CEI descobrir 2014.15_web - Centro de Educação Integral
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CEI descobrir 2014.15_web - Centro de Educação Integral
descobrir índice 2 3 04 Editorial: Querer Crer – Ousa Lutar! 05 ATIVIDADES 33 06 Retrospetiva 2013 | 14 34 14 Separar e reciclar 43 Viagens Comenius 46 CADERNO DAS REFLEXÕES PERSPETIVAS “Let’s Reduce Our Ecological Footprint!” Experimentando… explorando… 16 “CEI em Cena!” – 3.º Concurso de Teatro 17 Prémio Dr. Marcelino Chaves 18 Assembleia de Jovens Escolhas (AJE) – III Encontro Nacional 47 Obstipação funcional na criança 19 Parlamento dos Jovens 49 Mãe, já sou crescido! 22 Troca de Saberes – Continuar a Crescer 50 Quando a criança não consegue estar atenta e concentrada Pedalar sem rodinhas 52 Teorema das Quatro Cores Constipações e vírus 23 Judo no CEI 53 CLIL no CEI 25 O Rugby no meio escolar 56 Literacia e inclusão financeira 26 Falas Mandarim? 57 Desafio à Escola! 28 Aprender a filosofar 58 Alimentação e segurança 30 English Summer Course – Stafford 59 Curso de Verão – Universidade do Minho 60 31 Finalistas do Ensino Profissional 32 Prémio Padre Nuno Burguete – Edição 2014 As empresas comunicam? “Construindo Afetividades – que caminhos?” 61 CRIATIVIDADES 62 Trabalhos de alunos 64 V Concurso de Poesia – Português | Línguas Estrangeiras 66 PERCURSOS NO CEI “O meu percurso no CEI!” 69 CEI… uma escola que nos acompanha pela vida fora! 70 CEI | Concurso Nacional de Acesso 2014 71 Plano anual de atividades 2014 | 15 72 FAMÍLIA DO CEI 2013 | 14 Querer Crer – Ousa Lutar! R econhecendo a mais-valia do Centro de Educação Integral enquanto instituição de for- mação e educação que aposta na excelência da sua ação educativa, reforçamos agora a nossa missão ao propormos o projeto curricular para o ano letivo 2014 | 2015, o qual parte do princípio que esteve na origem deste projeto há 25 anos, a certeza de que queremos ser uma verdadeira Escola para a Vida! Queremos continuar a distinguirmo-nos dos demais porque apostamos claramente numa abordagem holística da educação, na qual o aluno se desenvolve integralmente enquanto ser humano físico, intelectual, social e emocional. Desta forma, é nosso objetivo dotar cada aluno de ferramentas que lhe permitam assumir-se inequívoca e responsavelmente enquanto protagonista do seu percurso, na escola e na vida! Assim, determinamos as seguintes prioridades no projeto curricular para o ano letivo 2014 | 2015: · promover em cada aluno o autoconhecimento, suas potencialidades e limitações através de uma reflexão conjunta e comprometida com a família e a escola (PDA); · estimular o desejo de autossuperação do aluno numa perspetiva informada e consciente, fundada nos valores da autonomia, trabalho, esforço e responsabilidade; · fomentar o sonho, a curiosidade e a ambição norteada por objetivos reais e concretos; · desenvolver no aluno e sua família o gosto e a vontade de descobrir, pensar, experienciar e vivenciar o conhecimento, tornando mais significativas todas as aprendizagens; · impulsionar uma maior abertura ao mundo e à comunidade envolvente pela participação em projetos que visem o espírito de equipa, a partilha e cooperação com o Outro. Estes são os princípios que irão nortear a nossa ação educativa neste ano letivo que agora se inicia e exortamos toda a nossa equipa docente, discente e suas famílias a juntar-se a nós neste projeto arrojado e audaz que uma vez mais se destaca pela sua liderança, energia e empreendedorismo! Bom ano 2014.15 • Joaquim Valente | Diretor do CEI descobrir editorial Editorial 4 5 atividades descobrir atividades 6 7 Retrospetiva 2013·14 Comemoração dos 25 Anos do Centro de Educação Integral cesso, ancorando-se em valores fundamentais como a solida- INAUGURAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS valores da família e na busca de uma educação integral. Referiu – PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO E INSTALAÇÕES AO AR LIVRE também que o ensino privado constitui-se como uma mais-va- riedade, a justiça e a verdade, entre outros. Acima de tudo, nos lia, permitido por lei e necessário à sociedade. É frequentemenNo passado dia 5 de setembro, tiveram início as comemorações te um laboratório de experiências pedagógicas que pode enri- dos 25 anos do Centro de Educação Integral. Pais, alunos, pro- quecer o ensino ministrado nas escolas do Estado. Aliás, o fessores e várias outras entidades estiveram presentes para, Estado não pode deter o monopólio do ensino em Portugal. em conjunto com a Direção desta escola, celebrarem esta data. Além disso, os impostos pagos pelos pais que optam pelas escolas do ensino particular, pagos por estas escolas, pagos pelos Pelas 17.30h, realizou-se no renovado auditório uma Eucaristia trabalhadores e os gastos que o Estado evita com os alunos que de ação de graças presidida pelo pároco de S. João da Madeira, as frequentam deveriam fazer com que o Estado olhasse estas Pe. Domingos Milheiro, coadjuvado pelo Rev. Pe. Valente de Ma- instituições de outra forma. tos. Participaram e alegraram esta celebração muitos alunos, Na sua intervenção, o Professor Doutor Joaquim Azevedo optou pais, professores e amigos desta instituição. Foi uma oportuni- por destacar a ideia de liberdade. No seu entender, vivemos num dade para agradecer a Deus a inspiração e a tenacidade neces- país que não gosta de liberdade e, por isso, vale a pena celebrar sárias para iniciar e dar continuidade a este projeto escolar que estes projetos porque eles valorizam a liberdade. Na generali- se desenvolve desde 1988. Foi nesse sentido a intervenção do dade, as escolas particulares têm gestão muito clara, têm estru- Rev. Pe. Valente que destacou a capacidade de sonhar e de im- tura, têm valores e por isso são projetos louváveis e de existên- plementar a par da austeridade e do rigor do diretor e fundador cia inquestionável. No seu entender, a dificuldade de afirmação do CEI, Dr. Joaquim Valente. destes projetos passa também por se ter enraizado no país a Terminada a Eucaristia, foram os convidados conduzidos ao ideia perversa de que o que é bom é público e o que é privado átrio do bloco de aulas, onde decorreu a cerimónia protocolar é mau. Mas, na verdade, os pais e os alunos são público e o que que contou com as intervenções do Professor Doutor Joaquim se faz nestas escolas é serviço público de qualidade, devidamen- Azevedo, Professora Doutora Lurdes Veríssimo, Pe. Domingos te enquadrado na legislação em vigor que, contudo, se torna, Milheiro, Dr. António Sarmento, Doutor Rodrigo Queirós e Melo, frequentemente, um obstáculo à salutar liberdade e autonomia Eng. Ricardo Figueiredo, presidente da Câmara Municipal, para destes projetos educativos. além de outras entidades presentes. A Professora Doutora Lurdes Veríssimo, professora da UCP, des- Os filhos dos diretores do CEI, Ana Lúcia, Isabel, Francisco e Ja- tacou na sua comunicação a relação família/escola. Usou, para cinta, conduziram os trabalhos que iniciaram com uma interven- ilustrar, a metáfora do barco para se referir ao processo de edu- ção onde procuraram destacar a alegria do percurso feito pela cação de um aluno. Nesse sentido, será bom que os remos que escola que eles frequentaram desde a sua fundação. o orientam, a família e a escola, colaborem entre si, tenham ob- Interveio, de seguida, o diretor do CEI que sublinhou a ideia de jetivos comuns. É muito importante, pois, que a participação da que o CEI continua a trabalhar com dedicação em busca do su- família nunca deixe de existir. É preciso que esteja na escola sempre e de forma adequada, ao contrário do que comummente dade de ensinar e de aprender. Por isso, deu os parabéns aos acontece, muito presente nos primeiros anos de escolaridade e pais, aos professores, aos alunos e aos diretores pelo trabalho praticamente ausente nos seguintes. Para que tal não aconteça, realizado ao longo destes 25 anos de existência. sugeriu que as escolas promovam a formação de pais. Terminou com a notícia da aprovação em Conselho de Ministros Destacou de seguida alguns fatores que matam a escola e que do Novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo que prevê facilitam a escola. No primeiro caso, mata a escola a desautori- alterações importantes quer para as escolas, quer para as famí- zação mútua, os “complicómetros”, tantas vezes ativados que lias que optam por este ensino. de uma lado, quer de outro, e o contacto só quando há proble- Por último interveio o Eng. Ricardo Figueiredo, presidente da mas. No segundo, facilita a escola a promoção dos contactos Câmara Municipal de S. João da Madeira, referindo que o CEI é personalizados e a capacidade de trocar de papéis. Quando nos fonte de orgulho para a cidade e para a região. Considerou esta pomos no lugar do outro, podemos ver o problema de outra for- instituição como um magnífico exemplo de empreendedorismo ma e encontrar uma solução mais sábia. E terminou com uma que se traduz em serviço público e que enobrece a família que sugestão: e porque não habituarmo-nos a saborear o que há de o lidera. Constitui, por isso, um excelente contributo para a qua- bom na escola. lidade da educação promovida pelas escolas do concelho. O Rev. Pe. Domingos Milheiro destacou algumas ideias que con- Esta cerimónia terminou com o lançamento da revista evocativa siderou pertinentes em matéria de educação. Em primeiro lugar, 25 anos do CEI, cuja coordenação esteve a cargo do Eng. Fran- afirmou que a educação é boa para o futuro. Não uma educação cisco Jacinto e do Dr. Antero Afonso, e com o descerramento da qualquer mas uma educação baseada na família, nos valores da obra em azulejo da autoria do designer Carlos Soeira. família, possível em pequenos grupos, porque dessa forma se Com a chegada do Secretário de Estado do Desenvolvimento Re- cuidam melhor os valores. Os grandes agrupamentos, as turmas gional, Dr. Castro Almeida, às instalações do CEI procedeu-se de com elevado número de alunos não favorecem a educação que imediato à inauguração do pavilhão gimnodesportivo e dos ou- promove os valores. Promovem um ensino de massas, sem ros- tros espaços desportivos envolventes. to e sem valores. E sublinhou, neste ponto, a difícil tarefa dos Depois do jantar volante, decorreram as atividades previstas no professores cujo sofrimento, motivado pela dificuldade de en- pavilhão. Participaram vários grupos de alunos com números de sinar neste contexto, destacou. ginástica e dança. Por fim, a convite do CEI, equipa de juvenis Afirmou que a fé é a luz de que mais precisamos, alegando que feminino de Desporto Escolar campeã mundial pela FISEC (Fé- o Homem não tem capacidade de ser a luz de que precisa e que dération Internationale Sportive de l’Enseignement Catholique) procura. As respostas para as perguntas fundamentais esca- fez uma demonstração de vólei que impressionou pela qualida- pam ao homem que não descansará enquanto não as procurar de técnica demonstrada. em Deus. E será deste encontro que nascerá a esperança que / Jaime Ribeiro | Coordenador do 2.º, 3.º Ciclos e Ensino Secundário tanta falta faz. Por isso, terminou, dizendo que educar é uma grande missão. Seguiu-se a intervenção do Dr. António Sarmento, presidente da AEEP, que destacou o papel desta escola ao serviço da liber- descobrir atividades 8 9 Mais pequenos disfarçados… cidades e qualidades artísticas através do movimento corporal. Este ano, os nossos meninos da Creche tiveram algumas opor- Como não poderia faltar, o coro do CEI ajudou a abrilhantar esta tunidades de se disfarçarem. festa através de melodiosas e apropriadas canções. Como aconteceu durante o Halloween. Os nossos pequenos para / Professores | 1.º Ciclo além de se terem esforçado para decorar e tornar a nossa creche ainda mais bonita e acolhedora, vestiram-se a rigor. Que di- O “Guarda-Vento” e “Carecada” vertidos e bonitos ficamos todos. Ao longo do presente ano letivo, foram desenvolvidas várias ati- / Educadoras | Creche vidades no âmbito do clube de teatro. A salientar a peça de tea- Isabel Alçada no CEI “O Guarda-Vento” da autoria de António Torrado foi levado a ce- No dia 6 de dezembro, sexta-feira, os alunos do Centro de Edu- na na festa de Natal por alunos do Ensino Secundário. Uma co- cação Integral tiveram a oportunidade de conhecer a escritora média hilariante que divertiu o público que nessa noite se jun- Isabel Alçada. tou no auditório do CEI. Esta representação foi preparada ao A iniciativa estava integrada na Feira do Livro, a decorrer na Bi- longo de todo o primeiro período com três sessões de trabalho blioteca da escola, de 2 a 13 de dezembro. semanais e, por isso, é de louvar a entrega destes alunos que Os alunos do Pré-Escolar, dos 1.º e 2.º Ciclos estudaram uma obra se entregaram com esforço a este projeto. De destacar ainda a da autora na sala de aula. colaboração de vários professores que tornaram possíveis as A Dra. Isabel Alçada partilhou como surgem os temas e como várias linguagens que em teatro são fundamentais e que o tor- desenvolve as histórias, em conjunto com a escritora Ana Maria nam mais expressivo e mais belo: a caracterização, a luz, o som, Magalhães. os adereços, os cenários, o guarda-roupa, a música. A autora divulgou o seu novo livro “A Bruxa Cartuxa na Floresta Devo referir ainda que, a partir de janeiro, o clube de teatro dos Segredos”, da Editora Caminho e ensinou aos alunos os fei- continuou em funcionamento com alunos do oitavo ano de es- tiços da “Bruxa Cartuxa”. colaridade. Nos encontros semanais, foram lidos vários textos O encontro terminou com uma sessão de autógrafos. dramáticos e realizados vários exercícios a partir deles. Por es- / Alunos | Pré-Escolar, 1.º e 2.º Ciclos colha dos alunos, foi preparada a peça de teatro “Carecada”, tro “O Guarda-Vento” e o 3.º Concurso de Teatro “Cei em Cena”. uma adaptação da obra “A Cantora Careca” de Eugène Ionesco, Festa de Natal e apresentada aos pais no dia 13 de junho passado. No dia 13 de dezembro de 2013, o CEI organizou a já tradicional / Jaime Ribeiro | Professor de Português Festa de Natal. Pelas 19 horas, decorreu uma ceia para alunos e professores, on- O Natal no Pré-Escolar de todos conviveram dentro do espírito da época. Entre 9 e 12 de dezembro, os alunos do Pré-Escolar viveram Na festa propriamente dita, cada turma do 1.º Ciclo dramatizou mais intensamente a época natalícia, tendo experimentado di- uma cena, ensaiada durante as semanas anteriores nas aulas ferentes atividades ao longo desta semana, plena de diversão de Dança. Foi uma maneira de todos expressarem as suas capa- e surpresas com cheirinho a Natal. Com efeito, escreveram a sua carta ao Pai Natal e levaram-na famílias. Cada participante transfigurou-se, mascarando-se de aos Correios, assegurando desta forma que este receberia os idoso e desempenhando esse papel ao longo de todo o desfile. seus pedidos. No dia seguinte, visitaram o presépio interativo Foi uma manhã de boa disposição tanto para os participantes construído pela Fábrica de Malas “Cavalinho” que é já uma tra- como para toda a multidão que assistiu ao desfile. dição dinamizada todos os anos pela própria empresa. Já no dia 28 de fevereiro, cada aluno do 1.º Ciclo pôde vir mas- Para além disso, pequenos e graúdos puderam ainda assistir à carado para a escola com a fantasia que mais gostava. Muitos peça de teatro “As respostas a todas as perguntas” levada a ce- imitaram os seus heróis e outras viveram o seu dia de princesa. na pela Companhia de Teatro em Caixa que a todos fez rir e pen- Todos se divertiram à grande durante um dia virado mais para sar. No dia seguinte, puderam ouvir a leitura comentada da his- a brincadeira! tória “Saber Olhar” escrita pela professora do CEI, Inês Cruz. / Alunos | 1.º Ciclo Finalmente, já no final da semana, os alunos foram ao cinema assistir ao filme “Frozen”, que a todos encantou e maravilhou. O dia do Pai e da Mãe Gostaríamos ainda de salientar a forma simpática, prestável Como sempre, comemoramos os dias do pai e da mãe na nossa com que fomos recebidos em todos os locais por nós visitados creche, porque, apesar de sermos pequeninos, queríamos mos- ao longo desta semana. trar o muito que adoramos os nossos papás e mamãs. A felicidade e alegria foram uma constante nas nossas crianças! Para o nosso papá esforçamo-nos por decorar com todo o nosso / Educadoras | Pré-Escolar amor a nossa creche e as nossas salinhas e claro que preparamos uma bela surpresa. Depois de um belo abraço, demos-lhe O Carnaval uma pequena escovinha personalizada para manter os seus sa- Outro dia memorável foi o nosso Carnaval, tendo por tema os patos sempre brilhantes. Que contentes e babados ficaram os nomes das nossas salinhas, os nossos meninos disfarçaram-se nossos papás. de abelhinhas, joaninhas, galinhinhas e pinguins. Mas o dia da nossa mamã não ficou para trás. Para além de de- Que divertido que foi desfilar pela escola atirando serpentinas corarmos as nossas salinhas e creche, pintamos-lhe uma linda e brincando com os alunos mais velhos. pega que ficou uma bela obra de arte. No final pudemos assistir E no final não podia faltar o grande baile de Carnaval, no qual a uma eucaristia celebrada na nossa escola e dedicada a todas até a dança do pinguim se fez ouvir e na qual todos participa- as mães, durante a qual surgiram algumas surpresas como apre- mos divertidos. sentações fotográficas e lindíssimas flores. / Educadoras | Creche Mas a mensagem essencial era uma apenas “Adoro-te papá, adoro-te mamã”. Carnaval das Escolas No dia 22 de fevereiro, os alunos dos diferentes ciclos participaram no desfile do Carnaval das Escolas de São João da Madeira. O tema desta edição foi o Ano Internacional da Família. Pegando nesta ideia, procurámos valorizar o papel que os avós têm nas / Educadoras | Creche descobrir atividades 10 11 Dia da Mãe O nosso muito obrigado e um sorriso de esperança para que o fu- CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA NO CEI ASSINALA O DIA DA MÃE turo da humanidade não se esqueça que do coração de uma mãe No dia 30 de abril, o CEI convidou os alunos e os seus familiares nasce a renovação e a esperança de num mundo melhor.” e amigos, especialmente as mães e as avós, para uma celebra- / Rita Sanches, Sofia Neves e Adriana Almeida | 10.º ano ção eucarística realizada no auditório desta escola e presidida pelo Rev. Pe. Domingos Milheiro. Participação nas Olimpíadas da Química E foram muitas as famílias que compareceram e participaram No dia 5 de abril de 2014, as alunas Ana Francisca Cunha e Filipa nesta Eucaristia que assinalou a importância do papel da mãe Ermelinda Teixeira da turma do 8.º ano e a aluna Eduarda Oli- na família. Nas palavras do Pe. Domingos, são elas, em conjunto veira da turma do 9.º ano participaram na fase regional das com os pais, que educam, que conduzem os filhos ao longo do Olimpíadas da Química júnior na universidade de Aveiro. As alu- seu crescimento, onde a presença do “não” é fundamental para nas, durante a manhã e parte da tarde, responderam, em equi- se estabelecerem limites e desenvolver a capacidade de resistir pa, a um conjunto de questões com base em observações em à adversidade. Lembrou também o papel da mãe na manutenção laboratório (observações de materiais e equipamentos, e expe- de um ambiente familiar afável, equilibrado, onde as crianças riências), e a questões apresentadas sob a forma de charadas, se sintam acolhidas e valorizadas. É que, como afirmava, há puzzles, jogos de pistas e demonstrações, com base no progra- crianças que raramente ouvem um elogio dos pais que, pelo con- ma de Ciências Físico-Químicas do 3.º Ciclo. No final da tarde, trário, lhes marcam constantemente as fragilidades. Um am- as alunas assistiram a um espetáculo de Química, realizado por biente familiar onde o diálogo é possível foi outro pilar funda- professores da universidade, com experiências laboratoriais mental lembrado e que poderá ser potencializado pelas mães muito divertidas. que forem capazes de criar em casa condições para que tal acon- A participação neste tipo de atividades é uma mais valia para teça, desligando do trabalho e dos meios de comunicação que as alunas pois permite que apliquem, fora da sala de aula, os são constantemente um obstáculo neste domínio. conteúdos adquiridos, desperta o interesse pela química cati- A Eucaristia foi animada por um coro constituído por professo- vando as alunas para a área das ciências/tecnologias e para além res e alunos desta escola e terminou com um gesto carinhoso: disso permite o contacto com outros alunos de outras escolas. os alunos entregaram uma flor a todas as mães presentes. / Susana Ferreira | Professora de Física e Química Segue oração de louvor preparada por alunas do 10.º ano: DELF Scolaire “Neste dia especial, damos graças pelo dom que são as nossas CERTIFICAÇÃO AO NÍVEL DA LÍNGUA FRANCESA mães, sempre prontas, à imagem de Maria, a amparar-nos e a su- No dia 8 de maio, os alunos António Macedo, Eduarda Carvalho, portar com a sua paciência as nossas desventuras. João Apolinário e Luís Milhinha, do 9.º A, deslocaram-se à Escola Senhor, nós te agradecemos pela sua presença constante, pela Bento de Carqueja, para a realização do exame do DELF Scolaire, sua paciência diária, pela sua sabedoria, pelas lágrimas derrama- nível A1. Este diploma é emitido pelo Ministério Francês da Edu- das, pela sua prontidão em escutar-nos, pelo seu colo e por serem cação e certifica as competências em Francês, de acordo com capazes de tudo dar sem nada esperar em troca. os níveis definidos no Conselho da Europa para as línguas, ex- plicitados no Quadro Europeu Comum de Referência para as lín- Dia da Criança guas estrangeiras. Este diploma é uma mais-valia para o aluno Este ano no dia da criança tivemos uma visita muito especial. que o poderá utilizar ao longo da vida. O nosso amigo, o palhaço Troloró, veio visitar-nos e trouxe con- Os nossos alunos demonstraram uma grande capacidade de co- sigo muita alegria e surpresas. municação e provaram todo o empenho, trabalho e dedicação, Uma das mais divertidas foi com certeza o grande insuflável. com excelentes resultados. Que divertido foi vê-lo encher e depois explorá-lo livremente. / Maria João Coimbra | Professora de Português O nosso amigo, o palhaço Troloró, não queria que o receássemos e por isso, deixou-nos participar no seu processo de transfor- Espetáculo “O Segredo da Floresta” trouxe magia ao CEI! mação: vê-lo a vestir-se, ajudá-lo a pintar-se foi muito diverti- No passado dia 9 de maio, o CEI foi palco do espetáculo “O Se- nos pintarem e fazer modelagem de balões. gredo da Floresta” da autoria de Margarida Fonseca Santos, le- Mas não foi só o Troloró que trouxe surpresas. Os nossos meni- vado a cena pelos alunos do Pré-Escolar, 1.º Ciclo e alunos do En- nos também prepararam uma rica surpresa para os papás e apre- sino Vocacional da Dança, o qual funciona no colégio em parceria sentaram uma bela canção, com a qual todos encantaram. com a Escola de Dança Ginasiano de Vila Nova de Gaia. / Educadoras | Creche do. Para ajudar na festa, o Troloró até trouxe duas amigas para Com efeito, todos os pais e encarregados de educação foram convidados a assistir a este musical infantil preparado pelos grupos Festa de fim do ano de música e dança do CEI, do qual se destacou a alegria, a cor e Chegou o dia da tão desejada festa de fim do ano inserida na toda a dedicação dos alunos que cantaram, dançaram e dramati- Feira Medieval em que toda a escola participa. Os meninos e zaram o conto que a todos deixou encantados. Para além disso, meninas do Pré-Escolar tiveram um dia atarefado mas muito di- puderam demonstrar as técnicas e as competências adquiridas vertido e compensador. ao longo do ano nas disciplinas de dança, expressão dramática, De manhã, mostraram as suas habilidades nas modalidades de coro e música, bem como a forma como estas se articulam para ginástica e judo. Na parte da tarde, fizeram brilhar no palco a transmitir significados e, mais especificamente, sentimentos en- peça “O Fundo do Mar” onde as crianças de 3, 4 e 5 anos repre- cadeados numa narrativa simples, mas plena de sentido. sentaram diferentes personagens e coreografias. No fim, os Foram momentos que buscaram não só a diversão e a fruição aplausos e uma plateia em pé, muito orgulhosa e feliz. cultural e artística, mas também a reflexão sobre o que é ver- / Educadoras | Pré-Escolar dadeiramente importante nas relações interpessoais – a amizade, o respeito, a alegria e, sobretudo, o saber ouvir! Foi também notória a organização, a cooperação e a entrega de professores, educadores, e outros funcionários que em conjunto trabalharam para levar a cena este musical infantil. A todos eles o nosso obrigado! / Isabel Valente | Professora do Coro do CEI descobrir atividades 12 13 Passeio de fim do ano pressionante, onde visitámos o Panteão da Dinastia de Avis e o Este ano o nosso passeio foi até ao parque de diversões “Ma- Túmulo do Soldado Desconhecido, na Casa do Capítulo. Aí, as- gikland” em Penafiel. Saímos bem cedo da escola, dizendo sistimos ao “render da guarda”. adeus aos pais e felizes com o dia que íamos passar. No final, rumamos até à escola, mas com uma paragem para A chegada foi entusiasta e assim que deixamos as mochilas no lanchar. Apesar da chuva, foi um dia muito divertido! local do piquenique, fomos à descoberta das diversões. Desde / Alunos | I Ciclo os carrinhos de choque, os aviões, camiões e os carrocéis das princesas, passando pelo parque dos dinossauros, o navio pirata, Visita de estudo à Ilha dos Puxadoiros a mini roda, o elevador e até a casa assombrada, experimenta- No dia 11 de junho, os alunos do sétimo ano visitaram a Ilha dos mos ao máximo e repetimos o que mais gostamos. O piquenique Puxadoiros, em Aveiro, no âmbito das disciplinas de Ciências Fí- que os pais prepararam fez-nos reabastecer energias bem como sico-Químicas e de Ciências Naturais. o gelado que comemos antes de vir embora. Foi um dia com ex- A visita iniciou-se pela viagem de moliceiro desde Aveiro até à periências novas e muito divertido. Ilha dos Puxadoiros, sempre acompanhados por dois guias es- Regressamos à escola com a vontade de contar aos pais tudo o pecializados, onde os alunos puderam observar a fauna e a flora que fizemos. típicas da ilha e da Ria de Aveiro bem como aprender como é / Educadoras | Pré-Escolar feita a safra tradicional do sal. Na Ilha dos Puxadoiros foi possível verificar que a produção Passeio escolar do 1.º Ciclo do sal ainda é feita segundo a tradição aveirense, mas tendo CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA BATALHA DE ALJUBARROTA em conta uma consciência ecológica e científica das proprie- E MOSTEIRO DA BATALHA dades do sal. Além do sal comum, nesta ilha também se produz No dia seis de junho, realizou-se o passeio escolar do 1.º Ciclo. flor-de-sal e salicórnia (Salicornia ramosíssima). Durante o per- Saímos às oito horas e trinta minutos na direção da Batalha, curso, os alunos puderam visualizar parte da extração do sal e tendo parado a meio para lanchar. No centro de Interpretação os guias puderam esclarecer a diferença entre o sal comum e da Batalha de Aljubarrota (CIBA), situado na povoação de São a flor-de-sal bem como mostrar e dar a provar a salicórnia. Es- Jorge, freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, ta última, também conhecida como “espargo do mar”, é uma distrito de Leiria (www.fundacao-aljubarrota.pt), pudemos com- planta halófita que possui características muito interessantes preender o motivo dessa batalha e como ela se desenrolou as- para a culinária pois o seu sabor salgado evita a utilização de sistindo a um filme que era projetado num cenário 3D. No final, sal na comida. aproveitámos os espaços envolventes, Parque de Merendas e Esta ilha, com cerca de 40 hectares, faz parte de um conjunto o Parque de Engenhos Medievais, para fazer um piquenique e de 8 marinhas mas apenas esta (Puxadoiros) está ativa, sendo brincar na hora do almoço. um ótimo exemplo de como é possível conciliar a atividade hu- Depois, seguimos para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, vul- mana com a conservação da natureza, mostrando-se como um garmente conhecido como Mosteiro da Batalha. Uma obra im- local repleto de biodiversidade. Ao longo da visita, os guias foram conversando, de forma mais Marchas Populares informal com os alunos, sobre algumas curiosidades e respon- No dia 20 de junho os alunos dos diferentes ciclos tiveram opor- dendo a questões que estes iam colocando o que tornou esta tunidade de, mais uma vez, e com muita alegria, participar no visita ainda mais rica e do agrado de todos. desfile das Marchas das Escolas de São João da Madeira, que / Susana Ferreira, Isabel Dias e Carla Monteiro | Professoras decorreram nas ruas da cidade e no seu Jardim Municipal. Foi uma noite de boa disposição para todos, onde os alunos ti- Campo de Férias do CEI veram oportunidade de mostrar as coreografias que ensaiaram Do dia 16 de junho a 31 de julho, decorreu o Campo de Férias do e os fatos confeccionados com muito gosto e dedicação. A sua CEI. Durante estas semanas os alunos a partir do 1.º Ciclo pude- participação foi bastante aplaudida e elogiada pela multidão. ram participar em diferentes atividades lúdicas, desportivas e / Professores | 1.º Ciclo académicas. O Campo de Férias iniciou-se com duas semanas em que os alunos foram, na parte da manhã, para a praia e, na parte da tarde, realizaram outras atividades. Algumas destas atividades decorreram nas nossas renovadas instalações (atividades desportivas, entre elas a natação, informática, jogos de tabuleiro, experiências de laboratório, estudo, cinema, jogos em inglês, culinária, karaoke, etc.), mas houve, igualmente, oportunidade de efetuar algumas saídas: ao Parque do Rio Ul, às piscinas municipais, ao Parque Temático Molinológico de Ul, ao Zoo de Lourosa, ao Museu da Chapelaria, entre outras. Foram semanas de muita animação em que os alunos dos diferentes ciclos conviveram entre eles. / Professores | 1.º Ciclo descobrir atividades 14 15 Separar e reciclar 100% RESÍDUOS COM O 6.º ANO N o âmbito dos projetos “100% resíduos” e “Comenius”, os alunos do 6.º ano puseram mãos à obra e, ao longo do ano letivo, realizaram um árduo trabalho que visou promover a recolha e separação de tampinhas de plástico, rolhas de cortiça, óleos e papel e posterior encaminhamento correto para reciclagem dos resíduos. Outros objetivos foram também definidos: compreender que os resíduos são matéria-prima em muitos processos de fabrico e sensibilizar e dotar os alunos de conhecimentos para que possam ser consumidores mais “ecológicos” e responsáveis. Neste projeto essencialmente de caráter ambiental, não foi esquecida a dimensão social, importante no desenvolvimento integral dos nossos alunos. Recolheram-se cerca de duas toneladas de papel, entregues à Associação “Casa Fiz do Mundo” com sede em Carregosa. O valor angariado com a entrega para reciclagem deste papel reverteu a favor da Missão Humanitária que realizam em S. Tomé e Príncipe junto de crianças e famílias desfavorecidas. • Esmeralda Pinto | Professora de Ciências da Natureza Experimentando… explorando… ASSIM SE FAZ CIÊNCIA! No ano letivo transato, o João e o Henrique, na altura alunos do 6.º ano, encantaram os mais pequenos com algumas expe- N o processo de ensino/aprendizagem das ciências fica cada vez mais claro o papel do “experimentar” como forma de riências que, para além de muito bem preparadas, permitiram obter resultados que muito surpreenderam os alunos do 4.º e 5.º anos e promoveram a transversalidade entre ciclos e o desenvolvimento de competências de comunicação. atingir de forma mais profícua o seu objetivo. Experimentar, por Ao efetuar uma análise ao trabalho desenvolvido o João afir- si só, não é sinónimo de plena aquisição de conhecimento, mas mou: “Senti um orgulho enorme durante a realização das expe- é parte integrante da formação no âmbito científico. riências, pois vi que os meus colegas estavam a adorar e era vi- A realização de atividades experimentais visam despertar a curiosidade sobre o mundo envolvente, observar, questionar, in- sível nas expressões das suas caras a vontade de participar. Eles estavam espantados e queriam saber como se fazia. terpretar resultados e tirar conclusões a partir dos mesmos, pro- Para além disso, aprendi muito: fiquei a saber que na realiza- mover a aquisição de competências de manuseamento de ma- ção de algumas experiências, necessitamos da ajuda dos adul- teriais laboratoriais, entre outros aspetos. tos, porque estas podem ser perigosas; percebi que é funda- “fiquei a saber que na realização de algumas experiências, necessitamos da ajuda dos adultos, porque estas podem ser perigosas” mental praticar muitas vezes antes de apresentar uma expe- social e cognitivo. Para que tal aconteça, acreditamos que cabe riência, para conseguir fazê-la sozinho e obter o resultado es- à escola o papel de “levar” os pais para dentro da realidade edu- perado, e foi interessante descobrir e observar as reações que cativa dos seus educandos, envolvendo-os ativamente nas di- ocorrem ao misturar vários reagentes.” versas atividades/projetos contemplados, quer no Projeto Cur- O Henrique salientou que “Este projeto tornou-se interessan- ricular de Turma quer no Plano Anual de Atividades. Ter a te logo no primeiro momento, porque sempre tive curiosidade oportunidade de acompanhar o desenvolvimento da atividade em pesquisar experiências no Youtube. O mais difícil foi esco- em que o nosso filho e o João dinamizaram neste projeto, foi lher as experiências que devíamos apresentar, pois queríamos uma experiência que nos proporcionou momentos de alegria e muito que a turma ficasse a gostar tanto destas atividades co- encanto, porque todo o empenho, dedicação e entusiasmo, mo nós. Depois de experimentarmos muitas delas decidimos, acompanhados de uma atitude responsável, desde a preparação com a ajuda dos nossos pais, escolher três, e o resultado final da atividade até ao tão esperado momento da sua realização, não podia ser melhor. Fiquei muito contente por sentir que con- fez-se refletir na forma como eles e os seus pares se envolve- segui fazer a apresentação sem estar muito nervoso, e isso aju- ram no papel de pequenos cientistas neste dia especial… dou a que os meus colegas se interessassem pelas nossas experiências divertidas e saborosas.” Para os pais destes alunos, este desafio também foi muito enriquecedor, tal como comprovam as palavras da mãe do João: Assim, resta acrescentar que iniciativas destas devem ser sempre fomentadas, pois são uma excelente forma de motivar os alunos para a aprendizagem, aumentando a sua autoestima e o gosto pelo saber…”. “O trabalho feito pelos nossos filhos foi muito compensador. Foi “Professora, hoje vamos ao laboratório?” – Esta é a pergunta fascinante vê-los envolvidos na pesquisa e na preparação da que não falta em cada início de aula, na disciplina de ciências apresentação. Numa fase inicial, foi necessário orientá-los, no da natureza. É grande o fascínio que esta “visita” desperta e, entanto, eles depressa mostraram todo o interesse em serem por isso, durante este ano letivo os alunos do 5.º ano puderam autónomos na apresentação do trabalho. Foi muito gratificante concretizá-las em diversas atividades. observar o sentido de responsabilidade e o entusiasmo deles. Em relação aos alunos do 6.º ano, em vários momentos, o grau Considero que o resultado final foi um sucesso e foi com grande de exigência foi maior com alguns alunos a serem preparados satisfação que constatei que os nossos meninos conseguiram para poderem, eles próprios, orientar algumas atividades expe- envolver ativamente todos os colegas e despertar-lhes a curio- rimentais. sidade para o mundo da ciência”. Na perspetiva dos pais do Henrique, “Esta vivência, e tantas outras que surgirão ao longo do processo educativo dos nossos filhos, constituirão sempre um desafio, um conjunto de experiências enriquecedoras para o seu desenvolvimento pessoal, Autonomia e responsabilidade foram outras competências desenvolvidas com este trabalho. Este envolvimento professor/aluno/família que tem sido algo que nos permite concluir que vale a pena continuar. • Esmeralda Pinto | Professora de Ciências da Natureza descobrir atividades 16 17 •••••• 92 (…) Disse alegre o piloto Melindano: «Terra é de Calecu, se não me engano; 93 Esta é, por certo, a terra que buscais Da verdadeira Índia, que aparece; E se do mundo mais não desejais, Vosso trabalho longo aqui fenece.» Sofrer aqui não pôde o Gama mais, De ledo em ver que a terra se conhece: Os geolhos no chão, as mãos ao Céu, A mercê grande a Deus agardeceo. Luís de Camões | Os Lusíadas, Canto VI “CEI em Cena!” 3.º CONCURSO DE TEATRO A edição 2014 do Concurso de Teatro “CEI em Cena!” contou com a inscrição de seis grupos, três do ensino básico (5.º, 7.º e 8.º anos) e três do Ensino Secundário (CPR4,6,8; CPC1; CPC5). A desafiá-los os Cantos V e VI da obra-prima “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões. Pretendia-se que os alunos revisitassem este texto que tão bem captou a natureza do povo português, narrando factos que o imortalizaram suportados por valores que ainda hoje é possível levantar bem alto. As peças foram apresentadas na manhã do passado dia 23 de maio, no auditório do CEI, em duas sessões, uma às 10.00h e outra às 12.00h. No palco, os alunos recontaram de forma criativa o medo, os perigos ultrapassados e a alegria da descoberta de terras africanas e indianas. Reconstruiram “Adamastor”, um monstro que representa os obstáculos e que só pôde ser vencido pela coragem. Imitaram “Veloso”, um marinheiro divertido e fanfarrão. Evocaram Vasco da Gama, o capitão que simboliza a ousadia e a vontade dos portugueses. Todos estão de parabéns pelo empenho e pela criatividade! Os alunos que participaram nas peças vencedoras, “Ir mais além”, 7.º ano, e “Adamastor”, CPC1, terão oportunidade de assistir gratuitamente, logo que possível, a um espectáculo teatral. Para o próximo ano letivo voltaremos ao trabalho no clube de teatro. Até lá! • Jaime Ribeiro | Professor de Português Prémio Dr. Marcelino Chaves DISTINGUE ALUNO DO CEI! O prémio anual Dr. Marcelino Chaves permite distinguir os três melhores alunos, na disciplina de Física e Química, das escolas de São João da Madeira. Por conseguinte, no dia 8 de junho foi entregue o primeiro prémio durante o evento Cidade no Jardim ao aluno Tomás Costa do 12.º ano. Este prémio pretende homenagear a personalidade de Marcelino Chaves, figura proeminente do Rotary Club de S. João da Madeira que ocupou os mais altos cargos do movimento rotário, nacional e internacionalmente. “Na sua vida profissional, Marcelino Chaves diplomou-se em engenharia química na Suíça, onde foi assistente universitário de química e física nuclear e foi membro do Centro Europeu de Investigação Nuclear. Marcelino Chaves era presidente da empresa A. Henriques & Ca. Lda, fazia parte de várias associações profissionais relacionadas com a indústria de borracha, inclusive da Institution of Rubbery Industry e a Associação Portuguesa dos Industriais de Borracha.” Com este prémio, o Rotary Clube de S. João da Madeira pretende incentivar os alunos da disciplina de Física e Química a melhorarem as suas prestações escolares e a procurarem seguir um percurso académico dentro desta área científica. Importa ressaltar que o percurso académico do Tomás tem sido brilhante, fruto de um trabalho conjunto entre o aluno e os seus professores. • Susana Ferreira | Professora de Física e Química “Receber o primeiro prémio Dr. Marcelino Chaves, no âmbito da disciplina de Física e Química, deixou-me muito satisfeito e orgulhoso. Não só porque é sempre bom o nosso trabalho ser reconhecido, como também pela aposta que os meus pais fizeram na minha educação. Este prémio é referente ao desempenho na disciplina de Física e Química no 10.º e no 11.º anos, incluindo o resultado do exame nacional. Assim, não posso deixar de salientar o esforço e o incentivo das aulas de preparação para o exame, aulas que considero terem sido de extrema importância implementadas no CEI. Quero aproveitar esta reflexão para agradecer a toda a Escola, a todos os colegas, à Direção, e especialmente a todos os professores que muita paciência tiveram comigo ao longo destes anos… E também à professora Susana Ferreira, porque este prémio também demonstra a sua dedicação, e sem ela, tal não teria sido possível. Um abraço a todos” / Tomás Costa descobrir atividades 18 19 Assembleia de Jovens Escolhas (AJE) III ENCONTRO NACIONAL CEI representa distrito de Aveiro no III Encontro Nacional – Assembleia de Jovens Escolhas (AJE) O s alunos do CEI participaram de forma entusiástica Em seguida, fomos “provocados” pelo Doutor Rui Marques, o na Assembleia de Jovens Escolhas que decorreu nos dia 2, 3 e 4 qual, através do poema de Álvaro de Campos “Adiamento”, nos de maio na Pousada de Juventude em Almada. chamou a passar à ação. Desta forma, através de trabalho de Foi com alegria que acolhemos o convite feito pelo Sr. Secre- pares procuramos delinear um plano de ação forte e ousado nas tário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvi- diferentes áreas em baixo apresentadas: mento Regional – Pedro Lomba para representarmos o distrito 1 Direitos e deveres. de Aveiro neste encontro com jovens de todo o país com o ob- 2 Informação e comunicação cívica. jetivo de se refletir, discutir e, em conjunto, se redigir uma ‘Mo- 3 Formação política e social – onde é que ela é adquirida? Em casa, ção’ ao Governo sobre uma sociedade mais inclusiva. Assim, logo após a chegada tivemos o privilégio de ouvir e participar na palestra do campeão nacional de Judo – Nuno Delgado, o qual muito nos inspirou com as suas palavras, desta- na escola. Que outras instituições podiam dar esses contributos? 4 Como se mobilizam pessoas para agir, para ação? Como podemos alargar o espaço de intervenção política. 5 Fiscalizar o poder. Obrigar a responder. cando que, cabe a cada um de nós escolher e decidir o que fazer, seja em que aspeto das nossas vidas for. Para além disso, é pre- Com efeito, a Assembleia de Jovens Escolhas pretende cons- ciso acreditar e trabalhar muito para atingirmos os objetivos a tituir-se como uma plataforma e instrumento de monitorização que nos propomos, mesmo que para tal tenhamos de falhar, cor- e avaliação dos planos de ação dinamizados para a inclusão so- rigir e voltar a tentar. É preciso ser persistente, resiliente e ja- cial de jovens e crianças. Consequentemente, consideramos que mais desistir! este foi mais um passo positivo que o CEI deu em prol do bem Fomos ainda desafiados a destacarmo-nos enquanto criadores e dinamizadores de uma verdadeira política e economia de comum. Desafiamos-te a fazer o mesmo! • Isabel Valente | Coordenadora do 2.º, 3.º Ciclos e Ensino Secundário “pontes” na comunidade em que nos inserimos através dos contributos do professor João César das Neves, do Secretário de Estado do Deporto e Juventude, Emídio Guerreiro e Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional – Pedro Lomba. Texto redigido a partir dos testemunhos dos alunos participantes na AJE Parlamento dos Jovens ALUNOS DO CEI PARTICIPAM NUMA AVENTURA DEMOCRÁTICA… M ais uma vez, o Centro de Educação Integral participou no programa “Parlamento dos Jovens”. Este projeto é uma iniciativa institucional da Assembleia da República, desenvolvida ao longo do ano letivo com as escolas de todo o País, no qual pode inscrever-se qualquer estabelecimento de ensino do universo do ensino público, privado e cooperativo. O programa culmina com a realização anual de duas sessões nacionais na Assembleia da República. O programa visa educar para a cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política; dar a conhecer a Assembleia da República e as regras do debate parlamentar; promover o debate democrático, desenvolver o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de formação das decisões; incentivar a reflexão e debate sobre um tema definido anualmente; proporcionar a experiência de participação em processos eleitorais; e estimular a capacidade de expressão e argumentação. Para o ano letivo 2013/14 foram definidos os temas «Drogas – evitar e enfrentar as dependências», no ensino básico e «Crise demográfica – emigração, natalidade e envelhecimento» para os alunos do secundário. Nas primeiras duas semanas de janeiro de 2014, os alunos do CEI organizaram-se em listas e apresentaram os respetivos projetos de recomendação, com medidas que correspondiam à tomada de posição em relação aos temas acima referidos. Seguiram-se os debates escolares do projeto «Parlamento dos Jovens». No dia 13 de janeiro, o deputado da Assembleia da República, Paulo Cavaleiro, do Partido Social Democrata, esteve no Centro de Educação Integral, para participar no debate do ensino secundário. O parlamentar do PSD, eleito pelo círculo de Aveiro, começou por fazer uma apresentação aos alunos sobre a Assembleia da República, a forma como está organizada e quais as suas atribuições e modo de funcionamento. Quer o debate do ensino secundário, quer o debate do ensino básico foram intensos e muito participados pelos alunos que integraram as 5 listas candidatas (2 no ensino básico e 3 no ensino secundário). Após a realização dos atos eleitorais e das sessões escolares, António Ferreira, Ana Francisca e Issam Elaich foram os deputados eleitos para representar o ensino básico do CEI na sessão distrital que decorreu no dia 17 de março, no Centro de Artes de Ovar, e que contou com a presença do Deputado da Assembleia da República, Raúl Almeida, do CDS – Partido Popular e de todos os discentes eleitos como deputados nas diversas escolas, no círculo eleitoral de Aveiro. Já no dia 18 de março, realizou-se a sessão distrital do Parlamento dos Jovens do Ensino Secundário, no auditório da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis, que foi marcada pela presença da Deputada da Assembleia da República, Carla Rodrigues, do Partido Social Democrata. Nesta sessão, como representantes eleitos do CEI, participaram os alunos Valter Vieira, Catarina Figueiredo e Daniel Veloso. descobrir atividades Os representantes do CEI defenderam com “unhas e dentes” as medidas que figuravam nos seus projetos de recomendação, além de analisarem as medidas das restantes escolas adversárias. Claro que nem todos podiam ganhar, como é óbvio. Há que reconhecer que em democracia umas vezes ganha-se e outras vezes perde-se. E foi isso mesmo que aconteceu. Os alunos do ensino básico não passaram à sessão nacional, não obstante terem evidenciado uma boa preparação acerca do tema em discussão e demonstrado respeito pela divergência de opiniões e regras do jogo democrático. No que concerne ao ensino secundário, o Centro de Educação Integral foi uma das cinco escolas eleitas para representar o distrito de Aveiro na sessão nacional, que se realizou nos dias 26 e 27 de maio, na Assembleia da República. A boa prestação dos alunos do CEI, através da sua consciência cívica, da sua capacidade de argumentação e da defesa pelos valores de tolerância e vontade da maioria, mostrou que estão preparados para encarar o futuro como cidadãos ativos e participativos. Sem quaisquer dúvidas, em tempos em que a classe política não beneficia de uma imagem muito favorável junto do chamado povo da Nação, e que o descrédito na política é o responsável pela queda no número de eleitores jovens, é importante que existam iniciativas que sirvam de ensaio para a vida futura e que possibilitem que os discentes aprendam a viver a democracia (também na escola). O “Parlamento dos Jovens” tem contribuído para a reabilitação da imagem da política e aproximação dos nossos jovens à vida democrática pelo exercício de uma cidadania ativa, debatendo, confrontando ideias e apresentando “soluções” para a resolução dos problemas que lhes são próximos. Para além disso, tem permitido um contacto pessoal com deputados de diferentes partidos políticos, que são os legítimos representantes do povo português na Assembleia da República – local símbolo do regime democrático. Trata-se assim, não somente de aprender as regras do funcionamento das instituições democráticas, mas também de possibilitar aos alunos a apropriação dos fundamentos da própria sociedade democrática. Com ou sem vitórias, foi uma fantástica aventura democrática… uma vez mais! Os nossos “políticos” terminaram os seus mandatos com a consciência do dever cumprido porque representaram bem a nossa escola, defendendo convictamente as suas ideias num verdadeiro ato cívico do exercício de cidadania. Um agradecimento muito especial também aos restantes alunos das listas candidatas e a todos os que de forma direta ou indireta colaboraram neste projeto. 20 21 Alunos do Ensino Secundário participam na sessão nacional do Parlamento dos Jovens ticiparam no momento alto do evento, o Plenário, que ocorreu na Sala do Senado. Na abertura da sessão solene, esteve presente o Vice-Presidente da Assembleia da República, o deputa- Nos passados dias 26 e 27 de maio de 2014, realizou-se a ses- do Ferro Rodrigues do PS – Partido Socialista. são nacional do projeto “Parlamento dos Jovens – Secundário”, Numa primeira fase, foram colocadas várias perguntas relacio- em Lisboa, com a participação de 130 jovens deputados eleitos nadas com a problemática da «Crise demográfica – emigração, num universo de 1252, em escolas de todos os distritos, regiões natalidade e envelhecimento», a vários deputados “seniores” ali autónomas e os círculos de Timor e Macau. Ao todo, das 379 es- presentes, oriundos de todas as forças políticas representadas colas do Ensino Secundário inicialmente inscritas, foram eleitas no Parlamento, sendo que, algumas das respostas invocaram, nas sessões distritais apenas 65 que tiveram o privilégio de par- inequivocamente, as respetivas posições e ideologias político- ticipar na sessão nacional, que foi transmitida em direto pelo partidárias. De acordo com o testemunho dos alunos do Centro canal ARtv. Nestes dois dias inteiramente dedicados à temática de Educação Integral, Catarina Figueiredo e Valter Vieira, a ses- da «Crise demográfica – emigração, natalidade e envelhecimen- são nacional foi enriquecedora, porque “permitiu conhecer cole- to», os estudantes, escolhidos democraticamente para repre- gas de todo o país, pôr em prática um espírito democrático e ati- sentar a juventude portuguesa, entre as escolas aderentes ao vo, onde se respeita a autonomia e liberdade de expressão e, programa, tiveram voz ativa em relação a um assunto atual, per- essencialmente se dá valor ao espírito crítico e às nossas con- tinente e complexo, que coloca em causa do futuro de Portugal. vicções e ideias, neste caso, sobre o tema em debate”. No dia 26 de maio, pelas 10 horas da manhã, dois dos repre- Seguiu-se o debate e votação final, do qual saiu um Projeto sentantes eleitos pelo círculo de Aveiro, Catarina Figueiredo e de Recomendação, composto por dez medidas, que foi apresen- Valter Vieira, tendo como jornalista a acompanhar Daniel Veloso, tado no Parlamento com o intuito de ser discutido e quiçá apro- encontraram-se em Santa Maria da Feira, onde se juntaram a ou- vado total ou parcialmente pelos representantes do povo por- tros representantes do círculo aveirense e do círculo de Viana do tuguês na Assembleia da República. Castelo. Assim que todos chegaram, os alunos partiram em direção a Lisboa. Últimos detalhes, pequenas revisões, primeiras tro- No final, todos os deputados, colegas jornalistas e professores regressaram aos seus distritos. cas de palavras, a importante viagem para o grupo se conhecer. Foi uma experiência muito enriquecedora, dado que consti- Quando chegaram à capital, os jovens deputados dirigiram-se tuiu um forte incentivo à participação cívica e que comprovou à Assembleia da República para as reuniões das respetivas co- o seguinte: Portugal tem futuro, mas o futuro também está nas missões, tendo o Centro de Educação Integral integrado a pri- novas gerações… É que “somos mais pais do nosso futuro do meira comissão, sob orientação de dois deputados da Assem- que filhos do nosso passado”, como muito bem registou o poeta bleia da República, Duarte Marques e Pedro Pimpão, ambos do e filósofo espanhol Miguel de Unamuno. PSD – Partido Social Democrata. O objetivo dos encontros era debater, na generalidade e na especialidade, os projetos de recomendação aprovados nos diversos círculos eleitorais e escolher os melhores. No final das comissões, todos os presentes foram brindados com um lanche nos claustros do Palácio de S. Bento e de seguida foram para a Sala do Senado onde puderam assistir a um magnífico concerto do grupo “WANNABEES” (da Escola Secundária de Moimenta da Beira). Já no final do dia, todos os deputados, jornalistas e professores foram conduzidos ao INATEL de Oeiras onde pernoitaram. No dia seguinte, por volta das 9 horas e já com o estômago reconfortado, os deputados e restantes elementos das comitivas seguiram novamente para a casa da democracia, onde par- Os alunos do Centro de Educação Integral estão de parabéns pelo trabalho desenvolvido. • Augusto Pinho, Maria João Coimbra | Professores descobrir atividades 22 23 Troca de Saberes CONTINUAR A CRESCER A o longo deste ano letivo, os seniores tiveram opor- do peças de teor artesanal. Realizaram também visitas e pas- tunidade de se envolverem nos diferentes momentos festivos seios à Quinta Pedagógica, acompanhando as crianças, para ob- no CEI, nomeadamente ao nível da decoração e dinamização das servarem e relatarem as diferentes fases de desenvolvimento atividades de Natal, Carnaval e Marchas de S. João, nomeada- das árvores de fruto e de outras culturas. mente através da confeção dos fatos utilizados pelos alunos Todavia, as oportunidades de intercâmbio e novas aprendiza- nestas atividades. Para além disso, tiveram a oportunidade de gens não se esgotam no cenário do CEI, tendo sido organizada trabalhar e desenvolver as suas competências artísticas, crian- uma visita de estudo que, para além de promover e favorecer o convívio entre seniores, fomentou também o enriquecimento da experiência e conhecimento pessoal destes. Nomeadamente, em Amarante, onde se deslumbraram com as igrejas de S. Gonçalo e S. Domingos, com o museu de arte sacra, passeando também no centro histórico durante a visita guiada à cidade. Assim sendo, e jamais esquecendo o caráter interventivo do CEI enquanto escola que se encontra aberta à comunidade, continuamos a dinamizar e a promover a integração de aqueles que, sendo mais velhos, têm ainda um forte e sério contributo a dar aos mais novos e à sociedade em geral que precisa investir mais seriamente na aprendizagem ao longo da vida… com os nossos seniores! • Ana Lúcia Valente | Coordenadora do Projeto Troca de Saberes Pedalar sem rodinhas T al como o nome indica, nesta actividade ensinamos a pedalar sem as rodinhas. O CEI dispõe de um espaço fantástico para o ensino-aprendizagem desta modalidade, que decorre em 3/4 aulas de 30 minutos. Nesta atividade a confiança e a segurança são essenciais e são o motor para que a criança aprenda com muita facilidade. Quando anda de bicicleta a criança sente-se livre, autónoma e feliz. Antes de as aulas começarem, os pais devem facultar à criança momentos para ela pedalar com as rodinhas, de forma a assimilar o movimento, a adaptar-se à bicicleta e a adquirir mais resistência e força nos membros inferiores. Os interessados devem inscrever-se na secretaria e posteriormente, por ordem de inscrição, os pais serão contactados e solicitados a trazer a bicicleta já sem as rodinhas para o CEI. A primeira aula é sem dúvida a mais difícil, tanto para o aluno como para o professor. O aluno começa a adaptar-se ao equilíbrio sem as rodas e tem tendência para manter o corpo muito rígido e para realizar muita força ao segurar o guiador. O professor tem de segurar o aluno e compensar os seus desequilíbrios. Na segunda aula a dificuldade diminui consideravelmente, pois o aluno está mais confiante, consegue equilibrar-se melhor sobre a bicicleta e começa a pedalar sozinho durante alguns instantes. Na terceira aula a magia acontece, pois o aluno começa a pedalar sozinho. Esta conquista ocorre de um momento para o outro, e é um instante muito percetível para quem está a ensinar, pois consegue-se mesmo perceber que este momento acabou de acontecer. Ensina-se também o aluno a arrancar e a travar sozinho. Vários alunos ficam completamente autónomos. Outros necessitam de apoio posterior da parte dos encarregados de educação apenas no que respeita ao arranque. No final, os pais são convidados a assistirem ao triunfo do seu filho. Neste momento são transmitidas importantes indicações aos pais, nomeadamente a importância da prática pós “curso” na consolidação das aprendizagens. É pois fundamental que os encarregados de educação facultem à criança momentos de prática, para que o que foi aprendido em tão pouco tempo não se perca e seja consolidado. A grande preocupação dos pais deverá ser escolher um lugar seguro para praticar. Os nossos pequenos são de facto extraordinários e estão de parabéns. Para o ano há mais! • Daniela Sá Serra | Professora de Ginástica e Natação Judo no CEI O Judo é uma atividade física e desportiva com uma cultura própria, que assenta num conjunto de hábitos, tradições, princípios e valores que lhe conferem qualidades singulares que se manifestam no dia-a-dia de quem a pratica, daí se dizer que o Judo é uma Escola de Vida. Um estudo da UNESCO conclui que o JUDO é o desporto mais adequado para as crianças e jovens entre os 3 e os 21 anos, sendo mesmo recomendado como a modalidade ideal para a formação desportiva. Recentemente, o Comité Olímpico Internacional declarou o JUDO como sendo o desporto mais completo por promover valores de amizade, colaboração, respeito e esforço, possibilitando o relacionamento saudável entre pessoas, tendo como fator de integração o jogo e a luta. O Judo na nossa escola é uma aposta sólida e viável que tem ajudado os nossos alunos a consolidarem valores como o companheirismo, amizade e entreajuda. descobrir atividades Um estudo da UNESCO conclui que o JUDO é o desporto mais adequado para as crianças e jovens entre os 3 e os 21 anos, sendo mesmo recomendado como a modalidade ideal para a formação desportiva. A sua introdução a partir dos 3 anos está relacionada com a importância que este pode ter no desenvolvimento infantil. Segundo Piaget, existem várias fases de desenvolvimento. Uma delas, a fase de Estágio Pré-Operatório (entre 2 e 7 anos de idade) ou designada também por fase intuitiva, é uma fase em que a criança usa a estratégia do jogo simbólico para organizar e compreender o mundo, além de usar o jogo para livrar-se de algumas angústias. O judo recorre muito a jogos simbólicos para ensinar as suas técnicas. É durante a aula que a criança cria certas fantasias para poder entender as técnicas e até entender a sua relação com as outras crianças. Muitas vezes, a criança acha que o fato de judo (Judogui) é uma armadura que lhe dá poderes, sentindo-se capaz de usar o corpo para realizar os movimentos aprendidos, e, assim, desenvolver sua capacidade motora. O estudo do desenvolvimento infantil é de extrema relevância, uma vez que possibilita aferir respostas positivas em prol da aprendizagem. Dessa maneira, torna-se uma ação coerente refletir sobre a importância do judo neste processo, mas mesmo sendo conhecedor das fases de desenvolvimento, é preciso levar em consideração a individualidade no processo de aprendizagem, respeitando o tempo para aquisição de habilidade de cada aluno. Nas nossas aulas acompanhamos com todo o cuidado estes processos de desenvolvimento, e através do diálogo interdisciplinar tentamos ajudar os alunos a adquirir as competências desejadas para o seu bom desenvolvimento. Sendo assim… Ser judoca é crescer sendo um indivíduo mais completo! • Tiago Ferreira | Professor de Judo 24 25 O Rugby no meio escolar A acompanhar o sucesso e mediatização dos lobos no campeonato do mundo de 2007, a Federação Portuguesa de Rugby apostou tudo na expansão da modalidade, através do rugby escolar. O protocolo entre a Federação Portuguesa de Rugby e o gabinete coordenador do desporto escolar permitiu a iniciação de mais de 25 000 jovens à prática do rugby, no âmbito do desporto escolar. Este projeto permite promover a modalidade no meio escolar e contribuir para o desenvolvimento do rugby, do desporto e do bem-estar. Esta nova matéria de ensino pode-se considerar uma aposta ganha! A contínua procura por parte dos mais jovens, acompanhados pelos seus professores do início da prática do rugby, de um jogo 100% coletivo, expressando valores e regras de vida em equipa é fundamental ao desenvolvimento integral do jovem. Começar em segurança e com orientação pedagógica adequada são as bases sólidas para motivar os jovens a ficarem no desporto, a sentirem a alegria e a vida que o jogo proporciona. Dar-lhes condições de sucesso como na acessibilidade da ação de finalização no rugby (marcar um ensaio), criando a satisfação em obter um êxito imediato para só depois lhes ir criando dificuldades; ensinar o contacto físico com progressões ao seu ritmo, gerando confiança para vencer o medo e semear o gosto pela defesa… mostrar planeamento, organização e regras de forma a criar dinâmica na disciplina e rigor são outros dos passos que um professor deverá saber implementar. Quem não se lembra do seu primeiro professor-treinador? Para mim ficará sempre a imagem de um ídolo que nos passava o seu conhecimento e paixão. Mais do que um treinador, um educador sempre com uma palavra amiga, acolhedora mas de exigência, que conseguia envolver-nos numa equipa e criar uma mística que não nos permitia desistir ou deixar o rugby. Os valores do desporto, bem transmitidos e assimilados, são das ferramentas mais valiosas que hoje o mercado de trabalho e a integração na sociedade exigem. • Miguel Moreira | Diretor Técnico Associação Rugby Norte descobrir atividades Falas Mandarim? H oje em dia, a necessidade de manusear uma língua o ditado “Isso para mim é chinês!” já não se pode aplicar a toda a gente! estrangeira é cada vez maior. Estamos em constante internacionalização, desde os filmes e séries estrangeiros que vemos, estrangeirismos que usamos na nossa língua materna, até aos próprios eletrodomésticos que temos em casa que são de marcas forasteiras. Quando manuseamos um computador ou acedemos à internet, deparámo-nos com inúmeros sites escritos em línguas estrangeiras, maioritariamente em inglês. Todavia, há uma língua que se tem destacado devido ao crescimento económico do seu país, a língua chinesa. A China, com o seu crescimento económico extremamente rápido, tornou-se uma das potências mundiais. A sua língua está a globalizar-se cada vez mais intensamente, tomando esta papéis importantes a nível político, diplomático, científico, cultural e comercial. Em resposta a este crescimento, são cada vez mais as pessoas atraídas ao estudo da língua chinesa, ascendendo já a um total de trinta milhões de estrangeiros. São várias as portas que o estudo desta língua nos pode abrir: Há várias universidades chinesas que se encontram no top 200 a nível mundial, fazendo com que haja cada vez mais interessados a estudar nestas. A língua chinesa será, certamente, uma mais valia não só na frequência das aulas, mas também na vida quotidiana. Permitir-nos-á entender com mais clareza o seu vasto património cultural. A nível curricular, impressionará os nossos futuros empregadores e colocar-nos-á em vantagem em ambiente de trabalho. Nos negócios, saber chinês é um trunfo, pois ajuda a fomentar e a cimentar as ligações com os parceiros chineses. A nível mais pessoal, é notável que o facto de saber falar e poder entender e escrever os caracteres da língua chinesa, tão diferente das línguas com as quais estamos habituados a lidar, é muito gratificante e recompensador e faz-nos sentir bastante orgulhosos de nós próprios. 26 27 Aula aberta de Mandarim No dia 4 de junho, pelas 18.30h, na Biblioteca do CEI, decorreu pela primeira vez, uma aula aberta de Mandarim. Foram os pioneiros deste evento os alunos dos 7.º e 8.º anos. Como convidados especiais estiveram a professora Emília Dias, coordenadora do projeto “Chinês nas Escolas” do Instituto Confúcio da Universidade do Minho, a professora Mu Ting, colaboradora do Instituto Confúcio da Universidade do Minho e o professor Jia, vice-presidente do Instituto Confúcio. Como é normal nestas ocasiões, os estudantes estavam bastante ansiosos. Todavia, todos conseguiram dominar a sua ansiedade e deram o seu melhor. Tiveram a oportunidade de demonstrar tudo aquilo que aprenderam até à data, nos 4 níveis de competência linguística: perceber, falar, escrever e ler. Desta forma, baseando-se em imagens escreveram e leram frases, fizeram uma breve autoapresentação e no final interagiram oralmente com a professora Mu Ting. Nesta última fase, já nenhum aluno se recoradava que estava nervoso, tal era a vontade de levantar o braço e responder corretamente à professora chinesa! Terminada a aula, a professora Emília Dias fez uma pequena intervenção, onde expôs a importância de estudar Mandarim nos dias de hoje e onde demonstrou, tomando os alunos presentes como exemplo, que é possível e gratificante aprender o Mandarim. Falou também sobre o exame de proeficiência da língua chinesa (HSK – Hànyŭ shu píng kăoshì), em como é vantajoso a nível curricular e que será realizado pelos alunos no 9.º ano. Foi um momento bastante agradável e de bastante sucesso, onde os presentes tiveram oportunidade de constatar que o ditado “Isso para mim é chinês!” já não se pode aplicar a toda a gente! • Bárbara Araújo | Professora de Mandarim, em parceria com o Instituto Confúcio da Universidade do Minho descobrir atividades 28 29 Aprender a filosofar FAZER FILOSOFIA COM CRIANÇAS E JOVENS 1 | Matthew Lipman – o percursor da Filosofia com Crianças É no início da década de 70 que Matthew Lipman desenvolve a metodologia «Philosophy for Children» fruto do reconhecimento da necessidade de repensar um sistema de ensino enfraquecido quanto à formação de cidadãos críticos, autónomos e participativos. O desenvolvimento de um pensamento lógico, crítico e criativo deveria então ser estimulado nas faixas etárias mais novas, defende Lipman, motivo pelo qual concebe manuais de textos e atividades para crianças e jovens, atualmente constantes do Currículo Nacional de Filosofia com Crianças e Jovens. A inserção destes conteúdos a desenvolver, com base na me- P todologia de Lipman, representa uma abordagem educacional que tem como objetivo último estimular o pensamento crítico ara dar a conhecer o desenvolvimento da atividade e autónomo das crianças e dos jovens. No fundo, pretende tirar “Fazer Filosofia com Crianças e Jovens” no decorrer do ano le- partido das capacidades de raciocínio e de questionamento, tivo 2013 | 2014, não podemos deixar de relembrar e avivar a bem presentes nas crianças e nos jovens, dando-lhes um senti- Missão e Visão do CEI quando afirma no seu Projeto Educativo: do, conferindo-lhes uma forma. a educação deve ser prospectiva em relação ao adulto de amasempre presente que hoje temos de ver amanhã. É este o cami- 2 | O que se pretende então promover na Filosofia para Crianças? nho da nossa escola! · a pergunta como modo de abrir, problematizar e construir saberes; nhã e não apenas em relação ao aluno de hoje; por isso, temos · a investigação criativa como modo de pensar e questionar a reali- É este o princípio que norteia e fomenta a aposta no projeto de “Fazer Filosofia com Crianças e Jovens”, ou seja, a visão transdisciplinar e holística da formação dos alunos que moram nas pessoas. Esta preocupação reflete, na área de filosofia, a preocupação dade individual e social; · o debate participativo, aberto e fundamentado como prática de conhecimento; · a cidadania e a democracia como forma de valorizar e respeitar as diferenças. em tentar desfazer o potencial abismo entre o filosofar do pro- Note-se, desta forma, que não se pretende a lecionação de fessor (preocupado com a transmissão de conteúdos), e o ensi- conteúdos, teses ou autores da história da filosofia, mas sim, nar a filosofar ao aluno (preocupado com o aprender a aprender), o fazer filosofia ou filosofar baseado em pressupostos filosófi- ou seja, privilegiar a atividade do filosofar sobre a transmissão cos que tornem a sala de aula numa “comunidade de questio- de filosofia, encontrando a legitimidade filosófica na já recor- namento em que os estudantes ouvem-se mutuamente de for- rente distinção kantiana entre aprender filosofia(s) e aprender ma a fornecer razões relativamente a opiniões sem qualquer a filosofar. Com a atividade de Fazer Filosofia com Crianças e suporte; auxiliarem-se entre si para criarem inferências a partir Jovens podemos não ser todos filósofos, mas o que importa é daquilo que foi dito e procurar identificar os pressupostos de a atitude – filosófica – desenvolvida. cada um” (LIPMAN, 2003:20). por memória e o autorretrato no espelho foram combinados (sobrepostos em transparências) e projetados para o grupo, proporcionando uma leitura diferenciada de si-mesmo e de si-mesmo para o(s) outro(s). Destas etapas resultou o questionamento do poema «Autoretrato» de Mário Quintana e do texto de Gonçalo M. Tavares a propósito da figura do «Senhor Valéry» que não possui espeNo entanto, é importante salientar que a particularidade deste lhos e não sabe ler a construção da sua imagem, a não ser pela método surge, exclusivamente, por se tratar de Filosofia que, imagem devolvida através do Outro. Os alunos esgotaram as embora “aplicada” a crianças e jovens, não perde o seu carácter questões colocadas e da reflexão resultou um conjunto de sín- investigacional, crítico, racional, e, por isso, não deixa de traba- teses de entre as quais se destacam os pensamentos de que a lhar no campo da episteme. Note-se, igualmente, que privilegiar beleza assume uma dimensão interior e exterior, de que o au- um ensino em torno da atividade de filosofar sobre a transmis- torretrato é uma construção ao longo da vida e de que nos pin- são de filosofias poderá ser consentâneo com uma abordagem tamos de sentimentos… por competências, na medida em que se reflete a necessidade As etapas constituintes deste método, para além de dinâmi- de utilidade (não o utilitarismo) dos saberes, ao mesmo tempo cas, são também expressões artísticas interessantes da imagi- que se admite um postulado da educabilidade filosófica para to- nação, da identidade, da cultura e da diversidade das constru- dos os que aprendam a filosofar. ções ideais, sociais e transcendentes do Eu e do Outro, e o método propor- 3 | “O que é a beleza? (…) depende de mim, de ti… de cada um?” ciona, entre outros objetivos, a reflexão de que o eu não se reduz à imagem de si-mesmo no espelho, mas é A aposta didática que gostaríamos a imagem que é tida como referente de salientar deste ano letivo, no âmbi- da identidade e da autoestima e afeta, to do desenvolvimento desta ativida- em grande medida, as reações do de, diz respeito ao método “Face in the meio-ambiente. Mirror”» aplicado à discussão em torno Este é um destaque, entre outros do ideal estético. Será a beleza uma momentos da atividade, que realçam a construção subjetiva (como se o belo dependesse da atribuição ideia de que, numa sala de aula convertida em comunidade de do sujeito) ou objetiva (o belo existe por si mesmo e o sujeito investigação, as crianças e os jovens, ao conviverem com histó- o reconhece)? rias e experiências filosóficas destinadas às suas faixas etárias, Este método, criado pelo investigador belga de filosofia, Nel- desenvolvem todo um conjunto de competências de pensamen- son Hoedekie, parte de um questionamento acerca do ser e da to e de atitudes que, desejavelmente, vão ser mobilizadas para aparência, das essências e dos fenómenos dos objetos e dos ou- outras disciplinas, a curto prazo, e que se revelarão vantajosas, tros, e da forma (in)cognoscível dos seres humanos, e para isso, a longo prazo, na condição quotidiana de cidadão. tem como objetivo o confronto do eu com os fenómenos, do eu Desde os anos 80, a metodologia espalhou-se um pouco por com o si-mesmo, do eu com o si-mesmo do(s) outro(s), tendo todo o mundo, tendo muitos dos países começado a construir em conta a referência à imagem do espelho, à imagem do outro, os seus próprios materiais, sem contudo abdicar dos princípios ou seja, a construções mutáveis de rostos que não vemos. fundadores de Lipman. É neste contexto que convidamos os alunos do 4.º ano do 1.º • Maria Inês Gomes | Professora de Filosofia Ciclo e do 5.º ano do 2.º Ciclo a realizarem o seu autorretrato desenhado de memória, através do recurso ao espelho, bem como BIBLIOGRAFIA: o retrato desenhado de um colega à escolha (sendo que todos Lipman, M. (2003). Thinking in Education (2nd. ed.). United Kingdom: Cambridge os alunos foram retratados por alguém). Por fim, o autorretrato University Press. descobrir atividades 30 31 English Summer Course STAFFORD C entro de Educação Integral and Escola Inglesa organ- lish at all times, thus leading them to improve their pronunci- ized an English Summer Course in the United Kingdom which ation and oral and written competences. The children just took place between 8th and 22nd July in Stafford, at the loved them! Staffordshire University Campus for 12 to 15 year-old students. It was fabulous! After spending the first day travelling, students were tired but excited and curious when arriving to the campus. In fact, we all felt quite welcomed by the staff, teachers and other students. Everybody made us feel at home! Nevertheless, we also had the privilege to learn more about and British culture and history as we took part in different excursions! Very long and tiring but very culturally interesting and exciting! Besides Stafford, we visited Chester, an ancient Roman city; Liverpool with its docks and the Beatles; Stratford-Upon-Avon, Our students met a lot of new people from different cultural where Shakespeare’s birthplace is and finally London with its backgrounds and made some friends. They had lessons mostly Giant Eye, Big Ben, Westminster Abbey, Buckingham Palace, in the morning and some funny and interesting activities in the Piccadilly and Madame Tussaud’s. afternoon and evening, such as drama project, conversation It was certainly two weeks of fun, entertainment and lots club, murder mystery, disco night, speed dating, robot wars or of learning. However, we missed home and soon it was time even sports. to return to Portugal at last… but already missing England! Lessons were also rather motivating and varied. The teach- • Susana Casquinha | Professora de Inglês ers were all very nice and stimulated the children to speak Eng- Curso de Verão UNIVERSIDADE DO MINHO C hegaram as férias e nós não sabíamos o que fazer. Não queríamos passar as nossas fé- rias tão desejadas, sem fazer nada. A partir disto, começamos à procura de algo, até que no site da Universidade do Minho encontramos o Verão no Campus com atividades ligadas ao nosso curso e a muitos outros, desde o teatro às ciências sociais. E assim pensámos “Que tal inscrevermo-nos? Não perdemos nada com isso.” e assim foi… Quando recebemos a confirmação de que tínhamos entrado ficamos todas contentes e a imaginar como seria. Foi no dia 21 de julho, às 9 horas da manhã, que esta nova aventura começou. Começamos por recolher as nossas identificações, os nossos kits de participação e conhecemos as monitoras que nos iam acompanhar nesses dias. Durante a semana toda, ficamos a conhecer a universidade, vários professores e até alguns alunos que atualmente estudam na escola de economia e gestão. Ao longo desses dias participamos em várias atividades, desde uma simulação da bolsa em que nós mesmos trocámos ações, a outra simulação de uma negociação com vários países da União Europeia sobre a comercialização de chocolates não puros. Com esta atividade sentimonos como se fôssemos presidentes de cada país a debater no Parlamento Europeu. Falamos também de temas como a globalização e empreendedorismo, quer a nível social quer a nível europeu e mundial. Também visitamos uma empresa da região que se chama “Ideia Atlântico” e ficamos a conhecer um pouco de várias empresas. Na tarde de quarta-feira, todos os participantes puderam divertir-se numa tarde lúdica que agradou a todos, desde saltar à corda à dança. Por fim, tivemos a oportunidade de criar o nosso negócio baseado em problemas previamente identificados. Na sexta-feira, último dia, apresentamos esses mesmos negócios não só aos colegas mas também a professores da universidade. De tarde, recebemos os diplomas de participação e foi o momento para escrever dedicatórias nas camisolas uns dos outros e de nos despedirmos. O Verão no Campus terminou e a vontade de lá voltar é imensa, pois fizemos novas amizades e convivemos com pessoas divertidas e espetaculares, desde os monitores aos colegas. Esperamos para o ano lá voltar e não queremos ir sozinhas, queremos ir com vocês, estudantes como nós! • Rita Sanches, Sofia Silva | Alunas do 10.º ano Finalistas do Ensino Profissional • Cursos Profissionais 2011 | 2014: · Técnico de Comércio · Técnico de Restauração · Técnico Auxiliar de Saúde U ns três, outros quatro ou cinco anos, os alunos das turmas CPC3, CPR4 e CPS7 quise- ram uma resposta diferente… encontraram-na no CEI! Um caminho difícil, mas gratificante… Em 2011, estes alunos escolheram a nossa escola para concluírem uma das etapas mais importantes do percurso educativo – conclusão do ensino secundário, a par da obtenção de uma qualificação profissional. Ao longo destes três anos do curso profissional, fomos “família”! Marcando a vida destes jovens descobrir atividades 32 33 e famílias e eles a nossa, num processo permanente de empenho e dedicação, promovemos a obtenção das ferramentas necessárias para a vida: saber-ser, saber-estar, saber-saber e saberfazer, ou seja, contribuímos para o crescimento saudável a todos os níveis: pessoal, social e profissional destes jovens, que certamente irão fazer a diferença. Assim, com a dedicação e empenho desta equipa pedagógica, que se entrega diariamente para fazer a diferença, mais 64 alunos concluíram com sucesso o projeto de vida que traçaram quando nos escolheram. Muitos parabéns finalistas! “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. Antoine de Saint-Exupéry • Ana Matos | Coordenadora do Ensino Profissional \ Maria João Coimbra | Professora de Português Prémio Padre Nuno Burguete EDIÇÃO 2014 N o dia 14 de julho, no auditório do Seminário do Verbo Divino em Fátima, decorreu a Cerimónia de Entrega do Prémio Padre Burguete aos educadores do ensino particular e cooperativo distinguidos pela AEEP. De entre estes, destacamos a Professora Isabel Dinis, professora do CEI há 26 anos, que se assumiu desde início como professora “da casa”, trabalhando e dedicando-se aos alunos, suas famílias e ao colégio de forma exemplar, primeiro como “Pequeno Príncipe”, mais tarde como “Centro de Educação Integral”, partilhando sempre dos ideais que norteiam o nosso projeto educativo – o rigor, o empreendedorismo, o trabalho, a persistência, a cooperação e a entreajuda. Faz parte da nossa equipa, trabalhando e desempenhando múltiplos papéis diariamente para que todos os alunos se sintam “em casa” quando estão no colégio, não só enquanto professora, mas também enquanto amiga e confidente dos seus alunos, colegas e pais, procurando “limar arestas”, conciliar expetativas e perspetivas entre os mais pequenos e graúdos. Aqui ficam as suas palavras ao receber tão grande distinção do Presidente da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo – Dr. António Sarmento: “É com enorme satisfação que recebo este prémio, reconhecimento da minha dedicação ao Centro de Educação Integral, colégio que vi nascer e em cujo projeto tenho o privilégio de poder participar. Não posso deixar de partilhar este prémio com todos aqueles que contribuem para que este projeto perdure com o merecido sucesso. Agradeço à direção pela confiança depositada em mim, desejando que este projeto educativo continue a sorrir e a crescer!” • Isabel Valente | Coordenadora do 2.º, 3.º Ciclos e Ensino Secundário Educadores do Ensino Particular e Cooperativo distinguidos pela AEEP perspetivas descobrir perspetivas “Let’s Reduce Our Ecological Footprint!” Comenius Multilateral Partnership Project 2013 • 2015 Hungria, Polónia, Portugal, Itália, Lituânia e Turquia Os projetos europeus têm como principais objetivos contribuir para o acesso e partilha de informação entre países, proporcionar aos cidadãos o contacto com diferentes culturas e vivências, desenvolver uma perspetiva educacional de europeísmo e simultaneamente possibilitar a visita aos vários países parceiros destas iniciativas, concretizando, assim, parte do sonho do “arquiteto” da atual União Europeia, Jean Monnet. O programa Comenius 2013 | 2015 tem como tema a Redução da nossa Pegada Ecológica e conta com a colaboração e participação de escolas parceiras em países como a Hungria, Itália, Polónia, Lituânia, Portugal e Turquia! Pretendemos, a partir da dinamização deste projeto, sensibilizar alunos, famílias e restante comunidade para a necessidade de diminuição da nossa pegada ecológica, refletindo sobre estratégias que nos permitam atingir este fim, seja ao nível da poupança de água e energia, redução de resíduos e/ou reciclagem e tratamento dos mesmos. Desta forma, queremos potenciar mudanças ao nível das atitudes e comportamentos para que o nosso estilo de vida seja cada vez mais ecologicamente sustentável, reduzindo-se efetivamente a nossa pegada ecológica ao nível da escola e famílias. Este é sem dúvida um desafio ambicioso para todos nós, alunos, famílias e restante comunidade que vem uma vez mais demonstrar a energia e o pioneirismo do CEI. Assim sendo, contamos com todos vós para continuarmos a fazer a diferença! Desta forma, pretendemos divulgar parte do trabalho realizado por professores, alunos e famílias, o que irá potenciar uma efetiva redução da nossa pegada ecológica. 34 35 A| Questionário – Consciência Ecológica OUTUBRO DE 2013 Tendo em mente a sensibilização de toda a comunidade educativa sobre a necessidade de reduzirmos o impacto do nosso estilo de vida no meio ambiente, aplicou-se um questionário aos alunos do 1.º, 2.º, 3.º Ciclos (disponível no nosso website) com o intuito de se avaliar os conhecimentos dos alunos sobre esta temática. As conclusões obtidas a partir do tratamento dos resultados são as seguintes: TARGET STUDENTS MAIN CONCLUSIONS > Only 4 questions (40%) got more than 50% of correct answers; > The questions with the highest percentages of correct answers 6-10 YEAR-OLD STUDENTS are mainly associated to Recycling; > The areas of knowledge which need more intervention are consumption habits and environment contamination; > Despite being aware of the environmental issues, students do not take actual measures to reduce human negative impact on our planet; 11-14 YEAR-OLD STUDENTS > We need to raise students’ awareness towards environment, the impact of our actions on the planet in order to change their attitudes and behaviour. descobrir perspetivas 36 37 B| Cálculo da nossa Pegada Ecológica NOVEMBRO E DEZEMBRO, 2013 Após a primeira reunião de preparação na Lituânia em outubro de 2013, foi proposto aos alunos e suas famílias procederem ao cálculo da sua pegada ecológica com o objetivo de se estimular a reflexão e a tomada de consciência sobre o impacto das suas ações, posturas e comportamento no meio ambiente, pois de acordo com a WWF (2012), este é um mecanismo que nos permite avaliar “a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais”. Após recolha dos resultados, procedeu-se ao tratamento de dados e apresentação dos mesmos sob a forma de PowerPoint. Incluiu-se também nesta apresentação um conjunto de recomendações com vista a uma efetiva redução da pegada ecológica através de pequenas mudanças in- •••••• troduzidas no quotidiano de cada um. Most of the families got better results in the calculation of their carbon footprint in terms of mobility than in housing, • OUR CARBON FOOTPRINT·AT HOME! except for the families of the secondary school students; 100% 78% | 6% 92% | 0% 78% | 4% 100% | 0% / Secondary school families have 80% the biggest carbon footprint 60% according to the data collected, 40% followed by 2nd cycle families; 20% / Primary school families and 3rd Primary School 2nd cycle 3rd cycle Secondary Education cycle families have the least big carbon footprint and the biggest > More than 500 kg CO2 > Less than 224 kg CO2 number of families who have less big carbon footprints than the ideal; • OUR CARBON FOOTPRINT·MOBILITY! / Secondary school families have the biggest carbon footprint 100% 28% | 22% 42% | 42% 7% | 22% 83% | 0% according to the data collected, followed by 2nd cycle families; 80% 60% / 3rd cycle has the smallest 40% number of families with a more 20% than 3500 kg CO2 carbon Primary School 2nd cycle 3rd cycle Secondary Education footprint and the biggest number of families who have > More than 3500 kg CO2 > Less than 1511 kg CO2 less big carbon footprints than the ideal. C | Construção de ninhos a partir de materiais reciclados · recicláveis DEZEMBRO, 2013 E JANEIRO, 2014 No sentido de sensibilizar alunos, famílias e restante comunidade para a necessidade de diminuição da nossa pegada ecológica através de atividades efetivas que promovam esta reflexão, bem como a adoção de comportamentos e atitudes ecologicamente sustentáveis, o CEI dinamizou durante os meses de dezembro e janeiro o concurso de construção de ninhos a partir de materiais reciclados/recicláveis. A adesão foi grande e o entusiasmo de todos os participantes bem visível. Parabéns aos vencedores! • 1.º Prémio – Rodrigo, Ema e Eduardo Torcato • 2.º Prémio – Maria João Paiva • 3.º Prémio – Joana Dias e Maria Carolina Pereira D| Realização e envio de postais e decorações de Natal para os países parceiros DEZEMBRO, 2013 Os alunos elaboraram postais de Natal para enviarem aos países parceiros nesta parceria multilateral, utilizando para tal materiais reciclados, recicláveis e/ou reutilizáveis e diferentes processos artísticos, tal como as pinturas, a colagem, o mosaico, o papel crepe, veludo, tecidos, entre outros. Desta forma, procurou-se estimular a curiosidade tão natural nas nossas crianças acerca das diferentes formas de viver a quadra natalícia, explorando-se também diferentes formas de expressar “Feliz Natal e Bom Ano Novo” nas línguas nacionais dos nossos parceiros. Para além disso, também recebemos postais e decorações de natal dos nossos parceiros. descobrir perspetivas E | Competição de desenho sobre “A Pegada Ecológica” JANEIRO, 2014 Convidamos todos os alunos do ensino vocacional e profissional a participarem numa competição de desenho subordinada a este tema, onde foi proposto aos alunos desenharem e exprimirem artisticamente o que consideram ser a pegada ecológica. Os trabalhos que resultaram desta competição surpreenderam pelo seu talento e significado! Parabéns aos vencedores! • Catia Pereira·Miguel Rocha·Filipe Baptista | 11th grade • Catia Pereira·Miguel Rocha·Filipe Baptista | 12th grade • Filipe Cabral·Vanessa Silva·Rita Duarte | 12th grade • Filipe Cabral·Vanessa Silva·Rita Duarte | 12th grade 38 39 F | Campanha de recolha de alimentos para cães e gatos JANEIRO, 2014 •••••• Foi proposto aos alunos envolverem-se em trabalho de voluntariado em associações de proteção e defesa de animais. Desta forma, os alunos do 10.º ano organizaram uma recolha de comida, brinquedos e cobertores para cães e gatos ao longo dos meses de dezembro e janeiro, a qual contou com a adesão entusiástica de alunos e famílias. Após a recolha, os alunos doaram todos os produtos obtidos à Aanifeira, uma instituição sem fins lucrativos que se dedica ao cuidado e proteção de animais abandonados na comunidade. G | Realização dos Projetos de Sala – “Grow your plant!” JANEIRO E FEVEREIRO, 2014 •••••• Foi proposto aos alunos do Pré-Escolar e 1.º Ciclo a realização projetos com vista à sementeira e cultivo de plantas com o objetivo de irem acompanhando e monitorizando o seu desenvolvimento. Assim, os alunos do Pré-Escolar semearam feijões e bolbos de jacintos enquanto projeto de sala, acompanhando desta forma as diferentes etapas de crescimento e desenvolvimento destas plantas. Já os alunos do 1.º Ciclo dedicaram-se ao cultivo de ervas aromáticas, acompanhando o seu crescimento e desenvolvimento em sala de aula e, mais tarde, na quinta pedagógica do colégio. Pre-School | 4 year-old students Pre-School | 5 year-old students Primary School / There was something green / After just 2 days in the water, / After having grown for some time growing out of the bean; our bulbs had already grown indoors, we planted the herbs at some roots as you can see from the school’s farm; / We learnt it was a stalk which was growing out of the bean itself; / Then it reminded us of the the picture on the left; / But our class became a bit smelly, so we had to change the / However, due to the bad weather, it was difficult for us to monitor their growth; Jack’s beanstalk and his story… water to reduce that smell and so our teacher told us about it. take them out of the window as Silva and Mr. Barros who helped it was too warm for them. us in such an important task. / So we had the help of Mr. António descobrir perspetivas H| Construção de objetos a partir de materiais reciclados · recicláveis MARÇO E ABRIL, 2014 Com o objetivo de se sensibilizar alunos, famílias e restante comunidade para a necessidade de diminuição da nossa pegada ecológica através de atividades efetivas que promovam esta reflexão, bem como a adoção de comportamentos e atitudes ecologicamente sustentáveis, o CEI dinamizou durante os meses de março e abril o concurso de construção de objetos a partir de materiais reciclados/recicláveis. A adesão foi grande e o entusiasmo de todos os participantes bem visível. Parabéns aos vencedores! I | Competição de desenho sobre “Environmentally-friendly town of my dreams” Convidamos todos os alunos do ensino vocacional e profissional a participarem numa competição de desenho subordinada a este tema, onde foi proposto aos alunos desenharem e exprimirem artisticamente o que consideram ser a pegada ecológica. Os trabalhos que resultaram desta competição surpreenderam pelo seu talento e significado! Parabéns aos vencedores! 40 41 J | Construção de cabeçudos em pasta de papel SETEMBRO, 2013 A JUNHO, 2014 •••••• No âmbito do programa Comenius para o biénio 2013 | 2015, “Lets reduce our ecological footprint!”, propusemos aos nossos alunos e seniores do projeto “Troca de Saberes” elaborarem cabeçudos utilizando para tal pasta de papel. O resultado foi melhor do que esperado apesar de todo o trabalho! Os seniores pesquisaram na aula de informática sobre a construção de cabeçudos em Portugal. Em seguida, iniciaram a construção da estrutura em arame para os cabeçudos. Os alunos do 2.º Ciclo recolheram jornais e iniciaram o processo de forra da estrutura em arame, humidificando o papel com água e cola para que aderisse à estrutura. Em seguida, com a orientação das professoras de ET, os alunos recolheram e cortaram o papel para a realização da pasta do papel. Colocaram-no de molho em água durante 3 horas, passou-se o material com a varinha mágica até ficar uma solução líquida. Retirou-se o material do recipiente e colocou-se o mesmo a escorrer. Juntou-se cola branca ao mesmo e misturou-se bem. Posto isto, os alunos do 10.º ano começaram a moldar a pasta do papel até obterem a forma humana de uma cabeça. Depois de secar, os alunos pintaram as cabeças. Após esta fase, os seniores costuraram os chapéus e mantos usados para cobrir as cabeças. Os alunos do Ensino Profissional participaram no desfile da Feira Medieval, usando os cabeçudos e animando a festa de final de ano letivo. K| Construção de de animais fantásticos em pasta de papel SETEMBRO, 2013 A JUNHO, 2014 •••••• No âmbito do programa Comenius para o biénio 2013 | 2015, “Lets reduce our ecological footprint!”, propusemos aos nossos alunos do 2.º Ciclo elaborarem animais utilizando para tal pasta de papel com o objetivo de demonstrar a versatilidade e as potencialidades de um material verdadeiramente sustentável. Assim, os alunos pesquisaram sobre os animais que gostariam de realizar para decorar o espaço escolar com o objetivo de projetarem a construção dos mesmos e, após a realização dos projetos bidimensionais, refletiram sobre os materiais reciclados mais adequados à sua construção a 3 dimensões. descobrir perspetivas Iniciou-se então a construção da estrutura a partir destes materiais, procedendo-se ao revestimento desta com tiras de jornal e cola branca, bem como sua modelação com pasta de papel. Após secagem, procedeu-se à pintura e decoração das estruturas através da utilização de conteúdos explorados na disciplina de EV ao longo do ano letivo. A sua colocação em diferentes espaços escolares foi assegurada pela cooperação de alunos do Ensino Profissional e funcionários da escola para que toda a comunidade educativa pudesse admirar o trabalho ambicioso realizado ao longo de todo o ano letivo por estes alunos e professores! L | Comenius Day JUNHO, 2014 Como forma de celebrar todo o trabalho realizado ao longo do ano no âmbito do projeto Comenius “Let’s reduce our ecological footprint!”, convidamos todos os alunos a tomar parte nas atividades organizadas para este dia, quer fosse na exposição de trabalhos, quer fosse no Peddypaper subordinado a este tema realizado durante a tarde de dia 14 de junho. Os alunos aderiram de forma entusiástica, relembrando conhecimentos adquiridos no âmbito das atividades desenvolvidas, procurando pistas e peças, montando puzzles e interpretando símbolos relacionados com a redução da pegada ecológica. Foi sem dúvida uma tarde bem passada, cheia de atividade ao ar livre… respirando-se o que de melhor a natureza nos proporciona – ar puro!! Para além disso, puderam ainda decorar t-shirts, apostando nas cores, símbolos, bandeiras e slogans para melhor divulgar o que haviam feito ao longo do ano no âmbito do projeto Comenius. Este foi sem dúvida um ano repleto de atividades, aprendizagens e muita reflexão sobre o impacto do nosso estilo de vida no meio ambiente e no planeta em que vivemos. Esperamos conseguir reduzir objetivamente a nossa pegada ecológica, não só no que diz respeito ao espaço escolar, mas também no que diz respeito ao nosso lar. Vamos continuar a lutar para reduzir a nossa pegada ecológica. E vocês? Aceitam o desafio? • Isabel Valente | Coordenadora do Programa Comenius no CEI 42 43 Viagens Comenius IMPRESSÕES > Lituânia | Kaunas OUTUBRO, 2013 E ntre os dias 7 e 10 de outubro de 2013, realizou-se uma visita ao país Lituânia, também nosso parceiro no projeto, onde foram discutidos e analisados os materiais desenvolvidos no âmbito do projeto. Na visita também participaram os representantes dos países parceiros, a saber: Itália, Polónia, Hungria, Portugal, Lituânia e Turquia, que deram o seu contributo com diferentes apresentações. No dia após a chegada, tivemos a oportunidade de visitar a escola em Kaunas e os seus espaços e conviver com os professores e diretores. De seguida, procedeu-se à apresentação de cada um dos países e escolas no auditório principal, onde, utilizando o Inglês como veículo de comunicação, foi possível conhecer de forma mais completa as escolas parceiras, detalhando-se currículos, atividades, anos, e projetos de cada um dos parceiros. No final das apresentações, os alunos da escola presentearam-nos com peças de teatro, músicas e danças típicas do seu país – Lituânia. É ainda de destacar e de louvar a participação de muitos alunos da nossa escola, que, com motivação, entusiasmo e empenho, deram um contributo válido para a concretização desta troca de experiências, realizando previamente um número vasto de trabalhos no âmbito da consciência ecológica, respondendo a questionários e refletindo juntamente com suas famílias acerca de questões pertinentes sobre o nosso planeta. Durante a tarde, procedeu-se ao balanço das atividades até então realizadas e preparação de tarefas a realizar. No dia seguinte realizou-se uma Excursão a Druskininkai e seus arredores, uma visita à fábrica de Cerâmica Preta de Merkinè e ainda aos mosteiros de Liskiava. Para além disso, fomos recebidos pelo Presidente da Câmara e pelo Vereador da Educação de Kaunas que nos quiseram conhecer e congratular pela parceria com a escola da sua cidade. Já descobrir perspetivas durante a tarde, tivemos a oportunidade de realizar uma visita guiada ao Castelo de Kaunas, um emblemático monumento nacional. Nesse mesmo dia, no jantar de despedida ouvirmos algumas reflexões e discursos dos coordenadores e representantes, agradecendo a hospitalidade dos colegas Lituanos que de forma tão acolhedora e alegre nos receberam. O balanço destes 5 dias foi positivo, pleno de momentos de troca de experiências, apresentações de trabalhos, discussão de ideias e de intercâmbio entre culturas e tradições diferentes. • Carla Monteiro | Professora do CEI em intercâmbio Comenius na Lituânia > Turquia | Balikesir FEVEREIRO, 2014 E ntre os dias 24 de fevereiro e 1 de março de 2014, o CEI fez-se representar com o Dr. Joaquim Valente e as professoras Carla Monteiro, Isabel Dias e Isabel Dinis na cidade turca de Balikesir na 3.ª reunião de intercâmbio no âmbito do Projeto Comenius. As atividades iniciaram-se com uma visita às instalações da escola, seguindo-se de um workshop onde os representantes de cada país parceiro partilharam e analisaram os trabalhos relacionados com o tema do projeto “Let’s reduce our ecological footprint”. No dia seguinte, os anfitriões turcos quiseram presentear-nos com uma visita cultural a Ephesus (antiga cidade de Anatólia) próxima da atual cidade Selçuk, à Casa da Virgem Maria e a Şirince (aldeia famosa pela produção caseira de vinho e azeite e pelas suas casas típicas). Terminámos este dia com um jantar convívio em Izmir. No dia seguinte fomos muito bem recebidos na Câmara Municipal de Balikesir pelo governador onde foram abordados assuntos relacionados com o projeto, nomeadamente, com o desenvolvimento sustentável. Seguiu-se a visita ao Museu Kuvayi Milliye (Forças Armadas). No quarto dia de visita fomos até Pamukçu onde, dando seguimento ao projeto num momento ecológico e de interação com os alunos e professores turcos, plantámos árvores. Mais tarde, já de regresso novamente à escola fizemos uma atividade de artes plásticas com a orientação dos professores de artes da escola e seguidamente fizemos um lançamento de balões com os alunos na escadaria da entrada da escola. No final deste dia realizou-se o jantar de despedida num restaurante tipicamente turco também em Balikesir onde tivemos oportunidade de fazer o balanço destes cinco dias que consideramos terem sido muito produtivos. • Isabel Dias, Carla Monteiro | Professoras do CEI em intercâmbio Comenius na Turquia 44 45 > Polónia | Sosnowiec MAIO, 2014 D esta vez rumo à Polónia, lá fomos nós ansiosos por partilhar o que de bom os nossos alunos tinham feito no sentido de reduzir a nossa pegada ecológica. Assim, partimos com destino a Katowice na Polónia, não sem antes passarmos por Frankfurt. Depois de uma viagem longa, mas cheia de boa disposição, chegamos ao final da tarde ao aeroporto de Katowice onde nos esperava, para nos dar uma boleia, nada mais nada menos do que o diretor da escola Polaca em Sosnowiec! Nada mais nos restou neste dia senão um delicioso e animado jantar de boas vindas com toda a comitiva Comenius, onde nos foi oferecido o primeiro miminho: uma caixa decorada por uma das nossas anfitriãs, Ewa, para lá guardarmos todas as memórias desta visita tão calorosamente organizada por ela. No dia seguinte, logo de manhã cedo, seguimos a pé para a escola para uma longa sessão de trabalhos, não sem antes sermos calorosamente recebidos por toda a comunidade escolar, que preparou para nós um desfile de moda ecológico com materiais reciclados e recicláveis, visitas pelas salas onde cantamos e fizemos jogos com os alunos e até plantamos uma árvore no jardim da escola para a prosperidade! Após o almoço seguiu-se a sessão de trabalho onde todos os países intervenientes trocaram experiências, lembranças e, claro, os trabalhos realizados pelos alunos, tudo com muitas fotos à mistura. Os trabalhos apresentados incluíam posters sobre reciclagem e atividades como concurso e exposição de objetos feitos a partir de materiais reciclados, colocação de ninhos de pássaros elaborados pelos alunos nas árvores, realização do projeto “Cultiva a tua planta” e concurso de desenho sobre “A cidade dos teus sonhos amiga do ambiente”. Esta troca foi muito enriquecedora e foi muito interessante vêr a dedicação e a satisfação com que as crianças das várias escolas realizaram as atividades propostas no âmbito do projeto. Tivemos também a oportunidade de visitar a Pszczyna onde pudemos conhecer o imponente castelo museu bem como o seu parque natural e cultural. Assim, cansados, molhados e cheios de frio, regressamos ao hotel para um bom banho quente e o merecido descanso. No dia seguinte, fomos recebidos pelo Vice-Presidente da Câmara de Sosnowiec e, após visionarmos um vídeo promocional da cidade seguiram-se e os tradicionais agradecimentos, discursos e uma visita ao museu da cidade onde fizemos um pequeno, mas divertido workshop sobre a arte de trabalhar com feltro, onde cada um de nós fez o seu próprio alfinete de peito, usando a técnica da água e sabão. À tarde, e apesar das condições do tempo se terem agravado, fomos visitar o parque natural de Ojców, onde pudemos ver e admirar as grutas habitadas por morcegos. Assim, molhados e enregelados, mas com o coração quentinho e a caixinha de memórias a transbordar, seguimos finalmente para o restaurante onde fizemos o jantar de despedida. Mais alguns discursos e sinceros agradecimentos, abraços, risos, lágrimas, emoção e muitas fotos à mistura. Assim terminou mais um encontro de países, cidades, escolas, professores, alunos, enfim culturas no âmbito do Projeto Comenius. E a promessa de voltar. Desta vez a Portugal. Cá vos esperamos! Voltem sempre! • Susana Casquinha | Professora do CEI em intercâmbio Comenius na Polónia caderno das 2013.14 Constipações e vírus NEM SEMPRE SÃO UMA QUESTÃO DE ALARME EM CRECHE M uitos pais mortificam-se pela falta de alternativa à creche ou infántários, e esta preocupação aumenta quando os seus filhos pequenos adoecem. O Jornal de Noticias publicou há algum tempo uma notícia baseada numa investigação de uma equipa do Hospital Ste-Justine e da Universidade de Montreal, no Quebec, Canadá, que defende que, apesar do medo que os pais sentem por causa dos contágios, o melhor é mesmo mandar as crianças para as creches até aos dois anos e meio, não só por causa da socialização, mas também para que o seu sistema imunitário se fortaleça. Esta é também a perspetiva das autoras Ema Grille e Mariana Domingues em “Os bebés não trazem livro de instruções”, no qual apresentam sintomas como obstrução nasal, a rinorreia (ranho mais ou menos espesso), os espirros, a tosse com ou sem expetoração e a dor de garganta, acompanhados ou não de febre, como motivos frequentes de preocupação para os pais. Considerando, no entanto, que estes fazem parte do crescimento da criança. São assim múltiplos os episódios desta natureza, uma vez que é através do contacto com os vários micro-organismos, nomeadamente vírus, que se vai construindo a imunidade da criança, ou seja a sua capacidade de resistir a futuros episódios de doença, após exposição ao mesmo agente. Segundo a mesma a pesquisa já acima referida, os bebés que entram para a creche até aos dois anos e meio sofrem de mais infeções do que os que ficam em casa, embora a taxa de incidência destas doenças seja menor quando são mais velhos e frequentam já o 1.º ciclo. As conclusões desta pesquisa que chegou a ser publicada no “Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine”, dão conta do acompanhamento de crianças entre os zero e os oito anos, nas quais foi estudada a ligação entre a frequência da creche ou infantário e três tipos de infeções (respiratórias, do ouvido e gastrointestinais), desde o pré-escolar ao 1.º ciclo. E dão conta que bebés que, até aos dois anos e meio, foram para creches tiveram maior taxa de infeções respiratórias e de ouvido no início da escola, em comparação com as crianças que ficaram em casa até à pré-escola. Contudo, o risco destes bebés adoecerem do ouvido ou de gripe no 1.º ciclo é menor do que nas crianças que estiveram em casa. Assim, esta pesquisa conclui que: “podem obter uma protecção contra estas patologias durante os anos escolares em que o absentismo por doença tem consequências mais importantes na adaptação e no rendimento escolar”. Há pois que encarar estas situações sem alarmismo e com bom senso, pesando bem os prós e os contras na altura de inscrever o seu filho na creche. • Educadoras | Creche Obstipação funcional na criança A obstipação é um problema pediátrico comum, afetando entre 0,3 – 28% da população infantil nos países ocidentalizados. Já a encoprese ou incontinência fecal, que se refere à perda repetida de fezes, de forma voluntária ou involuntária, em locais não apropriados por crianças com mais de 4 anos, é também um problema sério e preocupante, que pode resultar da obstipação crónica. Estes problemas são causa de stress e transtorno para a criança e familiares podendo resultar em problemas graves de comportamento, pelo que a prevenção e a vigilância por parte dos adultos que convivem com a criança é preponderante. 1 | Causas A obstipação funcional consiste em dejeções infrequentes e difíceis, sem evidência de uma condição patológica, e é responsável por cerca de 95% dos casos de obstipação crónica na criança. É normalmente causada por evacuações dolorosas, que levam, por isso, a uma tentativa de retenção por parte da criança. As crianças com comportamentos de retenção colocam-se normalmente em bicos de pés, balançando-se para a frente e para trás enquanto contraem as nádegas e cruzam as pernas, contorcendo-se numa postura incomodada, normalmente, a um canto. Outras causas da obstipação funcional e dos comportamentos de retenção prendem-se com situações de stress como a ansiedade de separação em filhos de pais em processo de divórcio, a não utilização do WC na escola ou o esquecimento de ir ao WC por estarem muito entretidas nas brincadeiras. 2 | Fases de desenvolvimento com maior incidência · após a introdução dos cereais e comida sólida na dieta, pelos 4 – 6 meses de vida; · com o treino do pote, entre os 18 meses e os 3 anos de idade; · com o início da escola. 3 | Diagnóstico O diagnóstico de obstipação infantil é feito a partir da presença de pelo menos 2 dos seguintes critérios com duração superior a 1 mês em crianças com idade até aos 3 anos, ou com a duração de dois meses em crianças com mais de 4 anos: descobrir perspetivas 48 49 Outras causas da obstipação funcional e dos comportamentos de retenção prendem-se com situações de stress como a ansiedade de separação em filhos de pais em processo de divórcio · a frequência das dejeções (< 3/semana); Após começar o tratamento com laxantes, os pais devem en- · a dureza e o tamanho das fezes; corajar as suas crianças a usar o WC durante 5 – 10 minutos, · a presença de dor na evacuação; sempre à mesma hora, de preferência após o pequeno-almoço · episódios de incontinência fecal ou comportamentos de retenção. ou o jantar (é sobretudo após a refeição que o intestino “trabalha”). Igualmente importante é assegurar a postura correta e o A avaliação da criança com obstipação crónica deve ser feita suporte confortável dos pés quando a criança está na sanita. A pelo seu médico de família ou pediatra, procurando-se através instituição de uma dieta rica em fibras pode ajudar na normali- da história clínica e do exame físico, excluir as causas orgânicas zação do trânsito intestinal, retendo água no intestino e tor- da obstipação que embora raras, são também as mais graves. nando o seu conteúdo mais mole e, por isso, menos doloroso na evacuação. Os frutos como ameixa preta, laranja, kiwi, maçã, 4 | Tratamento Os objetivos do tratamento são a resolução da obstipação, o restabelecimento dos hábitos intestinais, nos quais as fezes pêra e frutos secos, os vegetais, os tubérculos, as leguminosas secas, o farelo de trigo/arroz/aveia e o pão integral são exemplos de alimentos ricos em fibras. são moles e a evacuação faz-se sem desconforto, assegurando que a criança é capaz de ir à casa de banho nas alturas adequa- 5 | Sobre o treino do pote das. Se houver história de incontinência fecal, o objetivo passa O treino do pote pode ser iniciado entre os 18 meses e os 3 por assegurar que a evacuação seja feita em locais adequados. anos de idade. Contudo, é importante não iniciar este treino até que as crianças revelem ter o desenvolvimento adequado. Estas 4.1 Gestão da ansiedade são algumas das pistas que indicam quando o(a) seu filho(a) es- O primeiro passo consiste em gerir a ansiedade da criança e tá pronto(a) para começar o treino do pote: dos pais. Os pais precisam de saber que os casos de incontinência fecal não se tratam de atos voluntários ou desafiadores por parte da criança, mas que ocorrem sem a sua perceção. Os pais devem ter uma atitude positiva e de apoio, pois o tra- · Já não molha a fralda a cada 2 horas e por vezes acorda com a fralda seca; · Os movimentos intestinais são previsíveis, quer seja de manhã, após as refeições ou antes de ir dormir; tamento pode ser prolongado (entre 6 meses a 1 ano) e a pro- · Mostra sinais ou diz que está a obrar; babilidade de recaída existe. · Mostra sinais de que não gosta ou tem nojo da fralda que está suja; 4.2 Estabelecimento de rotinas · É capaz de tirar a roupa (baixar as calças); Embora haja considerável ansiedade por parte dos pais rela- · Compreende o significado de fazer cocó e chichi e que partes do tivamente ao uso de laxantes a longo prazo, por um medo infundado de “habituação aos fármacos”, não há evidência de ris- corpo estão envolvidas; · Mostra interesse em saber como os adultos fazem, seguindo-os co. Alguns laxantes não devem ser usados em crianças mais para a casa de banho. novas e, por isso, a instituição desta terapêutica deve ser feita • por um médico. Francisco Valente, April Machado Internos do 3.º ano de Medicina Geral e Familiar | Centro de Saúde de Ponta Delgada – USISM Mãe, já sou crescido! JÁ OLHASTE BEM PARA MIM? Também tenho um segredo que te quero contar: eu já consigo vestir-me e calçar-me sozinho. Às vezes tenho muita preguiça (…) Lembras-te? Fiz uma birra! J á não sou um bebé! Estou cada vez mais comprido, mais Torna-se deste modo indispensável que pais e famílias com- pesado e até já tenho alguns músculos. Estou muito forte e rá- preendam que as crianças na idade pré-escolar começam a fazer pido, por isso não andes comigo ao colo – é uma vergonha! Pre- progressos e conquistas, tanto físicas como cognitivas. As áreas firo correr, saltar e equilibrar-me só num pé. Queres jogar comi- sensoriais e motoras estão em rápido desenvolvimento permi- go ao Sr. Ratinho? Vou ganhar-te! tindo às crianças correr, saltar mais rápido e melhor, tornando Também tenho um segredo que te quero contar: eu já consigo o seu desenvolvimento motor mais correto e equilibrado. vestir-me e calçar-me sozinho. Às vezes tenho muita preguiça Ao nível cognitivo as crianças tornam-se gradualmente mais porque no dia anterior fui dormir muito tarde. Lembras-te? Fiz sofisticadas no uso do pensamento simbólico. Aprendem a se- uma birra! riar, ordenar, percebem a relação causa-efeito e muito mais… É Sobre este assunto eu sei que tens razão, mas depois de cho- por isso importante estimular e proporcionar novos desafios. rar, gritar e me atirar para chão, quando penso que desta vez A socialização iniciada nesta etapa é fulcral para as crianças. não vou conseguir, ouço as palavras: “OK, mas é só esta vez!” – A relação que estabelece com o outro fá-los perceber que este Iupi! Consegui outra vez! – penso logo. tem sentimentos, que têm de partilhar os mesmos espaços. É Sabes, eu adoro-te mesmo quando me chamas à atenção ou quando me pões de castigo. Eu consigo perceber o que está cer- um processo lento e por vezes difícil de ultrapassar dadas as características egocêntricas que apresentam nesta fase. to ou errado. Às vezes não faço logo o que me pedes porque Todo o trabalho a desenvolver junto das crianças, relacionado preciso de um pouco de tempo e da tua atenção para brincar, com as áreas anteriormente mencionadas estará facilitado se conversar e dar miminhos… os pais e educadores estiverem em sintonia. Este é o segredo Este poderia ser o testemunho real de qualquer criança do Pré-Escolar que se vai apercebendo das vantagens e desvantagens de ser um menino crescido. Assim, é importante que os pais percebam quão importante é deixá-los crescer e usufruir da sua autonomia e responsabilidade, sem medo de “perderem” o seu filhote. na “arte” de educar as nossas crianças. • Educadoras | Pré-Escolar descobrir perspetivas 50 51 Quando a criança não consegue estar atenta e concentrada UMA DAS MAIORES PREOCUPAÇÕES DOS PROFESSORES E EDUCADORES A amplitude da concentração, assim como a atenção, varia de pessoa para pessoa e/ou de criança para criança. Depende das S ão cada vez mais as crianças que possuem dificulda- condições físicas da criança, da hora do dia, do seu bem-estar físico e mental, do que está a acontecer à sua volta e, sobretudo, do quanto está interessado em concluir a tarefa. des em focar a sua atenção, quer em casa quer na escola. Na A atenção é um fenómeno que implica esforço. Por isso, é tão maioria das vezes, ou quase sempre, os problemas de atenção difícil mantê-la quando o interesse é reduzido. Muitas crianças e concentração estão associados às dificuldades de aprendiza- dizem que “a escola é uma ‘seca’”, porque os temas que são gem ou a distúrbios emocionais. abordados nas aulas não têm qualquer tipo de afinidade com Hoje, as crianças estão constantemente expostas a uma gran- as suas experiências de vida. de variedade de estímulos e fontes de ruído. Os meios de co- Para definir concentração, poderíamos dizer que é a forma municação e o ritmo rápido com o qual a geração atual cresce mais intensa de atenção. É necessário prestar atenção para atin- têm contribuído para uma sobrecarga sensorial das crianças e gir uma verdadeira concentração. Portanto, a atenção precede originado dificuldades de concentração. sempre a concentração. Por outro lado, é possível prestar aten- A rapidez das novas tecnologias de entretenimento – como a ção a uma informação sem necessariamente concentrar-se nela internet, as consolas e a televisão – é uma das maiores respon- a ponto de se desligar de todo o resto. Por isso, podemos escu- sáveis por este “super estímulo” nas crianças. tar atentamente uma conversa, por exemplo, e estar ciente do O cérebro da criança fica imerso em atividades muito rápidas que se está a passar à nossa volta. e começa a funcionar com um ritmo também acelerado. Isso A concentração significa, então, direcionar todo o foco aten- dá a sensação de que focar a atenção em algo por um período cional para uma coisa, deixando todas as outras de lado. Qual- mais prolongado é “perda de tempo”, fazendo com que a crian- quer que seja o critério para selecionar a atividade mais impor- ça não consiga dedicar-se a apenas uma atividade durante mui- tante, a criança deve direcionar toda a sua atenção para ela e, to tempo. para isso, é fundamental que pare de tentar fazer diversas coi- Os jogos eletrónicos e a internet não precisam de ser abolidos da vida das crianças, pois eles fazem parte da nossa cultura. O que é necessário é utilizá-los com moderação. A falta de atenção e concentração pode converter-se num grande obstáculo à aprendizagem escolar, originando um rendimento académico inferior às reais capacidades do aluno, aumentando assim a pressão sobre a criança, o medo e a desmotivação. sas ao mesmo tempo. Se a criança for capaz de canalizar toda a sua atenção para uma única tarefa, poderá desenvolver uma capacidade intensa de concentração e, por consequência, concluirá as suas tarefas com muito mais qualidade e de maneira mais rápida. As crianças que revelam dificuldades em concentrar-se parecem não ouvir aquilo que se lhes diz diretamente. Por isso, di- A atenção é uma das bases fundamentais da aprendizagem, ficilmente conseguem seguir as instruções que lhes são dadas, juntamente com a capacidade de memorização, a motivação e esquecendo-se das tarefas quotidianas porque, provavelmente, a comunicação. estão distraídas com outros estímulos secundários. Para definir concentração, poderíamos dizer que é a forma mais intensa de atenção. É necessário prestar atenção para atingir uma verdadeira concentração. Portanto, a atenção precede sempre a concentração. · Propor tarefas que primem pela qualidade e não pela quantidade. · Dividir as tarefas mais complexas em pequenas etapas. Deste modo não manifestam uma atitude desmotivante e sim uma emoção positiva de sucesso. · Valorizar o sucesso o mais possível, o elogio é muito importante. · Fazer questões que ajudem a desenvolver a sua auto-observação. · Permitir atividades de aprendizagem que favoreçam a comunicação oral, mais do que a escrita. · Encorajar a leitura em voz alta. · Realizar exercícios divertidos para estimular e ajudar a focar a A concentração é uma capacidade que pode ser desenvolvida através da prática, quanto mais treinar, melhor será a capacidade de concentração. Como melhorar a concentração das crianças? Quando existem sinais que indicam um défice de atenção, a atenção. · Fazer com que a criança dedique mais tempo à tarefa que está a realizar e o faça com prazer e motivação. · Não permitir que a criança deixe uma tarefa a meio, terá que a realizar até ao fim. intervenção reeducativa específica é de extrema importância, · Os trabalhos de casa deverão ser feitos pouco tempo depois da Todavia, existem muitas e variadas tarefas que os pais e os pro- criança chegar da escola. Não autorizar o “ir brincar” ou “ir ver fessores podem implementar para melhorar a capacidade de televisão” antes de fazer os trabalhos, uma vez que quando os concentração das crianças em geral. for fazer estará cansada e, consequentemente, muito menos con- Estas dificuldades podem ser prevenidas com exercícios de concentração específicos, disciplina e regularidade. centrada. · Realizar jogos que estimulem o seu raciocínio e a sua capacidade de concentração, como por exemplo, puzzles, sudokus, palavras ALGUMAS ESTRATÉGIAS: · Facultar à criança um ambiente que seja tranquilo e ausente de cruzadas, procura de diferenças, sopas de letras, etc. · Passear ao ar livre, num jardim ou num parque infantil. barulhos ou de outros distratores que possam perturbar e desviar a sua atenção. · Organizar as rotinas educativas, fazendo listas de tarefas, horários de atividades. O facto de a criança ter escrito aquilo que deve fazer, Concluindo, pais e professores devem procurar trabalhar em equipa no que diz respeito ao desenvolvimento das capacidades de atenção e concentração das crianças. ajuda-a a estruturar aquilo que ela é incapaz de estruturar sozinha. Se após a implementação destas estratégias, os pais e os pro- · Estabelecer regras, tê-las escritas ao seu alcance, transmite-lhe fessores constatarem que a criança não altera a reduzida capa- segurança. · Repetir instruções. As crianças com esta problemática necessitam que lhe digam as coisas várias vezes. cidade de atenção e concentração, o ideal é pedir a intervenção de um especialista. • Anabela Duarte, Daniela Almeida | Gabinetes de Apoio Educativo e Psicologia descobrir perspetivas 52 53 Teorema das Quatro Cores MATEMÁTICA DIVERTIDA S empre que se refere a palavra matemática, teorema, demonstração há algum nariz que se torce, algum sobrolho que se franze, algum suspiro que se escapa. Há, contudo, muitos sorrisos que se esboçam, muitas mãos que se esfregam e que traduzem a disposição interior e o querer superar(se) perante o que se apresenta como desafio e desafiante. A matemática exige, sem dúvida, uma atitude proativa! Apresentamos neste breve texto um “problema” que, como tantos outros problemas matemáticos começou de uma forma casual, que na sua essência é muito fácil de formular, fácil de ser entendido, apelativo e que desperta com facilidade o querer demonstrar a sua veracidade. Entramos no mundo dos teoremas! Antes de mais, cabe explicar que um teorema matemático é um termo introduzido por Euclides (um dos mais famosos matemáticos da antiguidade, e mesmo de todos os tempos, que viveu entre 330 e 290 a.C. a quem se devem inúmeras conquistas no domínio da Matemática) para significar “afirmação que pode ser provada”. O Teorema das Quatro Cores tem como base da sua formulação a determinação do número mínimo de cores necessárias para colorir um mapa de forma a que países com fronteira comum tenham cores diferentes sem esquecer um pequeno detalhe: as regiões que só se tocam num ponto não são consideradas vizinhas. Podemos até já ter visto algum mapa assim pintado, mas talvez não seja assim tão inequívoco! O Teorema das Quatro Cores, por mais simples que seja a sua formulação, manteve ocupados alguns grandes matemáticos e permaneceu por resolver durante mais de uma centena de anos. Só em 1852, Francis Guthrie conjeturou que 4 era esse número mínimo. Guilherme Carvalho | 4.º ano Francisco Pereira | 2.º ano Muitos dos melhores matemáticos do século XX trabalharam seriamente neste problema. Este estudo teve um papel muito importante no desenvolvimento da Teoria dos Grafos ficando pelo caminho muitas questões e vários problemas relacionados foram resolvidos. Não obstante a aparente simplicidade, só ao cabo de mais de cem anos, em 1976 (recente!), se conseguiu provar que realmente a conjetura estava certa, obtendo-se o chamado Teorema das Quatro Cores. Este teorema foi demonstrado com a ajuda indispensável de um computador IBM 360 por Appel (matemático americano) e Haken (matemático alemão). A prova mostrava que, se para cerca de 2000 formas “básicas” de mapas era possível colorir as regiões nas condições do teorema, então para qualquer outro mapa também seria. Quando a notícia do feito se espalhou pelos vários departamentos de matemática, houve um enorme entusiasmo, muitos professores interromperam as aulas para comemorar. Mas a euforia esfriou em muitos deles quando souberam que essa demonstração incluía mais de mil horas do uso de computadores de alta velocidade. A prova era demasiado longa para ser verificada à mão e havia sempre a possibilidade de os computadores terem cometido algum erro de difícil deteção. O computador IBM 360 foi anunciado publicamente pela IBM em 1965. / Trabalhos dos alunos do CEI realizados durante o campo de férias Mariana Bizarro | 4.º ano \ Martim Rocha | 3.º ano \ Sílvio Branco | 3.º ano \ Sebastião Bizarro | 1.º ano \ Maria João | 5.º ano Sendo a prova atual demasiado longa, as verificações a fazer não podem ser feitas diretamente por um ser humano. Trata-se do primeiro grande resultado, cuja prova exigiu o recurso a meios informáticos. Hoje em dia, a validade da demonstração é aceite na generalidade da comunidade matemática, mas não deixa de ser polémica. Está em causa o reconhecer uma argumentação baseada numa enorme quantidade de cálculos por computador, impossíveis de ser verificados detalhadamente por um ser humano durante toda a sua vida. E assim se vai fazendo matemática! Olhando para a imensidade desta matéria, a matemática, mesma a matemática moderna, é uma ciência na sua infância. (A. Whitehead) • Inês Cruz, Esmeralda Pinto, Cláudia Rocha | Professoras de Matemática CLIL no CEI EXPERIÊNCIA PILOTO NO 3.º, 5.º E 7.º ANOS DE ESCOLARIDADE P retendemos com este artigo explorar a temática da aprendizagem de línguas, de acor- do com a abordagem CLIL ou, se quisermos, Aprendizagem Integrada de Conteúdos através de uma Língua Estrangeira – CLIL (Content and Language Integrated Learning). Esta abordagem pressupõe o ensino de disciplinas tais como a História, Estudo do Meio, Ciências, Matemática ou Geografia em língua estrangeira, o que poderá contribuir para uma pedagogia do sucesso, promovendo no jovem uma atitude positiva de autoconfiança face à aprendizagem de línguas. Aquisição | aprendizagem de línguas A investigação científica realizada neste campo permite-nos compreender melhor a relação entre a “aquisição de uma língua” e a “aprendizagem de uma língua”. As crianças revelam grande capacidade para “adquirirem” a língua falada em casa, razão pela qual se acredita que se aprende melhor línguas quando se é criança ou muito jovem. As crianças mais velhas e os adultos tendem mais para a realização de uma aprendizagem das línguas, geralmente em contexto escolar, nas aulas de língua estrangeira e cada vez mais com a ajuda de meios informáticos. Uma aprendizagem linguística pode ser bem sucedida quando se tem a oportunidade de receber instrução e ao mesmo tempo vivenciar situações que impliquem aquisições linguísticas. descobrir perspetivas Uma maneira natural de assimilar uma língua As oportunidades para a prática de uma língua constituem um fator decisivo para a aprendizagem dessa mesma língua, o cariz prático e útil desta é fundamental. É neste contexto que o CLIL pode ter um grande interesse. Uma das razões que poderá explicar a facilidade revelada pelas crianças relativamente à aprendizagem de línguas prende-se com o meio natural no qual a atividade se desenvolve. Uma aula de língua, na qual os alunos têm que realizar por vezes a difícil tarefa de perceber tópicos de gramática ou decorar vocabulário e palavras novas, muito raramente é “natural”. A aula de língua é essencial para os alunos compreenderem a “mecânica” da linguagem, ou seja, a sua arquitetura. Porém, nem sempre o professor de línguas estrangeiras dispõe de tempo para ir além deste aspeto crucial do processo de aprendizagem, durante as aulas. Os alunos necessitam de tempo para fazerem construções com essas “ferramentas”, de forma a poderem estruturar o edifício que viram de maneira teórica, no papel, no quadro, no livro durante as aulas. Qualquer que seja a idade do aluno, o CLIL poderá oferecer um contexto natural para o desenvolvimento linguístico, no quadro de outras modalidades de aprendizagem. Esta utilização natural da língua poderá incentivar a motivação e a vontade de aprender línguas. É nesta naturalidade e autenticidade dos contextos de aprendizagem que parece residir a importância do CLIL na promoção do sucesso, quer em relação à aprendizagem de línguas, quer em relação às matérias ensinadas. E foi exatamente nesse sentido que sentimos necessidade de implementar nas nossas turmas este projeto. Realizamos algumas sessões no 3.º ano nas disciplinas de Estudo do Meio e de Matemática. O feedback dos alunos foi francamente positivo, manifestando sempre vontade em realizar novas e mais sessões. Na disciplina de Estudo do Meio abordaram-se questões e conteúdos relacionados com a cidade e instituições. Os alunos trabalharam não só estes temas, como também tiveram a oportunidade de utilizar em contextos mais reais expressões relacionadas com indicações, questionar e responder acerca de como chegar a uma determinada instituição ou estabelecimento. Outros dos tópicos abordados foram a Reciclagem e Meio Ambiente, onde foi possível estabelecer uma relação com o projecto Comenius “Let’s reduce our ecological footprint” e a alargar o campo lexical e vocabular relativamente ao tema. Ainda no 3.º ano na disciplina de Matemática os alunos aprenderam frações e exprimiram-se acerca destas em Inglês. Foi delicioso vê-los e ouvi-los e como o conseguiam fazer tão bem! Já na turma do 5.º ano, os alunos realizaram várias sessões de acordo com a abordagem CLIL no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, explorando a diversidade nos animais (ao nível do seu habitat, alimentação, tipo de corpo e seu revestimento, locomoção), bem como a estrutura da flor (seus constituintes, funções e importância nos ecossistemas). Assim, e apesar de algum receio inicial, todos os alunos participaram de forma espontânea, utilizando para tal a língua inglesa, colocando de parte medos e preconceitos para descobrirem como já conseguiam usar uma língua estrangeira para aprender conteúdos de outras disciplinas. Com efeito, alunos e professores foram surpreendidos pela forma espontânea como todos sem exceção participaram, procurando superarem-se a favor da comunicação em sala de aula. Também na turma do 7.º ano foram realizadas algumas sessões no âmbito da disciplina de Ciências relativamente aos ecossistemas e particularidades e características destes. É curioso mencionar o facto de que mesmo alguns alunos com dificuldade na língua, mas motivados para as 54 55 alunos e professores foram surpreendidos pela forma espontânea como todos sem exceção participaram, procurando superarem-se a favor da comunicação em sala de aula. ciências, tentaram, apesar das suas inseguranças, exprimir-se e opinar acerca dos conteúdos em inglês. Obviamente, atividade a repetir com esta turma também, que manifestou claramente estar motivada para o projeto! Uma experiência a repetir… EM POUCAS PALAVRAS… Content and Language Integrated Learning (CLIL) é o termo genérico que descreve simultaneamente: · O aprender em conteúdo ou assunto, utilizando uma língua estrangeira como veículo de comunicação. · O aprender uma língua estrangeira, estudando um conteúdo ou disciplina específica. Como funciona? · Os conteúdos são ensinados e aprendidos numa língua que não a língua materna dos alunos. · Baseia-se na aquisição da língua estrangeira e simultaneamente no estudo de um conteúdo especifico. · O conhecimento da língua torna-se o meio de comunicação dos conteúdos de aprendizagem, enquanto que a língua estrangeira é integrada no currículo. · A aprendizagem é facilitada através do aumento da motivação e do estudo da língua num contexto natural ou mais real. · Os alunos tornam-se mais aptos a expressarem-se na língua Inglesa. · A fluência é mais importante do que a exatidão e os erros são uma parte natural da aprendizagem de línguas. Quais as vantagens? · Conhecimento de contextos culturais mais amplos. · Preparação para a internacionalização. · Reforço do perfil escolar a nível das línguas e de outras disciplinas ou conteúdos. · Melhoria da competência geral e específica da língua estrangeira. · Desenvolvimento de interesses e atitudes multilingues. · Diversificação dos métodos e formas de ensino e aprendizagem em sala de aula. · Aumento da motivação dos alunos. • Carla Monteiro, Isabel Valente | Professoras de Inglês descobrir perspetivas 56 57 Literacia e inclusão financeira D e uma forma geral, pensa-se que a economia é algo · A grande maioria da população atribui muita importância ao pla- de muito complicado e difícil. Na realidade, a economia é uma neamento do orçamento familiar. No entanto, a maioria dos por- ciência que se preocupa com o estudo de aspetos simples e na- tugueses não faz poupanças; turais da vida quotidiana de todos nós. Neste sentido, é cada vez mais importante a abordagem de · A maioria dos inquiridos sobreavalia os seus conhecimentos financeiros. temas de economia nas escolas, com temáticas diversas e va- Por tudo isto, reconhece-se a necessidade de formação na riadas, que possam criar uma cultura de literacia e inclusão fi- área financeira e económica, permitindo que cada um possa, dia- nanceira. Desta forma, esperamos contribuir para a promoção riamente, tomar decisões na posse do maior número de infor- do nível de conhecimentos financeiros da população escolar, o mação possível, de modo a melhor poder avaliar os custos e be- que lhes permitirá assumirem o seu papel na sociedade de uma nefícios de uma determinada opção. forma mais esclarecida e consciente. De acordo com a definição introduzida por Schagen, “literacia Neste sentido, o Centro de Educação Integral, irá promover no próximo ano letivo atividades que permitam aos seus alunos: financeira é a capacidade de fazer julgamentos informados e to- · Melhorar o conhecimento e atitudes financeiras; mar decisões concretas tendo em vista a gestão do dinheiro”. · Promover uma maior inclusão financeira; Diariamente somos confrontados com a necessidade da tomada · Desenvolver de hábitos de poupança; decisões de cariz económico e financeiro, tão simples quanto a · Criar hábitos de precaução financeira. gestão do orçamento familiar, o controlo da conta bancária, e a escolha dos produtos e serviços bancários de acordo com a si- Desta forma, pretende-se que os alunos do CEI adquiram tuação de cada um. Por isto, torna-se importante que desde competências de literacia financeira, que lhes permitam adqui- muito cedo cada um possa adquir conhecimentos financeiros rir conhecimentos técnicos para lidar com questões financeiras, mínimos, que lhe permitam ter capacidade de leitura, análise e e se sintam motivados para a pesquisa de informação que lhes gestão de diversos aspetos financeiros. possibilitem ganhar confiança na tomada de decisões de cariz O Banco de Portugal revelou em 2011 as conclusões de um financeiro. estudo efetuado no ano anterior “Inquérito à Literacia Finan- Pretende-se ainda que os alunos do CEI adquiriram conhecimen- ceira da População Portuguesa”, das quais se destacam algu- tos elementares de economia e finanças para que melhor con- mas conclusões: sigam entender e criticar o mundo económico em que vivemos. · O estudo revela atitudes dos portugueses em geral adequadas na • Marco Pinho | Professor de Economia área financeira que, no entanto, não se refletem totalmente nos seus comportamentos; · Os conhecimentos dos portugueses sobre conceitos financeiros e fontes de informação são ainda insuficientes; · Os serviços mínimos bancários não são conhecidos pela generalidade da população portuguesa; \ www.moneyla.pt \ www.crescer.sapo.pt \ www.saldopositivo.cgd.pt Desafio à Escola! “É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.” Immanuel Kant A escola concorre com novas fontes de saber e conhe- xão e crítica, bem como desmotivação para explorar e produzir cimento! O acesso fácil aos dados e à informação global promo- conteúdos, obter competências, construir o seu próprio conhe- ve, de forma instantânea e intensa, a educação informal, e pe- cimento, para além da ausência de valores de respeito pelo ou- rante esta realidade que impera, a escola enfrenta novos tro, nomeadamente pelo seu trabalho e conhecimento. desafios, nomeadamente “ajudar os alunos a tornarem-se independentes e auto-regulados” (Arends, 2008, p.17). Numa perspetiva construtivista, Meirinhos (2000, p.8) refere que Assim, independentemente do tipo de ensino, a resposta a este paradigma passa por incentivar os alunos a aprender a aprender, ou seja, “que estes estabeleçam uma relação aberta com o a escola tem de promover “três componentes fundamentais e saber” (Apap et al., 2002, p.19), com o objetivo de construir, de forma cons- interrelacionadas: o conteúdo, as competências e as atitudes”, ciente e responsável, o seu próprio conhecimento, desenvolven- bem como qualificar para o uso das novas tecnologias, pelo que do competências fundamentais para a sua integração na socie- é determinante repensar e ajustar o ambiente e estrutura, os dade, ou seja, que contrariem “o conjunto de normas ou regras meios, as práticas pedagógicas e os currículos de aprendizagem, adquiridas por hábito” que dificultam o desenvolvimento inte- de forma a direcionar o interesse natural dos alunos pelas novas gral do indivíduo (Barros Dias, 2004, p. 26). tecnologias em prol da aprendizagem. E, é nesta linha de ação que o Centro de Educação Integral tem- Este contexto, por ser mais rico em recursos e informação, se destacado ao longo destes anos, nomeadamente pela sua in- permite ao aluno a construção de conhecimento de forma mais tervenção não só ao nível do conhecimento e das competências autónoma, pelo que o papel do professor altera para o de um profissionais, como também ao nível das atitudes e valores dos guia, um mediador ou dinamizador, que trabalha com os alunos alunos que acolhe. em parceria, procurando refletir e interpretar de forma crítica a Reconhecido pelos alunos, famílias e comunidade envolvente, informação, orientando o trabalho de pesquisa e de construção o Centro de Educação Integral continuará a abraçar este desafio, de conhecimento, isto é, no sentido de o capacitar para “saber contribuindo para a educação integral dos jovens e, consequen- localizar, valorizar, selecionar e tratar a informação de maneira temente para a construção de um mundo melhor. a que se converta em conhecimento” (Meirinhos, 2000, p.6). • Ana Matos | Professora do CEI Formação Jovens Desta forma, a introdução das novas tecnologias de comunicação na prática pedagógica dos professores, agilizam e melho- BIBLIOGRAFIA: ram o processo de ensino-aprendizagem, na medida em que des- Apap, G., Azzimonti, F., Béal, Y., Benardia, F., Benhardon, O., Bunales, R., et al. pertam o interesse, a motivação e o envolvimento dos alunos (1996). “A construção dos saberes e da cidadania. Da escola à cidade”. Porto Alegre: no tratamento de conteúdos atuais e pertinentes, bem como favorecem a colaboração e estimulam a construção do conhecimento do aluno, do grupo e do professor. Contudo, com alguma frequência, assiste-se a comportamentos inadequados ao processo de aprendizagem, como é a desonestidade académica (a fraude e o plágio), denotando-se reduzida capacidade de refle- Artemed Editora, SA. Arends, R. (2008). Aprender a ensinar, capítulo 1 “As bases científicas da arte de ensinar”. [online]. http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=1137311 Barros Dias, J. M. de. (2004). “Ética e Educação”. Lisboa: Universidade Aberta. Meirinhos, M. (2000). “A escola perante os desafios da Sociedade da Informação”. [online]. http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=881741 descobrir perspetivas 58 59 Alimentação e segurança UMA PREOCUPAÇÃO BEM ATUAL! A s empresas do setor da restauração fornecem alimen- tos e bebidas para os consumidores em todos os setores da sociedade, como creches, escolas, hospitais, casas de saúde, restaurantes, bares, takeaway e fast food. a qualidade e segurança alimentar de forma a evitar futuras doenças de origem alimentar. No entanto, não devemos esquecer que este processo começa na nossa própria casa. Aspetos simples, como lavar corretamen- Esta indústria expandiu-se bastante e tem sofrido profundas te as mãos antes de manusear alimentos, não manipular simul- alterações nos últimos anos. Vários fatores contribuíram para taneamente alimentos confecionados e crus, não descongelar isso, nomeadamente mudanças de estilo de vida, aumento de alimentos em contacto com água nem ao ar livre, mas sim no viagens de negócios e lazer e aumento do poder de compra. frigorífico antes 24h da confeção são metas cruciais para evitar Devido ao aumento do consumo dos alimentos designados intoxicações alimentares. por prontos a consumir, como por exemplo o Arroz de Pato ou Em relação aos alimentos prontos a consumir adquiridos nos a Lasanha, a sua confeção rápida representa uma preocupação hipermercados, é necessário confecioná-los no tempo e tempe- acrescida relativamente à segurança e qualidade alimentar, de- ratura aconselhados na embalagem, de forma a eliminar a flora vido aos microrganismos patogénicos eventualmente presentes. microbiana. Aos alimentos confecionados em casa, não consu- À luz disto, existe uma tendência crescente para os consumido- midos diretamente, como por exemplo a sopa, colocar direta- res evitarem produtos tratados quimicamente, em favor dos na- mente na parte superior do frigorífico, de forma a não ocorrer turais, dando vantagens à dieta mediterrânea. desenvolvimento microbiano. Face a esta procura, há uma necessidade em desenvolver téc- Como conclusão, podemos referir que não estamos somente nicas para manter a qualidade natural dos alimentos prontos a dependentes de regras de segurança e qualidade alimentar nas consumir sem a utilização de conservantes químicos, como por indústrias, pois a maioria das intoxicações alimentares ocorrem exemplo a embalagem de vácuo. Este tipo de produção requer em nossa casa. Por isso, é essencial o cumprimento de normas matéria-prima de qualidade, atenção especial para a cadeia de para que estas não ocorram. produção, uma manipulação cuidadosa e um controlo rigoroso • Maria João Moreira | Professora de Cozinha de temperaturas de distribuição, comercialização e venda. O cumprimento das boas práticas de higiene e fabrico, processamento e distribuição de refeições e ações de formação a manipuladores de alimentos sobre a higiene e microbiologia alimentar são linhas fundamentais de defesa na prevenção da maioria das doenças de origem alimentar. Daí a necessidade de \ cartilha_seguranca_alimentar_anvisa_img_7 formar jovens na área da restauração com conhecimentos sobre \ httpdicalinks.como-que-procurar-ao-conduzir-uma-inspecao-de-seguranca-alimentar As empresas comunicam? “Se tiver uma questão importante a comunicar, não tente ser subtil nem esperto. Utilize um malho. Dê-lhe um golpe certeiro. Depois, volte e dê-lhe outro. Em seguida, dê-lhe um terceiro, daqueles valentes”. Winston Churchill (1874-1965), estadista os sentidos, com todos os públicos e tem de ser gerida em antecipação e com agilidade para poder ser competitiva e eficaz num mercado global. Os tempos de mudança que vivemos são também um momento muito importante de reflexão sobre os “resultados imediatos”, os “prémios extraordinários”, obtidos trimestre a trimestre, das estratégias do curto prazo e da exaltação do poder assente em best-sellers automáticos e discursos assumidos co- A mo evangelhos instantâneos do sucesso (agora sabe-se, em muitos casos, construído sobre falsas premissas). comunicação organizacional tem desempenhado um Os negócios de maturação lenta e pequenos nichos de mer- papel fundamental no desenvolvimento das empresas e tem si- cado, que no passado não eram tolerados, são agora a priorida- do a expressão de um novo tipo de gestão nas relações sociais, de de qualquer empresa, independentemente da sua dimensão conciliando elevada autonomia, participação, conhecimento e e organização. responsabilidade entre os seus membros. Ainda que subsistam vários modelos de comunicação organizacional e alguma resistência à forma como os mesmos devem ser implementados existe, contudo, um princípio comum a to- Também a comunicação massificada e hierarquizada ao nível dos grandes grupos veio a revelar-se, em muitos casos, desajustada. Esta alteração ocorre porque o mundo dos negócios é dinâmi- dos eles e que tem estado no centro das atenções: a necessida- co e não admite eternamente “reengenharias” de processos de de motivar as pessoas para os resultados e para os objetivos “criativos”, nem regras definitivas. de desenvolvimento das organizações. Hoje, a prioridade é o futuro em que todos têm que ser ágeis, Este princípio, como afirmou Druker, não é apanágio apenas mas também eticamente responsáveis pelos seus atos. Por isso das empresas mas da própria sociedade organizacional em que as qualidades pessoais mais valorizadas assentam cada vez vivemos e da necessidade de assumirem responsabilidades mais na coragem, na ética, na inovação, na sensibilidade, na sociais. competência e na capacidade de comunicar não apenas ao nível Mas há épocas em que as notícias parecem contrariar estes dos grupos mas individualmente com todos os stakeholders. princípios, pondo em causa todo o processo de comunicação, a A gestão dos processos de negócio, a divulgação de informa- sua credibilidade e mesmo a confiança que a sociedade legitimou. ção relevante e a performance empresarial são cada vez mais Longe vão os tempos em que os gestores estavam apenas dis- um ato de comunicação sujeita à interpretação dos mercados e poníveis para falar uns com os outros, instalados longe dos da sociedade que os legitima ou sanciona e cujas consequências grandes “palcos de guerra”. Todos perceberam, de forma distin- e impacto a todos interessa. ta, que a verdadeira comunicação se faz no terreno, em todos • Manuel Augusto Almeida descobrir perspetivas 60 61 “Construindo Afetividades – que caminhos?” CONFERÊNCIA FINAL – REFLEXÕES DA PRIMAVERA “Mimo a mais não existe, o que existe é falta de limites!” N o âmbito da 7.ª edição das Reflexões da Primavera su- bordinadas ao tema: “Uma Escola para a Vida – Saudável, Integral, Proativa!”, decorreu no dia 28 de março no nosso auditório uma conferência subordinada ao tema “Construindo Afetividades – que caminhos?”, orientada pelo Prof. Doutor Francisco Machado, investigador em Psicologia Escola e Educação. Foi com alegria e entusiasmo que professores, pais e alunos encheram o nosso auditório para assistir e participar nesta conferência que se pautou pela proximidade, boa disposição e tom intimista do Doutor Francisco Machado que a todos impressionou pela sua simplicidade, objetividade e sinceridade. Desde logo, provocou toda a assistência ao afirmar que: “Mimo a mais não existe, o que existe é falta de limites!”, procurando assim estimular a reflexão sobre a necessidade de entrega e dedicação de pais aos seus filhos sem medo de os tornar mimados, dotando-os porém de limites bem claros sobre o que podem ou não fazer. Destacou ainda que a imposição de limites equilibrados e até flexíveis em contextos “devidamente especiais” é também uma forma de afeto e proteção que os prepara mais e melhor para o futuro em sociedade. Para além disso, confessou que, ao longo da sua carreira de investigador ao nível dos problemas dos jovens e adolescentes, havia concluído que a maioria destes, resultam da falta de afeto ou da perceção, errada ou não por parte do adolescente, da falta do mesmo. Assim, é necessário que a escola surja como porto de abrigo, como local de reajuste e de educação e reeducação para os afetos, ajudando pais e filhos, professores e alunos a reencontrarem-se na expressão de afetos. Deste modo, concluiu que é urgente dedicarmo-nos a trabalhar os afetos, sem medos, vergonhas ou embaraços, procurando educar crianças, jovens e adultos para que se tornem mais proficientes na expressão dos seus afetos. Aceitemos pois o desafio do Prof. Doutor Francisco Machado – mostremo-nos mais disponíveis para dar e receber afetos! • Isabel Valente | Coordenadora do 2.º, 3.º Ciclos e Ensino Secundário criatividades descobrir criatividades • Pinta a Mandala de acordo com as regras do Teorema das Quatro Cores! • Trabalhos de alunos 62 63 • Animais Fantásticos em pasta de papel • Cabeçudos em pasta de papel descobrir criatividades 64 65 V Concurso de Poesia PORTUGUÊS | LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Poemas vencedores – edição 2013 | 2014 CEI – A Minha Escola! École Pour la Vie Esta escola chama-se CEI: Mon école c’est pour la vie Uma escola para a vida – Saudável, integral e proativa. Et mes professeurs aussi. Entrem, não vai haver saída! Ils nous enseignent, ils nous expliquent Pavilhão, campo sintético, biblioteca, Ils font part de ma famille. cantina, piscina e equitação. Mon école c’est pour la vie. Entrem! C’est ma seconde maison. Estas oportunidades vocês não perderão! C’est toujours dans ma mémoire Esta escola educa! Et toujours dans mon cœur. Esta escola é para a vida! / Filipa Teixeira | 7.º ano A todos ensina de forma séria e divertida! Da creche ao secundário São etapas bem diferentes. Começando com o abecedário Tornamo-nos inteligentes! / Maria João Paiva | 5.º ano CEI… Aqui Somos Felizes! École Pour la Vie Eu sei de uma escola que sabe ajudar. L’école nait comme une fleur. É uma escola que em nós sabe confiar. D’abord la semence, Nós somos o futuro e a esperança De uma escola saudável, integral e proativa! Après elle grandit avec des feuilles de sagesse Et la fleur montre la vie avec luminosité de joie. Somos crianças, somos a esperança Je suis née à l’école De uma escola para a vida! Comme une fleur. Somos fortes como muralhas! J’ai appris, j’ai joué et j’ai brillé Somos uma família unida. Se algo nos tenta derrubar Pode dar a luta por perdida. Aqui somos fortes como aço! Aqui somos felizes! / Beatriz Moreira | 6.º ano Comme le soleil brille dans nos jours. / Eduarda Carvalho | 9.º ano Crescer no CEI I Love My School We love our school We do not have Any frightening rule Our teachers here are fun But if you do some wrong stuff And they will call your mom! Such a lovely atmosphere In this amazing school And we have to add Somos flores da nossa pátria, This place is really cool! Crescemos juntos, School days are very dear Florescemos juntos, We love every year we spend in here E juntos planeamos o nosso belo Studying in this school futuro! Is not simply a pleasure / Bernardo Marques, Daniel Ferreira | 7.º ano Its truly a life time treasure! / Alunos | 10.º ano This is My School In the school we learn Everything we need Friends and teachers help us This is a great school indeed! Here we learn To be someone To apply our knowledge From now on… Here we sometimes do wrong But here we grow… Here we learn to respect Here we love so!!! / Saskia Stein | 8.º ano no CEI “O meu percurso no CEI!” P assaram 3 anos desde o início do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde, no Centro de Educação Integral. Foi uma experiência enriquecedora a todos os níveis, uma vez que existiram momentos de partilha de conhecimento, alegrias, tristezas, o que permitiu a criação de laços entre professores e alunos tão significativos que arriscava chamar-lhes familiares. Por isso, ficam aqui alguns testemunhos de alunos que fazem parte desta família de CPS7. • Susana Oliveira O CEI surgiu no meu percurso escolar com o objetivo de me trazer mais conhecimento e uma boa média, pois tinha ideia de prosseguir estudos para a universidade. Ideia essa que já não é a minha prioridade, mas sim, a entrada no mercado de trabalho. A minha passagem pelo CEI teve a duração de apenas dois anos. Entrei numa turma já formada, com um ano de relação e história. Tive de trabalhar arduamente para realizar módulos em falta de acordo com o plano do curso que escolhi. Para além disso, foi difícil adaptar-me às novas regras e ao rigor com que era acompanhada. Todavia, o tempo foi passando, criei amizades, realizei os módulos com sucesso, aprendi a lidar com as regras que inicialmente tanto me incomodava e, que afinal, existem para o bom funcionamento da escola. Estes dois anos foram uma fonte de conhecimento e realização profissional. Os professores estavam sempre dispostos a ajudarem-me no que fosse preciso, os funcionários são simpáticos e alguns até brincalhões o que só vem fortalecer o nosso relacionamento com a escola. De facto, a escola é pequena mas simpática, e tudo isto contribui para a criação de um ambiente de escola formidável. O curso Técnico Auxiliar de Saúde não era o que eu pretendia inicialmente, mas, quer pelo contexto pessoal, quer pelo contexto familiar, provou ser a minha melhor decisão e hoje, digo com orgulho, sou uma auxiliar de saúde! A melhor experiência que este curso me proporcionou foi o estágio, quando colocamos em prática o que aprendemos. Na verdade, chegava ao fim de um dia de estágio exausta, mas a alegria que sentia por ter feito os outros sorrir, ter dado mais cor ao seu dia, esse sentimento era tão bom e tão grande que o cansaço era quase insignificante. Este é sem dúvida um curso espantoso. É muito bom contribuir para o bem-estar e felicidade dos outros, arrancar um sorriso do rosto deles quando já quase nada os faz sorrir. “Cento de Educação Integral – Uma Escola Para a Vida”, é mesmo uma escola para vida, que acompanha o nosso crescimento tanto profissional como pessoal, onde aprendemos muito que levamos com certeza para o nosso futuro e dia-a-dia… Por tudo isto… valeu a pena todas a horas dedicadas a cada um de vocês, porque sois únicos e irrepetíveis! Esta secção retrata o testemunho daqueles alunos que, uma vez tendo concluído o seu percurso no CEI, continuaram a fazer do seu projeto de vida um exemplo inigualável de esforço, trabalho e empreendedorismo nos dias de hoje… porque o CEI fez toda a diferença numa Educação para a Vida! • Bruna Oliveira O CEI foi uma nova experiencia na minha vida. Já tinha frequentado outra escola até ao 11.º ano no curso de Ciências e Tecnologias. Todavia, sentia que este não era o percurso mais indicado para mim e que, futuramente, este não me iria trazer grandes oportunidades ou saídas profissionais. Não pretendia ir para a universidade e precisava de mudar a minha vida, a minha rotina e as pessoas com quem convivia. Decidi mudar de escola. Tinha alguns amigos que frequentavam o CEI e falavam-me da escola. Resolvi inscrever-me. O único curso com vagas disponível era o Curso Profissional de Técnico de Auxiliar de Saúde e, apesar de não se enquadrar nas minhas expetativas, arrisquei. A fase inicial na escola foi difícil. Era uma escola pequena, com regras para tudo (desde o uso do telemóvel, saídas após o horário letivo, etc.), mas com o tempo habituei-me. Pude sempre contar com o apoio dos professores e me ajudavam a ver as coisas de outra forma. Preocupavam-se não só com o nosso conhecimento escolar, mas também em dar-nos dicas para gerirmos da melhor forma os nossos problemas pessoais. Em relação ao curso, cheguei ao fim com outra forma de pensar. O que aprendi durante este e com o estágio, fez-me valorizar bastante esta profissão, a qual aprendi a gostar. Acho que este é um dos melhores cursos do ensino profissional, pois pressupõe não só a saúde, como a relação com o próximo. Para além disso, este curso é importante no nosso dia e dia e permitenos ajudar as pessoas que nos são mais próximas e queridas desde familiares a amigos. • João Moreira A minha experiência no CEI foi muito positiva, pois tive de estabelecer novas rotinas que se revelaram muito proveitosas para mim (a limitação do uso do telemóvel, as saídas apenas após o horário letivo). As regras, as novas rotinas ajudaram-me a estar mais focado e concentrado na escola que vejo agora como o meu local de trabalho. O que mais valorizo no CEI é a relação e a proximidade com os professores. No CEI, não sinto que sou mais um aluno. Sou o aluno João Moreira. Os professores, os auxiliares, a direção… todos procuram ajudar-nos a melhorar a nossa postura, atitude, comportamento, mas sobretudo, a nossa forma de nos vermos. Eu recomendo esta escola!! descobrir testemunhos Alunos do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde, CPS7 | Conclusão do 12.º ano no ano letivo 2013 | 14 • Daniel Coimbra O meu percurso no CEI trouxe-me um futuro que vai para além do ensino universitário, pois consegui arranjar trabalho no local onde realizei estágio. Para além disso, foi importante porque cresci, ao nível do trabalho, empenho e, sobretudo, responsabilidade. Quero agradecer a todos os que me ajudaram a alcançar os meus objetivos. Bem hajam! • Cecília Oliveira O impacto do CEI na minha vida é enorme. Ajudou-me a crescer pessoal e profissionalmente. Ajudou-me a acreditar em mim e, sobretudo, a querer fazer mais e a trabalhar para isso. Agradeço tudo o que fizeram por mim! • João Pedro Carvalho Eu sou o João Pedro Melo Carvalho, tenho 20 anos, estou a frequentar o CEI há 5 anos, desde que fui acolhido no Lar de Infância e Juventude da Obra de Frei Gil, onde resido atualmente. No CEI frequentei um CEF de 2 anos, na área de Comércio, e depois integrei o Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. Todos os professores, quer de um curso, quer de outro, trataram-me sempre muito bem e com os cuidados necessários, preocupados com os meus problemas de saúde. Respeitaram-me sempre como pessoa e aluno, e isso nunca esquecerei. Nem sempre fui correto com as pessoas, mas também soube sempre pedir desculpa. Aconselho esta escola a todos os jovens porque nos transmite princípios e valores. Obrigada ao diretor da escola – Dr. Valente, às diretoras de turma que me acompanharam, Dra. Cláudia e Dra. Ana Valente, e a todos os restantes professores sem esquecer os serviços de secretaria e os meus colegas. Por tudo isto… valeu a pena todas a horas dedicadas a cada um de vocês, porque sois únicos e irrepetíveis! • Ana Lúcia Valente | Coordenadora da Equipa Educativa de CPS7 68 69 CEI… uma escola que nos acompanha pela vida fora! T er sido aluno no CEI durante todo o meu percurso escolar do en- sino básico e secundário em muito contribuiu para a pessoa que hoje sou. Faz este ano uma década que foi quebrada essa ligação, mas não de uma forma total, uma vez que guardo boas recordações dos momentos que aí passei, os quais, entre outros motivos, me fazem voltar de vez em quando. De facto, só após a universidade e posterior entrada no mercado de trabalho pude ter inteira consciência do privilégio que foi para mim ter sido aluno do CEI, fator que se revelou determinante na aquisição e no desenvolvimento de competências e no sentido de responsabilidade necessários para um bom desempenho nas etapas seguintes da minha vida ativa. Não é apenas o acompanhamento personalizado dado por cada professor, mas também a sua capacidade de motivação e aptidão na orientação para a descoberta do conhecimento, o que, aliado à qualidade das instalações que entretanto foram melhoradas e ampliadas, criam o ambiente propício para um ensino e aprendizagem mais marcantes, significativos e de qualidade. Recomendo vivamente o CEI por ser uma escola que se vai adaptando à realidade e à subjetividade de cada aluno, buscando e lutando pelo melhor de cada um, no processo de aprendizagem e de crescimento deste enquanto pessoa única na sua identidade, cultura e afetividade. • Pedro Julião | Engenheiro Civil, aluno do CEI entre 1989 | 2004 descobrir plano de atividades 70 71 CEI | Concurso Nacional de Acesso 2014 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA CENTRO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL 2566 RESULTADOS DA 1.ª FASE | COLOCAÇÕES POR ALUNO BI Nome do candidato Resultado 15082630 ANA CATARINA OLIVEIRA GONÇALVES Colocada em 14356777 ANA RITA GARCIA VIEIRA DE BASTOS Colocada em 14614912 ANA SOFIA DA COSTA ANTUNES Colocada em 14977106 ANTÓNIA FERREIRA FONTES DE ALMEIDA Não colocada 14956081 CAROLINA COSTA PINHO Colocada em 15089846 CATARINA MARQUES FIGUEIREDO Colocada em 15068640 CATARINA MILHEIRO SOARES SILVA Colocada em 15182544 CECÍLIA SANTOS OLIVEIRA Colocada em 14012789 GABRIELA MEGUIE DA SILVA SILVEIRA Colocada em 15011964 ISABEL SOFIA DAS NEVES DOMINGUES Colocada em 14251118 JORGE MIGUEL CAVADAS VIEIRA Colocado em 15112259 JOSÉ HUGO FERNANDES CASAL FERREIRA PINTO Colocado em 15009423 RUBEN DUARTE BRANDÃO CORREIA Não colocado 15143021 TOMÁS DE CASTRO E SOUSA PEREIRA DA COSTA Colocado em 15062042 VALTER MANUEL GOMES DOS SANTOS COSTA VIEIRA Colocado em Estabelecimento | Curso de Ensino Superior 0503 9240 1201 9752 1105 9460 Universidade de Coimbra | Faculdade de Economia Sociologia Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro | Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias Enologia Universidade do Porto | Faculdade de Engenharia Engenharia Metalúrgica e de Materiais 7110 9217 1517 9081 0300 9351 1109 9026 1109 9555 1201 9847 0507 9555 0503 9081 Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril Produção Alimentar em Restauração Universidade de Lisboa | Instituto Superior de Economia e Gestão Economia Universidade de Aveiro Ciências Biomédicas Universidade do Porto | Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Ciências da Educação Universidade do Porto | Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro | Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias Medicina Veterinária Universidade de Coimbra | Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Universidade de Coimbra | Faculdade de Economia Economia 1110 9813 1114 9078 Universidade do Porto | Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Medicina Universidade do Porto | Faculdade de Direito Direito RESULTADOS DA 2.ª FASE | COLOCAÇÕES POR ALUNO BI Nome do candidato Resultado 15068640 CATARINA MILHEIRO SOARES SILVA Não colocada 14149248 CLÁUDIA VALENTINA REBELO CAETANO Colocada em 15011964 ISABEL SOFIA DAS NEVES DOMINGUES Colocada em 14251118 JORGE MIGUEL CAVADAS VIEIRA Não colocado 14672844 MARTA SOFIA SÁ SILVA Colocada em 15009423 RUBEN DUARTE BRANDÃO CORREIA Não colocado 14351605 TIAGO VIANA ANICETO Colocado em Estabelecimento | Curso de Ensino Superior 0505 9191 1110 9847 Universidade de Coimbra | Faculdade de Letras Jornalismo Universidade do Porto | Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Medicina Veterinária 3063 9186 Instituto Politécnico de Coimbra | Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra Informática de Gestão 1203 9119 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro | Escola de Ciências e Tecnologia Engenharia Informática Plano anual de atividades 2014 | 15 Todas as atividades gerais ou do âmbito das diferentes disciplinas serão subordinadas ao tema do Projeto Curricular de Escola: “Querer Crer – Ousa Lutar!” CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS, MATEMÁTICA E INFORMÁTICA Olimpíadas da Química + (Ensino Secundário) 7 março Dia Aberto das Ciências 17 março Olimpíadas da Química Júnior (3.º Ciclo) 14 abril Olimpíadas da Biologia (3.º Ciclo e Ensino Secundário) 2.º período GERAL Laboratório Aberto (Pré-Escolar, 1.º e 2.º Ciclos) Receção Comenius 13 a 17 outubro Visita de estudo às Salinas e Fábrica da Ciência (Aveiro) 2.º período S. Martinho 11 novembro Visita de estudo (Lisboa): “Descobrir a matemática na arte” | “Walden – uma Conferência do Projeto Curricular de Escola 20 novembro cabana no Jardim Gulbenkian” 29 maio Festa de Natal (Ensino Regular) 12 dezembro Projeto CLIL (5.º ao 8.º e 10º anos) data a definir Festa de Natal (Ensino Profissional) 16 dezembro Olimpíadas da Matemática (2.º, 3.º Ciclos e Ensino Secundário) 1.º e 2.º períodos Aniversário do CEI 2 fevereiro Exposição “Cassefaz” 3.º período Carnaval das escolas 7 fevereiro (a confirmar) Visita de estudo ao Geoparque de Arouca data a definir Carnaval na Escola 13 fevereiro Parlamento dos Jovens 1.º e 2.º períodos LÍNGUAS Espetáculo de uma companhia de teatro na escola 2.º período Projeto CLIL (3.º ao 8.º e 10.º anos) data a definir Pensa pela tua saúde 2.º período Teatro em Inglês na Escola data a definir CEI em Cena! 2.º e 3.º períodos Reflexões da Primavera 13 a 17 abril Cambridge – Pet for schools (9.º ano) abril a junho, de acordo com informação do IAVE e Cambridge “Histórias que fazem sonhar” semanal ou quinzenalmente, um momento de leitura de histórias Marchas Populares 19 junho (a confirmar) Teatro de Natal “Os cozinheiros d’ Oz” (3.º Ciclo) ensaios de outubro a dezembro Festa de Encerramento • Feira Medieval 13 junho Concurso de Poesia nas diferentes línguas novembro e dezembro Laboratórios Abertos ao longo de todo o ano Concurso Bûche de Noël (Ensino Regular) dezembro CEI 24 (online) data a definir Delf (níveis A1 e A2 – 8.º e 9.º anos) abril e maio Projeto Comenius atividades anuais Concurso de Teatro: dinamização 1.º e 2.º períodos | Festival de Teatro 18 Março Fim de Semana Aventura data a definir Mexe-te pela tua saúde | Mega aula de Judo 19 março ENSINO PROFISSIONAL Concurso de Saberes data a definir Vulcano (1.º e 2.º anos CP) data a definir Qualifica (1.º e 2.º anos CP) data a definir PRÉ-ESCOLAR Teatro Gil Vicente (Formação Vocacional) data a definir Festa dos Avós 10 outubro Teatro Frei Luís de Sousa (2.º ano CP) data a definir Atividades de Natal 9 a 12 dezembro Teatro Os Mais (2.º ano CP) data a definir Cantar os Reis 6 janeiro Teatro Memórial do Convento (3.º ano CP) data a definir Dia do Pai 19 março Unidade de Cuidados Continuados (1.º ano saúde) data a definir Dia da Mãe 30 abril Lar de Idosos de Escapães (1.º ano saúde) data a definir Dia Mundial da Criança 1 junho Bombeiros Voluntários (1.º ano saúde) data a definir Passeio de fim do ano data a definir LX Lisboa | Star up Lisboa | Económico TV (Lisboa) (3.º ano CP) data a definir Praia 29 junho a 3 julho Caves Graham’s (CPR2 e CPR8) data a definir Simoldes (CPC1) data a definir I CICLO Fábrica de Chocolates Imperial data a definir Aulas abertas: Inglês | Música | Dança | Ginástica | Judo | Natação Continente data a definir Visita de estudo e passeio escolar 9 junho Valente Marques (Caçarola) data a definir Praia 15 a 26 junho (a confirmar) Unicer data a definir NOTA: As atividades previstas aqui enumeradas serão atempadamente divulgadas a todos os interessados. Outras atividades surgirão, entretanto, ao longo do ano letivo, sob proposta de muitas instituições. O Centro de Educação Integral participará naquelas que julgar pertinentes e enriquecedoras. descobrir família do CEI 72 73 Família do CEI 2013 ·14 > Pré-Escolar 3 | 4 | 5 anos > Creche·AAE até aos 3 anos > 1.º Ciclo 1.º | 2.º | 3.º | 4.º anos > 2.º Ciclo 5.º | 6.º anos > 3.º Ciclo·7.º | 8.º | 9.º anos > Ensino Secundário 10.º | 11.º | 12.º anos > Ensino Profissional CEF | CP descobrir ficha técnica PROPRIEDADE Centro de Educação Integral, S.A. Rua Jornal “O Regional”, 372 \ 3700-024 São João da Madeira tel 256 828 816 \ fax 256 824 249 \ e-mail [email protected] www.centro-edu-integral.pt DIREÇÃO Joaquim Augusto Valente da Silva COORDENAÇÃO Isabel Valente DESIGN GRÁFICO | PAGINAÇÃO | ILUSTRAÇÃO Carlos Soeira [email protected] \ 916966965 IMPRESSÃO Escola Tipográfica das Missões Vila de Cucujães \ 256 899 340 Depósito Legal 362830 | 13 Tiragem 1000 exemplares 74 75 Creche AAE Pré-Escolar 1.º Ciclo 2.º e 3.º Ciclos Ensino Secundário Ensino Profissional até aos 3 anos 3 – 5 anos 1.º – 4.º ano 5.º – 9.º ano 10.º – 12.º ano Cursos Vocacionais | Profissionais Uma Escola para a Vida Face ao perfil e aos objetivos de cada aluno e sua família, o CEI disponibiliza um conjunto de condições e disciplinas de oferta de escola a todos os seus alunos, no sentido de melhorar e potenciar: > a gestão de tempo e rentabilização do estudo > o trabalho por metas e objetivos > a autonomia e a responsabilidade • CRECHE em parceria com a Associação de Apoio à Educação [IPSS] · horário alargado – 7:30 às 19:30 · música para bebés \ natação \ ginástica · orientação e formação às famílias · mensalidades comparticipadas pela Segurança Social [de acordo com rendimento per capita] • PRÉ-ESCOLAR · horário alargado – 7:30 às 19:00 · inglês \ informática \ dança \ música \ natação \ ginástica \ judo [disciplinas de oferta de escola incluídas na mensalidade] · acompanhamento personalizada a cada criança – PDA [Projeto de Desenvolvimento do Aluno] · orientação e formação às famílias · lanche da manhã e da tarde incluído na mensalidade · apoio do gabinete médico, de psicologia e de apoio às dificuldades de desenvolvimento · mensalidades comparticipadas pelo Ministério da Educação [de acordo com rendimento per capita] • I CICLO · inglês \ informática \ dança \ música \ natação \ ginástica \ judo filosofia com crianças [a partir do 2.º ano] [disciplinas de oferta de escola incluídas na mensalidade] • II E III CICLOS · mandarim \ TIC \ filosofia com crianças \ dança artística ensino articulado de dança artística [parceria com o Ginasiano Escola de Dança] · mensalidades comparticipadas pelo Ministério da Educação CEI… uma aposta no Ensino Secundário! > Oferta da Alimentação · durante 1 ano letivo, a todos os atuais alunos que inscrevam novos alunos no CEI; · durante 1 ano letivo, a todos os novos alunos de Ensino Secundário, desde que referenciados e inscritos através dos atuais alunos do CEI; · em todo o Ensino Secundário [10.º, 11.º e 12.º anos], a todos os alunos que no 9.º ano tenham obtido média de 5, desde que nenhuma das classificações seja inferior a 4. > Bolsa de Mérito · oferta de 30% de desconto sobre o valor da frequência relativo ao ano letivo seguinte, atribuída anualmente aos 3 melhores alunos do Ensino Secundário. > preparação para exame e reforço da carga horária nas disciplinas nucleares do currículo. Ensino Profissional – uma Formação para a Vida! > CURSO VOCACIONAL para conclusão do 9.º ano HABILITAÇÕES – jovens com 2.º Ciclo de escolaridade concluído · Comércio, Restauração, Saúde > CURSO PROFISSIONAl para conclusão do 12.º ano [nível 4] HABILITAÇÕES – jovens com 9.º ano de escolaridade ou formação equivalente · Técnico Profissional de Comércio · Técnico Profissional de Restauração · Técnico Profissional de Auxiliar de Saúde [de acordo com rendimento per capita] > No que diz respeito à sua oferta curricular, o CEI reforça a sua aposta: · nas disciplinas de exame, através do reforço de carga horária e preparação para exame; · nas disciplinas de línguas estrangeiras, científicas e artísticas, pelo reforço / horário de funcionamento: 7:30h às 19:30h e carga horária; · na prática de desporto, pela promoção de espaços, clubes de diferentes modalidades nas suas instalações [judo, natação, futsal, voleibol, etc.]. visite-nos: www.centro-edu-integral.pt Centro de Educação Integral Rua Jornal “O Regional”, 372 \ 3700-024 São João da Madeira \ tel 256 828 816 \ fax 256 824 249 \ e-mail [email protected] \ GPS N 40° 53' 28.7" · W 8° 28' 54.3"