Cadeia: Madeira e Móveis

Transcrição

Cadeia: Madeira e Móveis
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UNICAMP-IE-NEIT
Universidade Estadual de Campinas
Instituto de Economia
Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (UNICAMP-IE-NEIT)
Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC)
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
ESTUDO DA COMPETITIVIDADE
DE CADEIAS INTEGRADAS NO BRASIL:
impactos das zonas de livre comércio
Cadeia: Madeira e Móveis
Nota Técnica Final
Campinas, Dezembro de 2002
Documento elaborado pela consultora Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes (ESALQ-USP) com apoio, na área de acesso a
mercados, do consultor André Meloni Nassar
Coordenação Geral do Projeto: Luciano G. Coutinho (NEIT-IE-UNICAMP), Mariano F. Laplane (NEIT-IE-UNICAMP),
Nelson Tavares Filho (MDIC), David Kupfer (IE-UFRJ), Elizabeth Farina (FEA-USP) e Rodrigo Sabbatini (NEIT-IEUNICAMP).
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SUMÁRIO
página
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 01
2. A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA E MÓVEIS ............ 03
3. TENDÊNCIAS MUNDIAIS DO SETOR ................................................................ 07
4. A INDÚSTRIA DE MÓVEIS MUNDIAL .............................................................. 09
4.1 Evolução do comércio internacional de madeira e móveis ..................................... 13
4.2 Evolução do comércio internacional: México e China ........................................... 21
4.2.1 Evolução do comércio internacional do México ..................................................21
4.2.2 Evolução do comércio internacional da China .....................................................28
5. A CADEIRA PRODUTIVA DE MADEIRA E MÓVEIS DO BRASIL ................. 32
5.1 Evolução da produção ............................................................................................. 36
5.2 Evolução da produtividade do trabalho 1994/99 .................................................... 38
5.3 Comparação da produtividade do trabalho entre Brasil e Estados Unidos ............. 38
5.4 Pólos moveleiros ..................................................................................................... 42
5.4.1 Diferenças de competitividade entre os pólos moveleiros ................................... 46
6. COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DE
MADEIRA E MÓVEIS DO BRASIL .......................................................................... 48
6.1 Matéria-prima .......................................................................................................... 49
6.1.1 Matéria-prima de base florestal ............................................................................ 50
6.1.2 Matéria-prima processada .................................................................................... 51
6.1.3 Qualidade da madeira .......................................................................................... 59
6.2 Produção de móveis: tecnologia, design e mão-de-obra ......................................... 60
6.2.1 Tecnologia ............................................................................................................ 60
6.2.2 Design .................................................................................................................. 61
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6.2.3 Mão-de-obra ......................................................................................................... 63
6.3 Vendas ..................................................................................................................... 63
7. EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL ..................................... 65
7.1 Destino das exportações e origem das importações brasileiras
de madeira e móveis ...................................................................................................... 78
7.2 Potencial de crescimento das exportações brasileiras de móveis ............................82
8. BARREIRAS COMERCIAIS, NORMAS E REGULAMENTOS,
POLÍTICAS FLORESTAIS, BARREIRAS DE MERCADO E
CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA .............................................................................. 83
8.1 Normas técnicas e regulamentos para a cadeia produtiva de madeira e móveis .... 86
8.2 Políticas e regras comerciais que afetam competitividade da cadeia produtiva .....87
8.3 Certificações voluntárias ........................................................................................ 92
8.4 Barreiras tarifárias impostas pelo Brasil aos demais países ................................... 94
8.5 Barreiras tarifárias impostas ao Brasil pelos Estados Unidos, México,
Canadá e União Européia ......................................................................................
96
9. CONSEQÜÊNCIAS DAS DESGRAVAÇÕES TARIFÁRIAS ..............................107
10. MATRIZ DE RECOMENDAÇÕES .....................................................................115
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS..........................................................................122
ANEXOS ....................................................................................................................125
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ANEXOS
página
ANEXO I ........................................................................................................................... 125
Nomenclatura do sistema harmonizado
Comparação entre os sistemas de códigos internacionais de produtos (SH e SITC)
Exportações e importações dos principais países do comércio internacional de madeira e
móveis por produto (SITC)
ANEXO II ......................................................................................................................... 145
Tabelas comparativas das principais características dos pólos moveleiros brasileiros
ANEXO III ........................................................................................................................ 153
Comércio exterior de madeiras do Brasil a 8 dígitos (Sistema harmonizado)
ANEXO IV ........................................................................................................................ 159
Destino e origem das exportações e importações de madeira do Brasil por blocos econômicos
(4 dígitos do Sistema Harmonizado)
ANEXO V .......................................................................................................................... 164
Destino e origem das exportações e importações de móveis do Brasil por blocos econômicos
(4 dígitos do Sistema Harmonizado)
ANEXO VI ........................................................................................................................ 168
Tarifas impostas ao Brasil por produtos (8 dígitos do Sistema Harmonizado)
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1. INTRODUÇÃO
Neste documento faz-se uma caracterização da Cadeia Produtiva da Indústria de Madeira e
Móveis, procurando-se evidenciar aspectos relativos à sua competitividade, bem como os
riscos e oportunidades que podem emergir dos processos de liberação comercial, em especial
os acordos de livre comércio com a União Européia e com a Alca. Objetiva-se fornecer
subsídios técnicos para as negociações comerciais da Alca e com a União Européia.
Foram identificados os principais aspectos da cadeia produtiva de madeira e móveis no
exterior e no Brasil, as tendências mundiais do setor, a evolução do comércio internacional de
madeira e móveis do Brasil e de outros países, tais como análises específicas para China e
México, os problemas de competitividade da cadeia brasileira, incluindo a comparação da
produtividade do trabalho entre Brasil e Estados Unidos e as características dos principais
pólos moveleiros bem como as diferenças de competitividade entre eles.
Neste trabalho também foram listadas e analisadas as barreiras tarifárias e não-tarifárias
impostas pelos países importadores aos produtos brasileiros e pelo Brasil, detalhadas por
produto da cadeia e os impactos decorrentes de uma desgravação das tarifas decorrentes de
acordos comerciais.
É importante salientar que o diagnóstico sobre a competitividade da cadeia produtiva foi
baseado no documento “Fórum de Competitividade. Diálogo para o Desenvolvimento”, do
Ministério
do
Desenvolvimento,
Indústria
e
Comércio
Exterior
(Secretaria
do
Desenvolvimento da Produção), que detalha os principais gargalos da cadeia de madeira e
móveis, bem como as metas, as políticas prioritárias, as estratégias e as ações a serem
efetivadas para superar as dificuldades apontadas.
Baseados em outros trabalhos sobre o setor, adotou-se, para a análise dos dados os seguintes
cortes do Sistema Harmonizado: 4407, 4410, 4411, 4412, 9401, 9403 e 9404.20 1 . Alguns
1
Estes cortes referem-se aos produtos: 4407: madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada em folhas ou
desenrolada, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm; 4410: painéis
de partículas e painéis semelhantes (por exemplo, painéis denominados “oriented strand board” e “waferboard”),
de madeira ou de outras madeiras lenhosas, mesmo aglomeradas com resinas ou outros aglutinantes orgânicos;
4411: painéis de fibra de madeira ou de outras matérias lenhosas, mesmo aglomeradas com resinas ou com
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dados sobre comércio internacional de madeira e de móveis foram elaborados a partir da base
de dados ONU-PCTAS, que é apresentada no sistema Standard Industrial Trade Classification
(SITC). Desta forma, no Anexo I encontram-se os códigos do Sistema Harmonizado, bem
como um quadro comparativo entre os dois sistemas.
outros aglutinantes orgânicos; 4412: madeira compensada (contraplacada), madeira folheada e madeiras
estratificadas semelhantes; 9401: assentos, mesmo os transformáveis em camas, e suas partes; 9403: outros
móveis e suas partes (escritórios, cozinhas, salas, dormitórios de madeira, plásticos, metais, vime, bambu, etc.); e
9404.20: colchões.
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2. A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA E MÓVEIS
Os elos da cadeia de Madeira e Móveis que serão objetos deste estudo compreendem os
seguintes segmentos: Preparação da Madeira, Assentos Mesmo os Transformáveis em Cama e
suas Partes, Outros Móveis e suas Partes (Móveis de Metal para Escritório, Outros Móveis de
Metal, Móveis de Madeira para Escritório, Outros Móveis de Madeira, Móveis de Plástico,
Móveis de Vime, Ratam, Bambú e Materiais Semelhantes, Partes de Móveis) e Colchões.
O sistema industrial de base florestal é mostrado na figura 1. Dentro dele situa-se o
subsistema da indústria moveleira, o qual é mostrado na figura 2. Nota-se pela figura 1 que a
indústria moveleira é responsável pela segunda transformação industrial da madeira. O
subsistema da indústria moveleira (figura 2) depende, a montante, da indústria siderúrgica,
fornecedora de metais para móveis, da indústria química, fornecedora de colas, tintas, PVC,
vernizes e vidro, da indústria de couro, indústria têxtil e da indústria responsável pelo
processamento da madeira.
A indústria moveleira pode ser segmentada tanto em função dos materiais que os móveis são
confeccionados, como também de acordo com os usos a que se destinam. Quanto aos usos,
existem os móveis de madeira para residência (que contemplam os móveis retilíneos seriados,
os móveis torneados seriados e móveis sob medida) e os móveis para escritório (móveis sob
encomenda e móveis seriados).
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FIGURA 1 - Sistema Industrial de Base Florestal
Consumo doméstico
Siderurgia e uso
energético
Consumo industrial
Lenha e carvão
Indústria moveleira
Indústrias de
equipamentos e
insumos
Empresas de
prestação de
serviços
Extração vegetal
Processamento
mecânico da
madeira (serrarias
e fábricas de
compensados,
lâminas e painéis
industrializados)
Silvicultura
Madeira Sólida
Construção civil
Exportação
Gráfica e editoração
Celulose e papel
Embalagens
Consumo doméstico,
industrial e comercial
Indústrias a
montante
Produção de
Madeira
Fonte: Adaptado de BACHA, C.J.C. Cadeia madeira/móveis
couro/calçados, têxtil, madeira/móveis e fertilizantes (2000)
Primeira
Transformação
Industrial
Segunda
Transformação
Industrial ou
consumo final
in Apoio a instalação dos Fóruns de Competitividade nas cadeias produtivas
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FIGURA 2 - Subsistema da indústria moveleira
Indústria de equipamentos
Indústria siderúrgica (metais
para móveis)
Mercado Externo
Indústria química (cola, tintas,
resinas plásticas e espumas de
poliuretano e verniz para
móveis)
Indústria de couro
Indústria têxtil (tecido para
estofados)
Indústria moveleira (móveis
de madeira, metal, plástico e
outros)
Mercado Interno
Processamento mecânico da
madeira (serrarias e fábricas de
compensados, lâminas e painéis
industrializados)
Fonte: Adaptado de BACHA, C.J.C. , idem
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É importante notar que embora alguns programas de governo utilizem o conceito de cadeia
produtiva, a política adotada busca priorizar a idéia do aumento das exportações de produtos
com maior valor adicionado, no caso, móveis. Contudo, há que se prestar a devida atenção aos
eventuais problemas de coordenação ainda não suficientemente considerado nas discussões.
Por exemplo, o direcionamento de madeira exportada “em bruto” para o mercado interno,
com o objetivo de abastecer a indústria moveleira e contribuir para o aumento do valor
adicionado exportado, dependerá da lucratividade relativa entre os mercados interno e
externo.
Outro ponto a ser ressaltado é que os problemas de competitividade relacionados às etapas
posteriores à fabricação do móvel (comercialização, financiamentos, acompanhamento dos
mercados externos, ambiente competitivo externo, fatores valorizados, etc.) estão sendo
tratados no Programa Brasileiro de Incremento às Exportações de Móveis (PROMÓVEL2 ),
além dos programas da Agência de Promoção das Exportações (APEX).
2
O Promóvel foi criado em novembro de 1998, pouco depois da Agência de Promoção ás Exportações (APEX),
do Governo Federal.
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3. TENDÊNCIAS MUNDIAIS DO SETOR
Durante a década de 90, a cadeia produtiva de madeira e móveis em termos mundiais sofreu
grandes transformações com conseqüentes ganhos de produtividade, não somente no que se
refere à introdução de equipamentos automatizados na área produtiva e à utilização de novas
técnicas de gestão, como também ao uso de outras fontes de matérias-primas, já que por
questões ambientais a utilização de madeiras nobres encontra hoje uso restrito.
Em relação à matéria-prima para a confecção de móveis, conforme Gorini (2000), o
desenvolvimento de tecnologia moderna reduziu as dificuldades existentes na utilização de
madeiras menos nobres, permitindo que novas espécies reflorestáveis passassem a ser
utilizadas. Dentre elas destacam-se o pinus (que substituiu a Araucária no Brasil); o eucalipto
(que embora ainda seja usado em menor escala no Brasil, já é utilizado na Nova Zelândia,
Austrália, Chile); e a seringueira (na Malásia, Indonésia, Filipinas e Ceilão já começam a
surgir móveis feitos a partir de seringueira). É importante destacar que a norma ISO-4000
deverá inibir o uso de madeira de lei e estimular o uso de madeira de reflorestamento
Além do aumento do uso de madeira oriunda de reflorestamento, outra tendência verificada
tanto no Brasil como internacionalmente é o crescimento do uso de medium-density
fiberboard (MDF), sendo que para reduzir custos, mas mantendo o padrão de qualidade,
verifica-se a mistura de diversos materiais no mesmo móvel (MDF nas partes frontais, fundos
de chapa dura e as laterais feitas de aglomerado).
Segundo Gorini (2000), estas transformações influenciaram o mercado consumidor, tendo
havido uma massificação no consumo, especialmente no segmento de móveis lineares
retilíneos (fabricados a partir de painéis de madeira), sendo que neste segmento em países
desenvolvidos o ciclo de reposição sofreu grande redução, aumentando o dinamismo da
indústria.
Conforme a autora, outra tendência verificada nos países desenvolvidos, principalmente
Estados Unidos e Europa, é que o novo modo de vida da sociedade priorizou maior
funcionalidade e conforto do móvel, tendo crescido consideravelmente a linha ready to
assemble e do it yourself, eliminando a necessidade do montador, reduzindo o custo de frete
e de montagem.
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Alguns países, como Taiwan, que têm participação importante no mercado internacional, vêm
desenvolvendo uma linha de produtos de maior valor agregado em mercados pouco
explorados, como por exemplo, móveis de metal e grande diversidade de estilos. Por sua vez,
a Itália continua agregando valor a seu produto por meio do design, conseguindo obter uma
renda adicional por confeccionar um móvel diferenciado (Gorini, 2000). Portanto, com
exceção de casos em que se fabrica estes produtos de alto valor agregado, como na Itália, a
concorrência é via preço, sendo a eficiência um importante fator de competitividade.
Segundo a autora as tendências para o futuro são de um móvel prático, padronizado, de baixo
custo, e confeccionado a partir de madeira de reflorestamento.
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4. A INDÚSTRIA DE MÓVEIS MUNDIAL
A produção mundial de móveis está estimada em US$ 200 bilhões, sendo os países
desenvolvidos responsáveis por 79% deste total, e os restantes 21% correspondem à produção
de móveis nos países emergentes. China, México e Polônia vêm apresentando crescimento da
atividade moveleira devido a investimentos recentes em novas plantas, construídas visando
incremento das exportações (BNDES, 2002b). Os principais produtores e consumidores de
móveis estão listados na tabela 1.
Tabela 1. Principais países produtores e consumidores de móveis (1996).
País
Consumo Aparente
US$ milhões
%
Produção
US$ milhões
%
Estados Unidos
58.739
37,7
48.660
31,2
Alemanha
19.177
12,3
18.414
11,8
França
12.112
7,8
7.502
4,8
Itália
11.921
7,7
16.368
10,5
Reino Unido
10.052
6,5
7.502
4,8
Japão
6.927
4,4
-
-
Espanha
6.559
4,2
4.092
2,6
Subtotal
125.487
80,6
102.538
65,8
Outros
30.242
19,4
53.191
34,2
Total
155.729
100
155.729
100
Fonte: Gorini (2000)
Nota-se que o consumo dos EUA, Alemanha, França, Reino Unido, Japão e Espanha foram
maiores que as suas respectivas produções. Por outro lado, a produção da Itália superou o
consumo interno em aproximadamente 37%. O Japão é um importador líquido de móveis, já
que a produção é praticamente inexistente. No ano de 1999 o comércio mundial de móveis foi
da ordem de US$53 bilhões, sendo que os maiores exportadores foram Itália, Alemanha,
Canadá, Estados Unidos, China, França, México, Polônia, Bélgica e Indonésia. Os maiores
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importadores foram Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Canadá,
Bélgica, Países Baixos, Suécia e Áustria.
Características dos principais países produtores de móveis3
Estados Unidos: indústria fragmentada (aproximadamente 4.000 unidades), distribuída em
várias partes do país, sendo que a produção é concentrada na Carolina do Norte, que detém
aproximadamente 1/3 das fábricas de móveis de uso residencial.
Principal segmento: móveis para uso residencial (US$ 24 bilhões de dólares em 1996,
empregando 260 mil pessoas), sendo que os 25 maiores fabricantes produziram
aproximadamente metade deste total. O valor da produção do segundo maior segmento
(móveis para escritório) foi de US$ 10 bilhões em 1995.
Principal matéria-prima utilizada: madeira, especialmente carvalho, pinheiro e freijó, sendo
que o consumo de chapas e painéis reconstituídos atingiu 46 milhões de m3 em 1995. As
importações de madeira, em especial de molduras de pinus originárias do Chile (segmento
madeira serrada e material de construção) vêm crescendo significativamente ao longo dos
anos. O mercado para componentes apresenta tendência de crescimento, especialmente o de
molduras de madeira (1,3 milhões de m3 em 1990 para 2,6 milhões de m3 em 1996).
Mercado de móveis casuais/funcionais (ready to assemble) vem crescendo bastante nos anos
recentes, com destaque para móveis de escritório. Esta tendência deve ser considerada nas
estratégias de exportação para este país.
Os 300 maiores produtores de móveis de madeira faturaram US$35,5 bilhões em 1997,
empregando 334.000 pessoas.
União Européia: O valor da produção de móveis na União Européia em 1996 foi de 62
bilhões de euros, representando 2% da produção de manufaturados e 2% do volume total de
empregos (895.000 empregos). O desempenho verificado iguala-se ao ano anterior, o que
pode ser explicado, segundo Gorini (2000), pela tendência de não crescimento demográfico,
3
As informações apresentadas para Estados Unidos, União Européia, Itália e Alemanha foram baseadas em
Gorini (1998; 2000).
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pela queda dos investimentos na construção civil e pelas políticas recessivas com efeitos sobre
o consumo privado.
Os principais produtores, que representaram aproximadamente 70% do valor total da
produção, são: Alemanha, Itália, França e Reino Unido. Coexistem dois modelos
organizacionais distintos: o modelo alemão, no qual predominam as empresas médias e
grandes (as dez maiores empresas são responsáveis por 25% da produção), com vantagens
decorrentes das economias de escala, e o modelo italiano, na qual pequenas firmas têm
vantagens competitivas advindas do design e da inovação tecnológica, atendendo nichos
específicos de mercado. Neste caso, nota-se alto grau de terceirização da produção (partes e
componentes fabricados por firmas terceirizadas).
O valor da produção de partes e componentes para móveis totalizou, em 1996, 2,374 milhões
de euros, sendo que a Itália é o maior produtor deste segmento e a Alemanha o principal
consumidor.
Alemanha: A indústria moveleira deste país possui cerca de 1200 empresas, sendo uma das
mais desenvolvidas da Europa, embora possua um mercado estagnado, com tendências de
queda no consumo. Apesar de existir a preferência por móveis de madeira sólida, as restrições
ambientais internas e dos países exportadores de madeira nativa (leste Europeu e sudeste
Asiático) impedem que os mesmos sejam produzidos com este tipo de madeira. Os móveis
feitos com madeira sólida são normalmente de madeira de reflorestamento (pinus), sendo um
mercado que privilegia a madeira certificada.
Há grande volume de importação de partes e componentes provenientes da Comunidade
Européia e leste Europeu, sendo comum a terceirização de etapas da produção ou implantação
de subsidiárias em outros países visando redução de custos.
Itália: Indústria extremamente fragmentada, composta de pequenas e médias empresas (das
39.000 empresas, 30.000 têm menos de 10 operários, fornecendo peças e componentes para
grandes empresas, e apenas 35 empresas têm mais de 200 empregados). Há forte participação
da economia informal.
As principais matérias primas utilizadas são chapas reconstituídas e painéis, sendo a madeira
sólida empregada somente na fabricação de mesas, cadeiras e alguns componentes de móveis.
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O design italiano é um fator de competitividade importante, sendo padrão de modernidade no
mercado mundial, favorecendo a utilização conjunta de diversos materiais (madeira, metal,
vidro, pedra).
Outros países: Conforme BRASIL (2002) alguns países em desenvolvimento, como Malásia,
Taiwan e México, podem apresentar-se como competidores do Brasil em determinados
mercados, porque provavelmente apresentam níveis de tecnologia semelhantes ou superiores
ao nacional.
A China, que se destaca como o maior exportador mundial de móveis de vime (segmento de
menor intensidade tecnológica e intensivo em mão-de-obra), vem aumentando suas
exportações de móveis de madeira e de metal, tomando a posição anteriormente ocupada por
Taiwan. Por sua vez, as exportações deste país perderam dinamismo na década de 90, o que
pode ser explicado pelo custo da madeira e da mão-de-obra, pela falta de trabalhadores
especializados e ausência de design próprio (BRASIL, 2002).
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4.1 Evolução do Comércio Internacional de Madeira e Móveis
O comércio mundial dos produtos da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis vem crescendo
acentuadamente nos últimos anos. Entre 1995 e 1999 o total comercializado aumentou 15%,
passando de aproximadamente US$82 bilhões para US$94,56 bilhões. É interessante observar
que o crescimento do setor de móveis (em torno de 26%) foi bem maior que o de madeiras
(3,8%), o que indica que os países têm procurado exportar produtos com maior valor
agregado.
Tabela 2. Evolução do comércio internacional de madeira e móveis (1995-99)
(em bilhões de US$ nominais).
Produto
1995
1996
1997
1998
1999
Madeira
40,03
42,05
43,44
38,28
41,56
Móveis
42,10
45,76
47,29
50,26
52,99
Total
82,12
87,80
90,73
88,54
94,56
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
A evolução das exportações e participações dos 20 principais países da Cadeia Produtiva de
Madeira e Móveis estão na tabela 3. Os 20 países respondem por mais de 86% do comércio
internacional. Nota-se que o Brasil possui pequena participação neste mercado, ocupando a
18 a posição, com participação de 1,54% em 1999. Considerando que o país possui fontes
importantes de matéria-prima e um parque industrial moveleiro instalado, pode-se afirmar o
potencial de crescimento é substancialmente grande se eliminados os gargalos existentes à
competitividade.
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Tabela 3. Participação (%) dos 20 maiores exportadores no comércio mundial de
madeira e móveis
Classificação
País
1995
1996
1997
1998
1999
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
1
Canadá
14,87
15,98
16,48
16,36
17,54
2
Itália
10,86
10,98
10,29
10,61
9,56
3
Estados Unidos
8,21
7,92
8,68
8,48
8,10
4
Alemanha
7,58
7,19
6,80
7,95
7,33
5
Indonésia
6,10
5,95
5,23
3,09
4,27
6
Malásia
5,47
5,48
5,00
3,67
4,16
7
China
2,53
2,57
3,25
3,50
4,09
8
Suécia
4,85
4,59
4,43
4,41
3,99
9
França
3,84
3,70
3,56
4,01
3,79
10
Bélgica/Luxemburgo
3,13
3,00
3,00
2,99
3,09
11
Áustria
3,13
2,88
2,78
3,01
3,04
12
México
1,32
1,84
2,25
2,32
2,64
13
Polônia
2,18
2,28
2,44
2,75
2,63
14
Finlândia
3,36
2,74
2,86
2,87
2,56
15
Dinamarca
2,81
2,46
2,35
2,51
2,23
16
Espanha
1,63
1,82
1,87
2,08
1,97
17
Reino Unido
1,75
1,89
1,93
2,00
1,89
18
Brasil
1,47
1,37
1,46
1,33
1,54
19
Países Baixos
1,61
1,42
1,17
1,14
1,25
20
República Tcheca
0,91
0,99
0,95
1,36
1,18
87,60
87,02
86,78
86,43
86,83
Participação 20 maiores (%)
Total mundo*
82.121.424
87.803.856
90.727.576
88.542.880
94.558.384
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
* em milhares de dólares
Analisando-se os dados da tabela 3 nota-se elevada estabilidade na participação do comércio
internacional da cadeia produtiva de Madeira e Móveis entre os principais países
exportadores. Além disso, existem aproximadamente 10 países que dominam as exportações e
são importantes concorrentes no comércio internacional.
Contudo, alguns países destacam-se por terem apresentado aumento da participação do
comércio internacional de madeira e móveis entre 1995 e 1999: o Canadá passou de
aproximadamente 14,9% para 17,5%; a China (cresceu de 2,5% para 4,1%) e o México (que
passou de 1,3% para 2,6%). O México tem importante participação no Nafta enquanto a
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China tem como principais parceiros comerciais os Estados Unidos e Japão. A evolução do
comércio internacional destes dois países (China e México) está detalhada no item 4.2.
Em relação aos principais importadores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, nota-se na
tabela 4 que a participação dos 20 maiores países representam aproximadamente 90% das
importações mundiais, que totalizaram em 1999 aproximadamente US$100 bilhões de
dólares. Além disso, existem cinco países que são responsáveis por mais de 50% das
aquisições de madeira e móveis no mercado internacional: Estados Unidos, Japão, Alemanha,
Reino Unido e França, sendo portanto importantes mercados a serem analisados.
Enquanto a participação da maioria dos países praticamente não se alterou ou se reduziu, os
Estados Unidos aumentaram suas importações em aproximadamente 46% entre 1995 e 1999,
passando de US$17,4 bilhões de dólares para US$ 30,4 bilhões de dólares.
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Tabela 4. Participação (%) dos 20 maiores importadores no comércio mundial de
madeira e móveis
Classificação
País
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
(%)
20,70
(%)
22,61
(%)
24,37
(%)
27,03
(%)
30,23
2
Alemanha
12,39
11,52
10,38
11,19
9,29
3
Japão
12,80
12,87
12,18
7,36
8,47
4
Reino Unido
5,45
5,52
5,92
6,07
5,87
5
França
5,34
5,13
4,71
5,15
4,97
6
Canadá
3,16
3,05
3,49
3,69
3,91
7
Países Baixos
4,06
3,82
3,48
3,30
3,46
8
Itália
3,83
3,42
3,29
3,60
3,40
9
Bélgica/Luxemburgo
3,47
3,28
3,35
3,51
3,29
10
Suíça
2,86
2,56
2,13
2,33
2,19
11
Espanha
1,63
1,64
1,72
2,03
2,15
12
Hong Kong
2,19
2,19
2,45
2,17
2,10
13
Áustria
2,39
2,32
2,02
2,09
2,01
14
China
1,42
1,24
1,42
1,49
1,69
15
Dinamarca
1,53
1,29
1,49
1,69
1,53
16
República da Coréia
1,84
1,85
1,65
0,59
0,86
17
Suécia
1,28
1,18
1,18
1,33
1,34
18
Noruega
1,18
1,17
1,20
1,28
1,10
19
México
0,80
0,87
1,02
1,15
1,23
20
Austrália
0,98
0,91
0,96
0,93
1,00
35
Brasil
0,20
0,26
0,34
0,32
0,20
Total 20 maiores
Total mundo*
89,51%
88,44%
83.878.496 88.433.224
88,42%
87,98%
90,27%
92.543.984
92.175.384
100.432.112
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
* em milhares de dólares
A evolução das exportações, importações e participação dos países por produto específico da
Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis encontra-se no Anexo I. Os dados para a construção
das tabelas são da base de dados ONU-PCTAS, que utiliza do sistema de classificação dos
produtos SITC (Standard International Trade Classification), diferente da nomenclatura
adotada pelo Sistema Harmonizado (SH). Desta forma, o Anexo I traz também a relação entre
os códigos dos dois sistemas para possibilitar a comparação com demais dados do SH
utilizados no trabalho.
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Especificamente em relação às exportações de móveis, Gorini (2000) salienta que a Itália, que
é o maior exportador mundial de móveis, é competitiva em todos os segmentos, sendo que seu
sucesso deve-se ao design e à qualidade de seus produtos, além de preços competitivos.
Porém, é altamente dependente de matéria-prima importada.
A Alemanha, que é o segundo maior país exportador de móveis, é pouco competitiva em
certos segmentos da indústria e depende de importações para suprir a demanda interna. Da
mesma forma, os Estados Unidos têm também grande dependência das importações. A tabela
5 traz a evolução das exportações de móveis dos 10 maiores exportadores.
Embora o comércio internacional seja basicamente suprido pelos países desenvolvidos, é
interessante notar que o déficit crescente nestes países abre espaço para a penetração das
exportações de alguns países em desenvolvimento, caso da China, México Polônia e
Indonésia, que juntos representaram 17% das exportações mundiais em 1999.
A tabela 6 traz a evolução das importações de móveis dos dez principais países. Nota-se que
os Estados Unidos, que também são grandes exportadores, são os maiores importadores de
móveis, tendo aumentado suas importações em 96% entre 1995 e 1999. Reino Unido, Japão e
Países Baixos são grandes importadores e exportam pequenos volumes.
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Tabela 5. Exportações de móveis dos 10 principais países em milhares de dólares.
País
1995
1996
1997
1998
1999
1 Itália
8.203.444
8.924.154
8.593.920
8.630.577
8.256.736
2 Alemanha
4.548.889
4.569.305
4.267.070
4.780.369
4.735.162
3 Canadá
2.586.910
3.078.384
3.643.436
4.254.852
4.603.853
4 Estados Unidos
3.119.386
3.323.312
3.941.737
4.408.108
4.336.409
5 China
1.760.094
1.887.080
2.481.614
2.821.435
3.458.647
6 França
1.985.643
2.111.874
2.117.530
2.402.930
2.456.443
7 México
882.028
1.346.007
1.755.165
1.841.056
2.287.181
8 Polônia
1.330.672
1.611.279
1.774.815
1.909.699
1.953.491
9 Bélgica-Luxemburgo
1.695.849
1.700.892
1.659.416
1.616.605
1.807.303
864.386
951.957
758.713
355.065
1.239.490
10 Indonésia
Total 10 maiores
26.977.301 29.504.244 30.993.416 33.020.696 35.134.715
Total mundo
42.095.942 45.756.439 47.285.756 50.258.848 52.993.797
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
Tabela 6. Importações de móveis dos 10 principais países em milhares de dólares.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
País
Estados Unidos
Alemanha
França
Reino Unido
Japão
Canadá
Bélgica-Luxemburgo
Países Baixos
Suíça
Áustria
1995
8.887.394
6.709.948
3.065.363
1.849.308
3.036.141
1.902.065
1.848.747
1.683.640
1.806.161
1.427.870
1996
1997
1998
1999
9.960.548 11.723.469 14.117.300 17.433.900
7.082.181 6.458.033 7.143.414 6.590.103
3.205.727 3.016.031 3.353.546 3.579.110
2.139.640 2.424.798 2.763.923 3.122.871
3.316.935 3.199.115 2.624.150 2.971.214
1.865.382 2.200.531 2.449.257 2.818.045
1.946.195 1.938.484 2.133.825 2.195.119
1.781.578 1.664.603 1.699.202 1.989.033
1.756.363 1.511.915 1.648.644 1.706.107
1.531.940 1.353.469 1.381.826 1.434.615
Total 10 maiores
32.216.637 34.586.489 35.490.448 39.315.087 43.840.117
Total mundo
40.777.040 44.648.884 46.693.972 51.207.089 56.181.673
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
O fluxo das exportações dos principais produtos dos 8 maiores exportadores de madeira e
móveis para os principais países importadores no ano de 1999 pode ser visualizado na tabela
18
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7. Na coluna 1 encontram-se os principais países exportadores, e na linha 1 os principais
importadores. Os números entre parênteses indicam o principal produto exportado (Sistema
SITC, ver Anexo I para correspondência com Sistema Harmonizado).
A coluna 10 indica quanto os dez maiores importadores compraram dos principais produtos
exportados pelo país exportador, e a última coluna traz o total das exportações daquele país.
Nota-se que o Canadá é um grande exportador de madeira serrada (2482 e 2484) e que suas
vendas de madeira estão concentradas para dois países: Estados Unidos e Japão sendo o
principal produto o 2482 (madeira serrada de coníferas). As vendas de móveis deste país são
mais pulverizadas entre diversos compradores.
A Itália exporta para um grande número de países, possuindo como principal produto o 8211
(assentos). Os Estados Unidos são exportadores de madeira e móveis, com venda de 8211
(assentos) principalmente para o Canadá.
A Alemanha vende principalmente o produto 8215 (outros móveis e suas partes) e seus
principais parceiros comerciais estão na Europa. As principais exportações da Indonésia são
de madeira compensada (6343), e da Malásia são dois itens: 6343 (madeira compensada) e
8215 (outros móveis e suas partes), sendo que estes países exportam principalmente para
Estados Unidos e Japão.
Por sua vez, a Suécia exporta principalmente o item 2482 (madeira serrada) e a França tem
exportações variadas: 8211 (assentos e suas partes), 8215 (outros móveis e suas partes) e
também compensado (6343). Enquanto a Suécia exporta para países da Europa e também para
o Japão, a França vende principalmente para a Europa.
O Reino Unido e Países Baixos constituem um grupo de grandes importadores de móveis,
sem grande expressão nas exportações. O Reino Unido adquire madeira principalmente da
Suécia, mas sua produção de móveis, de acordo com os dados disponíveis, é quase totalmente
voltada para o mercado interno.
19
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Tabela 7. Principais fluxos de produtos entre os maiores exportadores/importadores
mundiais de madeira e móveis, em milhares de US$ FOB do ano de 1999.
Principais importadores mundiais de madeira e móveis
Exportadores
EUA
Alemanha
Japão
Reino Unido
França
7.062.824
41.922
1.099.707
55.616
15.675
Países
Baixos
Canadá
53.003
(2482)
(2484)
(2482)
(2482)
656.695
599.026
51.218
348.160
(2484)
10 maiores
Total
importadores
exportação
8.454.860
-
Canadá
(2484)
16.586.822
(2482)
523.058 152.787
3.748
2.764.850
(2485)
(8211)
-
Itália
(8211)
Estados Unidos
Itália
9.036.900
(8211)
(8215)
(8211)
(8211)
(8211)
69.287
208.379
134.340
25.126
13.312
99.026 1.324.775
(6341)
(2482)
(8211)
(8211)
(8211)
(2484)
15.507
95.898
2.306.488
-
7.655.412
167.181
(8211)
151.979 434.323 73.582
1.584.306
-
Alemanha
(8211)
300.555
35.660
(8211)
(2482)
(8215)
(8215)
(8215)
(2482)
861.445
58.484
6.643
18.072
10.965
6.930.875
(8215)
1.667.491
-
Indonésia
(6343)
(6342)
(6343)
(6343)
315.985
5.863
513.346
73.113
(8217)
(6342)
(2485)
140.724
-
Malásia
(8215)
(2485)
(6343)
(8215)
19.977
284.365
155.922
491.974
78.731
(6342)
(2482)
(2482)
(2482)
(2482)
95.214
219.901
4.662
118.042
4.033.090
(6343)
18.318
974.801
(8215)
(6343)
5.365
1.846.425
(8218)
(2482)
(2484)
3.932.493
177.760 58.285
3.776.609
Suécia
(2482)
(2482)
65.339
63.539
-
França
(8215)
(8211)
(8217)
(8211)
(6343)
(8211)
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
O código do produto está entre parênteses.
- significa que não havia estatística
20
793.096
-
3.580.212
(8211)
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4.2 Evolução do Comércio Internacional: México e China
O crescimento das exportações dos produtos da cadeia produtiva de madeira e móveis do
México e da China nos últimos anos destaca-se dos demais países analisados. A partir de
1995 o México passou a fazer parte do Nafta, com importantes alterações na sua balança
comercial com o Canadá e principalmente com os Estados Unidos.
A análise da evolução dos dados de comércio internacional da Cadeia Produtiva de Madeira e
Móveis do México antes e após a entrada do Nafta é interessante para este trabalho. Embora
as condições macroeconômicas, de logística e de competitividade entre Brasil e México sejam
distintas, algumas similaridades existentes entre a estrutura de produção moveleira daquele
país com a do Brasil permitem que se use os dados do México como referência dos impactos
sobre a balança comercial brasileira de madeira e móveis em eventual entrada na ALCA.
A evolução do comércio internacional da China é assunto de interesse nacional, considerandose o tamanho de seu mercado consumidor, seu potencial de produção, sua entrada na OMC e
o crescimento de suas exportações de móveis verificado nos últimos anos. A seguir apresentase alguns dados da evolução do comércio internacional do México e da China.
4.2.1 Evolução do comércio internacional do México
Para verificar se houve ganhos de comércio da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis com a
entrada do México no Nafta, em 1995, apresenta-se dados da evolução da balança comercial
de madeira e móveis do México com os Estados Unidos e com o Canadá. Os dados
disponíveis para o México abrangem o período 1989-2001, enquanto para o Canadá
estendem-se de 1992 a 2001.
A tabela 8 traz a evolução da balança comercial de madeira e móveis entre México e Estados
Unidos. É interessante observar o grande crescimento ocorrido no superávit da balança
comercial mexicana de madeira e móveis entre 1989 e 2001, que passou de US$166 milhões
para aproximadamente US$1,86 bilhões. O setor de móveis contribuiu de forma positiva para
o saldo comercial, enquanto o de madeira foi negativo durante todo o período analisado, tendo
aumentado seu déficit ao longo do período.
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Tabela 8. Comércio internacional de madeira e móveis México – Estados Unidos 1989 – 2001 (milhares de US$ nominais).
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
124.505
137.199
1998
1999
2000
2001
Exportações
Madeira
37.647
29.932
44.229
45.931
50.675
54.474
85.487
98.033
88.182
65.549
46.879
Móveis
516.923
565.744
637.556
767.092
869.575 1.085.940 1.165.599 1.486.558 1.859.529 2.231.625 2.772.835 3.038.883 3.048.608
Total
554.570
595.676
681.784
813.023
920.250 1.140.414 1.251.085 1.611.063 1.996.727 2.329.658 2.861.017 3.104.432 3.095.487
Madeira
159.804
204.063
267.669
347.957
344.696
286.238
159.973
166.855
191.707
213.989
259.957
321.586
282.151
Móveis
228.765
320.484
528.017
622.643
667.109
686.759
549.312
574.388
740.005
969.382
782.819
999.414
952.467
Total
388.569
524.548
795.686
970.600 1.011.805
972.997
709.285
741.243
931.712 1.183.371 1.042.776 1.321.001 1.234.618
-294.021
-231.763
-74.487
-42.350
144.449
202.466
399.181
616.287
912.170 1.119.524 1.262.243 1.990.016 2.039.468 2.096.141
71.129 -113.901 -157.577
-91.555
167.417
541.801
869.820 1.065.016 1.146.287 1.818.241 1.783.431 1.860.869
Importações
Saldo comercial
Madeira
-122.157 -174.132 -223.441 -302.026
Móveis
288.157
Total
166.001
245.260
109.539
Fonte:United States International Comission (USITC) e Data Intal versão 3.1
22
-54.509
-115.956
-171.775
-256.038
-235.272
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Para avaliar o efeito da entrada do México no Nafta é importante analisar as taxas de
crescimento verificadas entre 1989 e 1994 e entre 1995 e 2001. Entre 1989 e 1994 o saldo da
balança comercial mexicana praticamente não se alterou, passando de aproximadamente US$
166 milhões para US$ 167,4 milhões, tendo apresentado em três anos (1991, 1992 e 1993)
saldos negativos. Durante este período o setor moveleiro foi superavitário e o setor de madeira
apresentou saldos comerciais negativos. A taxa de crescimento anual média do saldo da
balança comercial entre 1989 e 1994 foi de 0,1%.
Após a entrada no Nafta, em 1995, nota-se grande crescimento do saldo comercial da Cadeia
de Madeira e Móveis entre México e Estados Unidos, que passou de aproximadamente
US$541,8 milhões para US$ 1,86 bilhões. Neste período, a taxa de crescimento média anual
do saldo comercial foi de 22,8% ao ano. Também entre 1995 e 2001 o setor moveleiro foi
responsável pelo saldo comercial positivo (de US$616 milhões para US$2,09 bilhões entre
1995 e 2001, implicando num crescimento médio anual de 22,6%), enquanto o saldo negativo
do setor de madeira aumentou de US$74,5 milhões para US$235,3 milhões no mesmo
período.
Portanto, para a Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis mexicana a entrada no Nafta trouxe
conseqüências positivas para o saldo da balança comercial com os Estados Unidos. O
detalhamento das exportações, importações e saldo por seção do sistema harmonizado estão
na tabela 9.
23
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Tabela 9. Comércio internacional de madeira e móveis México – EUA, por seção do SH 1989 – 2001 (milhares de US$ nominais).
1989
Exportações
4407
4410
4411
4412
9401
9403
9404
Total
Importações
4407
4410
4411
4412
9401
9403
9404
Total
Saldo comercial
4407
4410
4411
4412
9401
9403
9404
Total
1990
1991
1992
18.268 15.004
29.224 31.424
8.424
5.857
6.961
7.843
8.541
7.910
7.329
6.163
2.414
1.162
716
502
346.494 353.234 410.783 531.276
170.049 212.368 226.687 235.575
380
142
86
242
554.570 595.676 681.784 813.023
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
38.019
35.553
50.671
80.844
96.720
62.146
48.940
32.603
28.618
10.033
17.038
25.861
28.250
26.307
23.960
25.871
21.135
10.052
2.021
49
64
110
1.113
3.194
3.018
2.699
2.806
602
1.834
8.890
15.301
13.059
8.732
10.353
9.112
5.403
612.235
804.892
856.389 1.065.277 1.364.332 1.657.352 2.112.483 2.384.916 2.468.345
257.258
281.003
309.134
421.092
494.994
574.175
659.146
649.300
576.115
82
45
76
189
203
98
1.206
4.667
4.149
920.250 1.140.414 1.251.085 1.611.063 1.996.727 2.329.658 2.861.017 3.104.432 3.095.487
126.482 147.748 195.960 252.030
238.709
17.997 19.693
21.790 29.281
25.966
1.960 12.882
4.456
8.540
11.892
13.365 23.741
45.463 58.106
68.128
161.013 235.971 417.247 466.890
499.504
67.286 83.607 110.107 153.549
166.117
467
906
662
2.203
1.489
388.569 524.548 795.686 970.600 1.011.805
185.966
26.785
15.814
57.673
464.597
219.503
2.659
972.997
113.256
17.870
6.924
21.924
450.555
97.744
1.013
709.285
102.653
18.795
11.961
33.446
465.207
107.688
1.492
741.243
-108.214 -132.744 -166.736 -220.606
-9.573 -13.836 -14.830 -21.438
6.581
-4.972
2.873
-2.377
-10.951 -22.579 -44.747 -57.604
185.481 117.263
-6.464
64.386
102.763 128.761 116.579
82.025
-86
-764
-577
-1.962
166.001 71.129 -113.901 -157.577
-150.414
-9.747
-15.764
-55.838
340.296
61.500
-2.615
167.417
-62.584
7.991
-6.859
-13.034
405.834
211.390
-937
541.801
-21.810
-10.391
-61.946
-98.068 -137.226 -105.706
9.455
-5.816
-12.536
-11.659
-27.901
-48.506
-11.851
-14.423
-10.699
-21.366
-28.406
-35.157
-18.145
-23.879
-30.776
-40.683
-62.504
-45.903
600.070
763.597
884.328 1.519.343 1.618.308 1.704.027
313.404
356.781
379.610
472.091
420.057
393.727
-1.303
-854
-1.694
-1.418
1.103
-1.613
869.820 1.065.016 1.146.287 1.818.241 1.783.431 1.860.869
-200.690
-15.933
-9.871
-67.526
112.731
91.141
-1.407
-91.555
Fonte: Fonte:United States International Comission (USITC) e Data Intal versão 3.1
24
107.110
124.092
147.008
169.829
134.323
32.123
36.496
37.530
49.036
58.558
15.536
13.893
24.383
31.105
37.963
36.938
39.508
51.036
71.615
51.306
600.735
773.024
593.140
766.609
764.318
138.213
194.565
187.055
229.242
182.388
1.056
1.792
2.624
3.564
5.762
931.712 1.183.371 1.042.776 1.321.001 1.234.618
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Em relação aos ganhos de comércio internacional do México com o Canadá após a entrada no
Nafta, nota-se que embora os valores sejam bem menores que os verificados com os Estados
Unidos, houve também aumento do saldo da balança comercial, que passou de US$172,3
milhões em 1995 para US$307,5 milhões em 2001.
Tabela 10. Comércio internacional de madeira e móveis México – Canadá 1992 – 2001
(milhares de US$ nominais)
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Exportações
Madeira
4
18
1
52
124
89
108
60
81
49
Móveis
91.547 194.056 205.567 175.785 175.206 222.115 234.877 299.076 320.513
330.442
TOTAL
91.551 194.074 205.568 175.837 175.330 222.204 234.985 299.136 320.593
330.491
Importações
Madeira
149
94
253
52
21
152
220
222
738
1.434
Móveis
2.910
5.471
2.747
3.463
3.269
1.754
2.310
4.604
25.037
21.518
Total
3.059
5.565
3.000
3.515
3.290
1.906
2.530
4.826 25.774
22.952
-145
-76
-251
0
103
-63
-112
Saldo comercial
Madeira
-161
-657
-1.385
Móveis
88.637 188.585 202.820 172.321 171.937 220.361 232.567 294.472 295.476
308.924
Total
88.492 188.509 202.569 172.322 172.040 220.298 232.455 294.310 294.819
307.539
Fonte: Statistics Canadá (http://strategis.ic.gc.ca/sc_mrkti/tdst/engdoc/tr_homep.thml)
Os dados sobre comércio entre México e Canadá por seção a 4 dígitos do Sistema
Harmonizado estão na tabela 11.
25
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 11. Comércio internacional de madeira e móveis México – Canadá, por seção do
SH 1992 – 2001 (milhares de US$ nominais).
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Exportações
4407
4
16
1
52
66
69
66
58
80
42
4410
0
2
0
0
0
0
0
0
0
1
4411
0
0
0
0
0
0
19
0
0
0
4412
0
0
0
0
58
20
23
2
1
6
9401
87.506 190.579 202.064 171.480 167.229 210.525 219.823 283.686 304.130 316.298
9403
4.041
3.477
3.503
4.304
7.976
11.590
15.053
15.390
16.380
14.134
9404
0
0
1
0
1
0
1
0
3
11
Total
91.551 194.074 205.568 175.837 175.330 222.204 234.985 299.136 320.593 330.491
Importações
4407
92
94
234
52
21
152
220
217
483
969
4410
0
0
0
0
0
0
0
0
173
392
4411
0
0
3
0
0
0
0
0
5
15
4412
57
0
16
0
0
0
0
5
76
57
9401
2.845
5.225
2.176
3.249
3.093
1.634
1.907
4.265
24.407
20.685
9403
65
235
572
215
177
119
352
338
459
818
9404
0
11
0
0
0
0
51
1
171
16
3.059
5.565
3.000
3.515
3.290
1.906
2.530
4.826
25.774
22.952
4407
-88
-78
-233
0
45
-83
-154
-159
-404
-927
4410
0
2
0
0
0
0
0
0
-173
-391
4411
0
0
-3
0
0
0
19
0
-5
-15
4412
-57
0
-16
0
58
20
23
-2
-76
-51
Total
Saldo comercial
9401
Total
84.660 185.355 199.888 168.232 164.136 208.890 217.916 279.420 279.723 295.613
9403
3.977
3.241
2.931
4.089
7.800
11.470
14.701
15.052
15.921
13.316
9404
0
-11
1
0
1
0
-50
-1
-168
-5
88.492 188.509 202.569 172.322 172.040 220.298 232.455 294.310 294.819 307.539
Fonte: Statistics Canada (http://strategis.ic.gc.ca/sc_mrkti/tdst/engdoc/tr_homep.thml)
Analisando os dados do comércio de madeira e móveis entre o México e seus parceiros
comerciais do Nafta (EUA e Canadá), observa-se claramente sua vantagem comparativa na
produção de móveis, cujo saldo da balança comercial mostrou-se positivo durante o período
analisado, com aumentos das taxas de crescimento após a entrada no Nafta.
26
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
O principal parceiro comercial do México são os Estados Unidos, do qual adquire matériaprima para sua indústria de móveis, apresentando déficits persistentes do saldo comercial de
madeira, e exportando móveis em escala crescente. O saldo comercial total é favorável ao
México, principalmente em relação ao comércio com os Estados Unidos. Nota-se uma
necessidade crescente de comprar matéria-prima por parte do México, notadamente após a
criação do Nafta.
O Canadá adquire quantidades muito menores de móveis do México, comparando-se com os
valores transacionados com os Estados Unidos, o que pode ser explicado pelo relativo menor
mercado interno. Nos últimos anos nota-se um leve crescimento no saldo comercial,
indicando um provável limite dos ganhos obtidos do livre comércio. Deve-se notar que as
importações de madeira do Canadá pelo México cresceram consideravelmente após a entrada
no Nafta: em 1995 elas eram aproximadamente US$ 52 mil e em 2001 totalizaram um valor
de cerca US$ 1,43 milhões.
Pode-se concluir que a abertura comercial entre os países participantes do Nafta foi altamente
benéfica para o México, que se tornou rapidamente um exportador de móveis e importador de
matéria-prima (principalmente dos Estados Unidos, embora importe menores quantidades de
madeira também do Canadá), tornando-se os Estados Unidos seu principal parceiro comercial.
O menor custo da mão-de-obra e a proximidade com fontes de abastecimento da indústria
parecem ser causas importantes das tendências verificadas.
Segundo Abimóbel (2002), uma tendência verificada após a entrada no Nafta foi o surgimento
de empresas “maquilladoras”, que são as maiores contratantes de mão-de-obra do setor
moveleiro. O mecanismo de “maquilla” consiste na importação temporária de produtos para
serem processados e reexportados aos mercados de origem. São empresas associadas a
grandes grupos estrangeiros (principalmente americanos), de alta tecnologia, sendo
responsáveis por mais da metade da produção mexicana de móveis. A maior parte das
“maquilladoras” tem a produção concentrada em dormitórios, salas de jantar e de estar.
27
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
4.2.2 Evolução do comércio internacional da China
A tabela 12 traz a evolução do comércio internacional da China entre 1995 e 1999.A
China tem apresentado grande crescimento nas exportações de móveis, tornando-se
um
importante
participante
do
mercado
internacional.
Conforme
citado
anteriormente, a participação da China nas exportações mundiais de madeira e
móveis passou de 2,53% em 1995 (aproximadamente US$2 bilhões) para 4,09% em
1999 (US$3,9 bilhões). Em 1999 o saldo comercial da cadeia produtiva chinesa foi
de US$2,17 bilhões, sendo saldo positivo de US$3,35 bilhões de móveis e negativo
de US$1,18 bilhões de madeira.
Tabela 12. China: Comércio internacional de madeira e móveis
em milhares de US$ nominais
Exportações
Madeira
1995
1996
1997
1998
1999
321.437
366.472
468.913
280.844
412.509
Móveis
1.760.094
1.887.080
2.481.614
2.821.435
3.458.647
Total
2.081.531
2.253.552
2.950.527
3.102.279
3.871.156
1.102.037
1.033.961
1.235.240
1.275.206
1.592.852
89.636
64.472
82.971
96.190
105.960
1.191.673
1.098.433
1.318.211
1.371.396
1.698.812
-780.600
-667.489
-766.327
-994.362
-1.180.343
1.670.458
1.822.608
2.398.643
2.725.245
3.352.687
889.858
1.155.119
1.632.316
1.730.883
2.172.344
Importações
Madeira
Móveis
Total
Saldo comercial
Madeira
Móveis
Total
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
Na tabela 13 apresenta-se a evolução das exportações, importações e saldo comercial
por classes de produto.
28
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 13. China: Comércio internacional por seção SITC 4
(em milhares de dólares nominais)
Exportações
Produto
2482
Wood,conifer, sawn
2483
Wood,conif,worked,shaped
2484
Wood,non-conifer, sawn
2485
Wood,non-conif.wrkd,shpd
6341
Veneer,plywood sheets
6342
Densified,reconstit.wood
6343
Plywood,solely of wood
6344
Oth.plywood,venrd.panels
6345
Fibreboard
6349
Wood, simply shaped, nes
Total Madeira
8211
Convertible seats,parts
8212
Mattresses, etc.
8213
Metal furniture nes
8215
Furniture,nes,of wood
8217
Furniture nes,othr.matrl
8218
Parts,mtl,wood furniture
Total Móveis
Total Madeira e Móveis
1995
1996
1997
1998
1999
29.566
32.614
37.682
22.213
22.156
1.891
2.764
5.957
4.984
11.946
164.974
161.335
155.679
92.107
115.352
36.861
55.974
45.451
36.881
70.315
28.013
27.436
43.126
41.550
46.431
5.630
10.123
17.391
10.351
14.896
19.138
22.143
69.930
27.948
50.869
19.931
40.143
81.578
37.012
72.779
12.881
11.081
9.146
5.983
5.339
2.552
2.859
2.973
1.815
2.426
321.437
366.472
468.913
280.844
412.509
405.295
444.857
621.621
785.780 1.054.176
654.426
591.806
662.893
631.519
750.837
116.983
139.186
205.052
257.071
335.047
439.421
515.352
722.855
860.298 1.003.979
99.290
106.722
122.334
150.716
138.830
44.679
89.157
146.859
136.051
175.778
1.760.094 1.887.080 2.481.614 2.821.435 3.458.647
2.081.531 2.253.552 2.950.527 3.102.279 3.871.156
Importações
Produto
2482
Wood,conifer, sawn
2483
Wood,conif,worked,shaped
2484
Wood,non-conifer, sawn
2485
Wood,non-conif.wrkd,shpd
6341
Veneer,plywood sheets
6342
Densified,reconstit.wood
6343
Plywood,solely of wood
6344
Oth.plywood,venrd.panels
6345
Fibreboard
6349
Wood, simply shaped, nes
Total Madeira
8211
Convertible seats,parts
8212
Mattresses, etc.
8213
Metal furniture nes
8215
Furniture,nes,of wood
8217
Furniture nes,othr.matrl
8218
Parts,mtl,wood furniture
Total Móveis
Total Madeira e Móveis
Saldo Comercial Total
20.493
23.321
46.145
55.046
61.424
1.094
632
719
1.557
797
127.879
156.442
221.661
292.152
597.233
17.862
5.669
6.437
15.839
11.167
77.207
93.604
168.360
152.635
204.976
18.788
33.912
69.563
70.263
80.819
556.859
390.740
357.462
345.270
254.890
216.816
253.095
248.030
198.347
160.947
59.518
70.054
105.937
134.172
206.841
5.521
6.492
10.926
9.925
13.758
1.102.037 1.033.961 1.235.240 1.275.206 1.592.852
27.554
24.253
29.601
31.727
41.392
3.350
3.232
7.444
3.439
3.115
17.099
8.365
7.858
9.809
19.595
27.198
14.620
19.099
25.683
19.910
2.283
2.034
4.108
3.239
4.424
12.152
11.968
14.861
22.293
17.524
89.636
64.472
82.971
96.190
105.960
1.191.673 1.098.433 1.318.211 1.371.396 1.698.812
889.858 1.155.119 1.632.316 1.730.883 2.172.344
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
4
O Anexo 1 traz tabela comparativa entre as seções do Sistema Harmonizado e o sistema SITC.
29
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Os dados referentes ao comércio internacional de madeira e móveis da China por produto
indicam claramente uma forte tendência de aumento das exportações de móveis, em especial
os produtos referentes aos códigos 8211 (que correspondem aos produtos da seção 9401 do
Sistema Harmonizado: Assentos e suas Partes) e 8215 (pelo Sistema Harmonizado: 9403.30 a
9403.60, que se referem aos móveis de madeira).
O aumento das exportações de móveis trouxe a necessidade de aumentar a importação de
madeira para suprir sua indústria. Nota-se que entre 1995 e 1999 as importações de madeira
chinesas passaram de aproximadamente US$1,1 bilhões para US$1,6 bilhões. Os principais
produtos de madeira importados foram os itens: 2484 (madeira serrada, corresponde aos itens
440724 a 440799 do Sistema Harmonizado,); 6341 e 6344 (compensados, item 4412 do
Sistema Harmonizado,) e 6345 (painéis de madeira, seção 4411 do Sistema Harmonizado). O
Brasil tem condições de aumentar suas exportações destes itens para a China.
A tabela 14 traz os dez principais produtos exportados (que correspondem a aproximadamente
60% das exportações totais) e os dez principais produtos importados pela China (ao redor de
40% do total importado pela China), e os principais destinos e origens destes produtos.
Nota-se que o país possui como principal comprador de seus produtos os Estados Unidos e,
em menor escala, o Japão. As exportações são direcionadas a poucos países, por outro lado, as
importações são extremamente pulverizadas e seus parceiros comerciais concentram-se na
Ásia, países próximos geograficamente tais como Indonésia e Malásia. Importante
característica de suas importações é o grande número de produtos de madeira
comercializados, destacando-se compensados e chapas de fibra.
O mercado chinês pode apresentar oportunidades de exportação de produtos de madeira do
Brasil. Por outro lado, apresenta-se como importante concorrente no mercado internacional de
móveis, possuindo vantagem comparativa em mão-de-obra barata e numerosa, e proximidade
geográfica do Japão, um importante importador. Para se aproveitar das vantagens
comparativas algumas empresas americanas produtoras de móveis começam a se instalar na
China, onde produzem e exportam móveis para os Estados Unidos.
Em relação aos móveis brasileiros, embora os produtos chineses de uma forma geral tenham
qualidade inferior, possuem acabamento superior aos nacionais.
30
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Tabela 14. China: principais produtos comercializados e parceiros comerciais.
Exportações
Produto
1995
1996
1997
1998
1999
País
Estados Unidos
8211
Convertible seats,parts
177.163
200.003
290.976
434.121
660.488
Estados Unidos
8215
Furniture,nes,of wood
144.882
179.127
250.424
360.059
490.440
Japão
8212
Mattresses, etc.
262.714
228.617
221.794
168.073
236.172
Hong Kong
8215
Furniture,nes,of wood
130.616
141.859
224.433
249.269
234.920
Estados Unidos
8212
Mattresses, etc.
119.752
113.236
128.809
146.678
189.198
Estados Unidos
8213
Metal furniture nes
57.088
71.364
114.727
145.371
185.151
Japão
8215
Furniture,nes,of wood
43.070
60.158
77.205
84.823
105.651
Hong Kong
8211
Convertible seats,parts
69.065
66.212
79.596
82.983
90.582
Japão
2484
Wood,non-conifer, sawn
124.174
124.599
114.360
64.912
84.927
Japão
8211
Convertible seats,parts
50.336
66.740
79.493
76.388
78.529
Importações
Total 10 maiores
1.178.860
1.251.915 1.581.817 1.812.677 2.356.058
Total exportações
2.081.531
2.253.552 2.950.527 3.102.279 3.871.156
Produto
1995
1996
1997
1998
1999
País
Indonésia
6343
Plywood,solely of wood
298.761
164.704
183.314
186.027
142.074
Malásia
6341
Veneer,plywood sheets
48.860
59.270
97.300
75.754
140.912
Indonésia
6344
Oth.plywood,venrd.panel
117.473
120.257
138.928
123.039
103.997
Malásia
6343
Plywood,solely of wood
210.631
193.451
156.451
145.911
90.736
Alemanha
6345
Fibreboard
801
1.234
4.523
10.147
54.324
Camboja
6341
Veneer,plywood sheets
3.013
3.899
39.474
38.143
35.851
Rep. Coréia
6344
Oth.plywood,venrd.panel
20.407
36.253
26.488
25.016
33.472
Malásia
6345
Fibreboard
7.165
11.423
24.993
30.516
31.498
Tailândia
6345
Fibreboard
2.434
4.392
6.149
15.481
21.757
Austrália
6345
Fibreboard
5.935
7.503
9.549
8.994
18.639
715.480
602.386
687.169
659.028
673.260
Total 10 maiores
Total importações
1.191.673
1.098.433 1.318.211 1.371.396 1.698.812
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
31
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5. A CADEIA PRODUTIVA DE MADEIRA E MÓVEIS DO BRASIL
As indústrias de fabricação de produtos de madeira e a moveleira no Brasil são bastante
pulverizadas. No ano de 2000 a Cadeia de Madeira e Móveis tinha 24.364 estabelecimentos,
sendo 15.540 ligados à fabricação de móveis e os demais voltados ao processamento da
madeira. Nas atividades de processamento de madeira, a grande maioria dos estabelecimentos
estava ligada ao desdobramento da madeira. No segmento de fabricação de artigos do
mobiliário, os móveis com predominância de madeira representaram 85% dos
estabelecimentos em 2000 (MTb-Rais, 2000).
Tabela 15. Número de estabelecimentos (atividades selecionadas) - Brasil 2000.
Desdobramento de madeira
7.486
Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira
compensada, prensada ou aglomerada
1.338
Fabricação de artigos do mobiliário
15.540
Fabricação de moveis com predominância de madeira
Fabricação de moveis com predominância de metal
13.133
1.150
Fabricação de moveis de outros materiais
916
Fabricação de colchões
341
Fonte: elaborado a partir de MTb-Rais (2000)
O número de estabelecimentos formais da indústria moveleira é bastante diferente do número
total de estabelecimentos existente. Conforme a Abimóvel, o número total de empresas
produtoras de móveis, incluindo as informais, deve chegar a 50.000 empresas.
O faturamento do setor moveleiro apresentou, entre 1999 e 2001, um crescimento da ordem
de 33%, passando de R$ 7,3 bilhões em 1999 para R$ 9,7 bilhões em 2001, acompanhando a
elevação do PIB per capita e da redução da taxa de juros praticada pelo comércio, o que
elevou o consumo de móveis (BNDES, 2002a).
32
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Os empregos gerados pelas atividades de preparação da madeira foram de aproximadamente
152 mil, e os ligados à atividade de fabricação de móveis foram da ordem de 189 mil no ano
de 2000, totalizando aproximadamente 341 mil empregos na cadeia de madeira e móveis
(MTb-Rais, 2000). Nota-se que na atividade moveleira 77% dos empregos estão na categoria
de móveis com predominância de madeira.
Tabela 16. Número de empregados (atividades selecionadas) - Brasil 2000.
Desdobramento de madeira
95.847
Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira
compensada, prensada ou aglomerada
56.368
Fabricação de artigos do mobiliário
188.721
Fabricação de moveis com predominância de madeira
145.726
Fabricação de moveis com predominância de metal
20.630
Fabricação de moveis de outros materiais
12.662
Fabricação de colchões
9.703
Fonte: elaborado a partir de MTb-Rais (2000)
Em 1999, a Cadeia de Madeira e Móveis ocupava aproximadamente 7,5% dos empregos da
Indústria de Transformação, sendo que a maior concentração dos empregos encontrava-se no
segmento de Preparação da Madeira e em Outros Móveis e suas Partes, que juntos detinham
aproximadamente 90% dos empregos no referido ano. (MTb-Rais, 1999).
Segundo IBQP/PR (2002), entre 1994 e 1999 o total do número de empregos da Cadeia
Madeira e Móveis passou de aproximadamente 312,5 mil para aproximadamente 344,6 mil,
representando um crescimento de 10,3% no período. Nota-se observando a tabela 17 que as
maiores concentrações do emprego encontram-se nas sub-cadeias de Preparação da Madeira5
e em Outros Móveis. A “fabricação de móveis com predominância de madeira” (código
CNAE 36 11-0) é, individualmente, o elo responsável pela maior geração de empregos na
cadeia. Em termos de evolução do emprego na cadeia, todas as sub-cadeias, com exceção de
5
Esta sub-cadeia agrega os códigos de atividade “desdobramento da madeira”, código CNAE 20 10 9 e
“fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, e prensada...”, código CNAE 20 21 4.
33
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Colchões, aumentaram o número de empregos entre 1994 e 1999 (aumento acumulado de
10,3%). A atividade de “fabricação de colchões” (código CNAE 36 14-5), que compõe a subcadeia de Colchões, reduziu o emprego em 20% de 1994 a 1999.
Nota-se também que a participação dos empregos de outros móveis e suas partes passou de
44,1% para 47,1% entre 1994 e 1999, sendo que a participação de Preparação da Madeira foi
reduzida.
Tabela 17. Número de Empregos e Taxa de Crescimento 1999/94.
Número de Empregos
Atividades
1994
%
1999
%
Variação
1999/94
Preparação da Madeira
141.538
45,3 147.198
42,7
4%
Outros Móveis e suas Partes
137.949
44,1 162.336
47,1
17,7%
Assentos mesmo os transformáveis
em cama e suas partes
22.573
7,2
26.719
7,8
18,4%
Colchões
10.475
3,4
8378
2,4
(20%)
100
10,3%
Total
312.535
100 344.631
Fonte: IBQP/PR (2002), elaborado a partir de MTb-Rais
Em relação à distribuição do número de empregados por estabelecimento, percebe-se
analisando os dados da tabela 18 que na fabricação de produtos de madeira, na atividade de
desdobramento de madeira, 84% das empresas emprega até 19 empregados. Na atividade de
fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada ou aglomerada
aproximadamente 80% dos estabelecimentos têm até 50 empregados. Portanto, em ambas
atividades a maior parte das empresas apresenta reduzido número de empregados.
34
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Tabela 18. Número de estabelecimentos por porte e classe de atividades
Fabricação de produtos de madeira (2000)
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MADEIRA
No
o
N de Empregados
Desdobramento de Madeira
de estabelecimentos
Fabricação de madeira laminada e de chapas
de madeira compensada, prensada ou aglomerada
0
678
106
Até 4
2.722
328
De 5 a 9
1.502
163
De 10 a 19
1.401
207
De 20 a 49
839
252
De 50 a 99
248
151
De 100 a 249
77
91
De 250 a 499
18
31
De 500 a 999
1
8
1000 ou mais
0
1
Fonte: elaborado a partir de MTb-Rais (2000)
Na indústria moveleira a maioria dos estabelecimentos tem até 20 empregados (tabela 19). Na
fabricação de móveis com predominância de madeira, 88% dos estabelecimentos têm até 20
empregados; na fabricação de móveis com predominância de metal, este percentual é de 80%;
na fabricação de móveis com outros materiais, tem-se que 85% dos estabelecimentos têm até
20 empregados, e na fabricação de colchões a participação das empresas com até 20
funcionários é de 67%. Portanto, a maioria das empresas emprega número reduzido de
empregados.
35
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Tabela 19. Número de estabelecimentos por porte e classe de atividades.
FABRICAÇÃO DE MÓVEIS
No
o
N de
Empregados
de estabelecimentos
Móveis com
predominância de
madeira
Móveis com
predominância de
metal
Móveis de outros
materiais
Fabricação de
colchões
0
1.345
93
81
19
Até 4
6.168
408
399
117
De 5 a 9
2.504
186
173
66
De 10 a 19
1.610
230
125
41
De 20 a 49
1.017
156
95
39
De 50 a 99
294
45
23
33
De 100 a 249
151
21
15
21
De 250 a 499
31
10
4
5
De 500 a 999
13
1
1
19
1000 ou mais
0
0
Fonte: elaborado a partir de MTb-Rais (2000)
5.1 Evolução da Produção
Conforme IBQP/PR (2002), o crescimento da produção verificado na cadeia Madeira e
Móveis entre 1992-2000 foi de 17,6%, menor que o da média verificado para a indústria
brasileira, de 24,2%. Setorialmente sua evolução foi bastante diferenciada com dois
segmentos registrando queda: Assentos (12,2%) e Colchões (7,5%), e outros apresentando
aumentos com taxas diferenciadas: Preparação da Madeira (9,8%) e Outros Móveis (50,7%).
36
ECCIB
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Tabela 20. Indicadores de Produção Física (%) – 1992/2000
(Base: ano anterior = 100)
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
92-00
PREPARAÇÃO DA MADEIRA
-1,3
5,6
-4,5
-3,4
3,2
3,3
-5,2
8,6
4,2
9,8
ASSENTOS MESMO TRANSF.
-17,8
0,1
1,1
2,0
22,9
-0,5
-8,5
-12,4
5,4
-12,2
OUTROS MÓVEIS E PARTES
-12,2
28,3
2,1
7,1
14,7
-0,2
-4,4
1,5
10,2
50,7
COLCHÕES
-2,0
17,3
-4,5
1,8
3,2
-4,3
-8,2
-7,5
-1,4
-7,5
TOTAL
-6,1
11,8
-2,1
0,7
8,7
1,2
-5,4
3,2
6,0
17,6
Total da Indústria
-3,7
7,5
7,6
1,8
1,7
3,9
-2,0
-0,7
6,5
24,2
Fonte: IBQP/PR (2002), elaborado a partir de dados do IBGE-PIM-PF
Observa-se na tabela 21 que os subsetores que compõe o setor Outros Móveis e suas Partes
tiveram uma evolução diferenciada ao longo da década, sendo que três segmentos
apresentaram crescimento (Móveis de Madeira para Dormitórios, Outros Móveis de Metal e
Móveis de Madeira para Cozinha), enquanto outros dois reduziram-se (Outros Móveis de
Madeira e Móveis de Madeira para Escritório).
É interessante notar que o segmento Outros Móveis de Metal, que vinha apresentando
bastante dinamismo entre 1993 e 1997, reverte a trajetória de crescimento a partir de 1998.
Por sua vez, com os segmentos Outros Móveis de Madeira e Móveis de Madeira para
Escritório ocorre o oposto: a partir de decréscimos consecutivos da produção, apresentam em
2000 crescimento de 6,7% e 12,1% respectivamente.
Tabela 21. Indicadores de Produção Física (%) – 1992/2000
Outros Móveis e suas Partes (Base: ano anterior = 100)
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
92-00
OUTROS MÓVEIS DE METAL
-10,7
9,6
10,1
26,8
24,2
14,6
-0,4
-2,1
0,0
89,5
MÓVEIS MADEIRA ESCRIT.
-11,0
37,1
2,9
-11,9
-3,1
8,2
-14,5
-13,0
12,1
-3,4
MÓVEIS MADEIRA COZINHA
7,0
38,0
-5,8
-5,2
15,9
-1,4
-2,3
3,0
3,3
56,6
MÓVEIS MADEIRA DORMIT.
-14,6
23,8
9,6
16,6
25,5
3,7
-0,1
8,4
13,4
116,0
OUTROS MÓVEIS MADEIRA
-19,4
30,1
-5,2
-0,2
-7,9
-16,0
-20,9
-26,1
6,7
-52,0
TOTAL
-12,2
28,3
2,1
7,1
14,7
-0,2
-4,4
1,5
10,2
50,7
Fonte: IBQP/PR (2002), elaborado a partir de dados do IBGE-PIM-PF
37
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5.2 Evolução da Produtividade do Trabalho 1994-1999
A partir dos dados de variação do Número de empregos e da Produção Física da cadeia
Madeira e Móveis obteve-se a evolução da Produtividade do Trabalho (IBQP/PR, 2002). Pela
tabela 22 nota-se que para um crescimento do emprego entre 1994 e 1999 de 10,3% a
expansão do produto foi de aproximadamente 8%, o que indica um desempenho negativo da
produtividade do trabalho de 2,1%.
Embora os segmentos de maior peso dentro da cadeia, como Preparação da Madeira e Outros
Móveis e suas Partes, tenham apresentado ligeiro aumento da produtividade do trabalho, o
resultado negativo foi influenciado pelo segmento de Assentos mesmo os Transformáveis em
Cama e suas Partes, que aumentaram o emprego em aproximadamente 18% sem aumento da
produção no período analisado.
Tabela 22. Indicadores de Produção Física, Emprego e Produtividade 1994-1999
1994 = 100
Emprego
Produção Física
Produtividade
Preparação da Madeira
104,0
105,9
101,8
Assentos.mesmo os transformáveis
em camas e suas partes
118,4
100,0
84,5
Outros Móveis e suas partes
117,7
119,0
101,1
Colchões
80,0
85,4
106,7
TOTAL
110,3
107,9
97,9
Fonte: IBQP/PR (2002), elaborado a partir de dados do IBGE-PIM-PF e MTb-Rais
5.3 Comparação da Produtividade do Trabalho do Brasil e Estados Unidos
Embora o conceito de competitividade da cadeia produtiva seja mais amplo, procurou-se
comparar a Produtividade do Trabalho do Brasil e de alguns países da cadeia de Madeira e
Móveis para avaliar-se um indicador de competitividade. Os dados devem ser analisados com
cautela, primeiramente porque os anos para os quais os dados foram estimados nem sempre
coincidem, bem como não há uma comparação direta entre as atividades entre os países.
Contudo, a comparação serve como um indicador das diferenças de produtividade entre Brasil
e Estados Unidos
.
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Os resultados encontrados para a produtividade do trabalho no Brasil em 1999 constam na
tabela 23, e indicam haver uma discrepância muito grande não só entre as produtividades
médias dos diferentes segmentos da cadeia, como também dentro da mesma atividade, no qual
o limite superior, dado pelos 10% das empresas mais competitivas difere enormemente das
10% menos competitivas.
Entre os segmentos nota-se dois patamares distintos de produtividade média, um ao redor de
R$21mil por trabalhador e outro na faixa de R$12 mil por trabalhador. No primeiro
encontram-se os segmentos de Fabricação de móveis com predominância de metal
(R$22.724/trabalhador); Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira
compensada, prensada ou aglomerada (R$21.985/trabalhador); Fabricação de Colchões
(R$21.811/trabalhador); e Fabricação de móveis de outros materiais (R$18.214/trabalhador).
Os demais se encontram no patamar de produtividade do trabalho mais baixo: Desdobramento
da madeira (R$12.246/trabalhador); e Fabricação de móveis com predominância de madeira
(R$11.422/trabalhador).
Tabela 23. Produtividade do Trabalho da Cadeia de Madeira e Mobiliário –
Brasil 1999
Código CNAE - DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
PRODUTIVIDADE DO TRABALHO
(em R$ mil/trabalhador)
DA
ATIVIDADE
LIMITE
SUPERIOR
(10% mais
competitivas)
LIMITE
INFERIOR
(10% menos
competitivas)
2010 Desdobramento de madeira
12.246
32.749
334
2021 Fabricação de madeira laminada e de chapas de
madeira compensada, prensada ou aglomerada
21.985
54.043
85
3611 Fabricação de móveis com predominância de
madeira
11.422
29.512
192
3612 Fabricação de móveis com predominância de metal
22.724
49.040
...
3613 Fabricação de móveis de outros materiais
18.214
42.433
...
3614 Fabricação de colchões
21.811
41.845
94
Fonte: Adaptado de IBQP/PR (2002). Elaborado a partir da Pesquisa Industrial Anual - PIA Empresa 1999.
(Tabulações especiais IBGE)
39
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Embora não exista completa correspondência entre as duas fontes de dados do Brasil e
Estados Unidos, procurou-se uma comparação entre as atividades semelhantes. Observando as
tabelas 23 e 24, nota-se que em todos os segmentos a Produtividade do Trabalho do Brasil é
menor. Salvo poucas exceções, a indústria nacional possui tecnologia defasada e sua mão-deobra é pouco qualificada.
40
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Tabela 24. Produtividade do Trabalho 1 na cadeia de Madeira e Mobiliário
Estados Unidos (1997)
PRODUTIVIDADE DO
CDG NAICS - DESCRICAO DA ATIVIDADE
TRABALHO (em R$
mil)/trabalhador)
321113 Serraria
66.236
321211 Fabricação de lambris e compensado de madeira de lei
46.409
321212 Fabricação de lambris e compensado de madeira mole
57.426
321219 Fabricação de produtos de madeira reconstituída
84.513
321912 Madeira cortada, serrada e aplainada
45.842
321918 Outros trabalhos de serraria (inclusive assoalhos)
44.402
337110 Fabricação de armários e balcões de cozinha em madeira
48.224
337121 Fabricação de estofados domésticos
41.840
337122 Fabricação de móveis domésticos não estofados
42.451
337124 Fabricação de móveis domésticos metálicos
50.589
337125 Fabricação de móveis domésticos (exceto de madeira ou metal)
52.109
337127 Fabricação de mobília institucional
51.932
337129 Fabricação de armários de madeira para televisão. Rádio e máquinas de
35.027
costura
337211 Fabricação de mobília de madeira para escritório
53.475
337214 Fabricação de mobília de escritório (exceto madeira)
103.357
337215 Fabricação de mostruários, divisórias, estantes e armários
54.958
337910 Fabricação de colchões
77.942
339111 Fabricação de aparelhos e mobília para laboratório
70.776
Fonte: Adaptado de IBQP-PR (2002). Elaborado a partir dos dados do Censo Econômico dos Estados Unidos
1997.
Nota 1. Os dados foram ajustados considerando a paridade entre as moedas e a taxa de cambio vigente no
período.
41
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5.4 Pólos Moveleiros
A indústria de móveis no Brasil teve seu início em três pólos: na década de 50, na cidade de
São Paulo e em seus municípios vizinhos (Santo André, São Bernardo e São Caetano) surgiu
o pólo pioneiro. Nas décadas seguintes emergiram os outros dois pólos moveleiros: no Rio
Grande do Sul, nos anos 60, e Santa Catarina, na década de 70 (Brasil, 2002).
Atualmente, existem pólos moveleiros desenvolvidos em outros estados, como Minas Gerais
(Uberaba, Uberlância), Espírito Santo, Paraná, e em estágio embrionário começam a surgir
também nas demais regiões do país, tais como nas regiões de Macapá e Santana (AP);
Paragominas (PA); Fortaleza (Sobral), Juazeiro e Igatu (CE); Teresina (PI); Caruaru,
Afogados, Garanhuns, Gravatá e Lajedo (PE); Brasília (DF) e Itapetininga (SP), conforme
Brasil (2002).
A tabela 256 traz uma resumo descritivo dos principais pólos moveleiros.
6
O número de empresas que consta na referida tabela refere-se às afiliadas aos sindicatos locais.
42
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Tabela 25. Características dos principais pólos moveleiros do Brasil
PÓLO
MOVELEIRO
Ubá
Bom Despacho e
Martinho Campos
Linhares e Colatina
Arapongas
Votuporanga
UF
MG
MG
ES
PR
SP
NO DE
EMPRESAS
153
117
130
145
350
PRINCIPAIS
PRINCIPAIS
MERCADOS
PRODUTOS
MG, SP, RJ E
BA
Cadeiras, dormitórios,
salas, estantes e
móveis sob
encomenda
MG
Cadeiras, dormitórios,
salas, estantes e
móveis sob
encomenda
3.000
SP, ES e BA
Móveis retilíneos
(dormitórios e salas) e
móveis sobre
encomenda
5.500
Todos os
estados
Móveis retilíneos,
estofados, de
escritório e tubulares
Todos os
estados
Cadeiras, armários,
estantes, mesas,
dormitórios, estofados
e móveis sob
encomenda de
madeira maciça
EMPREGOS
3.150
2.000
7.000
Mirassol, Jaci,
Bálsamo e Neves
Paulista
SP
80
3.000
Tupã
SP
54
700
São Bento do Sul e
Rio Negrinho
SC
210
8.500
Cadeiras, salas,
dormitórios, estantes e
SP, MG, RJ, PR
móveis sob
e NE
encomenda em
madeira maciça
SP
Exportação
PR, SC e SP
Exportação
Bento Gonçalves
RS
130
7.500
Lagoa Vermelha
RS
60
1.800
Todos os
estados
Exportação
RS, SP, PR, SC
Fonte: Gorini (2000)
43
Mesas, racks, estantes,
cômodas e móveis sob
encomenda
Móveis de pinus,
sofás, cozinhas e
dormitórios
Móveis retilíneos,
móveis de pinus e
metálicos (tubulares)
Dormitórios, salas,
moveis de pinus,
estantes e estofados
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A indústria brasileira de móveis está localizada, basicamente, no Sul e Sudeste do país: Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro concentram
82% das empresas da indústria de móveis (figura 3). Os fabricantes de móveis estão
localizados em torno dos pólos regionais.
Figura 3 Distribuição espacial das empresas da indústria de móveis
(mercado formal) - 2000
OUTROS
18%
SP
25%
RJ
4%
SC
11%
PR
13%
MG
14%
RS
15%
Fonte: MTb-Rais (2000)
O Estado de São Paulo detém cerca de 40% do faturamento do setor e concentra 80% da
produção nacional de móveis de escritório. Neste Estado a produção é dispersa
geograficamente, porém existem dois pólos bem definidos: o da Grande São Paulo e do
Noroeste Paulista. Neste último, deve-se destacar a região de Votuporanga, a qual abriga
aproximadamente 700 empresas voltadas, principalmente, para a produção de móveis
residenciais de madeira. A grande maioria das empresas deste pólo (de pequeno e médio
porte) produz móveis torneados de madeira maciça.
Há também a indústria de móveis da cidade de Mirassol, a qual produz basicamente móveis
residenciais de madeira. Da mesma forma que no pólo de Votuporanga, as grandes e médias
empresas atuam no segmento de móveis retilíneos seriados e as pequenas empresas
concentram sua produção em móveis torneados de madeira maciça.
44
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Já a indústria de móveis da Grande São Paulo tem na diversidade da produção sua principal
característica, destacando-se, porém, o segmento de móveis para escritório, onde as empresas
líderes atendem a aproximadamente 80% deste mercado.
O Estado do Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de móveis, representando em
média
20%
do
valor
da
produção
nacional.
Sua
produção
é
comercializada
predominantemente no mercado doméstico e apenas 10% do valor da produção são
exportados, embora esteja havendo um esforço no sentido de aumento das exportações,
impulsionado pelo Promóvel. Não obstante, as exportações deste Estado representaram
aproximadamente 30% do valor total das exportações nacionais. No Estado existem 3,2 mil
fabricantes de móveis, sendo que 70% situam-se na região de Bento Gonçalves, que é o maior
pólo moveleiro do Rio Grande do Sul, responsável por 9% da produção nacional e está
voltado principalmente para a fabricação de móveis retilíneos seriados (de madeira
aglomerada, chapa dura e MDF), os quais destinam-se ao mercado interno. O município é
também um pólo exportador importante de móveis confeccionados em pinus. Depois de Santa
Catarina, é o maior exportador deste tipo de móveis.
O Estado de Santa Catarina é o terceiro maior produtor de móveis do país, mas é o maior
exportador, sendo responsável por aproximadamente 50% das exportações brasileiras de
móveis. O principal pólo moveleiro do Estado - São Bento do Sul – é também o maior centro
exportador do país, com quase 40% do total das exportações nacionais. Incluindo-se as
regiões produtoras vizinhas (Campo Alegre e Rio Negrinho), contabiliza-se 400 empresas,
que empregam 10 mil funcionários. O pólo de São Bento do Sul é especializado em móveis
torneados de madeira maciça, especialmente pinus, sendo que a grande maioria das empresas
da região, independente do porte, opera com exportações. Grande parte da produção é de
móveis para uso residencial (80% da produção).
No Estado do Paraná há o pólo moveleiro de Arapongas, voltado para a produção de móveis
populares. Destaca-se no segmento de estofados, contando com mais de 40 empresas. A
indústria moveleira de Arapongas concentra-se na produção de móveis residenciais populares
destinados ao mercado interno. Entretanto, possui também algumas médias e grandes
empresas de alta tecnologia que exportam parte da sua produção, sendo responsáveis por
aproximadamente 7% das vendas externas de móveis do país.
45
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O pólo moveleiro de Ubá localiza-se no estado de Minas Gerais e se destaca por possuir a
maior fábrica de móveis do país, a Itatiaia, que atualmente concentra-se na produção de
armários de aço para cozinha. O pólo reúne, ainda, um conjunto de aproximadamente 300
empresas, na sua maioria de pequeno e médio portes, voltadas quase exclusivamente para a
produção de móveis residenciais de madeira e aço, destinados principalmente ao mercado
interno.
5.4.1 Diferenças de competitividade entre os pólos moveleiros
É importante notar que a produtividade difere bastante entre os pólos (BRASIL, 2002), o que
torna os impactos decorrentes dos processos de liberalização comerciais futuras, em especial
acordos de livre-comércio com a UE e com a ALCA, distintos conforme as regiões
produtoras.
BRASIL (2002) lista as principais características de cada pólo moveleiro relativas às matérias
primas utilizadas; à estrutura produtiva; ao ambiente institucional e organizacional; à
distribuição; e ao mercado consumidor. Identificam-se os principais produtos e mercados; a
estrutura produtiva; o porte da indústria; características da mão-de-obra; equipamentos;
design; destinação de resíduos; informalidade; difusão de normas técnicas; sistemas de
informações; distribuição; e nível de exigência do consumidor interno.
O Anexo II traz dados elaborados a partir do referido trabalho. Observa-se que existe uma
grande diferença de competitividade entre os pólos dos estados do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina em relação aos demais, sendo que somente estes dois pólos, principalmente o de
Santa Catarina, atualmente têm nível de qualidade e competitividade compatível com o
mercado externo.
Os demais pólos, conforme apontado no estudo, têm deficiências variadas, geralmente ligadas
à falta de qualidade, ao uso equipamentos obsoletos, carência de mão-de-obra especializada,
falta de cultura exportadora, dentre outras questões. Estes problemas não somente impedem
que os mesmos exportem, como também indicam que podem ter problemas com a entrada de
produtos importados decorrente de acordos de livre comércio.
46
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Conforme Pinto Neto (2002)7 , o pólo de Votuporanga, que emprega 30.000 pessoas e possui
700 empresas, tem somente 12 empresas de grande porte, com capacidade para realização de
investimentos em equipamentos modernos. Embora a região esteja se preparando para reduzir
a diferença de nível tecnológico e qualificando a mão-de-obra (atualmente existem 350 alunos
cursando o Centro de Tecnologia instalado na região), é necessário mais tempo para a retirada
das barreiras impostas pelo Brasil à importação de móveis, de modo a permitir que os
investimentos feitos em capacitação de mão-de-obra e melhoria da qualidade tornem-se
efetivos.
Percebe-se, portanto, que a redução das barreiras tarifárias impostas pelo Brasil trarão
impactos diferenciados sobre os diferentes pólos produtores, tema discutido detalhadamente
no capítulo 9.
7
João Araújo Pinto Neto. Coordenador do Polo Moveleiro de Votuporanga. Brasília, MDIC, I Workshop, Abril
2002.
47
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6. COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DE MADEIRA E MÓVEIS DO
BRASIL 8
Gargalos identificados à competitividade no Brasil
As principais questões relativas à competitividade relacionam-se à matéria-prima, à produção
propriamente dita (tecnologia e design) e às vendas. Rangel (1993) afirma que “os fatores
básicos da competitividade a nível internacional podem ser resumidos em quatro pontos
básicos: tecnologia, especialização da produção, design e estratégias comerciais”. Num
trabalho mais recente, Gorini (1998) identifica os seguintes fatores de competitividade da
indústria moveleira: matérias-primas, tecnologia, mão-de-obra e design.
Evidentemente, matérias-primas, tecnologia, mão de obra e design são componentes de custo
que afetam os preços e a qualidade dos produtos. No entanto, para que as empresas tenham
sucesso em suas estratégias precisam coordenar adequadamente fornecedores e distribuidores.
Essa coordenação engloba a capacidade de informar fornecedores de suas necessidades em
termos de qualidade (atributos físicos do produto), quantidade e regularidade de fornecimento.
A coordenação da cadeia produtiva torna-se tão mais importante quanto mais a concorrência
se faz com base em atributos de qualidade – diferenciação de produto. Para garantir que seu
produto chegue ao comprador com as propriedades visadas na estratégia de produção e
comercialização da empresa, é necessário que a coordenação se estenda aos segmentos a
jusante da fábrica. Sendo assim, os instrumentos utilizados para coordenar a cadeia produtiva
constituem também um importante fator de competitividade.
A característica marcante da organização industrial do setor é a grande verticalização do
processo produtivo. Trata-se, portanto, de um arranjo organizacional bastante diferente de
países como a Itália, por exemplo. No Brasil ainda é comum que as empresas produtoras de
móveis assumam todas as etapas de produção após adquirir a madeira serrada, isto é, desde a
secagem e pré-processamento da madeira, até a fabricação do móvel propriamente dito. Há
8
Este capítulo baseou-se em grande parte no documento do Fórum de Competitividade do Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio (2001)
48
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também casos em que a própria empresa mantém reflorestamentos, buscando obter matériaprima adequada às suas necessidades.
Alguns trabalhos consideram que a integração da indústria moveleira é excessiva, o que
acarretaria ineficiências em todo o processo, já que a desverticalização da produção poderia
contribuir para uma maior flexibilização da produção, bem como para a redução dos custos
industriais. No entanto, esta conclusão só deve ser tirada depois de uma análise detalhada das
transações com fornecedores e distribuidores de forma a garantir a estratégia de concorrência
adotada pela empresa.
Assim, tendo em mente a necessidade futura de aprimoramento da análise referente aos
mecanismos de coordenação, buscou-se neste documento evidenciar os principais gargalos
existentes na cadeia madeira/móveis, de modo a orientar o processo de decisão para eventuais
políticas governamentais.
6.1. Matéria-prima
As principais matérias primas utilizadas pela indústria moveleira atualmente são as chapas de
madeira processada/reconstituída - aglomerado e médium density fiberboard (MDF) - e
madeira maciça proveniente de florestas plantadas (pinus e eucalipto), sendo que o uso de
madeira serrada de floresta nativa vem se reduzindo ao longo do tempo.
Estima-se que cerca de 60% da madeira maciça utilizada pela indústria moveleira sejam
provenientes de plantios, com crescente uso do eucalipto (principalmente para a fabricação de
camas e salas de jantar), o que se verificou após a implantação da serraria da Aracruz
(BNDES, 2002b).
Quanto aos aspectos de competitividade da matéria-prima para a indústria moveleira, deve-se
considerar aqueles relativos à base florestal, ao processamento da madeira e à sua qualidade.
49
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6.1.1. Matéria-prima de Base Florestal
Em relação à quantidade disponível de matéria-prima, o Programa Nacional de Florestas
(PNF), do Ministério do Meio Ambiente, aponta para um déficit de matéria-prima florestal
oriunda de reflorestamento.
De acordo com o PNF9 , “estudos conduzidos pela Sociedade Brasileira de Silvicultura – SBS
e associações setoriais identificam a existência de um desequilíbrio entre a oferta e a procura
de madeira, para atender às projeções de crescimento da indústria de base florestal a partir do
início desta década”. Segundo o documento “Contribuição do Grupo de Trabalho ‘Madeira e
Móveis’10 ao Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva da Indústria e Madeira e
Móveis do MDIC”, para suprir todos os segmentos industriais são cortados cerca de 450 mil
ha/ano de pinus e eucalyptus e a área reflorestada anualmente tem sido de 150 mil ha,
ocasionando, portanto, um déficit de 300 mil ha/ano. A persistir esta tendência, a exaustão dos
estoques de madeira ocorrerá na metade desta década.
Embora o Programa de Florestamento e Reflorestamento executado entre 1967-1987 tenha
resultado em superávit de madeira na época, seu término ocasionou um descompasso entre a
expansão do consumo e a oferta de matéria-prima, o que pode comprometer o potencial de
expansão de segmentos importantes, como o de papel e celulose, o moveleiro, o de siderurgia,
o de carvão vegetal, e a produção de chapas e de madeira sólida.
Bacha (2000) salienta que a capacidade de produção anual de madeira de reflorestamento já
está igual ao consumo. Além disso, considerando-se que a taxa de crescimento da área
anualmente reflorestada é menor que o crescimento da demanda, que a produtividade não está
crescendo e que não se pode contar com oferta maior de madeira nativa, percebe-se que a
questão da oferta de madeira torna-se um gargalo importante, já que pode ocorrer a falta num
futuro próximo.
9
BRASIL. Programa Nacional de Florestas – PNF. Brasília: MMA/SBF/DIFLOR, 2000. 52p.
10
As entidades que constituem este grupo de trabalho são: ABIMCI, ABIMOVEL, ABIPA, ABPM,
ABRACAVE, CPTI, Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, IBAMA/LPF, IPT e SBS.
50
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Outro aspecto relevante à competitividade é que o aproveitamento da madeira (bem como sua
qualidade, tratada no tópico seguinte) está intimamente relacionado ao sistema de manejo, ao
sistema de corte e extração, à tecnologia empregada no processamento primário e à
capacitação e treinamento de mão-de-obra. Na Amazônia, por exemplo, o rendimento médio
da matéria-prima é de 30% a 35%, sinalizando o elevado grau de desperdício, e impactos
negativos sobre o meio ambiente, decorrentes dos resíduos gerados.
É importante também notar que os resíduos da extração e industrialização da madeira acabam
por ser destinados para a produção de energia, por meio de queima, para uso doméstico e
produção de carvão ou, simplesmente para a queima a céu aberto. O aproveitamento eficiente
deste resíduos teria impactos positivos em toda a cadeia produtiva, beneficiando desde as
indústrias de processamento primário até a indústria de móveis.
Deste modo, o aprimoramento das técnicas de corte, de manuseio e de extração da madeira,
bem como o aprimoramento tecnológico no seu beneficiamento são necessários para melhorar
a eficiência nas serrarias e laminadoras.
6.1.2 Matéria-prima processada
A análise do segmento produtor de sólidos de madeira, especificamente no que diz respeito às
matérias-primas básicas da indústria moveleira, indica que a demanda por serrados de
florestas nativas concentra-se nos móveis sob encomenda e vem caindo nos principais pólos
moveleiros. Os serrados de florestas plantadas, por outro lado, têm sido cada vez mais
utilizados: o pinus vem se constituindo na principal matéria-prima das empresas exportadoras
de móveis e o eucalipto apresenta um potencial bastante promissor.
No segmento de painéis reconstituídos observa-se, de um lado, uma demanda crescente por
aglomerados e MDF e, de outro, uma relativa estabilidade no consumo de chapas de fibra
dura.
A indústria moveleira utiliza basicamente:
•
AGLOMERADO: tampos de mesas, laterais de portas e de armários, racks,
divisórias, laterais de estantes;
51
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•
M ADEIRA S ERRADA: tampos de mesa, frontal e lateral de balcões, assento e
estrutura de cadeiras, estruturas de camas, molduras, pés de mesa, estrutura de
sofás, laterais de gavetas, embalagem, pés de cama, pés de racks, estrados,
acabamento de móveis;
•
COMPENSADO: fundos de gaveta, armários, roupeiros, tampos de mesa, laterais
de móveis, braços de sofá, fundos de armários, prateleiras;
•
M EDIUM D ENSITY FIBERBOARD (MDF): componentes frontais, internos e
laterais de móveis, fundos de gaveta, estantes, tampos de mesa, racks; e
•
CHAPA DE FIBRA DURA ( HARDBOARD ): fundos de gavetas, de armários e de
racks, tampos de móveis, móveis infantis e divisórias.
O parque industrial brasileiro produtor de serrados é composto por aproximadamente 10.000
empresas, e cerca de 60% das serrarias existentes estão localizadas na região Centro-Oeste e
Norte do país (tabela 26).
Tabela 26. Capacidade Instalada das Unidades de Serrados no Brasil.
PORTE
CAPACIDADE
INSTALADA
N° DE SERRARIAS
%
Pequeno
< 10.000 m3/ano
10.000 - 30.000 m3 /ano
7.180
2.383
74,65
24,75
Médio
30.000 -50.000 m3 /ano
50.000 - 100.000 m3 /ano
50
15
0,52
0,16
Grande
100.000 - 150.000 m3 /ano
> 150.000 m3/ano
2
-
0,02
9.630
100
TOTAL
Fonte: ABIMCI. A indústria de madeira sólida no Brasil: estudo setorial. http://abimci.com.br
Em termos gerais, a produção e o consumo de madeira serrada vêm crescendo a taxas
praticamente iguais. De acordo com a ABIMCI, o crescimento médio da produção foi de
3,1% ao ano enquanto o consumo cresceu 3,2% ao ano. Vale notar que a indústria moveleira
consome apenas algo em torno de 15% da produção total de madeira serrada.
52
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A indústria de painéis (aglomerado, MDF e de chapas de fibra) obteve um faturamento em
2001 de cerca de US$ 500 milhões, sendo que as exportações de US$ 60 milhões são oriundas
do comércio de chapas duras. Dentre os painéis, os de madeira aglomerada são os mais
consumidos no mundo, cuja produção alcançou 84 milhões de m3 em 2000. A produção
nacional ocupou o nono lugar com 2% do volume produzido (BNDES, 2002a).
No que se refere aos painéis de madeira aglomerada, convém destacar que os pólos
moveleiros são os principais mercados consumidores, posto que entre 80% e 90% do volume
produzido são destinados à fabricação de móveis, absorvidos diretamente pela indústria.
A taxa de utilização da capacidade instalada da indústria produtora de painéis de aglomerado,
que foi de 75% em 1997 e 1998, passou a 100% em 1999. A evolução prevista para o
aumento da capacidade instalada de aglomerado para o período de 2001 – 2004, segundo a
ABIPA é: 2001: 2.383 mil m3 /ano; 2002: 2.665 mil m3/ano; 2003: 3.079 mil m3 /ano; 2004:
3.284 mil m3 /ano.
Mesmo considerando os projetos que prevêem a ampliação da capacidade produtiva de 3,0
milhões para 5,5 milhões m3/ano até 2004, não é provável haver um excesso de oferta em
relação à demanda, já que a demanda vem crescendo a taxas elevadas.
Em relação ao MDF, a produção mundial foi da ordem de 18,3 milhões de m 3 , e o consumo
mundial vem crescendo cerca de 20% ao ano em média entre 1996 e 2000, destacando-se o
crescimento do Brasil (64,6% ao ano) e da Alemanha (40,6% ao ano), sendo os principais
consumidores os Estados Unidos, China e Alemanha, os quais são responsáveis por
aproximadamente 50% do total demandado (BNDES, 2002a).
No Brasil, o MDF começou a ser produzido em 1997, e utiliza principalmente espécies
selecionadas de pinus em função de suas propriedades agroindustriais e de sua valorização no
mercado. A oferta nacional de MDF é voltada predominantemente para o mercado interno e
vem substituindo as importações.
Segundo a ABIPA, no ano de 2001 a capacidade instalada total das empresas produtoras de
MDF será de 1.010 mil m3/ano, representando um acréscimo de 173%, em relação ao ano
anterior. A evolução prevista para a capacidade instalada é a seguinte: 2002: 1.100 mil
53
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m 3/ano; 2003: 1.430 mil m3/ano; e, 2004: 1.640 mil m 3/ano. A tabela 27 fornece o panorama
da indústria de painéis reconstituídos.
Tabela 27 . Painéis Reconstituídos.
Ano
Produto
Produção (A)
Importação
(B)
Exportação
(C)
Consumo
Aparente (D)
A/D (%)
1994
758.286
3.178
55.736
705.728
107,45
1995
879.296
43.136
56.567
865.865
101,55
1996
1.059.056
114.272
58.729
1.114.599
95,02
1997 Aglomerado 1.224.112
120.107
49.462
1.294.757
94,54
1998
1.313.053
12.667
3.646
1.322.074
99,32
1999
1.499.947
1.363
28.019
1.473.291
101,81
2000
1.762.220
15.349
15.712
1.761.857
100,02
1994
554.400
82
281.230
273.252
202,89
1995
555.500
425
271.051
284.874
195,00
538.040
4.258
236.667
305.631
176,04
539.230
16.131
233.397
321.964
167,48
506.692
1.164
207.779
300.077
168,85
1999
535.691
0
204.929
330.762
161,96
2000
558.766
0
194.920
363.846
153,7
1994
0
6.616
0
6.616
0,00
1995
0
21.486
0
21.486
0,00
0
53.462
0
53.462
0,00
30.036
113.287
0
113.287
26,51
1998
166.692
35.589
17.918
184.363
90,42
1999
357.041
10.977
17.430
350.588
101,84
2000
381.356
10.559
3.037
388.878
98,6
1994
1.312.686
9.876
336.966
985.596
133,19
1995
1.434.796
65.047
327.618
1.172.225
122,40
1.597.096
171.992
295.396
1.473.692
108,37
1.793.378
249.525
282.859
1.760.044
101,89
1998
1.986.437
49.420
229.343
1.806.514
109,96
1999
2.392.679
12.340
250.378
2.154.641
111,05
2000
2.702.342
38.248
464.047
2.514581
107,46
1996
1997
1998
Chapa
De fibra
1996
1997
1996
1997
MDF
Total
Fonte: ABIPA
Nota-se que o aumento da produção de painéis de aglomerado entre 1994 e 2000 (que foi da
ordem de 15% ao ano) foi um pouco menor que o aumento do consumo (16,5%). Conforme
54
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BNDES (2002b), o crescimento da oferta com conseqüente aumento da concorrência na
produção de aglomerado fez com que houvesse uma queda de preços deste produto nos anos
de 2000 e 2001. Este mesmo comportamento de preços é esperado, segundo o BNDES
(2002b), para os painéis de MDF, com a entrada de novas capacidades de produção a partir de
2003. Em 2001, entraram em operação duas novas plantas de produção de MDF (no Paraná)
com capacidade total de 500 mil m3 , significando um aumento de 46% sobre a produção de
2000 (BNDES, 2002a).
A tabela 28 mostra a evolução dos preços no mercado nacional de chapas de MDF. Nota-se
que para todos os tipos de acabamento os preços em dólares11 vem apresentando tendência de
redução. Porém, conforme BNDES (2002a), os preços em reais tiveram comportamento
oposto, subindo 60%.
Tabela 28. Evolução dos preços de painéis de fibra de média densidade- MDF.
US$/m3
Tipo de Acabamento
1997
1998
1999
2000
2001
In natura
366,65
314,01
262,22
353,02
270,79
BP (laminado baixa pressão)
517,14
474,24
429,71
564,08
421,83
Fonte: BNDES, a partir de STCP
Entre 1997, ano em que se inicia a produção nacional de MDF, e 2001 a produção passa de
aproximadamente 30 mil m 3 para 609 mil m 3 , indicando uma taxa média de crescimento anual
de 123%. O consumo do produto, embora cresça a taxas anuais médias altas (45% ao ano),
apresentou crescimento inferior ao da produção. O aumento da produção levou à redução das
importações deste produto dos países vizinhos (Chile e Argentina).
Os financiamentos realizados pelo BNDES para a expansão e modernização tecnológica da
indústria de painéis de madeira entre 1997 e 2001 acumularam o montante de US$250
milhões, o que permitiu a quase duplicação da produção de painéis de aglomerado e de MDF
(BNDES, 2002a).
11
Preços em dólares convertidos pelo dólar médio do ano.
55
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A produção atual de chapas de aglomerado e de MDF é concentrada em poucos fornecedores,
listados na tabela 29, o que pode trazer conflitos distributivos ao longo da cadeia produtiva.
Toda a produção é sustentada por florestas plantadas, sendo que as empresas Placas do
Paraná, Tafisa e Berneck utilizam 100% de pinus na fabricação de painéis de aglomerados
e/ou MDF, a Eucatex utiliza 100% de eucalipto e a Duratex e a Satipel usam ambos as
espécies em proporções variadas (BNDES, 2002).
Tabela 29. Fabricantes de Painéis de Madeira Aglomerada e de MDF no Brasil.
Empresas
Aglomerado
MDF
Berneck
Sim
Não
Duratex
Sim
Sim
Eucatex
Sim
Não
Masisa
Não
Sim
Placas do Paraná
Sim
Sim
Satipel
Sim
Não
Tafisa
Sim
Sim
Fonte: BNDES (2002b)
No que se refere à produção dos painéis de compensado, predominam no Brasil as pequenas
e médias empresas, situadas em sua maioria na região sul e, em especial, no Paraná. Uma das
principais características do setor é a inexistência de barreiras à entrada, devido ao baixo
volume de investimentos requerido. Isto faz com que a oferta seja bastante heterogênea, pois a
produção é feita por unidades de diferentes níveis tecnológicos.
Segundo a ABIMCI, a taxa média de crescimento da produção de compensado no período
1989 – 1998 foi de cerca de 1,1% ao ano, enquanto que o consumo caiu cerca de 6,1% . O
crescimento das exportações e a substituição de parte do consumo de compensados por
painéis reconstituídos são responsáveis por esta queda (tabela 30).
Convém também notar que, até 1998, metade da produção de compensado era feita na região
Amazônica e a outra metade era produzida nas regiões Sul e Sudeste. No entanto, dado que
algumas espécies de madeiras nativas utilizadas em sua fabricação têm restrições de
56
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exploração devido às questões ambientais, e reduzida utilização do manejo sustentável das
florestas nativas, o compensado de madeira tropical pode continuamente perder mercado
mediante substituição da madeira de nativas por madeira de pinus.
Conforme a ABIMCI, o principal segmento consumidor de compensados é a indústria
moveleira (45%), seguida pela construção civil (34%) e embalagens (17%). Em relação às
exportações, nota-se pelos dados da tabela 30 que desde 1998 o mercado externo absorve
aproximadamente 60% da produção nacional de compensados e laminados.
Tabela 30. Compensados e Laminados (1000 m3 )
Ano
Produção (A)
Consumo (B)
1989
1.430
1.004
1990
1.050
1991
Exportação (C)
A/B (%)
C/A (%)
386
142,43
27%
750
300
140,00
29%
1.120
751
369
149,13
33%
1992
1.250
770
480
162,34
39%
1993
1.600
782
813
204,60
51%
1994
1.900
1.002
898
189,62
47%
1995
1.600
852
748
187,79
47%
1996
1.670
1.012
658
165,02
39%
1997
1.650
1.000
650
165,00
39%
1998
1.600
980
620
163,27
61%
1999
2.200
1.000
1.300
200,00
59%
2000
2.470
1.000
1.400
247,00
57%
Fonte: http://www.sbs.org.br
De acordo com o Fórum de Competitividade de Madeira e Móveis (2001), as tendências para
a indústria de madeira processada são as seguintes:
•
a demanda nacional de serrados de florestas nativas crescerá 3% a.a. e as de
plantadas 5% a.a. e os serrados de eucalipto contribuirão com 10 a 15% dos
serrados oriundos de plantações;
•
substituição parcial e gradativa na demanda de serrados de madeira de florestas
nativas por serrados oriundos de florestas plantadas;
57
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•
a demanda nacional por compensados e laminados deverá crescer 3% a.a, sendo
que o consumo nacional de compensados em 2005 será da ordem de 1,0 a 1,2
milhão m3 (50% de madeira de Pinus e 50% de madeira de florestas nativas12 );
•
a produção nacional de painéis reconstituídos deverá alcançar 5,4 milhões m 3 em
2004 e o crescimento maior será no segmento de MDF, que projeta quadruplicar
a produção nos próximos 5 anos. A indústria de aglomerados deverá produzir
3,2 milhões de m3 em 2004 e sua produção será quase totalmente direcionada
para atender o mercado interno, principalmente de móveis.
Considerando o Programa Nacional de Florestas (PNF) e as posições dos participantes do
Fórum, ressalta-se a questão da potencial escassez de madeira, pois:
•
a distância dos centros consumidores, os questionamentos ambientais e os
aspectos institucionais têm limitado a expansão da produção de madeira tropical.
Ademais, o aproveitamento das toras é ineficiente, com baixo grau tecnológico e
o sistema de exploração florestal predominante é o extrativismo itinerante, que
acaba por causar distorções na oferta de madeira. Há ainda o problema de que
muitas madeiras de boa qualidade e padrão não são conhecidas no mercado
externo e interno;
•
a indústria de painéis reconstituídos, consumidora de Eucalyptus e Pinus,
consumirá 10 milhões de m3 /ano a partir de 2004, o que implica na necessidade
de dobrar em curto prazo as áreas florestais ligadas a esta indústria;
•
limite estimado de produção sustentada de toras de Pinus é de 7 milhões m3/ano,
de modo que, se a demanda for superior a este valor ter-se-á, necessariamente
que consumir os estoques em crescimento ou importar madeira;
•
já se nota a diminuição dos estoques de toras de Pinus para laminação e para
serrados e, frente às reduzidas taxas de plantio nos anos 80 e 90, o problema
tende a se agravar;
12
A capacidade instalada deste segmento é de 2,2 milhões m3 /ano.
58
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•
a indústria de compensados também pode ser afetada pela escassez de toras no
mercado, embora esteja projetando uma demanda futura aquém da sua
capacidade instalada;
•
diante da ampliação da produção das indústrias de celulose e papel, haverá
dificuldades para a oferta de toras de eucalipto no curto e médio prazo.
6.1.3 Qualidade da madeira
No entanto, não é apenas a quantidade de madeira um fator limitante. Há problemas também
quanto à qualidade da madeira processada.
Existe uma grande carência de fornecedores especializados no processamento da madeira
serrada para a indústria moveleira. O problema não se restringe às madeiras nativas. As
empresas moveleiras que adquirem madeira serrada de pinus enfrentam problemas ligados à
alta incidência de nós, secagem (teor de umidade e rachaduras) e ao desdobro inadequado
(desbitolamentos). Devido a esta questão muitas empresas possuem plantios próprios de pinus
ara garantir a qualidade da matéria-prima, o que implica num grande nível de verticalização.
Desta forma, ressalta-se a necessidade das empresas avaliarem qual a forma mais eficiente de
se adquirir a matéria-prima. Uma alternativa possível seria a adoção de contratos com os
fornecedores da madeira ou com as serrarias, especificando os requisitos técnicos necessários.
Ou seja, existe um problema de coordenação afetando toda a cadeia produtiva que merece um
detalhamento futuro maior.
A variabilidade da matéria-prima afeta o desempenho do maquinário mais moderno,
geralmente importado e preparado para absorver variações dimensionais bem mais restritas do
que aquelas apresentadas pela madeira serrada disponível. Da mesma forma, o PNF salienta
que a Amazônia contribui com 85% da produção anual de madeiras oriundas de florestas
nativas, e que em geral o processamento das toras é ineficiente, com um aproveitamento, após
o desdobramento, de apenas 35% do estoque removido.
Gorini (1998) afirma que a concorrência com produtores “informais”, trabalhando em sua
maior parte com serrarias obsoletas (gerando desperdícios no processamento da madeira em
59
ECCIB
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tora entre 40% e 60%), também é um fator limitador de maiores investimentos no plantio e
processamento da madeira reflorestável destinada ao setor moveleiro. A grande informalidade
existente no setor moveleiro gera ineficiências em toda a cadeia industrial, dificultando, por
exemplo, a introdução de normas técnicas que atuariam na padronização dos móveis, assim
como das suas partes e componentes intermediários.
São recentes os investimentos de empresas do setor de papel e celulose com foco na produção
de matéria-prima (madeira serrada) para a indústria moveleira, como por exemplo a serraria
da Aracruz. Porém, em que pesem as elevadas sinergias da produção destinada aos dois
setores, os altos investimentos na secagem da madeira e a sua incipiente difusão na indústria
moveleira nacional dificultam maiores investimentos nessa área.
6.2 Produção de Móveis: Tecnologia, Design e Mão-de-Obra
Os fatores de competitividade da etapa de produção de móveis contemplam as questões de
tecnologia, especialização da produção, design e mão-de-obra.
6.2.1 Tecnologia
Os pólos que mais investiram em tecnologia foram os de Bento Gonçalves e o de São Bento
do Sul. Basicamente, os investimentos foram em sua maioria realizados na aquisição de
equipamentos com controle numérico computadorizado - CNC, pelas empresas de maior
porte, e são, geralmente, importados da Itália, Alemanha e Espanha.
Conforme Gorini (1998), embora na década de 90 a indústria de móveis tenha investido
pesadamente no parque de máquinas, em automação e controle de qualidade, com
conseqüente aumento da escala de produção das principais empresas do setor, as empresas
mais modernas, geralmente ligadas ao comércio internacional, são poucas dentro de um
universo grande de empresas desatualizadas tecnicamente e com baixa produtividade, tendo
se restringido às grandes e médias empresas do setor. Portanto, percebe-se que o nível de
tecnologia não é uniforme em todo o setor moveleiro, e que são necessários investimentos de
modo a permitir que mais empresas possam concorrer com o produto externo.
60
ECCIB
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A autora ressalta que a alta verticalização da produção doméstica aumenta os custos
industriais, e que a terceirização das etapas sucessivas de produção (tal qual ocorre na Itália)
traria aumento de eficiência. Assim, surge novamente o problema de governança entre os elos
da cadeia produtiva. O setor moveleiro também acredita que um maior grau de
desverticalização seria mais eficiente, a partir da comparação feita com a Itália. No entanto,
não existem ainda no país condições institucionais (normas técnicas, padronização, etc.) que
permitam tal grau de desverticalização. Além disso, as características das transações podem
requerer este grau de verticalização. Desta forma, o alto grau de verticialização atualmente
encontrado pode ser a estrutura mais eficiente, cabendo estudos adicionais relativos a esta
questão.
No segmento de móveis de pinus podem ser identificados alguns gargalos, principalmente no
que tange às etapas de preparação da madeira e de acabamento do móvel. Embora muitas
empresas possuam plantios próprios de pinus para garantir a qualidade da matéria-prima, os
níveis de acabamento e usinagem são tecnologicamente inferiores aos apresentados pelos
europeus, considerando-se empresas do mesmo porte.
Estes fatores acabam comprometendo a competitividade das empresas, tornando o processo
de desverticalização da produção mais difícil.
6.2.2 Design
Embora o Brasil tenha potencial competitivo para ampliar as exportações de móveis feitos a
partir de madeira de reflorestamento, tem um problema importante a ser superado que é a falta
de um design genuinamente nacional, já que hoje a maioria dos móveis exportados é cópias
modificadas dos produtos do exterior. O desenvolvimento de um novo design envolve vários
aspectos, tais como a diminuição do uso de insumos, a redução do número de partes e peças
envolvidas num determinado produto, além da redução do tempo de fabricação. Design é mais
que um avanço na estética, significa o aumento da eficiência global na fabricação do produto,
incluindo-se aí as práticas que minimizem a agressão ao meio ambiente.
61
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No que se refere aos novos materiais, verificam-se grandes mudanças decorrentes das
inovações ocorridas nas indústrias química e petroquímica que permitiram a introdução de um
expressivo número de inovações na indústria moveleira.
No entanto, a indústria moveleira nacional não possui pessoal especializado em design. As
exceções são as empresas líderes, as quais possuem profissionais mais especializados, como
arquitetos, engenheiros, desenhistas e designers. Além disso, apenas três dos sete pólos
registram um nível de difusão apreciável de equipamentos CAD, os quais são utilizados quase
exclusivamente pelas grandes empresas.
Via de regra, as pequenas e médias empresas não investem em design próprio. A estratégia
utilizada por elas é a cópia e adaptação do design das empresas maiores. O desafio, portanto, é
superar esta cultura de cópia, disseminada em parte do setor, por meio de estratégias que
contemplem a importância do design como elemento de agregação de valor ao móvel,
favorecendo o desenvolvimento de uma cultura de desenvolvimento de produto e inovação
com correspondente registro de patente para sua proteção legal.
A dificuldade de adoção de um design pelas empresas menores, visto que pessoal
especializado exigiria escala e escopo nem sempre existentes nestas empresas, poderia ser
viabilizado por condomínios ou pelas associações de classe.
Algumas iniciativas importantes para tentar solucionar a falta de design do móvel brasileiro
estão sendo tomadas. Vários projetos conjuntos entre iniciativa privada e governo 13 estão
sendo desenvolvidos para a criação de núcleos de desenvolvimento de design, nos quais
bolsistas do CNPq especialistas do setor, equipados com computadores, atendem as empresas
moveleiras, procurando disseminar a cultura do design e desenvolver uma metodologia para
desenvolvimento de novos produtos.
13
Um dos 16 projetos do Promóvel é a criação de 12 núcleos de desenvolvimento de design, sendo que dois já
foram implementados.
62
ECCIB
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6.2.3 Mão-de-Obra
É importante notar, que apesar da indústria moveleira ser intensiva em mão-de-obra, as
inovações tecnológicas visando aumento da produtividade exigem maior qualificação do
pessoal, sendo de grande importância os investimentos em treinamento e capacitação.
Ademais, há a necessidade de se aperfeiçoar as condições de saúde e segurança ocupacional
em toda a cadeia produtiva da indústria de madeira e móveis, com o objetivo de reduzir
problemas relacionados ao elevado número de acidentes e doenças do trabalho, aumento do
uso de dispositivos de proteção e redução da informalidade de vínculo empregatício.
Os principais centros destinados à formação de mão-de-obra e ao desenvolvimento
tecnológico da indústria moveleira no Brasil estão localizados em pólos moveleiros e são
geridos pelo SENAI. Estes centros são responsáveis por atividades de aprendizagem industrial
e cursos profissionalizantes, treinamentos operacionais específicos, cursos técnicos formais de
segundo e terceiro graus, assistência técnica e convênios tecnológicos com empresas para o
desenvolvimento conjunto de produtos utilizando novos materiais.
6.3 Vendas
Estudos realizados junto ao setor moveleiro já apontaram que o preço, a marca e o design
(apelo visual) são fatores importantes para o sucesso na comercialização de móveis. Outros
fatores que merecem destaque são: o prazo de entrega e a assistência ao consumidor, além da
tradição da empresa, no caso de móveis sob encomenda.
Os principais problemas relativos a comercialização de móveis, no mercado interno referemse aos prazos de entrega. No pós-venda, existe um grande número de reclamações no
PROCON, sendo que os problemas relevantes são de transporte, estocagem e montagem.
Quanto ao mercado externo, pode-se destacar os seguintes gargalos: logística de distribuição,
falta de depósitos em mercados estratégicos, baixa participação em feiras internacionais,
reduzida a escala para exportação, falta de cultura exportadora.
63
ECCIB
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Em relação às políticas para superação das dificuldades de acesso ao mercado externo, que
incluem tanto as de âmbito geral como às específicas desta cadeia, devem ser ressaltadas as
ações da ABIMÓVEL/PROMÓVEL, formalizados no documento “Programa Brasileiro de
Incremento à Exportação de Móveis (PROMÓVEL)”.
64
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7. EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Embora as exportações brasileiras da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis tenham
aumentado consideravelmente nos últimos anos, o país ainda detêm fatia insignificante do
mercado internacional (em torno de 1,5%).
As exportações brasileiras de móveis são concentradas em poucos países. Conforme
Abimóvel (2002), 10 países foram responsáveis por mais de 85% das exportações nacionais
no ano de 2000: Estados Unidos (23,5%); Argentina (16,2%); França (14,3%); Reino Unido
(7,8%); Alemanha (7,5%); Países Baixos (6,8%); Uruguai (5,7%); Irlanda (2,1%); Porto Rico
(1,7%) e Portugal (1,3%).
A evolução do destino das exportações brasileiras de móveis por país está na tabela 32
65
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Tabela 32. Evolução do Destino das Exportações Brasileiras de Móveis – 1997/90
(US$ mil FOB)
Países
1996
1995
1994
1993
1992
USA
64.612
60.103
73.740
56.279
39.854
28.504
França
55.362
40.566
33.000
31.287
28.085
15.242
3.254
1.151
74
Argentina
53.795
40.597
28.315
42.057
28.093
15.270
2.486
382
103
Alemanha
47.348
63.458
58.059
43.074
74.733
32.157
11.543
4.441
40
Holanda
44.595
35.553
33.833
20.002
10.906
2.895
1.369
1.011
72
Reino
Unido
31.037
26.983
22.294
19.089
11.776
5.630
2.396
965
64
Uruguai
13.609
12.589
12.540
14.829
11.155
3.701
731
624
55
Paraguai
6.269
5.805
5.540
3.493
2.904
1.517
699
476
45
Chile
6.002
6.058
3.163
2.650
2.751
1.414
735
598
39
Martinica
5.978
6.021
8.578
7.041
5.463
1.972
639
50
98
Porto Rico
4.936
4.268
4.755
6.296
7.099
5.959
5.028
5.917
-3
Guadalupe
e Deps.
4.632
6.083
7.490
6.965
4.912
563
36
1
253
Suécia
4.556
4.253
1.307
1.122
1.974
2.466
1.585
1.122
22
Bolívia
3.457
2.732
3.218
3.696
3.259
2.040
1.711
1.367
14
México
836
731
582
5.628
5.052
2.226
2.830
450
9
Subtotal
347.025
315.798 296.413
263.508
238.016
121.557 56.292 37.058
38
Outros
43.570
35.527
33.907
25.103
28.179
19.509
6.659
31
Total
390.595
351.325 330.319
288.611
266.195
141.066 68.819 43.717
37
Fonte: Gorini, 1998 .
66
1991
1990
Taxa Média
Anual (%)
1997
21.251 18.504
12.527
20
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Em relação à evolução da balança comercial da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, notase que esta sempre se manteve positiva ao longo do período analisado. A tabela 33 traz os
dados da balança comercial dos produtos de madeira e de móveis.
Tabela 33. Balança Comercial da Indústria de Madeira e Móveis.
US$ mil dólares FOB
Anos
Produtos de Madeira
Exportação Importação
Saldo
Móveis
Exportação Importação
1989
325.874
16.277
309.579
47.591
1995
756.728
42.497
714.230
1997
774.597
84.622
2000
963.191
2001
963.469
4.172
Total
Saldo
Exportação Importação
Saldo
43.419
373.466
20.449
353.017
318.378
87.307 231.071
1075.106
129.804
945.302
689.975
366.328
173.505 192.824
1140.926
258.127
882.799
47.269
915.922
488.828
143.465 345.364
1452.019
190.734 1261.285
32.202
931.268
484.278
138.163 346.115
1447.747
170.365 1277.383
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
É importante observar que entre 1989 e 2001 as exportações da Cadeia de Madeira e Móveis
cresceram consideravelmente, passando de aproximadamente US$ 373 milhões para US$1,44
bilhões de dólares. Em relação à participação nas exportações brasileiras totais também houve
aumento, passando de 1,17% em 1989 para 2,7% em 2000.
O segmento “Produtos de Madeira” embora tenha aumentado suas exportações (passando de
US$326 milhões em 1989 para US$ 963,5 milhões em 2001), reduziu sua importância relativa
nas exportações da cadeia, que representavam aproximadamente 88% em 1989 e em 2001
passaram a representar 66,5%. Este fato deve-se ao crescimento relativamente maior das
exportações do setor moveleiro.
A tabela 34 traz a evolução da balança comercial dos produtos de madeira, desmembrados a
quatro dígitos do Sistema Harmonizado (4407: madeira serrada; 4410: painéis de partículas;
4411: painéis de fibra; 4412: madeira compensada).
67
ECCIB
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A análise das exportações do segmento de madeira revela que as exportações de madeira
serrada (4407) representaram em 2001 aproximadamente 55% do total exportado, seguido das
exportações de compensado, que representaram ao redor de 37%. Os dois segmentos em
conjunto foram responsáveis por mais de 92% das exportações.
Quanto às importações verificadas em 2001, os painéis de fibra representaram
aproximadamente 42%, seguidos dos painéis de aglomerados (32%) e de madeira serrada
(22,1%). Do saldo comercial o segmento de madeira serrada, de menor valor agregado, foi
responsável por aproximadamente 56%, o de compensado por 38%, seguidos de painéis de
fibra (4,8%) e de painéis de aglomerado (0,2%).
Nota-se que o saldo comercial do segmento madeireiro é crescentemente positivo, sendo que
as importações representaram em 2001 aproximadamente 3,4% das importações.
68
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Valores em US$ FOB correntes
Tabela 34. Brasil: Exportações, Importações e Saldo Comercial do Setor de Madeira para Móveis
Código NCM
1989
Exportações
1995
% do total
1997
% do total
2000
% do total
2001
% do total
% do total
4407
148.137.682
45,5
379.816.218
50,2
410.999.756
53,1
519.522.189
53,9
532.136.732
55,2
4410
1.457.564
0,4
19.118.051
2,5
20.591.075
2,7
10.455.915
1,1
12.765.588
1,3
4411
75.245.361
23,1
97.800.589
12,9
78.781.625
10,2
59.553.562
6,2
58.581.764
6,1
4412
101.033.705
31,0
259.992.728
34,4
264.224.643
34,1
373.659.083
38,8
359.985.294
37,4
Total Madeira
325.874.312
100,0
756.727.586
100,0
774.597.099
100,0
963.190.749
100,0
963.469.378
100,0
Importações
% do total
% do total
% do total
% do total
% do total
4407
15.916.703
97,8
24.880.266
58,5
18.045.094
21,3
5.328.746
11,3
7.120.619
22,1
4410
115.333
0,7
10.750.987
25,3
27.124.810
32,1
17.238.106
36,5
10.508.847
32,6
4411
105.002
0,6
5.982.218
14,1
38.026.841
44,9
23.918.709
50,6
13.550.069
42,1
4412
139.852
0,9
883.878
2,1
1.425.252
1,7
783.652
1,7
1.022.151
3,2
16.276.890
100,0
42.497.349
100,0
84.621.997
100,0
47.269.213
100,0
32.201.686
100,0
Total Madeira
Saldo Comercial
4407
132.220.979
354.935.952
392.954.662
514.193.443
525.016.113
4410
1.342.231
8.367.064
(6.533.735)
(6.782.191)
2.256.741
4411
75.140.359
91.818.371
40.754.784
35.634.853
45.031.695
4412
100.893.853
259.108.850
262.799.391
372.875.431
358.963.143
Total
309.597.422
714.230.237
689.975.102
915.921.536
931.267.692
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
69
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Observando-se os dados da tabela 34, nota-se que o Brasil possui vantagem comparativa na
produção e comércio de madeira, principalmente 4407 (madeira serrada) e 4412
(compensados). A depreciação do câmbio a partir de 1999 beneficiou as exportações,
aumentando o superávit no comércio destes produtos.
O Anexo III traz dados sobre o comércio exterior do Brasil de madeira a 8 dígitos do Sistema
Harmonizado. Detalha-se para as exportações e para as importações: evolução dos valores e
participações de cada produto, e as taxas de crescimento por produto para períodos
selecionados. Traz-se também a evolução do saldo comercial de madeira. Optou-se pela
apresentação dos dados a 8 dígitos devido ao sistema de tarifas dos países União Européia,
dos Estados Unidos, Canadá e México, que para alguns produtos têm tarifas distintas a 8
dígitos. Analisando-se os dados do Anexo III percebe-se que existem 4 produtos que são
responsáveis por mais de 60% das exportações de madeira e que apresentam altas taxas de
crescimento: 44071000 (madeira serrada de não coníferas), 44079990 (madeira serrada de
outras madeiras tropicais), 44121400 (madeira compensada com espessura inferior a 6 mm),
44121900 (outras madeiras compensadas).
A tabela 35 traz a evolução da balança comercial do setor moveleiro a 4 dígitos do sistema
harmonizado (9401: assentos; 9403: outros móveis e suas partes; 9404: colchões).
Tabela 35. Móveis: evolução das exportações, importações, saldo e participação por
seção do SH (4 dígitos) – em milhões de US$ anuais nominais
Produto
Exportação
9401
9403
9404
Total
Importação
9401
9403
9404
Total
Saldo comercial
9401
9403
9404
total
1989
25,20
21,32
1,07
47,59
2,53
1,31
0,33
4,17
22,66
20,01
0,74
43,42
1995
%
53,0
44,8
2,2
100
%
60,7
31,4
7,9
100
46,57
267,15
4,66
318,38
53,77
32,43
1,11
87,31
1997
%
14,6
83,9
1,5
100
%
61,6
37,1
1,3
100
-7,21
234,72
3,56
231,07
65,02
299,30
2,01
366,33
116,35
49,86
7,30
173,50
-51,32
249,44
-5,29
192,82
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
70
2000
%
17,7
81,7
0,5
100
%
67,1
28,7
4,2
100
74,14
413,40
1,29
488,83
115,09
25,12
3,26
143,46
-40,95
388,29
-1,97
345,36
2001
%
15,2
84,6
0,3
100
%
80,2
17,5
2,3
78,51
404,83
0,94
484,28
117,99
18,42
1,76
138,16
-39,48
386,41
-0,82
346,12
%
16,2
83,6
0,2
100
%
85,4
13,3
1,3
100
ECCIB
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Em relação às exportações de móveis, entre 1989 e 2001 elas passaram de US$ 47,5 milhões
para US$ 484,3 milhões, o que implica numa taxa média de crescimento anual de
aproximadamente 21% durante o período.
Contudo, ao se analisar o crescimento das exportações, deve ser observado que existiram dois
padrões de crescimento distintos ao longo da década de 1990, já que de 1989 a 1995 as taxas
médias de crescimento anuais foram da ordem de 70%, o que se explica, em parte, pela
reduzida base inicial de exportação nesse período (US$47,5 milhões em 1990). A partir de
1995 nota-se um crescimento bem menos pronunciado, com taxas médias anuais de
crescimento de aproximadamente 7,5%.
Também contribuíram para o desempenho do início da década de 90 os seguintes fatores:
melhoria da capacidade produtiva da indústria ocorrida neste período; transformações no
Leste Europeu, que permitiram que o Brasil exportasse para os Estados Unidos e Europa para
suprir empresas daquele região que deixaram de exportar no início da década de 90, e o
avanço das negociações do Mercosul.
Outro fator relevante que contribuiu para o aumento das exportações brasileiras de móveis foi
o salto tecnológico da indústria moveleira, propiciado pelos investimentos em equipamentos
modernos, tendo a participação do BNDES no investimento do setor moveleiro no período
1990/1998 alcançado o montante acumulado de US$ 181 milhões.
No que se refere às importações de móveis, os dados indicam um que entre 1995 a 2001 as
importações tiveram um crescimento anual médio de aproximadamente 8% ao ano. A partir
destes dados, nota-se que a competitividade, em uma economia aberta, deve ser considerada
importante tanto para as empresas exportadoras, quanto para as que atuam apenas no mercado
interno, que passam a concorrer com os produtos importados.
É interessante observar que a partir da abertura da economia brasileira, no início dos anos 90,
as importações de móveis apresentaram uma tendência de crescimento até o ano de 1998,
sendo que a partir de 1999 esta tendência se inverte, o que pode ser explicado pela
desvalorização cambial no início de 1999.
71
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Ao se analisar separadamente o comportamento das exportações de móveis por seção do
sistema harmonizado a 4 dígitos, nota-se que os produtos mais exportados em 2001 são os da
seção 9403 (outros móveis e suas partes), que também apresentou crescimento das
exportações maior que os demais. Enquanto em 1989 este segmento detinha 44,8% do total
exportado, em 2001 passou a representar aproximadamente 84% do total exportado. Por sua
vez, as exportações de assentos (9401), que tinham uma participação de aproximadamente
53% em 1989, perdem a importância, passando a deter 16,2% do total exportado em 2001.
Por outro lado, em relação à importações, o segmento de assentos (9401) passou a representar
85% do total importado em 2001, sendo que seu saldo comercial é deficitário desde 1995. As
importações de outros móveis e suas partes (9403), que representavam aproximadamente 31%
em 1989 reduziram sua participação para 13,3% em 2001.
A seguir apresenta-se os dados para o setor de móveis a 8 dígitos do sistema harmonizado
(tabelas 36 a 39). Da mesma forma que apresentado para o setor de madeiras (Anexo III),
expõe-se os dados das exportações e importações: evolução dos valores e participações, e
taxas de crescimento para períodos selecionados. Traz-se também a evolução do saldo
comercial de móveis.
72
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 36. Evolução das exportações brasileiras de móveis e participação a 8 dígitos do SH
Em milhões de US$ FOB
Exportações de móveis
1989
%
1995
%
1997
%
2000
%
2001
%
94011010 ASSENTOS EJETAVEIS,PARA VEICULOS AEREOS
0,00
0,0%
0,32
0,1%
0,00
0,0%
0,40
0,1%
0,02
0,0%
94011090 OUTROS ASSENTOS P/VEICULOS AEREOS,EXC.EJETAVEIS
0,11
0,2%
0,25
0,1%
0,24
0,1%
0,00
0,0%
0,73
0,2%
94012000 ASSENTOS PARA VEICULOS AUTOMOVEIS
0,90
1,9%
3,98
1,3%
1,96
0,5%
3,25
0,7%
4,44
0,9%
94013010 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE MADEIRA
1,41
3,0%
1,63
0,5%
0,09
0,0%
0,01
0,0%
0,02
0,0%
94013090 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE OUTS.MATERIAS
0,04
0,1%
0,03
0,0%
1,50
0,4%
0,97
0,2%
0,59
0,1%
94014010 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE MADEIRA
0,44
0,9%
0,02
0,0%
0,06
0,0%
0,95
0,2%
1,22
0,3%
94014090 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE OUTRAS MATERIAS
0,02
0,0%
0,00
0,0%
0,00
0,0%
0,02
0,0%
0,03
0,0%
94015000 ASSENTOS DE CANA,VIME,BAMBU OU DE MATERIAS SEMELHANTES
0,00
0,0%
0,15
0,0%
0,01
0,0%
0,02
0,0%
0,08
0,0%
94016100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE MADEIRA
9,28 19,5%
8,56
2,7%
5,44
1,5% 19,02
3,9% 20,40
4,2%
94016900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE MADEIRA
2,40
5,0% 14,22
4,5% 10,44
2,8% 12,29
2,5% 11,53
2,4%
94017100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE METAL
3,84
8,1%
1,55
0,5%
1,78
0,5%
4,77
1,0%
3,44
0,7%
94017900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE METAL
1,20
2,5%
4,79
1,5%
6,48
1,8%
7,32
1,5%
6,68
1,4%
94018000 OUTROS ASSENTOS
0,05
0,1%
0,60
0,2%
0,98
0,3%
0,94
0,2%
1,02
0,2%
94019010 PARTES P/ASSENTOS,DE MADEIRA
0,00
0,0%
0,00
0,0%
0,27
0,1%
0,38
0,1%
0,26
0,1%
94019090 PARTES P/ASSENTOS,DE OUTRAS MATERIAS
5,49 11,5% 10,47
3,3% 35,76
9,8% 23,79
4,9% 28,06
5,8%
94031000 MOVEIS DE METAL P/ESCRITORIOS
0,69
1,5%
0,99
0,3%
0,87
0,2%
0,2%
0,62
0,1%
94032000 OUTROS MOVEIS DE METAL
1,01
2,1%
4,05
1,3%
7,29
2,0% 14,16
2,9% 14,22
2,9%
94033000 MOVEIS DE MADEIRA P/ESCRITORIOS
2,32
4,9%
7,59
2,4% 10,65
2,9% 18,28
3,7% 16,78
3,5%
94034000 MOVEIS DE MADEIRA P/COZINHAS
0,90
1,9% 31,35
9,8% 23,09
6,3% 26,59
5,4% 23,63
4,9%
94035000 MOVEIS DE MADEIRA P/QUARTOS DE DORMIR
4,60
9,7% 107,71 33,8% 112,55 30,7%149,73 30,6%152,56 31,5%
94036000 OUTROS MOVEIS DE MADEIRA
6,20 13,0% 90,86 28,5% 125,37 34,2%177,48 36,3%161,18 33,3%
94037000 MOVEIS DE PLASTICOS
0,21
0,4%
1,32
0,4%
1,17
0,3%
1,54
0,3%
1,72
0,4%
94038000 MOVEIS DE OUTRAS MATERIAS,INCL.ROTIM,VIME,BAMBU,ETC.
0,22
0,5%
2,03
0,6%
1,01
0,3%
0,82
0,2%
0,76
0,2%
94039010 PARTES P/MOVEIS,DE MADEIRA
0,00
0,0%
0,00
0,0% 14,34
3,9% 20,15
4,1% 27,89
5,8%
94039090 PARTES P/MOVEIS,DE OUTRAS MATERIAS
5,17 10,9% 21,25
6,7%
2,97
0,8%
3,77
0,8%
5,45
1,1%
94042100 COLCHOES DE BORRACHA/PLASTICOS ALVEOLARES
0,93
1,9%
2,75
0,9%
1,70
0,5%
0,52
0,1%
0,34
0,1%
94042900 COLCHOES DE OUTRAS MATERIAS
0,15
0,3%
1,92
0,6%
0,31
0,1%
0,76
0,2%
0,60
0,1%
Total
0,89
47,59 100% 318,38 100% 366,33 100% 488,83 100% 484,28 100%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
Em relação à participação de cada segmento do setor moveleiro nas exportações, nota-se em
2001 a importância de “Outros Móveis de Madeira” (33,3%) e “Móveis de madeira para
dormitório” (31,5%), que além de serem os principais segmentos exportadores, tiveram
aumento considerável das exportações entre 1989 e 2000 (em 1989 as participações eram
respectivamente 13% e 9,7%). Os demais segmentos tiveram participação menor nas
exportações de móveis em 2001: “Móveis de Madeira para Cozinha” (4,9%); “Partes de
Assentos de outros Materiais” (5,8%); “Partes de Móveis de Madeira (5,8%)”; “Estofados
com Armação de Madeira” (4,2%); “Móveis de Madeira para Escritório” (3,5%). As demais
posições tiveram participação menor que 1% no total das exportações. Merece destaque,
contudo, o desempenho das exportações de partes de móveis, cujas exportações praticamente
inexistiam em 1989 e saltaram para US$ 28 milhões em 2001.
73
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 37. Taxas de crescimento médio anual das exportações de móveis (em %).
Exportações de móveis
1989-2001 1989-95 1995-2001 2000-01
94011010 ASSENTOS EJETAVEIS,PARA VEICULOS AEREOS
-
94011090 OUTROS ASSENTOS P/VEICULOS AEREOS,EXC.EJETAVEIS
16,8%
14,0%
94012000 ASSENTOS PARA VEICULOS AUTOMOVEIS
14,2%
28,1%
1,8% 36,6%
94013010 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE MADEIRA
-31,5%
2,5%
-54,2% 70,0%
94013090 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE OUTS.MATERIAS
25,9%
-6,4%
69,3% -38,9%
8,8%
-42,8%
106,8% 28,3%
2,1%
-28,9%
46,8% 41,2%
39,1% 115,7%
-10,3% 267,2%
94014010 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE MADEIRA
94014090 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE OUTRAS MATERIAS
94015000 ASSENTOS DE CANA,VIME,BAMBU OU DE MATERIAS SEMELHANTES
94016100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE MADEIRA
-
-37,1% -95,0%
19,6%
-
6,8%
-1,3%
15,6%
94016900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE MADEIRA
14,0%
34,5%
-3,4% -6,2%
94017100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE METAL
-0,9%
-14,0%
14,2% -27,9%
94017900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE METAL
15,3%
25,9%
5,7% -8,8%
94018000 OUTROS ASSENTOS
27,8%
49,6%
94019010 PARTES P/ASSENTOS,DE MADEIRA
-
94019090 PARTES P/ASSENTOS,DE OUTRAS MATERIAS
14,6%
11,3%
17,9% 17,9%
94031000 MOVEIS DE METAL P/ESCRITORIOS
-0,9%
6,1%
-7,5% -30,2%
94032000 OUTROS MOVEIS DE METAL
24,6%
26,0%
23,3%
94033000 MOVEIS DE MADEIRA P/ESCRITORIOS
17,9%
21,9%
14,1% -8,2%
94034000 MOVEIS DE MADEIRA P/COZINHAS
31,2%
80,5%
-4,6% -11,1%
94035000 MOVEIS DE MADEIRA P/QUARTOS DE DORMIR
33,9%
69,1%
94036000 OUTROS MOVEIS DE MADEIRA
31,2%
56,4%
10,0% -9,2%
94037000 MOVEIS DE PLASTICOS
19,2%
35,9%
4,5% 12,1%
94038000 MOVEIS DE OUTRAS MATERIAS,INCL.ROTIM,VIME,BAMBU,ETC.
11,1%
45,4%
-15,1% -7,2%
94039010 PARTES P/MOVEIS,DE MADEIRA
-
94039090 PARTES P/MOVEIS,DE OUTRAS MATERIAS
-
-
9,3%
-
6,0%
-
7,3%
8,3%
-31,6%
0,4%
1,9%
38,5%
0,4%
26,6%
-20,3% 44,5%
94042100 COLCHOES DE BORRACHA/PLASTICOS ALVEOLARES MESMO ROCOB
-8,1%
19,9%
-29,5% -35,5%
94042900 COLCHOES DE OUTRAS MATERIAS
12,5%
53,4%
-17,6% -21,1%
Total
21,3%
37,3%
7,2% -0,9%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
74
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Quanto às importações de móveis, nota-se que as mesmas embora representem um valor
pequeno, tendo sempre parcela marginal no total das importações brasileiras, aumentaram
consideravelmente entre 1989 e 2001, passando de US$4,2 milhões para US$138 milhões,
indicando um crescimento médio anual de 34% no período. Em termos comparativos, as
importações crescerem a taxas médias anuais maiores que as exportações (21% no período) e
que as importações totais do Brasil (crescimento médio de 8,7% entre 1989 e 2000).
Percebe-se que houve uma diversificação considerável da pauta de importação ao longo da
década de 90: o segmento “Partes de Assentos de outros Materiais” (94019090) teve um
crescimento considerável e consistente entre 1989 e 2001, passando de aproximadamente
8,1% do total importado em 1989 para 48% das importações. De forma similar, as
importações de “Outros Assentos para Veículos Aéreos” (94011090) aumenta a participação
nas importações de 1,5% para 25% entre 1989 e 2001.
No ano de 2001, os principais segmentos importadores foram: “Partes de assentos de outros
Materiais” (47,9%); Outros Assentos para Veículos Aéreos, exceto Ejetáveis” (25%); “Partes
de Outros Móveis” (4,15%); Outros Móveis de Metal (3,6%); “Assentos para Veículos de
Automóveis” (3,2%); “Outros Assentos” (2,9%) e “Partes para Móveis de outros Materiais”
(2,8%).
75
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 38. Evolução das importações brasileiras de móveis e participação a8 dígitos do SH
Em milhões de US$ FOB
198
9
Importações de móveis
%
1995
%
1997
2000
%
1,50 35,9%
5,50
6,3%
0,06
1,5%
0,75
0,9% 11,02
6,4%
0,00
0,0% 34,60 25,0%
94012000 ASSENTOS PARA VEICULOS AUTOMOVEIS
0,35
8,4%
2,38
2,7%
4,95
2,9%
3,06
2,1%
4,42
3,2%
94013010 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE MADEIRA
0,12
2,8%
1,25
1,4%
0,14
0,1%
0,17
0,1%
0,17
0,1%
94013090 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE OUTS.MATERIAS
0,00
0,0%
0,07
0,1%
2,83
1,6%
1,68
1,2%
1,77
1,3%
94014010 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE MADEIRA
0,00
0,0%
0,19
0,2% 0,0 7
0,0%
0,02
0,0%
0,02
0,0%
94014090 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE OUTRAS MATERIAS
0,01
0,3%
0,09
0,1%
0,14
0,1%
0,04
0,0%
0,06
0,0%
94015000 ASSENTOS DE CANA,VIME,BAMBU OU DE MATERIAS SEMELHANTES
0,00
0,0%
0,52
0,6%
1,03
0,6%
0,78
0,5%
0,76
0,5%
94016100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE MADEIRA
0,00
0,1%
3,09
3,5%
5,36
3,1%
1,04
0,7%
0,90
0,6%
94016900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE MADEIRA
0,00
0,0%
2,44
2,8%
0,98
0,6%
0,96
0,7%
0,50
0,4%
94017100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE METAL
0,06
1,6%
1,80
2,1%
3,36
1,9%
1,63
1,1%
1,30
0,9%
94017900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE METAL
0,02
0,5%
1,49
1,7%
3,62
2,1%
2,93
2,0%
3,07
2,2%
94018000 OUTROS ASSENTOS
0,06
1,5% 19,51
22,4% 17,17
9,9%
4,13
2,9%
4,01
2,9%
94019010 PARTES P/ASSENTOS,DE MADEIRA
0,00
0,0%
0,4%
0,11
0,1%
0,17
0,1%
94019090 PARTES P/ASSENTOS,DE OUTRAS MATERIAS
0,34
8,1% 14,68
94031000 MOVEIS DE METAL P/ESCRITORIOS
0,09
2,2%
0,82
0,9%
2,24
1,3%
1,63
1,1%
0,62
0,5%
94032000 OUTROS MOVEIS DE METAL
0,85 20,3%
8,11
9,3% 10,05
5,8%
6,52
4,5%
5,01
3,6%
94033000 MOVEIS DE MADEIRA P/ESCRITORIOS
0,06
1,4%
0,73
0,8%
1,51
0,9%
1,14
0,8%
1,30
0,9%
94034000 MOVEIS DE MADEIRA P/COZINHAS
0,01
0,2%
0,34
0,4%
0,93
0,5%
0,39
0,3%
0,34
0,2%
94035000 MOVEIS DE MADEIRA P/QUARTOS DE DORMIR
0,01
0,3%
1,04
1,2%
1,50
0,9%
0,28
0,2%
0,32
0,2%
94036000 OUTROS MOVEIS DE MADEIRA
0,23
5,4%
4,95
5,7%
9,05
5,2%
3,43
2,4%
2,64
1,9%
94037000 MOVEIS DE PLASTICOS
0,03
0,8%
9,16
10,5% 10,92
6,3%
3,80
2,6%
2,81
2,0%
94038000 MOVEIS DE OUTRAS MATERIAS,INCL.ROTIM,VIME,BAMBU,ETC.
0,03
0,7%
3,41
3,9%
3,02
1,7%
1,53
1,1%
0,74
0,5%
94039010 PARTES P/MOVEIS,DE MADEIRA
0,00
0,0%
0,00
0,0%
1,87
1,1%
0,79
0,5%
0,74
0,5%
94039090 PARTES P/MOVEIS,DE OUTRAS MATERIAS
0,01
0,1%
3,85
4,4%
8,77
5,1%
5,61
3,9%
3,89
2,8%
94042100 COLCHOES DE BORRACHA/PLASTICOS ALVEOLARES MESMO ROCOB 0,11
2,7%
0,26
0,3%
0,38
0,2%
0,30
0,2%
0,49
0,4%
94042900 COLCHOES DE OUTRAS MATERIAS
5,2%
0,85
1,0%
6,92
4,0%
2,96
2,1%
1,27
0,9%
0,22
Total
4,17 100% 87,31
0,77
0,00
%
94011090 OUTROS ASSENTOS P/VEICULOS AEREOS,EXC.EJETAVEIS
0,0%
0,7% 27,93 19,5%
2001
94011010 ASSENTOS EJETAVEIS,PARA VEICULOS AEREOS
0,00
1,15
%
16,8% 63,75 36,7% 70,60 49,2% 66,24 47,9%
100% 173,50 100% 143,46 100% 138,16 100%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
A tabela 39 traz as taxas de crescimento médias anuais das importações para os segmentos de
móveis para períodos selecionados.
76
0,0%
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 39. Taxa de crescimento médio anual das importações de móveis (em %)
Importações de móveis
1989-2001 1989-95 1995-20012000-01
94011010 ASSENTOS EJETAVEIS,PARA VEICULOS AEREOS
-
24,2%
94011090 OUTROS ASSENTOS P/VEICULOS AEREOS,EXC.EJETAVEIS
69,3%
51,3%
89,4%
94012000 ASSENTOS PARA VEICULOS AUTOMOVEIS
23,5%
37,6%
10,9% 44,3%
3,2%
94013010 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE MADEIRA
-
-
48,9%
-28,5%
1,6%
94013090 ASSENTOS GIRATORIOS,DE ALTURA AJUSTAV.DE OUTS.MATERIAS
91,8% 117,1%
69,5%
5,7%
94014010 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE MADEIRA
-
-33,8% -25,9%
94014090 ASSENTOS TRANSFORMAVEIS EM CAMAS,DE OUTRAS MATERIAS
94015000 ASSENTOS DE CANA,VIME,BAMBU OU DE MATERIAS SEMELHANTES
94016100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE MADEIRA
94016900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE MADEIRA
13,9%
37,2%
-5,4% 45,6%
102,5% 285,2%
6,4% -3,3%
56,8% 202,0%
-18,6% -14,1%
108,1% 464,9%
-23,3% -48,2%
94017100 ASSENTOS ESTOFADOS,COM ARMACAO DE METAL
28,4%
94017900 OUTROS ASSENTOS C/ARMACAO DE METAL
52,2% 105,5%
12,8%
94018000 OUTROS ASSENTOS
41,2% 159,6%
-23,2% -2,9%
94019010 PARTES P/ASSENTOS,DE MADEIRA
-
94019090 PARTES P/ASSENTOS,DE OUTRAS MATERIAS
55,2%
87,4%
28,6% -6,2%
94031000 MOVEIS DE METAL P/ESCRITORIOS
17,4%
44,2%
-4,4% -61,6%
94032000 OUTROS MOVEIS DE METAL
16,0%
45,7%
-7,7% -23,1%
94033000 MOVEIS DE MADEIRA P/ESCRITORIOS
29,3%
51,8%
10,2% 13,6%
94034000 MOVEIS DE MADEIRA P/COZINHAS
34,0%
80,0%
-0,2% -14,1%
94035000 MOVEIS DE MADEIRA P/QUARTOS DE DORMIR
32,9% 114,7%
-17,7% 15,3%
94036000 OUTROS MOVEIS DE MADEIRA
22,7%
67,2%
-10,0% -23,0%
94037000 MOVEIS DE PLASTICOS
45,4% 157,4%
-17,9% -25,9%
94038000 MOVEIS DE OUTRAS MATERIAS,INCL.ROTIM,VIME,BAMBU,ETC.
31,1% 121,8%
-22,5% -51,7%
94039010 PARTES P/MOVEIS,DE MADEIRA
-
94039090 PARTES P/MOVEIS,DE OUTRAS MATERIAS
73,7% 201,3%
94042100 COLCHOES DE BORRACHA/PLASTICOS ALVEOLARES MESMO ROCOB
13,0%
14,9%
11,2% 63,3%
94042900 COLCHOES DE OUTRAS MATERIAS
15,9%
25,5%
7,0% -57,1%
Total
33,9%
66,0%
8,0% -3,7%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
77
74,0%
-
-
-5,3% -20,3%
-
-
4,8%
62,5%
-6,4%
0,1% -30,7%
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
7.1 Destino das exportações e origem das importações brasileiras de madeira e de móveis
A tabela 40 traz a evolução do valor e das participações das exportações brasileiras de
madeira para o Mercosul, Nafta, Aladi, União Européia e para o resto do mundo. Nota-se que
durante todo o período analisado as exportações brasileiras de madeira para o Nafta e para a
União Européia totalizaram mais de 50%, sendo que em 2001, 63% das exportações foram
para estas duas regiões. É interessante notar que para o Mercosul as exportações de madeira
não ultrapassaram 5%, durante todo o período analisado.
78
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Tabela 40. Evolução das exportações, importações e saldo de madeira do Brasil e
participação (%)
em milhões US$ nominais
Bloco econômico
1989
1995
1997
2000
2001
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
3,69
1,1%
24,45
3,2%
77,68 23,8% 192,36 25,4%
1,15
0,4%
11,22
1,0%
52,48
5,0%
44,99
4,7%
37,84
3,9%
232,72 30,0%
311,21
32,3%
324,57
33,7%
1,4%
14,14
1,5%
25,65
2,7%
231,38 29,9%
294,21
30,5%
279,44
29,0%
8,1%
76,39
7,9%
79,63
8,3%
1,5%
89,11 27,3% 250,95 33,2%
3,18
38,43
10,64
6,9%
63,04
Resto do mundo
151,06 46,4% 225,26 29,8%
198,38 25,6%
222,25
23,1%
216,33
22,5%
Total
325,87 100% 756,73 100%
774,60 100%
963,19 100%
963,47
100%
Importação
Mercosul
15,16 93,1%
35,97 84,6%
54,95 64,9%
22,74
70,6%
3,0%
1,11
2,4%
0,68
2,1%
0,26
1,6%
0,24
Aladi
0,85
5,2%
5,18 12,2%
15,43 18,2%
6,95
14,7%
1,87
5,8%
União Européia
0,01
0,0%
0,81
1,9%
10,83 12,8%
6,82
14,4%
6,69
20,8%
Ásia
0,00
0,0%
0,02
0,1%
0,49
0,6%
0,49
1,0%
0,06
0,2%
Resto do mundo
0,00
0,0%
0,28
0,7%
0,41
0,5%
0,14
0,3%
0,16
0,5%
100%
16,28 100%
2,51
67,2%
Nafta
Total
0,6%
31,76
42,50 100%
84,62 100%
47,27 100%
32,20
Saldo comercial
Mercosul
-11,47
-11,52
-16,52
13,23
15,10
Nafta
77,42
192,12
230,21
310,09
323,89
Aladi
0,30
6,04
-4,79
7,19
23,78
União Européia
89,10
250,14
220,55
287,39
272,75
Ásia
3,18
52,46
62,55
75,91
79,57
151,06
224,98
197,98
222,11
216,17
309,60
714,23
689,98
915,92
931,27
Resto do mundo
Total
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
Os dados mostram que o Brasil está ficando cada vez mais dependente do comércio de
madeira com o Nafta e a União Européia, diminuindo o comércio com outros países (Resto do
Mundo) de aproximadamente 50% para menos de 25%. Isto indica o estreitamento das
relações entre o país e um pequeno número de parceiros comerciais. O principal produto
exportado (4407) é praticamente comercializado com estes dois blocos de países, enquanto o
segundo grupo de produtos mais importante (4412) é comercializado principalmente com
outros países (mais de 40% das exportações vai para Resto do Mundo). O crescimento das
importações de madeira chinesas, em função do aumento de sua produção e exportação de
79
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
móveis, pode representar possibilidades de expansão das exportações brasileiras de madeira
(serrada, compensado e painéis) para este país.
Percebe-se que as importações brasileiras de madeira têm três origens principais: Mercosul
(que representou 71% das importações em 2001 e durante todo o período foi o maior
exportador de madeira para o Brasil), Aladi e União Européia. Não se deve esquecer, contudo,
que o saldo das exportações brasileiras de madeira sempre foram positivos durante o período
analisado.
O Anexo IV traz a evolução do valor e das participações das exportações brasileiras de
madeira para o Mercosul, Nafta, Aladi, União Européia e para o resto do mundo por tipo de
produto a 4 dígitos do Sistema Harmonizado (4407, 4410, 4411 e 4412).
Em relação ao destino das exportações de móveis, nota-se pela tabela 41 que a partir de 1989
as exportações para o Mercosul passaram de 7% das exportações totais para 19%, ou seja,
houve um crescimento da participação das exportações para este mercado. Para o Nafta,
embora a participação ainda seja importante (35% em 2001), elas se reduziram em relação à
1989 (quando representavam 55% das exportações de móveis). Para a União Européia, as
exportações tiveram crescimento até 1997 (quando chegaram a representar 44% do total),
tendo declinado a partir deste período, totalizando 27% do total exportado em 2001.
80
ECCIB
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Tabela 41 Evolução das exportações, importações e saldo de móveis participação (%)
(em milhões US$ nominais)
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
1995
1997
2000
3,44
7,2%
41,14 12,9%
67,73 18,5% 111,31 22,8%
25,80 54,2%
75,89 23,8%
67,71 18,5% 122,97 25,2%
1,83
3,8%
6,05
1,9%
11,07 3,0%
10,01
2,0%
8,20 17,2% 138,99 43,7% 162,05 44,2% 172,11 35,2%
0,15
0,3%
2,39
0,7%
1,06
0,3%
1,86
0,4%
8,17 17,2%
53,93 16,9%
56,71 15,5%
70,57 14,4%
47,59 100% 318,38 100% 366,33 100% 488,83 100%
1,15 27,6%
0,60 14,3%
0,00
0,0%
0,37
9,0%
0,50 11,9%
1,55 37,2%
4,17 100%
2,29
25,20
1,83
7,82
-0,34
6,62
43,42
20,86 23,9%
27,93 16,1%
9,19
6,4%
21,02 24,1%
59,70 34,4%
47,04 32,8%
0,14
0,2%
1,24
0,7%
0,34
0,2%
30,74 35,2%
66,88 38,5%
71,34 49,7%
5,83
6,7%
10,28 5,9%
8,80
6,1%
8,72 10,0%
7,47
4,3%
6,77
4,7%
87,31 100% 173,50 100% 143,46 100%
20,28
54,87
5,90
108,25
-3,44
45,21
231,07
39,80
8,02
9,83
95,17
-9,23
49,23
192,82
102,12
75,93
9,67
100,77
-6,93
63,81
345,36
2001
91,17
166,85
15,55
131,49
1,71
77,51
484,28
18,8%
34,5%
3,2%
27,2%
0,4%
16,0%
100%
6,50
43,67
0,04
72,78
9,09
6,08
138,16
4,7%
31,6%
0,0%
52,7%
6,6%
4,4%
100%
84,67
123,18
15,51
58,71
-7,38
71,44
346,12
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
Quanto às importações de móveis feitas pelo Brasil, nota-se que a participação do Mercosul
cai bastante (em 2001 representaram apenas 4,7%), crescendo a participação do Nafta (31,6%
em 2001) e da União Européia (52,7% em 2001).
O anexo V traz a evolução do comércio internacional de móveis por seção do Sistema
Harmonizado a 4 dígitos por blocos econômicos.
81
ECCIB
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7.2 Potencial de crescimento das exportações brasileiras de móveis
No que se refere ao potencial de expansão das exportações, Gorini (1998) afirma o seguinte:
•
quanto à América Latina, há um grande potencial de crescimento das
exportações
brasileiras,
principalmente
considerando-se
a
proximidade
geográfica14 e a vantagem competitiva da indústria brasileira, pois a maioria dos
países tem desvantagem tecnológica em relação ao Brasil. Além disso, estes a
países não apresentam restrições ambientais;
•
a possibilidade de crescimento das exportações brasileiras para a Europa fica
restrita aos móveis de madeira de reflorestamento e a outros tipos de móveis
(metal, madeira aglomerada, bambu, vime, junco e estofados), devido às
restrições ambientais lá existentes;
•
no que se refere aos EUA, a dimensão de seu mercado interno, o baixo volume
relativo das exportações brasileiras para este país, a proximidade geográfica e o
fato das restrições de caráter ambiental serem inferiores às européias, tornam os
EUA um parceiro de potencial muito grande para a exportação de móveis;
•
no caso do Japão e do Sudeste Asiático, há pouca probabilidade do Brasil
desfrutar de uma posição competitiva tão forte quanto Taiwan, Tailândia,
Cingapura e China, devido à posição geográfica destes países.
14
A autora ressalta que os seguintes países da América Latina poderiam ser alvos das exportações brasileiras:
Venezuela, Chile, e os países da região do Caribe: Martinica, Guadalupe e Porto Rico.
82
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
8. BARREIRAS COMERCIAIS, NORMAS E REGULAMENTOS, POLÍTICAS
FLORESTAIS,
BARREIRAS
DE
MERCADO
E
CERTIFICAÇÃO
VOLUNTÁRIA
Para protegerem seus produtores domésticos, os países utilizam vários mecanismos
visando dificultar o acesso aos seus mercados, denominados barreiras comerciais.
Contudo, nem todas as restrições ao comércio entre países são barreiras passíveis de
negociações tanto no âmbito da OMC como nas negociações de livre comércio.
É importante diferenciar as barreiras passíveis de negociação nos acordos de comércio e
na própria OMC daquelas impostas como restrição dos próprios consumidores, como
por exemplo, a exigência de móveis fabricados com madeira certificada. Neste caso,
embora os requisitos possam tornar-se um impedimento ao comércio, eles não entram
na pauta de negociações entre os países, já que é uma restrição do mercado, imposta
pelos consumidores.
Conforme Barbosa (2001) não existe uma definição precisa para barreira comercial. Em
geral, ela pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou
prática governamental que restrinja ou distorça o comércio internacional. No tocante às
barreiras relativas ao comércio de bens, são apresentados os principais entraves
relativos aos três grupos mais comuns citados pelo autor:
•
Barreiras Tarifárias: tarifas de importação, outras taxas e valoração
aduaneira.
•
Barreiras Não-Tarifárias: restrições quantitativas, licenciamento de
importações, procedimentos alfandegários, medidas antidumping e
compensatórias.
•
Barreiras Técnicas: normas e regulamentos técnicos, regulamentos
sanitários, fitossanitários e de saúde animal.
Com a tendência de redução de tarifas de importação decorrentes dos acordos mundiais
de comércio, cresce o uso e a importância das barreiras não tarifárias pelos países como
forma de dificultar as importações. As barreiras não tarifárias são mais difíceis de serem
83
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
questionadas perante os organismos internacionais de comércio, principalmente pela
dificuldade no seu entendimento e comprovação.
Segundo a Organização Mundial do Comércio15 , as barreiras não tarifárias envolvem
impedimentos ao comércio, tais como: normas e regulamentos técnicos, licenças de
importação, inspeção pré-embarque e regras de origem.
Conforme o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Inmetro), a definição de barreiras técnicas à exportação, conforme as regras estipuladas
pela OMC, é16 :
“Barreiras Técnicas às Exportações são barreiras comerciais derivadas da
utilização de normas ou regulamentos técnicos não transparentes ou que não se
baseiam em normas internacionalmente aceitas ou, ainda, decorrentes da
adoção de procedimentos de avaliação da conformidade não transparentes e/ou
demasiadamente dispendiosos, bem como de inspeções excessivamente
rigorosas”
As normas e regulamentos aplicados igualmente aos produtos produzidos nos mercados
locais e aos importados, não se constituem em barreira técnica per se. Elas tornam-se
barreiras técnicas quando há ausência de transparência das normas ou regulamentos
aplicados, pela imposição de procedimentos morosos ou dispendiosos para a avaliação
da conformidade; ou em decorrência de regulamentos excessivamente rigorosos
impostos pela legislação estrangeira ( Inmetro, 2002).
15
http://wto.org/english/thewto_e/whatis_e/tif_e/agrm8_6.htm
16
É importante observar a diferença existente entre normas e regulamentos: ambos estabelecem as
características de um produto ou processo a ele relacionado, mas o cumprimento dos regulamentos é
compulsório (os produtos que não estiverem de acordo com os regulamentos não podem ser vendidos),
enquanto o das normas é voluntário (não impedem que o produto seja comercializado). Os regulamentos
são estabelecidos pelos governos para assegurar garantia da segurança e saúde dos consumidores;
proteção dos consumidores contra práticas comerciais enganosas e compra inadvertida de produtos
inadequados ao uso; proteção ao meio-ambiente. As normas são elaboradas por entidades privadas (no
Brasil a ABNT), e embora tenham caráter de adesão voluntária, dificultam a entrada no produto no
mercado que não atendam as características estipuladas. (Inmetro, 2002).
84
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Em determinadas situações, mesmo que o regulamento seja atendido pelas empresas
locais, ele pode ser questionado se não for legítimo, ou seja, se apresentar restrições
desnecessárias e criar barreiras à entrada de produtos importados. É neste contexto de
barreiras técnicas que devem ser analisadas as normas e regulamentos aplicados e
enfrentados pelo Brasil.
O Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (Agreement on Technical Barriers to
Trade), da OMC, determina que cada país tenha seu “ponto focal” sobre
regulamentações e normas técnicas, com informações sobre novas exigências técnicas
referentes aos produtos. Os pontos focais dos diversos países recebem as informações
da OMC enviadas pelos demais países e as disponibiliza para os exportadores. No
Brasil, o ponto focal da OMC (TBT) é o Inmetro (vinculado ao MDIC), que além de
divulgar as normas e regulamentos, pode obter as mesmas para países de interesse
específico dos exportadores.
Em relação às barreiras tarifárias impostas pelos países, é importante salientar que
existem alguns sistemas preferenciais vigentes entre determinados países que alteram as
tarifas gerais para tarifas específicas entre eles. Dentre estes sistemas, destacam-se:
Sistema Geral de Preferência (SGP): foi criado em 1970, no âmbito da Conferência das
Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e permite aos países
desenvolvidos conceder isenção ou redução do imposto de importação sobre
determinados produtos dos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. É uma
concessão unilateral de concessões tarifárias dos países desenvolvidos aos países em
desenvolvimento, não requerendo reciprocidade.
Deve-se salientar que em algumas situações o SGP é usado como instrumento político
de pressão sobre os países que dele se beneficiam, e é aplicado de forma
discriminatória, prejudicando as exportações dos demais países, contrariando o
85
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
princípio da não reciprocidade 17 . Neste caso, acaba tornando-se uma barreira aos países
excluídos do SGP.
Os países outorgantes do benefício costumam exigir a comprovação da nacionalidade
dos produtos importados, de modo a evitar fraudes, e adotam os regimes de origem, que
são importantes para habilitar ao benefício preferencial aqueles bens que foram
produzidos no país beneficiário, a partir de insumos e componentes importados, e que
não são produtos totalmente obtidos no país beneficiário.
Alguns países, como os Estados Unidos, adotam como regra uma porcentagem mínima
de componentes nacionais presentes no produto final para que o país possa usufruir do
tratamento preferencial. Neste país a soma do valor dos componentes inteiramente
produzidos no país beneficiário e dos custos diretos das operações de processamento do
produto não pode ser inferior a 35% do preço “ex-fabrica” do bem final a ser exportado
sob o regime de preferências. Também nos Estados Unidos a decisão sobre a inclusão
do país beneficiário no SGP, ou sua retirada do mesmo depende de escolha do
Congresso Americano.
Nação Mais Favorecida (MFN): conforme o Princípio da Nação Mais Favorecida (Most
Favorated Nation - MFN) acordado na OMC, a menor tarifa aplicada a determinado
país signatário da OMC deve ser estendida aos demais participantes, enquanto aos não
participantes (Non Most Favorated Nation - NMFN) pode ser aplicada uma tarifa
maior.
8.1 Normas técnicas e regulamentos para a cadeia produtiva de madeira e móveis
As normas técnicas legítimas, de caráter voluntário, contribuem para a padronização
dos produtos, aumento da qualidade e maior aceitação dos produtos nos mercados
locais e internacionais. Em BRASIL (2002) nota-se que de forma geral os produtores de
móveis salientam a necessidade de normas técnicas nacionais para os produtos da
17
Como exemplo cita-se a exclusão do açúcar brasileiro do SGP dos Estados Unidos, porque
ultrapassaram o teto máximo das cotas de exportação para aquele país (exclusão automática). Contudo, as
Filipinas, concorrentes do Brasil, que igualmente ultrapassaram as cotas de exportação, não perderam a
isenção tarifária.
86
ECCIB
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cadeia. Conforme o Inmetro, existem atualmente 111 normas técnicas da ABNT para
madeiras e 85 para móveis.18
A falta de normas técnicas também foi apontada pelos representantes do setor
moveleiro no Workshop “A Cadeia Produtiva Moveleira Paulista”, realizado em São
Paulo, no IPT, em maio de 2002. Na ocasião, conforme representante da ABNT, o
acervo do CB15 conta atualmente com 40 normas finalizadas, sendo que as normas para
móveis escolares estão prontas, e as para móveis de escritório estão em estado
avançado, havendo necessidade de maior aprofundamento das normas para colchões.
Foi ressaltada a importância da participação do setor privado na elaboração das normas.
Em consulta à ABIMOVEL não foram constatadas barreiras técnicas impostas às
exportações brasileiras de móveis. Conforme o Inmetro, o ponto focal brasileiro de
barreiras técnicas às exportações disponibiliza vários serviços ao exportador, dentre eles
a consulta aos regulamentos técnicos existentes no país de destino. Em caso da
existência de eventual barreira técnica, o Inmetro tem o papel de analisar a denúncia e
tomar as providências cabíveis junto à OMC.
8.2 Políticas e regras comerciais que afetam a competitividade da cadeia produtiva
Embora não sejam consideradas barreiras ao comércio passíveis de negociações,
algumas políticas brasileiras e de outros países, bem como exigências dos consumidores
acabam a afetando a competitividade da cadeia produtiva brasileira.
Em relação às madeiras tropicais, os Estados Unidos, que são um importante mercado
importador deste produto, não impõem diretamente nenhuma barreira à entrada dessas
madeiras no país. Contudo, a opinião pública americana é bastante influenciada pela
associação direta bastante explorada entre as madeiras tropicais e a devastação da
floresta amazônica, o que acaba se transformando numa barreira à sua importação,
imposta pelos próprios consumidores.
18
No site http:www.inmetro.gov.br , em legislações, encontram-se as regulamentações técnicas nacionais
(de caráter compulsório) existentes para os diversos produtos.
87
ECCIB
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Especificamente em relação ao mogno, am abril de 1998 o Brasil solicitou a inclusão da
população brasileira de mogno no Anexo III da CITES (Comércio Internacional de
Espécies de Flora e Fauna Selvagem Ameaçadas de Extinção). Com isso, toda a
exploração de mogno em madeira serrada e laminados (a exportação de madeira em
toras já era proibida) passou a ser acompanhada de Licença de Exportação CITES,
emitida pelo IBAMA.
Desde 1990 o Governo brasileiro, por medidas conservacionistas, já havia estabelecido
o contingenciamento das exportações brasileiras de mogno, tendo reduzido as
exportações de 150 mil metros cúbicos em 1990 para 62 mil em 1999. Em 2000, a cota
de exportação estabelecido foi de 50 mil metros cúbicos.
Em 1996, o governo brasileiro suspendeu por dois anos a emissão de novas concessões
para exploração de mogno e de virola na região amazônica, sendo que a suspensão foi
renovada em 1998 e em 2000. Com esta medida em vigor, a comercialização de mogno
só é permitida em planos de manejo anteriores a 1996, dentro das cotas estabelecidas
pelo MMA. Certamente estas medidas afetam a produção e exportação deste produto, já
que mesmo dentro das boas práticas de manejo não se permitem novas explorações de
mogno.
Outro ponto importante a ser ressaltado é que a maioria dos países tem políticas
públicas florestais incentivando o aumento da produção de diversos tipos de madeiras, o
que tem contribuído para o aumento da oferta nestes países. Estas políticas de incentivo
podem alterar a competitividade da cadeia produtiva entre os países, já que a oferta de
matéria-prima é um gargalo importante da cadeia produtiva. O quadro a seguir traz as
principais políticas florestais em implementação em alguns países
88
ECCIB
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Quadro 2. Principais políticas públicas florestais em implementação em alguns países.
Continente
País
Brasil
Principais políticas
Leis 5.106/1.134: criadas nas décadas de 60/70, estabelecem sistemas de
incentivos fiscais para estimular as plantações florestais em grande escala. Esta
política vigorou de 1966 a 1987;
Programa Nacional de Florestas: criado em 2000 visando a expansão da base
florestal.
Regime de Promoção às Plantações Florestais: iniciado em 1992, bonifica os
custos diretos de plantio, podas e desbastes;
Plano de Desenvolvimento Florestal: criado em 1995, visa a produção de
florestas de alta qualidade;
Projeto Florestal de Desenvolvimento: criado em 1996, financia os
investimentos em plantações florestais em até 5 anos;
Argentina
Fundos: canaliza os fundos provenientes do sistema financeiro das atividades
florestais;
Lei 25.080 – Investimentos em Plantações Florestais: aprovada em 1998 visando
a promoção de plantios, com a meta de 200.000ha/ano. Impulsiona o
estabelecimento de novas indústrias.
América Sul
Incentivos: garantia de estabilidade tributária por 30 anos, podendo estender-se
por 50 anos; isenção de Imposto Patrimonial sobre empreendimentos florestais;
regime especial de depreciação acelerada (60% no primeiro ano e 40% nos anos
seguintes).
Decreto no. 14.047: criação de um regime compensatório de investimento no
processamento e comercialização de produtos florestais provenientes de
florestas sem manejo, onde se estabelece formas de se obter compensação em
reflorestamento e florestas naturais e no enriquecimento de florestas naturais;
Lei 422: Lei Florestal: criada em 1973, estabelece incentivos fiscais para
plantações florestais;
Paraguai
Incentivos: Isenção de 50% no imposto imobiliário; liberação de outros
impostos vigentes ou novos e redução de 10% no imposto de renda gerado no
aproveitamento da madeira
Lei 15.939: criada em 1987. Estabelece o desenvolvimento sustentável do setor
florestal, uso racional de bosques nativos, proteção de cursos d’água, incremento
da base florestal com plantio de espécies de rápido crescimento e
desenvolvimento da indústria florestal.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; SBS, FAO, Abipa/2000
89
ECCIB
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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; SBS, FAO, Abipa/2000
Quadro 2 Principais políticas públicas florestais em implementação em alguns países continuação
Continente
País
Principais políticas
Benefícios tributários: florestas plantadas e de proteção definidas no arcabouço
legal (Lei no. 15.939/87) são isentas de todos os tributos nacionais e
departamentais.
Subsídios que beneficiam os titulares de florestas plantadas, dependendo do seu
porte, alcançando o montante de até 50% dos custos fixos da atividade, até o
quarto ano de manutenção.
Uruguai
América Sul
Linhas de crédito de até 80% do investimento total, com taxas de juros
promocionais de acordo com o porte do investimento. Incentivos: bônus de 50%
sobre o custo do plantio no primeiro ano, linhas de crédito oficiais que subsidiam o
plantio de florestas com taxa “Libor” + 2% representando 80% do custo do
plantio, período de financiamento para Eucalyptus, 12 anos de carência de 10 anos,
e para Pinus, 15 anos com carência de 13 anos.
Isenção total de taxas aduaneiras à importação de equipamentos, máquinas e
implementos para a atividade florestal.
Decreto lei 701: criado em 1974 e modificado em 1979. É um instrumento
destinado a incentivar o desenvolvimento do setor florestal por um período de 20
anos (terminou em 1994). Estabelece a bonificação de 75% dos custos de plantio e
manutenção;
Chile
Lei 19.561: modifica o Decreto 701. Objetiva incentivar a plantação florestal em
pequenas propriedades rurais e recuperar áreas degradadas;
Incentivos: desoneração fiscal de 50% sobre o faturamento bruto da empresa no
respectivo ano de colheita e isenção do imposto territorial.
México
Estados
Unidos
América do
Norte
Isenções tributárias a partir de 1992 com a nova Lei Agrária.
As leis votadas em 1990 favorecem o estabelecimento de novos plantios como
maneira compensatória dos efeitos das emissões de dióxido de carbono na
atmosfera.
“Multiple Use Act”, de 1960, que determina o sistema de concessões florestais até
hoje vigente.
Canadá
As florestas são exploradas pelo setor privado através de um sistema de
licenciamento, em que os detentores das licenças são responsáveis pela
regeneração das mesmas e o cumprimento de normas relativas à proteção florestal,
ao meio ambiente e a eliminação de resíduos (Política de elevação gradual de
preços de matéria-prima).
90
ECCIB
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Quadro 2 Principais políticas públicas florestais em implementação em alguns países continuação
Continente
Europa
País
Principais políticas
CEE
Mecanismos específicos de incentivo financeiro e tributário para várias regiões,
com objetivos diversos (Ambientais, Sociais e Econômicos).
França
Implantação de novos projetos (MDF, OSB, etc.) com suporte financeiro do
Estado, a taxas de juros promocionais.
Itália
Não há nenhum mecanismo de estímulo à atividade a não ser os prédeterminados pela Comunidade Européia
Suécia
GrãBretanha
Espanha
Indonésia
Ásia
Malásia
China
Austrália
Sistemática de preços pré-estipulada adotada pela indústria florestal.
Parametrização de preços em função da rentabilidade regional.
Divisão do estado em Comunidades Autônomas (Constituição Espanhola de
1978), que podem assumir competências em matéria de florestas e recursos
naturais, ordenando seu território para efeito de proteção ambiental.
Andaluzia: isenção total tributária de impostos rurais, Catalunha: Reposição
florestal obrigatória em áreas pré-selecionadas.
Sistema de concessões florestais.
Algumas espécies, como a Teca, recebem incentivo específico por parte do
governo, desde 1964, como linhas de financiamento altamente subsidiadas para
implantação em áreas pré-determinadas.
Em 1985, o Governo estabeleceu um programa de plantios de florestas
homogêneas, com meta de implantar 4,4 milhões de hectares nos próximos 15
anos. O suporte financeiro é proveniente das contribuições das concessões
florestais de áreas tropicais. É baseado numa taxação de US$ 10,00/m3 de
madeira retirada das concessões florestais tropicais, outorgadas mais uma taxa
de reflorestamento (Stamp Tax) de US$ 6,00/m3, perfazendo um total de US$
16,00 por m3. Implantação de cerca de 260.000 ha/ano de florestas é o resultado
deste programa.
Inserção da questão florestal nos programas de migração interna, onde cada
família recebe uma área florestal de 0,25ha e incentivo à utilização de florestas
de rápido crescimento por pequenos proprietários.
Tentativas de atração de capital japonês, principalmente via incentivos fiscais na
área florestal, através de mecanismos de compensação tributária.
Mecanismos de compensação de emissão de CO2 tem sido discutidos, porém
sem resultados concretos.
A partir do Código Florestal de 1954, pouco se avançou em termos de
mecanismos financeiros efetios na consecução do industrial Máster Plan on the
Wood Base Industry (IMPWBI), quer seja por meio de incentivos fiscais e
tributários ou até mesmo financeiros.
Apoio governamental na implantação de reflorestamento por cooperativas
(doação de sementes e insumos para 50 milhões de agricultores e cerca de
175.000 cooperativas para implantação de florestas).
Não há nenhum mecanismo de estimulo à atividade florestal em nível federal.
Agências estaduais oferecem estímulos diversos, como a Agência de Victoria.
Queensland e Weslern Austrália , que fornecem estímulos tributários e plantios
florestais com performances satisfatórias.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; SBS, FAO, Abipa/2000
91
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
8.3 Certificações voluntárias
As pressões exercidas por grupos de ambientalistas e de compradores dos países
desenvolvidos – especialmente Europa e Estados Unidos – que passam cada vez mais a
requerer móveis de madeira fabricados com certificação do manejo florestal sustentável
e origem da matéria-prima podem representar uma barreira comercial importante aos
produtos exportados.
Conforme salientado anteriormente, embora esta exigência seja do mercado consumidor
- não sendo enquadrada no conceito de barreira não tarifária – ela afeta a
competitividade da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, sendo um gargalo
importante a ser vencido. Portanto, a certificação florestal torna-se um importante fator
de competitividade e não somente possibilita a entrada do produto nacional em
mercados que valorizam os produtos ambientalmente corretos, como evita perdas de
mercados já conquistados pela falta da mesma.
O processo de certificação florestal implica em custos que inicialmente podem reduzir a
competitividade do produto, compensados pelo aumento de qualidade e conquista de
novos mercados. É importante ressaltar que a certificação florestal é um processo
voluntário, que está ligado à garantia e à credibilidade do produto.
No comércio internacional já existem vários sistemas de certificação florestal operando
e competindo entre si19 . É muito importante que os sistemas nacionais de certificação
tenham o reconhecimento dos demais países, reduzindo os custos envolvidos no
processo de certificação feito por um sistema internacional.
No Brasil está sendo desenvolvido o Sistema de Certificação Florestal Brasileiro
Cerflor – um programa de certificação nacional voluntário – seguindo os princípios
internacionalmente aceitos visando acordos de reconhecimento mútuo.
19
Forest Stewardship Council (FSC); Pan-Europeu (PEFSC); além de sistemas nacionais.
92
ECCIB
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O Cerflor atualmente conta com cinco normas elaboradas pela Comissão Especial de
Estudos Temporária da ABNT (manejo de plantações florestais, cadeia de custódia e
três normas para auditoria estão prontas). Já passaram pelo processo de consulta pública
(encerrado em dezembro 2001) e foram publicadas pela ABNT em fevereiro de 2002,
estando disponíveis para venda. A norma de manejo de florestas nativas está em
elaboração, sendo que desde junho de 2002 estão sendo realizados testes pilotos da
norma (em Sinop/MT) para verificar sua aplicabilidade em campo, para futura análise e
validação.
No âmbito do INMETRO, que faz as regras internas para credenciamento de
organismos certificadores e uso da marca indicativa, o grupo de trabalho da
Subcomissão Técnica de Certificação Florestal finalizou o regimento interno de
credenciamento de organismos certificadores restando, agora, sua aprovação pelo
Comitê Brasileiro de Certificação.
O regulamento sobre as porcentagens de material certificado no produto e o uso da
marca indicativa está em elaboração pelo grupo de trabalho.
93
ECCIB
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8.4 Barreiras tarifárias impostas pelo Brasil aos demais países
As tarifas impostas pelo Brasil seguem a tarifa externa comum do Mercosul (TEC),
sendo que para os países do Mercosul as tarifas são nulas. A estrutura tarifária da TEC é
bastante simplificada quando comparada à dos demais países, já que de forma geral
existe somente uma linha tarifária para cada Seção do Sistema Harmonizado (todas as
alíquotas a 8 dígitos são iguais dentro da mesma seção). A única exceção é para os itens
940110.10 e 940110.90, da seção 9401, que têm alíquotas de 18%, enquanto as demais
posições desta seção têm alíquota 19,5%.
Tabela 42. Evolução das tarifas impostas pelo Brasil para os produtos da Cadeia
Madeira e Móveis
Posição SH
Imposto Importação (Ad Valorem) %
1997
1998
1999
2000
2001
2002
4407
9.0
9.0
9.0
9.0
8.5
7.5
4410
13
13
13
13
12.5
11.5
4411
13
13
13
13
12.5
11.5
4412
13
13
13
13
12.5
11.5
21
21
21
21
18
18
21
21
21
21
20.5
19.5
9403
21
21
21
21
20.5
19.5
9404.2
21
21
21
21
20.5
19.5
9401
94011010
94011090
Demais
posições
Fonte: http: www.mdic.gov.br
Nota-se que entre 1997 e 2000 as tarifas mantiveram-se constantes. Em 2001 todas as
tarifas reduziram-se 0,5 pontos percentuais (com exceção dos itens 94011010
e
94011090, cujas reduções foram de 3 pontos percentuais), e em 2002 houve nova
redução de mais um ponto percentual para todas as tarifas (exceção novamente para
94011010 e 94011090, cujas tarifas mantiveram-se iguais a 2001).
94
ECCIB
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A redução das tarifas entre 2000 e 2001 de 0.5 pontos percentuais tiveram pouco efeito
sobre as importações totais da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, que se reduziram
neste período. Em 2000, as importações totais foram de US$190,73 milhões de dólares,
e em 2001 elas diminuíram para US$170,36 milhões de dólares (neste período as
importações de móveis reduziram-se 3,7% e as de madeira aproximadamente 32%).
Provavelmente, o efeito da desvalorização da moeda brasileira teve um impacto
negativo de maior proporção sobre as importações do que a redução das tarifas.
95
ECCIB
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8.5 Barreiras tarifárias impostas ao BRASIL pelos ESTADOS UNIDOS,
MÉXICO, CANADÁ E UNIÃO EUROPÉIA
A seguir, procura-se identificar as principais barreiras tarifárias para os segmentos de
madeira e de móveis, impostas pelos Estados Unidos, Canadá e México e União
Européia. Diferentemente do Brasil, que impõe tarifa única para todos os produtos da
mesma seção do Sistema Harmonizado a 8 dígitos, os demais países têm, para alguns
segmentos, tarifas variáveis a 8 dígitos do Sistema Harmonizado. Além disso, para
alguns produtos, existem vários sistemas preferenciais entre determinados países que
estabelecem tarifas diferenciadas em relação às praticadas para os demais países. De
forma geral os sistemas de preferência existentes são os seguintes:
96
ECCIB
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Quadro 3. Barreiras tarifárias: principais acordos preferenciais existentes
Estados Unidos
Canadá
União Européia
•
Áreas livre comércio com Canadá, México e Israel;
•
Países do Caribe;
•
Países do Pacto Andino;
•
Países da África;
•
Tratado anti-drogas: Bolívia, Equador, Colômbia e Perú;
•
Países GSP: é necessário verificar relação dos países
beneficiários
(países
em
desenvolvimento
e
subdesenvolvidos). Para alguns itens o Brasil é beneficiário,
para outros não.
•
UST: United States Tariff;
•
MT: Mexico Tariff;
•
MUST: Mexico-United States Tariff;
•
CT: Chile Tariff;
•
CIAT: Canada-Israel Agreement Tariff;
•
GPT: General Preference Tariff (Brasil incluído sem exceção);
•
LDCT: Least Developed Country Tariff;
•
CCCT: Commonwealth Caribbean Countries Tariff;
•
AUT: Australia Tariff;
•
NZT: New Zealand Tariff.
•
Países do Caribe;
•
Países da África (Tratado de Lomé);
•
LDC: Least Developed Country;
•
Países GSP: países em desenvolvimento: para alguns itens o
Brasil é beneficiário, para outros não.
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base
of the Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
97
ECCIB
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O Brasil, na sua condição de país em desenvolvimento, goza de algumas tarifas
preferenciais para certos produtos. Contudo, não há uma regra clara em relação à
inclusão do país nos Sistemas Gerais de Preferências (SGP). Os casos mais
interessantes são as tarifas para madeira compensada aplicada pelos Estados Unidos:
além de variarem a 8 dígitos, para alguns produtos inclui-se o Brasil no SGP e em
outros o Brasil é excluído.
O detalhamento das tarifas por produto do Sistema Harmonizado 8 dígitos impostas
pelos Estados Unidos, Canadá, México e União Européia, bem como os detalhes sobre
os acordos preferenciais para cada produto estão no Anexo VI.
A seguir, apresentam-se as tarifas médias de importação impostas pelos referidos países
para cada posição a 4 dígitos do Sistema Harmonizado. As médias simples20 foram
calculadas para as diferentes tarifas existentes a 8 dígitos, sendo apresentadas nas
tabelas a tarifa mínima, a máxima, a média, o desvio padrão e a existência de acordos
preferenciais com o Brasil.
20
A média simples é a usualmente calculada nos trabalhos sobre tarifas. A ponderação por volume
exportado pode resultar numa tarifa média reduzida numa situação de tarifa alta e pequeno volume
exportado (que pode ser pequeno justamente pela tarifa alta).
98
ECCIB
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Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 4407
MADEIRA SERRADA OU FENDIDA LONGITUDINALMENTE. CORTADA EM FOLHAS
OU DESENROLADA. MESMO APLAINADA. POLIDA OU UNIDA PELAS EXTREMIDADES
DE ESPESSURA SUPERIOR A 6mm
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
0.0
0.0
0.0
0.0
Não
8
México
16.2
13
18
2.5
Não
19
Canadá
0.0
0.0
0.0
0.0
Não
8
UE
0.7
0.0
2.5
1.1
Sim (T.Média = 0.0)
34
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base
of the Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
Nota-se que os Estados Unidos e o Canadá não impõem tarifas às importações de madeira
serrada (4407), que responderam em 2001 por aproximadamente 55% das exportações
brasileiras de madeira para móveis. A União Européia, embora aplique uma tarifa média de
0,7% aos produtos da posição 4407, inclui o Brasil no Sistema Geral de Preferência (país em
desenvolvimento), que tem tarifa zero.
O México, por sua vez, impõe uma tarifa média de 16,2% aos produtos da posição 4407,
tarifa bem mais alta do que à imposta pelo Brasil (7,5%) aos produtos mexicanos. Portanto,
percebe-se que acordos com a União Européia não aumentariam as exportações brasileiras de
madeira serrada (já que a alíquota já está zerada), e em relação à Alca, o segmento de madeira
serrada teria vantagens de redução de tarifas apenas com o México.
O principal produto da posição 4407 exportado para o Nafta em 2001 foi o 44071000
(madeira serrada de coníferas), cujas exportações em 2001 foram da ordem de US$165,8
milhões. O segundo mais exportado foi o 44072410 (madeira serrada de mogno), com total de
US$15 milhões em 2001. Para a União Européia, os principais produtos exportados foram
44079990 (Outras madeiras serradas), com valor de US$105,6 milhões, seguida de 44071000
(madeira serrada de coníferas), no total de US$19,7 milhões em 2001.
99
ECCIB
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Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 4410
PAINÉIS DE PARTÍCULAS E PAINÉIS SEMELHANTES (POR EX. PAINÉIS DENOMINADOS
“ORIENTED STRAND BOARD” E PAINÉIS DENOMINADOS “WAFERBOARD”). DE MADEIRA
OU DE OUTRAS MATÉRIAS LENHOSAS. MESMO AGLOMERADAS COM RESINAS OU COM
OUTROS AGLUTINANTES ORGÂNICOS
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
0.0
0.0
0.0
0.0
Não
3
México
22
18
23
2.2
Não
5
Canadá
1.3
0.0
2.5
1.4
Não
4
UE
7.0
7.0
7.0
0.0
Sim (T.Média =4.9)
7
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base of the
Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
Da mesma forma que o verificado para a seção anterior, os Estados Unidos não aplicam tarifa
para a posição 4410, e a tarifa média aplicada pelo Canadá é 1,3%, sendo que a máxima é
2,5%. A União Européia impõe tarifa mais elevada, mas para o Brasil existe acordo
preferencial que reduz a tarifa média para 4,9%. Novamente os maiores valores são para o
México (tarifa média de 22%). O Brasil, para a posição 4410, impõe tarifa às importações de
11,5%.
As nossas exportações de aglomerado em 2001 foram da ordem de US$12,7 milhões,
correspondendo a 1,3% das exportações de madeira para móveis. Conforme a tabela 27, notase que a produção é voltada ao mercado doméstico, já que está praticamente equilibrada ao
consumo. Como a demanda interna vem crescendo a taxas elevadas, não é provável haver
excesso de oferta, o que reduz as expectativas de grandes aumentos na exportação deste
produto.
Por outro lado, conforme BNDES (2002b), os preços internos deste produto vêm
apresentando tendência de queda devido ao aumento da oferta. Desta forma, a tarifa imposta
pelo Brasil, que eleva o preço do produto importado, parece não prejudicar a competitividade
100
ECCIB
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da cadeia produtiva de madeira e móveis (o setor moveleiro é o grande consumidor deste
produto internamente).
Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 4411
PAINÉIS DE FIBRAS DE MADEIRA OU DE OUTRAS MATÉRIAS LENHOSAS. MESMO
AGLOMERADAS COM RESINAS OU COM OUTROS AGLUTINANTES ORGÂNICOS
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
0.8
0.0
6
2
Sim
13
México
18
18
18
0
Não
8
Canadá
0.7
0
6
2
Sim (T.Média = 0.0)
9
UE
7.0
7.0
7.0
0.0
Sim (T.Média = 4.9)
7
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base of the
Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
As tarifas médias impostas aos painéis de fibras (4411) pelos Estados Unidos e Canadá aos
produtos brasileiros são relativamente baixas. A tarifa máxima imposta pelos Estados Unidos
(6%) é para o item 44111940 (painéis de fibra com densidade acima de 0,8g/cm3 ), mas para
este item o Brasil está incluído no Sistema Geral de Preferências americano e goza de tarifa
zero. Para o Canadá o Brasil está também incluído no SGP e não é taxado em nenhum
produto desta seção.
A União Européia impõe tarifa média de 7%, sendo que para o Brasil a tarifa média aplicada é
4,9%. Novamente, os maiores ganhos seriam decorrentes de um acordo com o México, que
impõe tarifas para painéis bastante superiores que as do Brasil (11,5%). Da mesma forma que
o item anterior, a tendência de preços de painéis de média densidade (MDF) no mercado
interno, conforme o BNDES (2002b), é declinante devido ao aumento da oferta deste produto.
101
ECCIB
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Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 4412
MADEIRA COMPENSADA (CONTRAPLACADA). MADEIRA FOLHEADA. E MADEIRAS
ESTRATIFICADAS SEMELHANTES
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
4.0
0.0
8.0
3.7
Sim
36
México
20.7
18
23
2.6
Não
11
Canadá
4.6
0.0
9.5
3.0
Sim (T.Média = 2.3)
12
UE
7.9
6.0
10.0
1.9
Sim (T.Média = 5.6)
16
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base of the
Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
O sistema tarifário da seção 4412 (madeira compensada) é o mais complexo de todos. Para
Estados Unidos, Canadá e União Européia, além de existirem tarifas diferenciadas a 8 dígitos,
os sistemas gerais de preferência também apresentam tarifas distintas, e para alguns produtos
o Brasil é excluído. Maiores detalhes estão no Anexo VI.
As exportações brasileiras de compensado corresponderam, em 2001, a aproximadamente
35% das exportações de madeira da cadeia produtiva de madeira e móveis. Os itens desta
seção mais exportados (ver Anexo III) foram 44121900 (16,2% do total); 44121400 (11,1%
do total); 44121300 (4,7% do total) e 44129900 (4,4% do total). Para estes itens as tarifas
variam entre 0,0% a 8,0%, além de existirem diferentes sistemas gerais de preferência.
Contudo, mesmo a tarifa mais alta (8.0%) é menor que a imposta pelo Brasil. O México é o
país com a maior tarifa, e novamente poderia haver ganhos em acordos bilaterais com este
país.
102
ECCIB
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Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 9401
ASSENTOS (EXCETO OS DA POSIÇÃO 94.02). MESMO TRANSFORMÁVEIS EM CAMAS.
E SUAS PARTES
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
0.0
0.0
0.0
0.0
Não
25
México
16.1
3.0
18.0
4.3
Não
13
Canadá
5.3
0.0
15.5
5.0
Sim (T. Média = 3.3)
21
UE
1.1
0.0
5.6
1.8
Sim (T. Média = 1.1)
15
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base of the
Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
Os Estados Unidos, o maior importador de móveis do Brasil, não impõem tarifa aos produtos
da seção 9401 (assentos e suas partes), que representaram em 2001 aproximadamente 16%
das exportações brasileiras de móveis. O Canadá e a União Européia, embora tenham tarifas
para os produtos desta seção, incluem o Brasil nos sistemas gerais de preferência, reduzindoas para tarifas médias de 3,3% e 1,1%. O México, por sua vez, adota uma tarifa média de
16,1% (mais próxima da brasileira, de 19,5%). Novamente a redução da tarifa mexicana é a
que traria maiores impactos sobre as exportações do Brasil.
103
ECCIB
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Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 9403
OUTROS MÓVEIS E SUAS PARTES
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
0.0
0.0
0.0
0.0
Não
23
México
24.3
13.0
30
4.5
Não
16
Canadá
5.0
0.0
9.5
4.8
Sim (T. Média = 3.0)
13
UE
0.8
0.0
5.6
1.5
Sim (T. Média = 0.8)
24
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base of the
Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
As exportações brasileiras da posição 9403 (outros móveis e suas partes) representaram em
2001 aproximadamente 84% do valor das exportações brasileiras de móveis. Os Estados
Unidos não impõem tarifas a este segmento. As tarifas médias impostas ao Brasil pelo Canadá
e União Européia também são relativamente pequenas.
As tarifas mexicanas médias são maiores que as brasileiras. As maiores tarifas (30%) são
impostas aos itens 94031099 (móveis de metal para escritório); 94037099 (móveis de
plástico); 940380 (móveis de outros materiais, incluindo rotim, vime, etc.). As exportações
brasileiras destes produtos representam parcelas pequenas das exportações totais de móveis
(respectivamente 0,1%; 0,4%; 0,2%).
104
ECCIB
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Tarifas de Importação por Seção do Sistema Harmonizado
Seção 9404
COLCHÕES (9404.21 e 9404.29)
País/
Tarifa
Tarifa
Tarifa
Desvio
Acordos
No. de itens
Bloco
Média
Mínima
Máxima
Padrão
Preferenciais
a 8 dígitos
Brasil
EUA
4.0
3.0
6.0
1.7
Sim (T.Média = 1.0)
3
México
30.0
30.0
30.0
0.0
Não
3
Canadá
9.5
9.5
9.5
0.0
Sim (T.Média = 7.8)
2
UE
3.7
3.7
3.7
0.0
Não
4
Fonte: Trade Analysis System Information (TRAINS, CD-room version 6.0); Hemisferic Data Base of the
Americas; http://www.wcoomd.org/ie/index.html; http://www.ccra-adrc.gc.ca/menu-e.html.
Os colchões são os itens do segmento moveleiro cujas tarifas médias são as mais altas.
Embora as tarifas médias americanas sejam da ordem de 4,0%, o Brasil goza da tarifa
preferencial, que em média é de 1%. Para o Canadá a tarifa média enfrentada pelo Brasil é
7,8% (também está no sistema preferencial deste País), e na União Européia é de 3,7%. As
exportações para o México, por sua vez, são taxadas em 30%.
Em 2001, as exportações brasileiras de colchões tiveram participação de 0,2% (US$340mil)
nas exportações brasileiras de móveis, menor do que as do ano anterior, quando
representavam 0,3% (US$520mil). É interessante notar que da mesma forma reduziram-se as
importações entre 2000 e 2001: no primeiro ano foram de aproximadamente US$3 milhões
(2,3% das importações totais), e no ano seguinte foram de US$1,76 milhões (1,3%).
Nota-se, portanto, que com exceção do México, que impõe tarifas altas e maiores que a do
Brasil, os Estados Unidos, União Européia e Canadá impõem tarifas menores que a do Brasil
para todos os produtos analisados.
105
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
9. CONSEQÜÊNCIAS DAS DESGRAVAÇÕES TARIFÁRIAS
Ao analisar os possíveis impactos decorrentes de desgravações tarifárias e acordos de livre
comércio para o setor brasileiro de madeira e móveis, procurou-se avaliar separadamente as
barreiras enfrentadas pelo Brasil (não-tarifárias e tarifárias) que possam estar prejudicando
suas exportações, bem como aquelas impostas pelo país aos competidores externos.
Em relação às barreiras não-tarifárias encontradas pelo Brasil no mercado externo, é
interessante notar que não foram identificadas barreiras técnicas que se constituam em
dificuldades ou que estejam impedindo nossas exportações.
As exigências dos consumidores dos países desenvolvidos, que começam a requerer alguns
certificados ambientais e sociais, além dos fatores relacionados à qualidade do produto, são
restrições impostas pelo mercado, e apesar de afetarem as exportações brasileiras, não são
barreiras comerciais passíveis de negociações entre governos. Em relação a essa questão, já
existe uma conscientização de grande parte dos exportadores nacionais quanto à necessidade
de certificação de toda a cadeia produtiva num futuro próximo, sendo que as associações de
classe juntamente com órgãos do governo estão trabalhando para superar este gargalo.
Quanto às exportações de madeira serrada, as restrições existentes às exportações do mogno
brasileiro não advém de barreiras impostas pelos países importadores, mas sim da inclusão da
população brasileira de mogno no Anexo III da CITES (Comércio Internacional de Espécies
de Flora e Fauna Selvagem Ameaçadas de Extinção). Portanto, a dificuldade de exportação
deste produto é causada pela própria legislação ambiental brasileira e da necessidade de
licença do IBAMA, advinda do ingresso do Brasil na CITES.
Outro fator que afeta a competitividade do setor florestal brasileiro são as políticas florestais
diferenciadas entre os países, porém, esta questão não faz parte da agenda de discussões da
Alca ou acordos com a União Européia. Trata-se da definição de política brasileira voltada à
expansão da base florestal de forma a atender a demanda projetada para os próximos anos,
aproveitando as vantagens comparativas existentes na produção florestal nacional, e evitando
as importações dos países concorrentes (que receberam fortes incentivos nos últimos anos
para aumento da oferta de madeira).
Em relação às barreiras tarifárias (alíquotas de importação) impostas pelos Estados Unidos,
Canadá, e União Européia, verificou-se que estas são, tanto para madeira como para móveis,
107
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mais baixas que as praticadas pelo Brasil para os produtos daqueles países. O México, em
exceção, adota tarifas mais altas que as brasileiras (em média são da ordem 18% para madeira
e 23% para móveis). Desta forma, excluindo-se o mercado mexicano, as negociações da Alca
e da União Européia (com conseqüente redução das tarifas brasileiras impostas pelos setores
de madeira e móveis) provavelmente pouco beneficiariam as nossas exportações, porque o
Brasil já depara-se com tarifas baixas para a maioria dos produtos desta cadeia produtiva. Em
relação ao México, existem possíveis ganhos numa negociação bilateral (que iniciou-se para
diversos setores, incluindo o moveleiro), já que as tarifas impostas por este país são maiores
que as do Brasil.
Quanto aos impactos sobre as importações brasileiras de madeira e móveis decorrentes de
uma redução tarifária, eles são variados entre e dentro dos segmentos, pois existe uma
diferença grande de competitividade entre os vários segmentos que compõe a cadeia
produtiva.
No segmento de madeira serrada, o Brasil possui vantagens comparativas importantes na
produção de madeira de reflorestamento (escala de produção, possibilitada pela estrutura
fundiária brasileira, tecnologia, etc.). As importações deste segmento totalizaram em 2001
aproximadamente US$7 milhões, enquanto as exportações de madeira serrada foram da ordem
de US$532 milhões. A madeira canadense, com grande participação no comércio mundial,
provavelmente não chegaria ao país a preços competitivos devido aos custos de transporte. As
importações deste produto originam-se do Mercosul (80% em 2001), do Nafta (7%), da União
Européia (5,3%) e dos países da Aladi (5,3%). Provavelmente, a redução da tarifa brasileira
imposta às importações de madeira serrada (atualmente de 7,5%) não traria impactos
importantes sobre a importação deste produto, dado que as mesmas são em grande parte
oriundas do Mercosul, onde a oferta é abundante, e cujas importações já não são taxadas.
A indústria de painéis de madeira abrange todas as empresas produtoras de chapas
(aglomerados, chapas de fibra e de MDF). A indústria de MDF possui fábricas modernas,
altamente competitivas, cujos produtos têm qualidade reconhecida pelo mercado. São
provenientes de florestas plantadas (algumas já certificadas), tendo inclusive destinação e uso
para os resíduos do processo produtivo. A linha de aglomerado foi modernizada recentemente,
aumentando sua competitividade. As linhas de produção de chapas de fibra são mais antigas,
não tendo sido atualizadas recentemente e mais sensíveis à diminuição das tarifas.
108
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O Brasil impõe ao produto importado um imposto de importação de 11,5% para qualquer um
dos painéis (pelo Sistema Harmonizado: itens 4410 e 4411). As importações brasileiras de
aglomerados (4410) originam-se do Mercosul (90% em 1991) e da União Européia (8,9%). As
importações de painéis de fibra (4411) vêm do Mercosul (54,7%), da União Européia (34%) e
dos países do Aladi (10,3%). Este cenário indica que a redução tarifária poderia aumentar as
importações provenientes da União Européia e do Chile (as importações da Argentina já não
são gravadas).
A indústria de painéis de madeira e de aglomerados iniciou projeto para instalar e atualizar
seu parque industrial, com investimentos que totalizarão US$1 bilhão em 2004, o que
aumentará a produção nacional. A redução das tarifas a partir de 2005, com provável aumento
dos produtos importados, dificultaria a recuperação do capital investido. Embora a indústria
seja competitiva em termos de custos de produção e de qualidade do produto, as empresas
nacionais concorrem com as estrangeiras em piores condições devido à maior tributação, taxa
de juros elevadas, além de terem maiores dificuldades do que os concorrentes externos na
logística para exportação, como qualidade dos portos, custos portuários e dos fretes marítimos
(não existe uma simetria entre os custos de frete marítimos das exportações brasileiras e das
importações oriundas de outros países21 ), etc.
Portanto, a desgravação das importações no prazo inicialmente previsto (2005) pode dificultar
a recuperação do capital já investido e a realização de novos investimentos. Por outro lado, a
tarifa para proteger a indústria nascente confere ao setor uma proteção contra a concorrência
externa que pode afetar a competitividade da cadeia produtiva como um todo, na medida em
que os preços dos produtos nacionais podem ser mais altos que os do mercado externo
internalizados. Porém, conforme BNDES (2002b), a tendência de preços dos aglomerados e
dos painéis é declinante, devido ao aumento da oferta interna destes produtos decorrente da
maturação dos investimentos realizados.
21
Dentre as causas para a assimetria de custos cita-se a capacidade do navio, o giro da embarcação, o tipo de
contrato (carga fechada ou compartilhamento de carga, prazo para carga e descarga), a rota traçada, etc. Por
exemplo, dado o tráfego maior existente das exportações do Brasil para o México em relação às do México para
o Brasil, a maior demanda nacional por frete implica em preços mais elevados cobrados pelos armadores. Da
mesma forma, o ritmo crescente das exportações brasileiras para Estados Unidos e Canadá causa falta de
containers de determinadas dimensões (20 pés e 40 pés), sendo cobradas sobretaxas para o reposicionamento dos
mesmos. Para a União Européia a situação se inverte, já que devido ao grande número de navios operando neste
tráfego a concorrência acaba favorecendo as exportações destinadas a estes mercados.
109
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Em relação aos painéis compensados (4412), que responderam em 2001 por aproximadamente
35% (US$360 milhões) das exportações de madeira da cadeia produtiva, o Brasil aplica a
alíquota de 11,5%. As exportações brasileiras deste produto destinaram-se em 2001 à União
Européia (32%); ao Nafta (20%), e pulverizada para o resto do mundo (42%). Desde setembro
de 2001 o Brasil saiu da lista do Sistema Geral de Preferência Americano, passando a ser
taxado em 8%. As importações brasileiras, embora marginais, originam-se principalmente da
União Européia (74%), do Mercosul (14,7%) e do Nafta (11,2%). A redução das alíquotas de
importação pode aumentar as trocas de comércio em ambos os sentidos, mas provavelmente
aumentará as exportações em magnitude maior que as importações, já que o Brasil já é
exportador líquido deste produto.
Para as importações de móveis, o Brasil segue a Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC),
que é de 19,5% para todos os produtos a 8 dígitos do Sistema Harmonizado. Por outro lado, as
tarifas impostas ao Brasil, considerando-se os Sistemas Gerais de Preferência dos países
desenvolvidos que incluem o Brasil, são extremamente baixas (com exceção do México). Os
Estados Unidos não impõe tarifa para as posições 9401 e 9403, e taxa o Brasil com uma tarifa
média de 1% na posição 9404. A União Européia, para as mesmas posições, aplica as
seguintes tarifas médias: 1,1% (9401), 0,8% (9403) e 3,7% (9404). As alíquotas médias do
Canadá são: 3,3% (9401), 3,0% (9403) e 7,8% (9404).
Fica claro, portanto, que as exportações nacionais de móveis praticamente não sofrem
restrições tarifárias, e que a pequena parcela ocupada pelo Brasil no mercado externo é
decorrente da falta de competitividade do produto brasileiro. Desta forma, os dados da
pesquisa mostram que não haveria aumentos de exportação de móveis decorrentes da entrada
do Brasil na Alca firmando acordo comercial com a União Européia. Contudo, devem ser
consideradas as negociações bilaterais com o México, que podem trazer boas oportunidades
de negócios para o País. As tarifas impostas pelo México são da mesma ordem de grandeza
que as brasileiras e a indústria nacional de móveis é competitiva em relação à mexicana. O
México é importador líquido de madeira e de painéis de madeira, o que pode significar boas
oportunidades de exportação destes produtos para o Brasil.
Além disso, as exportações para o México poderiam abrir as portas do mercado americano
para produtos do Brasil (por exemplo exportação de partes de móveis para serem montados no
México e reexportados para os Estados Unidos).
110
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Deve-se levar em consideração que a redução das tarifas impostas pelo Brasil aos produtos do
segmento moveleiro com a entrada na Alca e acordos com a União Européia pode ter
impactos significativos – ainda que diferenciados conforme o tipo de produto - sobre as
importações de móveis, e portanto sobre os diferentes pólos moveleiros. Embora existam
grandes empresas que já exportam e que possuem parques fabris atualizados, com tecnologia
moderna, estas são poucas dentro do universo moveleiro, sendo que as demais ainda não
conseguem competir com o produto estrangeiro na ausência de tarifa.
Os pólos moveleiros de São Bento do Sul e Rio Negrinho, de Santa Catarina, cujos principais
produtos são móveis de pinus de madeira maciça (sofás, cozinhas e dormitórios), têm nas
exportações seu principal mercado 22 , já estando inseridos no processo de exportação. Desta
forma, estão aptos a enfrentar a concorrência externa decorrente de eventual redução tarifária.
Os pólos existentes no Rio Grande do Sul - Bento Gonçalves, Farroupilha e Flores da Cunha –
fabricam tanto móveis maciços de pinus para exportação 23 como móveis retilíneos seriados, e
embora exportem em menor escala que os de Santa Catarina e tenham pouca tradição
exportadora para os países desenvolvidos, já estão se capacitando para enfrentar a
concorrência de outros exportadores de móveis (como os Tigres Asiáticos), bem como para
atender ao consumidor interno cada vez mais exigente. A realização de investimentos em
melhoria de qualidade do produto, treinamento de mão-de-obra e design estão aumentando a
competitividade destes pólos, de modo a incrementar as exportações e capacitá-los para
concorrer com o produto importado. Portanto, os impactos negativos sobre estes pólos tendem
a ser pequenos.
A redução tarifária trará efeitos adversos sobre as categorias de móveis populares e a de
móveis de alto padrão. O segmento de móveis populares – produzidos nos pólos de São Paulo
(Votuporanga, Mirassol e Jaci), do Paraná (Arapongas) e em parte do pólo de Ubá (Minas
Gerais) podem sofrer com a concorrência dos Estados Unidos, do Canadá, dos países do Leste
Europeu e países asiáticos.
22
Santa Catarina é o principal Estado exportador de móveis, detendo 50% das exportações brasileiras de móveis,
exportando para Estados Unidos e União Européia, com design especificado pelos importadores.
23
É o 2o maior pólo exportador de móveis, sendo responsável por 30% do valor das exportações nacionais.
111
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Em relação aos móveis seriados dos Estados Unidos e do Canadá, observa-se que as escalas
de produção e estrutura produtiva destes países são muito mais eficientes que as nacionais: no
Brasil existe o predomínio de pequenas firmas, com gestão não profissionalizada, e produtos
de qualidade inferior, sendo que naqueles países a maioria das empresas têm grande porte,
com elevados ganhos de escala (os Estados Unidos tem as maiores fábricas de móveis do
mundo). Contudo, deve ser lembrado que os Estados Unidos são importadores líquidos de
móveis (em 1999 importaram US$ 17,4 milhões de dólares e exportaram US$ 4,3 milhões de
dólares) e o design americano não agrada ao consumidor nacional. Além disso, as normas e
padrões seguidos pelas empresas americanas são bem mais rígidas que as do Brasil24 , o que
pode tornar o produto importado – embora de melhor qualidade – mais caro que o nacional. A
informalidade existente no segmento de móveis populares, que acaba reduzindo seus custos,
pode também ser um fator de “proteção” ao produto nacional.
Desta forma, é pouco provável grande aumento de importação dos móveis já fabricados nos
Estados Unidos para o Brasil. Porém, os Estados Unidos podem montar fábricas de móveis
seriados no Brasil com grandes escalas de produção (o que pode acontecer mesmo com a
manutenção das tarifas de importação), inclusive com a importação de painéis de madeira
americanos (em cenário de queda de tarifas), se houver melhora da economia nacional (taxas
de juros, risco do País, condições dos portos, estradas, etc).
Por sua vez, os países do Leste Europeu e da Ásia, incluindo a China, podem representar uma
ameaça ao segmento de móveis populares, já que a qualidade dos mesmos pode ser
equiparada ao nacional e os custos de produção naqueles países podem ser menores devido
aos elevados incentivos existentes e menores custos de transação 25 . As empresas nacionais
enfrentam custos mais elevados (estrutura de impostos, taxas de juros, logística, custos
portuários, etc), que dificultam a competição com o produto estrangeiro oriundo destes
mercados.
24
A falta de normas e padronização do móvel nacional, que foi relatada em Brasil (2002), permite que os
mesmos sejam feitos das mais variadas medidas e materiais, o que reduz a qualidade e também os custos do
produto.
25
Na China, os custos dos investimentos e as taxas de juros são muito menores que as brasileiras, os volumes dos
portos são muito maiores, o que reduz custos de transporte, além de haver um programa de incentivo à produção,
que fica isenta do pagamento de impostos por 7 anos.
112
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Em relação aos móveis de alto padrão, de qualidade e design diferenciados, pode haver um
grande aumento das importações decorrente da redução de tarifas. A Itália, que é o maior
exportador de móveis do mundo, procura expandir suas exportações (este país já exportou no
passado US$ 17 bilhões anuais e nos dias de hoje exporta ao redor de US$ 8 bilhões), e o
Brasil atualmente não tem condições de competir com seus produtos (embora tenha estrutura
de produção semelhante à italiana, que também é pulverizada) devido ao sofisticado design
italiano, que é um diferencial para os móveis e agrega muito valor ao produto. Os móveis
italianos agradam ao consumidor brasileiro de alta renda e a tarifa existente certamente é uma
barreira às importações.
Portanto, nota-se que estrategicamente a integração com a União Européia e com a Alca não
trarão vantagens à Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, porque implica na redução das
tarifas nacionais sem a contrapartida de redução tarifária de outros países, sem efeitos
positivos para as exportações. Quanto às importações, os impactos negativos da desgravação
tarifária podem ser significativos em alguns segmentos e pólos moveleiros.
Resta analisar em que medida as tarifas impostas pelo Brasil, que oneram o produto
importado, podem prejudicar o consumidor nacional. Diversos problemas apontados à falta de
competitividade do móvel nacional começam a ser trabalhados em programas da iniciativa
privada e do governo. Dentre os programas destaca-se o Promóvel (Abimóvel), que visa o
fortalecimento das empresas nacionais, capacitando-as para os desafios impostos pela
globalização da economia. Estima-se serem investidos no programa R$ 10 milhões até 2003,
sendo 50% desse total proveniente da Agência de Promoção de Exportações (APEX), 25% da
parte dos fornecedores e 25% da Abimóvel.
Desde seu início, em 1999, vários resultados já foram alcançados pelo Promóvel, destacandose as seguintes ações visando o aumento da competitividade do setor: Capacitação Gerencial
(150 participantes e 680 horas de Treinamento); Adequação Plantas Fabris (232 participantes
e 2.550 horas Treinamento/Consultoria); ISO9000 (515 participantes e 9570 horas
Treinamento/Consultoria); ISO14000 (325 participantes, Seminários em 11 pólos
moveleiros); Selo Verde (Parceria com o Projeto de Capacitação para o Desenvolvimento
Florestal da Sociedade Brasileira de Silvicultura); ABNT – CB15 (84 Reuniões Realizadas, 54
Normas publicadas); PBQP (563 participantes e 7.440h); Treinamento Aquisição Know-how :
Curso Design em Milão/ITA (22 Técnicos); Curso CNC em Rimini/ITA (22 Técnicos). Além
destes programas de capacitação, foram lançadas diversas publicações sobre o setor (6
113
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volumes abordando temas relativos ao setor moveleiro brasileiro e comércio exterior). Várias
outras ações visando aumentar as exportações também foram realizadas no âmbito do
Promóvel.
Além dos programas da iniciativa privada, algumas políticas propostas no Fórum de
Competitividade de Madeira e Móveis visam justamente ao aumento de competitividade da
indústria nacional. As referidas políticas são as seguintes: a) financiamento da produção, b)
política de exportação, c) política florestal, d) capacitação tecnológica e de recursos humanos,
e) desoneração da produção. Para o atendimento destas políticas, diversas estratégias e ações,
bem como os projetos necessários são detalhados no documento do Fórum.
Portanto, constata-se que os esforços sendo realizados tanto pelos agentes do setor privado
como do governo visam solucionar os principais gargalos existentes, dentre eles aqueles que
objetivam aumentar a qualidade do móvel nacional. Contudo, existe um tempo necessário
para a realização e implementação destes projetos, de forma a permitir que os problemas
sejam superados para que a produção nacional esteja apta a enfrentar a concorrência externa.
Momentaneamente, as tarifas existentes tornam os produtos importados mais caros, porém
espera-se que com o aumento da competitividade decorrente dos investimentos realizados a
indústria nacional esteja apta a competir com a estrangeira sem a necessidade de imposição de
tarifas de importação. O prazo para a desgravação deve ser suficiente para que as ações
tornem-se efetivas, não podendo ser inferior a 5 anos.
114
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10. MATRIZES DE RECOMENDAÇÕES
Diversas propostas resumidas nas matrizes de recomendações para superar os obstáculos à
competitividade foram também relacionadas no documento do “Fórum de Competitividade”
do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2001), que realizou um
estudo aprofundado sobre os principais entraves da cadeia produtiva de madeira e móveis e
apresentou as metas e políticas prioritárias para superação dos mesmos. Algumas das
sugestões apresentadas estão sendo implementadas, tanto por ações governamentais como do
setor privado. Entre as iniciativas devem ser destacadas o Promóvel, e outros projetos sendo
implementados por meio de apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior e outros órgãos governamentais.
Optou-se por apresentar duas Matrizes de Recomendações: uma para o setor de base florestal
(madeira serrada, painéis de madeira e compensados) e outra para o setor moveleiro, porque
os gargalos à competitividade e as ações necessárias diferem entre eles. Nas duas matrizes
procurou-se identificar as recomendações referentes à Política Industrial, Comercial e
Tecnológica, que estão relacionadas ao final deste capítulo.
Quanto às políticas necessárias ao aumento das exportações dos produtos da Cadeia de
Madeira e Móveis, nota-se que existem dois modelos de produção: uma indústria de móveis
seriados (seguindo o modelo de empresas manufatureiras globais, de larga escala de produção,
tais como estão sendo instaladas empresas transnacionais na China e no México), e uma
indústria de móveis com um design nacional diferenciado (conforme existe na Itália).
Considerando-se o grande diferencial competitivo que existe no Brasil em relação aos outros
países, que é a possibilidade de utilização tanto de madeira oriunda de floresta plantada (para
atender a indústria seriada de grande escala e a indústria de móveis destinados ao mercado
europeu com design do importador) como de madeira certificada de floresta nativa, que pode
ser utilizada na criação de um móvel com design tipicamente nacional, não há porque escolher
um dos dois modelos, e sim incentivar a coexistência de ambos.
Embora o móvel com design agregue mais valor ao produto e atinja um público de classe mais
alta, deve ser notado que os países que têm apresentado crescimento na participação das
exportações, tais como China e México, o têm feito pela expansão da produção de móvel
115
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seriado. Deve-se considerar que o crescimento das exportação a taxas elevadas de móveis com
design nacional é uma meta mais difícil de ser atingida.
O aumento das exportações deve considerar, além da qualidade do produto (funcionalidade,
beleza, acabamento, requisitos técnicos), um cenário de mudanças mais profundas no que se
refere ao comportamento empresarial, que deve incluir melhoria no nível de informação sobre
os mercados alvos, a procura de nichos de mercado, a criação de estrutura de marketing,
vendas e assistência técnica adequada, e uma disposição de enfrentar os riscos advindos do
comércio externo.
Um outro ponto a ser observado é o papel das empresas transnacionais no crescimento das
exportações dos países em desenvolvimento, já que em muitos destes países o aumento das
mesmas tem grande relação com a expansão dos sistemas internacionais de produção. Neste
caso, o rápido crescimento das exportações decorre da gestão profissionalizada e da cultura
organizacional mais avançada destas empresas, que ao se instalarem promovem a
intercambialidade técnica com as demais empresas e desenvolvem um cinturão de
fornecedores competitivos, o que acaba aumentando a competitividade de toda a cadeia
produtiva, dado o desenvolvimento tecnológico dos produtos e processos. Neste sentido, o
aumento das exportações brasileiras pode requerer atração de investimentos estrangeiros e a
entrada na Alca poderia significar expansão dos mesmos para construção de fábricas
destinadas à exportação.
Segundo UNCTAD (2002), na China, a participação das filiais estrangeiras nas exportações
aumentou de 17% em 1991 para 50% em 2001. No ano de 2000, a participação das
transnacionais nas exportações de alguns países em desenvolvimento, foram as seguintes:
Costa Rica (50%), Cingapura (38%), Argentina (29%), Chile (28%), Brasil (21%).
O crescimento das exportações nos referidos países alterou a pauta de exportação dos
mesmos, que passou, em geral, de produtos primários de baixa tecnologia para média, ou de
média para alta, ou seja, possibilitou o acesso às atividades mais intensivas em tecnologia,
voltadas à exportação e a inserção nos sistemas internacionais de produção. No Brasil, a
participação das filiais estrangeiras nas exportações foi de 21% em 2001, tendo alterado-se
pouco em relação a 1995, quando foi de 18% (Unctad, 2002).
Contudo, deve ser considerado que o aumento dos investimentos estrangeiros diretos (IED)
não implica necessariamente em desenvolvimento do país anfitrião, porque a competitividade
116
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sustentável requer uma melhoria contínua visando atividades de alto valor adicionado, o que
não necessariamente coincide com a política adotada pelas empresas transnacionais. Isto
requer esforços de dotação local de recursos humanos e de capacitação tecnológica, além da
promoção do relacionamento entre as filiais estrangeiras e os fornecedores domésticos.
117
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CADEIA DE M ADEIRA E M ÓVEIS : M ATRIZ DE R ECOMENDAÇÕES DE POLÍTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E TECNOLÓGICA PARA OS
PRÓXIMOS ANOS PARA A INDÚSTRIA M OVELEIRA, SOB A PERSPECTIVA DE INTEGRAÇÃO COM A ALCA E COM A UE
Dimensões
Gestão
Empresarial/Governança
Recomendações
−
−
Produtividade e Qualidade
−
Tecnologia/Inovação/Des
envolvimento de produtos
e processos
−
−
Financiamento/Crédito
−
Tratamento Fiscal e
Tributário
−
Outros Fatores Sistêmicos
(Normas Técnicas,
Certificações, etc)
−
−
Aumentar a capacidade
gerencial e exportadora
dos empresários
Melhorar a capacidade
gerencial e familiarizar os
produtores brasileiros com
oportunidades e o processo
de exportação
Modernização do
parque industrial de
móveis
−
Aumentar a produtividade
do setor
Aumento da
qualificação da mão-deobra
Capacitação de recursos
humanos para
desenvolvimento do
design e sua difusão
Disponibilizar linhas de
financiamento /crédito
para renovação do
parque industrial.
Racionalizar a
tributação de forma a
tornar a indústria
nacional mais
competitiva
Criação de um banco de
dados sobre o setor de
base florestal e
industrial
−
Aumentar a produtividade
do trabalho
Definir e difundir
normas técnicas para
produção de móveis
Instrumentos do Executivo e
Legislativo
Objetivos
−
−
Apoio financeiro para realização das
atividades
−
Disponibilizar recursos para aquisição de
máquinas e equipamentos (BNDES);
Inclusão equipamentos importados sem
similares no mercado nacional na lista de
“ex-tarifários” (MDIC).
Apoio financeiro para realização das
atividades.
(MDIC, SEBRAE, MEC)
−
−
−
Desenvolver um design
nacional para agregar valor
ao produto
−
−
Aumentar qualidade dos
produtos e a produtividade
−
−
Aumentar a
competitividade do produto −
nacional.
−
Fornecer informação
sistematizada sobre o setor
−
−
Organização da indústria,
aumento da qualidade e
normalização dos produtos,
−
possibilitando o
fornecimento de partes de
móveis (desverticalização
da produção).
* Metas estipuladas pelo Promóvel
** Metas estipuladas pelo Fórum de Competitividade MDIC
118
Responsabilidades e metas do setor privado
−
−
−
−
−
−
Apoio financeiro para realização das
atividades (MDIC, MCT, FINEP, CNPq
e APEX)
Disponibilizar recursos para renovação
parque industrial (BNDES)
−
−
−
−
−
−
−
Reforma tributária (legislativo)
Apoio financeiro e contratação de
instituição de pesquisa (MDIC/MCT).
Participação técnica do Inmetro
Investimentos para a realização de cursos/palestras sobre
capacitação gerencial e sobre comércio exterior;
Participação em feiras internacionais de móveis;
Organização dos cursos em parceria com o governo
Metas:
Treinar 1000 empresários em técnicas e habilidades gerenciais e
1000 empresários em procedimentos de exportação*
Aumentar para 500 empresas a base exportadora até 2004
Realização de investimentos (em parte financiados pelo BNDES)
da ordem de US$ 1,9 bilhões entre (2001/04) **
Adequação do layout das plantas (racionalização dos fluxos de
produção)
Organização e participação com recursos (em parceria com
governo) para realização dos cursos para capacitação
(SENAI e entidades do setor moveleiro)
Promoção de cursos, grupos de trabalho e eventos para difusão da
cultura do design (PROMÓVEL/ABIMÓVEL).
Metas: criar condições para implantação de design em 1.000
empresas do setor moveleiro
Realização de investimentos da ordem de US$ 1,9 bilhões entre
(2001/04) **
________
−
Fornecimento dos dados à instituição de pesquisa responsável pela
coleta.
−
−
Ação conjunta do setor privado e governo
Definir as normas técnicas para a cadeia de madeira e móveis até o
ano de 2004.
(ABNT/Associações de classe).
−
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Continuação
Dimensões
Incremento de Exportações/
Substituição de Importações
Recomendações
−
Logística
−
Promoção Comercial
−
Desverticalização da
produção
−
Adensamento da cadeia
produtiva
−
Desenvolver redes
comuns de
distribuição
internacionais
Abertura de novos
mercados, facilitar a
entrada de produtos
brasileiros e
estreitar
relacionamento
entre clientes
externos e indústria
moveleira nacional
Desverticalizar a
produção,
incentivando a
produção entre
várias empresas de
peças e
componentes
intercambiáveis
para fornecer à
indústria e/ou
exportar
Realização de
consórcios de
produção e
exportação para
pequenas empresas,
a exemplo de ações
realizadas na Itália;
Desenvolvimento
de redes de
empresas e
fornecedores.
Instrumentos do Executivo e
Legislativo
Objetivos
−
Responsabilidades e metas do setor privado
−
Reduzir custos por meio da
distribuição conjunta de
pequenas e médias empresas
_________
−
−
−
Aumento das exportações
−
Apoio técnico e financeiro
−
−
−
−
−
−
−
Aumentar a eficiência com
redução de custos de
produção por meio da
especialização e ganho de
escala.
Aumentar a participação das
pequenas empresas no
processo de produção e
−
exportação por meio do
aumento da escala
* Metas estipuladas pelo Promóvel
** Metas estipuladas pelo Fórum de Competitividade MDIC
119
Missões conjuntas de governo e iniciativa privada para exposição
dos produtos e negociações de acordos comerciais
Divulgação na mídia internacional
Metas:
Participação em feiras e exposições internacionais (pelo menos 4
anuais)*
Realização de 20 missões, com participação de 200 empresários,
aos principais países importadores/produtores*
Aumentar exportações de móveis para US$1bilhão em 2004 **
−
Atuação de associações de classe para coordenação das pequenas
firmas no processo de produção (necessidade de normas técnicas
para padronização dos produtos)
−
Organização dos consórcios pelo setor privado, principalmente
entidades e organizações regionais
Meta: 50 consórcios em 3 anos*
_________
Apoio técnico e financeiro
Atuação de associações de classe para coordenação das pequenas
firmas no processo de comercialização.
Diminuir custos de comercialização.
−
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
CADEIA DE M ADEIRA E M ÓVEIS : M ATRIZ DE R ECOMENDAÇÕES DE POLÍTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E TECNOLÓGICA PARA OS
PRÓXIMOS ANOS PARA O SETOR DE BASE FLORESTAL, SOB A PERSPECTIVA DE INTEGRAÇÃO COM A ALCA E COM A UE
Dimensões
Recomendações
−
Gestão
Empresarial/Governança
−
Aumentar a
capacidade gerencial
e exportadora dos
empresários
Modernização do
parque industrial de
base florestal
Florestas
____
____
Serrarias, compensados e
laminados
X
X
Produtividade e Qualidade
Aumento da
qualificação da mãode-obra (fornecer
assistência técnica e
extensão em
silvicultura, manejo e
industrialização
primária da madeira)
−
Tecnologia/Inovação/Dese
nvolvimento de produtos e
processos
−
Desenvolver sistema
de gestão de resíduos
na cadeia produtiva
de madeira e móveis
Aumentar a área
florestada e o manejo
florestal sustentável
Indústria de
Instrumentos do Executivo e
Objetivos
painéis
Legislativo
−
Melhorar a
capacidade gerencial
e familiarizar os
produtores
−
Apoio financeiro para
____
brasileiros com
realização das atividades
oportunidades e o
processo de
exportação
−
Disponibilizar recursos
para aquisição de
máquinas e equipamentos
−
Aumentar a
(BNDES);
____
produtividade do
−
Inclusão de equipamentos
setor
importados sem similares
no mercado nacional na
lista de “ex-tarifários”
(MDIC).
−
X
X
____
−
−
X
X
X
−
X
______
_____
−
Aumentar a
produtividade do
trabalho
Aumentar manejo
florestal sustentável
Reaproveitamento
de resíduos com
agregação de valor,
redução de impacto
ambiental e geração
de emprego e renda
Aumentar oferta de
madeira
Inclusão pequenos
proprietários rurais
* Metas estipuladas pelo Promóvel; ** Metas estipuladas pelo Fórum de Competitividade MDIC
120
Responsabilidades e metas do setor privado
−
−
−
Realização de cursos/palestras sobre capacitação
gerencial e sobre comércio exterior;
Recursos e organização do setor privado em
conjunto com o governo
(ABIMCI)
−
Realização de investimentos (em parte
financiados pelo BNDES) entre 2001/04 das
seguintes ordens de grandeza: setor de painéis:
US$ 1,0 bilhão; serrarias, compensados e
laminados: US$147,2 milhões**
Apoio financeiro para
realização das atividades.
(MDIC, MMA, MAA,
MEC, SEBRAE)
−
Organização e recursos para cursos promovidos
pelo setor em parceria com o governo
(SENAI, ABIMCI, SBS e demais entidades
setoriais)
−
Apoio financeiro para
realização das atividades
(MDIC/MCT)
−
Desenvolvimento e implementação de projetos de
reaproveitamento de resíduos
−
Apoio financeiro para
realização das atividades
(MDIC, MCT, MMA,
MAA)
−
Investimentos até 2004 da ordem de US$600
milhões**
−
−
−
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
continuação
Dimensões
Recomendações
−
Financiamento/Crédito
−
−
Tratamento Fiscal e Tributário
−
Outros Fatores Sistêmicos (Normas
Técnicas, Certificações, etc)
Disponibilizar
linhas de
financiamento/crédi
to para renovação
do parque industrial
Disponibilizar
linhas de crédito
para aumento da
área florestada
Racionalizar a
tributação de forma
a tornar a indústria
nacional mais
competitiva
Implementar o
Programa de
Certificação
Florestal
(ABNT/Cerflor)
para florestas
plantadas e nativas
Florestas
Serrarias, compensados e Indústria de
Objetivos
laminados
painéis
___
X
X
X
_____
____
X
X
X
Aumentar qualidade
e produtividade dos
produtos.
−
Expansão área
plantada; inclusão
de pequenas
propriedades rurais
−
Aumentar a
competitividade do
produto nacional.
−
______
−
−
−
X
Instrumentos do Executivo e
Legislativo
_____
Atender exigências
de mercados
consumidores de
outros países e
atingir novos
mercados
Disponibilizar recursos para
realização de investimentos
visando renovação parque
industrial (BNDES)
Responsabilidades e metas
do setor privado
−
Aplicação recursos
disponíveis
Disponibilizar recursos para
expansão área plantada
(MCT,MMA,MAA)
−
Aplicação dos recursos
disponíveis
−
Reforma tributária
(legislativo)
−
________
−
Participação do Inmetro e
MMA para implantar o
sistema de certificação
florestal (ABNT/Cerflor) e
fazer sua divulgação.
(MMA, MAA, MCT,
MDIC,MDA)
−
Ação conjunta do setor
privado e governo
(ABNT, SBS e entidades
de classe).
−
Atuação das entidades de
classe em missões
conjuntas de governo e
iniciativa privada para
exposição dos produtos e
negociações de acordos
comerciais (ABIPA,
ABIMCI)
−
Respaldo das
Associações de classe.
−
Incremento de Exportações/ Substituição de
Importações
−
Promoção Comercial
−
Adensamento da cadeia produtiva
* Metas estipuladas pelo Promóvel
Abertura de novos
mercados, facilitar a
entrada de produtos
brasileiros e
estreitar
relacionamento
entre clientes
externos e indústria
de madeira nacional
Reorganização da
indústria para
aumentar a escala
da produção
_____
_____
X
X
X
____
** Metas estipuladas pelo Fórum de Competitividade MDIC
121
−
Aumento das
exportações
−
−
Aumento da
eficiência, redução −
de custos e obtenção
de financiamentos
Apoio técnico e financeiro
(MDIC)
Apoio financeiro para fusões
e aquisições (BNDES)
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABIMCI. A indústria de madeira sólida no Brasil: estudo setorial. http://abimci.com.br
(15 de dezembro de 2000)
ABIMÓVEL. Panorama do Setor Moveleiro no Brasil. Atualização até abril 2002.
ABIMÓVEL. Revista da Abimóvel. N o 19, Abril 2002
BACHA, C.J.C. Cadeia madeira/móveis in:
Apoio a instalação dos Fóruns de
Competitividade nas cadeias produtivas couro/calçados, têxtil, madeira/móveis e fertilizantes.
São Paulo : PENSA, 2000
BARBOSA, R.A.
Barreiras Comerciais dos Estados Unidos. Embaixada do Brasil.
Washington, D.C. Outubro 2001
BNDES. Painéis de Madeira Reconstituída. Área de Setores Produtivos 1 – SP1. BNDES
Setorial, Rio de Janeiro, 2002(a).
BNDES. Os Novos Desafios para a Indústria Moveleira no Brasil. BNDES Setorial, Rio de
Janeiro, n.15, p.83-96, 2002(b).
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de
Tecnologia Industrial. Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial.
Technology Foresight for Latin America. Prospectiva Tecnológica da Cadeia Produtiva de
Madeira e Móveis. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Divisão de Produtos
Florestais, abril 2002. Coordenação: Oswaldo Poffo Ferreira.
BRASIL. Programa Nacional de Florestas – PNF. Brasília: MMA/SBF/DIFLOR, 2000.
52p.
122
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
GORINI, A.P.F. Panorama do setor moveleiro no Brasil, com ênfase na competitividade
externa a partir do desenvolvimento da cadeia industrial de produtos sólidos de
madeira. Rio de Janeiro: BNDES, 1998
FÓRUM DE COMPETITIVIDADE. Diálogo para o desenvolvimento. Brasília: Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria do Desenvolvimento da
Produção, 2001.
GORINI, A.P.F. A indústria de móveis no Brasil. São Paulo: Associação Brasileira das
Indústrias do Mobiliário – Abimóvel, 2000. 80p.
GRUPO DE TRABALHO MADEIRA E FLORESTAS. Contribuição do grupo de trabalho
“madeira e florestas” ao fórum de competitividade da cadeia produtiva da indústria de
madeira e móveis do MDIC.s.l.: SBS, 2000. 29p.
IBQP/PR – Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Produtividade Sistêmica.
Boletim IBQP/PR, v.2. n.5, jan/mar2002
IBQP/PR – Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Cadeia de Madeira e Móveis.
Emprego, Produção e Produtividade. 2002
IBQP/PR – Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Comparação Produtividades
Brasil e USA. 2002
RANGEL, A.S. Estudo da competitividade da indústria brasileira de móveis de madeira.
Campinas: IE/UNICAMP, IEI/UFRJ, FDC, FUNCEX, 1993.
REVISTA ABIMÓVEL. Manual do Promóvel. São Paulo: Abimóvel, Dezembro de 1998.
UNCTAD
World Investment Report – 2002 – site: www.unctad.org
123
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
SIGLAS
ABIMCI - Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente
ABIMÓVEL – Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário
APIBA – Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira
ABPM – Associação Brasileira de Produtores de Madeira
ABRACAVE – Associação Brasileira de Florestas Renováveis
CPTI – Cooperativa de Serviços e Pesquisas Tecnológicas e industriais
IBAMA/LPF – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/
Laboratório de Pesquisas Florestais
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura
STCP – Engenharia de Projetos
124
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexos
Anexo I.
Nomenclatura do Sistema Harmonizado
Comparação entre os sistemas de códigos internacionais de produtos (SH e SITC)
Exportações e Importações dos Principais Países do Comércio Internacional de Madeira e
Móveis por Produto (SITC)
125
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
SISTEMA HARMONIZADO - MADEIRA
CÓDIGO
NCM
44.07
4407.10.00
4407.2
4407.24
4407.24.10
4407.24.20
4407.24.90
4407.25.00
4407.26.00
4407.29
4407.29.10
4407.29.20
4407.29.30
4407.29.40
4407.29.90
4407.9
4407.91.00
4407.92.00
4407.99
4407.99.10
4407.99.20
4407.99.30
4407.99.40
4407.99.50
4407.99.60
4407.99.70
4407.99.90
44.10
4410.2
4410.21.00
4410.29.00
4410.3
4410.31.00
4410.32.00
4410.33.00
4410.39.00
4410.90.00
44.11
4411.1
4411.11.00
4411.19.00
4411.2
4411.21.00
4411.29.00
4411.3
4411.31.00
4411.39.00
DESCRIÇÃO
MADEIRA SERRADA OU FENDIDA LONGITUDINALMENTE, CORTADA EM FOLHAS
OU DESENROLADA, MESMO APLAINADA, POLIDA OU UNIDA PELAS
EXTREMIDADES, DE ESPESSURA SUPERIOR A 6mm
-De coníferas
-De madeiras tropicais mencionadas na Nota 1 de Subposições do presente Capítulo
--Virola, Mahogany (Swietenia spp.), Imbuia e Balsa
Mahogany (Swietenia spp.)
Imbuia
Outras
--Dark Red Meranti, Light Red Meranti e Meranti Bakau
--White Lauan, White Meranti, White Seraya, Yellow Meranti e Alan
--Outras
De Cedro
De Ipê
De Pau-marfim
De Louro
Outras
-Outras
--De carvalho (Quercus spp.)
--De faia (Fagus spp.)
--Outras
De canafístula (Pelthophorum vogelianum)
De peroba (Paratecoma peroba)
De guaiuvira (Patagonula americana)
De cabreúva Parda (Myrocarpus spp.)
De urundei (Astronium balansae)
De amendoim (Pterogyne nitens)
De angico preto (Piptadenia macrocarpa)
Outras
PAINÉIS DE PARTÍCULAS E PAINÉIS SEMELHANTES (POR EXEMPLO, PAINÉIS
DENOMINADOS “ORIENTED STRAND BOARD” E PAINÉIS DENOMINADOS
“WAFERBOARD”), DE MADEIRA OU DE OUTRAS MATÉRIAS LENHOSAS, MESMO
AGLOMERADAS COM RESINAS OU COM OUTROS AGLUTINANTES ORGÂNICOS
-Painéis denominados “oriented strand board” e painéis denominados “waferboard”, de madeira
--Em bruto ou simplesmente polidos
--Outros
-Outros, de madeira
--Em bruto ou simplesmente polidos
--Recobertos na superfície com papel impregnado de melamina
--Recobertos na superfície com placas ou com folhas decorativas estratificadas de plástico
--Outros
-Outros
PAINÉIS DE FIBRAS DE MADEIRA OU DE OUTRAS MATÉRIAS LENHOSAS, MESMO
AGLOMERADAS COM RESINAS OU COM OUTROS AGLUTINANTES ORGÂNICOS
-Painéis de fibras, com densidade superior a 0,8g/cm³
--Não trabalhados mecanicamente nem recobertos à superfície
--Outros
-Painéis de fibras, com densidade superior a 0,5g/cm³, mas não superior a 0,8g/cm³
--Não trabalhados mecanicamente nem recobertos à superfície
--Outros
-Painéis de fibras, com densidade superior a 0,35g/cm³, mas não superior a 0,5g/cm³
--Não trabalhados mecanicamente nem recobertos à superfície
--Outros
126
ECCIB
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SISTEMA HARMONIZADO – MADEIRA (continuação)
CÓDIGO
NCM
DESCRIÇÃO
4411.9
4411.91.00
4411.99.00
-Outros
--Não trabalhados mecanicamente nem recobertos à superfície
--Outros
44.12
MADEIRA COMPENSADA (CONTRAPLACADA), MADEIRA FOLHEADA, E
MADEIRAS ESTRATIFICADAS SEMELHANTES
-Madeira compensada (contraplacada) constituída exclusivamente por folhas de madeira cada
uma das quais com espessura não superior a 6mm
--Com pelo menos uma face de madeiras tropicais mencionadas na Nota 1 de Subposições do
presente Capítulo
--Outras, com pelo menos uma face de madeira não conífera
--Outras
-Outras, com pelo menos uma face de madeira não conífera
--Com pelo menos uma camada de madeiras tropicais mencionadas na Nota 1 de Subposições
do presente Capítulo
--Outras, contendo pelo menos um painel de partículas
--Outras
-Outras
--Com pelo menos uma camada de madeiras tropicais mencionadas na Nota 1 de Subposições
do presente Capítulo
--Outras, contendo pelo menos um painel de partículas
--Outras
4412.1
4412.13.00
4412.14.00
4412.19.00
4412.2
4412.22.00
4412.23.00
4412.29.00
4412.9
4412.92.00
4412.93.00
4412.99.00
127
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
SISTEMA HARMONIZADO – MÓVEIS
CÓDIGO
NCM
94.01
DESCRIÇÃO
9401.10
9401.10.10
9401.10.90
9401.20.00
9401.30
9401.30.10
9401.30.90
9401.40
9401.40.10
9401.40.90
9401.50.00
9401.6
9401.61.00
9401.69.00
9401.7
9401.71.00
9401.79.00
9401.80.00
9401.90
9401.90.10
9401.90.90
ASSENTOS (EXCETO OS DA POSIÇÃO 94.02), MESMO TRANSFORMÁVEIS EM
CAMAS, E SUAS PARTES
-Assentos dos tipos utilizados em veículos aéreos
Ejetáveis
Outros
-Assentos dos tipos utilizados em veículos automóveis
-Assentos giratórios, de altura ajustável
De madeira
Outros
-Assentos (exceto de jardim ou de acampar) transformáveis em camas
De madeira
Outros
-Assentos de rotim, vime, bambu ou de matérias semelhantes
-Outros assentos, com armação de madeira
--Estofados
--Outros
-Outros assentos, com armação de metal
--Estofados
--Outros
-Outros assentos
-Partes
De madeira
Outros
94.03
9403.10.00
9403.20.00
9403.30.00
9403.40.00
9403.50.00
9403.60.00
9403.70.00
9403.80.00
9403.90
9403.90.10
9403.90.90
OUTROS MÓVEIS E SUAS PARTES
-Móveis de metal, do tipo utilizado em escritórios
-Outros móveis de metal
-Móveis de madeira, do tipo utilizado em escritórios
-Móveis de madeira, do tipo utilizado em cozinhas
-Móveis de madeira, do tipo utilizado em quartos de dormir
-Outros móveis de madeira
-Móveis de plásticos
-Móveis de outras matérias, incluídos o rotim, vime, bambu ou matérias semelhantes
-Partes
De madeira
Outras
94.04
SUPORTES ELÁSTICOS PARA CAMAS; COLCHÕES, EDREDÕES, ALMOFADAS,
PUFES, TRAVESSEIROS E ARTIGOS SEMELHANTES, EQUIPADOS COM MOLAS OU
GUARNECIDOS INTERIORMENTE DE QUAISQUER MATÉRIAS, COMPREENDENDO
ESSES ARTIGOS DE BORRACHA ALVEOLAR OU DE PLÁSTICOS ALVEOLARES,
MESMO RECOBERTOS
-Colchões
--De borracha alveolar ou de plásticos alveolares, mesmo recobertos
--De outras matérias
9404.2
9404.21.00
9404.29.00
128
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Comparação dos Códigos de Produto Sistema Harmonizado e SITC
Madeira
Sistema Harmonizado
4407.10
4407.24
4407.25
4407.26
4407.29
4407.91
4407.92
4407.99
4410.21
4410.29
4410.31
4410.32
4410.33
4410.39
4410.90
4411.11
4411.19
4411.21
4411.29
4411.31
4411.39
4411.91
4411.99
4412.13
4412.14
4412.19
4412.22
4412.23
4412.29
4412.92
4412.93
4412.99
Móveis
SITC
248.2
248.4
248.4
248.4
248.4
248.4
248.4
248.4
634.22
634.22
634.22
634.22
634.22
634.22
634.23
634.51
634.51
634.52
634.52
634.53
634.53
634.59
634.59
634.31
634.31
634.39
634.41
634.41
634.41
634.49
634.49
634.49
Sistema Harmonizado
9401.10
9401.20
9401.30
9401.40
9401.50
9401.61
9401.69
9401.71
9401.79
9401.80
9401.90
9403.10
9403.20
9403.30
9403.40
9403.50
9403.60
9403.70
9403.80
9403.90
9404.10
9404.21
9404.29
9404.30
9404.90
129
SITC
821.11
821.12
821.14
821.15
821.13
821.16
821.16
821.17
821.17
821.18
821.19
821.31
821.39
821.51
821.53
821.55
821.59
821.71
821.79
821.8
821.21
821.23
821.25
821.27
821.29
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.I Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 2482
(4407.10 – madeira serrada de coníferas)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Canadá
45,44%
49,21%
48,01%
46,19%
48,79%
2
Suécia
15,23%
13,57%
13,41%
13,52%
12,25%
3
Finlândia
10,13%
7,84%
8,59%
9,52%
8,57%
4
Áustria
5,95%
4,78%
4,73%
5,54%
5,98%
5
Estados Unidos
7,38%
6,70%
5,86%
4,54%
4,53%
6
Federação Russa
0,00%
3,20%
3,38%
3,23%
3,46%
7
Alemanha
1,96%
1,81%
1,93%
2,43%
2,04%
8
Nova Zelândia
1,70%
1,40%
1,54%
1,73%
1,94%
9
Latvia
0,75%
0,99%
1,44%
1,74%
1,90%
10
Brasil
0,51%
0,59%
0,77%
0,99%
1,28%
Total (%)
89,05%
90,10%
89,66%
89,44%
90,75%
Total mundo
16.881.152
18.051.696
18.790.910
16.233.981
17.468.752
Classificação
Principais importadores 1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
31,51%
37,86%
38,14%
40,81%
43,65%
2
Japão
21,05%
20,01%
18,82%
11,50%
13,59%
3
Reino Unido
7,25%
7,08%
7,83%
8,43%
7,45%
4
Itália
6,22%
5,55%
5,13%
6,05%
5,51%
5
Alemanha
7,30%
5,97%
5,84%
6,39%
5,39%
6
Países Baixos
3,43%
3,08%
2,98%
2,75%
2,89%
7
França
2,49%
2,33%
2,26%
2,66%
2,68%
8
Dinamarca
2,95%
2,18%
2,49%
2,96%
2,47%
9
Egito
2,53%
1,91%
2,13%
2,72%
2,09%
10
Espanha
1,61%
1,37%
1,36%
1,75%
1,91%
Total (%)
86,34%
87,36%
86,98%
86,01%
87,62%
Total mundo
17.593.502
18.127.862
19.260.720
16.366.539
17.695.986
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
130
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.2
Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 2484 (4407.24 a
4407.99)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
22,82%
24,47%
27,90%
27,24%
26,83%
2
Malásia
29,49%
25,80%
20,05%
15,13%
15,36%
3
Canadá
6,14%
7,08%
8,29%
9,53%
9,03%
4
Brasil
5,58%
4,78%
5,17%
5,56%
5,42%
5
Alemanha
2,87%
2,95%
3,20%
4,79%
5,03%
6
França
4,90%
4,54%
4,04%
4,61%
4,07%
7
Bélgica e Luxemburgo
1,70%
1,79%
2,95%
3,14%
3,32%
8
Romênia
1,42%
2,19%
1,84%
2,14%
2,56%
9
Itália
1,55%
1,54%
1,53%
2,06%
2,52%
10
China
3,13%
3,24%
3,03%
2,05%
2,28%
79,62%
78,37%
78,01%
76,26%
76,42%
5.263.139
4.985.973
5.131.441
4.485.140
5.048.571
Total (%)
Total mundo
Classificação
Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Itália
10,70%
9,29%
9,18%
11,28%
10,39%
2
China
1,78%
2,31%
3,15%
4,59%
8,48%
3
Japão
14,99%
14,03%
13,76%
7,78%
8,40%
4
Hong Kong
1,97%
2,65%
4,44%
5,68%
6,70%
5
Estados Unidos
4,34%
4,71%
5,42%
6,69%
6,67%
6
Espanha
4,42%
4,67%
4,94%
6,30%
5,63%
7
Canadá
3,56%
3,85%
4,73%
4,83%
5,00%
8
Alemanha
5,96%
4,89%
5,08%
5,23%
4,68%
9
Países Baixos
4,56%
4,74%
4,44%
4,45%
4,56%
10
Reino Unido
4,15%
4,29%
4,50%
4,39%
3,97%
56,44%
55,43%
59,64%
61,20%
64,48%
7.192.140
6.772.720
7.041.269
6.366.938
7.044.593
Total (%)
Total mundo
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
131
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.3 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 2485
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Malásia
19,70%
18,23%
18,63%
14,61%
13,59%
2
Indonésia
12,11%
10,95%
10,21%
7,65%
11,03%
3
Itália
11,50%
11,33%
10,63%
12,51%
10,57%
4
Estados Unidos
4,87%
7,08%
7,70%
8,55%
7,86%
5
Canadá
3,03%
3,46%
3,92%
5,02%
5,39%
6
China
3,12%
4,61%
3,52%
3,20%
5,23%
7
Bélgica e Luxemburgo
1,94%
2,62%
2,85%
3,68%
5,12%
8
Tailândia
6,04%
5,16%
4,21%
4,16%
5,00%
9
França
5,43%
5,48%
5,29%
6,56%
4,97%
10
Brasil
2,94%
2,77%
3,57%
3,70%
4,90%
70,70%
71,68%
70,55%
69,63%
73,66%
1.181.403
1.214.776
1.289.712
1.150.929
1.345.054
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1
Estados Unidos
2
1995
1996
1997
1998
1999
9,69%
8,28%
10,03%
14,78%
17,65%
Japão
17,52%
17,68%
16,90%
10,65%
11,92%
3
Itália
9,11%
7,32%
7,01%
8,41%
7,98%
4
Reino Unido
5,87%
5,92%
6,60%
6,25%
6,68%
5
Canadá
2,60%
4,08%
5,17%
6,03%
6,21%
6
Bélgica e Luxemburgo
5,51%
4,96%
5,31%
5,87%
5,67%
7
Hong Kong
4,37%
5,41%
5,54%
5,75%
4,39%
8
Países Baixos
6,24%
5,42%
4,73%
4,12%
4,26%
9
Alemanha
5,52%
5,03%
4,65%
5,54%
3,99%
10
Espanha
2,36%
2,95%
2,93%
3,39%
3,57%
Total (%)
68,79%
67,04%
68,88%
70,80%
72,32%
Total mundo
1.337.252
1.405.656
1.478.854
1.347.636
1.457.818
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
132
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.4 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 6341
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
17,20%
17,26%
18,43%
18,39%
18,91%
2
Canadá
12,78%
13,01%
13,26%
14,12%
14,88%
3
Alemanha
14,69%
14,05%
13,19%
15,36%
13,85%
4
Malásia
11,91%
12,93%
12,41%
7,82%
10,85%
5
França
6,02%
5,47%
5,58%
5,78%
5,01%
6
7
Itália
Brasil
4,47%
3,63%
4,36%
3,81%
4,40%
4,64%
4,56%
3,23%
3,71%
2,50%
8
Espanha
1,97%
1,98%
2,21%
2,07%
2,46%
9
Bélgica e Luxemburgo
3,67%
3,45%
2,75%
2,89%
2,41%
10
África do Sul
0,64%
0,57%
0,68%
0,91%
2,17%
76,98%
76,88%
77,55%
75,12%
76,76%
1.936.663
1.944.505
2.086.240
1.981.462
2.161.129
1995
1996
1997
1998
1999
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1
Estados Unidos
13,99%
13,95%
14,00%
15,02%
17,01%
2
Alemanha
15,81%
12,86%
12,09%
13,43%
11,43%
3
Itália
8,99%
8,31%
7,81%
9,06%
8,79%
4
China
3,31%
4,08%
6,79%
6,18%
8,33%
5
Canadá
2,57%
3,25%
4,09%
4,76%
5,71%
6
Espanha
2,68%
3,41%
4,00%
4,77%
5,47%
7
Japão
8,00%
7,81%
6,30%
3,43%
3,75%
8
França
3,67%
3,54%
3,60%
3,73%
3,49%
9
Reino Unido
3,64%
4,10%
3,71%
3,44%
3,21%
10
Bélgica e Luxemburgo
2,71%
2,78%
2,34%
2,73%
2,44%
Total (%)
65,38%
64,08%
64,73%
66,55%
69,61%
Total mundo
2.333.804
2.293.895
2.480.658
2.469.059
2.462.051
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
133
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.5
Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 6342 (4410.21 a
4410.90)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Canadá
20,99%
21,70%
21,71%
28,93%
35,73%
2
Alemanha
12,14%
12,00%
12,04%
11,75%
9,48%
3
Bélgica e Luxemburgo
11,78%
11,14%
10,03%
9,21%
8,17%
4
Áustria
9,13%
8,01%
7,43%
7,22%
6,05%
5
França
7,35%
7,61%
7,21%
6,71%
5,83%
6
Indonésia
8,69%
9,12%
7,47%
2,67%
5,17%
7
Suécia
1,00%
0,97%
1,74%
5,07%
3,70%
8
Estados Unidos
2,69%
2,98%
3,75%
3,48%
3,46%
9
Polônia
0,95%
0,64%
1,29%
2,05%
2,50%
10
Itália
1,99%
2,13%
2,19%
2,30%
2,28%
76,70%
76,28%
74,85%
79,37%
82,38%
3.948.490
4.070.920
4.042.273
4.460.300
4.902.134
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
24,52%
25,99%
26,51%
33,42%
41,17%
2
Alemanha
15,27%
12,53%
11,29%
11,15%
7,92%
3
Reino Unido
8,11%
7,11%
6,83%
6,21%
5,79%
4
Países Baixos
6,64%
6,12%
5,44%
3,97%
4,29%
5
França
6,60%
5,76%
4,75%
4,71%
4,25%
6
Espanha
2,29%
2,41%
2,37%
2,57%
3,03%
7
Japão
3,37%
4,71%
5,44%
2,86%
2,82%
8
Itália
3,43%
4,32%
3,77%
3,29%
2,64%
9
Canadá
1,13%
1,41%
1,62%
1,60%
2,17%
10
Dinamarca
2,39%
2,02%
2,38%
2,36%
2,16%
Total (%)
73,76%
72,38%
70,40%
72,14%
76,23%
Total mundo
3.593.562
3.614.520
3.597.419
4.073.942
4.375.165
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
134
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.6
Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 6343 (4412.13 a
4412.19 – madeira compensada, folhas de madeira de espessura não superior a 6 mm).
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Indonésia
46,91%
44,93%
42,71%
36,04%
36,10%
2
Malásia
19,68%
22,67%
20,13%
16,83%
18,12%
3
Finlândia
7,49%
6,75%
7,20%
10,16%
8,86%
4
Canadá
4,03%
3,63%
4,09%
5,19%
5,92%
5
Brasil
3,40%
2,99%
3,10%
3,38%
5,38%
6
Federação Russa
0,00%
2,72%
2,89%
4,48%
4,13%
7
Estados Unidos
5,24%
4,42%
5,57%
4,47%
3,48%
8
França
2,17%
2,06%
2,10%
3,14%
2,88%
9
Bélgica e Luxemburgo
0,60%
0,57%
2,09%
2,65%
2,39%
10
Itália
0,96%
1,00%
1,06%
1,44%
1,29%
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
90,47%
91,73%
90,95%
87,78%
88,53%
6.893.316
7.413.195
7.205.100
5.100.147
5.637.086
1995
1996
1997
1998
1999
1
Japão
29,23%
34,72%
34,11%
21,81%
30,11%
2
Estados Unidos
10,44%
11,07%
10,92%
14,58%
16,32%
3
Alemanha
8,10%
6,63%
7,12%
9,31%
6,93%
4
Reino Unido
5,79%
6,10%
6,23%
7,37%
6,73%
5
China
8,11%
5,51%
5,07%
6,56%
4,36%
6
Países Baixos
4,03%
3,50%
3,62%
4,40%
4,15%
7
República da Coréia
7,56%
6,64%
5,67%
2,50%
3,78%
8
Bélgica e Luxemburgo
1,87%
1,67%
3,34%
3,69%
3,35%
9
Hong Kong
6,42%
5,96%
5,98%
5,43%
2,68%
10
Itália
1,94%
1,91%
1,90%
3,13%
2,67%
Total (%)
83,51%
83,71%
83,96%
78,79%
81,08%
Total mundo
6.862.600
7.092.225
7.047.408
5.261.773
5.842.889
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
135
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.7
Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 6344 (4412.22 a
4412.99 – madeira compensada com pelo menos uma face de não-conífera)
Classificação Principais exportadores
1
Indonésia
2
1995
1996
1997
1998
1999
23,36%
24,54%
27,32%
23,90%
21,08%
Áustria
9,62%
8,93%
8,58%
10,54%
9,75%
3
Malásia
8,38%
11,50%
11,86%
8,14%
8,48%
4
China
2,04%
3,72%
6,69%
3,69%
6,92%
5
Alemanha
8,87%
6,62%
5,32%
7,38%
6,39%
6
Itália
6,21%
4,74%
4,25%
5,79%
5,15%
7
Canadá
0,86%
1,43%
1,61%
1,88%
4,89%
8
República da Coréia
4,78%
4,87%
2,46%
3,18%
4,27%
9
Brasil
2,64%
2,43%
3,36%
2,66%
4,00%
10
Finlândia
2,95%
2,72%
2,07%
2,90%
3,11%
Total (%)
69,71%
71,50%
73,52%
70,06%
74,04%
Total mundo
976.467
1.078.967
1.219.831
1.003.506
1.051.360
Classificação Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Japão
7,76%
10,66%
14,09%
9,24%
14,90%
2
Estados Unidos
7,52%
7,84%
8,10%
9,37%
14,45%
3
China
17,28%
19,36%
18,29%
16,64%
13,73%
4
Suíça
7,91%
6,49%
6,59%
8,13%
8,72%
5
Alemanha
8,87%
7,34%
7,07%
9,03%
8,66%
6
Reino Unido
6,02%
3,68%
4,11%
3,96%
4,60%
7
Áustria
3,87%
3,32%
3,20%
3,72%
3,60%
8
República da Coréia
5,98%
4,64%
3,65%
1,94%
3,37%
9
França
3,03%
3,62%
3,62%
3,83%
3,31%
10
Itália
3,36%
2,75%
2,81%
3,35%
3,09%
Total (%)
71,60%
69,70%
71,53%
69,20%
78,43%
Total mundo
1.254.984
1.307.534
1.355.743
1.191.777
1.172.427
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
136
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.8
Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 6345 (4411.11 a
4411.99 – painéis de fibra de madeira)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Alemanha
9,47%
12,98%
15,23%
21,02%
21,27%
2
Canadá
4,13%
4,68%
5,90%
7,91%
9,67%
3
Malásia
3,58%
3,89%
5,86%
5,50%
6,11%
4
Estados Unidos
11,01%
9,18%
8,72%
6,02%
5,93%
5
França
6,13%
5,72%
5,17%
4,99%
5,23%
6
Áustria
3,89%
4,67%
4,26%
4,76%
5,02%
7
Bélgica e Luxemburgo
2,05%
5,65%
4,04%
3,90%
4,99%
8
Itália
6,87%
5,56%
6,11%
4,93%
4,11%
9
Nova Zelândia
7,00%
5,44%
4,30%
2,78%
3,91%
10
Espanha
5,00%
4,30%
3,72%
3,46%
3,50%
59,14%
62,07%
63,30%
65,25%
69,73%
1.933.734
2.157.131
2.449.811
2.657.355
2.832.671
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
7,54%
9,58%
11,71%
14,27%
17,14%
2
Reino Unido
9,51%
9,95%
10,04%
9,63%
8,39%
3
China
3,15%
3,45%
4,59%
5,12%
7,48%
4
Alemanha
10,10%
9,77%
8,05%
8,71%
6,40%
5
Japão
9,82%
9,24%
8,40%
4,54%
5,10%
6
França
3,63%
3,65%
3,88%
4,57%
4,44%
7
Bélgica e Luxemburgo
4,29%
3,63%
2,74%
3,22%
3,92%
8
Países Baixos
5,28%
4,59%
3,90%
3,97%
3,80%
9
Espanha
2,75%
3,48%
3,94%
4,34%
3,70%
10
Canadá
3,85%
3,79%
3,49%
2,94%
3,33%
Total (%)
59,93%
61,13%
60,75%
61,30%
63,69%
Total mundo
1.890.737
2.031.185
2.305.810
2.620.061
2.764.928
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
137
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.9
Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 6349 (4404.10,
4404.20 e 4405)
Classificação
Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Polônia
16,64%
11,99%
13,20%
10,34%
17,06%
2
Brasil
10,65%
27,39%
16,06%
19,09%
12,29%
3
Estados Unidos
8,58%
5,18%
7,40%
6,50%
7,96%
4
Canadá
4,44%
3,54%
4,93%
4,21%
7,67%
5
França
3,04%
4,68%
5,82%
6,80%
6,60%
6
Alemanha
10,11%
8,22%
9,25%
16,17%
6,58%
7
Honduras
1,87%
1,50%
2,54%
1,13%
4,14%
8
Bélgica e Luxemburgo
4,80%
2,84%
3,09%
2,28%
3,87%
9
Reino Unido
1,78%
0,98%
1,93%
2,81%
3,41%
10
Noruega
2,12%
1,51%
2,06%
1,26%
2,55%
Classificação
Total (%)
64,03%
67,82%
66,27%
70,59%
72,13%
Total mundo
145.668
207.879
169.875
198.375
142.938
1995
1996
1997
1998
1999
Principais importadores
1
Estados Unidos
13,51%
9,72%
11,35%
11,10%
12,84%
2
Itália
5,15%
6,86%
6,67%
8,84%
12,73%
3
França
11,06%
12,09%
10,68%
11,56%
12,47%
4
China
4,33%
5,33%
8,72%
8,05%
10,59%
5
Países Baixos
10,38%
11,85%
10,74%
8,23%
7,49%
6
Bélgica e Luxemburgo
6,22%
4,85%
4,95%
7,92%
5,06%
7
Alemanha
6,13%
6,70%
6,67%
5,06%
4,39%
8
Reino Unido
6,44%
6,23%
4,30%
3,77%
3,60%
9
Dinamarca
2,96%
2,77%
2,03%
2,51%
2,47%
10
Suíça
3,19%
2,63%
2,45%
2,44%
2,40%
Total (%)
69,34%
69,02%
68,56%
69,49%
74,04%
Total mundo
127.521
121.691
125.272
123.334
129.949
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
138
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.10 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 8211 (9401.10 a
9401.90 – assentos, mesmo aqueles transformáveis em camas e suas partes)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Itália
20,82%
20,37%
19,36%
18,06%
16,59%
2
Estados Unidos
10,79%
10,25%
11,71%
12,71%
11,92%
3
Alemanha
10,18%
9,37%
8,19%
8,77%
8,64%
4
Canadá
8,04%
8,35%
8,86%
8,63%
7,68%
5
México
3,41%
4,95%
5,99%
5,63%
7,08%
6
China
2,66%
2,66%
3,56%
4,12%
5,09%
7
França
4,98%
5,00%
4,86%
4,93%
4,69%
8
Polônia
3,84%
4,19%
4,31%
4,52%
4,57%
9
Bélgica e Luxemburgo
3,26%
2,97%
2,83%
2,48%
2,53%
10
Indonésia
2,35%
2,42%
1,81%
0,65%
2,36%
70,33%
70,55%
71,49%
70,51%
71,15%
15.211.894
16.716.770
17.478.404
19.052.616
20.718.598
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
25,48%
26,10%
28,83%
30,08%
32,60%
2
Alemanha
16,69%
16,26%
14,21%
15,27%
13,22%
3
Canadá
7,43%
6,48%
6,99%
6,87%
7,54%
4
França
7,03%
6,80%
5,60%
5,74%
5,48%
5
Reino Unido
3,66%
4,00%
4,28%
4,54%
4,98%
6
Japão
6,76%
6,65%
6,19%
4,84%
4,67%
7
Bélgica e Luxemburgo
4,77%
4,49%
4,52%
4,39%
4,07%
8
Países Baixos
3,39%
3,51%
3,14%
2,99%
3,33%
9
Áustria
2,54%
2,57%
2,20%
2,19%
2,16%
10
Suíça
3,39%
2,97%
2,37%
2,33%
2,15%
Total (%)
81,13%
79,83%
78,34%
79,23%
80,20%
Total mundo
15.863.517
17.545.002
18.690.690
20.731.272
23.274.336
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
139
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.11 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 8212 (9404.10 a
9404.90 – colchões)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
China
25,39%
22,42%
25,09%
23,20%
26,41%
2
Bélgica e Luxemburgo
12,21%
12,36%
11,45%
11,12%
10,26%
3
Alemanha
8,80%
9,04%
8,43%
8,85%
7,84%
4
Dinamarca
4,26%
4,35%
3,86%
4,87%
5,10%
5
Estados Unidos
4,27%
4,36%
5,29%
5,35%
4,78%
6
França
5,87%
5,24%
4,67%
4,99%
4,69%
7
Itália
3,94%
4,95%
4,72%
4,32%
4,44%
8
Países Baixos
3,12%
3,43%
2,40%
2,44%
3,19%
9
Suécia
4,25%
4,22%
3,93%
3,72%
2,90%
10
Canadá
2,01%
1,65%
2,11%
3,82%
2,66%
74,13%
72,02%
71,96%
72,67%
72,27%
2.577.473
2.639.121
2.641.806
2.722.138
2.842.676
1995
1996
1997
1998
1999
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1
Estados Unidos
11,12%
11,23%
12,96%
17,10%
19,34%
2
Japão
21,37%
19,38%
16,29%
11,99%
14,47%
3
Alemanha
14,14%
14,47%
13,87%
13,80%
11,80%
4
França
6,77%
7,13%
6,57%
7,49%
6,73%
5
Países Baixos
5,47%
5,45%
5,03%
4,90%
5,11%
6
Bélgica e Luxemburgo
4,00%
3,64%
3,46%
3,95%
3,67%
7
Suíça
4,72%
4,61%
4,01%
4,09%
3,52%
8
Hong Kong
4,25%
4,76%
4,00%
3,21%
3,19%
9
Suécia
2,60%
2,51%
2,92%
2,98%
3,13%
10
Reino Unido
2,31%
2,52%
2,75%
2,82%
3,07%
Total (%)
76,74%
75,71%
71,86%
72,32%
74,01%
Total mundo
2.574.289
2.677.158
2.613.549
2.760.188
3.039.394
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
140
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.12 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 8213 (9403.10 a
9403.20 – móveis de metal)
Classificação Principais exportadores
1
Canadá
2
1995
1996
1997
1998
1999
9,75%
10,15%
12,18%
14,18%
15,22%
Estados Unidos
13,37%
13,25%
15,09%
14,13%
13,46%
3
Itália
14,05%
14,00%
12,02%
11,24%
10,68%
4
Alemanha
12,87%
11,87%
10,36%
10,77%
8,97%
5
China
3,13%
3,38%
4,65%
5,31%
6,75%
6
França
6,19%
5,85%
5,50%
6,08%
5,89%
7
Reino Unido
5,20%
5,86%
6,16%
6,18%
5,84%
8
México
2,24%
2,90%
3,46%
3,30%
3,54%
9
Espanha
3,35%
3,30%
3,35%
3,56%
3,54%
10
Países Baixos
4,51%
4,09%
3,34%
3,24%
3,54%
74,67%
74,64%
76,10%
77,99%
77,43%
3.736.901
4.121.898
4.406.991
4.840.522
4.966.882
1995
1996
1997
1998
1999
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1
Estados Unidos
25,00%
25,07%
28,37%
31,78%
35,43%
2
Alemanha
12,19%
11,77%
9,46%
9,49%
7,85%
3
Reino Unido
5,51%
5,65%
5,97%
5,87%
6,16%
4
França
6,71%
6,82%
6,32%
6,06%
6,11%
5
Japão
5,89%
6,66%
6,80%
5,46%
5,86%
6
Canadá
5,11%
4,86%
5,23%
5,42%
5,13%
7
Bélgica e Luxemburgo
4,16%
3,85%
3,36%
3,14%
3,23%
8
Países Baixos
3,75%
3,67%
3,06%
2,84%
2,73%
9
Suíça
3,84%
3,42%
2,73%
2,65%
2,60%
10
Hong Kong
3,53%
2,93%
2,93%
2,06%
2,15%
Total (%)
75,68%
74,71%
74,23%
74,76%
77,26%
Total mundo
4.110.953
4.472.940
4.880.590
5.459.448
5.994.467
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
141
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.13 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 8215 (9403.30 a
9403.60 – móveis de madeira para dormitórios, cozinhas e outros)
Classificação Principais exportadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Itália
19,55%
19,76%
18,16%
17,34%
15,33%
2
Alemanha
11,71%
10,89%
10,04%
10,24%
9,68%
3
Canadá
4,73%
5,66%
7,03%
8,16%
9,28%
4
Dinamarca
9,11%
8,03%
7,66%
7,83%
7,13%
5
China
2,78%
3,02%
4,15%
4,78%
5,42%
6
França
4,31%
4,19%
4,18%
4,63%
4,44%
7
Malásia
3,34%
3,79%
4,20%
3,90%
4,41%
8
Polônia
3,83%
4,26%
4,74%
4,67%
4,18%
9
Bélgica e Luxemburgo
4,25%
3,73%
3,53%
3,37%
3,67%
10
Espanha
2,73%
3,33%
3,56%
3,78%
3,64%
66,36%
66,66%
67,25%
68,70%
67,20%
15.795.516
17.068.306
17.411.068
18.001.132
18.520.650
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
20,06%
20,55%
23,44%
26,77%
31,04%
2
Alemanha
17,72%
16,72%
14,52%
13,65%
10,78%
3
França
8,12%
7,64%
7,42%
7,32%
7,25%
4
Reino Unido
4,53%
4,68%
5,40%
5,75%
6,00%
5
Japão
5,76%
6,17%
5,71%
4,19%
4,40%
6
Bélgica e Luxemburgo
4,94%
4,73%
4,42%
4,48%
4,21%
7
Países Baixos
5,09%
4,75%
4,28%
4,03%
4,16%
8
Suíça
5,80%
5,05%
4,15%
4,12%
4,03%
9
Áustria
4,94%
4,73%
3,93%
3,54%
3,35%
10
Hong Kong
2,68%
2,71%
3,21%
2,82%
3,08%
Total (%)
79,63%
77,72%
76,48%
76,67%
78,29%
Total mundo
13.475.476
14.805.347
15.213.027
16.524.108
17.693.800
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
142
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.14 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 8217 (9403.70 a
9403.80 – móveis de plástico)
Classificação Principais exportadores
1
Itália
2
1995
1996
1997
1998
1999
30,99%
32,89%
32,68%
30,64%
27,66%
Estados Unidos
7,31%
7,16%
8,19%
9,35%
9,56%
3
China
6,34%
6,53%
7,62%
9,17%
8,18%
4
Alemanha
5,28%
5,23%
5,45%
7,77%
7,84%
5
França
5,12%
5,39%
4,94%
5,57%
6,05%
6
PHILIPPINES
6,55%
6,63%
6,67%
6,01%
5,95%
7
Indonésia
8,90%
7,76%
4,10%
1,30%
5,36%
8
Espanha
3,95%
4,96%
5,58%
4,36%
4,58%
9
Bélgica e Luxemburgo
2,09%
1,90%
2,29%
3,33%
3,69%
10
Canadá
2,36%
2,54%
2,34%
3,05%
3,31%
78,89%
80,99%
79,86%
80,54%
82,18%
1.566.824
1.635.191
1.605.742
1.642.696
1.697.094
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1
Estados Unidos
2
1995
1996
1997
1998
1999
22,26%
21,51%
23,30%
25,78%
31,73%
França
9,25%
9,06%
8,24%
8,78%
9,15%
3
Alemanha
9,24%
9,55%
8,82%
8,84%
6,60%
4
Reino Unido
4,56%
5,72%
5,99%
6,82%
5,48%
5
Japão
10,07%
8,61%
7,00%
4,77%
4,19%
6
Canadá
3,37%
3,07%
3,62%
4,17%
4,16%
7
Bélgica e Luxemburgo
3,68%
3,90%
3,26%
3,65%
3,70%
8
Suíça
3,98%
3,78%
3,43%
3,69%
3,32%
9
Hong Kong
3,27%
3,21%
3,29%
2,87%
3,25%
10
Espanha
2,63%
2,48%
2,74%
2,55%
2,86%
Total (%)
72,31%
70,89%
69,69%
71,92%
74,43%
Total mundo
1.509.977
1.562.610
1.518.870
1.648.240
1.836.294
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
143
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo I.15 Exportações e Importações dos Principais Países. Produto 8218 (9403.90 –
partes de móveis)
Classificação Principais exportadores
1
Itália
2
Canadá
3
Alemanha
4
1995
1996
1997
1998
1999
26,04%
25,21%
23,25%
22,60%
20,16%
5,11%
5,96%
6,44%
7,51%
9,54%
11,23%
9,26%
8,58%
9,42%
8,23%
Estados Unidos
6,64%
6,55%
7,77%
9,26%
7,49%
5
Suécia
5,80%
5,78%
5,30%
5,38%
5,63%
6
Áustria
3,67%
4,44%
4,40%
4,76%
5,06%
7
China
1,39%
2,49%
3,92%
3,40%
4,14%
8
Bélgica e Luxemburgo
3,33%
3,53%
3,39%
2,42%
3,56%
9
Suíça
3,65%
3,61%
3,19%
3,50%
3,56%
10
Reino Unido
3,27%
3,81%
3,76%
4,17%
3,17%
70,13%
70,64%
70,00%
72,43%
70,55%
3.207.334
3.575.153
3.741.745
3.999.744
4.247.897
Total (%)
Total mundo
Classificação Principais importadores
1995
1996
1997
1998
1999
1
Estados Unidos
15,18%
16,21%
18,29%
20,21%
24,40%
2
Alemanha
20,65%
19,28%
16,82%
16,61%
15,08%
3
Reino Unido
9,38%
9,37%
9,21%
8,88%
7,81%
4
França
8,20%
6,80%
6,23%
6,64%
6,48%
5
Japão
7,52%
7,96%
8,18%
5,44%
5,50%
6
Canadá
3,64%
3,58%
4,37%
5,22%
4,68%
7
Suíça
4,55%
4,24%
3,91%
4,06%
3,88%
8
Bélgica e Luxemburgo
3,02%
3,55%
3,14%
3,49%
3,01%
9
Dinamarca
1,53%
1,44%
1,98%
2,23%
2,70%
10
Itália
2,02%
2,13%
2,27%
2,46%
2,69%
Total (%)
75,70%
74,57%
74,40%
75,24%
76,22%
Total mundo
3.242.828
3.585.827
3.777.246
4.083.833
4.343.382
Fonte: Elaborado a partir de ONU-PCTAS (fornecidos por NEIT-IE-UNICAMP)
144
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Anexo II. Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
145
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Anexo II.1 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros.
PÓLO MOVELEIRO: UBÁ (MG)
Principais Produtos
Cadeiras, dormitórios, estantes, salas e móveis sob encomenda
Principais Mercados
Interno (MG, SP, RJ e região NE)
Matéria-prima
Principal: painéis de madeira (predominância de chapas de aglomerado). MDF está
sendo introduzido
Pouca madeira maciça: (pau marfim oriundo do Paraguai), eucalipto e pinus
(estruturas de estofados)
Parceria entre empresas italianas e brasileiras para trazer chapas
Estrutura Produtiva
Não há verticalização da produção
Porte da Indústria
Predominância de pequenas e médias empresas
Mão-de-Obra
Abundante com baixa qualificação
Senai e Intersind implantando programas educacionais (marcenaria, técnica
moveleira e design de móveis)
Equipamentos
Equipamento convencionais, obsoletos, intensivo em mão-de-obra da baixa
capacitação
Design
A maioria das empresas possui profissionais na área de design.
Desenhos baseados em tendências de mercados e adaptações de modelos nacionais e
estrangeiros.
Destinação de
resíduos
Característica geral: falta de preocupação com meio-ambiente
Informalidade
Não existe reação das empresas formais contra as informais (pequenas marcenarias,
de preços reduzidos)
Difusão normas
técnicas
Normas ABNT: não contemplam a maioria dos produtos do pólo (salas e
dormitórios)
Sistema de
informações
Associações e sindicatos de classe têm grande carência em relação ao acesso e às
informações atualizadas
Distribuição
Mercado interno: maioria das empresas possui representante nos estados e vendas em
lojas multimarcas. Transporte e distribuição terceirizados
Mercado externo: algumas empresas exportam para Mercosul.
Consórcio de exportadores – SETEX (organizado pelo Sindicato do Setor (Intersind),
Sebrae e APEX), com 21 empresas.
MovExport: 13 empresas buscando nichos para exportação
Consumidor Interno
Classes B e C, pouco exigentes. Fornecedores e distribuidores ditam as tendências
Fonte: Elaborado a partir de BRASIL (2002) “Prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de madeira e móveis”
(IPT - 2002)
146
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Anexo II.2 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
PÓLO MOVELEIRO: VOTUPORANGA, MIRASSOL E JACI (SP)
Principais Produtos
Cadeiras, mesas, armários, dormitórios, estantes, salas e móveis sob encomenda
(madeira maciça).
Principais Mercados Interno (todos os estados)
Externo: não existe exportação (baixo nível de qualidade para exportação, falta de
competitividade dos produtos e pouca experiência comercial externa)
Matéria-prima
Principal: tradicionais (madeira serrada e painéis). Uso maior de madeira nativa.
Madeira serrada de pinus mais cara do que de nativa (nativa: R$80/m3 ; pinus:
R$400/m3 ).
Não é sentida a necessidade de certificação da madeira (principal mercado é interno).
Madeiras nativas: proximidade à fonte (MS) não compromete regularidade do
fornecimento. Aumento da oferta (e redução do preço) aumenta o consumo de madeira
nativa, em detrimento do consumo de painéis (MDF).
Estrutura Produtiva
Porte da Indústria
Mão-de-Obra
Equipamentos
Design
Destinação de
resíduos
Informalidade
MDF: uso crescente em substituição aos aglomerados e madeira serradas (custo maior,
mas qualidade melhor)
Praticamente não há verticalização da produção. A maioria das empresas usa painéis
semi-acabados ou até pré-cortados, restringindo-se às empresas os encaixes, furação,
acabamento das bordas e aplicação de “top-coat” e à cura destes. O produto final é
fornecido em kits desmontados e embalados para distribuição, para montagem
posterior pelas vendedoras/montadoras nos domicílios.
Alta especialização na linha de produção (pouco diversificada).
Predominância de pequenas e médias empresas.
Aumento de mão-de-obra especializada devido a inauguração do CEMAD/FUVEC,
que está reciclando a mão-de-obra do setor.
Equipamentos de processamento mecânico: convencionais, obsoletos, principalmente
nas linhas que utilizam madeira maciça.
Mais modernos: linhas de produção que utilizam MDF.
Acabamento: da maioria das indústrias é avançado tecnologicamente (raios Ultra
violeta para cura instantânea de vernizes tipo poliéster e infra vermelho para resinas
poliuretânicas)
Cópia de móveis a partir de catálogos e revistas estrangeiras, com pequenas
modificações.
Característica geral: falta de preocupação com meio-ambiente
Não existe reação das empresas formais contra as informais (pequenas marcenarias, de
preços reduzidos)
Difusão
normas Normas ABNT: não contemplam a maioria dos produtos do pólo (salas, cozinhas e
técnicas
dormitórios). Dificulta padronização para produtos para exportação.
Sistema
de Associações e sindicatos de classe têm grande carência em relação ao acesso e às
informações
informações atualizadas
Distribuição
Mercado interno: terceirizada. Necessidade de racionalização do sistema de cargas
(com adequação de lotes e volumes, através de uma central de cargas) e de adequação
do transporte ferroviário, de menor custo.
Mercado externo: não existem canais de distribuição (nenhuma empresa exporta)
Consumidor Interno Montagem terceirizada feita por equipes mal treinadas reflete alto índice de
reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor, bem como necessidade de
reposição de peças. Credibilidade da indústria fica prejudicada.
Fonte: Elaborado a partir de BRASIL (2002) “Prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de madeira e móveis”
(IPT - 2002)
147
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Anexo II.3 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
Principais Produtos
Principais Mercados
PÓLO MOVELEIRO: ARAPONGAS (PR)
Móveis retilíneos (cômodas, berços e guarda-roupas), estofados, móveis de escritório
(estantes, racks) e tubulares
Mercado interno: todos os estados
Mercado externo: nível de qualidade inadequado para exportação, além da falta de
experiência exportadora.
Grandes empresas (estofados): bem posicionadas na exportação para Caribe, sul dos
EUA, Europa e África, além do Mercosul.
Matéria Prima
Principal: painéis à base de madeira (principalmente aglomerado, a seguir, MDF
(peças usinadas de racks e estantes) e em menor escala chapas de fibras). Mudança
para painéis iniciou há 5/6 anos atrás, antes se usava madeira sólida de florestas
nativas. Uso de madeira sólida (sarrafos e pequenas peças para armações dos moveis)
nas empresas com linhas de estofados. Problema: sarrafos não passam por processos
de secagem, o que propicia aparecimento de bolor e fungos.
Madeira serrada: aumento da oferta (com redução do preço), causa redução do
consumo de aglomerado.
Madeira de reflorestamento (pinus e eucalipto, do oeste do PR, para sarrafo)
substituindo madeira macia nativa (cedro, PR e MT).
Diversidade de fornecedores: Duratex, Tafisa, Berneck, Satipel, Placas do Paraná
Estrutura Produtiva
Grande maioria não é verticalizada. Algumas poucas grandes produzem alguns
insumos usados na linha de produção.
A maioria das empresas usa painéis crus, semi-acabados ou até pré-cortados,
restringindo-se às empresas os encaixes, furação, acabamento das bordas e aplicação
de “top-coat” e à cura destes. O produto final é fornecido em kits desmontados e
embalados para distribuição, para montagem posterior pelas vendedoras/montadoras
nos domicílios.
Alta especialização na linha de produção (pouco diversificada).
Porte da Indústria
Pequenas e médias empresas representam 64% da população afiliada ao Sindicato
local (com até 50 empregados). Empresas de 100 a 200 empregados representam 15%
da população.
Mão-de-Obra
Perspectiva de aumento de mão-de-obra especializada devido à inauguração recente da
Universidade do Móvel / Fundação Araponguense de ensino
Equipamentos
Equipamentos de processamento mecânico: convencionais, obsoletos, principalmente
nas linhas que utilizam madeira maciça.
Mais modernos: linhas de produção que utilizam MDF.
Acabamento: da maioria das indústrias é avançado tecnologicamente (raios ultra
violeta e IR para curas instantâneas de resinas de revestimento)
Design
Cópia de móveis a partir de catálogos e revistas estrangeiras, com pequenas
modificações.
Destinação
de Característica geral: falta de preocupação com meio-ambiente
resíduos
Informalidade
Foram apontados por alguns a existência de demasiada informalidade do setor
Difusão
normas Normas ABNT: não contemplam a maioria dos produtos do pólo (salas, cozinhas e
técnicas
dormitórios). Dificulta padronização para produtos para exportação.
Sistema
de Associações e sindicatos de classe têm grande carência em relação ao acesso das
informações
informações atualizadas
Distribuição
Mercado interno: através de distribuidores e representantes. Enfatizada a necessidade
de racionalização do sistema de montagem, além de treinamento das firmas
terceirizadas para este serviço.
Mercado externo: representantes-importadores.
Consumidor Interno Montagem terceirizada feita por equipes mal treinadas reflete alto índice de
reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor, bem como necessidade de
reposição de peças. Credibilidade da indústria fica prejudicada.
Fonte: Elaborado a partir de BRASIL (2002) “Prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de madeira e móveis”
(IPT - 2002)
148
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Anexo II.4 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
PÓLO MOVELEIRO: BENTO GONÇALVES, FARROUPILHA E FLORES DA CUNHA (RS)
Principais Produtos
Móveis retilíneos, móveis de pinus, metálicos e tubulares
Principais Mercados Interno (todos os estados)
Externo
Matéria Prima
Principal: painéis à base de madeira (aglomerado e MDF), boa parte com acabamento
de superfície FF ou BP. Oferta e preços de chapas de MDF considerados adequados
(devido ao aumento da oferta no Brasil e possibilidade de importação da Argentina e
Chile).
Madeira serrada: uso restrito (componentes mais trabalhados ou móveis de estilo
colonial). Móveis de madeira maciça exportados são de pinus e eucalipto certificados
Estrutura Produtiva
Praticamente não há verticalização da produção. A maioria das empresas usa painéis
semi-acabados, com acabamento de superfície, executando as operações de recortes,
furação e montagem com ferragens e acessórios obtidos de terceiros.
Exceção: indústria de móveis de aço tubulares a verticalização da produção é bastante
definida.
Mão-de-Obra
Necessidade de pessoas com formações relacionadas à engenharia de produção e
informática. Empresas investindo em programas sociais para reduzir perda de mão-deobra treinada.
Equipamentos
Equipamentos sofisticados de alta tecnologia (automatizados, com trocas de
dispositivos em tempo reduzido, controlados por meio de computadores), necessitando
mão-de-obra qualificada. Dependência de maquinário importado e treinamento da
mão-de-obra.
Acabamento: predominância de uso de painéis pré-acabados pelos fornecedores
(aplicação de filmes ou laminados que imitam com perfeição os materiais
tradicionalmente empregados (madeira, pedra, metal, couro)
Design
Indústrias médias e grandes investem em design, através da terceirização. A
predominância dos móveis ainda é de cópia de revistas especializadas (nacionais e
internacionais).
Destinação de
Característica geral: falta de preocupação com meio-ambiente
resíduos
Informalidade
Ponto forte da indústria formal: alta capacidade de controle de todas as etapas de
produção (desde a pesquisa de mercado, design e assistência técnica no pós venda).
Informalidade combatida através da eficiência em produtividade e melhoria de
qualidade.
Difusão
normas Normas ABNT: não contemplam a maioria dos produtos do pólo. Dificulta o projeto e
técnicas
produção do móvel, bem como a escolha pelo consumidor.
Sistema
de Associações de classe, sindicatos e centro técnico de apoio às indústrias da região e do
informações
Estado têm facilidade em obter informações atualizadas sobre o setor. Pesquisas pela
Internet também têm facilitado o acesso às informações.
Distribuição
Mercado externo: países desenvolvidos: maioria das empresas depende de poucos
canais de distribuição; países em desenvolvimento: móveis considerados muito
sofisticados ou caros
Tradição exportadora Para os países industrializados é escassa. Contudo, algumas empresas da região já
possuem experiência suficiente para concorrer com demais produtores de outros países
tradicionais em exportação de móveis (como os tigres asiáticos).
Consumidor Interno Cada vez mais exigente: produtores investindo cada vez mais em design, pesquisa de
materiais e testes para a garantia quanto à durabilidade e desempenho mecânico.
Rivalidade entre os fabricantes é um dos fatores que vem promovendo maior interação
entre consumidor e produtor.
Fonte: Elaborado a partir de BRASIL (2002) “Prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de madeira e móveis”
(IPT - 2002)
149
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Anexo II.5 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
PÓLO MOVELEIRO: SÃO BENTO DO SUL / RIO NEGRINHO (SC)
Principais Produtos
Móveis de pinus, sofás, cozinhas e dormitórios. Grande parte da produção é de móveis
de madeira maciça (pinus), destinada à exportação.
Principais Mercados
Interno (PR, SC, SP)
Externo (principal mercado deste pólo). Maior pólo exportador de móveis do país
(60% para EUA e 40% para EU e menos de 10% para países em
desenvolvimento.Maior empresa destina 70% das exportações para Europa)
Matéria Prima
Principal: madeira maciça de pinus (sempre que possível de florestas certificadas),
madeiras sem defeitos (clears) em painéis colados e com “ finger joint”. Uso também
de madeiras nativas, algum volume de eucalipto, chapas compensadas e “blockboard”
revestido com lâminas de madeiras decorativas.
Indústrias têm grande dependência de madeiras de reflorestamento (especialmente
pinus, mas com crescente importância para o eucalipto), o que traz preocupação
quanto à escassez deste produto.
Madeiras tropicais utilizadas originam-se de serrarias da região Norte ou CentroOeste.
Em poucas empresas (e para linhas restritas) foi verificado o uso de painéis à base de
madeira (aglomerado, chapas de fibra e MDF), destinados ao mercado interno, ou para
países em desenvolvimento do Mercosul e da América Latina. Verifica-se uma
tendência de crescimento do uso de MDF para a fabricação de móveis retilíneos, para
atender o mercado nacional. Existe um fabricante de MDF (Tafisa) instalado no polo.
Estrutura Produtiva
Algumas empresas estão se verticalizando em direção à matéria-prima através da
incorporação de áreas florestais, e da produção de madeira serrada e seca em estufa. O
principal motivo é garantir o auto abastecimento, já que existe a preocupação quanto à
escassez da matéria-prima disponível, porque grandes grupos produtores de chapas ou
de madeiras serradas para exportação estão comprando as pequenas plantações de
madeira reflorestada.
Porte da Indústria
Predominância de micro e pequenas. Grandes empresas mecanizando as operações
repetitivas, reduzindo a necessidade de mão-de-obra
Mão-de-Obra
Local, com baixa rotatividade, mas com problema de baixa produtividade.
Treinamento multifuncional é feito nas fábricas, que também dão incentivos à
educação.
Escassez de mão-de-obra especializada. Foram implantadas na região estruturas de
formação e treinamento de mão-de-obra (Senai e Escola Técnica Tupy). Implantado
Curso de Design na Universidade do Contestato. Valoriza-se a relação empresauniversidade (empresa-UDESC/Fetep; Senai/Fetep)
150
ECCIB
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Anexo II.5 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
(continuação)
PÓLO MOVELEIRO: SÃO BENTO DO SUL / RIO NEGRINHO (SC)
Equipamentos
Grandes empresas: maquinários novos (nacionais e estrangeiros). Empresas
exportadoras usam máquinas de maior precisão e velocidade, preferindo maquinário
importado da Alemanha e Itália. Centros de usinagem italianos proporcionam
operações precisas e rápidas, com excelente acabamento
Empresas voltadas ao mercado interno: usam equipamentos nacionais e estrangeiros
Não são usadas máquinas de auto ajuste, que se destinam à fabricação em grandes
volumes (componíveis e personalizados).
Design
Indústrias grandes com marcas conhecidas investem em design, com departamentos
próprios (geralmente os projetos são desenvolvidos para mercado interno, sendo
também utilizados para países árabes e da América Central).
Regra geral: cópia de modelos publicados em revistas especializadas.
Exportação: normalmente o design vem especificado pelo importador em projetos
detalhados ou protótipos fabricados no país de origem
Destinação de
resíduos
Preocupação presente em relação à destinação dos resíduos. Resíduos de madeira não
contaminados são vendidos como matéria-prima para a produção de MDF ou para
granjas avícolas. Resíduos de chapas são vendidos ou doados para incineração.
Informalidade
Existência de práticas desonestas na emissão da documentação (meia nota), o que vem
sendo combatido no pólo. Informalidade afeta as empresas formais que atendem o
mercado interno (custos menores das informais possibilitam cobrar menores preços).
Difusão normas
técnicas
Normas ABNT: não contemplam a maioria dos produtos do pólo. Falta de
padronização, normalização, especificações das dimensões básicas dos móveis, da
resistência mecânica e durabilidade
Sistema de
informações
Falta de informação em relação aos fornecedores de insumos (produtos químicos:
acabamentos, propriedades) e sobre maquinário.
Pesquisa via internet facilitaram acesso às informações.
Uso pequeno de instituições técnicas
Distribuição
Mercado interno: lojas multimarcas. Alguns possuem lojas próprias, com shows rooms
nas grandes cidades. Cidades menores: representantes vendem diretamente aos
consumidores. Consumidor interno (maior poder aquisitivo) bastante exigente quanto
aos prazos e qualidade
Mercado externo: feita por agentes distribuidores, relações de confiança com os
importadores já estabelecidas. Constante interação entre produtores e consumidores
externos.
Tradição exportadora Maior pólo exportador de móveis, sendo que a maior parte destina-se aos países
desenvolvidos (60% para EUA e 40% para União Européia).
Mercado importador extremamente exigente em termos de qualidade e de entrega.
Consumidor Interno
Cada vez mais exigente: produtores investindo cada vez mais em design, pesquisa de
materiais e testes para a garantia quanto à durabilidade e desempenho mecânico.
Rivalidade entre os fabricantes é um dos fatores que vem promovendo maior interação
entre consumidor e produtor.
Fonte: Elaborado a partir de BRASIL (2002) “Prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de madeira e móveis”
(IPT - 2002)
151
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo II.6 Tabelas comparativas com as principais características dos pólos moveleiros
Principais Produtos
Principais Mercados
PÓLO MOVELEIRO: FORTALEZA E MARCO
Salas e dormitórios
Doméstico
Externo: Praticamente não há exportação. Nível de qualidade inadequado para
exportação (falta de competitividade dos produtos), além de pouca experiência
comercial externa (existe uma empresa de maior porte, que exporta 90% de sua
produção para Porto Rico).
Matéria Prima
Principal: madeira nativa maciça (proveniente de Amazonas e Pará)
Menor uso: florestas plantadas (pinus, de MG e SC), para estrutura de estofados, e
eucalipto (sul da Bahia). Uso restrito de painéis de madeira (MDF e compensado).
MDF não teve boa aceitação pelas empresas.
Não há demanda por madeira certificada.
Aglomerado: não utilizado no pólo.
Estrutura Produtiva
A maioria das empresas não é verticalizada em direção aos insumos.
A maioria das empresas possui lojas próprias ou multimarcas, havendo grande
interação com o consumidor final (venda até a montagem)
Porte da Indústria
Pequenas e médias empresas (maioria possui acima de 50 empregados). Linha de
produção não padronizada.
Mão-de-Obra
O pólo se ressente de mão-de-obra especializada. O treinamento é eito nas próprias
fábricas. Uma empresa de maior porte e exportadora, mantém curso de princípios de
marcenaria e noções práticas de medidas e escala, para jovens de 15 a 17 anos.
Equipamentos
Madeira serrada: equipamentos convencionais, obsoletos.
Empresas: equipamentos nacionais, não há demanda por equipamentos importados.
Intensivos em mão-de-obra não qualificada.
Design
Não há investimento em design. Segue tendência geral de cópia de móveis de feiras e
exposições, com pequenas modificações.
Algumas empresas utilizam-se de escritórios de design que executam projetos a
pedidos de clientes. Outras executam projetos de arquitetos e designers para
residências e, principalmente, hotéis, que funcionam como show room.
Destinação
de Não existe preocupação com a destinação dos resíduos. A abundância de madeira de
resíduos
espécies nativas reduz o foco sobre florestas plantadas e sobre o manejo.
Informalidade
Não foi considerada problema pelos agentes do pólo..
Difusão
normas As normas técnicas para a maioria dos produtos contemplados pelo pólo não foram
técnicas
contempladas pela ABNT. As empresas que não exportam (a maioria não sente falta
de normas técnicas)
Sistema
de As associações e sindicatos de classe mostraram carência muito grande de
informações
informações sobre o setor.
Distribuição
Mercado interno:representantes e principalmente através de estabelecimentos
comerciais (muitas vezes próprios), para venda de produtos exclusivos ou de outras
marcas.
Mercado externo: não é comum a venda ao mercado externo.
Consumidor Interno População de renda mais alta exige qualidade maior. Projetos mais elaborados são
para hotéis turísticos da região, projetados por arquitetos e decoradores.
Fonte: Elaborado a partir de BRASIL (2002) “Prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de madeira e móveis”
(IPT - 2002)
152
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo III – Comércio Exterior de Madeiras do Brasil a 8 dígitos (Sistema Harmonizado)
153
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo III.1 Evolução das exportações brasileiras de madeira e participação a 8 dígitos do SH
Em milhões de US$ FOB
Exportações totais e participação
1989
%
1995
%
1997
%
2000
%
2001
%
Produtos da Madeira
44071000 MADEIRA DE CONIFERAS,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
24,30 7,5%
86,08 11,4% 145,60 18,8% 212,67 22,1% 228,71 23,7%
44072410 MADEIRA DE MAHOGANY,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
74,70 22,9%
63,10
28,28 2,9%
19,45
2,0%
44072420 MADEIRA DE IMBUIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
3,88 1,2%
4,94
0,7%
2,99 0,4%
2,43 0,3%
1,24
0,1%
44072490 MADEIRA DE VIROLA/BALSA,SERRADA,CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
10,80 3,3%
2,21
0,3%
1,78 0,2%
4,50 0,5%
2,50
0,3%
44072500 MADEIRA DE DARK RED MERANTI,ETC.SERRADA,CORT.FLS.E>6MM
1,64 0,5%
0,08
0,0%
0,25 0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
44072910 MADEIRA DE CEDRO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
1,08 0,3%
16,51
2,2% 12,86 1,7%
32,43 3,4%
30,52
3,2%
44072920 MADEIRA DE IPE,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
1,67 0,5%
6,27
0,8% 11,05 1,4%
25,15 2,6%
36,20
3,8%
44072930 MADEIRA DE PAU MARFIM,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,12 0,0%
0,93
0,1%
0,81 0,1%
0,39 0,0%
0,23
0,0%
44072940 MADEIRA DE LOURO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
3,07 0,4%
0,18 0,0%
0,37
0,0%
44072990 OUTRAS MADEIRAS TROPICAIS,SERRADAS/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,01
0,0%
0,16 0,0%
29,33 3,0%
19,97
2,1%
44079100 MADEIRA DE CARVALHO,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,00 0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
44079200 MADEIRA DE FAIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,01
0,0%
0,00 0,0%
0,01 0,0%
0,00
0,0%
44079910 MADEIRA DE CANAFISTULA,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
3,55 1,1%
7,68
1,0%
0,02 0,0%
0,20 0,0%
0,05
0,0%
44079920 MADEIRA DE PEROBA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,10 0,0%
0,15 0,0%
0,05
0,0%
10,05 3,1% 144,09 19,0%
0,00 0,0%
0,01 0,0%
0,00
0,0%
44079930 MADEIRA DE GUAIUVIRA,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
8,3% 45,78 5,9%
44079940 MADEIRA DE CABREUVA PARDA,SERRADA/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,38 0,0%
1,84 0,2%
2,67
0,3%
44079950 MADEIRA DE URUNDEI,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,00 0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
44079960 MADEIRA DE AMENDOIM,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,02 0,0%
0,04 0,0%
0,00
0,0%
44079970 MADEIRA DE ANGICO PRETO,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,02 0,0%
0,08 0,0%
0,01
0,0%
16,34 5,0%
47,90
44079990 OUTRAS MADEIRAS SERRADAS/CORTADAS EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44101100 PAINEIS DE MADEIRA DENOMINADOS WAFERBOARD
0,00 0,0%
0,00
44101900 OUTROS PAINEIS DE MADEIRA
1,46 0,4%
19,01
44109000 PAINEIS DE OUTRAS MATERIAS LENHOSAS
0,00 0,0%
0,11
44111100 PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MECAN.D>0.8G/CM3
33,23 10,2%
44111900 OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,DENSIDADE>0.8G/CM3
6,3% 186,11 24,0% 181,84 18,9% 190,16 19,7%
0,10 0,0%
0,25 0,0%
0,07
0,0%
2,5% 20,47 2,6%
9,03 0,9%
10,52
1,1%
0,0%
0,02 0,0%
1,17 0,1%
2,18
0,2%
41,36
5,5% 35,38 4,6%
39,00 4,0%
36,06
3,7%
40,07 12,3%
54,18
7,2% 41,69 5,4%
18,63 1,9%
20,51
2,1%
44112100 PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MEC.0.5<D<=0.8G/CM3
0,18 0,1%
0,23
0,0%
0,00 0,0%
0,53 0,1%
0,68
0,1%
44112900 OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.5G/CM3<D<=0,8G/CM3
0,01 0,0%
0,03
0,0%
0,00 0,0%
0,13 0,0%
0,02
0,0%
44113100 PAINEIS DE FIBRAS MADEIRA,N/TRAB.MECAN.0.35<D<=0.5G/CM3
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,00 0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
44113900 OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.35G/CM3<D<=0.5G/CM3
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,00 0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
44119100 OUTS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA N/TRAB MECAN N/RECOB
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,00 0,0%
0,01 0,0%
0,02
0,0%
44119900 OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA
1,76 0,5%
2,01
0,3%
1,71 0,2%
1,25 0,1%
1,29
0,1%
44121300 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA TROPICAL
11,67 3,6%
32,58
4,3% 25,58 3,3%
52,52 5,5%
44,85
4,7%
44121400 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA N/CONIFER
46,64 14,3% 141,69 18,7% 138,77 17,9% 107,15 11,1% 106,66 11,1%
44121900 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,COM FOLHAS DE ESPESSURA<=6MM
10,08 3,1%
59,95
44122200 OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.CAMADA MAD.TROP.
0,00 0,0%
0,00
0,0%
3,76 0,5%
5,72 0,6%
5,22
0,5%
44122300 OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.PAINEL PARTICULA
8,28 2,5%
6,96
0,9%
5,81 0,8%
1,66 0,2%
1,52
0,2%
44122900 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/FACE DE MADEIRA N/CONIFERA
4,74 1,5%
11,28
1,5% 16,03 2,1%
9,12 0,9%
3,59
0,4%
44129200 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/CAMADA DE MADEIRA TROPICAL
0,00 0,0%
0,00
0,0%
1,09 0,1%
0,04 0,0%
0,00
0,0%
44129300 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,COM PAINEL DE PARTICULAS
0,00 0,0%
0,11
0,0%
0,07 0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
19,63 6,0%
7,42
1,0% 14,20 1,8%
41,26 4,3%
42,32
4,4%
44129900 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,FOLHEADAS OU ESTRATIFICADAS
Total
0,0%
7,9% 58,91 7,6% 156,18 16,2% 155,83 16,2%
325,87 100% 756,73 100% 774,60 100% 963,19 100% 963,47 100%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
154
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo III.2 Taxa de crescimento médio anual das exportações brasileiras de madeira
Em milhões de US$ FOB
Produtos da Madeira
Exportações
44071000 MADEIRA DE CONIFERAS,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072410 MADEIRA DE MAHOGANY,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072420 MADEIRA DE IMBUIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072490 MADEIRA DE VIROLA/BALSA,SERRADA,CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072500 MADEIRA DE DARK RED MERANTI,ETC.SERRADA,CORT.FLS.E>6MM
44072910 MADEIRA DE CEDRO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072920 MADEIRA DE IPE,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072930 MADEIRA DE PAU MARFIM,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072940 MADEIRA DE LOURO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072990 OUTRAS MADEIRAS TROPICAIS,SERRADAS/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
44079100 MADEIRA DE CARVALHO,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079200 MADEIRA DE FAIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44079910 MADEIRA DE CANAFISTULA,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079920 MADEIRA DE PEROBA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44079930 MADEIRA DE GUAIUVIRA,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079940 MADEIRA DE CABREUVA PARDA,SERRADA/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
44079950 MADEIRA DE URUNDEI,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079960 MADEIRA DE AMENDOIM,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079970
44079990
44101100
44101900
44109000
44111100
44111900
44112100
44112900
44113100
44113900
44119100
44119900
44121300
44121400
44121900
44122200
44122300
44122900
44129200
44129300
44129900
MADEIRA DE ANGICO PRETO,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
OUTRAS MADEIRAS SERRADAS/CORTADAS EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
PAINEIS DE MADEIRA DENOMINADOS WAFERBOARD
OUTROS PAINEIS DE MADEIRA
PAINEIS DE OUTRAS MATERIAS LENHOSAS
PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MECAN.D>0.8G/CM3
OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,DENSIDADE>0.8G/CM3
PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MEC.0.5<D<=0.8G/CM3
OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.5G/CM3<D<=0,8G/CM3
PAINEIS DE FIBRAS MADEIRA,N/TRAB.MECAN.0.35<D<=0.5G/CM3
OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.35G/CM3<D<=0.5G/CM3
OUTS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA N/TRAB MECAN N/RECOB
OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA
MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA TROPICAL
MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA N/CONIFER
OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,COM FOLHAS DE ESPESSURA<=6MM
OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.CAMADA MAD.TROP.
OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.PAINEL PARTICULA
OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/FACE DE MADEIRA N/CONIFERA
OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/CAMADA DE MADEIRA TROPICAL
OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,COM PAINEL DE PARTICULAS
OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,FOLHEADAS OU ESTRATIFICADAS
1989-2001 1989-95 1995-2001 2000-01
20,5%
-10,6%
-9,1%
-11,5%
32,1%
29,2%
5,4%
-30,4%
-48,1%
-
22,7%
17,9%
76,4%
0,7%
-5,4%
11,9%
13,5%
-2,6%
11,9%
7,1%
25,6%
-13,2%
-2,3%
6,6%
23,5%
-2,8%
4,1%
-23,2%
-39,7%
57,5%
24,7%
40,4%
30,0%
13,7%
55,9%
-
19,6%
53,5%
88,6%
3,7%
5,2%
4,1%
30,7%
2,2%
18,7%
20,3%
34,6%
-2,9%
15,5%
-15,0%
17,7%
7,5%
-17,8% -31,2%
-20,6% -49,0%
2,1% -44,4%
10,8%
-5,9%
33,9% 43,9%
-20,9% -41,9%
109,1%
248,8% -31,9%
-100,0%
-57,4% -76,6%
77,3% -68,1%
-82,7% -70,6%
45,0%
-
25,8%
-9,4%
65,0%
-2,3%
-14,9%
20,2%
-1,5%
157,0%
-7,2%
5,5%
-4,6%
17,3%
-22,4%
-17,4%
-47,5%
33,7%
-84,9%
4,6%
-74,3%
16,5%
85,7%
-7,5%
10,1%
29,1%
-81,7%
44,6%
2,8%
-14,6%
-0,5%
-0,2%
-8,8%
-8,3%
-60,7%
36,8%
2,6%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
155
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo III. 3 Evolução das importações brasileiras de madeira e participação a8 dígitos do SH
Em milhões de US$ FOB
Importações totais e participação
1989
%
1995
%
1997
%
2000
%
2001
%
44071000 MADEIRA DE CONIFERAS,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,08
0,5% 0,68
1,6% 1,02
1,2% 0,19
0,4% 0,62
1,9%
44072410 MADEIRA DE MAHOGANY,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,38
2,3% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44072420 MADEIRA DE IMBUIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44072490 MADEIRA DE VIROLA/BALSA,SERRADA,CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,04
0,1% 0,21
0,2% 0,06
0,1% 0,07
0,2%
44072500 MADEIRA DE DARK RED MERANTI,ETC.SERRADA,CORT.FLS.E>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44072910 MADEIRA DE CEDRO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,38
2,3% 0,02
0,1% 0,04
0,0% 0,00
0,0% 0,01
0,0%
44072920 MADEIRA DE IPE,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
1,51
9,3% 0,02
0,0% 0,01
0,0% 0,02
0,0% 0,00
0,0%
44072930 MADEIRA DE PAU MARFIM,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
3,38 20,8% 7,42 17,5% 4,81
5,7% 1,38
2,9% 2,51
7,8%
44072940 MADEIRA DE LOURO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,14
0,2% 0,03
0,1% 0,01
0,0%
44072990 OUTRAS MADEIRAS TROPICAIS,SERRADAS/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,03
0,0% 0,04
0,1% 0,27
0,8%
44079100 MADEIRA DE CARVALHO,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,25
1,5% 0,02
0,0% 0,13
0,2% 0,15
0,3% 0,23
0,7%
44079200 MADEIRA DE FAIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44079910 MADEIRA DE CANAFISTULA,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
3,79 23,3% 4,76 11,2% 1,62
1,9% 0,57
1,2% 0,55
1,7%
44079920 MADEIRA DE PEROBA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
2,71 16,6% 2,31
5,4% 0,41
0,5% 0,09
0,2% 0,10
0,3%
44079930 MADEIRA DE GUAIUVIRA,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
3,25 20,0% 6,25 14,7% 0,60
0,7% 0,40
0,9% 0,41
1,3%
44079940 MADEIRA DE CABREUVA PARDA,SERRADA/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,01
0,0% 0,01
0,0% 0,02
0,1%
44079950
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,05
0,1% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44079960 MADEIRA DE AMENDOIM,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,01
0,0% 0,00
0,0%
44079970 MADEIRA DE ANGICO PRETO,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,20
0,2% 0,12
0,2% 0,15
0,5%
44079990 OUTRAS MADEIRAS SERRADAS/CORTADAS EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
0,18
1,1% 3,36
7,9% 8,77 10,4% 2,25
4,8% 2,15
6,7%
44101100 PAINEIS DE MADEIRA DENOMINADOS WAFERBOARD
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,33
0,0% 0,53
1,6%
44101900 OUTROS PAINEIS DE MADEIRA
0,12
0,7% 10,65 25,1% 26,04 30,8% 17,20 36,4% 9,78 30,4%
44109000 PAINEIS DE OUTRAS MATERIAS LENHOSAS
0,00
0,0% 0,10
0,2% 0,76
0,9% 0,04
0,1% 0,20
44111100 PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MECAN.D>0.8G/CM3
0,01
0,0% 0,15
0,3% 5,26
6,2% 4,66
9,9% 5,00 15,5%
44111900 OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,DENSIDADE>0.8G/CM3
0,01
0,0% 0,08
0,2% 1,44
1,7% 2,30
4,9% 1,79
44112100 PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MEC.0.5<D<=0.8G/CM3
0,09
0,5% 5,24 12,3% 21,01 24,8% 11,56 24,5% 3,92 12,2%
44112900 OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.5G/CM3<D<=0,8G/CM3
0,00
0,0% 0,16
0,4% 8,38
9,9% 4,70
9,9% 2,27
7,0%
44113100
PAINEIS DE FIBRAS MADEIRA,N/TRAB.MECAN.0.35<D<=0.5G/CM3
0,00
0,0% 0,07
0,2% 0,22
0,3% 0,03
0,1% 0,02
0,1%
44113900
OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.35G/CM3<D<=0.5G/CM3
0,00
0,0% 0,07
0,2% 1,43
1,7% 0,27
0,6% 0,11
0,3%
44119100 OUTS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA N/TRAB MECAN N/RECOB
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44119900 OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA
0,00
0,0% 0,21
0,5% 0,29
0,3% 0,39
0,8% 0,44
1,4%
44121300 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA TROPICAL
0,01
0,0% 0,01
0,0% 0,12
0,1% 0,10
0,2% 0,01
0,0%
44121400 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA N/CONIFER
0,03
0,2% 0,63
1,5% 0,15
0,2% 0,22
0,5% 0,68
2,1%
44121900 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,COM FOLHAS DE ESPESSURA<=6MM
0,05
0,3% 0,05
0,1% 0,17
0,2% 0,24
0,5% 0,24
0,7%
44122200 OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.CAMADA MAD.TROP.
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,10
0,1% 0,06
0,1% 0,00
0,0%
44122300 OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.PAINEL PARTICULA
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,22
0,3% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44122900 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/FACE DE MADEIRA N/CONIFERA
0,06
0,3% 0,01
0,0% 0,09
0,1% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44129200 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/CAMADA DE MADEIRA TROPICAL
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44129300 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,COM PAINEL DE PARTICULAS
0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0% 0,00
0,0%
44129900 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,FOLHEADAS OU ESTRATIFICADAS
0,00
0,0% 0,19
0,4% 0,57
0,7% 0,17
0,4% 0,08
0,3%
MADEIRA DE URUNDEI,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
Total
0,4% 0,00
0,6%
5,6%
16,28 100% 42,50 100% 84,62 100% 47,27 100% 32,20 100%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
156
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo III.4 Taxa de crescimento médio anual das importações brasileiras de madeira
Em milhões de US$ FOB
Produtos da Madeira
1989-2001 1989-95 1995-2001 2000-01
Exportações
44071000
MADEIRA DE CONIFERAS,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
18,3% 42,1%
-1,4%
220,1%
44072410
MADEIRA DE MAHOGANY,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
-35,0%
44072420
MADEIRA DE IMBUIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072490
MADEIRA DE VIROLA/BALSA,SERRADA,CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
27,2% 48,9%
8,6%
9,6%
44072500
MADEIRA DE DARK RED MERANTI,ETC.SERRADA,CORT.FLS.E>6MM
44072910
MADEIRA DE CEDRO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
-25,8% -37,6%
-11,7% 5426,3%
44072920
MADEIRA DE IPE,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
-41,6% -53,4%
-26,7%
-87,4%
44072930
MADEIRA DE PAU MARFIM,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
-2,4% 14,0%
-16,5%
82,0%
44072940
MADEIRA DE LOURO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
-52,1%
44072990
OUTRAS MADEIRAS TROPICAIS,SERRADAS/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
121,0%
586,7%
44079100
MADEIRA DE CARVALHO,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
-0,7% -34,5%
50,6%
54,9%
44079200
MADEIRA DE FAIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44079910
MADEIRA DE CANAFISTULA,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
-14,9% 3,9%
-30,2%
-4,2%
44079920
MADEIRA DE PEROBA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
-23,9% -2,6%
-40,6%
16,9%
44079930
MADEIRA DE GUAIUVIRA,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
-15,9% 11,5%
-36,6%
0,4%
44079940
MADEIRA DE CABREUVA PARDA,SERRADA/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
148,0%
44079950
MADEIRA DE URUNDEI,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
248,8%
44079960
MADEIRA DE AMENDOIM,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079970
MADEIRA DE ANGICO PRETO,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
26,0%
44079990
OUTRAS MADEIRAS SERRADAS/CORTADAS EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
22,8% 62,5%
-7,1%
-4,3%
44101100
PAINEIS DE MADEIRA DENOMINADOS WAFERBOARD
44101900
OUTROS PAINEIS DE MADEIRA
44,8% 112,6%
-1,4%
-43,2%
44109000
PAINEIS DE OUTRAS MATERIAS LENHOSAS
12,0%
454,0%
44111100
PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MECAN.D>0.8G/CM3
71,1% 62,2%
80,4%
7,2%
44111900
OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,DENSIDADE>0.8G/CM3
57,4% 46,7%
68,9%
-22,1%
44112100
PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MEC.0.5<D<=0.8G/CM3
37,1% 97,3%
-4,7%
-66,1%
44112900
OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.5G/CM3<D<=0,8G/CM3
55,5%
-51,7%
44113100
PAINEIS DE FIBRAS MADEIRA,N/TRAB.MECAN.0.35<D<=0.5G/CM3
-22,1%
-42,8%
44113900
OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.35G/CM3<D<=0.5G/CM3
7,0%
-59,8%
44119100
OUTS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA N/TRAB MECAN N/RECOB
44119900
OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA
76,7% 176,1%
13,0%
15,2%
MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE
44121300 MADEIRA TROPICAL
5,6% 8,3%
2,9% -85,1%
44121400
44121900
44122200
44122300
44122900
44129200
44129300
44129900
Total
30,0% 66,7%
14,2% -1,0%
-18,2% -28,4%
5,9% 17,3%
1,3%
31,8%
-6,5%
-12,9%
-4,5%
MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA N/CONIFER
OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,COM FOLHAS DE ESPESSURA<=6MM
OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.CAMADA MAD.TROP.
OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.PAINEL PARTICULA
OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/FACE DE MADEIRA N/CONIFERA
OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/CAMADA DE MADEIRA TROPICAL
OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,COM PAINEL DE PARTICULAS
OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,FOLHEADAS OU ESTRATIFICADAS
205,9%
-2,1%
-51,2%
-31,9%
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
157
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo III. 5 Saldo comercial dos produtos de madeira
Em milhões de US$ FOB
Saldo Comercial em milhões de US$ correntes
44071000 MADEIRA DE CONIFERAS,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072410 MADEIRA DE MAHOGANY,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072420 MADEIRA DE IMBUIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072490 MADEIRA DE VIROLA/BALSA,SERRADA,CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072500 MADEIRA DE DARK RED MERANTI,ETC.SERRADA,CORT.FLS.E>6MM
44072910 MADEIRA DE CEDRO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072920 MADEIRA DE IPE,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072930 MADEIRA DE PAU MARFIM,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44072940 MADEIRA DE LOURO,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44072990 OUTRAS MADEIRAS TROPICAIS,SERRADAS/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
44079100 MADEIRA DE CARVALHO,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079200 MADEIRA DE FAIA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44079910 MADEIRA DE CANAFISTULA,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079920 MADEIRA DE PEROBA,SERRADA/CORTADA EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44079930 MADEIRA DE GUAIUVIRA,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079940 MADEIRA DE CABREUVA PARDA,SERRADA/CORT.FLS.ETC.ESP>6MM
44079950 MADEIRA DE URUNDEI,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079960 MADEIRA DE AMENDOIM,SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079970 MADEIRA DE ANGICO PRETO,SERRADA/CORT.EM FLS.ETC.ESP>6MM
44079990 OUTRAS MADEIRAS SERRADAS/CORTADAS EM FOLHAS,ETC.ESP>6MM
44101100 PAINEIS DE MADEIRA DENOMINADOS WAFERBOARD
44101900 OUTROS PAINEIS DE MADEIRA
44109000 PAINEIS DE OUTRAS MATERIAS LENHOSAS
44111100 PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MECAN.D>0.8G/CM3
44111900 OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,DENSIDADE>0.8G/CM3
44112100 PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,N/TRAB.MEC.0.5<D<=0.8G/CM3
44112900 OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.5G/CM3<D<=0,8G/CM3
44113100 PAINEIS DE FIBRAS MADEIRA,N/TRAB.MECAN.0.35<D<=0.5G/CM3
44113900 OUTS.PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA,0.35G/CM3<D<=0.5G/CM3
44119100 OUTS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA N/TRAB MECAN N/RECOB
44119900 OUTROS PAINEIS DE FIBRAS DE MADEIRA
44121300 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA TROPICAL
44121400 MADEIRA COMPENSADA C/FLS<=6MM,FACE DE MADEIRA N/CONIFER
44121900 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,COM FOLHAS DE ESPESSURA<=6MM
44122200 OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.CAMADA MAD.TROP.
44122300 OUTS.MADEIRAS COMPENS.FACE MAD.N/CONIF.PAINEL PARTICULA
44122900 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/FACE DE MADEIRA N/CONIFERA
44129200 OUTS.MADEIRAS COMPENSADAS,C/CAMADA DE MADEIRA TROPICAL
44129300 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,COM PAINEL DE PARTICULAS
44129900 OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS,FOLHEADAS OU ESTRATIFICADAS
Total
1989
24,22
74,32
3,88
10,79
1,64
0,70
0,16
-3,26
0,00
0,00
-0,25
0,00
-0,24
-2,71
6,80
0,00
0,00
0,00
0,00
16,16
0,00
1,34
0,00
33,22
40,07
0,09
0,01
0,00
0,00
0,00
1,76
11,66
46,61
10,03
0,00
8,28
4,68
0,00
0,00
19,63
309,60
1995
85,40
63,10
4,94
2,17
0,08
16,49
6,25
-6,50
0,00
0,01
-0,02
0,01
2,92
-2,30
137,83
0,00
0,00
0,00
0,00
44,55
0,00
8,36
0,00
41,21
54,10
-5,01
-0,13
-0,07
-0,07
0,00
1,80
32,57
141,06
59,91
0,00
6,96
11,27
0,00
0,11
7,24
714,23
1997
144,58
45,78
2,99
1,57
0,25
12,82
11,04
-4,00
2,93
0,13
-0,13
0,00
-1,59
-0,31
-0,60
0,38
-0,05
0,02
-0,18
177,34
-0,23
-5,57
-0,74
30,12
40,25
-21,01
-8,38
-0,22
-1,43
0,00
1,42
25,46
138,61
58,74
3,66
5,60
15,93
1,09
0,07
13,63
689,98
2000
212,48
28,28
2,43
4,44
0,00
32,43
25,13
-0,99
0,15
29,29
-0,15
0,01
-0,38
0,07
-0,39
1,83
0,00
0,03
-0,04
179,59
0,25
-8,17
1,14
34,34
16,33
-11,04
-4,57
-0,03
-0,27
0,01
0,87
52,43
106,93
155,94
5,66
1,66
9,12
0,04
0,00
41,09
915,92
2001
228,09
19,44
1,24
2,43
0,00
30,51
36,19
-2,29
0,36
19,70
-0,23
0,00
-0,50
-0,05
-0,40
2,65
0,00
0,00
-0,14
188,01
-0,47
0,74
1,98
31,06
18,72
-3,24
-2,25
-0,02
-0,11
0,02
0,84
44,84
105,97
155,60
5,22
1,52
3,58
0,00
0,00
42,24
931,27
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
158
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo IV. Destino e origem das exportações e importações de madeira do Brasil por
blocos econômicos a 4 dígitos do SH
159
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo IV.1 Destino e origem das exportações e importações (produto 4407)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
3,15
35,01
0,10
34,69
1,90
73,28
148,14
1997
2,1%
11,33 3,0%
23,19
23,6%
82,84 21,8% 130,73
0,1%
0,40 0,1%
1,17
23,4% 150,45 39,6% 135,64
1,3%
45,25 11,9%
53,62
49,5%
89,55 23,6%
66,65
100% 379,82 100% 411,00
14,82 93,1%
0,25 1,6%
0,85 5,3%
0,00 0,0%
0,00 0,0%
0,00 0,0%
15,92 100%
-11,68
34,77
-0,75
34,69
1,90
73,28
132,22
1995
24,65 99,1%
0,03 0,1%
0,16 0,6%
0,03 0,1%
0,01 0,0%
0,00 0,0%
24,88 100%
-13,32
82,81
0,24
150,42
45,24
89,55
354,94
2000
2001
5,6%
32,00 6,2%
27,80
31,8% 201,36 38,8% 212,71
0,3%
2,58
0,5%
10,76
33,0% 159,32 30,7% 149,85
13,0%
69,01 13,3%
72,70
16,2%
55,24 10,6%
58,33
100% 519,52 100% 532,14
17,26 95,7%
0,16 0,9%
0,28 1,6%
0,08 0,4%
0,19 1,0%
0,08 0,4%
18,05 100%
5,92
130,57
0,89
135,57
53,43
66,57
392,95
3,81 71,6%
0,61 11,5%
0,07
1,2%
0,45
8,5%
0,25
4,6%
0,14
2,5%
5,33 100%
28,19
200,75
2,52
158,87
68,77
55,10
514,19
5,71
0,49
0,38
0,38
0,00
0,16
7,12
5,2%
40,0%
2,0%
28,2%
13,7%
11,0%
100%
80,2%
6,9%
5,3%
5,3%
0,0%
2,3%
100%
22,09
212,22
10,38
149,47
72,70
58,17
525,02
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
160
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo IV.2 Destino e origem das exportações e importações (produto 4410)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
0,14
0,03
0,02
0,04
0,16
1,07
1,46
1995
1997
2000
2001
9,4%
2,55 13,4%
2,4%
1,21 6,3%
1,3%
0,18 0,9%
2,6% 13,29 69,5%
10,8%
0,39 2,1%
73,6%
1,49 7,8%
100% 19,12 100%
1,02
5,0%
0,38
1,9%
0,02
0,1%
17,80 86,4%
0,21
1,0%
1,16
5,6%
20,59 100%
2,28 21,8%
1,53
2,71 26,0%
2,44
0,25
2,4%
0,34
3,04 29,0%
5,33
1,50 14,3%
3,02
0,67
6,4%
0,10
10,46 100% 12,77
12,0%
19,1%
2,6%
41,8%
23,7%
0,8%
100%
0,12 100,0% 10,22 95,0%
0,00
0,0%
0,02 0,2%
0,00
0,0%
0,12 1,1%
0,00
0,0%
0,19 1,7%
0,00
0,0%
0,00 0,0%
0,00
0,0%
0,21 2,0%
0,12 100% 10,75 100%
21,93 80,8%
0,04
0,1%
1,28
4,7%
3,86 14,2%
0,00
0,0%
0,01
0,1%
27,12 100%
16,80 97,5%
9,47
0,01
0,0%
0,01
0,31
1,8%
0,09
0,09
0,5%
0,94
0,03
0,2%
0,00
0,00
0,0%
0,00
17,24 100% 10,51
90,1%
0,1%
0,9%
8,9%
0,0%
0,0%
100%
0,02
0,03
0,02
0,04
0,16
1,07
1,34
-20,91
0,35
-1,26
13,94
0,21
1,14
-6,53
-14,52
2,71
-0,05
2,94
1,46
0,67
-6,78
-7,66
1,19
0,06
13,11
0,39
1,28
8,37
-7,94
2,43
0,25
4,40
3,02
0,10
2,26
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
161
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo IV.3 Destino e origem das exportações e importações (produto 4411)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
1995
1997
2000
2001
0,27
31,85
0,10
25,49
1,12
16,42
75,25
0,4%
42,3%
0,1%
33,9%
1,5%
21,8%
100%
2,22
46,61
0,66
21,73
1,44
25,14
97,80
2,3%
47,7%
0,7%
22,2%
1,5%
25,7%
100%
1,52
42,46
0,64
13,10
1,53
19,54
78,78
1,9%
53,9%
0,8%
16,6%
1,9%
24,8%
100%
1,95
36,69
0,17
9,07
1,54
10,13
59,55
3,3%
61,6%
0,3%
15,2%
2,6%
17,0%
100%
1,68
37,55
0,47
9,17
1,31
8,41
58,58
2,9%
64,1%
0,8%
15,7%
2,2%
14,4%
100%
0,10
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
99,5%
0,0%
0,0%
0,5%
0,0%
0,0%
100%
0,71
0,19
4,91
0,10
0,01
0,06
5,98
11,9%
3,1%
82,0%
1,7%
0,1%
1,1%
100%
15,05
2,30
13,79
6,26
0,30
0,31
38,03
39,6%
6,1%
36,3%
16,5%
0,8%
0,8%
100%
10,92
0,38
6,58
5,90
0,15
0,00
23,92
45,6%
1,6%
27,5%
24,7%
0,6%
0,0%
100%
7,41
0,07
1,40
4,61
0,06
0,00
13,55
54,7%
0,5%
10,3%
34,1%
0,4%
0,0%
100%
0,17
31,85
0,10
25,48
1,12
16,42
75,14
1,50
46,43
-4,25
21,62
1,44
25,08
91,82
-13,53
40,15
-13,15
6,84
1,23
19,22
40,75
-8,97
36,32
-6,41
3,18
1,39
10,13
35,63
-5,73
37,48
-0,93
4,55
1,25
8,41
45,03
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
162
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo IV.4 Destino e origem das exportações e importações (produto 4412)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
0,14
10,78
0,93
28,90
0,00
60,28
101,03
0,12
0,01
0,00
0,01
0,00
0,00
0,14
0,02
10,77
0,93
28,89
0,00
60,28
100,89
1995
1997
2000
2001
0,1%
8,35
10,7%
61,70
0,9%
9,99
28,6%
65,48
0,0%
5,40
59,7% 109,08
100% 259,99
3,2%
12,70
23,7%
59,15
3,8%
8,81
25,2%
64,84
2,1%
7,68
42,0% 111,04
100% 264,22
4,8%
8,76
22,4%
70,44
3,3%
11,13
24,5% 122,78
2,9%
4,34
42,0% 156,21
100% 373,66
2,3%
6,83
18,9%
71,87
3,0%
14,09
32,9% 115,09
1,2%
2,61
41,8% 149,50
100% 359,99
1,9%
20,0%
3,9%
32,0%
0,7%
41,5%
100%
84,7%
10,0%
0,0%
5,3%
0,0%
0,0%
100%
43,8%
0,2%
0,0%
55,3%
0,6%
0,1%
100%
49,6%
0,8%
5,4%
44,2%
0,0%
0,0%
100%
29,5%
15,5%
0,0%
47,9%
7,1%
0,0%
100%
14,7%
11,2%
0,0%
74,1%
0,0%
0,0%
100%
0,39
0,00
0,00
0,49
0,01
0,00
0,88
7,96
61,70
9,99
64,99
5,39
109,08
259,11
0,71
0,01
0,08
0,63
0,00
0,00
1,43
11,99
59,14
8,74
64,21
7,68
111,04
262,80
0,23
0,12
0,00
0,38
0,06
0,00
0,78
8,52
70,32
11,13
122,40
4,29
156,21
372,88
0,15
0,11
0,00
0,76
0,00
0,00
1,02
6,68
71,75
14,09
114,33
2,61
149,50
358,96
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
163
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo V. Destino e origem das exportações e importações de móveis do Brasil por blocos
a 4 dígitos do SH
164
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo V.1 Destino e origem das exportações e importações (produto 9401)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
1,27 5,0%
16,49 65,5%
1,02 4,1%
3,79 15,0%
0,12 0,5%
2,50 9,9%
25,20 100%
0,13
0,49
0,00
0,30
0,07
1,54
2,53
1,13
16,01
1,02
3,48
0,06
0,96
22,66
5,2%
19,3%
0,0%
11,9%
2,7%
60,8%
100%
1995
1997
13,15
14,08
3,18
10,66
0,17
5,32
46,57
28,2%
30,2%
6,8%
22,9%
0,4%
11,4%
100%
30,69
9,85
4,84
14,03
0,17
5,44
65,02
14,84
8,78
0,01
20,71
2,77
6,66
53,77
27,6%
15,99
16,3%
37,12
0,0%
0,30
38,5%
53,39
5,2%
4,28
12,4%
5,27
100% 116,35
-1,69
5,29
3,18
-10,05
-2,60
-1,34
-7,21
14,71
-27,27
4,54
-39,36
-4,11
0,17
-51,32
2000
47,2%
15,1%
7,4%
21,6%
0,3%
8,4%
100%
32,87
16,77
2,29
14,95
0,36
6,90
74,14
2001
44,3%
22,6%
3,1%
20,2%
0,5%
9,3%
100%
25,38
30,85
5,33
7,34
1,33
8,28
78,51
32,3%
39,3%
6,8%
9,3%
1,7%
10,5%
100%
13,7%
3,27 2,8%
3,04 2,6%
31,9%
38,78 33,7%
39,89 33,8%
0,3%
0,25 0,2%
0,00 0,0%
45,9%
61,27 53,2%
63,90 54,2%
3,7%
5,41 4,7%
5,84 5,0%
4,5%
6,10 5,3%
5,32 4,5%
100% 115,09 100% 117,99 100%
29,60
-22,02
2,04
-46,32
-5,05
0,80
-40,95
22,34
-9,04
5,33
-56,56
-4,51
2,96
-39,48
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
165
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo V.2 Destino e origem das exportações e importações (produto 9403)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
1,77
8,99
0,61
4,27
0,03
5,65
21,32
0,69
0,11
0,00
0,07
0,43
0,01
1,31
1,08
8,88
0,61
4,20
-0,40
5,64
20,01
1995
1997
2000
2001
8,3%
26,12
42,1%
61,81
2,9%
2,37
20,0% 127,70
0,1%
0,60
26,5%
48,55
100% 267,15
9,8%
36,73
23,1%
57,54
0,9%
5,25
47,8% 148,02
0,2%
0,56
18,2%
51,19
100% 299,30
12,3%
77,42
19,2% 106,18
1,8%
7,62
49,5% 157,15
0,2%
1,41
17,1%
63,62
100% 413,40
18,7%
65,08
25,7% 135,97
1,8%
10,10
38,0% 124,15
0,3%
0,38
15,4%
69,16
100% 404,83
16,1%
33,6%
2,5%
30,7%
0,1%
17,1%
100%
52,9%
8,0%
0,0%
5,5%
32,6%
1,0%
100%
17,9%
35,5%
0,4%
30,6%
9,4%
6,3%
100%
16,3%
39,9%
1,2%
26,5%
11,7%
4,4%
100%
17,5%
28,6%
0,1%
38,8%
12,8%
2,3%
100%
15,4%
18,7%
0,1%
45,5%
16,7%
3,6%
100%
5,79
11,50
0,13
9,93
3,04
2,04
32,43
20,33
50,31
2,24
117,77
-2,44
46,51
234,72
8,14
19,91
0,59
13,20
5,85
2,17
49,86
28,59
37,63
4,67
134,82
-5,29
49,02
249,44
4,39
7,17
0,02
9,74
3,21
0,58
25,12
73,04
99,01
7,60
147,41
-1,80
63,04
388,29
2,83
3,45
0,02
8,38
3,07
0,67
18,42
62,25
132,51
10,08
115,77
-2,69
68,49
386,41
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
166
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Anexo V.3 Destino e origem das exportações e importações (produto 9404)
em milhões de US$ nominais
Bloco econômico
Exportação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Importação
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
Saldo comercial
Mercosul
Nafta
Aladi
União Européia
Ásia
Resto do mundo
Total
1989
1995
1997
2000
2001
0,40
0,31
0,19
0,14
0,00
0,02
1,07
37,7%
29,2%
17,9%
13,0%
0,0%
2,2%
100%
1,87
0,00
0,49
0,62
1,62
0,06
4,66
40,2%
0,0%
10,6%
13,3%
34,7%
1,2%
100%
0,31
0,33
0,98
0,00
0,33
0,07
2,01
15,2%
16,2%
48,6%
0,0%
16,2%
3,7%
100%
1,01
0,02
0,10
0,01
0,09
0,05
1,29
78,7%
1,5%
8,1%
0,5%
7,1%
4,1%
100%
0,72
0,03
0,12
0,00
0,00
0,07
0,94
76,5%
2,9%
12,8%
0,0%
0,0%
7,8%
100%
0,32
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,33
98,6%
1,1%
0,0%
0,3%
0,0%
0,0%
100%
0,23
0,74
0,01
0,09
0,02
0,01
1,11
20,9%
66,7%
0,9%
8,5%
1,8%
1,2%
100%
3,80
2,67
0,36
0,29
0,15
0,03
7,30
52,1%
36,6%
4,9%
3,9%
2,1%
0,4%
100%
1,53
1,08
0,07
0,33
0,18
0,08
3,26
46,9%
33,1%
2,1%
10,0%
5,5%
2,5%
100%
0,64
0,33
0,02
0,51
0,18
0,09
1,76
36,2%
18,5%
1,0%
28,9%
10,3%
5,1%
100%
0,08
0,31
0,19
0,14
0,00
0,02
0,74
1,64
-0,74
0,48
0,53
1,60
0,04
3,56
-3,50
-2,35
0,62
-0,29
0,17
0,04
-5,29
-0,52
-1,06
0,04
-0,32
-0,09
-0,03
-1,97
0,08
-0,30
0,10
-0,51
-0,18
-0,02
-0,82
Fonte: Elaborado a partir dos dados fornecidos pela NEIT/UNICAMP (Secex)
167
UNICAMP-IE-NEIT
ECCIB
Anexo 6. Tarifas impostas ao Brasil por produto (8 dígitos do Sistema Harmonizado)
168
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
PRODUTOS DA POSIÇÃO 4407
MADEIRA SERRADA OU FENDIDA LONGITUDINALMENTE, CORTADA EM
FOLHAS OU DESENROLADA, MESMO APLAINADA, POLIDA OU UNIDA PELAS
EXTREMIDADES, DE ESPESSURA SUPERIOR A 6MM
169
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
440710: DE CONÍFERAS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
ESPECIAL
USA
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
0.0
CORÉIA DO NORTE: US$1,7/m3
Canadá
0.0
México
13.0 (para
44071001 e
44071003)
18.0 (para
44071002 e
44071099)
União
Européia
0.0
440724:MADEIRA TROPICAL (IMBUIA, VIROLA/BALSA, CORTADA EM FOLHAS, ESPESSURA >
6 MM)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
CORÉIA DO NORTE: US$1,27/m3
Canadá
0.0
México
18.0
União
2,5 para
0.0
para :
Européia
440724.15
GSP (Inclui Brasil)
ACP countries
2.0 para:
440724.30
Preference for South Africa, Czech
Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia,
Algeria and Israel
170
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
440725: MADEIRA TROPICAL (DARK RED MERANTI), SERRADA, CORTADA EM FOLHAS,
ESPESSURA > 6 MM)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
CORÉIA DO NORTE: US$1,27/m3
Canadá
0.0
México
18.0
União
0.0
Européia
0.0 para :
GSP (Inclui Brasil)
ACP countries
Preference for South Africa, Czech
Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
440726: MADEIRA TROPICAL (WHITE LUAN), SERRADA, CORTADA EM FOLHAS, ESPESSURA
> 6 MM)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS, CORÉIA
DO NORTE: US$1,27m3
México
18.0
Canadá
0.0
União
2.5
Européia
2.0 para:
440726.30
0.0 para:
440726.90
0.0
para :
GSP (inclui Brasil)
Preference ACP countries
Preference for South Africa, Czech
Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia,
Algeria and Israel
171
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
440729: MADEIRA TROPICAL (CEDRO, IPÊ, PAU MARFIM, LOURO, OUTRAS TROPICAIS),
SERRADA, CORTADA EM FOLHAS, ESPESSURA > 6 MM)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: US$1,27/m3
Canadá
0.0
México
18.0
União
2.5 para
Européia
440729.10;
440729.50;
0.0 para :
GSP (Inclui Brasil)
ACP countries
440729.85
2.0 para
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
440729.20;
440729.39;
440729.83)
0.0 para :
440729.61;
440729.69;
440729.99
172
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
440791:
MADEIRA
TROPICAL
(DE
CARVALHO),
SERRADA,
CORTADA
EM
FOLHAS,
ESPESSURA > 6 MM)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: US$1,27/m3
Canadá
0.0
México
18.0
União
0.0
Européia
440792: MADEIRA TROPICAL (DE FAIA), SERRADA, CORTADA EM FOLHAS, ESPESSURA > 6
MM)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
0.0
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
3
CORÉIA DO NORTE: US$1,27/m
Canadá
0.0
México
13.0 para
440792.01
18.0 para
440792.99
União
0.0
Européia
173
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
440799: MADEIRA TROPICAL (CANAFISTULA, PEROBA, GUAIVIRA, CABREUVA, URUNDEI,
AMENDOIM, ANGICO PRETO, OUTRAS MADEIRAS), SERRADA, CORTADA EM FOLHAS,
ESPESSURA > 6 MM)OUTRAS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS, CORÉIA DO NORTE:
US$1,27/m3
Canadá
0.0
México
13.0 para os
demais
18.0 para:
440799.01
440799.99
União
2.5 para
Européia
440799.50
0.0 para :
GSP (Inclui Brasil)
ACP countries
0.0 (para as South Africa, Czech
demais)
Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan,
Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and
Israel
174
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
TARIFAS APLICADAS A 6 DÍGITOS DO SISTEMA HARMONIZADO
PRODUTOS DA POSIÇÃO 4410
PAINÉIS DE PARTÍCULAS E PAINÉIS SEMELHANTES (POR EXEMPLO,
PAINÉIS DENOMINADOS “ORIENTED STRAND BOARD” E PAINÉIS
DENOMINADOS “WAFERBOARD”), DE MADEIRA OU DE OUTRAS MATÉRIAS
LENHOSAS, MESMO AGLOMERADAS COM RESINAS OU COM OUTROS
AGLUTINANTES ORGÂNICOS
175
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441011: PAINÉIS DE MADEIRA DENOMINADOS “WAFERBOARD”
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 40%
Canadá
2.5
México
23.0
União
7.0
Européia
0.0 para :
GSP for LDC
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
4.9 para :
GSP (Inclui Brasil)
176
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441019 – OUTROS PAINÉIS DE MADEIRA
USA
Canadá
México
União
Européia
GERAL
0.0
2.5
23.0
7.0
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
CORÉIA DO NORTE: 40%
LAOS,
0.0 para :
LDC
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
4.9 para :
GSP countries (Inclui Brasil)
441090: PAINÉIS DE OUTAS MADEIRAS LENHOSAS
USA
Canadá
México
União
Européia
GERAL
0.0
0.0
23.0
18.0 (para
441090.01)
7.0
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
CORÉIA DO NORTE: 20%
LAOS,
0.0 para :
LDC
ACP countries
South Africa, Czech Republic,
Hungary, Poland, Egypt, Jordan,
Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
4.9 para :
GSP countries (Inclui Brasil)
177
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
TARIFAS APLICADAS A 6 DÍGITOS DO SISTEMA HARMONIZADO
PRODUTOS DA POSIÇÃO 4411
PAINÉIS DE FIBRAS DE MADEIRA OU DE OUTRAS MATÉRIAS LENHOSAS,
MESMO AGLOMERADAS COM RESINAS OU COM OUTROS AGLUTINANTES
ORGÂNICOS
178
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441111:
PAINÉIS
DE
FIBRA
DE
MADEIRA,
NÃO
TRABALHADOS
MECANICAMENTE,
DENSIDADE > 0,8 g/cm3
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 30%
Canadá
0.0
México
18.0
União
7.0
Européia
0.0
para :
LDC
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
4.9 para :
GSP countries (Inclui Brasil)
179
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441119: OUTROS PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA, DENSIDADE > 0.8 g/cm3
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
441119.40:
0.0
6.0 para:
441119.40
Outros
0.0 para :
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE:
GSP
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
30.0 (para 441119.20)
20.0 (para 441119.30)
US-Israel free trade area
45.0 (para 441119.40)
Rates for ANDEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
Canada
0.0 para:
441119.90:
0.0 para :
441119.10
6.0 para:
UST, CCCT, LDCT, GPT, MT, MUST,
CIAT, CT (inclui Brasil)
441119.90
México
União
Européia
18.0
7.0
0.0 para :
LDC
ACP countries
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
3.6
para:
South Africa
4.9 para :
GSP countries (Inclui Brasil)
180
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441121: PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA, NÃO TRABALHADOS MECANICAMENTE, COM
DENSIDADE ENTRE 0.5 g/cm3 e 0.8g/cm3
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 30
Canadá
0.0
México
18.0
União
7.0
Européia
0.0
para :
LDC
ACP countries
Czech Republic, Hungary, Poland,
Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
3.6
para:
South Africa
4.9 para :
GSP countries (Inclui Brasil)
181
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441129: OUTROS PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA, COM DENSIDADE ENTRE 0.5 g/cm3 e
0.8g/cm3
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
(1.5% +
ESPECIAL
441129.20
0.0 para:
US$0,019/kg) para:
0 para :
441129.30 e
441120.60
AFEGANISTÃO, CUBA,
LAOS, CORÉIA DO
GSP
441129.20
Outros
NORTE:
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
441129.20: (25% +
US-Israel free trade area )
US$0.33/kg)
Rates for ANDEAN trade preference act )
441129.60: (30%)
US-Mexico free trade area
441129.30: (20%)
441129.90
3.9 para :
0 para:
GSP – EXCLUI BRAZIL
441129.90
441129.90: (45%)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area )
Rates for ANDEAN trade preference act )
US-Mexico free trade area
Canadá
0.0
México
18.0
União
7.0
Européia
0.0 para:
LDC
ACP
Preference for Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
3.6 para:
South Africa
4.9 para
GSP (Inclui Brasil)
182
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441131: PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA, NÃO TRABALHADOS MECANICAMENTE, COM
DENSIDADE ENTRE 0.35 g/cm3 e 0.5g/cm3
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 20%
Canadá
0.0
México
18.0
União
7.0
Européia
0.0 para:
LDC
ACP
Preference
for
Hungary,
Poland,
Czech
Egypt,
Republic,
Jordan,
Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
3.6 para:
South Africa
4.9 para
GSP (Inclui Brasil)
183
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441139: OUTROS PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA, COM DENSIDADE ENTRE 0.35 g/cm3 e
0.5g/cm3
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 20%
Canadá
0.0
México
18.0
União
7.0
Européia
0.0 para:
LDC
ACP
Preference
for
Hungary,
Poland,
Czech
Egypt,
Republic,
Jordan,
Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
3.6 para:
South Africa
4.9 para
GSP (Inclui Brasil)
184
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441191: OUTROS PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA, NÃO TRABALHADOS MECANICAMENTE
NEM RECOBERTOS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 20%
Canadá
0.0
México
18.0
União
0.0
Européia
441199: OUTROS PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 20%
Canadá
0.0
México
18.0
União
7.0
Européia
0.0 para:
LDC
ACP
Preference for Czech Republic,
Hungary, Poland, Egypt, Jordan,
Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
3.6 para:
South Africa
4.9 para
GSP (Inclui Brasil)
185
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
TARIFAS APLICADAS A 6 DÍGITOS DO SISTEMA HARMONIZADO
PRODUTOS DA POSIÇÃO 4412
MADEIRA COMPENSADA (CONTRAPLACADA), MADEIRA FOLHEADA, E
MADEIRAS ESTRATIFICADAS SEMELHANTES)
186
UNICAMP-IE-NEIT
ECCIB
441213: MADEIRA COMPENSADA COM FOLHAS DE ESPESSURA ≤ 6 MM, FACE DE
MADEIRA TROPICAL (1 DE 2 - CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA)
USA
GERAL
0.0 para
441213.05
8.0 para :
441213.25
441213.40
441213.51
441213.60
441213.91
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
441213.25:
0.0 para:
AFEGANISTÃO,
CUBA,
GSP
LAOS, CORÉIA DO NORTE:
LDC
50.0 (para 441213.05)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
40.0 (para os demais)
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
441213.40:
0.0 para:
GSP (EXCLUI INDONÉSIA)
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act USMexico free trade area
441213.51:
0 para:
GSP (EXCLUI BRASIL e INDONÉSIA)
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
441213.60:
0 para:
GSP (EXCLUI INDONÉSIA)
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
441213.91:
0 para:
GSP (EXCLUI BRASIL e INDONÉSIA)
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
187
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441213: MADEIRA COMPENSADA COM FOLHAS DE ESPESSURA ≤ 6 MM, FACE DE
MADEIRA TROPICAL – CONTINUAÇÃO (2 DE 2)
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
Canadá
ESPECIAL
Outros
0.0 para :
441213.10
5.0 para:
3.0 para :
UST; CCCT; LDCT, GPT, MT, MUST, CIAT,
CT (inclui Brasil)
441213.90
México
18.0 para:
441213.05
23.0 para:
441213.99
União
Européia
10.0
0.0 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
CP contries (If planed, sanded or finger-jointed:
planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
7.0
para :
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other moulded boards: beadings or moulding)
5.2 para :
South Africa
188
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441214: MADEIRA COMPENSADA COM FOLHAS DE ESPESSURA ≤ 6 MM, FACE DE MADEIRA
N/ CONÍFERA
USA
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
ESPECIAL
0.0 para :
441214.25
0.0 para:
441214.05
GSP
5.1 para :
Caribbean Basin Economic Recovery Act
441214.25 US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
8.0 para :
Rates for ADEAN trade preference act
441214.31 US-Mexico free trade area
441214.56
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
CORÉIA DO NORTE:
50.0 (para 441214.05)
40.0 (para as demais)
441214.31
0.0 para :
GSP (EXCETO BRAZIL)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
441214.56 0. 0 para:
GSP (EXCETO BRAZIL)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
Canadá
5.0
México
União
Européia
18.0
7.0
US-Mexico free trade area
3.0 para:
UST; CCCT; LDCT, GPT, MT, MUST,
CIAT, CT (inclui Brasil)
0.0 para:
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded
boards: beadings or moulding)
ACP contries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
3.6
para :
South África
4.9
para
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other
moulded boards: beadings or
moulding
189
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441219: OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS, COM FOLHAS DE ESPESSURA ≤ 6 MM, FACE DE
MADEIRA TROPICAL
USA
GERAL
0.0 para :
441219.10
3.4 para :
441219.30
8.0 para :
441219.40
441219.30
GSP
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
0.0 para :
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
CORÉIA DO NORTE:: 40%
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
5.1 para :
441219.50
441219.40
0.0 para :
GSP
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade are
441219.50
0.0 para :
LDC (Não inclui Brasil)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
Canadá
6.0 para:
441219.10
Mexico: 0.8%
441219.10 e 441219.90
3.0 para:
UST; CCCT; LDCT, GPT, MT, MUST, CIAT,
CT (inclui Brasil)
9.5 para:
México
União
Européia
441219.90
18.0 para
441219.02
23.0 (para
441219.99)
7.0
(rate under
tariff quota:
somente para
441219.00)
0.0 para:
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
ACP countries 0.0 (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
3.6
para:
South África
190
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
4.9
para :
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other moulded boards: beadings or moulding)
441222: OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS FACE MADEIRA N/CONÍFERA CAMADA
MADEIRA TROPICAL
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
ESPECIAL
Outros
USA
0.0 para :
441222.31
0 para:
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
441222.06
GSP (EXCLUI BRASIL E INDONÉSIA)
CORÉIA DO NORTE:
441222.10
Caribbean Basin Economic Recovery Act
40% para 441222.06
441222.51
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
50% para 441222.10
8.0 para
Rates for ADEAN trade preference act
441222.31
US-Mexico free trade area
441222.41
441222.41
0 para:
GSP (EXCLUI BRASIL, COLÔMBIA E
INDONÉSIA)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
Canadá
0.0 para:
441222.10 0..0 para:
441222.10
UST; CCCT; LDCT, GPT, MT, MUST,
CIAT, CT (inclui Brasil)
6.0 para:
441222.90 3.0 para:
441222.90
UST; CCCT; LDCT, GPT, MT, MUST,
CIAT, CT (inclui Brasil)
México
União
Européia
23.0
6.0 para :
441222.10
10.0 para
441222.91
441222.99
441222.10 4.2 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
ACP countries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Preference for Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
GSP rate (INCLUI BRASIL):
(Beading and mouldings, including moulded
skirting and other moulded boards: beadings
or moulding)
441222.01 e 441222.99 7.0 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
ACP countries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Preference for Czech Republic, Hungary,
191
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
GSP rate (INCLUI BRASIL):
(Beading and mouldings, including moulded
skirting and other moulded boards: beadings
or moulding)
441223:
OUTRAS
MADEIRAS
COMPENSADAS
FACE
MADEIRA
N/CONÍFERA
PAINEL
PARTÍCULA
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 40.0
Canadá
6.0
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
3.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
18.0
União
6.0
4.2 para :
Européia
GSP rate (inclui Brasil):
192
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
441229: OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS COM FACE MADEIRA N/CONÍFERA
USA
GERAL
0.0 para :
441229.15
44122956
8.0 para:
441229.36
441229.46
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
441229.36
0 para :
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
GSP (EXCLUI BRAZIL e INDONÉSIA)
CORÉIA DO NORTE:: 40%
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
441229.46
0 para :
GSP (EXCLUI BRAZIL, EQUADOR e
INDONÉSIA)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
Canadá
6.0
México
União
Européia
23.0
10.0
US-Mexico free trade area
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT, CT
3.0 para:
GPT (inclui Brasil)
0.0 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
ACP countries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
5.2 para:
South África
7.0
para:
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other
moulded boards: beadings or
moulding)
193
UNICAMP-IE-NEIT
ECCIB
441292: OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS COM CAMADA MADEIRA TROPICAL
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
Outros
USA
0.0 para :
441292.30 0 para :
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
441292.06
GSP
CORÉIA DO NORTE: 40%
441292.10
441292.91
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
3.4 para :
US-Israel free trade area
441292.30
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
8.0 para
441292.41
441292.41 0 para :
GSP (EXCETO EQUADOR)
5.1 para:
Caribbean Basin Economic Recovery Act
441292.51
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade are
441292.51 0 para :
GSP (EXCETO GUIANA)
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
Canadá
6.0
US-Mexico free trade are
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
3.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
União
Européia
23.0
6.0 para :
441292.10
441292.91
10.0 para :
441292.99:
0.0 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded
boards: beadings or moulding)
ACP countries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
3.1 para :
South África
4.2 para 441292.10 e 441292.91
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other
moulded boards: beadings or
moulding)
7.0 para 441292.99
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
194
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
other
moulded boards: beadings or
moulding)
441293: OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS COM PAINEL DE PARTICULAS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 40%
Canadá
México
União
Européia
0.0
18.0
6.0
0.0 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
ACP countries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
4.2 para :
GSP 4.2 INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other
moulded
boards:
beadings
or
moulding)
3.1 para :
South Africa
195
UNICAMP-IE-NEIT
ECCIB
441299: OUTRAS MADEIRAS COMPENSADAS FOLHEADAS OU ESTRATIFICADAS
USA
GERAL
0.0 para :
441299.15
441299.96
3.4 para :
441293.35
8.0 para :
441293.46
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
441299.35 e 441299.46: 0.0 para :
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
GSP
CORÉIA DO NORTE: 40%
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
441299.56: 0.0 para:
GSP (EXCLUI COLÔMBIA)
5.1 para :
441293.56
Canadá
6.0
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT, CT
3.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
União
Européia
23.0
10.0 para:
441299.80
(rate under
tariff quota
0.00%)
6.0 para:
441299.20
0.0 para :
LDC (Beading and mouldings, including
moulded skirting and other moulded boards:
beadings or moulding)
ACP countries (If planed, sanded or fingerjointed: planing, sanding or finger-jointing)
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria and
Israel
7.0 para 441299.80 :
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
Mouldings, including moulded skirting and
other
moulded boards: beadings or
moulding)
4.2 para 441299.20 :
GSP INCLUI BRASIL (Beading and
mouldings, including moulded skirting and
other
moulded boards: beadings or
moulding)
196
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
TARIFAS APLICADAS A 6 DÍGITOS DO SISTEMA HARMONIZADO
PRODUTOS DA POSIÇÃO 9401
ASSENTOS (EXCETO OS DA POSIÇÃO 94.02), MESMO TRANSFORMÁVEIS EM
CAMAS, E SUAS PARTES
197
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940110: ASSENTOS DOS TIPOS USADOS EM VEÍCULOS AÉREOS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 45%
Canadá
0.0
México
18.0
União
0.0
Européia
940120: ASSENTOS PARA VEÍCULOS AUTOMÓVEIS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 25%
0.0 para:
Canadá
6.0
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT (inclui Brasil)
México
13.0
União
3.7
0.0 para :
Européia
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
BRASIL: 3.7
198
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940130: ASSENTOS GIRATÓRIOS, DE ALTURAS AJUSTÁVEIS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
CORÉIA DO NORTE:
40.0 (para 940130.40)
45.0 (para 940130.80)
Canadá
8.5
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT, CT
5.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
18.0
União
0.0
Européia
940140: ASSENTOS TRANSFORMÁVEIS EM CAMAS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 40%
Canadá
9.5
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
18.0
União
0.0
Européia
199
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940150: ASSENTOS DE ROTIM, VIME, BAMBU OU DE MATERIAIS SEMELHANTES
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
0.0
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 60%
Canadá
9.5
940150.10: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT (inclui Brasil)
940150.90: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
940150.90 6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
18.0
União
5.6
Européia
0.0 para :
GSP (inclui Brasil)
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
200
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940161: ASSENTOS ESTOFADOS, COM ARMAÇÃO DE MADEIRA
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
0.0
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE:40%
940161.10:
Canadá
0.0 para:
9.5 para :
940161.10
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT (inclui Brasil)
0.0 para:
940161.90
México
18.0
União
0.0
Européia
940169: OUTROS ASSENTOS COM ARMAÇÃO DE MADEIRA
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE:
42.5 (para 940169.20)
40.0 para as demais
Canadá
940169.10: 0.0 para:
9.5
para: UST, CCCT, LDCT, MT, MUST,
940169.10 CIAT, CT
0.0
para: 940169.10: 6.0 para:
940169.90 GPT (inclui Brasil)
México
18.0
União
0.0
Européia
201
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940171: ASSENTOS ESTOFADOS COM ARMAÇÃO DE METAL
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 45%
Canadá
8.0 para:
940171.10
México
940171.10: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
0.0 para:
940171.10:
5.0 para:
940171.90
GPT (inclui Brasil)
18.0
União
0.0
Européia
940179: OUTROS ASSENTOS COM ARMAÇÃO DE METAL
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
0.0
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 45%
Canadá
8.0 para:
940179.10
0.0
para:
940179.90
México
18.0
União
0.0
Européia
202
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940180: OUTROS ASSENTOS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
CORÉIA DO NORTE:
0.0
LAOS,
65.0 (para 940180.20)
25.0 (para 940180.40)
45.0 (para 940180.60)
Canadá
9.5 para:
940180.10
0.0 para:
940180.90
México
18.0
União
0.0
940180.10: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
940180.10: 6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
Européia
203
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940190: PARTES PARA ASSENTOS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
ESPECIAL
USA
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE:
60.0 (para 940190.25)
25.0 (para 940190.10 e 940190.35)
42.5 (para 940190.15)
40.0 (para 940190.40)
45.0 ( para 940190.50)
0.0
Canadá
0.0 para:
940190.11
940190.90
8.0
para:
940190.19
15.5 para:
940190.20
Outros
940190.11: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT (inclui Brasil)
940190.19: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
940190.19: 5.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
3.0 para:
940190.02
13.0para :
940190.01
18.0 para:
940190.99
União
Européia
1.7
0.0 para:
GSP (exclui Brasil)
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
204
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
TARIFAS APLICADAS A 6 DÍGITOS DO SISTEMA HARMONIZADO
PRODUTOS DA POSIÇÃO 9403
OUTROS MÓVEIS E SUAS PARTES(ESCRITÓRIOS, COZINHAS, SALAS,
DORMITÓRIOS DE MADEIRA, MÓVEIS DE PLÁSTICOS, MÓVEIS DE METAIS,
MÓVEIS DE OUTROS MATERIAIS, PARTES PARA MÓVEIS (DE MADEIRA E DE
OUTROS MATERIAIS)
205
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940310: MÓVEIS DE METAL, DO TIPO UTILIZADO EM ESCRITÓRIOS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTEs: 45%
Canadá
0.0
México
0.0
União
0.0
Européia
940320: OUTROS MÓVEIS DE METAL
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
0.0
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 45%
Canadá
8.0
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST,
CIAT, CT
5.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
18.0 para:
940320.03
30.0 para:
940320.99
União
0.0
Européia
206
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940330: MÓVEIS DE MADEIRA, DO TIPO UTILIZADO EM ESCRITÓRIOS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
ESPECIAL
USA
0.0
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA,
CORÉIA DO NORTE:
42.5 (para 940330.40)
40.0 (para 940330.80)
LAOS,
Canadá
0.0
México
União
Européia
25.0
0.0
940340: MÓVEIS DE MADEIRA, DO TIPO UTILIZADO EM COZINHA
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS, CORÉIA
DO NORTE:
42.5 (para 940340.40)
40.0 (para 940340.90)
25.0 (para 940340.60)
GERAL
USA
0.0
Canadá
9.5
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST,
CIAT, CT
6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
União
Européia
25.0
0.0 para :
2.7
GSP
ACP countries
South Africa, Czech Republic,
Hungary, Poland, Egypt, Jordan,
Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
940350: MÓVEIS DE MADEIRA, DO TIPO UTILIZADOS EM QUARTOS DE DORMIR
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
ESPECIAL
USA
0.0
Canadá
9.5
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
CORÉIA DO NORTE:
42.5 (para 940350.40
40.0 (para 940350.90
25.0 (para 940350.60)
LAOS,
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST,
CIAT, CT
6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
União
Européia
25.0
0.0
207
UNICAMP-IE-NEIT
ECCIB
940360: OUTROS MÓVEIS DE MADEIRA
GERAL
USA
0.0
Canadá
0.0 para:
940360.90
9.5 para:
940360.10
México
União
Européia
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS, CORÉIA
DO NORTE:
42.5 (para 940360.40)
40.0 (para 940360.80)
940360.10: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST,
CIAT, CT
940360.10: 6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
23.0
25.0 para:
940360.80
0.0
940370: MÓVEIS DE PLÁSTICO
GERAL
USA
0.0
Canadá
0.0 para:
940370.70
9.5 para:
940370.10
México
União
Européia
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
CORÉIA DO NORTE:
65.0 (para 940370.40)
25.0 (para 940370.80)
940370.10: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST,
CIAT, CT
LAOS,
940370.10: 6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
23.0
30.0 para:
940370.99
0.0
208
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940380: MÓVEIS DE OUTRAS MATERIAIS (ROTIM, VIME, BAMBU, ETC.)
GERAL
USA
0.0
Canadá
0.0 para:
940380.90
9.5 para:
940380.11
940380.19
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
CORÉIA DO NORTE:
60.0 (para 940380.30)
45.0 (para 940380.60)
940380.11: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT
LAOS,
940380.19: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT
940380.19: 6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
União
Européia
30.0
5.6
0.0 para :
GSP (exclui Brasil)
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
940390: PARTES PARA MÓVEIS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
ESPECIAL
Outros
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS, CORÉIA
DO NORTE:
25.0 (para 940390.10)
60.0 (para 940390.25)
65.0 (para 940390.40)
25.0 (para 940390.50)
80.0 (para 940390.60)
40.0 (para 940390.70)
GERAL
USA
0.0
45.0 (para 940390.80)
Canadá
México
União
Européia
0.0
13.0
0.0 para :
2.7
GSP (exclui Brasil)
ACP countries
South Africa, Czech Republic, Hungary,
Poland, Egypt, Jordan, Morocco, Syria,
Tunisia, Algeria and Israel
209
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
TARIFAS APLICADAS A 6 DÍGITOS DO SISTEMA HARMONIZADO
PRODUTOS DA POSIÇÃO 9404
COLCHÕES
210
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940421: COLCHÕES DE BORRACHA/PLÁSTICOS ALVEOLARES
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
3.0
ESPECIAL
949421:
0.0 para:
GSP
Outros
AFEGANISTÃO,
CUBA,
LAOS,
CORÉIA DO NORTE: 40%
LDC
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
Canadá
9.5
940421.00:
0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT
940421.10:
6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
30.0
União
Européia
3.7
0.0 para:
LDC
ACP
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
1.8 para:
South Africa
2.5 para:
GSP (exclui Brasil)
211
ECCIB
UNICAMP-IE-NEIT
940429: COLCHÕES DE OUTROS MATERIAIS
Tarifas Equivalentes Ad-Valorem
GERAL
USA
ESPECIAL
Outros
3.0 para :
940429.10: 0 para :
AFEGANISTÃO, CUBA, LAOS,
940429.10
LDC
CORÉIA DO NORTE: 40%
Caribbean Basin Economic Recovery Act
6.0 para :
940429.90
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area: 0.6%
940429.90:
0.0 para:
GSP
Caribbean Basin Economic Recovery Act
US-Canada free trade area
US-Israel free trade area
Rates for ADEAN trade preference act
US-Mexico free trade area
Canadá
9.5
940429.00: 0.0 para:
UST, CCCT, LDCT, MT, MUST, CIAT,
CT, GPT
940429.10: 6.0 para:
GPT (inclui Brasil)
México
30.0
União
3.7
0.0 para :
Européia
LDC
ACP countries
Czech Republic, Hungary, Poland, Egypt,
Jordan, Morocco, Syria, Tunisia, Algeria
and Israel
1.8 para :
South Africa
2.5 para :
GSP (exclui Brasil)
212