Limites – Respeito e Lançamento: material

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Limites – Respeito e Lançamento: material
Caros leitores:
Novamente lhes apresento a revista
Impressão Pedagógica. Como sempre,
ela está repleta de notícias que contribuem para o enriquecimento do trabalho
pedagógico realizado pelas escolas conveniadas ao Sistema de Ensino Expoente.
Essa edição, tanto quanto as anteriores,
apresenta matérias que efetivamente
acrescentam valor ao trabalho desenvolvido no dia a dia por direções, coordenações e professores. A entrevista realizada
com o consultor Eduardo Shinyashiki, especialista em desenvolvimento das competências de liderança e preparação de
equipes, é leitura obrigatória. Ao abordar
o assunto das relações humanas via redes sociais, tão presente em nosso cotidiano, ele nos dá orientações quanto aos
limites nessa interação entre professor
onde cada um pode ir.
Outro tema presente no dia a dia
é o inglês na escola, tão em moda nos
não se trata de uma moda, mas de uma
realidade da qual não podemos fugir.
O mundo globalizado nos induz a esse
em um segundo idioma.
matérias interessantes a serem lidas, e
sua leitura e interpretação a cargo de
cada um.
O que gostaríamos de reforçar
aqui é o novo tema pedagógico, um
grande diferencial disponibilizado pelo
Expoente a seus clientes desde 1990. O
tema do biênio 2013/2014 é por demais
instigante e apropriado para o momento: Limites – Respeito e Superação.
Devemos reconhecer a importância
que esse assunto representa na forma-
ção de nossos alunos. Como sempre
é feito, ele será desdobrado em 12 subtemas, o que permite
às escolas conveniadas explorá-los deArmindo Angerer
senvolvendo proje- Diretor-Geral
Grupo Educacional Expoente
tos bastante amplos.
Além disso, o Expoente edita um livro
sobre o tema, que em muito contribui
para que nossas escolas tenham ganchos e pontos de partidas para o desenvolvimento das atividades. O livro deste biênio é de autoria da psicopedagoga
em todo o território nacional.
Uma boa leitura a todos.
Armindo Angerer
4
Entrevista: escritor Eduardo
Shinyashiki fala sobre os limites
da comunicação virtual
8
Capa: ensino de língua
estrangeira de qualidade
é diferencial
22
Artigo:
dos serviços
EXPEDIENTE
Direção-Geral: Armindo Vilson Angerer
Gerência do CEEE: Sandra Poli
Jornalista Responsável: Danielle Ribas
(Mtb 3853/1546v)
Revisão: Kelly Lima e Patrícia Hostilio
Design: Augusto de Paiva Vidal Neto
Marketing: Jomara Teixeira
Pré-Impressão: Alexandre Straube
Fotolitos e Impressão
Antonio Both
Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR
CEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 4350
Fax: 41 3312 4370
Tiragem: 15 000 exemplares.
Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de
circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores, distribuída
por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos
por opiniões expressas nos artigos assinados.
Todos os direitos reservados.
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Esporte: prática melhora
o rendimento em outras
disciplinas
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Limites – Respeito e
Superação: tema pedagógico
Lançamento: material
2013/2014
didático para crianças de
3 meses a 3 anos
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| entrevista
No
da
limite
virtual
Brisa Teixeira
especialista em desenvolvimento das compes, Eduardo Shinyashiki tem o dom de en-
e
Viva
,
manas via rede social e os limites dessa coEduardo Shinyashiki: especialista
em liderança e inovação.
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Impressão Pedagógica – Professores e alunos podem ser amigos
fora da sala de aula, nas redes sociais, por exemplo?
Eduardo Shinyashiki – É importante
sempre se lembrar do que foi a escola para a gente. Todo educador
já foi um aluno, todo educador já
sidades e as conquistas. Sabemos
que um olhar, uma atenção ou um
gesto diferente pode fazer a diferença nessa relação. E aí veremos
cionamento entre professor e aluno
vão deixar de existir. Pensar nas redes sociais é só mais uma forma de
comunicação. Tem pessoas que vão
dizer que rede social é “um saco”;
essas pessoas não vão ter disposição de se relacionar nem com amigos reais do dia a dia delas, quanto
mais com seus alunos. E temos
aqueles que curtem naturalmente
as redes sociais e que vão conseguir
interagir com todo tipo de pessoa.
Esses, sim, terão mais habilidade e
dessa ferramenta de comunicação.
IP – A educação atual realmente
exige interatividade entre professores e alunos também fora da
sala de aula?
ES – Se nós educadores formos somente técnicos, nós viveremos reSe simplesmente fazemos só o trivial de maneira sistemática – como,
por exemplo: indicamos qual vai ser
a matéria, dizemos a data da prova,
aplicamos a prova e entregamos a
prova –, vamos viver muito infelizes neste processo chamado educação. É preciso perceber que esse
universo exige muito mais interação
dentro e fora de sala de aula.
IP – Como o senhor avalia a maneira como nos comunicamos hoje?
ES – As mensagens hoje estão suso acessar muita gente e envolver
pessoas num curto espaço de tempo. Consigo até mesmo organi-
zar uma festa em poucos minutos.
Tudo isso é muito mais dinâmico. As
pessoas querem se sentir parte de
um universo maior. É uma febre ter
muitos amigos nas redes sociais:
quanto mais amigos você tem, mais
feliz você se sente. Quanto mais
gente na sua rede, mais você se
sente aceito, acolhido. As pessoas
satisfeitas quando recebem mensagens de carinho ou quando recebem vários “curtir” em suas mensagens.
IP – Algumas escolas estão proibindo o relacionamento entre aluno e professor nas redes sociais.
Este é um caminho válido?
ES – Essa avaliação deve sempre ser
feita pelo bom senso. Para esse tipo
de proibição, é preciso discernir o
que é patológico e o que é saudável.
Quando se evita utilizar uma ferramenta de comunicação por causa
do medo de um possível envolvimento do professor com o seu aluno, isso é paranoia, isso é patologia.
É importante que as políticas educacionais possam ser estabelecidas
sob um contexto saudável. Não podemos rotular todos os educadoeducadores é de pessoas saudáveis, capazes de manter um relacionamento com os seus alunos com
toda a distância e limites saudáveis.
Então não podemos transferir uma
exceção para uma regra. Quem cria
essas normas são pessoas preconlidar com esse tipo de abordagem, e
aí concluem que isso não é legal.
IP – Para o senhor, essa comunicação deveria ser mais bem estimulada pela escola de uma maneira
saudável e não proibitiva?
ES – Lamento quando regras de
proibição como essas são criadas.
Como é que você vai conseguir
acompanhar de uma vez só tudo o
que está acontecendo na vida deles? É uma das melhores formas
“Quando se evita
utilizar uma
ferramenta de
comunicação por
causa do medo
de um possível
envolvimento
do professor com
o seu aluno,
isso é paranoia,
isso é patologia.”
da geração com que o professor
está trabalhando. Não tem como
acompanhar a vida de todos, mas
de vez em quando o professor pode
chegar na sala de aula e comentar
coisas bacanas que seu aluno fez.
Até mesmo no caso de um aluno
totalmente retraído, é possível fortalecer a estima dele. Se por um
meus alunos, posso ver coisas bacanas e comentar, se percebo que
vejo algo pesado, meio pra baixo,
tenho como chegar no aluno e tentar ajudar.
IP – Isso ajudará professores e alunos a fortalecer laços e vínculos?
ES – Temos hoje uma ferramenta
que pode ajudar a fortalecer laços e
vínculos, mas nenhuma ferramenta
isolada é a solução. Toda solução é
a aplicação de uma ferramenta associada a outras ações e práticas.
A rede social pela rede social não
vai ser a ação transformadora, ela
precisa de uma atitude comprometida do professor. Se o educador
não estiver comprometido com um
resultado diferenciado, não será a
rede social que fará a diferença.
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IP – Mudou a maneira de se comunicar com os alunos?
ES – O modelo de escola é do século XIX, os professores são do século XX, e os alunos, do século XXI.
Temos abismos evidentes. A escola
não se atualizou, não se reinventou
de maneira a criar algo mais encantador, mais envolvente. Dizem que
mas aí pergunto: que tipo de planejamento existe dentro das escolas
para que os relacionamentos aconteçam e para que os vínculos sejam
fortalecidos? Muitos professores
pensam: se meu aluno conseguiu
se relacionar, ótimo; se não conseguiu, então que suporte o tempo
computador.
IP – As escolas, então, ainda não
estão preparadas para se comunicar efetivamente com seus alunos?
ES – Nós temos um problema: o
modelo da escola não é um modebaseado em uma realidade em que
se privilegiam relacionamentos,
criação de vínculos entre os alunos
e fortalecimento de uma rede de
amizades que transcende séries, ou
seja, que permite a relação de amizade entre colegas de diferentes
turmas,
independente da série
em que estudam. A escola
não enxergou
isso ainda. Ela
privilegia e estabelece relações
que cada vez
mais se escon-
da privacidade. O discurso ainda é:
eu respeito a privacidade dos alunos; eu respeito a privacidade do
professor. Cada vez mais se fortalece esse compromisso de não criar
vínculos. Parece que são criados
essa comunicação aconteça.
IP – Como reconhecer e estipular
um limite para essa comunicação?
comum. Basta perceber que de um
modo geral as pessoas são boas e
que todas têm uma educação de
valores. É muito mais interessante
dar sentido e direção do que criar
um limite ou uma proibição. Se tedar a promover um bate-papo enNada impede que possamos ter um
momento em grupo para conversar,
relacionamento no
fessores e alunos via redes sociais
deve ser estimulada?
Ela pode ajudar, assim como também prejudicar. Ela pode ser o que
as pessoas querem que ela seja.
pergunta. Um ancião de muita idade
pos dentro das redes e estabelecer
pode ser um contexto de comunicação entre professor e aluno e,
principalmente, entre os próprios
alunos.
IP – Qual o segredo para
tornar-se um professor
comunicador?
ES – Nada substitui um educador
inesquecível. Alguém que saiba inque saiba gerar um relacionamento no qual não exista um
so manter uma relação de igual
para igual. O professor também
pode aprender com seus alunos.
tica. Posso passar uma ideia, comperguntar sempre: quais
são os valores que estou
passando para meus
alunos?
clusão chegamos? A
relação entre pro-
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“Nada substitui
um educador
pergunta: como é que são as pessoas dessa cidade? O ancião responde: como são as pessoas da cidade
de onde você veio? O viajante diz:
são pessoas frias, distantes, pesresponde: pois é, você vai encontrar as mesmas pessoas aqui. Passado um tempo, vem outro viajante
e faz a mesma pergunta: como são
as pessoas desse vilarejo? O ancião
replica com a mesma pergunta do
viajante anterior: como são as pessoas da cidade de onde você veio?
O viajante diz: elas são bondosas,
você vai encontrar as mesmas aqui.
Então, o que podemos concluir com
ta de comunicação pode ser usada para aproximar ou para afastar,
tudo depende do ponto de vista do
educador. Eu posso utilizar as redes
sociais como forma de manutenção
de contato entre os meus alunos ou
eu simplesmente posso manter a
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Para
inglês
Ver
participam das aulas de inglês. Quanto mais cedo ocorrer a exposição ao segundo idioma, maior a facilidade de aprendizado e a assimilação da língua com
naturalidade. “Percebemos o progresso rapidamente. Com muita criatividade
e paciência, é possível estimular as crianças a pronunciar as primeiras palavras
res, do Colégio Expoente, de Curitiba (PR).
Para alguns pode parecer precoce, coisa “para inglês ver”, mas muitos pais
já perceberam a importância do aprendizado de uma língua estrangeira e exialunos da professora Mareunice são bebês a partir de 1 ano e meio. “Eles
prestam muita atenção e interagem bastante. A dispersão, nessa idade,
aulas, além do conteúdo do material didático, ela prioriza canções
e vídeos curtos, sempre estimulando a audição com atividades
lúdicas, apresentadas na lousa digital.
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Obrigatoriedade
O cenário atual é completamente diferente do antigo “inglês do colégio”, quando a disciplina era ofereséries em que era obrigatória por lei. Hoje, a exigência
de pais e alunos por um ensino de idiomas de qualidade
estende-se por todo o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio. O material didático utilizado pelas escolas conveniadas ao Sistema de Ensino Ex“Uma grande preocupação, quando
montamos a estrutura do material, é pensar no universo daquela faixa etária. Que temas são importantes para aquela criança ou
para aquele adolescente? O que irá chamar a
atenção dele? Só assim conseguiremos manter o inla Schlichta, uma das responsáveis pelo conteúdo da
disciplina de Inglês no Material Didático Expoente.
Segundo ela, um dos diferenciais são os “textos
autênticos”, retirados de jornais, revistas e propagandas. “Apresentamos ao aluno diferentes gêneros textuais, como notícias, depoimentos e resenhas. Assim
também estimulamos o debate e a criatividade.
O aluno deve ter autonomia para comentar e criticar o que está sendo apresentado. Dessa maneira,
desenvolve suas habilidades e competências”, explica Angela.
O processo é desenvolvido gradativamente. “Em
um primeiro momento, na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, trabalhamos principalmente com a oralidade e a habilidade de ouvir e reconhecer as palavras.
terial promove a interdisciplinaridade, pois apresenta
sugestões de projetos e atividades que estimulam o
aluno a trazer o conhecimento para o dia a dia, interligando-o com outras disciplinas”, ressalta.
Com experiência de anos em sala de aula, Angela dá uma dica para os professores potencializarem o
aprendizado dos alunos. “É preciso ter paciência para
reconhecer as características de cada turma, e respeitar o tempo dos alunos. Eu já dei aulas para cinco
turmas do mesmo nível ao mesmo tempo, e elas eram
muito diferentes. Em uma delas, o aprendizado era rápido e eu tinha tempo para apresentar coisas novas,
além do material didático. Em outra, o ritmo era mais
lento, mas eu conseguia trabalhar o conteúdo. Já em
outra, eu precisava incentivar e estimular muito mais
os alunos, trabalhando sempre no limite do tempo”,
conta a professora. Assim, explica Angela, o professor
não deve se preocupar em estar na mesma página ou
trabalhar o mesmo vocabulário em todas as turmas.
e a leitura. Ao chegar ao Ensino Fundamental II, o aluno será estimulado nas quatro habilidades, com
vocabulário e estruturas mais
Professora Mareunice
com seus alunos em
uma aula sobre cores.
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“Em alguns textos, existem
situações em que o aluno
precisa entender a ideia
principal e responder às
atividades, mas não precisa
saber a tradução palavra por
Aprendizado
“É importante ressaltar que o ensino da língua é
um processo longo e que não
existe método milagroso para
aprendizado em pouco tempo,
porém o incentivo do professor
no ambiente escolar faz toda a
soli, coordenadora pedagógica
e professora de Inglês no Colégio
Dimensão, de Navegantes (SC).
Segundo ela, atualmente as
escolas tendem a oferecer um ensino de idiomas de qualidade, com
Mesmo as escolas bilíngues devem
ter um currículo brasileiro e inserir o
contexto da língua nativa.
diferente do que acontecia há algumas décadas, quando o foco principal era a repetição de frases prontas,
palavras soltas e assimilação de verbos, sem contexto
algum.
“Ensinar e aprender inglês tornou-se mais prazeroso, e para despertar o interesse dos alunos, apostamos em várias técnicas, como o uso de músicas atuais
(escolhidas pelos próprios alunos), jogos, brincadeiras,
Analfabeto
zar a gramática com todas essas ferramentas faz com
que o aprendizado se torne divertido e interessante”,
pioneira na área da educação bilíngue. Há 15 anos, ao
voltar para o Brasil após um período de estudos nos
Na opinião dela, oferecer um ensino de língua estrangeira com qualidade é
um grande diferencial para
as escolas, pois falar, escrever e pensar em inglês com
pré-requisito para inserção no mercado de trabalho.
“Cabe às escolas oferecer um ensino com competência e responsabilidade, atendendo às necessidades
de inserção na cultura contemporânea globalizada”,
“O analfabeto do futuro será aquele que não falar
Franklin, diretora da Escola Sandbox, de Fortaleza (CE).
de uma escola que
pudesse manter o
3 anos havia aprendido no exterior. “Os
cursos de inglês na
época admitiam somente crianças maiores de 10 anos. Também percebi
a diferença no estilo da Educação Infantil no exterior,
onde o brincar é mais valorizado. Foi ao unir esses dois
conceitos que surgiu a Sandbox. O processo para se
tornar um escola bilíngue desenvolveu-se passo a pasimpressão Pedagógica | 11
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so. Primeiro, oferecíamos aulas diárias de inglês.
citados para atender à demanda de uma educação
bilíngue”, conta Adriana.
Segundo ela, a formação de professores para
essa área ainda deixa muito a desejar no Brasil,
ainda não há uma regulamentação para as escolas
bilíngues. O mercado está crescendo mais rápido
Atualmente, aproximadamente 40% dos alunos da Sandbox são estrangeiros. Os outros 60%
são crianças de todo o país, em sua maioria com
pais que estudaram ou moraram no exterior por
algum tempo. “É claro que nós também atendemos uma minoria de pais que não falam inglês. E
como eles sofrem hoje por não falar um segundo
idioma”, completa Adriana.
A diretora faz um alerta: “Uma escola bilíngue
é diferente de uma escola americana. Ela deve ter
um currículo brasileiro e inserir o contexto da língua nativa.
É fundamental manter a cultura nacional. Em
nenhum momento, podemos deixar o idioma nativo em segundo plano”. O equilíbrio dos idiomas
e das culturas que eles representam no conteúdo
programático, segundo ela, é um dos grandes problemas de algumas franquias de escolas bilíngues
que estão se espalhando pelo país.
“Apesar de ter se tornado uma ‘moda’ recen-
aprender um segundo idioma ainda na infância.
Aquele tabu de que a criança vai se confundir e a
públicas bilíngues. Eu acredito que esse seja o caminho para a maioria da população mundial. Aliás,
hoje já existem mais pessoas bilíngues no mundo
Barreiras
Um ícone no campo da linguística, o americano
Stephen Krashen listou uma série de fatores psicológico-afetivos que podem causar impacto direto na capacidade de aprendizado, especialmente em jovens e
adultos. O escritor Ricardo Schütz fala sobre eles no livro A idade e o aprendizado de línguas.
Desmotivação: Frequentemente causada pela frustrapelo insucesso em sistemas de avaliação. Experiências
anteriores negativas podem desencorajar o aluno a uma
estrangeira, normalmente por falta de informação, estará desmotivado para aprender sua língua. Já a criança,
por natureza, tem alto grau de curiosidade pelo desconhecido.
Perfeccionismo: tendência a preocupar-se excessivamente com a forma, devido à ideia radicalizada do conceito de certo e errado, em se tratando de línguas. A
pessoa prefere não correr o risco de cometer deslizes.
talvez causada por traumas
durante a educação e pela radicalização do conceito de
certo e errado no ensino de idiomas. A pessoa que tem
descobridora.
A precisão e elegância no
falar é uma conquista alcançada ao longo da vida. Essa
habilidade com nossa língua materna representa segurança e poder, dos quais é difícil abrir mão.
Isso torna a tarefa de começar de novo na língua estrangeira, quase do nada, como se fôssemos pouco inteligentes, extremamente frustrante.
Autoconsciência: consciência da própria imagem, capacidade de imaginar o que os outros podem pensar e
preocupar-se com isso.
Ansiedade: causada pela expectativa excessiva de obtenção de resultados.
Provincianismo: atitude de se fechar naquilo com que
seguro fora disso - problema frequentemente observado em adolescentes.
E você, em que categoria está?
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| marketing
escola crescer
de verdade
Preparação é a palavra-chave da Campanha de Matrículas 2013, criada
especialmente para atender às instituições conveniadas ao Sistema de Ensino
Expoente, em todos os segmentos de ensino. O kit de peças publicitárias disponibilizadas representa uma ferramenta estratégica de marketing, desenvolvida por
especialistas para valorizar e divulgar a marca das escolas entre pais
Acompanhada do slogan “Para crescer na
vida, tem que se preparar desde cedo”, uma
das à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, simbolizando o crescimento e o amadurecimento do aluno.
Já para o Ensino Médio e Pré-Vestibular,
a campanha utiliza um tradicional ursinho de
pelúcia, que representa a forma inofensiva como
os vestibulares e testes seletivos são vistos pelos
alunos que se preparam com o Sistema de Ensino
Expoente.
O kit de materiais impressos disponibilizados para
as conveniadas contém fôlder, cartaz gigante, envelope, móbile (somente para as escolas de Educação
Infantil e Ensino Fundamental) e display de chão (somente para as escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental). Em um site desenvolvido especialmente para a campanha
<www.escolainterativa.com.br/campanhadematriculas2013>, as
escolas têm acesso aos arquivos de anúncio para jornal ou revista, spot de rádio, faixa, outdoor, e-mail marketing, web banner e ,
além de dicas e orientações sobre como utilizar as peças.
Toda a Campanha de Matrículas 2013 é disponibilizada sem custos adicionais
para as escolas conveniadas. O único investimento é na veiculação do material e
na inclusão de sua logomarca nas peças.
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| conveniadas
Homenagem ao
rei do baião
Com letras simples e voz marcante, o pernambucano Luiz
2012, o mestre da sanfona e rei do baião completaria 100 anos.
Para celebrar a data, escolas da Região Nordeste prepararam
comemorações especiais.
Em meio a inúmeras homenagens, a escola Vivência Centro Educacional, de Petrolina (PE), surpreendeu pelo ineditismo ao publicar o
. A obra, que garimpou preciosidades da língua nordestina – entre 625 músicas
distribuídas em 266 discos gravados ao longo de uma vida de
realizações e muito sucesso –, foi desenvolvida pelas turmas
do 2º. ano do Ensino Fundamental.
Segundo a coordenadora pedagógica do Vivência, Maria
Conceição Souza, os alunos estão trabalhando com o cancioneiro desde o início do ano letivo, quando come-
Escolas da Região
Nordeste comemoram
em grande estilo
os 100 anos de
Luiz Gonzaga.
ao sertão”. “Estamos trabalhando as músicas
e letras do Rei do Baião a partir de um contexto sociolinguístico e cultural. Os alunos
aprendem, compreendem e interpretam
os sentimentos e costumes do povo nordenadora. Ela adiantou também que a publicação do
minidicionário complementa o entendimento dos
termos, palavras e gírias utilizados por Luiz
De acordo com o poeta, jornalista e publicitário Carlos Laerte, que assina o texto
o sertão apenas como temática, mas como
linguagem. Assim, palavras que não fazem
parte do padrão léxico da língua portuguesa, a
exemplo de ‘oitubro’, ‘tamo’, ‘oiando’, ‘iscrama’e ‘famia’ contam a história e a cultura nordestina à maneira do nordestino. Há também diversos fenômenos
linguísticos: supressão de sons, síncope, nasalização
e desvios morfossintáticos a pontuar uma obra de
inúmeros caminhos e múltiplas veredas”.
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Cultura local
Preocupado em sempre manter uma forte ligação com
a cultura local, o Centro Educacional Froebel, de Olinda (PE),
também homenageou o rei do baião em sua tradicional Feira de Conhecimentos. Foi um evento com grandes projetos
educacionais e belíssimas apresentações, mesclando modernidade e tradição. Dessa maneira, os alunos do centro
slogan da instituição: “Mais do que
preparar, aqui vivenciamos a aprendizagem”.
teve quadrilha, danças regionais e muitas comidas típicas.
evento teve a participação de alunos da Educação Infantil
ao Ensino Médio.
As apresentações começaram com a entrada de Luiz
Educação Infantil. Lampião e Maria Bonita também participaram da festa, representados por alunos do 4º. período
da Educação Infantil. Houve ainda a coroação do Rei e da
Rainha do Milho, em uma comemoração repleta de animação e cultura.
Outra escola que “gonzagueou” sua festa junina foi o
Colégio Ateneu, de Fortaleza (CE). A instituição promoveu
um grande evento, com apresentações musicais, dança, comidas típicas, jogos, bingo e correio do amor. Os convidados
emocionaram-se com a vida, a obra e a herança cultural que
apresentações artísticas dos alunos.
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Dentes
saudáveis
A turminha do maternal I do Colégio Artes e Manhas, de São Vicente (SP), aprendeu de maneira divertida sobre higiene bucal com o projeto “Dentes saudáveis”, que incluiu uma série de atividades demonstrando a importância da escovação, principalmente nessa faixa etária, que passa
pelo nascimento dos dentinhos de leite e a futura troca da dentição.
Inicialmente, os pequenos participaram de uma conversa sobre
como surgem as cáries e outros problemas bucais provocados pela
falta de escovação adequada. Em seguida, com o auxílio das professoras, eles utilizaram garrafas PET para confeccionar a representação de um dente cariado e de um dente saudável.
Outra técnica utilizada para chamar a atenção dos alunos foi
apresentar uma espécie de fantoche de uma grande boca, confeccionada com EVA e canjica, utilizada para explicar o processo de esde dentes como lembrança.
Reciclagem e
sustentabilidade
O Colégio Símbolo, de São Paulo (SP), marcou o início do projeto de sustentabilidade com o
plantio de árvores no pátio da escola, pelos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental,
sob a supervisão do professor João Bosco (Língua Portuguesa), da professora Cíntia (Ciências) e da
diretora Luciana.
Em sala de aula, os alunos aprenderam sobre coleta seletiva, separação de materiais recicláveis
de conscientização, foram incentivados a separar o lixo reciclável de casa e trazê-lo para o colégio.
Após a coleta, que teve 100% de adesão, os alunos visitaram uma usina de materiais recicláveis para observarem o processo de pesagem, armazenamento e
comercialização dos resíduos. Ao conhecerem a rotina de quem
vive de materiais recicláveis, alguns estudantes se surpreendede lixo dá pouco dinheiro. Como as pessoas sobrevivem?”. O valor
arrecadado com a venda dos resíduos coletados pelas turmas será
utilizado em passeios e atividades para os próprios alunos. Para
complementar, o Colégio Símbolo desenvolveu o projeto “Menos
ou squeezes no lugar dos copinhos plásticos, um ato de economia
e conscientização ambiental.
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Redação, Poesia e Desenho
Desde o início de 2012, os alunos dos ensinos Fundamental e
Médio do Colégio Ateneu, das unidades Montese, Fio e Alto Alegre, de Fortaleza (CE), estão envolvidos em um grande Concurso
de Redação, Poesia e Desenho, com o tema “Sustentabilidade”.
Por meio de atividades literárias e artísticas, a instituição pretende conscientizar os alunos sobre a importância de se preservar
a natureza e de se utilizarem os recursos naturais e minerais de
maneira responsável, além de formar cidadãos responsáveis,
preocupados com os problemas ambientais e suas soluções.
Durante vários meses, os alunos participam de aulas explicativas com vídeos e slides sobre sustentabilidade, pesquisas em jornais e revistas sobre problemas ambientais,
PET, desenho e pintura no papel e na parede (painel), além
das manifestações artísticas como dança e coral. O projeto do concurso, que está em sua 5a. edição, foi desenvolvido pelos professores das disciplinas de Redação e Arte:
Sandra, Rose, Pedro, Débora, Priscila, Sheila e Leidiane.
aos três primeiros colocados de cada modalidade: Ensino Fundamental I (1o. ano – Desenho; 2o.
a 5o. ano – Poesia, narração e desenho), Ensino
Fundamental II (6o. a 9o. ano – Poesia, narração,
desenho) e Ensino Médio (Poesia, depoimento
crítico e texto dissertativo).
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borboletário didático
A Sandbox Bilingual Schools, de Fortaleza (CE), criou um borboletário didático ou
. Com o objetivo de valorizar e gerar conhecimento em torno da biodiversidade local, o
borboletário será uma fonte permanente de pesquisa para os alunos, além de um ótimo espaço para o desenvolvimento de todas
as áreas educacionais que cercam a Educação Infantil, ampliando
a visão de mundo das crianças. No futuro, ele abrigará em torno
de 100 borboletas de várias espécies e será o maior borboletário
dentro de uma escola de Educação Infantil particular na América
cientizar o público para questões relacionadas ao meio ambiente.
Com o borboletário, a escola, que trabalha com pedagogia de
projetos, pretende aguçar e fomentar a curiosidade dos alunos,
ções e pesquisas. O interesse das crianças por animais facilitará o
envolvimento e a dedicação em todas as etapas.
O projeto surgiu da observação de um casulo pelos alunos do
2º. ano do Ensino Fundamental. A escola resolveu montar, então,
um miniborboletário em sala de aula, para que as crianças pudessem acompanhar a transformação da lagarta em borboleta. Em
torno desse tema, os alunos participaram de atividades envolvendo as disciplinas de Ciências, Língua Portuguesa e Inglês. O envolvimento foi tão grande que gerou a produção de um livro infantil
intitulado Lalá – a lagartinha gulosa, escrito pela professora Luana
Holanda e por sua turma. O interesse dos alunos em sala de aula
expandiu-se e contagiou a todos, desde as crianças da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental, até os pais e a comunidade.
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Apreciando
sabores
“Nós somos o que comemos”. A partir dessa conhecida frase sobre a importância de uma alimentação equilibrada, o Colégio Dom
Hélder Câmara, de Afogados da Ingazeira (PE), desenvolveu o projeto “Apreciando sabores”. Em função da amplitude do tema, a escola
promoveu inúmeras ações para estimular a mudança dos hábitos alimentares dos alunos, levando-os a apreciar alimentos saudáveis de
valores nutritivos essenciais para o crescimento físico e intelectual
do indivíduo.
Durante o projeto, foram realizadas atividades como musicais,
pesquisas e brincadeiras sobre alimentos nutritivos e cardápios
saudáveis. Os alunos
também participaram de momentos divertidos de culinária e
assistiram a vídeos educativos, contando sempre com a participação das famílias. “Com o desenvolvimento desse projeto,
mudança de hábitos alimentares dos alunos e a importância de
Cláudia Valéria, diretora pedagógica.
Prêmio de
competitividade
Com 14 anos de experiência na área educacional, o Colégio IPI, de João Pessoa (PB), foi o vencedor estadual da categoria educação do Movimento Brasil Competitivo (MPE) Brasil 2012 – 9o. prêmio de competitividade
para micro e pequenas empresas. A instituição se destacou pelo processo de implantação da gestão de qualidade. Até 2015, o Colégio IPI pretende ser referência em ensino de qualidade e dobrar sua capacidade – atender
a quase mil alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. Por meio de ferramentas de gestão, que mostram
quais pontos precisam de mais atenção, o colégio pretende alcançar a ousada meta de dobrar o atendimento
em três anos. O case de sucesso do Colégio IPI foi citado no livro A experiência de cooperação Brasil, lançado
em março de 2012.
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Limites
Respeito e
Superação
“Hoje estou no meu limite”, diz a professora. O chefe fala: “Limite-se a sua incéu é o limite.”
O tema pedagógico 2013/2014 Limites – Respeito e Superação nos convida à
tamente ligado às relações humanas. No caso dos educadores, em especial, trata
das relações entre um sujeito que pretende ensinar e outro que deseja e precisa
aprender.
para que ele possa conduzir melhor as relações em sala de aula.
ções, fazendo-o perceber que podemos
aprender coisas juntos, mas não necessariamente aprender a mesma coisa junto”, explica a psicopedagoga Isabel Parolin, responsável pelo desenvolvimento
do tema com o Centro de Excelência em
Educação Expoente (CEEE).
O tema é dividido em 12 eixos e estará presente nas imagens das capas e nos
conteúdos do material didático, nas agendas escolares, no Portal Escola Interativa
e nos materiais de apoio aos professores.
Cada eixo apresenta um aspecto teórico
que fundamenta o conceito de limites.
“Será cada vez mais pertinente falar
tempo. É por meio da educação que a pessoa se conhece, aprende a respeitar o outro e a superar-se. Limite está relacionado ao espaço que eu dou para que o outro se
aproxime ou não de mim. A qualidade dessa relação é que vai gerar a modalidade de
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| artigo
dos
serviços
*Erick Feijó
Em minhas constantes conversas com gestores, coordenadores e professores, percebo uma
preocupação comum em torno do
tema “serviços”. A competitividade
do atual mercado educacional exiprecisam desse diferencial para se
manter no mercado e, principalmente, continuar crescendo.
cialistas em suas áreas, o mercado
cobra capacitações constantes. A
tes, mas também para gestores.
Em sua escola, neste ano, os professores participaram de quantas
formações continuadas ou palestras para ter um melhor desempenho no uso das ferramentas
de trabalho (material didático)? E
a direção de sua escola, quantas
vezes procurou os assessores e
nhos? Nestes 20 anos de mercado,
atuando como consultor comercial
do Sistema de Ensino Expoente, já
vivi inúmeras situações de perso-
nalização do atendimento para a
realidade de cada escola.
Com esse tipo de atendimen-
material utilizado no dia a dia, e os
alunos assistem a aulas com mais
qualidade e dinâmica, aumentando
a motivação dos dois lados. Os professores utilizam novas formas de
apresentar os conteúdos, tornando-se verdadeiros mediadores no
processo de aprendizagem.
Ao departamento administrativo da escola, cabe a função mais
difícil. Além de precisar manter o
constante equilíbrio para oferecer
o melhor ambiente de aprendizado,
qualidade, ainda precisa acompanhar as constantes mudanças para
manter a instituição atualizada.
A prioridade deve ser oferecer aos pais e alunos conforto, segurança e praticidade em todos
os serviços de sua empresa. Sim,
precisamos encarar a escola como
uma empresa, que foi gerada para
dar lucros e resultados. Essa é jus-
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muitos gestores
não investem
mais em
estratégias
comerciais para
captação de novos
alunos por falta
de tempo.
tamente uma parte do meu trabalho: orientar a gestão escolar,
apontando caminhos para a escola
continuar a crescer, com foco na
manutenção e captação de novos
alunos. Uma das principais ferramentas para isso está no marketing, com peças publicitárias
oferecidas gratuitamente pelo
Sistema de Ensino Expoente para
a Campanha de Matrículas.
Sabemos que muitos gestores
não investem mais em estratégias
comerciais para captação de novos alunos por falta de tempo. A
maioria é formada por professores
e pedagogos que ainda atuam em
sala de aula. Esse é um fator que me
preocupa, pois sobra pouco tempo
para gerir a empresa.
Há alguns anos, por exemplo,
atendi uma escola que adotava materiais de uma editora. O gestor, em
troca de uma verba e dois outdoors
anuais, comprometeu-se a adquirir
os livros da coleção completa. O
custo da coleção era de um salário
mínimo por aluno, com acréscimo
anual de 10% . O diretor estava satisfeito, focado na verba que seria
utilizada para investir na escola e na
campanha de matrículas.
Porém (sempre há um porém),
ele não estava analisando pontos
importantes que fazem diferença
para o sucesso da escola. Um deles é o valor que os pais pagariam,
que estava acima da realidade local,
somando mensalidade, material e
gastos com lanche e transporte do
aluno.
Foi então que apresentei um
novo caminho para essa escola,
com material didático atualizado
(seguindo valores dentro da realidade da instituição e da comunidade), assessoria pedagógica personalizada e campanha de matrículas
completa (com peças direcionadas
para a real necessidade da escola e
ampliar o número de alunos).
No primeiro ano de convênio,
já apresentamos resultados, pois a
escola passou a oferecer não apenas uma, mas três turmas de 6o.
ano. Crescendo três vezes mais, o
que acontecerá ao longo dos próximos anos? Quantas turmas e
quantos alunos a escola terá? Além
renciar e decidir como e onde seriam feitos seus investimentos. Ao
diminuir custos, também abriu as
portas da escola para os pais que
portante, pôde atender de maneivalores competitivos, material de
qualidade e capacitações constantes ao corpo docente, tornando os
guros no dia a dia
Como consultor, procuro sempre orientar o gestor a quem atendo, alertando-o para o fato de que
uma de suas principais funções é
pensar como melhorar sua empresa, oferecendo novos serviços para
seus clientes (professores, alunos,
pais e colaboradores). Algumas
Que diferenciais meu sistema
de ensino agrega à minha empresa?
Quantas capacitações meus
professores receberão ao longo do ano? Elas atendem minhas reais necessidades?
diferencial do meu material
didático? E, como consequênnesse material?
Quanto minha empresa gastaria para compor o atual material didático, se tivesse que
investir em xerox, livros e extras?
Minhas salas de aula atendem
às expectativas dos meus alunos, com carteiras confortáveis e ferramentas tecnológicas utilizadas corretamente?
Muitos desses questionamentos não são novidades, mas merecem ser respondidos de tempos
em tempos, para que sua escola
possa ter certeza do caminho que
está trilhando. Se precisar de ajuda
para respondê-los, as equipes copoente terão prazer em atendê-lo.
Expoente nas regiões Norte e Nordeste.
Marketing
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| esporte
aula
em sala de
Tetracampeão de xadrez do sertão pernambucano, o professor Agnaldo Melo dos Santos trans-
“Eu ouvi falar que o xadrez era uma excelente ferramenta, que poderia melhorar a concentração e a
números e cálculos. Por isso, resolvi ensiná-la em
vida dos dois.
Um ano depois das primeiras aulas de xadrez, a
petição escolar e ganhou uma bolsa de estudos.
Deixou a escola municipal em que estudava e passou para uma instituição particular. “Foi uma grande vitória para nós, que somos uma família de origem humilde”, relembra. Hoje, Daniella Evans tem
18 anos e já venceu três campeonatos estaduais,
um campeonato regional do Nordeste e conquistou o 3º. lugar em uma competição nacional. Em sala
de aula, tem muito mais facilidade nas disciplinas
de Matemática, Química e Física.
Professor Agnaldo Melo dos Santos:
tetracampeão de xadrez do sertão pernambucano.
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Atualmente, o professor Agnaldo ensina xadrez
de segunda a sexta-feira para centenas de estudantes
do Vivência Centro Educacional, de Petrolina (PE), e de
escolas da região. “Eu já formei campeões estaduais,
também é vice-presidente da Federação Pernambucana de Xadrez e árbitro da Confederação Brasileira de
Xadrez.
No Vivência, os alunos do 1º. ao 9º. ano do Ensino
Fundamental participam de aulas de xadrez, que fazem parte do currículo escolar. “São alunos que
começam do zero, com apenas
5 anos, e vão desenvolvendo
habilidades como concentração
e capacidade de análise. Essas
são características que acabam
sendo levadas para outras disciplinas, fazendo o aluno melhorar
seu desempenho em sala de aula”,
O esporte pode ajudar
alunos a melhorarem seus
rendimentos em outras
disciplinas.
percebe claramente a mudança em
alguns estudantes, que se tornam
mais aplicados depois que começam a jogar xadrez: “Durante o jogo,
o tempo inteiro ele precisa analisar
seus lances e os do adversário, exercitando naturalmente a concentração e o raciocínio.
Considero o xadrez uma ferramenta pedagógica que
pode ajudar em sala de aula”.
Como resultado, o Vivência Centro Educacional
já conquistou o tricampeonato estadual de xadrez
escolar (2008–2009–2010) e o bicampeonato regional (2011–2012). A instituição também patrocina diversos campeonatos de xadrez na região de Petrolina. A fábrica de campeões do professor Agnaldo
promete ainda mais conquistas dentro e fora da sala
de aula.
Bem-estar e
Desde sua fundação, há dez anos, o Colégio
Olympus Yesi, de Codó (MA), aposta na valorização
da disciplina de Educação Física para desenvolver os
aspectos motor, cognitivo e afetivo-social de seus
alunos. “A importância da Educação Física está justamente no trabalho curricular, que é voltado para
todos os alunos, sem distinção de aptidões ou tipos
físicos”, explica o professor e coordenador da disciplina, Fredson Ricardo.
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A Educação Física escolar
ainda enfrenta alguns estigmas, sendo vista por muitos
como uma atividade complementar, de menor importância se comparada a disciplinas
como Matemática, História ou
Língua Portuguesa. No entanto, atualmente, ela é uma
disciplina complexa que se
propõe a auxiliar no desenvolvimento da personalidade
do indivíduo, indo muito além
das potencialidades físicas.
Trabalha as próprias especicom os outros componentes curriculares.
Segundo o professor Fredson, todos os estugum aspecto: “Os mais agitados, hiperativos, conseguem se acalmar praticando atividades físicas. O
aluno mais fechado, mais tímido, desenvolve o aspecto social ao participar de atividades em grupo
promove uma melhor aprendizagem. Naturalmente, o aluno passa a ter mais concentração”. Em 11
mestre, acompanha alunos que melhoraram seus
desempenhos escolares depois da prática esportiva regular.
Além de dar aulas para as turmas dos ensinos Fundamental e Médio, o professor Fredson
também é responsável pelo treinamento extracurricular da equipe de futsal feminino, que já
se tornou uma tradição na instituição, conquistando inúmeros campeonatos no Maranhão.
“Todas as minhas ações são desenvolvidas
em consenso com a coordenadora pedagógica
da escola. Acompanhamos de perto os alunos
trabalhamos juntos para torná-los mais saudá-
com os outros colegas. De introvertido, acaba se
transformando em extrovertido. Aqueles que têm
o hábito de tirar sarro e colocar apelidos nos outros
aprendem que precisam respeitar para serem respeitados”.
O resultado, de acordo com ele, pode ser vise serotonina, que provocam aquela sensação de
bem-estar e prazer após uma prática esportiva,
O esporte auxilia
no desenvolvimento da
personalidade do indivíduo,
indo muito além das
potencialidades físicas.
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passos
A iniciação dos pequenos
alunos na vida escolar assume a
cada dia maior importância social.
Para articular cuidados e educação, oferecendo subsídios aos
primeira infância, dos 3 meses aos
em 2013 o novo Material Didático
para Educação Infantil – Creche.
A base teórica é apresentada
de acordo com a linguagem do
professor e com a realidade das
escolas, visando proporcionar e
estabelecer uma relação afetiva
com as crianças pequenas. Além
dos volumes de uso exclusivo
dos alunos, o material didático
contém agenda para os
pais e material de apoio
ao professor.
Os álbuns dos
alunos são divididos
em três categorias:
bebê I (de 3 meses a
1 ano), bebê II (de 1
a 2 anos) e criança
(de 2 a 3 anos). Cada
volume tem espaço para registro de
momentos marcantes do desenvol-
vimento desse período
as crianças e seus
familiares.
Veículo de comunicação entre escola e
família, a agenda para
os pais apresenta a rotina e o desenvolvimento do aluno, abordando mensalmente uma temática
diferente sobre assuntos relacionados à vivência da criança, como
adaptação, alimentação infantil,
cuidados com a saúde, sono,
desenvolvimento da linguagem e
limites, entre outros.
O material de apoio ao professor apresenta referencial
teórico articulado com
as práticas educativas
adequadas às crianças
de 3 meses a 3
anos, contando com dois
volumes. O
primeiro fornece a fundamentação teórica
necessária para
acompanhar o
desenvolvimento
infantil, organizar o
| lançamento
Primeiros
espaço e compreender aspectos
de identidade e autonomia, registro e avaliação. O segundo
volume contém o planejamento e a prática
das diferentes oportunidades de aprendizagem para as formações pessoal e
social, buscando ampliar o conhecimento de mundo do aluno.
Por meio desse material didático e pedagógico de qualidade, o
Expoente reconhece a importância de seus pequenos alunos e dos
essa faixa etária.
A partir de 2013,
Grupo Expoente
oferecerá material
didático para crianças
de 3 meses a 3 anos
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| artigo
educação
encantadora
*Lidiana Janke
Encantar... Simples, não? Mas
talvez nos dias de hoje não seja
mais tão simples assim. Estamos
vivenciando um momento de grandes evoluções tecnológicas, que
invadem espaços de aprendizagem, eliminando as rotinas de convivência humana. Pais e escola travam um combate diário na disputa
contra a internet, as redes sociais,
o videogame e os celulares, entre
outros aparelhos que não nos arriscamos a citar por medo de já estarem ultrapassados.
Jogos e brincadeiras simples, que faziam parte da infância
e do desenvolvimento de qualquer
criança, foram guardados em um
passado no qual os relacionamenOnde estão nossas crianças
que adoravam escutar histórias,
brincar de pega-pega, esconde-esconde, pular amarelinha? Será
que essa é uma espécie extinta?
As atribuições do dia a dia, os
compromissos imediatos e a rotina
exaustiva transformaram aquelas
crianças em adultos necessitados
de novas tecnologias para ajudar
lhos. Sem percebermos, tornamo-nos dependentes tecnológicos e,
desde muito cedo, incentivamos
Transferimos ou compartilhamos
nossas obrigações como educadores com a televisão, a internet e os
falta de tempo, espaço ou disposição física e mental. Como culpar
nossos pequenos por não mais se
divertirem como nós nos divertíamos quando éramos crianças, se
não nos permitimos ensiná-los o
que aprendemos com nossos pais,
professores e familiares? Como
exigir de uma geração atitudes que
não lhe foram ensinadas?
Sabemos e temos consciência de que os interesses de nossos pequenos evoluíram com as
tecnologias, e compreendemos a
importância delas na formação da
criança. No entanto, é notória a
nas relações interpessoais, no de-
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senvolvimento psicomotor, na criatividade e nas competências, que
eram adquiridos desde muito cedo
pelo convívio com outras crianças,
pelos jogos e brincadeiras vivenciados por elas.
O espaço escolar, ambiente de
aprendizagem, tem a oportunidade de retomar essas vivências e o
dever de proporcionar esses momentos a seus alunos. Experiências lúdicas, consideradas simples
pelos adultos, têm um poder de
encantamento nas crianças. Quando estamos vivendo uma fase de
encantamento por algo, estamos
felizes, sentimo-nos mais criativos e não temos medo de inventar.
Nós, professores, devemos trabalhar para isso, acreditar que podemos tornar a infância de nossos
alunos momentos de felicidade e
pureza. Devemos estar dispostos
a mostrar a eles que inventar jogos, brincadeiras, histórias divertidas e mergulhar de cabeça nelas
também podem fazer parte da vida
adulta, basta nos permitirmos.
riências com os alunos, desenvolvemos no Colégio Estilo projetos
educacionais que utilizam o lúdico
e o encantamento como ponto de
partida para uma aprendizagem
porcionando espaços de socialização e aprendizagem por meio
de brincadeiras e histórias simples
que resgatam os valores, as habilidades e competências esquecidas
no passado. A exemplo disso, na
Semana da Criança, em 2011, tivemos momentos de interdisciplinaridade e muita alegria, quando,
por meio de uma história sobre dois
meninos piratas, o valor humano da
amizade foi resgatado. A partir da
narrativa, criada por duas professoras da escola e publicada em um
livro, que conta como dois amigos
piratas acabaram tendo a amizade
abalada por problemas de relacionamento, todas as professoras regentes da instituição trabalharam
esse tema. (Para conhecer o livro,
acesse <http://www.noarmidias.
com.br/Clientes/piratas.pdf>)
Tudo aconteceu em dois momentos. Primeiramente, houve a
adaptação do texto literário para
ram surpresos com a invasão dos
personagens, que foram peças-chave para o desenrolar da grande aventura. Em seguida, os alunos
foram separados em dois grupos –
os barbas-azuis e os barbas-ruivas
– e passaram por várias brincadeiras como treinamento de piratas,
circuitos, resgate de bandeira, e
torceram muito por seus piratas
prediletos, Fred e Francesco, os
protagonistas de toda a trama.
A alegria e motivação desses
dias nos trouxeram a certeza da
realização de um grande trabalho e,
ao encerrá-lo, tivemos a certeza de
que o maior tesouro que podemos
encontrar nesta vida são os amigos
verdadeiros. Os olhares curiosos,
as risadas, a alegria e a satisfação
dos alunos em participar de algo
bem realizado e elaborado, feito
especialmente para eles, foi nosso
xarmos essa história inesquecível,
presenteamos nossos alunos com
um livro com tudo o que eles presenciaram naqueles dias, contando tudo pelo que passaram, para
que também compartilhassem
essa aventura com seus pais e familiares.
certeza é sim, mas é possível e
maravilhoso! Encantar deve ser
sempre o desejo de todos os educadores, pois quem se dispõe a fazer isso ganha o melhor presente: o
reconhecimento de todos, a felicidade, a gratidão e o encantamento
dos alunos. Tente você também!
Experiências lúdicas,
consideradas
simples pelos
adultos, têm
um poder de
encantamento
nas crianças.
*Diretora de Eventos do Colégio
Estillo, em Pinhais (PR), graduada em
Pedagogia pela Universidade Federal
de Pelotas e Especialista em
Direito Educacional.
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| escola interativa
PortalEscolaInterativa
NovoscanaisnoPortalEscolaInterativa
Viajena
Riga é a capital de qual país europeu? Onde
utiliza a moeda ariary?
Descubra as respostas a essas e outras
tal Escola Interativa. Lá você encontra dados geopolíticos sobre todos os países,
além de informações detalhadas sobre os
estados brasileiros. Leve sua curiosidade
na bagagem e faça uma viagem cultural pelos mapas dos continentes!
QuedaLivre
Interativa nos leva até a Lua para
explicar o conceito físico de queda
livre. Podemos acompanhar, em
um vídeo, o experimento de David
Scott, sétimo homem a caminhar
na superfície da Lua, que abandonou uma pena e um martelo a certa
altura do solo lunar. A resposta sobre qual deles atingiu antes o chão
de queda independe da massa e do
peso dos corpos, desde que sejam
soltos da mesma altura e em queda
livre, ou seja, livres da ação de qualquer força que não seja a da gravidade”.
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