uma abordagem a partir das contribuições de Martin Bunzl e
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uma abordagem a partir das contribuições de Martin Bunzl e
Scientiarum Historia – UFRJ / HCTE Por uma Historiografia Realista e Objetiva: uma abordagem a partir das contribuições de Martin Bunzl e Chris Lorenz. José Ernesto Moura Knust¹ (ES) [email protected] Palavras Chave: Epistemologia da História, Realismo, Objetividade Científica. Introdução Conclusões No último quartel do século XX, a Epistemologia da História foi arrebatada pela crítica pós-moderna, tendo sido destruídos os paradigmas que norteavam a produção de conhecimento nesta área. Porém, já no final da década passada, filósofos e historiadores interessados na Epistemologia da História passaram a responder os questionamentos pós-modernos sem se render ao que F.R. Ankersmit, um dos principais críticos pós-modernos, chamou de desepistemologização da historiografia. Nesta comunicação discutiremos como as contribuições do filósofo Martin Bunzl¹ e do historiador Chris Lorenz podem ajudar na reconstrução de um paradigma epistemológico para a historiografia baseado em dois princípios: o realismo e a objetividade. A "guinada crítica" das últimas décadas do século passado desnorteou a produção historiográfica, colocando em dúvida a possibilidade de uma História enquanto disciplina. As questões levantadas pelos pós-modernistas ainda são extremamente relevantes, porém, suas respostas eram epistemologicamente equivocadas. Nos últimos quinze anos, contudo, começaram a surgir novas respostas a tais questões que possibilitam a reestruturação da Epistemologia da História. Dentro dessa reestruturação, a reconfiguração das concepções sobre Realismo e Objetividade, como as propostas por Bunzl e Lorenz, desempenham papel de vanguarda. Agradecimentos Resultados e Discussão Iniciaremos nossa exposição pela apresentação das respostas destes dois autores às críticas pósmodernistas à Epistemologia, principalmente no tocante a estes dois pontos, o realismo e a objetividade do conhecimento produzido pelos historiadores. A importância de analisarmos estas respostas às críticas pós-modernas está tanto em desfazermos muitos mal-entendidos epistemológicos criados pela crítica pós-moderna, quanto em identificarmos a reconfiguração que estes dois autores apresentam dos dois temas, pois nenhum dos dois pretende simplesmente uma simples volta da Epistemologia da História ao que era em meados do século XX. Ademais, ambos promovem um saudável reencontro da Epistemologia da História com a Epistemologia desenvolvida entre os filósofos, enquanto nos últimos anos os historiadores buscavam subsídios apenas na Teoria Literária. Apontar as potencialidades destas contribuições para a reconstrução de um paradigma epistemológico para a História será o nosso segundo passo nesta comunicação, pois é devido ao fato de apontarem novos caminhos para as questões do realismo e da objetividade que as reflexões destes autores são tão válidas para a reflexão epistemológica neste século que se inicia. Agradeço à Faperj por concessão de bolsa de Iniciação Científica. Agradeço também a minha orientadora, professora Dra. Sônia Regina Rebel de Araújo, e ao professor Ciro Flamarion Cardoso, sem os quais este trabalho não seria possível. ____________________ 1 Ankersmit, Frank. "Historicismo, Pós-modernismo e Historiografia" in: Malerba, Jurandir (org.) A História Escrita. Teoria e História da Historiografia. São Paulo: Editora Contexto, 2006. 2 Especialmente em Bunzl, Martin. Real History. London: Routledgr, 1997. ³ Especialmente em Lorenz, Chris. "Historical Knowledge and Historical Reality: a plea for 'Internal Realism'" in: Fay, Brian et al. History and Theory. Contemporary readings. Oxford: Oxford University Press, 1998, Idem, "Can histories be true? Narrativism, Positivism and the 'Metaphorical Turn'" History and Theory, 37, 1998, e Idem, "'You got your history, I got mine': some reflections on truth and objectivity in history." Österreichische Zeitschivift für Geschichtswissenschaft, 10, 1999. 1º Congresso de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia – UFRJ / HCTE – 22 e 23 de setembro de 2008