Pós Modernismo - Marcos O. Costa

Transcrição

Pós Modernismo - Marcos O. Costa
Arquitetura Moderna
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Bibliografia Básica
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Tradução Denise Bottmann. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992
BENÉVOLO, Leonardo. A Cidade e o Arquiteto. Tradução Attilio Cancian. 2.ed
1.reimpr. São Paulo: Perspectiva, 2001.
BENÉVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. Tradução Ana M.
Goldberger. São Paulo: Perspectiva, 1998.
BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. Tradução Sílvia Mazza. São Paulo:
Editora Perspectiva, 1983.
BRUAND, Yves. Arquitetura contemporânea no Brasil. São Paulo, Perspectiva,
1981.
CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Tradução Dafne Nascimento Rodrigues. 5.ed.
São Paulo: Perspectiva, 1998.
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. Tradução de
Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
LEMOS, Carlos. Arquitetura Brasileira. São Paulo: Melhoramentos; EDUSP, 1979
SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. 2.ed 1.reimpr.- São Paulo:
EDUSP, 2002.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Régua Cronológica
1775
1799
.1784- TEAR A
VAPOR EDMUND
CARTWRIGHT
.1789- REVOLUÇÃO
FRANCESA
.1777- THOMAS
FARNOLLS
PRITCHARD E
JOHN WILKINSON:
PONTE DO
SEVERN ,
COALBROOKDALE
182
1855
1874
1900
.1799- NAPOLEÃO 5
.1848- REVOLUÇÕES
.1856-PROCEDIMEN.1874- EXPOSIÇÃO
IMPRESSIONISTA
BURGUESAS
BONAPARTE É IMPETO BESSEMER:
RADOR DA FRANÇA
.1822- INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
.1825-PRIMEIRO SERVIÇO FERROVIÁRIO
NA INGLATERRA
.1850-FRANÇA É A
PRI-MEIRA NAÇÃO A
RE-DUZIR AS
BARREIRAS
ALFANDEGÁRIAS
.1852-NAPOLEÃO III
IMPERADOR DA
FRANÇA
AÇO .1863- METRÔ
DE LONDRES
.1867INAUGURAÇÃO DA
SÃO PAULO
RAILWAY LIGANDO
SANTOS Á JUNDIAÍ
EM PARIS.
.1876- G. BELL
PATENTEIA O
TELEFONE
.1879- ÉDSON:
LÂM-PADA
ELÉTRICA
.1884- SURGE O
BONDE ELÉTRICO
.1803-DE CESSART E
DILLION: PONT DES
ARTS, PARIS
.1846- JOHN RUSKIN
PUBLICA MODERN
PAINTERS
.1849- RUSKIN PUBLCA THE SEVEN
LAMPS OF
ARCHITECTURE
.1851- JOSEPH
PAXTON: PALÁCIO DE
CRISTAL
.1854- E. GRAVES
OTIS: INVENÇÃO DO
ELEVADOR
1853-HAUSSMANN
É NOMEADO PREFEITO DO SENA
1859- ILDEFONS
CERDÁ: EIXAMPLE
DE BARCELONA
.1860- H. LABROUSTE
BIBLIOTECA
NACIONAL, PARIS
.1867-J.B. KRANTZ
E GUSTAVE EIFFEL
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS
.1883- NASCE
WALTER GROPIUS
.1886-NASCE MIES
VAN DER ROHE
.1883/926-GAUDI:
TEMPLO DE LA
SAGRADA FAMILIA
.1887- NASCE
LE CORBUSIER
.1889- EXPOSIÇÃO
UNIVERSAL PARIS
.1892- FRANÇOIS
HEANNEBIQUE: PATENTE CONCRETO
ARMADO COM
VER-GALHÕES DE
SEC-ÇÃO
CILÍNDRICA
.1899- HECTOR
GUIMARD: METRÔ
DE PARIS
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Introdução
No final do século XVII a cultura iluminista age
contemporaneamente sobre o controle técnico e sobre o
controle artístico. Acelera o desenvolvimento tecnológico e
muda, portanto, radicalmente as bases materiais da projeção.
Ao mesmo tempo, critica o valor permanente dos modelos
formais até então vigentes (os do classicismo antigo
repropostos no Renascimento) e deixa subsistir apenas a
possibilidade de uma imitação deliberada do repertório
clássico como de todo outro repertório, deduzido de outros
períodos do passado.
Leonardo Benévolo
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Partenon – 447/ 432 AC
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Donato Bramante - San Pietro in Montorio, o “Tempietto”
1502
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Thomas Farnolls Pritchard e John Wilkinson
Ponte do Rio Severn em Coalbrookdale 1777
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Henri Labrouste – Biblioteca Nacional - 1860
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Eng. Victor Contamin e Arq. C.-L.-F. Dutert
Galeria das Máquinas – Exposição Universal Paris - 1889
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Eng. Victor Contamin e Arq. C.-L.-F. Dutert
Galeria das Máquinas – Exposição Universal Paris - 1889
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Antoni Gaudi – Sagrada Família – 1883/1926
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Hector Guimard – Metrô de Paris - 1899
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Ildefons Cerdà – Eixample de Barcelona - 1855 - 1863
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Régua Cronológica
1875
1900
1884- SURGE O
BONDE ELÉTRICO
.1900- FREUD: A
INTERPRETAÇÃO
DOS SONHOS
.1883- NASCE
WALTER GROPIUS
.1886-NASCE MIES
VAN DER ROHE
.1883/926-GAUDI:
TEMPLO DE LA
SAGRADA FAMILIA
.1887- NASCE
LE CORBUSIER
.1889- EXPOSIÇÃO
UNIVERSAL PARIS
.1892- FRANÇOIS
HEANNEBIQUE:
PATENTE DO
CONCRETO ARMADO COM VERGALHÕES DE
SEC-ÇÃO
CILÍNDRICA
.1899- HECTOR
GUIMARD: METRÔ
DE PARIS
191
1930
1946
1960
.1905- EINSTEIN: TEOHITLER ASSU.1957- TRATADO DE
5 .1917- REVOLUÇÃO .1933RIA DA RELATIVIDADE BOLCHEVIQUE NA
ME A CHANCELARIA
ROMA:CRIAÇÃO DA
.1907- PICASSO: LES
DEMOISELLES
D’AVIGNON
.1914/1918- PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
RÚSSIA
. 1929- QUEBRA DA
BOLSA NY
.1930- REVOLUÇÃO
DE 1930 (BRASIL)
ALEMÃ
.1939/1945- SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
UNIÃO EUROPÉIA
.1959- REVOLUÇÃO
CUBANA
.1903- E. HOWARD
CIDADE-JARDIM DE
LETCHWORTH
.1903- A. PERRET:
ED. RUA FRANKLIN
.1904- T. GARNIER- A
CIDADE INDUSTRIAL
.1905- V. DUBUGRAS:
EST. DE MAIRINQUE
.1907- R. UNWIN E B.
PARKER: BAIRRO DE
HAMPSTEAD GARDEN
EM LONDRES
.1908- P. BEHRENS:
FÁBRICA AEG
.1908/10- F. L. WRIGHT
CASA ROBIE
.1910- ADOLF LOOS:
CASA STEINER
.1919- GROPIUS: CRIAÇÃO DA BAUHAUS
.1924- G. RIETVELD:
CASA SCHRÖDER
.1925/26- GROPIUS:
ED. DA BAUHAUS
.1925- ERNST MAY:
1930WARCHAVCHICK
CASA DA RUA BAHIA
.1933- A CARTA DE
ATENAS
.1934- F. L. WRIGHT
CASA KAUFMANN
.1936- A. VITAL
BRASIL E A.
MARINHO:
ED.ESTHER
.1936- M.M. ROBERTO:
EDIFÍCIO DA ABI
.1936/42- EDIFÍCIO DO
MES NO R. JANEIRO
.1938- L. COSTA E O.
NIEMEYER: PAVILHÃO
DO BRASIL
.1943- NIEMEYER:
IGREJA DA
PAMPULHA
.1943- F. L. WRIGHT:
MUSEU GUGGENHEIM
.1946- A. E. REIDY: C.
R. PEDREGULHO
.1946/50MIES:CASA
FARNSWORTH
.1947- CORBUSIER
UNIDADE
MARSELHA
.1949- F. BOLONHA:
C. R. DE PAQUETÁ
.1950- CORBUSIER
CAP. RONCHAMP
.1951- CORBUSIER
CHANDIGARH
.1957- L. COSTAPLANO PILOTO DE
BRASÍLIA
.1959- J. B.
VILANOVA
ARTIGAS
GINÁSIO DE
ITANHAÉM
BRUCHFELDSTRASSE
.1928-PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL
DE ARQUITE-TURA
MODERNA -CIAM
.1929- LE
CORBUSIER
VILA SAVOYE
.1929- MIES:
PAVILHÃO DE
BARCELONA
.1931- LE
CORBUSIER
CIDADE RADIOSA
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Modernismo
Sob o termo genérico Modernismo resumem-se as correntes artísticas
que, na última década do século XIX e na primeira do século XX,
propõem-se a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço progressista,
econômico-tecnológico, da civilização industrial. São comuns às
tendências modernistas:
1) a deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua época e a
renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como no
estilo;
2) o desejo de diminuir a distância entre as artes "maiores" (arquitetura,
pintura e escultura) e as "aplicações" aos diversos campos da
produção econômica (construção civil corrente, decoração, vestuário
etc.)
3) a busca de uma funcionalidade decorativa
4) a aspiração a um estilo ou linguagem internacional ou européia
5) o esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia (com um pouco
de ingenuidade e um pouco de hipocrisia) inspirar e redimir o
industrialismo.
Giulio Carlo Argan
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Modernismo
Por isso, mesclam-se nas correntes modernistas, muitas
vezes de maneira confusa, motivos materialistas e
espiritualistas,
técnico-científicos
e
alegórico-poéticos,
humanitários e sociais. Por volta de 1910, quando ao
entusiasmo pelo progresso industrial sucede-se a consciência
da transformação em curso nas próprias estruturas da vida e
da atividade social, formar-se-ão no interior do Modernismo as
vanguardas artísticas preocupadas não mais apenas em
modernizar ou atualizar, e sim em revolucionar radicalmente
as modalidades e finalidades da arte..
Giulio Carlo Argan
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Auguste Perret – Edifício na Rua Franklin 25 bis
1903
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Victor Dubugras – Estação Ferroviária de Mairinque
1905/08
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Peter Behrens – Fábrica de Turbinas AEG – 1908/09
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Frank Lloyd Wright – Casa Robie – 1908/10
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Adolf Loos – Casa Steiner - 1910
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Walter Gropius – Bauhaus - 1919
Walter Gropius foi um dos Arquitetos
interessados em
reformular o sistema de ensino artístico. Ele elaborou um
programa pedagógico que seria a base teórica para a criação da
escola que viria revolucionar, não só o ensino das Artes e
Arquitetura, mas também o próprio desenvolvimento destas: a
BAUHAUS.
Esta nova pedagogia consistia de um esforço em integrar o
Artista à máquina, ao processo produtivo industrial.
“pois o artista possui a capacidade de insuflar uma alma ao
produto inanimado da máquina... Sua colaboração não é luxo,
não é um suplemento voluntário, mas deve se transformar em
um componente imprescindível de toda a obra da indústria
moderna.”
Fundação Walter
ArmandoGropius
Alvares Penteado – FAAP
Walter Gropius – Edifício da Bauhaus - 1926
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Walter Gropius – Edifício da Bauhaus - 1926
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Gerrit Rietveld – Casa Schröder - 1924
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier –
Por uma Arquitetura - 1924
Em 1924 Le Corbusier publica “ Por uma Arquiteura”, verdadeiro
manifesto pela arquitetura moderna. Com linguagem veemente
o autor busca a criação de uma nova arquitetura que superasse
o anacronismo representado pelo Ecletismo e seus estilos. Era
necessário corresponder às necessidades da era da máquina: “
A casa é uma máquina de morar”.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier –
Por uma Arquitetura - 1924
Olhos que não Vêem...
1. Os Transatlânticos
Uma grande época começa. Um espírito
novo existe. Existe uma multidão de obras
de espírito novo; são encontradas particularmente na produção industrial. Os hábitos
sufocam a arquitetura. Os "estilos" são uma
mentira. O estilo é uma unidade de
princípios que anima todas as obras de uma
época e que resulta de um estado de
espírito caracterizado.Nossa época fixa
cada dia seu estilo. Nossos olhos,
infelizmente, não sabem discerni-lo ainda.
Le Corbusier. Por uma arquitetura. Trad. Ubirajara
Rebouças. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier –
Por uma Arquitetura - 1924
Olhos que não Vêem...
2. Os Aviões
O avião é um produto de alta seleção.
A lição do avião está na lógica que presidiu
ao enunciado do problema e à sua
realização.
O problema da casa não está colocado.
As coisas atuais da arquitetura não
respondem mais às nossas necessidades.
No entanto os padrões da habitação
existem.
A mecânica traz consigo o fator de
economia que seleciona.
A casa é uma máquina de morar.
Le Corbusier. Por uma arquitetura. Trad. Ubirajara
Rebouças. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier –
Por uma Arquitetura - 1924
Olhos que não Vêem...
3. Os Automóveis
É necessário tender para o estabelecimento
de padrões para poder enfrentar o problema
da perfeição.
O Parthenon é um produto de seleção
aplicada a um padrão.
A arquitetura age sobre. os padrões.
Os padrões são coisa de lógica, de análise,
de estudo escrupuloso; são estabelecidos a
partir de um problema bem colocado.
A experimentação fixa definitivamente o
padrão.
Le Corbusier. Por uma arquitetura. Trad. Ubirajara
Rebouças. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna
CIAM
CIAM I
-
La Sarraz 1928
– Declaração de La Sarraz
CIAM II –
Frankfurt 1929 – O problema da habitação mínima
CIAM III –
Bruxelas 1930
CIAM IV –
Patris II 1933 – A cidade funcional: A Carta de Atenas
CIAM V -
Paris 1937
CIAM VI –
Bridgewater 1947 – Necessidades emocionais e matreriais
– O loteamento racional
- Moradia e Lazer
CIAM VII – Bérgamo 1949
CIAM VIII – Hoddesdon 1951 – O coração da cidade
CIAM IX -
Aix-en-Provence 1953 – Primeiras críticas à Carta de Atenas
CIAM X –
Dubrovnik 1956 – Team X
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Declaração de La Sarraz
Congrès Internationaux d’Architecture Moderne - CIAM - 1928
1. A idéia de arquitetura moderna inclui o vínculo entre o
fenômeno da arquitetura e o do sistema econômico geral.
2. A idéia de "eficiência econômica" não implica a oferta, por
parte da produção, de um lucro comercial máximo, mas a
exigência, por parte da produção, de um mínimo esforço
funcional.
3. A necessidade de uma eficiência econômica máxima é o
resultado inevitável do empobrecimento da economia geral.
4. O método mais eficiente de produção é o que decorre da
racionalização e da padronização. A racionalização e a
padronização agem diretamente sobre os métodos de
trabalho, tanto na arquitetura moderna (concepção) quanto
na indústria da construção (realização).
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Declaração de La Sarraz
Congrès Internationaux d’Architecture Moderne - CIAM - 1928
5. A racionalização e a padronização agem de três modos diversos:
a) exigem da arquitetura concepções que levem à simplificação dos
métodos de trabalho no lugar e na fábrica;
b) significam para as construtoras uma redução da mão-de-obra
especializada; levam ao uso de uma mão-de-obra menos especializada
que trabalhe sob a direção de técnicos da mais alta habilitação;
c) esperam do consumidor (ou seja, do consumidor que encomenda a
casa na qual vai viver) uma revisão de suas exigências em termos de
uma readaptação às novas condições da vida social. Essa revisão irá
manifestar-se na redução de certas necessidades individuais,
doravante desprovidas de uma verdadeira justificativa; as vantagens
dessa redução irão estimular a máxima satisfação das necessidades
da maioria, as quais se acham no momento restringidas.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Ludwig Mies van der Rohe – Pavilhão Barcelona
1929
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Ludwig Mies van der Rohe – Pavilhão Barcelona
1929
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
Planta 1º Pavimento
Planta Térrea
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann–1934/37
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Urbanismo
A disciplina que estuda a cidade e planeja seu
desenvolvimento, o urbanismo, formou-se nos séculos XIX e
XX; como ciência moderna, resultante da convergência entre
diversas disciplinas (sociologia, economia, arquitetura), não
deve ser confundida com a antiga arquitetura urbana. Ela
nasceu da necessidade de enfrentar metodicamente os
graves problemas determinados pela modificação do
fenômeno urbano, devido à "Revolução Industrial", e pela
conseqüente transformação da estrutura social, da economia
e do modo de vida. O que antes parecia ser uma questão
basicamente quantitativa (o rápido crescimento demo gráfico)
revela-se uma questão qualitativa e estrutural; já os primeiros
urbanistas reconhecem que a cidade pré-industrial não é
capaz de se adequar às exigências de uma sociedade
industrial.
Giulio Carlo Argan
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
B. Parker / R. Unwin – Cidade de Letchworth - 1903
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Ernst May e C. H. Rudolf
Bairro de Bruchfeldstrasse em Frankfurt - 1925
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Le Corbusier - Vile Radieuse
1931
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
A Carta de Atenas
Em 1933, a bordo do navio Patris II, reuniu-se o o quarto
Congresso Internacional de Arquitetura Moderna. Ali foram
analisadas 33 cidades, que serviram de base para a elaboração
de um dos principais documentos do urbanismo moderno: A Carta
de Atenas. Este texto, de autoria de Le Corbusier, trazia além de
reflexões a respeito das 33 cidades estudadas, 25 pontos de
doutrina. Neles se reafirmava que as cidades eram a “imagem do
caos”, revelando o predomínio dos interesses privados em
detrimento do público e a ausência de controle. A cidade moderna
se caracterizava por suas quatro funções: habitar, trabalhar,
recrear-se e circular. A partir da liberação total do solo, através do
uso de pilotis, um novo tecido urbano surge dissolvendo a
tradicional estrutura da rua-corredor. O principal exemplo de
aplicação destes princípios é a cidade de Brasília.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
A Carta de Atenas
O urbanismo tem quatro funções principais que são:
primeiramente, assegurar aos homens moradias saudáveis, isto
é, locais onde o espaço, o ar puro e o sol, essas três condições
essenciais da natureza, lhe sejam largamente asseguradas; em
segundo lugar, organizar os locais de trabalho, de taI modo que
este, ao invés de ser uma sujeição penosa, retome seu caráter de
atividade humana natural; em terceiro lugar, prever as instalações
necessárias à boa utilização das horas livres, tornando-as
benéficas e fecundas; em quarto lugar, estabelecer o contato
entre essas diversas organizações mediante uma rede circulatória
que assegure as trocas, respeitando as prerrogativas de cada
uma.
Le Corbusier. A Carta de Atenas – versão de Le Corbusier. Trad.
Rebeca Scherer. São Paulo: Hucitec: Edusp, 1993.
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Modernidade Brasileira
A década dos anos 20 terminou já tendo havido alguns fatos que
viriam a influir na formação dos primeiros e raros adeptos da
arquitetura moderna então praticada na Europa, mas,
verdadeiramente sem terem tido repercussão popular. Já em
1925, em 15 de outubro, o jovem paulista Rino Levi publicava no
"O Estado de S. Paulo" uma carta clamando sobre a necessidade
de nós brasileiros providenciarmos planos modernos de
urbanização, pois nossas cidades cresciam ao sabor dos desejos
e caprichos dos especuladores imobiliários. No mesmo ano, uns
quinze dias depois, no "Correio da Manha", do Rio, o arquiteto
russo radicado em São Paulo Gregori Warchavchik escrevia seu
célebre artigo "Acerca da arquitetura moderna", em que fazia a
apologia dos novos conceitos sobre a "máquina de morar",
demonstrando estar bem enfronhado nos postulados de Le
Corbusier.
Carlos
Lemos
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Modernidade Brasileira
Aliás, esse arquiteto francês já era na época muito respeitado
nos meios intelectuais, tendo sido recebido no Rio e em São
Paulo, em 1929, com muitas honras, inclusive pelos políticos,
que talvez não conhecessem seus escritos, mas que sabiamno importante como teórico de planejamento. Essa visita
acompanhada de conferências do arquiteto funcionalista, que
retornava de Buenos Aires e Montevidéu, realmente abriu os
olhos de alguns jovens arquitetos e deu impulso a outros já
conhecedores de sua obra, como Lúcio Costa que, logo
depois, foi nomeado diretor da Escola Nacional de BelasArtes, onde, em brevíssima gestão, introduziu reformas de
base e, com seu poder carismático, influenciou os alunos para
sempre, inclusive, levando-os a uma importante greve em
busca de reivindicações ligadas aos métodos obsoletos de
ensino.
Carlos
Lemos
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Gregori Warchavchick – Casa da Rua Bahia - 1930
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Álvaro Vital Brazil e Adolho Marinho – Edifício Esther
1936
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
M. M. Roberto – Edifício ABI
1936
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
M. M. Roberto – Edifício ABI
1936
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Sempre
declaramos,
e
consta
da
placa
comemorativa da inauguração daquele edifício, ser
ele um projeto de Le Corbusier, sem darmos ênfase
às modificações que no seu desenvolvimento fomos
obrigados a fazer. Mas agora, ao revê-Ias, sinto que
a nossa colaboração não foi assim tão pequena.
Oscar Niemeyer
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Mudamos a localização do bloco principal, levando-o
para o centro do terreno. Com isto, o salão de
exposições e o auditório passaram a abrir
diretamente para a praça, e esta, a atravessar o
edifício de lado a lado. E as altas colunas, antes
escondidas pelas vidraças do edifício, ficaram soltas,
como verdadeiros pilotis, e mais imponentes, com
certeza. No projeto de Le Corbusier, todas as
colunas externas tinham apenas quatro metros de
altura. No bloco principal, fomos obrigados também a
criar o corredor central, substituindo a galeria lateral
antes prevista no projeto.
Oscar Niemeyer
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Neste existiam fachada principal e secundária, mas,
com a solução adotada, foi possível mantê-Ias
iguais, inclusive sem os balanços destinados a
sanitários, que desmereciam a fachada posterior.
Quanto ao brise-soleil, que Le Corbusier costumava
usar com placas fixas horizontais de concreto
armado,
preferimos
fazê-Ias
de
amianto,
basculantes, para melhor proteção interior. Essas
alterações, quase todas, estavam nos croquis que
apresentei. A meu ver, contudo, elas influíram muito
pouco na importância do projeto elaborado por Le
Corbusier.
Oscar Niemeyer
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Cobertura
Pav. Típico
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Edifício do Ministério da Educação e Cultura
Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
Com a obra da Pampulha o vocabulário plástico da
minha arquitetura - num jogo inesperado de retas e
curvas - começou a se definir. As grandes coberturas
em curvas passaram a descer em retas, dando-Ihes
um aspecto diferente que o problema do empuxo
estrutural justificava. Outras vezes elas se
desdobravam nas curvas repetidas e imprevisíveis
que a minha imaginação de arquiteto criava.
Oscar Niemeyer
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
Para mim Pampulha foi o começo da minha vida de
arquiteto.
O projeto me interessava vivamente. Era a
oportunidade de contestar a monotonia que cercava
a arquitetura contemporânea, a onda de um
funcionalismo mal compreendido que a castrava, dos
dogmas de "forma e função" que surgiam,
contrariando a liberdade plástica que o concreto
armado permitia.
A curva me atraía. A curva livre e sensual que a nova
técnica sugeria e as velhas igrejas barrocas
lembravam.
Oscar Niemeyer
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
Planta :
1. Nártex
2. Nave
3. Altar
4. Padre
5. Sacristia
6. Campanário
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP

Documentos relacionados

HTAU7 – A Cultura Pop dos anos 60

HTAU7 – A Cultura Pop dos anos 60 ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1992 BENÉVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. Tradução Ana M. Goldberger. São Paulo: Perspe...

Leia mais

HTAU7 – História e Contexto

HTAU7 – História e Contexto Novo Historicismo Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP

Leia mais