segmento,
acentuado, embora ainda pequeno, nos valores
absolutos em relação ao PIB brasileiro. Para permitir a expansão prevista da carteira de crédito,
o índice de capitalização do banco (critério de
Basiléia) é confortavelmente superior ao mínimo
exigido pelo Banco Central.
| JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
moeda local costumam ser mais resistentes a crises externas do que o crédito em moeda estrangeira. Dessa
forma, a participação de bancos e fluxos de empréstimos internacionais não representou um canal de
contágio da crise tão importante quanto no passado.
Além disso, o fato de as economias latino-americanas,
em geral, possuírem um setor bancário diversificado,
com a presença também de instituições públicas fortes, mostrou-se uma vantagem. A diversificação foi
muito importante.
ESCRITÓRIOS
São Paulo
Porto Alegre
Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Curitiba
Campinas
Aracajú
Manaus
Brasília
Recife
Para traduzir o crescimento
e sucesso da empresa,
redesenhamos nossa
logomarca, que está
mais forte, moderna e
alinhada aos nossos
valores e missão.
Credit Performance – O Brasil surpreendeu o mundo
por sua forte capacidade de recuperação. Quais foram, na sua avaliação, os pilares desta retomada?
Ricardo Marino – A freada brusca dos fluxos globais
causou um choque cambial no Brasil. Porém, ao contrário do que sempre ocorria por aqui, a inflação não
subiu. Pela primeira vez, pudemos lançar mão das chamadas políticas anticíclicas.
Credit Performance – Nos últimos 10 anos o Brasil
mostrou um forte desenvolvimento do crédito ao
consumo. O que impulsionará o Brasil nos próximos 10 anos?
Ricardo Marino – O crédito imobiliário, que deverá
alicerçar o setor de crédito e cobrança.
Credit Performance – Como o maior banco da AL,
quais desafios e oportunidades o Itaú Unibanco
visualiza no cenário atual?
Ricardo Marino – A primeira oportunidade é a de
empreender uma execução muito bem feita da integração entre Itaú e Unibanco, de maneira a consolidar
a liderança no mercado doméstico. Após essa etapa, o
banco estará atento às oportunidades para servir melhor os seus clientes na AL, dando preferência para o
ganho de escala nos países em que o Itaú Unibanco já
tem presença.
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Análise Setorial
Análise Setorial
Bye, bye crise?
• Recordes superados – O desempenho do primeiro trimestre
de 2010 supera em 19% o recorde anterior, de 554.440 postos
de trabalho, no primeiro trimestre de 2008. O saldo de março
é 29% maior que os 206.556 registrados em 2008, até então
melhor marca da história.
Radiografia
do setor
• Salário – O Caged de março mostrou o crescimento do
salário médio de admissão, que apresentou aumento real de
4,37% em relação ao mesmo trimestre de 2009, ao passar de
R$ 782,53 em 2009, para R$ 816,70 em 2010.
• Juros – O ministro Carlos Lupi disse ser contrário à elevação
dos juros pelo Banco Central, argumentando que o dinheiro fica
“mais caro” e , consequentemente, o setor produtivo troca os
investimentos pela especulação.
iStockphoto
Juros sob controle podem garantir patamares
equilibrados de crescimento no setor
Christiane Marcondes Alves de Brito
N
ão é hora, ainda, de abrir champanhe para comemorar, mas a crise
está sob controle e o Brasil, segundo o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, vive em abril o melhor período da
história na geração de empregos: em março, bateu novo recorde, com a criação de
266.415 postos. No trimestre foram gerados 657.259 novos empregos.
Durante o período de 2008, com as linhas
de crédito e as taxas de inadimplência equilibradas, o mercado estava em pleno crescimento. A chegada da crise fez com que os
bancos e financeiras trabalhassem com foco
na diminuição do risco e na qualidade – ainda maior – de liberação do crédito. “Como
nosso sistema financeiro tem bases muito
sólidas, com graus de alavancagem diferenciados quando comparados ao mercado
internacional, ele apresenta uma saúde que
permitiu um ajuste rápido e a manutenção
em patamares operacionais aceitáveis, tanto na concessão de crédito quanto na manutenção dos índices de inadimplência”,
assegura o superintendente do Instituto
GEOC, João Paulo de Mattos.
A contribuição das empresas de recuperação
de crédito, segundo Mattos, foi fundamental para o restabelecimento da normalidade
na economia do País. Não à toa: durante os
10 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
últimos anos, essas empresas fizeram investimentos constantes em qualificação de recursos humanos e na disseminação intensa
de inteligência em suas operações, utilizando tecnologias de última geração aliadas a
sólidas experiências.
Com mais de 30 anos de atuação no mercado nacional e a parceria efetiva com bancos
e financeiras, as maiores do segmento adotaram ações estruturadas e rápidas, buscando a estabilização durante o processo de crise mundial. Mattos observa: “Quando você
tem os principais players do ciclo de crédito
atuando de forma coordenada e com objetivos claros, os impactos são menores. Podemos dizer que entramos em 2010 com
muito otimismo, porque a experiência da
crise aproximou ainda mais as empresas de
crédito e as empresas de recuperação de
crédito e cobrança. As oportunidades de
desenvolvimento conjunto e de criação de
novos modelos é uma prática recorrente e
tem balizado a retomada da normalidade.
O setor saiu fortalecido com a superação da
crise e mostrou que tem competência para
transformar dificuldade em oportunidade.”
Otimismo – O Brasil vive um momento muito importante com relação ao crescimento
da economia e o crédito é fundamental para
A inclusão de
novos grupos de
consumidores
traz grandes
oportunidades, mas,
ao mesmo tempo,
contribui para o
surgimento de
novos riscos, pois
o comportamento
desses, na aquisição,
liquidação e
inadimplência, pode
comprometer as
análises e formatações
tanto na concessão
de crédito quanto
nas abordagens
das empresas
de cobranças”.
João Paulo de Mattos,
superintendente do Instituto GEOC
garantir essa escalada. O cenário é promissor quando se fala em crédito e cobrança.
O Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor (INCC), baseado no movimento
de consultas dos SCPCs e SPCs de todo o
Brasil, atingiu 111,3 pontos em março, com
variação positiva de 10,7% sobre igual período de 2009 e de 26,2% em relação ao
mês anterior. O resultado indica que a recuperação do crédito e das vendas do varejo,
iniciada a partir do segundo semestre do
ano passado, está se consolidando.
Fonte: Caged – Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados - Assessoria de Imprensa do MTE
A recuperação de crédito é uma das principais contribuições das empresas de cobrança ao crescimento econômico do País,
no qual se destaca a chamada nova “classe
média”. Esse novo contingente de consumidores e as lições aprendidas com a recente crise mostram que cautela, observação,
inteligência e agilidade na correção de rumos são ingredientes essenciais no ciclo de
crédito e cobrança.
Atualmente com 1.800 empresas que faturam R$ 8,64 bilhões anuais, o setor de crédito e cobrança vivencia crescente aumento
de demanda. A Associação Nacional das
Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc)
projeta um crescimento de 30% no faturamento das empresas do setor em 2010, o
que significaria receitas de R$ 10 bilhões.
O avanço econômico conta com a sustentabilidade da criação de empregos, que
atingirá números recordes, segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego. Somente neste ano serão criados 2,5 milhões de
novos postos, superando a previsão inicial
de 2 milhões. O número é o maior na história do Brasil e representa oportunidade de
emprego formal para mais de 14 milhões
de brasileiros em 8 anos.
A expansão nas linhas de crédito, por outro
lado, não deve afetar a taxa de inadimplência, que se manterá inalterada. Pode haver
aumento em termos de números absolutos,
em função do aumento da massa de acesso
ao crédito, mas, percentualmente, o índice
de inadimplência não sofrerá aumento. Isso
significa aumento de atividades e desenvolvimento do setor.
“A inclusão de novos grupos de consumidores traz grandes oportunidades, mas,
ao mesmo tempo, contribui para o surgimento de novos riscos, pois o comportamento desses, na aquisição, liquidação e
inadimplência, pode comprometer as análises e formatações tanto na concessão de
crédito quanto nas abordagens das empresas de cobranças”, avalia Mattos. “Se
o momento é crítico, por outro lado também é pródigo em oportunidades: a integração plena entre as empresas de crédito e as de cobrança poderá garantir uma
assimilação muito mais rápida do perfil,
necessidades e características desse novo
grupo de consumo. A estratégia vencedora, nesse novo cenário, deve contemplar
o compartilhamento de informações e de
competências especificas, tanto por parte
das empresas de crédito quanto de cobrança. Assim, elas poderão desenvolver
os modelos ideais de atuação em relação
aos novos desafios do segmento.”
Outra tendência apontada por analistas
é a concentração em diversos setores da
economia. O movimento, mundial, não
deve prejudicar a atuação financeira no
Brasil: “Quando essas competências são
unificadas por aquisições ou fusões o
mercado passa, inevitavelmente, a exigir
ainda mais das empresas de cobrança nos
quesitos investimento, estrutura, qualificação e capacidade de adaptação a novos cenários e desafios. Portanto, com a
constituição dessas superorganizações
financeiras, as operações de crédito e cobrança se qualificaram e avançaram ainda
mais na direção dos melhores resultados e
performances”, avalia Mattos.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 11
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xxx
Mais consciência na hora de gastar
Christiane Marcondes Alves de Brito
Especial para a revista Credit Performance
Dicas para
alcançar
sustentabilidade
financeira
Por Marli Aparecida Sampaio*
14 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
S
Denise confessa que não entendia muito
de economia doméstica quando começou a
ancorar seus programas com 12 minutos de
duração. Agora “ficou esperta” e procura levar para a vida pessoal os ensinamentos que
transmite em rede nacional.
Turma da Mônica
contra os superendividados
Em março último, a Mauricio de Sousa Produções e a Universidade Metodista de São
Paulo lançaram o gibi “Superendividados”,
com a Turma da Mônica. Em 20 páginas, a
ão
Orçamento familiar, endividamento, investimento em ações, poupança e até a compra da casa própria são alguns dos temas
que já abordou, sempre de forma simples
e didática. E sempre com a consultoria da
BMF&Bovespa, patrocinadora de um extenso programa de educação financeira, que
inclui várias outras ações além da co-produção do programa, que entrou na grade da
emissora no segundo semestre de 2009 e
deve ter vida longa, a julgar pela visibilidade
já alcançada.
Iniciativas como essas contribuem para derrubar a máxima de que agente financeiro
só se preocupa com lucros. Elas deixam
claro que o agente financeiro sabe que só
existe lucro verdadeiro quando a operação
de crédito e investimento tem sustentabilidade; do contrário, o emprego de dinheiro
em desenvolvimento pessoal ou empresarial não constituirá solução, mas apenas um
castelo de cartas pronto a desmoronar com
o primeiro sopro de dificuldades.
1.
Compare seus
compromissos
financeiros a seus
vencimentos
•No início de cada mês, antes de receber
seu pagamento, faça uma soma
dos seus compromissos financeiros.
Compare a soma desses valores com os
valores que você tem a receber.
•No início de cada ano faça uma soma
dos compromissos financeiros que
você já assumiu e que deverá pagar.
Compare a soma desses valores com os
valores que você já sabe que irá receber
durante o ano.
Divulgaç
Educação financeira não é mais
um paradoxo que nubla o “céu
aberto de possibilidades” do setor
de crédito e cobrança no Brasil. Ao
contrário, o conceito, incorporado
inclusive por agentes financeiros,
está dando origem a práticas
de benchmark que alicerçam o
desenvolvimento sustentável do
setor e do País. Conheça a seguir
iniciativas criativas que estão
disseminando o uso equilibrado do
dinheiro e o consumo consciente
entre os mais diversos públicos, de
crianças a “superendividados”.
ábado, 10h15, a apresentadora Denise Chahestian dá as boas-vindas aos
espectadores da TV Cultura paulista e
passa a falar sobre “educação financeira”.
Longe de ser maçante, o programa, que vem
interessando públicos de todos os tipos, é
uma coprodução da BMF&Bovespa. Domingo, numa escola da periferia na zona sul de
São Paulo, pais, professores e líderes locais
participam de workshop de educação financeira e uso responsável do dinheiro. Dinâmicos, os encontros fazem parte do programa
“Sonhos Reais”, promovido pela Serasa Experian (ver detalhes na página 18).
2.
Conheça suas reais necessidades
•Antes de fazer qualquer compra, ou
aquisição, verifique se o que está
comprando é algo de que realmente
necessita, ou se é algo que está
comprando por impulso.
•Antes de fazer grandes dívidas, ou
longas prestações, ouça a opinião de
pessoas de sua família que moram com
você e que colaboram financeiramente
com as despesas.
•Quando for fazer compras de
supermercado faça uma lista, anote o
preço médio dos itens anotados, assim
você já irá ao supermercado ciente do
quanto poderá gastar.
•Não se esqueça de se alimentar antes
de ir ao supermercado. Isso ajuda a
economizar com os supérfluos.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 15
xxx
CAPA
xxx
CAPA
divertida aventura ensina as crianças a lidarem com dinheiro. A publicação, que comemorou os 20 anos do Código de Defesa do
Consumidor, completados agora em 2010,
teve uma tiragem de 100 mil exemplares
para distribuição gratuita em palestras de
orientação sobre o superendividamento e
também em escolas, associações de bairros
e comunidades carentes.
Na história, Magali vai ao supermercado
com seu pai e enche o carrinho com as
gulodices que adora. Na hora do acerto de
conta, os cartões do pai não passam pelo
caixa, porque estão com os limites estourados, e ele percebe, desesperado, que está
endividado. Ao longo das páginas seguintes, o suspense que encanta os minileitores
de Mauricio de Sousa traz as reviravoltas
de sempre e também diversas dicas sobre
como lidar com a falta de dinheiro e como
economizar, para que as crianças cresçam
conscientes e ajam responsavelmente na
hora de fazer compras.
O Desembargador do Tribunal de Justiça de
São Paulo, Rizzatto Nunes, e a ex-diretora
executiva do PROCON-SP, Marli Aparecida
Sampaio, desenvolveram o projeto, batizado
de “Educação para o Consumo”, e cederam
gratuitamente os direitos autorais da parte
que lhes coube abordar: o superendividamento, desenvolvido com exclusividade para
a revista especial da Turma da Mônica.
3.
Muito além de um programa de TV
G
rande parte da nossa vida é feita de escolhas que envolvem dinheiro. Se não tivermos
disciplina, corremos o risco de pagar caro por uma vida financeira desorganizada. A
educação financeira é importante para ensinar as pessoas sobre quais informações
elas devem avaliar ao tomar decisões de consumo e poupança, ensina Patricia Quadros, da
BMF&Bovespa, entidade que patrocina o programa “Educação Financeira”, da TV Cultura.
Credit Performance – Como fazer do
crédito um investimento?
Patricia Quadros – Em nossos programas de educação financeira, defendemos
o uso do crédito de forma responsável.
Mostramos que ele é importante para a
economia, mas alertamos quanto ao seu
uso dentro das reais possibilidades financeiras de cada um. Incentivamos nossos
alunos a pesquisar e optar por instituições que ofereçam os melhores custos
financeiros. Mostramos ainda que, em
determinados casos, o endividamento
pode ser positivo. São os casos em que
o crédito é usado para formação de patrimônio, como na aquisição da casa própria, por exemplo.
Credit Performance – O que evitar para
que o crédito não se torne dívida?
Patricia Quadros – A melhor maneira de
lidar com as finanças é por meio de um
orçamento pessoal. Ao colocar as receitas e
despesas no papel é possível ter uma visão
geral da situação financeira. Podemos visualizar para onde vai o dinheiro, checar se o
nosso gasto é compatível ao nosso ganho e
verificar onde é possível reduzir despesas com
mais facilidade. No entanto, para evitar que
o crédito se torne um endividamento fora de
controle, além de fazer o orçamento, é preciso ter disciplina.
Credit Performance – Como os adultos, com
atitudes viciadas, correspondem a propostas de redução financeira? O programa de
TV é muito procurado nesse sentido?
Patricia Quadros – A educação financeira é
um assunto que tem alcançado cada vez mais
destaque. Muitas pessoas que procuram por
nossos programas de educação financeira,
incluindo o programa de televisão, estão em
busca de soluções para uma situação de endividamento. Outras, por exemplo, estão pre-
16 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
•Se você já estiver nesta situação, procure
o banco, proponha um reparcelamento
dessas dívidas. Se não conseguir, procure
outro banco que tenha juros e encargos
menores. Lá você vai propor ao gerente
a “Portabilidade de Crédito”, que é a
possibilidade de o devedor movimentar
o empréstimo de uma instituição para
outra em busca de juros menores,
conforme Resolução 3.401/06 do Banco
Central do Brasil.
Credit Performance – Quais são os seus
parceiros no programa e que tipo de educação eles proporcionam aos seus clientes?
Patricia Quadros – A BM&FBOVESPA sempre teve um compromisso com a educação.
O lançamento do programa de TV, em 2009,
foi mais um passo para levar informações sobre educação financeira a um maior número
de pessoas. Mas é importante destacar que
realizamos esse trabalho já há muitos anos.
Em 2002, iniciamos o Programa de Popularização e ampliamos as nossas iniciativas de
educação financeira buscando fomentar a
cultura de investimentos. Em 2006, começamos a ministrar cursos e palestras gratuitos sobre o assunto com o lançamento do
Educar. Ainda nesse ano, lançamos a competição interescolar Desafio BM&FBOVESPA,
que já está em sua quinta edição e agora
chega a todo território nacional em versão
4.
Web. Em 2007, fomos convidados a fazer
parte de um grupo de trabalho liderado por
entidades do governo – dentre elas, o Banco
central e a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e ficamos responsáveis por desenvolver um plano de iniciativas para implementar
a educação financeira na grade curricular
das escolas brasileiras. O primeiro resultado
desse trabalho está prestes a sair. Em 2010, o
projeto piloto será aplicado em 650 escolas.
No programa de televisão Educação Financeira somos os responsáveis pelo conteúdo e
contamos com a colaboração de consultores
especialistas em economia e finanças. Essa
colaboração nos permite falar sobre os mais
diversos assuntos e produtos financeiros.
Credit Performance – Qual é a principal
atitude para aprender a economizar?
Patricia Quadros – Na verdade, são duas:
definir objetivos e ter disciplina. Quando
não temos um objetivo claro fica mais difícil
poupar. Nossa tendência natural é ceder aos
nossos desejos, viver o agora e deixar para
resolver o futuro quando ele chegar. Porém,
essa atitude muda quando sabemos que o
sacrifício de adiar o consumo hoje tem uma
causa maior: um sonho a ser alcançado.
Credit Performance – Como poupar quando se ganha o bastante para bancar as
despesas mensais?
•Utilize cartão de crédito e cheque
especial com racionalidade. Ou seja,
somente gaste no cartão de crédito e no
cheque especial o que você vai conseguir
pagar quando vier a fatura.
•Evite pagar as compras com cheque
especial, pague sempre a vista.
•Quando perceber que não conseguirá
pagar prestações de suas dívidas,
procure o credor, faça uma proposta de
reparcelamento, com parcelas menores.
Antecipe-se ao credor. Isso lhe garante
vantagens, tais como: pagamento de
juros de mora, multas e outros encargos.
•Nunca pague o valor mínimo de sua fatura
de cartão de crédito. Se não conseguir
pagar o valor total da fatura, pague ao
menos o dobro do valor mínimo.
Patricia Quadros – Por mais difícil que
possa parecer, quando uma pessoa se
predispõe a poupar, tudo o que ela precisa fazer é organizar o orçamento e começar. Se pararmos para analisar, vamos
perceber que o dinheiro está em muitos
momentos do nosso dia a dia. E é nesses
momentos, que estão as oportunidades
de começarmos uma poupança. Pode ser
bem pouco no início, até mesmo centavos. O mais importante é cultivar o hábito. É preciso absorver a idéia de que uma
pessoa com acesso à educação financeira
pode, inclusive, mudar sua própria condição social.
Credit Performance – Como organizar
um orçamento pessoal?
Patricia Quadros – No site do programa
Educação Financeira é possível baixar um
modelo de planilha que pode ser usada
para organizar um orçamento pessoal.
Essa planilha pode ser customizada de
acordo com a necessidade de qualquer
pessoa, de qualquer perfil. Mas a planilha
não é o único meio. Um caderno já dá
conta do recado. O mais importante é assumir um compromisso consigo mesmo e
anotar tudo o que é gasto. Tudo mesmo.
Pequenas despesas podem se transformar
em grandes gastos. Ou em grandes economias, o que é melhor ainda.
5.
Priorize o
pagamento de
gastos fixos
Não deixe suas
dívidas crescerem
Cuidado com o crédito fácil
•Se você já tem um empréstimo
consignado (aquele que desconta em
folha de pagamento), evite utilizar o
cheque especial.
•Evite pegar empréstimos nos terminais
de caixas eletrônicos. Esses valores são
divididos em parcelas pequenas, que, em
princípio, cabem em seu orçamento, mas
o problema é que após esse empréstimo
virá a oferta de outro, depois outro, mais
outro e quando você perceber seu salário
já estará retido, na totalidade, para pagar
essas parcelas.
ocupadas com o futuro ou em busca de um
sonho. Em geral, percebemos que todas elas
querem aprender a organizar o próprio orçamento para começar uma poupança. Embora
os conceitos de controle de orçamento pessoal e de formação de poupança sejam relativamente simples, na prática, não é tão fácil ter
disciplina para conter os próprios gastos. As
pessoas estão em busca desse tipo de orientação e encontram suporte quando acessam
nossos cursos presenciais e on-line.
•Se perceber que está difícil pagar a fatura
do cartão de crédito, tire o cartão do
bolso. Procure o gerente de seu banco
e faça um empréstimo para pagar o
cartão. Os juros são bem menores.
•Se fizer um parcelamento de dívidas,
nunca atrase as parcelas.
•Por exemplo, o valor do aluguel, das
despesas de condomínio, da mensalidade
escolar, da prestação da casa própria,
do plano de saúde, de um empréstimo
descontado em folha ou pago com
carnê, os parcelamentos de dívidas, as
prestações em geral.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 17
xxx
CAPA
caso de sucesso
Dinheiro não é brincadeira
Para o gestor do programa “Sonhos Reais”
da Serasa Experian, Tomás Carmona, saber
dizer “não” às crianças é uma das principais “vacinas” contra a inadimplência que
atinge os consumidores. Normalmente, os
pequenos recebem tudo o que pedem ou
se sentem “desvalorizadas” num universo
em que “comprar é preciso”: comprar tênis
de marca, os produtos da moda, os games
que todos os colegas comentam.
A educação financeira não quer ser um
fator que atrapalhe a inclusão do menor
no seu universo de convívio, mas procura
mostrar os limites entre o que é possível e
o que não é possível comprar. Em última
instância, pode demonstrar que o valor de
uma pessoa não reside nas suas “posses”,
mas no que essa pessoa pode e deve se
tornar. “Esta compreensão passa pelo entendimento de como funciona o sistema financeiro, por exemplo, é importante saber
a diferença entre parcelas de baixo valor e
juros altos. As pessoas se apegam ao valor
da parcela e não enxergam os juros embutidos”, explica Carmona.
6.
Sonhos Reais. A importância
de viver sonhos possíveis
A Serasa Experian também já se engajou na
educação financeira do seu público, criando
o “Sonhos Reais”. O nome é mais do que
apropriado para um projeto que, segundo
o seu gestor, Tomás Carmona, leva a professores e pais da rede pública de ensino
ferramentas para lidar adequada e proveitosamente com “dinheiro”.
O programa piloto foi implantado, em
2009, em escolas carentes da zona sul paulistana e atualmente passa por processos de
avaliação para levantamento de resultados.
A julgar pelos dados empíricos, o plano implantado foi um sucesso e terá continuidade no segundo semestre de 2010.
“Criamos um programa interno de formação de voluntários em educação financeira
com o objetivo de levar à população o tema
de uma forma empática, simples, de rápida
assimilação. A metodologia é importada e
adaptada às necessidades das seis escolas
da Regional Sul da Secretaria Estadual onde
implantamos o programa. Levamos conhecimento aos pais, professores e líderes de
comunidade carente por meio de nosso
grupo de voluntários, na verdade colaboradores que de livre e espontânea vontade se
submeteram ao curso de capacitação – de
80 horas – que realizamos no primeiro semestre de 2009”, diz Carmona.
“Sonhos Reais” consiste em cinco
workshops semanais, sempre aos domingos, somando 20 horas de trabalho. A
metodologia, inédita no Brasil, é da Micro Finances Oportunities, organização
norte-americana que adaptou a ferramenta à realidade brasileira com patrocínio do Citibank.
Os macrotemas do workshop são orçamento e poupança, gerenciamento de
dívidas, serviços bancários e negociações
financeiras, família e dinheiro, educação
financeira na escola. “O interessante da
educação financeira é que ela já começa aos quatro meses de idade, quando
a criança passa a se confrontar com o
aprendizado da ‘espera’; afinal, educação
financeira nada mais é do que aprender a
esperar, esperar para ter dinheiro e poder
comprar o objeto do desejo, esperar para
ver as moedas aumentarem no cofrinho e
somar um valor que proporcione a compra de algo desejado”, ensina Carmona.
O programa acabou incorporando material
que a Serasa já utilizava – antes da associação à Experian – para disseminar o conceito
de consumo consciente, como gibis e até
manual do professor. Segundo Carmona,
certamente é mais fácil ensinar crianças a
lidar com dinheiro porque é muito mais fácil
“criar hábitos saudáveis do que modificar
hábitos equivocados”.
Tome atitudes efetivas quando estiver no vermelho
•Converse com sua família sobre suas
dificuldades financeiras. A conversa não
serve apenas para deixá-los cientes das
dívidas, mas para que todos o ajudem a
economizar e a sair do vermelho.
•Faça sua família se unir a você para que
juntos, diminuam os gastos flexíveis
(Gastos flexíveis também são fixos, mas
podem variar de valor. Por exemplo, as
contas com água, energia elétrica, gás
e telefone, as despesas com feiras e
supermercados, com vestuário etc.).
18 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
•Troque o plano do telefone fixo e celular,
diminua o pacote da TV por assinatura,
procure um supermercado com preços
mais em conta.
•Todos esses gastos são os flexíveis.
•Reduza os gastos supérfluos. Compras
de coisas que você pode deixar para uma
época de menos aperto financeiro.
•Inclua no seu orçamento (anual e
mensal) os gastos esporádicos, caso do
licenciamento do carro, compra de material
escolar, festinha da escola dos filhos, festa
de aniversários, presentes, etc.
*Marli Aparecida Sampaio é co-autora da cartilha
“Superendividados”, ex-diretora executiva do PROCONSP e professora da Universidade Metodista de São Paulo.
Incorporação
abre caminho para
novos negócios
Processo de aquisição e fusão da NovaQuest
aponta para nova tendência no setor
Sergio Zacchi
A Universidade Metodista de São Paulo, em
parceria com a Editora Atlas, Papéis Nova
Mercante, Gráfica RR Donnelley Moore e
Associação Civil SOS Consumidor “acreditaram no projeto e o tornaram realidade”,
conta Mauricio de Sousa.
Ana Elisa Paiva
Nelson Martos: sócio-diretor e fundador da NovaQuest
O
mercado brasileiro de cobrança na
área de recuperação de crédito está
aquecido, e algumas novidades podem favorecer ainda mais esse cenário. É o
caso da Novaquest, que, com a incorporação
da CreditOne, começa a alcançar resultados
inéditos no país, segundo o sócio-diretor e
fundador da NovaQuest, Nelson Martos. A
manutenção da qualidade dos serviços das
duas instituições, depois de apenas dois meses de fusão, indica que esse pode ser um
bom negócio para outras empresas do setor.
Empresa especializada em serviços de recuperação de crédito e atendimento ao cliente, a
NovaQuest foi criada em 2003, com o objetivo
de prover soluções personalizadas às diversas
necessidades dos clientes, oferecendo opções
diferenciadas em atendimento. “Trabalhei em
financeiras e bancos de 1978 a 2003, quando
saí das organizações Bradesco para realizar o
sonho de construir o meu próprio negócio”,
relembra Nelson. “Iniciei as operações da NovaQuest tendo como meu principal cliente o
próprio Bradesco, atuando nas carteiras do
BCN e da Finasa. Depois vieram Itaú, BV Financeira, BMG, entre outros. Hoje, temos dez
dos melhores contratantes do mercado financeiro em nosso portfólio”.
Para alcançar esses resultados, a NovaQuest
busca oferecer serviços personalizados, sistemas operacionais qualificados e equipes especializadas em traçar as melhores estratégias.
“As soluções personalizadas para clientes,
como o próprio nome diz, não são commodities ou produtos de prateleira. Surgem, especialmente, em momentos pontuais, quando
as soluções padronizadas já não atendem às
expectativas do cliente ou quando o serviço
atravessa uma mudança de premissas e requer criatividade para implementar essas mudanças”, explica o executivo.
Entre as soluções bem-sucedidas desenvolvidas
para os clientes, Nelson cita a criação de um
serviço de atendimento especializado em varejo para o Banco Sofisa. Esta solução ajudou o
banco a suportar a demanda crescente da carteira de crédito de veículos, que deu um salto
entre 2007 e setembro de 2008.
Logo após a crise mundial de crédito, no final
de 2008, a NovaQuest também desenvolveu
para o Banco BMG uma célula operacional específica e especializada em renegociação de
créditos vencidos. Esta outra solução contribuiu para a diminuição da despesa de provisão de devedores duvidosos do banco. No segundo semestre de 2009, praticamente todos
os bancos com grandes volumes de carteiras
de créditos adotaram essa mesma forma de
renegociação para diminuir as perdas.
A aquisição da CreditOne
Em mais de 30 anos de mercado, Nelson Martos participou de diversos processos de fusões
e aquisições de instituições financeiras, mas, segundo ele, especificamente no setor de serviços
de recuperação de crédito, esse tipo de evento
Resultados da NovaQuest
após a incorporação
• Aumento do portfólio de clientes em 30%
• Aumento da participação nos clientes
comuns em 40%
• Crescimento de 40% no faturamento
• Participação de 700 colaboradores
era inédito no Brasil até a aquisição da CreditOne pela NovaQuest, em fevereiro deste ano. “O
negócio adquirido foi preservado na sua totalidade. Nas reuniões estratégicas envolvendo as
lideranças das duas equipes, juntamente com
os sócios da NovaQuest, definimos diversas
formas de causar o menor impacto possível na
incorporação das operações”, garante.
Como as duas empresas têm compromissos
em manter o nível de serviços junto aos seus
clientes, desde o início, ambas as equipes se
empenharam em tocar o processo sem quebra de qualidade e produtividade: “sem dúvidas, esse foi nosso grande desafio. Em 90%
dos casos, os objetivos nesse sentido foram
alcançados e superados”.
A integração entre as equipes teve de ocorrer no
dia a dia e, hoje, passados dois meses da incorporação, não é mais possível enxergar dois grupos ou duas empresas distintas. “De todos os
objetivos almejados e obtidos, termos feito uma
operação de fusão e incorporação operacional,
num mercado sem histórico desse evento, e
onde o resultado de 1+1 deu maior que 2, o que
nos deixa muito orgulhosos”, diz Nelson.
A Novaquest recebeu, em 2008, o Selo
gEoc - Excelência em Serviços de Cobrança, que reúne uma série de critérios e
exigências, como: experiência no mercado;
opinião dos clientes quanto aos serviços
prestados; projetos de melhoria de performance; infraestrutura e tecnologia da informação; e alcance e gestão de resultados.
• Atuação em 4 estados brasileiros
SERVIÇO - NovaQuest
www.novaquest.com.br
(55 11) 3523-0200
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 19
Indicadores
Indicadores
Banco Central
puxa o freio para
conter inflação
iStockphoto
A reação do mercado e dos consumidores, assim como o
rumo das questões econômicas internacionais, determinarão
os possíveis novos aumentos da taxa básica de juros.
Christiane Marcondes Alves de Brito
D
epois do pacote de medidas lançado pelo governo federal no final
de 2008 para atenuar os efeitos da
crise internacional, o Banco Central se prepara para conter as implicações colaterais
do que foi um bom remédio para a economia brasileira, como a redução de juros e
os estímulos fiscais. No dia 28 de abril, na
reunião do Comitê de Política Monetária
do Banco Central (Copom), foi iniciado um
ciclo de aperto monetário, o primeiro desde setembro de 2008.
O aumento inicial da taxa Selic foi de 0,75
pontos percentuais, número já previsto por
uma parte do mercado, acumulando 9,5%.
Paulo Levy, professor da PUC-RJ e economista do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), acredita que a taxa básica
de juros, que foi de 8,75% no primeiro trimestre e a mais baixa da história, siga crescendo e fique entre 11% e 12% até o final
do ano. “O aumento era necessário, pois
o país estava trabalhando em nível superior
ao compatível com a meta da inflação para
o ano”, comenta Levy.
O gerente de indicadores de mercado da
Serasa Experian, Luiz Rabi, também aponta essa tendência de aumento como medida para conter a inflação. “Existe a meta
oficial que o Banco Central persegue, de
4,5% ao ano, que está acima disso hoje,
assim como as previsões para 2011”, assinala. O sobreaquecimento da economia,
resultado direto do sucesso do pacote anticrise, resultou em alta da inflação. Só nos
primeiros quatro meses de 2010, a inflação
acumulada já é de 2,5%, mais da metade
prevista para todo o ano, segundo levantamento do BC.
Segundo Rabi, o Brasil iniciou o ano com
crescimento acentuado, acima do que era
Indicador Serasa Experian de Perspectiva
da Inadimplência das Empresas
Deslocado 6 meses adiante
Indicador
Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas
possível crescer sem inflação e com uma
infraestrutura compatível com as possibilidades de escoamento da produção. “As
medidas do governo federal tiraram o Brasil de um período de recessão e o colocaram para crescer, mas o ‘remédio’ continuou sendo dado sem precisar. Agora, é
preciso puxar o freio”, comenta. Para ele,
os estímulos deveriam ter sido retirados
antes, por volta de setembro de 2009, evitando o problema da inflação: “o governo
não só demorou a reverter o pacote, como
gastou demais, e a produção em massa bateu recorde”.
Em direção oposta, a indústria de materiais
de construção segue com os impostos reduzidos até o final do ano. Para o presidente do Conselho Regional de Economia de
Minas Gerais, Jersone Tasso Moreira Silva,
a manutenção das taxas da construção civil
pode estar ligada ao fato de 2010 ser ano
Deslocado 6 meses adiante
Deslocado 6 meses adiante
Deslocado 6 meses adiante
Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor
115.0
110.0
105.0
100.0
95.0
95.0
90.0
Mai
05
Nov
05
Mai
06
Nov
06
Mai
07
Nov
07
Mai
08
Nov
08
Mai
09
Nov
09
Mai
10
Ago
10
(deslocado 6 meses adiante)
108
109
106
107
104
105
102
103
100
101
98
99
96
97
94
95
92
85.0
65.0
Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor
Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas
(deslocado 6 meses adiante)
105.0
75.0
A certeza é a de que, agora, é preciso esperar e ver qual será a reação do mercado
e dos consumidores, assim como quais rumos tomarão as questões econômicas internacionais, que não podem ser deixadas
de lado. Estas variáveis determinarão, em
parte, os possíveis novos aumentos da taxa
básica de juros.
Indicador Serasa Experian de
Perspectiva do crédito ao consumidor
125.0
Nov
04
Luís Rabi,
gerente de indicadores de
mercado da Serasa Experian
(deslocado 6 meses adiante)
85.0
Em vez de aumentar impostos e cortar
gastos, para Rabi, o governo federal pode
amenizar os cortes previstos – por ser este
um ano eleitoral –, optando por uma política fiscal mais frouxa. “O Banco Central está
fazendo a parte dele, e eu espero que o governo também faça a sua.” Mesmo com a
previsão de um ciclo de aperto, a meta de
inflação do BC para 2010 não será atingida,
mas deve ficar dentro da margem de tolerância, passando dos 5%. “Agora, é corrigir
a trajetória da inflação para 2011, não passando dos 6%”, defende o especialista da
Serasa Experian.
Indicador Serasa Experian de
Perspectiva do crédito às Empresas
135.0
Mai
04
As medidas do
governo federal
tiraram o Brasil
de um período
de recessão e
o colocaram
para crescer,
mas o ‘remédio’
continuou sendo
dado sem precisar.
Agora, é preciso
puxar o freio”.
Na prática, o aumento da taxa básica de
juros afetará as vendas a prazo: haverá o
desestímulo à compra, contribuindo para
a diminuição dos investimentos. Com as
novas taxas, poupar será um bom negócio
para o consumidor e para as empresas, e o
resultado será uma economia mais lenta e
um crescimento controlado. “O remédio é
amargo, mas deve ser tomado”, indica Luiz
Rabi. Para ele, a “doença” da inflação seria pior para o trabalhador de baixa renda,
que não pode se defender de níveis altos
de inflação.
Indicador Serasa Experian de Perspectiva
da Inadimplência do consumidor
(deslocado 6 meses adiante)
115.0
de eleições. “É o setor que mais emprega
mão de obra metropolitana, além de ter
uma vasta cadeia produtiva que também
se beneficia. Em ano eleitoral, construir casas é um bom negócio e, para o governo, é
vantagem manter esta produção alta e controlar com a taxa de juros”, aponta.
Mai
04
Nov
04
Mai
05
Nov
05
Mai
06
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06
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07
Nov
07
Mai
08
Nov
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Mai
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Ago
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93
Dez
04
Jun
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Dez
05
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Set
10
Dez
04
Jun
05
Dez
05
Jun
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Dez
06
Jun
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08
Jun
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Dez
09
Jun
10
Set
10
A escala vertical está indicada em base 100, sendo este o número correspondente à média histórica registrada
22 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 23
novidades
iStockphoto
IDEIAS & TENDÊNCIAS
FRAUDE, UM MAL PARA EMPRESAS
E CONSUMIDORES
Acompanhe os principais eventos da CMS em 2010:
10 de junho
8º Congresso Nacional de
Crédito e Cobrança
Argentina / Buenos Aires /
Caesar Park
1 de setembro
5º Congresso Nacional de
Crédito e Cobrança
Chile / Santiago / Espacio Riesco
Laércio Oliveira Pinto
A
Hoje, a indústria das fraudes é lucrativa, comandada por quadrilhas, dirigida com inteligência e criatividade; possuem, sobretudo,
muita agilidade.
Mesmo que grande parte dos negócios no
país já tenha sofrido algum tipo de fraude,
são poucas as empresas que, efetivamente,
a compreende como risco e adota uma gestão estratégica adequada para gerenciá-la.
Do lado do consumidor, não há preocupação ou cuidado para proteger suas informações pessoais. Falta uma conscientização
em relação aos riscos e às consequências da
fraude, o que torna mais fácil a ação dos estelionatários. A partir
do roubo de informações pessoais de um documento, ou a criação
de um fictício, se busca a obtenção de crédito, causando grandes
problemas para o cidadão, que poderá ter anotações negativas em
seu nome. Sobra a ele provar que é vítima em várias ocorrências, o
que não é uma tarefa fácil. Cabe ao consumidor extremo cuidado
com sua documentação e evitar dar seus dados pessoais a qualquer solicitação.
O crédito é um dos canais preferidos dos fraudadores, porque seu
resultado é imediato. Nesse contexto, o roubo ou furto de informações sempre marca o início do processo criminoso. Para qualquer
empresa, a aceitação de um novo cliente, consumidor ou corporativo, e seu financiamento exigem, além da confirmação dos dados
cadastrais, a avaliação comportamental. Este último aspecto, o do
comportamento, adquire especial importância na identificação dos
sinais de inconsistências.
Para detecção de fraudes empresarias é fundamental cruzar
informações, tais como: se a empresa cliente aponta mais de
um endereço para o seu negócio; se várias empresas funcionam em um só local; se há divergência dos dados cadastrais
24 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
Carol Carquejeiro
Presidente da Unidade de Negócios de
Crédito da Serasa Experian
s ocorrências de fraudes estão em
alta no Brasil e no mundo e, na mesma direção, vão as perdas financeiras
das empresas e os prejuízos ao consumidor.
A g e n d a
Vista panorâmica de Lisboa
dos sócios e se têm ocorrido ações fora
do padrão do mercado.
Para apurar as inconsistências em relação
ao consumidor, é igualmente importante
confirmar dados cadastrais e avaliar os aspectos comportamentais, com o suporte de
modelagem matemática e redes neurais.
Por conta das fraudes de subscrição, caracterizadas pelas informações imprecisas e
inverídicas, as empresas normalmente confundem a perda decorrente como de inadimplência. Precisa ser entendido que a fraude
é intencional, enquanto a inadimplência, na
maior parte dos casos, não. Mais: a empresa
que foi fraudada uma vez, se não se prevenir,
o será outras vezes, pois o crime identifica
onde há espaço para voltar.
Os estudos da Serasa Experian mostram que os setores mais visados
pelos fraudadores são os de produtos de fácil comercialização, que
são rapidamente reposicionados no mercado. Nem por isso esses
agentes deixam de estar presentes nos golpes com automóveis,
seguros, cartões de crédito etc. A empresa vulnerável às fraudes
acaba sofrendo danos à sua imagem, os acionistas se sentem prejudicados, os empregados perdem a confiança e seus processos internos ficam desacreditados.
Pode-se dizer que o risco de fraude faz parte dos negócios. É recorrente, sempre existiu e existirá. O compromisso em reduzi-lo deve
estar no cotidiano das empresas. E cumpre lembrar que a forma
mais eficaz de minimizá-lo é utilizar ferramentas de prevenção,
compartilhar dados sobre eventos fraudulentos, monitorar os possívei avisos de risco e de alteração comportamental, e consistir os
dados coletados no mercado ante as informações oficiais.
Com o gerenciamento de fraudes as perdas são minimizadas, os
negócios ficam mais rentáveis e seguros, favorecendo a competitividade e preservando a imagem da empresa.
Sua empresa está preparada contra as fraudes?
Líderes da Indústria de Crédito e
Recuperações se reúnem em Lisboa
...O 1º Congresso Nacional de Crédito e Recuperações, em Lisboa, acontece em 12 de
outubro, no Centro Cultural de Belém. Durante o evento, líderes do mercado nacional vão
compartilhar suas experiências e visões sobre o crédito e sua gestão de recuperações. No
dia 11 de outubro serão realizadas atividades específicas para o “intercâmbio de negócios”
entre empresas do Brasil e Portugal. Mais informações no site www.cmspeople.com.
Localcred engaja filiais
de todo o país em ação
solidária ao Rio de Janeiro
CMS mobiliza ações
para ajudar as vítimas
da tragédia no Chile
A assessoria de cobrança Localcred, em
conjunto com suas 17 filiais, arrecadou
mais de mil peças de roupa em prol das
famílias mais afetadas pelas fortes chuvas no Rio de Janeiro, no começo de
abril. “É uma forma singela de nossos
colaboradores demonstrarem solidariedade aos nossos irmãos fluminenses”,
diz Paulo Colello, superintendente comercial e de marketing da assessoria.
A CMS People convoca todas as pessoas e
empresas que integram a comunidade da
indústria de crédito e cobrança a estenderem a mão em solidariedade às vítimas do
terremoto no Chile. A CMS escolheu como
alvo das doações a Fundación “Un Techo
para mi País”, organização sem fins lucrativos que atua na construção de casas para
quem perdeu tudo no desastre. Saiba como
ajudar em http://www.cmseventos.com/
chile_2010/es/ayudemos_a_chile/.
Serasa Experian abre primeira megastore
de certificação digital da América Latina
...
A Serasa Experian inaugurou, no dia
31 de março, em São Paulo, sua primeira
e maior loja de atendimento exclusivo para
emissão de certificados digitais. “A Megastore Serasa Experian é um marco no mercado da certificação digital e é parte de
nossos investimentos nos últimos anos para
atender à demanda crescente deste mercado”, diz o presidente da Serasa Experian,
Ricardo Loureiro. Essa demanda abrange,
em 2010, cerca de 600 mil empresas que
terão de emitir eletronicamente suas notas
fiscais de mercadorias – e para isso necessitam de um certificado digital – e cerca de
1,4 milhão de empresas cujas declarações
terão de ser entregues com certificação. “A
Megastore está estruturada para emitir cerca de 40 mil certificados digitais por mês”,
afirma Igor Rocha, presidente de negócios
de Identidade Digital da Serasa Experian.
16 de setembro
4º Congresso Nacional de
Financiamento de Consumo e
Meios de Pagamento
Argentina / Buenos Aires / Hotel
Four Seasons
23 e 24 de setembro
5º Congresso Nacional de
Crédito e Cobrança
Peru / Lima / Sheraton Lima
Hotel & Convention Center
8 de outubro
3º Congresso Nacional de
Crédito e Cobrança
Equador / Quito
12 de outubro
1º Congresso Nacional de Crédito
e Recuperações
Portugal / Lisboa / Centro Cultural
de Belém
14 e 15 de outubro
1º Congresso Nacional de
Microfinanças
Colômbia / Bogotá / Tequendama
21 de outubro
3º Congresso Nacional de
Financiamento de Consumo,
Pagamento e Recuperação
Uruguai / Montevideo / Radisson
Montevideo Victoria Plaza Hotel
1 e 2 de novembro
2º Congresso Internacional de
Crédito e Cobrança e 1º Fórum
Venezuelano de Microfinanças
Venezuela / Caracas / Hotel
Tamanaco Intercontinental
9 e 10 de novembro
6º Congresso Nacional e 8º
Congresso Latino-Americano de
Crédito e Cobrança
Brasil / São Paulo / Teatro Alfa e
Hotel Transamérica
23 e 24 de novembro
2º Congresso Nacional de Crédito
e Recuperação
Espanha / Madrid / NH Eurobuilding
informações: www.cmseventos.com
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 25
Prêmio Líderes
Divulgação
Homenageados do prêmio líderes 2009
Reconhecimento aos destaques
Inscrições
abertas em 2010
O 6º Congresso Nacional e o 8º
Congresso Latino-Americano de
Crédito e Cobrança já têm data
e local definidos: São Paulo (SP),
nos dias 9 e 10 de novembro. As
inscrições já estão abertas no site:
www.cmseventos.com.
Os indicados pela Comissão Organizadora serão divulgados ainda no primeiro semestre de 2010,
e os nomes ficarão disponíveis no
site do evento. Inscreva-se e garanta seu lugar neste encontro!
da indústria de crédito
Daniele Garcia
C
hegando à sua terceira edição em
2010, o Prêmio Líderes de Crédito
e Cobrança é uma homenagem aos
principais líderes da indústria de crédito. A
premiação toma lugar junto com o Congresso Nacional de Crédito e Cobrança, que se
prepara para a sua sexta edição. Inovador
e exclusivo, o Prêmio reconhece os maiores
destaques do setor, que, com excelência, são
exemplos para os companheiros, colegas de
trabalho e futuros profissionais que aspiram a
uma carreira de sucesso.
Como evento anual mais importante da área
de CeC Ibero-Americano, o Prêmio oferece
a oportunidade aos seus participantes de se
tornarem peças fundamentais na escolha
dos homenageados. Por meio dos seus votos é que os líderes serão premiados, diante
dos mais de mil profissionais que participam
anualmente do Congresso.
A premiação se dá em três categorias. A
primeira, “Excelência em Crédito”, reconhece quem contribuiu consistentemente
para o crescimento sustentável da área de
crédito, desenvolvendo sistemas, modelos
e soluções estratégicas. Na primeira edição,
o vencedor foi Marcos Vanderlei Ferreira,
Diretor de Crédito e Cobrança do Banco
Itaucred Financiamentos. Em 2009, Adalberto Savioli, Diretor Executivo do Banco
Panamericano, foi quem teve seu trabalho
reconhecido na categoria.
Quando o assunto é “Excelência em Cobran26 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
ças”, Issaia Abbud, Gerente B-FSC Cobrança
da Volkswagen Serviços S/A, foi o primeiro
a ser premiado pelo seu desempenho no setor de cobranças. O Superintendente da BV
Financeira, Yeh Jui Cheng, que já havia sido
indicado em 2008 na mesma categoria, foi
o homenageado da última edição.
A terceira, “Trajetória em Crédito e Cobrança”, é o maior reconhecimento da
indústria para um líder-chave. São premiados aqueles que, ao longo de sua
vida profissional, colaboraram com novas
ideias, práticas e soluções para o desenvolvimento da área. Espírito de superação,
por exemplo, é um dos valores que correspondem à performance desses premiados.
José Paulo Rodrigues, Superintendente de
Cobrança do Banco Bradesco, e Luiz Ota-
vio Mathias, Diretor Comercial do Itaú, já
foram contemplados.
Para chegar a estes nomes, anunciados no
encerramento dos Congressos, são consideradas quatro fases. Em um primeiro momento, são escolhidos os quatro indicados
pela Comissão Organizadora do evento, por
meio de votação. Os nomes são disponibilizados no site da CMS Brasil. A segunda fase
é feita pelos participantes do congresso, no
primeiro dia do evento. Cada um recebe, em
seu material, uma cédula de votação, que é
depositada na urna do evento. Os votos são
apurados com fiscalização e homologação
de uma empresa auditora. Por fim, ocorre a
divulgação do resultado. Eleitos pelo público,
os líderes são reconhecidos e homenageados
pelos principais profissionais do setor.
Os ícones do C&C
Edição de 2008
Edição de 2009
Excelência em Cobrança
Issaia Abbud /
Volkswagen Serviços S/A
Excelência em Crédito
Marcos Vanderlei
Ferreira / Banco Itaucred
Financiamentos
Trajetória em Crédito
e Cobrança
José Paulo Rodrigues /
Banco Bradesco
Excelência em Cobrança
Yeh Jui Cheng / BV
Financeira
Excelência em Crédito
Adalberto Savioli / Banco
Panamericano
Trajetória em Crédito
e Cobrança
Luiz Otavio Mathias /
Banco Itaú
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 27
OPINIão
Eficiência na cobrança.
Qual o segredo?
Cícero de Toledo Piza Filho
A
atividade de cobrança tem passado
por grandes transformações nos últimos anos. Saiu de um cenário de
pouca relevância, para um modelo de grande complexidade e alto desempenho. No
passado, seja como profissão ou atividade
empresarial, não era vista como um negócio
de grande importância no ciclo de crédito.
Com a chegada do período de estabilização
e os modelos competitivos na concessão do
crédito, além da diminuição das margens,
uma sensível evolução no segmento de recuperação de crédito foi provocada. A atividade
de recuperação ganhou maior destaque, na
medida em que trazer de volta o crédito ao
concessor contribuía diretamente para um
melhor resultado nas operações. Para atingir
esse novo patamar evolutivo, as empresas
tiveram que investir muito em seu maior patrimônio: pessoas capacitadas. Podemos afirmar que o maior segredo
em relação a ter eficiência em cobrança é uma equipe experiente e
muito bem preparada. Gente gerando diferencial.
A atividade está chegando a um modelo cada vez mais complexo,
onde a utilização das tecnologias da informação de última geração
passou a ser um insumo importante. Especialização é outro segredo.
Hoje a atividade de cobrança não é exercida como um grande bloco,
onde as individualidades de cada produto de crédito não eram levadas
em consideração, apenas o valor da dívida e, do outro lado, apenas
o “devedor”. Esse antigo modelo ajudou a criar uma imagem negativa, oferecendo resistência à atividade empresarial e ao profissional de
cobrança que atua no relacionamento efetivo com os inadimplentes,
que até nos dias de hoje percebe a atividade como algo punitivo. A recuperação de crédito atualmente utiliza as relações humanas como
um grande mecanismo de aproximação. Quando um negociador entra
em contato com um cliente que, temporariamente, está inadimplente,
suas principais características – profissão, renda, tamanho da família,
local da residência, entre outros – ajudam a entender todo o contexto.
Desta forma, é possível analisar e oferecer ao cliente a melhor solução ou alternativas para resolver as pendências. As informações são
facilitadoras na aproximação, mas o maior segredo da eficiência em
cobrança que temos em nosso segmento são as pessoas.
Quando uma pessoa está em dificuldades, ser ouvido e, principalmente,
entendido por seu interlocutor, é vital para a configuração da solução.
A sensibilidade de um recuperador de crédito é um grande diferencial.
Uma palavra mais dura ou a percepção da fragilidade do outro lado
28 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
Carol Carquejeiro
Diretor Administrativo e Financeiro do Instituto GEOC
da linha nos permite propor uma solução sob
medida para o inadimplente. Já tivemos casos
em que o cliente, após o acordo, enviou e-mail
e telefonou agradecendo a atenção e preocupação com o seu momento. Tratar com dignidade, respeito e objetividade só é possível com
um time muito bem preparado. Para ter uma
ideia, nesta atividade, o tempo médio de uma
ligação em determinadas carteiras de crédito é
totalmente diferente de outros segmentos.
Fazer com que o modelo organizacional das
empresas de recuperação de crédito esteja
em plena sintonia com o cenário atual de
modernidade e alta performance não é um
desafio fácil. É preciso deixar de lado vaidades empresariais e buscar incansavelmente a
qualidade como diferencial. As empresas participantes do Instituto GEOC desenvolveram
diversos programas, que vão desde o recrutamento e seleção até o
programa de maior destaque junto às associadas – o Selo de Qualidade Igeoc. O selo implementado em parceria com a Fundação Getulio
Vargas (FGV) agora conta com a Fundação Vanzolini, da USP, como
entidade certificadora. Isso tem permitido, ao longo dos últimos anos,
acelerar o desenvolvimento das empresas associadas por meio de avaliação de uma série de indicadores de desempenho, que permitem a
elaboração e implantação de projetos de investimentos, focados na
melhoria da qualidade operacional. O Selo de Qualidade Igeoc tem
promovido uma evolução significativa nessas organizações.
Outras iniciativas que proporcionam a construção de diferenciais em
eficiência em cobrança são os programas de capacitação, que o Instituto implantou. Tudo começa com o recrutamento e a seleção, que dá
oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho para pessoas que,
em muitos casos, têm a oportunidade do primeiro e único emprego
em uma família. Segue no treinamento de formação específica em
todas as fases de atuação, chegando a Universidade em Crédito e
Cobrança, que possibilita aos colaboradores a qualificação educacional em alto nível. Recentemente, o Instituto, por meio de seu grupo
de especialistas em RH, desenvolveu sob medida o estágio mais alto
na formação dos profissionais do setor, que é o MBA executivo IGEOC em Crédito e Cobrança. Elaborado em parceria com a instituição
de ensino IBMEC – Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais – com
larga experiência na customização de programas específicos de formação executiva. Hoje podemos, sem dúvida, dizer que se existe um
segredo para eficiência em cobrança é o fortalecimento do relacionamento com nossos clientes e o constante investimento na formação e
evolução da melhor tecnologia mundial já concebida: PESSOAS.
580 HORAS DE ESPECIALIZAÇÃO EM CRÉDITO E COBRANÇA
PRIMEIRA TURMA COMEÇA EM AGOSTO
O Instituto GEOC lançou o MBA executivo
IGEOC em Crédito e Cobrança, estágio mais
alto na formação dos profissionais do setor.
O curso foi elaborado pela frente de
trabalho de RH do Instituto GEOC, que
durante mais de oito meses se dedicou a
definir o conteúdo que melhor atenderia as
necessidades
e
oportunidades
do
segmento. Durante esse trabalho contamos
com a participação e envolvimento da
ACREFI – Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento – que aportou ao projeto as necessidades do mercado financeiro, construindo
uma visão desafiadora e ampla sobre o ciclo
de crédito e cobrança.
A entidade de ensino escolhida para ser a
responsável pela viabilidade do projeto
educacional foi o Grupo IBMEC - Instituto
Brasileiro de Mercado de Capitais.“O MBA
executivo IGEOC em Crédito e Cobrança é
o primeiro passo de um projeto muito mais
abrangente. O convênio entre o IGEOC e o
Grupo IBMEC poderá levar cursos a distância e presenciais para todo o Brasil, revela o
diretor do Grupo IBMEC, Carlos Longo.
Mattos informa também que o projeto
educacional do IGEOC trará à discussão
cases atuais do setor de crédito e cobrança.
Para isso tanto o Grupo IBMEC como o
IGEOC identificaram profissionais de
mercado, que poderão contribuir para o
sucesso educacional do projeto. “O
dinamismo, a competitividade e a alta
performance das empresas de crédito e
cobrança estarão representadas em sala de
aula, na presença de professores, alunos e
palestrantes”, diz o especialista. Assim, será
possível debater em alto nível temas que
vão desde a criação e concessão de produtos de crédito até a recuperação do crédito
e cobrança, passando por todas as etapas
do processo: mercado, público-alvo,
financeiro,
marketing,
canais
de
distribuição, segmentação, risco de crédito,
fraude, ouvidoria, acionamento preventivo,
cobrança amigável e judicial, modelos de
negociação, melhores práticas, tecnologias
de ultima geração e modelos inteligentes
para segmentação.
“Com a chegada do período de estabilização e os modelos competitivos na
concessão do crédito, a atividade de
cobrança saiu de um estágio de pouca
relevância para um modelo de grande
complexidade e alta performance. Por isso
sentimos a necessidade de preparar da
melhor maneira possível os profissionais da
área”, afirma o superintendente do IGEOC,
João Paulo de Mattos. “O curso MBA executivo IGEOC em Crédito e Cobrança é o
primeiro do país com essa modelagem e faz
parte de um conjunto de projetos desenvolvidos pelas empresas de recuperação de
crédito, visando um modelo organizacional
em plena sintonia com o cenário atual. Foi
um curso pensado e estruturado para as
necessidades desse mercado.”
Venha fazer parte deste grupo, no qual
os principais atores do ciclo de crédito e
cobrança estarão lado a lado, construindo novos modelos para o segmento.
Mais informações:
Instituto GEOC
Telefone: 5511 3369 - 3800
Email: [email protected]
INFORME PUBLICITÁRIO
Tendências
Tendências
iStockphoto
Vantagens
para a empresa e
para os consumidores
Novas maneiras encontradas para fiscalizar a
arrecadação, adotadas pela Secretaria da Fazenda
do Estado de São Paulo e do Conselho Nacional
de Política Fazendária, em parceira com a Receita
Federal facilitam e aumentam os negócios das
empresas e trazem benefícios aos consumidores
Ana Elisa Paiva
U
ma iniciativa do governo de São Paulo para conscientizar a população
sobre a importância de exigir a nota
fiscal dos estabelecimentos comerciais na
aquisição de mercadorias tem melhorado o
comportamento dos cidadãos. O programa
Nota Fiscal Paulista (NFP) devolve 30% do
ICMS recolhido pelo estabelecimento, proporcional ao valor da nota fiscal. Para isso,
basta que o consumidor informe o seu CPF
ou CNPJ no momento da compra.
Em 2009, a NFP ganhou o Prêmio Excelência
em Governo Eletrônico, promovido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Associação Brasileira de Entidades
Estaduais de Tecnologia da Informação e
Comunicação (ABEP). “A Nota Fiscal Paulista representa o reconhecimento ao trabalho
da equipe da Secretaria da Fazenda, que
desenvolveu um sistema de fácil acesso, que
aproximou os consumidores da Secretaria da
Fazenda“, afirma Guilherme Rodrigues Silva,
coordenador adjunto da Coordenadoria de
Administração Tributária (CAT).
O consumidor pode decidir como usar o
crédito gerado pelo programa. No prazo
de cinco anos, é possível utilizá-lo para reduzir o valor do débito do IPVA, para contribuir com entidades sociais ou ainda ser
transferido para a conta corrente ou poupança do contribuinte. Os contribuintes
30 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
participantes ainda concorrem a sorteios
com bonificações em dinheiro.
As vantagens não são apenas para os consumidores. A Nota Fiscal Paulista surgiu como
um incentivo à população e tem sido uma
importante aliada do governo no combate
à sonegação de impostos. Para Sebastião
Luiz Gonçalves dos Santos, conselheiro do
Conselho Regional de Contabilidade de São
Paulo (CRC-SP), o programa foi uma iniciativa muito inteligente e pode servir de modelo para outros estados. “São Paulo sempre
foi o carro-chefe. É um modelo bom para o
Brasil.” Ele acredita que outros Estados deverão seguir o exemplo e implantar sistemas
parecidos, cada qual fazendo as adaptações
necessárias à sua realidade.
No rumo digital
Outra iniciativa importante para melhorar a
transparência nas relações entre empresas e
os órgãos arrecadadores, além de agilizar e
melhorar os processos de arrecadação fiscal,
foi a do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) com a criação da Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e). Antigamente, as notas fiscais eram emitidas em quatro vias e acompanhavam a mercadoria até o seu destino final.
Com esse processo, gastava-se mais tempo
na emissão, mais papel e trabalhava-se com o
População tem
vantagens ao
pedir notas fiscais
em suas compras
A Nota Fiscal
Paulista representa
o reconhecimento ao
trabalho da equipe da
Secretaria da Fazenda,
que desenvolveu
um sistema de fácil
acesso, que aproximou
os consumidores da
Secretaria da Fazenda;
Ela acaba com a
cadeia de corrupção,
pois a fiscalização é
feita na fonte”.
Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos,
conselheiro do Conselho Regional de
Contabilidade de São Paulo (CRC-SP)
risco de possíveis erros nas notas feitas à mão.
Agora, a empresa emissora gera um arquivo
eletrônico com as informações da operação
comercial. Uma assinatura digital garante a
integridade dos dados e a autoria do emissor.
O arquivo corresponde à Nota Fiscal Eletrônica
e é transmitido pela internet para a Secretaria
da Fazenda, que, após fazer uma pré-validação do arquivo, cria um protocolo de autorização de uso. Para acompanhar a mercadoria, é
impresso o Documento Auxiliar da Nota Fiscal
Eletrônica (DANFE), em única via que contém
a chave de acesso para consulta da nota fiscal
eletrônica na internet e um código de barras
que facilita a captura e a confirmação de informações pelas unidades fiscais.
A maior contribuição desse modelo foi a
economia de papel. Desde que foi implantada, já houve uma redução de 30% no
consumo. Para o governo, a melhora ficou
na fiscalização e queda da sonegação de
impostos. Todo o processo passa a ser eletrônico. As vantagens da nota fiscal eletrônica são muitas.
Além da contribuição para o meio ambiente, há a eliminação de erros manuais e de
digitação, pois é gerada eletronicamente.
“Ela acaba com a cadeia de corrupção,
pois a fiscalização é feita na fonte. Quando o fiscal chega a um estabelecimento, já
tem um histórico da vida daquele comerciante”, afirma Sebastião Luiz, do CRC-SP.
O novo processo garante, também, mais
eficácia e segurança no controle fiscal, melhorando a troca de informações entre os
fiscos. A economia de material, de tempo e
redução de despesa com armazenagem dos
documentos é considerável.
Iniciativas como a Nota Fiscal Paulista e a
Nota Fiscal Eletrônica evidenciam a ten-
dência do governo de utilizar os meios
eletrônicos como ferramentas de trabalho
e disponibilizar serviços públicos utilizados
pela sociedade no formato digital. A política do governo eletrônico já é realidade em
alguns estados, como Pernambuco. Essa
transferência do formato de documentos
físicos para digitais, como a Nota Fiscal Eletrônica, é viável por gerar uma padronização dos relacionamentos eletrônicos entre
empresas e o surgimento de empregos na
prestação de serviços.
Redução de custos de impressão, economia
nos custos de envio do documento fiscal, liberação de espaços usados na armazenagem
de documentos fiscais e incentivo ao uso de
relacionamentos eletrônicos com clientes
foram melhorias trazidas pelo novo formato
que têm beneficiado muitas empresas. Além
disso, contribuem para a confiabilidade nos
processos de arrecadação fiscal.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 31
Pelo Mundo
DESTAQUES
Bogotá,
Promotores de crédito
se reúnem em encontro
inédito no país
Daniele Garcia
P
ela primeira vez promotores de crédito
de todo o Brasil terão um espaço para
aprofundar questões específicas do setor e fortalecer o debate sobre o futuro da
indústria do crédito no país. O 1º Congresso
Nacional de Promotores de Crédito, promovido pela Associação Nacional das Empresas
Prestadoras de Serviço ao Consumo (ANEPS),
acontece durante o 6º Congresso Nacional e
8º Congresso Latino-Americano de Crédito e
Cobrança, nos dias 9 e 10 de novembro de
2010, no Teatro Alfa e Hotel Transamérica,
em São Paulo. O encontro, que contará com
a presença e o apoio de empresários, instituições financeiras e promotores de crédito, promete impulsionar o segmento no País.
Para o presidente da ANEPS, Luís Carlos Bento, esse primeiro congresso será um marco
para a indústria brasileira de crédito. “Essa
é uma categoria nova no Brasil, pois tomou
impulso somente de dez anos para cá. Agora, temos de aproveitar o grande crescimento econômico e nos preparar para enfrentar
esse mercado crescente. O evento será muito importante para estruturar melhor nosso
segmento”, afirma.
Um dos grandes resultados esperados a
partir do encontro é fortalecer a própria
entidade, que tem entre seus principais
objetivos a capacitação e a certificação dos
profissionais do setor, a elaboração de projetos de autorregulamentação do segmento, além da promoção e da organização da
indústria do crédito.
A qualificação da mão de obra é o maior
desafio da indústria do crédito, na opinião
de Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem, empresa de serviços financeiros ligada ao banco BNP Paribas. “Quanto mais
especializados forem os profissionais, maior
32 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
A indústria do crédito consignado será destaque do 1º Congresso Nacional de Promotores de Crédito. “Pretendemos destacar a
força que o crédito consignado tem hoje no
país, assim como sua capacidade de crescimento e o futuro do setor”, afirma Marciano Testa, diretor regional da ANEPS e sóciodiretor da Agiplan, uma das 115 empresas
filiadas à entidade.
a produtividade do setor”, acredita. Etchegoyen será um dos palestrantes do evento,
no qual apresentará a pesquisa “O observador”, que busca monitorar e entender os
hábitos de consumo dos brasileiros.
Desenvolvido pela Cetelem em parceria com
a empresa de pesquisa IPSOS - Public Affairs,
o estudo confirma a tendência do crescimento da classe C no Brasil nos últimos cinco
anos, refletindo no consumo de crédito e de
bens como um todo. “É preciso repensar o
crédito como alavanca de desenvolvimento e
acredito que o Congresso contribuirá muito
para isso”, diz.
Fundada em 2001, a ANEPS enfrenta hoje
o desafio de moralizar o mercado, de acordo com o diretor financeiro da entidade,
Manuel Magno Alves. “Defendemos que a
atuação deve ser ética, harmônica e organizada em todo o território nacional. Infelizmente, ainda existem empresas que geram
problemas para os bancos, como fraudes,
contratos inexistentes ou forjados. Nossa
proposta é justamente treinar e qualificar
as operadoras e oferecer um registro que
identifique os profissionais e as empresas
sérias e transparentes”, afirma. O congresso, para Alves, será uma oportunidade de
divulgar a Associação e sua proposta entre
os promotores brasileiros.
Um fórum entre representantes de bancos sobre o crédito consignado deverá
enriquecer os debates. Fernando Perrelli,
diretor da Bradesco Promotora, acredita
que o congresso será uma grande oportunidade de aprofundar a discussão sobre a
necessidade de ajustes e regulamentação
do crédito consignado. “Entre as carteiras
de pessoa física, a do crédito consignado
foi a que mais cresceu nos últimos anos e
deve continuar acima das demais carteiras”, aposta.
Os setores de financiamento de veículos
e de crédito imobiliário, no entanto, também terão espaço nos debates, já que de
acordo com a presidência da ANEPS, ambos têm potencial para alavancar a área
de crédito no Brasil. “A participação do
crédito imobiliário ainda é muito pequena comparada a de outros países e ainda
pode crescer muito”, aposta Bento. Já o
número de operações de venda de veículos
vem crescendo de forma mais acelerada e
a tendência é continuar nesse ritmo, segundo Alves. “Os público D e E estão em
ascensão. Pessoas que, anos atrás, deixavam de consumir bens de consumo de alto
valor, agora aproveitam o aumento das
ofertas de crédito. A expectativa é de que,
nos próximos dez anos, a participação da
indústria do crédito no PIB alcance um patamar muito maior”, diz.
País é lembrado por figuras famosas,
como o artista plástico Fernando
Botero, o Nobel Gabriel García
Marquez e a cantora pop Shakira
Santuario Nossa
Senhora del Carmen
Daniele Garcia
N
o alto de seus 2.600 metros sobre o nível do mar, Bogotá, capital da Colômbia, surpreende pela diversidade cultural e hospitalidade de seu povo “chevere” (gíria colombiana para “bacana”). Um passeio pelas ruas do antigo bairro La Candelaria, a riqueza
da comida e do tradicional café colombiano são algumas das atrações
imperdíveis da cidade. Cidade colonial fundada em 1538 pelos espanhóis com o nome de Santa Fé de Bogotá, a capital colombiana tem,
hoje, mais de sete milhões de habitantes e está em rápido desenvolvimento. Apesar de chamar a atenção do mundo pelas notícias sobre
guerrilhas e narcotráfico, Bogotá é uma típica metrópole latino-americana, com shoppings, mercados ao ar livre, amplos espaços públicos,
uma arquitetura variada, museus, bibliotecas, boa gastronomia, vida
noturna e intensa programação cultural e de lazer.
áreas centrais. E é bom estar preparado para a revista de malas,
bolsas e sacolas nos aeroportos e na entrada de museus, bibliotecas e de alguns prédios comerciais. Além de fazerem a segurança,
os policiais são ótimas fontes de informações aos turistas.
De Bogotá também é fácil o acesso a todas as regiões da Colômbia,
país lembrado também por figuras famosas como o escritor e prêmio Nobel Gabriel García Marquez, a cantora pop Shakira e o artista plástico Fernando Botero. Portanto, aproveitar as comodidades
da capital e incluir no roteiro destinos como o Triângulo do Café,
Cartagena e Medellín também podem ser uma ótima pedida.
Cresce inadimplência entre
os jovens colombianos
Durante boa parte do ano, a cidade mantém uma temperatura
constante de 14ºC. Como a paisagem de Bogotá é marcada pelos
morros que a cercam, é possível ter uma bela vista de qualquer
região da cidade, principalmente se estiver em pontos mais elevados, como o Morro de Monserrate. Para aliviar o mal estar causado pela altitude, é comum o consumo de chá de coca, comercializado em lojas de produtos naturais e em algumas feiras de
artesanato. Vale lembrar que a bebida não contém propriedades
entorpecentes e, por isso, não é considerada ilegal no país.
De acordo com a Covinoc, empresa com 57 anos de atuação na
área de recuperação de crédito e cobrança e ampla cobertura
na Colômbia, os jovens e pequenos empresários do país estão
cada vez menos em dia com suas obrigações financeiras e comerciais. A expansão dos serviços de telefone celular pós-pago
e o aumento da expedição de cartões de crédito são apontados como os principais responsáveis pela grande inadimplência entre os colombianos. O presidente da Covinoc, John Jairo
Aristizabal, atribui o crescimento das dívidas ao fato de que o
forte estímulo ao microcrédito no país não foi acompanhado
de políticas para promover a cultura do pagamento.
Como em qualquer outra metrópole, é sempre recomendável ficar atento ao circular pela periferia e pelos bairros mais afastados
do centro, principalmente à noite. O turista pode estranhar a presença de muitos policiais ou militares, camuflados e armados, nas
Casa presidencial: um dos pontos turísticos de Bogotá
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1º Congresso Nacional de Promotores de Crédito pretende
fortalecer e promover o segmento em todo o território nacional
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cidade de contrastes
“Diante desse contexto, é fundamental conhecer o cliente
para gerar oportunidades e estratégias de cobranças”, destacou Aristizabal, durante o 4º Seminário Regional de Crédito e
Cobranças, que reuniu profissionais do setor em 15 de abril,
em Bucaramanga, Colômbia. Aristizabal também estará entre
os palestrantes do 7º Congresso Andino de Crédito e Cobrança, que ocorrerá em Bogotá, nos dias 2 e 3 de junho, com a
abertura do Presidente da República Álvaro Uribe Velez. Mais
informações em www.cmseventos.com.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 33
Fotos: Mozart Latorre
sofisticação & luxo
Velas ao Mar
Lançamentos
De lanchas a iates de luxo, o mercado
náutico segue aquecido em 2010
Luxo al mare
Mariana Hansen
G
anhar o mundo, partir rumo ao infinito, ter um dia agradável com a família.
Quem sai em busca de uma embarcação própria tem à frente um mar de possibilidades cada vez mais acessível aos brasileiros. O
país representa cerca de 1% dos aventureiros
que embarcam no restrito – e crescente – mercado de iates de luxo. Mas os ventos também
sopram a favor de quem deseja um modelo
de pequeno ou médio porte. Segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos
e seus Implementos (Acobar), o setor náutico
nacional cresceu 10% em 2009, enquanto as
vendas no mundo caíram 30% no mesmo período, por conta da crise econômica.
Um exemplo desse otimismo foi a geração de cerca de R$ 150 milhões em negócios na última edição do Rio Boat Show,
um dos maiores eventos da América Latina. Na onda de um mercado promissor,
a fabricante italiana Azimut Yachts, em
parceria com a Yacht Brasil, analisou o
público-alvo brasileiro que tem potencial
para se tornar consumidor. Segundo a
Azimut, das 800 mil famílias inclinadas
à compra de uma embarcação, a maior
parte se encontra em São Paulo, Rio de
Janeiro e Santa Catarina. Os paulistas lideram o ranking, com 50% dos possíveis
navegantes. De olho nesse público, a São
Paulo Boat Show 2010 já tem data mar-
cada: de 14 a 19 de outubro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Entre os modelos mais em conta disponíveis
nas revendedoras, é possível encontrar lanchas de 16 pés a partir de R$ 32 mil. Segundo Fabrício Guerra, gerente comercial da
Guerra Náutica – revendedor autorizado da
Fibrafort (veja foto) –, os marinheiros de primeira viagem não param na primeira compra. “Eles começam com uma lancha menor
para esquiar. Em um ano ou dois, é comum
a troca por outra mais equipada ou com cabine. Quando vêm pela primeira vez, muitos
chegam acompanhados pela família e todos
escolhem a embarcação juntos”, conta.
Já um exemplar de luxo não sai por menos de
R$ 1 milhão. A maior produtora desses iates é
a Itália, vendendo mais de 250 unidades por
ano. Os principais fabricantes são a Azimut-Benetti, representada no Brasil pela Intermarine,
e o Ferretti Group, que mantém parceria com
a brasileira Spirit. Ambas têm licenciamento
exclusivo para montar essas embarcações fora
da Itália. Entre as celebridades que possuem
um desses estão Eike Batista, Ana Maria Braga e Roberto Carlos. O cantor, aliás, é um dos
muitos compradores que têm uma ligação especial com suas embarcações: elas são sempre
batizadas com o nome de Lady Laura, uma
homenagem à mãe, recém-falecida.
Um dos destaques do último Rio
Boat Show, realizado em abril, no
Rio de Janeiro, foi o lançamento
da Intermarine 540, embarcação
de luxo, cabinada com flybridge.
Tamanho: 54,65 pés
Preço: sob consulta
Beleza arrojada
Quem acha que navegar é
preciso e fica melhor quando o
investimento não chega à cifra
dos milhões, pode optar por um
modelo de lancha como a Focker
270, da Fibrafort. O barco tem a
maior popa da categoria.
Tamanho: 27 pés
Preço: entre R$ 176 mil (básico) e
R$ 230 mil (personalizado)
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 35
Fernando Martinho
Aconteceu no Mercado
AGILIDADE INCOMPARÁVEL EM NOTIFICAÇÕES EXTRAJUDICIAIS E PROTESTOS
ATUAÇÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL
ALTO DESEMPENHO, BAIXO CUSTO E TOTAL CONFORMIDADE LEGAL
Vision 2010: Debates sobre negócios, marketing e informação
Credit & Marketing Vision:
transformando dados em informação
O estrategista Thomas Davenport, palestrante de abertura do evento Credit and
Marketing Vision, destacou a importância da análise de dados para a tomada de decisão
Ana Elisa Ventura
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constituição em mora, seja por notificação extrajudicial ou
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36 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
PROTESTOS
• Protesto de Títulos
• Cancelamento e baixas de Protesto
• Cópias do Instrumento de Protesto
• Certidão de Protesto
• Adiantamento de custas
• Baixa de restritivos em órgão de
proteção ao crédito - SPC/Serasa
N
os dias 18 e 19 de maio, a Serasa Experian realizou a segunda edição do
Credit and Marketing Vision. Com
uma platéia de mais de 400 executivos, palestrantes internacionais, debates com destacados líderes da economia e workshops
especializados deram forma ao Vision 2010.
car fatores realmente importantes para um
bom desempenho e cheguei a cinco: dados,
empresa, liderança, públicos-alvo e analistas.
Claro que essa cultura analítica tem que ser
combinada com a tecnologia – e esta tem
que estar disponível. Isso pode não ser tão
fácil, mas acredito ser o caminho”, afirmou.
O destaque do encontro, que aconteceu no
Hotel Grand Hyatt São Paulo, foi a palestra de
Thomas Davenport, Ph.D. em Ciências Sociais
pela Harvard University, que falou dos desafios para se tomar decisões em uma organização e sobre as melhores formas de gestão. Na
abertura, o presidente da Serasa Experian e
Experian para a América Latina, Ricardo Loureiro, destacou que um dos principais desafios das empresas é crescer diariamente em
um ambiente cada vez mais competitivo. Afirmou que o objetivo comum é, não só em marketing como em crédito, buscar as melhores
condições para decidir com mais eficiência,
utilizando o crédito para alavancar negócios.
Davenport explicou que as empresas analíticas costumam ser eficientes e precisas
nas tomadas de decisões, pois se baseiam
prioritariamente em dados. Empresas brasileiras como Itaú, Petrobrás e Ambev foram
classificadas como analíticas. Uma técnica
importante, de acordo com o professor, é
nunca descartar informações e ter um objetivo para chegar ao êxito nas análises.
O Google, por exemplo, começou com a
análise de algoritmos. Um dos diferenciais
das empresas analíticas é adicionar funcionalidade aos seus serviços e contar em seu
quadro de funcionários com profissionais
analíticos, como estatísticos, que saibam
traduzir aos seus dirigentes os dados coletados para definição de estratégias.
Em entrevista, Thomas Davenport disse que
ainda há muita ineficiência analítica nas empresas, ou seja, há existência de dados, mas
não há a análise dessas informações na hora
da tomada de decisão. O elo entre a informação e a decisão é muito pequeno; dessa
forma, basear as definições em fatos, informações analíticas e dados do mercado é a
melhor opção para acertar. “Tentei identifi-
Uma boa iniciativa para começar a percorrer o caminho da análise é institucionalizar
a tomada de decisões melhores. Na visão de
Davenport, a tendência é de um futuro mais
analítico, no qual haja a ligação da análise
com a tomada de decisões – mas para se
obter sucesso, essa análise precisa ser uma
atribuição de todos da organização, e não
só dos Ph.Ds.
Outro momento de destaque do Vision 2010
foi a palestra de Francisco Valim, CEO do grupo Experian para quatro continentes – Europa, Oriente Médio, África e América Latina,
que falou sobre como acelerar o crescimento
dos negócios e da economia. A identificação
dos mercados que efetivamente vão fazer a
diferença, sobre os quais é necessário atuar e
manter controle, segundo Valim, é a melhor
forma de acertar em um ambiente de constantes mudanças.
No segundo dia do evento, José Alexandre
Scheinkman, professor de economia da Universidade de Princeton, abordou o cenário econômico mundial e o posicionamento atual do
Brasil. “O Brasil se beneficiou de um processo
de reforma que começou em 1990 e que, felizmente, foi continuado pelos governos seguintes. Nesse contexto, as empresas brasileiras se
beneficiaram com ganho de eficiência, o que
comprova seu ótimo cenário”, destacou.
Para a continuação do desenvolvimento do
país, o professor enumerou atitudes que contemplam investimento em educação, aumento da produtividade do setor público, melhora
das cidades quanto à ocupação do solo e criminalidade, além de mais investimento e produção na área de ciência e tecnologia.
CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 37
Ponto de Vista
Euforia Responsável
Luis Carlos Bento
Carol Carquejeiro
é presidente da ANEPS - Associação Nacional das
Empresas Prestadoras de Serviços ao Consumo
E é exatamente neste contexto que entram em cena os agentes
engajados de promoção e intermediação do crédito, organizados
através de empresas prestadoras de serviços voltadas a esta atividade. A Associação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviço ao
Consumo (ANEPS) é quem representa essa categoria, que contribui
sobremaneira para a democratização do acesso ao crédito.
Os agentes contratados por essas empresas têm a importante
missão de propagar a possibilidade de crédito, mesmo nas regiões mais remotas do Brasil onde nem mesmo as instituições
financeiras estão instaladas. Nestes casos, o acesso ao crédito
também pode ser considerado uma questão de cidadania, tama38 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE
Tal ação, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento nacional, pleiteia especial atenção
às questões de enquadramento
em uma categoria sindical específica, bem como a uma melhor
visualização pela justiça do trabalho no perfeito entendimento da
atividade de promoção em se diferenciar das funções bancárias.
Estes são os atuais desafios.
Por outro lado, no que tange às promotoras, a lição de casa está
sendo feita. A ANEPS está totalmente engajada no processo de
qualificação e profissionalização dos agentes que atuam com a
intermediação da concessão de crédito diretamente ao público
final. Apoiamos a recente iniciativa da Associação Brasileira de
Bancos (ABBC), no desenvolvimento do primeiro treinamento virtual voltado para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e
ao financiamento do terrorismo, com o objetivo de garantir que
o aumento da propagação do crédito transcorra com a máxima
transparência e ética e atenda toda a sociedade, inclusive os órgãos reguladores das instituições financeiras.
Além desta, outras iniciativas de capacitação que estão sendo desenvolvidas convergem para reforçar a conscientização do crédito.
Este é um compromisso que deve crescer e ser aprimorado na mesma proporção da euforia pela expansão do crédito como forma
de fomentar o consumo. E desta forma, somente por intermédio
da cooperação de todos os envolvidos no processo será possível
consolidar a democratização do crédito em um case de sucesso
“quantitativo e qualitativo”.
Site Tamboré
[email protected] | www.mlsf.com.br
A ML Serviços Financeiros atua na prestação de serviços para
o ciclo de crédito há 22 anos, em especial, focada na recuperação
de créditos e manutenção do cliente consumidor.
Constituímos e posicionamos estrategicamente cada unidade de
negócio para atender o mercado financeiro de forma especializada.
Possuímos atuação nacional com rede própria - 21 filiais e 5 polos.
Certificações*
Empresa Associada
9001:2000 referente às empresas ML Gomes e ML Serviços de Cobrança
A extensão territorial do nosso País pode ser considerada um desafio para a disseminação e distribuição do crédito em todas as regiões e camadas sociais. Entretanto, ainda que essas características
possam configurar uma grande barreira, o Brasil é hoje referência
internacional de acesso ao crédito, seja por meio do consignado
às taxas mais atrativas, seja através de outras modalidades: crédito
destinado à aquisição de bens de consumo, crédito pessoal ou financiamento de veículos, entre outros.
nho o impacto que é capaz de
gerar na economia local.
*ISO
J
á está mais do que evidente o
poder que a oferta de crédito
exerce sobre a economia brasileira. Embora seja um dos fatores
que alavanca os índices de mobilidade social, a tomada de crédito
não figura apenas como opção às
classes menos favorecidas. Segundo índices do setor, consumidores
cuja renda mensal situa-se entre
R$ 5 e R$ 10 mil, elevaram sua
procura por crédito em 32,8% em
março deste ano.
A Serasa Experian pode ajudar sua empresa
a recuperar mais clientes gastando menos,
a priorizar ações de cobrança conforme a
probabilidade de recuperação e muito mais.
Seja qual for o tamanho da sua empresa, pode
desafiar a gente. Pergunte o que a gente pode
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