OS VIDENTES FALAM A VERDADE Entrevista com o Drº Nikola

OS VIDENTES FALAM A VERDADE Entrevista com o Drº Nikola Bartulica, médico Psiquiatra há mais de 45 anos, residente nos EUA, no Estado do Missouri. Acompanha as aparições em Medjugorje desde o início dos acontecimentos. Segue seu parecer pessoal, numa entrevista concedida a Miro Brcic. O senhor conheceu o Bispo Zanic? Tive contato com Medjugorje em 1983 e, em 1985< quando assisti a aparição a Vicka. Passei um tempo em Mostar. O Pe. Luka era pároco da catedral de Nossa Senhora. Um dia, o Bispo Zanic, que já é falecido, veio para o almoço. conversei um pouco com ele e percebi que seu parecer em relação a Medjugorje era negativo. Mas, naquela época, não sabia o quanto ele era contrário, nem que já havia escrito a respeito da posição daquele bispado, com relação a Medjugorje. Quando decidiu‐se a escrever sobre Medjugorje? Alguns anos mais tarde, surgiram muitos artigos relativos a Medjugorje, na América do Norte. Muitos americanos vinham aqui para visitar. Quando li os textos dos opositores de Medjugorje, especialmente o livro de Michael Jones, "Medjugorje, uma história incompleta", e o do Pe. Sivric Ivan, que era professor na Pensilvânia, nativo de Medjugorje, que afirmava ser Medjugorje apenas uma imitação de Lourdes; e, ainda, o livro do grande adversário de Medjugorje, o Bispo Zanic, decidi que eu também escreveria sobre este assunto, uma vez que já tinha informações suficientes. Assim, visitei Medjugorje, em 1989, para saber mais, com os videntes e outras pessoas, pois buscava mais material que pudesse confrontar as "afirmações" dos opositores. Tinha que ser uma resposta aos três livros que citei, anteriormente. Foram impressas 3.000 cópias do livro e já está esgotado há tempo. O senhor acreditou de imediato? Devo dizer que não acreditei imediatamente 100%, mas estava aberto a observar este acontecimento. Questionava‐me como seria possível que as aparições acontecessem diariamente. Na verdade, havia lido sobre aparições na Igreja Católica e sabia que, em Lourdes, Nossa senhora apareceu dezoito vezes e em Fátima, seis vezes; contudo, em Medjugorje, aparece diariamente, e isso me intrigava. Todavia, as aparições sobrenaturais de Medjugorje, a cruz que gira, a palavra MIR, escrita no céu, a dança do Sol, demonstravam que Deus, através desses acontecimentos, dizia: "Não veem que Eu estou aqui?". Não tive mais dúvidas. Além disso, como disse Jesus que nós reconheceríamos a árvore pelos frutos; assim, ficou claro que Nossa Senhora está aqui, apesar da atitude negativa do Bispo. Devemos assumir o fenômeno como paranormal, uma vez que, até agora, não há explicação? Temos seis videntes que, no início, tinham aparições diárias. Quando eu estive na sala das aparições, pude observar que todos caíram, ao mesmo tempo, de joelhos, quando Nossa Senhora chegou. Eles pararam de rezar e vimos que estavam sussurando. se fosse uma única pessoa, poderíamos dizer que se tratasse de uma alucinação ou, até mesmo, uma farsa. Mas, segundo o psicologo, é impossível que seis jovens tenham, ao mesmo tempo, uma alucinação de cinco ou seis minutos: isso é um absurdo. Então, comecei a pensar nos fenômenos da parapsicologia que não se podem explicar. O Bispo zanic, não tendo como negar que algo de sobrenatural ocorria em Medjugorje, chegou a afirmar que aquilo era obra do demônio. Depois disso, o já falecido Pe. Ljudevit Rupcic, escreveu que este seria o maior milagre pois, neste caso, o diabo estaria convertido ou, de outra forma, não levaria tanta gente a comungar. Isso também é absurdo. Finalmente, vieram os Cientistas franceses, analisaram os videntes e escreveram um livro sobre a investigação médica de Medjugorje. Em 2005, retornaram, com equipamentos mais modernos e concluiram que, durante as aparições, os videntes estão completamente alheios à realidade. Não sentem nada, não veem nada, não é possivel acordá‐los, o cérebro permanece num estado de paz e meditação. Não há explicação científica para o que acontece naqueles poucos minutos de transe, de êxtase, de encontro com o sobrenatural. Como psiquiatras, podemos apenas afirmar que os videntes são pessoas normais. Como ocorre o contato entre os videntes e o sobrenatural, isso é inexplicável. O que o senhor acha da forma como foram conduzidas as investigações sobre os videntes? Sabemos que as primeiras investigações deixaram marcas no corpo de Vicka. Essa é uma abordagem correta? São métodos medievais. Naquele tempo, por meio desta análise, o Bispo não queria a verdade, e sim apenas dar a tudo uma conotação negativa. Os videntes decidiram perguntar a Nossa Senhora se eles deveriam fazer esses exames e Ela, pelo que me recordo, disse não serem necessários, mas que eles deveriam se decidir por si sós se queriam se submeter. E depois que eles se mostraram favoráveis aos exames e se submeteram‐nos, a Ciência comprovou a hipótese que não era fruto de imaginação e que, realmente, havia algo mas que não podia explicar, cientificamente. pelo que sei, este grupo de cientistas escreveu um livro e o enviaram ao Vaticano, o que, em 1985, refreou o Bispo local, em seus julgamentos negativos, levando‐o a solicitar à Conferência dos Bispos da ex‐Iugoslavia que criassem uma comissão, sob coordenação do Cardeal Kuharic, para investigar Medjugorje. O que o senhor pensa a respeito da reação do povo a esses acontecimentos? A Ciência não pode explicar as aparições. Ou se crê ou não se crê. A Igreja não nos pede para crermos nas aparições, mas precisamos estar abertos. Se observamos os videntes durante a aparição, e ouvimos o que descrevem, como se estivessem em outro mundo, e se observamos a quantidade de conversões, há o que se refletir. Como afirma Mirjana, durante a aparição, ela se esquece de suas duas filhas e do seu marido. Ela gostaria de ficar para sempre com Nossa Senhora, já no Céu. Quando Nossa Senhora parte, Mirjana chora de tristeza porque deve retornar à realidade deste mundo. Como a psiquiatria interpreta tudo isso? Eu diria que é uma experiência real que nós não vivemos e que só os videntes vivem. Na verdade, trata‐se de um carisma especial, um dom especial. Mas é interessante observar que, caso tenham que escolher entre Ela e a Santa Missa, Nossa Senhora os aconselha a escolherem a Santa Missa. Qual a diferença com uma alucinação? As alucinações são aparições psíquicas anormais e, se alguém tem alucinações, então está doente. Mas, nenhum paciente com problemas mentais sofre apenas de alucinações: toda a sua estrutura mental e psíquica está perturbada. A alucinação do paciente é apenas um sintoma da doença: o seu comportamento também não é racional, ou seja, sua mente está confusa. Contudo, os videntes são pessoas normais, que ficam em êxtase por cerca de cinco minutos ou pouco mais, conforme a duração da aparição mas, em relação ao resto, comportam‐se de modo perfeitamente normal. Ivan, por exemplo, estava comigo, em Saint Joseph, em 1991 e, à noite, por volta das 18h30 e, ao sentar‐se, senti que testemunharia uma aparição. Ele se levantou, ajoelhou‐se ao lado do sofá e começou a rezar, passou cinco minutos conversando com Nossa Senhora. Nós nos ajoelhamos ao seu lado. O que se pode dizer? Um Bispo me disse que Nossa Senhora vive na essência de Deus. Então, o espírito de Ivan se uniu ao de Nossa Senhora e ao de Deus, ou Nossa Senhora, realmente, estave no meu quarto? Não sabia o que pensar. Este dom que os videntes receberam é determinado ou qualquer um pode recebê‐lo? Creio que seja uma escolha de Deus. Quando eu conheci a Vicka,27 anos atrás, queria saber o que ela pensava de si mesma, do porquê havia sido escolhida. Ela me respondeu: "Nos também perguntamos isso a Nossa Senhora e Ela nos disse que nem sempre escolhe os melhores." Com isso, Nossa Senhora queria dizer que escolhe quem Ela quer e que os videntes não são diferentes das outras pessoas. E, pelo que sei, até hoje, eles são pessoas normais e simples. Têm fé e não há nada de mal a se dizer deles. Também não são Santos: isso compete a Deus decidir. Mas, em todos esses anos, permaneceram pessoas equilibradas, apesar de tudo o que poderia tê‐los levado a um caminho errado. Amadureceram e Nossa Senhora foi seu único mentor. O senhor acreditou mais como Cientista ou acreditou no que viu? Eu, primeiramente, acreditei. Esta é uma grande intervenção de Deus. Os Teólogos e outras pessoas que estudaram estes fenômenos sobrenaturais, pensam que são algo monumental, inexplicável, e realmente um grande presente para o povo croata, e que devemos aceitar. Albert Huber, que escreveu um livro sobre as aparições sobrenaturais na Igreja, desde o início, passou um mês em Medjugorje e, quando viu o que ocorria, escreveu o livro "Em defesa de Medjugorje". Segundo ele, acontece algo nunca visto antes, em qualquer outro lugar, desde a vinda de Jesus Cristo à Terra. O que se diz a respeito da posição da Igreja com relação às Aparições? A Igreja, ate onde sei, aceita as aparições, mas deixa à escolha dos fiéis aceitar ou não. Algumas aparições são privadas e não divulgadas. Outras são publicadas, como Lourdes ou Fátima, onde os videntes tiveram a missão de difundir as mensagens. As Aparições são Sinais dos Tempos? A maioria acredita que são 'Ssinais dos Tempos', principalmente aparições tão frequentes como em Medjugorje. Segundo as mensagens de Nossa Senhora, sabemos que essas são as últimas aparições e convida a todos à conversão do coração a Deus, seu Criador. Diz que Deus existe e que, sem a reconciliação do homem com Deus, o homem nunca encontrará a paz, nem em si mesmo, nem na família e no mundo. Se observamos o que ocorre hoje, no mundo, entendemos que estas mensagens são importantes e que devemos levá‐las a sério. O mundo de hoje seria espiritualmente mais pobre, se não houvesse Medjugorje? Certamente seria mais pobre, uma vez que já houve mais de 40 milhões de visitantes, até agora, em Medjugorje. Se cada um deles uma família com três ou quatro pessoas, podemos supor que 200 milhões de pessoas estiveram em contato com Medjugorje. E sabendo quantas conversões, quantas graças foram alcançadas, e tudo de bom que adveio de Medjugorje para milhares e milhares de pessoas, isto certamente é um inestimável dom de Deus para o mundo e para a igreja. Transcrito por Denis Cervinskis, da Revista 'Medjugorje ‐ um Convite à Oração', Edição Brasileira, nº 17, de 2011.