Os vencedores são África do Sul e FIFA Wesley Cardia A Copa do
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Os vencedores são África do Sul e FIFA Wesley Cardia A Copa do
Os vencedores são África do Sul e FIFA Wesley Cardia A Copa do Mundo acabou. O Brasil não ganhou. Duas seleções que nunca haviam vencido disputaram a final. A Espanha levou a taça. Os Bafana-Bafana, donos da casa, se esforçaram. O uruguaio Forlán foi eleito o melhor atleta. O público se comportou com civilidade nunca vista. E os vencedores foram África do Sul e FIFA. Os fanáticos por futebol dirão que a Fúria foi a grande vitoriosa. Ela foi apenas a Campeã da Copa; do torneio de futebol. Todos os outros que já perceberam que a Copa do Mundo é muito mais do que uma competição esportiva concordarão que, do ponto de vista de organização de um mega evento, a FIFA está no topo do podium. E para aqueles que entendem que a Copa ultrapassou há muito tempo o terreno do futebol a África do Sul foi a campeoníssima no quesito relações públicas. A FIFA a cada nova Copa expande seus domínios e cuidados a fim de ter o maior controle possível da organização do evento. Acreditem leitores, para quem vai a Copa com os olhos de um observador do evento em si, desde a disposição dos banners dos patrocinadores nos aeroportos, até o espaço aéreo sobre os estádios, percebe que o comando da FIFA visa fazer da competição um acontecimento impecável. E ela tem 99,99% de sucesso. E essa organização dá aos patrocinadores a tranqüilidade de saber que aquilo que foi adquirido será entregue até o último detalhe. Nem que tenha que prender as lindas loiras que faziam marketing de emboscada de uma cerveja concorrente da patrocinadora oficial. Essa organização garante a FIFA um faturamento de mais de 4 bilhões de dólares com o evento. Já a África do Sul, uma país que até 16 anos atrás era banido de eventos esportivos internacionais por conta do Apartheid, pode mostrar ao mundo que bela e competente nação ela é. As matérias, colunas e opiniões contra a realização de eventos desse porte em países em vias de desenvolvimento são intensas. Aqueles, no entanto, que puderam ver o resultado do esforço africano, a alegria em receber os turistas, os estádios impecáveis e um número de incidentes desprezível para um acontecimento deste porte, sabem que não haveria dinheiro que pudesse obter o resultado de RP proporcionado pela Copa do Mundo a África do Sul. A Copa ultrapassou as fronteiras de maior competição esportiva do mundo para se transformar no maior evento de congraçamento entre as nações e no mais importante acontecimento de relações públicas que um país pode almejar. A África do Sul foi competente ao compreender a grandiosidade da oportunidade e transformá-la num agente que reformulou o entendimento do mundo sobre seu país após 64 jogos de futebol e mais de 30 bilhões de espectadores com a atenção voltada ao que ocorria em seu país. O Brasil tem uma chance única na história. Se usarmos os três grandes eventos de 2013 a 2016, (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas) para inserir o país e seu povo entre o rol de nações sérias e merecedoras de confiança e respeito o caminho para o primeiro mundo ficará mais próximo do que jamais esteve. Wesley Cardia é consultor de marketing esportivo e Diretor da Maestro Marketing