Curso de Pós-Graduação - Apresentação

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Curso de Pós-Graduação - Apresentação
Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
Curso de Pós-Graduação
GESTÃO TÉCNICA DE SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA
Introdução
Em Portugal, o ensino superior em engenharia civil (hidráulica) e em
engenharia sanitária tem estado predominantemente dirigido para o projecto de
novos sistemas urbanos. A formação em operação, manutenção e reabilitação dos
sistemas de abastecimento público de água e de saneamento de águas residuais
urbanas, tendo em conta os níveis actuais de atendimento da população, é essencial
para o aumento da eficiência das entidades gestoras e ganho consequente da
qualidade de serviços prestados ao utilizador. Por outro lado, a rápida evolução
tecnológica dos dias de hoje faz com que a formação contínua dos profissionais
tenha relevância crescente.
É, assim, apresentado o curso em “Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de
Água”, a decorrer na Universidade de Évora no ano lectivo de 2008/2009 com
diploma de Estudos Pós-Graduados em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos
de Água, atribuído pela Universidade de Évora.
Este curso é promovido pela Hidronet-Pt Rede para o Desenvolvimento do
Conhecimento em Hidráulica e Meios Hídricos, de que são fundadores as
Universidades de Évora, Coimbra, Minho, Porto, o Instituto Superior Técnico e o
LNEC e a que se associaram instituições e empresas de referência no domínio da
água como o IRAR e AdP. A Hidronet-Pt tem como principal objectivo a promoção
do conhecimento e da inovação em projectos de relevância pedagógica, científica,
empresarial, social e ambiental, constituindo, assim, um fórum privilegiado para
enquadrar esta formação.
A rede Hidronet-Pt está representada na Rede Ibero-americana “Agua y
Ciudad”, constituída no quadro do programa CYTED, e que tem como objectivos a
identificação dos aspectos-chave da formação para a gestão do ciclo urbano da
água, promover o desenvolvimento de material de apoio à formação e explorar a
possibilidade de compartilhar programas de formação específica presencial ou à
distância. Depois de implementada a 1ª edição deste curso, pode ser leccionado em
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
países que são sócios da Rede Agua y Ciudad e em países Africanos de língua
oficial portuguesa.
Este curso aqui apresentado teve como base o Programa de Formação
Avançada “Gestão Técnica De Sistemas De Água “proposto pela Srª Eng Helena
Alegre do LNEC, no âmbito das suas provas Públicas para o Exercício de Funções
de Coordenação Científica.
Objectivos
O objectivo do Curso de Pos-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas
Urbanos de Água é formar especialistas com uma visão abrangente e integrada da
gestão técnica dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas
residuais urbanas. Dado que, do desempenho das infra-estruturas de suporte
depende, em larga escala, a qualidade dos serviços prestados, estes especialistas
deverão conhecer e saber aplicar as abordagens e técnicas de gestão patrimonial de
infra-estruturas. O âmbito de competências deverá incluir aspectos quantitativos e
qualitativos da gestão da água em meio urbano e do controlo de qualidade da água
desde a origem ao meio receptor. Deverá ainda incluir, a um nível elementar,
conhecimentos de economia ambiental, de gestão financeira e de direito da água.
Perfil de formação
Os especialistas em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água deverão
ter competências que lhes permitam:
i) definir objectivos;
ii) identificar e formular os problemas, bem como as suas causas e consequências;
iii) identificar os processos (hidráulicos, físicos, químicos, biológicos, económicos,
sociológicos) envolvidos;
iv) seleccionar e utilizar ferramentas apropriadas para avaliação e resolução dos
problemas;
v) coordenar, elaborar ou promover projectos e planos estratégicos, tácticos ou
operacionais;
vi) integrar-se em equipas multidisciplinares e ser capaz de compreender e
comunicar informação técnica e científica a públicos especialistas ou não
especialistas;
vii)tomar decisões, tendo em consideração a defesa dos interesses dos utilizadores
do serviço, a sustentabilidade dos operadores e a sustentabilidade ambiental.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
Estrutura curricular
Este curso apresenta uma estrutura curricular dividida em quatro trimestres,
com uma duração de 7 semanas lectivas.
O número de horas de contacto previsto tem em consideração o interesse de
compatibilizar a frequência deste curso com o exercício de uma actividade
profissional. As aulas decorrem à 6ª feira (8 horas) e ao sábado de manhã (4 horas)
e as sessões de orientação pessoal, de tipo tutorial, ao fim de um outro dia da
semana (24 horas por semestre). Os seminários previstos (2 por trimestre) decorrem
ao sábado à tarde (4 horas por seminário).
Quadro-síntese
Número de trimestres:
4
Duração de cada trimestre:
7 semanas
Total de horas de aulas e seminários:
368
Total de horas de orientação tutorial e de
avaliação:
114
Total de horas de visitas acompanhadas:
18
Total de horas de estudo individual:
625
Número total de horas de formação:
1125
Número total de créditos ECTS
45
Módulos, unidades curriculares e ECTS
Trimestre
MÓDULOS
ECTS
Módulo Básico:
14,5
1º
UC1- Introdução á gestão da água em meio urbano
1,5
1º
UC2- Economia e gestão
4,0
1º
UC3 - Direito da água
2,0
1º
UC4 - Introdução à automação e medição
3,5
2º
UC5 - Introdução à qualidade da água
3,5
Módulo “Instrumentos de apoio à gestão”:
14,0
2º
UC6- Instrumentos de modelação e análise
4,5
2º
UC7 - Instrumentos de avaliação e previsão
2,5
3º
UC8 – Gestão da informação e sistemas de informação
4,5
3º
UC9- Instrumentos de Planeamento
2,5
Módulo “Processos de gestão”:
11,0
3º
UC10- Controlo de qualidade da água
4,0
4º
UC11- Processos de gestão
4,0
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4º
UC12 – Gestão patrimonial de infra-estruturas
3,0
Módulo “Aplicações”:
4º
4º
5,5
UC13- Gestão da eficiência dos sistemas
4,0
UC14- Adaptação dos sistemas de água às alterações
climáticas
TOTAL:
1,5
45,0
O formando pode realizar a globalidade das unidades curriculares ou optar por
realizar apenas uma parte, acumulando, assim, créditos ECTS que podem
posteriormente ser convertidos em créditos necessários à obtenção de um grau
académico, ou para valorização curricular e actualização científica. A atribuição do
Diploma de Estudos Pós-Graduados em “Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de
Água” requer a conclusão, com sucesso, da totalidade dos módulos do curso.
Público-alvo
O público-alvo deste curso de formação avançada é constituído por licenciados
pré-bolonha ou mestres em engenharia com conhecimentos em hidráulica,
hidrologia urbana, estatística, métodos numéricos e dimensionamento de infraestruturas urbanas de água e com experiência profissional.
Coordenação do Curso
A coordenação do Curso será de Maria Madalena Moreira, Professora
Auxiliar da Universidade de Évora e Helena Alegre, Chefe do Núcleo de Engenharia
Sanitária do LNEC.
Conselho Científico
O Conselho Científico do curso é constituído por:
Alfeu Sá Marques - Universidade de Coimbra
Carlos Póvoa - Águas de Portugal
Helena Alegre - LNEC
João Almeida - IRAR
José Matos - Instituto Superior Técnico
José Tentúgal Valente - Universidade do Porto
José Vieira - Universidade do Minho
Madalena Moreira - Universidade de Évora
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Conteúdo programático das Unidades Curriculares
Apresenta-se, de seguida, uma proposta dos objectivos da aprendizagem e
competências a adquirir pelos formandos, dos conteúdos programáticos sumários,
dos métodos de avaliação e da bibliografia recomendada para as unidades
curriculares que constituem o presente Curso de Formação Avançada em Gestão
Técnica de Sistemas Urbanos de Água.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
INTRODUÇÃO À GESTÃO DA ÁGUA EM MEIO URBANO
1º Trismeste / Módulo de base
ECTS: 1,5
Horas de trabalho total: 37,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
▪ Ter conhecimentos a um nível generalista do que é um serviço de abastecimento de água e um serviço de
saneamento de águas residuais, como se caracterizam e como funcionam, que funções têm e que infra-estruturas os
suportam.
▪ Perceber os objectivos e a lógica da acção de formação.
Conteúdos programáticos
1. Os serviços públicos de água: utilizações da água, tipos de serviço, necessidade dos serviços, objectivos dos
serviços, requisitos de qualidade dos serviços, características dos serviços.
2. Os sistemas de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais: ciclo de vida do
sistema, componentes do sistema.
3. A caracterização do sector: síntese histórica, enquadramento institucional actual, agentes intervenientes
(entidades gestoras; utilizadores; entidades da administração; entidades reguladoras; entidades financiadoras;
entidades prestadoras de serviços; outras entidades).
4. O funcionamento do sector: relacionamento entre agentes; relacionamento da entidade gestora com cada um dos
outros agentes.
5. A regulação do sector: os modelos regulatórios, regulação estrutural, regulação económica e regulação da
qualidade de serviço.
6. A entidade gestora: tipos de entidades gestoras, funções da entidade gestora (funções técnicas, gestão económica
e financeira, gestão dos recursos humanos e gestão de clientes).
7. As funções técnicas da entidade gestora: planeamento, projecto, construção, operação e manutenção.
8. Instrumentos de apoio à gestão: Modelação e análise de sistemas de abastecimento de água, modelação e análise
de sistemas de drenagem, modelos de concepção e dimensionamento, sistemas de avaliação de desempenho,
instrumentos de quantificação e análise de caudais, modelos de previsão, sistemas de informação e instrumentos
de planeamento (planos estratégicos, tácticos e operacionais, planos de segurança, planos de gestão de
emergências, planos de ordenamento do território).
9. Processos de gestão: Gestão de risco, gestão da qualidade e gestão ambiental, gestão de projectos e construção e,
gestão da manutenção, controlo de qualidade da água para consumo humano e controlo de qualidade das águas
residuais e pluviais, gestão patrimonial de infra-estruturas.
10. Aplicações: Uso eficiente da água e energia, controlo de perdas de água, controlo de afluências indevidas,
adaptação dos sistemas de água às alterações climáticas.
Pré-requisitos
(s/pré-requisitos).
Métodos de avaliação
Os alunos deverão elaborar uma monografia, fazendo uma análise prospectiva da abastecimento de água
e/ou do saneamento de águas residuais, identificando os principais desafios que se colocam aos técnicos
responsáveis pela gestão dos sistemas e as competências que para o efeito consideram necessário adquirir.
A classificação será dada com base na avaliação deste trabalho.
Bibliografia
▪ IRAR (2005-2007). Relatórios Anuais do Sector das Águas e Resíduos em Portugal, Instituto
Regulador de Águas e Resíduos, Volumes 1 a 4, www.irar.pt, Lisboa.
▪ ISO (2007). Final Draft International Standards ISO 25400: Service activities relating to drinking water supply and
sewerage.
▪ Relatórios e artigos técnicos e científicos: Pesquisa pelos formandos de publicações relativas a cada
tema tratado, incluindo materiais publicados pelas entidades gestoras.
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ECONOMIA E GESTÃO
1º Trimestre / Módulo de base
ECTS: 4,0
Horas de trabalho total: 100
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Após a aprovação na unidade curricular, o aluno deverá possuir competências para:
▪ utilizar, com conhecimento de causa, a informação económica e financeira da empresa que for relevante para a
gestão técnica, incluindo:
- análise de desempenho e controlo de gestão;
- elaboração de análises de decisões empresariais numa óptica financeira, com destaque para análises custobenefício e avaliação de projectos (a um nível simples);
▪ comunicar eficazmente com especialistas em economia e gestão financeira;
▪ saber reflectir sobre os desafios de gestão de uma empresa numa óptica multidisciplinar, enquadrando-os no
contexto internacional e nacional do sector das águas;
▪ ter noções básicas de sociologia empresarial.
Conteúdos programáticos
Parte I: Conceitos fundamentais de gestão
1. Introdução à gestão de empresas.
2. Modelos societários e noções fundamentais de direito das sociedades e direito comercial.
3. Princípios de finanças: estrutura de financiamento e custo de oportunidade do capital.
4. Contabilidade geral e análise financeira da empresa: interpretação do balanço, demonstração de resultados e
mapa de origem e aplicação de fundos.
5. Contabilidade analítica e análise financeira de decisões: análise custo-benefício e avaliação de projectos.
6. Desenho organizacional.
7. Instrumentos de controlo de gestão.
8. Comportamento organizacional.
9. Estratégia empresarial: análise, formulação e implementação.
Parte II: Economia aplicada à gErro! Fonte de referência não encontrada.
1. Introdução à microeconomia e ao funcionamento de mercados
2. Conceitos chave de economia industrial: economias de escala, de gama e de processo; integração horizontal e
vertical; segmentação de mercado; barreiras à entrada e à saída; complementaridades e substitutos; estruturas de
mercado.
3. Intervenção do estado no funcionamento dos mercados: “falhas de mercado”, “falhas do Estado”, regulação
económica sectorial e regulação da concorrência.
Parte III: Enquadramento sectorial
1. Macro tendências internacionais.
2. Políticas Europeia e Nacional para o sector.
3. Sistemas tarifários e regulação económica do sector da água.
Parte IV: Comunicação e sociologia na empresa
1. Gestão de equipas: liderança; motivação das equipas; o processo de tomada de decisão; gestão de conflitos;
delegação e distribuição de tarefas.
2. Comunicação entre agentes: comunicação entre a entidade gestora e os utilizadores, as entidades reguladoras
(IRAR, INAG), as entidades financiadoras e accionistas, os municípios, os consultores e os fornecedores de
tecnologia; gestão de relações inter-pessoais; colaboração multidisciplinar e interdepartamental.
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final composto por três partes distintas, pelo seu desempenho num
trabalho prático que envolva uma análise de um projecto de investimento infra-estrutural num sistema de
água e uma análise financeira de uma decisão de gestão operacional. A classificação no exame resulta da
média ponderada entre a classificação relativa às partes I (50%), II (30%) e III (20%). A classificação
final será a média ponderada das classificações do exame final (60%) e da prática (40%) (prática e exame
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com classificação positiva obrigatória).
Bibliografia
▪ ZIMMERMAN, J. L. (2005). Accounting for Decision Making and Control, 5th Edition,
Irwin/McGraw-Hill, ISBN: 0072975865 (768 pp.).
▪ JACQUEMIN, A. (1979) Économie industrielle européenne, structures de marché et stratégies
d'entreprise. Tradução portuguesa: Economia Industrial Europeia. Biblioteca de Estudos Económicos,
Lisboa, Edições 70, 1984 (Tradução de Isabel Afonso, Pedro Rosa Ferro e Isabel Cavaleiro Ferreira).
▪ EPA (2000). Guidelines for preparing economic analyses. U.S. Environmental Protection Agency,
Setembro 2000
▪ SOUSA, A. (1990). Introdução à Gestão: Uma abordagem sistémica, Ed. Verbo, 1990.
▪ SAMUELSON, P.; NORDHAUS, W. (2005). Economics, 18th ed., McGraw Hill, 2005.
▪ GRIFFIN, R.; EBERT, R. (2006). Business, 8th ed., Prentice Hall.
▪ MARQUES, A. (2006). Concepção e Análise de Projectos de Investimento, 3.ª ed., Ed. Silabo.
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DIREITO DA ÁGUA
1º Trimestre / Módulo de base
ECTS: 2,0
Horas de trabalho total: 50
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Tratando-se de um curso para pessoas sem formação de base nas áreas da comunicação empresarial nem do direito,
os objectivos da aprendizagem são dotar os formandos de conhecimentos sobre:
▪ os principais tipos de instrumentos legais existentes no acervo legal português e comunitário, incluindo a sua
hierarquia e inter-relações;
▪ o conteúdo da legislação vigente relevante para a gestão técnica de sistemas públicos de abastecimento de água e
de drenagem e tratamento de águas residuais.
Conteúdos programáticos
1. Direito português: Abordagem à Constituição da República Portuguesa; Modo como a ordem
jurídica portuguesa recebe o direito comunitário e internacional; hierarquia dos diplomas legais (leis,
decretos-lei, decretos regulamentares, portarias, etc.); direito do trabalho.
2. Legislação relativa ao quadro institucional do sector (Decreto-Lei n.º 379/93, de 5 de Novembro,
Decreto-Lei n.º 14/2002, de 26 de Janeiro , Decreto-Lei n.º 147/95, de 21 de Junho , Lei n.º 58/98,
de 18 de Agosto, Decreto-Lei n.º 103/2003, de 23 de Maio, Decreto-Lei n.º 222/2003, de 20 de
Setembro, Decreto-Lei n.º 223/2003, outra legislação relevante que possa vir a ser entretanto
aprovada).
3. Legislação portuguesa no domínio do abastecimento de água e do saneamento de águas residuais:
Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro) e regulamento dos sistemas públicos (DecretoLei n.º 207/94, de 6 de Agosto e Decreto Regulamentar 23/95, de 23 de Agosto); legislação relativa
ao abastecimento de água (Decretos-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro e n.º 236/98, de 1 de
Agosto); legislação relativa à drenagem e tratamento de águas residuais (Decretos-Lei n.º 152/97, de
19 de Junho; n.º 348/98, de 9 de Novembro; n.º 236/98, de 1 de Agosto; portarias sectoriais para
efluentes industriais; e Decretos-Lei n.º 194/2000, de 21 Agosto (IPPC e 4 DL de alteração) e n.º
89/2002, de 9 Abril (PESGRI 2001).
4. Regime de empreitadas de obras públicas, e aquisição de equipamentos para entidades públicas:
legislação de empreitadas de obras públicas (Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de Março; Portaria
104/2001, de 21 de Fevereiro; Decreto-Lei n.º 159/2000, de 27 de Julho; Decreto-Lei n.º 163/99, de
14 de Setembro); legislação sobre alvarás (Portaria 412-I/99, de 4 de Junho); legislação de aquisição
de equipamentos para entidades públicas; Lei do Consumidor (Decreto-Lei n.º 67/2003, de 8 de
Abril).
5. Legislação de segurança e higiene do trabalho (Decreto-Lei 441/91, de 14 de Novembro; Portaria
762/2002, de 1 de Julho; Decreto-Lei 347/93 de 1 de Outubro; Decreto-Lei 50/2005 de 25 de
Fevereiro; Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro).
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final.
Bibliografia
▪ Diplomas legais referidos;
▪ Materiais de apoio a fornecer pelo docente.
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INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO E MEDIÇÃO
1º Trimestre / Módulo de base
ECTS: 3,5
Horas de trabalho total: 87,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ caracterizar as potencialidades e limitações dos principais tipos de caudalímetros utilizados em sistemas de
abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais;
▪ dimensionar caudalímetros electromagnéticos para escoamentos em pressão;
▪ interpretar esquemas gerais de automação e de transmissão de dados em sistemas de telemetria e telegestão;
▪ caracterizar as potencialidades e limitações das principais soluções de regulação de caudal por accionamento
eléctrico, com e sem velocidade variável, utilizadas em sistemas de bombagem;
▪ compreender os principais conceitos e fundamentos de metrologia e da qualidade da medições;
▪ interpretar quadros e parâmetros de controlo da qualidade;
▪ caracterizar os sistemas de medição;
▪ compreender o contexto da manutenção metrológica e interpretar a informação obtida nesse processo;
▪ compreender e utilizar a metodologia ISO-GUM para avaliação de incertezas de medição.
Conteúdos programáticos
1.
2.
3.
4.
5.
Principais métodos de medição de caudal em escoamentos sob pressão; órgãos da cadeia de medição (da
transdução à utilização de dados digitalizados); interfaces, sinais e problemas de interferência.
Automação e supervisão; automatismos locais e aquisição de dados; transmissão digital de dados; integração
sistémica; recursos de supervisão.
Alimentação de energia eléctrica; requisitos essenciais em SAA; tipos de accionamentos electromecânicos, com
e sem velocidade variável, aplicáveis a sistemas de bombagem.
Sistema Internacional de Unidades; Vocabulário Internacional de Metrologia; conceitos e fundamentos da
metrologia; medição inserida em Sistemas de Gestão da Qualidade.
Noções de controlo de qualidade; controlo estatístico de processos; cartas de controlo.
6. Caracterização metrológica de sistemas de medição.
7.
Conceitos associados à manutenção metrológica; calibração, verificação e ensaio metrológico; recepção de
equipamento após calibração; métodos de correcção de equipamento calibrado;
Introdução de conceitos estatísticos e probabilísticos associados ao ISO-GUM; avaliação de incertezas de
medição padrão; intervalos de confiança e incertezas de medição expandida.
Pré-requisitos
Conhecimentos de estatística incluídos nos pré-requisitos do curso.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final.
Bibliografia
▪ HENRIQUES, J. D.; PALMA, J.; RIBEIRO, Á.; PINHEIRO, I. (2006) - Guia Técnico 9 - Medição de caudal em
sistemas de abastecimento de água e de saneamento, Lisboa, IRAR e LNEC (347 pág.).
▪ PALMA, J. (1997). “Automação, Instrumentação e Aspectos Energéticos em Sistemas de Abastecimento de
Água”, Actas do Seminário sobre Qualidade de Sistemas de Abastecimento de Água, Lisboa, LNEC, 1997, pág.
19.1 – 19.12.
▪ VIM (1996). Vocabulário Internacional de Metrologia - Termos Fundamentais e Gerais, 2ª Edição, Instituto
Português da Qualidade, Monte da Caparica (Portugal), 1996.
▪ GUM (1995). Guide for the Expression of Uncertainty in Measurement. ISO, International Organization for
Standardization. Genève, Suiça. 1993, re-editado em 1995.
▪ DOEBELIN, E. (1990). Measurement Systems: Application and Design. 4th Ed. McGraw-Hill Publishing Co.
Singapore.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA
2º Trimestre / Módulo de base
ECTS: 3,5
Horas de trabalho total: 87,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os alunos devem adquirir as seguintes competências: compreensão dos processos químicos de tratamento de água
para consumo humano e compreensão das análises (básicas) à água e às lamas produzidas no tratamento em estações
de tratamento de água (ETA) e de águas residuais (ETAR); domínio dos cálculos estequiométricos associados às
reacções ácido-base, precipitação/dissolução (incluindo solubilidade de gases) complexação e reacções redox;
domínio dos conceitos básicos de cinética de reacções, nomeadamente a velocidade de reacção e a influência da
temperatura; capacidade para discriminar os grupos de microrganismos a eliminar no tratamento em ETA e em
ETAR e conhecer os factores que promovem ou controlam o seu crescimento em sistemas de abastecimento de água
e nos meios receptores, respectivamente; capacidade de interpretar resultados analíticos da monitorização de
parâmetros físico-químicos e microbiológicos.
Conteúdos programáticos
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Equilíbrio químico em solução.
Equilíbrio ácido-base. Soluções tampão.
Complexação. Agentes complexantes e formação de complexos.
Precipitação. Formação de precipitados e suas propriedades.
Princípios de equilíbrio de oxidação-redução. Reacções e titulações de oxidação-redução.
Princípios de cinética química: velocidade de uma reacção. A equação de velocidade. Mecanismos de
reacção. A influência da temperatura. Reacções de primeira ordem.
7. A célula microbiana e seus metabolismos.
8. Noções básicas de taxonomia e classificação microbiana.
9. Crescimento microbiano e seu controlo.
10.
Mecanismos de acção dos desinfectantes e modelo de Chick-Watson.
11.
Potenciais patogénicos das águas de abastecimento e das águas residuais.
12.
Indicadores da qualidade microbiana da água.
13.Microbiota dos sistemas de distribuição e dos sistemas de drenagem.
14.
Qualidade da água em sistemas de abastecimento de água: qualidade da água na origem;
qualidade da água para consumo; processos de tratamento; evolução da qualidade da água no sistema
de adução, armazenamento e distribuição.
15.
Qualidade da água em sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais; características das
águas residuais; requisitos de controlo de poluição dos meios receptores; evolução da qualidade da
água nos sistemas de drenagem; processos de tratamento.
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
Métodos de avaliação
Prevê-se a realização de trabalho experimental elementar nas aulas práticas. A avaliação nesta
componente incidirá sobre a preparação e execução desse trabalho, bem como na execução do respectivo
relatório.
A classificação final será a média ponderada das classificações da prática (15%) e do exame final (85%)
(prática e exame com classificação positiva obrigatória).
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
Bibliografia
▪ MAHAN, B.; MEYERS, R.J. (1993). Química, um curso universitário, tradução da 4ªed., Edgard
Blucher, Lda.
▪ CHANG, R. (1994). Química, 5ª ed., McGraw-Hill de Portugal.
▪ MADIGAN, M.; MARTINKO, J. (2005). Brock Biology of Micro-organisms, 11th Edition, Prentice
Hall.
▪ EATON, A.D., CLESCERI, L.S., RICE, E.W. (eds.) (2005). Standard Methods for the Examination of
Water and Wastewater, 21st edition, APHA, AWWA, WEF, Denver, CO.
▪ WHO (2004). Guidelines for Drinking-water Quality. Vol. 1 : 3rd ed., World Health Organisation.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
INSTRUMENTOS DE MODELAÇÃO E ANÁLISE
2º Trimestre / Módulo “Instrumentos de apoio à gestão”
ECTS: 4,5
Horas de trabalho total: 112,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ Planear, construir, documentar, calibrar, utilizar e manter modelos de simulação de sistemas de distribuição de
água;
▪ Analisar o funcionamento de sistemas de distribuição de água com base no uso de modelos matemáticos;
▪ Proceder a pré-dimensionamento expedito de redes de água com base no programa EPANET 2.0;
▪ Planear, construir, documentar, calibrar, utilizar e manter modelos de simulação de sistemas de drenagem;
▪ Analisar o funcionamento de sistemas de drenagem com base no uso de modelos matemáticos;
▪ Proceder a pré-dimensionamento expedito de redes de água com base no programa SWMM;
▪ Reconhecer as principais soluções não tradicionais de sistemas de água, incluído campos de aplicação, vantagens
e inconvenientes.
Conteúdos programáticos
Parte I - Modelação e análise de sistemas de adução e distribuição de água
1. Modelação de sistemas de adução e distribuição de água: em que consiste um modelo de simulação; para
que serve um modelo: aplicações da simulação; fundamentos da modelação matemática; representação da rede;
formulação do problema; metodologia para desenvolvimento de modelos; fundamentos da teoria de modelação
matemática: cálculo do equilíbrio hidráulico e da cálculo da advecção, mistura e transformação de parâmetros
de qualidade da água para o caso do programa Epanet 2.0.
2. Planeamento do desenvolvimento de modelos: aspectos estratégicos; definição dos objectivos da modelação e
identificação de usos prioritários; macro-sectorização dos sistemas e selecção de modelos a desenvolver;
opções básicas de software; informação necessária para a construção de modelos; convenções a adoptar; gestão
do desenvolvimento do modelo; fichas técnicas de modelação.
3. Construção de modelos: Princípios de base; Sistemas de unidades; descrição das componentes físicas;
descrição de consumos e caudais; dados do controlo operacional; metodologia para obtenção da geometria da
rede no Epanet 2.0 a partir do cadastro informatizado.
4. Calibração de modelos: aspectos gerais; métodos para calibração de modelos; monitorização e teste de
sistemas; procedimento de calibração; critérios de calibração.
5. Utilização de modelos: análise hidráulica; análise de qualidade da água; utilização de modelos para
planeamento e projecto; pré-dimensionamento expedito de redes com base no Epanet 2.0.
6. Técnicas complementares: avaliação do desempenho técnico; domínios da avaliação do desempenho e curvas
de desempenho.
Parte II - Modelação e análise de sistemas de drenagem de águas residuais
1. Modelação de sistemas de drenagem de águas e residuais: em que consiste um modelo de simulação; para
que serve um modelo: aplicações da simulação; fundamentos da modelação matemática; principais tipos de
modelos; representação da rede; formulação do problema; metodologia para desenvolvimento de modelos;
fundamentos da teoria de modelação matemática para o caso do programa SWMM 5.0.
2. Planeamento do desenvolvimento de modelos: aspectos estratégicos; definição dos objectivos da modelação e
identificação de usos prioritários; definição de bacias de drenagem e selecção de modelos a desenvolver;
opções básicas de software; informação necessária para a construção de modelos; convenções a adoptar; gestão
do desenvolvimento do modelo; fichas técnicas de modelação.
3. Construção de modelos: princípios de base; sistemas de unidades; descrição das componentes físicas;
descrição de afluências (águas residuais e pluviais); dados do controlo operacional.
4. Calibração de modelos: aspectos gerais; métodos para calibração de modelos; monitorização e teste de
sistemas; procedimento de calibração; critérios de calibração.
5. Utilização de modelos: análise hidráulica; análise de qualidade da água; utilização de modelos para
planeamento e projecto; pré-dimensionamento expedito de redes com base no SWMM.
6. Técnicas complementares: avaliação do desempenho técnico; domínios da avaliação do desempenho e curvas
de desempenho.
Parte III - Modelos de concepção e dimensionamento
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
1.
2.
Os modernos princípios de boa prática; desafios e soluções não tradicionais de sistemas de abastecimento de
água; (seminário).
Desafios e soluções não tradicionais de sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais (seminário).
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
▪ Os conhecimentos relativos a hidráulica, hidrologia urbana, dimensionamento de redes de água e
dimensionamento de redes de águas residuais especificados nos pré-requisitos do curso.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final e por um trabalho que envolva a modelação análise de um
subsistema de abastecimento de água ou de drenagem de águas residuais, à escolha do formando. A
classificação final será a média ponderada das classificações da prática (75%) e do exame final (25%)
(prática e exame com classificação positiva obrigatória).
Bibliografia
▪ COELHO, S.T.; LOUREIRO, D., ALEGRE, H. (2006). Modelação e análise de sistemas de
abastecimento de água, série “Guias Técnicos do IRAR”, IRAR e LNEC, ISBN 972-99354-8-3 (335
pág.).
▪ WALSKI, T. M., CHASE, D. V., SAVIC, D. A. (2003). Advanced Water Distribution Modeling.
Haestad Methods Press, EUA (www.haestad.com).
▪ BOULOS, P.F.; LANSEY, K.E.; KARNEY, B.W. (2004). Comprehensive Water Distribution Systems
Analysis Handbook for Engineers and Planners, Publisher: MWH Soft, Inc., ISBN 0-9745689-0-2.
▪ NICKLOW, J.W.; BOULOS, P.F.; MULETA, M.K. (2004). Comprehensive Sewer Collection Systems
Analysis Handbook for Engineers and Planners, Publisher: MWH Soft, Inc., ISBN 0-9745689-1-0.
▪ ALEGRE, H.; COELHO, S.T. (1998). Princípios relevantes para a eficiente gestão técnica de sistemas
de abastecimento de água, VIII Encontro Nacional de Saneamento Básico, APESB, Barcelos (pág. 3346).
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E PREVISÃO
2º Trimestre / Módulo “Instrumentos de apoio à gestão”
ECTS: 2,5
Horas de trabalho total: 62,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ Implementar sistemas de avaliação de desempenho em situações práticas reais, com destaque para os sistemas de
indicadores de desempenho da International Water Association (IWA);
▪ Construir e utilizar diagramas de consumo / rejeição.
Conteúdos programáticos
Parte I: Sistemas de avaliação de desempenho
1. Medidas de desempenho e sistemas de avaliação de desempenho: conceitos, requisitos, utilidade.
2. Introdução ao benchmarking. Benchmarking métrico e de processos.
3. Os sistemas de indicadores de desempenho da IWA e as normas ISO 24500 – “Service activities relating to
drinking water supply and sewerage” (DFIS).
4. Implementação de um sistema de indicadores de desempenho.
5. Aplicações práticas dos sistemas de indicadores de desempenho da IWA.
6. Uso da avaliação de desempenho no âmbito da regulação da qualidade de serviço.
Parte II: Quantificação e análise de caudais com comportamento estocástico
1. Objectivos da quantificação e análise de caudais; descrição e previsão.
2. Fontes de dados; validação e normalização de dados.
3. Estatísticas descritivas.
4. Diagramas de consumo/rejeição; bandas de confiança; factores explicativos do comportamento.
Parte III: Modelos de previsão
1. Séries temporais: modelos para séries temporais; tendência e sazonalidade; modelos de suavização exponencial;
modelos ARIMA; modelos sazonais (noções gerais).
2. Modelos mais usados para análise e previsão de falhas: modelo de regressão de Poisson, modelo PHM (noções
gerais, condições de aplicabilidade).
Pré-requisitos
▪ Pré-requisitos do curso relativos a estatística e métodos numéricos.
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
▪ UC “Introdução à automação e medição”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final e pela avaliação em fichas de exercícios, uma por cada parte da
Unidade Curricular. A classificação final será a média ponderada das classificações da prática (50%) e do
exame final (50%) (prática e exame com classificação positiva obrigatória).
Bibliografia
▪ ALEGRE, H.; BAPTISTA, J.M.; CABRERA JR., E., CUBILLO, F.; DUARTE, P.; HIRNER, W.;
MERKEL, W.; PARENA, R. (2006). Performance indicators for water supply services, second
edition, Manual of Best Practice Series, IWA Publishing, Londres, ISBN: 1843390515 (305 pág.).
▪ BOX, G. E. P., G. M. JENKINS, AND G. C. REINSEL (1994). Time Series Analysis: Forecasting and
Control (Third ed.). Englewood Clis NJ: Prentice-Hall.
▪ MORETTIN, P. A.; T. C. M. (2004). Análise de Séries Temporais. Edgard, Blülcher, São Paulo,
Brasil.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
GESTÃO DE INFORMAÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
3º Trimestre / Módulo “Instrumentos de apoio à gestão”
ECTS: 4,5
Horas de trabalho total: 112,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ identificar os tipos de informação, seus principais utilizadores e os canais de informação no seio da organização;
▪ conhecer os objectivos e principais características dos sistemas de informação mais utilizados na indústria da
água;
▪ planear a integração dos sistemas de informação da organização e dela tirar partido;
▪ saber especificar requisitos gerais dos sistemas de informação;
▪ dominar os principais mecanismos de introdução de dados, actualização e consulta a bases de dados e a sistemas
de informação geográfica.
Conteúdos programáticos
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Análise de informação: produtores e utilizadores de informação; canais de informação; desafios da integração
da informação e exemplos de aplicações.
Análise organizacional para sistemas de informação (SI): Estratégia organizacional; estratégias de
informação; estratégias para os sistemas de informação; domínio dos SI e da informática; resenha de evolução e
dos desafios dos sistemas de informação para os serviços de abastecimento de água e saneamento de águas
residuais.
Principais tipos de sistemas de informação para os serviços de água: Sistemas de Informação Geográfica
(SIG), sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), Sistemas de Gestão de Clientes, Sistemas de
Facturação, Sistemas de Telegestão e Telemedição, Modelos de Simulação, Sistemas de Informação para
Manutenção, Sistemas de Gestão da Informação Laboratorial (LIMS); apresentação de casos de referência (e.g.
Three Valleys Water, Reino Unido).
Metodologias para análise organizacional (balanced scorecard, ERP, business systems planning, etc.) e
relações com as estratégias para os sistemas de informação.
Elaboração e especificação de requisitos de sistemas de informação: introdução aos requisitos de sistemas
de informação; conceitos fundamentais; identificação e análise de requisitos; documentação e modelação de
requisitos.
Sistemas de informação geográfica: requisitos de aplicação, de integração da informação, de dados, de
acesso/segurança, de hardware e de recursos (e.g. humanos; organizacionais); concepção do sistema
(arquitectura, software, aplicações, recursos humanos, procedimentos de gestão do sistema); concepção da base
de dados (modelo de dados, campos relativos aos sistemas de abastecimento de água; campos relativos aos
sistemas de águas residuais); plano de implementação.
Casos de aplicação.
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
▪ UC “Introdução à automação e medição”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por fichas individuais (30%) e por um trabalho de grupo (70%) que tenha em
vista a integração de informação entre sistemas de informação distintos, para uma aplicação específica.
Bibliografia
▪ LAUDON, K.; LAUDON, J. (2003). Information Systems Management in Practice, 6th Edition,
Prentice Hall.
▪ MCNURLIN, B.; SPRAGUE JR., R. (2003). Management Information Systems, 7th Edition, Prentice
Hall.
▪ Materiais de apoio a fornecer pelo docente.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO
3º Trimestre / Módulo “Instrumentos de apoio à gestão”
ECTS: 2,5
Horas de trabalho total: 62,5
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ Estruturar planos estratégicos, tácticos e operacionais;
▪ Estruturar planos (tácticos) de segurança da água e de gestão de emergências;
▪ Promover uma boa articulação entre os planos sectoriais de água e os restantes planos de ordenamento do
território, utilizando os mecanismos ao seu dispor para incentivar a adopção e soluções racionais de gestão da
água em ambiente urbano.
Conteúdos programáticos
Parte I: Planos estratégicos, tácticos e operacionais
1. Planos estratégicos, tácticos e operacionais: conceitos, relevância de cada nível de planeamento, articulação
entre planos; elaboração, implementação e monitorização.
2. Planos estratégicos: objectivo, função, requisitos, exemplos de estrutura e conteúdo.
3. Planos tácticos: objectivo, função, requisitos, exemplos de estrutura e conteúdo; caso dos planos directores dos
sistemas de água e saneamento.
4. Planos operacionais: objectivo, função, requisitos, exemplos de estrutura e conteúdo.
Parte II: Planos de segurança da água e planos de gestão de emergências
1. Planos de segurança: tipos de plano; metodologia de desenvolvimento; definição de funções; responsabilidade e
recursos a afectar; definição de objectivos; caracterização, diagnóstico e avaliação da situação de partida;
identificação de perigos, avaliação e hierarquização de riscos, tratamento e gestão do risco; documentação,
registos e estratégia de comunicação.
2. Planos de segurança da água: recomendações da Organização Mundial da Saúde; gestão de risco aplicada à
segurança da água; identificação de perigos potenciais, avaliação de riscos / determinação de medidas de
controlo existentes, hierarquização dos riscos, identificação de medidas adicionais ou melhoradas de controlo,
monitorização operacional e selecção de parâmetros operacionais de controlo; verificação e auditorias;
documentação, registos e estratégia de comunicação; programas de apoio e procedimentos de gestão.
3. Planos de gestão de emergências: exemplo de aplicação da metodologia geral tratada em 1. e 2. ao caso do risco
sísmico (ou outro relevante se os formandos forem de uma região de baixa sismicidade).
Parte III: Planos de ordenamento do território
1. Bases da política de ordenamento do território e de urbanismo (ref. Lei n. 48/98, de 11 de Agosto).
2. Tipos de instrumentos de gestão territorial: Instrumentos de desenvolvimento territorial, instrumentos de
planeamento territorial, instrumentos de política sectorial e instrumentos de natureza especial.
3. Instrumentos de política sectorial (planos directores municipais, planos de urbanização e planos de pormenor):
objectivos, conteúdos e potencial de utilização como instrumentos de gestão da água em meio urbano.
Pré-requisitos
▪ Pré-requisitos do curso relativos a estatística e métodos numéricos.
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
▪ UC “Introdução à automação e medição”.
Métodos de ensino e de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final e por fichas de exercícios, uma por cada parte da Unidade
Curricular. A classificação final será a média ponderada das classificações da prática (50%) e do exame
final (50%).
Bibliografia
▪ IIMM (2006). International infrastructure management manual, 2006 edition, Association of Local
Government Engineering NZ Inc (INGENIUM).
▪ ViEIRA,J.; CASIMIRO, C: (2005) Planos de segurança em sistemas públicos de abastecimento de
água para consumo humano, série “Guias Técnicos do IRAR”, IRAR e Universidade do Minho (178
pág.)
▪ WHO (2004). Guidelines for drinking-water quality, World Health Organization, 3rd Edition,
ISBN 92 4 154638 7 (495 pág.).
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
▪ DAVISON, A.; DEERE, D.; STEVENS, M.; HOWARD, G; BARTRAM, J. (2006). Water Safety Plan
Manual (draft), World Health Organisation.
▪ Lei n. 48/98, de 11 de Agosto.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
CONTROLO DE QUALIDADE DA ÁGUA
3º Trimestre / Módulo “Processos de gestão”
ECTS: 4,0
Horas de trabalho total: 100
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências básicas ao nível das tecnologias de tratamento (convencionais e
avançadas) de água para consumo humano ou outro fim, designadamente no que diz respeito a aspectos de concepção
de sequências de tratamento, de dimensionamento das operações/processos usados em ETA e de operação de ETA.
Deverão também desenvolver competências em termos dos processos de qualidade da água que ocorrem na rede de
distribuição e da mitigação do risco de saúde pública que lhes pode estar associado. Deverão ser capazes de elaborar
planos de monitorização da qualidade da água, da origem à torneira do consumidor (a um nível elementar).
No que diz respeito às águas residuais, os formandos deverão obter competências básicas ao nível das tecnologias de
tratamento (convencionais e avançadas) das águas residuais, quer para rejeição no meio receptor quer para
reutilização, designadamente no que diz respeito a aspectos de concepção de sequências de tratamento, de
dimensionamento das operações/processos usados em ETAR e de operação de ETAR.
Deverão também desenvolver competências em termos dos processos de qualidade da água que ocorrem nos sistemas
de drenagem, atendendo às diferenças de comportamento em tempo seco e em tempo de chuva. Deverão ser capazes
de elaborar planos de monitorização da qualidade das águas residuais tratadas e descarregadas para o meio receptor
sem tratamento.
Conteúdos programáticos
Parte I: Controlo de qualidade da água para consumo humano
1. Noções básicas de controlo de qualidade da água; visão integrada origem-tratamento-distribuição.
2. Operações unitárias físicas e processos químicos e biológicos de tratamento de água: fundamento
teórico/mecanismos de actuação, equipamento e condições de operação, dimensionamento
(elementar). Simuladores de processos para modelação, projecto e optimização (demonstração).
3. Tratamento, valorização e destino final de lamas.
4. Inovação tecnológica em ETA.
5. Gestão e exploração de ETA: avaliação de desempenho, análise de casos reais, seminários/visitas de
estudo.
6. Alterações da qualidade da água nos sistemas de distribuição; uso da modelação matemática.
7. Processos de operação e de manutenção das redes com reflexo na qualidade da água e procedimentos
mitigadores dos riscos existentes
8. Monitorização da qualidade da água (origem-tratamento-distribuição).
Parte II: Controlo de qualidade das águas residuais urbanas e pluviais
1. Visão integrada da gestão de sistemas de águas residuais urbanas (produção-drenagem-tratamentodestino final, incluindo reutilização da água).
2. Sistemas de tratamento de águas residuais: tratamento preliminar, tratamento primário, secundário e
terciário; tratamento de lamas.
3. Operações unitárias físicas e processos químicos e biológicos utilizados no tratamento de águas
residuais: fundamento teórico/mecanismos de actuação, equipamento e condições de operação,
dimensionamento (elementar). Simuladores de processos para modelação, projecto e optimização
(demonstração). Tratamento, valorização e destino final de lamas.
4. Reutilização de água.
5. Critérios de selecção de sequências de tratamento de ETAR em função da qualidade da água a tratar
e dos requisitos da água tratada.
6. Inovação tecnológica em ETAR.
7. Gestão e exploração de ETAR: avaliação de desempenho, análise de casos reais, seminários/visitas
de estudo.
8. Alterações da qualidade das águas residuais desde a sua entrada no sistema de drenagem até à
ETAR.
9. Processos de operação e de manutenção das redes de drenagem com reflexo na qualidade final do
efluente.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
10. Monitorização da qualidade das águas residuais (brutas, durante o tratamento e tratadas).
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à qualidade da água”.
▪ UC “Instrumentos de modelação e análise de sistemas”.
▪ UC “Instrumentos de avaliação e previsão”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final e pela avaliação em fichas de exercícios, uma por cada parte da
Unidade Curricular. A classificação final será a média ponderada das classificações da prática (50%) e do
exame final (50%), ambas de classificação positiva obrigatória.
Bibliografia
▪ AWWA (2000). Water Quality and Treatment – a handbook of community water supplies, 5th Ed.,
American Water Works Association, McGraw-Hill, Inc., NY.
▪ DROSTE, R.L. (Ed.) (1997). Theory and practice of water and wastewater treatment, John Wiley &
Sons, USA.
▪ ECKENFELDER, W.W. (2000). Industrial Water Pollution Control, 3ª Ed., McGraw-Hill series in
water resources and environmental engineering, New York, 2000
▪ METCALF & EDDY (Eds.), revised by G. Tchobanoglous, F. L. Burton, H.D. Stensel, “Wastewater
Engineering - Treatment and reuse”, 4ª Ed., McGraw-Hill series in civil and environmental
engineering, New York, 2003.
▪ MARA, D.; H. PEARSON, H. (1998). Design Manual for Waste Stabilization Ponds in Mediterranean
Countries, Lagoon Technology International Ltd,
http://www.leeds.ac.uk/civil/ceri/water/tphe/publicat/pdm/medman.html , ref. Fev. 2007.
▪ ARTIGOS CIENTÍFICOS: Pesquisa de artigos científicos específicos para cada tema em bases de
dados, e.g. Biblioteca do conhecimento online, web of knowledge, Sciencedirect.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
PROCESSOS DE GESTÃO
3º Trimestre / Módulo “Processos de gestão”
ECTS: 4,0
Horas de trabalho total: 100
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ reconhecer em que situações da vida profissional se deve aplicar a gestão de risco; saber implementar uma
estratégia de gestão de risco, desde a fase de identificação dos perigos à de tratamento dos riscos, incluindo as
fases de comunicação, monitorização e revisão;
▪ reconhecer em que situações da vida profissional se deve aplicar a gestão de projectos; ter uma visão de sistema
da gestão de projectos; definir o perfil dos membros da equipa necessários para planear e gerir o projecto; elaborar
um plano de projecto, determinar as actividades e os recursos críticos de um projecto; orçamentar mais
rigorosamente o custo total de um projecto; controlar com maior rigor os custos e os prazos de execução de um
projecto;
▪ tomar as melhores decisões no âmbito da Gestão da Manutenção, com base numa visão global dos conceitos,
problemas e ferramentas disponíveis;
▪ participar activamente na implementação e manutenção de sistemas de gestão de qualidade e sistemas de gestão
ambiental.
Conteúdos programáticos
Parte I: Gestão de risco
1. Introdução à gestão de risco: a gestão de risco e as estratégias empresariais; objectivo, princípios gerais e
enquadramento normativo da gestão de risco.
2. Identificação e avaliação de risco: revisão das principais técnicas de identificação e avaliação de risco (e.g.
FTA, ETA, QRA, FMEA, FMECA); exemplos de aplicação aos sistemas de água.
3. Tratamento do risco: revisão de técnicas alternativas de tratamento de risco; medidas pró-activas de redução
de vulnerabilidade ou das consequências de uma falha dos sistemas de água; planos de contingência; custos da
mitigação dos riscos.
4. Consulta e comunicação: diferenças de percepção do risco pelos diferentes actores; procedimentos de consulta
e de informação; registo e integração no processo de tomada de decisão da percepção dos actores.
5. Planos de gestão de risco: objectivos, conteúdos, implementação, monitorização e revisão.
Parte II: Gestão de projectos
1. Projectos: o que é um projecto (definição, características e objectivos); porque falham os projectos (erros
comuns); ciclo de vida de um projecto.
2. Gestão de Projectos: perspectiva de sistema; gestão de projectos e gestão de operações correntes; o gestor de
projecto e a equipa; papel e estilo de liderança; estruturas “Strategic Project Office”; software comercial de
apoio à gestão de projectos; ciclo de vida da gestão de projectos.
3. Metodologia da gestão de projectos: estabelecimento de objectivos e metas; definição do âmbito detalhado do
projecto; especificação do projecto; constituição de uma equipa e escolha de um chefe de projecto; gestão do
risco; gestão da comunicação; planeamento das actividades; gráficos de Gantt; monitorização e controlo do
projecto.
4. Avaliação final do projecto: avaliação do desempenho; capitalização dos resultados.
5. Gestão de projectos feitos em regime de prestação de serviços: especificação, acompanhamento, controlo de
qualidade, “manual de utilização” do produto projectado.
Parte III: Gestão da manutenção
1. Definição e caracterização de gestão da manutenção: definição de gestão da manutenção, processos,
enquadramento e pilares de apoio
2. Gestão das falhas: conceito de falha; modos de falha; modelos de previsão de falhas.
3. Modelos de manutenção: manutenção preventiva, sistemática, correctiva e condicionada; aplicação das
técnicas de gestão de risco na selecção do modelo de manutenção.
4. Avaliação do estado de conservação das componentes das infra-estruturas: métodos de inspecção; métodos
indirectos; exemplos dos principais métodos para o caso dos sistemas de água.
5. Planeamento da manutenção: estabelecimento de objectivos e metas; constituição da equipa; gestão do risco;
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
planeamento das actividades; gestão da comunicação; gráficos de Gantt; monitorização e controlo do projecto,
incluindo escolha e uso de métricas de desempenho; custos de implementação do plano e análises de custobenefício no ciclo de vida (manter e reparar versus substituir).
6. Normalização dos procedimentos de manutenção e reparação.
7. Gestão de informação de manutenção: critérios de escolha da informação a registar; capitalização da
informação de manutenção; aplicações informáticas para apoio à gestão da manutenção.
8. Introdução à TPM (“Total Productive Maintenance”).
Parte IV: Gestão da qualidade e gestão ambiental na EG
1. Gestão da Qualidade: Normalização; certificação de empresas e acreditação de laboratórios; definições da
qualidade; as Normas 9001, 14001, 4397 (OHSAS 18001) e 17025; Sistemas da Qualidade - o sistema
integrado; manuais de gestão; gestão por processos; procedimentos do sistema de gestão; elaboração da
documentação; custos da qualidade; aplicação aos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas
residuais.
2. Gestão Ambiental: Introdução aos Sistemas de Gestão Ambiental no quadro do desenvolvimento sustentável.
Requisitos Legais da gestão ambiental. Normas e Sistemas de Gestão Ambiental (Normas ISO 14000, EMAS Regulamento Comunitário de Ecogestão e Auditoria). Concepção e implementação de Sistemas de Gestão
Ambiental. Auditorias; metodologias de avaliação do desempenho ambiental (ISO 14031 e ISO 14032).
Certificação e/ou Reconhecimento dos Sistemas de Gestão Ambiental. Sistemas para desenvolvimento da
excelência e sustentabilidade ambiental. Aplicação aos serviços de abastecimento de água e de saneamento de
águas residuais.
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
▪ UC “Introdução à automação e medição”.
▪ UC “Instrumentos de avaliação e previsão”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados por exame final e por fichas de exercícios, uma por cada parte da Unidade
Curricular. A classificação final será a média ponderada das classificações da prática (50%) e do exame
final (50%) (prática e exame com classificação positiva obrigatória).
Bibliografia
▪ Este programa de investigação.
▪ ARMSTRONG, D. (2006). Maintenance Planning and Scheduling Book, Editores: Tor Idhammar,
Michael Lippig, Richard Canipe, IDCON, E.U.A. (216 pág.).
▪ VERZUH, E. (2005). The Fast Forward Mba In Project Management, 2nd Edition, John Wiley & Sons
Inc, ISBN-10: 0471692840 (380 pp.).
▪ GOETSCH, D.L., DAVIS, S; DAVIS, S.B. (2003). Quality Management: Introduction to Total
Quality Management for Production, Processing, and Services (4th edition), Prentice Hall, ISBN-10:
0130933872 (858 pág.).
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
GESTÃO PATRIMONIAL DE INFRA-ESTRUTURAS
4º Semestre / Módulo “Processos de gestão”
ECTS: 3,0
Horas de trabalho total: 75
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ Promover e participar activamente numa mudança de cultura conducente à adopção de estratégias de GPI;
▪ Estruturar e gerir a implementação de um plano táctico de GPI;
▪ Aplicar as principais técnicas de GPI.
Conteúdos programáticos
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Gestão patrimonial de infra-estruturas: a visão de longo prazo como garantia de sustentabilidade do serviço;
o equilíbrio entre desempenho, risco e custo; a integração da engenharia, da informação e da gestão;
planeamento estratégico versus planeamento tradicional; gestão de recursos; aspectos institucionais,
regulatórios, de requisitos legais e económicos.
Introdução ao processo de gestão patrimonial de infra-estruturas: termos e definições; as questões-chave
da GPI e as etapas de implementação de uma abordagem de GPI; planeamento estratégico, táctico e
operacional. Abordagens simplificadas e avançadas de GPI; definição das “componentes elementares” das
infra-estruturas de água.
Avaliação de desempenho: Avaliação da condição física e do desempenho das componentes individuais da
infra-estrutura e do sistema global; previsão de evolução; como relacionar a condição física das componentes
individuais e as metas de desempenho da organização (técnicas e desafios).
Avaliação de risco no contexto da GPI: como aplicar as técnicas de gestão de risco à GPI; exemplos práticos.
Avaliação de custos: quantificação de custos directos e indirectos no ciclo de vida; avaliação do valor da infraestrutura; cálculo e interpretação do índice de valor da infra-estrutura; estimativa de vidas úteis e horizonte de
análise.
Informação de base: dados relevantes para a GPI existentes e em falta; estratégias e técnicas de recolha de
dados, validação dos dados, gestão de informação e sistemas de informação; resolução de exemplos práticos
com base em folha de cálculo fornecida aos formandos.
Instrumentos computacionais para apoio à GPI de água: os sistemas CARE-W e CARE-S; sistemas ERP e
sistemas de gestão de manutenção.
Planos de GPI: elaboração e implementação de planos de GPI com base nas recomendações do International
Infrastructure Management Manual; casos de estudo.
Pré-requisitos
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
UC “Economia e gestão”.
UC “Direito da água”.
UC “Automação e medição”.
UC “Instrumentos de modelação e análise”.
UC “Instrumentos de avaliação e previsão”.
UC “Gestão de informação e sistemas de informação”.
UC “Instrumentos de planeamento”.
UC “Controlo de qualidade das águas”.
UC “Processos de gestão”.
Métodos de avaliação
Os alunos deverão partir de um folha de cálculo a fornecer pelo formador e apresentar uma versão
adaptada a um caso de estudo em particular, eventualmente com melhoramentos em termos de funções.
Deverão ainda apresentar uma estrutura-base para um plano táctico de GPI. Não se espera que
desenvolvam todos os conteúdos, mas deverão dar indicação do tipo de informação conteúdos,
exemplificando, de como obter a informação de base e que metodologia adoptar. A classificação final
resulta da média aritmética dos dois trabalhos.
Bibliografia
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
▪ IIMM (2006). International infrastructure management manual, 2006 edition, Association of Local
Government Engineering NZ Inc (INGENIUM).
▪ O presente programa de investigação.
▪ AS/NZS 4536:1999 Life Cycle Costing.
▪ AS/NZS 4360 Risk Management.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
GESTÃO DA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS
2º semestre/ Módulo “Aplicações”
ECTS: 3,0
Horas de trabalho total: 75
Docente: Maria Madalena Moreira
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão obter competências para:
▪ participar activamente na elaboração e implementação de planos para o uso eficiente da água e da energia;
▪ participar activamente na elaboração e implementação de estratégias de controlo de perdas em sistemas de
abastecimento de água;
▪ participar activamente na elaboração e implementação de estratégias de erradicação de afluências indevidas.
Conteúdos programáticos
Parte I: Uso eficiente da água e energia
1. Uso eficiente da água: Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água; áreas programáticas, medidas e
mecanismos de implementação.
2. Uso eficiente de energia: objectivos de Kyoto, relação entre uso eficiente da água e uso eficiente de energia.
3. Medidas ao nível dos sistemas públicos: redução de perdas de água, redução de pressões, utilização de
sistema tarifário adequado, utilização de águas residuais urbanas tratadas e optimização de procedimentos e
oportunidades para o uso eficiente da água; controlo de eficiência de sistemas de bombeamento; recuperação de
energia por microturbinagem em condutas adutoras com carga hidráulica excedente; operação optimizada de
bombas hidráulicas; soluções de projecto energeticamente eficientes.
4. Medidas ao nível dos sistemas prediais e de instalações colectivas: redução de perdas de água, redução de
pressões, isolamento térmico do sistema de distribuição de água quente e reutilização ou uso de água de
qualidade inferior;
5. Medidas ao nível das habitações, instalações públicas, comerciais e colectivas: autoclismos; chuveiros;
torneiras; máquinas de lavar roupa; máquinas de lavar louça; urinóis; sistemas de aquecimento e refrigeração de
ar; sistemas de aquecimento de água.
6. Medidas ao nível dos usos exteriores às habitações: lavagem de pavimentos; lavagem de veículos; jardins e
similares; piscinas, lagos e espelhos de água; campos desportivos, campos de golfe e outros espaços verdes de
recreio.
Parte II: Controlo de perdas de água
1. Conceitos e factores determinantes das perdas de água: abordagem geral; vias para a abordagem do
problema; gestão das perdas de água como parte integrante da gestão dos sistemas.
2. Avaliação da dimensão do problema: componentes do balanço hídrico; indicadores de desempenho;
consideração da dimensão social; avaliação global e tomada de decisão; exemplo de aplicação: auditorias
anuais de perdas
3. Definição de uma estratégia de controlo de perdas: estratégia de controlo de perdas reais; estratégia de
controlo de perdas aparentes.
4. Intervenções para controlo de perdas reais: aspectos gerais; sectorização da rede e medição zonada; gestão
de pressões; localização de fugas; reparação do sistema;
5. Exemplos de aplicação da modelação de sistemas para controlo de perdas.
Parte III: Controlo de afluências indevidas
1. Conceitos e factores determinantes das afluências indevidas: abordagem geral; ligações indevidas pluviais a
sistemas separativos domésticos; ligações indevidas de águas residuais a sistemas separativos pluviais;
infiltrações; extrafiltrações; consequências das afluências indevidas nos sistemas e no meio receptor; vias para a
abordagem do problema; gestão das afluências indevidas como parte integrante da gestão dos sistemas de águas
residuais.
2. Avaliação da dimensão do problema: inspecções e medições de caudal; importância e limitações de
elaboração de balanços hídricos; indicadores de desempenho; avaliação global e tomada de decisão.
3. Planos de erradicação de afluências indevidas: objectivos e metas; estabelecimento de uma equipa e
afectação de recursos; caracterização e diagnóstico da situação; definição de prioridades de intervenção;
planeamento de medidas correctivas; monitorização e revisão do plano.
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
Pré-requisitos
▪ UC “Introdução à gestão da água em meio urbano”.
▪ UC “Instrumentos de modelação e análise”.
▪ UC “Instrumentos de avaliação e previsão”.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados pela classificação obtida em fichas individuais relativas a cada uma das partes
da unidade curricular (30%) e num trabalho de grupo (70%) relativo à estruturação de um plano
simplificado de controlo de perdas ou de erradicação de afluências indevidas para um caso de estudo
concreto (10-15 páginas).
Bibliografia
▪ ALMEIDA, M. D. C.; VIEIRA, P.; RIBEIRO, R. (2006). Guia Técnico 8 - Uso eficiente da água no
sector urbano, Lisboa, LNEC, IRAR e INAG, 972-99354-9-1 (204 pág.).
▪ ALEGRE, H.; COELHO, S.T.; ALMEIDA, M.C.; VIEIRA, P. (2005) - Controlo de perdas de água em
sistemas públicos de adução e distribuição, IRAR, INAG e LNEC, ISBN 972-99354-4-0 (306 pág.).
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Curso de Pós-Graduação em Gestão Técnica de Sistemas Urbanos de Água
ADAPTAÇÃO DOS SISTEMAS DE ÁGUA ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
4º Trimestre / Módulo “Aplicações”
ECTS: 1,5
Horas de trabalho total: 37,5
Docente:
Objectivos de aprendizagem e competências
Os formandos deverão tomar consciência dos impactes das alterações climáticas e das medidas de adaptação
necessárias no âmbito da gestão da água em meio urbano.
Conteúdos programáticos
1.
2.
3.
4.
Impacte das alterações climáticas no ciclo da água e suas consequências no ciclo urbano da água.
Capacidade de resposta das infra-estruturas de água (AA+AR).
Medidas a implementar no dimensionamento e gestão das infra-estruturas de água (AA+AR).
Revisão da Legislação Europeia de acordo com o impacte das alterações climáticas
Pré-requisitos
▪ Frequência das restantes unidades curriculares do curso com excepção do Módulo Final.
Métodos de avaliação
Os alunos serão avaliados pela realização de um trabalho individual que tenha em vista a integração da
informação recolhida e a sua experiência de modo a propor medidas de adaptação às alterações
climáticas.
Bibliografia
▪ EU (2005). Climate Change and water adaptation and the European water dimension EU Report
n.º 21553, 2005.
▪ EEA (2006). Climate Change and water adaptation issues; EEA Technical Report No xx/2007, Draft,
15 December 2006.
▪ EU2007. Actas da Conferência “Time to Adapt - Climate Change and the European Water Dimension
- Water Supply and Sanitation Services, Ecologic - Institute for International and European
Environmental Policy e Potsdam Institute for Climate Impact Research, 12 - 14 Fevereiro 2007,
Berlim http://www.climate-water-adaptation-berlin2007.org/presentations.htm, ref. Março 2005.
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